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7 Ferramentas básicas da qualidade

MINI CURRÍCULO – RAFAEL BELINTANI

Formação Acadêmica:
Graduação em Zootecnia pela Universidade de Marília - UNIMAR – 2004 – 2009;
Pós Graduação em Processamento e Controle de Qualidade de Carne Leite e Ovos pela
Universidade Federal de Lavras – UFLA – 2012 – 2013;
Mestrado em Zootecnia – Produção Animal pela Universidade Federal da Grande Dourados –
UFGD – 2015 – 2017.

Atuação Profissional:
Coordenador de Qualidade na Meat Snacks Partners (Jack Link’s – JBS S.A.) – 2017 – Atualmente
Docente – Pós Graduação UNILINS – 2019 - Atualmente
Especialista Corporativo de Qualidade na BRF S.A – 2015 – 2017
Coordenador de Garantia da Qualidade na BRF S.A. – 2010 – 2017
Gerente da Garantia da Qualidade no Frigorífico Nostra – 2009 – 2010
MINI CURRÍCULO – RAFAEL BELINTANI

Outros:

Membro do Corpo Técnico da Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas -


FACTA.
Experiência em Gestão da Qualidade, Auditorias em fornecedores, Auditorias Internas e
Gestão da Qualidade;
Palestrante: Bem Estar Animal, Gestão da Qualidade, Tecnologia da Carne.
As Sete Ferramentas – Visão Geral
Frequentemente, nos deparamos entre a necessidade de solucionar um
problema
rapidamente e a necessidade de se evitar a ocorrência de outros
problemas futuros.

A utilização das sete ferramentas básicas do controle da qualidade


facilita o
processo de gestão da qualidade, permitindo uma otimização dos
resultados do
sistema de gestão.

Por isso, a utilização destas ferramentas é de grande valor para sistemas


de gestão
da qualidade baseados na norma ISO 9001.
Objetivos do uso das sete ferramentas
da qualidade
Devidamente aplicadas, estas ferramentas podem levar a:

• Elevação dos níveis de qualidade;

• Diminuição do custo, com produtos e processos mais uniformes;

• Minimizar o prejuízo para a sociedade;

• Projetos mais robustos;

• Melhor cooperação em todos os níveis da organização e

• Soluções planejadas em contraposição a soluções advindas de


opiniões.
1 - Fluxograma do Processo

Fluxograma é uma ilustração seqüencial de todas as etapas de


um processo,
mostrando como cada etapa é relacionada. Ele utiliza símbolos
facilmente
reconhecidos para denotar os diferentes tipos de operações em
um processo.
Principais técnicas de mapeamento do processo:
SIPOC (Suppliers, Inputs, Processes, Outputs, Customers)
Fluxograma
De cima para baixo (Top-Down Charting)
Matriz/Grupo (Functional Deployment Mapping)
Diagrama de Complexidade
VSM (Value Stream Map)
1 - Fluxograma do Processo

Diretrizes para construção de


Fluxogramas
Deverão ser usados como suporte para o objetivo
global de melhoria;
O Fluxograma inicial deverá descrever o processo
como realmente ele funciona;
Incluir somente detalhes suficientes para que ele
possa servir de suporte para o projeto;
Deverá ser construído por aqueles que conheçam
como o processo funciona no dia-a-dia;
Vá até o local e veja com seus próprios olhos
(“Genchi Genbutsu”).
1 - Fluxograma do Processo

Símbolos usados em um Fluxograma:

Processo ou atividade sendo desenvolvida

Ponto de decisão

Documento que é uma entrada ou saída de um processo

Início ou fim de um processo

Símbolo de conexão usado para mostrar uma ramificação ou


extensão de um fluxograma

Setas representam a direção do fluxo para um processo


1 - Fluxograma do Processo
Dados
Tipos de dados:

Antes de iniciar a coleta de dados, classificar os dados


(Contínuo ou Discreto). Isto é importante para:
Escolher como os dados serão avaliados
Determinar o tamanho da amostra
Fornece informações a respeito da performance e possíveis
causas
Determina a carta de controle mais apropriada a ser utilizada
Determina o método apropriado para o cálculo do nível sigma
Dados
Tipos de dados:
Tipos de dados

Contínuos ou Variável Discretos ou Atributo


(medido através de (são contados)
uma escala contínua)

Exemplos:
Tempo
Ordinal Nominal
Dinheiro
(Quantitativo) (Qualitativo)
Peso
Exemplos: Exemplos:
Comprimento
Contagem de defeitos Sim ou não
Velocidade
Número de aprovados Grupo A, B
Temperatura
Número de erros Bom ou Ruim
Passou ou Falhou
Como Medir

Amostragem:

Amostra

População

Estatísticas
Média, Desvio padrão etc...

Através da amostragem
conseguimos tirar
conclusões a respeito da Inferência
população como um todo Estatística
2 - Histograma
Um histograma mostra a distribuição dos dados de
medição: dimensões, temperatura, unidade de tempo, etc.

Portanto, um histograma é um gráfico de representação de uma série


de dados.

Para saber a qualidade de uma determinada quantidade de produto,


precisamos usar
a tendência central e a dispersão e um histograma é a ferramenta
que irá revelar
As perguntas
quanto que
de variação podemosháformular
ou dispersão quando
em qualquer tivermos o
processo.
histograma são:

1. Esta é a distribuição que esperávamos?

2. Há muita variabilidade no processo?


2 - Histograma

Capabilidade do Processo
(para dados contínuos)
Processo Instável Processo Estável
Se causas especiais de variação Se somente causas comuns de
estão presentes, o output forma variação estão presentes, o
uma distribuição instável e output forma uma distribuição
imprevisível ao longo do tempo. estável e previsível ao longo do
tempo
2 - Histograma
Capabilidade - Fatiação 13/04 - 02/05
Desempenho Dados do Processo
Observado Global Esperado Dentro Esperado LIE 5,8
% < LIE 0,04 0,92 0,92 Alvo *
% > LSE 0,40 2,18 2,17 LSE 8,2
% Total 0,43 3,10 3,09 Média Amostral 7,09274
N Amostral 8319
LIE LSE DesvPad(Global) 0,54863
DesvPad(Dentro) 0,548099

Global
Dentro

Capacidade Global
Pp 0,73
PPL 0,79
PPU 0,67
Ppk 0,67
Cpm *
Capacidade Potencial (Dentro)
Cp 0,73
CPL 0,79
CPU 0,67
Cpk 0,67

5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,0


3 – Diagrama de Ishikawa

Em um diagrama de causa e efeito, a condição ou problema é colocado


no lado direito
do gráfico em um quadro com uma seta apontando em sua direção, da
esquerda para
a direita.

Todas as causas são agrupadas por categorias principais nas linhas que
derivam da seta principal ou ”tronco”. Um diagrama detalhado começa a
tomar a
forma de uma espinha de peixe, daí o nome alternativo de diagrama de
espinha peixe.
3 – Diagrama de Ishikawa
3 – Diagrama de Ishikawa
3 – Diagrama de Ishikawa
3.1 – Método dos 5 Porquês

5 Porquês: é utilizado para chegar mais perto da verdadeira causa raíz. Usando o
Diagrama de Causa e Efeito, começando pelas causas mais prováveis, devemos nos
perguntar “Por que?” 5 vezes (ou quantas vezes for necessário)
 Por que isto ocorre?
 Por que existe esta condição? …
Exemplo:
Sintoma 1: Por que?
Baixa eficiência

Por que?
Sintoma 2:
A máquina quebra muito
Causa
Por que? Raíz
Sintoma 3:
A correia se rompe

Sintoma 4: Por que?


Falta de lubrificação polias

Sintoma 5:
Não está no plano de MP
4 – Pareto
Velfredo Pareto foi um economista italiano que descobriu
que a riqueza não era distribuída de maneira uniforme. Ele
descobriu que aproximadamente 20% do povo detinha 80%
da riqueza criando uma condição de distribuição desigual;

• Outros estudantes aplicaram este princípio a outras áreas


e descobriram que esta mesma razão de 80/20 estava
presente. Geralmente 20% das causas em uma dada
situação responderá por 80% dos problemas;

• Nós usamos a análise de Pareto para dizer onde


concentrar os nossos esforços visando uma maior melhoria.
4 – Pareto
4 – Pareto
Rio Verde
Motivo Junho Total Geral % Pareto
Aspecto 18 18 72%
Perda de vácuo 5 23 92%
Odor/cheiro 1 24 96%
Coloração 0 24 96%
Consistencia/textura 0 24 96%
Outros 1 25 100%
Sabor 25 100%
4 – Pareto

Embalagem Externa Embalagem Interna Absorvedor

Gráfico de Pareto de Embalagem Externa Gráfico de Pareto de Embalagem Interna Gráfico de Pareto de Absorvedor
3000 1400
100 100 100
1000
2500 1200
80
800 80 80
2000 1000

Percentual
60
QTD

Percentual

Percentual
1500 60 800 60

QTD_1

QTD_3
600
40
1000
600
400 40 40
500 20
400

200 20 20
0 0
Embalagem Externa 200
a s 2 e es o a ia
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g e e er
G
Ba st Re R Ad 0 0 0 0
Te Embalagem Interna Bag Issues Teste de O2 Revisões Absorvedor Bag Issues Teste de O2 Reanálise Revisões Aderência
QTD 1161 538 294 256 194 168 144 79 QTD_1 538 294 194 QTD_3 538 294 256 194 79
Percentual 41,0 19,0 10,4 9,0 6,8 5,9 5,1 2,8 Percentual 52,4 28,7 18,9 Percentual 39,5 21,6 18,8 14,3 5,8
Acum % 41,0 60,0 70,3 79,4 86,2 92,1 97,2 100,0 Acum % 52,4 81,1 100,0 Acum % 39,5 61,1 79,9 94,2 100,0

70% das trocas de embalagens externas 81% das trocas de embalagens externas 61% das trocas de embalagens externas
são devido: são devido: são devido:
 Gordura  Bag Issues  Bag Issues
 Bag Issues  Teste O2  Teste O2
 Teste O2
4 – Pareto

Gráfico de Pareto de Bifinho - Tipo de MP Gráfico de Pareto de Mistura - Tipo de MP


1800 700
1600 100 100

1400 600
80
1200

Percentual
80
500
1000 60

Percentual
800
400 60
600 40

400 300
20
200 40

0 0 200
ro a le le a
Du le t Mo rt o r to Mo l et t ro
bo ga ga bo Ou
x ão or
x ã o La /La x ão or 20
Co /B Co ur
o
Co /B
100
to ta/ to
ar oD ar
La
g
oxã b ole L ag
C or
/B
rto
ga 0 0
La Coxão Duro Lagarto/Borboleta Coxão Mole Lagarto Outro
Bifinho 760 507 86 77 44 41 38 57 Mistura 361 94 89 80 25
Percentual 47,2 31,5 5,3 4,8 2,7 2,5 2,4 3,5 Percentual 55,6 14,5 13,7 12,3 3,9
Acum % 47,2 78,7 84,0 88,8 91,6 94,1 96,5 100,0 Acum % 55,6 70,1 83,8 96,1 100,0

Ciclo PDCA.xlsx
5 – Diagrama de Dispersão

Um diagrama de dispersão não pode provar que uma variável causa outra, mas
mostra se existe uma relação e a sua intensidade ou natureza.

Em um diagrama de dispersão o eixo horizontal (X) representa os valores


medidos de uma variável e o eixo (Y) representa os valores da segunda
variável.

Um diagrama de dispersão típico é apresentado a seguir:


5 – Diagrama de Dispersão
INTERPRETAÇÃO DO DIAGRAMA DE DISPERSÃO:

CORRELAÇÃO POSITIVA
• Um aumento em Y depende de um aumento de X. Se X estiver
controlado, Y estará naturalmente controlado, exemplo: peso x calorias
ingeridas.

POSSÍVEL CORRELAÇÃO POSITIVA


• Se houver um aumento em X, Y sofrerá algum aumento, mas Y parece
ter outras causas além de X, exemplo: chuva x trânsito.

NENHUMA CORRELAÇÃO
• Acréscimos ou decréscimos em x não alteram em y, exemplo: seca no
nordeste x colheita de uvas no sudeste.

POSSÍVEL CORRELAÇÃO NEGATIVA


• Um aumento em X causará uma tendência de decréscimo em Y.
Exemplo: treinamento X erros cometidos.
5 – Diagrama de Dispersão
5 – Diagrama de Dispersão
6 – Carta de Controle

As cartas de controle e cartas de tendência são usadas para mostrar as


tendências dos pontos de observação em um período de tempo.

As cartas de controle não são mais que cartas de tendência com acréscimo
de limites de controle. Os limites de controle são calculados aplicando-se
fórmulas simples aos dados do processo.

As cartas de controle podem trabalhar tanto com dados por variável


(mensuráveis) quanto com dados por atributo (discreto).
6 – Carta de Controle
6 – Carta de Controle
6 – Carta de Controle
Before/After I-MR Chart of Rework by Kaizen
Summary Report

Was the process standard deviation reduced? Comments


0 0,05 0,1 > 0,5 After a process change, you may want to test whether the standard
deviation or mean changed:
Yes No
P < 0,001
• The standard deviation was reduced by 55,2% (p < 0,05).
• The mean is significantly lower (p < 0,05). Make sure the direction of
O desvio padrão diminuiu em 55,2% e a
the shift is an improvement.
Did the process mean change?
Consider whether these changes have practical implications. média e está significativamente menor.
0 0,05 0,1 > 0,5

Yes No
P < 0,001
Média = 1,26%
Antes Depois
Individual Value

0,04
0,015 LIMITES
0,02 UCL=0,02003
_
X=0,01269
LCL=0,00535
LSEspecificação = 1,5%
0,00

0,030
LIControle = 0,53%
Moving Range

0,015
UCL=0,00902
LSControle = 2,00%
__
MR=0,00276
0,000 LCL=0
1 16 31 46 61 76 91 106 121 136

Stage N Mean StDev(Within) StDev(Overall)


Antes 58 0,024204 0,0054621 0,0098802 Control limits use
Depois 88 0,012692 0,0024462 0,0034143 StDev(Within)
7 – Folha de Verificação

Para elaborar uma folha de verificação, proceder


conforme segue:
1 – Concordar com o que será observado e por que;
2 – Decidir o tempo de observação;
3 – Desenhar um formulário fácil de ser utilizado,
claramente identificado e com espaço suficiente para se
anotar os dados;
4 – Coletar os dados de forma consistente e precisa.
7 – Folha de Verificação

A folha de verificação é o ponto lógico para se iniciar a


maioria dos processos de resolução de problemas.

As folhas de verificação são formulários simples utilizados


para responder as seguintes perguntas:
1 – Que eventos estão ocorrendo? (Ex.: tipo de defeito);
2 – Quando quantas vezes ocorrem os eventos? (Ex.:
freqüência dos defeitos);
3 – Onde estão ocorrendo os eventos? (Ex.: localização do
defeito);
4 – Os eventos em questão estão ocorrendo junto com outras
mudanças ou eventos? (Ex: outros fatores de influência);
5 – Esqueci de alguma coisa? (Outros)
7 – Folha de Verificação
Referência Bibliográfica

CAMPOS, Vicente Falconi, 1940. TQC – Controle de Qualidade Total (no estilo
japonês. Belo Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 1999.
CAMPOS, Vicente Falconi. Gerenciamento da Rotina do Trabalho do dia-a-dia. Belo
Horizonte: Editora de Desenvolvimento Gerencial, 2001.
DELLARETTI e DRUMOND, Osmario Filho e Fátima Brant. TQC – Itens de Controle e
Avaliação do Processo. Belo Horizonte: Fundação Cristiano Ottoni, 1994.

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