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Colégio Cruzeiro

Construção das Lanternas Led

Nome do aluno(a): Mariana Abranches


Disciplina: Laboratório de Química
Turma: aprofundamento 4.1
Nome dos professores: Monique Gonçalves e Álvaro Barcelos

RIO DE JANEIRO, 23
1. OBJETIVO

- Construir uma lanterna com lâmpada de luz LED, a qual será construída com parte de
materiais reciclados e será utilizada na dança da Festa Junina do Colégio Cruzeiro
Centro, no ano de 2023;
- Compreender os objetivos, ações obrigatórias e princípios do projeto Química Verde;
- Compreender a aplicabilidade do LED no cotidiano.

2. INTRODUÇÃO

A construção da lanterna com lâmpada de luz LED está diretamente relacionada com o
projeto da Química Verde, rumo da química que consiste na utilização de um conjunto de
princípios que reduzem e/ou eliminam o uso e deliberação de substâncias perigosas
durante a manufatura e aplicação de produtos químicos. Com isso, esse projeto visa não
apenas a redução de riscos ao meio ambiente, como também a redução de consumo de
energia, redução dos dejetos (materiais que são descartados na natureza), redução da
toxicidade, redução do uso de fontes não renováveis e redução do uso de matéria prima.
Para que isso aconteça, existem algumas ações que são obrigatórias dentro da
Química Verde:
- Utilizar reagentes alternativos e renováveis;
- Utilizar reagentes que diminuam a perda dos materiais;
- Substituição dos solventes tóxicos;
- Aprimorar processos naturais de síntese;
- Desenvolver novas substâncias que não poluem o ambiente;
- Desenvolvimento de condições para que as reações químicas tenham maior rendimento
e produzam menos impurezas;
- Minimizar o consumo de energia.
Além disso, com o intuito de alcançar os objetivos já descritos, todas as ações
propostas pela Química Verde são redigidas por um total de 12 princípios. São eles:
1) Prevenção- Com a diminuição de lixo, há a diminuição da necessidade de tratá-los
e, portanto, diminuímos seu descarte na natureza;
2) Economia- É a chamada síntese verde, quando toda a massa dos reagentes é
convertida em produtos, resultando, assim, na escassez da produção de resíduos a
serem descartados;
3) Redução de toxicidade- As substâncias formadas e utilizadas durantes uma reação
química não podem apresentar toxicidade ao homem e/ou ao meio ambiente;
4) Desenvolvimento de produtos seguros e eficientes- Planejamento da reação
química, com o fito de impedir a formação de substâncias ou resíduos tóxicos;
5) Eliminar ou tornar seguros solventes e outros auxiliares de reação- Não deve-se
utilizar solventes tóxicos ou negativamente impactantes no ambiente;
6) Otimização do uso de energia- Deve-se buscar realizar processos químicos
industriais com uma ótima eficiência, mas com menos energia e, portanto, deve-se
priorizar o uso de energia provindas de fontes renováveis ou menor quantidade de
energia;
7) Uso de matérias-primas de fontes renováveis- Uma reação química deve ser
realizada por meio de matérias-primas renováveis ou com materiais que foram
reciclados;
8) Evitar derivações desnecessárias- Utilizar algumas substâncias, chamadas de
bloqueadores, nos processos de síntese, para impedir que uma reação química
aconteça em mais de uma etapa;
9) Catálise- O tempo de uma reação química pode ser reduzido com o uso de
catalisadores, isto é, aceleradores, os quais diminuem a possibilidade de formar
um produto indesejado;
10) Desenvolvimento de produtos degradáveis após o término de vida útil-
desenvolver substâncias químicas que, quando sofrerem a decomposição,
transformem-se em substâncias que não reagem com nenhuma outra substância.
11) Monitoramento de processos em tempo real- Estar atento para qualquer erro, para
que o mesmo seja detectado e corrigido imediatamente, com o fito de evitar
qualquer dano no final do processo;
12) Desenvolvimento de processos seguros- É o princípio que defende a utilização de
todos os outros onze já especificados, pois, dessa forma, dificilmente acidentes
acontecerão.
Sob essa ótica, como as lâmpadas de luz LED são sustentáveis, isto é, não contém
nenhum elemento poluente ou contaminante, e como as lanternas foram construídas
utilizando parte de materiais reciclados, observa-se que este projeto está totalmente
relacionado com a Química Verde, uma vez que, da mesma forma que ela, ele diminui a
quantidade de lixo gerado, economiza energia, tem menor custo e menores emissões de
carbono.

Além disso, a lanterna foi construída a partir dos ensinamentos de ligações químicas
na aula de química, como a iônica, covalente e metálica.
A ligação iônica baseia-se na transferência definitiva de um ou mais elétrons de um
átomo de um metal para um átomo ametal. Isso acontece, pois com o fito de atingir a
estabilidade eletrônica, isto é, a distribuição eletrônica de um gás nobre- 8 elétrons na
camada de valência, os ametais tendem a ganhar elétrons e os metais tendem a perdê-
los e, desta forma, com tendências opostas, as cargas opostas se atraem e um composto
iônico é formado.
Outra ligação é a covalente, a qual baseia-se no compartilhamento de um ou mais
elétrons entre ametal e ametal, ametal e hidrogênio ou hidrogênio e hidrogênio. Essa
ligação também ocorre com o fito de atingir a estabilidade eletrônica, ou seja, os 8
elétrons da camada de valência. Contudo, é importante frisar que, se a ligação for entre
ametais e hidrogênio ou entre hidrogênio e hidrogênio, esse elemento ficará estável com
apenas 2 elétrons na camada de valência, uma vez que está localizado no primeiro
período da tabela periódica.
Já a ligação metálica, é quando interações entre átomos de um mesmo metal
ocorrem. Isso acontece porque um metal não consegue estabelecer ligações químicas
com outros elementos metálicos. Neste tipo de ligação, os elétrons presentes na camada
de valência dos átomos do metal são deslocalizados, ou seja, saem da camada de
valência, fazendo com que o átomo se torne um cátion. Assim, após serem
deslocalizados, os elétrons do metal passam a rodear os cátions, formando um chamado
“mar de elétrons”, o qual permite que todos eles lá presentes circulem livremente por meio
do retículo cristalino (aglomerados de átomos).

Desta forma, observa-se que a ligação metálica está diretamente relacionada com a
construção das lanternas com lâmpadas de luz LED, uma vez que, nos LEDs, a condução
de energia ocorre por meio da transferência de elétrons do lado negativo para o positivo
ou positivo para o negativo.

3. MATERIAL UTILIZADO

• dois leds RGB de alto brilho 5mm.


• um suporte para 4 pilhas em formato de calha.
• um botão liga/desliga.
• uma caixa de papelão pequena de suco ou achocolatado.
• uma garrafa plástica de isotônico I9 (Powerade).
• 15 cm de fio paralelo vermelho/ preto.
• um pedaço de fita crepe transparente.
• um multímetro digital.
• um botão liga/desliga.
• uma caneta esferográfica.
• uma tesoura ou um estilete.
• quatro pilhas pequenas (AA).

4. PROCEDIMENTO:

- Em primeiro lugar, as pilhas foram checadas, com o fito de verificar se cada uma dela
tem entre 1,10 e 1,50V;

- Após o primeiro passo, deve-se cortar, com uma faca, estilete ou tesoura, a garrafa
plástica de isotônico, obtendo, desta forma, um bocal;

- Em seguida, deve-se planificar a caixa de papelão de suco ou achocolatado, também


com o auxílio de uma faca, estilete ou tesoura;

- Com a caixa já planificada, deve-se obter uma circunferência nela, desenhando-a com
uma caneta esferográfica. Pode-se utilizar a extremidade da garrafa plástica de isotônica
para a obtenção de uma circunferência mais precisa;

- Após a circunferência ser traçada, deve-se cortá-la com o auxílio de uma tesoura, de
forma com que ela consiga caber na parte interna da garrafa já cortada anteriormente;

- Na circunferência, deve-se realizar 4 furos com o auxílio de uma tesoura, de forma com
que eles fiquem 1cm horizontalmente e 2,5 cm verticalmente distantes entre si;

- Inserir um dos LEDS na circunferência com sua lâmpada voltada para o lado laminado e
inserir o outro LED no mesmo sentido, dobrando/girando suas pernas (as quais são
paralelas): deve-se prender a menor com a menor e a maior com a maior;

- Em seguida, com a ajuda de um estilete, deve-se separar a parte vermelha da preta do


fio paralelo, de forma com que seja possível desgastar as pontas de cada uma das partes;
- Como as pernas maiores têm carga positiva e as menores têm carga negativa, deve-se
ligar a extremidade do fio vermelho na perna maior e a extremidade do fio preto na menor;

- Prender o fio vermelho do suporte das pilhas com a extremidade do fio vermelho;

- Para que o botão do liga e desliga seja encaixado corretamente, deve-se, em seguida,
fazer uma abertura na lateral da garrafa plástica com o auxílio de um estilete, faca ou
tesoura;

- Os fios pretos serão presos no botão do liga e desliga, cada um deles em um terminal,
sendo o fio do suporte das pilhas no terminal in e o fio na perna menor dos leds no
terminal out.

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Após a realização de todos os passos, a construção da lanterna foi muito bem sucedida
e observa-se que é possível a realização desse projeto apenas com materiais reciclados,
o que deveria ser mais recorrente na sociedade. Além disso, no Colégio Cruzeiro, essas
lanternas tem um grande valor simbólico, pois faz parte de sua tradição que algumas
turmas dancem com lanternas. Apesar de não terem sido usadas pela 300 no ano de
2023, como era o esperado, a construção foi de extrema importância para a compreensão
do papel lanternas LED no meio ambiente, as quais não envolvem gases tóxicos ou
poluentes.

6. CONCLUSÃO

Após a realização de todos os passos do procedimento, observa-se que a lanterna


construída funciona de forma eficiente, tem um custo benefício e é extremamente
benéfica para o meio ambiente, uma vez que, pelos fatores já apresentados, promove a
reciclagem e a não poluição do ecossistema. Observa-se também que, apesar de ser um
trabalho manual com materiais possivelmente encontrados em casa, deve-se ter atenção
e realizar todos os passos de forma cautelosa, pois qualquer ação precipitada ao decorrer
do processo pode resultar na alteração do produto final.

7. REFERÊNCIAS

1. Edição especial da Accounts of Chemical Research abordando química verde.


September 2002, Volume 35, No. 9;

2. Conecte química - Volume 3, Dezembro de 2019;

3. Revista Espacios- Vol. 38 (Nº 51) Ano 2017. Pág. 17.

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