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Direito - Pagamento e parcelas

O 13º salário é devido a todos os empregados urbanos, rurais e


domésticos. Tal direito está previsto na CF/1988, art. 7º.

De acordo com a legislação, o 13º deve ser pago em duas parcelas: a 1ª deve ser
antecipada entre os meses de fevereiro e novembro, até o dia 30.11, e a 2ª deve ser
paga até o dia 20 de dezembro.

Valor

O valor do 13º corresponde a 1/12 da remuneração que é devida ao empregado no


mês de dezembro, para cada mês de serviço, efetivamente trabalhado, do ano
correspondente, considerando-se mês integral de prestação de serviço a fração
igual ou superior a 15 dias de trabalho dentro do mês civil.
Base de cálculo
A CF/1988, no art. 7º, inciso VIII e § único, dispõe que os trabalhadores urbanos, rurais e
domésticos fazem jus ao 13º salário com base em sua remuneração integral.

Compreendem-se na remuneração dos empregados, para todos os efeitos legais, além do salário
contratual, as gorjetas, comissões, percentagens e gratificações ajustadas e pagas pelo
empregador (art. 457, da CLT).

Segundo entendimento da jurisprudência, os adicionais por trabalho insalubre e perigoso (Súmula


TST nº 139), as horas extras habitualmente prestadas (Súmula TST nº 45) e o adicional noturno
habitual (Súmula TST nº 60), também integram a remuneração do empregado para o cálculo e
pagamento do 13º.

No entanto, a legislação trabalhista não prevê expressamente a integração destes adicionais no


cálculo do 13º salário, no entanto, como estes são valores que compõem a remuneração dos
trabalhadores para todos os efeitos legais, devem, preventivamente, integrar a base de cálculo, tanto
na 1ª, quanto na 2ª parcela do 13º.

Desta forma, a base de cálculo do 13º é a remuneração integral auferida pelo trabalhador
(todos valores que habitualmente faz jus).
Integração de horas extras

A legislação trabalhista não prevê expressamente a integração de


adicionais no cálculo do 13º salário. Entretanto, a Súmula nº 45, do
TST dispõe que: “A remuneração do serviço suplementar,
habitualmente prestado, integra o cálculo da gratificação natalina
prevista na Lei nº 4.090, de 13.07.1962.“

Assim, deverá ser obtida a média da quantidade (nº) de horas extras


habitualmente realizadas no ano, que deverão ser somadas e divididas
por 12 ou pelo nº de meses efetivamente trabalhados.

O resultado obtido deverá ser multiplicado pelo salário-hora vigente na


data do pagamento, acrescido do adicional extraordinário de no
mínimo 50%.
2ª parcela - Prazo e pagamento
O pagamento da 2ª parcela do 13º deve ser efetuado até o
dia 20.12, deduzindo-se, após o desconto dos encargos
legais incidentes (INSS e IRRF, se houver), o valor pago
referente à 1ª parcela.

Para apurar a remuneração integral mensal, em todos os


casos, usa-se
critério idêntico ao utilizado na apuração da remuneração da
1ª parcela.
A 2ª parcela, que totaliza o 13º salário corresponde a:

-remuneração de dezembro no caso de mensalistas e horistas, de


acordo com o período trabalhado conforme datas de admissão;

-média da parte variável de janeiro a novembro ou da admissão a


novembro (para os empregados comissionistas puros); e

- soma da média da parte variável de janeiro a novembro ou da


admissão a novembro + o salário fixo de dezembro (para os
empregados comissionistas mistos).
Empregados admitidos até 17.01

→ receberão o 13º de forma integral Mensalistas, horistas e

diaristas

Para os empregados admitidos até o dia 17.01, no cálculo do 13º entra o


cômputo de todo o ano.

No caso de empregado horista, com uma jornada de trabalho pré-fixada pelo empregador, na
contratação, para o cálculo do seu 13º, deve-se levar em consideração as horas trabalhadas
+ os DSR’s de todo o período (ano), visto que estes não estão embutidos no salário do
mesmo, como no caso dos mensalistas, por exemplo.

Quanto à 2ª parcela, receberão uma remuneração mensal de dezembro, deduzindo-se após


o desconto dos encargos legais incidentes, o valor pago referente ao adiantamento (1ª
parcela).
 1º exemplo
Mensalista

2ª parcela
Remuneração em dezembro = R$ 1.000,00
- 13º integral = R$ 1.000,00
- 2ª parcela a receber: R$ 80,00 (desconto INSS) - R$ 500,00
(1ª parcela)

→ R$ 420,00 = 2ª parcela do 13º salário


 2º exemplo
Horista

Empregado com salário-hora de R$ 10,00 contratado à base de


180h mensais recebeu a 1ª parcela do seu 13º em maio, por
ocasião de suas férias, no valor de R$ 900,00.

O valor da 2ª parcela, quando o salário-hora em dezembro é R$


15,00 será:
- 13º integral (R$ 15,00 x 180 mensais) = R$ 2.700,00 (base para
o cálculo) R$ 243,00 (desconto INSS) - R$ 900,00 (1ª parcela)

→ R$ 1.557,00 = valor da 2ª parcela do 13º


Remuneração variável (comissões)

Os empregados comissionistas receberão o 13º conforme


média mensal a ser apurada das importâncias percebidas
de janeiro a novembro (2ª parcela), deduzindo-se, nesta,
após o desconto dos encargos legais incidentes, o valor do
adiantamento pago.

(§ 1º, do art. 3º, do Decreto 57.155/1965)


Inclusão do DSR das comissões
Como a remuneração dos dias de DSR integra o salário do comissionista
para todos os efeitos legais, o valor dos DSR’s correspondentes às
comissões devem ser computados para apuração da média que servirá de
base para o cálculo do 13º.

“Súmula nº 27 do TST
COMISSIONISTA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
É devida a remuneração do repouso semanal e dos dias feriados ao
empregado comissionista, ainda que pracista.”

Obs.: No cálculo das médias, o empregador deverá verificar se há qualquer


previsão em documento coletivo de trabalho que garanta alguma
vantagem ou condição mais benéfica aos empregados, como por exemplo,
últimas 6 comissões, 6 maiores comissões, etc.
 3º exemplo
Remuneração variável - Comissionista

Empregado comissionista (sem parte fixa) recebeu, de janeiro a novembro/2019


um total de R$ 18.100,00 de comissões durante estes 11 meses.

2019 - Comissões auferidas (R$) 2019 - Comissões auferidas (R$)

Janeiro 1.000,00 Julho 2.500,00


Fevereiro 1.000,00 Agosto 1.500,00
Março 1.900,00 Setembro 2.600,00
Abril 1.100,00 Outubro 2.000,00
Maio 1.000,00 Novembro 2.500,00
Junho 1.000,00 Total 18.100,00
2ª parcela

- total das comissões de janeiro a novembro: R$ 18.100,00


- média mensal = R$ 18.100,00 (total das comissões) ÷ 11
(meses de apuração)
= R$ 1.645,45 (base para o 13º)
- 2ª parcela → R$ 131,60 (desconto INSS) - R$ 780,00 (1ª
parcela)

→ R$ 733,81 = valor da 2ª parcela do 13º do comissionista


Remuneração mista (salário fixo +
variável)

No caso de remuneração mista (salário fixo + variável,


como comissões, etc.), apura-se, a média mensal da parte
variável percebida de janeiro a novembro adicionando-se o
salário fixo vigente em dezembro, deduzindo-se os
encargos legais e o valor pago referente à 1ª parcela.
Empregados admitidos no curso do ano

→ receberão o 13º de forma proporcional


Mensalistas e horistas

Empregados admitidos no curso do ano recebem o 13º salário de


forma proporcional aos meses efetivamente trabalhados no ano,
contados da data da admissão até dezembro, considerado mês
completo a fração igual ou superior a 15 dias.

Divide-se o salário percebido pelo empregado pelos 12 meses do


ano e multiplica-se pelo período efetivamente trabalhado, aqueles
que dentro do mês civil sejam iguais ou superiores a 15 dias.
 4º exemplo
Mensalista

Empregado admitido em 15 de abril com salário de R$

1.200,00 2ª parcela (9/12 avos)


- salário em dezembro = R$ 1.400,00
R$ 1.400,00 ÷ 12 (meses do ano) x 9 (meses trabalhados) =
R$ 1.050,00
→ R$ 84,00 (desconto INSS) - R$ 400,00 (1ª parcela)

→ R$ 566,00 = 2ª parcela do 13º do empregado mensalista


 5º exemplo
Horista

Empregado com salário-hora de R$ 20,00, admitido em 20 de


setembro

2ª parcela (3/12 avos)


- salário-hora em dezembro = R$ 20,00
- remuneração base (R$ 20,00 x 220h) = R$ 4.400,00
- R$ 4.400,00 ÷ 12 x 3 (meses trabalhados) = R$ 1.100,00
→ R$ 88,00 (desconto INSS) - R$ 275,00 (1ª parcela)

→ R$ 737,00 = 2ª parcela do 13º do empregado horista


Comissionista (sem salário fixo)

Para o cálculo do seu 13º divide-se a soma das comissões + os


DSR’s auferidos no ano. Após a apuração desta média, divide-se o
valor encontrado por 12 (meses do ano) e multiplica-se pelo nº de
meses de efetivo trabalho até dezembro.
 6º exemplo
Comissionista

Empregado admitido em 11 de julho recebeu a título de comissões de julho a


novembro um total de 9.000,00

2ª parcela (6/12 avos)


Total das comissões no ano = R$ 9.000,00
R$ 9.000,00 ÷ 5 (meses apurados) = R$ 1.800,00 (média mensal) R$
1.800,00 ÷ 12 (meses do ano) x 6 (meses de direito) = R$ 900,00 R$
72,00 (desconto INSS) - R$ 343,75 (1ª parcela)

→ R$ 484,25 = 2ª parcela do 13º do comissionista puro


Comissionista misto (fixo + variável)

Para o cálculo do 13º de empregado com remuneração mista,


após a obtenção da média da parte variável, adiciona-se o salário
fixo do empregado do mês de dezembro e divide-se o valor por
12, multiplicando-se pelo nº de meses de trabalho, devendo ser
adotados os mesmos critérios anteriores.
Cálculo de horas extras

No caso de horas extras, deve-se obter a média da quantidade (nº) de


horas extras habitualmente prestadas pelo empregado durante o ano,
multiplicando o nº médio obtido pelo salário-hora vigente no momento
do pagamento, acrescido do adicional extraordinário de 50% no
mínimo ou % + benéfico previsto em convenção coletiva.

O valor encontrado deve ser adicionado ao 13º do empregado.


 7º exemplo
Média de horas extras para pagamento do 13º

Empregado com salário-hora de R$ 10,00, recebe em dezembro R$


15,00 a título de hora extra (R$ 10,00 + 50%). Trabalhou em horário
extraordinário 220 horas, de janeiro a novembro, portanto, em média 20
horas por mês (220 ÷ 11), totalizando R$ 300,00 (20 horas x R$ 15,00) a
título de horas extras.

Recebeu na 1ª parcela R$ 150,00 a título de média de horas extras.

Na 2ª parcela do 13º deste empregado deve-se acrescentar R$ 150,00.


Diferença de remuneração variável - Ajuste e prazo de
pagamento

“Decreto nº 57.155/1965

Art. 2º Para os empregados que recebem salário variável, a qualquer


título, a gratificação será calculada na base de 1/11 (um onze avos)
da soma das importâncias variáveis devidas nos meses trabalhados
até novembro de cada ano. A esta gratificação se somará a que
corresponder à parte do salário contratual fixo.

Parágrafo único. Até o dia 10 de janeiro de cada ano, computada a


parcela do mês de dezembro, o cálculo da gratificação será revisto
para 1/12 (um doze avos) do total devido no ano anterior,
processando-se a correção do valor da respectiva gratificação com o
pagamento ou compensação das possíveis diferenças.”
Até 20.12, prazo oficial para o pagamento da 2ª parcela do 13º, não é
possível saber quanto ganharão, neste mês, os empregados que
trabalham com modalidades de salários variáveis (comissões, horas
extras, etc.).

Para o acerto final do 13º, é necessário refazer os cálculos para incluir


todo o mês de dezembro e os valores variáveis de 20 a 31.12.

Assim, computada toda a parcela variável do mês de dezembro, o cálculo do


13º é revisto, acertando-se a diferença. Havendo diferença favorável ao
empregado, o prazo para pagamento deste ajuste deverá ser feito até o 5º
dia útil de janeiro/2019 (art. 459, da CLT). No caso de diferença favorável à
empresa (recebimento a maior pelo empregado, nos casos de projeção de
valores pela empresa) tal valor poderá ser descontado do seu salário, no

 8º exemplo
Diferenças de parcela variável

Comissionista: de janeiro a novembro a parte variável somou R$ 19.250,00, e uma média mensal
de R$ 1.750,00 (total ÷ 11), que somada ao fixo de R$ 1.000,00 dá um total de R$ 2.750,00 (valor
do 13º a ser pago até 20.12).

Em dezembro, o fixo permaneceu em R$ 1.000,00, mas as comissões totalizam mais R$


4.750,00.

Para acerto da diferença, o procedimento a ser utilizado é o seguinte:

- total das comissões de janeiro a novembro + diferenças de dezembro ÷ 12 + salário fixo:

- R$ 19.250,00 + R$ 4.750,00 (R$ 24.000,00) ÷ 12 = R$ 2.000,00 (média parte


variável) + R$ 1.000,00 (salário fixo) = R$ 3.000,00

- R$ 3.000,00 (13º devido) - R$ 2.750,00 (recebido em 20.12)

→ R$ 250,00 (diferença devida)

Este ajuste deverá ser pago ao empregado até o 5º dia útil de janeiro/2020.
Incidências sobre o pagamento do 13º

Contribuição previdenciária

Em regra geral, a incidência de contribuição previdenciária sobre o 13º


salário é devida quando do pagamento da 2ª parcela ou em caso de
rescisão contratual.
Para fins de cálculo, utiliza-se como base de incidência o valor bruto da
remuneração do 13º, sem a compensação do adiantamento pago,
aplicando-se, em separado, as alíquotas normais de contribuição
mensal.

(Decreto 3.048/1999, art. 214, §§ 6º e 7º e IN RFB 971/2009, arts. 94,


§§ 1º e 2º
e 95)
Recolhimento específico

O recolhimento da contribuição previdenciária sobre o 13º, em regra geral, deve ser


efetuado até o dia 20.12, por intermédio de uma guia utilizada especificamente para esta
finalidade - GPS 13 para as empresas ainda não obrigadas à DCTFWeb ou DARF
específico da competência 13 gerado pela DCTFWeb Anual (específica do 13º), para as
empresas já obrigadas à esta sistemática, ou seja, uma guia separada da que for utilizada
para recolhimento das contribuições sobre a folha de pagamento da competência
dezembro.

Ajuste de salário variável

Caso haja pagamento de remuneração variável em dezembro, o pagamento das


contribuições referentes ao ajuste do valor do 13º salário deve ocorrer no documento de
arrecadação da competência dezembro (GPS/DARF 12), em 20.01, considerando-se para
apuração da alíquota da contribuição do segurado o valor total do 13º.

(IN RFB 971/2009, art. 96 e § 1º)


Base de cálculo para apuração da contribuição
previdenciária

- Contribuição do empregado
O empregado contribui nas alíquotas de 7,5, 9, 12 e 14%, conforme o valor
integral do seu 13º, sem compensação do adiantamento pago, mediante
aplicação, em separado, da tabela de desconto previdenciário referente ao
mês de dezembro ou do mês da rescisão.
- Contribuição da empresa
A empresa assume, em regra geral, o encargo patronal de 20% sobre o
total bruto (sem limite) da remuneração paga aos segurados empregados,
incidindo, ainda, a contribuição referente ao RAT ajustado (1, 2 ou 3%) e a
contribuição devida a “Outras Entidades/Terceiros”.
FGTS

O depósito dos 8% relativo ao FGTS é devido com base na


remuneração paga ou devida no mês anterior, nela incluída, além de
outras parcelas, o 13º salário.

Assim o depósito do FGTS deve ser efetuado por ocasião do


pagamento tanto da 1ª, como da 2ª parcela do 13º.

O prazo de recolhimento é até o dia 7 do mês subsequente ao do


pagamento, devendo ser antecipado caso recaia em dia não útil. Para
2019, o depósito referente à 1ª parcela deverá ser feito no dia 06.12
(sexta-feira).

(Lei nº 8.036/1990, art. 15)


GFIP 13
Obrigatoriedade e prazo de envio

O arquivo da GFIP referente à competência 13 (GFIP 13) destinado


exclusivamente à Previdência Social (meramente declaratória), com ou sem
movimento, deve ser transmitido pelas empresas até o dia 31 de janeiro do ano
seguinte ao da referida competência, conforme Manual da SEFIP, Versão 8.4,
Capítulo I, item 6. Tal envio deverá ser feito até o dia 31.01.2020 (sexta-feira).

Tem por objetivo declarar e informar à Previdência Social a base de cálculo do


13º salário, ou seja, as remunerações que geraram a contribuição
previdenciária sobre o 13º pago aos empregados e recolhida em 20 de
dezembro do ano anterior (GPS 13). É obrigatória desde 2005.

Estão dispensados desta entrega somente o empregador doméstico e as


empresas já obrigadas à apresentação da DCTFWeb.
GFIP 13 - Informações

Na GFIP da competência 13, o empregador deverá informar:

a) a base de cálculo das contribuições previdenciárias da competência


13, referentes ao 13º salário;

b) o valor da dedução do 13º salário-maternidade, a ser abatido


das contribuições devidas para a competência 13;

c) o valor da compensação, a ser abatido das contribuições devidas


para a competência 13;

d)o valor referente a competências anteriores, inferiores ao limite


mínimo para recolhimento, a ser incluído na GPS da competência 13;

e) o valor da retenção sobre nota fiscal/fatura (Lei nº 9.711/1998) sofrida


em dezembro e que foi abatido na GPS da competência 13.
Preenchimento da GFIP quando do
pagamento do 13º

(Exemplos trazidos no Manual da SEFIP, Versão 8.4, págs. 147 a 149)


Exemplo 1

Empregado recebe em novembro uma remuneração mensal de R$


700,00 e um adiantamento de 13° salário no valor de R$ 350,00.

Em dezembro recebe uma remuneração mensal de R$ 800,00 e a


segunda parcela do 13° salário no valor de R$ 450,00.
Na GFIP da competência dezembro, informar:

- campo Remuneração sem 13° Salário - valor da


remuneração mensal -
R$ 800,00;

- campo Remuneração 13° Salário - valor correspondente à


segunda
parcela do 13° salário - R$ 450,00;

- campo Base de Cálculo 13° Salário Previdência Social -


Referente à Competência do Movimento - não preencher;
Na GFIP da competência 13, informar:

- campo Remuneração sem 13° Salário - não preencher;

- campo Remuneração 13° Salário - não preencher;

- campo Base de Cálculo 13° Salário Previdência Social -


Referente à Competência do Movimento - R$ 800,00
(350,00 + 450,00).
eSocial

Em regra geral, o valor do adiantamento (1ª parcela do 13°)


deverá ser informado no evento S-1200 - Remuneração do
trabalhador do mês em que o valor for pago, com a rubrica
específica de adiantamento (para fins de recolhimento somente do
FGTS).

Em dezembro, até o dia 20, a empesa deverá informar a folha


anual do 13° salário, separadamente da folha da competência de
dezembro, informando o pagamento da 2ª parcela do 13° no
evento S-1200 e o respectivo desconto do adiantamento (para
recolhimento do INSS e IR).
“S-1200 - Remuneração de trabalhador vinculado ao Regime Geral de
Previdência Social

Informações adicionais:
..............................

30) O empregador/órgão público deve informar a folha do 13º salário (AAAA),


obrigatoriamente, no mês de dezembro, com o valor total do 13º salário e o valor do
desconto do adiantamento de 13º salário. O adiantamento de 13º salário deve ser
realizado até novembro e informado em rubrica específica na folha mensal (AAAA-
MM), referente ao mês em que o adiantamento for pago.
Exemplo:
Um trabalhador recebeu R$ 5.600,00 de salário mensal em novembro e houve
pagamento de adiantamento do 13º salário no valor de R$ 2.800,00. Em dezembro, o
trabalhador recebeu R$ 6.000,00 de salário e houve o pagamento do restante do 13º
salário no valor de R$ 3.200,00.

Folha de novembro
- Rubrica com natureza "5504 - 13º salário - adiantamento" igual a R$ 2.800,00
(somente com incidência de FGTS)
Folha de 13º salário

- Rubrica com natureza “5001 - 13º salário” igual a R$ 6.000,00 (com incidência de
Imposto de Renda, FGTS e Contribuição Previdenciária)
- Rubrica com natureza “9214 - 13º salário - desconto de adiantamento” igual a R$
2.800,00 (somente com incidência de FGTS)
Neste caso, o recolhimento do FGTS será apurado na competência dezembro, relativo
ao 13º salário, pela diferença entre as rubricas de natureza "5001" e "9214", quando
houver (no exemplo, sobre o valor de R$ 3.200,00).

31) Os ajustes de 13º salário, decorrentes do recebimento de remuneração variável,


deverão ser informados na folha de pagamento de dezembro.”
DCTFWeb Anual (referente ao 13º)

De acordo com o Manual da DCTFWeb, a DCTFWeb 13º Salário, ou Anual, serve para declarar as
contribuições previdenciárias incidentes sobre a gratificação de Natal, instituída pela Lei 4.090/1962. É
gerada a partir do envio do eSocial relativo ao 13º.
Esta categoria de declaração não recebe informações da EFD-Reinf, como ocorre com a
DCTFWeb Geral.

Ressalte-se que, o prazo para entrega da DCTFWeb Anual é até o dia 20.12 de cada exercício, após
o envio da folha do 13° salário no eSocial.

Assim, após a transmissão da DCTFWeb Anual, fica habilitada a emissão do DARF para
recolhimento das contribuições, o qual deverá ser feito também até o dia 20.12.

Desta forma, a empresa já obrigada a tal sistemática, deverá transmitir a DCTFWeb Anual (após a
informação da folha do 13° salário pelo eSocial), até o dia 20.12, para possibilitar a geração do
DARF para recolhimento das contribuições previdenciárias incidentes sobre o 13° salário, também
até o dia 20.12.

Por fim, lembramos que, o recolhimento do FGTS sobre o 13° salário, continua sendo feito
normalmente pela GFIP.
Penalidades por infrações à legislação do 13º

Nos termos da Portaria MTb nº 290/1997, os infratores aos


dispositivos relativos ao 13º salário são punidos com multa
administrativa de 160 UFIR (R$ 170,25, aproximadamente), por
empregado prejudicado, dobrada no caso de reincidência.

As infrações relativas a prazos para pagamento da 1ª e da 2ª


parcelas, entre outras hipóteses, acarretarão a aplicação de multa
administrativa no caso de a empresa sofrer fiscalização pelo
Ministério da Economia.
Publicada Nota Técnica com ajustes no leiaute 2.5 do
eSocial, contemplando a MP 905/2019, que trata do
contrato de trabalho Verde e Amarelo

Foi publicada no portal do eSocial, na área de Documentação Técnica, a


Nota Técnica n° 16/2019, a qual estabelece ajustes na versão 2.5, do leiaute
do eSocial, que teve entrada em produção em maio de 2018.

Segundo a nota, a data de implantação desses ajustes no ambiente de


produção ocorrerá em 1°.01.2020, data de início de vigência da nova
modalidade de contrato de trabalho criada.

No ambiente de produção restrita, o início dos testes ocorreu desde o dia


10.12.2019, conforme notícia veiculada no portal do eSocial.
Dentre outras alterações, a referida Nota Técnica modificou
a Tabela 01 (Categorias de Trabalhadores), para incluir os
seguintes códigos:

- 107 (Empregado - Contrato de trabalho Verde e Amarelo -


sem acordo
para antecipação mensal da multa rescisória do FGTS); e

- 108 (Empregado - Contrato de trabalho Verde e Amarelo -


com acordo para antecipação mensal da multa rescisória
do FGTS).
Alterações na CLT (art. 28)

Anotações na CTPS

Art. 29

- O Auditor Fiscal do Trabalho vai lançar no eSocial quando


não houver a anotação pelo empregador

-Aplicam-se a este caso as novas multas, que entrarão em


vigor em 90 dias
Alterações na CLT (art. 28)

Anotação de vínculo reconhecido pela Justiça do Trabalho


em processo iniciado em ação fiscal

Art. 39

- Reconhecido o vínculo, o juiz comunica a autoridade para


lançar no eSocial e aplicar a multa

- Pode ser criado um sistema para que a Justiça do


Trabalho
realiza esse lançamento
Alterações na CLT (art. 28)

Multa por falta de registro de empregados

Art. 47

- Aplicam-se as novas multas

- Se tiver empregado sem registro em que não se identifique o


período, serão reconhecidos, pelo menos, 3 meses
Alterações na CLT (art. 28)

Fiscalização, autuação e imposição de multas

A aplicação das multas administrativas por infrações à legislação de proteção ao


trabalho observará os seguintes critérios:

- para as infrações sujeitas a multa de natureza variável, observado o porte


econômico do infrator, serão aplicados os seguintes valores:

a) de R$ 1.000,00 a R$ 10.000,00, para as infrações de natureza leve;

b) de R$ 2.000,00 a R$ 20.000,00, para as infrações de natureza média;

c) de R$ 5.000,00 a R$ 50.000,00, para as infrações de natureza grave; e

d) de R$ 10.000,00 a R$ 100.000,00, para as infrações de natureza gravíssima;


e
Alterações na CLT (art. 28)

Fiscalização, autuação e imposição de multas

- para as infrações sujeitas a multa de natureza per capita, observados o


porte econômico do infrator e o número de empregados em situação irregular,
serão
aplicados os seguintes valores:

a) de R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00, para as infrações de natureza leve;

b) de R$ 2.000,00 a R$ 4.000,00, para as infrações de natureza média;

c) de R$ 3.000,00 a R$ 8.000,00, para as infrações de natureza grave; e

d) de R$ 4.000,00 a R$ 10.000,00, para as infrações de natureza gravíssima.


Alterações na CLT (art. 28)

Fiscalização, autuação e imposição de multas

Para as empresas individuais, as microempresas, as empresas de pequeno porte,


as empresas com até 20 trabalhadores e os empregadores domésticos, os valores
das multas aplicadas serão reduzidos pela metade.

A classificação das multas e o enquadramento por porte econômico do infrator e a


natureza da infração serão definidos em ato do Poder Executivo federal,
permanecendo inalterados os valores até que seja publicado o referido
regulamento.

Os valores serão atualizados anualmente em 1º de fevereiro de cada ano pela


variação do IPCA-E, ou por índice que venha substituí-lo, calculado pelo IBGE.

As referidas disposições entram em vigor 90 dias após a data de publicação da


MP.
O valor da multa será reduzido em 30% se o infrator, renunciando ao direito
de interposição de recurso, recolhê-la à Conta Única do Tesouro Nacional,
no prazo de 30 dias, contado da data de recebimento da notificação postal
ou eletrônica ou da publicação do edital.

O valor da multa será reduzido em 50% se o infrator, sendo microempresa,


empresa de pequeno porte e estabelecimento ou local de trabalho com
até 20 trabalhadores renunciando ao direito de interposição de
recurso, recolhê-la ao Tesouro Nacional dentro do prazo de 30 dias,
contado da data do recebimento da notificação postal, eletrônica, ou da
publicação do edital.
Alterações na CLT (art. 28)

Trabalho aos domingos


Art. 67

É assegurado a todo empregado um repouso semanal remunerado de 24 horas


consecutivas, preferencialmente aos domingos.

Fica autorizado o trabalho aos domingos e aos feriados.

O repouso semanal remunerado deverá coincidir com o domingo, no mínimo, uma


vez no período máximo de 4 semanas para os setores de comércio e serviços e, no
mínimo, uma vez no período máximo de 7 semanas para o setor industrial.
Para os estabelecimentos de comércio, será observada a legislação local.

O trabalho aos domingos e aos feriados será remunerado em dobro, exceto se o


empregador determinar outro dia de folga compensatória, a qual corresponderá ao
repouso semanal remunerado.

Os infratores destes dispositivos incorrerão na multa prevista no inciso II, caput do


art. 634-A.
Alterações na CLT (art. 28)

A aplicação das multas administrativas por infrações à legislação de proteção ao


trabalho observará os seguintes critérios:

II – para as infrações sujeitas à multa de natureza per capita, observados o porte


econômico do infrator e o número de empregados em situação irregular, serão
aplicados os seguintes valores:
a) de R$ 1.000,00 a R$ 2.000,00, para as infrações de natureza leve;
b) de R$ 2.000,00 a R$ 4.000,00, para as infrações de natureza média;
c) de R$ 3.000,00 a R$ 8.000,00, para as infrações de natureza grave; e
d) de R$ 4.000,00 a R$ 10.000,00, para as infrações de natureza gravíssima.
Para as empresas individuais, as microempresas, as empresas de pequeno porte,
as empresas com até 20 trabalhadores e os empregadores domésticos, os valores
das multas aplicadas serão reduzidos pela metade.
A classificação das multas e o enquadramento por porte econômico do infrator e a
natureza da infração serão definidos em ato do Poder Executivo federal. Sendo
assim, até que seja publicado o referido regulamento, permanecerão inalterados os
valores das multas.
Seguro-desemprego

Art. 43

- Quem receber o seguro-desemprego é segurado


obrigatório da Previdência Social – Lei 8.212 – art.
12, § 16

- Desconto da contribuição previdenciária e contagem para a


aposentadoria

- Vigência – 03/2020
PLR – Lei 10.101/2000
Art. 48
A participação nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa
e seus empregados, mediante comissão paritária escolhida pelas partes ou
convenção ou acordo coletivo.

A não equiparação de entidade sem fins lucrativos à empresa de que trata o inciso
II, do § 3º, não é aplicável às hipóteses em que tenham sido utilizados índices de
produtividade ou qualidade ou programas de metas, resultados e prazos.

As partes podem adotar os procedimentos de negociação simultaneamente e


estabelecer múltiplos programas de participação nos lucros ou nos resultados,
observada a periodicidade estabelecida pelo § 1º, do art. 3º.

Na fixação dos direitos substantivos e das regras adjetivas, inclusive no que se


refere à fixação dos valores e à utilização exclusiva de metas individuais, a
autonomia da vontade das partes contratantes será respeitada e prevalecerá em
face do interesse de terceiros.
PLR – Lei 10.101/2000
Art. 48
Consideram-se previamente estabelecidas as regras fixadas em instrumento
assinado:

- anteriormente ao pagamento da antecipação, quando prevista; e

- com antecedência de, no mínimo, 90 dias da data do pagamento da parcela única


ou da parcela final, caso haja pagamento de antecipação.

A inobservância à periodicidade estabelecida no § 2º, do art. 3º, macula


exclusivamente os pagamentos feitos em desacordo com a norma, assim
entendidos:

- os pagamentos excedentes ao segundo, feitos a um mesmo empregado, dentro


do mesmo ano civil; e

- os pagamentos efetuados a um mesmo empregado, em periodicidade inferior a


um
trimestre civil do pagamento anterior. Nesse caso, mantêm-se a higidez dos demais
PLR – Lei 10.101/2000 Art. 48

A participação nos lucros ou nos resultados poderá ser fixada diretamente com o empregado
hipersuficiente.

São válidos os prêmios independentemente da forma de seu de pagamento e do meio utilizado para
a sua fixação, inclusive por ato unilateral do empregador, ajuste deste com o empregado ou grupo de
empregados, bem como por norma coletiva, inclusive quando pagos por fundações e associações,
desde que sejam observados os seguintes
requisitos:

- sejam pagos, exclusivamente, a empregados, de forma individual ou coletiva;


- decorram de desempenho superior ao ordinariamente esperado, avaliado discricionariamente
pelo empregador, desde que o desempenho ordinário tenha sido previamente definido;
- o pagamento de qualquer antecipação ou distribuição de valores seja limitado a 4 vezes no mesmo
ano civil e, no máximo, de um no mesmo trimestre civil;
- as regras para a percepção do prêmio devem ser estabelecidas previamente ao pagamento;
e
- as regras que disciplinam o pagamento do prêmio devem permanecer arquivadas por qualquer
meio, pelo prazo de seis anos, contado da data de pagamento.
Revogações

Art. 51

- Art. 319, da CLT – Proibição dos professores ministrarem


aulas e aplicarem exames aos domingos

- Art. 386, da CLT – Folga quinzenal aos domingos para as


mulheres

- Art. 628, §§ 1º e 2º - Obrigatoriedade de manutenção do


Livro de
Inspeção do Trabalho

-Lei 8.213/91, art. 21, inciso IV, alínea d – Acidente de trajeto


não é mais acidente de trabalho
Tabela INSS - 2023

A tabela de contribuição de 2023, para trabalhadores com carteira assinada (CLT), é a seguinte:

Salário (de) Salário (até) Alíquota

0,00 1.320,00 7,5%


1.320,01 2.571,29 9,0%
2.571,30 3.856,94 12,0%

3.856,95 7.507,49
14,0%
Tabela INSS - 2023

A tabela de contribuição de 2023, para trabalhadores com carteira assinada (CLT), é a seguinte:

Salário (de) Salário (até) Alíquota

0,00 1.320,00 7,5%


1.320,01 2.571,29 9,0%
2.571,30 3.856,94 12,0%

3.856,95 7.507,49
14,0%
Tabela IRRF- 2023

Base de cálculo mensal


Veja abaixo a tabela para a base de cálculo mensal.
Base de Cálculo (R$) Alíquota (%) Dedução do IR (R$)

Até R$ 2.112,00 0 R$ 0

De R$ 2.112,01 até R$
7,5 R$ 158,40
2.826,65

De R$ 2.826,66 até R$
15 R$ 370,40
3.751,05

De R$ 3.751,06 até R$
22,5 R$ 651,73
4.664,68

Acima de R$ 4.664,68 27,5 R$ 884,96


Exemplos

1- Colaborador com salário de 1.400,00, admissão em 10/02/2022,


carga horária mensal de 180 horas, calcule a primeira e segunda
parcela do décimo terceiro e os devidos descontos na segunda
parcela.

2- Colaborador com salário hora de R$12,00 (com carga de 220


horas) contrato em 15/01/2021, calcule o valor da primeira parcela
que ele recebeu em agosto/2022 (juntamente com as férias), em
novembro sua hora teve reajuste para R$ 18,00, calcule a segunda
parcela, contribuições e ajustes referente ao reajuste do valor hora
aula.

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