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CAPACIDADE DE

PROCESSO

Gestão da Produção
Prof. Eveline Pereira
Distribuição Normal de Dados
LIE
LSL LSE
USL

52.5 60.0 67.5 75.0 82.5 90.0


LIE LSE

Frequentemente, quando temos dados coletados de um


processo de fabricação, fazemos o seguinte questionamento:

Este processo é capaz de fornecer produtos livres de


defeitos?
Processo estável
 É possível que mesmo um processo com variabilidade
controlada produza itens defeituosos.
 Não é suficiente colocar e manter um processo sob controle, é
necessário avaliar se o processo é capaz de atender às
especificações estabelecidas a partir dos desejos e
necessidades dos clientes.
 Esta avaliação é que constitui o estudo da capacidade do
processo.
 Somente processos estáveis devem ter sua capacidade
avaliada
O que causa defeitos em um produto?

 Excesso de variações devido a:

 Processo de manufatura
 Variações de material vindas do fornecedor

 Tolerâncias irracionais (tolerâncias extremamentes


apertadas por requisitos de cliente)
Entender a Capabilidade do Processo

LIE LSE

Defeitos Defeitos
Especificações de um produto

250  0,10 50  0,03

LSE = 250,10mm LSE = 50,03mm

LIE = 249,90mm LIE = 49,97mm


Comparando a “voz do processo” e a “voz do cliente”
teremos as métricas de capabilidade.

LIE LSE

“voz do processo” “voz do cliente”

LIE LSE
Qual destes processos irá produzir a menor quantidade de defeitos?

Qual destes processos tem a melhor capabilidade?


Process Capability Analysis for C1 Process Capability Analysis for C1

LSL USL LSL #2 USL


Data Process Data
100.000 USL 85.0000
Within Within
* Target *
40.000 LSL Overall 65.0000 Overall
70.075 Mean 70.0749
200 Sample N 200
7.11311 StDev (Within) 7.11311
6.91312 StDev (Overall) 6.91312

n) Capability Potential (Within) Capability


1.41 Cp 0.47
1.40 CPU 0.70
1.41 CPL 0.24
1.40 Cpk 0.24

40 50 60 70 80 90 100 45 55 65 75 85 95
* Cpm *

pability Observed Performance Exp. "Within" Performance Overall Capability


Exp. "Overall" Performance Observed Performance Exp. "Within" Performance Exp. "Overall" Performance
1.45 PPM < LSL 0.00 PPM < LSL 11.78 PPM < LSLPp 6.79 0.48 PPM < LSL 240000.00 PPM < LSL 237783.58 PPM < LSL 231446.79
1.44 PPM > USL 0.00 #1
PPM > USL 12.94 PPM > USLPPU 7.50 0.72 PPM > USL 20000.00 PPM > USL 17941.19 PPM > USL 15426.61
1.45 PPM Total 0.00 PPM Total 24.72 PPM Total PPL 14.29 0.24 PPM Total 260000.00 PPM Total 255724.76 PPM Total 246873.39
1.44 Ppk 0.24
Um processo pode não ser capaz por apresentar:

 Elevada variabilidade

e/ou

 Média deslocada em relação ao ponto médio dos


limites de especificação.
Índices de Capacidade

 Os índices de capacidade processam as informações de forma que


seja possível avaliar se um processo é capaz de gerar produtos
que atendam às especificações provenientes dos clientes internos e
externos.

 Para utilizar os índices de capacidade é necessário que:


 O processo esteja sob controle estatístico
 A variável de interesse tenha distribuição próxima da
normal.
LSE − LIE
Índice Cp Cp =
6

 O índice Cp relaciona aquilo que se deseja produzir, que corresponde à variabilidade


permitida ao processo (LSE-LIE), com a variabilidade natural do processo (6σ). Quanto
maior for o valor de Cp, maior será a capacidade do processo em satisfazer as
especificações, desde que a média µ esteja centrada no valor nominal.

 Como o desvio padrão do processo usualmente é desconhecido, deveremos substituí-lo


por uma estimativa ˆ (s, R/d2 ou s/c4).

LSE − LIE
Cˆ p =
6̂

O valor mínimo exigido para Cp é 1,33.


Se Cp = 2, a faixa de especificação é 2 vezes mais ampla que a faixa de dispersão dos dados
Se Cp = 1, a faixa de especificação é a mesma que a faixa de dispersão dos dados
- 3 + 3

LIE LSE

O centro

Amplitude da especificação (estrada) (LSE – LIE)


Cp = =
Variação do processo (caminhão) 6σ
Tolerância Tolerância
0.4 0.4

0.3 0.3

0.2 0.2

0.1 0.1

0.0 0.0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6 8

Cp=2
Cp=1

Qual situação é melhor? Por quê?


Índice Cpk
 O índice Cpk nos permite avaliar se o processo
está sendo capaz de atingir o valor nominal
da especificação, já que ele leva em
consideração o valor da média do processo.
Logo, este índice pode ser interpretado como
uma medida da capacidade real do processo.

 X − LIE LSE − X 
C pk = Mín , 
 3 3 
 

 Quando a média do processo coincide com o


valor nominal, teremos Cp = Cpk. Neste caso,
dizemos que o processo está centrado.
Cp ou Cpk ?
 Cp e Cpk são grandezas que medem a capabilidade
de um processo.

 Cp é responsável por indicar a dispersão do


processo.

 Cpk é responsável por indicar a centralização do


processo.
Cp e Cpk
Cp versus Cpk
Relação entre Cp e Cpk
tolerância

0.4

0.3
Cp = 1.33
0.2

Cpk = 1.33
0.1

0.0
-5.33 -4.0 -2.67 -1.33 0 1.33 2.67 4.0 5.33

tolerância
0.4

0.3

Cp = 1.33
0.2

Cpk = 0.83 0.1

0.0
-5.33 -4.0 -2.67 -1.33 0 1.33 2.67 4.0 5.33
Análise
Situações
Análise
Classificação de processos

 Processo Vermelho (incapaz ou inadequado):


 Cp ou Cpk ≤ 1

 Processo amarelo (aceitável):


1 ≤ Cp ou Cpk ≤ 1,33

 Processo Verde (capaz ou adequado):


 Cp ou Cpk ≥ 1,33
Exemplo:

ˆ LSE − LIE
Cp =
6̂
Exemplo:

ˆ LSE − LIE
Cp =
6̂
Um fabricante de parafusos de aço inox estruturou o controle
estatístico de processo na empresa e controla o diâmetro dos
parafusos pelo gráfico da média que apresenta LSC = 10,25mm, LM
= 10,00mm e LIC = 9,75mm. Um cliente deseja parafusos daquele
material e está disposto a aceitar parafusos com diâmetro 9,00 ±
1,50. Determinar o índice de capacidade do processo.
Um fabricante de parafusos de aço inox estruturou o controle estatístico de processo
na empresa e controla o diâmetro dos parafusos pelo gráfico da média que
apresenta LSC = 10,25mm, LM = 10,00mm e LIC = 9,75mm. Um cliente deseja
parafusos daquele material e está disposto a aceitar parafusos com diâmetro 9,00
± 1,50. Determinar o índice de capacidade do processo.

Solução:
Pela especificação do cliente verificamos que:
LIE = 9,00 + 1,50 = 10,50mm
LSE = 9,00 - 1,50 = 7,50mm

LSE − LIE
Cˆ p =
6̂

Assim temos:
Cp = (10,50 - 7,50) / (10,25 - 9,75) = 6 logo, o processo é capaz
Exemplo: Coletamos resultados de 20 apertos de uma ferramenta na
linha de produção. O valor alvo é 15Nm e tolerâncias de +/- 8%. O
processo é capaz?

 Tolerâncias:
 LIE (BAI) = 13,8 Nm
 LSE (AL) = 16,2 Nm

 Medidas:
Exemplo: Coletamos resultados de 20 apertos de uma ferramenta na
linha de produção. O valor alvo é 15Nm e tolerâncias de +/- 8%. O
processo é capaz?

𝑠 = 0 5175
, = 0,165
20 1
( − )
Atividade Amostra
1
x1
7,100
x2
7,095
x3
7,100
x4
7,105
x5
7,105

Avaliativa
2 7,100 7,100 7,095 7,105 7,100
3 7,120 7,105 7,100 7,120 7,100
4 7,115 7,120 7,115 7,115 7,120
5 7,090 7,095 7,110 7,120 7,105
Um determinado tipo de rosca 6 7,110 7,100 7,105 7,100 7,100
produzido por uma indústria de 7 7,105 7,095 7,100 7,105 7,085
8 7,100 7,115 7,095 7,105 7,125
autopeças é submetido a uma operação
9 7,065 7,090 7,110 7,105 7,105
de usinagem em um torno CNC. O 10 7,125 7,130 7,095 7,100 7,115
diâmetro usinado da rosca é uma das 11 7,105 7,100 7,115 7,095 7,075
principais características da qualidade 12 7,100 7,110 7,085 7,090 7,080
de interesse para a a empresa. Para 13 7,115 7,090 7,085 7,090 7,110
14 7,095 7,090 7,095 7,100 7,080
avaliar a estabilidade do processo a 15 7,110 7,070 7,095 7,100 7,110
empresa pretende utilizar gráficos 16 7,070 7,075 7,080 7,100 7,090
Xbarra-R. A tabela apresenta 25 17 7,090 7,130 7,100 7,110 7,100
amostras de tamanho 5 do diâmetro das 18 7,100 7,100 7,090 7,095 7,080
peças. As especificações estabelecidas 19 7,080 7,070 7,090 7,110 7,100
20 7,100 7,110 7,070 7,110 7,110
para o diâmetro da rosca são 7,10± 21 7,095 7,105 7,095 7,095 7,100
0,06mm. Calcule os limites, trace os 22 7,105 7,070 7,110 7,110 7,110
gráficos, avalie a estabilidade e conclua 23 7,100 7,100 7,105 7,110 7,105
acerca da capacidade do processo. 24 7,100 7,105 7,105 7,110 7,080
25 7,120 7,115 7,110 7,130 7,115

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