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Associação de Estudantes do Instituto de

Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

Lex
Educatio

ICBAS
2010/2011

CONTRIBUTO AEICBAS
Grupo de Trabalho de Assuntos Pedagógicos
2010/2011

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Conteúdo
PREFÁCIO....................................................................................................................................... 4
CAPÍTULO I: CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA .................................................................................. 6
CAPÍTULO II: ENSINO SUPERIOR ............................................................................................. 8
PORTARIA 886/83 DE 22 DE SETEMBRO - EXAMES ............................................................. 8
ESTABELECE AS BASES DO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR .............................. 10
PRINCÍPIOS REGULADORES DE INSTRUMENTOS PARA A CRIAÇÃO DO ESPAÇO
EUROPEU DE ENSINO SUPERIOR.......................................................................................... 20
LEI DE BASES DO SISTEMA EDUCATIVO .............................................................................. 31
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR .......................................... 39
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR ................................................ 57
CAPÍTULO III: UNIVERSIDADE DO PORTO .................................................................................... 82
ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO ............................................. 82
ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO ........................................................................ 89
REGULAMENTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO .............................................................. 112
REGULAMENTO DE APLICAÇÃO DO SISTEMA DE CRÉDITOS CURRICULARES AOS
CURSOS CONFERENTES DE GRAU DA UNIVERSIDADE DO PORTO ............................. 112
ESTATUTO DO PROVEDOR DO ESTUDANTE DA UNIVERSIDADE DO PORTO ............. 115
REGULAMENTO DE PROPINAS DOS CURSOS DE LICENCIATURA E DE MESTRADO
INTEGRADO DA U.PORTO............................................................................................... 117
REGIME DE ESTUDANTE A TEMPO PARCIAL DA UNIVERSIDADE DO PORTO............. 121
REGULAMENTO DOS REGIMES DE MUDANÇA DE CURSO, TRANSFERÊNCIA E DE
REINGRESSO DA UNIVERSIDADE DO PORTO................................................................. 122
ADEQUACAO DOS REGULAMENTOS GERAIS SOBRE PROGRAMAS CONFERENTES DE GRAU .. 129
ADEQUAÇÃO DO REGULAMENTO DO ESTUDANTE A TEMPO PARCIAL DA UP ......... 134
ADEQUAÇÃO DO REGIME DE PRESCRIÇÕES PARA OS CICLOS DE ESTUDO DA
UNIVERSIDADE DO PORTO.............................................................................................. 136
REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DA
UNIVERSIDADE DO PORTO.............................................................................................. 140
DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS
ESPECIAIS DA UNIVERSIDADE DO PORTO ..................................................................... 146

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CONDIÇÕES ESPECIAIS DE FREQUÊNCIA E AVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES


UNIVERSITÁRIOS POR MATERNIDADE E PATERNIDADE .......................................... 149
FREQUÊNCIA DE UNIDADES CURRICULARES SINGULARES DOS CURSOS E CICLOS DE
ESTUDOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO ...................................................................... 151
ESTUDANTE-ATLETA DA U.PORTO................................................................................ 154
CAPÍTULO IV: INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS ABEL SALAZAR........................................ 158
NOVOS ESTATUTOS DO ICBAS ........................................................................................... 159
MEDICINA .............................................................................................................................. 171
Decreto-Lei n. 206/2004 de 19 de Agosto.................................................................. 171
PROTOCOLO DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL CELEBRADO ENTRE O INSTITUTO
DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE ABEL SALAZAR E O HOSPITAL GERAL DE SANTO
ANTÓNIO, E. P. E............................................................................................................ 179
REGULAMENTO DOS ÓRGÃOS DO ENSINO CLÍNICO .................................................... 183
MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA VETERINÁRIA ..................................................... 188
REGULAMENTO DA UNIDADE CURRICULAR ESTÁGIO .............................................................. 188
CIÊNCIAS DO MEIO AQUÁTICO ........................................................................................... 193
REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR DA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DO MEIO
AQUÁTICO ........................................................................................................................ 193
BIOQUÍMICA.......................................................................................................................... 195
REGULAMENTO DO ESTÁGIO DE BIOQUÍMICA ............................................................. 195
BIOENGENHARIA .................................................................................................................. 196
INSCRIÇÃO EM UNIDADES CURRICULARES (UC) DO ICBAS POR LIMITE DE
CRÉDITOS......................................................................................................................... 196
REGULAMENTOS ESPECÍFICOS DO ICBAS ......................................................................... 198
INSCRIÇÃO EM UNIDADES CURRICULARES (UC) DO ICBAS POR LIMITE DE
CRÉDITOS......................................................................................................................... 198
REGULAMENTO DO TRABALHADOR – ESTUDANTE DO ICBAS .................................... 200
REGULAMENTO ESPECÍFICO DOS REGIMES DE MUDANÇA DE CURSO,
TRANSFERÊNCIA E REINGRESSO DO ICBAS .................................................................. 204
CAPÍTULO V: ESTATUTOS .......................................................................................................... 212
BOMBEIROS........................................................................................................................... 212
ESTATUTO DO DIRIGENTE ASSOCIATIVO JOVEM ............................................................ 213
CAPÍTULO VI: ASSOCIATIVISMO ACADÉMICO ........................................................................... 215

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ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE ABEL


SALAZAR ............................................................................................................................... 215
ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ESTUDANTES DE MEDICINA/PorMSIC .... 219
ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA VETERINÁRIA
............................................................................................................................................... 232
ANEXO 1 .................................................................................................................................... 241
GLOSSÁRIO ACADÉMICO DA UNIVERSIDADE DO PORTO ................................................. 241
ANEXO 2................................................................................................................................... 268
PLANOS CURRICULARES ................................................................................................... 268
MEDICINA (RETIRADO DE DECLARAÇÃO DE RECTIFICAÇÃO N.º 3022/2009) .... 268
MEDICINA VETERINÁRIA (RETIRADO DE DELIBERAÇÃO N.º 3041/2009) ............ 270
CIÊNCIAS DO MEIO AQUÁTICO (RETIRADO DE DELIBERAÇÃO N.º 3043/2009) . 273
BIOQUÍMICA (RETIRADO DE DELIBERAÇÃO N.º 212/2010) ................................... 276
BIOENGENHARIA (RETIRADO DE DELIBERAÇÃO N.º 1777/2009) ......................... 279
DECRETO Nº 130-81 (DR, 1ª SÉRIE, Nº 243 DE 22.10.81) - CRIAÇÃO LIC. EM
BIOQUÍMICA...................................................................................................................... 287
DELIBERAÇÃO Nº 1093-2006 (DR, 2ª SÉRIE, Nº 149 DE 03.08.06) - CRIAÇÃO MIB. 288
Glossário de Conceitos ......................................................................................................... 295

PREFÁCIO
A ideia de criar o Lex Educatio surgiu pela necessidade que sentimos em
compilar, num só documento, numa só fonte, a informação e documentação
oficial de maior relevo para os estudantes do ensino superior, da Universidade
do Porto e mais especificamente do ICBAS. Este tipo de informação está
dispersa em diversos locais, como o site do ICBAS, o site da UP e outros muitas
vezes desconhecidos e de acesso restrito, pelo que se torna difícil aos
estudantes consultarem a documentação quando dela precisam. Deste modo,
criando uma compilação de vários documentos de interesse e
disponibilizando-a tanto em formato digital através do site da AEICBAS
(www.aeicbasup.pt) como em papel, através de cedência de cópias às
comissões de curso e aos representantes dos estudantes dos vários cursos
ministrado no ICBAS e deixando cópias também nas instalações da AEICBAS,
pensamos que estamos a permitir uma consulta útil e fácil da informação.

Assumimos que o Lex Educatio possa não compreender toda a informação


necessária, como, por exemplo, as Normas de Avaliação e Orientação
Pedagógica do ICBAS que estão ainda em processo de elaboração, sendo que a

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sua aprovação, apesar de se prever para breve (de modo a que entrem em
vigor já no próximo ano lectivo), não será concluída antes da publicação deste
documento. No entanto, espera-se que as Direcções posteriores continuem o
projecto e procedam à sua actualização sempre que necessário, visto que
muitos dos documentos versados no Lex Educatio têm aplicação num período
de tempo curto, sendo depois revogadas.

Não pretendemos que seja uma transcrição integral, mas sim uma recolha dos
pontos e artigos mais importantes para que os estudantes percebam quais os
seus direitos e deveres, obtenham todas as informações legais, pedagógicas,
acrónimos, siglas, e prazos que sejam do seu interesse enquanto discentes do
ICBAS.

Foi objectivo principal da actualização realizada no mandato da DAEICBAS


2010/2011 a informatização do documento de modo a que fosse possível,
através de uma versão em formato .pdf, uma pesquisa mais facilitada, rápida
e cómoda. Foi também criado um glossário de conceitos onde alguns decretos
de lei se encontram agrupados por conceitos, de forma a que seja simples
saber toda a informação existente no Lex sobre cada um deles. As principais
alterações de conteúdo realizadas centraram-se na inclusão de documentos
relativos à Licenciatura em Bioquímica e aos Mestrado Integrado em
Bioengenharia.

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CAPÍTULO I: CONSTITUIÇÃO
PORTUGUESA
CAPÍTULO III
Direitos e deveres culturais

Artigo 73.º
Educação, cultura e ciência
1. Todos têm direito à educação e à cultura.
2. O Estado promove a democratização da educação e as demais condições
para que a educação, realizada através da escola e de outros meios
formativos, contribua para a igualdade de oportunidades, a superação das
desigualdades económicas, sociais e culturais, o desenvolvimento da
personalidade e do espírito de tolerância, de compreensão mútua, de
solidariedade e de responsabilidade, para o progresso social e para a
participação democrática na vida colectiva.
3. O Estado promove a democratização da cultura, incentivando e
assegurando o acesso de todos os cidadãos à fruição e criação cultural, em
colaboração com os órgãos de comunicação social, as associações e fundações
de fins culturais, as colectividades de cultura e recreio, as associações de
defesa do património cultural, as organizações de moradores e outros agentes
culturais.
4. A criação e a investigação científicas, bem como a inovação tecnológica,
são incentivadas e apoiadas pelo Estado, por forma a assegurar a respectiva
liberdade e autonomia, o reforço da competitividade e a articulação entre as
instituições científicas e as empresas.

Artigo 74.º
Ensino
1. Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de
oportunidades de acesso e êxito escolar.
2. Na realização da política de ensino incumbe ao Estado:
a) Assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito;
b) Criar um sistema público e desenvolver o sistema geral de educação pré-
escolar;
c) Garantir a educação permanente e eliminar o analfabetismo;
d) Garantir a todos os cidadãos, segundo as suas capacidades, o acesso aos
graus mais elevados do ensino, da investigação científica e da criação
artística;
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino;
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligação
do ensino e das actividades económicas, sociais e culturais;

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g) Promover e apoiar o acesso dos cidadãos portadores de deficiência ao


ensino e apoiar o ensino especial, quando necessário;
h) Proteger e valorizar a língua gestual portuguesa, enquanto expressão
cultural e instrumento de acesso à educação e da igualdade de oportunidades;
i) Assegurar aos filhos dos emigrantes o ensino da língua portuguesa e o acesso
à cultura portuguesa;
j) Assegurar aos filhos dos imigrantes apoio adequado para efectivação do
direito ao ensino.

Artigo 75.º
Ensino público, particular e cooperativo
1. O Estado criará uma rede de estabelecimentos públicos de ensino que
cubra as necessidades de toda a população.
2. O Estado reconhece e fiscaliza o ensino particular e cooperativo, nos
termos da lei.

Artigo 76.º
Universidade e acesso ao ensino superior
1. O regime de acesso à Universidade e às demais instituições do ensino
superior garante a igualdade de oportunidades e a democratização do sistema
de ensino, devendo ter em conta as necessidades em quadros qualificados e a
elevação do nível educativo, cultural e científico do país.
2. As universidades gozam, nos termos da lei, de autonomia estatutária,
científica, pedagógica, administrativa e financeira, sem prejuízo de adequada
avaliação da qualidade do ensino.

Artigo 77.º
Participação democrática no ensino
1. Os professores e alunos têm o direito de participar na gestão democrática
das escolas, nos termos da lei.
2. A lei regula as formas de participação das associações de professores, de
alunos, de pais, das comunidades e das instituições de carácter científico na
definição da política de ensino.

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CAPÍTULO II: ENSINO SUPERIOR


PORTARIA 886/83 DE 22 DE SETEMBRO - EXAMES
Ao abrigo do disposto nos artigos 8º e 9º do Decreto-Lei nº 316/83, de 2 de Julho:

Âmbito
O disposto na presente portaria aplica-se em todos os estabelecimentos de ensino
superior público às disciplinas em que o processo de avaliação abranja um exame
final, salvo no que se refere à alínea a) do nº 13º, em que se aplica a todas as
disciplinas.

Admissão a exame final


Só podem ser admitidos a exame final num ano lectivo numa disciplina os alunos
que em relação à mesma:
a) Estejam regularmente inscritos nesse ano lectivo;
b) Reúnam as condições de frequência fixadas nas regras gerais de avaliação
de conhecimentos para a prestação de exame final.

Dispensa de exame final


As regras gerais de avaliação de conhecimentos de cada estabelecimento de
ensino poderão facilitar em determinadas condições a dispensa total ou parcial
do exame final

Épocas de exame final


Em cada ano lectivo, em relação a cada disciplina, haverá as seguintes épocas de
exame final:
a) Época normal;
b) Época de recurso;
c) Época especial.

Época Normal
Na época normal cada aluno pode prestar provas de exame final em todas as
disciplinas em que reúna as condições legais para tal.

Época de recurso
Na época de recurso cada aluno pode prestar provas de exame final em
disciplinas a cujo exame na época normal não haja comparecido ou, tendo
comparecido, dele haja desistido ou nele haja sido reprovado.

Época especial
Na época especial cada aluno pode prestar provas de exame final em disciplinas a
cujo exame nas épocas normal ou de recurso não haja comparecido ou, tendo
comparecido, dele haja desistido ou nele haja sido reprovado, desde que, com

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aprovação em tais disciplinas, reúna as condições necessárias à obtenção de um


grau ou diploma.

Número de exame das épocas de recurso e especial


1- Cabe ao reitor da universidade ou instituto universitário fixar, sob
proposta do estabelecimento de ensino em causa, o número máximo de exame a
que os alunos podem ser admitidos na época de recurso e na época especial.
2- Em relação à época de recurso, o reitor poderá igualmente fixar um
número máximo de exames especiais para alunos que com a aprovação nos
mesmos reúnam as condições necessárias à obtenção de um grau ou diploma.
3- Em relação às épocas de recurso e especial, o reitor poderá igualmente
fixar um número máximo de exames para alunos em determinadas situações,
atentos a problemas específicos de uma disciplina, ano, curso ou
estabelecimento.

Regra supletiva
Na ausência do despacho a que se refere o nº anterior, o número de exames será
o seguinte:
a) Época de recurso: exames de 2 disciplinas anuais ou 4 semestrais;
b) Época de recurso para os alunos a que se refere o nº 2 do nº 8º: exames de
3 disciplinas anuais ou 6 semestrais;
c) Época especial: exame de 2 disciplinas

Chamadas
As regrais gerais de avaliação de conhecimentos de cada estabelecimento de
ensino poderão prever a existência de 2 chamadas em relação a cada exame na
época normal de exames.

Calendário
A fixação dos calendários de exames está sujeita às seguintes regras:
a) Os exames da época normal não poderão ter lugar após o dia 31 de Julho;
b) Os exames da época de recurso não poderão ter lugar após o dia 14 de
Outubro do ano lectivo subsequente;
c) Os exames da época especial não poderão ter lugar após o dia 15 de
Dezembro do ano lectivo subsequente.

Derrogação das regras do nº anterior


Se circunstâncias excepcionais o aconselham, os reitores poderão, sob proposta
do estabelecimento de ensino em causa, alterar, para uma disciplina ou conjunto
de disciplinas, e em relação a um determinado ano lectivo, os limites fixados
pelo nº anterior, sem prejuízo da normal ministração do ensino.

Competência ao nível do estabelecimento de ensino


Cabe a cada estabelecimento de ensino:
a) Fixar as regras gerais de avaliação de conhecimentos;
b) Fixar o calendário das 3 épocas de exames finais.

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ESTABELECE AS BASES DO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR


Lei n. 37/2003de 22 de Agosto

CAPÍTULO I
Disposições gerais

Âmbito
1 — A presente lei define as bases do financiamento do ensino superior.
2 — O financiamento do ensino superior processa-se de acordo com critérios
objectivos, indicadores de desempenho e valores padrão relativos à qualidade
e excelência do ensino ministrado.
3 — O financiamento do ensino superior público processa-se ainda no quadro
de uma relação tripartida entre:
a) O Estado e as instituições de ensino superior;
b) Os estudantes e as instituições de ensino superior;
c) O Estado e os estudantes.

Objectivos
Constituem objectivos do financiamento do ensino superior:
a) Assegurar o cumprimento das prioridades nacionais em matéria de política
educativa;
b) Estimular planos de apoio às instituições de ensino superior no exercício
das atribuições de um ensino de qualidade;
c) Promover a adequação entre o tipo de apoio concedido e os planos de
desenvolvimento das instituições;
d) Incentivar a procura de fontes de financiamento de natureza concorrencial
com base em critérios de qualidade e excelência;
e) Promover o direito à igualdade de oportunidades de acesso, frequência e
sucesso escolar, pela superação de desigualdades económicas, sociais e
culturais;
f) Valorizar o mérito, dedicação e aproveitamento escolar dos estudantes,
independentemente das suas capacidades económicas.

Princípios gerais
1 — Ao financiamento do ensino superior aplicam-se os seguintes princípios:
a) Princípio da responsabilização, racionalidade e eficiência das instituições,
entendido no sentido de que estas devem assegurar um serviço de qualidade,
sujeito a avaliações regulares, devendo igualmente garantir a utilização
eficiente e transparente dos recursos, nomeadamente através da certificação
e publicitação das suas contas, planos de actividades e relatórios anuais;
b) Princípio da democraticidade, entendido como o direito conferido aos
cidadãos de, segundo as suas capacidades, acederem aos graus mais elevados
do ensino, da investigação científica e da criação artística, sem restrições de
natureza económica ou outra;

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c) Princípio da universalidade, entendido como o direito de acesso de todas as


instituições e de todos os estudantes aos mecanismos de financiamento
previstos na lei, consoante o sector, público ou não público, em que se
integrem;
d) Princípio da não exclusão, entendido como o direito que assiste a cada
estudante de não ser excluído, por carências económicas, do acesso e da
frequência do ensino superior, para o que o Estado deverá assegurar um
adequado e justo sistema de acção social escolar;
e) Princípio da subsidiariedade, entendido como a responsabilidade das
entidades, públicas ou privadas, que beneficiam dos serviços prestados pelas
instituições de ensino superior financiarem a produção de conhecimento e a
qualificação de quadros;
f) Princípio do reconhecimento do mérito, nos planos pessoal e institucional.
2 — Ao financiamento do ensino superior público aplicam-se, ainda, os
seguintes princípios:
a) Princípio da responsabilização financeira do Estado, entendido no sentido
da satisfação dos encargos públicos exigíveis para garantir o funcionamento de
uma rede pública de estabelecimentos de ensino de qualidade;
b) Princípio da responsabilização dos estudantes, entendido no sentido de que
estes devem mostrar adequado aproveitamento escolar, justificando, pelo seu
mérito, o acesso ao bem social de que beneficiam, mediado através de um
regime de prescrições definido para a totalidade das instituições;
c) Princípio da autonomia financeira das instituições de ensino superior
público e de responsabilização dos titulares de órgãos de gestão
administrativa e financeira;
d) Princípio da equidade, entendido como o direito reconhecido a cada
instituição e a cada estudante de beneficiarem do apoio financeiro adequado
à sua situação concreta;
e) Princípio do equilíbrio social, tendo como partes o Estado e a sociedade
civil, no sentido de uma responsabilidade financeira conjunta e equitativa,
por forma a atenuar os actuais défices de formação superior, proporcionando
às instituições de ensino superior condições de qualificação adequadas;
f) Princípio do compromisso do Estado, com base em critérios objectivos e
transparentes, de financiamento das despesas de funcionamento, indexado a
um orçamento de referência através da definição de indicadores de
desempenho e valores padrão, a partir de referenciais adequados;
g) Princípio da contratualização entre as instituições de ensino superior e o
Estado, no sentido de assegurar a autonomia institucional, incrementando a
responsabilidade mútua nas formas de financiamento público;
h) Princípio da justiça, entendido no sentido de que ao Estado e aos
estudantes incumbe o dever de participarem nos custos do financiamento do
ensino superior público, como contrapartida quer dos benefícios de ordem
social quer dos benefícios de ordem individual a auferir futuramente;
i) Princípio da complementaridade, entendido no sentido de que as
instituições devem encontrar, no âmbito da sua autonomia financeira, formas
adicionais de financiamento, dando lugar a receitas que serão consideradas

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pelo Estado como receitas próprias das instituições, como tal não afectando o
financiamento público.

CAPÍTULO II
Do financiamento do ensino superior público
SECÇÃO I
Da relação entre o Estado e as instituições de ensino superior

Orçamento de funcionamento base


1 — Em cada ano económico, o Estado, pelos montantes fixados na Lei do
Orçamento, financia o orçamento de funcionamento base das actividades de
ensino e formação das instituições, incluindo as suas unidades orgânicas ou
estruturas específicas.
2 — O financiamento a que se refere o número anterior é indexado a um
orçamento de referência, com dotações calculadas de acordo com uma
fórmula baseada em critérios objectivos de qualidade e excelência, valores
padrão e indicadores de desempenho equitativamente definidos para o
universo de todas as instituições e tendo em conta os relatórios de avaliação
conhecidos para cada curso e instituição.
3 — Da fórmula referida no n. 2 devem constar os seguintes critérios, valores
padrão e indicadores de desempenho:
a) A relação padrão pessoal docente/estudante;
b) A relação padrão pessoal docente/pessoal não docente;
c) Incentivos à qualificação do pessoal docente e não docente;
d) Os indicadores de qualidade do pessoal docente de cada instituição;
e) Os indicadores de eficiência pedagógica dos cursos;
f) Os indicadores de eficiência científica dos cursos de mestrado e
doutoramento;
g) Os indicadores de eficiência de gestão das instituições;
h) A classificação de mérito resultante da avaliação do curso/instituição;
i) Estrutura orçamental, traduzida na relação entre despesas de pessoal e
outras despesas de funcionamento;
j) A classificação de mérito das unidades de investigação.
4 — A fórmula acima referida consta de portaria conjunta dos Ministros das
Finanças e da Ciência e do Ensino Superior, bem como as regras necessárias
para o seu cálculo e aplicação.

Regime de prescrições
1 — O financiamento às instituições de ensino superior público tem em conta o
aproveitamento escolar dos seus estudantes.
2 — Para o efeito previsto no número anterior, devem os órgãos competentes
de cada instituição ou unidade orgânica definir um regime de prescrições
adequado à promoção do mérito dos estudantes.
3 — Na falta de fixação do regime de prescrições por parte das instituições ou
unidades orgânicas ou no caso de estas fixarem um regime menos restritivo do

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que o previsto neste diploma, para efeitos de financiamento público, é


aplicável o seguinte regime:
a) O direito à inscrição em cada ano ou semestre lectivo dos cursos de
bacharelato e licenciatura nas instituições de ensino superior público exerce-
se no respeito pelos critérios fixados na tabela anexa ao presente diploma, do
qual faz parte integrante;
b) A tabela prevista na alínea anterior estabelece, conforme o modo de
organização do curso, o número máximo de inscrições que podem ser
efectuadas por um estudante no curso frequentado de um estabelecimento
público de ensino superior, considerando-se prescrito o direito à matrícula e
inscrição nesse curso no caso de incumprimento dos critérios aplicáveis e o
estudante impedido de se candidatar de novo a esse ou outro curso nos dois
semestres seguintes.
4 — No caso de o aluno beneficiar do Estatuto do Trabalhador-Estudante, ou
no caso de estudante que se encontre em regime de estudo a tempo parcial,
bem como em outras situações a regulamentar pelos órgãos de direcção das
instituições de ensino superior, para efeito da aplicação da tabela anexa
apenas é contabilizado 0,5 por cada inscrição que tenha efectuado nessas
condições.
5 — A falta de cumprimento do regime de prescrições aplicável afecta o
financiamento público das instituições de ensino superior.
6 — Na falta de fixação do regime de prescrições, por parte das instituições do
ensino superior não público, ou no caso de estas fixarem um regime menos
restritivo do que o previsto neste diploma, a atribuição de apoio do Estado
aos alunos depende do cumprimento dos requisitos previstos nos números
anteriores.
7 — As mesmas condições de financiamento previstas nos números anteriores
aplicam-se às situações de transferência entre instituições de ensino superior.

SECÇÃO II
Da relação entre o estudante e a instituição de ensino superior

Conteúdo da relação
1 — As instituições de ensino superior prestam um serviço de ensino que deve
ser qualitativamente exigente e ajustado aos objectivos que determinaram a
sua procura pelos estudantes, os quais devem demonstrar mérito na sua
frequência e comparticipar nos respectivos custos.
2 — Sem prejuízo da responsabilidade do Estado, devem as verbas resultantes
da comparticipação nos custos por parte dos estudantes reverter para o
acréscimo de qualidade no sistema, medido através dos indicadores de
desempenho e valores padrão referidos no n. 3 do artigo 4.o

Propinas

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1 — A comparticipação a que se refere o artigo anterior consiste no


pagamento pelos estudantes às instituições onde estão matriculados de uma
taxa de frequência, designada por propina.
2 — O valor da propina é anualmente fixado em função da natureza dos cursos
e da sua qualidade, com um valor mínimo correspondente a 1,3 do salário
mínimo nacional, em vigor no início do ano lectivo, e um valor máximo que
não poderá ser superior ao valor fixado no n. 2 do artigo 1.o da tabela anexa
ao Decreto-Lei n. 31 658, de 21 de Novembro de 1941, actualizada, para o ano
civil anterior, através da aplicação do índice de preços no consumidor do
Instituto Nacional de Estatística.
3 — O montante das propinas nas pós-graduações é fixado pelas instituições ou
respectivas unidades orgânicas.
4 — Sem prejuízo do disposto no artigo 35.o, os estudantes a quem se aplique
o estatuto do estudante internacional, aprovado por decreto-lei, não
abrangidos pelo regime geral de acesso, por acordos internacionais ou por
regimes de apoio a estudantes luso-descendentes, pagam uma propina
correspondente ao custo real médio da formação a adquirir.

Fixação das propinas


A competência para a fixação das propinas cabe:
a) Nas universidades, aos senados, sob proposta do reitor, excepto para as
unidades orgânicas com autonomia administrativa e financeira;
b) Nos institutos politécnicos, aos conselhos gerais, sob proposta do
presidente, excepto para as unidades orgânicas com autonomia administrativa
e financeira;
c) Nos estabelecimentos de ensino superior não integrados e nas unidades
orgânicas com autonomia administrativa e financeira, ao respectivo órgão
directivo.

SECÇÃO III
Da relação entre o Estado e o estudante

SUBSECÇÃO I
Disposições gerais

Compromisso do Estado
1 — O Estado, na sua relação com os estudantes, compromete-se a garantir a
existência de um sistema de acção social que permita o acesso ao ensino
superior e a frequência das suas instituições a todos os estudantes.
2 — A acção social garante que nenhum estudante será excluído do subsistema
do ensino superior por incapacidade financeira.

Objectivos e meios
1 — O Estado garante o direito à educação e ao ensino nas melhores condições
possíveis, nos limites das disponibilidades orçamentais, contribuindo assim

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para a formação de quadros qualificados e para a promoção do


desenvolvimento do País.
2 — Em cumprimento destes fins, o Estado investirá na acção social escolar e
nos apoios educativos, consolidando e expandindo as infra-estruturas físicas,
nomeadamente privilegiando a construção de residências e de cantinas.
3 — O financiamento dos serviços de acção social nas instituições de ensino
superior é fixado por decreto-lei, através de uma fórmula calculada com base
em critérios de equidade, eficiência e bom desempenho.

Acção social escolar


1 — No âmbito do sistema de acção social escolar, o Estado concede apoios
directos e indirectos geridos de forma flexível e descentralizada.
2 — O apoio social directo efectua-se através da concessão de bolsas de
estudos.
3 — O apoio social indirecto pode ser prestado para:
a) Acesso à alimentação e ao alojamento;
b) Acesso a serviços de saúde;
c) Apoio a actividades culturais e desportivas;
d) Acesso a outros apoios educativos.
4 — Devem ser considerados apoios específicos a conceder a estudantes
portadores de deficiência.
5 — Podem ser considerados apoios específicos a conceder a estudantes
deslocados de e para as Regiões Autónomas.

Controlo
1 — O sistema de controlo das verbas atribuídas ou a atribuir através da acção
social integra o decreto-lei referido no n. 3 do artigo 19.o, podendo incluir
métodos documentais ou inspectivos, nomeadamente para detectar sinais
exteriores de riqueza, de molde a possibilitar a obtenção dos meios de prova
necessários à garantia de que os recursos afectados ou a afectar beneficiarão
efectivamente os mais carenciados.
2 — O sistema de controlo referido no número anterior é inspeccionado
conjuntamente pelos serviços dos Ministérios das Finanças, da Segurança
Social e do Trabalho e da Ciência e do Ensino Superior, nos termos de
protocolo a assinar pelos membros do Governo competentes.

SUBSECÇÃO II
Apoios sociais directos

Bolsas de estudo
1 — Beneficiam da atribuição de bolsas de estudo os estudantes
economicamente carenciados que demonstrem mérito, dedicação e
aproveitamento escolar, visando assim contribuir para custear, entre outras,
as despesas de alojamento, alimentação, transporte, material escolar e
propina.

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2 — São atribuídas bolsas de estudo por mérito a estudantes com


aproveitamento escolar excepcional.
3 — As bolsas referidas nos números anteriores são concedidas anualmente e
suportadas na íntegra pelo Estado a fundo perdido.
4 — Os critérios e as formas para determinar os montantes e as modalidades
dos apoios sociais e educativos são fixados no decreto-lei referido no n. 3 do
artigo 19.o

Declaração de honra
No processo de candidatura para atribuição da bolsa de estudo a que se refere
o n. 1 do artigo anterior, o estudante subscreverá uma declaração de honra,
de modelo a aprovar pelo Governo, na qual, para além dos dados respeitantes
à identificação pessoal, residência, situação escolar e composição do
agregado familiar, atestará, entre outros elementos, qual a actividade ou
actividades de cujo exercício resultou a percepção de rendimentos por parte
do respectivo agregado familiar, bem como o montante em que os mesmos se
cifram, e se disponibilizará para produzir a correspondente prova logo que
para tal solicitado.

SUBSECÇÃO III
Apoios sociais indirectos

Acesso à alimentação e ao alojamento


1 — Os estudantes têm acesso a um serviço de refeições a prestar através de
diferentes tipos de unidades de restauração.
2 — Os estudantes deslocados, com prioridade para os economicamente
carenciados, têm ainda acesso a alojamento em residências ou a apoios
específicos para esse fim.
3 — Os serviços a que se referem os números anteriores são subsidiados de
acordo com a fórmula a definir por portaria conjunta dos Ministros das
Finanças e da Ciência e do Ensino Superior.

Acesso a serviços de saúde


Os estudantes têm acesso a serviços de saúde, sendo disponibilizado o apoio
em áreas específicas como as de diagnóstico e prevenção e o
acompanhamento psicopedagógico, no quadro de protocolos celebrados entre
as instituições de ensino superior e as estruturas da saúde, nos termos a
regular.

Apoio a actividades culturais e desportivas


O apoio às actividades culturais e desportivas deve abranger a criação de
infra-estruturas, a aquisição de equipamentos desportivos e culturais e o
apoio ao respectivo funcionamento, de acordo com o plano de
desenvolvimento das instituições.

Acesso a outros apoios educativos

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Será assegurado aos estudantes o acesso a serviços de informação,


reprografia, apoio bibliográfico e material escolar, em condições favoráveis
de preço.

SUBSECÇÃO IV
Empréstimos

Empréstimos para autonomização do estudante


1 — Com o objectivo de possibilitar ao estudante a sua autonomização
financeira, o Estado apoiará sistemas de empréstimos que tenham em
consideração parâmetros e normas, em termos a regular.
2 — O sistema referido no número anterior privilegiará os estudantes
deslocados considerados com mais dificuldades no plano económico e com
aproveitamento escolar satisfatório, independentemente da instituição ou
curso frequentado.
3 — O valor do empréstimo dependerá da avaliação da situação específica do
estudante, atendendo, designadamente, à sua situação económica, ao valor
da propina do curso frequentado, às despesas necessárias ao cumprimento dos
programas curriculares e à distância entre o local da sua residência habitual e
o local onde se situa o estabelecimento de ensino frequentado.
4 — Os empréstimos a que se refere o presente artigo serão também
atribuídos aos estudantes de pós-graduação, em termos a regulamentar.

SUBSECÇÃO V
Do incumprimento

Consequência do não pagamento da propina


O não pagamento da propina devida nos termos do artigo 16.o implica:
a) A nulidade de todos os actos curriculares praticados no ano lectivo a que o
incumprimento da obrigação se reporta;
b) Suspensão da matrícula e da inscrição anual, com a privação do direito de
acesso aos apoios sociais até à regularização dos débitos, acrescidos dos
respectivos juros, no mesmo ano lectivo em que ocorreu o incumprimento da
obrigação.

Sanções administrativas
Sem prejuízo de punição a título de crime, o estudante que preencher com
fraude a declaração de honra prevista no artigo 23.o ou proceder de maneira
fraudulenta com vista a obter qualquer forma de apoio de acção social escolar
ou educativo incorre nas seguintes sanções administrativas:
a) Nulidade de todos os actos curriculares praticados no ano lectivo a que
respeita tal comportamento;
b) Anulação da matrícula e da inscrição anual e privação do direito de
efectuar nova matrícula na mesma ou noutra instituição de ensino superior
por um período de um a dois anos;

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c) Privação do direito de acesso aos apoios da acção social escolar e ao


empréstimo previsto na presente lei por um período de um a dois anos.

Reposição
Os infractores são obrigados a repor as verbas indevidamente recebidas,
acrescidas de juros de mora calculados à taxa legal em vigor.

CAPÍTULO IV
Disposições finais e transitórias

Situações especiais
1 — A aplicação do disposto na presente lei faz-se sem prejuízo da
observância dos compromissos internacionalmente assumidos pelo Estado
Português, bem como da concessão, para efeitos do pagamento da propina,
de apoio específico aos estudantes destinatários das normas constantes do:
a) Decreto-Lei n. 358/70, de 29 de Julho, e legislação complementar;
b) Artigo 2.o do Decreto-Lei n. 524/73, de 13 de Outubro;
c) N. 6 do artigo 14.o do Decreto-Lei n. 43/76, de 20 de Janeiro;
d) Artigo 9.o da Lei n. 21/87, de 20 de Junho, e artigos 17.o e 19.o do
Decreto-Lei n. 241/89, de 3 de Agosto;
e) Artigo 4.o do Decreto-Lei n. 216/92, de 13 de Outubro.
2 — O apoio referido no número anterior consiste:
a) Nos casos das alíneas a), c) e d), na atribuição de um subsídio de montante
igual ao da propina exigível, sendo os correspondentes encargos suportados
por verbas inscritas no orçamento dos respectivos departamentos
governamentais;
b) Nos casos das alíneas b) e e), na atribuição às instituições de ensino
superior da adequada comparticipação financeira, sendo os correspondentes
encargos suportados por verbas inscritas no orçamento do Ministério da
Educação.

Regime de prescrições
O regime previsto no artigo 5.o começa a ser aplicado no ano lectivo seguinte
ao da entrada em vigor da presente lei, não sendo consideradas as inscrições
relativas aos anos lectivos anteriores.
Universidade Aberta
Para a Universidade Aberta será definido um regime específico de
financiamento das despesas de funcionamento, sendo-lhe inaplicável a
presente lei, com excepção do disposto nos artigos 6.o a 14.o

Propinas
Até à sua fixação, pelos órgãos competentes, o valor das propinas a cobrar no
próximo ano lectivo é correspondente ao limite mínimo fixado no n. 2 do
artigo 16.o, sendo alterado para o valor que entretanto vier a ser fixado.

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Aprovada em 15 de Julho de 2003. O Presidente da Assembleia da República,


João Bosco Mota Amaral.
Promulgada em 31 de Julho de 2003. O Presidente da República, Jorge
Sampaio.
Referendada em 8 de Agosto de 2003.O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão
Barroso.

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PRINCÍPIOS REGULADORES DE INSTRUMENTOS PARA A CRIAÇÃO


DO ESPAÇO EUROPEU DE ENSINO SUPERIOR
Decreto-Lei n. 42/2005 de 22 de Fevereiro

A 19 de Junho de 1999, os ministros da educação de 29 Estados europeus,


entre os quais o Estado Português, subscreveram a Declaração de Bolonha,
acordo que contém como objectivo central o estabelecimento, até 2010, do
espaço europeu de ensino superior, coerente, compatível, competitivo e
atractivo para estudantes europeus e de países terceiros, espaço que promova
a coesão europeia através do conhecimento, da mobilidade e da
empregabilidade dos seus diplomados.
Consolidado sucessivamente em reuniões dos ministros da educação
consagradas à realização do espaço europeu de ensino superior, primeiro em
2001 em Praga, depois em 2003 em Berlim, o Processo de Bolonha representa
um vector determinante para o cumprimento da Estratégia de Lisboa para
2010, aprovada em Março de 2000 pelos presidentes e chefes de governo dos
países da União Europeia, que visa tornar a Europa, até 2010, o espaço
económico mais dinâmico e competitivo do mundo, baseado no conhecimento
e capaz de garantir um crescimento económico sustentável, com mais e
melhores empregos e com maior coesão social.
No plano do ensino superior preconiza-se uma importante mudança nos
paradigmas de formação, centrando-a na globalidade da actividade e nas
competências que os jovens devem adquirir, e projectando-a para várias
etapas da vida de adulto, em necessária ligação com a evolução do
conhecimento e dos interesses individuais e colectivos.
São especialmente considerados:
i) O reconhecimento da necessária adaptação do processo de aprendizagem
aos conceitos e perspectivas da sociedade moderna e aos meios tecnológicos
disponíveis;
ii) A percepção da necessidade de tornar o ensino superior mais atractivo e
mais próximo dos interesses da sociedade, permitindo aos jovens uma escolha
que lhes traga maior satisfação pessoal e maior capacidade competitiva no
mercado europeu;
iii) A percepção de que o conhecimento é um bem universal, na abertura que
se preconiza deste espaço do conhecimento a países terceiros.
São objectivos fundamentalmente sedimentados na colaboração institucional
transnacional e no intercâmbio cultural, sustentado este na mobilidade de
estudantes e profissionais.
No sentido da prossecução dos objectivos identificados, os Estados que
aderiram ao Processo de Bolonha comprometeram-se a adoptar um conjunto
de acções de reformulação em organização, em métodos e em conteúdos dos
seus sistemas do ensino superior.
Assim, em coerência com os compromissos resultantes dos desenvolvimentos
do Processo de Bolonha, foi elaborado o presente diploma, que institui os

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princípios reguladores dos instrumentos para a criação do espaço europeu de


ensino superior consubstanciado, designadamente:
i) Na estrutura de três ciclos no ensino superior segundo as orientações
basicamente adoptadas por todos os Estados signatários da Declaração de
Bolonha;
ii) Na instituição de graus académicos intercompreensíveis e comparáveis;
iii) Na organização curricular por unidades de crédito acumuláveis e
transferíveis no âmbito nacional e internacional;
iv) Nos instrumentos de mobilidade estudantil no espaço europeu de ensino
superior durante e após a formação.
A criação de um novo sistema de créditos curriculares (ECTS—european credit
transfer system), que virá substituir o sistema de créditos consignado no
Decreto-Lei n. 173/80, de 29 de Maio, constitui um dos instrumentos mais
relevantes desta política europeia de evolução do paradigma formativo.
Nesta nova concepção, o estudante desempenha o papel central, quer na
organização das unidades curriculares, cujas horas de contacto assumirão a
diversidade de formas e metodologias de ensino mais adequadas, quer na
avaliação e creditação, as quais considerarão a globalidade do trabalho de
formação do aluno, incluindo as horas de contacto, as horas de projecto, as
horas de trabalho de campo, o estudo individual e as actividades relacionadas
com avaliação, abrindo-se também a actividades complementares com
comprovado valor formativo artístico, sócio-cultural ou desportivo.
Por sua vez, a instituição do suplemento ao diploma, que deve ser emitido na
língua original e numa língua de ampla divulgação na União Europeia,
facilitará a mobilidade e a empregabilidade com base em informações sólidas
e precisas sobre as qualificações, designadamente a natureza, nível, contexto
e conteúdo dos estudos realizados pelo seu titular.
Deve ainda realçar-se o alcance e o impacte de outras inovações consagradas
pelo presente diploma, tais como a adopção de uma escala europeia de
comparabilidade de classificações e, no contexto da mobilidade, o contrato
de estudos, o boletim de registo académico e o guia informativo do
estabelecimento de ensino.
Foram ouvidos o Conselho Consultivo do Ensino Superior, o Conselho de
Reitores das Universidades Portuguesas, o Conselho Coordenador dos
Institutos Superiores Politécnicos e a Associação Portuguesa do Ensino
Superior Privado.

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CAPÍTULO I
Objecto, âmbito e conceitos

Objecto
O presente diploma aprova os princípios reguladores de instrumentos para a
criação do espaço europeu de ensino superior.

Âmbito
1—O presente diploma aplica-se:
a) A todos os estabelecimentos de ensino superior, adiante designados
genericamente por estabelecimentos de ensino;
b) A todas as formações ministradas por estabelecimentos de ensino superior
conducentes à obtenção de um grau de ensino superior, adiante designadas
genericamente por cursos.
2—O presente diploma aplica-se igualmente aos cursos não conferentes de
grau ministrados por estabelecimentos de ensino superior, que sejam objecto
de avaliação e de certificação.

Conceitos
Entende-se por:
a) «Unidade curricular» a unidade de ensino com objectivos de formação
próprios que é objecto de inscrição administrativa e de avaliação traduzida
numa classificação final;
b) «Plano de estudos de um curso» o conjunto organizado de unidades
curriculares em que um estudante deve obter aprovação para:
i) A obtenção de um determinado grau académico;
ii) A conclusão de um curso não conferente de grau;
iii) A reunião de uma parte das condições para obtenção de um determinado
grau académico;
c) «Ano curricular», «semestre curricular» e «trimestre curricular» as
partes do plano de estudos do curso que, de acordo com o respectivo
instrumento legal de aprovação, devam ser realizadas pelo estudante, quando
em tempo inteiro e regime presencial, no decurso de um ano, um semestre ou
um trimestre lectivo, respectivamente;
d) «Duração normal de um curso» o número de anos, semestres e ou
trimestres lectivos em que o curso deve ser realizado pelo estudante, quando
a tempo inteiro e em regime presencial;
e) «Horas de contacto» o tempo utilizado em sessões de ensino de natureza
colectiva, designadamente em salas de aula, laboratórios ou trabalhos de
campo, e em sessões de orientação pessoal de tipo tutorial;
f) «Crédito» a unidade de medida do trabalho do estudante sob todas as suas
formas, designadamente, sessões de ensino de natureza colectiva, sessões de
orientação pessoal de tipo tutorial, estágios, projectos, trabalhos no terreno,
estudo e avaliação;

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g) «Créditos de uma unidade curricular» o valor numérico que expressa o


trabalho que deve ser efectuado por um estudante para realizar uma unidade
curricular;
h) «Créditos de uma área científica» o valor numérico que expressa o
trabalho que deve ser efectuado por um estudante numa determinada área
científica;
i) «Estrutura curricular de um curso» o conjunto de áreas científicas que
integram um curso e o número de créditos que um estudante deve reunir em
cada uma delas para:
i) A obtenção de um determinado grau académico;
ii) A conclusão de um curso não conferente de grau;
iii) A reunião de uma parte das condições para obtenção de um determinado
grau académico;
j) «Diploma» o documento emitido na forma legalmente prevista,
comprovativo da atribuição de um grau académico emitido pelo
estabelecimento de ensino que o confere. São diplomas, para os efeitos deste
diploma legal:
i) As cartas de curso;
ii) As cartas magistrais;
iii) As cartas doutorais;
iv) As certidões que comprovem a titularidade de um grau académico;
v) O documento oficial comprovativo da conclusão de um curso não
conferente de grau emitido pelo estabelecimento de ensino que o ministra e
as respectivas certidões;
l) «Parte de um curso superior» um conjunto de unidades curriculares que
integram o plano de estudos de um curso e cuja ministração, a tempo inteiro
e em regime presencial, não excede um ano lectivo;
m) «Estudante em mobilidade» o estudante matriculado e inscrito num
estabelecimento de ensino superior e curso que realiza parte desse curso
noutro estabelecimento de ensino superior;
n) «Estabelecimento de origem» o estabelecimento de ensino, nacional ou
estrangeiro, em que se encontra matriculado e inscrito o estudante em
mobilidade;
o) «Estabelecimento de acolhimento» o estabelecimento de ensino, nacional
ou estrangeiro, em que o estudante em mobilidade frequenta parte de um
curso superior.

CAPÍTULO II
Sistema de créditos curriculares

Expressão em créditos
1—As estruturas curriculares dos cursos de ensino superior expressam em
créditos o trabalho que deve ser efectuado pelo estudante em cada área
científica.

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2—Os planos de estudos dos cursos de ensino superior expressam em créditos o


trabalho que deve ser efectuado pelo estudante em cada unidade curricular,
bem como a área científica em que esta se integra.

Número de créditos
O número de créditos a atribuir por cada unidade curricular é determinado de
acordo com os seguintes princípios:
a) O trabalho é medido em horas estimadas de trabalho do estudante;
b) O número de horas de trabalho do estudante a considerar inclui todas as
formas de trabalho previstas, designadamente as horas de contacto e as horas
dedicadas a estágios, projectos, trabalhos no terreno, estudo e avaliação;
c) O trabalho de um ano curricular realizado a tempo inteiro situa-se entre
mil e quinhentas e mil seiscentas e oitenta horas e é cumprido num período
de 36 a 40 semanas;
d) O número de créditos correspondente ao trabalho de um ano curricular
realizado a tempo inteiro é de 60;
e) Para períodos curriculares de duração inferior a um ano, o número de
créditos é atribuído na proporção que representem do ano curricular;
f) O número de créditos correspondente ao trabalho de um curso realizado a
tempo inteiro é igual ao produto da duração normal do curso em anos
curriculares ou fracção por 60;
g) Os créditos conferidos por cada unidade curricular são expressos em
múltiplos de meio crédito;
h) A uma unidade curricular integrante do plano de estudos de mais de um
curso do mesmo estabelecimento de ensino superior deve ser atribuído o
mesmo número de créditos, independentemente do curso.

Trabalhos de dissertação e de tese


O número de créditos a atribuir aos trabalhos de dissertação e de tese
previstos para a obtenção de graus académicos ou de diplomas de cursos não
conferentes de grau é fixado tendo em consideração o tempo médio normal
estimado como necessário à sua preparação e avaliação, medido em anos
lectivos ou fracção, correspondendo um ano lectivo de trabalho a 60 créditos.

Cursos ministrados em regime de tempo parcial


1—Nos cursos ministrados em regime de tempo parcial, a atribuição de
créditos a cada unidade curricular é feita com base na duração normal e na
organização do plano de estudos do curso em regime de tempo inteiro.
2 — Consideram-se, designadamente, abrangidos pelo número anterior os
cursos ministrados em regime nocturno prolongado.

Casos especiais
1—O órgão legal e estatutariamente competente do estabelecimento de
ensino superior fixa as condições de aplicação do sistema de créditos
curriculares aos cursos que não se organizem em anos, semestres ou
trimestres lectivos.

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2—Na atribuição dos créditos são aplicados os princípios fixados pelo presente
diploma.

Cursos não conferentes de grau


1—O órgão legal e estatutariamente competente do estabelecimento de
ensino superior fixa as condições de aplicação do sistema de créditos
curriculares aos cursos não conferentes de grau por ele ministrados.
2—Na atribuição dos créditos são aplicados os princípios fixados pelo presente
diploma.

Regulamentação
O órgão legal e estatutariamente competente de cada estabelecimento de
ensino superior aprova um regulamento de aplicação do sistema de créditos
curriculares, o qual inclui, designadamente, os procedimentos e regras a
adoptar para a fixação dos créditos a obter em cada área científica e a
atribuir por cada unidade curricular.

Avaliação, acompanhamento e acreditação


A aplicação do sistema de créditos curriculares é objecto de apreciação no
quadro do sistema de avaliação e acompanhamento do ensino superior e de
acreditação dos seus estabelecimentos de ensino e cursos.

CAPÍTULO III
Avaliação, classificação e qualificação
SECÇÃO I
Princípios gerais

Avaliação
1—O grau de cumprimento por parte do aluno dos objectivos de cada unidade
curricular em que se encontra inscrito é objecto de avaliação.
2—A avaliação realiza-se de acordo com as normas aprovadas pelo órgão legal
e estatutariamente competente do estabelecimento de ensino.

Classificação das unidades curriculares


1—A avaliação final de uma unidade curricular é expressa através de uma
classificação na escala numérica inteira de 0 a 20.
2—Considera-se:
a) Aprovado numa unidade curricular o aluno que nela obtenha uma
classificação não inferior a 10;
b) Reprovado numa unidade curricular o aluno que nela obtenha uma
classificação inferior a 10.

Classificação final e qualificação dos graus e cursos


1—Aos graus académicos e aos cursos não conferentes de grau, é atribuída
uma classificação ou qualificação final nos termos estabelecidos pelas normas
legais reguladoras do regime jurídico de atribuição de graus e diplomas.

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2—A classificação ou qualificação final é atribuída pelo órgão legal e


estatutariamente competente do estabelecimento de ensino.
3—A classificação final é expressa no intervalo 10-20 da escala numérica
inteira de 0 a 20.

Menção qualitativa
Por decisão do órgão legal e estatutariamente competente de cada
estabelecimento de ensino, às classificações finais pode ser associada uma
menção qualitativa com quatro classes:
a) 10 a 13—Suficiente;
b) 14 e 15—Bom;
c) 16 e 17—Muito bom;
d) 18 a 20—Excelente.

SECÇÃO II
Escala europeia de comparabilidade de classificações

Escala
A escala europeia de comparabilidade de classificações para os resultados de
aprovado é constituída por cinco classes, identificadas pelas letras A a E.

Correspondência entre escalas


Entre o intervalo 10-20 da escala numérica inteira de 0 a 20 e a escala
europeia de comparabilidade de classificações, adopta-se a seguinte
correspondência:
a) A: 20 a p, sendo p a classificação que permite abranger, nesta classe, 10%
dos alunos;
b) B: p-1 a q, sendo q a classificação que permite abranger, no conjunto desta
classe com a classe anterior, 35% dos alunos;
c) C: q-1 a r, sendo r a classificação que permite abranger, no conjunto desta
classe com as classes anteriores, 65% dos alunos;
d) D: r-1 a s, sendo s a classificação que permite abranger, no conjunto desta
classe com as classes anteriores, 90% dos alunos;
e) E: s-1 a 10.

Princípios de aplicação da correspondência às classificações finais


1—A fixação das classificações finais abrangidas por cada uma das classes da
escala europeia de comparabilidade de classificações é feita pelo órgão legal
e estatutariamente competente do estabelecimento de ensino no respeito
pelos seguintes princípios:
a) É estabelecida para cada par estabelecimento/ curso;
b) Considera a distribuição das classificações finais no conjunto de, pelo
menos, os três anos mais recentes, e num total de, pelo menos, 100
diplomados;
c) Quando uma classificação abranja duas classes, considera-se, em princípio,
na primeira delas.

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2—Quando não for possível atingir a dimensão da amostra a que se refere a


alínea b) do número anterior, a utilização da escala europeia de
comparabilidade de classificações é substituída pela menção do número de
ordem da classificação do diploma no ano lectivo em causa e do número de
diplomados nesse ano.

Aplicação da correspondência às qualificações


Quando a um grau académico ou a um curso não conferente de grau tiver sido
atribuída uma qualificação final, entre esta e a escala europeia de
comparabilidade de classificações adopta-se a correspondência que for
estabelecida pelas normas legais que determinam a adopção de qualificação
final.

Princípios de aplicação da correspondência às classificações das unidades


curriculares
1—A fixação das classificações das unidades curriculares abrangidas por cada
uma das classes da escala europeia de comparabilidade de classificações é
feita pelo órgão legal e estatutariamente competente do estabelecimento de
ensino no respeito pelos seguintes princípios:
a) É estabelecida para cada unidade curricular;
b) Considera a distribuição das classificações finais dos estudantes aprovados
nessa unidade curricular no conjunto de, pelo menos, os três anos mais
recentes, e num total de, pelo menos, 100 diplomados:
c) Quando uma classificação abranja duas classes, considera-se, em princípio,
na primeira delas.
2—Quando não for possível atingir a dimensão da amostra a que se refere a
alínea b) do número anterior,
a utilização da escala europeia de comparabilidade de classificações é
substituída pela menção do número de ordem da classificação do estudante
no conjunto dos aprovados na disciplina no ano lectivo em causa e o número
de aprovados nesse ano.

CAPÍTULO IV
Mobilidade durante a formação

Contrato de estudos
A realização de parte de um curso superior por um estudante em mobilidade
está condicionada à prévia celebração de um contrato de estudos.

Intervenientes no contrato de estudos


O contrato de estudos é celebrado entre o estabelecimento de ensino de
origem, o estabelecimento de ensino de acolhimento e o estudante.

Conteúdo do contrato de estudos


O contrato de estudos para os estudantes cujo estabelecimento de origem é
um estabelecimento de ensino superior português inclui, obrigatoriamente:

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a) As unidades curriculares que o estudante irá frequentar no estabelecimento


de ensino de acolhimento, a língua em que são ministradas e avaliadas e o
número de créditos que atribuem;
b) As unidades curriculares do estabelecimento de ensino de origem cuja
aprovação é substituída pela aprovação nas referidas na alínea a) e o número
de créditos que atribuem em caso de aprovação;
c) Os critérios que o estabelecimento de origem adoptará na conversão das
classificações das unidades curriculares em que o estudante obteve aprovação
no estabelecimento de acolhimento;
d) O intervalo de tempo em que decorrerá a frequência do estabelecimento
de ensino de acolhimento.

Alterações ao contrato de estudos


As alterações ao contrato de estudos revestem obrigatoriamente a forma de
aditamentos ao mesmo.

Modelo do contrato de estudos


Os contratos de estudos e as suas alterações:
a) São elaborados de acordo com um modelo aprovado por portaria do
Ministro da Ciência, Inovação e Ensino Superior;
b) São escritos em português e em inglês ou, em alternativa ao inglês, na
língua do estabelecimento de acolhimento se assim for acordado entre os
estabelecimentos de ensino.

Valor do contrato de estudos


1—O contrato de estudos subscrito por um estabelecimento de ensino superior
português na qualidade de estabelecimento de acolhimento tem o valor de
aceitação da inscrição no curso e nas unidades curriculares dele constantes.
2—O contrato de estudos subscrito por um estabelecimento de ensino superior
português na qualidade de estabelecimento de origem tem o valor de decisão
de equivalência de unidades curriculares e vincula o estabelecimento à
adopção do critério de conversão de classificações dele constante.

Boletim de registo académico


Ao estudante que realizou ou vai realizar parte de um curso superior como
estudante em mobilidade é emitido um boletim de registo académico.

Conteúdo do boletim de registo académico


1—O boletim de registo académico indica as unidades curriculares em que o
estudante obteve aprovação.
2—Para cada unidade curricular são, designadamente, indicados:
a) A denominação;
b) O número de créditos que atribui;
c) A classificação segundo o sistema de classificação legalmente aplicável;
d) A classificação segundo a escala europeia de comparabilidade de
classificações.

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Modelo do boletim de registo académico


1—O boletim de registo académico é elaborado de acordo com um modelo
aprovado por portaria do Ministro da Ciência, Inovação e Ensino Superior.
2—O boletim de registo académico é um documento bilingue, escrito em
português e inglês.

Emissão do boletim de registo académico


1—O boletim de registo académico é emitido, obrigatoriamente:
a) Pelo estabelecimento de ensino na qualidade de estabelecimento de
origem, para instruir a candidatura do estudante à frequência de parte do
curso no estabelecimento de acolhimento;
b) Pelo estabelecimento de ensino na qualidade de estabelecimento de
acolhimento, para certificar a aprovação nas unidades curriculares
frequentadas com aproveitamento pelo estudante.
2—Pela emissão do boletim de registo académico não é cobrado qualquer
valor.

Valor legal do boletim de registo académico


O boletim de registo académico emitido pelo estabelecimento de ensino na
qualidade de estabelecimento de acolhimento tem o valor legal de certificado
dos resultados obtidos.

Guia informativo do estabelecimento de ensino


Cada estabelecimento de ensino elabora e disponibiliza um guia informativo.

Conteúdo do guia informativo do estabelecimento de ensino


1—O guia informativo do estabelecimento de ensino é uma descrição do
estabelecimento de ensino e das suas unidades orgânicas, dos graus que
confere e dos cursos que ministra, indicando para estes as suas condições de
acesso, duração, unidades curriculares e seus conteúdos, cargas horárias,
créditos que confere e métodos de ensino e de avaliação de conhecimentos. O
guia informativo inclui igualmente informação de natureza geral necessária à
integração dos estudantes.
2—O guia pode ser elaborado para o estabelecimento de ensino ou para as
suas unidades orgânicas, separadamente.
3—O guia é um documento bilingue, escrito em português e inglês.

Responsabilidade pela elaboração do guia informativo do estabelecimento


de ensino
A responsabilidade pela elaboração do guia informativo do estabelecimento
de ensino é do seu órgão legal e estatutariamente competente.

Disponibilização do guia informativo do estabelecimento de ensino


O guia informativo do estabelecimento de ensino é disponibilizado através da
Internet, sem prejuízo da sua publicação por outras formas.

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CAPÍTULO V
Mobilidade após a formação

Suplemento ao diploma
O suplemento ao diploma é um documento complementar do diploma que:
a) Descreve o sistema de ensino superior português e o seu enquadramento no
sistema educativo à data da obtenção do diploma;
b) Caracteriza a instituição que ministrou o ensino e que conferiu o diploma;
c) Caracteriza a formação realizada (grau, área, requisitos de acesso, duração
normal, nível) e o seu objectivo;
d) Fornece informação detalhada sobre a formação realizada e os resultados
obtidos.

Modelo do suplemento ao diploma


1—O suplemento ao diploma é emitido de acordo com modelo aprovado por
portaria do Ministro da Ciência, Inovação e Ensino Superior.
2—A descrição do sistema de ensino superior português e do seu
enquadramento no sistema educativo é um texto comum, igualmente
aprovado pela portaria a que se refere o número anterior.
3—O suplemento ao diploma é um documento bilingue, escrito em português e
inglês.

Emissão do suplemento ao diploma


1—O suplemento ao diploma é emitido obrigatoriamente sempre que é
emitido um diploma e só neste caso.
2—Pela emissão do suplemento ao diploma não pode ser cobrado qualquer
valor.

Competência para a emissão do suplemento ao diploma


O suplemento ao diploma é emitido pela entidade competente para a emissão
do diploma.

Valor legal do suplemento ao diploma


O suplemento ao diploma tem natureza informativa, não substitui o diploma
nem faz prova da titularidade da habilitação a que se refere.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 23 de Dezembro de 2004, por


Pedro Miguel de Santana Lopes, Paulo Sacadura Cabral Portas, Daniel Viegas
Sanches, Maria da Graça Martins da Silva Carvalho, sendo promulgado em 31
de Janeiro de 2005 pelo Presidente da República, Jorge Sampaio.

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LEI DE BASES DO SISTEMA EDUCATIVO


Segunda alteração à Lei de Bases do Sistema Educativo e primeira
alteração à Lei de Bases do Financiamento do Ensino Superior.
Lei n. 49/2005 de 30 de Agosto

CAPÍTULO I
Âmbito e princípios

Âmbito e definição
1—A presente lei estabelece o quadro geral do sistema educativo.
2—O sistema educativo é o conjunto de meios pelo qual se concretiza o direito
à educação, que se exprime pela garantia de uma permanente acção
formativa orientada para favorecer o desenvolvimento global da
personalidade, o progresso social e a democratização da sociedade.
3—O sistema educativo desenvolve-se segundo um conjunto organizado de
estruturas e de acções diversificadas, por iniciativa e sob responsabilidade de
diferentes instituições e entidades públicas, particulares e cooperativas.
4—O sistema educativo tem por âmbito geográfico a totalidade do território
português — continente e Regiões Autónomas —, mas deve ter uma expressão
suficientemente flexível e diversificada, de modo a abranger a generalidade
dos países e dos locais em que vivam comunidades de portugueses ou em que
se verifique acentuado interesse pelo desenvolvimento e divulgação da
cultura portuguesa.
5— A coordenação da política relativa ao sistema educativo,
independentemente das instituições que o compõem, incumbe a um
ministério especialmente vocacionado para o efeito.

Princípios gerais
1—Todos os portugueses têm direito à educação e à cultura, nos termos da
Constituição da República.
2—É da especial responsabilidade do Estado promover a democratização do
ensino, garantindo o direito a uma justa e efectiva igualdade de
oportunidades no acesso e sucesso escolares.
3—No acesso à educação e na sua prática é garantido a todos os portugueses o
respeito pelo princípio da liberdade de aprender e de ensinar, com tolerância
para com as escolhas possíveis, tendo em conta, designadamente, os
seguintes princípios:
a) O Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a
cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas,
ideológicas ou religiosas;
b) O ensino público não será confessional;
c) É garantido o direito de criação de escolas particulares e cooperativas.
4—O sistema educativo responde às necessidades resultantes da realidade
social, contribuindo para o desenvolvimento pleno e harmonioso da

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personalidade dos indivíduos, incentivando a formação de cidadãos livres,


responsáveis, autónomos e solidários e valorizando a dimensão humana do
trabalho.
5—A educação promove o desenvolvimento do espírito democrático e
pluralista, respeitador dos outros e das suas ideias, aberto ao diálogo e à livre
troca de opiniões, formando cidadãos capazes de julgarem com espírito
crítico e criativo o meio social em que se integram e de se empenharem na
sua transformação progressiva.

SECÇÃO II
Educação escolar
SUBSECÇÃO III
Ensino superior

Âmbito e objectivos
1—O ensino superior compreende o ensino universitário e o ensino politécnico.
2—São objectivos do ensino superior:
a) Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e
empreendedor, bem como do pensamento reflexivo;
b) Formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a
inserção em sectores profissionais e para a participação no desenvolvimento
da sociedade, e colaborar na sua formação contínua;
c) Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia, das humanidades e das artes, e a
criação e difusão da cultura e, desse modo, desenvolver o entendimento do
homem e do meio em que se integra;
d) Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos,
que constituem património da humanidade, e comunicar o saber através do
ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
e) Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e
possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que
vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do
conhecimento de cada geração, na lógica de educação ao longo da vida e de
investimento geracional e intergeracional, visando realizar a unidade do
processo formativo;
f) Estimular o conhecimento dos problemas do mundo de hoje, num horizonte
de globalidade, em particular os nacionais, regionais e europeus, prestar
serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de
reciprocidade;
g) Continuar a formação cultural e profissional dos cidadãos pela promoção de
formas adequadas de extensão cultural;
h) Promover e valorizar a língua e a cultura portuguesas;
i) Promover o espírito crítico e a liberdade de expressão e de investigação.
3—O ensino universitário, orientado por uma constante perspectiva de
promoção de investigação e de criação do saber, visa assegurar uma sólida
preparação científica e cultural e proporcionar uma formação técnica que

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habilite para o exercício de actividades profissionais e culturais e fomente o


desenvolvimento das capacidades de concepção, de inovação e de análise
crítica.
4—O ensino politécnico, orientado por uma constante perspectiva de
investigação aplicada e de desenvolvimento, dirigido à compreensão e solução
de problemas concretos, visa proporcionar uma sólida formação cultural e
técnica de nível superior, desenvolver a capacidade de inovação e de análise
crítica e ministrar conhecimentos científicos de índole teórica e prática e as
suas aplicações com vista ao exercício de actividades profissionais.

Acesso
1—Têm acesso ao ensino superior os indivíduos habilitados com o curso do
ensino secundário ou equivalente que façam prova de capacidade para a sua
frequência.
2—O Governo define, através de decreto-lei, os regimes de acesso e ingresso
no ensino superior, em obediência aos seguintes princípios:
a) Democraticidade, equidade e igualdade de oportunidades;
b) Objectividade dos critérios utilizados para a selecção e seriação dos
candidatos;
c) Universalidade de regras para cada um dos subsistemas de ensino superior;
d) Valorização do percurso educativo do candidato no ensino secundário, nas
suas componentes de avaliação contínua e provas nacionais, traduzindo a
relevância para o acesso ao ensino superior do sistema de certificação
nacional do ensino secundário;
e) Utilização obrigatória da classificação final do ensino secundário no
processo de seriação;
f) Coordenação dos estabelecimentos de ensino superior para a realização da
avaliação, selecção e seriação por forma a evitar a proliferação de provas a
que os candidatos venham a submeter-se;
g) Carácter nacional do processo de candidatura à matrícula e inscrição nos
estabelecimentos de ensino superior público, sem prejuízo da realização, em
casos devidamente fundamentados, de concursos de natureza local;
h) Realização das operações de candidatura pelos serviços da administração
central e regional da educação.
3—Nos limites definidos pelo número anterior, o processo de avaliação da
capacidade para a frequência, bem como o de selecção e seriação dos
candidatos ao ingresso em cada curso e estabelecimento de ensino superior, é
da competência dos estabelecimentos de ensino superior.
4—O Estado deve progressivamente assegurar a eliminação de restrições
quantitativas de carácter global no acesso ao ensino superior (numerus
clausus) e criar as condições para que os cursos existentes e a criar
correspondam globalmente às necessidades em quadros qualificados, às
aspirações individuais e à elevação do nível educativo, cultural e científico do
País e para que seja garantida a qualidade do ensino ministrado.
5—Têm igualmente acesso ao ensino superior, nas condições a definir pelo
Governo, através de decreto-lei:

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a) Os maiores de 23 anos que, não sendo titulares da habilitação de acesso ao


ensino superior, façam prova de capacidade para a sua frequência através da
realização de provas especialmente adequadas, realizadas pelos
estabelecimentos de ensino superior;
b) Os titulares de qualificações pós-secundárias apropriadas.
6—O Estado deve criar as condições que garantam aos cidadãos a possibilidade
de frequentar o ensino superior, de forma a impedir os efeitos
discriminatórios decorrentes das desigualdades económicas e regionais ou de
desvantagens sociais prévias.
7—Os trabalhadores-estudantes terão regimes especiais de acesso e ingresso e
de frequência do ensino superior que garantam os objectivos da aprendizagem
ao longo da vida e da flexibilidade e mobilidade dos percursos escolares.

Organização da formação, reconhecimento e mobilidade


1—A organização da formação ministrada pelos estabelecimentos de ensino
superior adopta o sistema europeu de créditos.
2—Os créditos são a unidade de medida do trabalho do estudante.
3—O número de horas de trabalho do estudante a considerar inclui todas as
formas de trabalho previstas, designadamente as horas de contacto e as horas
dedicadas a estágios, projectos, trabalhos no terreno, estudo e avaliação.
4—A mobilidade dos estudantes entre os estabelecimentos de ensino superior
nacionais, do mesmo ou de diferentes subsistemas, bem como entre
estabelecimentos de ensino superior estrangeiros e nacionais, é assegurada
através do sistema de créditos, com base no princípio do reconhecimento
mútuo do valor da formação e das competências adquiridas.
5—Os estabelecimentos de ensino superior reconhecem, através da atribuição
de créditos, a experiência profissional e a formação pós-secundária dos que
nele sejam admitidos através das modalidades especiais de acesso a que se
refere o n. 5 do artigo 12.o
6—Os estabelecimentos de ensino superior podem associar-se com outros
estabelecimentos de ensino superior, nacionais ou estrangeiros, para
conferirem os graus académicos e atribuírem os diplomas previstos nos artigos
seguintes.
7—Não é permitido o funcionamento de estabelecimentos de ensino superior
em regime de franquia.

Graus académicos
1—No ensino superior são conferidos os graus académicos de licenciado,
mestre e doutor.
2—O grau de licenciado é conferido nos ensinos universitário e politécnico.
3—O grau de licenciado é conferido após um ciclo de estudos com um número
de créditos que corresponda a uma duração compreendida entre seis e oito
semestres curriculares de trabalho.
4—O grau de mestre é conferido nos ensinos universitário e politécnico.
5—Têm acesso ao ciclo de estudos conducente ao grau de mestre:
a) Os titulares do grau de licenciado;

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b) Os titulares de um grau académico superior estrangeiro que seja


reconhecido como satisfazendo os objectivos do grau de licenciado pelo órgão
científico estatutariamente competente do estabelecimento de ensino
superior onde pretendem ser admitidos.
6—O grau de mestre é conferido:
a) Após um ciclo de estudos com um número de créditos que corresponda a
uma duração compreendida entre três e quatro semestres curriculares de
trabalho;
b) A título excepcional, após um ciclo de estudos com um número de créditos
que corresponda a dois semestres curriculares de trabalho.
7—O grau de mestre pode igualmente ser conferido após um ciclo de estudos
integrado com um número de créditos que corresponda a uma duração
compreendida entre 10 e 12 semestres curriculares de trabalho, nos casos em
que, para o acesso ao exercício de uma determinada actividade profissional,
essa duração:
a) Seja fixada por normas legais da União Europeia;
b) Resulte de uma prática estável e consolidada na União Europeia.
8—O ciclo de estudos a que se refere o número anterior pode ser organizado
em etapas, podendo o estabelecimento de ensino atribuir o grau de licenciado
aos que tenham concluído um período de estudos com duração não inferior a
seis semestres.
9—O grau de doutor é conferido no ensino universitário.
10—Têm acesso ao ciclo de estudos conducente ao grau de doutor:
a) Os titulares do grau de mestre;
b) Os detentores de um currículo escolar, científico ou profissional que seja
reconhecido pelo órgão científico estatutariamente competente do
estabelecimento de ensino superior onde pretendem ser admitidos como
atestando capacidade para realização deste ciclo de estudos.
11—Só podem conferir um dado grau académico numa determinada área os
estabelecimentos de ensino superior que disponham de um corpo docente
próprio, qualificado nessa área, e dos demais recursos humanos e materiais
que garantam o nível e a qualidade da formação adquirida.
12—Só podem conferir o grau de doutor numa determinada área os
estabelecimentos de ensino superior universitário que, para além das
condições a que se refere o número anterior, demonstrem possuir, nessa área,
os recursos humanos e organizativos necessários à realização de investigação e
uma experiência acumulada nesse domínio sujeita a avaliação e concretizada
numa produção científica e académica relevantes.

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Diplomas
1—Os estabelecimentos de ensino superior podem realizar cursos não
conferentes de grau académico cuja conclusão com aproveitamento conduza à
atribuição de um diploma.
2—Os ciclos de estudos conducentes ao grau de licenciado ou de mestre
podem ser organizados em etapas, correspondendo cada etapa à atribuição de
um diploma.

Formação pós-secundária
1—Os estabelecimentos de ensino superior podem ainda realizar cursos de
ensino pós-secundário não superior visando a formação profissional
especializada.
2—Os titulares dos cursos referidos no número anterior estão habilitados a
concorrer ao acesso e ingresso no ensino superior, sendo a formação superior
neles realizada creditável no âmbito do curso em que sejam admitidos.

Estabelecimentos
1—O ensino universitário realiza-se em universidades e em escolas
universitárias não integradas.
2—O ensino politécnico realiza-se em escolas superiores especializadas nos
domínios da tecnologia, das artes e da educação, entre outros.
3—As universidades podem ser constituídas por escolas, institutos ou
faculdades diferenciados e ou por departamentos ou outras unidades,
podendo ainda integrar escolas superiores do ensino politécnico.
4—As escolas superiores do ensino politécnico podem ser associadas em
unidades mais amplas, com designações várias, segundo critérios de interesse
regional e ou de natureza das escolas.

Investigação científica
1—O Estado deve assegurar as condições materiais e culturais de criação e
investigação científicas.
2—Nas instituições de ensino superior serão criadas as condições para a
promoção da investigação científica e para a realização de actividades de
investigação e desenvolvimento.
3—A investigação científica no ensino superior deve ter em conta os objectivos
predominantes da instituição em que se insere, sem prejuízo da sua
perspectivação em função do progresso, do saber e da resolução dos
problemas postos pelo desenvolvimento social, económico e cultural do País.
4—Devem garantir-se as condições de publicação dos trabalhos científicos e
facilitar-se a divulgação dos novos conhecimentos e perspectivas do
pensamento científico, dos avanços tecnológicos e da criação cultural.
5—Compete ao Estado incentivar a colaboração entre as entidades públicas,
privadas e cooperativas no sentido de fomentar o desenvolvimento da ciência,
da tecnologia e da cultura, tendo particularmente em vista os interesses da
colectividade.

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CAPÍTULO III
Apoios e complementos educativos

Promoção do sucesso escolar


1—São estabelecidas e desenvolvidas actividades e medidas de apoio e
complemento educativos visando contribuir para a igualdade de oportunidades
de acesso e sucesso escolar.
2—Os apoios e complementos educativos são aplicados prioritariamente na
escolaridade obrigatória.

Apoios a alunos com necessidades escolares específicas


Nos estabelecimentos de ensino básico é assegurada a existência de
actividades de acompanhamento e complemento pedagógicos, de modo
positivamente diferenciado, a alunos com necessidades escolares específicas.

Apoio psicológico e orientação escolar e profissional


O apoio no desenvolvimento psicológico dos alunos e à sua orientação escolar
e profissional, bem como o apoio psicopedagógico às actividades educativas e
ao sistema de relações da comunidade escolar, são realizados por serviços de
psicologia e orientação escolar profissional inseridos em estruturas regionais
escolares.

Acção social escolar


1—São desenvolvidos, no âmbito da educação pré-escolar e da educação
escolar, serviços de acção social escolar concretizados através da aplicação de
critérios de discriminação positiva que visem a compensação social e
educativa dos alunos economicamente mais carenciados.
2—Os serviços de acção social escolar são traduzidos por um conjunto
diversificado de acções, em que avultam a comparticipação em refeições,
serviços de cantina, transportes, alojamento, manuais e material escolar, e
pela concessão de bolsas de estudo.

Apoio de saúde escolar


Será realizado o acompanhamento do saudável crescimento e
desenvolvimento dos alunos, o qual é assegurado, em princípio, por serviços
especializados dos centros comunitários de saúde em articulação com as
estruturas escolares.

Apoio a trabalhadores-estudantes
Aos trabalhadores-estudantes será proporcionado um regime especial de
estudos que tenha em consideração a sua situação de trabalhadores e de
estudantes e que lhes permita a aquisição de conhecimentos, a progressão no
sistema do ensino e a criação de oportunidades de formação profissional
adequadas à sua valorização pessoal.

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CAPÍTULO IV
Recursos humanos

Qualificação para professor do ensino superior


1—Adquirem qualificação para a docência no ensino superior os habilitados
com os graus de doutor ou de mestre, bem como os licenciados que tenham
prestado provas de aptidão pedagógica e capacidade científica, podendo
ainda exercer a docência outras individualidades reconhecidamente
qualificadas.
2—Podem coadjuvar na docência do ensino superior os indivíduos habilitados
com o grau de licenciado ou equivalente.

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REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR


Lei n.º 62/2007 de 10 de Setembro

TÍTULO I
Princípios e disposições comuns

Objecto e âmbito
1 — A presente lei estabelece o regime jurídico das instituições de ensino
superior, regulando designadamente a sua constituição, atribuições e
organização, o funcionamento e competência dos seus órgãos e, ainda, a
tutela e fiscalização pública do Estado sobre as mesmas, no quadro da sua
autonomia.

Missão do ensino superior


1 — O ensino superior tem como objectivo a qualificação de alto nível dos
portugueses, a produção e difusão do conhecimento, bem como a formação
cultural, artística, tecnológica e científica dos seus estudantes, num quadro
de referência internacional.
2 — As instituições de ensino superior valorizam a actividade dos seus
investigadores, docentes e funcionários, estimulam a formação intelectual e
profissional dos seus estudantes e asseguram as condições para que todos os
cidadãos devidamente habilitados possam ter acesso ao ensino superior e à
aprendizagem ao longo da vida.
3 — As instituições de ensino superior promovem a mobilidade efectiva de
estudantes e diplomados, tanto a nível nacional como internacional,
designadamente no espaço europeu de ensino superior.
4 — As instituições de ensino superior têm o direito e o dever de participar,
isoladamente ou através das suas unidades orgânicas, em actividades de
ligação à sociedade, designadamente de difusão e transferência de
conhecimento, assim como de valorização económica do conhecimento
científico.
5 — As instituições de ensino superior têm ainda o dever de contribuir para a
compreensão pública das humanidades, das artes, da ciência e da tecnologia,
promovendo e organizando acções de apoio à difusão da cultura humanística,
artística, científica e tecnológica, e disponibilizando os recursos necessários a
esses fins.

Natureza binária do sistema de ensino superior


1 — O ensino superior organiza -se num sistema binário, devendo o ensino
universitário orientar -se para a oferta de formações científicas sólidas,
juntando esforços e competências de unidades de ensino e investigação, e o
ensino politécnico concentrar -se especialmente em formações vocacionais e
em formações técnicas avançadas, orientadas profissionalmente.

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2 — A organização do sistema binário deve corresponder às exigências de uma


procura crescentemente diversificada de ensino superior orientada para a
resposta às necessidades dos que terminam o ensino secundário e dos que
procuram cursos vocacionais e profissionais e aprendizagem ao longo da vida.

Ensino superior público e privado


1 — O sistema de ensino superior compreende:
a) O ensino superior público, composto pelas instituições pertencentes ao
Estado e pelas fundações por ele instituídas nos termos da presente lei;
b) O ensino superior privado, composto pelas instituições pertencentes a
entidades particulares e cooperativas.

Instituições de ensino superior


1 — As instituições de ensino superior integram:
a) As instituições de ensino universitário, que compreendem as universidades,
os institutos universitários e outras instituições de ensino universitário;
b) As instituições de ensino politécnico, que compreendem os institutos
politécnicos e outras instituições de ensino politécnico.
2 — Os institutos universitários e as outras instituições de ensino superior
universitário e politécnico compartilham do regime das universidades e dos
institutos politécnicos, conforme os casos, incluindo a autonomia e o governo
próprio, com as necessárias adaptações.

Instituições de ensino universitário


1 — As universidades, os institutos universitários e as demais instituições de
ensino universitário são instituições de alto nível orientadas para a criação,
transmissão e difusão da cultura, do saber e da ciência e tecnologia, através
da articulação do estudo, do ensino, da investigação e do desenvolvimento
experimental.
2 — As universidades e os institutos universitários conferem os graus de
licenciado, mestre e doutor.
3 — As demais instituições de ensino universitário conferem os graus de
licenciado e de mestre.

Instituições de ensino politécnico


1 — Os institutos politécnicos e demais instituições de ensino politécnico são
instituições de alto nível orientadas para a criação, transmissão e difusão da
cultura e do saber de natureza profissional, através da articulação do estudo,
do ensino, da investigação orientada e do desenvolvimento experimental.
2 — As instituições de ensino politécnico conferem os graus de licenciado e de
mestre.

Atribuições das instituições de ensino superior


1 — São atribuições das instituições de ensino superior, no âmbito da vocação
própria de cada subsistema:

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a) A realização de ciclos de estudos visando a atribuição de graus académicos,


bem como de outros cursos pós -secundários, de cursos de formação pós -
graduada e outros;
b) A criação do ambiente educativo apropriado às suas finalidades;
c) A realização de investigação e o apoio e participação em instituições
científicas;
d) A transferência e valorização económica do conhecimento científico e
tecnológico;
e) A realização de acções de formação profissional e de actualização de
conhecimentos;
f) A prestação de serviços à comunidade e de apoio ao desenvolvimento;
g) A cooperação e o intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições
congéneres, nacionais e estrangeiras;
h) A contribuição, no seu âmbito de actividade, para a cooperação
internacional e para a aproximação entre os povos, com especial destaque
para os países de língua portuguesa e os países europeus;
i) A produção e difusão do conhecimento e da cultura.
2 — Às instituições de ensino superior compete, ainda, nos termos da lei, a
concessão de equivalências e o reconhecimento de graus e habilitações
académicos.

Natureza e regime jurídico


1 — As instituições de ensino superior públicas são pessoas colectivas de
direito público, podendo, porém, revestir também a forma de fundações
públicas com regime de direito privado, nos termos previstos no capítulo VI do
título III.
3 — As entidades instituidoras de estabelecimentos de ensino superior
privados são pessoas colectivas de direito privado, não tendo os
estabelecimentos personalidade jurídica própria.
4 — As instituições de ensino superior privadas regem--se pelo direito privado
em tudo o que não for contrariado pela presente lei ou por outra legislação
aplicável, sem prejuízo da sua sujeição aos princípios da imparcialidade e da
justiça nas relações das instituições com os professores e estudantes,
especialmente no que respeita aos procedimentos de progressão na carreira
dos primeiros e de acesso, ingresso e avaliação dos segundos.
5 — São objecto de regulação genérica por lei especial as seguintes matérias,
observado o disposto na presente lei e em leis gerais aplicáveis:
a) O acesso ao ensino superior;
b) O sistema de graus académicos;
c) As condições de atribuição do título académico de agregado;
d) As condições de atribuição do título de especialista;
e) O regime de equivalência e de reconhecimento de graus académicos e
outras habilitações;
f) A criação, modificação, suspensão e extinção de ciclos de estudos;
g) A acreditação e avaliação das instituições e dos ciclos de estudos;

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h) O financiamento das instituições de ensino superior públicas pelo


Orçamento do Estado, bem como o modo de fixação das propinas de
frequência das mesmas instituições;
i) O regime e carreiras do pessoal docente e de investigação das instituições
públicas;
j) O regime do pessoal docente das instituições privadas;
l) A acção social escolar;
m) Os organismos oficiais de representação das instituições de ensino superior
públicas.

Autonomia das instituições de ensino superior


As instituições de ensino superior públicas gozam de autonomia estatutária,
pedagógica, científica, cultural, administrativa, financeira, patrimonial e
disciplinar face ao Estado, com a diferenciação adequada à sua natureza.

Diversidade de organização
No quadro da sua autonomia, e nos termos da lei, as instituições de ensino
superior organizam -se livremente e da forma que considerem mais adequada
à concretização da sua missão, bem como à especificidade do contexto em
que se inserem.

Unidades orgânicas
1 — As universidades e institutos politécnicos podem compreender unidades
orgânicas autónomas, com órgãos e pessoal próprios.
2 — As escolas e as unidades de investigação podem dispor de órgãos de
autogoverno e de autonomia de gestão, nos termos da presente lei e dos
estatutos da instituição.
3 — As unidades orgânicas, por sua iniciativa ou por determinação dos órgãos
de governo da instituição, podem compartilhar meios materiais e humanos,
bem como organizar iniciativas conjuntas, incluindo ciclos de estudos e
projectos de investigação.

Entidades de direito privado


As instituições de ensino superior públicas, por si ou por intermédio das suas
unidades orgânicas, podem, nos termos dos seus estatutos, designadamente
através de receitas próprias, criar livremente, por si ou em conjunto com
outras entidades, públicas ou privadas, fazer parte de, ou incorporar no seu
âmbito, entidades subsidiárias de direito privado, como fundações,
associações e sociedades, destinadas a coadjuvá-las no estrito desempenho
dos seus fins.

Associações e organismos representativos


As instituições de ensino superior podem associar--se ou cooperar entre si
para efeitos de representação institucional ou para a coordenação e regulação
conjuntas de actividades e iniciativas.

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Participação na política do ensino e investigação


As instituições de ensino superior têm o direito e o dever de participar,
isoladamente ou através das suas organizações representativas, na formulação
das políticas nacionais, pronunciando -se sobre os projectos legislativos que
lhes digam directamente respeito.

Acção social escolar e outros apoios educativos


1 — Na sua relação com os estudantes, o Estado assegura a existência de um
sistema de acção social escolar que favoreça o acesso ao ensino superior e a
prática de uma frequência bem sucedida, com discriminação positiva dos
estudantes economicamente carenciados com adequado aproveitamento
escolar.
2 — A acção social escolar garante que nenhum estudante é excluído do
sistema do ensino superior por incapacidade financeira.
3 — No âmbito do sistema de acção social escolar, o Estado concede apoios
directos e indirectos geridos de forma flexível e descentralizada.
4 — São modalidades de apoio social directo:
a) Bolsas de estudo;
b) Auxílio de emergência.
5 — São modalidades de apoio social indirecto:
a) Acesso à alimentação e ao alojamento;
b) Acesso a serviços de saúde;
c) Apoio a actividades culturais e desportivas;
d) Acesso a outros apoios educativos.
6 — Na sua relação com os estudantes, o Estado assegura ainda outros apoios,
designadamente:
a) A atribuição de bolsas de estudo de mérito a estudantes com
aproveitamento escolar excepcional;
b) A concessão de apoios a estudantes com necessidades especiais,
designadamente aos portadores de deficiência;
c) A promoção da concretização de um sistema de empréstimos para
autonomização dos estudantes.

Associativismo estudantil
1 — As instituições de ensino superior apoiam o associativismo estudantil,
devendo proporcionar as condições para a afirmação de associações
autónomas, ao abrigo da legislação especial em vigor.
2 — Incumbe igualmente às instituições de ensino superior estimular
actividades artísticas, culturais e científicas e promover espaços de
experimentação e de apoio ao desenvolvimento de competências
extracurriculares, nomeadamente de participação colectiva e social.

Trabalhadores -estudantes
As instituições de ensino superior criam as condições necessárias a apoiar os
trabalhadores -estudantes, designadamente através de formas de organização

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e frequência do ensino adequadas à sua condição, e valorizam as


competências adquiridas no mundo do trabalho.

Antigos estudantes
As instituições de ensino superior estabelecem e apoiam um quadro de ligação
aos seus antigos estudantes e respectivas associações, facilitando e
promovendo a sua contribuição para o desenvolvimento estratégico das
instituições.

Apoio à inserção na vida activa


1 — Incumbe às instituições de ensino superior, no âmbito da sua
responsabilidade social:
a) Apoiar a participação dos estudantes na vida activa em condições
apropriadas ao desenvolvimento simultâneo da actividade académica;
b) Reforçar as condições para o desenvolvimento da oferta de actividades
profissionais em tempo parcial pela instituição aos estudantes, em condições
apropriadas ao desenvolvimento simultâneo da actividade académica;
c) Apoiar a inserção dos seus diplomados no mundo do trabalho.
2 — Constitui obrigação de cada instituição proceder à recolha e divulgação de
informação sobre o emprego dos seus diplomados, bem como sobre os seus
percursos profissionais.
3 — Compete ao Estado garantir a acessibilidade pública dessa informação,
assim como a sua qualidade e comparabilidade, designadamente através da
adopção de metodologias comuns.

Provedor do estudante
Em cada instituição de ensino superior existe, nos termos fixados pelos seus
estatutos, um provedor do estudante, cuja acção se desenvolve em
articulação com as associações de estudantes e com os órgãos e serviços da
instituição, designadamente com os conselhos pedagógicos, bem como com as
suas unidades orgânicas.

Atribuições do Estado
1 — Incumbe ao Estado, no domínio do ensino superior, desempenhar as
tarefas previstas na Constituição e na lei, designadamente:
a) Criar e manter a rede de instituições de ensino superior públicas e garantir
a sua autonomia;
b) Assegurar a liberdade de criação e de funcionamento de estabelecimentos
de ensino superior privados;
c) Estimular a abertura à modernização e internacionalização das instituições
de ensino superior;
d) Garantir o elevado nível pedagógico, científico, tecnológico e cultural dos
estabelecimentos de ensino superior;
e) Incentivar a investigação científica e a inovação tecnológica;
f) Assegurar a participação dos professores e investigadores e dos estudantes
na gestão dos estabelecimentos de ensino superior;

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g) Assegurar a divulgação pública da informação relativa aos projectos


educativos, às instituições de ensino superior e aos seus ciclos de estudos;
h) Avaliar a qualidade científica, pedagógica e cultural do ensino;
i) Nos termos da lei, financiar as instituições de ensino superior públicas e
apoiar as instituições de ensino superior privadas;
j) Apoiar os investimentos e iniciativas que promovam a melhoria da
qualidade do ensino.

Financiamento e apoio do Estado


1 — O financiamento das instituições de ensino superior públicas e o apoio às
instituições de ensino superior privadas realiza -se nos termos de lei especial.
2 — A concessão dos apoios públicos às instituições de ensino superior privadas
obedece aos princípios da publicidade, objectividade e não discriminação.

Registos e publicidade
O ministério da tutela organiza e mantém actualizado um registo oficial de
acesso público, contendo os seguintes dados acerca das instituições de ensino
superior e sua actividade:
a) Instituições de ensino superior e suas características relevantes;
b) Consórcios de instituições de ensino superior;
c) Ciclos de estudos em funcionamento conducentes à atribuição de grau
académico e, quando for caso disso, profissões regulamentadas para que
qualificam;
d) Docentes e investigadores;
e) Resultados da acreditação e avaliação das instituições de ensino superior e
dos seus ciclos de estudos;
f) Informação estatística, designadamente acerca de vagas, candidatos,
estudantes inscritos, graus e diplomas conferidos, docentes, investigadores,
outro pessoal, acção social escolar e financiamento público;
g) Empregabilidade dos titulares de graus académicos;
h) Base geral dos graduados no ensino superior;
i) Outros dados relevantes, definidos por portaria do ministro da tutela.

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TÍTULO II
Instituições, unidades orgânicas e ciclos de estudos
CAPÍTULO II
Requisitos dos estabelecimentos

Igualdade de requisitos
A criação e a actividade dos estabelecimentos de ensino superior estão
sujeitas ao mesmo conjunto de requisitos essenciais, tanto gerais como
específicos, em função da natureza universitária ou politécnica das
instituições, independentemente de se tratar de estabelecimentos de ensino
públicos ou privados.

Requisitos gerais dos estabelecimentos de ensino superior


São requisitos gerais para a criação e o funcionamento de um estabelecimento
de ensino superior os seguintes:
a) Dispor de um projecto educativo, científico e cultural;
b) Dispor de instalações e recursos materiais apropriados à natureza do
estabelecimento em causa, designadamente espaços lectivos, equipamentos,
bibliotecas e laboratórios adequados aos ciclos de estudos que visam
ministrar;
c) Dispor de uma oferta de formação compatível com a natureza, universitária
ou politécnica, do estabelecimento em causa;
d) Dispor de um corpo docente próprio, adequado em número e em
qualificação à natureza do estabelecimento e aos graus que está habilitado a
conferir;
e) Assegurar a autonomia científica e pedagógica do estabelecimento,
incluindo a existência de direcção científica e pedagógica do
estabelecimento, das unidades orgânicas, quando existentes, e dos ciclos de
estudos;
f) Assegurar a participação de docentes, investigadores e estudantes no
governo do estabelecimento;
g) Ser garantido o elevado nível pedagógico, científico e cultural do
estabelecimento;
h) Assegurar serviços de acção social;
i) Assegurar a prestação de serviços à comunidade.

CAPÍTULO III
Corpo docente

Corpo docente das instituições de ensino universitário


1 — O corpo docente das instituições de ensino universitário deve satisfazer os
seguintes requisitos:
a) Preencher, para cada ciclo de estudos, os requisitos fixados, em lei
especial, para a sua acreditação;

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b) Dispor, no conjunto dos docentes e investigadores que desenvolvam


actividade docente ou de investigação, a qualquer título, na instituição, no
mínimo, um doutor por cada 30 estudantes;
c) Pelo menos metade dos doutores a que se refere a alínea anterior estarem
em regime de tempo integral.
2 — Os docentes e investigadores a que se referem as alíneas b) e c) do
número anterior:
a) Se em regime de tempo integral, só podem ser considerados para esse
efeito nessa instituição;
b) Se em regime de tempo parcial, não podem ser considerados para esse
efeito em mais de duas instituições.

Acumulações e incompatibilidades dos docentes


1 — Os docentes das instituições de ensino superior públicas em regime de
tempo integral podem, quando autorizados pela respectiva instituição,
acumular funções docentes noutro estabelecimento de ensino superior, até ao
limite máximo fixado pelo respectivo estatuto de carreira.
2 — Os docentes dos estabelecimentos de ensino superior privados podem, nos
termos fixados no respectivo estatuto de carreira, acumular funções docentes
noutro estabelecimento de ensino superior.
3 — A acumulação de funções docentes em instituições de ensino superior
privadas por docentes de outras instituições de ensino superior, públicas ou
privadas, carece, para além dos demais condicionalismos legalmente
previstos, de comunicação:
a) Aos órgãos competentes das instituições de ensino superior respectivas, por
parte do docente;
b) À Direcção -Geral do Ensino Superior, pelas instituições de ensino superior.
4 — As instituições de ensino superior públicas e privadas podem celebrar
protocolos de cooperação visando a acumulação de funções docentes nos
termos e com os limites dos números anteriores.
5 — Os docentes em tempo integral numa instituição de ensino superior
pública:
a) Não podem exercer funções em órgãos de direcção de outra instituição de
ensino superior;
b) Podem ser vogais de conselhos científicos, técnico--científicos ou
pedagógicos de outra instituição de ensino superior.

CAPÍTULO VI
Ciclos de estudos

Limitações quantitativas
O número anual máximo de novas admissões, bem como o número máximo de
estudantes que pode estar inscrito em cada ciclo de estudos em cada ano
lectivo, é fixado anualmente pelas instituições de ensino superior, com a
devida antecedência, tendo em consideração os recursos de cada uma,

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designadamente quanto a pessoal docente, instalações, equipamentos e meios


financeiros.

TÍTULO III
Organização e gestão das instituições de ensino superior públicas
CAPÍTULO I
Princípios gerais

Organização e gestão
As instituições de ensino superior públicas adoptam, nos termos da lei, o
modelo de organização institucional e de gestão que considerem mais
adequado à concretização da sua missão, bem como à especificidade do
contexto em que se inserem.

CAPÍTULO II
Estatutos

Autonomia estatutária
As instituições de ensino superior públicas gozam de autonomia estatutária,
com observância do disposto na presente lei.

Objecto dos estatutos


1 — Os estatutos devem definir a missão da instituição, respeitando a sua
natureza e o disposto no acto constitutivo, quando exista, e conter as normas
fundamentais da sua organização interna e do seu funcionamento, nos planos
científico, pedagógico, disciplinar, financeiro e administrativo, respeitado o
disposto na presente lei e demais normas aplicáveis.
2 — Os estatutos devem regular, designadamente:
a) As atribuições da instituição;
b) A estrutura dos órgãos de governo e de gestão, a composição e os modos de
eleição ou designação dos seus membros, a duração dos mandatos e os modos
da sua cessação;
c) A competência dos vários órgãos;
d) O regime de autonomia das unidades orgânicas e os respectivos órgãos.

Aprovação e revisão dos estatutos


1 — No acto da sua criação, os estabelecimentos de ensino superior públicos
são dotados de estatutos provisórios, aprovados por portaria do ministro da
tutela, para vigorarem durante o período de instalação.
2 — Os estatutos das instituições de ensino superior públicas podem ser
revistos:
a) Quatro anos após a data de publicação da última revisão;
b) Em qualquer momento, por decisão de dois terços dos membros do
conselho geral em exercício efectivo de funções.

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3 — A alteração dos estatutos carece de aprovação por maioria de dois terços


dos membros do conselho geral.
4 — Podem propor alterações aos estatutos:
a) O reitor ou o presidente, conforme os casos;
b) Qualquer membro do conselho geral.

CAPÍTULO III
Autonomia académica

Autonomia na definição da missão


1 — No quadro da Lei de Bases do Sistema Educativo e demais legislação, cabe
a cada instituição de ensino superior pública definir os seus objectivos e o seu
programa de ensino e de investigação, de acordo com a sua vocação e os
recursos disponíveis, sem prejuízo do disposto no seu diploma de criação e do
cumprimento dos objectivos contratualizados com o Estado.

Autonomia académica
1 — As instituições de ensino superior públicas gozam de autonomia cultural,
científica, pedagógica e disciplinar, nos termos da lei.

Autonomia cultural
A autonomia cultural confere às instituições a capacidade para definirem o
seu programa de formação e de iniciativas culturais.

Autonomia científica
A autonomia científica confere às instituições de ensino superior públicas a
capacidade de definir, programar e executar a investigação e demais
actividades científicas, sem prejuízo dos critérios e procedimentos de
financiamento público da investigação.

Autonomia pedagógica
A autonomia pedagógica confere às instituições de ensino superior públicas a
capacidade para elaborar os planos de estudos, definir o objecto das unidades
curriculares, definir os métodos de ensino, afectar os recursos e escolher os
processos de avaliação de conhecimentos, gozando os professores e
estudantes de liberdade intelectual nos processos de ensino e de
aprendizagem.

Autonomia disciplinar
1 — A autonomia disciplinar confere às instituições de ensino superior públicas
o poder de punir, nos termos da lei e dos estatutos, as infracções disciplinares
praticadas por docentes, investigadores e demais funcionários e agentes, bem
como pelos estudantes.
2 — O exercício do poder disciplinar rege -se pelas seguintes normas:
a) Pelo Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da Administração
Central, Regional e Local, no caso dos funcionários e agentes públicos;

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b) Pelo Código do Trabalho e pela lei do regime jurídico do contrato de


trabalho da Administração Pública, no caso do pessoal sujeito a contrato
individual de trabalho;
c) Pelo disposto nos n. 4, 5 e 6, bem como nos estatutos e em regulamento
próprio, no caso dos estudantes, com aplicação subsidiária do regime previsto
na alínea a).
3 — No caso do pessoal com estatuto de funcionário público, as sanções têm
os efeitos previstos no Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da
Administração Central, Regional e Local.
4 — Constituem infracção disciplinar dos estudantes:
a) A violação culposa de qualquer dos deveres previstos na lei, nos estatutos e
nos regulamentos;
b) A prática de actos de violência ou coacção física ou psicológica sobre
outros estudantes, designadamente no quadro das «praxes académicas».
5 — São sanções aplicáveis às infracções disciplinares dos estudantes, de
acordo com a sua gravidade:
a) A advertência;
b) A multa;
c) A suspensão temporária das actividades escolares;
d) A suspensão da avaliação escolar durante um ano;
e) A interdição da frequência da instituição até cinco anos.
6 — O poder disciplinar pertence ao reitor ou ao presidente, conforme os
casos, podendo ser delegado nos directores ou presidentes das unidades
orgânicas, sem prejuízo do direito de recurso para o reitor ou presidente.

CAPÍTULO IV
Governo próprio e autonomia de gestão

Autogoverno
As instituições de ensino superior públicas dispõem de órgãos de governo
próprio, nos termos da lei e dos estatutos.

Órgãos de governo das universidades


e dos institutos universitários
1 — O governo das universidades e dos institutos universitários é exercido
pelos seguintes órgãos:
a) Conselho geral;
b) Reitor;
c) Conselho de gestão.
2 — Com vista a assegurar a coesão da universidade e a participação de todas
as unidades orgânicas na sua gestão, os estatutos podem prever a criação de
um senado académico constituído por representantes das unidades orgânicas,
como órgão de consulta obrigatória do reitor nas matérias definidas nos
próprios estatutos.
3 — Além dos órgãos previstos nos números anteriores, os estatutos podem
prever a existência de outros órgãos, de natureza consultiva.

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Estatutos das unidades orgânicas


1 — As escolas e as unidades orgânicas de investigação que forem dotadas
pelos estatutos da instituição de órgãos próprios e de autonomia de gestão,
regem -se por estatutos próprios, no respeito pela lei e pelos estatutos da
instituição.
2 — Os estatutos carecem de homologação pelo reitor ou presidente da
instituição, conforme os casos, para verificação da sua legalidade e da sua
conformidade com os estatutos e regulamentos da instituição.

Estrutura dos órgãos


As escolas e as unidades orgânicas de investigação a que se refere o artigo
anterior têm a estrutura de órgãos que seja fixada pelos estatutos da
instituição, observados os seguintes requisitos mínimos:
a) Deve existir um órgão uninominal, de natureza executiva, como director ou
presidente da unidade;
b) Caso exista um órgão colegial representativo:
i) Não deve exceder 15 membros;
ii) Deve ter pelo menos 60 % de docentes e investigadores;
iii) Deve incluir representantes dos estudantes;
iv) Pode incluir representantes dos trabalhadores não docentes e não
investigadores, bem como entidades externas;
v) Elege o director ou presidente.

Competências
As competências dos órgãos são fixadas pelos estatutos da unidade orgânica,
no respeito pela lei e pelos estatutos da instituição.

Fiscalização financeira
No caso de serem dotadas de autonomia financeira, as unidades orgânicas
ficam sujeitas à fiscalização do órgão de fiscalização financeira da instituição
a que pertencem.

Independência e conflitos de interesses


1 — Os titulares e membros dos órgãos de governo e gestão das instituições de
ensino superior públicas estão exclusivamente ao serviço do interesse público
das suas instituições e são independentes no exercício das suas funções.
2 — Os reitores e vice -reitores de universidades e os presidentes e vice -
presidentes de institutos politécnicos, os directores ou presidentes das
respectivas unidades orgânicas, bem como os directores ou presidentes e
subdirectores ou vice -presidentes dos restantes estabelecimentos de ensino
superior, não podem pertencer a quaisquer órgãos de governo ou gestão de
outras instituições de ensino superior, público ou privado.
3 — Os estatutos definem as demais incompatibilidades e impedimentos dos
titulares ou membros dos órgãos das instituições de ensino superior públicas.

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4 — A verificação de qualquer incompatibilidade acarreta a perda do mandato


e a inelegibilidade para qualquer dos cargos previstos no n.º 2 durante o
período de quatro anos.

Autonomia patrimonial
Os imóveis do domínio privado do Estado que tenham sido transferidos para o
património das instituições de ensino universitário públicas e que tenham
deixado de ser necessários ao desempenho das suas atribuições e
competências são incorporados no património do Estado mediante despacho
conjunto do ministro responsável pela área das finanças e do ministro da
tutela, ouvida a instituição.

Pessoal e despesas com pessoal


1 — As instituições de ensino universitário públicas gerem livremente os seus
recursos humanos, tendo em consideração as suas necessidades e os princípios
de boa gestão e no estrito respeito das suas disponibilidades orçamentais.

Autonomia de gestão das unidades orgânicas


1 — As escolas e as unidades orgânicas de investigação podem ser dotadas de
autonomia administrativa e ou financeira, nos termos dos estatutos da
respectiva instituição e com o âmbito neles fixado.
2 — A atribuição de autonomia financeira a unidades orgânicas de institutos
politécnicos públicos é concedida por despacho do ministro da tutela e
depende da satisfação de critérios a aprovar por portaria deste, os quais
incluirão, designadamente, o seu nível de receitas próprias.
3 — Sempre que tal se justifique, para maior eficiência na gestão dos recursos
humanos e financeiros das instituições de ensino superior, os respectivos
reitores ou presidentes podem:
a) Reafectar pessoal docente, investigador e outro entre unidades orgânicas;
b) Redistribuir os recursos orçamentais entre unidades orgânicas.
4 — As decisões previstas no número anterior carecem de parecer prévio do
conselho geral.

Administrador ou secretário de unidade orgânica


1 — As escolas dotadas de órgãos próprios e de autonomia de gestão podem
dispor, nos termos fixados pelos estatutos, de um administrador ou secretário,
livremente nomeado e exonerado pelo director ou presidente da unidade
orgânica.
2 — O administrador ou secretário da unidade orgânica tem as atribuições e
competências que lhe sejam fixadas pelos estatutos ou delegadas pelo
director ou presidente da unidade orgânica.
Serviços de acção social escolar
1 — Cada universidade e instituto politécnico públicos tem um serviço
vocacionado para assegurar as funções da acção social escolar, sem prejuízo
de eventual partilha, por várias instituições, de um mesmo serviço.
2 — Estes serviços:

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a) Gozam de autonomia administrativa e financeira, nos termos e âmbito


definidos por lei e pelos estatutos;
b) Estão sujeitos à fiscalização exercida pelo fiscal único e as suas contas são
consolidadas com as contas da instituição de ensino superior.
3 — A gestão dos serviços aos estudantes, como cantinas e residências, pode
ser concessionada por deliberação do conselho de gestão da instituição de
ensino superior pública, ouvidas as respectivas associações de estudantes.
4 — Nas restantes instituições de ensino superior públicas, as funções de acção
social escolar podem ser asseguradas através do serviço respectivo de uma
universidade ou instituto politécnico, nos termos fixados em protocolo
estabelecido entre as duas instituições.

CAPÍTULO VI
Instituições de ensino superior públicas de natureza fundacional

Criação da fundação
1 — Mediante proposta fundamentada do reitor ou presidente, aprovada pelo
conselho geral, por maioria absoluta dos seus membros, as instituições de
ensino superior públicas podem requerer ao Governo a sua transformação em
fundações públicas com regime de direito privado.
2 — A transformação de uma instituição em fundação pública com regime de
direito privado deve fundamentar-se nas vantagens da adopção deste modelo
de gestão e de enquadramento jurídico para o prosseguimento dos seus
objectivos.
3 — A proposta deve ser instruída com um estudo acerca das implicações
dessa transformação institucional sobre a organização, a gestão, o
financiamento e a autonomia da instituição ou unidade orgânica.
4 — Havendo concordância por parte do Governo na transformação
institucional, é firmado um acordo entre este e a entidade a ser objecto da
transformação, abrangendo, designadamente, o projecto da instituição, o
programa de desenvolvimento, os estatutos da fundação, a estrutura orgânica
básica e o processo de transição, bem como as circunstâncias em que se pode
operar o seu regresso ao regime não fundacional, designadamente através da
eventual definição de um período inicial de funcionamento sujeito a avaliação
específica.

Património da fundação
1 — O património da fundação é constituído pelo património da instituição de
ensino superior em causa ou, quando se tratar de uma unidade orgânica, pelo
património da instituição que estava afecto especificamente às suas
atribuições, nos termos fixados pelo diploma legal que proceder à criação
daquela.
2 — O Estado pode contribuir para o património da fundação com recursos
suplementares.
3 — Na criação da fundação, ou posteriormente, podem contribuir para o seu
património outras entidades.

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Administração da fundação
1 — A fundação é administrada por um conselho de curadores constituído por
cinco personalidades de elevado mérito e experiência profissional
reconhecidos como especialmente relevantes.
2 — Os curadores são nomeados pelo Governo sob proposta da instituição.
3 — O exercício das funções de curador não é compatível com um vínculo
laboral simultâneo com a instituição.
4 — Os curadores têm um mandato de cinco anos, renovável uma única vez,
não podendo ser destituídos pelo Governo sem motivo justificado.
5 — Na primeira composição do conselho de curadores, o mandato de dois
deles, a escolher por sorteio, é de apenas três anos.

Autonomia
1 — As instituições de ensino superior públicas de natureza fundacional
dispõem de autonomia nos mesmos termos das demais instituições de ensino
superior públicas, com as devidas adaptações decorrentes daquela natureza.

Órgãos dos estabelecimentos


1 — Os órgãos dos estabelecimentos de ensino superior são escolhidos nos
termos e têm a composição e competências previstos para as demais
instituições de ensino superior públicas, com as necessárias adaptações e com
as ressalvas constantes dos números seguintes.
2 — Compete ao conselho de curadores:
a) Nomear e exonerar o conselho de gestão sob proposta do reitor, director ou
presidente;
b) Homologar as deliberações do conselho geral de designação e destituição
do reitor, director ou presidente;

Regime jurídico
1 — As fundações regem -se pelo direito privado, nomeadamente no que
respeita à sua gestão financeira, patrimonial e de pessoal, com as ressalvas
estabelecidas nos números seguintes.
2 — O regime de direito privado não prejudica a aplicação dos princípios
constitucionais respeitantes à Administração Pública, nomeadamente a
prossecução do interesse público, bem como os princípios da igualdade, da
imparcialidade, da justiça e da proporcionalidade.
3 — No âmbito da gestão dos seus recursos humanos, a instituição pode criar
carreiras próprias para o seu pessoal docente, investigador e outro,
respeitando genericamente, quando apropriado, o paralelismo no elenco de
categorias e habilitações académicas, em relação às que vigoram para o
pessoal docente e investigador dos demais estabelecimentos de ensino
superior público.
4 — O disposto no número anterior entende -se sem prejuízo da salvaguarda
do regime da função pública de que gozem os funcionários e agentes da
instituição de ensino superior antes da sua transformação em fundação.

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Acesso e ingresso
As instituições de ensino superior públicas de natureza fundacional
seleccionam os seus estudantes através dos critérios e procedimentos fixados
na lei.

Financiamento
1 — O financiamento do Estado às instituições previstas neste capítulo é
definido por meio de contratos plurianuais, de duração não inferior a três
anos, de acordo com objectivos de desempenho.
2 — Os contratos a que se refere o número anterior são celebrados entre a
instituição e o Estado, representado pelo ministro responsável pela área das
finanças e pelo ministro da tutela.
3 — Às instituições de ensino superior a que se refere o presente capítulo
aplicam -se, com as devidas adaptações, as regras fixadas pela lei para o
financiamento do Estado às demais instituições de ensino superior públicas.
4 — O regime de propinas dos estudantes é o fixado pela lei que regula esta
matéria no que se refere às instituições de ensino superior públicas.

Acção social escolar


Os estudantes das instituições de ensino superior a que se refere o presente
capítulo estão abrangidos pela acção social escolar nos mesmos termos dos
estudantes das demais
instituições de ensino superior públicas.

TÍTULO V
Avaliação e acreditação, fiscalização, tutela e responsabilidade das
instituições de ensino superior
CAPÍTULO I
Avaliação e acreditação

Avaliação e acreditação das instituições de ensino superior


1 — As instituições de ensino superior devem estabelecer, nos termos do seus
estatutos, mecanismos de auto-avaliação regular do seu desempenho.
2 — As instituições de ensino superior e as suas unidades orgânicas, bem como
as respectivas actividades pedagógicas e científicas, estão sujeitas ao sistema
nacional de acreditação e de avaliação, nos termos da lei, devendo cumprir as
obrigações legais e colaborar com as instâncias competentes.

TÍTULO VI
Conselho Coordenador do Ensino Superior

Missão do Conselho Coordenador do Ensino Superior


O Conselho Coordenador do Ensino Superior tem por missão o aconselhamento
do membro do Governo responsável pela área do ensino superior no domínio
da política de ensino superior.

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Composição, modo de funcionamento e competências do Conselho


Coordenador do Ensino Superior
A composição, modo de funcionamento e competências do Conselho
Coordenador do Ensino Superior são definidos em diploma próprio.

TÍTULO VII
Disposições transitórias e finais
CAPÍTULO II
Disposições finais

Acesso ao ensino superior


Os critérios de fixação das disciplinas sobre que devem incidir as provas de
capacidade para a frequência dos ciclos de estudos de licenciatura ou
integrados de mestrado numa determinada área são aprovados por portaria do
ministro da tutela, ouvida a Comissão Nacional de Acesso ao Ensino
Superior, sempre que objectivos de política nacional de formação de recursos
humanos e a coerência global do sistema o justifiquem.

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GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR

Decreto-Lei n. 74/2006 de 24 de Março


O Programa do XVII Governo estabeleceu como um dos objectivos essenciais
da política para o ensino superior, no período de 2005-2009, garantir a
qualificação dos portugueses no espaço europeu, concretizando o Processo de
Bolonha oportunidade única para incentivar a frequência do ensino superior,
melhorar a qualidade e a relevância das formações oferecidas, fomentar a
mobilidade dos nossos estudantes e diplomados e a internacionalização das
nossas formações.
Em execução desse compromisso, em Abril de 2005 foi presente à Assembleia
da República uma proposta de lei visando introduzir no articulado da Lei de
Bases do Sistema Educativo referente à organização do ensino superior as
alterações indispensáveis à concretização daquele objectivo.
A Lei n. 49/2005, de 30 de Agosto, que alterou a Lei de Bases do Sistema
Educativo, consagrou, nomeadamente:
A criação de condições para que todos os cidadãos possam ter acesso à
aprendizagem ao longo da vida, modificando as condições de acesso ao ensino
superior para os que nele não ingressaram na idade de referência, atribuindo
aos estabelecimentos de ensino superior a responsabilidade pela sua selecção
e criando condições para o reconhecimento da experiência profissional;
A adopção do modelo de organização do ensino superior em três ciclos;
A transição de um sistema de ensino baseado na ideia da transmissão de
conhecimentos para um sistema baseado no desenvolvimento de
competências;
A adopção do sistema europeu de créditos curriculares (ECTS—European
Credit Transfer and Accumulation System), baseado no trabalho dos
estudantes.
Na sequência da alteração da Lei de Bases do Sistema Educativo, o Governo
aprova três diplomas estruturantes do sistema de ensino superior referentes
aos cursos de especialização tecnológica, às condições especiais de acesso e
aos graus e diplomas.
O presente decreto-lei procede à regulamentação das alterações introduzidas
pela Lei de Bases do Sistema Educativo relativas ao novo modelo de
organização do ensino superior no que respeita aos ciclos de estudos e
encontra-se estruturado em cinco títulos principais referentes:
Aos graus académicos e diplomas do ensino superior (título II);
Aos princípios gerais a que se subordina o processo de acreditação (título III);
Às regras a aplicar para a reorganização dos cursos em funcionamento (título
IV);
Às regras transitórias a adoptar para a criação de novos ciclos de estudos até
à criação e entrada em funcionamento da agência de acreditação (título V);
Às regras a adoptar para o registo de alterações, designadamente das
referentes aos planos de estudos dos cursos (título VI).

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No título II, os capítulos II a IV procedem à caracterização mais detalhada de


cada um dos três ciclos de estudos no quadro dos trabalhos desenvolvidos no
âmbito do Processo de Bolonha. Essa caracterização tem como aspectos mais
relevantes:
A organização do ensino superior em três ciclos, tal como já ficou consagrado
pela Lei de Bases do Sistema Educativo;
A diferenciação de objectivos entre os subsistemas politécnico e universitário,
à luz da experiência europeia comparável, num contexto de igual dignidade e
exigência mas de vocações diferentes;
A definição dos objectivos de cada um dos ciclos de estudos na perspectiva
das competências a adquirir, adoptando os resultados do trabalho colectivo
realizado a nível europeu e concretizado nos descritores de Dublim, tendo
presente que a transição de um sistema de ensino baseado na transmissão de
conhecimentos para um sistema baseado no desenvolvimento de
competências pelos próprios alunos é uma questão crítica central em toda a
Europa, com particular expressão em Portugal;
A organização dos cursos com base no sistema europeu de transferência e
acumulação de créditos.
A análise da experiência europeia mostra que ao 1.o ciclo correspondem, por
norma, 180 créditos, isto é, três anos curriculares de trabalho.
Para algumas profissões—poucas—são internacionalmente exigidas formações
mais longas, correspondentes a quatro, cinco ou seis anos curriculares de
trabalho.
Contam-se neste grupo, desde logo, aquelas que são objecto de normas
comunitárias de coordenação das condições mínimas de formação, como as
constantes da Directiva n. 2005/36/CE, do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 7 de Setembro (Jornal Oficial, n. L 255, de 30 de Setembro de
2005), onde se incluem os médicos, os enfermeiros responsáveis por cuidados
gerais, os médicos dentistas, os médicos veterinários, os enfermeiros
especializados em saúde materna e obstetrícia, os farmacêuticos e os
arquitectos. Por outro lado, aquelas cuja duração mais longa resulta de uma
prática estável e consolidada na União Europeia, como é o caso de algumas
áreas de engenharia de concepção.
Finalmente, aquelas a que, por força de normas legais nacionais actualmente
em vigor, deva ser fixada uma duração superior a 180 créditos.
A adopção de formações artificialmente longas, fora deste contexto europeu
de referência, não é naturalmente aceitável, não só pelo que representaria
em desperdício de recursos, como pelo prejuízo em que se traduziria para os
estudantes dos estabelecimentos de ensino superior portugueses. Assim, e
sem prejuízo da autonomia das instituições, a fórmula de financiamento terá
em consideração as durações europeias de referência. Regula-se igualmente,
tal como previsto na alteração introduzida na Lei de Bases do Financiamento
do Ensino Superior pela Lei n. 49/2005, de 30 de Agosto, a forma de fixação
das propinas devidas pela inscrição no ciclo de estudos conducente ao grau de
mestre no ensino público, estabelecendo que, quando a sua conjugação com
um ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado seja indispensável para

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o acesso ao exercício de uma actividade profissional, o seu valor é fixado de


forma idêntica ao estabelecido na lei para a licenciatura, em cumprimento,
aliás, do entendimento explicitado pelo Governo aquando da aprovação das
alterações à Lei de Bases do Sistema Educativo.
Na definição dos objectivos e condições para a atribuição de cada um dos
graus académicos procurou ter-se em consideração as especificidades das
diferentes áreas, designadamente da área artística. Esta é, porém, uma área
sobre a qual é indispensável realizar uma reflexão aprofundada, que se irá
promover de imediato, tendo em vista criar as condições mais favoráveis ao
seu desenvolvimento no quadro do ensino superior, a exemplo da evolução
entretanto registada noutros países.
O capítulo V estabelece regras gerais quanto às formações de ensino superior
não conferentes de grau.
O capítulo VI consagra a faculdade de associação dos estabelecimentos de
ensino superior, nacionais ou estrangeiros, para a realização conjunta de
ciclos de estudos, e estabelece as regras a que está sujeita a atribuição de
graus ou diplomas nesse quadro, prevendo expressamente a possibilidade de
atribuição de diplomas conjuntos.
Estabelece-se, assim, um quadro jurídico para o desenvolvimento de projectos
de ensino em rede e para o estabelecimento de parcerias internacionais,
geradores de sinergias entre as instituições e optimizadores da utilização dos
recursos existentes.
O capítulo VII consagra normas quanto à mobilidade dos estudantes entre
cursos e estabelecimentos de ensino superior visando, na sequência do
disposto no n. 4 do artigo 13.o da Lei de Bases do Sistema Educativo, fixar um
novo quadro de referência facilitador, longe do ultrapassado sistema de
equivalências, creditando nos seus ciclos de estudos a formação realizada no
âmbito de outros ciclos de estudos superiores em estabelecimentos de ensino
superior nacionais ou estrangeiros e introduzindo a possibilidade de
creditação da experiência profissional e a formação pós-secundária.
Finalmente, o capítulo VIII introduz um conjunto de disposições inovadoras,
entre as quais a obrigação de depósito legal de versões digitais das
dissertações e teses de mestrado e doutoramento na Biblioteca Nacional e no
Observatório da Ciência e do Ensino Superior, a permissão expressa do uso de
línguas estrangeiras no ensino e na elaboração e discussão das dissertações e
teses, e a utilização da teleconferência nas reuniões preparatórias dos júris.
No título III fixam-se os princípios gerais a que fica sujeita a acreditação dos
ciclos de estudos, condição indispensável ao seu funcionamento.
Essa acreditação realizar-se-á no quadro do sistema europeu de garantia de
qualidade no ensino superior e far-se-á, em regra, através da acreditação dos
estabelecimentos de ensino para determinadas áreas de ensino, sendo da
responsabilidade de uma agência dotada de autonomia científica e técnica a
criar e regular através de diploma próprio.
Deixa-se igualmente claro que, embora a acreditação seja indispensável ao
financiamento pelo Estado dos ciclos de estudos no ensino público, ela não é a

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única condição, pois este está, naturalmente, condicionado ao ordenamento


da rede de formação superior no quadro do regime legal em vigor.
O título IV estabelece as regras a aplicar para a reorganização dos cursos em
funcionamento.
A adequação das formações ao novo modelo de organização do ensino superior
vem sendo concretizada através de um trabalho em profundidade
desenvolvido pelas instituições, que deve ser participado por estudantes e
professores, e que visa, designadamente:
A passagem de um ensino baseado na transmissão de conhecimentos para um
ensino baseado no desenvolvimento de competências;
A orientação da formação ministrada para os objectivos específicos que
devem ser assegurados pelos ciclos de estudos do subsistema, universitário ou
politécnico, em que se insere;
Assegurar aos estudantes portugueses condições de formação e de integração
profissional similares, em duração e conteúdo, às dos restantes Estados que
integram o espaço europeu, através da adopção, em cada área de formação,
de um número de créditos e, consequentemente, de uma duração, que não
sejam diversos dos de instituições de referência de ensino superior daquele
espaço nas mesmas áreas;
A determinação do trabalho que o estudante deve desenvolver em cada
unidade curricular incluindo, designadamente, e onde aplicável, as sessões de
ensino de natureza colectiva, as sessões de orientação pessoal de tipo
tutorial, os estágios, os projectos, os trabalhos no terreno, o estudo e a
avaliação — e sua expressão em créditos, de acordo com o sistema europeu de
transferência e acumulação de créditos, incluindo a realização de inquéritos
aos estudantes e docentes tendo em vista esse fim;
A fixação do número total de créditos, e consequente duração do ciclo de
estudos, dentro dos valores e de acordo com os critérios estabelecidos pelo
presente decreto-lei.
A entrada em funcionamento da adequação das formações actuais fica sujeita
a um procedimento de registo, da responsabilidade da Direcção-Geral do
Ensino Superior, que visa, exclusivamente, a correcta verificação da
realização dos procedimentos de adequação previstos na lei.
Para apoiar a Direcção-Geral do Ensino Superior neste domínio será criada
uma comissão de acompanhamento do processo de reorganização, integrada
por representantes da Administração, dos estabelecimentos de ensino superior
dos diferentes subsistemas, das associações de estudantes do ensino superior
e por outras individualidades, a nomear pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior.
A adequação deve traduzir-se numa apropriada reorganização das formações
superiores tendo em vista a concretização dos objectivos do Processo de
Bolonha, não podendo, de modo algum, ser encarada como uma mera
alteração formal.
Questão central no Processo de Bolonha é o da mudança do paradigma de
ensino de um modelo passivo, baseado na aquisição de conhecimentos, para
um modelo baseado no desenvolvimento de competências, onde se incluem

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quer as de natureza genérica — instrumentais, interpessoais e sistémicas —


quer as de natureza específica associadas à área de formação, e onde a
componente experimental e de projecto desempenham um papel importante.
Identificar as competências, desenvolver as metodologias adequadas à sua
concretização, colocar o novo modelo de ensino em prática, são os desafios
com que se confrontam as instituições de ensino superior.
Conforme acordado na Conferência Ministerial Europeia sobre o Acordo de
Bolonha, realizada em Bergen em 2005, a adopção generalizada deste modelo
de ciclos de estudos não deverá ultrapassar o ano de 2010. Neste sentido, o
diploma estabelece que a adequação deve ser realizada até ao final do ano
lectivo de 2008-2009, para que no ano lectivo de 2009-2010 todos os ciclos de
estudos estejam organizados de acordo com o novo modelo.
Os estabelecimentos de ensino superior dispõem, assim, de um período
suficiente para procederem à adequação das suas formações a este novo
paradigma.
Para aqueles que já desenvolveram todo o trabalho necessário para a adopção
do novo modelo de formação, são fixados prazos que permitirão iniciar a sua
transição para o novo modelo já no ano lectivo de 2006-2007 ou de 2007-2008.
Em todo este processo prevê-se expressamente o envolvimento activo de
estudantes e professores através da participação dos órgãos de gestão onde se
encontram representados, designadamente os conselhos científicos e
pedagógicos, e de outras formas de consulta.
Outras medidas terão de ser tomadas na sequência desta reorganização do
ensino superior, designadamente as que se referem à adequação das carreiras
profissionais em diversos domínios, nomeadamente revendo as suas normas de
ingresso e acesso. Essas medidas irão ser tomadas de seguida, tendo em vista
o horizonte de saída dos primeiros diplomados de acordo com este novo
modelo.
No capítulo IV deste título são fixados os princípios gerais da transição
curricular, onde se estabelece que, após a reorganização de cada curso, os
estabelecimentos de ensino superior deverão assegurar a integração dos
alunos num período tão breve quanto possível, para que a coexistência entre
a nova organização de estudos e a anterior, se prevista nas regras de
transição, não exceda um ano lectivo, podendo, excepcionalmente,
prolongar-se por mais um. Pretende-se assim impedir o funcionamento em
paralelo, durante um período longo, de duas organizações e de duas formas
de encarar o ensino, com a irracionalidade e desperdício de recursos a isso
associadas.
O título V estabelece as regras para a criação de novos ciclos de estudos no
período transitório que decorrerá até à entrada em funcionamento da agência
de acreditação. Este processo não será objecto de alterações, salvo no que se
refere à forma de instruir os pedidos, onde, à semelhança do que acontece no
processo de reorganização dos cursos antigos, haverá que proceder à
demonstração da satisfação dos novos requisitos fixados pelo diploma, e ao
ensino particular e cooperativo, onde, na linha do que vinha sendo solicitado
pelas instituições, se inicia desde já um processo de simplificação e de

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desburocratização no sentido do modelo que será desenvolvido no quadro do


processo de acreditação, através da intervenção de comissões de especialistas
por área de formação.
O título VI estabelece as regras a adoptar para o registo de alterações,
designadamente de alterações de planos de estudos, onde se termina com o
sistema anacrónico que exigia a sua aprovação por portaria ministerial, quer
no ensino politécnico público quer no ensino privado, passando a caber aos
estabelecimentos de ensino superior, universitários ou politécnicos, públicos
ou privados, a aprovação e colocação em funcionamento de todas as
alterações de planos de estudos, após comunicação à Direcção-Geral do
Ensino Superior para um simples registo, que só pode ser recusado em caso de
ilegalidade manifesta.
O anteprojecto de diploma foi objecto de consulta pública, tendo sido
recebidos os contributos do Conselho de Reitores das Universidades
Portuguesas, do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos,
da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado, de associações de
estudantes, de estabelecimentos de ensino superior, de organizações sindicais
e de associações profissionais, bem como contributos individuais.

Decreto-Lei n.º 107/2008 de 25 de Junho


Decorridos dois anos sobre a publicação do Decreto –Lei n.º 74/2006, de 24 de
Março, a concretização do Processo de Bolonha ao nível da adopção do
modelo de organização do ensino superior em três ciclos já atingiu, em 2007 -
2008, cerca de 90 % dos cursos e ficará concluída, como previsto, até 2010,
incluindo -se aqui a adopção do sistema europeu de transferência e
acumulação de créditos (ECTS), baseado no trabalho efectivo dos próprios
estudantes.
Há igualmente que atingir uma das outras metas do Processo de Bolonha, a da
transição de um sistema de ensino baseado na transmissão de conhecimentos
para um sistema baseado no desenvolvimento das competências dos
estudantes, em que as componentes de trabalho experimental ou de projecto,
entre outras, e a aquisição de competências transversais devem desempenhar
um papel decisivo.
Neste contexto, estabelece-se, através do presente diploma, a elaboração,
por cada instituição de ensino superior, de um relatório anual, público, acerca
do progresso da concretização do Processo de Bolonha nesta vertente. Esse
relatório deverá integrar o contributo dos estudantes e docentes, através de
formas de participação e auscultação a promover pelos conselhos pedagógico
e científico ou técnico-científico, e adoptar indicadores objectivos que
evidenciem o progresso das mudanças realizadas na instituição e em cada
curso.
Deve igualmente incluir informação sobre os quadros de qualificação
adoptados na organização dos cursos, as metodologias e indicadores
adoptados para a aferição, por unidade curricular, da relação entre os
créditos fixados e as competências a alcançar, e os métodos de trabalho

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adoptados para a integração da aprendizagem e da avaliação de


conhecimentos.
Procura assegurar -se desta forma um aprofundamento da concretização do
processo de Bolonha e uma maior transparência dos progressos da instituição
em relação aos objectivos fixados, o que constituirá uma base para escolhas
mais informadas por parte dos estudantes, das famílias e da sociedade.
Entretanto, a entrada em vigor da Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro (regime
jurídico das instituições de ensino superior), revogando a Lei da Autonomia
das Universidades, a Lei do Estatuto e Autonomia dos Estabelecimentos de
Ensino Superior Politécnico e o Estatuto do Ensino Superior Particular e
Cooperativo, recomenda, para maior clareza, a introdução de alguns
aperfeiçoamentos no regime transitório, fixado pelo Decreto -Lei n.º 74/2006,
de 24 de Março, de entrada em funcionamento de novos ciclos de estudos até
ao início de actividade da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino
Superior, o que se faz igualmente através do presente diploma.
Na mesma oportunidade, promove -se uma simplificação e desburocratização
de procedimentos, recomendadas pela experiência de aplicação do Decreto -
Lei n.º 74/2006, de 24 de Março.
Entre as modificações introduzidas destacam -se:
A supressão do regime transitório de registo das alterações de planos de
estudos, substituído pelo envio das mesmas, pela instituição de ensino
superior, para publicação no Diário da República com comunicação em
simultâneo à Direcção-Geral do Ensino Superior;
A introdução de um regime de deferimento tácito, apenas em relação ao
regime transitório de autorização de funcionamento de novos ciclos de
estudos em instituições de ensino superior públicas e privadas;
No regime transitório de autorização de funcionamento de novos ciclos de
estudos, o recurso a comissões de especialistas quando tal seja considerado
necessário no âmbito do processo técnico de verificação da satisfação dos
requisitos fixados pela lei;
O afastamento de quaisquer dúvidas que ainda pudessem subsistir quanto à
não sujeição dos pedidos de registo de ciclos de estudos de mestrado em
associação e de todos os ciclos de estudos de doutoramento a prazo de
apresentação;
A clarificação do universo de formações que, tendo em vista a creditação no
âmbito de um ciclo de estudos do ensino superior, pode ser objecto de
apreciação, o qual inclui, naturalmente, qualquer tipo de formação prévia.
A par destas alterações tomam -se algumas medidas, que se reputam da maior
importância, no sentido de garantir uma maior flexibilidade no acesso à
formação superior.
Assim, estabelece -se:
A possibilidade de inscrição em disciplinas isoladas, por parte de qualquer
interessado, com a garantia, em caso de aprovação, de certificação e ainda
de creditação, se e quando ingressar em curso que as integre;
A possibilidade de os estudantes de um curso superior se inscreverem, em
qualquer estabelecimento de ensino superior, em disciplinas que não integrem

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o plano de estudos do seu curso, com a garantia, em caso de aprovação, de


certificação e de inclusão no suplemento ao diploma;
A possibilidade de inscrição num curso superior em regime de tempo parcial.
Introduz -se igualmente uma importante medida de apoio aos licenciados e
mestres que, após a obtenção do grau, se encontrem a realizar estágio
profissional para o exercício de uma profissão, os quais, por um período de 24
meses, passam a conservar, sem pagamento de quaisquer propinas ou outros
encargos, alguns dos direitos dos alunos da instituição onde obtiveram o grau,
designadamente cartão de identificação, acesso à acção social escolar,
incluindo a bolsas de estudo, e acesso a bibliotecas e recursos informáticos.
Nesta mesma oportunidade, promove -se a simplificação do processo de
comprovação da titularidade dos graus, que passará a ser assegurada através
de um diploma, tornando facultativa a solicitação, e o pagamento, de outros
documentos de natureza tradicional como as cartas de curso e as cartas
doutorais.
Finalmente introduzem -se algumas alterações nos Decretos-Leis n. 42/2005,
de 22 de Fevereiro (princípios reguladores dos instrumentos para a criação do
espaço europeu do ensino superior), e 67/2005, de 15 de Março (mestrados
«Erasmus Mundus»), que visam assegurar uma melhor articulação entre estes
diplomas e o Decreto –Lei n.º 74/2006, de 24 de Março.

(republicação do Decreto -Lei n.º 74/2006, de 24 de Março)

TÍTULO I
Objecto, âmbito e conceitos

Objecto
O presente decreto -lei aprova o regime jurídico dos graus e diplomas do
ensino superior, em desenvolvimento do disposto nos artigos 13.º a 15.º da Lei
n.º 46/86, de 14 de Outubro (Lei de Bases do Sistema Educativo), alterada
pelas Leis n. 115/97, de 19 de Setembro, e 49/2005, de 30 de Agosto, bem
como o disposto no n.º 4 do artigo 16.º da Lei n.º 37/2003, de 22 de Agosto
(estabelece as bases do financiamento do ensino superior), alterada pela Lei
n.º 49/2005, de 30 de Agosto.

Âmbito
1 — O disposto no presente decreto -lei aplica -se a todos os estabelecimentos
de ensino superior.
2 — A aplicação dos princípios constantes do presente decreto -lei aos
estabelecimentos de ensino superior público militar e policial é feita através
de diploma próprio.

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Conceitos
Para efeitos do disposto no presente decreto-lei, entende-se por:
a) «Unidade curricular» a unidade de ensino com objectivos de formação
próprios que é objecto de inscrição administrativa e de avaliação traduzida
numa classificação final;
b) «Plano de estudos de um curso» o conjunto organizado de unidades
curriculares em que um estudante deve ser aprovado para:
i) Obter um determinado grau académico;
ii) Concluir um curso não conferente de grau;
iii) Reunir uma parte das condições para obtenção de um determinado grau
académico;
c) «Duração normal de um ciclo de estudos» o número de anos, semestres e
ou trimestres lectivos em que o ciclo de estudos deve ser realizado pelo
estudante, quando a tempo inteiro e em regime presencial;
d) «Crédito» a unidade de medida do trabalho do estudante sob todas as suas
formas, designadamente sessões de ensino de natureza colectiva, sessões de
orientação pessoal de tipo tutorial, estágios, projectos, trabalhos no terreno,
estudo e avaliação, nos termos do Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22 de
Fevereiro;
e) «Condições de acesso» as condições gerais que devem ser satisfeitas para
requerer a admissão a um ciclo de estudos;
f) «Condições de ingresso» as condições específicas que devem ser satisfeitas
para requerer a admissão a um ciclo de estudos concreto num determinado
estabelecimento de ensino.

TÍTULO II
Graus académicos e diplomas do ensino superior
CAPÍTULO I
Disposições gerais

Graus académicos
1 — No ensino politécnico, são conferidos os graus académicos de licenciado e
de mestre.
2 — No ensino universitário, são conferidos os graus académicos de licenciado,
mestre e doutor.
CAPÍTULO II
Licenciatura

Grau de licenciado
O grau de licenciado é conferido aos que demonstrem:
a) Possuir conhecimentos e capacidade de compreensão numa área de
formação a um nível que:
i) Sustentando-se nos conhecimentos de nível secundário, os desenvolva e
aprofunde;
ii) Se apoie em materiais de ensino de nível avançado e lhes corresponda;

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iii) Em alguns dos domínios dessa área, se situe ao nível dos conhecimentos de
ponta da mesma;
b) Saber aplicar os conhecimentos e a capacidade de compreensão adquiridos,
de forma a evidenciarem uma abordagem profissional ao trabalho
desenvolvido na sua área vocacional;
c) Capacidade de resolução de problemas no âmbito da sua área de formação
e de construção e fundamentação da sua própria argumentação;
d) Capacidade de recolher, seleccionar e interpretar a informação relevante,
particularmente na sua área de formação, que os habilite a fundamentarem as
soluções que preconizam e os juízos que emitem, incluindo na análise os
aspectos sociais, científicos e éticos relevantes;
e) Competências que lhes permitam comunicar informação, ideias, problemas
e soluções, tanto a públicos constituídos por especialistas como por não
especialistas;
f) Competências de aprendizagem que lhes permitam uma aprendizagem ao
longo da vida com elevado grau de autonomia.

Atribuição do grau de licenciado


1 — As áreas de formação em que cada estabelecimento de ensino superior
confere o grau de licenciado são fixadas pelo seu órgão legal e
estatutariamente competente.
2 — O grau de licenciado numa determinada área de formação só pode ser
conferido pelos estabelecimentos de ensino superior que:
a) Disponham de um corpo docente próprio, qualificado na área em causa e
adequado em número, cuja maioria seja constituída por titulares do grau de
doutor ou especialistas de reconhecida experiência e competência
profissional;
b) Disponham dos recursos humanos e materiais indispensáveis a garantir o
nível e a qualidade da formação adquirida.
3 — A verificação da satisfação dos requisitos referidos no número anterior é
feita no âmbito do processo de acreditação.

Acesso e ingresso no ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado


O acesso e o ingresso no ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado
são regulados por diplomas próprios.

Ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado no ensino universitário


1 — No ensino universitário, o ciclo de estudos conducente ao grau de
licenciado tem 180 a 240 créditos e uma duração normal compreendida entre
seis e oito semestres curriculares de trabalho dos alunos.
2 — Na fixação do número de créditos deste ciclo de estudos para as
diferentes áreas de formação, os estabelecimentos de ensino universitário
devem adoptar valores similares aos de instituições de referência de ensino
universitário do espaço europeu nas mesmas áreas, tendo em vista assegurar
aos estudantes portugueses condições de mobilidade e de formação e de

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integração profissional semelhantes, em duração e conteúdo, às dos restantes


Estados que integram aquele espaço.

Estrutura do ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado


O ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado é integrado por um
conjunto organizado de unidades curriculares denominado curso de
licenciatura.

Concessão do grau de licenciado


O grau de licenciado é conferido aos que, através da aprovação em todas as
unidades curriculares que integram o plano de estudos do curso de
licenciatura, tenham obtido o número de créditos fixado.

Classificação final do grau de licenciado


1 — Ao grau de licenciado é atribuída uma classificação final, expressa no
intervalo de 10 -20 da escala numérica inteira de 0 a 20, bem como no seu
equivalente na escala europeia de comparabilidade de classificações.
2 — A classificação final é a média aritmética ponderada das classificações
obtidas nas unidades curriculares que integram o plano de estudos do curso de
licenciatura.
3 — Os coeficientes de ponderação são fixados pelas normas regulamentares a
que se refere o artigo 14.º
4 — A classificação final é atribuída pelo órgão legal e estatutariamente
competente do estabelecimento de ensino superior.

Normas regulamentares da licenciatura


O órgão legal e estatutariamente competente de cada estabelecimento de
ensino superior aprova as normas relativas às seguintes matérias:
a) Condições específicas de ingresso;
b) Condições de funcionamento;
c) Estrutura curricular, plano de estudos e créditos, nos termos das normas
técnicas a que se refere o artigo 12.º do Decreto -Lei n.º 42/2005, de 22 de
Fevereiro;
d) Regime de avaliação de conhecimentos;
e) Regime de precedências;
f) Regime de prescrição do direito à inscrição, tendo em consideração, no
ensino público, o disposto sobre esta matéria na Lei n.º 37/2003, de 22 de
Agosto;
g) Coeficientes de ponderação e procedimentos para o cálculo da classificação
final;
h) Elementos que constam obrigatoriamente dos diplomas e cartas de curso;
i) Prazo de emissão do diploma, da carta de curso e do suplemento ao
diploma;
j) Processo de acompanhamento pelos órgãos pedagógico e científico.

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CAPÍTULO III
Mestrado

Grau de mestre
1 — O grau de mestre é conferido aos que demonstrem:
a) Possuir conhecimentos e capacidade de compreensão a um nível que:
i) Sustentando -se nos conhecimentos obtidos ao nível do 1.º ciclo, os
desenvolva e aprofunde;
ii) Permitam e constituam a base de desenvolvimentos e ou aplicações
originais, em muitos casos em contexto de investigação;
b) Saber aplicar os seus conhecimentos e a sua capacidade de compreensão e
de resolução de problemas em situações novas e não familiares, em contextos
alargados e multidisciplinares, ainda que relacionados com a sua área de
estudo;
c) Capacidade para integrar conhecimentos, lidar com questões complexas,
desenvolver soluções ou emitir juízos em situações de informação limitada ou
incompleta, incluindo reflexões sobre as implicações e responsabilidades
éticas e sociais que resultem dessas soluções e desses juízos ou os
condicionem;
d) Ser capazes de comunicar as suas conclusões e os conhecimentos e
raciocínios a elas subjacentes, quer a especialistas, quer a não especialistas,
de uma forma clara e sem ambiguidades;
e) Competências que lhes permitam uma aprendizagem ao longo da vida, de
um modo fundamentalmente auto-orientado ou autónomo.
2 — O grau de mestre é conferido numa especialidade, podendo, quando
necessário, as especialidades ser desdobradas em áreas de especialização.

Atribuição do grau de mestre


1 — As especialidades em que cada estabelecimento de ensino superior
confere o grau de mestre são fixadas pelo seu órgão legal e estatutariamente
competente.
2 — Só podem conferir o grau de mestre numa determinada especialidade os
estabelecimentos de ensino superior que, nas áreas científicas integrantes da
formação a ele conducente:
a) Disponham de um corpo docente próprio qualificado e adequado em
número, cuja maioria seja constituída por titulares do grau de doutor ou
especialistas de reconhecida experiência e competência profissional;
b) Disponham dos recursos humanos e materiais indispensáveis a garantir o
nível e a qualidade da formação adquirida;
c) Desenvolvam actividade reconhecida de formação e investigação ou de
desenvolvimento de natureza profissional de alto nível.
3 — A verificação da satisfação dos requisitos referidos no número anterior é
feita no âmbito do processo de acreditação.

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Acesso e ingresso no ciclo de estudos conducente ao grau de mestre


1 — Podem candidatar -se ao acesso ao ciclo de estudos conducente ao grau
de mestre:
a) Titulares do grau de licenciado ou equivalente legal;
b) Titulares de um grau académico superior estrangeiro conferido na
sequência de um 1.º ciclo de estudos organizado de acordo com os princípios
do Processo de Bolonha por um Estado aderente a este Processo;
c) Titulares de um grau académico superior estrangeiro que seja reconhecido
como satisfazendo os objectivos do grau de licenciado pelo órgão científico
estatutariamente competente do estabelecimento de ensino superior onde
pretendem ser admitidos;
d) Detentores de um currículo escolar, científico ou profissional que seja
reconhecido como atestando capacidade para realização deste ciclo de
estudos pelo órgão científico estatutariamente competente do
estabelecimento de ensino superior onde pretendem ser admitidos.
2 — As normas regulamentares a que se refere o artigo 26.º fixam as regras
específicas para o ingresso neste ciclo de estudos.
3 — O reconhecimento a que se referem as alíneas b) a d) do n.º 1 tem como
efeito apenas o acesso ao ciclo de estudos conducente ao grau de mestre e
não confere ao seu titular a equivalência ao grau de licenciado ou o
reconhecimento desse grau.

Ciclo de estudos conducente ao grau de mestre


1 — O ciclo de estudos conducente ao grau de mestre tem 90 a 120 créditos e
uma duração normal compreendida entre três e quatro semestres curriculares
de trabalho dos alunos.
2 — Excepcionalmente, e sem prejuízo de ser assegurada a satisfação de todos
os requisitos relacionados com a caracterização dos objectivos do grau e das
suas condições de obtenção, o ciclo de estudos conducente ao grau de mestre
numa especialidade pode ter 60 créditos e uma duração normal de dois
semestres curriculares de trabalho em consequência de uma prática estável e
consolidada internacionalmente nessa especialidade.
3 — No ensino universitário, o ciclo de estudos conducente ao grau de mestre
deve assegurar que o estudante adquira uma especialização de natureza
académica com recurso à actividade de investigação, de inovação ou de
aprofundamento de competências profissionais.
4 — No ensino politécnico, o ciclo de estudos conducente ao grau de mestre
deve assegurar, predominantemente, a aquisição pelo estudante de uma
especialização de natureza profissional.
5 — A obtenção do grau de mestre referido nos números anteriores, ou dos
créditos correspondentes ao curso de especialização referido na alínea a) do
n.º 1 do artigo 20.º do presente decreto -lei, pode ainda habilitar ao acesso a
profissões sujeitas a requisitos especiais de reconhecimento, nos termos legais
e institucionais previstos para o efeito.

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Ciclo de estudos integrado conducente ao grau de mestre


1 — No ensino universitário, o grau de mestre pode igualmente ser conferido
após um ciclo de estudos integrado, com 300 a 360 créditos e uma duração
normal compreendida entre 10 e 12 semestres curriculares de trabalho, nos
casos em que, para o acesso ao exercício de uma determinada actividade
profissional, essa duração:
a) Seja fixada por normas legais da União Europeia;
b) Resulte de uma prática estável e consolidada na União Europeia.
2 — O acesso e ingresso no ciclo de estudos referido no número anterior rege -
se pelas normas aplicáveis ao acesso e ingresso no ciclo de estudos
conducente ao grau de licenciado.
3 — No ciclo de estudos referido no n.º 1, é conferido o grau de licenciado aos
que tenham realizado os 180 créditos correspondentes aos primeiros seis
semestres curriculares de trabalho.
4 — O grau de licenciado referido no número anterior deve adoptar uma
denominação que não se confunda com a do grau de mestre.
5 — As normas regulamentares a que se refere o artigo 26.º devem prever a
possibilidade de ingresso no ciclo de estudos referido no n.º 1 por licenciados
em área adequada, bem como a creditação neste ciclo de estudos da
formação obtida no curso de licenciatura.

Estrutura do ciclo de estudos conducente ao grau de mestre


1 — O ciclo de estudos conducente ao grau de mestre integra:
a) Um curso de especialização, constituído por um conjunto organizado de
unidades curriculares, denominado curso de mestrado, a que corresponde um
mínimo de 50 % do total dos créditos do ciclo de estudos;
b) Uma dissertação de natureza científica ou um trabalho de projecto,
originais e especialmente realizados para este fim, ou um estágio de natureza
profissional objecto de relatório final, consoante os objectivos específicos
visados, nos termos que sejam fixados pelas respectivas normas
regulamentares, a que corresponde um mínimo de 35 % do total dos créditos
do ciclo de estudos.
2 — Os valores mínimos a que se refere o n.º 1:
a) Não se aplicam ao ciclo de estudos integrado a que se refere o artigo
anterior;
b) Podem ser alterados por decisão da agência de acreditação.

Orientação
1 — A elaboração da dissertação ou do trabalho de projecto e a realização do
estágio são orientadas por doutor ou por especialista de mérito reconhecido
como tal pelo órgão científico estatutariamente competente do
estabelecimento de ensino superior, nacional ou estrangeiro.
2 — A orientação pode ser assegurada em regime de co-orientação, quer por
orientadores nacionais, quer por nacionais e estrangeiros.

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Júri do mestrado
1 — A dissertação, o trabalho de projecto ou o relatório de estágio são
objecto de apreciação e discussão pública por um júri nomeado pelo órgão
legal e estatutariamente competente do estabelecimento de ensino superior.
2 — O júri é constituído por três a cinco membros, incluindo o orientador ou
os orientadores.
3 — Os membros do júri devem ser especialistas no domínio em que se insere
a dissertação, o trabalho de projecto ou o relatório de estágio e são nomeados
de entre nacionais ou estrangeiros titulares do grau de doutor ou especialistas
de mérito reconhecido como tal pelo órgão científico do estabelecimento de
ensino.
4 — As deliberações do júri são tomadas por maioria dos membros que o
constituem, através de votação nominal justificada, não sendo permitidas
abstenções.
5 — Das reuniões do júri são lavradas actas, das quais constam os votos de
cada um dos seus membros e a respectiva fundamentação, que pode ser
comum a todos ou a alguns membros do júri.

Concessão do grau de mestre


O grau de mestre é conferido aos que, através da aprovação em todas as
unidades curriculares que integram o plano de estudos do curso de mestrado e
da aprovação no acto público de defesa da dissertação, do trabalho de
projecto ou do relatório de estágio, tenham obtido o número de créditos
fixado.

Classificação final do grau de mestre


1 — Ao grau académico de mestre é atribuído uma classificação final, expressa
no intervalo de 10 -20 da escala numérica inteira de 0 a 20, bem como no seu
equivalente na escala europeia de comparabilidade de classificações.
2 — As normas regulamentares a que se refere o artigo 26.º fixam a forma de
cálculo da classificação final.

Normas regulamentares do mestrado


O órgão legal e estatutariamente competente de cada estabelecimento de
ensino superior aprova as normas relativas às seguintes matérias:
a) Regras sobre a admissão no ciclo de estudos, em especial as condições de
natureza académica e curricular, as normas de candidatura, os critérios de
selecção e seriação e o processo de fixação e divulgação das vagas e dos
prazos de candidatura;
b) Condições de funcionamento;
c) Estrutura curricular, plano de estudos e créditos;
e) Regimes de precedências e de avaliação de conhecimentos no curso de
mestrado;
f) Regime de prescrição do direito à inscrição, tendo em consideração, no
ensino público e quando aplicável, o disposto sobre esta matéria na Lei n.º
37/2003, de 22 de Agosto;

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g) Processo de nomeação do orientador ou dos orientadores, condições em


que é admitida a co -orientação e regras a observar na orientação;
h) Regras sobre a apresentação e entrega da dissertação, do trabalho de
projecto ou do relatório de estágio, e sua apreciação;
i) Prazos máximos para a realização do acto público de defesa da dissertação,
do trabalho de projecto ou do relatório de estágio;
j) Regras sobre a composição, nomeação e funcionamento do júri;
l) Regras sobre as provas de defesa da dissertação, do trabalho de projecto ou
do relatório de estágio;
m) Processo de atribuição da classificação final;
n) Elementos que constam obrigatoriamente dos diplomas e cartas de curso;
o) Prazo de emissão do diploma, da carta de curso e do suplemento ao
diploma;
p) Processo de acompanhamento pelos órgãos pedagógico e científico.

Propinas do ciclo de estudos conducente ao grau de mestre no ensino


público
1 — O valor das propinas devidas pela inscrição no ciclo de estudos integrado
é fixado nos termos previstos para o ciclo de estudos conducente ao grau de
licenciado.
2 — O valor das propinas devidas pela inscrição no ciclo de estudos
conducente ao grau de mestre no ensino público, quando a sua conjugação
com um ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado seja indispensável
para o acesso ao exercício de uma actividade profissional, é igualmente fixado
nos termos previstos para o ciclo de estudos conducente ao grau de
licenciado.
3 — O valor das propinas devidas pela inscrição no ciclo de estudos
conducente ao grau de mestre no ensino público.

CAPÍTULO IV
Doutoramento

Grau de doutor
1 — O grau de doutor é conferido aos que demonstrem:
a) Capacidade de compreensão sistemática num domínio científico de estudo;
b) Competências, aptidões e métodos de investigação associados a um
domínio científico;
c) Capacidade para conceber, projectar, adaptar e realizar uma investigação
significativa respeitando as exigências impostas pelos padrões de qualidade e
integridade académicas;
d) Ter realizado um conjunto significativo de trabalhos de investigação
original que tenha contribuído para o alargamento das fronteiras do
conhecimento, parte do qual mereça a divulgação nacional ou internacional
em publicações com comité de selecção;

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e) Ser capazes de analisar criticamente, avaliar e sintetizar ideias novas e


complexas;
f) Ser capazes de comunicar com os seus pares, a restante comunidade
académica e a sociedade em geral sobre a área em que são especializados;
g) Ser capazes de, numa sociedade baseada no conhecimento, promover, em
contexto académico e ou profissional, o progresso tecnológico, social ou
cultural.
2 — O grau de doutor é conferido num ramo do conhecimento ou numa sua
especialidade.

Atribuição do grau de doutor


1 — Os ramos do conhecimento e especialidades em que cada universidade
confere o grau de doutor são fixados pelo seu órgão legal e estatutariamente
competente.
2 — Só podem conferir o grau de doutor numa determinada área as
universidades que:
a) Disponham de um corpo docente próprio, qualificado nessa área, cuja
maioria seja constituída por titulares do grau de doutor, e dos demais
recursos humanos e materiais que garantam o nível e a qualidade da formação
adquirida;
b) Demonstrem possuir, nessa área, os recursos humanos e organizativos
necessários à realização de investigação;
c) Demonstrem possuir, por si ou através da sua participação ou colaboração,
ou dos seus docentes e investigadores, em determinadas instituições
científicas, uma experiência acumulada de investigação sujeita a avaliação e
concretizada numa produção científica e académica relevantes nessa área.
3 — A verificação da satisfação dos requisitos referidos no número anterior é
feita no âmbito do processo de acreditação.

Acesso e ingresso no ciclo de estudos conducente ao grau de doutor


1 — Podem candidatar -se ao acesso ao ciclo de estudos conducente ao grau
de doutor:
a) Os titulares do grau de mestre ou equivalente legal;
b) Os titulares de grau de licenciado, detentores de um currículo escolar ou
científico especialmente relevante que seja reconhecido como atestando
capacidade para a realização deste ciclo de estudos pelo órgão científico legal
e estatutariamente competente da universidade onde pretendem ser
admitidos;
c) Os detentores de um currículo escolar, científico ou profissional que seja
reconhecido como atestando capacidade para a realização deste ciclo de
estudos pelo órgão científico legal e estatutariamente competente da
universidade onde pretendem ser admitidos.
3 — O reconhecimento a que se referem as alíneas b) e c) do número anterior
tem como efeito apenas o acesso ao ciclo de estudos conducente ao grau de
doutor e não confere ao seu titular a equivalência ao grau de licenciado ou de
mestre, ou ao seu reconhecimento.

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Ciclo de estudos conducente ao grau de doutor


O ciclo de estudos conducente ao grau de doutor integra:
a) A elaboração de uma tese original e especialmente elaborada para este
fim, adequada à natureza do ramo de conhecimento ou da especialidade;
b) A eventual realização de unidades curriculares dirigidas à formação para a
investigação, cujo conjunto se denomina curso de doutoramento, sempre que
as respectivas normas regulamentares o prevejam.

Registo das teses de doutoramento em curso


As teses de doutoramento em curso são objecto de registo nos termos do
Decreto -Lei n.º 52/2002, de 2 de Março.

Regime especial de apresentação da tese


1 — Os que reúnam as condições para acesso ao ciclo de estudos conducente
ao grau de doutor podem requerer a apresentação de uma tese ao acto
público de defesa sem inscrição no ciclo de estudos.
2 — Compete ao órgão científico legal e estatutariamente competente da
universidade decidir quanto ao pedido, após apreciação do currículo do
requerente e da adequação da tese aos objectivos visados pelo grau de
doutor.

Júri do doutoramento
1 — A tese é objecto de apreciação e discussão pública por um júri nomeado
pelo órgão legal e estatutariamente competente da universidade.
2 — O júri de doutoramento é constituído:
a) Pelo reitor, que preside, ou por quem dele receba delegação para esse fim;
b) Por um mínimo de três vogais doutorados;
c) Pelo orientador ou orientadores, sempre que existam.
3 — Dois dos membros do júri referidos no número anterior são designados de
entre professores e investigadores doutorados de outras instituições de ensino
superior ou de investigação, nacionais ou estrangeiras.
4 — Pode ainda fazer parte do júri especialista de reconhecida competência
na área científica em que se insere a tese.
5 — O júri deve integrar, pelo menos, três professores ou investigadores do
domínio científico em que se insere a tese.
6 — As deliberações do júri são tomadas por maioria dos membros que o
constituem, através de votação nominal justificada, não sendo permitidas
abstenções.
7 — Das reuniões do júri são lavradas actas, das quais constam os votos de
cada um dos seus membros e a respectiva fundamentação, que pode ser
comum a todos ou a alguns membros do júri.

Concessão do grau de doutor


O grau de doutor é conferido aos que tenham obtido aprovação no acto
público de defesa da tese.

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Qualificação final do grau de doutor


1 — Ao grau académico de doutor é atribuída uma qualificação final nos
termos fixados pelas normas regulamentares aprovadas pela universidade que
o atribui.
2 — A qualificação é atribuída pelo júri, consideradas as classificações obtidas
nas unidades curriculares do curso de doutoramento, quando exista, e o
mérito da tese apreciado no acto público.

Normas regulamentares do doutoramento


O órgão legal e estatutariamente competente de cada universidade aprova as
normas relativas às seguintes matérias:
a) Regras sobre a admissão no ciclo de estudos, em especial as condições de
natureza académica e curricular, as normas de candidatura e os critérios de
selecção;
b) Existência de curso de doutoramento e, quando exista, a respectiva
estrutura curricular, plano de estudos e créditos, tendo em consideração o
disposto sobre esta matéria no Decreto -Lei n.º 42/2005, de 22 de Fevereiro,
e suas normas regulamentares;
c) Processo de nomeação do orientador ou dos orientadores, condições em
que é admitida a co -orientação e regras a observar na orientação;
d) Processo de registo do tema da tese;
e) Condições de preparação da tese;
f) Regras sobre a apresentação e entrega da tese e sua apreciação;
g) Regras sobre os prazos máximos para a realização do acto público de defesa
da dissertação, do trabalho de projecto ou do relatório de estágio;
h) Regras sobre a composição, nomeação e funcionamento do júri;
i) Regras sobre as provas de defesa da tese;
j) Processo de atribuição da qualificação final;
l) Elementos que constam obrigatoriamente dos diplomas e cartas doutorais;
m) Prazo de emissão do diploma, da carta doutoral e do suplemento ao
diploma;
n) Processo de acompanhamento pelos órgãos pedagógico e científico.

CAPÍTULO V
Diplomas de ensino superior

Diplomas que podem ser conferidos


1 — Os estabelecimentos de ensino superior podem atribuir diplomas,
designadamente:
a) Pela realização de parte de um curso de licenciatura não inferior a 120
créditos;
b) Pela conclusão de um curso de mestrado não inferior a 60 créditos;
c) Pela conclusão de um curso de doutoramento;
d) Pela realização de outros cursos não conferentes de grau académico.

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2 — Nos diplomas a que se refere o número anterior deve ser adoptada uma
denominação que não se confunda com a da obtenção final do grau académico
correspondente, quando exista.

Titulação dos diplomas


1 — Os diplomas a que se refere o artigo anterior são titulados por documento
emitido pelo órgão legal e estatutariamente competente do estabelecimento
de ensino superior.
2 — A emissão do documento a que se refere o número anterior é
acompanhada da emissão do suplemento ao diploma nos termos do Decreto -
Lei n.º 42/2005, de 22 de Fevereiro.
3 — Os regulamentos dos cursos a que se refere o n.º 1 do artigo anterior
fixam os prazos de emissão dos diplomas e dos respectivos suplementos ao
diploma.

CAPÍTULO VII
Mobilidade

Garantia de mobilidade
A mobilidade dos estudantes entre os estabelecimentos de ensino superior
nacionais, do mesmo ou de diferentes subsistemas, bem como entre
estabelecimentos de ensino superior nacionais e estrangeiros, é assegurada
através do sistema europeu de transferência e acumulação de créditos, com
base no princípio do reconhecimento mútuo do valor da formação realizada e
das competências adquiridas.

Creditação
1 — Tendo em vista o prosseguimento de estudos para a obtenção de grau
académico ou diploma, os estabelecimentos de ensino superior:
a) Creditam nos seus ciclos de estudos a formação realizada no âmbito de
outros ciclos de estudos superiores em estabelecimentos de ensino superior
nacionais ou estrangeiros, quer a obtida no quadro da organização decorrente
do Processo de Bolonha, quer a obtida anteriormente;
b) Creditam nos seus ciclos de estudos a formação realizada no âmbito dos
cursos de especialização tecnológica nos termos fixados pelo respectivo
diploma;
c) Reconhecem, através da atribuição de créditos, a experiência profissional e
outra formação não abrangida pelas alíneas anteriores.
2 — A creditação tem em consideração o nível dos créditos e a área científica
onde foram obtidos.
3 — Os procedimentos a adoptar para a creditação são fixados pelos órgãos
legal e estatutariamente competentes dos estabelecimentos de ensino
superior.

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CAPÍTULO VIII
Outras disposições

Inscrição em unidades curriculares de ciclos de estudos subsequentes


1 — Aos alunos inscritos num ciclo de estudos pode ser autorizada a inscrição
em unidades curriculares de ciclos de estudos subsequentes.
2 — As unidades curriculares a que se refere o número anterior:
a) São objecto de certificação;
b) São objecto de menção no suplemento ao diploma;
c) São creditadas em caso de inscrição do aluno no ciclo de estudos em causa.

Inscrição em unidades curriculares


1 — Os estabelecimentos de ensino facultam a inscrição nas unidades
curriculares que ministram.
2 — A inscrição pode ser feita quer por alunos inscritos num curso de ensino
superior, quer por outros interessados.
3 — A inscrição pode ser feita em regime sujeito a avaliação ou não.
4 — As unidades curriculares em que o estudante se inscreva em regime
sujeito a avaliação e em que obtenha aprovação:
a) São objecto de certificação;
b) São obrigatoriamente creditadas, nos termos do artigo 45.º, caso o seu
titular tenha ou venha a adquirir o estatuto de aluno de um ciclo de estudos
de ensino superior;
c) São incluídas em suplemento ao diploma que venha a ser emitido.
5 — Pela inscrição nos termos deste artigo são devidos os montantes que
forem fixados, de forma proporcionada, pelo órgão legal e estatutariamente
competente do estabelecimento de ensino superior.

Estágios profissionais
1 — Os titulares do grau de licenciado ou de mestre que, no período de 24
meses após a obtenção do grau, se encontrem a realizar estágio profissional
para o exercício de uma profissão beneficiam, nos termos fixados pelo
presente artigo, dos direitos dos alunos da instituição de ensino superior que
conferiu o grau.
2 — A atribuição dos direitos é independente de o estágio profissional ser
remunerado ou não e está condicionada à inscrição na instituição de ensino
superior que conferiu o grau.
3 — A inscrição a que se refere o número anterior não está sujeita ao
pagamento de propinas ou de quaisquer outros encargos.
4 — Os estagiários têm direito:
a) À emissão de cartão de identificação da instituição de ensino superior;
b) Ao acesso à acção social escolar nos termos dos alunos da instituição,
incluindo a eventual atribuição de bolsa de estudos;
c) Ao acesso aos recursos da instituição, como bibliotecas e recursos
informáticos, nos mesmos termos em que acedem os alunos.

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Estudantes em regime de tempo parcial


1 — Os estabelecimentos de ensino superior facultam aos seus estudantes a
inscrição e frequência dos seus ciclos de estudos em regime de tempo parcial.
2 — O órgão legal e estatutariamente competente do estabelecimento de
ensino superior aprova as normas regulamentares referentes ao regime de
estudos em tempo parcial incluindo, designadamente:
a) As condições de inscrição em regime de tempo parcial;
b) As condições de mudança entre os regimes de tempo integral e de tempo
parcial;
c) O regime de propinas, o qual deve resultar da adequação proporcionada das
regras gerais aplicáveis ao ciclo de estudos em causa;
d) O regime de prescrição do direito à inscrição, o qual deve resultar da
adequação proporcionada das regras gerais aplicáveis ao ciclo de estudos em
causa.

Regras aplicáveis ao funcionamento dos júris


1 — O funcionamento dos júris regula-se pelo disposto no Código do
Procedimento Administrativo em tudo o que não esteja previsto no presente
decreto -lei.

Registo de graus e diplomas, certidões e cartas


1 — Dos graus e diplomas conferidos é lavrado registo subscrito pelo órgão
legal e estatutariamente competente do estabelecimento de ensino superior.
2 — A titularidade dos graus e diplomas é comprovada por certidão do registo
referido no número anterior, genericamente denominada diploma, e também,
para os estudantes que o requeiram:
a) Por carta de curso, para os graus de licenciado e de mestre;
b) Por carta doutoral, para o grau de doutor.
3 — Os documentos a que se refere o n.º 2 podem ser plurilingues.
4 — De acordo com as orientações aprovadas no âmbito do Processo de
Bolonha, e nos termos do disposto no artigo 40.º do Decreto -Lei n.º 42/2005,
de 22 de Fevereiro, a emissão de qualquer dos documentos a que se refere o
n.º 2 é acompanhada da emissão de um suplemento ao diploma.
5 — A emissão da certidão do registo não pode ser condicionada à solicitação
de emissão ou pagamento dos documentos a que se referem as alíneas a) e b)
do n.º 2.
6 — O valor cobrado pela emissão de qualquer dos documentos a que se refere
o n.º 2 não pode exceder o custo do serviço respectivo.

Depósito legal
1 — As dissertações de mestrado e as teses de doutoramento estão sujeitas:
a) A depósito legal de um exemplar em papel e de um exemplar em formato
digital na Biblioteca Nacional;
b) A depósito de um exemplar em formato digital no Observatório da Ciência
e do Ensino Superior.

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2 — Os depósitos referidos no número anterior são da responsabilidade do


estabelecimento de ensino superior que tiver conferido o grau.

Línguas estrangeiras
Os estabelecimentos de ensino superior podem prever a utilização de línguas
estrangeiras:
a) Na ministração do ensino em qualquer dos ciclos de estudos a que se refere
o presente decreto-lei;
b) Na escrita das dissertações de mestrado, dos trabalhos de projecto e
relatórios de estágio de mestrado e das teses de doutoramento, e nos
respectivos actos públicos de defesa.

TÍTULO IV
Adequação dos ciclos de estudos
CAPÍTULO I
Princípios gerais

Adequação
1 — Os estabelecimentos de ensino superior devem promover a adequação dos
cursos que se encontram a ministrar e dos graus que estão autorizados a
conferir ao regime jurídico fixado pelo presente decreto -lei.
2 — O processo de adequação visa a reorganização de cada ciclo de estudos
em funcionamento e concretiza -se através:
a) Da passagem de um ensino baseado na transmissão de conhecimentos para
um ensino baseado no desenvolvimento de competências;
b) Da orientação da formação ministrada para os objectivos específicos que
devem ser assegurados pelos ciclos de estudos do subsistema, universitário ou
politécnico, em que se insere;
c) Da determinação do trabalho que o estudante deve desenvolver em cada
unidade curricular — incluindo, designadamente, quando aplicáveis, as sessões
de ensino de natureza colectiva, as sessões de orientação pessoal de tipo
tutorial, os estágios, os projectos, os trabalhos no terreno, o estudo e a
avaliação — e sua expressão em créditos de acordo com o sistema europeu de
transferência e acumulação de créditos (ECTS — European Credit Transfer and
Accumulation System);
d) Da fixação do número total de créditos, e consequente duração do ciclo de
estudos, dentro dos valores e de acordo com os critérios estabelecidos pelo
presente decreto -lei.
3 — A adequação deve ser realizada até ao final do ano lectivo de 2008 -2009,
inclusive, e nela participam, obrigatoriamente, docentes e alunos,
designadamente através dos órgãos científico e pedagógico do
estabelecimento de ensino e ou da unidade orgânica, conforme for o caso.
4 — No ano lectivo de 2009 -2010, todos os ciclos de estudos devem estar
organizados de acordo com o regime jurídico fixado pelo presente decreto -
lei.

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CAPÍTULO III
Acompanhamento

Criação e competências
Por despacho do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior será criada
e regulada uma comissão de acompanhamento do processo de adequação,
com as seguintes competências:
a) Acompanhar a execução do processo de adequação dos cursos;
b) Elaborar um relatório anual sobre o processo;
c) Emitir parecer sobre questões genéricas ou específicas relacionadas com o
processo de adequação.

CAPÍTULO V
Concretização do Processo de Bolonha

Relatório de concretização do Processo de Bolonha


1 — Os estabelecimentos de ensino superior elaboram, anualmente, um
relatório acerca da concretização dos objectivos do Processo de Bolonha.
2 — O relatório deve incluir informação sobre as mudanças operadas,
designadamente em matéria pedagógica, no sentido de uma formação
orientada para o desenvolvimento das competências dos estudantes,
organizada com base no sistema europeu de transferência e acumulação de
créditos (ECTS) e onde as componentes de trabalho experimental ou de
projecto, entre outras, e a aquisição de competências transversais devem
desempenhar um papel decisivo.
3 — O relatório deve incluir informação e indicadores que evidenciem o
progresso das mudanças realizadas na instituição e em cada curso e que o
permita comparar com a evolução realizada em outras instituições que se
constituam como referência.
4 — O relatório deve incluir indicadores objectivos que considerem,
designadamente, a evolução do peso das várias componentes do trabalho do
estudante no número de horas de trabalho total, nomeadamente total de
horas de contacto, componente experimental, componente de projecto.
5 — O relatório deve ainda referir, designadamente:
a) As medidas de apoio à promoção do sucesso escolar;
b) As acções de apoio ao desenvolvimento de competências extracurriculares;
c) As medidas de estímulo à inserção na vida activa.
6 — O relatório deve integrar o contributo dos estudantes e docentes, através
de inquéritos ou outras formas de participação, acerca da concretização dos
objectivos visados, a promover pelos conselhos pedagógico e científico ou
técnico-científico.
7 — O relatório é elaborado para os anos lectivos de 2006 -2007 a 2010 -2011,
inclusive, e é publicado no sítio da Internet do estabelecimento de ensino até
31 de Dezembro seguinte ao término do ano lectivo a que se reporta.

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TÍTULO VII
Normas finais e transitórias

Acreditação dos ciclos de estudos em funcionamento


1 — Os ciclos de estudos em funcionamento quando do início da actividade da
agência de acreditação são objecto do procedimento de acreditação.
2 — O procedimento a que se refere o número anterior é realizado até ao final
do ano lectivo de 2010 -2011.

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CAPÍTULO III: UNIVERSIDADE DO PORTO


ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Decreto-Lei n.º 96/2009 de 27 de Abril

No quadro da reforma do sistema de ensino superior português promovida


pelo Governo, a Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro (regime jurídico das
instituições de ensino superior), criou, no âmbito do ensino superior público,
um novo tipo de instituições, as fundações públicas com regime de direito
privado, medida recentemente saudada de forma extremamente positiva pelo
Comité de Educação da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento
Económico (OCDE).
Nos termos da lei, as instituições de ensino superior públicas actualmente
existentes podem requerer ao Governo a sua transformação em fundações
públicas com regime de direito privado com fundamento nas vantagens da
adopção deste modelo de gestão e de enquadramento jurídico para o
prosseguimento dos seus objectivos.
Estas fundações públicas, entre outros aspectos, caracterizam -se por:
Se regerem pelo direito privado, nomeadamente no que respeita à sua gestão
financeira, patrimonial e de pessoal, podendo criar carreiras próprias para o
seu pessoal docente, investigador e outro;
Serem financiadas pelo Estado:
Através da atribuição das dotações do Orçamento do Estado para
funcionamento e investimento (PIDDAC) previstas na lei do financiamento do
ensino superior, definidas em função de critérios objectivos comuns a todas as
instituições públicas;
Através de contratos plurianuais, de duração não inferior a três anos, de
acordo com objectivos de desempenho;
Para efeitos de candidatura a fundos públicos, concorrerem nos mesmos
moldes que as demais instituições públicas de ensino superior.
Neste contexto, a assembleia estatutária da Universidade do Porto solicitou
ao Governo a abertura do processo negocial previsto na lei, apresentando um
relatório acerca das implicações dessa transformação institucional sobre a
organização, a gestão, o financiamento e a autonomia da instituição.
A Universidade do Porto é hoje a maior universidade portuguesa, com cerca
de 29 000 alunos (2007 -2008) e quase 2300 docentes e investigadores.
A transformação em fundação realiza -se no quadro da sua consolidação com o
conjunto de instituições de investigação que integram a esfera da
Universidade do Porto e onde se incluem, designadamente, os laboratórios
associados CIIMAR (Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e
Ambiental), IBMC (Instituto de Biologia Molecular e Celular), INEB (Instituto de
Engenharia Biomédica), INESC Porto (Instituto de Engenharia de Sistemas e
Computadores do Porto) e IPATIMUP (Instituto de Patologia e Imunologia
Molecular da Universidade do Porto) e ainda o ICETA (Instituto de Ciências e

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Tecnologias Agrárias e Agro -Alimentares) e o INEGI (Instituto de Engenharia


Mecânica e Gestão Industrial).
A análise dos documentos apresentados pela Universidade do Porto mostrou
estarem satisfeitas as condições fixadas pela lei e assegurado, no seu universo
consolidado, um montante de receitas próprias superior a 50 % do total da
receita.
No âmbito do processo negocial, foram igualmente acordadas as bases do
contrato -programa a celebrar entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior e a Universidade do Porto nos termos previstos no n.º 1 do
artigo 5.º do presente decreto -lei.
Em conclusão do processo foi estabelecido um acordo abrangendo,
designadamente, o projecto e o programa de desenvolvimento da
Universidade do Porto e as bases para a instituição da fundação, incluindo os
seus Estatutos, tendo a assembleia estatutária da Universidade do Porto
deliberado solicitar ao Governo a sua transformação em fundação pública de
regime de direito privado.
Considerando o disposto no n.º 12 do artigo 129.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de
Setembro:
Assim:
Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo
decreta o seguinte:

Instituição da fundação
1 — É instituída pelo Estado uma fundação pública com regime de direito
privado denominada Universidade do Porto.
2 — A Universidade do Porto resulta da transformação da Universidade do
Porto em fundação pública com regime e direito privado nos termos da Lei n.º
62/2007, de 10 de Setembro, que aprova o regime jurídico das instituições de
ensino superior.

Natureza
A Universidade do Porto é uma instituição de ensino superior pública de
natureza fundacional, nos termos da Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro.

Estatutos
Os Estatutos da fundação constam do anexo ao presente decreto -lei, do qual
fazem parte integrante.

Financiamento
1 — O financiamento à Universidade do Porto é definido por contratos
plurianuais, de duração não inferior a três anos, aplicando -se, com as devidas
adaptações, as regras fixadas pela lei para o financiamento do Estado às
demais instituições públicas de ensino superior.
2 — Em consequência do disposto no número anterior, à Universidade do Porto
são atribuídas as dotações do Orçamento do Estado para funcionamento e
investimento (PIDDAC) previstas na Lei n.º 37/2003, de 22 de Agosto, com as

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alterações introduzidas pela Lei n.º 49/2005, de 30 de Agosto, definidas em


função de critérios objectivos comuns a todas as instituições públicas, para
além das
fixadas nos respectivos contratos -programa plurianuais.
3 — Para efeitos de candidatura a fundos públicos, a Universidade do Porto
concorre nos mesmos termos que as demais instituições públicas de ensino
superior.
4 — A Universidade do Porto pode dispor, sem qualquer restrição, dos
resultados das suas contas anuais.

Direitos e obrigações
A Universidade do Porto, enquanto fundação pública de direito privado,
sucede em todos os direitos e obrigações na titularidade da Universidade do
Porto à data da presente transformação.

Regresso da Universidade do Porto ao regime não fundacional


1 — Findo um período experimental de cinco anos de funcionamento no
regime fundacional é realizada uma avaliação da aplicação do mesmo.
2 — Em consequência da avaliação referida no número anterior, o conselho
geral da Universidade do Porto pode propor, justificadamente, o regresso da
instituição ao regime não fundacional.
3 — Em qualquer outro momento posterior ao período de funcionamento
referido no n.º 1, o regresso ao regime não fundacional depende de prévia
avaliação independente.
4 — Durante o período experimental, pode o Governo decidir, ou a
Universidade do Porto propor, o regresso ao regime não fundacional, em
resultado da não verificação justificada de pressupostos que presidiram à
adopção do mesmo regime.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 5 de Fevereiro de 2009 por José


Sócrates Carvalho Pinto de Sousa, Emanuel Augusto dos Santos e José Mariano
Rebelo Pires Gago sendo promulgado em 17 de Abril de 2009 pelo Presidente
da República, Aníbal Cavaco Silva.

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ANEXO
Estatutos da fundação

CAPÍTULO I
Disposições gerais

Denominação, natureza, sede


1 — A Universidade do Porto é uma instituição de ensino superior pública de
natureza fundacional que se rege pelos seus Estatutos e, nos casos omissos,
pelas disposições legais aplicáveis.
2 — A Universidade tem a sua sede na cidade do Porto, podendo desenvolver
as suas actividades e criar unidades orgânicas em outros locais fora do
município da sede, no País ou no estrangeiro, incluindo delegações ou outras
formas de representação.

Missão e actividades
A Universidade do Porto tem por missão a criação de conhecimento científico,
cultural e artístico, a formação de nível superior fortemente ancorada na
investigação, a valorização social e económica do conhecimento e a
participação activa no progresso das comunidades em que se insere.

Autonomia
1 — A Universidade do Porto dispõe de autonomia nos mesmos termos das
demais instituições de ensino superior públicas, com as devidas adaptações
decorrentes da sua natureza fundacional.
2 — A Universidade do Porto elabora todas as normas e pratica todos os actos
que sejam necessários ao seu regular funcionamento, incluindo, no tocante à
prática de actos unilaterais de autoridade no domínio das suas atribuições,
normas e actos de direito público.
3 — A Universidade do Porto dispõe, nos termos da lei e dos seus estatutos, de
poder disciplinar sobre docentes, investigadores, demais trabalhadores e
estudantes.

CAPÍTULO II
Regime patrimonial e financeiro

Receitas
Constituem receitas da Universidade do Porto:
a) As dotações orçamentais anuais que lhe forem atribuídas pelo Estado;
b) As receitas provenientes de contratos de financiamento plurianual
celebrados com o Estado;
c) As receitas provenientes do pagamento de propinas e outras taxas de
frequência de ciclos de estudos e outras acções de formação;
d) As receitas provenientes de actividades de investigação e desenvolvimento;
e) Os rendimentos da propriedade intelectual;

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f) Os rendimentos de bens próprios ou de que tenha a fruição;


g) As receitas derivadas da prestação de serviços, da emissão de pareceres e
da venda de publicações e de outros produtos da sua actividade;
h) Os subsídios e contribuições, regulares ou ocasionais, subvenções,
comparticipações, doações, heranças e legados provenientes de quaisquer
entidades, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras;
i) O produto da venda ou arrendamento de bens imóveis, quando autorizados
por lei, bem como de outros bens;
j) Os juros de contas de depósitos e a remuneração de outras aplicações
financeiras;
l) Os saldos da conta de gerência de anos anteriores;
m) O produto de taxas, emolumentos, multas, coimas e quaisquer outras
receitas que legalmente lhes advenham;
n) O produto de empréstimos contraídos;
o) Outras receitas previstas na lei.

CAPÍTULO III
Organização e funcionamento
SECÇÃO I
Normas gerais

Órgãos
São órgãos da Universidade:
a) O conselho de curadores;
b) O fiscal único;
c) Os órgãos previstos na lei e especificados nos Estatutos do estabelecimento
de ensino.

SECÇÃO II
Conselho de curadores

Composição
1 — O conselho de curadores é composto por cinco personalidades de elevado
mérito e experiência profissional reconhecidos como especialmente
relevantes.
2 — Os curadores são nomeados pelo Governo sob proposta da Universidade do
Porto.
3 — O exercício das funções de curador não é compatível com outro vínculo
laboral simultâneo à Universidade do Porto.
4 — Os curadores têm um mandato de cinco anos, renovável uma única vez,
não podendo ser destituídos sem motivo justificado.
5 — Na primeira composição do conselho de curadores, o mandato de dois
deles, a escolher por sorteio, é de apenas três anos.

Competências

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Ao conselho de curadores compete:


a) Eleger o seu presidente;
b) Aprovar os Estatutos do estabelecimento de ensino, sob proposta de uma
assembleia estatutária com a composição prevista no artigo 172.º da Lei n.º
62/2007, de 10 de Setembro, e sujeitá-los a homologação do ministro da
tutela do ensino superior;
c) Proceder à homologação das deliberações do conselho geral de designação
e destituição do reitor, apenas podendo a recusa de homologação ocorrer caso
se verifiquem as condições expressas no n.º 6 do artigo 86.º da Lei n.º
62/2007, de 10 de Setembro;
d) Propor ou autorizar, conforme disposto na lei, a aquisição ou alienação de
património imobiliário da instituição, bem como as operações de crédito;
e) Nomear e destituir o conselho de gestão;
f) Homologar as deliberações do conselho geral relativas a:
i) Aprovação dos planos estratégicos de médio prazo e o plano de acção para o
quadriénio do mandato do reitor;
ii) Aprovação das linhas gerais de orientação da instituição no plano
científico, pedagógico, financeiro e patrimonial;
iii) Aprovação dos planos anuais de actividades e apreciação do relatório
anual das actividades da instituição;
iv) Aprovação da proposta de orçamento;
v) Aprovação das contas anuais consolidadas, acompanhadas de parecer do
fiscal único.

Funcionamento e deliberações
1 — O conselho de curadores reúne ordinariamente quatro vezes por ano,
podendo reunir extraordinariamente desde que requerido por qualquer dos
seus membros.
2 — O conselho de curadores delibera por maioria qualificada de quatro
quintos de todos os seus membros efectivos, incluindo o seu presidente.

SECÇÃO III
Fiscal único

Designação e mandato
1 — O fiscal único é designado, de entre revisores oficiais de contas ou
sociedades de revisores oficiais de contas, por despacho conjunto do ministro
responsável pela área das finanças e do ministro responsável pela área do
ensino superior, ouvido o reitor.
2 — O mandato tem a duração de três anos e é renovável uma única vez
mediante despacho conjunto dos ministros referidos no número anterior.
3 — No caso de cessação do mandato, o fiscal único mantém -se no exercício
de funções até à efectiva substituição ou à declaração ministerial de cessação
de funções.

Competências e deveres

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1 — Ao fiscal único compete:


a) Controlar a gestão patrimonial e financeira da Universidade;
b) Acompanhar e controlar com regularidade o cumprimento das leis e
regulamentos aplicáveis, a execução orçamental, a situação económica,
financeira e patrimonial e analisar a contabilidade;
c) Dar parecer sobre o orçamento e suas revisões e alterações, bem como
sobre o plano de actividades na perspectiva da sua cobertura orçamental;
d) Dar parecer sobre o relatório de gestão de exercício e contas de gerência,
incluindo documentos de certificação legal de contas;
e) Dar parecer sobre a aquisição, arrendamento, alienação e oneração de
bens imóveis;
f) Dar parecer sobre a aceitação de doações, heranças ou legados;
g) Dar parecer sobre a contratação de empréstimos, quando a Universidade
esteja habilitada a fazê-lo;
h) Manter o conselho de curadores informado sobre os resultados das
verificações e exames a que proceda;
i) Elaborar relatórios da sua acção fiscalizadora, incluindo um relatório anual
global;
j) Propor ao conselho de curadores a realização de auditorias externas,
quando isso se revelar necessário ou conveniente;
l) Pronunciar -se sobre os assuntos que lhe sejam submetidos pelo conselho de
curadores.
2 — O prazo para elaboração dos pareceres referidos no número anterior é de
15 dias a contar da recepção dos documentos a que respeitam.
3 — Para exercício da sua competência, o fiscal único tem direito a:
a) Obter do conselho de curadores ou dos demais órgãos da Universidade as
informações e os esclarecimentos que repute necessários;
b) Ter livre acesso a todos os serviços e à documentação da Universidade,
podendo requisitar a presença dos respectivos responsáveis, e solicitar os
esclarecimentos que considere necessários;
c) Tomar ou propor as demais providências que considere indispensáveis.
4 — O fiscal único não pode ter exercido actividades remuneradas na
Universidade nos últimos três anos antes do início das suas funções e não pode
exercer actividades remuneradas na Universidade durante os três anos que se
seguirem ao termo das suas funções.

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ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO

CAPÍTULO I
Atribuições, valores, natureza e autonomias

Atribuições
1 — A Universidade do Porto prossegue, entre outros fins, os seguintes:
a) A formação no sentido global — cultural, científica, técnica, artística,
cívica e ética — no quadro de processos diversificados de ensino e
aprendizagem, visando o desenvolvimento de capacidades e competências
específicas e transferíveis e a difusão do conhecimento;
b) A realização de investigação científica e a criação cultural e artística,
envolvendo a descoberta, aquisição e desenvolvimento de saberes e práticas,
de nível avançado;
c) A valorização social do conhecimento e a sua transferência para os agentes
económicos e sociais, como motor de inovação e mudança;
d) O incentivo ao espírito observador, à análise objectiva, ao juízo crítico e a
uma atitude de problematização e avaliação da actividade científica, cultural,
artística e social;
e) A conservação e divulgação do património científico, cultural e artístico
para utilização criativa dos especialistas e do público;
f) A cooperação com as diversas instituições, grupos e outros agentes numa
perspectiva de valorização recíproca, nomeadamente através da investigação
aplicada e da prestação de serviços à comunidade;
g) O intercâmbio cultural, científico, artístico e técnico com instituições
nacionais e estrangeiras;
h) A contribuição, no seu âmbito de actividade, para a cooperação
internacional e para a aproximação entre os povos.
2 — A Universidade do Porto concede graus de licenciado, mestre e doutor e o
título de agregado, bem como outros certificados e diplomas no âmbito de
actuação das suas escolas concedendo ainda equivalência e reconhecimento
de graus e habilitações académicas, nos termos da lei.
3 — A Universidade do Porto concede o título honorífico de doutor honoris
causa, nos termos definidos na lei e nos presentes estatutos.

Valores
1 — A Universidade do Porto proporciona condições para o exercício da
liberdade de criação científica, cultural, artística e tecnológica, assegura a
pluralidade e livre expressão de orientações e opiniões e promove a
participação de todos os corpos universitários na vida académica comum.
2 — A Universidade do Porto pauta a sua actuação por elevados padrões
éticos.
3 — A Universidade do Porto cultiva o rigor, a transparência e a qualidade,
preocupando -se de modo particular com o reconhecimento do mérito.

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4 — A Universidade do Porto assegura igualdade de acesso e tratamento,


independentemente de questões de género e de ordem social, política, étnica
ou religiosa.
5 — A Universidade do Porto obriga -se, nos termos da lei, a eliminar todos os
factores que constituam desvantagens à vivência, dentro da Universidade, dos
cidadãos portadores de deficiências.
6 — A Universidade do Porto preocupa -se com a realização pessoal de todos
os que a integram.
7 — A Universidade do Porto promove a inovação, propiciando um ambiente
estimulador da criatividade e de uma atitude empreendedora dos seus
membros.
8 — A Universidade do Porto pugna por um desenvolvimento ambiental,
económico e social sustentável.

Natureza jurídica e participação noutras organizações


1 — A Universidade do Porto é uma fundação pública de direito privado, que
goza de autonomia estatutária, pedagógica, científica, cultural,
administrativa, financeira, patrimonial e disciplinar.
2 — No âmbito das suas actividades, a Universidade do Porto pode realizar
acções comuns com outras entidades, públicas, privadas ou cooperativas,
nacionais ou estrangeiras.
3 — A Universidade do Porto pode criar ou participar em associações ou
sociedades, com ou sem fins lucrativos, desde que as suas actividades sejam
compatíveis com a sua missão.

CAPÍTULO II
Modelo organizativo

Estrutura geral
1 — A organização da Universidade do Porto consta de regulamento orgânico
próprio, aprovado pelo conselho geral, sob proposta do reitor.
2 — O regulamento orgânico pode ser alterado sempre que seja considerado
conveniente.
3 — Na organização da Universidade do Porto deverão ser utilizados como
blocos constitutivos as seguintes entidades:
a) Reitoria;
b) Unidade orgânica;
c) Subunidade orgânica;
d) Agrupamento de unidades orgânicas;
e) Serviços autónomos.

Reitoria
1 — A reitoria é o núcleo central da organização da Universidade do Porto
2 — A reitoria deve integrar todos os órgãos de governo central, constantes,
devendo ser dotada dos recursos humanos adequados.

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Unidade orgânica
1 — Unidade orgânica é a entidade do modelo organizativo, dotada de pessoal
próprio, que pode ser dotada de personalidade tributária e que tem uma
relação hierárquica directa com o governo central da Universidade do Porto.
2 — Quanto ao modelo de governo, podem constituir -se dois tipos de unidade
orgânica:
a) Unidade orgânica com órgãos de autogoverno, quando a sua estrutura
organizativa inclui:
i) Um órgão colegial representativo com funções de ordem estratégica e de
supervisão;
ii) Um director eleito/demitido pelo órgão colegial representativo, que
responde perante esse órgão colegial;
iii) Uma relação hierárquica entre o governo próprio e o governo central
garantindo a concertação de estratégias, a prestação de contas, e a
intervenção do governo central em caso de degradação do funcionamento;
iv) Outros órgãos de gestão;
v) Capacidade para elaborar e aprovar estatutos próprios, embora sujeitos a
homologação pelo reitor;
b) Unidade orgânica sem órgãos de autogoverno, quando a sua estrutura
organizativa inclui:
i) Um director nomeado e exonerado pelo reitor;
ii) Uma relação hierárquica entre o governo central e a entidade assegurada
pelo processo de nomeação/exoneração;
iii) Outros órgãos de gestão;
iv) Ausência de capacidade para elaborar estatutos próprios.
3 — A criação de uma unidade orgânica da Universidade do Porto depende,
entre outros a definir pelo conselho geral, da satisfação dos seguintes
critérios:
a) A prossecução de objectivos estratégicos de natureza científica ou de
formação, de grande relevância para a missão da Universidade do Porto e
suficientemente diferenciados para não poderem ser levados a cabo no seio
de unidades orgânicas já existentes;
b) A existência de condições para integrar um corpo especializado, próprio e
diferenciado, com dimensão crítica e comparável à das restantes unidades
orgânicas da Universidade do Porto;
c) A prossecução dos seus objectivos com eficiência de gestão e sem
duplicações ou perca de eficácia no conjunto da Universidade do Porto.

Subunidades orgânicas
A estrutura organizativa das unidades orgânicas pode incluir subunidades
orgânicas com órgãos de gestão simplificados que reportarão
hierarquicamente aos órgãos de gestão da unidade orgânica em que se
integram.

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Agrupamento de unidades orgânicas


1 — As unidades orgânicas poderão agregar -se em agrupamentos com fins
específicos, nomeadamente:
a) Agrupamentos de índole estratégica que promovam e incentivem a
interdisciplinaridade nas actividades de formação e de investigação e
desenvolvimento, bem como, eventualmente, a partilha de recursos e de
serviços tendo em vista aumentar a eficácia e a eficiência da gestão dos
mesmos, podendo ser dotados das autonomias que se entenda adequadas ao
cumprimento da missão que lhes esteja atribuída.
b) Agrupamentos exclusivamente para a partilha de recursos e de serviços
tendo em vista uma maior eficácia e eficiência da gestão dos mesmos.
2 — Estes agrupamentos, agrupamento estratégico e agrupamento de recursos
e serviços, serão criados pelo conselho geral, sob proposta do reitor, por sua
iniciativa ou a pedido das unidades orgânicas interessadas, sempre com o
acordo expresso das unidades orgânicas envolvidas. Regem -se por
regulamentos ou estatutos próprios, os quais estabelecerão a sua organização
e modo de funcionamento. A sua aprovação depende das autonomias que lhe
forem concedidas, cabendo ao conselho geral da Universidade do Porto no
caso de não lhes ser atribuída autonomia estatutária.

Serviços autónomos
Serviço autónomo é a entidade vocacionada para assegurar funções a exercer
a nível central que goza de autonomia administrativa e financeira e depende
do governo central da Universidade do Porto

Autonomia de gestão das unidades orgânicas


1 — As unidades orgânicas podem ser dotadas de qualquer uma ou ambas das
seguintes autonomias:
a) Autonomia administrativa, pela qual podem praticar actos administrativos
definitivos, incluindo a capacidade de autorizar despesas, emitir
regulamentos e celebrar todos os contratos necessários à sua gestão corrente,
nomeadamente contratos e protocolos para a execução de projectos de
investigação e desenvolvimento e para a prestação de serviços, contratos de
aquisição de bens e serviços, contratos de pessoal e de concessão de bolsas;
b) Autonomia financeira, pela qual podem, nos termos da lei e dos estatutos
da Universidade do Porto, gerir livremente os seus recursos financeiros,
provenientes do orçamento do estado e receitas próprias, conforme critérios
por si estabelecidos. O âmbito da autonomia financeira atribuída às unidades
orgânicas pode incluir as seguintes competências:
i) Elaborar propostas dos seus planos plurianuais;
ii) Elaborar propostas dos seus orçamentos;
iii) Executar os orçamentos aprovados pelo conselho geral;
iv) Liquidar e cobrar as receitas próprias;
v) Autorizar despesas e efectuar pagamentos;
vi) Proceder às necessárias propostas de alterações orçamentais, sujeitas à
aprovação do conselho de gestão da Universidade.

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2 — As unidades orgânicas dotadas de autonomia financeira ficam sujeitas à


fiscalização do órgão de fiscalização financeira da Universidade do Porto

Tipos de unidades orgânicas a considerar na organização da Universidade


do Porto
Na organização da Universidade do Porto podem existir três tipos de unidades
orgânicas:
a) Unidade orgânica de ensino e investigação, designada Faculdade /Instituto/
Escola, possuidora ou não de autogoverno, com autonomia científica e
pedagógica, podendo ser dotada ou não de autonomias administrativa e
financeira.
b) Unidade orgânica de investigação, designada instituto de investigação,
possuidora ou não de autogoverno, com autonomia científica, podendo ser
dotada ou não de autonomias administrativa e financeira.
c) Escola doutoral, sem autogoverno, com autonomia científica, podendo ser
dotada ou não de autonomias administrativa e financeira.

Tipos de serviços autónomos


Na Universidade do Porto são criados dois serviços autónomos, dotados de
autonomias administrativa e financeira:
a) Os serviços de acção social escolar vocacionados para assegurar as funções
da acção social escolar previstas na lei
b) O centro de recursos e serviços comuns que poderá assegurar as funções
dos agrupamentos de unidades orgânicas para a partilha de recursos e
serviços.

Outras entidades
1 — A Universidade do Porto pode criar livremente, por si ou em conjunto com
outras entidades, públicas ou privadas, ou fazer parte de entidades
subsidiárias de direito privado, como fundações, associações e sociedades,
destinadas a coadjuvá-la no estrito desempenho da sua missão.
2 — A Universidade do Porto pode estabelecer consórcios com outras
instituições de ensino superior públicas e com instituições públicas ou
privadas de ensino e de investigação e desenvolvimento para efeitos de
coordenação da oferta formativa e dos recursos humanos e materiais.
3 — A criação pela Universidade do Porto ou a sua participação nas entidades
referidas nos números anteriores carece de autorização do Conselho Geral,
sob proposta do Reitor.

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CAPÍTULO III
Órgãos da Universidade

Órgãos da Universidade
1 — São órgãos de governo da Universidade do Porto:
a) Conselho geral;
b) Reitor;
c) Conselho de gestão.
2 — São, ainda, órgãos da Universidade do Porto, o senado e o provedor do
estudante.

SECÇÃO I
Conselho Geral

Composição do Conselho Geral


1 — O Conselho Geral da Universidade do Porto é composto por vinte e três
membros, assim distribuídos:
a) Doze representantes dos professores e investigadores;
b) Quatro representantes dos estudantes;
c) Um representante do pessoal não docente e não investigador;
d) Seis personalidades externas de reconhecido mérito, não pertencentes à
Universidade do Porto, com conhecimentos e experiência relevantes para
esta.
2 — Os membros a que se refere a alínea a) do número anterior são eleitos
pelo conjunto dos professores e investigadores da Universidade do Porto.
3 — Os membros a que se refere a alínea b) do n.º 1 são eleitos pelo conjunto
dos estudantes da Universidade do Porto.
4 — Os membros a que se refere a alínea c) do n.º 1 são eleitos pelo pessoal
não docente e não investigador da Universidade do Porto.
5 — Os membros a que se refere a alínea d) do n.º 1 são cooptados pelo
conjunto dos membros referidos nas alíneas a), b) e c).
6 — As eleições referidas nos números 2,3 e 4, bem como a cooptação referida
no número anterior, são efectuadas de acordo com regulamento próprio
aprovado pelo Conselho Geral.
7 — O Conselho Geral tem um presidente eleito, por maioria absoluta, de
entre os membros a que se refere a alínea d) do número 1 deste artigo.
8 — Os membros do Conselho Geral não representam grupos nem interesses
sectoriais e são independentes no exercício das suas funções.

Eleição dos membros representantes dos


professores e investigadores
1 — A eleição dos representantes dos professores e investigadores será por
sufrágio directo e universal e pelo método de Hondt, em listas completas e
abertas cuja composição deverá traduzir a diversidade de áreas que compõem
a Universidade do Porto.

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2 — Cada lista deverá possuir doze membros efectivos e um número igual de


membros suplentes.

Eleição dos membros representantes dos estudantes


1 — A eleição dos representantes dos estudantes será por sufrágio directo e
universal e pelo método de Hondt, em listas completas e abertas, cuja
composição deverá traduzir a diversidade de áreas que compõem a
Universidade do Porto.
2 — Cada lista deverá possuir quatro membros efectivos e um número igual de
membros suplentes.

Eleição do membro representante do pessoal não docente e não


investigador
1 — A eleição do representante do pessoal não docente e não investigador
será por sufrágio directo e universal em listas completas.
2 — Cada lista deverá possuir um membro efectivo e um membro suplente.

Cooptação das personalidades externas


1 — A cooptação das personalidades externas ocorrerá em sessão
expressamente convocada para o efeito, pelo presidente do conselho geral
cessante, com uma antecedência mínima de cinco dias úteis.
2 — As candidaturas são apresentadas em listas uninominais com base em
propostas fundamentadas subscritas por, pelo menos, um terço dos membros
eleitos do conselho geral.
3 — A votação nas listas referidas no número anterior decorrerá por voto
secreto, sendo cooptadas as personalidades mais votadas de entre as que
obtiverem uma votação correspondente a, pelo menos, maioria absoluta dos
membros eleitos do conselho geral.

Mandatos
1 — O mandato dos membros eleitos ou designados é de quatro anos, excepto
no caso dos estudantes em que é de dois anos.
2 — Os membros eleitos ou designados não podem ser destituídos, salvo pelo
próprio conselho geral, por maioria absoluta dos seus membros, em caso de
falta grave, nos termos de regulamento do próprio órgão.
3 — Os processos eleitorais para a constituição de novo conselho geral devem
ter lugar em tempo oportuno para que as tomadas de posse deles decorrentes
ocorram até 30 dias após o termo fixado para os anteriores mandatos.
4 — Perdem o mandato os membros que não cumpram as regras estabelecidas
no regulamento do conselho geral, sendo substituídos nos termos nele
definidos.

Regulamento
O conselho geral da Universidade funcionará de acordo com regulamento
próprio, aprovado por maioria absoluta dos seus membros.
Competências do conselho geral

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1 — Compete ao conselho geral:


a) Eleger o seu presidente, por maioria absoluta dos votos validamente
expressos, de entre os seus membros externos;
b) Propor ao governo o elenco de curadores da Universidade do Porto, ouvido
o reitor;
c) Aprovar o seu regulamento;
d) Pronunciar -se sobre as alterações aos estatutos aprovados pelo n.º 1 do
artigo 3.º do Decreto -Lei n.º 96/2009, de 27 de Abril, e aprovar as alterações
aos presentes estatutos nos termos dos números 2 a 4 do artigo 4.º;
e) Organizar o procedimento de eleição e eleger o reitor, nos termos da lei,
destes estatutos e de regulamento próprio;
f) Apreciar os actos do reitor e do conselho de gestão;
g) Nomear o gabinete de provedoria da Universidade, que incluirá o provedor
do estudante, e aprovar o respectivo regulamento de funcionamento;
h) Propor as iniciativas que considere necessárias ao bom funcionamento da
instituição.
2 — Compete ao conselho geral, sob proposta do reitor:
a) Aprovar os planos estratégicos de médio prazo e o plano de acção para o
quadriénio do mandato do reitor;
b) Aprovar as linhas gerais de orientação da instituição no plano científico,
pedagógico, financeiro e patrimonial;
c) Aprovar os planos estratégicos submetidos pelas unidades orgânicas;
d) Aprovar o plano e o relatório de actividades anuais consolidados da
Universidade do Porto;
e) Aprovar o orçamento anual consolidado;
f) Aprovar as contas anuais consolidadas, acompanhadas do parecer do fiscal
único;
g) Criar, transformar ou extinguir unidades orgânicas;
h) Reconhecer a situação de crise de uma unidade orgânica que não possa ser
superada no quadro da sua autonomia;
i) Na sequência do reconhecimento constante da alínea anterior, no caso de
uma unidade orgânica com autogoverno dissolver o “órgão colegial” ou retirar
a capacidade de autogoverno, nos outros casos iniciar um processo de
transformação ou extinção;
j) Aprovar os estatutos das unidades orgânicas sem órgãos de autogoverno;
k) Fixar as propinas devidas pelos estudantes;
l) Propor ao conselho de curadores a aquisição ou alienação de património
imobiliário da Universidade do Porto, bem como as operações de crédito;
m) Autorizar a criação ou a participação da Universidade do Porto nas
entidades referidas no artigo 21.º;
n) Pronunciar -se sobre os restantes assuntos que lhe forem apresentados pelo
reitor;
o) Aprovar os mecanismos de auto -avaliação regular do desempenho da
Universidade do Porto.
3 — As deliberações a que se referem as alíneas a) a d) e g) e f) do número 2
são obrigatoriamente precedidas pela apreciação de um parecer, a elaborar e

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aprovar pelos membros externos a que se refere a alínea d) do número 1 do


artigo 23.º
4 — As deliberações do conselho geral são tomadas por maioria simples,
excepto nas situações constantes das alíneas g), h) e i) do n.º 2 deste artigo
que exigem aprovação por maioria absoluta dos membros do conselho geral, e
ressalvados outros casos em que a lei requeira maioria absoluta ou outra mais
exigente.
5 — As deliberações do conselho geral a que se referem as alíneas a), b), d) e)
e f) do n.º 2 estão sujeitas, nos termos da alínea d) do número 2 do artigo
133.º da Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro, a homologação do conselho de
curadores.
6 — Em todas as matérias da sua competência, o conselho geral pode solicitar
pareceres a outros órgãos da Universidade do Porto ou das suas unidades
orgânicas, nomeadamente aos órgãos de natureza consultiva, se existirem.
7 — Não são permitidas abstenções nas votações do conselho geral.

Competências do presidente do conselho geral


1 — Compete ao presidente do conselho geral:
a) Convocar e presidir às reuniões;
b) Declarar ou verificar as vagas no conselho geral e proceder às substituições
devidas nos termos do número 2 do artigo 26.º;
c) Propor à aprovação do conselho geral o regulamento de funcionamento, o
regulamento para eleição e cooptação dos membros do conselho geral e o
regulamento para eleição do reitor.
2 — O presidente do conselho geral não interfere no exercício das
competências dos demais órgãos da Universidade do Porto, não lhe cabendo
representá-la nem pronunciar -se em seu nome.

Reuniões do conselho geral


1 — O conselho geral reúne ordinariamente quatro vezes por ano, além das
reuniões extraordinárias convocadas pelo seu presidente, por sua iniciativa, a
pedido do reitor, ou ainda de um terço dos seus membros.
2 — Por decisão e a convite do conselho geral, podem participar nas reuniões,
sem direito a voto:
a) Os directores das unidades orgânicas e dos serviços autónomos;
b) Personalidades convidadas para se pronunciarem sobre assuntos da sua
especialidade.
3 — O reitor participa nas reuniões do conselho geral, sem direito a voto.

SECÇÃO II
Reitor

Funções do reitor
1 — O reitor é o órgão superior de governo e de representação externa da
Universidade do Porto.

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2 — O reitor é o órgão de condução da política da Universidade do Porto e


preside ao conselho de gestão e ao senado.

Eleição
1 — O reitor é eleito pelo conselho geral, em escrutínio secreto, de entre
professores ou investigadores da Universidade do Porto ou de outras
instituições, nacionais ou estrangeiras, de ensino universitário ou de
investigação.
2 — A deliberação do conselho geral que designa ou destitui o reitor da
Universidade do Porto está sujeita à homologação do conselho de curadores
da Universidade do Porto.

Duração do mandato
1 — O mandato do reitor tem a duração de quatro anos, podendo ser reeleito.
2 — Os mandatos consecutivos do reitor não podem exceder oito anos.
3 — Em caso de cessação antecipada do mandato, o novo reitor inicia novo
mandato.

Suspensão e destituição do reitor


1 — Em situação de gravidade para a vida da instituição, o conselho geral
convocado pelo presidente ou por um terço dos seus membros pode deliberar,
por maioria de dois terços dos seus membros, a suspensão do reitor e, após o
devido procedimento administrativo, por idêntica maioria, a sua destituição.
2 — As decisões de suspender ou de destituir o reitor só podem ser votadas em
reuniões especificamente convocadas para o efeito.

Substituição do reitor
1 — Quando se verifique a incapacidade temporária do reitor, assume as suas
funções o vice -reitor por ele designado, ou, na falta de indicação, o vice -
reitor mais antigo.
2 — Caso a situação de incapacidade se prolongue por mais de noventa dias, o
conselho geral deve pronunciar -se acerca da conveniência da eleição de um
novo reitor.
3 — Em caso de vacatura, de renúncia ou de incapacidade permanente do
reitor, deve o conselho geral determinar a abertura do procedimento de
eleição de um novo reitor no prazo máximo de oito dias.
4 — Durante a vacatura do cargo de reitor, bem como no caso de suspensão
nos termos do artigo anterior, será aquele exercido interinamente pelo vice -
reitor escolhido pelo conselho geral ou, na falta dele, pelo decano da
Universidade do Porto.

Vice -reitores e pró -reitores


1 — O reitor é coadjuvado por vice -reitores, por ele escolhidos e livremente
nomeados de entre os professores e dos investigadores doutorados da
Universidade, ou de individualidades externas à Universidade do Porto.

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2 — O reitor pode ainda ser coadjuvado por pró -reitores, por ele escolhidos e
nomeados de entre os professores e dos investigadores doutorados da
Universidade, ou de individualidades externas à Universidade do Porto.
3 — Os vice -reitores e os pró -reitores podem ser exonerados a todo o tempo
pelo reitor, deixando de exercer funções logo que cesse o mandato do reitor.

Competências do reitor
1 — O reitor dirige e representa a Universidade do Porto, incumbindo-lhe,
designadamente:
a) Elaborar e apresentar ao conselho geral as propostas de:
i) Plano estratégico de médio prazo e plano de acção para o quadriénio do seu
mandato;
ii) Linhas gerais de orientação da instituição no plano científico e pedagógico;
iii) Plano e orçamento anuais de actividades consolidados;
iv) Relatório e contas anuais consolidados, acompanhados do parecer do fiscal
único;
v) Aquisição ou alienação de património imobiliário da Universidade do Porto
e de operações de crédito;
vi) Criação, transformação ou extinção de unidades orgânicas, ouvido o
senado;
vii) Reconhecimento de crise de uma unidade orgânica que não possa ser
superada no âmbito da respectiva autonomia, ouvido o órgão representativo
da mesma;
viii) Estatutos para as unidades orgânicas sem órgãos de autogoverno;
ix) Propinas devidas pelos estudantes;
x) Criação ou a participação da Universidade do Porto nas entidades referidas
no artigo 21.º;
b) Aprovar a criação, alteração, suspensão e extinção de cursos, ouvido o
senado;
c) Aprovar os valores máximos de novas admissões e de inscrições nos termos
legais;
d) Superintender na gestão académica, decidindo, designadamente, quanto à
abertura de concursos, à nomeação e contratação de recursos humanos, a
qualquer título, à designação dos júris de concursos e de provas académicas e
ao sistema e regulamento de avaliação de docentes e discentes;
e) Orientar e superintender na gestão administrativa e financeira da
Universidade do Porto, assegurando a eficiência no emprego dos seus meios e
recursos;
f) Atribuir apoios aos estudantes no quadro da acção social escolar, nos
termos da lei;
g) Aprovar a concessão de títulos ou distinções honoríficas, ouvido o senado;
h) Instituir prémios escolares, ouvido o senado;
i) Homologar os estatutos das unidades orgânicas com órgãos de autogoverno
após verificação da sua legalidade e da sua conformidade com os estatutos e
regulamentos da Universidade do Porto;

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j) Homologar as eleições e designações dos membros dos órgãos de gestão das


unidades orgânicas com órgãos de autogoverno, só o podendo recusar com
base em ilegalidade, e dar -lhes posse;
k) Nomear e exonerar, nos termos da lei e dos estatutos, os dirigentes das
unidades orgânicas sem órgãos de autogoverno;
l) Nomear e exonerar, nos termos da lei e dos estatutos, o administrador, bem
como os dirigentes dos serviços da Universidade do Porto, com excepção dos
pertencentes às unidades orgânicas com órgãos de autogoverno;
m) Exercer o poder disciplinar, em conformidade com a lei, ouvindo o senado
no que se refere à aplicação de penas graves;
n) Assegurar o cumprimento das deliberações tomadas pelos órgãos colegiais
da Universidade;
o) Aprovar o regulamento disciplinar dos estudantes e os demais regulamentos
previstos na lei e nos estatutos, sem prejuízo do poder regulamentar das
unidades orgânicas no âmbito das competências próprias dos seus órgãos;
p) Velar pela observância das leis, dos estatutos e dos regulamentos;
q) Propor as iniciativas que considere necessárias ao bom funcionamento da
Universidade;
r) Desempenhar as demais funções previstas na lei e nestes estatutos;
s) Comunicar à tutela todos os dados necessários ao exercício desta,
designadamente os planos e orçamentos e os relatórios de actividades e
contas;
t) Tomar as medidas necessárias à garantia da qualidade das actividades da
Universidade do Porto e das suas unidades orgânicas;
u) Representar a Universidade do Porto em juízo ou fora dele.
v) Propor ao conselho geral os mecanismos de auto -avaliação regular do
desempenho da Universidade do Porto.
2 — Cabem ainda ao reitor todas as competências que, por lei ou pelos
estatutos, não sejam atribuídas a outras entidades da Universidade.
3 — O reitor pode delegar nos vice -reitores, pró -reitores, administrador e
outros dirigentes as competências que considerar adequadas a uma gestão
mais eficiente.
4 — O reitor pode delegar nos órgãos de gestão das unidades orgânicas, ou nos
seus directores, as competências que se tornem necessárias a uma gestão
mais eficiente, com excepção das enumeradas nas alíneas a),b), c), g), h), i),
j), k), n), e t).
5 — O reitor pode delegar a presidência dos júris de provas académicas que
lhe sejam cometidas, a qual deverá recair no director com poderes de
subdelegação num professor catedrático de nomeação definitiva da unidade
orgânica.

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SECÇÃO III
Senado

Função do senado
O senado é um órgão de consulta que tem por missão assegurar a coesão da
Universidade do Porto e a participação de todas as unidades orgânicas na sua
gestão.

Composição do senado
1 — São membros do senado, por inerência:
a) O reitor, que preside com voto de qualidade;
b) Um vice -reitor designado pelo reitor;
c) Os directores das unidades orgânicas ou em quem deleguem;
d) Os directores dos serviços autónomos.
2 — São ainda membros do senado, por eleição;
a) Cinco representantes dos docentes e investigadores das unidades orgânicas;
b) Cinco representantes das unidades de investigação avaliadas com excelente
ou muito bom cuja entidade de acolhimento seja a Universidade do Porto,
uma sua unidade orgânica ou um instituto de investigação e desenvolvimento
em que participe a Universidade do Porto;
c) Cinco representantes dos estudantes;
d) Dois representantes do pessoal não docente e não investigador.
3 — Os representantes dos docentes e investigadores das unidades orgânicas
são eleitos por um colégio eleitoral constituído por docentes e investigadores
que integram os conselhos pedagógicos das unidades orgânicas de ensino e
investigação, um por unidade orgânica.
4 — O colégio eleitoral para a eleição dos membros indicados na alínea b) do
número 2 deste artigo é constituído por um representante de cada uma das
unidades referidas, detendo cada um deles um voto por cada dez
investigadores doutorados, com contratos de pelo menos três anos, integrados
na unidade de investigação e desenvolvimento que representa.
5 — Os representantes dos estudantes são eleitos por um colégio eleitoral
constituído por estudantes que integram os conselhos pedagógicos das
unidades orgânicas de ensino e investigação, um por unidade orgânica.
6 — Os representantes do pessoal não docente e não investigador são eleitos
pelo respectivo corpo.
7 — O senado funciona em plenário e em comissões ad-hoc que este constitua,
conforme previsto no seu regulamento.

Eleição dos membros do senado


A eleição dos membros do senado referidos no número 2 do artigo anterior
realiza -se segundo regulamento próprio, aprovado pelo reitor, respeitando o
estabelecido nos pontos 3, 4, 5 e 6 do mesmo artigo.

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Competências do senado
Compete ao senado:
a) Pronunciar -se sobre as propostas de criação, transformação ou extinção de
unidades orgânicas;
b) Pronunciar -se sobre o plano estratégico da Universidade, em particular no
que diz respeito às políticas de investigação e formação;
c) Pronunciar -se sobre os relatórios e planos anuais de actividades
consolidados;
d) Pronunciar -se sobre os resultados dos processos de avaliação;
e) Pronunciar -se sobre a criação, alteração, suspensão e extinção de cursos;
f) Dar parecer sobre a concessão de títulos ou distinções honoríficas;
g) Dar parecer sobre a instituição de prémios escolares;
h) Dar parecer sobre as questões disciplinares que impliquem penas de
suspensão superiores a três meses ou a interdição da frequência da
Universidade do Porto;
i) Dar parecer sobre os assuntos que lhe sejam submetidos pelo reitor.

Mandatos dos membros eleitos do senado


Os mandatos dos membros eleitos do senado são de quatro anos, excepto os
dos estudantes cuja duração é de dois anos.

SECÇÃO IV
Conselho de gestão

Composição do conselho de gestão


1 — O conselho de gestão é nomeado e exonerado pelo conselho de curadores
da Universidade do Porto, sob proposta do reitor, tendo a seguinte
composição:
a) Reitor, que preside;
b) Dois vice-reitores;
c) O administrador.
2 — Pode ser convocado para participar, sem direito a voto, nas reuniões do
conselho de gestão quem este considerar pertinente.

Competências do conselho de gestão


1 — O conselho de gestão conduz a gestão administrativa, patrimonial e
financeira, bem como a gestão dos recursos humanos da Universidade do
Porto.
2 — Compete ao conselho de gestão:
a) Preparar o orçamento anual consolidado a submeter pelo reitor ao conselho
geral e assegurar a respectiva execução;
b) Arrecadar e gerir as receitas e autorizar a realização de despesas e
pagamentos;
c) Elaborar a conta de gerência consolidada para aprovação pelo conselho
geral;
d) Fazer propostas e colaborar na gestão do património;

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e) Decidir sobre a aceitação de doações, heranças ou legados;


f) Assegurar as condições necessárias ao exercício do controlo financeiro e
orçamental pelas entidades legalmente competentes;
g) Fixar as taxas e emolumentos a praticar na Universidade do Porto;
h) Gerir os recursos humanos da Universidade do Porto;
i) Promover auditorias externas, pelo menos, de dois em dois anos,
reportando -se uma à primeira metade do mandato do reitor e a segunda
precedendo em três meses o final do mandato correspondente;
j) Aprovar a remuneração do fiscal único, sob proposta do reitor.
3 — O conselho de gestão pode delegar nos directores das unidades orgânicas
e dos serviços autónomos e nos dirigentes dos serviços as competências
consideradas necessárias a uma gestão mais eficiente.

Mandato do conselho de gestão


Os mandatos dos membros do conselho de gestão coincidem como do reitor.

SECÇÃO V
Administrador da Universidade

Administrador
1 — A Universidade do Porto tem um administrador, escolhido entre pessoas
com saber e experiência na área da gestão, com competência para a gestão
corrente da instituição e a coordenação dos seus serviços,
sob direcção do reitor.
2 — O administrador é livremente nomeado e exonerado pelo reitor
3 — A duração máxima do exercício de funções como administrador não pode
exceder dez anos.
4 — O administrador tem as seguintes competências:
a) Supervisionar o funcionamento dos serviços económico–financeiros e de
gestão de recursos humanos da Universidade, sem prejuízo da autonomia
administrativa e financeira das unidades orgânicas e serviços autónomos que a
possuam;
b) Assessorar o reitor para os assuntos da gestão corrente da Universidade;
c) As que lhe forem delegadas pelo reitor.

CAPÍTULO IV
Ensino e aprendizagem

Cursos
1 — A Universidade do Porto oferece cursos, conferentes ou não de grau,
conforme explicitado em regulamento próprio.
2 — Os graus são conferidos pela Universidade do Porto, por intermédio de
uma, ou várias, unidades orgânicas.

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Gestão dos cursos


1 — Os cursos conferentes de grau possuem os seguintes órgãos de gestão:
a) Director;
b) Comissão científica;
c) Comissão de acompanhamento.
2 — O Director de curso é escolhido conforme especificado nos estatutos da
unidade orgânica responsável pela sua designação.
3 — O Director de curso pode ter direito a uma redução de serviço docente.
4 — A comissão científica é constituída pelo director de curso, que preside, e
por dois a quatro professores ou investigadores doutorados, designados nos
termos previstos no respectivo regulamento.
5 — A Comissão de acompanhamento é constituída pelo director de curso, que
preside, e por outros três membros, um docente e dois discentes do curso, a
escolher nos termos do disposto no respectivo regulamento.
6 — Ao director de curso compete assegurar o normal funcionamento do curso
e zelar pela sua qualidade, devendo as suas funções serem explicitadas nos
estatutos da unidade orgânica.
7 — À comissão científica compete:
a) Promover a coordenação curricular;
b) Pronunciar -se sobre propostas de organização ou alteração dos planos de
estudo;
c) Pronunciar -se sobre as necessidades de serviço docente;
d) Pronunciar -se sobre propostas de regimes de ingresso e de numerus
clausus;
e) Elaborar e submeter às entidades competentes o regulamento do curso.
8 — Os directores e comissões científicas de terceiros ciclos poderão ter
competências específicas a fixar nos respectivos regulamentos.
9 — À comissão de acompanhamento compete zelar pelo normal
funcionamento do curso.
10 — As unidades orgânicas responsáveis pela leccionação de um número
reduzido de cursos podem atribuir aos seus órgãos de gestão com funções
afins as competências definidas para os órgãos de gestão dos cursos.
11 — Os cursos assegurados por parcerias internas ou externas à Universidade
do Porto reger-se-ão por regulamentos próprios, com as necessárias
adaptações, aprovados pelos órgãos competentes dos parceiros.

Regulamentos dos cursos


1 — O reitor aprovará os regulamentos gerais dos cursos previstos no artigo
52.º dos presentes estatutos, que serão aplicáveis em toda a Universidade.
2 — Cada curso será ainda dotado de um regulamento específico, a propor
pela unidade orgânica ou unidades orgânicas intervenientes na leccionação e
a aprovar pelo reitor conjuntamente com a respectiva organização curricular,
satisfazendo as disposições do regulamento geral adoptado na Universidade do
Porto e as disposições legais aplicáveis.
3 — Não estão sujeitos a aprovação pelo reitor os regulamentos específicos e a
organização curricular dos cursos não conferentes de grau e não integrados

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em ciclos de estudo, cabendo a sua aprovação aos órgãos competentes das


unidades orgânicas nos termos de regulamentação própria para a Universidade
do Porto aprovada pelo reitor.
4 — Os regulamentos referidos no número 2 estabelecerão os procedimentos
para a creditação de competências adquiridas noutros cursos do ensino
superior ou fora do sistema de ensino superior.

CAPÍTULO V
Investigação e desenvolvimento

Estruturas de investigação
1 — Sem prejuízo da livre investigação individual, a investigação e o
desenvolvimento realizam -se em estruturas de pequena, média e grande
dimensão, reconhecidas pela Universidade do Porto e sedeadas nas unidades
orgânicas de ensino e investigação ou de investigação ou na Reitoria da
Universidade, ou ainda, em organismos de investigação e desenvolvimento
com personalidade jurídica própria de que a Universidade do Porto seja
associada.
2 — A estas estruturas é reconhecida a autonomia científica e técnica e o
direito à intervenção institucional na definição das orientações estratégicas
referentes à investigação e à formação pós -graduada na sua área de
actividade, bem como a adopção das formas de gestão mais apropriadas às
respectivas finalidades no quadro e nos termos previstos nestes estatutos e
nos estatutos das unidades orgânicas em que estejam sedeadas.

Cedência de recursos
Entre a Universidade do Porto e as estruturas de investigação e
desenvolvimento de que a Universidade seja associada, são estabelecidos
protocolos dos quais devem constar, nomeadamente:
a) Os recursos humanos e materiais cedidos pela Universidade com vista ao
funcionamento dos organismos de investigação;
b) As compensações recebidas pela Universidade do Porto como contrapartida
da cedência dos recursos;
c) A entrega anual, às respectivas unidades orgânicas, dos conteúdos de um
plano de actividades e orçamento e do relatório de actividades e contas
referentes à fracção das suas actividades da responsabilidade dos docentes e
investigadores cedidos pela Universidade do Porto.

Regulamentos
1 — As unidades de investigação sedeadas na Universidade do Porto ficam
sujeitas a um regulamento geral a elaborar pelo reitor ouvido o senado, do
qual constarão, nomeadamente, os procedimentos de apreciação da
actividade e de criação, extinção e fusão.
2 — As unidades de investigação sedeadas na Universidade do Porto devem
entregar anualmente um plano de actividades e orçamento e um relatório de

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actividades e contas à unidade orgânica ou unidades orgânicas da


Universidade do Porto a que pertencem os seus membros.
3 — Cada docente ou investigador da Universidade do Porto só poderá ser
membro integrado de uma das estruturas de investigação referidas no artigo
55 embora possa colaborar noutras.
4 — Excepcionalmente um docente ou investigador poderá realizar a sua
investigação em unidades sedeadas fora da Universidade do Porto ou das
entidades de que ela seja associada, necessitando para isso de autorização
especial.
5 — Os docentes e investigadores a realizar investigação fora da Universidade
do Porto ou de entidades de que ela seja associada, devem entregar,
anualmente, plano de actividades e orçamento e relatório de actividades e
contas individuais.

CAPÍTULO VI
Governo e gestão das unidades orgânicas, subunidades orgânicas e
agrupamentos de unidades orgânicas

Estatutos das unidades orgânicas


1 — As unidades orgânicas, dos tipos previstos no artigo 19.º, regem-se por
estatutos próprios, no respeito pela lei e pelos presentes estatutos.
2 — Os estatutos de cada unidade orgânica definirão a estrutura de governo
adoptada, bem como a sua organização interna.
3 — Os estatutos das unidades orgânicas com órgãos de autogoverno são
aprovados e revistos pelo respectivo órgão colegial representativo, nas
condições neles estabelecidas, estando sujeitos à homologação pelo reitor
para verificação da sua legalidade e da sua conformidade com os estatutos e
regulamentos da Universidade.
4 — Os estatutos das unidades orgânicas sem órgãos de autogoverno são
aprovados e revistos pelo conselho geral da Universidade, sob proposta do
reitor.

SECÇÃO I
Unidades orgânicas de ensino e investigação com órgãos de
autogoverno

Estrutura dos órgãos


1 — As unidades orgânicas de ensino e investigação com órgãos de
autogoverno terão, basicamente, como órgãos de gestão:
a) Conselho de representantes;
b) Director;
c) Conselho executivo;
d) conselho científico;
e) Conselho Pedagógico;
f) Órgão de fiscalização.

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2 — As composições, competências e mandatos dos órgãos de gestão das


unidades orgânicas serão definidas nos respectivos estatutos, respeitando os
princípios estabelecidos na presente secção.

SECÇÃO VI
Subunidades orgânicas das unidades orgânicas de ensino e investigação ou
de investigação

Órgãos de gestão
1 — Cada subunidade orgânica possui, obrigatoriamente, os seguintes órgãos
de gestão:
a) Presidente ou director;
b) Conselho de subunidade orgânica.
2 — Os estatutos das unidades orgânicas de ensino e investigação e de
investigação especificarão os modos de designação/eleição, a composição, as
competências e os mandatos dos órgãos de gestão das suas subunidades
orgânicas.

SECÇÃO VII
Agrupamentos de unidades orgânicas

Estrutura dos órgãos


Num agrupamento de unidades orgânicas deverão existir os seguintes órgãos
de gestão:
a) Coordenador;
b) Conselho de coordenação.

Coordenador
1 — O coordenador é designado pelo reitor, ouvidas as unidades orgânicas que
integram o agrupamento.
2 — Compete ao coordenador:
a) Presidir ao conselho de coordenação;
b) Submeter à aprovação do reitor o regulamento do agrupamento;
c) Exercer as competências que lhe sejam delegadas pelo reitor;
d) Exercer as competências que lhe sejam atribuídas pelo regulamento do
agrupamento.
3 — O mandato do coordenador coincide com o do reitor.

Conselho de coordenação
1 — O conselho de coordenação integra obrigatoriamente:
a) O coordenador do agrupamento, que preside;
b) Os directores das unidades orgânicas que integram o agrupamento.
2 — Compete ao conselho de coordenação, designadamente:
a) Elaborar o regulamento do agrupamento e suas alterações;
b) Promover a coordenação das estratégias das unidades orgânicas que
integram o agrupamento;

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c) Promover a interdisciplinaridade nas actividades de formação e de


investigação e desenvolvimento realizadas pelas unidades orgânicas que
integram o agrupamento, se aplicável;
d) Promover a utilização racional dos recursos disponibilizados;
e) Outras competências que lhe sejam atribuídas pelo regulamento do
agrupamento.
3 — Os mandatos dos membros do conselho de coordenação coincidem
com os do coordenador.

CAPÍTULO VII
Serviços autónomos
SECÇÃO I
Serviços de acção social

Estrutura dos órgãos


1 — Os serviços de acção social são dirigidos por um director nomeado pelo
reitor de entre pessoas com saber e experiência na área da gestão.
2 — Compete ao director dos serviços de acção social, para além das
competências que lhe sejam atribuídas pelo reitor:
a) A elaboração da proposta de orçamento e do plano de actividades;
b) A apresentação do relatório de actividades e contas;
c) A elaboração da proposta de regulamento interno.
3 — O director é livremente nomeado e exonerado pelo reitor.
4 — A duração máxima do exercício de funções como director dos serviços de
acção social não pode exceder 10 anos.
5 — Os estatutos deste serviço autónomo poderão prever a existência de
outros órgãos de gestão que sejam considerados necessários para um
funcionamento eficaz e eficiente.

SECÇÃO II
Centro de recursos e serviços comuns

Âmbito
1 — O centro de recursos e serviços comuns poderá assegurar alguns ou todos
os serviços de apoio comuns às unidades orgânicas, podendo criar delegações
nos pólos da Universidade do Porto para garantir maior proximidade na oferta
dos serviços em que tal seja desejável.
2 — Este centro poderá fazer as funções dos agrupamentos de unidades
orgânicas para a partilha de recursos e serviços.

CAPÍTULO VIII
Incompatibilidades e impedimentos

1 — O Reitor, os vice -reitores, os pró -reitores e os directores de unidades


orgânicas não podem pertencer a quaisquer órgãos de governo ou gestão de
outras instituições de ensino superior, público ou privado.

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2 — As funções de membro do conselho geral são incompatíveis com as de


reitor, vice -reitor, pró -reitor, presidente do conselho de representantes,
director e vogais do conselho executivo de unidade orgânica e dos serviços
autónomos, provedor, membro do conselho de gestão e membro do senado.
3 — As funções de membro do conselho geral são ainda incompatíveis com a
existência de vínculo laboral ou pertença a órgão de gestão, ainda que
consultivo, noutra instituição de ensino superior

CAPÍTULO IX
Associações de estudantes da Universidade do Porto

Reconhecimento e audição
1 — A Universidade do Porto reconhece as associações de estudantes
representativas dos estudantes das suas unidades orgânicas ao abrigo da lei,
como parceiras privilegiadas na prossecução da sua missão.
2 — A Universidade do Porto ouve as associações de estudantes no âmbito da
legislação que vigore relativa à participação das associações de estudantes na
vida académica da Universidade, nomeadamente:
a) Plano de actividades e plano orçamental;
b) Orientação pedagógica e métodos de ensino;
c) Planos de estudo e regime de avaliação de conhecimentos;
d) Outros assuntos que sejam do interesse dos estudantes.

CAPÍTULO X
Provedoria

Função e natureza
1 — Na Universidade do Porto está constituído um gabinete de provedoria que
tem como função a defesa e a promoção dos direitos e interesses legítimos
dos diferentes corpos que constituem toda a comunidade académica da
Universidade.
2 — O gabinete de provedoria é constituído por três provedores, um para cada
um dos corpos que constituem a comunidade académica da Universidade do
Porto, a saber:
a) Provedor do docente e investigador;
b) Provedor do funcionário não docente e não investigador;
c) Provedor do estudante.

Nomeação
1 — Os provedores são escolhidos e nomeados pelo conselho geral.
2 — O mandato de provedor tem a duração de três anos.
3 — A duração máxima do exercício das funções de provedor é de nove anos.

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Provedor do estudante
1 — No processo de escolha do provedor do estudante o conselho geral deve
ouvir as associações de estudantes da Universidade.
2 — Compete ao provedor do estudante:
a) Apreciar as queixas e reclamações dos estudantes e emitir recomendações
aos órgãos competentes, aos docentes e aos serviços da Universidade ou das
suas unidades orgânicas, com vista à revogação, reforma ou conversão de
actos lesivos dos direitos dos estudantes, e à melhoria dos serviços;
b) Emitir recomendações e fazer propostas de elaboração de novos
regulamentos ou de alteração dos regulamentos em vigor, tendo em vista
acautelar os interesses dos estudantes, nomeadamente no domínio da
actividade pedagógica e da acção social escolar;
c) Contribuir para a elaboração e actualização do regulamento disciplinar dos
estudantes;
d) Contribuir para a actualização do código de conduta dos estudantes;
e) Outras competências que lhe sejam atribuídas pelo conselho geral em sede
do regulamento próprio, a aprovar por este.
3 — As actividades do provedor do estudante desenvolvem -se em articulação
com as associações de estudantes e com os órgãos e serviços da Universidade.

CAPÍTULO XII
Disposições transitórias e finais

Modelo organizativo
a) Unidades orgânicas de ensino e investigação com órgãos de autogoverno,
dotadas de autonomia de gestão, indicadas por ordem alfabética (na altura da
redacção deste documento):
i) Faculdade de Arquitectura;
ii) Faculdade de Belas Artes;
iii) Faculdade de Ciências;
iv) Faculdade de Ciências da Nutrição e da Alimentação;
v) Faculdade de Desporto;
vi) Faculdade de Direito;
vii) Faculdade de Economia;
viii) Faculdade de Engenharia;
ix) Faculdade de Farmácia;
x) Faculdade de Letras;
xi) Faculdade de Medicina;
xii) Faculdade de Medicina Dentária;
xiii) Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação;
xiv) Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.
b) Escola doutoral;
c) Serviços de acção social;
d) Centro de recursos e serviços comuns.
3 — O Instituto Arquitecto José Marques da Silva é transformado numa
fundação de direito privado denominada “Fundação Instituto Arquitecto José

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Marques da Silva” com similares objectivos aos do Instituto Arquitecto José


Marques da Silva.

Dia da Universidade
O “Dia da Universidade do Porto” é o dia 22 de Março de cada ano.

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REGULAMENTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO


REGULAMENTO DE APLICAÇÃO DO SISTEMA DE CRÉDITOS CURRICULARES
AOS CURSOS CONFERENTES DE GRAU DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Deliberação n. 896/2005.

Por deliberação da secção permanente do senado, em reunião de 4 de Maio de


2005, e nos termos do artigo 11.o do Decreto-Lei n. 42/2005, de 22 de
Fevereiro, foi aprovado o Regulamento de Aplicação do Sistema de Créditos
Curriculares aos Cursos Conferentes de Grau da Universidade do Porto, sujeito
à seguinte redacção:

Objectivo
1—O presente Regulamento tem por objectivo definir a aplicação do sistema
de créditos curriculares a todas as formações conducentes à obtenção de grau
da Universidade do Porto, dando satisfação ao estabelecido no artigo 11.o do
Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro.
2—As definições e os pressupostos necessários à sua correcta aplicação
constam do Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro, e do despacho do
director-geral do Ensino Superior elaborado nos termos do artigo 12.o do
mesmo decreto-lei.

Definição de crédito
1—O crédito é a unidade de medida do trabalho do estudante sob todas as
suas formas, designadamente sessões de ensino de natureza colectiva, sessões
de orientação pessoal de tipo tutorial, estágios, projectos, trabalhos no
terreno, estudo e avaliação.
2—Para efeitos da definição de crédito, o trabalho referido no nº 1 deste
artigo é medido em horas estimadas de trabalho do estudante.
3—Na definição de crédito considera-se que a estimativa do trabalho a
desenvolver por um estudante a tempo inteiro, ao longo de um ano curricular,
é de mil e seiscentas horas e que é cumprido num período de 40 semanas, ao
ritmo médio de quarenta horas por semana.
4—O número de créditos correspondente ao trabalho de um ano curricular,
conforme definido no ponto anterior, é de 60.
5—Tendo em conta os pressupostos dos nº 1 a 4 do presente artigo, um crédito
corresponde a vinte sete horas de trabalho do estudante.

Número de créditos a atribuir a cada unidade curricular


1—Na atribuição de um número de créditos a cada unidade curricular devem
ser considerados os seguintes pressupostos, para além
dos indicados no nº 3 do artigo 2.o:
a) Cada ano lectivo terá a duração de 40 semanas, incluindo o tempo relativo
à avaliação, conforme especificado nas «normas para elaboração do
calendário escolar da Universidade do Porto»;

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b) Cada semestre inclui um número de semanas de trabalho e de período de


avaliação que é igual a metade do referido na alínea a) anterior, ou seja, são
consideradas 20 semanas no cálculo do trabalho dedicado pelo estudante a
cada unidade curricular, incluindo a avaliação.
2—A estimativa do número de horas de trabalho que um estudante deverá
dedicar a uma determinada unidade curricular é a resultante da soma das
seguintes estimativas das horas que ocupará com cada uma das componentes
do trabalho a realizar no seu âmbito:
a) Número de horas de contacto representado pelo «tempo utilizado em
sessões de ensino de natureza colectiva, designadamente em salas de aula,
laboratórios ou trabalhos de campo, e em sessões de orientação pessoal de
tipo tutorial»;
b) Número de horas dedicado a estágios, projectos, trabalhos no terreno e
outras actividades sem contacto, no âmbito dessa unidade curricular;
c) Número de horas de estudo dedicado pelo estudante à unidade curricular
em causa;
d) Número de horas destinado à preparação e realização da avaliação no
âmbito da unidade curricular em consideração.
3—O número de créditos a atribuir à unidade curricular é o resultado,
expresso em múltiplos de meio crédito, do quociente entre o número total de
horas de trabalho estimado, segundo a metodologia descrita no n. 2 deste
artigo, e as vinte sete horas correspondentes a um crédito, de acordo com o
n. 5 do artigo 2.o
4—Compete à entidade a quem os regulamentos da Universidade do Porto
atribuam a responsabilidade de dirigir o curso o ajuste dos números de
créditos pelas disciplinas que compõem cada semestre e ano curricular.

Distribuição das unidades curriculares por ano ou semestre curricular


1—As unidades curriculares que compõem um curso, cada uma com um
número de créditos a calcular nos termos do artigo 3.o, são distribuídas pelos
anos ou semestres curriculares que o curso compreende, considerando a
repartição de créditos pelas áreas científicas de maneira a perfazerem, para
cada um, o número de 60 ou 30 créditos, respectivamente, ficando atribuído
ao curso um número total de créditos igual ao produto da duração normal do
curso em anos curriculares, ou fracção, por 60.
2—Em cada ano ou semestre curricular do curso, a soma dos números de horas
de contacto das unidades curriculares que o compõem deve estar
compreendida entre cerca de um terço e aproximadamente quarenta por
cento do número total de horas de trabalho previsto para o ano ou semestre
curricular, sendo fixados os seguintes valores:
a) Mínimo de quinhentas e trinta e máximo de seiscentas e sessenta horas
para um ano curricular;
b) Mínimo de duzentas e sessenta e cinco e máximo de trezentas e trinta
horas para um semestre curricular.
3—Exceptuam-se do referido no n. 2 deste artigo os casos em que o ano ou
semestre curricular incluam disciplinas de projecto, seminário ou estágio

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curricular, circunstância em que a estimativa das horas de contacto para todo


o ano ou semestre curricular pode ser inferior a um terço da estimativa do
total de horas de trabalho previsto para o mesmo período.
4—A especificidade dos conteúdos e das práticas de ensino e aprendizagem de
um dado curso, quando devidamente justificada, poderá legitimar a
aprovação do plano de estudos do referido curso com um número de horas de
contacto curriculares superior aos limites previstos nas alíneas do n. 2 deste
artigo.

Créditos a obter em cada área científica


1—A estrutura curricular de um curso conferente de grau é definida pelo
conjunto de áreas científicas que o compõem, bem como pelo número de
créditos que o estudante deve obter em cada uma, tendo em conta a duração
normal atribuída ao curso e o número de unidades de crédito necessário à
obtenção do grau.
2—A estrutura curricular do curso deve incluir áreas científicas obrigatórias e
áreas científicas optativas, podendo as optativas ser externas à área científica
do curso.
3—A designação das áreas científicas que compõem os cursos constam do
Glossário de Áreas Científicas da Universidade do Porto, utilizado em todas
actividades da Universidade, aprovado pela secção permanente do senado e
revisto quinquenalmente.
4—O número de créditos a atribuir a uma dada área científica é o valor
numérico que expressa a estimativa do trabalho que deve ser efectuado por
um estudante nessa área científica.
5—Para cada área científica deve ser fixado o número mínimo de créditos que
o estudante deverá obter na mesma.
6—Na atribuição do número mínimo de créditos às áreas científicas deve ter-
se em conta a possibilidade de o estudante poder optar por reunir créditos em
qualquer área científica para além do mínimo fixado.

Verificação e revisão dos créditos atribuídos


1—A atribuição dos créditos às unidades curriculares deve ser verificada, no
final de cada semestre ou ano curricular, tendo por base uma apreciação do
que terá sido a carga de trabalho efectivo dos estudantes, a opinião destes e
a opinião dos docentes envolvidos na leccionação do curso.
2—A verificação referida no número anterior deve ser coordenada pela
entidade a quem os regulamentos da Universidade do Porto atribuam a
responsabilidade de dirigir o curso.
3—A verificação referida nos números anteriores pode determinar a revisão
dos créditos atribuídos às unidades curriculares, tendo em vista fazê-los
representar mais correctamente a distribuição da carga real de trabalho dos
alunos.

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ESTATUTO DO PROVEDOR DO ESTUDANTE DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Preâmbulo
Não existem na Universidade do Porto normas específicas que enquadrem a
participação dos estudantes na prossecução da missão e objectivos da
instituição, participação que, na actualidade, se reconhece de fundamental
importância. A Universidade necessita, pois, de uma presença discente muito
activa em todos os processos formativos, ou seja, os estudantes devem estar
em todas as vertentes de tratamento do saber. Em contrapartida, essa
presença requer uma identificação dos alunos com os procedimentos próprios
da realização da missão da Universidade no meio, que não é compatível com
improvisações ao sabor de gostos ou sensibilidades específicos, sejam
individuais sejam de pequenos grupos. Exige-se, pois, o cumprimento de
regras mutuamente motivadoras.
Considera-se que o reconhecimento e a explicitação dos principais direitos e
deveres dos estudantes na Universidade do Porto, preenchendo uma lacuna
existente, dependerá, necessariamente, de uma mudança de culturas que
exige tempo de adaptação e sedimentação de novos comportamentos e
atitudes. Neste período de adaptação deverão ser experimentadas as reacções
de todos os universitários (docentes, funcionários não docentes e estudantes)
a um conjunto de princípios que só a prática do dia a dia poderá permitir
sedimentar, prática que exigirá um acompanhamento especial, adequado a
uma figura de provedor, designado por provedor do estudante.
Define-se, pois, no presente documento uma figura de provedor do estudante
cuja experiência de contacto com estudantes, docentes e outros funcionários
permitirá vir a estabelecer um código de direitos e deveres a respeitar por
todos os que aprendem, ensinam e trabalham na Universidade do Porto.
As disposições seguintes referem-se, então, aos estudantes inscritos na
Universidade do Porto em cursos de formação inicial, a qual engloba os cursos
de licenciatura e, se for caso disso, de bacharelato.
Considera-se, também, extensível, com as devidas adaptações, quer aos
estudantes de pós-graduação, destinada a licenciados que pretendam obter os
graus de mestre ou de doutor, quer aos participantes em acções de educação
contínua, proporcionada a todos os que, possuindo um grau académico,
pretendam actualizar conhecimentos de que necessitem para o exercício de
uma profissão ou simplesmente para valorização pessoal em áreas do seu
interesse.

Provedor do estudante
É criada na Universidade do Porto a figura de provedor do estudante, que será
um professor desta Universidade, nomeado pelo reitor, com a capacidade de
intervir, propondo soluções concretas, nomeadamente como árbitro de
eventuais situações de conflito resultantes da diferentes concepção e
compreensão de culturas.

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Competências
São competências do provedor do estudante, nomeadamente:
a) Apoiar a integração do estudante na Universidade do Porto, tendo em vista
nomeadamente a promoção do sucesso escolar;
b) Recolher as reclamações apresentadas quanto à não observância das
normas gerais da sã convivência universitária, provindo directamente dos
interessados ou de órgãos dirigentes de estruturas da Universidade, apreciá-
las e tomar todas as disposições adequadas à procura de uma solução;
c) Convocar directamente as partes envolvidas numa dada situação de litígio
para as audiências que, em cada caso, considere necessárias e realizar as
diligências indispensáveis ao apuramento dos factos que originaram essa
situação;
d) Elaborar, para cada situação, um relatório, contendo uma proposta de
decisão, a apresentar, conforme os casos, aos presidentes dos órgãos de
gestão das unidades orgânicas, ao reitor ou ao senado;
e) Velar pela conservação de uma base de dados relativa aos processos que
lhe sejam apresentados e, enquanto estejam a decorrer, de um arquivo dos
mesmos;
f) Contribuir para a preparação de um código de direitos e deveres a respeitar
na Universidade do Porto por todos os que desenvolvem actividades na sua
esfera.

Colaboração das unidades orgânicas


O provedor do estudante poderá solicitar ao presidente do conselho directivo,
ou director, de uma unidade orgânica em que ocorram litígios a assessoria de
um professor dessa unidade orgânica, sendo a nomeação deste assessor feita
de comum acordo entre o provedor e o presidente do conselho directivo, ou
director.

Pelo Reitor, o Vice-Reitor, Daniel Filipe de Lima Mouro. 18 de Abril de 2002.

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REGULAMENTO DE PROPINAS DOS CURSOS DE LICENCIATURA E DE


MESTRADO INTEGRADO DA U.PORTO

Valor da propina
Pela frequência dos cursos de Licenciatura e Mestrado Integrado é devida uma
taxa, designada por propina, de acordo com o estipulado na Lei n.º 37/2003,
de 22 de Agosto.

Modalidades de pagamento
A propina pode ser paga:
a) De uma só vez, no acto de inscrição;
b) Em quatro prestações iguais:
 A primeira paga no acto da inscrição;
 A segunda paga até 31 de Dezembro;
 A terceira paga até 31 de Março;
 A quarta paga até 31 de Maio.

Pagamento fora de prazo


1 - Os estudantes que não pagarem a propina nos prazos estabelecidos terão
de pagar a importância em dívida acrescida de juros legais, de acordo com o
estipulado na Lei nº 37/2003.
2 - Não se aplicará a coima prevista na tabela de emolumentos em vigor na
Universidade do Porto, aos estudantes que paguem a propina acrescida de
juros.

Consequências do não pagamento


1 - Nos termos da Lei n. 37/2003, de 22 de Agosto, o incumprimento do
pagamento da propina implica:
a) A nulidade de todos os actos curriculares praticados no ano lectivo a que o
incumprimento da obrigação se reporta;
b) Suspensão da matrícula e da inscrição anual, com a privação do direito de
acesso aos apoios sociais até à regularização dos débitos, acrescidos dos
respectivos juros, no mesmo ano lectivo em que ocorreu o incumprimento da
obrigação.
2 - Haverá incumprimento do pagamento das propinas quando não for feito o
pagamento da propina no acto de inscrição ou não for cumprido o prazo para
entrega de qualquer das prestações.
3 - Sempre que haja lugar a inscrição em exame ou em melhoria de nota, tal
não é permitido para os estudantes em incumprimento.
4 - Os registos no sistema de informação relativos a um dado ano escolar são
de efeito nulo para os estudantes em incumprimento.
5 - Só podem inscrever-se num ano escolar os estudantes que tenham a sua
situação regularizada relativamente aos anos anteriores, perdendo a
matrícula os que o não tiverem feito.

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6 - Aos estudantes que recebam uma bolsa através dos SASUP não poderão ser
aplicadas as consequências do não pagamento das propinas nos prazos
estabelecidos, sempre que a falta de pagamento da propina se fique a dever a
atraso no pagamento da bolsa.

Anulação da inscrição
1 - Em caso de anulação da inscrição a pedido do estudante:
a) Até 8 dias após a data de inscrição, é devido o pagamento da 1ª prestação
da propina;
b) Até 60 dias após a data de inscrição, é devido pagamento de 50% do valor
fixado para a propina;
c) Em data posterior ao prazo fixado na alínea b), o valor devido é o total da
propina.
2 - Exceptuam-se do disposto no número anterior os casos de recolocação no
âmbito do concurso nacional de acesso, se expressamente consagrados na
legislação aplicável.

Estudantes bolseiros
1 - Os estudantes bolseiros que se matriculem pela primeira vez e que se
pretendam candidatar a bolsa de estudos deverão entregar, devidamente
preenchida e assinada de acordo com o bilhete de identidade, a declaração de
compromisso de honra em como se candidatam a esse benefício.
2 - Os estudantes que foram bolseiros em anos anteriores e se candidataram a
bolsa de estudo no ano lectivo em que se inscrevem deverão fazer prova desse
acto através do recibo de recepção do boletim de candidatura emitido pelos
Serviços de Acção Social.
3 - Nos casos previstos no nº 1 deste artigo, a matrícula só se torna efectiva
após a apresentação do recibo de recepção de candidatura, emitido pelos
Serviços de Acção Social, no prazo máximo de 30 dias a partir da data
declaração de compromisso.
4 - Nos casos em que, tendo subscrito a declaração sob compromisso de
honra, o estudante:
a) Não apresente a candidatura a bolsa de estudos;
b) Tendo apresentado a candidatura se verifique, pelos elementos apurados, a
existência clara de má fé na declaração prestada; a matricula e ou inscrição
só se torna efectiva com o pagamento da propina na totalidade, sendo
aplicáveis as sanções previstas no regulamento das bolsas de estudos (Lei nº.
37/2003, de 22 de Agosto).
5 - Os estudantes cujo pedido de bolsa seja indeferido deverão efectuar o
pagamento das prestações em falta devida no prazo de 10 dias consecutivos à
publicitação do despacho de indeferimento.
6 - Os estudantes bolseiros procederão ao pagamento das prestações em falta
no prazo de 10 dias consecutivos após o primeiro pagamento da bolsa de
estudos.

Outros casos

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Nos casos em que legalmente, ou mediante acordos pontuais, esteja previsto


o reembolso da propina, os estudantes deverão efectuar o pagamento das
propinas, solicitando posteriormente o reembolso à entidade responsável para
o efeito.

Procedimentos
1 - Os Serviços de Acção Social remeterão às faculdades, no prazo de três dias
contados a partir da data da publicitação do resultado das candidaturas, as
listas dos:
a) Bolseiros;
b) Candidatos a bolsa de estudos cujo pedido foi indeferido.
2 - Os estudantes que entrem em incumprimento serão notificados pela
faculdade nos sete dias subsequentes.
3 - A notificação será enviada por correio electrónico ou para a morada
constante do boletim de inscrição, excepto se o estudante tiver previamente
comunicado à faculdade a mudança de endereço.

Trabalhadores-estudantes
1 - No acto de inscrição, os trabalhadores-estudantes que comprovem,
perante a faculdade, a necessidade inadiável de interromper os estudos por
motivos profissionais poderão requerer a manutenção da matrícula durante
um ano sem inscrição em qualquer unidade curricular.

Estudantes a tempo parcial


O valor da propina a aplicar aos estudantes inscritos em regime de tempo
parcial será o previsto no Regulamento do estudante a tempo parcial da
Universidade do Porto.

Estudante extraordinário
Os estudantes extraordinários, quando frequentem unidade(s) curricular(es)
para além das que fazem parte da estrutura curricular do curso da faculdade
em que estão inscritos, estão sujeitos ao estipulado no Regulamento de
Frequência de Unidades Curriculares Singulares dos Cursos e Ciclos de Estudos
da Universidade do Porto

Estudante de mobilidade
1 - O estudante de mobilidade é aquele que, estando matriculado em outra
instituição de ensino superior nacional ou estrangeira, venha à Universidade
do Porto fazer um período de estudos, no âmbito de um acordo de mobilidade
e respectivo contrato de estudos, não tendo em vista a obtenção de grau pela
UP.
2 - O estudante de mobilidade terá direito a uma transcrição de registos no
final do período de estudo.
3 - Pela frequência poderá ser exigido no acto de inscrição o pagamento de
uma taxa a fixar pelo órgão competente da Universidade do Porto, sob
proposta fundamentada da respectiva unidade orgânica.

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4 - A UP poderá celebrar acordos institucionais em que se fixem condições


especiais, nomeadamente quanto à isenção ou redução da taxa fixada, desde
que em regime de reciprocidade.
5 - Os estudantes de mobilidade ERASMUS estão abrangidos por acordos
específicos e têm os direitos e as isenções previstos no Programa ERASMUS.
6 - Os estudantes de mobilidade não estão sujeitos a matrícula, mas terão
uma inscrição específica na base de dados de estudante (GAUP).

Transferências e mudanças de curso durante o ano lectivo


Aos estudantes que ingressem num ciclo de estudos no segundo semestre do
ano lectivo aplica-se o valor de propina definido na respectiva norma
aprovada pela Secção Permanente do Senado em 9 de Abril de 2008.

Certidões e cartas de curso


A emissão de qualquer certidão só será feita depois do pagamento integral da
propina ou da(s) prestação(ões) vencida(s) à data do pedido.

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REGIME DE ESTUDANTE A TEMPO PARCIAL DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Considerando:
a) O conceito de estudante em regime de tempo parcial previsto na Lei nº
37/2003, de 22 de Agosto, e a criação desse regime pelo Decreto-Lei nº
107/2008, de 25 de Junho;
b) A consequente necessidade de estabelecer as normas regulamentares do
mesmo a aplicar na Universidade do Porto;
c) A importância deste regime no quadro das oportunidades de aprendizagem
ao longo da vida;
d) O aumento de públicos que desejam conciliar a formação superior com as
suas actividades profissionais;
e) A necessidade de ajustar o valor da propina ao regime de tempo parcial, A
Secção Permanente do Senado aprova o regime de estudante a tempo parcial.

1. Considera-se estudante em regime de tempo parcial, aquele que se


inscreve num máximo de 37,5 créditos ECTS anuais de um determinado ciclo
de estudos;

2. Pode inscrever-se em regime de tempo parcial qualquer estudante que


expressamente o indique no início do ano lectivo, no acto de
matrícula/inscrição;

3. A mudança do regime de tempo integral para o regime de tempo parcial,


ou vice-versa, apenas pode ocorrer no acto de inscrição no ano lectivo;

4. Não é permitida a mudança para o regime de tempo parcial quando o


número de créditos para a conclusão do curso seja igual ou inferior a 37,5

5. O regime de prescrição do direito à inscrição do estudante a tempo parcial


é o que resulta da aplicação proporcional da fórmula definida pelo
regulamento de prescrições da U.Porto.

Aprovado pela Secção Permanente do Senado em 9 de Julho de 2008

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REGULAMENTO DOS REGIMES DE MUDANÇA DE CURSO, TRANSFERÊNCIA E DE


REINGRESSO DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Conforme definido no nº1 do Artigo 10º do Regulamento dos regimes de


mudança de curso, transferência e reingresso no Ensino Superior aprovado
pela Portaria nº 401/2007, de 5 de Abril, é aprovado o seguinte regulamento
geral dos regimes de mudança de curso, transferência e reingresso da
Universidade do Porto (U.Porto). Adequação pelo Despacho Nº
GR.08/12/2009.

Objecto
O presente regulamento define os regimes de mudança de curso,
transferência e reingresso na U.Porto.

Âmbito
O disposto no presente regulamento aplica-se aos ciclos de estudo
conducentes ao grau de licenciado e aos ciclos de estudos integrados
conducentes ao grau de mestre, adiante genericamente designados
respectivamente por primeiros ciclos de estudos e por ciclos de estudos
integrados de mestrado.

Conceitos
Os conceitos de “mudança de curso”, de “transferência”, de “reingresso”, de
“mesmo curso”, de “créditos” e de “escala de classificação portuguesa” são
os que estão definidos no artigo 3º do Regulamento publicado na Portaria
nº401/2007, de 5 de Abril, e no Glossário Académico da U.Porto.

Requerimento
1. A mudança de curso, a transferência e o reingresso são requeridos ao
Director da unidade orgânica em que o estudante se pretende matricular e/o
inscrever.
2. Podem requerer a mudança de curso ou a transferência:
a) Os estudantes que tenham estado inscritos e matriculados num curso
superior num estabelecimento de ensino superior nacional e não o tenham
concluído;
b) Os estudantes que tenham estado matriculados e inscritos em
estabelecimentos de ensino superior estrangeiro em curso definido como
superior pela legislação do país em causa, quer o tenham concluído ou não;
3. Podem requerer o reingresso os estudantes que tenham estado
matriculados e inscritos numa unidade orgânica da Universidade do Porto no
mesmo ciclo de estudos ou em curso que o tenha antecedido.
4. O requerimento de mudança de curso ou de reingresso deve ser
acompanhado de cópia do bilhete de identidade e de uma certidão descritiva
de habilitações, se o candidato não está inscrito ou não realizou a formação
anterior na Universidade do Porto.

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5. O requerimento de transferência é sempre acompanhado de cópia do


bilhete de identidade e de uma certidão descritiva de habilitações.
6. Nos casos em que o acesso ao ciclo de estudos exija pré-requisitos, o
requerimento deve ser acompanhado do comprovativo da realização ou
cumprimentos destes.
7. O requerimento está sujeito aos emolumentos fixados pela U.Porto.

Limitações quantitativas
1. O reingresso não está sujeito a limitações quantitativas.
2. A mudança de curso e a transferência estão sujeitas a limitações
quantitativas.
3. O número de vagas para os regimes de mudança de curso e de
transferência é fixado anualmente até 31 de Março, para cada ciclo de
estudos, pelo reitor da U.Porto, sob proposta da unidade orgânica que
ministra o ciclo de estudos.
4. Apenas o número de vagas destinado à inscrição no 1º semestre do 1º
ano dos ciclos de estudo de licenciatura e dos ciclos de estudos integrados de
mestrado está sujeito às limitações fixadas nos termos dos nºs 2 e 3 do artigo
5º do Decreto-Lei nº 393-B/99, de 2 de Outubro, alterado pelos Descros-Lei
nºs 64/2006, de 21 de Março, e 88/2006, de 23 de Maio.
5. As vagas de mudança de curso e transferência para os semestres e anos
curriculares seguintes não estão sujeitas às mesmas limitações quantitativas
referidas no número anterior.
6. As vagas aprovadas:
a) São divulgadas através de edital a afixar na Unidade Orgânica que
ministra o(s) ciclo(s) de estudos publicadas no respectivo sistema de
informação.
b) São comunicadas à Direcção-Geral do Ensino Superior e ao Gabinete de
Planeamento, Estratégia e Relações Internacionais (GPEARI) do MCTES pela
reitoria da Universidade do Porto.
7. As vagas do par unidade orgânica/ciclo de estudos eventualmente
sobrantes no regime de mudança de curso (ou de transferência) podem ser
utilizadas no outro regime, por decisão do director da unidade orgânica.
8. As vagas eventualmente sobrantes do regime de acesso que não sejam
utilizadas nos termos do nº4 do artigo 18º do Decreto-Lei nº 64/2006, de 21 de
Março (por candidatos maiores de 23 anos), podem ser utilizadas para os
regimes de mudança de curso e transferência, por decisão do director da
unidade orgânica.

Cursos com pré-requisitos ou que exijam aptidões vocacionais específicas


A mudança de curso ou a transferência para ciclos em que sejam exigidos pré-
requisitos, aptidões vocacionais específicas e provas de ingresso, nos termos
do regime jurídico do acesso ao ensino superior, estão condicionadas à
satisfação dos mesmos.

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Decisão
1. As decisões sobre os requerimentos da mudança de curso, transferência
e reingresso são da competência do director da unidade orgânica e válidas
apenas para a inscrição no ano lectivo a que respeitam.
2. O indeferimento liminar poderá ocorrer sempre que o candidato não
apresente no acto da candidatura os documentos necessários à completa
instrução do processo.
3. Nos casos de pedido de mudança de curso, pode ocorrer indeferimento
liminar se o candidato não reunir as condições de candidatura definidas pelo
regulamento específico aprovado por cada unidade orgânica.
4. É condição para aceitação do reingresso que o estudante tenha em
situação regular o pagamento das propinas da anterior inscrição.
5. São ainda liminarmente indeferidas as candidaturas que infrinjam
expressamente o presente regulamento.
6. São excluídos do processo de candidatura, em qualquer momento do
mesmo, não podendo matricular-se ou inscrever-se nesse ano lectivo, os
candidatos que prestem falsas declarações.
7. Confirmando-se posteriormente à realização da matrícula a situação
referida no parágrafo anterior, a matrícula e inscrição, bem como os actos
praticados ao abrigo da mesma, serão nulos.
8. A exclusão da candidatura, devidamente fundamentada, é da
competência do director da unidade orgânica.

Prazos
1. Os requerimentos de mudança de curso, transferência e reingresso
podem ser apresentados em qualquer momento do ano lectivo, até 25 de
Janeiro para o 2º semestre desse ano lectivo, se para o efeito tiverem sido
aprovadas vagas, e até 10 de Agosto para o ano lectivo seguinte.
2. A apreciação desses requerimentos e a publicitação dos resultados da
seriação das mudanças de cursos e das transferências requeridas serão
realizadas até 15 de Fevereiro para o segundo semestre e até 13 de Setembro
para o ano lectivo seguinte.
3. Os prazos para reclamação, matrícula e inscrição decorrerão nos 10
dias seguintes à publicação dos resultados das colocações.
4. Caso seja autorizada a apreciação dos requerimentos em qualquer
momento do ano lectivo, as matricular e inscrições deverão ocorrer em duas
fases:
a) 1ª fase – de 13 a 18 de Setembro (para inscrições no 1º semestre)
b) 2ª fase – de 15 a 20 de Fevereiro (para inscrições no 2º semestre)
5. A decisão sobre a candidatura exprime-se através de um dos seguintes
resultados finais:
a) Colocado
b) Não colocado
c) Excluído
6. Os resultados serão publicitados através de edital afixado em lugar
público de cada unidade orgânica (UO) e no sistema de informações. A

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notificação considera-se realizada, para todos os efeitos legais, através da


afixação do edital.
7. Sempre que dois ou mais candidatos sejam colocados em situalão de
empate e disputem o último lugar disponível de um par de UO/ciclo de
estudos para esse concurso, cabe ao director decidir quanto ao desempate e,
se necessário, criar vagas adicionais para o efeito, que serão comunicadas à
reitoria no prazo de 10 dias.
8. Sempre que o candidato não proceda à matrícula e inscrição no prazo
fixado, será chamado, por via postal, o candidato seguinte da lista de
seriação, até à efectiva ocupação do lugar ou esgotamento dos candidatos
não colocados no concurso em causa.

Creditação
1. Os estudantes integram-se nos programas e organização de estudos em
vigor na unidade orgânica onde se matriculam e inscrevem no ano lectivo em
que o fazem.
2. A integração é assegurada através do sistema europeu de transferência
e acumulação de créditos (ECTS), com base no princípio do reconhecimento
mútuo do valor da formação realizada e das competências adquiridas.
3. A creditação respeitará os termos do disposto no artigo 45º do Decreto-
Lei nº 74/2006, de 24 de Março, alterado pelos Decretos-Lei nº 107/2008, de
25 de Junho, e 230/2009, de 14 de Setembro, segundo os quais:
a) Os estabelecimentos de ensino superior:
i. Creditam nos seus ciclos de estudos a formação realizada no âmbito de
outros ciclos de estudos superiores em estabelecimentos de ensino superior
nacionais ou estrangeiros, quer a obtida no quadro da organização decorrente
do Processo de Bolonha quer a obtida anteriormente;
ii. Creditam nos seus ciclos de estudos a formação realizada no âmbito dos
cursos de especialização tecnológica nos termos fixados no respectivo
diploma;
iii. Reconhecem, através da atribuição de créditos, a experiência profissional
e formação pós-secundária;
b) A creditação tem em consideração o nível dos créditos e a área
científica onde foram obtidos;
4. Os procedimentos a adoptar em cada unidade orgânica para a
creditação respeitarão as orientações definidas neste ponto do regulamento e
o parecer da comissão científica do ciclo de estudos:
a) Na análise da formação anterior não creditada, aplicar-se-ão os
princípios definidos nas alínea d) e e) do artigo 5º do Decreto-Lei 42/2005, de
22 de Fevereiro, que estabelecem, respectivamente, que “O número de
créditos correspondente ao trabalho de um ano curricular realizado a tempo
inteiro é de 60 ECTS” e que “Para períodos curriculares de duração inferior a
um ano, o número de créditos é atribuído na proporção que representem do
ano curricular”.
b) A creditação de unidades curriculares realizadas em formações
anteriores à reorganização decorrente do Processo de Bolonha e não

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creditadas será realizada respeitando a proporção das mesmas no conjunto


das unidades curriculares do plano de estudos.
5. A contabilização dos anos de experiência profissional para efeitos de
creditação obedecerá às seguintes expressões:
AEPi = 0,5 x EP1i + 1,0 x EP2i
CEP= ∑AEPi x ≤ ∑CTECi
Sendo
AEPi = Anos de experiência profissional na área científica e do curso
CEP = Créditos da experiência profissional (No máximo igual a CTEC)
EP1i = Anos de experiência profissional RELEVANTE na área científica e do
curso
EP2i = Anos de experiência profissional MUITO RELEVANTE na área científica
do curso
CTECi = Créditos de índole tecnológica ou de carácter prático e
profissionalizante de um curso na área científica e do curso
Ni = Numero de anos de experiência profissional muito relevante que se
admite serem necessários para poder atribuir aos seus detentores a totalidade
dos créditos em unidades curriculares de índole tecnológica ou de carácter
prático e profissionalizante na área científica do curso
6. No caso do reingresso:
a) É creditada a totalidade da formação obtida durante a anterior
inscrição no mesmo ciclo de estudos ou no curso que o antecedeu.
b) O número de créditos a realizar para a obtenção do grau académico
não pode ser superior à diferença entre o número de créditos necessário para
a obtenção do grau e o valor creditado.
c) No caso dos ciclos de estudos integrados de mestrado será sempre
obrigatória a apresentação e defesa pública de uma dissertação, de um
projecto ou de um estágio.
7. No caso da transferência:
a) É creditada a totalidade da formação obtida durante a anterior
inscrição no mesmo ciclo de estudos de outro estabelecimento;
b) O número de créditos a realizar para a obtenção do grau académico
não pode ser superior à diferença entre o número de créditos necessário para
a obtenção do grau e o valor creditado;
c) Em casos devidamente fundamentado, em que, face ao nível ou
conteúdo de algumas unidades curriculares, não seja possível considerar, na
aplicação da regra da alínea anterior, todo o valor creditado, o número de
créditos a realizar para a obtenção do grau académico não pode ser superior à
diferença entre o número de créditos necessário para a obtenção do grau e
90% do valor creditado
8. O director da unidade orgânica que ministra o curso, ouvido o director
do ciclo de estudos, procede à expressão em créditos das formações ainda
não creditadas de que o estudante é titular, recorrendo, se necessário, à
colaboração do estabelecimento de ensino superior de origem.
9. O procedimento de creditação respeitará o princípio definido no nº 4 e
deve ser realizado em prazo compatível com a inscrição do estudante e a

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frequência do ciclo de estudos no ano ou semestre lectivo para que aquela é


requerida, de acordo com os prazos gerais definidos no artigo 8º.
10. O acesso aos Mestrados Integrados por detentores de um grau de 1º
ciclo ou equivalente, em área adequada, está abrangido pelo disposto no nº 5
do artigo 19º do já citado Decreto-Lei nº 74/2006.

Classificação
1. As unidades curriculares creditadas nos termos do artigo anterior
conservam as classificações obtidas nos estabelecimentos de ensino superior
onde foram realizadas.
2. Quando se trate de unidades curriculares realizadas em
estabelecimentos de ensino superior portugueses, a classificação das unidades
curriculares creditadas é a classificação atribuída pelo estabelecimento de
ensino superior onde foram realizadas.
3. Quando se trate de unidades curriculares realizadas em
estabelecimentos de ensino superior estrangeiro, a classificação das unidades
curriculares creditadas:
a) É a classificação atribuída pelo estabelecimento de ensino superior
estrangeiro, quando este adopte a escala de classificação portuguesa (10 a
20, na escala inteira de 0 a 20);
b) É a classificação resultante da conversão proporcional da classificação
obtida para a escala de classificação portuguesa, quando o estabelecimento
de ensino superior estrangeiro adopte uma escala diferente desta, conforme
exemplificado no anexo a este regulamento.
4. No âmbito do calcula da classificação final do grau académico, que é
realizada nos termos do disposto nos artigos 12º e 24º do já citado Decreto-Lei
nº 74/2006, de 24 de Março, e suas alterações, a adopção de ponderações
específicas para as classificações das unidades curriculares creditadas deve
ser fundamentada, tendo em consideração o nível dos créditos e a respectiva
área científica.
5. No caso a que se refere o nº 3 e com o fundamento em manifestas
diferenças de distribuição estatística entre as classificações atribuída pelo
estabelecimento de ensino superior estrangeiro e a unidade orgânica da
Universidade do Porto, o estudante pode requerer fundamentadamente ao
director desta a atribuição de uma classificação superior à resultante das
regras indicadas.

Regulamento específico
Compete ao director da unidade orgânica, ouvida a comissão científica do
ciclo de estudos, completar este regulamento geral com os seguintes
elementos relativos aos pedidos de mudança de curso, transferência e
reingresso, bem como garantir a sua publicitação:
a) Eventuais condições habilitacionais específicas a satisfazer para o
requerimento da mudança de curso;
b) Condições a satisfazer para o reingresso dos estudantes cuja matrícula
caducou por força da aplicação do regime de prescrições da U.Porto;

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c) Condições em que tem lugar o indeferimento liminar, se diferente do


previsto no artigo 7º;
d) Critérios de seriação para os requerimentos de mudança de curso e de
transferência;
e) Documentos que devem instruir os requerimentos, se adicionais aos
definidos nos números 5 e 6 do artigo 4º.
f) Forma e local de divulgação dos critérios de seriação e creditação,
incluindo os previstos no nº 5 do artigo 9º, e das decisões sobre os
requerimentos.

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ADEQUACAO DOS REGULAMENTOS GERAIS SOBRE PROGRAMAS


CONFERENTES DE GRAU
Despacho n.º GR.05/11/2009(aprovado pelo despacho reitoral GR.05/11/2009,
de 24 de Novembro de 2009)

REGULAMENTO GERAL DOS PRIMEIROS CICLOS DE ESTUDOS DA


UNIVERSIDADE DO PORTO

Enquadramento jurídico
O presente regulamento visa desenvolver e complementar o regime jurídico
instituído pelo Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, alterado pelos
Decretos-Lei nº 107/2008, de 25 de Junho, e 230/2009, de 14 de Setembro, e
demais legislação aplicável no que diz respeito aos primeiros ciclos de
estudos.

Âmbito de aplicação
Este regulamento aplica-se a todos os cursos de primeiro ciclo da
Universidade do Porto, estabelecendo as linhas gerais a que devem obedecer
os regulamentos específicos, a aprovar pelo Reitor, conforme definido no
artigo 8º.

Curso de licenciatura
1. O ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado é constituído por
um conjunto organizado de unidades curriculares denominado curso de
licenciatura (adiante simplesmente designado por curso).
2. O curso adopta o sistema europeu de créditos (ECTS – European Credit
Transfer and Accumulation System), baseado no trabalho dos estudantes e
nas respectivas competências e resultados da aprendizagem.
3. O regime de cálculo dos créditos obedece ao disposto no Regulamento
de aplicação de créditos curriculares aos cursos conferentes de grau da
Universidade do Porto.
4. A duração normal do curso de primeiro ciclo situa-se entre seis e oito
semestres curriculares de trabalho dos estudantes, compreendendo
respectivamente 180 a 240 créditos.
5. O plano de estudos do curso é composto por unidades curriculares
obrigatórias e optativas.
6. O curso pode organizar-se por ramos de especialidade a partir de um
tronco comum ou ser composto por áreas científicas predominantes e
complementares, organizadas segundo o sistema de major e minor.
7. O curso deve, sempre que possível, incluir unidades curriculares
optativas ministradas em diferentes unidades orgânicas da Universidade do
Porto, num limite e em modalidades a contemplar no plano de estudos e a
explicitar no respectivo regulamento específico.
Direcção e coordenação do curso de licenciatura

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1.O curso terá um director de curso, uma comissão científica e uma comissão
de acompanhamento.
2. As unidades orgânicas responsáveis pela leccionação de um número
reduzido de cursos podem atribuir aos seus órgãos de gestão com funções
afins as competências definidas nos números seguintes.
3. O director do curso é um professor catedrático, um professor associado ou,
excepcionalmente, um professor auxiliar, nomeado nos termos previstos nos
estatutos da unidade orgânica responsável pela sua designação.
4. Ao director de curso compete:
a) Assegurar o normal funcionamento do curso e zelar pela sua qualidade;
b) Exercer as funções explicitadas nos estatutos da respectiva unidade
orgânica;
5. A comissão científica do curso é constituída pelo director do curso, que
preside, e por dois a quatro professores ou investigadores doutorados,
designados pelo Director do curso, ouvidos os Directores dos Departamentos
directamente envolvidos no curso.
6. Compete à Comissão Científica do curso:
a) Promover a coordenação curricular;
b) Pronunciar-se sobre as propostas de organização ou de alteração dos planos
de estudo;
c) Pronunciar-se sobre as necessidades de serviço docente;
d) Pronunciar-se sobre as propostas de regimes de ingresso e de numerus
clausus;
e) Elaborar e submeter às entidades competentes o regulamento do ciclo de
estudos;
f) Outras competências que lhes forem atribuídas pelos estatutos da
respectiva unidade orgânica.
7. A comissão de acompanhamento do curso é constituída pelo director do
curso, que preside, e por outros três membros, um docente e dois discentes
do curso, a escolher nos termos do disposto no respectivo regulamento.
8. À comissão de acompanhamento do curso compete verificar o normal
funcionamento do curso.
9. Os ciclos de estudos assegurados por parcerias internar ou externas à
Universidade do Porto reger-se-ão por regulamentos próprios, com as
necessárias adaptações, aprovados pelos órgãos competentes dos parceiros.

Concessão do grau de licenciado


1- A Universidade do Porto, através das suas faculdades, confere o grau
de licenciado num determinado curso aos que, através da aprovação em todas
as unidades curriculares que integram o plano de estudos do curso de
licenciatura, tenham obtido o número de créditos fixado.
2- O grau de licenciado é conferido aos que demonstrem:
a) Possuir conhecimentos e capacidade de compreensão numa área de
formação de nível superior que:
i) Sustentando-se nos conhecimentos de nível secundário, os desenvolva e
aprofunde;

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ii) Se apoie em materiais de ensino de nível avançado e lhes corresponda;


iii) Em alguns dos domínios dessa área, se situe ao nível dos conhecimentos de
ponta da mesma;
b) Saber aplicar os conhecimentos e a capacidade de compreensão
adquiridos, de forma a evidenciarem uma abordagem profissional ao trabalho
desenvolvido na sua área vocacional;
c) Capacidade de resolução de problemas no âmbito da sua área de
formação e de construção e fundamentação da sua própria argumentação;
d) Capacidade de recolher, seleccionar e interpretar a informação
relevante, particularmente na sua área de formação, que os habilite a
fundamentarem as soluções que preconizam e os juízos que emitem, incluindo
na análise os aspectos sociais, científicos e éticos relevantes;
e) Competências que permitam comunicar informação, ideias, problemas
e soluções, tanto a públicos constituídos por especialistas como por não
especialistas;
f) Competências de aprendizagem que lhes permitam uma aprendizagem
ao longo da vida com elevado grau d autonomia.
Artigo 6º
Classificação final
1- Ao grau de licenciado é atribuída uma classificação final, expressa no
intervalo 10-20 da escala numérica inteira de 0 a 20 e no seu equivalente na
escala europeia de comparabilidade de classificações, tendo em conta o
percentil relativo aos últimos três anos nas diversas unidades curriculares.
2- A classificação final é a média aritmética ponderada pelas ECTS das
classificações obtidas nas unidades curriculares que integram o plano de
estudos do curso de licenciatura.
3- A classificação final é atribuída pelo órgão legal e estatutariamente
competente da(s) unidade(s) orgânica(s) da Universidade do Porto onde o
curso é ministrado.

Titulação do grau de licenciado


1- O grau de licenciado é titulado por uma carta de curso e/ou por uma
certidão de registo emitida, respectivamente, pelo órgão legal e
estatutariamente competente da Universidade do Porto e pela unidade
orgânica sede do curso.
2- A emissão da carta de curso ou da certidão de registo, é sempre
acompanhada da emissão de um suplemento ao diploma elaborado nos termos
e para os efeitos do Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro.
3- Os elementos que constam obrigatoriamente dos diplomas e cartas de
curso são:
a) Nome titular do grau;
b) Documento de identificação pessoal: Bilhete de Identidade/cartão de
cidadão ou Passaporte (no caso de cidadãos estrangeiros);
c) Nacionalidade;
d) Identificação do ciclo de estudos/grau;
e) Data de conclusão e, se for o caso, unidade orgânica da Universidade;

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f) Classificação final segundo a escala nacional, com respectiva


correspondência na escala europeia de comparabilidade de classificações;
g) Data de emissão do diploma;
h) Assinatura(s) do(s) responsável(eis).
4- A carta e curso, acompanhada do suplemento ao diploma, será emitida
no prazo de 180 dias após a conclusão do curso.
5- As certidões e o suplemento ao diploma serão emitidos até trinta dias
depois de requeridas.

Regulamento de cada curso de licenciatura


Cada curso de licenciatura terá o seu próprio regulamento, aprovado pelo
Reitor sob proposta do(s) órgão(s) competente(s) da unidade orgânica, ouvida
a comissão científica do curso, do qual devem constar ainda:
a) Condições específicas de ingresso;
b) Condições de funcionamento;
c) Estrutura curricular, plano de estudos e créditos;
d) Regime geral de avaliação de conhecimentos;
e) Regime de precedências;
f) Regime de prescrição do direito à inscrição, de acordo com a legislação
em vigor;
g) Procedimentos para o cálculo da classificação final, tendo em conta o
definido no nº 2 do artº 6º;
h) Processo de acompanhamento pelos órgãos pedagógicos e científico;
i) Áreas científicas predominantes e complementares;

Organização do plano de estudos


Todos os planos de estudo dos cursos de primeiro ciclo devem incluir:
a) Identificação das áreas científicas em que se inserem;
b) Identificação das unidades curriculares, obrigatórias ou optativas;
c) Definição da possibilidade ou não de organização dos estudos segundo
um modelo de major e minor, ramos ou perfis e respectivos créditos;
d) Indicação do número de créditos mínimos e máximos a obter em outras
unidades orgânicas ou de configuração livre.

Outros diplomas
1- A Universidade do Porto, através das suas faculdades, pode conferir
outros diplomas de cursos de primeiro ciclo não conferentes de grau,
designadamente, cursos compostos por um conjunto de unidades curriculares
de um curso de licenciatura não inferior a 120 créditos.
2- Os diplomas que se refere o número anterior são certificados por
documento emitido pelo órgão legal e estatutariamente competente da(s)
unidade(s) orgânica(s) que leccionam os respectivos cursos, de acordo com o
modelo formal aprovado pelo Reitor.
3- A emissão do documento a que se refere o número anterior é
acompanhada da emissão do suplemento ao diploma nos termos do Decreto-
Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro.

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4- Estes cursos terão um regulamento específico, do qual devem constar:


a) Condições específicas de ingresso;
b) Condições de funcionamento;
c) Estrutura curricular, plano de estudos e créditos;
d) Regime de avaliação de conhecimentos;
e) Coeficientes de ponderação e procedimentos para o calculo da
classificação final;
f) Processo de acompanhamento pelos órgãos pedagógico e científico;
g) Prazos de emissão do diploma e respectivo suplemento ao diploma.

Inscrição em unidades curriculares de ciclos de estudo subsequentes


1- Aos estudantes inscritos num ciclo de estudos pode ser autorizada a
inscrição em unidades curriculares de ciclos de estudos subsequentes, ao
abrigo do Regulamento de frequência de unidades curriculares singulares da
U.Porto.
2- As unidades curriculares a que se refere o número anterior:
a) São objecto de certificação;
b) São objecto de menção no suplemento ao diploma;
c) São creditados em caso de inscrição do estudante no ciclo de estudos
em causa.

Propinas
A fixação do valor das propinas está sujeita ao definido na legislação aplicável

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ADEQUAÇÃO DO REGULAMENTO DO ESTUDANTE A TEMPO PARCIAL DA UP


Despacho n.º GR 06/12/2009

Considerando:
a) O conceito do estudante em regime de tempo parcial previsto no nº 4
do artigo 5º da Lei nº 37 de Junho, no seu artigo 46º - C;
b) A consequente necessidade de estabelecer as normas regulamentares
do mesmo a aplicar na UPorto;
c) A importância deste regime no quadro das oportunidades de formação
ao longo da vida;
d) O aumento de públicos que desejam conciliar a formação superior com
as suas actividades profissionais;
e) A necessidade de ajustar o valor da propina ao regime de tempo
parcial.

É revisto e aprovado o regime de estudante a tempo parcial da U.Porto, nos


seguintes termos e condições:

Conceito de estudante a tempo parcial


1. Considera-se estudante em regime de tempo parcial aquele que se
inscreve até um máximo de 37,5 créditos ECTS de um determinado ciclo de
estudos.
2. Pode inscrever-se em regime de tempo parcial qualquer estudante que
expressamente o indique no início do ano lectivo, no acto de
matrícula/inscrição.

Mudança de regime
1. A mudança do regime de tempo integral para o regime de tempo
parcial ou vice-versa, apenas pode ocorrer no acto de inscrição no ano
lectivo.
2. Exceptuando os casos dos trabalhadores-estudantes, não é permitida a
mudança do regime de tempo integral para o regime de tempo parcial no
último ano do ciclo de estudos se o número de créditos em falta para a
conclusão do curso for igual ou inferior a 37,5, excepto se a inscrição nesse
ano resultar de um processo de reingresso, transferência ou mudança de
curso.
3. Os estudantes de mestrado podem, na inscrição em dissertação, optar
pelo regime de tempo parcial, contando para efeitos de tempo mínimo para
entrega da dissertação o correspondente a duas inscrições em dissertação.

Prescrição
O regime de prescrição do direito à inscrição do estudante a tempo parcial é o
que resulta da aplicação proporcional da fórmula definida pelo regulamento
de prescrições da U.Porto;

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Propinas
1. O valor a fixar para a propina do estudante a tempo parcial obedecerá
aos seguintes princípios:
a) Nos primeiros ciclos e mestrados integrados corresponde ao valor
mínimo da propina em vigor;
b) Nos segundos ciclos cada faculdade fixará um valor entre a propina
mínima dos primeiros ciclos e 75% da propina fixada para esses segundos
ciclos;
c) Nos terceiros ciclos, cada faculdade fixará um valor que não deverá
exceder os 75% da propina fixada para os programas de terceiro ciclo.
2. O director de cada faculdade emitirá, em Março de cada ano, despacho
a fixar os valores referidos nas alíneas b) e c) do número 1, a adoptar no ano
lectivo seguinte.

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ADEQUAÇÃO DO REGIME DE PRESCRIÇÕES PARA OS CICLOS DE ESTUDO DA


UNIVERSIDADE DO PORTO
Despacho n.º GR 09/12/2009

Enquadramento jurídico
1. O presente regulamento visa desenvolver e complementar o regime de
prescrições instituído pela Lei nº37/2003 de 22 de Agosto que, no seu artigo
5º, estabelece a obrigatoriedade da existência de um regime de prescrições a
definir pelos órgãos competentes de cada instituição, adequado à promoção
do mérito dos estudantes.
2. A Lei referida no ponto anterior estabelece o número máximo de
inscrições que podem ser efectuadas por um estudante no ciclo de estudos
frequentado num estabelecimento público de ensino superior, considerando
prescrito o direito à matrícula e inscrição nesse ciclo de estudos no caso de
incumprimento dos critérios aplicáveis, ficando o estudante impedido de se
candidatar de novo a esse ou outro ciclo de estudos da Universidade do Porto
nos dois semestres seguintes.
3. No caso do estudante beneficiar do Estatuto do Trabalhador-Estudante,
ou no caso do estudante optar pelo regime de estudo a tempo parcial, para
efeito da aplicação do regime de prescrições, apenas é contabilizado 0,5 por
cada inscrição que efectue nessas condições.
4. Nas situações de reingresso, transferência e mudança de curso, assim
como nas decorrentes da reorganização de planos de estudos, as condições
para a prescrição têm em consideração apenas o número de créditos ECTS
necessários para concluir o ciclo de estudos ou curso.
5. Este regulamento não se aplica aos terceiros ciclos de estudos, para os
quais vigora o limite de registo da tese.

Princípios a observar
Neste regulamento são observados os seguintes princípios:
a) Para cada ciclo de estudos, a Lei nº 37/2003 de 22 de Agosto
estabelece um número máximo de inscrições permitido, que depende do
respectivo número de créditos, conforme indicado na tabela I;

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b) Um estudante cuja inscrição prescreveu não pode candidatar-se de


novo a este ou outro ciclo de estudos da Universidade do Porto nos dois
semestres seguintes, admitindo-se, no entanto, a possibilidade de, passado
este período, reingressar uma única vez no mesmo ciclo de estudos, contando
para efeitos de nova prescrição a totalidade dos créditos ECTS que faltam
para terminar esse ciclo;
c) No caso de, após o reingresso referido na alínea anterior, ocorrer nova
prescrição, o estudante não poderá voltar a reingressar no mesmo ciclo de
estudos;
d) Entende-se por regime de estudo a tempo parcial, num dado ano
lectivo, aquele em que o estudante se inscreve a um número de unidades
curriculares correspondente a um valor total de créditos não superior a 37,5
ECTS, ao abrigo do regime do estudante a tempo parcial da Universidade do
Porto.

Percursos limite
1. Admitindo para cada ciclo de estudos uma carga anual de 60 ECTS, o
“percurso limite” para os vários ciclos de estudos corresponde ao valor
mínimo de créditos que um estudante deverá adquirir, em cada inscrição,
para não prescrever.
2. Caso o estudante não consiga acumular o número mínimo de créditos
referido no n.º anterior, não fará sentido continuar a frequentar normalmente
o seu curso, visto que não poderá concluí-lo no número de inscrições referido
na tabela anexa ao Decreto-Lei 37/2003 de 22 de Agosto

3. O número médio de créditos que cada estudante deve obter por ano
depende do ciclo de estudos, conforme mostram a TABELA II e o gráfico
seguinte que definem os valores que permitem definir o “percurso médio” de
cada ciclo de estudos:

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4. Do número anterior é possível concluir que ao ciclo de estudos mais


longo (360 ECTS) corresponde um valor médio de 40 ECTS por ano, enquanto
que para um ciclo de estudos com 180 ECTS apenas 30 ECTS e para um
“hipotético curso de 60 ECTS” apenas se exigiriam 15 ECTS por ano, visto que
para este curso o número máximo de inscrições seria de 4.

Condições de prescrição para os cursos da Universidade do Porto


1. Define-se o seguinte “percurso de prescrição” para os ciclos de estudos
da Universidade do Porto:
a) Não há prescrições nos primeiros dois anos, qualquer que seja o tipo de
ingresso (inicial, reingresso, mudança de curso ou transferência).
b) Para não prescrever posteriormente, um estudante deverá acumular,
nos primeiros 3 anos de inscrição, pelo menos 60 ECTS, mas, caso apenas
acumule 60 ECTS, deverá prosseguir o seu curso realizando pelo menos 50
ECTS por ano.
c) Decorrido um ano após a prescrição, o estudante poderá reingressar
uma única vez.
d) Para os estudantes trabalhadores e para os estudantes a tempo parcial,
doravante designados por “equivalente a TE”, as condições são as mesmas,
mas os valores mínimos anteriormente referidos são reduzidos em 50%.
e) Para os estudantes que tenham apenas algumas inscrições em regime
“equivalente a TE”, os valores do número (ca*) de créditos ECTS exigíveis
para que não haja prescrição serão calculados proporcionalmente ao número

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(iTE) de anos de inscrição “equivalente a TE”, de acordo com a seguinte


expressão.

f) Os percursos de prescrição para os vários ciclos de estudo da


Universidade do Porto estão definidos na figura seguinte:

g) A TABELA iii apresenta as condições de prescrição para os estudantes


inscritos em regime ordinário. Deve ler-se do seguinte modo: Prescreve um
estudante que, ao fim de “n” inscrições não concluiu o seu curso e não
conseguiu obter “c” créditos ECTS

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REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA AVALIAÇÃO DOS DISCENTES


DA UNIVERSIDADE DO PORTO

A avaliação pode e deve fornecer dados a professores e estudantes que


permitam conseguir aprendizagens mais sustentadas e de melhor qualidade.
De facto, têm vindo a ser reconhecidos como insuficientes processos de
avaliação restritos à medida e sinónimos de classificação. Em alternativa, têm
vindo a ser propostos processos que façam dela um dispositivo de formação.
Associar a avaliação apenas à classificação tem como consequência que ela
surja somente numa etapa final do processo formativo. Isso impede que se
usufrua das vantagens do acompanhamento desse processo para, ao longo do
mesmo, ir introduzindo os reajustes pertinentes e necessários.
A existência de uma prova única no final de um ciclo pode induzir os alunos a
considerarem que a formação universitária se cinge a uma preparação e a um
trabalho limitado às vésperas dessa prova, ou a corresponder superficialmente
ao trabalho definido. Tal procedimento é inadequado à formação de
profissionais que irão exercer a sua actividade no quadro de situações que se
prevêem de uma grande complexidade e acompanhadas de enormes desafios.
Pela informação que fornece e pelo valor social que lhe é atribuída, a
classificação é muito importante, o que justifica que se continue a ser
considerada como um dos elementos nucleares da avaliação.
Deve ser o resultado de um percurso que, em função do que foi alcançado,
exprima o grau atingido através de um valor numa escala, numérica ou outra.
A avaliação dos alunos tem de ser um processo contínuo e sistemático que vai
fornecendo dados a docentes e a discentes sobre o modo como está a ocorrer
o processo de formação.
Por isso, os dados da avaliação constituem, continuadamente, pontos de
partida para posteriores intervenções no ensino e na aprendizagem.
A avaliação, de acordo com as suas finalidades e consequências, pode assumir
funções de diagnóstico, formativa e sumativa. Uma avaliação de diagnóstico
destina-se a obter informações sobre os conhecimentos, aptidões e interesses
dos alunos que permitam organizar os processos de ensino de acordo com as
situações identificadas.
A finalidade deste diagnóstico não é baixar o nível de exigência da formação,
consoante os alunos estejam mais ou menos preparados.
É, sim, obter dados que permitam organizar o processo de
ensino/aprendizagem.
A missão da Universidade é garantir o aprofundamento do conhecimento e o
desenvolvimento de competências que permitam gerar novos saberes, e disso
não pode abdicar. A Universidade deve cumprir esta missão, face ao leque
amplo de alunos que têm acesso, hoje, à formação universitária.
Uma avaliação formativa destina-se a fornecer informações aos docentes,
sobre os efeitos dos processos de ensino, e aos alunos, sobre a aprendizagem
que estão a realizar e eventuais problemas com que se estejam a confrontar.

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Nesta concepção formativa da avaliação, a intenção última é que estas


informações sejam reinvestidas em processos que melhorem as acções dos
docentes e dos discentes e, portanto, que melhorem a qualidade da
formação.
A qualidade da formação depende muito do modo como cada estudante se co-
responsabiliza e apropria dos processos que lhe permitam construir o
conhecimento. Daí resulta o reconhecimento da importância de se
fomentarem práticas de auto-avaliação que favoreçam o desenvolvimento de
capacidades metacognitivas de auto-análise e de auto-regulação.
É necessário que os alunos conheçam e tenham uma representação correcta
dos objectivos do curso e de cada uma das disciplinas que o configuram. Por
isso, estes elementos devem ser atempadamente divulgados.
A avaliação sumativa destina-se a classificar os alunos no final de um percurso
de formação.
Para além de situar os alunos face a uma meta estabelecida, a avaliação
sumativa pode ter ainda a vantagem de contribuir para que os alunos
construam sínteses de conhecimentos e relações entre eles.
Para que isso aconteça, é necessário que esses instrumentos de avaliação
sejam concebidos de forma a estimular essa síntese e relação.
No sentido de permitir adequar os métodos de avaliação aos princípios acima
enunciados, o senado da Universidade do Porto aprova os seguintes princípios
a observar na avaliação dos discentes e a aplicar aos cursos desta
Universidade:

CAPÍTULO I
Princípios gerais

Responsabilidade da avaliação
A avaliação em cada disciplina é da responsabilidade do respectivo regente,
nos termos da distribuição de serviço docente aprovada pelo órgão
estatutariamente competente da unidade orgânica.

Ficha da disciplina
1— O modo de funcionamento de cada disciplina deve obrigatoriamente ser
descrito na ficha de disciplina pelo docente a que se refere o artigo anterior
com a máxima antecedência e nunca depois do 1.º dia do mês de Março
anterior ao início do ano lectivo a que diz respeito o funcionamento da
disciplina.
2— Até à data limite referida no número anterior, o docente a que se refere o
artigo 1.o deve disponibilizar online e entregar ao órgão competente a ficha
de disciplina, de que devem fazer parte, no mínimo, os seguintes elementos:
a) Objectivos da disciplina;
b) Conteúdos;
c) Bibliografia;
d) Métodos de ensino;
e) Métodos de avaliação e de cálculo da classificação final.

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3— Quando aplicável, devem também ser indicados os recursos, equipamentos


e as aplicações informáticas a utilizar.

Aprovação dos métodos de avaliação


1— O órgão competente em cada unidade orgânica pode não aprovar os
métodos de avaliação e de cálculo da classificação final propostos nos termos
dos artigos anteriores, nos casos em que aqueles não respeitem o espírito e as
normas do presente regulamento.
2— Quando se verifique o disposto no número anterior, o órgão competente
solícita aos regentes das disciplinas em causa a adequação às regras em vigor.
3— Caso os regentes das disciplinas não dêem cumprimento à solicitação
prevista no número anterior, deve o órgão a que se refere o n.º 1 fixar os
métodos de avaliação e de cálculo da classificação final em falta até ao prazo
definido no número seguinte.
4— As fichas de disciplina devem estar validadas pelo órgão competente até
ao dia 31 de Julho anterior ao início do ano lectivo a que diz respeito o seu
funcionamento.

Relatório de disciplina
No prazo máximo de um mês contado a partir do termo do período fixado pelo
órgão competente para a época de recurso, o docente responsável pela
disciplina deve entregar ao órgão competente um relatório em que conste
obrigatoriamente uma análise dos resultados, uma avaliação do cumprimento
dos objectivos propostos e, sempre que oportunas, sugestões de melhoria de
funcionamento da disciplina.

CAPÍTULO II
Regimes de avaliação

Regras gerais
1— As classificações de todas as componentes de avaliação são expressas na
escala de 0 a 20 valores.
2— Para obter aprovação numa disciplina, o aluno deve obter uma
classificação final mínima de 10 valores.
3— A classificação final do curso é a média ponderada pelas unidades de
crédito entendidas nos termos do capítulo II do Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22
de Fevereiro, das classificações obtidas em cada disciplina.
4— A classificação final do curso é expressa no intervalo 10-20 da escala
numérica inteira de 0 a 20.
5— Para efeitos da escala europeia de comparabilidade de classificações, às
classificações finais de disciplina e curso aplicar-se-ão a correspondência e os
princípios definidos nos artigos 18.o a 22.o do Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22
de Fevereiro.
6— Apenas as classificações finais da disciplina e do curso são arredondadas às
unidades.

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Organização de provas escritas


1— No caso das provas escritas, os enunciados são apresentados em letra de
forma e devem indicar o tempo de prova e a cotação máxima a atribuir a cada
questão ou grupo de questões.
2— No caso em que as questões sejam de escolha múltipla, devem ser
explicitadas as cotações a atribuir à resposta correcta, à resposta incorrecta e
à omissão de resposta.
3— O conselho directivo de cada unidade orgânica fixará os prazos limite para
divulgação das classificações obtidas nas provas de avaliação realizadas, bem
como para o lançamento das classificações definitivas.
4— Os alunos têm o direito de consultar as suas provas escritas até três dias
úteis antes da realização da prova seguinte da disciplina que ocorra no mesmo
ano lectivo, devendo o horário e o local de consulta das provas ser afixados
juntamente com os respectivos resultados.
5— Os docentes envolvidos na correcção das provas têm o dever de prestar
esclarecimentos aos alunos no período fixado para a consulta, podendo esses
esclarecimentos ser dados de forma oral ou, em alternativa, através da
publicação dos critérios indicativos da correcção da prova.
6— Os regulamentos de avaliações de cada unidade orgânica devem definir os
mecanismos para revisão de provas.

Métodos de avaliação
1— A avaliação de uma disciplina pode assumir uma das seguintes formas:
a) Distribuída com exame final;
b) Distribuída sem exame final;
c) Apenas com exame final.
2— O exame final pode conter uma prova escrita, ou oral, ou prática, ou
qualquer combinação destas.

Assiduidade
1— Os métodos de avaliação podem incluir como pré-requisito o cumprimento
da assiduidade.
2— Considera-se que um aluno cumpre a assiduidade a uma disciplina se,
tendo estado regularmente inscrito, não exceder o número limite de faltas
correspondente a 25% das aulas previstas.
3— Estão dispensados da verificação das condições de assiduidade referidas no
número anterior:
a) Os casos previstos na lei;
b) Os alunos que cumpram critérios especiais de dispensa de frequência
obrigatoriamente constantes da ficha de disciplina.

Componente distribuída da avaliação

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1— A componente distribuída da avaliação pode assumir a forma de trabalhos


laboratoriais, testes, trabalhos ou projectos individuais ou de grupo e a
participação nas aulas.
2— O processo de obtenção da classificação final que inclua uma componente
de avaliação distribuída deve estar definido na ficha de disciplina.
3— O órgão competente e os docentes responsáveis pelas disciplinas devem
coordenar a calendarização da componente distribuída de avaliação das
disciplinas de cada período lectivo.
4— Os alunos que por lei estão dispensados da presença nas aulas podem ser
chamados a realizar uma prova ou trabalho especiais, destinados a
demonstrar que possuem os conhecimentos e as competências exigidos e
previamente definidos na respectiva ficha de disciplina.

Exame final
1— Sem prejuízo do disposto no artigo 11, existem três épocas de exame final:
a) Época normal e época de recurso, a que têm acesso todos os alunos
inscritos que preencham os requisitos definidos na ficha de disciplina;
b) Época especial de conclusão de curso, cujo acesso é definido nos termos do
número seguinte.
2— À época especial referida na alínea b) do número anterior têm acesso os
alunos que puderem concluir o curso através da aprovação no máximo de
disciplinas legalmente permitido, desde que tenham pelo menos uma
inscrição nessas disciplinas.
3— O disposto no presente artigo não prejudica a aplicação dos regimes
especiais legalmente previstos.

CAPÍTULO III
Melhoria de classificação

Definição
1— Os alunos podem requerer uma prova de melhoria de classificação uma
única vez por disciplina, numa das duas épocas, normal ou de recurso,
imediatamente subsequentes àquela em que obtiveram aprovação e em que a
disciplina tenha prova de avaliação prevista.
2— O processo de melhoria de classificação, quando exista, deve constar
obrigatoriamente da ficha de disciplina.
3— A classificação final na disciplina é a mais elevada entre aquela que havia
sido obtida inicialmente e a que resultar da melhoria de classificação
efectuada.

CAPÍTULO IV
Disposições finais e transitórias

Faltas a provas de avaliação

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No caso da avaliação distribuída, a ficha de disciplina deve explicitar as


consequências das faltas a alguma das componentes de avaliação previstas.

Alunos abrangidos por regimes especiais


A avaliação dos alunos abrangidos por regimes especiais obedece ao disposto
nas presentes normas, sem prejuízo do cumprimento da legislação especial
aplicável e de normas internas da Universidade do Porto aprovadas pelos
órgãos competentes.

Fraudes
A fraude cometida na realização de uma prova implica a anulação da mesma e
a comunicação
ao órgão estatutariamente competente para eventual processo disciplinar.

Aplicação
1— As normas previstas no presente diploma entram em vigor no ano lectivo
de 2006-2007, aplicando-se aos cursos de licenciatura de todas as unidades
orgânicas da Universidade do Porto e, futuramente, aos cursos de 1.o ciclo.
2— As normas previstas no presente diploma podem ainda vir a ser objecto de
aplicação aos cursos de 2.o ciclo das unidades orgânicas, sem prejuízo das
necessárias adaptações.
3— O órgão estatutariamente competente de cada unidade orgânica da
Universidade do Porto pode complementar as normas constantes do presente
diploma desde que em sentido com ele compatível.
4— As situações de incumprimento determinam a intervenção dos órgãos
estatutariamente competentes, na medida das suas competências específicas.

Dúvidas
As dúvidas suscitadas pela interpretação e aplicação do presente diploma são
resolvidas pelo órgão estatutariamente competente de cada unidade orgânica.

O Reitor, José Ângelo Novais Barbosa. 27 de Outubro de 2005.

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DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS


ESPECIAIS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
Janeiro 2001

Preâmbulo.
O Regulamento do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior Público,
definido anualmente por Portaria do Ministério da Educação, prevê um
contingente especial para candidatos com deficiência física ou sensorial ou de
doença orgânica incapacitante.
A possibilidade de prosseguimento dos estudos ao nível do ensino superior,
para além de um direito, constitui uma forma destes cidadãos poderem
alcançar uma melhor integração social, promovendo a sua realização pessoal
e a sua participação, o mais ampla possível, na vida social e económica.
São estudantes que experimentam dificuldades acrescidas de integração no
Ensino Superior, cujas condições e exigências nem sempre estão adaptadas às
suas necessidades educativas especiais (NEE’s). Trata-se de um segmento da
população-estudante particularmente vulnerável a todo um conjunto de
situações problema que se reflectem no seu bem-estar físico, social e
psicológico, em resultado de possíveis condicionalismos perturbadores do seu
percurso escolar.
A definição de condições específicas assenta no reconhecimento do direito à
diferença e propõe uma diferenciação no tratamento de situações desiguais
(aluno com NEE’s/aluno sem NEE’s). Visa-se, assim, a eliminação das
diferentes barreiras e a criação de condições de igualdade de oportunidades
para o estudante do ensino superior que apresente NEE’s, na justa medida em
que daí não decorram quaisquer situações de privilégio.
Entende-se por alunos com NEE’s, aqueles que “apresentam um problema de
aprendizagem, durante o seu percurso escolar, que exige uma atenção mais
específica e uma gama de recursos educativos diferentes daqueles necessários
para os seus companheiros da mesma idade”.

I - Regime Aplicável
1 - Os estudantes com NEE’s devem ser alvo de um parecer técnico por parte
dos serviços universitários apropriados, em ordem a:
a) aferição e reconhecimento das NEE’s;
b) definir e implementar as respostas mais adequadas, em articulação com os
orgãos de gestão, serviços e técnicos que se entenda pertinente envolver;
c) acompanhamento sistemático para o desenvolvimento das acções, medidas
e dispositivos dirigidos a estes estudantes.
2 - A problemática pode dividir-se em quatro áreas de intervenção
interligadas:
1 – Acessibilidade e mobilidade.
2 – Frequência/apoio pedagógico.
3 – Sistema de avaliação.

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4 – Apoio Social.

II – Disposições Específicas
A estes estudantes procura-se garantir:
1. Acessibilidade e mobilidade.
a) A acessibilidade das instalações, de apoio na orientação e mobilidade e de
prioridade no atendimento.
b) Escolha das salas de aula, em função da melhor acessibilidade.
c) Acompanhamento individualizado por uma 3º pessoa.
2. Frequência/apoio pedagógico.
a) Possibilidade de ajustamentos no plano de estudos do curso e/ou em
programas curriculares das disciplinas.
b) Reestruturação pontual de textos de estudo, adaptando-os ao nível do
conhecimento do vocabulário dos alunos surdos e disléxicos bem como a
disponibilização de léxicos técnicos.
c) Prioridade na inscrição em turnos de aulas práticas.
d) Reserva de lugar cativo nas salas de aula, quando requerido pelo aluno.
e) Gravação das aulas, com a autorização do docente, ou, em alternativa,
este deverá facultar um sumário do que foi dado na aula. No caso do
deficiente auditivo, dever-se-á facultar-lhe o sumário antecipadamente.
f) Possibilidade de recorrer ao sistema de video-conferência.
g) A utilização do quadro, de transparências e de slides pelo docente deve ser
acompanhada de uma descrição (oral-escrita e/ou em formato não
convencional) que permita a sua compreensão.
h) Os textos de apoio devem ser fornecidos na forma mais conveniente
(ampliado, caracteres braille, registo áudio ou informatizado).
i) Alargamento do prazo de leitura domiciliária, a estabelecer pelos serviços
de Biblioteca.
j) Apoio pedagógico suplementar pelos docentes das disciplinas, quando
solicitado pelo aluno.
k) Atendendo ao tipo de situações, as provas escritas poderão ser substituídas
por provas orais e vice-versa, com a concordância do docente.
3. Sistema de avaliação.
a) Apresentação do enunciado das provas segundo o tipo de deficiência (em
formato ou suporte não convencional e adaptado às necessidades especiais
dos alunos); as respostas podem ser dadas igualmente em formato ou suporte
não convencional.
b) Definição de um período adicional de tempo para a realização de provas.
c) Durante a realização das provas, apoio por parte do docente,
designadamente, no que se refere à consulta de códigos, dicionários e
tabelas;
d) As provas escritas devem poder ser realizadas em local separado, se a
alternativa de execução escolhida assim o recomendar.
e) Possibilidade de prolongamento do prazo de entrega de trabalhos escritos,
quando os condicionalismos existentes o justifiquem.

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f) Realização de exames em época especial, por motivo de deficiência ou


doença grave, devidamente comprovada, ou outros motivos que justifiquem
este procedimento.
4. Apoio social:
a) O valor da bolsa de estudo a atribuir nestes casos, pelos serviços de acção
social, calculada com base na situação sócio-económica do agregado familiar,
deve considerar as necessidades em alojamento adaptado em residência
universitária ou seu substituto, alimentação, transporte adaptado ou seu
substituto, material escolar, ajudas técnicas, propina e cuidados de saúde.
b) Em situação de insucesso escolar, a bolsa de estudo poderá ser renovada,
desde que provado que não estão reunidas as condições supra indicadas, bem
como o acolhimento, a acessibilidade, o acompanhamento pedagógico e a
avaliação adaptada no estabelecimento que o aluno frequenta.
c) Prioridade na atribuição de alojamento e de alojamento adaptado sempre
que a situação o exija.
d) Aos utentes das residências universitárias que dependam de uma 3º pessoa,
deve-lhes ser permitido residir com o seu apoiante.
e) O aluno pode requerer uma dieta alimentar especial, de acordo com a sua
situação, apresentando justificação médica.

III – Disposições finais.


● Ao ingressar na Universidade, o aluno com NEE’s deve contactar os
respectivos serviços de apoio e/ou o Conselho Directivo do estabelecimento
que frequenta, de forma a requerer a aplicação destas disposições ou de
algumas delas. A sua aplicação, bem como a resolução de situações não
previstas, requer a cooperação dos vários intervenientes (órgãos directivos,
docentes, alunos com deficiência e serviços universitários de apoio, entre
outros).
● Estas disposições abrangem os alunos que naquelas circunstâncias
frequentam cursos de licenciatura, incluindo os que se encontram em estágios
curriculares e devem ainda servir de referência para o enquadramento
específico dos que frequentam cursos de pós-graduação.
● A estes alunos deve ser dada a possibilidade de mudança de curso, devendo
os estabelecimentos disponibilizar a(s) vagas(s) para esse efeito, sempre que
se verifiquem desajustamentos entre o quadro de exigências do curso
frequentado e o tipo de acompanhamento prestado.
● A definição e aplicação destas disposições tem subjacente a
indispensabilidade de serviços de apoio especializado nos estabelecimentos de
ensino superior que assegurem, através de um trabalho inter-disciplinar,
intersectorial e interinstitucional:
Ø o acolhimento/integração escolar do aluno com NEE’s;
Ø a criação de condições de estudo e de modalidades de apoio
adequados à satisfação das suas necessidades;
Ø a sua autonomia, participação e realização pessoal.

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CONDIÇÕES ESPECIAIS DE FREQUÊNCIA E AVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES


UNIVERSITÁRIOS POR MATERNIDADE E PATERNIDADE

I - Maternidade
1. Para efeitos deste regulamento, entende-se por:
a) estudante grávida - toda a estudante que informe o estabelecimento de
ensino que frequenta do seu estado de gestação por escrito e mediante
atestado médico.
b) estudante puérpera - toda a estudante parturiente e durante os 98 dias
imediatamente posteriores que informe o estabelecimento de ensino que
frequenta por escrito e mediante atestado médico.
c) estudante lactante - toda a estudante que amamenta o filho que informe o
estabelecimento de ensino que frequenta por escrito e mediante atestado
médico.
2. A estudante universitária tem direito, por maternidade, a dispensa da
frequência das aulas por um período de 120 dias consecutivos, 90 dos quais a
seguir ao parto, podendo os restantes ser utilizados, total ou parcialmente,
antes ou depois do parto. Deve para o efeito informar o seu estabelecimento
de ensino do estado de gravidez e apresentar a respectiva comprovação
médica com indicação da data prevista para o parto. Durante a gravidez e em
casos devidamente justificados, a estudante poderá requerer a realização de
exames fora da época normal, de acordo com o calendário escolar.
3. A estudante grávida, puérpera e lactante tem direito a dispensa das aulas
para efeitos de consultas médicas, sempre que estas não se puderem realizar
fora dos horários das aulas. A estudante tem igualmente direito a dispensa das
aulas nos períodos de amamentação, mediante apresentação da declaração de
que amamenta o filho.
4. Em caso de aborto, a estudante tem direito a dispensa da frequência das
aulas durante um período de 30 dias, renovável, segundo prescrição médica.
5. em caso de adopção de menores de 15 anos de idade, o estudante
adoptante tem direito a dispensa das aulas por um período de 100 dias, para
acompanhamento do menor. Em caso de adopção por casal, o direito pode ser
exercido ou qualquer dos membros do casal integralmente ou por ambos, em
tempo parcial ou sucessivamente, conforme decisão conjunta.
6. o disposto no n.º. anterior não se aplica se o menor for filho do conjugue
do candidato a adoptante ou se já se encontrar a seu cargo há mais de 60
dias.
7. o estudante tem direito a dispensa das aulas por 30 dias, para prestar
assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença, deficiência ou
acidente, a filhos adoptados ou enteados, menores de 10 anos de idade. A
dispensa será reduzida para 15 dias quando se trate de maiores de 10 anos.
8. O estipulado n.º. Anterior estender-se-á até 15 dias por ano lectivo para
prestar assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou acidente
do conjugue ou pessoa em união de facto, ascendente, descendente com mais
de 10 anos de idade ou afim da linha recta.

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II - Paternidade
9. O estudante universitário tem direito a dispensa de aulas, por um período
de 5 dias úteis, seguidos ou interpolados, no 1º. Mês a seguir ao nascimento
do filho.
10. o pai tem direito a dispensa da frequência das aulas por um período de
seis semanas a seguir ao parto, tendo igualmente direito a realizar exames
fora da época normal, de acordo com o calendário escolar, nos seguintes
casos: incapacidade física ou psíquica da mãe, morte da mãe, ou por decisão
conjunta dos pais, mediante requerimento a apresentar no seu
estabelecimento de ensino e apresentação dos documentos comprovativos
respectivos.

Documento aprovado na reunião de 26 de Maio de 2000 da Secção Pedagógica


do Senado da Universidade do Porto. O Reitor José Novais Barbosa

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FREQUÊNCIA DE UNIDADES CURRICULARES SINGULARES DOS CURSOS E


CICLOS DE ESTUDOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO

Considerando:
1 – Que o Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, prevê expressamente, no
nº 1 do artigo 46º, que aos estudantes “inscritos num ciclo de estudos pode
ser autorizada a inscrição em unidades curriculares de
ciclos de estudos subsequentes”;
2 – Que vários dos ciclos de estudos criados ou adequados na U.Porto ao abrigo
deste Decreto-Lei prevêem opções livres dos estudantes, a realizar na própria
ou em outra unidade orgânica da U.Porto;
3 – A importância da criação de condições que fomentem, de várias formas, a
multidisciplinaridade na formação dos estudantes da U.Porto;
4 – O princípio da acumulação de créditos curriculares subjacente ao processo
de Bolonha;
5 – A necessidade de simplificar os procedimentos de inscrição em unidades
curriculares de planos de estudos distintos daquele em que o estudante está
matriculado, passíveis de reconhecimento académico, de registo no
suplemento ao diploma e de reconhecimento em formações futuras;
Institui-se o seguinte Regulamento de frequência de unidades curriculares
singulares dos cursos e ciclos de estudos da Universidade do Porto.

Objecto
A Universidade do Porto, através das suas Faculdades, institui um regime de
frequência de unidades curriculares singulares constantes dos planos de
estudos dos seus cursos e ciclos de estudos.

Objectivos
A frequência de unidades curriculares singulares visa proporcionar aos
candidatos o aprofundamento e a actualização de conhecimentos nas diversas
áreas científicas dos ciclos de estudos, de cursos de especialização ou de
cursos de estudos avançados da Universidade do Porto quando existirem vagas
específicas.

Destinatários
A frequência de unidades curriculares singulares é facultada, através de
inscrição, a candidatos internos ou externos à U.Porto interessados em
aprofundar conhecimentos nas áreas de estudo oferecidas pela Universidade
do Porto e que possuam as qualificações definidas no presente regulamento.

Unidades curriculares e vagas


Para cada ano lectivo, serão estabelecidas e divulgadas pelas Unidades
Orgânicas da Universidade do Porto no seu Sistema de Informação quais as

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unidades curriculares singulares passíveis de frequência neste regime, bem


como as respectivas vagas.
Qualificações de acesso
1. Podem candidatar-se à frequência das unidades curriculares singulares de
cursos de primeiro e segundo ciclos e de mestrados integrados da
Universidade do Porto:
a) Estudantes da U.Porto matriculados e inscritos nos seus ciclos de estudos e
ainda os estudantes de mobilidade;
b) Estudantes inscritos em outros estabelecimentos de ensino superior;
c) Titulares de cursos médios ou superiores, nacionais ou estrangeiros;
d) Outros candidatos cujo curriculum a Direcção do Ciclo de Estudos entenda
compatível com a frequência de unidades curriculares desse ciclo.
2. O acesso à frequência de unidades curriculares de terceiro ciclo da U.Porto
está dependente das condições que para o efeito venham eventualmente
definidas pelos seus directores.

Candidatura
1. Os candidatos à frequência de unidades curriculares singulares deverão,
apresentar os seguintes documentos:
a) Requerimento específico;
b) Comprovativos das qualificações de que sejam possuidores, caso não sejam
estudantes da U.Porto;
c) Os estudantes da U.Porto deverão entregar o documento referido em a) na
secretaria da Unidade Orgânica de origem ou utilizar o Sistema de Informação
para apresentar o requerimento, enquanto que os outros estudantes deverão
entregar os documentos na secretaria da Unidade Orgânica que ministra o
curso.
2. Sempre que a candidatura à frequência de unidades curriculares singulares,
em unidade orgânica diferente daquela em que o(a) estudante da U.Porto
está inscrito(a), resulte de opções em áreas científicas previstas no seu plano
de estudos, o(a) estudante em causa terá prioridade na inscrição, desde que
realizada ao abrigo de um contrato de estudos e de um compromisso de
reconhecimento académico assinado pela unidade orgânica de origem,
conforme formulário existente na U.Porto. Neste caso não haverá lugar ao
pagamento de propina ou taxa.

Seriação dos candidatos


1. Nos casos em que o número de candidatos em condições de admissão
ultrapasse os numeri clausi definidos para cada unidade curricular, a sua
seriação será realizada pela ordem de inscrição, salvaguardadas as condições
definidas no nº 2 do artigo anterior.

Inscrição
1. Os estudantes da U.Porto admitidos devem proceder à sua inscrição na
secretaria da Unidade Orgânica de origem ou através do sistema de

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informação, indicando a(s) unidade(s) curricular(es) singular(es), de acordo


com o calendário de inscrições da U.Porto;
2. Os candidatos externos à U.Porto admitidos devem proceder à sua inscrição
na secretaria da Unidade Orgânica que ministra o ciclo de estudos, indicando
a(s) unidade(s) curricular(es) singular(es), de acordo com o calendário de
inscrições da U.Porto;
3. O número de créditos da totalidade de unidades curriculares que cada
candidato frequenta na U.Porto não pode ultrapassar 75 créditos por ano
lectivo;
4. Os estudantes da U.Porto serão registados no SI, aquando da inscrição em
unidades curriculares singulares não contempladas no seu plano de estudos,
como “estudantes multidisciplinares” (conforme Glossário Académico da
U.Porto);
5. Os estudantes externos à U.Porto serão registados no SI como “estudantes
extraordinários”, de acordo com a legislação em vigor.

Frequência
Os estudantes admitidos à frequência de unidades curriculares singulares
ficam sujeitos às respectivas regras de funcionamento e devem submeter-se à
avaliação praticada nas mesmas caso pretendam obter os créditos
correspondentes e consequente certificação.

Taxas
1. A frequência de cada unidade curricular singular dos ciclos de estudo e
cursos da Universidade do Porto está sujeita ao respectivo pagamento de 1/5
da propina anual em vigor para esses cursos ou ciclos de estudos.
2. Os conselhos directivos poderão autorizar, mediante fundamentação, a
redução dessa taxa até ao limite
de 20%.

Certidão
1. Aos estudantes que frequentem, com aproveitamento, unidades
curriculares singulares será conferida a respectiva certidão.
2. À emissão da certidão referida aplicam-se as taxas em vigor na U.Porto.

Secção Permanente do Senado de 11 de Julho de 2007. Alterado em 9 de


Julho de 2008.

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

ESTUDANTE-ATLETA DA U.PORTO

PREÂMBULO
O elevado valor educativo do desporto na formação e desenvolvimento de um
espírito saudável de cooperação e competição e os benefícios que lhe estão
associados são generalizadamente reconhecidos. Neste quadro de valores e
benefícios, as práticas desportivas devem ser apoiadas e encorajadas na
comunidade académica da U.Porto e entendidas como uma vertente de bem-
estar e como uma oportunidade de desenvolvimento físico, intelectual e
psicológico para todos.
As actividades desportivas na U.Porto constituem actualmente uma
importante componente da vida académica. Nos últimos dois anos, dezenas de
estudantes em representação da U.Porto têm-se destacado nos campeonatos
nacionais universitários, fruto de resultados desportivos de excelência,
sempre escorados em padrões éticos e cívicos exemplares. A excelência
destes resultados desportivos tem permitido também que muitos destes
estudantes representem a U.Porto em diversos campeonatos europeus e
integrem a lista de atletas que representam Portugal nos jogos da
Universíada.
Presentemente, a gestão do Desporto Universitário na Universidade rege-se
por critérios de qualidade, rigor e controlo adequados. Por isso, este é o
momento apropriado para que o Estatuto de Estudante-Atleta seja
implementado na U.Porto. O regulamento que define tal Estatuto na U.Porto
segue as orientações da Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto e
adopta as recomendações do CRUP no sentido da promoção do desporto junto
dos estudantes, investigadores, docentes e funcionários não docentes.
Esse regulamento rege-se pelas cláusulas seguintes:

Objecto
O presente Regulamento define o Estatuto de Estudante-Atleta da U.Porto,
especificando os direitos e
deveres dos estudantes que pratiquem desporto em representação da U.Porto.

Âmbito
Todo o estudante da U.Porto adquire o Estatuto de Estudante-Atleta quando
represente a Universidade em eventos desportivos promovidos ou
reconhecidos pelos Serviços de Acção Social da U.Porto, através do Gabinete
de Actividades Desportivas, ora em diante denominado por GADUP.

Requisitos de Estudante-Atleta U.Porto


1. Qualquer estudante da U.Porto pode ser abrangido pelo estatuto de
Estudante-Atleta se reunir cumulativamente os seguintes requisitos:
a) Representar a U.Porto por convocatória do GADUP em mais de 80% das
competições desportivas no âmbito do ensino superior ou, nos casos de

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

modalidades desportivas de âmbito nacional com apenas uma competição


anual, representar a U.Porto nessa competição e ficar classificado nas
primeiras 30% posições da qualificação final da modalidade;
b) Participar em 75% dos treinos da respectiva modalidade, participação essa
sob a direcção exclusiva do GADUP e demonstrada através do preenchimento
de um modelo de comprovação de treinos;
c) Participar em 20% dos treinos da respectiva modalidade, sob a direcção
exclusiva do GADUP, sempre que o estudante seja atleta federado e dispute o
campeonato nacional da 1ª ou 2ª divisão, ou níveis equivalentes. Esta
participação deve ser demonstrada através do preenchimento de um modelo
de comprovação de treinos, e da apresentação de provada sua condição de
atleta de competição através de documento certificado pela respectiva
Federação Nacional.
2. O Estatuto de Estudante-Atleta é mantido sempre que for observado apenas
um dos requisitos referidos nas alíneas do número anterior, embora com
limitações previstas no presente regulamento.
3. Para ser abrangido pelo Estatuto de Estudante-Atleta da U.Porto, o
estudante deve assumir o conjunto de obrigações enunciadas neste
regulamento.

Treinos
1) Para um estudante ser abrangido pelo Estatuto de Estudante-Atleta, os
treinos deverão satisfazer as seguintes condições:
a) Ser realizados nas instalações desportivas próprias ou disponibilizadas pela
Universidade do Porto e sob responsabilidade do GADUP;
b) Ter um carácter regular de pelo menos uma sessão semanal durante o ano
lectivo;
c) Os treinos deverão, sempre que possível, realizar-se em horas que não
coincidem com a actividade lectiva.
2) Para a contabilização da assiduidade excluem-se os períodos de exames,
caso existam, definidos pelas diversas unidades orgânicas.

Direitos do Estudante-Atleta U.Porto


1. O Estudante-Atleta U.Porto, tem os seguintes direitos:
a) Relevação de faltas às aulas motivadas pela comparência aos treinos e às
competições das modalidades em que represente a U.Porto no âmbito do
desporto no ensino superior;
b) Requerer exame a quatro disciplinas semestrais, ou equivalente, na época
especial para conclusão de curso;
c) Adiar a apresentação de trabalhos e relatórios escritos, de acordo com as
normas internas em vigor na respectiva unidade orgânica, sempre que haja
coincidência com competição que tenha que realizar em representação da
U.Porto no âmbito do desporto no ensino superior;
d) Realizar, em data a combinar com o docente, os testes escritos a que não
tenha podido comparecer devido à sua participação em competição em
representação da U.Porto no âmbito do desporto no ensino superior.

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

2. O estudante com Estatuto de Estudante-Atleta U.Porto forçado a


interromper a sua actividade desportiva devido a lesão duradoura, contraída
na prática desportiva universitária, continuará a usufruir das regalias obtidas
ao abrigo do presente Estatuto no ano lectivo em que a lesão ocorreu,
excepto no que se refere à falta às aulas.

Deveres do Estudante-Atleta U.Porto


O Estudante-Atleta U.Porto tem os seguintes deveres:
a) Desenvolver a prática desportiva de forma exemplar, na total observância
das regras desportivas e éticas de cada modalidade e dentro dos princípios do
fair-play;
b) Defender e respeitar o bom-nome da U.Porto;
c) Ter aproveitamento escolar.

Controlo de presenças
O controlo de presenças em treinos, estágios e/ou competições, de carácter
regular, é da exclusiva responsabilidade do GADUP, que passará o respectivo
comprovativo de presença.

Duração dos benefícios


O Estudante-Atleta U.Porto goza de todos os benefícios previstos no presente
Estatuto, reunidos os requisitos, até ao final do primeiro semestre do ano
lectivo seguinte.

Listagem de Estudantes-Atletas U.Porto


1. Os serviços de Acção Social da Universidade do Porto, através do GADUP,
são responsáveis por manter no SIGARRA da U.Porto, na página do GADUP,
uma listagem actualizada dos estudantes abrangidos pelo presente Estatuto.
2. O exercício dos Direitos do Estudante-Atleta da U.Porto depende da
apresentação, nos serviços de secretaria das diferentes unidades orgânicas, de
comprovativo de participação do estudante em actividades elegíveis para a
aplicação deste Estatuto.

Perda do Estatuto de Estudante-Atleta U.Porto


Os direitos previsto pelo presente Estatuto cessam sempre que o Estudante-
Atleta:
a) Evidencie comportamentos que violem as regras desportivas e éticas de
cada modalidade;
b) Falte injustificadamente a uma competição para a qual foi expressamente
convocado, ou a mais de 25% dos treinos agendados;
c) Apresente, durante os treinos e competições, comportamentos não
dignificantes para a imagem e o bom-nome da U.Porto;
d) Desista da prática regular da modalidade desportiva;
e) Não tenha aproveitamento escolar.

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

Relatório
Sempre que se verifique alguma das situações previstas no artigo anterior, o
responsável da modalidade desportiva elaborará um relatório circunstanciado,
a apresentar ao Director do GADUP, no prazo máximo de 5 dias úteis a contar
do conhecimento efectivo das situações referidas.

Casos omissos
Os casos omissos e dúvidas na interpretação e implementação do presente
diploma, nomeadamente as resultantes da mudança do modelo de
ensino/aprendizagem que decorrem da implementação do processo de
Bolonha na U.Porto, serão decididos pelo Reitor, sob proposta do GADUP,
ouvido o Presidente do Conselho Directivo da unidade orgânica a que o
estudante pertence.

Secção Permanente do Senado de 10 de Outubro de 2007

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

CAPÍTULO IV: INSTITUTO DE CIÊNCIAS


BIOMÉDICAS ABEL SALAZAR
Fundado em 24 de Abril de 1975 pela Portaria nº 293/75 de 5 de Maio
(promulgado pelo Secretário de Estado do Ensino Superior e Investigação
Científica, António José Avelães Nunes) e dotado de personalidade jurídica
pelo Decreto-Lei 429/75 de 12 de Agosto. O ICBAS foi criado com o objectivo
de assegurar o ensino e a investigação no domínio das disciplinas básicas da
formação médica e paramédica e ainda parte da formação básica de
estudantes de veterinária, agronomia e biologia.

Excerto Portaria nº 293/75 de 5 de Maio:


“Prevê-se que a nova estrutura universitária se articule sobre unidades de
ensino de investigação mais especializadas do que as actuais Faculdades;
prevê-se ainda que o traçado dos curricula tenha um pendor fortemente
interdisciplinar, quer pelo estabelecimento de “troncos comuns” a vários
cursos, quer pela colaboração de vários departamentos ou institutos na
formação dos estudantes que sigam certa carreira.
A formação básica no sector das ciências médicas é um dos pontos onde fica
bem claro o artificialismo da organização do ensino superior com base nas
Faculdades: por um lado, existem nesse ciclo básico várias disciplinas
pertencentes a domínios do saber que não tinham a sua sede nas Faculdades
de Medicina; por outro, uma boa parte das disciplinas do ciclo básico de
Medicina são comuns à formação básica de outros profissionais, não só no
domínio das actividades paramédicas, como no domínio da veterinária e
agronomia, por exemplo.
Assim, e como medida prenunciadora das estruturas em que se pensa para o
ensino superior, é criado por esta portaria o Instituto de Ciências Biomédicas
Abel Salazar, destinado a tomar a seu cargo, à medida que as suas estruturas
o vão permitindo, a formação básica de estudantes que se destinem a
carreiras médicas e paramédicas e ainda parte da formação básica de
estudantes que se destinem a cursos afins, como os de veterinária, agronomia
e biologia.”

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NOVOS ESTATUTOS DO ICBAS


Publicados no Despacho 776/2010 de 6 de Janeiro, pelo Reitoria da
Universidade do Porto, José C. D. Marques dos Santos.

CAPÍTULO I
Disposições introdutórias
SECÇÃO I
Natureza, missão e fins

Natureza
O Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto
(ICBAS) é uma unidade orgânica de ensino e investigação com auto governo,
dotada de autonomia estatutária, científica, pedagógica, administrativa e
financeira e com capacidade tributária própria.

Missão e valores
- O ICBAS tem como missão criar, transmitir e difundir conhecimento na área
das ciências da saúde e da vida.
- O ICBAS garante a liberdade pedagógica, científica e cultural, assegura a
pluralidade e liberdade de expressão e promove a participação alargada na
vida académica.
- Na prossecução da sua missão, o ICBAS colabora estreitamente com as
restantes unidades orgânicas e com todas as instâncias da Universidade do
Porto ao mesmo tempo que assume um compromisso de abertura à
comunidade universitária e extra -universitária.
- O ICBAS desenvolve uma cultura de auto -avaliação e de avaliação
permanente, em obediência às normas legais e em articulação com os
procedimentos em vigor na Universidade do Porto, com vista à contínua
promoção dos mais elevados padrões de qualidade.

Fins
- Ministrar cursos de 1.º, 2.º e 3.º ciclos e Mestrados Integrados,
designadamente:
a) Mestrado Integrado em Medicina (em parceria com o Hospital de Santo
António — Centro Hospitalar do Porto);
b) Mestrado Integrado em Medicina Veterinária;
c) Mestrado Integrado em Bioengenharia (em parceria com a Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto);
d) Licenciatura em Ciências do Meio Aquático;
e) Licenciatura em Bioquímica (em parceria com a Faculdade de Ciências da
Universidade do Porto);
f) Mestrados e Doutoramentos na área das ciências da saúde e da vida;
g) Outros cursos que venham a ser criados.
- Promoção de acções de cursos de suporte à educação ao longo da vida;
- Investigação científica e desenvolvimento tecnológico;

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- Prestação de serviços inovadores e diferenciados de índole científica e


pedagógica;
- Divulgação de ciência e tecnologia à sociedade.

SECÇÃO II
Autonomia
- O ICBAS tem competência para:
a) Criar, alterar, suspender e extinguir cursos;
b) Fixar, para cada curso, as regras de acesso, matrícula, inscrição,
reingresso, transferência e mudança de curso;
c) Estabelecer os regimes de prescrições aplicáveis;
d) Definir os métodos de ensino e aprendizagem, incluindo os processos de
avaliação de conhecimentos;
e) Realizar experiências pedagógicas.

CAPÍTULO II
Órgãos de gestão

Órgãos de gestão central


- O ICBAS possui os seguintes órgãos de gestão:
a) Conselho de representantes;
b) Director;
c) Conselho executivo;
d) Conselho científico;
e) Conselho pedagógico;

SECÇÃO I
Conselho de representantes

Composição do Conselho de Representantes


1 — O Conselho de Representantes é composto por quinze membros, assim
distribuídos:
a) Nove representantes dos docentes ou investigadores do ICBAS, podendo até
um terço deles não possuir o grau de doutor;
b) Quatro representantes dos estudantes, de quaisquer ciclos de estudos do
ICBAS;
c) Um representante dos trabalhadores não docentes e não investigadores do
ICBAS;
d) Uma personalidade externa cooptada pelos restantes membros do Conselho
de representantes.

Competências do Conselho de Representantes


Compete ao Conselho de Representantes:
a) Eleger e destituir o Director;
b) Organizar o procedimento de eleição do Director, nos termos da lei, dos
presentes estatutos e do regulamento aplicável;

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c) Aprovar o seu regulamento de funcionamento;


d) Aprovar as alterações dos estatutos do ICBAS;
e) Apreciar os actos do Director e do Conselho Executivo;
f) Propor as iniciativas que considere necessárias ao bom funcionamento da
instituição;
g) Desempenhar as demais funções previstas na lei ou nos estatutos do ICBAS;
h) Compete ao Conselho de Representantes, sob proposta do Director:
i) Aprovar as propostas dos planos estratégicos do ICBAS e o plano de acção
para o quadriénio do mandato do Director e enviá-las ao Reitor;
j) Aprovar as linhas gerais de orientação do ICBAS no plano científico,
pedagógico e financeiro;
k) Criar, transformar ou extinguir departamentos do ICBAS;
l) Aprovar as propostas do plano de actividades e do orçamento de despesas e
receitas anuais do ICBAS e enviá-las ao Reitor;
m) Aprovar o relatório de actividades e as contas anuais e enviá–los para o
Reitor;
n) Pronunciar -se sobre os restantes assuntos que lhe forem apresentados pelo
Director.
o) Decidir sobre a criação, fusão, transformação e extinção de unidades de
investigação do ICBAS, ouvido o conselho científico.
p) Decidir sobre a afiliação de grupos académicos ao ICBAS.

SECÇÃO II
Director

Competências do Director
Ao Director do ICBAS compete:
a) Representar o ICBAS no senado, perante os demais órgãos da instituição e
perante o exterior;
b) Presidir ao Conselho Executivo e dirigir os serviços do ICBAS.
c) Aprovar o calendário e horário das tarefas lectivas, ouvidos o conselho
científico e o Conselho Pedagógico;
d) Executar as deliberações do conselho científico e do Conselho Pedagógico,
quando vinculativas;
e) Exercer o poder disciplinar que lhe seja delegado pelo Reitor;
f) Submeter ao Conselho de Representantes os planos estratégicos do ICBAS e
o plano de acção para o quadriénio do seu mandato, ouvido o conselho
científico;
g) Propor ao Conselho de Representantes as linhas gerais de orientação do
ICBAS no plano científico, pedagógico e financeiro;
h) Submeter ao Conselho de Representantes o orçamento e o plano de
actividades, bem como o relatório de actividades e as contas;
i) Propor ao Conselho de Representantes a criação, transformação ou extinção
de Departamentos do ICBAS, ouvido o conselho científico;

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j) Elaborar conclusões sobre os relatórios de avaliação das unidades de


investigação que integram a unidade orgânica e daquelas em que participam
os seus docentes e investigadores;
k) Propor ao Reitor a criação ou alteração de ciclos de estudos, ouvido o
conselho científico e o Conselho Pedagógico;
l) Propor ao Reitor os valores máximos de novas admissões e de inscrições nos
termos legais;
m) Emitir os regulamentos necessários ao bom funcionamento do ICBAS;
n) Homologar a distribuição do serviço docente tendo em conta a sua
exequibilidade do ponto de vista financeiro e operacional;
o) Decidir quanto à nomeação e contratação de pessoal, a qualquer título;
p) Arrecadar e gerir as receitas e autorizar a realização de despesas e
pagamentos;
q) Decidir sobre a aceitação de bens móveis;
r) Nomear e exonerar, nos termos da lei e dos estatutos, os dirigentes dos
serviços do ICBAS;
s) Exercer quaisquer outras funções que lhe sejam delegadas pelo Reitor;
t) Exercer as demais funções previstas na lei ou nos estatutos.

SECÇÃO III
Conselho executivo

Composição do Conselho Executivo


1 — O Conselho Executivo é composto por:
a) Director, que preside;
b) Quatro vogais, sendo dois docentes, um estudante e um funcionário não
docente, designados pelo Director.

Competências do Conselho Executivo


Compete ao Conselho Executivo:
a) Coadjuvar o Director no exercício das suas competências;
b) Exercer as competências delegadas pelo Conselho de Gestão da
Universidade.

SECÇÃO IV
Conselho científico

Composição do conselho científico


1 — O conselho científico tem 25 membros.
2 — O Presidente do conselho científico é o Director do ICBAS e o Vice -
Presidente é nomeado pelo Director sob proposta do conselho científico.
3 — Os membros do conselho científico são:
a) Representantes eleitos pelo conjunto dos:
i) Professores e investigadores de carreira, em maioria na totalidade dos
membros desta alínea;

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ii) Restantes docentes e investigadores em regime de tempo integral, com


contrato de duração não inferior a um ano, que sejam titulares do grau de
doutor, qualquer que seja a natureza do seu vínculo à Universidade do Porto.
b) 5 Representantes das unidades de investigação, sediadas no ICBAS,
reconhecidas e avaliadas nos termos da lei com a avaliação de pelo menos
muito bom, em que participem professores e investigadores de carreira
vinculados à unidade orgânica, ou outros docentes e investigadores, titulares
do grau de doutor, também vinculados à unidade orgânica e com contratos
com a duração mínima de um ano;
c) 4 Personalidades convidadas de reconhecida competência do HSA — Centro
Hospitalar do Porto, no âmbito do ensino da Medicina (são cooptados pelos
membros referidos na alínea a) deste número);
d) Os membros referidos na alínea a) deste artigo são:
i) Um professor de carreira, representante de cada departamento, eleito pelo
conjunto de professores e investigadores do respectivo departamento;
ii) Pelo menos 5 professores ou investigadores eleitos em listas abertas;
6 — Perdem o mandato os membros referidos na alínea b) do n.º 3 deste artigo
quando a unidade de investigação que representam tiver uma avaliação
inferior a muito bom.

Competências do conselho científico


1 — Ao conselho científico compete:
a) Pronunciar -se sobre as propostas dos planos estratégicos do ICBAS;
b) Apreciar o plano de actividades científicas do ICBAS, propondo acções no
seu âmbito e cooperando na sua implementação;
c) Pronunciar -se sobre a criação, transformação ou extinção de
Departamentos;
d) Pronunciar -se sobre a criação, fusão, transformação e extinção de
unidades de investigação do ICBAS;
e) Pronunciar -se sobre as conclusões elaboradas pelo Director, sobre os
relatórios de avaliação das unidades de investigação que integram a unidade
orgânica e daquelas em que participam os seus docentes e investigadores;
f) Deliberar sobre a distribuição do serviço docente, verificando a sua
compatibilidade com os planos de estudos e calendários em vigor e
sujeitando-a a homologação do Director do ICBAS;
g) Pronunciar -se sobre a criação de ciclos de estudo em que participe a
unidade orgânica e aprovar os respectivos planos de estudos;
h) Apreciar os relatórios anuais de funcionamento de ciclos de estudos e de
cursos não conferentes de grau, emitindo recomendações para uma melhoria
contínua;
i) Promover uma cultura institucional de elevada qualidade e ética científica;
j) Supervisionar e procurar garantir a qualidade científico–pedagógica da
oferta de formação;
k) Promover e apoiar o desenvolvimento, a coordenação estratégica e a
internacionalização da oferta de formação avançada, sobretudo a nível dos 2.º
e 3.º ciclos de estudos;

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l) Propor a concessão de títulos ou distinções honoríficas;


m) Propor ou pronunciar -se sobre a instituição de prémios;
n) Propor ou pronunciar -se sobre a realização de acordos e parcerias
internacionais;
o) Propor a composição dos júris de provas e de concursos académicos;
p) Praticar os outros actos previstos na lei relativos à carreira docente e de
investigação e ao recrutamento de pessoal docente e de investigação;
q) Elaborar e aprovar o seu regulamento de funcionamento interno;
r) Exercer as demais competências atribuídas por lei.
2 — Os membros do conselho científico não podem pronunciar–se sobre
assuntos referentes a:
a) Actos relacionados com a carreira de docentes com categoria superior à
sua;
b) Concursos ou provas em relação às quais reúnam as condições para serem
opositores.

Competências do Presidente do conselho científico


1 — Compete ao Presidente do conselho científico:
a) Presidir às reuniões do conselho científico, tendo voto de qualidade;
b) Exercer as competências que lhe forem delegadas.
2 — Compete ao Vice -Presidente:
a) Coadjuvar o Presidente no exercício das suas funções;
b) Substituir o Presidente nas suas faltas e impedimentos;
c) Substituir o Presidente nos órgãos em que tenham lugar por inerência
simultaneamente o Director e o Presidente do conselho científico.

SECÇÃO V
Conselho pedagógico

Composição do Conselho Pedagógico


1 — O Conselho Pedagógico tem 16 membros, igualmente repartidos entre
representantes do corpo docente e dos estudantes, com a seguinte
distribuição:
a) 8 representantes dos docentes dos programas de qualquer ciclo de estudos;
b) 8 representantes dos estudantes de programas de qualquer ciclo de
estudos.

Competências do Conselho Pedagógico


Compete ao Conselho Pedagógico, designadamente:
a) Pronunciar -se sobre as orientações pedagógicas e os métodos de ensino e
de avaliação;
b) Promover a realização de inquéritos regulares ao desempenho pedagógico
do ICBAS e a sua análise e divulgação;
c) Promover a realização da avaliação do desempenho pedagógico dos
docentes, por estes e pelos estudantes, bem como a sua análise e divulgação;

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d) Apreciar as queixas relativas a falhas pedagógicas e propor as providências


consideradas necessárias;
e) Aprovar os regulamentos pedagógico e de avaliação do aproveitamento dos
estudantes;
f) Pronunciar -se sobre o regime de prescrições e de precedências;
g) Pronunciar -se sobre a criação de ciclos de estudos em que participe a
unidade orgânica e sobre os respectivos planos de estudos;
h) Pronunciar -se sobre a instituição de prémios escolares;
i) Pronunciar -se sobre o calendário lectivo e os mapas de exames do ICBAS;
j) Aprovar o seu regimento interno;
k) Propor ao Director os horários das tarefas lectivas;
l) Apreciar relatórios anuais de funcionamento de ciclos de estudos e de
cursos não conferentes de grau;
m) Proporcionar aos estudantes aconselhamento sobre matérias de índole
pedagógica;
n) Promover a formação pedagógica contínua dos docentes;
o) Promover uma cultura institucional de elevada qualidade e ética
pedagógica;
p) Exercer as demais competências atribuídas pela lei.

Competências do Presidente do Conselho Pedagógico


1 — Compete ao Presidente do Conselho Pedagógico, designadamente:
a) Presidir às reuniões do Conselho Pedagógico, tendo voto de qualidade;
b) Executar as delegações de competências que lhe forem cometidas.
2 — Compete ao Vice -Presidente:
a) Coadjuvar o Presidente no exercício das suas funções;
b) Substituir o Presidente nas suas faltas e impedimentos.

Funcionamento do Conselho Pedagógico


O Conselho Pedagógico funciona de acordo com regulamento próprio aprovado
por maioria dos membros que o integram.

CAPÍTULO III
Organização

O ICBAS está organizado em:


a) Departamentos;
b) Serviços.

SECÇÃO I
Subunidades orgânicas

Constituição de subunidades orgânicas Departamentos:


1 — As subunidades orgânicas do ICBAS, adiante designadas por
Departamentos, agrupam os recursos humanos e materiais associados a

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grandes áreas de conhecimento, delimitadas em função de objectivos próprios


e de metodologias e técnicas de investigação específicas.
2 — Os Departamentos caracterizam -se por um conjunto de áreas científicas
próprias, e compete -lhes o enquadramento do pessoal docente, investigador
e técnico adstrito a essas áreas;
3 — Nenhum elemento do pessoal do ICBAS poderá estar simultaneamente
adstrito a mais do que um Departamento;
4 — A constituição de novos Departamentos deve visar o enquadramento de
um número mínimo de 10 docentes e investigadores, 5 dos quais, pelo menos,
deverão ser doutorados em regime de tempo integral, com pelo menos 1
professor associado ou catedrático.
5 — Excepcionalmente, poderão ser constituídos Departamentos enquadrando
um número mínimo de cinco docentes e investigadores doutorados, em regime
de tempo integral.
6 — Os Departamentos constituídos ao abrigo do número anterior:
a) Não terão representação nos órgãos de gestão central do ICBAS;
b) Poderão ser extintos ao fim de cinco anos se, nesse prazo não atingirem a
dimensão indicada no n.º 4 deste artigo.

Competências dos Departamentos


Aos Departamentos compete, nomeadamente:
a) O ensino nos cursos conferentes ou não de grau do ICBAS, ou em que este
participe;
b) A investigação científica e desenvolvimento tecnológico;
c) A difusão e valorização de resultados da investigação;
d) A prestação de serviços ao exterior.

Órgãos de gestão
1 — Cada Departamento possui, obrigatoriamente, como órgãos de gestão um
Director e um Conselho de Departamento. O Director do Departamento que
preside ao Conselho de Departamento é nomeado pelo Director do ICBAS, de
entre os membros do Departamento e sob proposta desse Conselho.
2 — O Regulamento do Departamento poderá prever a existência de uma
comissão executiva.

Modelo organizativo
Os Departamentos existentes, no ICBAS à data da realização deste documento
são:
1 — Anatomia
2 — Biologia Molecular
3 — Ciências do Comportamento
4 — Clínicas Veterinárias

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5 — Estudos de Populações
6 — Imuno-Fisiologia e Farmacologia
7 — Microscopia
8 — Patologia e Imunologia Molecular
9 — Produção Aquática
10 — Química

SECÇÃO II
Associação de estudantes
1 — O ICBAS reconhece a Associação de Estudantes do ICBAS como parceiro
privilegiado na prossecução da sua missão, enquanto representante dos
interesses dos estudantes.
2 — O ICBAS reconhece à AEICBAS o direito de:
a) Ser ouvida pelos órgãos da Escola acerca dos planos de estudos, da
orientação pedagógica, dos métodos de ensino, do regulamento de avaliação
de conhecimentos, e em geral, sobre todos os assuntos de interesse dos
estudantes;
b) Instalar a sua sede no edifício do ICBAS;
c) Intervir ou estar associada à gestão dos espaços de convívio, bar e outros
afectos a actividades culturais, sociais e desportivas.

Grupos Académicos
- O ICBAS reconhece a importância e apoia a existência de grupos académicos
que promovam actividades de índole cultural, artística e de solidariedade
social.

SECÇÃO III
Cursos

Órgãos de gestão dos cursos


1 — Os programas de qualquer ciclo de estudos possuem os seguintes órgãos
de gestão:
a) Director;
b) Comissão científica;
c) Comissão de acompanhamento.
2 — Os cursos de formação contínua funcionam na dependência do Conselho
Executivo do ICBAS.

Designação dos directores de curso


Os directores de curso de qualquer ciclo de estudos são professores
catedráticos ou associados, designados pelo Director do ICBAS, ouvidos os
directores dos Departamentos.

Comissões científicas
As comissões científicas são constituídas pelo Director de curso, que preside,
e por dois a quatro professores ou investigadores doutorados, designados nos

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termos previstos nos respectivos regulamentos, sendo homologadas pelo


Director do ICBAS.

Comissões de acompanhamento
As comissões de acompanhamento são constituídas pelo Director de curso, que
preside, e por outros três membros, um docente e dois discentes do curso, a
escolher nos termos do disposto no respectivo regulamento.

Competências dos órgãos de gestão dos cursos


1 — Aos directores dos cursos compete:
a) Assegurar o normal funcionamento do curso e zelar pela sua qualidade;
b) Gerir as dotações orçamentais que lhe forem atribuídas pelos órgãos de
gestão do ICBAS;
c) Assegurar a ligação entre o curso, departamento e outras entidades
responsáveis pela leccionação de disciplinas do curso;
d) Divulgar e promover o curso junto dos potenciais interessados;
e) Elaborar e submeter ao Director do ICBAS propostas de organização ou
alteração dos planos de estudo, ouvida a respectiva comissão científica;
f) Solicitar a leccionação das unidades curriculares do curso às entidades
envolvidas, submetendo a distribuição do serviço docente, articulado com as
mesmas, à deliberação dos órgãos competentes, ouvida a comissão científica
do curso;
g) Elaborar e submeter ao Director da unidade orgânica propostas de regimes
de ingresso e de numerus clausus, ouvida a respectiva comissão científica;
h) Elaborar anualmente um relatório sobre o funcionamento do curso, ao qual
serão anexos relatórios das respectivas disciplinas, a preparar pelos
respectivos docentes responsáveis;
i) Organizar os processos de equivalência de disciplinas e de planos individuais
de estudos;
j) Presidir às reuniões da comissão científica e da comissão de
acompanhamento do curso.
2 — Os directores e comissões científicas dos cursos de 3.º ciclo poderão ter
competências adicionais específicas que forem fixadas nos respectivos
regulamentos.
3 — Às comissões de acompanhamento compete zelar pelo normal
funcionamento dos cursos e propor medidas que visem ultrapassar as
dificuldades funcionais encontradas.
SECÇÃO IV
Serviços

Fins e atribuições
1 — Os serviços visam apoiar de uma forma organizada o funcionamento dos
Departamentos, dos cursos e das restantes actividades do ICBAS.
2 — O seu número, designação e organização, bem como as respectivas
atribuições e modo de funcionamento são definidos pelo Conselho de
Representantes do ICBAS, sob proposta do Director.

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CAPÍTULO V
Disposições gerais

Reuniões
1 — Os órgãos de gestão têm reuniões ordinárias e extraordinárias.
2 — A forma de convocação das reuniões e a periodicidade das reuniões
ordinárias estarão previstas nos regulamentos de cada órgão ou
Departamento.
3 — A presença às reuniões dos órgãos de gestão é obrigatória, competindo
aos respectivos presidentes a comunicação ao Conselho Executivo das faltas
que não tenham sido justificadas nos termos da lei.
4 — As deliberações dos órgãos de gestão só serão válidas desde que esteja
presente a maioria dos seus membros, ou, em segunda convocatória, o
número de membros legalmente exigido para o efeito.
5 — As deliberações são tomadas por maioria de votos dos membros presentes,
salvo as alterações aos estatutos, a ratificação do Conselho Executivo, as
destituições e as alterações aos regulamentos de funcionamento e eleitorais,
que necessitarão da aprovação de dois terços dos membros presentes.
6 — Aos presidentes dos órgãos de gestão compete convocar e dirigir as
reuniões, providenciar a elaboração das respectivas actas e exercer voto de
qualidade nas votações em que tal for necessário.
7 — De todas as reuniões deverão ser elaboradas actas resumidas com as
resoluções aí aprovadas.
8 — Os mecanismos de elaboração das actas resumidas, bem como os da sua
divulgação, deverão constar dos regulamentos de cada órgão de gestão.

Incompatibilidades
1 — Apenas podem ser desempenhados por professores catedráticos ou
associados em regime de tempo integral os seguintes cargos:
a) Presidente e Vice -Presidente do Conselho de Representantes;
b) Director e Subdirector do ICBAS;
c) Vice -Presidente do conselho científico;
d) Presidente e Vice -Presidente do Conselho Pedagógico;
e) Director e Subdirector de departamento.
2 — O exercício do cargo de membro do Conselho Executivo do ICBAS é ainda
incompatível com o desempenho das funções de membro do Conselho de
Representantes.

ELEIÇÕES

Eleição dos membros do Conselho de Representantes


Os membros do Conselho de Representantes são eleitos directamente pelo
respectivo

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Corpo(excepto a personalidade externa), segundo o sistema de representação


proporcional das várias listas e o método de Hondt.

Designação das personalidades externas


A personalidade externa é designada pelo Conselho de Representantes, por
proposta dos seus membros.

Eleição dos membros do Conselho Pedagógico


Os membros do Conselho Pedagógico Representantes são eleitos directamente
pelo respectivo Corpo por sufrágio directo e universal e pelo método de
Hondt, em listas completas e abertas, cuja composição deverá traduzir a
diversidade de ciclos de estudos ministrados no ICBAS.

Eleição do Director
1 — O Director do ICBAS é eleito em escrutínio secreto pelo Conselho de
Representantes, de entre professores ou de investigadores doutorados da
Universidade do Porto ou de outras instituições, nacionais ou estrangeiras, de
ensino universitário ou de investigação, que se tenham candidatado.
2 — A eleição do Director recairá no candidato que obtenha, em primeiro
escrutínio, mais de metade dos votos expressos.
3 — Não havendo nenhum candidato que obtenha aquela maioria, proceder -se
-á a segundo escrutínio entre os dois candidatos mais votados.
4 — O mandato do Director tem a duração de quatro anos, podendo ser
renovado uma única vez.
5 — Em caso de cessação antecipada do mandato haverá lugar a nova eleição
nos termos do presente artigo, iniciando o Director eleito um novo mandato.

Mandatos
1 — A duração dos mandatos é de quatro anos, excepto no caso dos estudantes
em que é de dois anos, e só termina com a entrada em funções de novos
membros.
2 — Perdem o mandato os membros dos órgãos de gestão central ou dos
departamentos que:
a) Sejam destituídos dos cargos nos casos previstos nos regulamentos
aplicáveis;
b) Ultrapassem os limites de faltas estabelecidos nos respectivos
regulamentos internos;
c) Alterem a qualidade em que foram eleitos.

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MEDICINA
Apesar do ICBAS, já ter sido fundado em 1975, só com o Decreto nº 164/79 de
31 de Dezembro (promulgado por Maria de Lurdes Pintassilgo e Luís Eugénio
Caldas Veiga da Cunha), é que foi criada a licenciatura de Medicina, sendo
esta ministrada no ICBAS em colaboração com Hospital Geral de Santo
António.

Decreto-Lei n. 206/2004 de 19 de Agosto

Os hospitais com ensino pré-graduado e investigação científica em Portugal


estão abrangidos pelo novo regime jurídico da gestão hospitalar, aprovado
pela Lei n. 27/2002, de 8 de Novembro, que determina, no seu artigo 15.o,
que os aspectos relacionados com a interligação entre o exercício clínico e as
actividades de formação e de investigação no domínio do ensino dos
profissionais de saúde devem ser objecto de diploma específico.
A complexidade da gestão dos problemas de saúde actuais nestes hospitais
implica a aquisição de competências indispensáveis nas áreas da
comunicação, interacção e auto-aprendizagem, sem esquecer a necessária
difusão de uma cultura de serviço, de descoberta, de ensino, de troca de
conhecimentos.
Estes objectivos só se atingem com líderes reconhecidos e, em escolas que
encorajem uma procura colectiva do conhecimento e a sua transmissão, pela
educação e envolvimento dos profissionais, princípios que devem estar
presentes nas normas orientadoras dos cuidados a prestar ao doente.
O hospital com ensino, sendo mais do que um centro académico, deve ser o
suporte intelectual do sistema da saúde, devendo o ensino estender-se para lá
dos muros da instituição hospitalar.
Um centro médico académico deve estar integrado numa rede de hospitais e
centros de saúde devidamente credenciados e deve ter como objectivo
alcançar a excelência no serviço, ensino e investigação, pela introdução de
práticas baseadas na evidência e inovação no serviço, fazendo traduzir a
investigação na prática e, ainda, gerir adequadamente uma base de
conhecimento em crescimento e desenvolver novas formas de organização do
trabalho.
A legislação não tem sido suficientemente clara nem explícita no que respeita
à definição dos princípios subjacentes ao relacionamento entre as entidades
prestadoras de cuidados de saúde e as instituições responsáveis pelo ensino, a
educação e a investigação científica.
Por esta razão, tem-se verificado, em muitos casos, uma dicotomia de funções
e uma bicefalia de responsabilidades, inadequadas e contraditórias, tendo em
conta a natureza complementar e o objectivo comum da vocação de ambas as
entidades, que urge ultrapassar.

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Por outro lado, dado o novo enquadramento legal definido para a rede de
cuidados hospitalares em articulação com as outras redes de cuidados de
saúde, torna-se indispensável identificar quais as questões que, no quadro das
relações entre os serviços de saúde e as unidades orgânicas das universidades,
deverão figurar nos protocolos a estabelecer entre eles.
A Lei n. 27/2002, de 8 de Novembro, entretanto regulamentada pelo Decreto-
Lei n. 188/2003, de 20 de Agosto, determina aos profissionais da rede de
prestação de serviços de saúde um desempenho com qualidade, atempado e
humanizado.
Por maioria de razão é agora exigido às unidades com ensino que utilizem as
melhores práticas clínicas ao longo de todo o processo assistencial, em
qualquer das suas vertentes de prevenção, diagnóstico, terapêutica ou
reabilitação.
De facto, o ensino das ciências e das tecnologias da saúde, a par da
investigação biomédica e clínica, deve ser ministrado em serviços de
excelência, devendo, em simultâneo, ajudar a manter a qualidade dos
cuidados prestados à população.
Este diploma pretende criar mecanismos transparentes entre as organizações
envolvidas, de forma a tornar claras as relações e o resultado final, e
pretende estabelecer uma definição clara de responsabilidades e de
mecanismos partilhados.
Assim:
No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido pelo artigo 15.o do
regime jurídico da gestão hospitalar, aprovado pela Lei n. 27/2002, de 8 de
Novembro, e nos termos das alíneas a) e c) do n. 1 do artigo 198. da
Constituição, o Governo decreta o seguinte:

CAPÍTULO I
Disposições gerais

Objecto e âmbito
1 — O presente diploma estabelece o regime jurídico dos hospitais com ensino
pré-graduado e de investigação científica, definindo, designadamente, os
modelos de interligação entre o exercício clínico e as actividades de formação
e de investigação no domínio do ensino dos profissionais de saúde.
2 — Para os efeitos do disposto no número anterior, consideram-se
abrangidos:
a) Os hospitais integrados na rede de prestação de cuidados de saúde
hospitalares, de harmonia com o disposto no n. 1 do artigo 1.o do regime
jurídico da gestão hospitalar, aprovado pela Lei n. 27/2002, de 8 de
Novembro;
b) Os serviços e entidades integrados nas redes de prestação de cuidados de
saúde primários e de cuidados continuados, constantes, respectivamente, do
artigo 1.o do Decreto-Lei n. 60/2003, de 1 de Abril, e do artigo 1.o do
Decreto-Lei n. 281/2003, de 8 de Novembro;

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c) Os serviços, departamentos e unidades funcionais dos estabelecimentos


referidos nas alíneas anteriores, cujas autonomia de gestão e competência
científica, pedagógica e profissional permitam a celebração de um protocolo
de cooperação com um estabelecimento de ensino;
d) Outras instituições do sector social ou privado do sector da saúde que, por
força do seu objecto, possam actuar em articulação com as instituições de
ensino e investigação no domínio das ciências e tecnologias da saúde.
3 — O presente diploma aplica-se, ainda, aos estabelecimentos, ou às suas
partes funcionalmente autónomas, que integram a rede de prestação de
cuidados de saúde, com os quais sejam celebrados protocolos de colaboração
destinados ao ensino das ciências farmacêuticas, da enfermagem e das
tecnologias da saúde, de harmonia com o disposto no artigo 13.o

Princípios gerais
1 — As unidades prestadoras de cuidados de saúde que participam em
actividades de ensino e investigação devem corresponder aos princípios
constantes dos números seguintes.
2 — Quanto à prestação de cuidados de saúde:
a) Cooperar para que a investigação e o ensino universitário possam ser
utilizados numa melhoria progressiva da prestação dos cuidados de saúde;
b) Rentabilizar os recursos assistenciais destinados à docência e à investigação
biomédica e clínica.
3 — Quanto à investigação biomédica e clínica:
a) Fomentar uma maior concertação científica, reforçando as sinergias
existentes ao nível nacional;
b) Potenciar a investigação coordenando as actividades docentes com as
assistenciais de forma a rentabilizar os recursos humanos e financeiros;
c) Promover a formação e o treino científico de forma a responder à
estratégia definida para as áreas clínica e de saúde pública;
d) Contemplar as áreas das ciências básicas de modo a favorecer o
alargamento do número de profissionais qualificados que acedem a uma
carreira universitária;
e) Aumentar o espaço de pesquisa, pela promoção de um maior número de
projectos de dimensão nacional de qualidade, medido em termos de
reconhecimento nacional e internacional, e diversificar as fontes de
financiamento;
f) Integrar no seu plano de actividades os projectos de investigação científica
numa base plurianual.
4 — Quanto ao ensino:
a) Promover a excelência na aplicação dos programas curriculares de acordo
com padrões estabelecidos;
b) Integrar na docência a formação profissional pós-graduada e a educação
médica contínua;
c) Promover modificações nas infra-estruturas e na metodologia educacional
tendentes à melhoria qualitativa da actividade escolar.

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5 — As unidades prestadoras de cuidados de saúde que participam em


actividades de ensino e investigação devem ser objecto de acreditação
periódica, nos termos da lei.

Protocolos de colaboração
1 — Para os efeitos da articulação entre as actividades de ensino ou de
investigação e a actividade clínica desenvolvida nos estabelecimentos ou
serviços e unidades constantes do n. 2 do artigo 1.o, são celebrados
protocolos entre estes e as universidades onde se ministre o curso de
licenciatura em Medicina.
2 — Os protocolos são subscritos pelo reitor da universidade e pelo presidente
do conselho de administração, ou órgão correspondente, da unidade
prestadora de cuidados de saúde.
3 — A celebração de protocolos pelas entidades a que se refere a alínea c) do
n. 2 do artigo 1.o está sujeita a autorização prévia dos órgãos de gestão da
entidade em que se integram.
4 — Os protocolos de colaboração referidos no n. 1 são homologados por
despacho conjunto dos Ministros da Saúde e da Ciência e do Ensino Superior.
5 — O acompanhamento da execução dos protocolos é assegurado por uma
comissão mista, de harmonia com o disposto nos artigos 9.o e 10.o
6 — Dos protocolos consta, obrigatoriamente:
a) A lista das unidades curriculares do curso de licenciatura em Medicina cuja
ministração vai ser assegurada no âmbito do protocolo, a respectiva duração e
conteúdo;
b) O serviço, departamento ou unidade funcional da unidade prestadora de
cuidados de saúde onde o ensino de cada unidade curricular é ministrado;
c) O processo de designação do pessoal da unidade prestadora de cuidados de
saúde que vai desempenhar funções docentes;
d) O modo de articulação e coordenação entre as actividades de ensino e de
investigação e a actividade
clínica assistencial, designadamente no que se refere aos recursos humanos;
e) Nos casos previstos nas alíneas b) e c) do n. 2 do artigo 1.o, a composição
da comissão mista;
f) Os procedimentos a adoptar para a alteração e cessação da vigência do
protocolo.
7 — Quando seja prevista a realização de ensino em regime de blocos ou
módulos a que se refere o Decreto--Lei n. 33/2002, de 19 de Fevereiro, dos
protocolos deve ainda constar:
a) O procedimento anual de fixação das unidades curriculares, ou parte delas,
abrangidas por este regime;
b) O valor da gratificação, em percentagem da remuneração base, a que se
refere o n. 3 do artigo 2.o do Decreto-Lei n. 33/2002, bem como os
procedimentos relativos ao seu processamento e ao processamento da
compensação prevista no n. 4 da mesma norma.

CAPÍTULO II

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Rede de prestação de cuidados de saúde


SECÇÃO I
Dos estabelecimentos e entidades com ensino e investigação

Definição
1 — É concedida a denominação «hospital com ensino universitário» aos
hospitais em que a totalidade ou a maioria dos serviços, departamentos e
unidades funcionais participe em actividades de ensino.
2 — É concedida a denominação «serviço com ensino universitário» ou «clínica
com ensino universitário»:
a) Aos serviços, departamentos e unidades funcionais dos hospitais com ensino
universitário que participam nas actividades de ensino;
b) Aos serviços, departamentos e unidades funcionais referidos na alínea c) do
n. 2 do artigo 1.o que participam nas actividades de ensino.
3 — A atribuição das denominações a que se referem os números anteriores é
feita, precedendo requerimento da unidade prestadora de cuidados de saúde,
por despacho conjunto dos Ministros da Saúde e da Ciência e do Ensino
Superior.
4 — É concedida a denominação «hospital universitário » aos hospitais com
ensino universitário que, em cada um dos serviços, departamentos e unidades
funcionais que participam nas actividades de ensino, satisfaçam,
cumulativamente, os seguintes requisitos:
a) Existência de um número significativo de médicos da carreira médica
hospitalar habilitados com o grau de doutor;
b) Capacidade assistencial de referência, evidenciada em termos de
desempenho, técnicas e tecnologias de vanguarda, bem como capacidade de
investigação instalada.
5 — A apreciação do preenchimento dos requisitos a que se refere o número
anterior é realizada por uma comissão de peritos constituída por despacho dos
Ministros da Saúde e da Ciência e do Ensino Superior, do qual consta a sua
composição.
6 — É concedida a denominação «serviço universitário» ou «clínica
universitária» aos serviços, departamentos e unidades funcionais dos hospitais
universitários que participam nas actividades de ensino.
7 — A atribuição da denominação «hospital universitário» é feita, precedendo
requerimento do hospital, por despacho conjunto dos Ministros da Saúde e da
Ciência e do Ensino Superior.
8 — A utilização das denominações a que se referem os números anteriores
cessa sempre que se verifique o não preenchimento superveniente dos
pressupostos da sua atribuição.
9 — A cessação da utilização da denominação é determinada por despacho
conjunto dos Ministros da Saúde e da Ciência e do Ensino Superior.

Da estrutura, órgãos e serviços


1 — A estrutura, composição e funcionamento dos órgãos e serviços das
unidades prestadoras de cuidados de saúde com ensino e investigação no

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domínio das ciências e tecnologias da saúde referidos na alínea a) do n. 2 do


artigo 1.o regem-se pelo Decreto-Lei n. 188/2003, de 20 de Agosto.
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior, os conselhos de
administração dos hospitais com ensino universitário, de harmonia com o
disposto no n. 1 do artigo anterior, podem integrar um vogal não executivo,
que, nos designados hospitais universitários nos termos do n. 4 do artigo
anterior, assume as funções de director pedagógico e científico.
3 — De harmonia com o disposto no número anterior, o vogal não executivo
tem apenas direito a voto nas matérias que constam do número seguinte.
4 — Compete ao conselho de administração tomar todas as decisões
relacionadas com a execução dos protocolos de colaboração referidos no
artigo 3.o, sob parecer da comissão mista, devendo promover a realização de
sessões cuja ordem do dia apenas diga respeito à aplicação dos mesmos.

Director pedagógico e científico


1 — De harmonia com o disposto no n. 2 do artigo anterior, o director
pedagógico e científico é nomeado pelo Ministro da Saúde, sob proposta da
respectiva unidade orgânica da universidade a apresentar ao presidente do
conselho de administração do hospital, de entre três médicos da carreira
médica hospitalar com experiência docente e perfil adequado e que,
cumulativamente, sejam professores universitários.
2 — Compete ao director científico e pedagógico:
a) Acompanhar a execução dos protocolos de colaboração, de harmonia com
os pareceres da comissão mista;
b) Compatibilizar, conjuntamente com o director clínico, os objectivos
assistenciais com os pedagógico-científicos, promovendo e dinamizando
acções destinadas a valorizar esse objectivo;
c) Emitir pareceres sobre as matérias a que se refere o n. 4 do artigo anterior;
d) Participar nas reuniões da comissão mista.

SECÇÃO II
Da comissão mista

Da comissão mista
1 — Nos estabelecimentos da rede de cuidados de saúde referidos na alínea a)
do n. 2 do artigo 1.o que celebrem um protocolo com estabelecimentos de
ensino previsto no artigo 3.o existe uma comissão mista.
2 — A comissão mista é nomeada por despacho conjunto dos Ministros da
Saúde e da Ciência e do Ensino Superior e é constituída pelos seguintes
elementos:
a) O presidente do conselho de administração do hospital;
b) O presidente do conselho directivo da unidade orgânica da universidade;
c) O presidente do conselho científico da unidade orgânica da universidade;
d) O director clínico do hospital;
e) O vogal não executivo previsto no n. 2 do artigo 7.o, quando exista.

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3 — Para os restantes estabelecimentos ou serviços referidos nas alíneas b), c)


ou d) do n. 2 do artigo 1.o, a comissão mista deve integrar representantes das
partes que subscrevem o protocolo, designados pelos órgãos de gestão das
entidades envolvidas.
4 — A comissão mista reúne, pelo menos, duas vezes ao ano, uma das quais no
mês de Junho, para apreciação das condições a definir para o ano lectivo
seguinte, e sempre que convocada pelo seu presidente ou por solicitação de
dois dos seus membros para assuntos específicos.
5 — Os membros da comissão mista escolhem entre si o respectivo presidente,
o qual possui voto de qualidade.
6 — Em tudo quanto não esteja previsto nos números anteriores, aplica-se,
subsidiariamente, o CPA, aprovado pelo Decreto-Lei n. 442/91, de 15 de
Novembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n. 6/96, de 31 de
Janeiro.

Competências da comissão mista


1 — À comissão mista compete assegurar e zelar pela execução dos protocolos
de colaboração referidos no artigo 3.o, bem como assegurar a
correspondência e a interligação logística e funcional entre o estabelecimento
universitário e os serviços, departamentos e unidades funcionais envolvidos na
leccionação do ensino médico pré-graduado, e na investigação biomédica e
clínica.
2 — À comissão mista compete dar parecer sobre:
a) A correspondência e interligação entre as unidades curriculares do curso de
licenciatura em Medicina e os serviços;
b) A criação, extinção ou transformação de serviços com implicações no
ensino;
c) As alterações curriculares que se repercutam na actividade dos serviços
hospitalares;
d) A atribuição de verbas de investimento para actividades assistenciais e de
educação e de investigação;
e) A promoção do cumprimento dos critérios de avaliação definidos nas
alíneas c) e d) do n. 1 do artigo 5.o;
f) Dar parecer de carácter científico sobre projectos de investigação a realizar
nos estabelecimentos da rede não abrangidos pelo Decreto-Lei n. 97/94, de 9
de Abril;
g) Dar parecer sobre o programa anual de investigação a integrar no plano de
actividades do hospital.
3 — A comissão mista deve ainda ser informada e pronunciar-se sobre a
abertura de concursos para lugares dos quadros permanentes no hospital e na
universidade, afectos a disciplinas ou serviços incluídos no protocolo.
4 — Sem prejuízo das competências dos respectivos órgãos institucionais e do
disposto no Decreto-Lei n. 312/84, de 26 de Setembro, compete ainda à
comissão mista apreciar os pedidos de acumulação do pessoal das carreiras
médicas que é convidado para o exercício de funções docentes, bem como do
pessoal docente necessário ao exercício de funções assistenciais.

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Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 24 de Junho de 2004 por José


Manuel Durão Barroso, Maria Manuela Dias Ferreira Leite, Maria da Graça
Martins da Silva Carvalho, Luís Filipe Pereira, tendo sido promulgado em 2 de
Agosto de 2004.
Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO.
Referendado em 5 de Agosto de 2004. O Primeiro-Ministro, Pedro Miguel de
Santana Lopes.

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PROTOCOLO DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL CELEBRADO ENTRE O


INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE ABEL SALAZAR E O HOSPITAL
GERAL DE SANTO ANTÓNIO, E. P. E.

O Decreto-Lei n. 206/2004, de 19 de Agosto, estabelece o regime jurídico dos


hospitais com ensino pré-graduado e de investigação científica, definindo,
designadamente, os modelos de interligação entre o exercício clínico e as
actividades de formação e de investigação no domínio do ensino dos
profissionais de saúde.
Assim, para articular as actividades de ensino ou de investigação e a
actividade clínica desenvolvida nos estabelecimentos ou serviços de saúde e
unidades constantes no n. 2 do artigo 1.o do referido diploma, previu o
legislador a celebração de protocolos de colaboração entre aqueles e as
universidades onde se ministre o curso de licenciatura em Medicina.
Nestes termos, os Ministros da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior decidem, ao abrigo do disposto no n. 4 do artigo 3.o do Decreto-Lei
n. 206/2004, de 19 de Agosto, homologar o protocolo de articulação
institucional celebrado entre o Instituto de Ciências Biomédicas de Abel
Salazar, da Universidade do Porto, e o Hospital Geral de Santo António, E. P.
E.

O Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar, da Universidade do Porto,


adiante designado por ICBAS, e o Hospital Geral de Santo António, E. P. E.,
adiante designado por HGSA, tendo em vista o ensino das disciplinas do ciclo
pré-clínico, clínico e da área de profissionalização da licenciatura em
Medicina do ICBAS, celebram entre si o presente protocolo que se rege pelas
seguintes cláusulas:

Artigo 1
O ICBAS e o HGSA, através dos seus órgãos de administração e ensino
(científicos e pedagógicos), são responsáveis pelo ensino das disciplinas da
licenciatura em Medicina atribuída pelo ICBAS, da Universidade do Porto.

Artigo 2
1—Incumbe ao HGSA, no âmbito do presente protocolo, o ensino das
disciplinas pré-clínicas que não forem ministradas pelo ICBAS, das disciplinas
clínicas e da área de profissionalização da licenciatura ICBAS/IHGSA.

Artigo 3
2—O ensino das disciplinas pode ser ministrado nos centros de saúde, hospitais
especializados ou outras instituições com quem o HGSA colabora ou venha a
colaborar no futuro.

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Artigo 4
Os órgãos de administração e gestão do ensino pré-graduado do HGSA são, de
acordo com o regulamento dos órgãos do ensino clínico e normas
regulamentares internas aprovadas pelo seu conselho de administração, os
seguintes:
a) Presidente do conselho de administração;
b) Director pedagógico e científico;
c) Docente secretário;
d) Comissão científica;
e) Comissão pedagógica;
f) Director clínico.

Artigo 5
Os órgãos do ICBAS que articularão com o HGSA são os conselhos directivo,
científico e pedagógico.

Artigo 6
Os regentes das disciplinas ministradas pelo HGSA serão propostos pelo
director pedagógico e científico, ouvida a comissão científica, ao presidente
do conselho de administração do HGSA, que os proporá, se não houver razões
em contrário, ao conselho científico do ICBAS para homologação.

Artigo 7
São regentes os professores-coordenadores das disciplinas incluídas no
currículo oficial da licenciatura em Medicina, aprovado pelo senado da
Universidade do Porto e publicado no Diário da República.

Artigo 9
1—Os restantes docentes para as diferentes disciplinas serão propostos pelos
respectivos regentes ao director pedagógico e científico, de entre os médicos
integrados nas carreiras do HGSA ou das instituições com quem tenham sido
estabelecidos protocolos.
2—Uma vez aprovados por este e ratificados pelo presidente do conselho de
administração do HGSA, os docentes serão por este
último propostos ao conselho científico do ICBAS para homologação.

Artigo 10
As regras de contratação dos regentes e restantes docentes são:
a) Os internos de especialidade e os assistentes serão contratados como
assistentes convidados;
b) Os assistentes doutorados e os assistentes graduados serão contratados
como professores auxiliares convidados;
c) O director clínico, os directores de departamento e os directores de serviço
serão contratados como professores catedráticos convidados pelo período de
tempo que dura a sua nomeação e no caso de serem regentes;

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d) Os chefes de serviço serão contratados como professores associados


convidados. Caso exerçam funções de director de serviço, de regência ou
possuam o grau de agregado serão igualmente contratados como professores
catedráticos convidados.

Artigo 11
1—Para além dos docentes convidados, o director pedagógico e científico
pode aceitar a proposta de docentes voluntários, que deverão ser médicos
internos ou do quadro do HGSA ou de instituições com quem haja protocolos,
que colaborarão de forma continuada e enquadrada no ensino da respectiva
disciplina, embora sem remuneração.
2—Estes docentes terão direito a obter documento curricular comprovativo,
sendo ainda dispensados do pagamento da propina anual, enquanto exercerem
essas funções, se se inscreverem como alunos de doutoramento no ICBAS.

Artigo 12
1—Os docentes e regentes contratados nos termos previstos no artigo 9.o
serão remunerados com 30% do vencimento correspondente à respectiva
categoria como docente universitário.
2—Os contratos dos docentes serão anuais e prorrogáveis por períodos de igual
duração.
3—Os regentes serão contratados por períodos de três anos, renováveis.
4—Os contratos dos regentes cessarão automaticamente no caso de
exoneração de funções do HGSA, exceptuando-se o caso de reforma por limite
de idade, em que os regentes se poderão manter até ao fim do ano lectivo.

Artigo 13
No conjunto, o número global de docentes e regentes contratados não poderá
exceder para o ciclo clínico e área de profissionalização a ralação 1 ETI
(equivalente de tempo integral) para quatro alunos inscritos no conjunto dos
três anos.

Artigo 14
Para além dos médicos contratados como docentes ou aceites como docentes
voluntários, nenhum médico interno ou do quadro do HGSA se pode recusar a
colaborar no ensino e investigação clínica se para tal for solicitado, conforme
está previsto na alínea d) do artigo 27.o do Decreto-Lei n. 73/90, de 6 de
Março (prestação do serviço docente será remunerada).

Artigo 15
A coordenação de utilização das instalações onde se ensina e do equipamento
utilizado é promovida pelo regente em função da actividade assistencial que
aí se efectue e sempre de acordo com o director dos departamentos ou
serviços envolvidos.

Artigo 16

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Compete ao ICBAS:
a) O pagamento das remunerações previstas;
b) Os encargos com o pessoal técnico e de apoio ao ensino;
c) O apetrechamento pedagógico dos serviços hospitalares através de
dotações específicas que para o efeito lhe sejam consignadas.

Artigo 17
1—Para assegurar a boa execução do presente protocolo é criada uma
comissão mista a quem incumbe exercer as competências definidas no artigo
10.o do Decreto-Lei n. 206/2004, de 19 de Agosto.
2—A comissão mista referida no número anterior é nomeada por despacho
conjunto dos Ministros da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e é
constituída pelos seguintes elementos:
a) O presidente do conselho de administração do HGSA;
b) O presidente do conselho directivo do ICBAS;
c) O presidente do conselho científico do ICBAS;
d) O director clínico do HGSA;
e) O director pedagógico e científico do HGSA.

Artigo 18
Para melhorar a articulação entre os órgãos científico e pedagógico das duas
instituições seguir-se-ão as seguintes regras:
a) Na comissão coordenadora do conselho científico do ICBAS terá assento
como observador o director científico e pedagógico;
b) Na comissão científica do HGSA terão assento como observadores os
presidentes dos conselhos científico e directivo do ICBAS;
c) No conselho pedagógico do ICBAS terá assento como observador um
representante dos docentes da comissão pedagógica do HGSA;
d) Na comissão pedagógica do HGSA terá assento como observador um
representante dos docentes da licenciatura em Medicina do conselho
pedagógico do ICBAS.

O Reitor da Universidade do Porto, José Carlos Diogo Marques dos Santos.e o


Presidente do Conselho de Administração do Hospital Geral de Santo António,
E. P. E., Fernando José M. Sollari Allegro. 10 de Novembro de 2006.

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REGULAMENTO DOS ÓRGÃOS DO ENSINO CLÍNICO

PREÂMBULO
O Ensino Clínico no Centro Hospitalar do Porto (CHP) é regulado pelos
seguintes diplomas legais:
1. Decreto 164/79, de 31 de Dezembro que determina que o ensino clínico do
curso do Mestrado Integrado em Medicina do Instituto Ciências Biomédicas
Abel Salazar (ICBAS) seja realizado no CHP ou nas instituições associadas;
2. Portaria 940/98, de 29 de Outubro, que aprova o Regulamento Interno do
CHP no qual se prevê (Art.6º nº.2, Art.9º nº.5 e Art.40º.) a existência do
ensino clínico pré-graduado com órgãos próprios;
3. DESPACHO nº. 4561/2007 de 13 de Março, que aprova o novo protocolo
entre o ICBAS e o HGSA;
4. Decreto-lei 206/2004 de 19 de Agosto estabelece o regime jurídico dos
hospitais com ensino médico pré-graduado e investigação científica.

No que respeita à área de ensino médico regulado pelos diplomas acima


referidos, os objectivos prioritários do CHP são:
1. A sintonia e harmonia entre a actividade hospitalar de assistencial, a
investigação científica e o ensino médico, pressupõem o envolvimento
e a responsabilidade institucional. Todos os serviços e profissionais, são
acometidos a essas actividades;
2. Deverá ser fomentada a obtenção de graus académicos, como
afirmação de prestígio e de capacidade científica individual e
institucional;
3. A ligação funcional permanente ao ICBAS, responsável pelo ciclo básico
e co-responsável pelos ciclos pré-clínico e clínico deve ser estreita, de
forma a preservar a unidade do curso do Mestrado Integrado em
Medicina, sendo desejável uma cooperação efectiva e permeabilidade
entre os respectivos órgãos, como previsto no protocolo.

ÓRGÃOS
Os órgãos de administração e gestão do Ensino Médico Pré-Graduado no
CHP são:
- Presidente do Conselho de Administração;
- Director Pedagógico e Cientifico;
- Adjunto do Director Pedagógico e Cientifico e Docente Secretário;
- Comissão Cientifica;
- Comissão Pedagógica;
- Director Clínico.

PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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O Presidente do Conselho de Administração é o responsável último pela


administração e gestão do ensino médico pré-graduado, cabendo-lhe
nomeadamente:
a) Convocar o Director Pedagógico e Científico como vogal não executivo
do Conselho de Administração, a participar nas reuniões do Conselho de
Administração, nos termos do Dec. Lei 206/2004, nº4 do art.º 6, nº 2 e
3 do artº. 7 e artº. 8.;
b) Integrar e presidir à Comissão Mista, conjuntamente com o Director
Pedagógico e Cientifico, Director Clínico, Presidente do Conselho
Directivo e Presidente do Conselho Científico do ICBAS;
c) Manter nos termos do protocolo, a ligação permanente ao ICBAS e à UP.

Único – Na situação eventual do Presidente do Conselho de Administração do


CHP, não ser médico, procederá à delegação prevista na alínea d) do n.º3 do
art.40º. da portaria 940/98, de forma a que as reuniões da Comissão Mista
sejam presididas pelo Director Pedagógico e Cientifico.

DIRECTOR PEDAGÓGICO E CIENTÍFICO


O Director do Pedagógico e Cientifico é nomeado pelo ministro ou por
delegação deste, sob proposta do Conselho de Administração nos termos
previstos no nº.1 do art.8º. Dec.Lei 204/2006 de 19 de Agosto, e compete-
lhe dirigir as actividades de ensino médico pré-graduado, nos termos do nº.
2 do mesmo artigo.
a) Manter permanente relação de informação com o Presidente do
Conselho de Administração e com o Docente Secretário;
b) Propor, se assim o entender, ao Presidente do Conselho de
Administração a nomeação de um adjunto nos termos do nº 4º. do
art.40º. da portaria 940/98;
c) Propor ao Presidente do Conselho de Administração as medidas que
julgar convenientes e necessárias à manutenção ou melhorias das
condições de ensino;
d) Assessorar o Presidente do Conselho de Administração quando este
presidir às reuniões da Comissão Cientifica ou substituí-lo nos seus
impedimentos;
e) Representar o CHP junto das autoridades universitárias;
f) Participar em reuniões do Conselho de Administração, quando
convocado ou o solicitar ao Presidente do Conselho de Administração;
g) Coordenar as reuniões da Comissão Cientifica do CHP;
h) Participar nas reuniões da Comissão Coordenadora do Conselho
Científico do ICBAS, de modo a favorecer a unidade do curso do
Mestrado Integrado em Medicina.

DOCENTE SECRETÁRIO
O Docente Secretário é nomeado pelo Presidente do Conselho de
Administração sob proposta do Director Pedagógico e Cientifico de entre

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docentes do Ciclo Clínico em exercício, com perfil adequado, experiência


docente e cumulativamente professor universitário.
a) O Docente Secretário é o Adjunto do Director Pedagógico e Cientifico;
b) Responsabilizar-se pela ligação entre os órgãos administrativos do
ensino no CHP e o equivalente no ICBAS;
c) Colaborar com o Director Pedagógico e Cientifico, em toda a actividade
do departamento;
d) Secretariar as reuniões da Comissão Cientifica e da sua Comissão
Coordenadora;
e) Propor ao Presidente do Conselho de Administração ou ao Director
Pedagógico e Cientifico, as medidas que entender necessárias para
melhorar o ensino, a gestão do pessoal ou dos recursos técnicos e
físicos disponíveis;
f) Dirigir e coordenar a actividade administrativa e organizativa,
designadamente no que respeita à gestão de instalações, meios
audiovisuais e outros, assim como assegurar a manutenção de canais de
informação entre o Departamento e os Docentes.

COMISSÃO CIENTÍFICA
A Comissão Científica, existente nos termos do Artº. 4º do Protocolo
ICBAS/CHP, é um órgão consultivo em matéria de ensino, do Director
Pedagógico e Cientifico.
a) A Comissão Cientifica é composta por todos os professores catedráticos
e associados, pertencentes ao corpo clínico do CHP ou de instituições
associadas, e ainda por três representantes dos professores auxiliares e
três dos assistentes hospitalares, do corpo clínico, devendo estes
últimos ser sempre assistentes hospitalares do corpo clínico do CHP, e
pelo Presidente da Comissão Pedagógica. Como observadores terão nele
assento, nos termos do Artº. 18º. do Protocolo, os presidentes dos
Conselho Directivo e Científico do ICBAS;
b) Os dois grupos de três representantes antes referidos, devem ser
escolhidos pelo seus pares em assembleias eleitorais, a realizar em
Janeiro de cada ano, convocadas pelo Director Pedagógico e Cientifico;
c) Os membros da Comissão Cientifica não poderão ser substituídos;
d) A Comissão Científica reunirá em plenário ou em Comissão
Coordenadora;
e) O plenário da Comissão Cientifica reunirá obrigatoriamente no princípio
e no fim do ano lectivo (durante os meses de Outubro e Junho
respectivamente), devendo estas reuniões ser convocadas com um
mínimo de dez dias de antecedência pelo Presidente do Conselho de
Administração, sob proposta do Director Pedagógico e Cientifico:
f) A Comissão Cientifica reunirá ainda extraordinariamente sempre que
convocada pelo Director Pedagógico e Cientifico, pelo Presidente do
Conselho de Administração, pela Comissão Coordenadora ou por
petição de um mínimo de um terço mais um dos seus membros, dirigida

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ao Director Pedagógico e Cientifico, devendo as reuniões ser


convocadas com pelo menos três dias de antecedência;
g) As deliberações da Comissão Cientifica só serão válidas se tomadas em
reunião com quórum igual a pelo menos metade dos seus membros
efectivos. Se não houver quórum, a reunião repetir-se-á no prazo
máximo de oito dias e deliberará com qualquer número de presenças;
h) A Comissão Científica tem competência para se pronunciar quanto a
qualquer matéria relacionada com o ensino médico pré-graduado, mas
a sua audição é obrigatória em plenário sobre todas as matérias que
conduzam a alteração curricular. É da competência da Comissão
Científica ratificar por voto secreto, as propostas de nomeação ou
recondução de regentes, aprovadas pela Comissão ad-hoc (artº 8º do
Protocolo).

COMISSÃO COORDENADORA
Para assessorar o Director Pedagógico e Cientifico, existe uma Comissão
Coordenadora presidida pelo Director Pedagógico e Cientifico, que terá voto
de qualidade, composta por todos os regentes do ciclo clínico, o presidente da
Comissão Pedagógica e Docente Secretário, cabendo-lhe nomeadamente:
a) A Comissão Coordenadora reunirá pelo menos uma vez por mês, sob
convocatória do Director Pedagógico e Cientifico, com antecedência
mínima de três dias, sendo as suas deliberações válidas quando
estiverem presentes pelo menos metade dos seus membros;
b) A Comissão Coordenadora poderá ser convocada extraordinariamente
pelo Directo Pedagógico e Cientifico ou pelo mínimo de um terço
mais um dos seus membros, em petição dirigida ao Directo
Pedagógico e Cientifico.

COMISSÃO PEDAGÓGICA
A Comissão Pedagógica é um órgão autónomo, encarregado de zelar pela
organização do ano académico, de modo a que este decorra com inteiro
respeito pelos programas propostos, calendários e sistemas de avaliação
aprovados, cabendo-lhe nomeadamente:
a) Dar parecer sobre a criação, suspensão ou extinção de disciplinas do
ciclo clínico, assim como sobre alterações dos seus curricula;
b) Dar parecer sobre os planos de ensino das diferentes disciplinas do
ciclo clínico assim como métodos de avaliação, propostos pelos
respectivos regentes;
c) Aprovar o calendário do ano escolar do ano seguinte até 31 de Julho,
assim como o calendário das provas de avaliação, que deverão ser
propostos pelo Director Pedagógico e Cientifico até ao fim de Junho;
d) Propor ao Director Pedagógico e Cientifico alterações aos respectivos
calendários, quando necessário, durante o decorrer do ano escolar;
e) Proceder à avaliação de métodos de ensino e de aprendizagem, e
elaborar relatórios regulares;

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f) Pronunciar-se sobre todas as matérias de índole pedagógica que


sejam discutidas pela Comissão Científica;
g) Dar parecer á Comissão Científica sobre a instituição de prémios a
atribuir pela Escola ou pelo CHP, promovendo a actividade cientifica
e/ou pedagógica.

A Comissão Pedagógica é constituída por quatro docentes, um de cada ano do


ciclo clínico e um do ano de transição, eleitos por todos os docentes das
disciplinas do mesmo ano e por quatro alunos, um por cada ano do ciclo
clínico, indicados até 15 de Outubro de cada ano escolar.
a) Os representantes dos docentes exercerão o mandato por um biénio
e serão eleitos em assembleia de docentes convocada durante o mês
de Outubro pelo Presidente do Conselho de Administração. Os
representantes dos alunos são eleitos anualmente, pelos seus pares;
b) Na primeira reunião de cada mandato, a realizar durante o mês de
Novembro, será eleito pelos seus membros o presidente, que será
obrigatoriamente um docente e terá voto de qualidade;
c) Ao Presidente compete presidir às reuniões, transmitir as suas
deliberações ao Presidente do Conselho de Administração, Director
Pedagógico e Cientifico e Docente Secretário e ainda participar como
observador nas reuniões do Conselho Pedagógico do ICBAS, conforme
previsto no Art.18º. do protocolo;
d) Nas reuniões da Comissão Pedagógica terá assento como observador
o Presidente do Conselho Pedagógico do ICBAS, nos termos previsto
no mesmo Art. 18º, ou um seu representante para o curso de
Mestrado Integrado em Medicina;
e) A Comissão Pedagógica reúne obrigatoriamente nos meses de
Outubro, Fevereiro, Maio e Julho, ou sempre que o seu presidente a
convoque, podendo ainda ser convocado a pedido do conjunto dos
membros discentes;
f) O Presidente da Comissão Pedagógica tem assento na Comissão
Científica e na Comissão Coordenadora, se delas já não for membro;
g) Os membros da Comissão Pedagógica são empossados pelo
Presidente do CA durante o mês de Dezembro do ano da sua eleição.

A Comissão ad-hoc é presidida pelo Director Pedagógico e Científico e


constituída, para além deste, pelo Presidente da Comissão Pedagógica, e por
dois professores, dos quais pelo menos um doutorado e um da área técnico-
científica afim.
É da competência da comissão ad-hoc:
a) a avaliação dos candidatos a regentes e recondução de regentes;
b) as decisões da comissão ad-hoc são reportadas à Comissão Cientifica,
sendo por esta ratificadas por voto secreto, em plenário.

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MESTRADO INTEGRADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

REGULAMENTO DA UNIDADE CURRICULAR ESTÁGIO


Preâmbulo
O Mestrado Integrado em Medicina Veterinária tem a duração de onze
semestres, sendo o último dedicado a um estágio profissionalizante. Dadas as
suas características únicas torna-se necessário que o mesmo seja objecto de
regulamentação específica.

Composição e Funções da Comissão de Estágios


1 - A Comissão de Estágios é constituída por três docentes do Mestrado
Integrado em Medicina Veterinária do ICBAS, sendo um deles, o Presidente,
pertencente à Comissão Científica do referido Mestrado.(...)
2 - A Comissão de Estágios tem como funções a coordenação de todos os
assuntos relacionados com os estágios, nomeadamente garantir o
cumprimento do presente regulamento, deliberar e decidir sobre todas as
situações excepcionais, incluindo as de carácter ético, bem como deliberar
e/ou aprovar as propostas a ela apresentadas, recorrendo à Comissão
Científica, aos Conselhos Directivo, Científico e/ou Pedagógico sempre que a
situação o justifique. Deve ainda apresentar um relatório anual de actividades
à Comissão Científica do Mestrado Integrado.
3 - À Comissão de Estágios compete ainda propor ao Director do Mestrado
Integrado a nomeação do orientador e co-orientador de cada estudante em
estágio.
4 - Os contactos com a Comissão de Estágios são efectuados através do e-
mail: vetest@icbas.up.pt. Poderão ser proporcionadas e divulgados
anualmente outros modos adicionais de contacto.

Início, Duração e Conclusão do Estágio


1 - Os estudantes apenas poderão iniciar o estágio após concluírem, com
aproveitamento, todas as unidades curriculares precedentes do Mestrado
Integrado, isto é., do 1º ao 5º ano, inclusive.
2 - O estágio tem carácter semestral, correspondente ao 11º semestre do
curso e a 30 créditos ECTS.
3 - O estágio só pode ter início após aprovação do plano de estágio (Anexo I)
pela Comissão de Estágios e ratificação pelo Director do Mestrado Integrado.
4 - O horário laboral será definido pelo local onde é efectuado o estágio,
cumprindo-se 480 horas de contacto durante 16 semanas, correspondentes a
uma média de 30 horas por semana.
5 - No final da parte prática do estágio, o estudante deverá apresentar um
“Relatório Final de Estágio”. Este relatório deverá obrigatoriamente obedecer
às normas descritas no Anexo II. Os critérios específicos de conteúdo do
relatório serão definidos por cada coordenador de área e homologados pela
Comissão de Estágios.

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6 - A entrega do relatório final de estágio ocorrerá no máximo até 17 semanas


a contar da data do seu início, constante no plano de estágio referido no
ponto 3.
8 - A apresentação pública e avaliação do relatório terá de ser
obrigatoriamente concluída até 20 semanas a contar da data do seu início,
constante no plano de estágio referido no ponto 3.
9 – Em todas as circunstâncias o processo de avaliação do estágio deverá estar
obrigatoriamente concluído até 48 horas antes do termo do ano lectivo a que
se reporta.
10 – Excepcionalmente, em casos devidamente fundamentados e mediante
autorização do Presidente do Conselho Directivo do ICBAS, ouvido o parecer
do Director de curso, poderá ser autorizada a realização da apresentação
pública e avaliação do relatório no prazo máximo de 2 meses depois da data
referida em 8.
11 - Em caso de não cumprimento do ponto 8 e 10, os estudantes serão tidos
como reprovados e obrigados a efectuar uma nova inscrição na unidade
curricular Estágio, no ano lectivo seguinte, cumprindo-se o estipulado no
ponto 11 do Artigo 6º.

Áreas de Estágio
1 - Cada estudante pode realizar estágio apenas numa área.
2 - Os estágios poderão centrar-se em qualquer área das Ciências Veterinárias.
Para as áreas especificadas no Anexo III o ICBAS dispõe de coordenadores de
área que apoiarão os estudantes na escolha de orientadores e/ou co-
orientadores.
3 - Para estágios em áreas não englobadas no Anexo III, cabe ao estudante
procurar um orientador (necessariamente docente do ICBAS) e um co-
orientador que aceitem exercer as funções inerentes e estipuladas nos Ponto
7 (Orientação) e Ponto 8 (Avaliação) deste regulamento. Os nomes do
orientador e do co-orientador sugeridos pelo estudante terão de ser
ratificados pela Comissão de Estágios.
4 – Cada área tem um coordenador a quem compete:
a) Esclarecer o estudante sobre assuntos relacionados com estágios nas
respectivas áreas;
b) Assessorar a Comissão de Estágios na avaliação dos locais de estágio;
c) Apoiar o orientador no bom desenvolvimento dos estágios propostos;
d) Assessorar e informar a Comissão de Estágios sobre assuntos relacionados
com a sua área de coordenação;
e) Redigir um documento contendo os critérios específicos de conteúdo do
relatório de estágio da área que coordena (quando aplicável).

Locais de Estágio
1 - O estudante é incentivado a procurar o próprio local de estágio, podendo,
para isso, recorrer a indicações dadas pelo coordenador de área e/ou
orientador.

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2 - Quando tal não for possível, o ICBAS, através da Comissão de Estágios, dos
coordenadores de área e/ou do orientador, procurará encontrar locais de
estágio julgados apropriados.
3 - Em situações de disputa por determinada vaga de estágio, cabe ao co-
orientador seleccionar o candidato. Caso tal não se verifique, a decisão cabe
à Comissão de Estágios, de acordo com os seguintes critérios:
a) Data mais precoce de aprovação a todas as disciplinas;
b) Média aritmética, arredondada às décimas, de todas as disciplinas;
c) Entrevista para avaliação da vocação e aptidão do candidato.

Orientação do Estágio
1 - No decurso do estágio o estudante é apoiado por dois elementos:
a) O orientador é um elemento do corpo docente do ICBAS a quem
compete:
- Supervisionar a elaboração do plano de estágio;
- Colaborar com o co-orientador em todos os assuntos relacionados
com o estágio;
- Supervisionar a elaboração do relatório final de estágio;
- Zelar pelo cumprimento dos prazos de entrega do relatório final de
estágio por parte do estudante;
- Supervisionar a preparação do estudante na apresentação pública
do relatório de estágio;
- Servir de interlocutor entre o co-orientador e a Comissão de
estágios;
- Organizar a apresentação, discussão e avaliação do relatório de
estágio, zelando pelo cumprimento dos respectivos prazos;
- Integrar o Júri de Avaliação do relatório de estágio;
- Lavrar a acta resultante da avaliação do estágio e entregá-la na
Secção de Estudantes do ICBAS. Uma cópia desta acta deve ser
entregue à Comissão de Estágios.
b) O co-orientador, membro ou não do corpo docente do ICBAS, com
formação académica nas áreas das ciências veterinárias ou biológicas,
de reconhecida capacidade e competência, tem como funções:
- Colaborar na elaboração do plano de estágio;
- Apoiar a execução dos trabalhos práticos de estágio, de acordo
com o plano proposto;
- Adjuvar a elaboração do relatório final de estágio;
- Integrar o Júri de Avaliação do relatório de estágio.
c) O estudante é incentivado a sugerir tanto o orientador como o eventual
co-orientador.

Avaliação do Estágio
1- Por proposta do orientador e/ou coordenador de área, a Comissão
Científica do Mestrado Integrado designará os elementos do Júri de Avaliação
para posterior aprovação pelo Reitor ou em quem este delegue.
2 - O Júri é constituído por:

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a) Director do Mestrado Integrado, que preside e que poderá delegar a


presidência do júri num professor ou num investigador doutorado da área
científica da dissertação;
b) Orientador;
c) Co-orientador;
d) O júri pode incluir mais dois elementos de reconhecido mérito no domínio
em que se insere o estágio.
3 - Sempre que possível, pelo menos um dos membros do júri deverá ser
exterior ao ICBAS.
5 - O orientador, de acordo com os restantes membros do júri, determinará a
data de apresentação e discussão pública do relatório final de estágio.
6 - A apresentação e discussão pública do relatório de estágio não pode ter
lugar sem a presença do presidente e da maioria dos restantes membros do
júri.
7 - A duração máxima destas provas é de 60 minutos, sendo o tempo
estipulado para a apresentação pública por parte do estudante de 20 minutos.
Na discussão pública, cuja duração nunca poderá exceder os 40 minutos, deve
ser proporcionado ao candidato pelo menos tempo idêntico ao utilizado pelos
membros do júri.
9 - No final da apresentação e discussão do relatório final de estágio, o júri
avaliará através de votação nominal justificada, o desempenho do estudante
com uma nota que pode variar de zero a vinte valores. A classificação final
resultará da média aritmética das classificações atribuídas por cada membro
do júri, na referida escala.
10 - Da reunião do júri é lavrada uma acta na qual consta a classificação
atribuída por cada um dos seus membros e a respectiva fundamentação. Cabe
ao orientador entregar na Secção de Alunos do ICBAS a acta decorrente da
apresentação, discussão e avaliação do relatório final de estágio bem como
uma cópia desta à Comissão de Estágios.
11 - No caso de reprovação no estágio (classificação obtida inferior a dez
valores), o estudante terá de repetir o estágio curricular, no ano lectivo
seguinte.

Implementação do Regulamento

ANEXO I
NORMAS PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE ESTÁGIO
No plano de estágio constarão obrigatoriamente e por esta ordem, os
seguintes itens:
1. Plano de estágio.
2. Nome completo do estudante.
3. Nome completo do orientador.
4. Nome completo do co-orientador e contacto, telefónico, endereço ou e-
mail.
5. Data de início e término do período de estágio
6. Breve resumo das actividades a desenvolver durante o período de estágio.

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7. Assinaturas de todos os intervenientes.

NOTA 1: Na impossibilidade de se apresentar a assinatura do co-orientador


deverá anexar-se um documento comprovativo da aceitação do plano e
orientação do estudante.
NOTA 2: Existe um modelo do plano de estágio que deve ser requisitado à
comissão de estágios através do e-mail: vetest@icbas.up.pt

ANEXO II
NORMAS PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO

ANEXO III
ÁREAS DE ESTÁGIO
1. Ciências Básicas
2. Clínica e/ou cirurgia de animais de companhia
3. Clínica e/ou cirurgia de animais de produção.
4. Clínica e/ou cirurgia de equinos.
5. Inspecção Sanitária
6. Melhoramento Animal
7. Patologia e Clínica Laboratorial
8. Reprodução animal
9. Sanidade Animal
10. Saúde Pública
11. Tecnologia Alimentar
12. Toxicologia
13. Zootecnia e Nutrição Animal

NOTA: Os coordenadores de área são designados pelo Director do Mestrado


Integrado por mandatos de dois anos de duração

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CIÊNCIAS DO MEIO AQUÁTICO

REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR DA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS


DO MEIO AQUÁTICO

1- A quem se dirige
(...) As candidaturas por parte dos alunos devem ser oficializadas na semana a
seguir à divulgação das vagas de estágio.

2- Coordenação dos estágios


A coordenação geral dos estágios é, em princípio, da responsabilidade da
Comissão Coordenadora da Licenciatura (CCL), nomeada, em cada biénio,
pelo Conselho Científico. Assim, cabe à CCL promover a recolha e publicação
de ofertas de estágio. (...) a recolha das ofertas de estágio deve estar
terminada uma semana antes do final do período lectivo do 2º semestre do 4º
ano.
Apesar de estar garantida a oferta de estágios, os alunos são incentivados a
procurar pessoalmente um local de acolhimento – laboratório de investigação
ou empresa, por exemplo. Estas propostas de estágio têm de ser comunicadas
à CCL até ao final do período de recolha acima citado.
Terminado o período de recolha das propostas, a CCL fará a divulgação dos
estágios disponíveis.
As propostas de estágio deverão ser formalizadas por meio de um documento
(máximo de 3 páginas) a enviar à CCL, no qual devem constar os seguintes
elementos:
- Nome do orientador (e do co-orientador, se aplicável) e respectivos
contactos (e-mail e telefone)
- Instituição de acolhimento
- Título do trabalho
- Resumo dos trabalhos a desenvolver
- Mais-valia (científico, técnica, pedagógica) para o estagiário
Podem ser orientadores de estágio os docentes do ICBAS, docentes e
investigadores pertencentes a outras Instituições de Ensino Superior ou de
investigação, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras. Nos casos em
que o orientador não pertença ao ICBAS, terá de ser indicado como co-
orientador um docente do ICBAS. Caso o estágio se realize numa empresa, um
quadro superior desta poderá ser orientador ou co-orientador do estágio

3- Normas e prazos para atribuição do estágio


Os estágios são formalmente aprovador e atribuídos pela CCL. Havendo mais
de um candidato para um determinado estágio oferecido, a selecção será
feita de acordo com os seguintes critérios:
1º - Melhor média (arredondada às décimas) das classificações das disciplinas
que os alunos tenham até então completado.

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2º - Se necessário, o maior número de disciplinas concluídas será utilizado


como critério de desempate.
3º - Caso o empate persista, a escolha será feita pelo orientador, após
entrevista aos candidatos.
A atribuição de estágios deverá estar concluída antes do início da época de
exames das disciplinas do 2º semestre do 4º ano (definida no calendário
escolar). Depois de recolhida toda a informação, será divulgada uma lista em
que constam todos os estágios atribuídos, nomes dos alunos e orientadores.
A aceitação por parte do aluno e do orientador deve ser formalizada num
termo de aceitação que deve ser enviado à CCL antes do início do estágio.
Esta dará conhecimento dessa informação ao Conselho Directivo. As normas
para elaboração do termo de aceitação encontram-se no anexo I.

4- Início, duração e finalização do estágio


O estágio tem a duração de 7 semanas, com início e fim definidos no
calendário lectivo da Licenciatura. Caso o estágio se realize fora do ICBAS, se
necessário, a CCL emitirá um documento (credencial) que poderá ser
apresentado pelo aluno na instituição de acolhimento, para regularização da
sua situação.

5- Normas e prazos para a elaboração do relatório e requerimento do


exame
As normas para a elaboração do relatório são parte integrantes deste
regulamento e apresentam-se no Anexo II.
O relatório terá de ser entregue à CCL para requerimento do exame que
apenas poderá ser efectuado na época normal de exame de estágios definida
no 2º semestre, na época de exames de recurso, ou na época especial para
conclusão de licenciatura, de acordo com o calendário escolar.

6- Avaliação e constituição do júri de exame


A avaliação do estágio tem por base: i)a apreciação feita pelos, orientador e
co-orientador (caso se aplique) relativa ao desempenho do aluno; ii) o
relatório final elaborado pelo aluno; iii) um exame público que consta da
apresentação oral e da discussão do relatório, com um tempo limite de 20 e
de 30 minutos, respectivamente.
Do júri do exame fazem sempre parte pelo menos um dos professores da CCL
e o orientador, até um máximo de três elementos.
No final da apresentação e discussão do relatório final de estágio, o Júri
classificará o desempenho do aluno com uma nota que pode variar de 0 (zero)
a 20 (vinte) valores. No caso de reprovação no estágio (classificação inferior a
10 (dez) valores) ou incumprimento do plano de estágio, o aluno terá que
repetir o estágio curricular.
Do exame, será elaborada uma acta que será assinada pelos elementos do
júri.

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BIOQUÍMICA

REGULAMENTO DO ESTÁGIO DE BIOQUÍMICA


Este regulamento é essencialmente semelhante ao de Ciências do Meio
Aquático.

1. Coordenação dos estágios


É formada uma Comissão de Estágios que integra quatro professores (dois da
FCUP e dois do ICBAS) que é genericamente responsável pela coordenação do
estágio curricular (disciplina de estágio) da Licenciatura em Bioquímica. Os
Elementos da FCUO são os coordenadores da Licenciatura, designados pela
Comissão Científica do Departamento de Química; os elementos do ICBAS são
os professores da Comissão de Curso eleita pelo plenário do Conselho
Científico. O mandato dos membros desta comissão será coincidente
temporalmente com os mandatos para as Comissões atrás referidas.

2. Normas e prazos para a atribuição do estágio


Os estágios são formalmente atribuídos em sessão aberta, organizada pela
Comissão de Estágios.
A atribuição de estágios deverá estar concluída até duas semanas após o início
do ano lectivo e formalizada num termo de aceitação emitido pelo orientador
e, caso seja externo à FCUP ou ICBAS, pela instituição de acolhimento que
deve remeter à Comissão de Estágios. Esta dará conhecimento dessa
informação ao Conselho Directivo do ICBAS e ao Departamento de Química da
FCUP; simultaneamente, a Comissão tornará pública a listagem de estágios
efectivamente atribuídos, incluindo aqueles cuja procura foi da iniciativa do
aluno.

3. Início, duração e finalização do estágio


A duração do estágio é de um ano.

4. Avaliação e constituição do júri de exame


Do júri do exame faz sempre parte pelo menos um dos quatro professores da
Comissão de Estágios e o orientador, num máximo de três elementos.

5. Normas e prazos para a elaboração do relatório e requerimento do


exame

6. Excepções
Constituem excepções a este regulamento os estágios a realizar ao abrigo do
Programa SÓCRATES, devendo nestes casos ser seguida a regulamentação
própria. No entanto, da listagem dos estágios efectivamente atribuídos
referida no ponto dois constarão também estes.

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BIOENGENHARIA

INSCRIÇÃO EM UNIDADES CURRICULARES (UC) DO ICBAS POR LIMITE DE


CRÉDITOS

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REGULAMENTOS ESPECÍFICOS DO ICBAS

INSCRIÇÃO EM UNIDADES CURRICULARES (UC) DO ICBAS POR LIMITE DE


CRÉDITOS

N.º créditos a realizar, por norma, num ano lectivo


Um estudante, por norma, inscreve-se até ao limite máximo de 60 créditos.
Os estudantes inscrevem-se sequencialmente em anos curriculares crescentes,
à medida que efectivam, com aproveitamento, os 60 créditos inerentes ao
ano curricular exactamente anterior. Caso o estudante nunca tenha insucesso,
irá inscrever-se e realizar 60 créditos por ano.

N.º de créditos a realizar num ano lectivo para recuperação de até 15


créditos
O estudante com créditos em atraso pode inscrever-se no ano lectivo seguinte
aos créditos que não conseguiu realizar no ano lectivo anterior, acrescidos de
um número de créditos de UC que nunca frequentou, até perfazer a inscrição
em todas as unidades do plano curricular do ano imediatamente seguinte ao
ano curricular mais avançado em que o estudante tenha UC por fazer, até
perfazer um limite máximo de 75 créditos, isto se tiver em atraso 15 créditos.
No caso de ter menos que 15 créditos em atraso, o estudante não pode
transportar tais créditos de inscrição para UC de ano seguinte (do seu plano
curricular) ao que efectivamente se inscreve em termos da maioria das UC
que irá tentar realizar.

N.º de créditos a realizar num ano lectivo para recuperação de mais de 15


créditos
Um estudante que não tenha aproveitamento escolar (obter aprovação num
mínimo de 40 créditos num dado ano lectivo), em anos lectivos seguidos ou
alternados, poderá ficar com UC em atraso. Nestas situações, o estudante
inscrito pode vir a estar, em não mais do que 2 anos lectivos, em condições de
se inscrever no esforço padrão anual de 60 créditos, correspondendo à
inscrição em todas as UC que formam a unidade científico-pedagógica de cada
ano do plano curricular. O estudante não será nunca autorizado a inscrever-se
a mais do que 75 créditos por ano lectivo, no seu percurso para normalização
da situação escolar.

N.º total de créditos a realizar num ano lectivo para efeitos de


adiantamento
Os estudantes que não tenham unidades curriculares em atraso e
apresentando no inicio do ano lectivo (no momento de inscrição) uma
classificação (média aritmética simples) igual ou superior a 16 valores, podem
inscrever-se em mais 15 créditos (no máximo) de unidades curriculares

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pertencentes ao ano curricular imediatamente seguintes além dos 60 créditos


que tinha direito por base.

N.º total de créditos a realizar num ano lectivo em casos particulares


No caso de ter tido equivalências em UC particulares no ano do plano
curricular onde se inscreve maioritariamente, poderá fazer a substituição dos
créditos obtidos por frequência de UC do ano imediatamente mais adiantado,
mas sempre tendo que se inscrever primeiro em todas as unidades curriculares
em atraso. O estudante não será autorizado em caso algum a inscrever-se a
mais do que 75 créditos por ano lectivo.

Distribuição do esforço em créditos por semestre ou por ano lectivo


Caso um estudante se inscreva a mais de 60 créditos, e por limite, até um
máximo de 75 créditos, a regra geral a aplicar é a da inscrição a 37,5 créditos
por semestre. Porém, pelo menos nos cursos administrativamente sedeados no
ICBAS, esta regra geral é flexibilizada de acordo com o seguinte:
1 – Um estudante, por semestre lectivo, poderá inscrever-se até ao limite de
45 créditos;
2 – Ao estudante inscrito em ano(s) de plano curricular cuja especificidade
não contemple, no momento, parcial ou totalmente, uma organização
semestral da suas UC (caso de cursos com várias unidades ditas “modulares”),
não se aplica a regra anterior, sendo a contabilização do esforço em créditos
feita em total créditos / ano.

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REGULAMENTO DO TRABALHADOR – ESTUDANTE DO ICBAS

Preâmbulo
Com a entrada em vigor do novo Código de Trabalho foi revogado o Decreto-
Lei nº 116/97, 4 de Novembro, que disciplinava a matéria referente ao
Estatuto de trabalhador-estudante.
O novo código do Trabalho e respectiva regulamentação estabelecem um
conjunto de benefícios tendo em vista a valorização profissional e pessoal dos
trabalhadores.
Este código, no entanto, não concretiza satisfatoriamente o modo como
podem os trabalhadores beneficiar destas regalias o que, tal qual acontecia
na vigência da legislação anterior sobre a matéria, se presta a indefinições.
Embora os benefícios reconhecidos aos trabalhadores-estudantes constem dos
diplomas legais mencionados importa, contudo, estabelecer as condições em
que os interessados podem usufruir de tais benefícios, bem como garantir que
apenas beneficiam daquelas regalias aqueles que verdadeiramente
necessitam.
Assim, o Conselho Directivo do ICBAS, ouvido o respectivo Conselho
Pedagógico, aprovou o seguinte Regulamento:

Âmbito
O presente Regulamento estabelece a regras de apreciação dos pedidos de
reconhecimento dos direitos que assistem aos trabalhadores-estudantes.

Trabalhador-estudante
1 - A condição de trabalhador-estudante é reconhecido a todos aqueles que
frequentem um qualquer curso no ICBAS e prestem uma actividade sob
autoridade e direcção de outrem.
2 - A referida condição é ainda reconhecida aos estudantes do ICBAS que:
a) Sejam trabalhadores por conta própria;
b) Frequentem um curso de formação profissional ou programa de
ocupação temporária de jovens, desde que com duração igual ou
superior a seis meses;
3 - Os estudantes do ICBAS a quem tenha sido reconhecido a condição de
trabalhador-estudante e que entretanto se encontrem em situação de
desemprego involuntário, mantêm todos os benefícios desde que se
encontrem inscritos no Centro de Emprego respectivo.

Documentos
1 - Os Estudantes que pretendam ver reconhecido a condição de trabalhador-
estudante deverão dirigir ao Presidente do Conselho Directivo requerimento,
em modelo próprio, a disponibilizar pelo ICBAS, acompanhado dos seguintes
documentos:
a) No caso de trabalhador por conta de outrem:

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a.1 Documento comprovativo de que se encontra inscrito na Segurança


Social (no caso de trabalhador do sector privado);
a.2 Declaração emitida pela entidade patronal onde conste,
obrigatoriamente, a identificação completa daquela, o tipo e duração do
contrato de trabalho, o número de segurança social do trabalhador e
acompanhada do mapa de descontos para a segurança social (no caso de
trabalhador do sector privado);
a.3 Declaração que ateste essa qualidade, emitida pelo dirigente máximo
do serviço a que pertencem, devidamente autenticada com selo branco do
serviço (no caso de funcionários ou agentes).
b) No caso de trabalhador por conta própria:
b.1 Declaração emitida pelos Serviços de Finanças, comprovativa da
actividade aberta (no caso de nunca ter sido requerido a condição de
trabalhador-estudante) acompanhada da última declaração de IRS ou, em
alternativa, cópia dos recibos correspondentes à remuneração auferida nos
últimos três meses;
b.2 Declaração comprovativa da inscrição do interessado na Segurança
Social e que ateste a sua situação contributiva regularizada ou, no caso de
isenção, daquela declaração.
c) No caso do estudantes que frequentem cursos de formação profissional:
c.1 Declaração emitida pela entidade promotora do curso, mencionando a
duração do mesmo bem como as datas em que teve início e em que vai
terminar.
2. Os serviços podem, a qualquer momento e quando os outros documentos
referidos nos números anteriores se revelarem insuficientes, solicitar
quaisquer outros documentos que comprovem a qualidade que o requerente
pretende ver reconhecida.

Prazos
1. O requerimento, bem como os documentos mencionados no artigo anterior,
deverão ser entregues no acto da matrícula / inscrição ou, se tal não for
possível, até ao dia 30 de Setembro do ano civil em inicia o ano lectivo.
2. No caso de estudantes terem começado a trabalhar em data posterior à
referida no número anterior, o requerimento pode ser apresentado até 5 dias
úteis a contar do início (inclusive) das actividades do segundo semestre.
3. No caso referido no n.º 2 as regalias previstas neste regulamento são
aplicáveis exclusivamente às disciplinas do segundo semestre em que o
estudante se encontra inscrito, incluindo as unidades curriculares em que
pode realizar exame na época especial e as que pode realizar na época de
recurso.

Indeferimento liminar
São liminarmente indeferidos os requerimentos que:
a) Sejam apresentados fora de prazo;
b) Não sejam acompanhados pelos documentos mencionados no Art. 3º;

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c) Não tenham obtido aproveitamento escolar em dois anos consecutivos


ou em três interpolados (aplicável apenas para os estudantes que já
tenham beneficiado da qualidade de trabalhador-estudante); ver ponto
2 do artigo 8º.

Decisão
1 - A decisão sobre os requerimentos apresentados é competência do
Presidente do Conselho Directivo do ICBAS, mediante parecer do Conselho
Pedagógico.
2 - A decisão é notificada ao interessado nos termos do disposto no artigo 68º
do Código do Procedimento Administrativo.

Benefícios do trabalhador-estudante
1 - O trabalhador-estudante não está sujeito à frequência de um número
mínimo de disciplinas e não está sujeito a qualquer disposição que faça
depender o aproveitamento escolar de frequência de um número mínimo de
aulas por unidade curricular.
2 – Não obstante o disposto no número anterior, o trabalhador-estudante não
está isento da realização de actos de avaliação, inclusive de avaliação
contínua (i.e., actos de avaliação realizados ao longo do semestre ou ano,
durante aulas ou noutras ocasiões) que sejam pré-condição mínima para
acesso ao exame final, se este existir. Excepcionalmente, a requerimento
fundamentado do trabalhador-estudante, dirigido ao Presidente do Conselho
Directivo, actos de avaliação contínua podem vir a ser especialmente
agendados para outras ocasiões que não aquelas originalmente previstas, ou
serem equacionados sistemas de avaliação alternativos igualmente válidos, se
for julgado exequível.
3 - O trabalhador-estudante não está sujeito a limitações quanto ao número
de exames a realizar na época de recurso.
4 – O trabalhador-estudante tem prioridade na escolha de horários escolares,
de entre as possibilidades existentes, ainda que só dentro do período que for
anualmente divulgado pela Gestão para exercício de tal preferência.
5 – O trabalhador-estudante tem direito a aulas de compensação ou de apoio
pedagógico que sejam consideradas imprescindíveis pelo Presidente do
Conselho Directivo, ouvido o Conselho Pedagógico.

Cessação dos benefícios


1 - Os direitos concedidos ao trabalhador-estudante cessam quando este não
tenha aproveitamento em dois anos consecutivos ou três interpolados.
2 - Considera-se que o trabalhador-estudante tem aproveitamento escolar
quando transita de ano ou quando obtém aprovação em pelo menos metade
das unidades curriculares que esteja matriculado nesse ano lectivo;
entendendo-se como transição de ano o conseguir inscrever-se em unidade(s)
de ano curricular imediatamente seguinte ao frequentado no ano anterior.

Falsas declarações

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As falsas declarações ou a falsificação de documentos implicam a perda


imediata dos benefícios concedidos bem como a impossibilidade de nos dois
anos lectivos subsequentes requerer a condição de trabalhador – estudante.

Legislação aplicável
Em tudo o que não estiver previsto no presente regulamento aplica-se o
disposto na Lei nº 99/2003, de 27 de Agosto, e Lei nº 35/2004, de 29 de Julho.

Dúvidas e casos omissos


As dúvidas e os casos omissos que venham a surgir na aplicação do presente
regulamento serão resolvidos por despacho do Presidente do Conselho
Directivo, ouvido o Conselho Pedagógico.

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REGULAMENTO ESPECÍFICO DOS REGIMES DE MUDANÇA DE CURSO,


TRANSFERÊNCIA E REINGRESSO DO ICBAS

O regime de mudança de curso, transferência e reingresso encontra–se


actualmente definido pela Portaria n.º 401/2007, de 5 de Abril, a qual
estabelece genericamente os procedimentos a adoptar nesta matéria,
remetendo aos Estabelecimentos de Ensino Superior a tarefa de concretizar
aquela portaria, através da elaboração de um regulamento.
Nos termos do disposto no artigo 10.º da referida Portaria, a Universidade do
Porto estabeleceu as regras a que devem obedecer as mudanças de curso,
transferências e reingressos tendo, no entanto, determinado que seriam os
Presidentes/Directores das Unidades Orgânicas a criar um Regulamento
especifico sobre a matéria bem como garantir a sua publicitação Mudança de
Curso, Transferência e Reingresso da Universidade do Porto, é aprovado o
Regulamento Específico de Mudança de Curso, Transferência e Reingresso do
ICBAS.

Objecto
O presente Regulamento normaliza o acesso e ingresso no ICBAS pelos regimes
de mudança de curso, transferência e reingresso.

Âmbito
O disposto no presente Regulamento aplica-se aos ciclos de estudos
conducentes ao grau de licenciado e aos ciclos de estudo integrados
conducente ao grau de mestre, adiante genericamente designado por curso.

Conceitos
Os conceitos de mudança de curso, transferência e reingresso são os definidos
no artigo 3.º da Portaria n.º 401/2007, de 5 de Abril.

Prescrições
Os estudantes cuja matrícula e inscrição haja caducado por força do regime
de prescrições a que se refere o artigo 5.º n.º 2 da Lei n.º 37/2003, de 22 de
Agosto, só poderão candidatar-se a um destes regimes decorrido um ano
lectivo após aquele em que se verificou a prescrição.

Pré -requisitos
A mudança de curso e a transferência para os mestrados integrados em
Medicina e Medicina Veterinária estão condicionadas à satisfação de pré-
requisitos, de acordo com o regime jurídico de acesso ao ensino superior.

Limitações quantitativas
1 — O reingresso não está sujeito a quaisquer limitações quantitativas.

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2 - A mudança de curso e a transferência estão sujeitas a limitações


quantitativas.
3 — O número de vagas para os regimes a que se refere o número anterior
serão fixados nos termos do disposto no artigo 5.º n.º 3 do Regulamento Geral
de Mudança de Curso, Transferência e Reingresso da Universidade do Porto e
divulgadas através da afixação de edital no local de estilo do ICBAS e ainda
divulgados na sua página da internet.
4 — Por decisão do Presidente do Conselho Directivo do ICBAS, as vagas
eventualmente sobrantes nos regimes de mudança de curso (ou de
transferência) podem ser utilizadas no outro regime, excepto se este for para
acesso ao curso de Medicina.
5 — Por decisão do Presidente do Conselho Directivo do ICBAS, as vagas
eventualmente sobrantes do regime de acesso que não sejam utilizadas nos
termos do n.º 4 do artigo 18.º do Decreto -Lei n.º 64/2006, de 21 de Março,
podem ser utilizadas para os regimes de mudança de curso e transferência,
excepto se este for para acesso ao curso de Medicina.
§ No regime de mudança de curso, e para candidatos ao curso de Mestrado
Integrado em Medicina Veterinária e ao curso de Licenciatura em Ciências do
Meio Aquático, aqueles só podem concorrer a um dos contingentes de vagas.
No entanto, as vagas eventualmente sobrantes de um dado contingente, após
a aplicação dos critérios de selecção, serão aproveitadas de imediato para
outro, no âmbito do presente concurso, distribuindo -se as vagas sobrantes,
uma a uma, por ordem sequencial 1.º Semestre do 1.º Ano — 2.º Semestre do
1.º Ano (sempre que haja candidatos para as aproveitar); recomeçando-se o
ciclo de distribuição de vagas sobrantes quantas vezes for necessário.
§ No regime de Transferência, no caso do curso de Mestrado Integrado em
Medicina Veterinária:
a) Os candidatos só podem concorrer a um dos contingentes (por ano
curricular) de vagas de Transferência para o curso de Mestrado Integrado em
Medicina Veterinária. No entanto, as vagas eventualmente sobrantes de um
dado contingente, após a aplicação dos critérios de selecção, serão
aproveitadas de imediato para outro, no âmbito do concurso em questão,
distribuindo -se as vagas sobrantes, uma a uma, por ordem sequencial e
crescente de anos curriculares (sempre que haja candidatos para as
aproveitar); recomeçando--se o ciclo de distribuição de vagas se, atingido o
5.º ano curricular, ainda houver vagas sobrantes.
b) São candidatos às vagas de 2.º Semestre do 1.º ano os estudantes de
Medicina Veterinária que já tenham estado inscritos no 1.º ano e já tenham
cumprido pelo menos 30 créditos ECTS (equivalente a 1 semestre curricular)
no curso de origem, mas não mais do que um total de 60 ECTS (equivalente a
1 ano curricular).
c) Às vagas do 2.º ano são candidatos os estudantes de Medicina Veterinária
que tenham frequentado em 2007/08 pelo menos disciplinas do 1.º ano e que
tenham já tido aprovação curricular a pelo menos 45 ECTS no curso de
origem, mas a não mais do que 100 ECTS.

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d) Às vagas do 3.º ano são candidatos os estudantes de Medicina Veterinária


que tenham frequentado em 2007/08 pelo menos disciplinas do 2.º ano e
tenham já tido aprovação a pelo menos 100,5 ECTS no curso de origem, mas a
não mais do que 164,5 ECTS.
e) Às vagas do 4.º ano são candidatos os estudantes de Medicina Veterinária
que tenham frequentado em 2007/08 pelo menos disciplinas do 3.º ano e
tenham já tido aprovação a pelo menos 165 ECTS no curso de origem, mas não
mais do que 224,5 ECTS.
f) Às vagas do 5.º ano são candidatos os estudantes que tenham frequentado
em 2007/08 pelo menos disciplinas do 4.º ano e tenham já tido aprovação a
pelo menos 225 ECTS.

Condições habilitacionais específicas para a candidatura a mudança de


curso
1 — Podem requerer a mudança de curso os estudantes que:
a) Os estudantes que tenham estado inscritos e matriculados num curso
superior num estabelecimento de ensino superior nacional e não o tenham
concluído;
b) Os estudantes que tenham estado matriculados e inscritos em
estabelecimento de ensino superior estrangeiro em curso definido como
superior pela legislação do país em causa, quer o tenham concluído ou não;
2 — Os estudantes que estiveram matriculados e inscritos em estabelecimento
e curso de ensino superior português devem satisfazer ainda as seguintes
condições:
a) Ter realizado as provas específicas referentes ao curso a que se candidata:
Medicina — BFQ + M, ou B + Q + M, ou os exames nacionais das disciplinas
específicas de Biologia, de Química e de Matemática, ou de Biologia e
Geologia (B) e de Física e Química (Q) e de Matemática do 12° ano;
Medicina Veterinária — BFQ ou B + Q, de Biologia e de Química, ou de Biologia
e Geologia (B) e de Física e Química (Q);
Ciências do Meio Aquático — BFQ, Biologia, ou Biologia e Geologia (B).
b) Ter realizado os exames nacionais das provas específicas exigidas para
acesso a esse par estabelecimento/curso e neles ter obtido a classificação
mínima fixada;
3 — Se um candidato tiver realizado mais que uma das provas atrás referidas
serão consideradas as notas referentes ao ano cuja média seja mais elevada.
As notas a ser consideradas terão de ter sido obtidas em exames realizados no
mesmo ano. Não poderão ser consideradas médias de notas obtidas em anos
diferentes.
4 — Para alunos que tenham estado matriculados e inscritos em
estabelecimento de ensino superior estrangeiro em curso definido como
superior pela legislação do país em causa devem ainda ter realizado as provas
referidas na al. a) do n.º 2 (conforme o curso a que se candidata) ou ter
obtido equivalência às referidas provas.

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Condições habilitacionais específicas para a candidatura a transferência


Podem requerer a transferência os estudantes que:
a) Tenham estado inscritos e matriculados num curso superior num
estabelecimento de ensino superior nacional e não o tenham concluído;
b) Tenham estado matriculados e inscritos em estabelecimento de ensino
superior estrangeiro em curso definido como superior pela legislação do país
em causa, quer o tenham concluído ou não.

Condições específicas para candidatura ao reingresso


Os estudantes que pretendem reingressar no ICBAS devem ter as respectivas
situações contabilísticas devidamente regularizadas e o processo depositado
na Secção de Alunos.

Candidaturas
1 — As candidaturas aos regimes de mudança de curso, transferência e
reingresso deverão ser efectuadas no sítio da internet do ICBAS, seguindo os
procedimentos sequenciais aí detalhados.
2 — Juntamente com formulário de candidatura deverão ser entregues, por
via electrónica, os seguintes documentos:
a) Fotocópia do Bilhete de identidade;
b) Procuração, se necessário;
c) Documento comprovativo da transferência bancária do valor do
emolumento devido pela candidatura (os candidatos deverão escrever no
documento o respectivo nome e número de bilhete de identidade);
d) Pré -requisito, sob a forma de atestado médico (excepto no curso de
Ciências do Meio Aquático).
3 — Os candidatos deverão ainda entregar os seguintes documentos,
consoante o caso:
Nas transferências:
a) Plano de estudos detalhado do curso, devidamente autenticado, conforme
oficialmente aprovado e publicado em DR ou em outra forma de divulgação
pública, com indicação das horas de contacto de cada unidade curricular, da
sua tipologia (semestral, anual ou outra) e dos respectivos ECTS (Caso estes
não existam, será dado o tratamento de acordo com o artigo 9.º n.º 4, alíneas
a) e b) do Regulamento dos Regimes de mudança de curso, transferência e
reingresso da Universidade do Porto);
b) Historial de exames nacionais de acesso ao ensino superior com respectiva
nota de candidatura;
c) Atestado de residência;
d) Certidão descrita das unidades curriculares realizadas no curso de origem,
com indicação das respectivas classificações finais (expressa em escala de 0 a
20 valores e arredondada às unidades, ou, se oriundo de outros países,
expressa na escala quantitativa localmente adoptada).
Nas mudanças de curso:

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a) Plano de estudos do curso devidamente autenticado, devidamente


autenticado, conforme oficialmente aprovado e publicado em Diário da
República, ou em outra forma de divulgação pública, com indicação das horas
de contacto de cada unidade curricular, da sua tipologia (semestral, anual ou
outra) e dos respectivos ECTS;
b) Certidão onde mencione se no processo individual do estudante consta se
efectuou ou não mudança de curso anterior;
c) Certidão de inscrição no curso com indicação do ano escolar e lectivo;
d) Certidão descrita das unidades curriculares realizadas no curso de origem,
com indicação das respectivas classificações finais (tendo em conta a escala
quantitativa oficial usada no país onde as obteve);
e) Certificado comprovativo da realização das provas específicas definidas
para ingresso no curso e respectivas classificações.
4 — No caso de candidatos que estejam ou tenham estado inscritos em
estabelecimentos de ensino superior estrangeiros, em curso definido como
superior pela legislação própria do país em causa, os documentos autênticos
só serão considerados legalizados desde que a assinatura do Funcionário que
emitiu os documentos esteja reconhecida por agente diplomático ou consular
português no Estado respectivo e a assinatura desse agente esteja
autenticada com o selo branco consular respectivo ou, em alternativa, se
contiverem a Apostilha da Convenção de Haia.
5 — Todos os documentos emitidos no estrangeiro que não estiverem redigidos
em língua portuguesa, deverão ser traduzidos para português nos termos da
legislação portuguesa sobre a matéria.
6 — As omissões/erros cometidos no preenchimento do boletim de
candidatura são da exclusiva responsabilidade do candidato.
7 — Os serviços competentes do ICBAS poderão, a todo o tempo, solicitar aos
candidatos a entrega dos originais dos documentos remetidos por via
electrónica bem como quaisquer outros que se revelem necessários.
8 — A entrega dos documentos referidos no número anterior é obrigatória
para os candidatos que vierem a preencher as vagas fixadas para os
concursos.
9 — A não apresentação, no prazo que vier a ser fixado, dos originais dos
documentos entregues por via electrónica determina a exclusão dos
candidatos ou acarreta a perda do direito à inscrição, consoante o caso.

Indeferimento liminar das candidaturas


1 — Serão liminarmente indeferidos:
a) Os requerimentos apresentadas fora do prazo fixado;
b) Os requerimentos que não sejam acompanhados, no acto da candidatura,
de toda a documentação necessária à instrução do processo;
c) Os requerimentos apresentados pelos candidatos que se encontrem na
situação a que se refere o artigo 4.º;
d) Infrinjam expressamente alguma das regras fixadas no presente
regulamento;

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e) Não cumpram as condições habilitacionais exigidas para o acesso ao


concurso;
f) Cujos documentos não contenham toda a informação exigida e necessária à
seriação dos candidatos.
2 — O indeferimento liminar é da competência do Presidente do Conselho
Directivo do ICBAS.

Exclusões
1 — Serão excluídos do procedimento, em qualquer momento do mesmo, não
podendo matricular -se ou inscrever -se nesse ano lectivo, os requerentes que
prestem falsas declarações ou falsifiquem documentos.
Neste caso, serão ainda comunicados os factos aos Serviços do Ministério
Público competentes, para instauração do devido procedimento criminal.
2 — Confirmando -se posteriormente à realização da matrícula a situação
referida no parágrafo anterior, a matrícula bem como todos os actos
praticados ao abrigo da mesma serão nulos.
3 — A exclusão da candidatura, devidamente fundamentada é da competência
do Presidente do Conselho Directivo.

Critérios de seriação
1 — Os critérios de seriação para mudança de curso e transferência serão
fixados anualmente por despacho do Presidente do Conselho Directivo do
ICBAS e afixados atempadamente nos locas de estilo do ICBAS e divulgados na
sua página de Internet.
2 — Para aplicação dos critérios, e quando se trate de unidades curriculares
realizadas em estabelecimentos de ensino superior estrangeiro, a
classificação das unidades curriculares do curso de origem:
a) É a classificação atribuída pelo estabelecimento de ensino superior
estrangeiro, quando este adopte a escala de classificação portuguesa (10 a
20, na escala inteira de 0 a 20);
b) É a classificação resultante da conversão proporcional da classificação
obtida para a escala de classificação portuguesa, quando o estabelecimento
de ensino superior estrangeiro adopte uma escala diferente desta, conforme
exemplificado no anexo ao Regulamento dos regimes de mudança de curso,
transferência e de reingresso da Universidade do Porto.

Decisão
1 — As decisões sobre os requerimentos são da competência do Presidente do
Conselho Directivo e válidas apenas para a matrícula e inscrição no ano
lectivo a que respeitam.
2 — A decisão exprime -se através de uma das seguintes menções:
a) Colocado;
b) Não colocado;
c) Excluído.
3 — Os resultados finais dos concursos serão publicitados através de edital
afixado nos locais de estilo do ICBAS e divulgados na sua página de Internet. A

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notificação considera -se realizada, para todos os efeitos legais, através da


afixação do edital.
4 — Sempre que dois ou mais candidatos sejam colocados em situação de
empate e disputem a última vaga disponível, cabe ao Presidente do Conselho
Directivo decidir quanto ao desempate, definindo e usando critérios
objectivos subsidiários e, se necessário, criar vagas adicionais para o efeito.
5 — Sempre que candidato colocado não proceda à matricula e inscrição no
prazo fixado, será chamado, por via postal, o candidato seguinte na lista de
seriação, até à efectiva ocupação do lugar ou esgotamento dos candidatos
não colocados no concurso em causa.

Prazos
1 — As candidaturas decorrem entre 1 e 31 de Agosto.
2 — A apreciação das candidaturas e a publicação dos resultados da seriação
das mudanças de curso e das transferências serão realizadas até 13 de
Setembro.
3 — Os prazos de reclamação, matricula e inscrição serão aqueles que vierem
a ser fixados para os concursos especiais.

Equivalências e ano de colocação


1 — Os estudantes integram -se nos programas e organização de estudos em
vigor na Unidade Orgânica onde se matriculam e inscrevem no ano lectivo em
que o fazem. Para creditação do seu esforço anterior é aplicável o constante
no Regulamento dos regimes de mudança de curso, transferência e de
reingresso da U. Porto.
2 — A integração curricular daqueles que já hajam obtido aprovação em
disciplinas de um curso superior cabe ao conselho científico, seguindo as
normas em vigor.
3 — As creditação e equivalências, para alunos que já tenham obtido
aprovação em disciplinas de um curso superior, são requeridas na Secção de
Alunos, e deverão ser instruídas com o plano curricular completo e detalhado
do curso de origem, incluso com as cargas horárias, bem como com as
certidões de exames e de conteúdos programáticos, e ainda identificação dos
ECTS (se existirem no plano de origem) das unidades curriculares realizadas,
bem como demais elementos que possam sustentar a aplicação dos artigos 9.º
e 10.º do Regulamento dos regimes de mudança de curso, transferência e de
reingresso da UP.
4 — O ingresso base é efectuado no 1° ano do curso, excepto quando as vagas
estiverem já adstritas a um determinado ano / semestre curricular, no âmbito
do concurso em questão. Ainda assim, o Presidente do Conselho Directivo
pode decidir desde logo por uma inscrição directa em ano mais avançado que
o 1°, no caso dos regimes de transferência.
O ano ou unidades curriculares de inscrição do estudante poderá/poderão ser
revisto(s) em função do resultado da análise de equivalência e de creditação.

Legislação aplicável

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Em tudo o que não estiver previsto no presente regulamento aplica–se o


disposto na Portaria n.º 401/2007, de 5 de Abril, e no Regulamento Geral de
Mudança de Curso, Transferência e Reingresso da Universidade do Porto.

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CAPÍTULO V: ESTATUTOS
BOMBEIROS

Artigo 6
Regalias no âmbito da educação
1—Aos bombeiros dos corpos profissionais, mistos ou voluntários, são
concedidas as seguintes regalias:
a) Relevação de faltas às aulas motivadas pela comparência em actividade
operacional, quando requerida pelo comandante do corpo de bombeiros;
b) Realizarem, em data a combinar com o docente ou de acordo com as
normas internas em vigor no estabelecimento de ensino, os testes escritos a
que não tenham podido comparecer comprovadamente por motivo do
cumprimento de actividade operacional.
2—Aos bombeiros dos corpos profissionais, mistos ou voluntários, com pelo
menos dois anos de serviço efectivo é concedida ainda a faculdade de
requererem em cada ano lectivo até cinco exames para além dos exames nas
épocas normais e especiais, já consagradas na legislação em vigor, com um
limite máximo de dois por disciplina.
3 — Os bombeiros voluntários dos quadros de comando e activo com pelo
menos dois anos de serviço efectivo têm direito ao reembolso das propinas e
das taxas de inscrição da frequência do ensino secundário ou do ensino
superior público desde que tenham aproveitamento no ano lectivo anterior,
salvo se se tratar de início de curso.

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ESTATUTO DO DIRIGENTE ASSOCIATIVO JOVEM

CAPÍTULO V

Artigo 23.o
Dirigente associativo jovem
1—Para efeitos da aplicação da presente lei, beneficiam do estatuto do
dirigente associativo jovem os membros dos órgãos sociais das associações de
jovens sediadas no território nacional e inscritas no RNAJ, cabendo à direcção
da associação comunicar quais os dirigentes que gozam do respectivo
estatuto.
2—Os órgãos directivos regionais das associações consideram-se órgãos
directivos para efeitos do disposto no presente capítulo.

Artigo 24.o
Direitos do dirigente associativo jovem
1—O dirigente associativo jovem goza dos seguintes direitos:
a) Relevação de faltas às aulas, quando motivadas pela comparência em
reuniões dos órgãos a que pertençam, no caso de estas coincidirem com o
horário lectivo;
b) Relevação de faltas às aulas motivadas pela comparência em actos de
manifesto interesse associativo.
2—A relevação das faltas depende da apresentação ao órgão competente do
estabelecimento de ensino de documento comprovativo da comparência nas
actividades referidas no n. 1.

Artigo 25.o
Dirigente estudante do ensino superior
1 — O dirigente associativo jovem estudante do ensino superior goza, ainda,
dos seguintes direitos:
a) Requerer até cinco exames em cada ano lectivo para além dos exames nas
épocas normais e especiais já consagradas na legislação em vigor, com um
limite máximo de dois por disciplina;
b) Adiar a apresentação de trabalhos e relatórios escritos, de acordo com as
normas internas em vigor no respectivo estabelecimento de ensino;
c) Realizar, em data a combinar com o docente, ou de acordo com as normas
internas em vigor, os testes escritos a que não tenha podido comparecer
devido ao exercício de actividades associativas inadiáveis.
2—Os direitos referidos no número anterior podem ser alargados por
deliberação dos órgãos competentes dos respectivos estabelecimentos de
ensino.
3—Para efeito do disposto na alínea c) do n. 1, o estudante que seja dirigente
associativo obriga-se a, no prazo de quarenta e oito horas a partir do

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momento em que tenha conhecimento da actividade associativa, entregar


documento comprovativo da mesma.
4—O exercício dos direitos referidos no n. 1 depende da prévia apresentação
nos serviços do respectivo estabelecimento de ensino de certidão da acta da
tomada de posse dos órgãos sociais no prazo de 30 dias úteis após a mesma.
5—A não apresentação do documento referido no número anterior no prazo
estabelecido tem como consequência a não aplicação do presente estatuto.
6—Os direitos conferidos no n. 1 podem ser exercidos no prazo de um ano
após o termo do mandato como dirigentes, desde que este prazo não seja
superior ao tempo em que foi efectivamente exercido o mandato.

Artigo 32.o
Assembleia-geral da associação de estudantes
1—Os estudantes têm direito à relevação de faltas às aulas motivadas pela
comparência em reuniões da assembleia-geral no caso de estas coincidirem
com o horário lectivo.
2—Para efeitos do número anterior, caberá à mesa da assembleia-geral a
entrega da listagem dos estudantes presentes ao órgão de direcção do
estabelecimento de ensino.
3—O direito previsto no n. 1 do presente artigo poderá ser exercido até duas
vezes por ano.

Artigo 33.o
Novos direitos
Os direitos previstos na presente lei são compatíveis com quaisquer outros da
mesma natureza que sejam concedidos por outro regime legal.

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CAPÍTULO VI: ASSOCIATIVISMO


ACADÉMICO

ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS


BIOMÉDICAS DE ABEL SALAZAR

Criada em 1986 a Associação de Estudantes do Instituto de Ciências


Biomédicas Abel Salazar (AEICBAS) da Universidade do Porto é a organização
representativa dos estudantes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel
Salazar sendo os objectivos desta os seguintes:

a) Representar, defender e promover, por todos os meios ao seu alcance, os


interesses individuais e colectivos dos estudantes do ICBAS, sejam de ordem
moral ou material;

b) Promover a solidariedade e convivência entre todos os estudantes, criando


e consolidando um espírito colectivo;

c) Promover a formação cívica, física, cultural e científica dos seus membros,


com vista ao seu enriquecimento individual e colectivo e à dignificação do
ICBAS;

d) Defender e promover os valores fundamentais do ser humano;

e) Participar na discussão dos problemas educativos, nomeadamente em


matéria de política de ensino, juvenil e profissional;

f) Cooperar com todos os organismos estudantis, nacionais ou estrangeiros,


cujos princípios não contrariem os aqui definidos;

g) Quaisquer outros objectivos que venham a ser definidos pelos órgãos desta
Associação, ou através do programa pelo qual foram eleitos.

A AEICBAS é representada e gerida por 3 Órgãos:

1. Assembleia Geral
2. Direcção
3. Conselho Fiscal

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ASSEMBLEIA GERAL

- A Assembleia Geral está responsável por deliberar sobre todos os assuntos


respeitantes à Associação, aprovar o plano de actividades e orçamento,
podendo introduzir as alterações que achar convenientes e aprovar o relatório
de actividades e contas da direcção.

- As reuniões da AG são dirigidas por uma mesa da AG (MAG) que é constituída


por cinco elementos, sendo um deles o presidente.

- Compete à MAG:

a) Convocar e dirigir as reuniões da AG;

b) Redigir, aprovar e divulgar as actas das reuniões da AG;

c) Providenciar a implementação das deliberações da AG;

d) Presidir à comissão eleitoral;

e) Assumir as funções de gestão corrente da AEICBAS em caso de demissão da


DAE, até à realização de novas eleições;

f) Convocar, referendos quando tal lhe for requerido por entidades


competentes

A convocação da AG é feita em resultado de:

a) Iniciativa do presidente da MAG

b) Requerimento da direcção ou do conselho fiscal da AEICBAS;

c) Por decisão da AG anterior;

d) A requerimento de 10% dos estudantes do ICBAS

e) Obrigatoriamente entre o 8º e o 15º dia antes do acto eleitoral com uma


ordem de trabalhos que integrará necessariamente os seguintes pontos:

1. Aprovação do relatório de contas da AE anterior

2. Definição das condições a preencher pelos sócios efectivos e dos seus


direitos específicos.

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- A AG possui força deliberativa se estiverem presentes, pelo menos, 50% dos


estudantes do ICBAS. Caso isto não se verifique, a MAG decidirá, 30 minutos
após o inicio dos trabalhos, por unanimidade, e com a aprovação de 50% dos
membros presentes, se o número de presenças é ou não suficiente para
quórum (excepto para a alteração dos estatutos, extinção da associação e
exoneração de sócios).

Conselho Fiscal

- O Conselho Fiscal é o órgão fiscalizador das actividades financeiras da


AEICBAS.

- O CF é composto por cinco membros, sendo um deles o presidente.

-Compete ao CF:

a) Fiscalizar as actividades financeiras da AEICBAS, tendo para tal acesso a


todos os documentos necessários;

b) Receber, verificar e emitir parecer sobre o relatório de contas da DAE;

c) Dar pareceres e sugestões à DAE sobre a matéria da sua competência.

DAEICBAS

-A direcção da AEICBAS é o órgão executivo da AEICBAS, com poderes


deliberativos em todas as matérias que não sejam de competência de outros
órgãos.

- A direcção é constituída por um número ímpar de elementos, sendo o seu


número mínimo de cinco elementos, podendo comportar a estrutura
hierárquica que entenda, desde que tal seja explícito no acto da candidatura.

- Compete à direcção:

a) Administrar o património da Associação, executar as deliberações tomadas


pela assembleia-geral e cumprir o programa com que se apresentou às
eleições

b) Assegurar a representação permanente da Associação;

c) Apresentar à assembleia-geral e ao conselho fiscal o plano de actividades, o


orçamento, o relatório de actividades e o relatório de contas.

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d) Assegurar e impulsionar a actividade tendente à prossecução dos objectivos


da Associação, e exercer as demais competências previstas na lei ou
decorrentes da aplicação dos presentes estatutos.

- Frequentemente confundida com a AEICBAS em si. Relembra-se que a


AEICBAS é toda a comunidade estudantil do ICBAS e a DAEICBAS é a Direcção.

ELEIÇÕES

- A mesa da assembleia-geral, o conselho fiscal e a direcção são eleitos por


sufrágio directo, secreto e universal.
- A eleição do CF e da MAG é feita por lista específica para cada órgão, sendo
o resultado apurado pelo método de Hondt, e o presidente de cada órgão o 1º
elemento da lista mais votada.

REFERENDO
O referendo é uma forma legítima dos membros da AEICBAS expressarem
livremente as suas opiniões e deliberarem sobre assuntos que sejam do seu
interesse. São entidades competentes para requerer referendo:

1) A direcção, o conselho fiscal e a mesa da assembleia-geral da AEICBAS


2) 20% dos estudantes do ICBAS
c) A convocatória do referendo é feita como a convocação de AG, sendo o
item " ordem de trabalhos " substituído pela designação explícita da matéria
de referendo;
d) A votação é efectuada nos mesmos termos que a eleição para os órgãos
dirigentes;
e) Têm força deliberativa os referendos que obtenham a votação de mais de
50% dos estudantes do ICBAS;
f) Um referendo com força deliberativa só pode ser revogado na vigência da
direcção seguinte.

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ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ESTUDANTES DE


MEDICINA/PorMSIC

TÍTULO I
Princípios Gerais

Denominação, âmbito e sede


1. A Associação Nacional de Estudantes de Medicina, designada de
ANEM/PorMSIC é uma associação sem fins lucrativos, constituída por tempo
indeterminado, representativa dos interesses dos estudantes de medicina de
Portugal representados pelas suas associações/núcleos membro, com os fins
previstos nos presentes Estatutos.
2. A ANEM/PorMSIC tem sede na Associação/Núcleo de Estudantes da qual
provém o presidente da sua Direcção.

Princípios fundamentais
1. A ANEM/PorMSIC exerce a sua actividade independentemente de qualquer
opção política, social, racial ou religiosa.
2. A ANEM/PorMSIC adopta a declaração de princípios a ser aprovada em
Assembleia Geral e que respeita os princípios consagrados no quadro da IFMSA
–International Federation of Medical Student’s Associations.
3. A ANEM/PorMSIC não interfere nos assuntos internos das suas
associações/núcleos membro.
4. Os cargos da ANEM/PorMSIC não são passíveis de qualquer tipo de
remuneração.

Competências
Compete à ANEM/PorMSIC:
a) Emitir opinião sobre todos os assuntos relacionados com os estudantes de
medicina, sem prejuízo das posições assumidas pelas associações/núcleos
membro, contribuindo para a participação dos seus membros no debate de
assuntos relacionados com a Educação Médica e Saúde;
b) Sensibilizar os estudantes para as obrigações sociais, éticas e morais, assim
como promover a sua formação científica;
c) Participar na formação dos estudantes de medicina, nomeadamente na
realização de estágios clínicos, pré-clínicos e de investigação;
d) Manter contacto com organizações nacionais e internacionais com vista à
persecução dos seus objectivos.
e) Organizar actividades de carácter científico, cultural, recreativo e
desportivo para os alunos de medicina.

Actividades Gerais
1. Fomentar a análise crítica e a discussão colectiva dos assuntos da sua
competência.

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2. Programar e dinamizar actividades que garantam uma estreita cooperação


e convívio entre os seus membros e os estudantes de todo o país.
3. Promover a divulgação das suas actividades visando uma extensão da sua
acção a todos os estudantes de medicina de Portugal.
4. Assegurar uma correcta gestão do seu património e dos fundos colocados à
sua disposição.
5. Garantir a representação nacional e internacional de todos os estudantes
de medicina das Associações/Núcleo membro.

Sigla e Denominação
1. A ANEM/PorMSIC é a única sigla reconhecida da Associação, podendo ser
utilizados os acrónimos ANEM ou PorMSIC.
2. Só são reconhecidas duas denominações para a ANEM/PorMSIC:
a) Associação Nacional de Estudantes de Medicina
b) Portuguese Medical Student’s International Committee.

TÍTULO II
Membros

(Membros)
1. Podem ser membros da ANEM/PorMSIC as associações de estudantes de
medicina fundadoras e ou admitidas em Assembleia Geral e que representem
estudantes de medicina de Escolas Médicas Portuguesas.
2. São membros da ANEM/PorMSIC:
 Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do
Porto (AEFMUP)
 Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa (AEFML)
 Núcleo de Estudantes de Medicina da Associação Académica de
Coimbra (NEM/AAC)
 Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade Nova de Lisboa (AEFCML)
 Associação de Estudantes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel
Salazar (AEICBAS)
 Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM)
 Núcleo de Estudantes de Medicina da Associação Académica da
Universidade da Beira Interior (MedUBI/AAUBI).
Admissão de novos membros
1. Poderão ser admitidos como membros de pleno direito as
associações/núcleos de estudantes de escolas médicas portuguesas que gozem
de personalidade jurídica e representem a maioria dos estudantes das
respectivas escolas.
2. A proposta de admissão deve ser apresentada ao Presidente da Mesa da
Assembleia Geral da ANEM/PorMSIC e assinada pelos representantes legais da
associação/núcleo de estudantes que requer a qualidade de membro.

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3. A proposta referida no número anterior deverá ser sujeita a votação na


Assembleia Geral subsequente, e será aprovada se obtiver maioria qualificada
de cinco sétimos dos delegados à Assembleia Geral.

Perda de qualidade de membro


Perdem a qualidade de membro aqueles que:
a) Solicitem a sua desvinculação, mediante comunicação escrita ao Presidente
da Mesa de Assembleia Geral da ANEM/PorMSIC, marcando este uma
Assembleia Geral Extraordinária num prazo máximo de 30 (trinta) dias, que
formalizará a perda da qualidade de membro;
b) Deixem de cumprir as obrigações estatutárias e/ou regulamentares ou
atentem contra os interesses da ANEM/PorMSIC, sendo esta decisão tomada
por maioria qualificada de cinco sétimos dos delegados à Assembleia Geral.

Direitos
Constituem direitos dos membros:
a) Participar nas Assembleias Gerais e discutir todos os assuntos de interesse
para a persecução dos objectivos da ANEM/PorMSIC;
b) Eleger, por intermédio dos seus delegados, os corpos sociais desta
Associação;
c) Participar nas iniciativas organizadas pela ANEM/PorMSIC;
d) Usufruir dos benefícios e programas levados a cabo pela ANEM/PorMSIC;
e) Nomear para a delegação a eventos internacionais, associado(s)
representante(s) da sua Associação/Núcleo de Estudantes, em articulação com
a Direcção da ANEM/PorMSIC.

Deveres
Constituem deveres dos membros:
a) Cumprir os presentes estatutos e demais regulamentos da ANEM/PorMSIC;
b) Colaborar e contribuir para a execução do programa de actividades e
demais iniciativas da ANEM/PorMSIC;
c) Pagar uma quota anual a definir em Assembleia Geral;
d) Respeitar os interesses da ANEM/PorMSIC;
e) Participar nas Assembleias Gerais da ANEM/PorMSIC;
f) Promover as actividades e a imagem da ANEM/PorMSIC, junto dos seus
associados.

TÍTULO III
Finanças e Património

Receitas e despesas
1. São receitas da ANEM/PorMSIC:
a) O montante das quotas pagas pelos membros;
b) As receitas provenientes da contribuição dos estudantes de Medicina que
participem nas suas iniciativas;
c) As receitas de serviços prestados a terceiros pela ANEM/PorMSIC;

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d) Os demais créditos resultantes de subsídios, doações ou outros apoios


concedidos por entidades públicas ou privadas, bem como de actividades e
eventos realizados pela ANEM/PorMSIC.
2. As despesas da ANEM/PorMSIC serão efectuadas mediante a movimentação
de verbas consignadas no orçamento.

TÍTULO IV
Dos Órgãos
CAPÍTULO I
(Generalidades)

Composição
São órgãos da ANEM/ PorMSIC:
1. A Assembleia Geral;
2. A Mesa da Assembleia Geral;
3. O Senado;
4. O Conselho Fiscal;
5. A Direcção.

Mandato
O mandato dos titulares dos órgãos da ANEM/PorMSIC é de um ano e inicia-se
com a tomada de posse conferida pelo presidente da Mesa da Assembleia
Geral.

Regulamentos internos
1. Os diferentes órgãos da ANEM/PorMSIC são dotados de um regulamento
interno.
2. Os regulamentos internos dos órgãos serão executados no prazo máximo de
30 (trinta) dias após a tomada de posse.

CAPÍTULO II
Da Assembleia Geral

Definição
1. A Assembleia Geral é o órgão deliberativo máximo da ANEM/PorMSIC.
2. A Assembleia Geral reunirá ordinariamente três vezes por ano.
3. A Assembleia Geral reunirá extraordinariamente por iniciativa do
Presidente da Mesa da Assembleia, a pedido do Senado, da Direcção, do
Conselho Fiscal ou por pelo menos duas associações/núcleos membro,
mediante comunicação escrita com proposta de ordem de trabalhos.

Composição
1. A Assembleia Geral é constituída por:
a. Delegados credenciados pelas respectivas associação/núcleo,
obrigatoriamente estudantes de medicina, no máximo de quatro, não podendo
contudo estes ser elementos da Direcção e da Mesa da Assembleia Geral;

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b. Titulares dos órgãos da ANEM/PorMSIC;


c. Presidentes das Direcções das Associações/Núcleos membro;
d. Membros de grupos de trabalho/Comissões organizadoras.
2. Apenas têm direito a voto os delegados das associações/núcleos membro.
3. Os delegados que sejam simultaneamente membros do Conselho Fiscal, não
podem votar em assuntos sobre os quais tenham emitido parecer.
4. Qualquer estudante de medicina pode assistir e intervir na Assembleia
Geral.
5. Qualquer Presidente das Direcções das Associações/Núcleos membro, e
qualquer órgão da ANEM/PorMSIC ou grupos de trabalho/Comissão
Organizadora, à excepção da Mesa da Assembleia Geral, pode assistir, intervir
e fazer propostas.
6. Pode também assistir e intervir na assembleia qualquer pessoa que pelas
suas capacidades técnicas ou manifesto interesse para a ANEM/PorMSIC seja
convidado a comparecer, ou assim o solicite, se para tal a sua presença for
aprovada relativa em Assembleia Geral.

Funcionamento
1. A Assembleia Geral só pode reunir e tomar decisões desde que convocada
com uma antecedência mínima de dez dias, com indicação expressa dos
assuntos a discutir e desde que a maioria dos delegados se faça representar.
a. Caso a Assembleia Geral seja marcada com uma antecedência inferior a dez
dias, esta poderá prosseguir, desde que estejam presentes mais de cinco
sétimos dos delegados e estejam representadas todas as associações/núcleos
membro.
2. Caso não se verifique quórum à hora prevista de início dos trabalhos, a
Mesa fará nova chamada de meia em meia hora até duas horas depois,
verificando a cada
chamada se o número de presenças é ou não suficiente para reunir quórum.
3. No caso de não se verificar quórum a mesa pode dar por suspensa a
Assembleia Geral e marcará nova Assembleia Geral a realizar-se no período
máximo de 15 (quinze) dias.

Competências
Compete à Assembleia Geral:
a) Apreciar as actividades da Direcção;
b) Ratificar documentos e tomadas de posição apresentadas pelo Senado;
c) Regulamentar matérias particulares dos presentes Estatutos;
d) Apreciar e votar os Regulamentos Internos dos órgãos sociais da
ANEM/PorMSIC;
e) Eleger os titulares dos órgãos da ANEM/PorMSIC, de acordo com os
presentes estatutos;
f) Decidir sobre alterações dos Estatutos;
g) Deliberar sobre a dissolução da ANEM/PorMSIC;
h) Deliberar sobre a destituição da Mesa da Assembleia Geral, da Direcção, do
Conselho Fiscal, dos Coordenadores Nacionais e dos grupos de

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trabalho/comissões organizadoras da ANEM/PorMSIC, por maioria qualificada


de três quartos dos delegados presentes;
i) Apreciar e votar o Relatório de Actividades e Contas do mandato da
Direcção, acompanhado do parecer do Conselho Fiscal;
j) Apreciar e votar o Plano de Actividades, Orçamento e Relatório de
Actividades do mandato dos vários Departamentos da ANEM/PorMSIC;
k) Estabelecer, sob proposta da Direcção, o quantitativo da quota dos seus
membros;
l) Deliberar sobre criação ou extinção de Comissões Organizadoras/Grupos de
Trabalho;
m) Deliberar sobre a expulsão ou suspensão dos membros, baseada em actos
que violem os Estatutos ou sejam gravemente lesivos dos interesses desta
Associação;
n) Definir a política de fundo da ANEM/PorMSIC.

CAPÍTULO III
Da Mesa da Assembleia Geral

Composição
A Mesa da Assembleia Geral é constituída por:
1. O Presidente;
2. O Vice-Presidente;
3. O Secretário.

Competências
São competências da Mesa da Assembleia Geral:
1. Convocar a Assembleia Geral da ANEM/PorMSIC;
2. Dirigir os trabalhos da Assembleia Geral;
3. Verificar a existência de quórum;
4. Redigir a acta da Assembleia Geral, que deverá ser enviada às
Associações/Núcleos membro num prazo mínimo de dez dias antes da
Assembleia Geral seguinte, a qual deverá ser discutida e votada, ficando
registada após aprovação;
5. Verificar a elegibilidade dos candidatos aos órgãos da ANEM/PorMSIC;
6. Substituir, em regime de gestão corrente em caso de demissão, a Direcção
nas suas funções até à eleição de nova Direcção, a ter lugar no prazo máximo
de trinta dias.

Responsabilidade
Cada membro da Mesa de Assembleia Geral é pessoalmente responsável pelos
seus actos e solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de
acordo com os restantes membros da Mesa da Assembleia Geral.

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CAPÍTULO IV
Do Senado

Composição
O Senado é constituído por duas qualidades de membros, votantes e não
votantes;
1. Os membros votantes são, por inerência, os Presidentes das Direcções das
Associações/Núcleos membro;
§ único - No caso do Presidente da Direcção da Associação/Núcleo não ser
estudante de Medicina, este tem que nomear, no início do seu mandato, um
substituto, obrigatoriamente estudante de Medicina, que assumirá as suas
funções em plenos direitos e deveres.
2. Os membros não votantes são o Presidente e um Vice-Presidente da
Direcção da ANEM/PorMSIC.

Funcionamento
1. O Presidente da Direcção da ANEM/PorMSIC modera o Senado, sendo
assistido pelo Vice-Presidente;
2. Em situações excepcionais o Presidente da cada Associação/Núcleo membro
pode fazer-se representar, por duas vezes, durante o período do seu mandato.
a. Em caso de faltar ou se fazer representar por mais de duas vezes perderá o
direito a voto nas duas reuniões subsequentes a que compareça.
b. Em caso de acumulação de funções no Senado por um período inferior a
dois meses, o disposto na alínea (a) do ponto dois deste artigo não se aplica.
3. As reuniões são convocadas pelo Presidente da Direcção da ANEM/PorMSIC,
com uma antecedência mínima de 7 dias, sem periodicidade obrigatória;
4. Em situação de manifesta urgência pode o Senado ser convocado, sem
antecedência mínima, desde que garantido um quórum de cinco sétimos dos
seus membros votantes;
5. Podem requerer a convocação do Senado, a Assembleia Geral, o Presidente
da Direcção da ANEM/PorMSIC ou dois sétimos dos seus membros votantes.

Competências
1. São competências do Senado;
a) Definir a Política de Fundo da ANEM/PorMSIC a ser ratificada pela
Assembleia Geral;
b) Avaliar o funcionamento da estrutura da ANEM/PorMSIC;
c) Deliberar sobre assuntos de política educativa, relevantes para a
ANEM/PorMSIC;
d) Emitir pareceres sempre que solicitado por qualquer órgão da
ANEM/PorMSIC;
e) Deliberar sobre a constituição ou participação da ANEM/PorMSIC em outras
pessoas colectivas de direito público ou privado, com ou sem carácter
lucrativo;
f) Definir a articulação da ANEM/PorMSIC com outras instituições
representativas do movimento associativo;

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

g) Decidir sobre a criação de organismos e de secções autónomas;


h) Deliberar em situações de urgência sobre qualquer assunto de manifesta
importância para a ANEM/PorMSIC;
i) Elaborar propostas de alteração de estatutos da ANEM/PorMSIC.

Responsabilidade
Cada membro do Senado é pessoalmente responsável pelos seus actos e
solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de acordo com os
restantes membros da Senado.

CAPÍTULO V
Do Conselho Fiscal

Composição
1. O Conselho Fiscal é constituído por um elemento de cada uma das
associações/núcleos membro;
2. O Conselho Fiscal é constituído por um presidente, um vice-presidente e
um relator, eleitos em Assembleia Geral, sendo os restantes nomeados pelas
respectivas associações/núcleos membro;
3. Não poderá haver na sua constituição mais que um elemento de cada
Associação/Núcleo membro da ANEM/PorMSIC.

Competências
1. Compete ao Conselho Fiscal:
a) Fiscalizar todos os encargos financeiros da ANEM/PorMSIC;
b) Dar parecer fundamentado sobre o Orçamento e Relatório de Contas
elaborado pela Direcção;
c) Elaborar pareceres, atendendo à sua especificidade e sempre que solicitado
por qualquer das associações/núcleos membro, pelo Senado ou pela
Assembleia Geral;
d) Elaborar o seu Regulamento Interno.
2. O Conselho Fiscal reunirá ordinariamente aquando da realização da última
Assembleia Geral do mandato e extraordinariamente sempre que for
considerado necessário.

Responsabilidades
Cada membro do Conselho Fiscal é pessoalmente responsável pelos seus actos
e solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de acordo com os
restantes membros do Conselho Fiscal.

CAPÍTULO VI
Da Direcção
Secção I

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Disposições Gerais

Composição
A Direcção é composta por:
1. Um Núcleo de Gestão, com um número par de elementos, num máximo de
seis, entre os quais o Presidente, um Vice-presidente, o Tesoureiro;
2. O Coordenador de Informação e Imagem;
3. O Coordenador Nacional de Saúde Pública, o Coordenador Nacional de
Saúde Reprodutiva e SIDA, o Coordenador Nacional de Intercâmbios e o
Coordenador Nacional Científico.

Competências
1. A Direcção é, para todos os efeitos legais, o órgão executivo e de
administração da ANEM/ PorMSIC.
2. À Direcção compete:
a) Elaborar o Plano de Actividades e Orçamento;
b) Apresentar o seu Plano de Actividades e Orçamento na Assembleia Geral
imediatamente após a tomada de posse;
c) Elaborar o Regulamento Interno, na primeira reunião de Direcção;
d) Fazer os pedidos de subsídio e de apoios às entidades competentes;
e) Administrar o património da Associação;
f) Organizar actividades científicas, culturais, recreativas ou desportivas para
os estudantes de medicina;
g) Cumprir o plano de actividades e executar as deliberações tomadas pela
Assembleia Geral e Senado;
h) Debater todos os assuntos julgados relevantes para a Direcção da ANEM/
PorMSIC;
i) Aplicar a política de fundo da ANEM/PorMSIC;
j) Representar ou fazer representar os seus associados;
k) Apresentar o Relatório de Actividades e Contas em Assembleia Geral antes
do término do mandato;
l) Elaborar um relatório intercalar de actividades, a pedido de qualquer órgão
da ANEM/PorMSIC;
m) Apresentar o relatório de participação de todos os delegados em
actividades internacionais;
n) Manter contactos permanentes com organizações nacionais e internacionais
de interesse para a ANEM/ PorMSIC, nomeadamente a IFMSA – International
Federation of Medical Students Association;
o) Assegurar a representatividade dos estudantes de medicina de Portugal a
todos os níveis.

Responsabilidade
Cada membro da Direcção é pessoalmente responsável pelos seus actos e
solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de acordo com os
restantes membros da Direcção.

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Secção II
O Núcleo de Gestão
Competências do Núcleo de Gestão
1. São competências do Presidente da Direcção:
a) Convocar e moderar as reuniões da Direcção e do Senado;
b) Representar a ANEM ao seu mais alto nível;
c) Coordenar, juntamente com o Tesoureiro, a aquisição de materiais ou
equipamentos de acordo com o Orçamento aprovado;
d) Todas as demais competências que lhe forem atribuídas pela Assembleia
Geral e Senado.
2. São competências do Vice-Presidente da Direcção:
a) Substituir o Presidente na sua ausência;
b) Assessorar o Presidente na moderação das reuniões do Senado;
c) Preparar as reuniões do Senado;
d) Todas as demais competências que lhe forem atribuídas pela Assembleia
Geral, Senado ou Direcção.
3. São competências do Tesoureiro:
a) Coordenar a elaboração do orçamento;
b) Administrar as verbas colocadas à disposição da ANEM/PorMSIC, de acordo
com o plano de Orçamento elaborado para o respectivo mandato;
c) Coordenar, juntamente com o Presidente, a aquisição de materiais ou
equipamentos de acordo com o Orçamento aprovado;
d) Acompanhar a gestão financeira de actividades perpetuadas por Comissões
Organizadoras ou grupos de Trabalho;
e) Organizar a contabilidade e elaborar o Relatório de Contas no final de cada
mandato;
f) Dar a conhecer o trabalho da ANEM a potenciais patrocinadores;
g) Angariar patrocinadores para financiar o Plano de Actividades da
ANEM/PorMSIC;
h) Coordenar os pedidos de patrocínios efectuados por outros elementos da
Direcção da ANEM/PorMSIC.
4. As competências dos restantes membros da Direcção são definidas pelos
candidatos aquando da apresentação da candidatura em Assembleia Geral.

Secção III
Os Coordenadores Nacionais
Competências
A cada Coordenador Nacional compete:
a) Apresentar na primeira Assembleia Geral ordinária do ano a que o mandato
se refere o plano de actividades do seu departamento;
b) Apresentar o regulamento do seu Departamento a ser aprovado na primeira
Assembleia Geral ordinária do ano a que o mandato se refere;
c) Cumprir o Plano de Actividades e executar as deliberações tomadas pela
Assembleia Geral ou pelo Senado;
d) Apresentar o relatório de actividades na última Assembleia Geral ordinária
do mandato.

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Secção IV
Do Coordenador de Informação e Imagem

Competências
Ao Coordenador de Informação e Imagem compete:
a) Garantir a gestão das ferramentas de comunicação e divulgação de
ANEM/PorMSIC;
b) Apresentar na primeira Assembleia Geral ordinária do ano a que o mandato
se refere o plano de actividades do seu departamento;
c) Cumprir o Plano de Actividades e executar as deliberações tomadas pela
Assembleia Geral ou pelo Senado;
d) Apresentar o relatório de actividades na última Assembleia Geral ordinária
do mandato;

TÍTULO V
Eleições

Especificações
As disposições do presente título aplicam-se à eleição da Mesa da Assembleia
Geral, do, do Conselho Fiscal e da Direcção.

Elegibilidade
1. Só podem ser eleitos para cargos nos órgãos da ANEM estudantes de
medicina das
associações/núcleos membro, sob credenciação das suas Direcções.
2. Nenhum candidato poderá figurar como candidato em mais do que uma
lista.
3. Nenhum candidato poderá acumular cargos nacionais em diferentes órgãos
da
ANEM/PorMSIC.
4. O Presidente e Vice-presidente com assento no Senado da ANEM/PorMISC
não
podem acumular cargos no Senado.
5. Nenhum dos membros eleitos do Conselho Fiscal pode pertencer à mesma
associação/núcleo membro.
6. Não podem ser nomeados ou eleitos estudantes que tenham pertencido
previamente a órgãos da ANEM/PorMSIC nos quais tenham faltado às suas
competências.

Regime de eleição
1. A Mesa de Assembleia Geral, a Direcção, e os membros eleitos do Conselho
Fiscal são eleitos na última Assembleia Geral ordinária do mandato, regra
geral no último trimestre do ano.

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2. As candidaturas para os órgãos da ANEM/PorMSIC têm de ser


obrigatoriamente entregues até 10 dias antes da Assembleia Geral, para a
qual estão agendadas as eleições.
3. A Mesa de Assembleia Geral e o Núcleo de Gestão são eleitos em lista
fechada.
4. O Conselho Fiscal é formado por um elemento de cada uma das
associações/núcleo de Estudantes membro, elegendo-se em Assembleia Geral
um presidente, um vice-presidente e um relator em regime de lista fechada.
5. Os Coordenadores Nacionais e o Coordenador de Informação e Imagem, são
eleitos nominalmente.
6. É considerada eleita à primeira volta a lista ou candidato que obtenha mais
de 50% (cinquenta porcento) dos votos validamente expressos.
7. Caso nenhuma lista ou candidato possa ser declarado vencedor nos termos
do ponto anterior, realizar-se-á uma segunda volta na mesma Assembleia
Geral, à qual concorrerão as duas listas ou candidatos mais votados.

Tomada de posse
1. A Mesa de Assembleia Geral, a Direcção, o Conselho Fiscal e os
Coordenadores Nacionais tomam posse até trinta dias após a sua eleição, em
sessão pública.
2. Os membros do Senado da ANEM/PorMSIC são empossados para este órgão
após a tomada de posse do cargo que os designam.
3. A posse é conferida pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral em
funções. Na impossibilidade deste, a posse é conferida por um dos restantes
membros da Mesa ou, em última instância, pela Direcção vigente.

TÍTULO VI
Demissões
1. No caso de demissão do Presidente da Direcção da ANEM/PorMSIC, o Núcleo
de Gestão será destituído. Será convocada uma Assembleia Geral
Extraordinária, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, para eleição de novo
Núcleo de Gestão. Durante este período os restantes elementos da Direcção
asseguram a gestão corrente da Direcção.
2. No caso de perda de quórum de algum dos órgãos da ANEM/PorMSIC, por
demissão
dos seus membros, o órgão em causa é dissolvido de imediato e substituído
em Assembleia Geral no prazo máximo de trinta dias, assegurando a Mesa da
Assembleia Geral as suas funções até à referida Assembleia Geral.
3. No caso de demissão do Tesoureiro ou Vice-presidente, este será
substituído por outro elemento da Direcção da ANEM/PorMSIC e
posteriormente ratificado na Assembleia Geral seguinte.
4. No caso de demissão do presidente da Mesa de Assembleia Geral assumirá
funções o vice-presidente da Mesa de Assembleia Geral.
5. No caso de demissão colectiva da Mesa da Assembleia Geral, esta será
substituída, em Assembleia Geral, convocada no prazo máximo de trinta dias

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pela Direcção da ANEM/PorMSIC. Nesta Assembleia Geral será constituída uma


Mesa da Assembleia por proposta do Senado e ratificada pela Assembleia.
6. No caso de demissão do presidente do Conselho Fiscal assumirá funções o
vicepresidente do Conselho Fiscal e a associação/núcleo membro à qual
pertencia o presidente nomeará um elemento que integrará o Conselho Fiscal
como vogal.
7. No caso de demissão de algum Coordenador Nacional, a Direcção nomeará
um coordenador provisório de entre os Coordenadores Locais, até à
Assembleia Geral seguinte, onde será eleito novo Coordenador Nacional.

TÍTULO VII
Disposições finais

Listagem dos Membros da ANEM/PorMSIC


Quando por deliberação da Assembleia Geral, seja admitida ou retirada uma
Associação membro, considera-se automaticamente ajustada a listagem das
Associações/núcleos membros.

Revisão
1. As deliberações sobre as alterações dos Estatutos estão sujeitas ao mesmo
regime estabelecido para a aprovação dos mesmos.
2. Os presentes Estatutos só podem ser revistos passados seis meses da data
da sua publicação em Diário da República.
3. Os Estatutos devem ser aprovados por maioria qualificada de cinco sétimos.

Dissolução
1. A ANEM/PorMSIC só poderá ser extinta por decisão da Assembleia Geral,
tomada por maioria de cinco sétimos da totalidade dos membros.
2. Em caso de extinção os seus bens ficarão sujeitos ao disposto no Artigo
166º, número
2 do Código Civil.

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ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE


MEDICINA VETERINÁRIA

CAPÍTULO I
Princípios Gerais

Denominação, âmbito e sede


1. A Associação Nacional dos Estudantes de Medicina Veterinária, adiante
designada por ANEMVet, é uma associação sem fins lucrativos, constituída por
tempo indeterminado, representativa dos interesses dos estudantes de
Medicina Veterinária de Portugal representados pelas suas
Associações/Núcleos associados, com os fins previstos nos presentes estatutos.
2. ANEMVet é o único acrónimo reconhecido da Associação.

Princípios fundamentais
1. A ANEMVet exerce a sua actividade independentemente de qualquer opção
política, social, racial ou religiosa.
2. A ANEMVet não interfere nos assuntos internos das suas
Associações/Núcleos associados.
3. Os cargos da ANEMVet não são passíveis de qualquer tipo de remuneração.

Objecto Social
1. Compete à ANEMVet:
a) Emitir opinião sobre todos os assuntos relacionados com os estudantes
de Medicina Veterinária, sem prejuízo das posições assumidas pelas
Associações /Núcleos associados, contribuindo para a participação dos seus
associados no debate de assuntos relacionados com a educação e profissão
médico-veterinária, entre outros;
b) Sensibilizar os estudantes para as obrigações sociais, éticas e morais,
assim como promover a sua formação científica;
c) Participar na formação dos estudantes de Medicina Veterinária,
nomeadamente na organização de estágios;
d) Garantir a representação nacional e internacional de todos os
estudantes de Medicina Veterinária representados pelas Associações/Núcleos
associados.
e) Organizar actividades de carácter científico, cultural ou desportivo
para todos os estudantes de Medicina Veterinária.
f) Fomentar a análise crítica e a discussão colectiva dos assuntos da sua
competência.
g) Programar e dinamizar actividades que garantam uma estreita
cooperação e convívio entre os estudantes de Medicina Veterinária de todo o
país.
h) Promover a divulgação das suas actividades visando uma extensão da
sua acção a aos estudantes de Medicina Veterinária em Portugal.

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i) Assegurar uma correcta gestão do seu património e dos fundos


colocados à sua disposição.

CAPÍTULO II
Associados

Associados
1. Podem ser associados da ANEMVet as Associações/Núcleos de
estudantes de Medicina Veterinária fundadoras e/ou admitidas em Assembleia
Geral e que representam os estudantes de Medicina Veterinária em Portugal.
2. São associados fundadores da ANEMVet: Associação dos Estudantes da
Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa (AEFMV-
UTL); Associação de Estudantes de Medicina Veterinária da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro (AEMV-UTAD); Associação de Estudantes do
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto
(AEICBAS-UP); Associação de Estudantes de Medicina Veterinária da
Universidade de Évora (AEMVUE); Associação de Estudantes da Escola
Universitária Vasco da Gama (AEEUVG).

Direitos
1- Constituem direitos dos associados:
a) Participar nas Assembleias Gerais e discutir todos os assuntos de
interesse para a concretização dos objectivos da ANEMVet;
b) Eleger, por intermédio dos seus delegados, os corpos sociais desta
Associação;
c) Participar nas iniciativas organizadas pela ANEMVet;
a) Usufruir dos benefícios e programas levados a cabo pela ANEMVet;
b) Nomear para a delegação a eventos internacionais membro(s)
representante(s) da sua Associação/Núcleo de estudantes, em articulação com
a Direcção da ANEMVet.

Deveres
1- Constituem deveres dos associados:
a) Cumprir os presentes estatutos e demais regulamentos da ANEMVet;
b) Colaborar e contribuir para a execução do programa de actividades e
demais iniciativas da ANEMVet;
c) Pagar uma quota anual a definir em Assembleia Geral, sob proposta da
Direcção;
d) Respeitar os interesses da ANEMVet;
e) Participar nas Assembleias Gerais da ANEMVet;
f) Promover as actividades e a imagem da ANEMVet junto dos seus
associados.

CAPÍTULO III
FINANÇAS E PATRIMÓNIO

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Receitas e despesas
1. São receitas da ANEMVet:
a) O montante das quotas pagas pelos seus associados;
b) As receitas provenientes da contribuição dos estudantes de Medicina
Veterinária que participem nas suas iniciativas;
c) As receitas de serviços prestados a terceiros pela ANEMVet;
d) Os demais proventos resultantes de subsídios, doações ou outros apoios
concedidos por entidades públicas ou privadas, bem como de actividades e
eventos realizados pela ANEMVet.
2. As despesas da ANEMVet serão efectuadas mediante a movimentação
de verbas consignadas no orçamento.

CAPÍTULO IV
Dos Órgãos
SECÇÃO I
Generalidades

Composição
1- São órgãos da ANEMVet:
a) A Assembleia Geral, adiante designada por AG;
b) O Conselho Fiscal, adiante designado por CF;
c) A Direcção;
Mandato
1. O mandato dos titulares de cargos eleitos nos corpos sociais da
ANEMVet é de um ano e inicia-se com a tomada de posse conferida pelo
Presidente da Mesa da AG.
Regulamentos internos
1. A Assembleia Geral e a Direcção são dotadas de Regulamento Interno,
aprovados em AG por maioria qualificada de oitenta por cento dos votos dos
delegados presentes e sujeitos às mesmas regras de revisão dos presentes
estatutos, artigo 33 º.

SECÇÃO II
Da Assembleia Geral

Definição
1. A AG é o órgão deliberativo máximo da ANEMVet.
2. A AG reunirá ordinariamente quatro vezes por ano, sendo a primeira
para tomada de posse dos corpos sociais, a segunda para apresentação,
discussão e votação do plano de actividades e orçamento da Direcção, a
terceira para a apresentação, discussão e votação do relatório de actividades
e contas da Direcção, e a quarta para eleições.
3. A AG reunirá extraordinariamente por iniciativa do Presidente da Mesa
da AG, a pedido da Direcção, do CF ou por pelo menos duas

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Associações/Núcleos associados, mediante comunicação escrita com proposta


de ordem de trabalhos, num prazo máximo de trinta dias de calendário.

Composição
1. A AG é constituída por:
b) Mesa da Assembleia Geral;
c) Delegados credenciados pelas respectivas Associações/Núcleos de
estudantes, obrigatoriamente estudantes de Medicina Veterinária, no máximo
de três, não podendo contudo estes ser elementos da Direcção, da Mesa da AG
ou do CF da ANEMVet;
d) Titulares de corpos sociais da ANEMVet;
e) Presidentes das Direcções das Associações/Núcleos associados;
f) Membros de Grupos de Trabalho/Comissões Organizadoras.
2. Apenas têm direito a voto os delegados credenciados das
Associações/Núcleos associados;
3. Qualquer estudante de Medicina Veterinária pode assistir e intervir na
AG;
4. Podem também assistir e intervir na AG quaisquer pessoas que, pelas
suas capacidades técnicas ou manifesto interesse para a ANEMVet, sejam
convidadas a comparecer ou assim o solicitem, se para tal a sua presença for
aprovada em AG.

Funcionamento
1. A AG só pode reunir e tomar decisões desde que convocada por meio de
aviso postal, expedido para cada um dos associados com a antecedência
mínima de oito dias; no aviso indicar-se-á o dia, hora e local da reunião e
respectiva ordem de trabalhos.
§ Único – Caso a AG seja marcada com uma antecedência inferior a oito dias
de calendário, esta poderá prosseguir, desde que estejam presentes mais de
oitenta por cento dos delegados e estejam representadas todas as
Associações/Núcleos associados.
2. A aprovação em AG de qualquer decisão obriga à maioria absoluta dos votos
dos delegados presentes excepto nas alíneas d), e), f), k), l), do artigo 17º as
quais necessitam de oitenta por cento dos votos dos delegados presentes para
aprovação.
3. Caso não se verifique quórum à hora prevista de início dos trabalhos, a
Mesa da AG fará nova chamada de meia em meia hora até duas horas depois,
verificando a cada chamada a existência de quórum.
4. No caso de não se verificar quórum ao fim de duas horas, a Mesa da AG
pode dar por suspensa a AG e marcará nova AG no período máximo de quinze
dias de calendário.

Competências
Compete à AG:
a) Apreciar as actividades da Direcção;

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b) Regulamentar matérias particulares dos presentes Estatutos;


c) Eleger os titulares dos Cargos Eleitos nos Órgãos da ANEMVet;
d) Decidir sobre alterações dos Estatutos;
e) Deliberar sobre a dissolução da ANEMVet;
f) Deliberar sobre a destituição da Mesa da AG, da Direcção, do CF e
grupos de trabalho/comissões organizadoras da ANEMVet;
g) Apreciar e votar o Plano de Actividades e Orçamento da Direcção;
h) Apreciar e votar o Relatório de Actividades e Contas do mandato da
Direcção;
i) Estabelecer, sob proposta da Direcção, o quantitativo da quota dos seus
associados;
j) Deliberar sobre criação ou extinção de Comissões
Organizadoras/Grupos de Trabalho;
k) Deliberar sobre a expulsão ou suspensão dos membros baseada em
actos que violem os estatutos ou sejam gravemente lesivos dos interesses
desta Associação;
l) Deliberar sobre a perda de qualidade de associado, nos termos da
alínea b) do artigo 7º dos presentes Estatutos;
m) Definir a política de fundo da ANEMVet.

SECÇÃO III
Da Mesa da Assembleia Geral

Composição
1. A Mesa da AG, adiante designada MAG, é constituída por:
a) Um Presidente;
b) Um Vice-Presidente;
c) Um Secretário.
2. A MAG não poderá ser constituída apenas por elementos de uma
Associação/Núcleo associado.

Competências
1. São competências da MAG:
a) Convocar a AG da ANEMVet, nos termos do Artigo 16º dos presentes
estatutos;
b) Dirigir os trabalhos da AG;
c) Verificar a existência de quórum;
d) Redigir a acta da AG, que deverá ser enviada às Associações/Núcleos
associados num prazo mínimo de dez dias de calendário antes da AG seguinte,
a qual deverá ser discutida e votada, ficando registada após aprovação;
e) Verificar a elegibilidade dos candidatos aos órgãos da ANEMVet;
f) Substituir a Direcção, em caso de demissão, em regime de gestão corrente,
nas suas funções até à eleição de nova Direcção, a ter lugar no prazo máximo
de trinta dias.

Responsabilidade

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1. Cada membro da MAG é pessoalmente responsável pelos seus actos e


solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de acordo com os
restantes membros da MAG.

SECÇÃO IV
Do Conselho Fiscal

Composição
1. O CF é constituído por um elemento de cada Associação/Núcleo
associado.
2. O CF é constituído por um Presidente, um Vice-presidente, um Relator
e Vogais.

Competências
1. Compete ao CF:
a) Fiscalizar todos os encargos financeiros da ANEMVet;
b) Emitir parecer fundamentado sobre o Orçamento e Relatório de Contas
elaborado pela Direcção, e apresentar esse mesmo parecer em AG.
c) Elaborar pareceres, atendendo à sua especificidade, por sua iniciativa e
sempre que solicitado por qualquer das Associações/Núcleos associados, pela
Direcção ou pela AG;
2. O CF reunirá ordinariamente antes da realização da segunda e da terceira
AG ordinárias do mandato e extraordinariamente sempre que for considerado
necessário.
3. Compete ao Presidente do CF o voto de qualidade em caso de empate.

Responsabilidades
1. Cada membro do CF é pessoalmente responsável pelos seus actos e
solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de acordo com os
restantes membros do CF.

SECÇÃO V
Da Direcção

Composição
1. A Direcção é composta por um número ímpar de elementos, incluindo
um Presidente, um Vice-presidente, um Secretário, um Tesoureiro e
Coordenadores Nacionais dos Departamentos da ANEMVet.
2. O Presidente, Vice-presidente e Secretário serão obrigatoriamente de
três Associações/Núcleos associados diferentes. O Tesoureiro não poderá ser
das mesmas Associações/Núcleos associados que o Vice-presidente e o
Secretário.
3. A estrutura e organigrama da Direcção constam do Regulamento Interno
da Direcção, referido no Artigo 13º dos presentes estatutos.

Competências

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1. A Direcção é, para todos os efeitos legais, o órgão executivo e de


administração da ANEMVet.
2. À Direcção compete:
a) Apresentar o seu Plano de Actividades e Orçamento na segunda AG
ordinária do mandato;
b) Elaborar o Regulamento Interno, na primeira reunião de Direcção;
c) Elaborar pedidos de subsídio e de apoios às entidades competentes;
d) Administrar o património da ANEMVet;
e) Organizar actividades científicas, culturais, recreativas ou desportivas para
os estudantes de Medicina Veterinária;
f) Cumprir o plano de actividades e executar as deliberações tomadas pela
AG;
g) Debater todos os assuntos julgados relevantes para a Direcção da ANEMVet
e aplicar a sua politica de fundo;
h) Apresentar o Relatório de Actividades e Contas na terceira AG ordinária do
mandato;
i) Apresentar o relatório de participação de todos os delegados em actividades
internacionais;
j) Manter contactos permanentes com organizações nacionais e internacionais
de interesse para a ANEMVet;
k) Assegurar a representatividade dos estudantes de Medicina Veterinária de
Portugal a todos os níveis;

Responsabilidade
1. Cada membro da Direcção é pessoalmente responsável pelos seus actos
e solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de acordo com os
restantes membros da Direcção.

CAPÍTULO V
ELEIÇÕES

Especificações
1. As disposições do presente capítulo aplicam-se à eleição de titulares de
cargos na MAG, no CF e na Direcção, adiante designados por Cargos Eleitos.

Elegibilidade
1. Só podem ser eleitos, para Cargos Eleitos, estudantes de Medicina
Veterinária das Associações/Núcleos associados, sob credenciação das suas
Direcções.
2. Nenhum candidato poderá figurar como candidato em mais do que uma
lista.
3. Nenhum candidato poderá concorrer a mais de um dos Cargos Eleitos.
4. Cada um dos membros eleitos do CF deverá pertencer a uma
Associação/Núcleo membro diferente.

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5. Não podem ser eleitos estudantes que tenham sido titulares de Cargos
Eleitos nos órgãos da ANEMVet nos quais, no entender da AG, tenham faltado
às suas competências.

Regime de eleição
1. A MAG, a Direcção, e o CF são eleitos em AG ordinária expressamente
convocada para tal.
2. As candidaturas para os Cargos Eleitos têm de ser obrigatoriamente
entregues ao Presidente da MAG até quinze dias úteis antes da AG para a qual
estão agendadas as eleições, por correio postal com aviso de recepção.
3. A candidatura para os Cargos Eleitos apresentada à MAG deverá ser
acompanhada por uma declaração de aceitação assinada por cada um dos
candidatos, fotocópia de documento de identificação oficial e fiscal, linhas de
orientação estratégica da lista e organigrama da mesma.
4. A MAG, a Direcção e o CF são eleitos em lista fechada.

Tomada de posse
1. A MAG, a Direcção e o CF tomam posse até trinta dias de calendário após a
sua eleição, na primeira AG ordinária do mandato.
2. A posse é conferida pelo Presidente da MAG em funções. Na impossibilidade
deste, a posse é conferida por um dos restantes membros da Mesa ou, em
última instância, pela Direcção vigente.

CAPÍTULO VI
DEMISSÕES

Demissões
1. No caso de perda de quórum de algum dos Órgão Eleitos, por demissão dos
seus membros, o órgão em causa é dissolvido de imediato e substituído em AG
no prazo máximo de trinta dias de calendário, assegurando a MAG as suas
funções até à referida AG.
2. No caso de demissão do presidente da MAG assumirá funções o vice-
presidente da MAG.
3. No caso de demissão colectiva da MAG, esta será substituída, em AG,
convocada no prazo máximo de trinta dias de calendário pela Direcção da
ANEMVet. Nesta AG será constituída uma MAG por proposta da AG.
4. No caso de demissão do presidente do CF assumirá funções o vice-
presidente do CF e a Associação/Núcleo associado à qual pertencia o
presidente nomeará um elemento que integrará o Conselho Fiscal como vogal.
5. Em caso de demissão de um membro da Direcção, com excepção dos
coordenadores dos departamentos, este será substituído por outro elemento
da direcção votado em reunião deste mesmo órgão. A Associação/Núcleo
associado à qual pertencia o demissionário nomeará um elemento que
integrará a Direcção como vogal.
6. No caso de demissão de um coordenador de um departamento este será
substituído por um elemento do mesmo departamento.

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CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Listagem dos Membros da ANEMVet


1. Quando, por deliberação da AG, uma Associação/Núcleo seja admitida
ou perca a qualidade de associado, considera-se automaticamente ajustada a
listagem das Associações/Núcleos associados constante no Artigo 5º, ponto n.º
3 dos presentes estatutos.

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ANEXO 1

GLOSSÁRIO ACADÉMICO DA UNIVERSIDADE DO PORTO

A
Acordo de aprendizagem (Learning agreement) – Compromisso entre o
estudante – que aceita estudar sujeitando-se às regras estabelecidas, inclusive de
avaliação – e a instituição – que disponibiliza a docência e as condições de
aprendizagem para que os resultados da aprendizagem sejam atingidos no prazo
previsto no plano de estudos, com a consequente atribuição de um grau e seu
diploma logo que o estudante preencha os requisitos para tal.
Acordo de cooperação – Ver Protocolo.
Acreditação de um curso na área da educação continua – Formalização e
aprovação formal de um curso pelo(s) Conselho(s) Científico(s) e Directivo(s)
da(s) Unidade(s) Orgânica(s) que o ministra(m), com base na existência no seu
seio de competências, meios e recursos humanos e materiais adequados para o
efeito.
Aluno – Ver Estudante.
Aluno deslocado – Ver Estudante deslocado.
Aluno extraordinário – Ver Tipo de estudante - Estudante extraordinário.
Aluno ordinário – Ver Tipo de frequência - Estudante ordinário.
Aluno visitante – Ver Tipo de estudante – Estudante em mobilidade.
Ano curricular – Parte do plano de estudos do curso ou ciclo de estudos que, de
acordo com o respectivo instrumento legal de aprovação, deva ser realizada pelo
estudante, quando em tempo inteiro e regime presencial, no decurso de um ano.
Pode organizar-se em Semestres curriculares (2)
ou em Trimestres curriculares (3):
· Semestre curricular – Parte do plano de estudos do curso ou ciclo de estudos
que, de acordo com o respectivo instrumento legal de aprovação, deva ser
realizada pelo estudante, quando em tempo inteiro e regime presencial, no
decurso de um semestre lectivo (Setembro a Fevereiro ou Fevereiro a Julho).
· Trimestre curricular – Parte do plano de estudos do curso ou ciclo de estudos
que, de acordo com o respectivo instrumento legal de aprovação, deva ser
realizada pelo estudante, quando em tempo inteiro e regime presencial, no
decurso de um trimestre.
Ano lectivo – Período entre o início e o termo das actividades lectivas e
académicas de um ano, incluindo férias de Natal, de Carnaval e de Páscoa, de
acordo com o calendário aprovado pelo Senado da Universidade do Porto.
Antigo aluno (AA) – Todo o estudante que esteve matriculado e inscrito nos
cursos ou nos ciclos de estudo da U.Porto e nela obteve um dos graus –
licenciado, mestre ou doutor –, ou um diploma de um curso de pós-graduação
com um mínimo de 60 créditos.

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Anulação da inscrição – Ver Estados do estudante.


Anulação da matrícula – Ver Estados do estudante.
Aprendizagem ao longo da vida (ALV) – Qualquer forma de actividade de
aprendizagem geral, de educação e formação profissionais, de educação não
formal e de aprendizagem informal seguida ao longo da vida, que permita
melhorar os conhecimentos, aptidões e competências numa perspectiva pessoal,
cívica, social e/ou profissional (ver Programas de Mobilidade – Programa de
Aprendizagem ao Longo da Vida).
Aproveitamento escolar – Obter aprovação num mínimo de 40 créditos num dado
ano lectivo.
Aproveitamento mínimo – O conceito de aproveitamento mínimo reporta-se às
condições para obtenção de bolsa de estudo através dos SAS e obriga à obtenção
de 24 créditos no último ano lectivo em que esteve inscrito.
Área científica – Domínio científico de um plano de estudos, que pode incluir
várias unidades curriculares, não se confundindo com estas. Na classificação dos
ciclos de estudo utilizam-se algumas classificações da CNAEF e da versão em
português do CORDIS, em vigor na U.Porto.
Cada unidade curricular deve inserir-se numa determinada área científica.
Atleta de alta competição – Ver Vias de entrada.
Avaliação – Acto ou conjunto de acções que permite(m) obter informação sobre
os conhecimentos, aptidões e competências dos estudantes no âmbito do
ensino/aprendizagem num determinado módulo, unidade curricular ou curso (ver
Modalidades de avaliação).

B
B-learning (blended-learning) – Sistema de ensino que combina e-learning com
horas de contacto presenciais.
Boletim de registo académico – Documento emitido no âmbito da mobilidade de
estudantes, pelo estabelecimento de origem e pelo estabelecimento de
acolhimento, que apresenta de forma clara, completa e compreensível os
resultados académicos do estudante em cada unidade curricular, indicando a sua
denominação, o número de créditos atribuídos, a classificação segundo o sistema
de classificação legalmente aplicável e a classificação segundo a escala europeia
de comparabilidade de classificações, de acordo com os princípios definidos nos
artigos 29º a 33º do decreto-lei 42/2005, de 22 de Fevereiro.
Bolsa de estudo – Prestação pecuniária de valor variável concedida ao estudante
para comparticipação nos encargos com a realização dos seus estudos. É
suportada pelo Estado ou por entidades privadas, de acordo com regulamento
específico (Ver Bolseiro).
Bolsa de estudo por mérito – Prémio pecuniário atribuído pela U.Porto a
estudantes que, independentemente da situação sócio-económica, tenham
aproveitamento escolar excepcional, de acordo com regulamento próprio.
Bolsas de mobilidade Erasmus para docentes – Bolsas que visam facilitar aos
docentes universitários a realização de missões de docência em Universidades
parceiras para esta actividade no Programa Erasmus. As missões de docência
deverão ter uma duração que varia entre 1 semana e 6 meses.

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Bolsas de mobilidade Erasmus para estudantes – Bolsas para estudantes de


mobilidade com a finalidade de comparticipar nas «despesas de mobilidade». Não
são bolsas de estudo. Apenas se destinam a auxiliar nas despesas suplementares,
resultado da realização de um período de estudos em outro Estado elegível,
nomeadamente as despesas resultantes de um índice de custo de vida mais
elevado no país de destino. O valor das referidas bolsas é definido anualmente
(mediante o número de estabelecimentos e pessoas participantes) e varia em
função do país de destino, bem como do número de meses de estada no Estado
anfitrião.
Bolseiro – Estudante ou investigador que usufrui de uma bolsa de estudos,
podendo ter ou não o estatuto de bolseiro, que é conferido exclusivamente aos
Bolseiros de Acção Social. São diversas as categorias de bolseiros, de acordo com
a entidade que concede a bolsa e com os objectivos desta.
Exemplos:
· Bolseiro de Acção Social (BAS) – Estudante a quem é atribuída, pelos Serviços de
Acção Social, uma bolsa de estudo por ano lectivo. Esta bolsa é concedida aos
estudantes economicamente carenciados ou portadores de deficiência e que
apresentem aproveitamento escolar. Estes estudantes são os únicos que possuem
o estatuto de bolseiro;
· Bolseiro Fulbright – Professor, investigador ou estudante que receba uma bolsa
do Programa Fulbright para leccionar ou investigar numa instituição de ensino
superior norte-americana;
· Bolseiro da Fundação para a Ciência e a Tecnologia – Estudante ou investigador
que usufrui de uma bolsa de estudos da FCT para realização de estudos de pós-
graduação ou de investigação científica;
· Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian – Estudante, professor ou
investigador que usufrui de uma bolsa de investigação atribuída pela Fundação
Calouste Gulbenkian:
a) para prosseguimento de estudos;
b) para realização de estágios ou investigação no estrangeiro de curta
duração (de um a três meses);
· Bolseiro do Instituto Camões – Estudante, professor ou investigador que usufrui
de uma bolsa de estudos do Instituto Camões nas áreas da língua e da cultura
portuguesas.
· Bolseiro da Fundação Oriente – Estudante ou investigador que usufrui de uma
bolsa de estudos, em diversos domínios, concedida pela Fundação Oriente.
· Bolseiro da Fundação da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento –
Estudante ou investigador que usufrui de uma bolsa de estudos, em diversos
domínios e com duração variável, concedida pela F.L.A.D.

C
Carta de curso – Ver Diploma.
Carta de Estudante Erasmus – Documento que define os direitos e deveres do
estudante durante o período de mobilidade Erasmus e que lhe é entregue
aquando da assinatura do Contrato de Estudos Erasmus.

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Carta Universitária Erasmus /Erasmus University Charter (EUC) – Carta


atribuída à
Instituição de Ensino Superior pela Comissão Europeia, que permite a sua
participação no programa Sócrates/Erasmus.
Cartão de estudante em mobilidade in– Cartão de identificação do estudante
estrangeiro em mobilidade in emitido pelo Serviço de Relações Internacionais à
chegada e após registo na U.Porto.
Categorização de cursos e graus – Esta categorização pretende classificar os
cursos de acordo com os níveis de exigência de entrada (ciclo inicial), com os
níveis de saída (ciclo final) e com o facto de o curso conduzir a um grau:
Ciclo inicial
Ciclo final
Grau Categoria
1 1 L Licenciatura
2 2 M Mestrado
1 2 M Mestrado Integrado
2 2 - Especialização
3 3 D Doutoramento
3 3 - Especialização Avançada
Certidão – Documento formal emitido pelo órgão legal e estatutariamente
competente da Universidade ou Unidade Orgânica, com a finalidade de
comprovar situações de interesse do estudante:
· Conclusão de um curso ou de um grau;
· Aprovação em unidades curriculares;
· Comprovativo de matrícula;
· Comprovativo de inscrição;
· Comprovativo de frequência;
· Comprovativo de exames;
· Informação de programas e cargas horárias;
· Outras previstas legalmente.
Certificado de formação contínua – Documento formal emitido pelo órgão legal
e estatutariamente competente da U.Porto ou Unidade Orgânica, com a
finalidade de comprovar a frequência e, se for o caso, aprovação num curso na
área da educação contínua.
Ciclo de estudos conducente ao grau de doutor – Terceiro ciclo de estudos que
integra:
· A elaboração de uma tese original e especificamente elaborada para este fim,
adequada à natureza do ramo de conhecimento ou da especialidade;
· A eventual realização de unidades curriculares dirigidas à formação para a
investigação, cujo conjunto se denomina curso de doutoramento, sempre que as
respectivas normas regulamentares o prevejam.
Ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado – Primeiro ciclo de estudos
constituído por um conjunto organizado de unidades curriculares denominado
curso de licenciatura, que compreende 180 a 240 créditos e uma duração normal
entre seis e oito semestres curriculares de trabalho dos estudantes.
Ciclo de estudos conducente ao grau de mestre – Segundo ciclo de estudos,
compreendendo 90 a 120 créditos e uma duração normal entre três e quatro
semestres curriculares de trabalho dos estudantes, ou, excepcionalmente, 60

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créditos e uma duração normal de dois semestres curriculares de trabalho em


consequência de uma prática estável e consolidada internacionalmente nessa
especialidade. O segundo ciclo de estudos integra:
· Um curso de especialização, constituído por um conjunto organizado de
unidades curriculares, denominado curso de mestrado, a que corresponde um
mínimo de 50% do total dos créditos do ciclo de estudos;
· Uma dissertação de natureza científica ou um trabalho de projecto, originais e
especialmente realizados para este fim, ou um estágio de natureza profissional
objecto de relatório final, consoante os objectivos específicos visados, nos
termos que sejam fixados pelas normas regulamentares, a que corresponde um
mínimo de 35% do total dos créditos do ciclo de estudos.
Ciclo de estudos integrado conducente ao grau de mestre – Ciclo de estudos
que compreende 300 a 360 créditos e uma duração normal entre 10 e 12
semestres curriculares de trabalho, conducente ao grau de mestre. Confere o
grau de licenciado aos que tenham realizado os 180 créditos correspondentes aos
primeiros seis semestres curriculares de trabalho, mas com denominação
diferente da do grau de mestre. O acesso e ingresso neste ciclo de estudos
integrado rege-se pelas normas aplicáveis ao primeiro ciclo de estudos.
Classificação ECTS – Classificação de acordo com a escala europeia de
comparabilidade das classificações.
Classificação local – Classificação final obtida numa unidade curricular, num
curso ou num ciclo de estudos. Na U.Porto, esta classificação insere-se na escala
de 0 a 20.
Comissão científica de um curso ou de um ciclo de estudos – Grupo de três a
cinco docentes ou investigadores doutorados ou equiparados, designados pelo
Director do curso ou do ciclo de estudos, ouvidos os Directores/Presidentes dos
Departamentos directamente envolvidos, a quem compete a coordenação
científica deste.
Comissão de acompanhamento de um curso ou de um ciclo de estudos – Grupo
paritário de docentes ou investigadores e de alunos do curso ou do ciclo de
estudos, ao qual compete verificar o normal funcionamento deste e propor ao
Director do curso ou ciclo de estudos medidas que visem ultrapassar as eventuais
dificuldades funcionais encontradas.
Compromisso de reconhecimento académico – Documento emitido no âmbito da
mobilidade estudantil, assinado pela Instituição de origem e pelo estudante de
mobilidade, fornecendo garantia de reconhecimento da formação realizada na
Instituição de acolhimento, em conformidade com o Contrato de estudos.
Conclusão de curso ou ciclo de estudos – Conclusão do plano curricular de um
curso ou ciclo de estudos. A conclusão ocorre na data da aprovação da última
unidade curricular do curso ou ciclo de estudos, independentemente da data do
eventual pedido de carta e curso ou de certidão de registo.
Concursos especiais – Ver Vias de entrada.
Condições de acesso – Condições gerais que devem ser satisfeitas para requerer
a admissão a um ciclo de estudos em qualquer estabelecimento de ensino
superior.
Condições de ingresso – Condições específicas que devem ser satisfeitas para
requerer a admissão a um ciclo de estudos concreto num determinado
estabelecimento de ensino superior.

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Contrato de estudos – Acordo escrito de reconhecimento académico mútuo entre


as Instituições participantes num programa de estudos e o estudante, no qual é
registada a descrição do programa de estudos que o estudante irá seguir, bem
como os créditos das unidades curriculares. Através deste contrato, o estudante
compromete-se a seguir o programa de estudos em outra instituição de ensino
superior, nacional ou estrangeira, considerando-o como parte integrante dos seus
estudos superiores; o estabelecimento de origem compromete-se a garantir o
pleno reconhecimento académico dos créditos obtidos na outra instituição de
ensino superior e o estabelecimento de acolhimento compromete-se a garantir os
módulos definidos, tendo em conta o disposto nos artº 25º a 28º do Dec.-lei
42/2005, de 22 de Fevereiro.
Convénio – Ver Protocolo.
Creditação de um curso na área da educação contínua – Atribuição de
crédito(s) ECTS a um curso ou unidade de formação na área da educação
contínua pelo Reitor da U.Porto, após acreditação do mesmo pelos órgãos legais
estatutários de uma ou mais unidades orgânicas da U.Porto.
Crédito – Unidade de medida do trabalho do estudante sob todas as suas formas,
designadamente, sessões de ensino de natureza colectiva, sessões de orientação
pessoal de tipo tutorial, estágios, projectos, trabalhos no terreno, estudo e
avaliação. Na U.Porto, um crédito corresponde a 27 horas de trabalho do
estudante, conforme definido no Regulamento de aplicação do sistema de
créditos curriculares aos cursos conferentes de grau na Universidade do Porto,
aprovado pelo Senado em 4 de Maio de 2005.
Créditos de uma área científica – Valor numérico que expressa o trabalho que
deve ser efectuado por um estudante numa determinada área científica. Os
créditos só poderão ser atribuídos depois de completado com êxito (avaliação
positiva) o trabalho requerido.
Créditos de uma unidade curricular – Valor numérico que expressa o trabalho
que deve ser efectuado por um estudante para realizar uma unidade curricular. A
avaliação deste trabalho comporta:
· Número de horas de contacto representado pelo tempo utilizado em sessões de
ensino de natureza colectiva, designadamente, em salas de aula, laboratórios ou
trabalhos de campo, e em sessões de orientação pessoal de tipo tutorial;
· Número de horas dedicado a estágios, projectos, trabalhos no terreno e outras
actividades sem contacto, no âmbito dessa unidade curricular;
· Número de horas de estudo dedicado pelo estudante à unidade curricular em
causa;
· Número de horas destinado à preparação e realização da avaliação no âmbito
da unidade curricular em consideração.
Créditos de uma unidade de formação – Valor numérico que expressa o trabalho
que deve ser efectuado por um estudante para realizar uma unidade de
formação. A avaliação deste trabalho comporta:
· Número de horas de contacto representado pelo tempo utilizado em sessões de
ensino de natureza colectiva, designadamente, em salas de aula, laboratórios ou
trabalhos de campo, e em sessões de orientação pessoal de tipo tutorial;
· Número de horas dedicado a estágios, projectos, trabalhos no terreno e outras
actividades sem contacto, no âmbito dessa unidade de formação;

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· Número de horas de estudo dedicado pelo estudante à unidade de formação em


causa;
· Número de horas destinado à preparação e realização da avaliação no âmbito
da unidade de formação.
Curso – Conjunto organizado de unidades curriculares, incluído ou não num ciclo
de estudos conducente à obtenção de um grau académico.
Curso de especialização – Curso não conferente de grau, com enquadramento e
exigências de 2º ciclo.
Curso de estudos avançados – Curso não conferente de grau, com
enquadramento e exigências de nível de 3º ciclo.
Curso de doutoramento – Conjunto organizado de unidades curriculares que
constituem a componente curricular (quando exista) do ciclo de estudos
conducente ao grau de doutor.
Curso de formação contínua – Unidade de formação ou conjunto organizado de
unidades de formação, não conferente de grau, na área da educação contínua.
Exige acreditação pelos órgãos competentes da(s) U.O. que o ministra(m) e para
eventual creditação é exigida formação inicial superior, frequência e avaliação.
Curso de licenciatura – Conjunto organizado de unidades curriculares que
integram o ciclo de estudos conducentes ao grau de licenciado.
Curso de mestrado – Conjunto organizado de unidades curriculares que
constituem a componente curricular do ciclo de estudos conducente ao grau de
mestre.
Curso de pré-graduação – Curso não conferente de grau, com enquadramento e
exigências de 1º ciclo.
Cursos Intensivos de Línguas Erasmus – Cursos, suportados pela Comissão
Europeia, especializados no ensino das línguas menos faladas e menos ensinadas
da União Europeia e das línguas de outros países participantes no Programa
Erasmus. Estes cursos dão aos estudantes e docentes Erasmus a oportunidade de
estudarem a língua do país destino da sua mobilidade nesse mesmo país por um
período entre 3 a 8 semanas.
Cursos na área da educação contínua da U.Porto:
A – Cursos de pós-graduação:
· Curso de especialização – Curso não conferente de grau, com enquadramento e
exigências de 2º ciclo, com um mínimo de 30 créditos. O MBA corresponde a este
nível de formação.
· Curso de estudos avançados – Curso não conferente de grau, com
enquadramento e exigências de 3º ciclo. O DBA corresponde a este nível de
formação.
B – Cursos de formação contínua:
· Curso de actualização de conhecimentos – Curso ou unidade de formação, não
conferente de grau, sujeito a avaliação e certificação. Se pretendido, o curso ou
unidade de formação pode ser objecto de creditação caso tenha um mínimo de
27h de formação.
· Curso Livre - Curso ou unidade de formação livre no âmbito de uma área
científica ministrada pela unidade orgânica que oferece o curso. Não exige
formação inicial graduada nem avaliação, mas se as exigir pode ser creditado.
Diploma – Documento emitido na forma legalmente prevista, comprovativo da
conclusão de um ciclo de estudos conducente a um grau académico, ou da

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realização de um curso não conferente de grau, emitido pelo(s)


estabelecimento(s) de ensino que o confere(m). Nos casos de graus conjuntos
(dupla ou múltipla titulação), os diplomas podem ser emitidos por cada um dos
estabelecimentos de ensino superior ou conjuntamente pelos estabelecimentos
envolvidos. São diplomas, de acordo com os preceitos legais:
Carta de curso – Diploma formal, emitido pelo órgão legal e estatutariamente
competente, que atesta a obtenção do grau de licenciado.
Carta doutoral – Diploma formal, emitido pelo órgão legal e estatutariamente
competente, que atesta a aquisição do grau de doutor.
Carta magistral – Diploma formal, emitido pelo órgão legal e estatutariamente
competente, que atesta a aquisição do grau de mestre.

D
Diploma de curso – Documento formal comprovativo da conclusão de um curso
não conferente de grau, emitido pela Unidade Orgânica que o ministrou;
Diploma de Doutoramento Europeu – Carta doutoral com menção do título de
doutoramento europeu, atribuído a quem tenha obtido o grau de doutor na
U.Porto e que tenha cumprido o procedimento previsto na lei, nomeadamente ter
realizado um período de investigação de, pelo menos, um trimestre, como parte
do trabalho de preparação da tese de doutoramento, numa universidade de um
país europeu que não Portugal, ao abrigo de um protocolo específico entre a
U.Porto e essa outra universidade (ver Doutoramento europeu).
Diploma de Doutoramento em regime de co-tutela – Carta doutoral de dupla
titulação, com menção de co-tutela com outra instituição de ensino superior
estrangeira dependente do estabelecimento prévio de protocolo aprovado para o
efeito (ver Doutoramento em regime de co-tutela).
Diploma conjunto de grau – Diploma resultante de um programa de dupla ou
múltipla titulação de primeiro, segundo terceiro ciclos ou mestrado integrado,
oferecido por duas ou mais instituições de ensino superior parceiras,
comprovativo da conclusão do grau conjunto. O grau ou diploma pode ser
atribuído:
- apenas por um dos estabelecimentos;
- por cada um dos estabelecimentos, separadamente (o grau ou diploma é
titulado através de um documento emitido por cada um dos estabelecimentos);
- por todos os estabelecimentos em conjunto (o grau ou diploma é titulado
através de um documento único subscrito pelos órgãos legal e estatutariamente
competentes de todos os estabelecimentos).
a) Diploma «Erasmus Mundus» – Diploma conjunto, duplo ou múltiplo de
Mestrado «Erasmus Mundus», com valor de Carta magistral se registado e
reconhecido pela DGES nos termos previstos nos artºs 5 e 6 do Decreto-
Lei nº 67/2006, de 15 de Março (ver Mestrado «Erasmus Mundus»).
Director de curso ou de ciclo de estudos – Professor catedrático, professor
associado ou, excepcionalmente, professor auxiliar encarregado de dirigir um
ciclo de estudos, nomeado pelo(s) presidente(s) do(s) conselho(s) directivo(s) ou
director(es) da(s) unidade(s) orgânica(s) envolvidas na leccionação do curso ou do
ciclo de estudos, em moldes a definir nos estatutos das unidades orgânicas.

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Dirigente associativo – Ver Tipo de frequência.


Docente:
· Pessoa que detém uma relação jurídica de emprego com a U.Porto ao abrigo da
legislação vigente;
· Pessoa que presta serviço docente na U.Porto ao abrigo de uma colaboração
definida num contrato específico para o efeito.
Doutoramento – Grau de terceiro ciclo, obtido após defesa e aprovação de uma
tese (incluindo, eventualmente, a aprovação num conjunto de unidades
curriculares) (ver também Ciclo de estudos conducentes ao grau de doutor e
Curso de doutoramento).
Doutoramento europeu – Modalidade de doutoramento, regulada pela
deliberação nº 1280/2004 do Senado da Universidade do Porto, que implica
inscrição na U.Porto e a realização de um período de investigação em outra
instituição de ensino superior europeia, ao abrigo de um acordo específico, sendo
o diploma emitido pela U.Porto com menção do título de doutoramento europeu.
Doutoramento em regime de co-tutela – Modalidade de doutoramento que
implica inscrição na U.Porto e em outra instituição de ensino superior
estrangeira, com dupla orientação da tese e com dupla titulação pelas
instituições envolvidas mediante prévio acordo escrito. Implica sempre a
passagem de um período mínimo de 9 meses na instituição parceira.
Duração normal de um curso ou de um ciclo de estudos – Número de anos,
semestres e/ou trimestres lectivos em que o curso ou ciclo de estudos deve ser
realizado pelo estudante, quando a tempo inteiro e em regime presencial.

E
E-learning – Sistema de ensino/aprendizagem que recorre a tecnologias
multimédia e/ou da Internet para possibilitar uma aprendizagem centrada no
estudante e baseada no acesso a recursos e serviços disponíveis 24 horas por dia,
todos os dias, possibilitando colaborações e discussões à distancia.
ECTS – European Credit Transfer and Accumulation System – Sistema europeu
de transferência e acumulação de créditos, instrumento que se destina a criar
transparência e facilitar o reconhecimento académico, através da avaliação do
volume de trabalho do estudante numa unidade curricular ou numa área
científica.
Educação contínua – Qualquer forma de educação, tanto vocacional como geral,
formal ou informal, retomada após um intervalo a seguir à educação inicial
realizada de uma forma continuada, ou como complemento desta, igualmente de
nível universitário (ver também Formação contínua).
Educação de adultos – Qualquer forma de aprendizagem não profissional seguida
por adultos, com carácter formal, não formal ou informal.
Épocas de exame:
· Época especial (ESP) – Período extraordinário de realização de exame(s) para
conclusão de um ciclo de estudos, ou para os estudantes abrangidos por
legislação especial.
· Época normal (N) – Período de exames para todos os estudantes, definido no

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calendário aprovado pelo órgão estatutário competente. Podem aceder a esta


época os estudantes que reúnam condições para efectuar melhoria de nota.
· Época de recurso (REC) – Período de exames para os estudantes reprovados na
época normal ou que não realizaram exame nessa época. Podem aceder a esta
época os estudantes que reúnam condições para efectuar melhoria de
classificação.
ERA-MORE – European Network of Mobility Centers/ Rede Nacional e Europeia
de Centros de Mobilidade de Investigadores – Centros de Mobilidade que têm
como função responder aos problemas com que se deparam os investigadores e
respectivas famílias nas suas experiências de mobilidade.
Erasmus Mundus – Ver Programas de mobilidade – Programa «Erasmus Mundus».
Escala europeia de comparabilidade das classificações – Escala relativa baseada
em percentis, proposta no ECTS, que permite a comparabilidade das
classificações obtidas nos vários sistemas de ensino superior europeu. É
constituída por cinco classes de classificações positivas, identificadas pelas letras
A a E, correspondentes respectivamente aos percentis 10, 35, 65, 90 e 100 dos
melhores estudantes aprovados, e uma classe negativa F, correspondente aos
reprovados:

ESN Internacional – Students helping students – ESN é a mais importante


organização estudantil europeia que tem a finalidade de apoiar a mobilidade e
integração de estudantes europeus, organizada em três níveis: local, nacional e
internacional.
ESN Porto – Grupo específico da U.Porto de apoio à integração dos alunos
estrangeiros da Universidade. Este grupo é constituído sobretudo (mas não
exclusivamente) por alunos nomeados pelas diversas Faculdades e por voluntários
que se prontificam a trabalhar em actividades com vista a uma melhor e mais
célere integração dos seus colegas estrangeiros a estudar do Porto.
Estabelecimento de acolhimento – O estabelecimento de ensino, nacional ou
estrangeiro, em que o estudante em mobilidade frequenta parte de um curso
superior.

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Estabelecimento de origem – O estabelecimento de ensino, nacional ou


estrangeiro, em que se encontra matriculado e inscrito o estudante em
mobilidade.
Estados do estudante:
· A frequentar (F) – Situação normal do estudante inscrito.
· Concluído parcial inscrito (CPI) – Estudante de um ciclo de estudos de
mestrado integrado que concluiu os 180 créditos correspondentes aos seis
primeiros semestres do plano de estudos e obteve o correspondente grau de
licenciado, prosseguindo contudo o mesmo ciclo de estudos.
· Anulada a inscrição (AI) – A inscrição num dado ano lectivo é anulada por
decisão da instituição, sem perda da matrícula.
· Anulada a matrícula (AM) – A matrícula é anulada em resultado da desistência
do estudante ou por decisão da instituição (ver também Vias de saída).
· Concluído (C) – Situação do estudante que concluiu o curso ou ciclo de estudos
(ver também Vias de saída).
· Concluído parcial (CP) – Estudante que abandonou, por falta de inscrição, o
ciclo de estudos de mestrado integrado, após obtenção de um dos diplomas desse
ciclo (ver também Vias de saída).
· Interrompido (I) – Estudante que abandonou, por falta de inscrição, o curso ou
ciclo de estudos, sem obtenção de diploma de curso ou de grau,
respectivamente. O estudante não inscrito transita para este estado a 31 de
Dezembro do ano lectivo em que a inscrição deveria ter sido realizada. Este
estado implica perda de matrícula (ver Vias de saída).
· Não inscrito (NI) – Situação do estudante que, tendo frequentado o ano
anterior, não realizou a sua inscrição. A 31 de Dezembro o estudante não inscrito
transita para o estado de Interrompido.
· Prescrito (PR) – Estudante com inscrição anulada devido ao insucesso repetido,
conforme previsto na lei 37/2003 e regulamentado pela U.Porto no “Regulamento
de Prescrições da U.Porto”.
· Suspenso (S) – Interrupção da inscrição num dado ano lectivo a pedido expresso
do estudante na data da inscrição, conforme previsto no Regulamento de
propinas da U.Porto; nas pós-graduações, pode ser suspenso o prazo para
apresentação da
dissertação de mestrado ou tese de doutoramento, nos prazos definidos
legalmente.
Estágio curricular – Unidade curricular ou parte de uma unidade curricular que
implica um período de formação numa empresa ou noutro tipo de organização
tendo em vista a aquisição de aptidões e competências específicas e experiências
de trabalho.
Estatuto de Estudante-Atleta – O estatuto de estudante-atleta é aplicável a
todos os estudantes que representem a Universidade em eventos desportivos
promovidos ou reconhecidos pelos Serviços de Acção Social, através do Gabinete
de Actividades Desportivas, conforme previsto no regulamento aprovado no
Senado da Universidade.
Estatuto de Estudante Erasmus – O estatuto de estudante Erasmus é aplicável
aos estudantes que satisfaçam os critérios de elegibilidade no âmbito do
Programa Erasmus e que tenham sido seleccionados pela respectiva Faculdade
para efectuarem um período de estudos Erasmus no estrangeiro, numa

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universidade parceira europeia que disponha da Carta Universitária Erasmus,


conferida pela Comissão Europeia.
Estrutura curricular de um curso – O conjunto de áreas científicas e respectivas
unidades curriculares que integram um curso, acompanhadas do número de
créditos que um estudante deve reunir em cada uma delas para:
· A obtenção de um determinado grau académico;
· A conclusão de um curso não conferente de grau;
· A reunião de uma parte das condições para obtenção de um determinado grau
académico.
Estudante – Qualquer pessoa matriculada e inscrita no âmbito de um ciclo de
estudos ou de um curso da U.Porto, independentemente da área de estudos, com
a finalidade de efectuar estudos superiores para obtenção de um grau
reconhecido ou de uma qualificação reconhecida de nível superior, incluindo o
nível de doutoramento (ver também Tipo de estudante).
Estudante-Atleta – Ver Tipo de frequência.
Estudante da área de educação contínua – Qualquer pessoa inscrita na U.Porto,
independentemente da área de estudos, com a finalidade de efectuar estudos
superiores no âmbito da sua aprendizagem ao longo da vida.
Estudante de doutoramento – Pessoa inscrita anualmente como estudante de
doutoramento em regime livre, ou num curso de doutoramento, ou num terceiro
ciclo de estudos.
Estudante de licenciatura – Pessoa inscrita anualmente como estudante num
primeiro ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado.
Estudante de mestrado – Pessoa inscrita formalmente como estudante de um
curso de mestrado, de um ciclo de estudos de mestrado integrado ou de um
segundo ciclo de estudos.
Estudante de pós-doutoramento – Não sendo esta uma designação correcta,
veja-se Investigador de pós-doutoramento.
Estudante deslocado – Estudante deslocado do local de residência permanente
para frequência de um curso/ciclo de estudos, residindo, no ano lectivo em que
está inscrito, numa morada diferente daquela.
Estudante em mobilidade – Ver Tipo de estudante.
Estudante extraordinário – Ver Tipo de estudante.
Estudante fugaz – Estudante que se matriculou num curso da U.Porto mas o
abandonou até 31 de Dezembro do mesmo ano, por anulação da matrícula, por
recolocação ou por permuta. Este estudante não é considerado nas estatísticas
de monitorização do sucesso escolar.
Estudante ordinário – Ver Tipo de frequência.
Estudante-trabalhador – Ver Tipo de frequência – Trabalhador-estudante.
Estudante visitante – Ver Tipo de estudante – Estudante em mobilidade.
Estudante voluntário – Ver Tipo de frequência.
Europass – Iniciativa comunitária destinada a ajudar o cidadão a apresentar as
suas competências e qualificações de uma forma clara e facilmente
compreensível em toda a Europa (União Europeia, EFTA/EEE e países candidatos)
e assim favorecer a sua mobilidade na Europa. Consiste num conjunto de cinco
documentos: dois documentos (Curriculum Vitae (CV) Europass e o Passaporte de
Línguas Europass) que o próprio cidadão pode preencher; e três documentos
(Europass-Suplemento ao Certificado, Europass-Suplemento ao Diploma (ver

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Suplemento ao Diploma) e Europass-Mobilidade) preenchidos e emitidos pelas


entidades competentes (http://europass.socleo.pt).
Exame – Prova final de uma unidade curricular, incluindo ou não prova oral (Ver
Modalidades de avaliação).

F
Formação à distância – Método de ensino-aprendizagem à distância com tutoria,
que recorre à utilização de materiais didácticos diversos, em suportes escrito,
áudio, vídeo, informático ou multimédia, com vista não só à aquisição de
conhecimentos como também à avaliação do progresso do formando. Pode
compreender uma componente presencial, materializada em espaços específicos
e com objectivos determinados. A componente não presencial pode revestir as
seguintes formas:
· tutoria à distância síncrona – componente da formação em que os tempos de
intervenção de formando e formador, ainda que mediados por um determinado
processo ou tecnologia, são de ocorrência simultânea;
· tutoria à distância assíncrona – componente da formação em que os tempos
de intervenção de formando e formador, mediados por um determinado
processo ou tecnologia, são de ocorrência desfasada temporalmente.
Formação contínua – Processo organizado, incluído na área da educação
contínua ou da aprendizagem ao longo da vida, que fornece uma formação
específica, com vista a permitir o desenvolvimento pessoal e profissional da
pessoa. Este tipo de formação abrange várias modalidades como: o
aperfeiçoamento pessoal e profissional, a actualização de conhecimentos e a
especialização.
Formação interna da U.Porto – Processo através do qual os recursos humanos se
preparam para o exercício de uma actividade profissional, através da aquisição e
desenvolvimento de capacidades ou competências cuja síntese e integração
possibilitam a adopção de comportamentos adequados ao desempenho
profissional e à valorização pessoal e profissional.
Formador – Profissional definido no artº 17 do Dec. Nor. nº 53-A/96 de 16/12
como aquele que prepara, desenvolve e avalia sessões de formação para grupos
de formandos, utilizando técnicas e materiais didácticos adequados aos
objectivos da acção, com recursos às suas competências técnico pedagógicas. O
formador pode ser “interno”, quando tem vínculo laboral à entidade formadora,
ou “externo”, quando não tem esse vínculo.
Formando – Pessoa que recebe formação, profissional ou geral, numa instituição
ou organismo de formação ou no local de trabalho.
Frequência de um curso – Presença do estudante num mínimo de 75% das horas
de contacto de um curso ou unidade de formação.

G
Grau de doutor – Grau conferido aos que tenham obtido aprovação no acto
público de defesa da tese.

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Grau de licenciado – Grau conferido aos que, através da aprovação em todas as


unidades curriculares que integram o plano de estudos do curso de licenciatura,
tenham obtido o número de créditos fixados, ou que tenham concluído os 180
créditos correspondentes aos seis primeiros semestres de um ciclo de estudos de
mestrado integrado.
Grau de mestre – Grau conferido aos que, através da aprovação em todas as
unidades curriculares que integram o plano de estudos do curso de mestrado ou
mestrado integrado e da aprovação no acto público de defesa da dissertação, do
trabalho de projecto ou do relatório de estágio, tenham obtido o número de
créditos fixado.

H
Horas de contacto (HC) – Tempo utilizado em sessões de ensino de natureza
colectiva, designadamente em salas de aula, laboratórios ou trabalhos de campo,
em avaliações, na discussão individual ou em grupo de relatórios/trabalhos, e em
sessões de orientação pessoal de tipo tutorial.
Horas de trabalho autónomo:
· Número de horas dedicado a estágios, projectos, trabalhos no terreno e
outras actividades de trabalho autónomo, no âmbito do curso ou da unidade de
formação;
· Número de horas de estudo dedicado pelo estudante ao curso ou unidade de
formação em causa;
· Número de horas destinado à preparação da avaliação no âmbito do curso ou
da unidade de formação em consideração.

I
Inscrição – Acto que faculta ao estudante, depois de matriculado, a frequência
de determinadas unidades curriculares de um curso ou ciclo de estudos.
Instituição de acolhimento – Instituição de ensino superior em que um estudante
em mobilidade realiza um período de estudos ao abrigo de um Programa de
mobilidade e de um Contrato de estudos, ou na qual está inscrito um bolseiro.
Instituição de origem – Instituição ou Universidade em que um estudante em
mobilidade está matriculado e inscrito.
Interrupção – Ver Estados do estudante – Interrompido.
Investigador de pós-doutoramento – Pessoa possuindo o grau de doutor, a
desempenhar actividades de I&D na U.Porto ao abrigo de um programa ou de um
projecto de pósdoutoramento, nas condições definidas no Regulamento de pós-
doutoramento da U.Porto.

L
Learning agreement (LA) – ver Acordo de aprendizagem.
Learning outcomes (LO) – ver Resultados da aprendizagem.

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Licenciatura – ver Ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado.

M
Maior (=Major) – Conjunto organizado de unidades curriculares da área científica
predominante na estrutura curricular de um ciclo de estudos, complementada
com uma formação subsidiária em outra área científica distinta, se previsto no
regulamento do ciclo de estudos.
Matrícula – Acto formal pelo qual o estudante ingressa (ou reingressa após
interrupção ou prescrição) num curso da Universidade.
Menor (=Minor ) (MN) – Conjunto organizado de unidades curriculares
correspondentes a uma formação subsidiária numa área científica distinta da da
formação predominante (Maior), com um plano de estudos aprovado e com um
mínimo de 30 créditos.
Mestrado – Ver Ciclo de estudos conducente ao grau de mestre e Curso de
mestrado.
Mestrado «Erasmus Mundus» – Um mestrado recebe a designação de «Erasmus
Mundus» se realizado no âmbito da acção I do Programa «Erasmus Mundus» e
desde que na sua organização e ministração seja parceira a U.Porto através de
um mestrado aprovado ao abrigo da legislação portuguesa. A regulamentação de
cursos de mestrado «Erasmus Mundus» consta do Decreto-Lei nº67/2005, de 15 de
Março. (Ver também Diploma Conjunto de Grau).
Mestrado integrado – ver Ciclo de estudos integrado conducente ao grau de
mestre.
Mobilidade (M) – Actividade inerente ao fluxo de estudantes, docentes,
investigadores e pessoal não-docente para uma instituição de acolhimento, sem
vínculo a esta, realizada com o objectivo de efectuar um período de estudos,
aprofundar a experiência profissional, realizar outra actividade de aprendizagem
ou de ensino, ou uma actividade administrativa conexa, eventualmente
acompanhada de cursos de preparação ou de reciclagem na língua do país de
acolhimento ou numa língua de trabalho (ver também Programas de mobilidade,
Técnicos de apoio à mobilidade e Tipos de estudante).
Mobilidade de estudantes e docentes (MED) – tipologia do fluxo de mobilidade
de estudantes e docentes, em diversas categorias:
· Mobilidade in – mobilidade de estudantes e docentes no sentido do exterior
para a U.Porto;
· Mobilidade out – mobilidade de estudantes e docentes no sentido da U.Porto
para o exterior.
· Mobilidade de estudantes Erasmus – Acção que oferece aos estudantes a
possibilidade de efectuar um período de estudos no estrangeiro, numa
instituição de ensino superior parceira e elegível para o Programa
Sócrates/Erasmus, com pleno reconhecimento académico (como parte integrante
do programa de estudos do seu estabelecimento de origem) com uma duração
mínima de 3 meses e máxima de 1 ano lectivo completo (Ver também Tipo de
estudante).
· Mobilidade de docentes Erasmus – Acção que oferece aos docentes a
possibilidade de efectuar uma missão de leccionação no estrangeiro, numa

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instituição de ensino superior parceira e elegível para o Programa


Sócrates/Erasmus, com uma duração mínima de 1 semana/8 horas e máxima de 6
meses.
Modalidades de avaliação:
A – Funções da avaliação:
· Avaliação de diagnóstico – Destina-se a obter informações sobre os
conhecimentos, aptidões e competências dos estudantes com vista à organização
dos processos de ensino/aprendizagem de acordo com as situações identificadas;
· Avaliação formativa – Destina-se a fornecer informações, aos docentes, sobre
os efeitos dos processos de ensino e, aos estudantes, sobre a aprendizagem que
estão a realizar e eventuais problemas com que se estejam a confrontar.
· Avaliação sumativa – Destina-se a reunir os elementos para classificação dos
estudantes no final de um percurso de formação.
B – Tipos de avaliação:
· Avaliação distribuída com exame final – Avaliação distribuída ao longo do
ano, do semestre ou trimestre lectivos, de acordo com os princípios definidos
pelo Senado da U.Porto e com as normas estabelecidas pelo Conselho Pedagógico
de cada Unidade Orgânica, obrigando à realização de um exame final.
· Avaliação distribuída sem exame final - Avaliação distribuída ao longo do
ano, do semestre ou trimestre lectivos, de acordo com os princípios definidos
pelo Senado da U.Porto e com as normas estabelecidas pelo Conselho Pedagógico
de cada Unidade Orgânica, sem exame final.
· Avaliação por exame final – Modalidade de avaliação dos estudantes no final
de um período de formação, através de um exame final.
C - Componentes de avaliação:
· Defesa de dissertação ou tese – Apresentação e discussão pública de uma
dissertação ou tese escrita, realizada no âmbito de um ciclo de estudos de
mestrado ou de doutoramento.
· Exame – Prova escrita e/ou oral, ou prova especial de ordem técnica,
artística ou outra no final de um período de formação.
· Participação presencial – participação nas actividades das horas de contacto.
· Projecto – Concretização de uma proposta de trabalho ou de investigação,
com conteúdo técnico ou artístico.
· Prova oral – A prova oral pode incluir-se na modalidade de avaliação
distribuída ou na de avaliação final e é prestada, de maneira individualizada,
perante um júri.
· Relatório – Texto escrito relativo a um trabalho de investigação, a um estágio
ou a uma actividade desenvolvida numa unidade curricular ou no final de um
percurso formativo.
· Teste – Prova escrita intermédia, no âmbito da modalidade de avaliação
distribuída.
· Trabalho laboratorial ou de campo – Trabalho realizado em ambiente
laboratorial ou no terreno.
Módulo de uma unidade curricular (MUC) – Unidade de formação capitalizável
integrante de uma unidade curricular (ver Unidade curricular modular).
Mudança de curso – Acto pelo qual um estudante se inscreve em curso diferente
daquele em que praticou a última inscrição, no mesmo ou noutro
estabelecimento de ensino superior, tendo havido ou não interrupção de

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inscrição num curso superior. Esta inscrição está sujeita a concurso e a vagas
fixadas anualmente (ver também Vias de entrada – Mudança de curso in e Vias de
saída – Mudança de curso out).

N
Nota ECTS – Ver Classificação ECTS.
Nota local – Ver Classificação local.

P
Parte de um curso superior – Conjunto de unidades curriculares que integram o
plano de estudos de um curso e cuja ministração, a tempo inteiro e em regime
presencial, não excede um ano lectivo.
Permuta – Ver Vias de entrada e Vias de saída.
Plano de estudos de um curso ou ciclo de estudos – Conjunto organizado de
unidades curriculares em que um estudante deve obter aprovação para:
· A obtenção de um determinado grau académico;
· A conclusão de um curso não conferente de grau;
· A reunião de uma parte das condições para obtenção de um determinado
grau académico.
Plano de formação anual de recursos humanos – Plano contendo o conjunto de
acções de formação contínua e de aperfeiçoamento profissional que os
colaboradores da U.Porto ou, eventualmente, de outras instituições poderão
frequentar num ano civil.
Portfolio europeu de línguas – Documento do cidadão europeu, que, prevendo e
estimulando a mobilidade e multilinguismo na Europa, contém um Passaporte
Linguístico (que dá uma perspectiva geral das competências linguísticas e
interculturais, adquiridas em cursos formais e outros), uma Biografia Linguística
(onde o aprendente regista as suas metas, experiências e auto-avaliação da sua
formação linguística) e um Dossier (de que constam documentos diversos
relativos á sua aprendizagem de línguas) (ver
http://www.coe.int/t/dg4/portfolio).
Prémio escolar – Compensação pecuniária atribuída por diversas entidades,
públicas ou privadas, de acordo com regulamentos específicos, com a finalidade
de premiar o mérito do estudante.
 Prescrição (PR) – Perda de matrícula por insucesso repetido, conforme
previsto na lei 37/2003 e no regulamento de prescrições da U.Porto. Ver Estados
do estudante.
 Processo de Bolonha – Nova organização do ensino superior, em três ciclos
de estudos, que visa melhorar a qualidade e a relevância das formações
oferecidas, fomentar a mobilidade dos estudantes e diplomados e a
internacionalização das formações, recorrendo à adopção do sistema europeu de
créditos curriculares (ECTS), baseado no trabalho dos estudantes. Pretende
conduzir a uma mudança do paradigma de ensino de um modelo baseado na
aquisição de conhecimentos para um modelo baseado no desenvolvimento de

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competências, onde se incluem quer as de natureza genérica – instrumentais,


interpessoais e sistémicas – quer as de natureza específica associadas à área de
formação, e onde a componente experimental e de projecto desempenham um
papel importante.
Procuração Erasmus – Documento preparado segundo uma minuta fornecida pelo
Serviço de Relações Internacionais em que o Estudante em mobilidade out pelo
Programa Erasmus nomeia um seu procurador para que este possa tratar de
assunto relacionado com o seu processo, na sua ausência.
Programas de mobilidade:
● Programa Alβan – Programa europeu de bolsas de estudo de alto nível
destinado à América Latina, que permite que estudantes e profissionais latino-
americanos, futuros académicos e quadros directivos nos seus países beneficiem
da frequência do Ensino Superior na União Europeia. Tem como objectivo
principal reforçar a cooperação entre a União Europeia e a América Latina na
área do ensino superior e engloba estudos de pós-graduação e de formação de
alto nível para profissionais em instituições ou centros na União Europeia.
● Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida (PALV) / Lifelong Learning
Programme (LLP) – Programa comunitário no domínio da aprendizagem ao
longo da vida, aprovado pela Decisão 2006/1720/CE do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 15 de Novembro de 2006, que tem como objectivo geral contribuir,
através da aprendizagem ao longo da vida, para o desenvolvimento da U.E.
enquanto sociedade avançada baseada no conhecimento, caracterizada por um
crescimento económico sustentável, com mais e melhores empregos e uma maior
coesão social, assegurando ao mesmo tempo a protecção adequada do ambiente
para as gerações futuras. O programa destina-se a promover, em particular, os
intercâmbios, a cooperação e a mobilidade entre os sistemas de ensino e
formação na U.E., a fim de que estes passem a constituir uma referência mundial
de qualidade.
● Programa Erasmus – Acção do Programa Sócrates até 2006 e, a partir de
2007, subprograma do Programa de Aprendizagem ao Longo da Vida, que
pretende atender às necessidades de ensino e aprendizagem de todos os
participantes no ensino superior formal e na educação e formação profissionais
de nível superior, independentemente da duração do curso ou da qualificação e
incluindo os estudos de doutoramento, bem como às necessidades dos
estabelecimentos e organizações que oferecem ou promovem essa educação e
formação; pretende reforçar a dimensão europeia no ensino superior,
incentivando a cooperação transnacional entre universidades, nomeadamente
através da promoção da mobilidade e intercâmbio de estudantes e docentes.
● Programa Grundtvig – Subprograma do Programa Aprendizagem ao Longo da
Vida, segundo formulação da Decisão 2006/1720/CE do Parlamento Europeu e
do Conselho, de 15 de Novembro de 2006, que visa atender às necessidades de
ensino e aprendizagem dos intervenientes em todas as formas de educação para
adultos, bem como às necessidades dos estabelecimentos e organizações que
oferecem ou promovem essa educação.
● Programa Jean Monet - Subprograma do Programa de Aprendizagem ao
Longo da Vida, segundo formulação da Decisão 2006/1720/CE do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 15 de Novembro de 2006, que presta apoio a
instituições e actividades no domínio da integração europeia.

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● Programa Leonardo da Vinci – Programa comunitário de acção em matéria de


formação profissional, constituindo um subprograma do Programa de
Aprendizagem ao Longo da Vida desde 15 de Novembro de 2006, e que pretende
atender às necessidades de ensino e aprendizagem de todos os participantes na
educação e formação profissional, que não de nível superior, bem como às
necessidades dos estabelecimentos e organizações que oferecem ou promovem
essa educação e formação.
● Programa «Erasmus Mundus» - Programa de cooperação e mobilidade no
campo de ensino superior europeu, tendo por objectivo aumentar a qualidade
deste e promover a U.E. como pólo de ensino por excelência. O Programa
Erasmus Mundus compõe-se de quatro acções específicas: Acção 1 - Cursos de
Mestrado Erasmus Mundus; Acção 2 – Bolsas de Estudo Erasmus Mundus; Acção 3 –
Parcerias, Acção 4 – Aumentar o Interesse. A participação das Universidades
portuguesas em Cursos de Mestrado Erasmus Mundus encontra-se regulamentada
pelo Decreto-Lei nº67/2005, de 15 de Março (ver Mestrado «Erasmus Mundus»).
● Programa Fulbright – Programa de origem norte-americana que tem como
objectivo estabelecer um programa de intercâmbio cultural para estudantes e
docentes. O Programa Fulbright é administrado em Portugal pela Comissão
Fulbright – Comissão Cultural Luso-Americana e atribui bolsas para estudantes e
docentes portugueses e norte-americanos.
● Programa "Juventude em Acção" – Programa que sucede ao programa Youth e
que visa proporcionar aos jovens oportunidades de intercâmbio de grupo e de
trabalho voluntário, reforçar a cooperação e apoiar uma série de actividades na
área da juventude.
● Programa Sócrates – Programa comunitário em matéria de educação, vigente
até 2007, que tem como objectivos:
a) o reforço da dimensão europeia na educação a todos os níveis;
b) a promoção da melhoria qualitativa e quantitativa do conhecimento das
línguas da U.E, especialmente das menos utilizadas e ensinadas;
c) a promoção da cooperação e da mobilidade no domínio da educação;
d) o incentivo à inovação pelo desenvolvimento de práticas pedagógicas e
materiais didácticos.
● Programa Tempus – Sistema de cooperação trans-europeia para o ensino
superior (Trans European cooperation scheme for higher education) que
possibilita aos estados-membro da União Europeia cooperar com os países das
Balcãs Ocidentais, da Europa Oriental, da Ásia Central e do Mediterrâneo, no
processo de reforma e de modernização do ensino superior.
Propina – Taxa de frequência anual devida pelo estudante à instituição de
ensino superior em que se encontra matriculado e inscrito, como forma de
comparticipação nos custos do ensino. Está regulamentada pelo Decreto-Lei
37/2003 e pelos Regulamentos de propinas da Universidade do Porto.
Protocolo (PRO) – Acordo ou convénio de cooperação entre a U.Porto e
outra(s) instituição(ões), nacional(ais) ou estrangeira(s), assinado pelos seus
responsáveis com vista à colaboração em áreas nele definidas e elaborado de
acordo com regulamento próprio da U.Porto. Os protocolos podem ser
completados com adendas que especificam o âmbito ou objecto da cooperação.
· PRON – Protocolos com instituições nacionais
· PROE - Protocolos com institucionais estrangeiras

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a) PROEE – instituições europeias


b) PROEO – instituições não europeias

Q
Quadro Europeu de Qualificações – Instrumento de promoção da aprendizagem
ao longo da vida que descreve sistematicamente o conjunto de qualificações
fornecidas no âmbito do sistema de ensino. A proposta da Comissão Europeia
consiste num conjunto de oito níveis de referência que definem os
conhecimentos, o nível de compreensão e as aptidões do estudante – ou seja, os
resultados da aprendizagem – independentemente do sistema em que uma
determinada qualificação foi adquirida.
Quadro Europeu comum de referência para as línguas: aprendizagem, ensino,
avaliação – Elaborado pelo Conselho da Europa, tem por objectivo oferecer uma
base comum, em toda a Europa, para a elaboração de programas, testes,
manuais e outros materiais de aprendizagem de línguas. Um dos aspectos mais
importantes é a definição de seis níveis aprendizagem, que permitem a
comunicação entre os vários sistemas e tradições de ensino de línguas na Europa.
(ver http://www.coe.int/t/dg4/linguistic/CADRE_EN.asp).

R
Recolocação interna (RI) – Desistência da matrícula num ciclo de estudos em
resultado da colocação em outro ciclo de estudos da mesma ou de outra Unidade
Orgânica da U.Porto (Ver Vias de saída).
Recolocação no exterior (RE) – Desistência da matrícula na U.Porto por motivos
de colocação em outro estabelecimento de ensino superior (Ver Vias de saída).
Reconhecimento académico – A matéria respeitante à equivalência
/reconhecimento de habilitações estrangeiras de nível superior às
correspondentes habilitações portuguesas está regulamentada pelo Decreto-Lei
nº 283/83, de 21 de Junho, e pela Portaria nº 1071/83, de 29 de Dezembro. Nos
termos deste decreto-lei os pedidos de equivalência/reconhecimento são
analisados, caso a caso, pelas instituições de ensino superior que ministram
cursos congéneres, não havendo lugar a equivalências automáticas. A concessão
da equivalência/reconhecimento não dispensa o titular da mesma de, para
efeitos profissionais, cumprir todas as outras condições exigidas para o exercício
da profissão em causa. A equivalência concedida ao abrigo do diploma em apreço
tem o valor e produz os efeitos correspondentes aos da titularidade do grau ou
diploma a que foi concedida. O reconhecimento tem o valor e produz os efeitos
correspondentes ao nível da qualificação a que foi comparado.

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· Registo de doutoramento – Ao abrigo do Decreto-Lei nº 216/97, de 18 de


Agosto, podem beneficiar do registo do grau de doutor os cidadãos portugueses
titulares de graus académicos estrangeiros de nível, objectivos e natureza
idênticos aos do grau de doutor pelas universidades portuguesas e aqueles que,
por força de normas de direito internacional, beneficiem, em Portugal, dos
mesmos direitos dos cidadãos portugueses.
Consideram-se como tendo nível, objectivos e natureza idênticos aos do grau de
doutor pelas universidades portuguesas os graus académicos conferidos por
instituições de ensino superior estrangeiras que como tal sejam considerados em
deliberação fundamentada da Comissão de Reconhecimento de Graus
Estrangeiros, a que se refere o art. 5º do Decreto-Lei em apreço.
· Reconhecimento de um programa de estudos de um estudante em mobilidade
out da U.Porto – Reconhecimento dos estudos realizados durante um período
determinado numa outra instituição parceira, nacional ou internacional, mesmo
que o conteúdo desse programa de estudos possa diferir do da U.Porto. É
assegurado com base no Contrato de estudos e no Compromisso de
reconhecimento académico firmado com o estudante antes do período de
mobilidade.
Recursos humanos (RH) – Colaboradores da U.Porto (docentes, investigadores,
administrativos, técnicos, auxiliares, estagiários, bolseiros ou outros
colaboradores).
Rede – Agrupamento formal ou informal de organismos e pessoas com vista à
realização de acções no domínio do ensino/aprendizagem e da investigação
científica.
Registo académico – Ver Boletim de registo académico.
Reingresso – Ver Vias de entrada.
Resultados da aprendizagem (Learning outcomes) – Enunciados que se espera
que um estudante saiba, compreenda e/ou seja capaz de demonstrar no final de
um período de aprendizagem (unidade curricular, ano, curso). São normalmente
definidos em termos de mistura de conhecimento, competências, habilidades,
capacidades, atitudes e compreensão que um indivíduo obterá como resultado do
seu envolvimento conseguido num conjunto específico de experiências de
aprendizagem no ensino superior, mas representam mais do que isso, porque
traduzem e exprimem as qualificações associadas ao plano de estudos (módulo,
unidade curricular ou ciclo de estudos).

S
Semestre curricular – Ver Ano curricular.
Student workload – Ver Trabalho do estudante.
Suplemento ao diploma (SD) – Documento bilingue complementar e integrante de
um diploma (carta de curso, carta magistral, carta doutoral ou diploma de um
curso não conferente de grau incluído num ciclo de estudos), que visa contribuir
para melhorar a transparência internacional e o reconhecimento académico e
profissional equitativo das qualificações (diplomas, graus, certificados, etc.),
nomeadamente:
· Descrever o sistema de ensino superior português e o seu enquadramento no

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sistema educativo à data da obtenção do diploma;


· Caracterizar a instituição que ministrou a formação e que conferiu o
diploma;
· Caracterizar a formação realizada (grau, área, requisitos de acesso, duração
normal, nível) e o seu objectivo;
· Fornecer informação detalhada sobre a formação realizada e os resultados
obtidos.
Suspensão (S) – Ver Estado do estudante.

T
Tempo integral (TI) – Modalidade de frequência de um curso ou de um ciclo de
estudos em regime de tempo integral, correspondente a 60 créditos anuais.
Tempo parcial (TP) – Modalidade de frequência de um curso/ciclo de estudos em
regime de tempo parcial, de acordo com o Regulamento do regime de estudante
a tempo parcial da U.Porto.
Técnicos de apoio à mobilidade:
· Coordenador CPLLA – Coordenador central dos acordos de cooperação e das
acções de mobilidade com universidades de países lusófonos e latino-americanos.
· Coordenador Institucional Sócrates/Erasmus – Coordenador central do
estabelecimento dos acordos bilaterais Erasmus e do prosseguimento de acções
de mobilidade de estudantes e docentes com universidades parceiras no âmbito
do Programa Sócrates/Erasmus.
· Coordenador Local Sócrates/Erasmus – Coordenador ao nível de Faculdade
que acompanha o estabelecimento dos acordos bilaterais Erasmus e o
prosseguimento de acções de mobilidade de estudantes e docentes da sua
Faculdade com universidades parceiras no âmbito do Programa Sócrates/Erasmus
ou outro.
· Coordenador ECTS – Coordenador ao nível de Faculdade que acompanha e
regulariza as questões relacionadas com o ECTS, com a mobilidade de estudantes
e o compromisso de reconhecimento académico que lhe é implícito (até entrada
em funcionamento das adequações a Bolonha).
· Técnico adstrito aos programas de mobilidade – Funcionário de cada
Faculdade da U.Porto que tem como função específica dar apoio ao
desenvolvimento e acompanhamento das parcerias no âmbito de Programas de
Mobilidade, bem como instruir e acompanhar os processos de candidatura e de
mobilidade de estudantes e docentes da Faculdade ou estrangeiros
Tipo de estudante – Tipo de relação do estudante com a instituição:
· Estudante em mobilidade (M) – Estudante matriculado e inscrito num
estabelecimento de ensino superior e num ciclo de estudos, que realiza parte do
mesmo noutro estabelecimento de ensino superior.
a) Estudante em mobilidade in – Pessoa que, estando matriculada em outra
instituição de ensino superior nacional ou estrangeira, vem à U.Porto realizar um
período de estudos até um ano, em qualquer um dos ciclos, ao abrigo de acordos
ou programas específicos, usufruindo dos mesmos direitos e deveres do estudante
da U.Porto (salvaguardadas as condições previstas na Carta de Estudante
Erasmus), e nas seguintes modalidades:

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

· Estudos não conferentes de grau pela U.Porto:


Estudante em mobilidade 1º ciclo (M1) – estudante com um contrato de
estudos maioritariamente de 1º ciclo;
Estudante em mobilidade 2º ciclo (M2) – estudante com um contrato de
estudos maioritariamente de 2º ciclo;
Estudante em mobilidade 3º ciclo (M3) – estudante com um contrato de
estudos maioritariamente de 3º ciclo;
Estudante em mobilidade – livre (ML) – “freemover in” – estudante que,
estando regularmente inscrito noutra instituição de ensino superior, proponha à
U.Porto a sua aceitação para a realização de um período de estudos, sem
enquadramento em nenhum programa de mobilidade ou acordo, com
reconhecimento do período de estudos ou somente com aceitação dos estudos
como formação complementar e com eventual pagamento de propinas exigido
pela U.Porto.
· Estudos conducentes a grau pela U.Porto:
Estudantes inscritos em outras instituições de ensino superior e que, ao
abrigo de acordos específicos ou de programas internacionais, vêm à U.Porto
realizar estudos durante um determinado período de tempo com vista à obtenção
de um grau (licenciado, mestre, doutor); incluem-se nestas situações, entre
outros, os estudantes de mestrado «Erasmus Mundus», os de doutoramento em
regime de co-tutela e os que estão abrangidos por acordos de múltipla titulação.
b) Estudante em mobilidade out – Estudante da U.Porto que vai a outra
instituição de ensino superior frequentar parte de um curso ou de um ciclo de
estudos.
c) Estudante multidisciplinar U.Porto (M) – Estudante matriculado e inscrito
numa unidade orgânica (A) da U.Porto que vai a outra unidade orgânica (B)
realizar uma ou mais unidades curriculares. Situações:
· Cursos multidisciplinares (CM) – O estudante será inscrito como estudante
normal nas unidades A e B, sendo contabilizado em cada uma dela na
percentagem de ETI (equivalente de tempo integral) definida pelas unidades
envolvidas;
· Opções livres (OL) – O estudante da unidade A realiza uma ou mais opções
livres na unidade B. Este estudante será contabilizado como estudante normal
apenas na unidade A, e na B apenas é contabilizado para efeito das estatísticas
da mobilidade interna e da capacidade de algumas U.O. para acolherem
estudantes em regime "livre", não contando nas estatísticas dos estudantes
matriculados e inscritos em ciclos de estudo desta unidade B.
· Estudante extraordinário (X) – Pessoa que, não estando matriculada num
determinado curso ou ciclo de estudos, frequenta disciplina(s) ou unidade(s)
curricular(es) do mesmo.
· Estudante normal (N) – Pessoa matriculada e inscrita num curso ou ciclo de
estudos da U.Porto.
Tipo de frequência:
· Atleta de alta competição (AC) – Estudante com condições particulares de
frequência por ter o estatuto de atleta de alta competição.
· Bombeiro – Estudante com condições de frequência previstas no Decreto-Lei
241/2007, de 21 de Junho.

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

· Dirigente associativo (DA) – Estudante a quem foi atribuído o estatuto de


dirigente associativo na sequência da sua eleição pelos seus pares para um cargo
de direcção, ao abrigo da legislação sobre associativismo jovem.
· Estudante-Atleta – Estudante com condições particulares de frequência por
ter adquirido o estatuto de estudante-atleta.
· Militar (M) – Estudante com condições de frequência previstas legalmente.
· Ordinário (O) - Pessoa inscrita em regime de tempo integral e com
obrigatoriedade de frequência das aulas ou horas presenciais e tutoriais.
· Situação especial (SE):
a) Maternidade e paternidade – Condições especiais de frequência e avaliação,
aprovadas pela Secção pedagógica do Senado em 26 de Maio de 2000;
b) Estudantes com necessidades educativas especiais – Estudantes abrangidos
pelas “Disposições específicas para alunos com necessidades educativas especiais
da Universidade do Porto”.
· Trabalhador-estudante (TE) – Estudante que goza das condições previstas no
Código do Trabalho (Lei 99/2003, regulamentada pela Lei 35/2004, de 27 de
Agosto - cap. IX, artº 155).
· Voluntário (V) – Pessoa inscrita num ciclo de estudos ou num curso, mas com
frequência facultativa das aulas.
Trabalho do estudante (Student workload) – Tempo (expresso em horas e em
créditos) que um estudante médio (de um ciclo concreto) necessita de gastar
para atingir os resultados da aprendizagem específicos da unidade
curricular/curso/ciclo. Este tempo inclui todas as actividades de aprendizagem
em que o estudante se deve envolver (por ex., aulas, seminários, trabalhos
laboratoriais ou de campo, estudo individual, visitas de estudo, exames)
(Glossário do Projecto Tuning).
Transcrição de registos (TR) – Certificado dos registos de frequência e estudos
realizados pelo estudante antes ou depois de um período de mobilidade.
Transferência – Acto pelo qual um estudante se matricula e inscreve no mesmo
curso em estabelecimento de ensino superior diferente daquele em que está ou
esteve matriculado, tendo havido ou não interrupção de inscrição num curso
superior. Esta matrícula está sujeita a vagas fixadas anualmente (ver também
Vias de entrada – Transferência in e Vias de saída – Transferência out).
Trimestre curricular – Ver Ano curricular.

U
Unidade curricular (UC) – Unidade de ensino/aprendizagem de um curso de
licenciatura, mestrado, doutoramento, de especialização ou de actualização de
conhecimentos, com objectivos de formação próprios, que é objecto de inscrição
administrativa e de avaliação traduzida numa classificação final.
Unidade curricular modular – é uma unidade curricular que se estrutura em
módulos que se caracterizam, do ponto de vista de funcionamento, por um
número significativo das funcionalidades de uma unidade curricular, por
exemplo, ficha de módulo (objectivos, programa, bibliografia, avaliação, etc.),
distribuição de serviço, horário, inscrições, estudantes inscritos, inscrições em
turmas, fotografias de alunos, sumários, material de apoio, lançamento de

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resultados ou estatísticas. A classificação final da unidade curricular poderá estar


relacionada com as classificações dos módulos através de uma fórmula.
Unidade de formação – Unidade de ensino/aprendizagem com objectivos de
formação próprios, não incluída num curso e que pode ser objecto de avaliação,
creditação e certificação.
Unidade Orgânica (UO) – Faculdade, Instituto ou Escola da Universidade do Porto
prevista nos seus Estatutos.
Universidade de origem – Ver Instituição de origem.
Universidade parceira – Instituição de ensino superior com a qual a U.Porto
coopera na área da Formação e da I&D e/ou tem acordada a mobilidade de
estudantes e docentes.

V
Vaga adicional (VA) – Vaga criada adicionalmente para colocação de candidatos,
em resultado de uma situação de empate no concurso nacional de acesso, nos
concursos especiais ou devido a erro dos serviços.
Vias de entrada:
I – 1º ciclo:
· Concursos especiais (CE) – Concursos que conferem a possibilidade de ingresso
nos estabelecimentos de ensino superior público, particular e cooperativo, para a
frequência de cursos de licenciatura, por candidatos com condições
habilitacionais específicas - Dec-Lei 393-B/99 de 2 de Outubro:
a) CM23 – Maiores de 23 anos (ao abrigo do Dec-Lei 64/2006);
b) CET – Cursos de especialização tecnológica (ao abrigo da Portaria nº
393/2002);
c) TCS – Titulares de cursos médios e superiores (ao abrigo da Portaria nº 854-
A/99).
· Concurso local (CL) – Vagas aprovadas pelo Ministério para serem
disponibilizadas em concurso para acesso a pares estabelecimento/cursos cujas
especiais características justifiquem a realização de concurso local a decorrer
nas instituições de ensino superior.
· Mudança de curso in (MC) – Acto pelo qual um estudante se inscreve em curso
superior diferente daquele em que praticou a última inscrição, no mesmo ou em
outro estabelecimento de ensino, tendo havido ou não caducidade de matrícula:
a) Mudança de curso interna (MI) – mudança de curso dentro da mesma Unidade
Orgânica ou da U.Porto.
b) Mudança de curso externa (ME) – mudança de um curso exterior à U.Porto.
· Permuta in (P) – Troca de matrículas de dois estudantes inscritos em
estabelecimentos de ensino superior diferentes, de que resulta uma nova
matrícula na U.Porto de um estudante originalmente colocado em outro
estabelecimento de ensino superior.
· Regimes de ingresso:
a) Regime geral (RG) - Concurso nacional de acesso ao ensino superior:
· Contingente geral (COG)
· Contingentes especiais (COE):
Contingentes especiais nacionais - ex: Madeira (CEM) e Açores (CEA)

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Outros contingentes especiais (OCE) – ex: cidadãos portadores de deficiência,


a cumprir serviço militar voluntário e emigrantes
b) Regimes especiais (RE) – Modalidades de concurso que conferem a
possibilidade de ingresso nos estabelecimentos de ensino superior público,
particular e cooperativo, para a frequência de cursos de licenciatura, a
estudantes que se encontrem numa das situações especificadas nas alíneas a) a
g), do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 393-A/99, de 2 de Outubro:
· Atletas praticantes com estatuto de alta competição ou integrados no percurso
de alta competição (AC) – Estudantes matriculados ao abrigo das condições legais
e com as regalias previstas para os atletas de alta competição;
· Cidadãos Portugueses Bolseiros no estrangeiro ou funcionários públicos em
missão oficial no estrangeiro e seus familiares que os acompanhem (FPBE);
· Estudantes Bolseiros Nacionais de países africanos de expressão portuguesa,
no quadro dos acordos de cooperação firmados pelo Estado Português
(PALOP);
· Funcionários estrangeiros de missão diplomática acreditada em Portugal e
seus familiares aqui residentes, em regime de reciprocidade (FMD);
· Funcionários portugueses de missão diplomática portuguesa no estrangeiro e
seus familiares que os acompanhem (FPMDE);
· Naturais e filhos de naturais do território de Timor Leste (NT);
· Oficiais do quadro permanente das Forças Armadas Portuguesas no âmbito
da satisfação de necessidades específicas de formação das Forças Armadas
(OFAP).
· Reingresso (R) – Acto pelo qual um estudante, após uma interrupção dos estudos
num determinado curso e estabelecimento de ensino superior, se matricula no
mesmo estabelecimento e se inscreve no mesmo curso ou em curso que lhe tenha
sucedido. Não está sujeito a vagas.
a) RP – Reingresso após prescrição;
b) RSV – reingresso após suspensão voluntária e temporária da inscrição.
· Transferência in – Acto pelo qual um estudante se matricula e inscreve, na
U.Porto, no mesmo curso/ciclo de estudos que frequentava em outro
estabelecimento de ensino superior, tendo havido ou não interrupção de
inscrição. Esta matrícula está sujeita a vagas fixadas anualmente.
II - (RIPG): Entrada em Cursos de pós-graduação.
III - (RIE): Entrada em Cursos de especialização.
IV – 2º ciclo (RIM): Entrada em segundos ciclos de estudo ao abrigo das condições
presentes nos respectivos regulamentos.
V – 3º ciclo (RID): Entrada em terceiros ciclos de estudo ao abrigo das condições
presentes nos respectivos regulamentos.
Vias de saída:
· Anulação da matrícula – Saída de um estudante de um curso ou ciclo de estudos
em resultado da anulação da sua matrícula.
· Concluído (C) – Saída de um estudante da U.Porto em resultado da sua
conclusão do curso/ciclo de estudos.
· Concluído parcial (CP) – Estudante que abandonou, por falta de inscrição, o
curso ou ciclo de estudos, após obtenção de um dos diplomas desse ciclo.
· Falecimento – Caducidade da matrícula em resultado do falecimento do
estudante.

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· Interrompido – Estudante que abandonou, por falta de inscrição, o curso ou


ciclo de estudos, sem obtenção de qualquer diploma, perdendo a matrícula.
· Mudança de curso out – Acto pelo qual um estudante deixa o curso em que está
inscrito para se inscrever em outro curso, no mesmo ou em outro
estabelecimento de ensino superior.
· Permuta out – Perda da matrícula na U.Porto em resultado da permuta com
outro estudante do mesmo curso de diferente estabelecimento de ensino
superior.
· Recolocação – Saída do estudante de um curso ou ciclo de estudos em resultado
da sua colocação em outro curso ou ciclo de estudos da U.Porto ou de outro
estabelecimento de ensino superior.
· Reprovação (no curso ou grau) – Saída de um estudante da U.Porto em resultado
da sua reprovação na defesa pública da dissertação ou tese.
· Transferência out - Acto pelo qual o estudante deixa a U.Porto em resultado da
sua matrícula no mesmo curso em outro estabelecimento de ensino superior.

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ANEXO 2
PLANOS CURRICULARES

MEDICINA (RETIRADO DE DECLARAÇÃO DE RECTIFICAÇÃO N.º 3022/2009)

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MEDICINA VETERINÁRIA (RETIRADO DE DELIBERAÇÃO N.º 3041/2009)

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CIÊNCIAS DO MEIO AQUÁTICO (RETIRADO DE DELIBERAÇÃO N.º 3043/2009)

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BIOQUÍMICA (RETIRADO DE DELIBERAÇÃO N.º 212/2010)

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BIOENGENHARIA (RETIRADO DE DELIBERAÇÃO N.º 1777/2009)

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

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DECRETO Nº 130-81 (DR, 1ª SÉRIE, Nº 243 DE 22.10.81) - CRIAÇÃO LIC. EM


BIOQUÍMICA

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DELIBERAÇÃO Nº 1093-2006 (DR, 2ª SÉRIE, Nº 149 DE 03.08.06) - CRIAÇÃO


MIB

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Glossário de Conceitos
-Acção Social Escolar
ESTABELECE AS BASES DO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

-Acesso ao Ensino Superior


LEI DE BASES DO SISTEMA EDUCATIVO

-AEICBAS
ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE ABEL
SALAZAR

-ANEM
ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ESTUDANTES DE MEDICINA/PorMSIC

-ANEMVet
ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA
VETERINÁRIA

-Apoios e Complementos Educativos


LEI DE BASES DO SISTEMA EDUCATIVO
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

-Assiduidade
REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DA
UNIVERSIDADE DO PORTO

-Associativismo estudantil
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
NOVOS ESTATUTOS DO ICBAS

-Autonomia académica
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

-Avaliação dos Discentes


REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DA
UNIVERSIDADE DO PORTO

-Ciclo de Estudos
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR
ADEQUACAO DOS REGULAMENTOS GERAIS SOBRE PROGRAMAS CONFERENTES
DE GRAU

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

-Cursos
ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
NOVOS ESTATUTOS DO ICBAS

-Curso de Medicina
Decreto-Lei n. 206/2004 de 19 de Agosto

-Diplomas e Certidões do Ensino Superior


GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR

- Docentes
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

-Ensino Clínico: Curso de Medicina


REGULAMENTO DOS ÓRGÃOS DO ENSINO CLÍNICO

-Empréstimos
ESTABELECE AS BASES DO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR

-Escala Europeia de Comparabilidade de Classificações


PRINCÍPIOS REGULADORES DE INSTRUMENTOS PARA A CRIAÇÃO DO ESPAÇO
EUROPEU DE ENSINO SUPERIOR

-Estágio: Bioquímica
REGULAMENTO DO ESTÁGIO DE BIOQUÍMICA

-Estágio: Ciências do Meio Aquático


REGULAMENTO DO ESTÁGIO CURRICULAR DA LICENCIATURA EM CIÊNCIAS DO
MEIO AQUÁTICO

-Estágio: Medicina Veterinária


REGULAMENTO DA UNIDADE CURRICULAR ESTÁGIO

-Estágios Profissionais
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR

-Estatuto: Bombeiros
BOMBEIROS

-Estatuto de Dirigente Associativo Jovem


ESTATUTO DO DIRIGENTE ASSOCIATIVO JOVEM

-Estatutos da Fundação da UP
ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO

-Estatuto de Trabalhador Estudante

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REGULAMENTO DO TRABALHADOR – ESTUDANTE DO ICBAS


-Estudante-Atleta
ESTUDANTE-ATLETA DA U.PORTO

-Estudante a Tempo Parcial


REGIME DE ESTUDANTE A TEMPO PARCIAL DA UNIVERSIDADE DO PORTO
ADEQUAÇÃO DO REGULAMENTO DO ESTUDANTE A TEMPO PARCIAL DA UP

-Estudantes com Condições Especiais de Frequência e Avaliação:


Maternidade e Paternidade
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE FREQUÊNCIA E AVALIAÇÃO DOS ESTUDANTES
UNIVERSITÁRIOS POR MATERNIDADE E PATERNIDADE

- Estudantes com Necessidades Educativas Especiais: NEEs


DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS
ESPECIAIS DA UNIVERSIDADE DO PORTO

-Exames
PORTARIA 886/83 DE 22 DE SETEMBRO - EXAMES
REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DA
UNIVERSIDADE DO PORTO

-Ficha da disciplina
REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DA
UNIVERSIDADE DO PORTO

-Financiamento do Ensino Superior


ESTABELECE AS BASES DO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR

-Graus Académicos
LEI DE BASES DO SISTEMA EDUCATIVO
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR
ADEQUACAO DOS REGULAMENTOS GERAIS SOBRE PROGRAMAS CONFERENTES
DE GRAU

-Inscrição em Unidades Curriculares: Limite de ECTs


INSCRIÇÃO EM UNIDADES CURRICULARES (UC) DO ICBAS POR LIMITE DE
CRÉDITOS

-Instituições de Ensino Superior Públicas


REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO

-Melhoria de Classificação
REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DA
UNIVERSIDADE DO PORTO

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

-Mobilidade
PRINCÍPIOS REGULADORES DE INSTRUMENTOS PARA A CRIAÇÃO DO ESPAÇO
EUROPEU DE ENSINO SUPERIOR

-Glossário académico
GLOSSÁRIO ACADÉMICO DA UNIVERSIDADE DO PORTO
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR

-Mudança de curso
REGULAMENTO DOS REGIMES DE MUDANÇA DE CURSO, TRANSFERÊNCIA E DE
REINGRESSO DA UNIVERSIDADE DO PORTO
REGULAMENTO ESPECÍFICO DOS REGIMES DE MUDANÇA DE CURSO,
TRANSFERÊNCIA E REINGRESSO DO ICBAS

-Organização e Funcionamento da UP
ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO
ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO

-Organização e Gestão do Ensino Superior


REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

-Organização, Funcionamento e Gestão do ICBAS


NOVOS ESTATUTOS DO ICBAS
Plano Curricular de Medicina
MEDICINA (RETIRADO DE DECLARAÇÃO DE RECTIFICAÇÃO N.º 3022/2009)

-Plano Curricular de Medicina Veterinária


MEDICINA VETERINÁRIA (RETIRADO DE DELIBERAÇÃO N.º 3041/2009)

-Plano Curricular de Ciências do Meio Aquático


CIÊNCIAS DO MEIO AQUÁTICO (RETIRADO DE DELIBERAÇÃO N.º 3043/2009)

-Plano Curricular de Bioquímica


BIOQUÍMICA (RETIRADO DE DELIBERAÇÃO N.º 212/2010)

-Plano Curricular de Bioengenharia


BIOENGENHARIA (RETIRADO DE DELIBERAÇÃO N.º 1777/2009)

-Protocolo entre ICBAS e HGSA


PROTOCOLO DE ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL CELEBRADO ENTRE O INSTITUTO
DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE ABEL SALAZAR E O HOSPITAL GERAL DE SANTO
ANTÓNIO, E. P. E.

-Processo de Bolonha
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR

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Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto

-Propinas
ESTABELECE AS BASES DO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR
REGULAMENTO DE PROPINAS DOS CURSOS DE LICENCIATURA E DE MESTRADO
INTEGRADO DA U.PORTO

-Provedor de Estudante
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
ESTATUTO DO PROVEDOR DO ESTUDANTE DA UNIVERSIDADE DO PORTO

-Regime de Prescrições
ESTABELECE AS BASES DO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR
ADEQUAÇÃO DO REGIME DE PRESCRIÇÕES PARA OS CICLOS DE ESTUDO DA
UNIVERSIDADE DO PORTO 134

-Regime Patrimonial e Financeiro da UP


ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO

-Sistema de Créditos Curriculares: ECTS


PRINCÍPIOS REGULADORES DE INSTRUMENTOS PARA A CRIAÇÃO DO ESPAÇO
EUROPEU DE ENSINO SUPERIOR
REGULAMENTO DE APLICAÇÃO DO SISTEMA DE CRÉDITOS CURRICULARES AOS
CURSOS CONFERENTES DE GRAU DA UNIVERSIDADE DO PORTO

-Trabalhadores Estudantes
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR

-Transferência e Reingressos no ICBAS


REGULAMENTO ESPECÍFICO DOS REGIMES DE MUDANÇA DE CURSO,
TRANSFERÊNCIA E REINGRESSO DO ICBAS

-Transferência e Reingresso na UP
REGULAMENTO DOS REGIMES DE MUDANÇA DE CURSO, TRANSFERÊNCIA E DE
REINGRESSO DA UNIVERSIDADE DO PORTO

-Unidades Curriculares
PRINCÍPIOS REGULADORES DE INSTRUMENTOS PARA A CRIAÇÃO DO ESPAÇO
EUROPEU DE ENSINO SUPERIOR
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR

-Unidades Curriculares Singulares


FREQUÊNCIA DE UNIDADES CURRICULARES SINGULARES DOS CURSOS E CICLOS
DE ESTUDOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO

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