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Lista das Abreviaturas

≠ IR – Diferença de imputação racional


An – Actividade Normal
An – Actividade normal
Ar – Actividade Real
Ar – Actividade Real
CF – Custo fixo
CFimp – Custo fixo de Imputação
CIR – Coeficiente de Imputação Racional
Cmg – Custo Marginal
CN – Cifra de Negócio = PV – Preço de Venda
CP – Custo padrão
CR – Custo real
CT – Custo Total
CV – Custo Variável
CVu – Custo Variável Unitário
D/A – Desvio da actividade
D/O – Desvio do Orçamento
D/R – Desvio do Rendimento
IR – Imputação Racional
Lmg – Lucro Marginal
LT – Lucro Total
Man. – Manutenção
MP – Matéria Prima
MSCV – Margem Sobre os Custos Variáveis
O.E:I – Outros Encargos indirectos
OE – Óptimo Económico
OPB – Orçamento Padrão Básico
OPE – Orçamento Padrão Equivalente
OPF – Orçamento Padrão Flexível
OPI – Orçamento Padrão Imputado
OT – Óptimo técnico
PC – Preço de Custo
Pcu – Preço de Custo unitário
Pn – Produção normal
Pp – Preço padrão
Pr – Produção Padrão
Prod. – Produção
Pvu – Preço de venda Unitário
Qp – Quantidade padrão
R – Resultado
RH – Recursos Humanos
Rmg – Receita marginal
RT – Receita Total
Ru – Resultado unitário
Tp – taxa horária padrão
tp – tempo padrão
Sumário
CAPÍTULO 1 – Método de Imputação Racional dos encargos Fixos. ..........................................3
Introdução .......................................................................................................................3
Princípio Geral do Método de Imputação Racional .............................................................3
Imputação racional no mapa de repartição dos encargos indirectos ....................................6
EXERCÍCIOS ......................................................................................................................9
CAPÍTULO II - Custo marginal.............................................................................................. 13
Introdução ..................................................................................................................... 13
Óptimo Técnico .............................................................................................................. 13
Óptimo Económico ......................................................................................................... 14
Exercícios....................................................................................................................... 15
CAPÍTULO III – Custos Pré – Estabelecidos ........................................................................... 16
Introdução ..................................................................................................................... 16
Análise dos Encargos directos.......................................................................................... 16
Avaliação dos desvios parciais ......................................................................................... 18
Controlo dos encargos directos ....................................................................................... 18
Controlo dos desvios dos encargos indirectos................................................................... 19
Exercícios....................................................................................................................... 22
Bibliográfia......................................................................................................................... 23

2
CAPÍTULO 1 – Método de Imputação Racional dos encargos Fixos 1 .
Introdução
2A preocupação dos gestores é a imputação dos encargos que não têm destino fixo e
definido, eles devem ser bem repartidos para não falsearem os custos dos produtos.
Diferete do encargos fixos os encargos variáveis não estão nesta condição por se conhecer
o seu destino.
Princípio Geral do Método de Imputação Racional
O Método IR, cosidera os encargos fixos racionalmente, considerar racionalmente os
encargos fixos é imputar os ecargos fixos com a taxa de actividade ou Coeficiente de
imputação racional (CIR). O CIR mede o quociete entre a actividade real3 em relação a
actividade normal4 .

𝐴𝑟
𝐶𝐼𝑅 =
𝐴𝑛
Outras fórmulas :
Cfimp = CF*CIR
≠ IR = CFimp – CF

Na sua determiação surgem as seguintes codições :


• CIR = 1
Ar = An ; CFimp = CF ; ≠ IR = 0 ; Caso normal

• CIR ˃ 1
Ar ˃ An ; CFimp ˃ CF ; ≠ IR = + ; Ganho de Sobreactividade 5 (Bónus)

• CIR ˂ 1
Ar ˂ An ; CFimp ˂ CF ; ≠ IR = - ; Perda de Subactividade6

Exemplo 1 :
A empresa IB,lda com sede em Luanda produziu e vendeu :
Janeiro – 10.000unid

1 TEPA, Contabilidade Analítica Pormenorizada 3. Pág.451

3 Actividade Observada, “Posteriori”


4 Actividade Programada ou capacidade instalada “Priori”
5 Significado – Actividade aumentada ou excessiva.
6 Significado – Actividade ou trabalho de pequena importância, mal remurado.

3
Fevereiro – 12.000unid
Março – 7.500unid
Pvu – 100.00akz
Cvu – 60,00akz
CF – 150.000,00akz
Pretende – se : Determinar o resultado pelo método de custo completo; Custo Variável e
pelo método de IR. Considerando Janeiro como actividade normal .

Método do Custo Completo


Período Janeiro Fevereiro Março
Prod./Venda 10.000 12.000 7.500
CV 600.000,00 720.000,00 450.000,00
CF 150.000,00 150.000,00 150.000,00
PC 750.000,00 870.000,00 600.000,00
Pcu 75,00 72,50 80,00
PV 1.000.000,00 1.200.000,00 750.000,00
PC (750.000,00) (870.000,00) (600.000,00)
R 250.000,00 330.000,00 150.000,00
Ru 25,00 27,50 20,00

Observações : O método do custo completo considera a totalidade dos encargos (PC =


CV + CF) e informa mensalmente as modificações existentes sobre o preço de venda.
Método do Custeio Variável
Período Janeiro Fevereiro Março
Prod./Venda 10.000 12.000 7.500
PV 1.000.000,00 1.200.000,00 750.000,00
CV (600.000,00) (720.000,00) (450.000,00)
MSCV 400.000,00 480.000,00 300.000,00
CF (150.000,00) (150.000,00) (150.000,00)
R 250.000,00 330.000,00 150.000,00
Ru 25,00 27,50 20,00

Observações : O método do Custeio Variável não considera os encargos fixos não


considera os encargos fixos na determinação do preço de Custo, mas sim na determinação
do resultado
Mas estes dois métodos não permitem fixar o preço de venda a longo prazo, já que eles
são utilizados apenas para a determinação dos preços mínimos. Os mapas acima mostram
a dificuldade que há em ter custos unitários estáveis.
A preocupação dos contabilistas e gestores das empresas é a de considerar todos os
encargos, incluindo os encargos fixos, daí a eficiência do método IR que responde a essa

4
preocupação e permite determinar o preço de venda ao longo prazo tendo os custos
estáveis.

Método de imputação racional dos encargos fixos


Período Janeiro Fevereiro Março
Prod./Venda 10.000 12.000 7.500
CF 150.000,00 150.000,00 150.000,00
CIR 1 1,2 0,75
CFimp 150.000,00 180.000,00 112.500,00
CV 600.000,00 720.000,00 450.000,00
PC 750.000,00 900.000,00 562.500,00
Pcu 75 75 75
PV 1.000.000,00 1.200.000,00 750.000,00
PC (750.000,00) (900.000,00) (562.500,00)
R 250.000,00 300.000,00 187.500,00
Ru 25 25 25
≠IR 0 30.000 (37.500)

Observações: Em princípio, não existe uma grande diferença entre o método de Custeio
variável e o método de imputação racional. A única diferença é a repartição dos encargos
fixos conforme a actividade. Podemos dizer que o método de imputação racional é um
desenvolvimento que é destinado a filtrar certos erros do método dos centros de
análise, pois ele apenas considera os encargos fixos relacionados a actividade
realmente realizada em vez da actividade programada.
Este método tem como principal objectivo corrigir a incidência das variações da
actividade nos custos unitários transformando ou permitindo que os custos unitár ios
obtidos sejam estáveis.

5
Imputação racional no mapa de repartição dos encargos indirectos

O princípio fundamental do método IR pratica – se no mapa de Centros de Análise antes


da segunda repartição. Quando os CIRs são os mesmos para todos os centros, não há
problema. Mas se os CRIs são diferentes deve ser efectuado centro por centro, depois da
primeira repartição e antes da segunda. Assim nós podemos ter: CIR único para todos os
centros de análise e CIR diferentes em todos os centros de análise.
CIR único
Quando o CIR é comum ou único para todos os centros as fases de elaboração do mapa
de repartição passa pelo seguinte:
1 – Separar por cada centro os encargos em fixos e variáveis.
2 – Aplicar o CIR único aos encargos fixos afim de obter o montante a imputar aos custos
3 – Efectuar o total de encargos a incorporar (Encargos fixos imputados + encargos
variáveis)
4 – Proceder a repartição primária seguida da segunda repartição.
5 – Calcular, segundo o nível de actividade, as diferenças de imputação.
6 – Inscrever a natureza de unidade de obra .
7 – Calcular e inscrever o número de unidade de obra.
8 – Calcular o custo de unidade de obra.

E o mesmo mapa apresenta a seguinte estrutura:


Eleme Monta Ventilação Total a C.A C.P ≠IR
ntos nte imputar
C CFi C CFimp R Ma FA FA DI Gan PEr
F mp V +CV H n. BI B ST hos das
II
MOI
OEI
Total
RH
Man
Total

6
Exemplo 2:
A empresa JP, Lda Apresenta os seguintes encargos indirectos:

Encargos por natureza Montante Parte Fixa Parte Variável


Materiais Consumíveis 100.000,00 100.000,00
Encargos administrativos 300.000,00 120.000,00 180.000,00
O.E.I 400.000,00 300.000,00 100.000,00

Elementos Centros Auxiliares Centros Principais


Recursos Manutenção Fábrica Fábrica Distribuição
Humanos II
Materiais 5 15 40 30 10
Consumíveis
Encargos 10 10 20 20 40
Administrativos
O.E:I 20 10 20 20 30
Total 1º Repartição
RH 20 35 35 10
Manutenção 40 40 20

Pretende – se : Elaborar o mapa de repartição dos encargos indirectos segundo o método


de imputação racional, sabendo que o CIR é único para todos os centros e é de 95% da
actividade normal.

CIR Diferentes
Quando o CIR é diferente7 para todos os centros as fases de elaboração do mapa de
repartição passa pelo seguinte:
1 – Introduzir os encargos indirectos nos centros, definindo os fixos e variáveis.
2 – Efectuar a primeira repartição aplicando as chaves de repartição dos encargos fixos e
variáveis
3 – Aplicar o CIR de cada centro de análise aos encargos fixos afim de obter o montante
de encargos fixos a imputar aos custos; em seguida inscrever o montante dos encargos
fixos imputados na coluna dos encargos variáveis.
4 – Calcular o total da coluna “Encargos Variáveis” de cada centro.

7 Quando os CIRs são diferentes, teremos CIRs Conhecidos (Apresentação da Ar e An) e Desconhecidos.

7
5 – Determinar as diferenças sobre as actividades.
6 – Inscrever a natureza da unidade de obra.
7 – Calcular e inscrever o número de unidade de obra
8 – Calcular o custo de unidade de obra.

E o mesmo mapa apresenta a seguinte estrutura:

Centros Auxiliares Centros Principais


Ventilação
Descrição Montante Man RH Aprov FAB Dist
CF CV CF CV CF CV CF CV CF CV CF CV
MOI
O.E.I
Total 1ºRep.
CIR
CFimp
Total a imputar
Total 2ºRep.
Man
RH
Nat.U.O
Nº U.O
C.U.O
≠ IR

Exemplo 3
A Actividade de cada centro de análise da empresa JP, Lda é indicada no mapa asseguir.

Centros Unidades Actividade Normal Actividade Real


FAB I Kg MP Consumida 10.000 12.000
FAB II Preço de Venda 2.000 2.000
DIST 1.000akz/venda 100.000 90.000

Fazendo recurso aos dados da mesma empresa no exemplo 2 elabore o mapa de repartição
dos encargos indirectos.

8
EXERCÍCIOS

Execício prático nº 1
A Empresa Zemba, lda dedica – se ao fabrico de três tipos de produtos, utilizando para o
efeito dois tipos de matérias primas A; B. A produção da mesma é de 5000 unid para P1,
6000unid para P2 e P3 .
Stock inicial das matérias primas: A 400kg a 15akz/kg; B 300kg a 100kz/kg
Compras: B 300kg a 15akz/kg; A 250kg a 30akz/kg; A 150kg a 30akz/kg; B 300kg a
15akz/kg; A 200kg a 40akz/kg. B 200kg a 20akz/kg
Stock final: MP B 400kg matéria prima A 300akz
O Stock inicial e final da produção é de 2000unid; 0 unid; 1000unid e 3000unid;
1000unid; 2000unid. Para os três produtos respectivamente com custo unitário de 50akz;
30akz e 80akz.
A empresa conta com 20 trabalhadores sendo: 1 DG que aufere 15.000akz; 2 DG Adjunto
sendo um da produção que ganham 8.000akz/cada; 2 chefes do departamento de finanças
e aprovisionamento que ganham no total 15000akz; Os restantes são operários que
ganham 10akz por hora.
A repartição da matéria prima A é feita em função do tipo de produto, da matéria prima
B 2/3 para P1 e o resto de forma proporcional aos dois produtos. A MOD é repartido em
função do consumo das matérias primas.
A empresa suporta Custo de Limpeza no valor de 50.000,00 e Outros custos indirectos
avaliados em 80.0000,00
A repartição dos custos é feita no mapa asseguir :

Centros auxiliares Centros principais


Elementos Total
Energia Manutenção RH Aprovisionamento Fábrica Distribuição
Custo C/Pessoal 10 10 10 20 20 20
Limpeza 10 30 20 30 20 10
OEI 10 25 30 50 45 40
Total da 1ºREp.
Energia 1 2 4 4 2
Manutenção 0,2 0,3 0,1 0,1
RH 0,3 0,4 0,1
Total da 2ºREp.
Nat. U.O KG MP consumida HMOD CN
Nº.U.O
C.U.O

Os CIRs dos centros principais são 1; 0,5 e 1,3 respectivamente para Aprovisioname nto,
Fábrica e Distribuição.30% dos custos são fixo e o resto variável.
O Pvu é de 100akz para os três produtos.
Pedido:

9
Determinar o resultado com imptação racional e sem imputação racional e comparar os
resultados.

Exercício Prático nº 2
A Nossa empresa do ramo industrial dedica – se ao fabrico de três tipos de produtos,
utilizando para o efeito três tipos de matérias primas A; B; C. A produção da mesma é de
6000 unid para P1, 6000unid para P2 e 4000 para P3.

Stock inicial das matérias primas: C 500kg a 10akz; B 400kg a 10kz/kg


Compras: C 300kg a 15akz/kg; B 200kg a 30akz/kg; C 200kg a 30akz/kg; A 300kg a
15akz/kg; B 200kg a 40akz/kg. B 200kg a 20akz/kg
Stock final: MP A 200kg; P1 2000unid

A empresa conta com 25 trabalhadores sendo: 1 DG que aufere 20.000akz; 2 DG Adjunto


da produção que ganham 6.000akz/cada; 3 chefes do departamento que ganham
5000akz/cada; Os restantes são operários que ganham no total 220.000,00akz

A repartição da matéria prima A é feita em função do tipo de produto, da matéria prima


B em função da produção e da matéria prima C em função do consumo de A e B. A MOD
é repartido em função do consumo das matérias primas.
A repartição dos custos é feita no mapa asseguir :
Centros auxiliares Centros principais
Elementos Total
Energia Manutenção RH Aprovisionamento Fábrica Distribuição
MOI 35 000,00 10 20 10 10 30 20
Amortização 35 000,00 2 1 2 2 1 2
OEI 10 10 10 10 10 10
Total da
1ºREp. 100 000,00
Energia 20 20 20 20 20
Manutenção 20 10 20 10 20
RH 10 20 20 10 20
Total da
2ºREp.
Nat. U.O Kg MP consumida HMOD 1000akz/Vendas
Nº.U.O
C.U.O
Actividade
Normal 10.000 3.000 1500akz/vendas

O Pvu é de 100akz para P1, 120akz para P2 e 150akz para P3. 30% dos custos são fixo e
o resto variável.
Pedido:
Calcular o resultado Analítico com imputação racional

10
Exercício Prático nº 3
A Nossa empresa fabrica de dois tipos de produtos, utilizando para o efeito três tipos de
matérias primas A,B e C.
As informações da empresa são as seguintes: stock inicial : 250 unid de P1 a um custo
unitário de 80akz e 180 unid de P2 a 140akz cada unidade. Compras de matérias primas.
A 1000kg a 18akz; B 550kg a 22akz; B 400kg a 25akz; C 580kg a 20akz; C 1000kg a
40akz; A 500kg a 25akz; C 100 a 15akz; B 1000kg a 20akz; A 300kg a 15akz.
As produções previstas são de 1600 unid de P1, 1500unid de P2. O Stock final é de
p1 250unid, P2 220unid.
O método de avaliação do stock utilizado na empresa é o CUMP. O consumo total de
matérias primas é de 3600kg, sendo 35% de A, 30% de B e o restante é para a matérias
prima C.
As despesas de Mão de Obra são 1 Director Geral 35.000,00, 3 Directores Adjuntos
28.000,00 cada; 45 operários vencendo 55akz por hora; a empresa trabalha 24 dias por
mês, a empresa suportou encargos sociais de 8% e outros encargos indirectos de
70.000,00.
A repartição da MPA e MPC é feita em função das unidades previstas e a MPB é repartida
proporcionalmente as quantidades consumidas de A e C. a MOD é repartida em função
da produção acabada.
A repartição dos custos é feita no mapa asseguir :
Centros auxiliares Centros principais
Elementos Total
Adm Manutenção Energia Aprovisionamento Fábrica Distribuição
Total da 1ºREp. 50 10 40 20 20 40
Adm 10 40 40 40 20
Manutenção 20 20 10 30
Energia 10 10 20
Total da 2ºREp.
Nat. U.O KG MP compradas HMOD 1000akz/vendas
Nº.U.O
C.U.O

O Pvu é de 190akz
Pedido: Calcule o Resultado Analítico com e sem imputação racional da empresa sabendo
que 300unid de P1 e 400 de P2 estão em curso com grau de acabamento de 40% e 60%
respectivamente. E com CIR único de 90%. 30% dos custos são fixo e o resto variável.
Considerando fixo os encargos indirectos e variáveis os encargos directos determine o
limiar de rentabilidade em valor, quantidade e tempo. Margem de segurança do P1 e
representação gráfica.
O que a empresa pode fazer para melhorar o limiar de rentabilidade em 20%.
11
Exercício Prático nº 4
A nossa empresa do ramo industrial, dedica - se a produção de três produtos, P1;P2;P3,
Utilizando dois tipos de matérias primas A e B. a produção e venda de P1 é de 3000unid,
de P2 de 4000 unid e de P3 de 2000unid.
Os Stocks inicias de MP são A 300kg a 10akz e B 200kg a 20akz
As compras das matérias primas foram A 300kg a 20akz ; A 250kg a 30akz, B 400kg a
10akz .
O consumo total das matérias primas foi de 900kg sendo 3/5 para A e o resto para
B. A empresa utiliza o Método FIFO e o Pvu é de 120akz para P1, e 100akz Para os outros
dois produtos.
Os encargos da MOD são de 5600 horas a 19,00akz/hora
Os restantes são operários que ganham 10akz por hora, trabalham 7 horas por dia e 20
dias por mês.
A empresa suporta encargos de amortização de 80.000akz e outros custos indiretos de
60.000akz. Os encargos totais foram de 200.000,00akz a repartição no centros está assim
constituída:
Custo com pessoal 20;20;10;10;20;10
Amortização 3;2;5;4;5;4
OEI 10;10;10;20;20;20
Energia 10;20;30;10;20
Manutenção 10;20;20;30
RH 40;20;40
O Produção
A Actividade normal apresenta – se no mapa asseguir :
Centros Unidades Actividade normal
AProvisionamento Kg MP Consumidas 2000unid
Fábrica HMOD 3000h/m
Distribuição Cifra de Negócio 468.000,00

Determine MOD e o Custo de Unidade de Obra dos centros principais. 30% dos custos
são fixo e o resto variável.

12
CAPÍTULO II - Custo marginal 8
Introdução
O Custo normal é o custo que acrescentamos ao nosso custo normal ou o custo habitual
quando aumentamos as quantidades habitualmente produzidas, tudo que é aumentado é
Marginal, O custo também pode ser definido como sendo custo económico de
oportunidade.

Para o Cálculo em exercício do capítulo em questão usamos as seguintes fórmulas


Cmg = ∆CT / ∆Q
CT = CV + CF
CTM = CT/Q
LT = RT – CT
Lmg = ∆LT/ ∆Q ou Lmg = Rmg – Cmg
Exemplo 1
Considere a equação do custo total de determinada empresa 𝐶𝑇 = 3𝑄2 + 10𝑄 + 20

Calcular CF?; CV?; Cm?; CTM ?

Exemplo 2
Uma empresa é especializada na fabricação de um tipo de produto A cuja fabricação faz
– se em série (Num grupo) de 200 Produtos Acabados. Em condições normais a
capacidade instalada é de 400 unid mensais ou seja 2 séries. Além dessa produção a
empresa pode, recorrendo a outros factores de produção produzir até 1000Unid.
Para produzir mais de 1000unid ela suporta novos custos de estrutura ou seja novos
investimentos.
Sendo o valor da capacidade instalada de 250.000,00 e o Cvu de 1000akz determina o
Cmg.
Óptimo Técnico
Introdução
O Óptimo técnico é o ponto de equilibrio do produtor, ou seja, é o ponto mais baixo (ponto
mínimo) da curva do custo total

8 TEPA, Contabilidade Analítica Pormenorizada 3. Pág.594

13
Condição de existência do Óptimo Económico
CTM´ = 0 ou CTM = Cmg

Óptimo Económico
Introdução
O Óptimo económico é o ponto de equilibrio do mercado. É o ponto ou nível de produção
pela qual a empresa obtém o seu rendimento máximo.
Condição de existência do Óptimo Económico
Concorrência perfeita
Cmg = Rmg = Pvu
Concorrência imperfeita
PVmg = Cmg
Exemplo 3
Considere a equação do custo total da empresa JP,lda é dada como 𝐶𝑇 = 𝑄3 + 50 +
5𝑄 2 e o Pvu de 58,00akz

Sabendo que a produção varia de 0 à 4 determina : Cmg?; Rmg?; CV?; CF?; Óptimo
Técnico e Óptmo económico e a respectiva representação gráfica

14
Exercícios

Exercício Prático nº 1
Dada a seguinte equação da empresa IB, Lda

𝐶𝑇 = 𝑄3 + 6𝑄 2 + 11𝑄 + 6

O Pvu de 2,00akz. Determina o ponto de equilibrio de mercado e do produtor e explica a


diferença entre os dois.

Exercício Prático nº 2
Fazendo recurso ao exercício prático nº 1 calcule o Lucro total e marginal quando as
quantidade variam de 0 à 6.
Exercício Prático nº 3
As informações de uma empresa que fabrica um tipo de produto são as seguintes:
Qtd 10 20 30 40 50 60 70 160
Cust.unitário 30 27 24 22 20 18 21 25

Pretende – se : Calcule, para cada quantidade produzida, o CTM; CT o Cmg e apresentao


gráfico de equilibrio quando o preço é de 19.
Exercício Prático nº 4

O cuto total de uma empresa apresenta – se desta forma 𝐶𝑇 = 6𝑄3 + 2𝑄 2 + 20𝑄 + 40


1) Apresente a equação do CTM
2) Determine a Quantidade que minimiza o CTM; o Cmg
3) Calcule o OE quando o PVU é de 160akz

15
CAPÍTULO III – Custos Pré – Estabelecidos 9
Introdução
OS métodos anteriormente analisados (Custo Completo, Custeio Variável,etc) permitem
calcular os custos a posteriori para determinar os resultados da empresa segundo o sector
da sua actividade e a sua evolução no tempo. Quer Dizer, os diferentes métodos não
permitem avaliar se os resultados analíticos observados correspondem aos objectivos que
a empresa espera atingir. Para responder a esta preocupação surge a necessidade de
elaborar normas e calcular os custo padrão (Pré estabelecido ou previsionais)
Os custos Padrão permitem à empresa prever os resultados de períodos futuros
Custo padrão (Pré estabelecido) – São custos que devem ser obtidos a priori ajuda na
elaboração do orçamento, a medir o desempenho da empresa, a calcular os gastos de
produção e a economizar os gastos de tratamento das informações contabilísticas.

Análise dos Encargos directos


Matérias Primas
Para fazer a previsão das MP é necessário conhecer dois elementos :

• Quantidades padrão (Qp) – é a quantidade necessária para fabricar um produto.


• Custo unitário padrão (Cup) – é o custo aplicado sobre as MP.
O Custo padrão10 das MP é dada pelo produto das Qp com o Cup.
Mão de Obra Directa
Para fazer a previsão das MP é necessário conhecer dois elementos :
• Tempo padrão (t) – Tempo necessário a cada fase de fabricação para realizar um
produto acabado.

• Taxa Horária (T) – é o custo que inclui todos os encargos suportados pela entidade
patrona
Taxa horária = (Salário + encargos sociais)/ tempo necessário para produção.

Análise dos encargos indirectos – Em geral os encargos indirectos são analisados nos
centros de análise ou centro das secções homogéneas.
Determinação do Desvio Global

9 TEPA, Contabilidade Analítica Pormenorizada 3. Pág.743


10 Custo por cada unidade fabricada ou Norma unitária

16
Desvio Global = Custo real (CR) – Custo padrão (CP)
Custo real = Preço real*Quantidade real
Custo padrão = Preço padrão*Quantidade padrão
CR maior que CP - Situação desfavorável
CR menor que CP - Situação favorável
CR igual a CP – Situação normal.
Exemplo 1
A sociedade DZ, lda apresentou os seguintes dados: Produção de 1200unidades, consumo
de matérias primas foi de 4000 kg, tempo de produção 2000h, taxa horária de 8kz/h e
preço unitário de 4kz. Segundo as previsões da empresa o consumo das matérias primas
foi de 5000 kg, o custo total de 40.000kz, a mão de obra tem custo de 30.000kz e taxa
horária de 5akz/h. A quantidade padrão é de 1000 unid.
Trabalho determinar o Desvio Global
Resolução:
Elementos Custo real Custo padrão Desvio
Qtda. Pu. Valor real Qtda.p Pu,padrão Valor
real Real Padrão
MP 4000 4,00 16.000,00 5.000 8,00 40.000,00
MOD 2000 8,00 16.000,00 6.000 5,00 30.000,00
32.000,00 70.000,00 (38.000,00)

A análise comparativa entre o CP e o CR não pode levar a boas conclusões, porque


as quantidades são aplicadas a preços diferentes. Para isso recorremos a uma análise
pertinente dos desvios no qual devemos ajustar as provisões as produções reais.
O custo padrão ajustado produção real = Nu* Produção real
Nu = Quantidade padrão/Unidades previstas
Assim teremos :
Análise comparativa do CR e CP
Elemento Custoreal N Custo padrão ajustado Desvio
s Qtda Pu. Valor U Qtda. Pu,padrã Valor
. Rea real p o Padrão
Real l
MP 4000 4,0 16.000,0 5 6.000 8,00 48.000,0
0 0 0
MOD 2000 8,0 16.000,0 6 7.200 5,00 36.000,0
0 0 0

17
32.000,0 84.000,0 (52.000,00
0 0 )

Avaliação dos desvios parciais

Desvio ecónomico (DE) = Custo real da produção real - Custo padrão da produção real
DE = 32.000,00 – 84.000,00 = (52.000,00)
Desvio S/ Volume de actividae = Custo padrão da produção real – Custo padrão da
produção padrão.
Desvio S/ Volume = 84.000,00 – 70.0000,00 = 14.000,00
Controlo dos encargos directos
Para o controlo dos encargos nós analisamos separadamente as MP e a MOD conforme
segue:
Desvio S/ o Custo unitário (Pr-Pp)*Qr
Este desvio, aplicado às quantidades realmente consumidas, valoriza a diferença
entre o custo unitário padrão e o custo unitário real. Podemos dizer também que é o desvio
sobre os preços quando se trata das matérias primas e desvio sobre a taxa quando se trata
da MOD.
Desvio S/ a Quantidade (Qr-Qp)*Pp
Este desvio valoriza o custo padrão a diferença entre o consumo padrão, calculado
na base da produção real, e o consumo real. Trata – se de desvio sobre quantidade
consumida quando se trata das matérias primas e de desvio sobre o tempo quando se trata
da MOD.
Assim, O cálculo do desvio da MP e da MOD será dado pelas soma do desvio dos custos
unitários com o das qauntidades.

Exemplo 2
Fazer análise dos encargos directos do exemplo 1.
Desvio da MP
Qt = (4000 – 6000)*8 = (16.000,00)
Cu = ( 4,00 – 8,00 )*4000 = (16.000,00)
Desvio da MP = Qt + Cu = (16.000,00) + (16.000,00) = (32.000,00)
Desvio da MOD
t = (2000 – 7200)*5 = (26.000,00)

18
T = (8,00 – 5,00)*2000 = 6000,00
Desvio da MOD = (26.000,00) + 6.000,00 = (20.000,00)

Controlo dos desvios dos encargos indirectos

O mesmo procedimento que utilizamos nos encargos directos na determinação do


desvio global e dos seus componentes (Desvio económico e Desvio sobre o volume de
actividade) da mesma forma será tratado nos encargos indrectos.
No entanto a existência dos custos fixos dentro do mapa de repartição dos
encargos indirectos a análise em termos de consumo de custo unitário não é suficiente na
análise dos centros. Esta existência implica a introdução do método de imputação racional
dos encargos fixos por causa da existência da actividade normal e real.
A importância de estudaro orçamento nos centros de análise é:

• Permitir calcular o custo padrão das unidades de obra


• Controlo dos encargos de cada um dos centros comparando as provisões e as
realizações.
Existem dois tipos de oraçamento, O básico e o flexível .
Orçamento Flexível – Conjunto de orçamentos que pode ser ajustado a qualquer
nível de actividade. A base para a sua elaboração é a perfeita distinção entre custos fixos
e variáveis.
Para a decomposição dos encargos indirectos, temos :
Desvio sobre o Orçamento (D/O) = Orçamento Padrão Flexível (OPF) – Custo total real
OPF = [Encargos variáveis (Orçamento básico) * Ar/An ] + Encargos fixos (Orçamento
padrão)
Ou
D/O = [Ar*Cu(variável) + Encargos Fixos previstos] – Custo total real
Desvio sobre actividade = Orçamento padrão Flexível - Orçamento Padrão Equivale nte
(OPE)
OPE = OPB*(Ar/An)
Desvio do Rendimento = OPE – Orçamento Padrão imputado (OPI)
OPI = OPB11 (encargos indirectos total)*(Pr/Pn)
Desvio Global = D/O + D/A + D/R

11 Custo Padrão

19
Exemplo12 3
Uma empresa pensa me produzir um só produto cuja produção necessita de 1,2 horas de
fábrica.
Produção 2000Unid; Actividade 2.400horas; encargos Variáveis 72.000,00; Encargos
Fixos 19.200,00
Para a fábrica pode se pensar nos seguintes níveis de actividade: 2160h (Subactividade
de 10%) Diminuição de 10% das 2400horas da actividade normal.
2640h – (Sobreactividade de 10%) Acréscimo de 10% da actividade normal.
A actividade real da empresa é de 2700h, a produção de 2340unid, os encargos totais de
98.982,00 sendo 19.200,00 Fixos
Pretende – Se :
Orçamento Flexível e o desvio Global.
Orçamento Flexível
Elementos Real (-10%) Padrão Real (+10%)
Produção 1800 2000 2200
Actividade 2160 2400 2640
Enc.Variáveis 64.800,00 72.000,00 79.200,00
Enc. Fixos 19.200,00 19.200,00 19.200,00
Enc.Totais 84.000,00 91.200,00 98.400,00
Horas Unid Horas Unid Horas Unid
CV 30 36 30 36 30 36
CF 9 11 8 9,6 7 9
CT 39 47 38 45,6 37 45

Mapa dos custos reais


Elementos Real
Produção 2340
Actividade 2700
Enc.Variáveis 79.782,00
Enc. Fixos 19.200,00
Enc.Totais 98.982,00
Horas Unid

12 TEPA, Contabilidade Analítica Pormenorizada 3. Pág.809

20
CV 29,5 34,09
CF 7,11 8,2
CT 36,66 42,3

Desvio sobre o Orçamento (D/O) = Orçamento Padrão Flexível (OPF) – Custo total real
= 100.200,00 - 98.982,00 = 1.218,00
OPF = [Encargos variáveis (Orçamento básico) * Ar/An ] + Encargos fixos (Orçamento
padrão) = 72.000,00*(2700/2400) + 19.200,00 = 100.200,00
Ou
D/O = [Ar*Cu(variável) + Encargos Fixos previstos] – Custo total real
= [2700*30 + 19.200,00] – 98.982,00 = 1.218,00
Desvio sobre actividade = Orçamento Padrão Equivalente (OPE) - Orçamento padrão
Flexível = 102.600,00 - 100.200,00 = 2400,00
OPE = OPB*(Ar/An) = 91.200,00*(2700/2400) = 102.600,00

Desvio do Rendimento = OPE – Orçamento Padrão imputado (OPI)


= 102.600,00 – 106.704,00 = 4.104,00
OPI = OPB (encargos indirectos total)*(Pr/Pn)
= 91.200,00*(2340/2000) = 106.704,00

Desvio Global = D/O + D/A + D/R


DG = 1.218,00 + 2400,00 + 4.104,00 = 7.722,00

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Exercícios

Exercício 1
A Nossa empresa fabrica um único produto utilizando um tipo de matéria prima. A
empresa pensa em produzir 6000unidades quando na realidade produziu 7000 unidades.
Para esta produção real a empresa consumiu um total de 75.000kg sabendo que o custo
unitário foi de 10,50akz e o consumo de matérias – primas para cada unidade fabricada é
de 10.
A previsão do custo total da MOD é de 360.000akz quando a taxa horária prevista é de
5akz por hora. Considerando a situação real actual do mercado, a taxa horária é de 6,00akz
e o tempo para a produção de uma unidade é de 12 horas.
Aprsenta o DG e os desvios parciais.

Exercício 2
A produção normal da empresa Tepa é de 1000 produtos para uma actividade normal de
6000 U.O (HMOD), para o mês de Dezembro, a produção real foi de 900unidades tendo
utilizado 4.800 horas de MO e os encargos da fábrica atingiram 83.000,00akz. O Cvu é
de 10akz e os custos fixos são de 60.000,00akz
Pretende – se:
Orçamento Flexível
Calculo do custo padrão, e analisar os desvios.
Exercício 3
A nossa empresa fabrica um único produto utilizando um tipo de matérias primas. A
empresa pensa produzir 5000 unidades quando na realidade ela produziu 10.000
unidades. Para esta produção real a empresa consumiu total de 80.000kg sabendo que o
custo de um kg de matérias primas é de 8akz. Na sua previsão o custo unitário foi de
5,00akz e o consumo de matérias primas para cada unidade fabricada é de 15. A previsão
do custo total da MOD é de 200.000akz quando a taxa horária prevista é de 4akz por hora.
Considerando a situação real actual do mercado, a taxa horária é de 1,00akz e o tempo
para a produção de uma unidade é de 12horas
Apresente o Desvio Global; Parcial; e análise do desvio dos encargos directos.

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Bibliográfia
TEPA, Capela Dombaxi, Contabilidade Analítica Pormenorizada 3; 3ºedição,2013

Contactos: + 244 993 639 386 | 994 630 872


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