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Lex Education AEICBAS
Lex Education AEICBAS
Lex
Educatio
ICBAS
2010/2011
CONTRIBUTO AEICBAS
Grupo de Trabalho de Assuntos Pedagógicos
2010/2011
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Associação de Estudantes do Instituto de
Ciências Biomédicas Abel Salazar – Universidade do Porto
Conteúdo
PREFÁCIO....................................................................................................................................... 4
CAPÍTULO I: CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA .................................................................................. 6
CAPÍTULO II: ENSINO SUPERIOR ............................................................................................. 8
PORTARIA 886/83 DE 22 DE SETEMBRO - EXAMES ............................................................. 8
ESTABELECE AS BASES DO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR .............................. 10
PRINCÍPIOS REGULADORES DE INSTRUMENTOS PARA A CRIAÇÃO DO ESPAÇO
EUROPEU DE ENSINO SUPERIOR.......................................................................................... 20
LEI DE BASES DO SISTEMA EDUCATIVO .............................................................................. 31
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR .......................................... 39
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR ................................................ 57
CAPÍTULO III: UNIVERSIDADE DO PORTO .................................................................................... 82
ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO ............................................. 82
ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO ........................................................................ 89
REGULAMENTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO .............................................................. 112
REGULAMENTO DE APLICAÇÃO DO SISTEMA DE CRÉDITOS CURRICULARES AOS
CURSOS CONFERENTES DE GRAU DA UNIVERSIDADE DO PORTO ............................. 112
ESTATUTO DO PROVEDOR DO ESTUDANTE DA UNIVERSIDADE DO PORTO ............. 115
REGULAMENTO DE PROPINAS DOS CURSOS DE LICENCIATURA E DE MESTRADO
INTEGRADO DA U.PORTO............................................................................................... 117
REGIME DE ESTUDANTE A TEMPO PARCIAL DA UNIVERSIDADE DO PORTO............. 121
REGULAMENTO DOS REGIMES DE MUDANÇA DE CURSO, TRANSFERÊNCIA E DE
REINGRESSO DA UNIVERSIDADE DO PORTO................................................................. 122
ADEQUACAO DOS REGULAMENTOS GERAIS SOBRE PROGRAMAS CONFERENTES DE GRAU .. 129
ADEQUAÇÃO DO REGULAMENTO DO ESTUDANTE A TEMPO PARCIAL DA UP ......... 134
ADEQUAÇÃO DO REGIME DE PRESCRIÇÕES PARA OS CICLOS DE ESTUDO DA
UNIVERSIDADE DO PORTO.............................................................................................. 136
REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DA
UNIVERSIDADE DO PORTO.............................................................................................. 140
DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS PARA ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCATIVAS
ESPECIAIS DA UNIVERSIDADE DO PORTO ..................................................................... 146
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PREFÁCIO
A ideia de criar o Lex Educatio surgiu pela necessidade que sentimos em
compilar, num só documento, numa só fonte, a informação e documentação
oficial de maior relevo para os estudantes do ensino superior, da Universidade
do Porto e mais especificamente do ICBAS. Este tipo de informação está
dispersa em diversos locais, como o site do ICBAS, o site da UP e outros muitas
vezes desconhecidos e de acesso restrito, pelo que se torna difícil aos
estudantes consultarem a documentação quando dela precisam. Deste modo,
criando uma compilação de vários documentos de interesse e
disponibilizando-a tanto em formato digital através do site da AEICBAS
(www.aeicbasup.pt) como em papel, através de cedência de cópias às
comissões de curso e aos representantes dos estudantes dos vários cursos
ministrado no ICBAS e deixando cópias também nas instalações da AEICBAS,
pensamos que estamos a permitir uma consulta útil e fácil da informação.
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sua aprovação, apesar de se prever para breve (de modo a que entrem em
vigor já no próximo ano lectivo), não será concluída antes da publicação deste
documento. No entanto, espera-se que as Direcções posteriores continuem o
projecto e procedam à sua actualização sempre que necessário, visto que
muitos dos documentos versados no Lex Educatio têm aplicação num período
de tempo curto, sendo depois revogadas.
Não pretendemos que seja uma transcrição integral, mas sim uma recolha dos
pontos e artigos mais importantes para que os estudantes percebam quais os
seus direitos e deveres, obtenham todas as informações legais, pedagógicas,
acrónimos, siglas, e prazos que sejam do seu interesse enquanto discentes do
ICBAS.
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CAPÍTULO I: CONSTITUIÇÃO
PORTUGUESA
CAPÍTULO III
Direitos e deveres culturais
Artigo 73.º
Educação, cultura e ciência
1. Todos têm direito à educação e à cultura.
2. O Estado promove a democratização da educação e as demais condições
para que a educação, realizada através da escola e de outros meios
formativos, contribua para a igualdade de oportunidades, a superação das
desigualdades económicas, sociais e culturais, o desenvolvimento da
personalidade e do espírito de tolerância, de compreensão mútua, de
solidariedade e de responsabilidade, para o progresso social e para a
participação democrática na vida colectiva.
3. O Estado promove a democratização da cultura, incentivando e
assegurando o acesso de todos os cidadãos à fruição e criação cultural, em
colaboração com os órgãos de comunicação social, as associações e fundações
de fins culturais, as colectividades de cultura e recreio, as associações de
defesa do património cultural, as organizações de moradores e outros agentes
culturais.
4. A criação e a investigação científicas, bem como a inovação tecnológica,
são incentivadas e apoiadas pelo Estado, por forma a assegurar a respectiva
liberdade e autonomia, o reforço da competitividade e a articulação entre as
instituições científicas e as empresas.
Artigo 74.º
Ensino
1. Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de
oportunidades de acesso e êxito escolar.
2. Na realização da política de ensino incumbe ao Estado:
a) Assegurar o ensino básico universal, obrigatório e gratuito;
b) Criar um sistema público e desenvolver o sistema geral de educação pré-
escolar;
c) Garantir a educação permanente e eliminar o analfabetismo;
d) Garantir a todos os cidadãos, segundo as suas capacidades, o acesso aos
graus mais elevados do ensino, da investigação científica e da criação
artística;
e) Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus de ensino;
f) Inserir as escolas nas comunidades que servem e estabelecer a interligação
do ensino e das actividades económicas, sociais e culturais;
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Artigo 75.º
Ensino público, particular e cooperativo
1. O Estado criará uma rede de estabelecimentos públicos de ensino que
cubra as necessidades de toda a população.
2. O Estado reconhece e fiscaliza o ensino particular e cooperativo, nos
termos da lei.
Artigo 76.º
Universidade e acesso ao ensino superior
1. O regime de acesso à Universidade e às demais instituições do ensino
superior garante a igualdade de oportunidades e a democratização do sistema
de ensino, devendo ter em conta as necessidades em quadros qualificados e a
elevação do nível educativo, cultural e científico do país.
2. As universidades gozam, nos termos da lei, de autonomia estatutária,
científica, pedagógica, administrativa e financeira, sem prejuízo de adequada
avaliação da qualidade do ensino.
Artigo 77.º
Participação democrática no ensino
1. Os professores e alunos têm o direito de participar na gestão democrática
das escolas, nos termos da lei.
2. A lei regula as formas de participação das associações de professores, de
alunos, de pais, das comunidades e das instituições de carácter científico na
definição da política de ensino.
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Âmbito
O disposto na presente portaria aplica-se em todos os estabelecimentos de ensino
superior público às disciplinas em que o processo de avaliação abranja um exame
final, salvo no que se refere à alínea a) do nº 13º, em que se aplica a todas as
disciplinas.
Época Normal
Na época normal cada aluno pode prestar provas de exame final em todas as
disciplinas em que reúna as condições legais para tal.
Época de recurso
Na época de recurso cada aluno pode prestar provas de exame final em
disciplinas a cujo exame na época normal não haja comparecido ou, tendo
comparecido, dele haja desistido ou nele haja sido reprovado.
Época especial
Na época especial cada aluno pode prestar provas de exame final em disciplinas a
cujo exame nas épocas normal ou de recurso não haja comparecido ou, tendo
comparecido, dele haja desistido ou nele haja sido reprovado, desde que, com
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Regra supletiva
Na ausência do despacho a que se refere o nº anterior, o número de exames será
o seguinte:
a) Época de recurso: exames de 2 disciplinas anuais ou 4 semestrais;
b) Época de recurso para os alunos a que se refere o nº 2 do nº 8º: exames de
3 disciplinas anuais ou 6 semestrais;
c) Época especial: exame de 2 disciplinas
Chamadas
As regrais gerais de avaliação de conhecimentos de cada estabelecimento de
ensino poderão prever a existência de 2 chamadas em relação a cada exame na
época normal de exames.
Calendário
A fixação dos calendários de exames está sujeita às seguintes regras:
a) Os exames da época normal não poderão ter lugar após o dia 31 de Julho;
b) Os exames da época de recurso não poderão ter lugar após o dia 14 de
Outubro do ano lectivo subsequente;
c) Os exames da época especial não poderão ter lugar após o dia 15 de
Dezembro do ano lectivo subsequente.
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CAPÍTULO I
Disposições gerais
Âmbito
1 — A presente lei define as bases do financiamento do ensino superior.
2 — O financiamento do ensino superior processa-se de acordo com critérios
objectivos, indicadores de desempenho e valores padrão relativos à qualidade
e excelência do ensino ministrado.
3 — O financiamento do ensino superior público processa-se ainda no quadro
de uma relação tripartida entre:
a) O Estado e as instituições de ensino superior;
b) Os estudantes e as instituições de ensino superior;
c) O Estado e os estudantes.
Objectivos
Constituem objectivos do financiamento do ensino superior:
a) Assegurar o cumprimento das prioridades nacionais em matéria de política
educativa;
b) Estimular planos de apoio às instituições de ensino superior no exercício
das atribuições de um ensino de qualidade;
c) Promover a adequação entre o tipo de apoio concedido e os planos de
desenvolvimento das instituições;
d) Incentivar a procura de fontes de financiamento de natureza concorrencial
com base em critérios de qualidade e excelência;
e) Promover o direito à igualdade de oportunidades de acesso, frequência e
sucesso escolar, pela superação de desigualdades económicas, sociais e
culturais;
f) Valorizar o mérito, dedicação e aproveitamento escolar dos estudantes,
independentemente das suas capacidades económicas.
Princípios gerais
1 — Ao financiamento do ensino superior aplicam-se os seguintes princípios:
a) Princípio da responsabilização, racionalidade e eficiência das instituições,
entendido no sentido de que estas devem assegurar um serviço de qualidade,
sujeito a avaliações regulares, devendo igualmente garantir a utilização
eficiente e transparente dos recursos, nomeadamente através da certificação
e publicitação das suas contas, planos de actividades e relatórios anuais;
b) Princípio da democraticidade, entendido como o direito conferido aos
cidadãos de, segundo as suas capacidades, acederem aos graus mais elevados
do ensino, da investigação científica e da criação artística, sem restrições de
natureza económica ou outra;
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pelo Estado como receitas próprias das instituições, como tal não afectando o
financiamento público.
CAPÍTULO II
Do financiamento do ensino superior público
SECÇÃO I
Da relação entre o Estado e as instituições de ensino superior
Regime de prescrições
1 — O financiamento às instituições de ensino superior público tem em conta o
aproveitamento escolar dos seus estudantes.
2 — Para o efeito previsto no número anterior, devem os órgãos competentes
de cada instituição ou unidade orgânica definir um regime de prescrições
adequado à promoção do mérito dos estudantes.
3 — Na falta de fixação do regime de prescrições por parte das instituições ou
unidades orgânicas ou no caso de estas fixarem um regime menos restritivo do
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SECÇÃO II
Da relação entre o estudante e a instituição de ensino superior
Conteúdo da relação
1 — As instituições de ensino superior prestam um serviço de ensino que deve
ser qualitativamente exigente e ajustado aos objectivos que determinaram a
sua procura pelos estudantes, os quais devem demonstrar mérito na sua
frequência e comparticipar nos respectivos custos.
2 — Sem prejuízo da responsabilidade do Estado, devem as verbas resultantes
da comparticipação nos custos por parte dos estudantes reverter para o
acréscimo de qualidade no sistema, medido através dos indicadores de
desempenho e valores padrão referidos no n. 3 do artigo 4.o
Propinas
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SECÇÃO III
Da relação entre o Estado e o estudante
SUBSECÇÃO I
Disposições gerais
Compromisso do Estado
1 — O Estado, na sua relação com os estudantes, compromete-se a garantir a
existência de um sistema de acção social que permita o acesso ao ensino
superior e a frequência das suas instituições a todos os estudantes.
2 — A acção social garante que nenhum estudante será excluído do subsistema
do ensino superior por incapacidade financeira.
Objectivos e meios
1 — O Estado garante o direito à educação e ao ensino nas melhores condições
possíveis, nos limites das disponibilidades orçamentais, contribuindo assim
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Controlo
1 — O sistema de controlo das verbas atribuídas ou a atribuir através da acção
social integra o decreto-lei referido no n. 3 do artigo 19.o, podendo incluir
métodos documentais ou inspectivos, nomeadamente para detectar sinais
exteriores de riqueza, de molde a possibilitar a obtenção dos meios de prova
necessários à garantia de que os recursos afectados ou a afectar beneficiarão
efectivamente os mais carenciados.
2 — O sistema de controlo referido no número anterior é inspeccionado
conjuntamente pelos serviços dos Ministérios das Finanças, da Segurança
Social e do Trabalho e da Ciência e do Ensino Superior, nos termos de
protocolo a assinar pelos membros do Governo competentes.
SUBSECÇÃO II
Apoios sociais directos
Bolsas de estudo
1 — Beneficiam da atribuição de bolsas de estudo os estudantes
economicamente carenciados que demonstrem mérito, dedicação e
aproveitamento escolar, visando assim contribuir para custear, entre outras,
as despesas de alojamento, alimentação, transporte, material escolar e
propina.
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Declaração de honra
No processo de candidatura para atribuição da bolsa de estudo a que se refere
o n. 1 do artigo anterior, o estudante subscreverá uma declaração de honra,
de modelo a aprovar pelo Governo, na qual, para além dos dados respeitantes
à identificação pessoal, residência, situação escolar e composição do
agregado familiar, atestará, entre outros elementos, qual a actividade ou
actividades de cujo exercício resultou a percepção de rendimentos por parte
do respectivo agregado familiar, bem como o montante em que os mesmos se
cifram, e se disponibilizará para produzir a correspondente prova logo que
para tal solicitado.
SUBSECÇÃO III
Apoios sociais indirectos
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SUBSECÇÃO IV
Empréstimos
SUBSECÇÃO V
Do incumprimento
Sanções administrativas
Sem prejuízo de punição a título de crime, o estudante que preencher com
fraude a declaração de honra prevista no artigo 23.o ou proceder de maneira
fraudulenta com vista a obter qualquer forma de apoio de acção social escolar
ou educativo incorre nas seguintes sanções administrativas:
a) Nulidade de todos os actos curriculares praticados no ano lectivo a que
respeita tal comportamento;
b) Anulação da matrícula e da inscrição anual e privação do direito de
efectuar nova matrícula na mesma ou noutra instituição de ensino superior
por um período de um a dois anos;
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Reposição
Os infractores são obrigados a repor as verbas indevidamente recebidas,
acrescidas de juros de mora calculados à taxa legal em vigor.
CAPÍTULO IV
Disposições finais e transitórias
Situações especiais
1 — A aplicação do disposto na presente lei faz-se sem prejuízo da
observância dos compromissos internacionalmente assumidos pelo Estado
Português, bem como da concessão, para efeitos do pagamento da propina,
de apoio específico aos estudantes destinatários das normas constantes do:
a) Decreto-Lei n. 358/70, de 29 de Julho, e legislação complementar;
b) Artigo 2.o do Decreto-Lei n. 524/73, de 13 de Outubro;
c) N. 6 do artigo 14.o do Decreto-Lei n. 43/76, de 20 de Janeiro;
d) Artigo 9.o da Lei n. 21/87, de 20 de Junho, e artigos 17.o e 19.o do
Decreto-Lei n. 241/89, de 3 de Agosto;
e) Artigo 4.o do Decreto-Lei n. 216/92, de 13 de Outubro.
2 — O apoio referido no número anterior consiste:
a) Nos casos das alíneas a), c) e d), na atribuição de um subsídio de montante
igual ao da propina exigível, sendo os correspondentes encargos suportados
por verbas inscritas no orçamento dos respectivos departamentos
governamentais;
b) Nos casos das alíneas b) e e), na atribuição às instituições de ensino
superior da adequada comparticipação financeira, sendo os correspondentes
encargos suportados por verbas inscritas no orçamento do Ministério da
Educação.
Regime de prescrições
O regime previsto no artigo 5.o começa a ser aplicado no ano lectivo seguinte
ao da entrada em vigor da presente lei, não sendo consideradas as inscrições
relativas aos anos lectivos anteriores.
Universidade Aberta
Para a Universidade Aberta será definido um regime específico de
financiamento das despesas de funcionamento, sendo-lhe inaplicável a
presente lei, com excepção do disposto nos artigos 6.o a 14.o
Propinas
Até à sua fixação, pelos órgãos competentes, o valor das propinas a cobrar no
próximo ano lectivo é correspondente ao limite mínimo fixado no n. 2 do
artigo 16.o, sendo alterado para o valor que entretanto vier a ser fixado.
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CAPÍTULO I
Objecto, âmbito e conceitos
Objecto
O presente diploma aprova os princípios reguladores de instrumentos para a
criação do espaço europeu de ensino superior.
Âmbito
1—O presente diploma aplica-se:
a) A todos os estabelecimentos de ensino superior, adiante designados
genericamente por estabelecimentos de ensino;
b) A todas as formações ministradas por estabelecimentos de ensino superior
conducentes à obtenção de um grau de ensino superior, adiante designadas
genericamente por cursos.
2—O presente diploma aplica-se igualmente aos cursos não conferentes de
grau ministrados por estabelecimentos de ensino superior, que sejam objecto
de avaliação e de certificação.
Conceitos
Entende-se por:
a) «Unidade curricular» a unidade de ensino com objectivos de formação
próprios que é objecto de inscrição administrativa e de avaliação traduzida
numa classificação final;
b) «Plano de estudos de um curso» o conjunto organizado de unidades
curriculares em que um estudante deve obter aprovação para:
i) A obtenção de um determinado grau académico;
ii) A conclusão de um curso não conferente de grau;
iii) A reunião de uma parte das condições para obtenção de um determinado
grau académico;
c) «Ano curricular», «semestre curricular» e «trimestre curricular» as
partes do plano de estudos do curso que, de acordo com o respectivo
instrumento legal de aprovação, devam ser realizadas pelo estudante, quando
em tempo inteiro e regime presencial, no decurso de um ano, um semestre ou
um trimestre lectivo, respectivamente;
d) «Duração normal de um curso» o número de anos, semestres e ou
trimestres lectivos em que o curso deve ser realizado pelo estudante, quando
a tempo inteiro e em regime presencial;
e) «Horas de contacto» o tempo utilizado em sessões de ensino de natureza
colectiva, designadamente em salas de aula, laboratórios ou trabalhos de
campo, e em sessões de orientação pessoal de tipo tutorial;
f) «Crédito» a unidade de medida do trabalho do estudante sob todas as suas
formas, designadamente, sessões de ensino de natureza colectiva, sessões de
orientação pessoal de tipo tutorial, estágios, projectos, trabalhos no terreno,
estudo e avaliação;
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CAPÍTULO II
Sistema de créditos curriculares
Expressão em créditos
1—As estruturas curriculares dos cursos de ensino superior expressam em
créditos o trabalho que deve ser efectuado pelo estudante em cada área
científica.
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Número de créditos
O número de créditos a atribuir por cada unidade curricular é determinado de
acordo com os seguintes princípios:
a) O trabalho é medido em horas estimadas de trabalho do estudante;
b) O número de horas de trabalho do estudante a considerar inclui todas as
formas de trabalho previstas, designadamente as horas de contacto e as horas
dedicadas a estágios, projectos, trabalhos no terreno, estudo e avaliação;
c) O trabalho de um ano curricular realizado a tempo inteiro situa-se entre
mil e quinhentas e mil seiscentas e oitenta horas e é cumprido num período
de 36 a 40 semanas;
d) O número de créditos correspondente ao trabalho de um ano curricular
realizado a tempo inteiro é de 60;
e) Para períodos curriculares de duração inferior a um ano, o número de
créditos é atribuído na proporção que representem do ano curricular;
f) O número de créditos correspondente ao trabalho de um curso realizado a
tempo inteiro é igual ao produto da duração normal do curso em anos
curriculares ou fracção por 60;
g) Os créditos conferidos por cada unidade curricular são expressos em
múltiplos de meio crédito;
h) A uma unidade curricular integrante do plano de estudos de mais de um
curso do mesmo estabelecimento de ensino superior deve ser atribuído o
mesmo número de créditos, independentemente do curso.
Casos especiais
1—O órgão legal e estatutariamente competente do estabelecimento de
ensino superior fixa as condições de aplicação do sistema de créditos
curriculares aos cursos que não se organizem em anos, semestres ou
trimestres lectivos.
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2—Na atribuição dos créditos são aplicados os princípios fixados pelo presente
diploma.
Regulamentação
O órgão legal e estatutariamente competente de cada estabelecimento de
ensino superior aprova um regulamento de aplicação do sistema de créditos
curriculares, o qual inclui, designadamente, os procedimentos e regras a
adoptar para a fixação dos créditos a obter em cada área científica e a
atribuir por cada unidade curricular.
CAPÍTULO III
Avaliação, classificação e qualificação
SECÇÃO I
Princípios gerais
Avaliação
1—O grau de cumprimento por parte do aluno dos objectivos de cada unidade
curricular em que se encontra inscrito é objecto de avaliação.
2—A avaliação realiza-se de acordo com as normas aprovadas pelo órgão legal
e estatutariamente competente do estabelecimento de ensino.
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Menção qualitativa
Por decisão do órgão legal e estatutariamente competente de cada
estabelecimento de ensino, às classificações finais pode ser associada uma
menção qualitativa com quatro classes:
a) 10 a 13—Suficiente;
b) 14 e 15—Bom;
c) 16 e 17—Muito bom;
d) 18 a 20—Excelente.
SECÇÃO II
Escala europeia de comparabilidade de classificações
Escala
A escala europeia de comparabilidade de classificações para os resultados de
aprovado é constituída por cinco classes, identificadas pelas letras A a E.
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CAPÍTULO IV
Mobilidade durante a formação
Contrato de estudos
A realização de parte de um curso superior por um estudante em mobilidade
está condicionada à prévia celebração de um contrato de estudos.
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CAPÍTULO V
Mobilidade após a formação
Suplemento ao diploma
O suplemento ao diploma é um documento complementar do diploma que:
a) Descreve o sistema de ensino superior português e o seu enquadramento no
sistema educativo à data da obtenção do diploma;
b) Caracteriza a instituição que ministrou o ensino e que conferiu o diploma;
c) Caracteriza a formação realizada (grau, área, requisitos de acesso, duração
normal, nível) e o seu objectivo;
d) Fornece informação detalhada sobre a formação realizada e os resultados
obtidos.
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CAPÍTULO I
Âmbito e princípios
Âmbito e definição
1—A presente lei estabelece o quadro geral do sistema educativo.
2—O sistema educativo é o conjunto de meios pelo qual se concretiza o direito
à educação, que se exprime pela garantia de uma permanente acção
formativa orientada para favorecer o desenvolvimento global da
personalidade, o progresso social e a democratização da sociedade.
3—O sistema educativo desenvolve-se segundo um conjunto organizado de
estruturas e de acções diversificadas, por iniciativa e sob responsabilidade de
diferentes instituições e entidades públicas, particulares e cooperativas.
4—O sistema educativo tem por âmbito geográfico a totalidade do território
português — continente e Regiões Autónomas —, mas deve ter uma expressão
suficientemente flexível e diversificada, de modo a abranger a generalidade
dos países e dos locais em que vivam comunidades de portugueses ou em que
se verifique acentuado interesse pelo desenvolvimento e divulgação da
cultura portuguesa.
5— A coordenação da política relativa ao sistema educativo,
independentemente das instituições que o compõem, incumbe a um
ministério especialmente vocacionado para o efeito.
Princípios gerais
1—Todos os portugueses têm direito à educação e à cultura, nos termos da
Constituição da República.
2—É da especial responsabilidade do Estado promover a democratização do
ensino, garantindo o direito a uma justa e efectiva igualdade de
oportunidades no acesso e sucesso escolares.
3—No acesso à educação e na sua prática é garantido a todos os portugueses o
respeito pelo princípio da liberdade de aprender e de ensinar, com tolerância
para com as escolhas possíveis, tendo em conta, designadamente, os
seguintes princípios:
a) O Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a
cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas,
ideológicas ou religiosas;
b) O ensino público não será confessional;
c) É garantido o direito de criação de escolas particulares e cooperativas.
4—O sistema educativo responde às necessidades resultantes da realidade
social, contribuindo para o desenvolvimento pleno e harmonioso da
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SECÇÃO II
Educação escolar
SUBSECÇÃO III
Ensino superior
Âmbito e objectivos
1—O ensino superior compreende o ensino universitário e o ensino politécnico.
2—São objectivos do ensino superior:
a) Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e
empreendedor, bem como do pensamento reflexivo;
b) Formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a
inserção em sectores profissionais e para a participação no desenvolvimento
da sociedade, e colaborar na sua formação contínua;
c) Incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia, das humanidades e das artes, e a
criação e difusão da cultura e, desse modo, desenvolver o entendimento do
homem e do meio em que se integra;
d) Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos,
que constituem património da humanidade, e comunicar o saber através do
ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação;
e) Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e
possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que
vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do
conhecimento de cada geração, na lógica de educação ao longo da vida e de
investimento geracional e intergeracional, visando realizar a unidade do
processo formativo;
f) Estimular o conhecimento dos problemas do mundo de hoje, num horizonte
de globalidade, em particular os nacionais, regionais e europeus, prestar
serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de
reciprocidade;
g) Continuar a formação cultural e profissional dos cidadãos pela promoção de
formas adequadas de extensão cultural;
h) Promover e valorizar a língua e a cultura portuguesas;
i) Promover o espírito crítico e a liberdade de expressão e de investigação.
3—O ensino universitário, orientado por uma constante perspectiva de
promoção de investigação e de criação do saber, visa assegurar uma sólida
preparação científica e cultural e proporcionar uma formação técnica que
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Acesso
1—Têm acesso ao ensino superior os indivíduos habilitados com o curso do
ensino secundário ou equivalente que façam prova de capacidade para a sua
frequência.
2—O Governo define, através de decreto-lei, os regimes de acesso e ingresso
no ensino superior, em obediência aos seguintes princípios:
a) Democraticidade, equidade e igualdade de oportunidades;
b) Objectividade dos critérios utilizados para a selecção e seriação dos
candidatos;
c) Universalidade de regras para cada um dos subsistemas de ensino superior;
d) Valorização do percurso educativo do candidato no ensino secundário, nas
suas componentes de avaliação contínua e provas nacionais, traduzindo a
relevância para o acesso ao ensino superior do sistema de certificação
nacional do ensino secundário;
e) Utilização obrigatória da classificação final do ensino secundário no
processo de seriação;
f) Coordenação dos estabelecimentos de ensino superior para a realização da
avaliação, selecção e seriação por forma a evitar a proliferação de provas a
que os candidatos venham a submeter-se;
g) Carácter nacional do processo de candidatura à matrícula e inscrição nos
estabelecimentos de ensino superior público, sem prejuízo da realização, em
casos devidamente fundamentados, de concursos de natureza local;
h) Realização das operações de candidatura pelos serviços da administração
central e regional da educação.
3—Nos limites definidos pelo número anterior, o processo de avaliação da
capacidade para a frequência, bem como o de selecção e seriação dos
candidatos ao ingresso em cada curso e estabelecimento de ensino superior, é
da competência dos estabelecimentos de ensino superior.
4—O Estado deve progressivamente assegurar a eliminação de restrições
quantitativas de carácter global no acesso ao ensino superior (numerus
clausus) e criar as condições para que os cursos existentes e a criar
correspondam globalmente às necessidades em quadros qualificados, às
aspirações individuais e à elevação do nível educativo, cultural e científico do
País e para que seja garantida a qualidade do ensino ministrado.
5—Têm igualmente acesso ao ensino superior, nas condições a definir pelo
Governo, através de decreto-lei:
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Graus académicos
1—No ensino superior são conferidos os graus académicos de licenciado,
mestre e doutor.
2—O grau de licenciado é conferido nos ensinos universitário e politécnico.
3—O grau de licenciado é conferido após um ciclo de estudos com um número
de créditos que corresponda a uma duração compreendida entre seis e oito
semestres curriculares de trabalho.
4—O grau de mestre é conferido nos ensinos universitário e politécnico.
5—Têm acesso ao ciclo de estudos conducente ao grau de mestre:
a) Os titulares do grau de licenciado;
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Diplomas
1—Os estabelecimentos de ensino superior podem realizar cursos não
conferentes de grau académico cuja conclusão com aproveitamento conduza à
atribuição de um diploma.
2—Os ciclos de estudos conducentes ao grau de licenciado ou de mestre
podem ser organizados em etapas, correspondendo cada etapa à atribuição de
um diploma.
Formação pós-secundária
1—Os estabelecimentos de ensino superior podem ainda realizar cursos de
ensino pós-secundário não superior visando a formação profissional
especializada.
2—Os titulares dos cursos referidos no número anterior estão habilitados a
concorrer ao acesso e ingresso no ensino superior, sendo a formação superior
neles realizada creditável no âmbito do curso em que sejam admitidos.
Estabelecimentos
1—O ensino universitário realiza-se em universidades e em escolas
universitárias não integradas.
2—O ensino politécnico realiza-se em escolas superiores especializadas nos
domínios da tecnologia, das artes e da educação, entre outros.
3—As universidades podem ser constituídas por escolas, institutos ou
faculdades diferenciados e ou por departamentos ou outras unidades,
podendo ainda integrar escolas superiores do ensino politécnico.
4—As escolas superiores do ensino politécnico podem ser associadas em
unidades mais amplas, com designações várias, segundo critérios de interesse
regional e ou de natureza das escolas.
Investigação científica
1—O Estado deve assegurar as condições materiais e culturais de criação e
investigação científicas.
2—Nas instituições de ensino superior serão criadas as condições para a
promoção da investigação científica e para a realização de actividades de
investigação e desenvolvimento.
3—A investigação científica no ensino superior deve ter em conta os objectivos
predominantes da instituição em que se insere, sem prejuízo da sua
perspectivação em função do progresso, do saber e da resolução dos
problemas postos pelo desenvolvimento social, económico e cultural do País.
4—Devem garantir-se as condições de publicação dos trabalhos científicos e
facilitar-se a divulgação dos novos conhecimentos e perspectivas do
pensamento científico, dos avanços tecnológicos e da criação cultural.
5—Compete ao Estado incentivar a colaboração entre as entidades públicas,
privadas e cooperativas no sentido de fomentar o desenvolvimento da ciência,
da tecnologia e da cultura, tendo particularmente em vista os interesses da
colectividade.
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CAPÍTULO III
Apoios e complementos educativos
Apoio a trabalhadores-estudantes
Aos trabalhadores-estudantes será proporcionado um regime especial de
estudos que tenha em consideração a sua situação de trabalhadores e de
estudantes e que lhes permita a aquisição de conhecimentos, a progressão no
sistema do ensino e a criação de oportunidades de formação profissional
adequadas à sua valorização pessoal.
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CAPÍTULO IV
Recursos humanos
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TÍTULO I
Princípios e disposições comuns
Objecto e âmbito
1 — A presente lei estabelece o regime jurídico das instituições de ensino
superior, regulando designadamente a sua constituição, atribuições e
organização, o funcionamento e competência dos seus órgãos e, ainda, a
tutela e fiscalização pública do Estado sobre as mesmas, no quadro da sua
autonomia.
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Diversidade de organização
No quadro da sua autonomia, e nos termos da lei, as instituições de ensino
superior organizam -se livremente e da forma que considerem mais adequada
à concretização da sua missão, bem como à especificidade do contexto em
que se inserem.
Unidades orgânicas
1 — As universidades e institutos politécnicos podem compreender unidades
orgânicas autónomas, com órgãos e pessoal próprios.
2 — As escolas e as unidades de investigação podem dispor de órgãos de
autogoverno e de autonomia de gestão, nos termos da presente lei e dos
estatutos da instituição.
3 — As unidades orgânicas, por sua iniciativa ou por determinação dos órgãos
de governo da instituição, podem compartilhar meios materiais e humanos,
bem como organizar iniciativas conjuntas, incluindo ciclos de estudos e
projectos de investigação.
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Associativismo estudantil
1 — As instituições de ensino superior apoiam o associativismo estudantil,
devendo proporcionar as condições para a afirmação de associações
autónomas, ao abrigo da legislação especial em vigor.
2 — Incumbe igualmente às instituições de ensino superior estimular
actividades artísticas, culturais e científicas e promover espaços de
experimentação e de apoio ao desenvolvimento de competências
extracurriculares, nomeadamente de participação colectiva e social.
Trabalhadores -estudantes
As instituições de ensino superior criam as condições necessárias a apoiar os
trabalhadores -estudantes, designadamente através de formas de organização
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Antigos estudantes
As instituições de ensino superior estabelecem e apoiam um quadro de ligação
aos seus antigos estudantes e respectivas associações, facilitando e
promovendo a sua contribuição para o desenvolvimento estratégico das
instituições.
Provedor do estudante
Em cada instituição de ensino superior existe, nos termos fixados pelos seus
estatutos, um provedor do estudante, cuja acção se desenvolve em
articulação com as associações de estudantes e com os órgãos e serviços da
instituição, designadamente com os conselhos pedagógicos, bem como com as
suas unidades orgânicas.
Atribuições do Estado
1 — Incumbe ao Estado, no domínio do ensino superior, desempenhar as
tarefas previstas na Constituição e na lei, designadamente:
a) Criar e manter a rede de instituições de ensino superior públicas e garantir
a sua autonomia;
b) Assegurar a liberdade de criação e de funcionamento de estabelecimentos
de ensino superior privados;
c) Estimular a abertura à modernização e internacionalização das instituições
de ensino superior;
d) Garantir o elevado nível pedagógico, científico, tecnológico e cultural dos
estabelecimentos de ensino superior;
e) Incentivar a investigação científica e a inovação tecnológica;
f) Assegurar a participação dos professores e investigadores e dos estudantes
na gestão dos estabelecimentos de ensino superior;
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Registos e publicidade
O ministério da tutela organiza e mantém actualizado um registo oficial de
acesso público, contendo os seguintes dados acerca das instituições de ensino
superior e sua actividade:
a) Instituições de ensino superior e suas características relevantes;
b) Consórcios de instituições de ensino superior;
c) Ciclos de estudos em funcionamento conducentes à atribuição de grau
académico e, quando for caso disso, profissões regulamentadas para que
qualificam;
d) Docentes e investigadores;
e) Resultados da acreditação e avaliação das instituições de ensino superior e
dos seus ciclos de estudos;
f) Informação estatística, designadamente acerca de vagas, candidatos,
estudantes inscritos, graus e diplomas conferidos, docentes, investigadores,
outro pessoal, acção social escolar e financiamento público;
g) Empregabilidade dos titulares de graus académicos;
h) Base geral dos graduados no ensino superior;
i) Outros dados relevantes, definidos por portaria do ministro da tutela.
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TÍTULO II
Instituições, unidades orgânicas e ciclos de estudos
CAPÍTULO II
Requisitos dos estabelecimentos
Igualdade de requisitos
A criação e a actividade dos estabelecimentos de ensino superior estão
sujeitas ao mesmo conjunto de requisitos essenciais, tanto gerais como
específicos, em função da natureza universitária ou politécnica das
instituições, independentemente de se tratar de estabelecimentos de ensino
públicos ou privados.
CAPÍTULO III
Corpo docente
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CAPÍTULO VI
Ciclos de estudos
Limitações quantitativas
O número anual máximo de novas admissões, bem como o número máximo de
estudantes que pode estar inscrito em cada ciclo de estudos em cada ano
lectivo, é fixado anualmente pelas instituições de ensino superior, com a
devida antecedência, tendo em consideração os recursos de cada uma,
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TÍTULO III
Organização e gestão das instituições de ensino superior públicas
CAPÍTULO I
Princípios gerais
Organização e gestão
As instituições de ensino superior públicas adoptam, nos termos da lei, o
modelo de organização institucional e de gestão que considerem mais
adequado à concretização da sua missão, bem como à especificidade do
contexto em que se inserem.
CAPÍTULO II
Estatutos
Autonomia estatutária
As instituições de ensino superior públicas gozam de autonomia estatutária,
com observância do disposto na presente lei.
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CAPÍTULO III
Autonomia académica
Autonomia académica
1 — As instituições de ensino superior públicas gozam de autonomia cultural,
científica, pedagógica e disciplinar, nos termos da lei.
Autonomia cultural
A autonomia cultural confere às instituições a capacidade para definirem o
seu programa de formação e de iniciativas culturais.
Autonomia científica
A autonomia científica confere às instituições de ensino superior públicas a
capacidade de definir, programar e executar a investigação e demais
actividades científicas, sem prejuízo dos critérios e procedimentos de
financiamento público da investigação.
Autonomia pedagógica
A autonomia pedagógica confere às instituições de ensino superior públicas a
capacidade para elaborar os planos de estudos, definir o objecto das unidades
curriculares, definir os métodos de ensino, afectar os recursos e escolher os
processos de avaliação de conhecimentos, gozando os professores e
estudantes de liberdade intelectual nos processos de ensino e de
aprendizagem.
Autonomia disciplinar
1 — A autonomia disciplinar confere às instituições de ensino superior públicas
o poder de punir, nos termos da lei e dos estatutos, as infracções disciplinares
praticadas por docentes, investigadores e demais funcionários e agentes, bem
como pelos estudantes.
2 — O exercício do poder disciplinar rege -se pelas seguintes normas:
a) Pelo Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da Administração
Central, Regional e Local, no caso dos funcionários e agentes públicos;
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CAPÍTULO IV
Governo próprio e autonomia de gestão
Autogoverno
As instituições de ensino superior públicas dispõem de órgãos de governo
próprio, nos termos da lei e dos estatutos.
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Competências
As competências dos órgãos são fixadas pelos estatutos da unidade orgânica,
no respeito pela lei e pelos estatutos da instituição.
Fiscalização financeira
No caso de serem dotadas de autonomia financeira, as unidades orgânicas
ficam sujeitas à fiscalização do órgão de fiscalização financeira da instituição
a que pertencem.
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Autonomia patrimonial
Os imóveis do domínio privado do Estado que tenham sido transferidos para o
património das instituições de ensino universitário públicas e que tenham
deixado de ser necessários ao desempenho das suas atribuições e
competências são incorporados no património do Estado mediante despacho
conjunto do ministro responsável pela área das finanças e do ministro da
tutela, ouvida a instituição.
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CAPÍTULO VI
Instituições de ensino superior públicas de natureza fundacional
Criação da fundação
1 — Mediante proposta fundamentada do reitor ou presidente, aprovada pelo
conselho geral, por maioria absoluta dos seus membros, as instituições de
ensino superior públicas podem requerer ao Governo a sua transformação em
fundações públicas com regime de direito privado.
2 — A transformação de uma instituição em fundação pública com regime de
direito privado deve fundamentar-se nas vantagens da adopção deste modelo
de gestão e de enquadramento jurídico para o prosseguimento dos seus
objectivos.
3 — A proposta deve ser instruída com um estudo acerca das implicações
dessa transformação institucional sobre a organização, a gestão, o
financiamento e a autonomia da instituição ou unidade orgânica.
4 — Havendo concordância por parte do Governo na transformação
institucional, é firmado um acordo entre este e a entidade a ser objecto da
transformação, abrangendo, designadamente, o projecto da instituição, o
programa de desenvolvimento, os estatutos da fundação, a estrutura orgânica
básica e o processo de transição, bem como as circunstâncias em que se pode
operar o seu regresso ao regime não fundacional, designadamente através da
eventual definição de um período inicial de funcionamento sujeito a avaliação
específica.
Património da fundação
1 — O património da fundação é constituído pelo património da instituição de
ensino superior em causa ou, quando se tratar de uma unidade orgânica, pelo
património da instituição que estava afecto especificamente às suas
atribuições, nos termos fixados pelo diploma legal que proceder à criação
daquela.
2 — O Estado pode contribuir para o património da fundação com recursos
suplementares.
3 — Na criação da fundação, ou posteriormente, podem contribuir para o seu
património outras entidades.
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Administração da fundação
1 — A fundação é administrada por um conselho de curadores constituído por
cinco personalidades de elevado mérito e experiência profissional
reconhecidos como especialmente relevantes.
2 — Os curadores são nomeados pelo Governo sob proposta da instituição.
3 — O exercício das funções de curador não é compatível com um vínculo
laboral simultâneo com a instituição.
4 — Os curadores têm um mandato de cinco anos, renovável uma única vez,
não podendo ser destituídos pelo Governo sem motivo justificado.
5 — Na primeira composição do conselho de curadores, o mandato de dois
deles, a escolher por sorteio, é de apenas três anos.
Autonomia
1 — As instituições de ensino superior públicas de natureza fundacional
dispõem de autonomia nos mesmos termos das demais instituições de ensino
superior públicas, com as devidas adaptações decorrentes daquela natureza.
Regime jurídico
1 — As fundações regem -se pelo direito privado, nomeadamente no que
respeita à sua gestão financeira, patrimonial e de pessoal, com as ressalvas
estabelecidas nos números seguintes.
2 — O regime de direito privado não prejudica a aplicação dos princípios
constitucionais respeitantes à Administração Pública, nomeadamente a
prossecução do interesse público, bem como os princípios da igualdade, da
imparcialidade, da justiça e da proporcionalidade.
3 — No âmbito da gestão dos seus recursos humanos, a instituição pode criar
carreiras próprias para o seu pessoal docente, investigador e outro,
respeitando genericamente, quando apropriado, o paralelismo no elenco de
categorias e habilitações académicas, em relação às que vigoram para o
pessoal docente e investigador dos demais estabelecimentos de ensino
superior público.
4 — O disposto no número anterior entende -se sem prejuízo da salvaguarda
do regime da função pública de que gozem os funcionários e agentes da
instituição de ensino superior antes da sua transformação em fundação.
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Acesso e ingresso
As instituições de ensino superior públicas de natureza fundacional
seleccionam os seus estudantes através dos critérios e procedimentos fixados
na lei.
Financiamento
1 — O financiamento do Estado às instituições previstas neste capítulo é
definido por meio de contratos plurianuais, de duração não inferior a três
anos, de acordo com objectivos de desempenho.
2 — Os contratos a que se refere o número anterior são celebrados entre a
instituição e o Estado, representado pelo ministro responsável pela área das
finanças e pelo ministro da tutela.
3 — Às instituições de ensino superior a que se refere o presente capítulo
aplicam -se, com as devidas adaptações, as regras fixadas pela lei para o
financiamento do Estado às demais instituições de ensino superior públicas.
4 — O regime de propinas dos estudantes é o fixado pela lei que regula esta
matéria no que se refere às instituições de ensino superior públicas.
TÍTULO V
Avaliação e acreditação, fiscalização, tutela e responsabilidade das
instituições de ensino superior
CAPÍTULO I
Avaliação e acreditação
TÍTULO VI
Conselho Coordenador do Ensino Superior
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TÍTULO VII
Disposições transitórias e finais
CAPÍTULO II
Disposições finais
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TÍTULO I
Objecto, âmbito e conceitos
Objecto
O presente decreto -lei aprova o regime jurídico dos graus e diplomas do
ensino superior, em desenvolvimento do disposto nos artigos 13.º a 15.º da Lei
n.º 46/86, de 14 de Outubro (Lei de Bases do Sistema Educativo), alterada
pelas Leis n. 115/97, de 19 de Setembro, e 49/2005, de 30 de Agosto, bem
como o disposto no n.º 4 do artigo 16.º da Lei n.º 37/2003, de 22 de Agosto
(estabelece as bases do financiamento do ensino superior), alterada pela Lei
n.º 49/2005, de 30 de Agosto.
Âmbito
1 — O disposto no presente decreto -lei aplica -se a todos os estabelecimentos
de ensino superior.
2 — A aplicação dos princípios constantes do presente decreto -lei aos
estabelecimentos de ensino superior público militar e policial é feita através
de diploma próprio.
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Conceitos
Para efeitos do disposto no presente decreto-lei, entende-se por:
a) «Unidade curricular» a unidade de ensino com objectivos de formação
próprios que é objecto de inscrição administrativa e de avaliação traduzida
numa classificação final;
b) «Plano de estudos de um curso» o conjunto organizado de unidades
curriculares em que um estudante deve ser aprovado para:
i) Obter um determinado grau académico;
ii) Concluir um curso não conferente de grau;
iii) Reunir uma parte das condições para obtenção de um determinado grau
académico;
c) «Duração normal de um ciclo de estudos» o número de anos, semestres e
ou trimestres lectivos em que o ciclo de estudos deve ser realizado pelo
estudante, quando a tempo inteiro e em regime presencial;
d) «Crédito» a unidade de medida do trabalho do estudante sob todas as suas
formas, designadamente sessões de ensino de natureza colectiva, sessões de
orientação pessoal de tipo tutorial, estágios, projectos, trabalhos no terreno,
estudo e avaliação, nos termos do Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22 de
Fevereiro;
e) «Condições de acesso» as condições gerais que devem ser satisfeitas para
requerer a admissão a um ciclo de estudos;
f) «Condições de ingresso» as condições específicas que devem ser satisfeitas
para requerer a admissão a um ciclo de estudos concreto num determinado
estabelecimento de ensino.
TÍTULO II
Graus académicos e diplomas do ensino superior
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Graus académicos
1 — No ensino politécnico, são conferidos os graus académicos de licenciado e
de mestre.
2 — No ensino universitário, são conferidos os graus académicos de licenciado,
mestre e doutor.
CAPÍTULO II
Licenciatura
Grau de licenciado
O grau de licenciado é conferido aos que demonstrem:
a) Possuir conhecimentos e capacidade de compreensão numa área de
formação a um nível que:
i) Sustentando-se nos conhecimentos de nível secundário, os desenvolva e
aprofunde;
ii) Se apoie em materiais de ensino de nível avançado e lhes corresponda;
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iii) Em alguns dos domínios dessa área, se situe ao nível dos conhecimentos de
ponta da mesma;
b) Saber aplicar os conhecimentos e a capacidade de compreensão adquiridos,
de forma a evidenciarem uma abordagem profissional ao trabalho
desenvolvido na sua área vocacional;
c) Capacidade de resolução de problemas no âmbito da sua área de formação
e de construção e fundamentação da sua própria argumentação;
d) Capacidade de recolher, seleccionar e interpretar a informação relevante,
particularmente na sua área de formação, que os habilite a fundamentarem as
soluções que preconizam e os juízos que emitem, incluindo na análise os
aspectos sociais, científicos e éticos relevantes;
e) Competências que lhes permitam comunicar informação, ideias, problemas
e soluções, tanto a públicos constituídos por especialistas como por não
especialistas;
f) Competências de aprendizagem que lhes permitam uma aprendizagem ao
longo da vida com elevado grau de autonomia.
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CAPÍTULO III
Mestrado
Grau de mestre
1 — O grau de mestre é conferido aos que demonstrem:
a) Possuir conhecimentos e capacidade de compreensão a um nível que:
i) Sustentando -se nos conhecimentos obtidos ao nível do 1.º ciclo, os
desenvolva e aprofunde;
ii) Permitam e constituam a base de desenvolvimentos e ou aplicações
originais, em muitos casos em contexto de investigação;
b) Saber aplicar os seus conhecimentos e a sua capacidade de compreensão e
de resolução de problemas em situações novas e não familiares, em contextos
alargados e multidisciplinares, ainda que relacionados com a sua área de
estudo;
c) Capacidade para integrar conhecimentos, lidar com questões complexas,
desenvolver soluções ou emitir juízos em situações de informação limitada ou
incompleta, incluindo reflexões sobre as implicações e responsabilidades
éticas e sociais que resultem dessas soluções e desses juízos ou os
condicionem;
d) Ser capazes de comunicar as suas conclusões e os conhecimentos e
raciocínios a elas subjacentes, quer a especialistas, quer a não especialistas,
de uma forma clara e sem ambiguidades;
e) Competências que lhes permitam uma aprendizagem ao longo da vida, de
um modo fundamentalmente auto-orientado ou autónomo.
2 — O grau de mestre é conferido numa especialidade, podendo, quando
necessário, as especialidades ser desdobradas em áreas de especialização.
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Orientação
1 — A elaboração da dissertação ou do trabalho de projecto e a realização do
estágio são orientadas por doutor ou por especialista de mérito reconhecido
como tal pelo órgão científico estatutariamente competente do
estabelecimento de ensino superior, nacional ou estrangeiro.
2 — A orientação pode ser assegurada em regime de co-orientação, quer por
orientadores nacionais, quer por nacionais e estrangeiros.
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Júri do mestrado
1 — A dissertação, o trabalho de projecto ou o relatório de estágio são
objecto de apreciação e discussão pública por um júri nomeado pelo órgão
legal e estatutariamente competente do estabelecimento de ensino superior.
2 — O júri é constituído por três a cinco membros, incluindo o orientador ou
os orientadores.
3 — Os membros do júri devem ser especialistas no domínio em que se insere
a dissertação, o trabalho de projecto ou o relatório de estágio e são nomeados
de entre nacionais ou estrangeiros titulares do grau de doutor ou especialistas
de mérito reconhecido como tal pelo órgão científico do estabelecimento de
ensino.
4 — As deliberações do júri são tomadas por maioria dos membros que o
constituem, através de votação nominal justificada, não sendo permitidas
abstenções.
5 — Das reuniões do júri são lavradas actas, das quais constam os votos de
cada um dos seus membros e a respectiva fundamentação, que pode ser
comum a todos ou a alguns membros do júri.
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CAPÍTULO IV
Doutoramento
Grau de doutor
1 — O grau de doutor é conferido aos que demonstrem:
a) Capacidade de compreensão sistemática num domínio científico de estudo;
b) Competências, aptidões e métodos de investigação associados a um
domínio científico;
c) Capacidade para conceber, projectar, adaptar e realizar uma investigação
significativa respeitando as exigências impostas pelos padrões de qualidade e
integridade académicas;
d) Ter realizado um conjunto significativo de trabalhos de investigação
original que tenha contribuído para o alargamento das fronteiras do
conhecimento, parte do qual mereça a divulgação nacional ou internacional
em publicações com comité de selecção;
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Júri do doutoramento
1 — A tese é objecto de apreciação e discussão pública por um júri nomeado
pelo órgão legal e estatutariamente competente da universidade.
2 — O júri de doutoramento é constituído:
a) Pelo reitor, que preside, ou por quem dele receba delegação para esse fim;
b) Por um mínimo de três vogais doutorados;
c) Pelo orientador ou orientadores, sempre que existam.
3 — Dois dos membros do júri referidos no número anterior são designados de
entre professores e investigadores doutorados de outras instituições de ensino
superior ou de investigação, nacionais ou estrangeiras.
4 — Pode ainda fazer parte do júri especialista de reconhecida competência
na área científica em que se insere a tese.
5 — O júri deve integrar, pelo menos, três professores ou investigadores do
domínio científico em que se insere a tese.
6 — As deliberações do júri são tomadas por maioria dos membros que o
constituem, através de votação nominal justificada, não sendo permitidas
abstenções.
7 — Das reuniões do júri são lavradas actas, das quais constam os votos de
cada um dos seus membros e a respectiva fundamentação, que pode ser
comum a todos ou a alguns membros do júri.
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CAPÍTULO V
Diplomas de ensino superior
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2 — Nos diplomas a que se refere o número anterior deve ser adoptada uma
denominação que não se confunda com a da obtenção final do grau académico
correspondente, quando exista.
CAPÍTULO VII
Mobilidade
Garantia de mobilidade
A mobilidade dos estudantes entre os estabelecimentos de ensino superior
nacionais, do mesmo ou de diferentes subsistemas, bem como entre
estabelecimentos de ensino superior nacionais e estrangeiros, é assegurada
através do sistema europeu de transferência e acumulação de créditos, com
base no princípio do reconhecimento mútuo do valor da formação realizada e
das competências adquiridas.
Creditação
1 — Tendo em vista o prosseguimento de estudos para a obtenção de grau
académico ou diploma, os estabelecimentos de ensino superior:
a) Creditam nos seus ciclos de estudos a formação realizada no âmbito de
outros ciclos de estudos superiores em estabelecimentos de ensino superior
nacionais ou estrangeiros, quer a obtida no quadro da organização decorrente
do Processo de Bolonha, quer a obtida anteriormente;
b) Creditam nos seus ciclos de estudos a formação realizada no âmbito dos
cursos de especialização tecnológica nos termos fixados pelo respectivo
diploma;
c) Reconhecem, através da atribuição de créditos, a experiência profissional e
outra formação não abrangida pelas alíneas anteriores.
2 — A creditação tem em consideração o nível dos créditos e a área científica
onde foram obtidos.
3 — Os procedimentos a adoptar para a creditação são fixados pelos órgãos
legal e estatutariamente competentes dos estabelecimentos de ensino
superior.
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CAPÍTULO VIII
Outras disposições
Estágios profissionais
1 — Os titulares do grau de licenciado ou de mestre que, no período de 24
meses após a obtenção do grau, se encontrem a realizar estágio profissional
para o exercício de uma profissão beneficiam, nos termos fixados pelo
presente artigo, dos direitos dos alunos da instituição de ensino superior que
conferiu o grau.
2 — A atribuição dos direitos é independente de o estágio profissional ser
remunerado ou não e está condicionada à inscrição na instituição de ensino
superior que conferiu o grau.
3 — A inscrição a que se refere o número anterior não está sujeita ao
pagamento de propinas ou de quaisquer outros encargos.
4 — Os estagiários têm direito:
a) À emissão de cartão de identificação da instituição de ensino superior;
b) Ao acesso à acção social escolar nos termos dos alunos da instituição,
incluindo a eventual atribuição de bolsa de estudos;
c) Ao acesso aos recursos da instituição, como bibliotecas e recursos
informáticos, nos mesmos termos em que acedem os alunos.
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Depósito legal
1 — As dissertações de mestrado e as teses de doutoramento estão sujeitas:
a) A depósito legal de um exemplar em papel e de um exemplar em formato
digital na Biblioteca Nacional;
b) A depósito de um exemplar em formato digital no Observatório da Ciência
e do Ensino Superior.
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Línguas estrangeiras
Os estabelecimentos de ensino superior podem prever a utilização de línguas
estrangeiras:
a) Na ministração do ensino em qualquer dos ciclos de estudos a que se refere
o presente decreto-lei;
b) Na escrita das dissertações de mestrado, dos trabalhos de projecto e
relatórios de estágio de mestrado e das teses de doutoramento, e nos
respectivos actos públicos de defesa.
TÍTULO IV
Adequação dos ciclos de estudos
CAPÍTULO I
Princípios gerais
Adequação
1 — Os estabelecimentos de ensino superior devem promover a adequação dos
cursos que se encontram a ministrar e dos graus que estão autorizados a
conferir ao regime jurídico fixado pelo presente decreto -lei.
2 — O processo de adequação visa a reorganização de cada ciclo de estudos
em funcionamento e concretiza -se através:
a) Da passagem de um ensino baseado na transmissão de conhecimentos para
um ensino baseado no desenvolvimento de competências;
b) Da orientação da formação ministrada para os objectivos específicos que
devem ser assegurados pelos ciclos de estudos do subsistema, universitário ou
politécnico, em que se insere;
c) Da determinação do trabalho que o estudante deve desenvolver em cada
unidade curricular — incluindo, designadamente, quando aplicáveis, as sessões
de ensino de natureza colectiva, as sessões de orientação pessoal de tipo
tutorial, os estágios, os projectos, os trabalhos no terreno, o estudo e a
avaliação — e sua expressão em créditos de acordo com o sistema europeu de
transferência e acumulação de créditos (ECTS — European Credit Transfer and
Accumulation System);
d) Da fixação do número total de créditos, e consequente duração do ciclo de
estudos, dentro dos valores e de acordo com os critérios estabelecidos pelo
presente decreto -lei.
3 — A adequação deve ser realizada até ao final do ano lectivo de 2008 -2009,
inclusive, e nela participam, obrigatoriamente, docentes e alunos,
designadamente através dos órgãos científico e pedagógico do
estabelecimento de ensino e ou da unidade orgânica, conforme for o caso.
4 — No ano lectivo de 2009 -2010, todos os ciclos de estudos devem estar
organizados de acordo com o regime jurídico fixado pelo presente decreto -
lei.
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CAPÍTULO III
Acompanhamento
Criação e competências
Por despacho do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior será criada
e regulada uma comissão de acompanhamento do processo de adequação,
com as seguintes competências:
a) Acompanhar a execução do processo de adequação dos cursos;
b) Elaborar um relatório anual sobre o processo;
c) Emitir parecer sobre questões genéricas ou específicas relacionadas com o
processo de adequação.
CAPÍTULO V
Concretização do Processo de Bolonha
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TÍTULO VII
Normas finais e transitórias
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Instituição da fundação
1 — É instituída pelo Estado uma fundação pública com regime de direito
privado denominada Universidade do Porto.
2 — A Universidade do Porto resulta da transformação da Universidade do
Porto em fundação pública com regime e direito privado nos termos da Lei n.º
62/2007, de 10 de Setembro, que aprova o regime jurídico das instituições de
ensino superior.
Natureza
A Universidade do Porto é uma instituição de ensino superior pública de
natureza fundacional, nos termos da Lei n.º 62/2007, de 10 de Setembro.
Estatutos
Os Estatutos da fundação constam do anexo ao presente decreto -lei, do qual
fazem parte integrante.
Financiamento
1 — O financiamento à Universidade do Porto é definido por contratos
plurianuais, de duração não inferior a três anos, aplicando -se, com as devidas
adaptações, as regras fixadas pela lei para o financiamento do Estado às
demais instituições públicas de ensino superior.
2 — Em consequência do disposto no número anterior, à Universidade do Porto
são atribuídas as dotações do Orçamento do Estado para funcionamento e
investimento (PIDDAC) previstas na Lei n.º 37/2003, de 22 de Agosto, com as
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Direitos e obrigações
A Universidade do Porto, enquanto fundação pública de direito privado,
sucede em todos os direitos e obrigações na titularidade da Universidade do
Porto à data da presente transformação.
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ANEXO
Estatutos da fundação
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Missão e actividades
A Universidade do Porto tem por missão a criação de conhecimento científico,
cultural e artístico, a formação de nível superior fortemente ancorada na
investigação, a valorização social e económica do conhecimento e a
participação activa no progresso das comunidades em que se insere.
Autonomia
1 — A Universidade do Porto dispõe de autonomia nos mesmos termos das
demais instituições de ensino superior públicas, com as devidas adaptações
decorrentes da sua natureza fundacional.
2 — A Universidade do Porto elabora todas as normas e pratica todos os actos
que sejam necessários ao seu regular funcionamento, incluindo, no tocante à
prática de actos unilaterais de autoridade no domínio das suas atribuições,
normas e actos de direito público.
3 — A Universidade do Porto dispõe, nos termos da lei e dos seus estatutos, de
poder disciplinar sobre docentes, investigadores, demais trabalhadores e
estudantes.
CAPÍTULO II
Regime patrimonial e financeiro
Receitas
Constituem receitas da Universidade do Porto:
a) As dotações orçamentais anuais que lhe forem atribuídas pelo Estado;
b) As receitas provenientes de contratos de financiamento plurianual
celebrados com o Estado;
c) As receitas provenientes do pagamento de propinas e outras taxas de
frequência de ciclos de estudos e outras acções de formação;
d) As receitas provenientes de actividades de investigação e desenvolvimento;
e) Os rendimentos da propriedade intelectual;
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CAPÍTULO III
Organização e funcionamento
SECÇÃO I
Normas gerais
Órgãos
São órgãos da Universidade:
a) O conselho de curadores;
b) O fiscal único;
c) Os órgãos previstos na lei e especificados nos Estatutos do estabelecimento
de ensino.
SECÇÃO II
Conselho de curadores
Composição
1 — O conselho de curadores é composto por cinco personalidades de elevado
mérito e experiência profissional reconhecidos como especialmente
relevantes.
2 — Os curadores são nomeados pelo Governo sob proposta da Universidade do
Porto.
3 — O exercício das funções de curador não é compatível com outro vínculo
laboral simultâneo à Universidade do Porto.
4 — Os curadores têm um mandato de cinco anos, renovável uma única vez,
não podendo ser destituídos sem motivo justificado.
5 — Na primeira composição do conselho de curadores, o mandato de dois
deles, a escolher por sorteio, é de apenas três anos.
Competências
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Funcionamento e deliberações
1 — O conselho de curadores reúne ordinariamente quatro vezes por ano,
podendo reunir extraordinariamente desde que requerido por qualquer dos
seus membros.
2 — O conselho de curadores delibera por maioria qualificada de quatro
quintos de todos os seus membros efectivos, incluindo o seu presidente.
SECÇÃO III
Fiscal único
Designação e mandato
1 — O fiscal único é designado, de entre revisores oficiais de contas ou
sociedades de revisores oficiais de contas, por despacho conjunto do ministro
responsável pela área das finanças e do ministro responsável pela área do
ensino superior, ouvido o reitor.
2 — O mandato tem a duração de três anos e é renovável uma única vez
mediante despacho conjunto dos ministros referidos no número anterior.
3 — No caso de cessação do mandato, o fiscal único mantém -se no exercício
de funções até à efectiva substituição ou à declaração ministerial de cessação
de funções.
Competências e deveres
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CAPÍTULO I
Atribuições, valores, natureza e autonomias
Atribuições
1 — A Universidade do Porto prossegue, entre outros fins, os seguintes:
a) A formação no sentido global — cultural, científica, técnica, artística,
cívica e ética — no quadro de processos diversificados de ensino e
aprendizagem, visando o desenvolvimento de capacidades e competências
específicas e transferíveis e a difusão do conhecimento;
b) A realização de investigação científica e a criação cultural e artística,
envolvendo a descoberta, aquisição e desenvolvimento de saberes e práticas,
de nível avançado;
c) A valorização social do conhecimento e a sua transferência para os agentes
económicos e sociais, como motor de inovação e mudança;
d) O incentivo ao espírito observador, à análise objectiva, ao juízo crítico e a
uma atitude de problematização e avaliação da actividade científica, cultural,
artística e social;
e) A conservação e divulgação do património científico, cultural e artístico
para utilização criativa dos especialistas e do público;
f) A cooperação com as diversas instituições, grupos e outros agentes numa
perspectiva de valorização recíproca, nomeadamente através da investigação
aplicada e da prestação de serviços à comunidade;
g) O intercâmbio cultural, científico, artístico e técnico com instituições
nacionais e estrangeiras;
h) A contribuição, no seu âmbito de actividade, para a cooperação
internacional e para a aproximação entre os povos.
2 — A Universidade do Porto concede graus de licenciado, mestre e doutor e o
título de agregado, bem como outros certificados e diplomas no âmbito de
actuação das suas escolas concedendo ainda equivalência e reconhecimento
de graus e habilitações académicas, nos termos da lei.
3 — A Universidade do Porto concede o título honorífico de doutor honoris
causa, nos termos definidos na lei e nos presentes estatutos.
Valores
1 — A Universidade do Porto proporciona condições para o exercício da
liberdade de criação científica, cultural, artística e tecnológica, assegura a
pluralidade e livre expressão de orientações e opiniões e promove a
participação de todos os corpos universitários na vida académica comum.
2 — A Universidade do Porto pauta a sua actuação por elevados padrões
éticos.
3 — A Universidade do Porto cultiva o rigor, a transparência e a qualidade,
preocupando -se de modo particular com o reconhecimento do mérito.
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CAPÍTULO II
Modelo organizativo
Estrutura geral
1 — A organização da Universidade do Porto consta de regulamento orgânico
próprio, aprovado pelo conselho geral, sob proposta do reitor.
2 — O regulamento orgânico pode ser alterado sempre que seja considerado
conveniente.
3 — Na organização da Universidade do Porto deverão ser utilizados como
blocos constitutivos as seguintes entidades:
a) Reitoria;
b) Unidade orgânica;
c) Subunidade orgânica;
d) Agrupamento de unidades orgânicas;
e) Serviços autónomos.
Reitoria
1 — A reitoria é o núcleo central da organização da Universidade do Porto
2 — A reitoria deve integrar todos os órgãos de governo central, constantes,
devendo ser dotada dos recursos humanos adequados.
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Unidade orgânica
1 — Unidade orgânica é a entidade do modelo organizativo, dotada de pessoal
próprio, que pode ser dotada de personalidade tributária e que tem uma
relação hierárquica directa com o governo central da Universidade do Porto.
2 — Quanto ao modelo de governo, podem constituir -se dois tipos de unidade
orgânica:
a) Unidade orgânica com órgãos de autogoverno, quando a sua estrutura
organizativa inclui:
i) Um órgão colegial representativo com funções de ordem estratégica e de
supervisão;
ii) Um director eleito/demitido pelo órgão colegial representativo, que
responde perante esse órgão colegial;
iii) Uma relação hierárquica entre o governo próprio e o governo central
garantindo a concertação de estratégias, a prestação de contas, e a
intervenção do governo central em caso de degradação do funcionamento;
iv) Outros órgãos de gestão;
v) Capacidade para elaborar e aprovar estatutos próprios, embora sujeitos a
homologação pelo reitor;
b) Unidade orgânica sem órgãos de autogoverno, quando a sua estrutura
organizativa inclui:
i) Um director nomeado e exonerado pelo reitor;
ii) Uma relação hierárquica entre o governo central e a entidade assegurada
pelo processo de nomeação/exoneração;
iii) Outros órgãos de gestão;
iv) Ausência de capacidade para elaborar estatutos próprios.
3 — A criação de uma unidade orgânica da Universidade do Porto depende,
entre outros a definir pelo conselho geral, da satisfação dos seguintes
critérios:
a) A prossecução de objectivos estratégicos de natureza científica ou de
formação, de grande relevância para a missão da Universidade do Porto e
suficientemente diferenciados para não poderem ser levados a cabo no seio
de unidades orgânicas já existentes;
b) A existência de condições para integrar um corpo especializado, próprio e
diferenciado, com dimensão crítica e comparável à das restantes unidades
orgânicas da Universidade do Porto;
c) A prossecução dos seus objectivos com eficiência de gestão e sem
duplicações ou perca de eficácia no conjunto da Universidade do Porto.
Subunidades orgânicas
A estrutura organizativa das unidades orgânicas pode incluir subunidades
orgânicas com órgãos de gestão simplificados que reportarão
hierarquicamente aos órgãos de gestão da unidade orgânica em que se
integram.
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Serviços autónomos
Serviço autónomo é a entidade vocacionada para assegurar funções a exercer
a nível central que goza de autonomia administrativa e financeira e depende
do governo central da Universidade do Porto
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Outras entidades
1 — A Universidade do Porto pode criar livremente, por si ou em conjunto com
outras entidades, públicas ou privadas, ou fazer parte de entidades
subsidiárias de direito privado, como fundações, associações e sociedades,
destinadas a coadjuvá-la no estrito desempenho da sua missão.
2 — A Universidade do Porto pode estabelecer consórcios com outras
instituições de ensino superior públicas e com instituições públicas ou
privadas de ensino e de investigação e desenvolvimento para efeitos de
coordenação da oferta formativa e dos recursos humanos e materiais.
3 — A criação pela Universidade do Porto ou a sua participação nas entidades
referidas nos números anteriores carece de autorização do Conselho Geral,
sob proposta do Reitor.
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CAPÍTULO III
Órgãos da Universidade
Órgãos da Universidade
1 — São órgãos de governo da Universidade do Porto:
a) Conselho geral;
b) Reitor;
c) Conselho de gestão.
2 — São, ainda, órgãos da Universidade do Porto, o senado e o provedor do
estudante.
SECÇÃO I
Conselho Geral
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Mandatos
1 — O mandato dos membros eleitos ou designados é de quatro anos, excepto
no caso dos estudantes em que é de dois anos.
2 — Os membros eleitos ou designados não podem ser destituídos, salvo pelo
próprio conselho geral, por maioria absoluta dos seus membros, em caso de
falta grave, nos termos de regulamento do próprio órgão.
3 — Os processos eleitorais para a constituição de novo conselho geral devem
ter lugar em tempo oportuno para que as tomadas de posse deles decorrentes
ocorram até 30 dias após o termo fixado para os anteriores mandatos.
4 — Perdem o mandato os membros que não cumpram as regras estabelecidas
no regulamento do conselho geral, sendo substituídos nos termos nele
definidos.
Regulamento
O conselho geral da Universidade funcionará de acordo com regulamento
próprio, aprovado por maioria absoluta dos seus membros.
Competências do conselho geral
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SECÇÃO II
Reitor
Funções do reitor
1 — O reitor é o órgão superior de governo e de representação externa da
Universidade do Porto.
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Eleição
1 — O reitor é eleito pelo conselho geral, em escrutínio secreto, de entre
professores ou investigadores da Universidade do Porto ou de outras
instituições, nacionais ou estrangeiras, de ensino universitário ou de
investigação.
2 — A deliberação do conselho geral que designa ou destitui o reitor da
Universidade do Porto está sujeita à homologação do conselho de curadores
da Universidade do Porto.
Duração do mandato
1 — O mandato do reitor tem a duração de quatro anos, podendo ser reeleito.
2 — Os mandatos consecutivos do reitor não podem exceder oito anos.
3 — Em caso de cessação antecipada do mandato, o novo reitor inicia novo
mandato.
Substituição do reitor
1 — Quando se verifique a incapacidade temporária do reitor, assume as suas
funções o vice -reitor por ele designado, ou, na falta de indicação, o vice -
reitor mais antigo.
2 — Caso a situação de incapacidade se prolongue por mais de noventa dias, o
conselho geral deve pronunciar -se acerca da conveniência da eleição de um
novo reitor.
3 — Em caso de vacatura, de renúncia ou de incapacidade permanente do
reitor, deve o conselho geral determinar a abertura do procedimento de
eleição de um novo reitor no prazo máximo de oito dias.
4 — Durante a vacatura do cargo de reitor, bem como no caso de suspensão
nos termos do artigo anterior, será aquele exercido interinamente pelo vice -
reitor escolhido pelo conselho geral ou, na falta dele, pelo decano da
Universidade do Porto.
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2 — O reitor pode ainda ser coadjuvado por pró -reitores, por ele escolhidos e
nomeados de entre os professores e dos investigadores doutorados da
Universidade, ou de individualidades externas à Universidade do Porto.
3 — Os vice -reitores e os pró -reitores podem ser exonerados a todo o tempo
pelo reitor, deixando de exercer funções logo que cesse o mandato do reitor.
Competências do reitor
1 — O reitor dirige e representa a Universidade do Porto, incumbindo-lhe,
designadamente:
a) Elaborar e apresentar ao conselho geral as propostas de:
i) Plano estratégico de médio prazo e plano de acção para o quadriénio do seu
mandato;
ii) Linhas gerais de orientação da instituição no plano científico e pedagógico;
iii) Plano e orçamento anuais de actividades consolidados;
iv) Relatório e contas anuais consolidados, acompanhados do parecer do fiscal
único;
v) Aquisição ou alienação de património imobiliário da Universidade do Porto
e de operações de crédito;
vi) Criação, transformação ou extinção de unidades orgânicas, ouvido o
senado;
vii) Reconhecimento de crise de uma unidade orgânica que não possa ser
superada no âmbito da respectiva autonomia, ouvido o órgão representativo
da mesma;
viii) Estatutos para as unidades orgânicas sem órgãos de autogoverno;
ix) Propinas devidas pelos estudantes;
x) Criação ou a participação da Universidade do Porto nas entidades referidas
no artigo 21.º;
b) Aprovar a criação, alteração, suspensão e extinção de cursos, ouvido o
senado;
c) Aprovar os valores máximos de novas admissões e de inscrições nos termos
legais;
d) Superintender na gestão académica, decidindo, designadamente, quanto à
abertura de concursos, à nomeação e contratação de recursos humanos, a
qualquer título, à designação dos júris de concursos e de provas académicas e
ao sistema e regulamento de avaliação de docentes e discentes;
e) Orientar e superintender na gestão administrativa e financeira da
Universidade do Porto, assegurando a eficiência no emprego dos seus meios e
recursos;
f) Atribuir apoios aos estudantes no quadro da acção social escolar, nos
termos da lei;
g) Aprovar a concessão de títulos ou distinções honoríficas, ouvido o senado;
h) Instituir prémios escolares, ouvido o senado;
i) Homologar os estatutos das unidades orgânicas com órgãos de autogoverno
após verificação da sua legalidade e da sua conformidade com os estatutos e
regulamentos da Universidade do Porto;
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SECÇÃO III
Senado
Função do senado
O senado é um órgão de consulta que tem por missão assegurar a coesão da
Universidade do Porto e a participação de todas as unidades orgânicas na sua
gestão.
Composição do senado
1 — São membros do senado, por inerência:
a) O reitor, que preside com voto de qualidade;
b) Um vice -reitor designado pelo reitor;
c) Os directores das unidades orgânicas ou em quem deleguem;
d) Os directores dos serviços autónomos.
2 — São ainda membros do senado, por eleição;
a) Cinco representantes dos docentes e investigadores das unidades orgânicas;
b) Cinco representantes das unidades de investigação avaliadas com excelente
ou muito bom cuja entidade de acolhimento seja a Universidade do Porto,
uma sua unidade orgânica ou um instituto de investigação e desenvolvimento
em que participe a Universidade do Porto;
c) Cinco representantes dos estudantes;
d) Dois representantes do pessoal não docente e não investigador.
3 — Os representantes dos docentes e investigadores das unidades orgânicas
são eleitos por um colégio eleitoral constituído por docentes e investigadores
que integram os conselhos pedagógicos das unidades orgânicas de ensino e
investigação, um por unidade orgânica.
4 — O colégio eleitoral para a eleição dos membros indicados na alínea b) do
número 2 deste artigo é constituído por um representante de cada uma das
unidades referidas, detendo cada um deles um voto por cada dez
investigadores doutorados, com contratos de pelo menos três anos, integrados
na unidade de investigação e desenvolvimento que representa.
5 — Os representantes dos estudantes são eleitos por um colégio eleitoral
constituído por estudantes que integram os conselhos pedagógicos das
unidades orgânicas de ensino e investigação, um por unidade orgânica.
6 — Os representantes do pessoal não docente e não investigador são eleitos
pelo respectivo corpo.
7 — O senado funciona em plenário e em comissões ad-hoc que este constitua,
conforme previsto no seu regulamento.
Competências do senado
Compete ao senado:
a) Pronunciar -se sobre as propostas de criação, transformação ou extinção de
unidades orgânicas;
b) Pronunciar -se sobre o plano estratégico da Universidade, em particular no
que diz respeito às políticas de investigação e formação;
c) Pronunciar -se sobre os relatórios e planos anuais de actividades
consolidados;
d) Pronunciar -se sobre os resultados dos processos de avaliação;
e) Pronunciar -se sobre a criação, alteração, suspensão e extinção de cursos;
f) Dar parecer sobre a concessão de títulos ou distinções honoríficas;
g) Dar parecer sobre a instituição de prémios escolares;
h) Dar parecer sobre as questões disciplinares que impliquem penas de
suspensão superiores a três meses ou a interdição da frequência da
Universidade do Porto;
i) Dar parecer sobre os assuntos que lhe sejam submetidos pelo reitor.
SECÇÃO IV
Conselho de gestão
SECÇÃO V
Administrador da Universidade
Administrador
1 — A Universidade do Porto tem um administrador, escolhido entre pessoas
com saber e experiência na área da gestão, com competência para a gestão
corrente da instituição e a coordenação dos seus serviços,
sob direcção do reitor.
2 — O administrador é livremente nomeado e exonerado pelo reitor
3 — A duração máxima do exercício de funções como administrador não pode
exceder dez anos.
4 — O administrador tem as seguintes competências:
a) Supervisionar o funcionamento dos serviços económico–financeiros e de
gestão de recursos humanos da Universidade, sem prejuízo da autonomia
administrativa e financeira das unidades orgânicas e serviços autónomos que a
possuam;
b) Assessorar o reitor para os assuntos da gestão corrente da Universidade;
c) As que lhe forem delegadas pelo reitor.
CAPÍTULO IV
Ensino e aprendizagem
Cursos
1 — A Universidade do Porto oferece cursos, conferentes ou não de grau,
conforme explicitado em regulamento próprio.
2 — Os graus são conferidos pela Universidade do Porto, por intermédio de
uma, ou várias, unidades orgânicas.
CAPÍTULO V
Investigação e desenvolvimento
Estruturas de investigação
1 — Sem prejuízo da livre investigação individual, a investigação e o
desenvolvimento realizam -se em estruturas de pequena, média e grande
dimensão, reconhecidas pela Universidade do Porto e sedeadas nas unidades
orgânicas de ensino e investigação ou de investigação ou na Reitoria da
Universidade, ou ainda, em organismos de investigação e desenvolvimento
com personalidade jurídica própria de que a Universidade do Porto seja
associada.
2 — A estas estruturas é reconhecida a autonomia científica e técnica e o
direito à intervenção institucional na definição das orientações estratégicas
referentes à investigação e à formação pós -graduada na sua área de
actividade, bem como a adopção das formas de gestão mais apropriadas às
respectivas finalidades no quadro e nos termos previstos nestes estatutos e
nos estatutos das unidades orgânicas em que estejam sedeadas.
Cedência de recursos
Entre a Universidade do Porto e as estruturas de investigação e
desenvolvimento de que a Universidade seja associada, são estabelecidos
protocolos dos quais devem constar, nomeadamente:
a) Os recursos humanos e materiais cedidos pela Universidade com vista ao
funcionamento dos organismos de investigação;
b) As compensações recebidas pela Universidade do Porto como contrapartida
da cedência dos recursos;
c) A entrega anual, às respectivas unidades orgânicas, dos conteúdos de um
plano de actividades e orçamento e do relatório de actividades e contas
referentes à fracção das suas actividades da responsabilidade dos docentes e
investigadores cedidos pela Universidade do Porto.
Regulamentos
1 — As unidades de investigação sedeadas na Universidade do Porto ficam
sujeitas a um regulamento geral a elaborar pelo reitor ouvido o senado, do
qual constarão, nomeadamente, os procedimentos de apreciação da
actividade e de criação, extinção e fusão.
2 — As unidades de investigação sedeadas na Universidade do Porto devem
entregar anualmente um plano de actividades e orçamento e um relatório de
CAPÍTULO VI
Governo e gestão das unidades orgânicas, subunidades orgânicas e
agrupamentos de unidades orgânicas
SECÇÃO I
Unidades orgânicas de ensino e investigação com órgãos de
autogoverno
SECÇÃO VI
Subunidades orgânicas das unidades orgânicas de ensino e investigação ou
de investigação
Órgãos de gestão
1 — Cada subunidade orgânica possui, obrigatoriamente, os seguintes órgãos
de gestão:
a) Presidente ou director;
b) Conselho de subunidade orgânica.
2 — Os estatutos das unidades orgânicas de ensino e investigação e de
investigação especificarão os modos de designação/eleição, a composição, as
competências e os mandatos dos órgãos de gestão das suas subunidades
orgânicas.
SECÇÃO VII
Agrupamentos de unidades orgânicas
Coordenador
1 — O coordenador é designado pelo reitor, ouvidas as unidades orgânicas que
integram o agrupamento.
2 — Compete ao coordenador:
a) Presidir ao conselho de coordenação;
b) Submeter à aprovação do reitor o regulamento do agrupamento;
c) Exercer as competências que lhe sejam delegadas pelo reitor;
d) Exercer as competências que lhe sejam atribuídas pelo regulamento do
agrupamento.
3 — O mandato do coordenador coincide com o do reitor.
Conselho de coordenação
1 — O conselho de coordenação integra obrigatoriamente:
a) O coordenador do agrupamento, que preside;
b) Os directores das unidades orgânicas que integram o agrupamento.
2 — Compete ao conselho de coordenação, designadamente:
a) Elaborar o regulamento do agrupamento e suas alterações;
b) Promover a coordenação das estratégias das unidades orgânicas que
integram o agrupamento;
CAPÍTULO VII
Serviços autónomos
SECÇÃO I
Serviços de acção social
SECÇÃO II
Centro de recursos e serviços comuns
Âmbito
1 — O centro de recursos e serviços comuns poderá assegurar alguns ou todos
os serviços de apoio comuns às unidades orgânicas, podendo criar delegações
nos pólos da Universidade do Porto para garantir maior proximidade na oferta
dos serviços em que tal seja desejável.
2 — Este centro poderá fazer as funções dos agrupamentos de unidades
orgânicas para a partilha de recursos e serviços.
CAPÍTULO VIII
Incompatibilidades e impedimentos
CAPÍTULO IX
Associações de estudantes da Universidade do Porto
Reconhecimento e audição
1 — A Universidade do Porto reconhece as associações de estudantes
representativas dos estudantes das suas unidades orgânicas ao abrigo da lei,
como parceiras privilegiadas na prossecução da sua missão.
2 — A Universidade do Porto ouve as associações de estudantes no âmbito da
legislação que vigore relativa à participação das associações de estudantes na
vida académica da Universidade, nomeadamente:
a) Plano de actividades e plano orçamental;
b) Orientação pedagógica e métodos de ensino;
c) Planos de estudo e regime de avaliação de conhecimentos;
d) Outros assuntos que sejam do interesse dos estudantes.
CAPÍTULO X
Provedoria
Função e natureza
1 — Na Universidade do Porto está constituído um gabinete de provedoria que
tem como função a defesa e a promoção dos direitos e interesses legítimos
dos diferentes corpos que constituem toda a comunidade académica da
Universidade.
2 — O gabinete de provedoria é constituído por três provedores, um para cada
um dos corpos que constituem a comunidade académica da Universidade do
Porto, a saber:
a) Provedor do docente e investigador;
b) Provedor do funcionário não docente e não investigador;
c) Provedor do estudante.
Nomeação
1 — Os provedores são escolhidos e nomeados pelo conselho geral.
2 — O mandato de provedor tem a duração de três anos.
3 — A duração máxima do exercício das funções de provedor é de nove anos.
Provedor do estudante
1 — No processo de escolha do provedor do estudante o conselho geral deve
ouvir as associações de estudantes da Universidade.
2 — Compete ao provedor do estudante:
a) Apreciar as queixas e reclamações dos estudantes e emitir recomendações
aos órgãos competentes, aos docentes e aos serviços da Universidade ou das
suas unidades orgânicas, com vista à revogação, reforma ou conversão de
actos lesivos dos direitos dos estudantes, e à melhoria dos serviços;
b) Emitir recomendações e fazer propostas de elaboração de novos
regulamentos ou de alteração dos regulamentos em vigor, tendo em vista
acautelar os interesses dos estudantes, nomeadamente no domínio da
actividade pedagógica e da acção social escolar;
c) Contribuir para a elaboração e actualização do regulamento disciplinar dos
estudantes;
d) Contribuir para a actualização do código de conduta dos estudantes;
e) Outras competências que lhe sejam atribuídas pelo conselho geral em sede
do regulamento próprio, a aprovar por este.
3 — As actividades do provedor do estudante desenvolvem -se em articulação
com as associações de estudantes e com os órgãos e serviços da Universidade.
CAPÍTULO XII
Disposições transitórias e finais
Modelo organizativo
a) Unidades orgânicas de ensino e investigação com órgãos de autogoverno,
dotadas de autonomia de gestão, indicadas por ordem alfabética (na altura da
redacção deste documento):
i) Faculdade de Arquitectura;
ii) Faculdade de Belas Artes;
iii) Faculdade de Ciências;
iv) Faculdade de Ciências da Nutrição e da Alimentação;
v) Faculdade de Desporto;
vi) Faculdade de Direito;
vii) Faculdade de Economia;
viii) Faculdade de Engenharia;
ix) Faculdade de Farmácia;
x) Faculdade de Letras;
xi) Faculdade de Medicina;
xii) Faculdade de Medicina Dentária;
xiii) Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação;
xiv) Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar.
b) Escola doutoral;
c) Serviços de acção social;
d) Centro de recursos e serviços comuns.
3 — O Instituto Arquitecto José Marques da Silva é transformado numa
fundação de direito privado denominada “Fundação Instituto Arquitecto José
Dia da Universidade
O “Dia da Universidade do Porto” é o dia 22 de Março de cada ano.
Objectivo
1—O presente Regulamento tem por objectivo definir a aplicação do sistema
de créditos curriculares a todas as formações conducentes à obtenção de grau
da Universidade do Porto, dando satisfação ao estabelecido no artigo 11.o do
Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro.
2—As definições e os pressupostos necessários à sua correcta aplicação
constam do Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro, e do despacho do
director-geral do Ensino Superior elaborado nos termos do artigo 12.o do
mesmo decreto-lei.
Definição de crédito
1—O crédito é a unidade de medida do trabalho do estudante sob todas as
suas formas, designadamente sessões de ensino de natureza colectiva, sessões
de orientação pessoal de tipo tutorial, estágios, projectos, trabalhos no
terreno, estudo e avaliação.
2—Para efeitos da definição de crédito, o trabalho referido no nº 1 deste
artigo é medido em horas estimadas de trabalho do estudante.
3—Na definição de crédito considera-se que a estimativa do trabalho a
desenvolver por um estudante a tempo inteiro, ao longo de um ano curricular,
é de mil e seiscentas horas e que é cumprido num período de 40 semanas, ao
ritmo médio de quarenta horas por semana.
4—O número de créditos correspondente ao trabalho de um ano curricular,
conforme definido no ponto anterior, é de 60.
5—Tendo em conta os pressupostos dos nº 1 a 4 do presente artigo, um crédito
corresponde a vinte sete horas de trabalho do estudante.
Preâmbulo
Não existem na Universidade do Porto normas específicas que enquadrem a
participação dos estudantes na prossecução da missão e objectivos da
instituição, participação que, na actualidade, se reconhece de fundamental
importância. A Universidade necessita, pois, de uma presença discente muito
activa em todos os processos formativos, ou seja, os estudantes devem estar
em todas as vertentes de tratamento do saber. Em contrapartida, essa
presença requer uma identificação dos alunos com os procedimentos próprios
da realização da missão da Universidade no meio, que não é compatível com
improvisações ao sabor de gostos ou sensibilidades específicos, sejam
individuais sejam de pequenos grupos. Exige-se, pois, o cumprimento de
regras mutuamente motivadoras.
Considera-se que o reconhecimento e a explicitação dos principais direitos e
deveres dos estudantes na Universidade do Porto, preenchendo uma lacuna
existente, dependerá, necessariamente, de uma mudança de culturas que
exige tempo de adaptação e sedimentação de novos comportamentos e
atitudes. Neste período de adaptação deverão ser experimentadas as reacções
de todos os universitários (docentes, funcionários não docentes e estudantes)
a um conjunto de princípios que só a prática do dia a dia poderá permitir
sedimentar, prática que exigirá um acompanhamento especial, adequado a
uma figura de provedor, designado por provedor do estudante.
Define-se, pois, no presente documento uma figura de provedor do estudante
cuja experiência de contacto com estudantes, docentes e outros funcionários
permitirá vir a estabelecer um código de direitos e deveres a respeitar por
todos os que aprendem, ensinam e trabalham na Universidade do Porto.
As disposições seguintes referem-se, então, aos estudantes inscritos na
Universidade do Porto em cursos de formação inicial, a qual engloba os cursos
de licenciatura e, se for caso disso, de bacharelato.
Considera-se, também, extensível, com as devidas adaptações, quer aos
estudantes de pós-graduação, destinada a licenciados que pretendam obter os
graus de mestre ou de doutor, quer aos participantes em acções de educação
contínua, proporcionada a todos os que, possuindo um grau académico,
pretendam actualizar conhecimentos de que necessitem para o exercício de
uma profissão ou simplesmente para valorização pessoal em áreas do seu
interesse.
Provedor do estudante
É criada na Universidade do Porto a figura de provedor do estudante, que será
um professor desta Universidade, nomeado pelo reitor, com a capacidade de
intervir, propondo soluções concretas, nomeadamente como árbitro de
eventuais situações de conflito resultantes da diferentes concepção e
compreensão de culturas.
Competências
São competências do provedor do estudante, nomeadamente:
a) Apoiar a integração do estudante na Universidade do Porto, tendo em vista
nomeadamente a promoção do sucesso escolar;
b) Recolher as reclamações apresentadas quanto à não observância das
normas gerais da sã convivência universitária, provindo directamente dos
interessados ou de órgãos dirigentes de estruturas da Universidade, apreciá-
las e tomar todas as disposições adequadas à procura de uma solução;
c) Convocar directamente as partes envolvidas numa dada situação de litígio
para as audiências que, em cada caso, considere necessárias e realizar as
diligências indispensáveis ao apuramento dos factos que originaram essa
situação;
d) Elaborar, para cada situação, um relatório, contendo uma proposta de
decisão, a apresentar, conforme os casos, aos presidentes dos órgãos de
gestão das unidades orgânicas, ao reitor ou ao senado;
e) Velar pela conservação de uma base de dados relativa aos processos que
lhe sejam apresentados e, enquanto estejam a decorrer, de um arquivo dos
mesmos;
f) Contribuir para a preparação de um código de direitos e deveres a respeitar
na Universidade do Porto por todos os que desenvolvem actividades na sua
esfera.
Valor da propina
Pela frequência dos cursos de Licenciatura e Mestrado Integrado é devida uma
taxa, designada por propina, de acordo com o estipulado na Lei n.º 37/2003,
de 22 de Agosto.
Modalidades de pagamento
A propina pode ser paga:
a) De uma só vez, no acto de inscrição;
b) Em quatro prestações iguais:
A primeira paga no acto da inscrição;
A segunda paga até 31 de Dezembro;
A terceira paga até 31 de Março;
A quarta paga até 31 de Maio.
6 - Aos estudantes que recebam uma bolsa através dos SASUP não poderão ser
aplicadas as consequências do não pagamento das propinas nos prazos
estabelecidos, sempre que a falta de pagamento da propina se fique a dever a
atraso no pagamento da bolsa.
Anulação da inscrição
1 - Em caso de anulação da inscrição a pedido do estudante:
a) Até 8 dias após a data de inscrição, é devido o pagamento da 1ª prestação
da propina;
b) Até 60 dias após a data de inscrição, é devido pagamento de 50% do valor
fixado para a propina;
c) Em data posterior ao prazo fixado na alínea b), o valor devido é o total da
propina.
2 - Exceptuam-se do disposto no número anterior os casos de recolocação no
âmbito do concurso nacional de acesso, se expressamente consagrados na
legislação aplicável.
Estudantes bolseiros
1 - Os estudantes bolseiros que se matriculem pela primeira vez e que se
pretendam candidatar a bolsa de estudos deverão entregar, devidamente
preenchida e assinada de acordo com o bilhete de identidade, a declaração de
compromisso de honra em como se candidatam a esse benefício.
2 - Os estudantes que foram bolseiros em anos anteriores e se candidataram a
bolsa de estudo no ano lectivo em que se inscrevem deverão fazer prova desse
acto através do recibo de recepção do boletim de candidatura emitido pelos
Serviços de Acção Social.
3 - Nos casos previstos no nº 1 deste artigo, a matrícula só se torna efectiva
após a apresentação do recibo de recepção de candidatura, emitido pelos
Serviços de Acção Social, no prazo máximo de 30 dias a partir da data
declaração de compromisso.
4 - Nos casos em que, tendo subscrito a declaração sob compromisso de
honra, o estudante:
a) Não apresente a candidatura a bolsa de estudos;
b) Tendo apresentado a candidatura se verifique, pelos elementos apurados, a
existência clara de má fé na declaração prestada; a matricula e ou inscrição
só se torna efectiva com o pagamento da propina na totalidade, sendo
aplicáveis as sanções previstas no regulamento das bolsas de estudos (Lei nº.
37/2003, de 22 de Agosto).
5 - Os estudantes cujo pedido de bolsa seja indeferido deverão efectuar o
pagamento das prestações em falta devida no prazo de 10 dias consecutivos à
publicitação do despacho de indeferimento.
6 - Os estudantes bolseiros procederão ao pagamento das prestações em falta
no prazo de 10 dias consecutivos após o primeiro pagamento da bolsa de
estudos.
Outros casos
Procedimentos
1 - Os Serviços de Acção Social remeterão às faculdades, no prazo de três dias
contados a partir da data da publicitação do resultado das candidaturas, as
listas dos:
a) Bolseiros;
b) Candidatos a bolsa de estudos cujo pedido foi indeferido.
2 - Os estudantes que entrem em incumprimento serão notificados pela
faculdade nos sete dias subsequentes.
3 - A notificação será enviada por correio electrónico ou para a morada
constante do boletim de inscrição, excepto se o estudante tiver previamente
comunicado à faculdade a mudança de endereço.
Trabalhadores-estudantes
1 - No acto de inscrição, os trabalhadores-estudantes que comprovem,
perante a faculdade, a necessidade inadiável de interromper os estudos por
motivos profissionais poderão requerer a manutenção da matrícula durante
um ano sem inscrição em qualquer unidade curricular.
Estudante extraordinário
Os estudantes extraordinários, quando frequentem unidade(s) curricular(es)
para além das que fazem parte da estrutura curricular do curso da faculdade
em que estão inscritos, estão sujeitos ao estipulado no Regulamento de
Frequência de Unidades Curriculares Singulares dos Cursos e Ciclos de Estudos
da Universidade do Porto
Estudante de mobilidade
1 - O estudante de mobilidade é aquele que, estando matriculado em outra
instituição de ensino superior nacional ou estrangeira, venha à Universidade
do Porto fazer um período de estudos, no âmbito de um acordo de mobilidade
e respectivo contrato de estudos, não tendo em vista a obtenção de grau pela
UP.
2 - O estudante de mobilidade terá direito a uma transcrição de registos no
final do período de estudo.
3 - Pela frequência poderá ser exigido no acto de inscrição o pagamento de
uma taxa a fixar pelo órgão competente da Universidade do Porto, sob
proposta fundamentada da respectiva unidade orgânica.
Considerando:
a) O conceito de estudante em regime de tempo parcial previsto na Lei nº
37/2003, de 22 de Agosto, e a criação desse regime pelo Decreto-Lei nº
107/2008, de 25 de Junho;
b) A consequente necessidade de estabelecer as normas regulamentares do
mesmo a aplicar na Universidade do Porto;
c) A importância deste regime no quadro das oportunidades de aprendizagem
ao longo da vida;
d) O aumento de públicos que desejam conciliar a formação superior com as
suas actividades profissionais;
e) A necessidade de ajustar o valor da propina ao regime de tempo parcial, A
Secção Permanente do Senado aprova o regime de estudante a tempo parcial.
Objecto
O presente regulamento define os regimes de mudança de curso,
transferência e reingresso na U.Porto.
Âmbito
O disposto no presente regulamento aplica-se aos ciclos de estudo
conducentes ao grau de licenciado e aos ciclos de estudos integrados
conducentes ao grau de mestre, adiante genericamente designados
respectivamente por primeiros ciclos de estudos e por ciclos de estudos
integrados de mestrado.
Conceitos
Os conceitos de “mudança de curso”, de “transferência”, de “reingresso”, de
“mesmo curso”, de “créditos” e de “escala de classificação portuguesa” são
os que estão definidos no artigo 3º do Regulamento publicado na Portaria
nº401/2007, de 5 de Abril, e no Glossário Académico da U.Porto.
Requerimento
1. A mudança de curso, a transferência e o reingresso são requeridos ao
Director da unidade orgânica em que o estudante se pretende matricular e/o
inscrever.
2. Podem requerer a mudança de curso ou a transferência:
a) Os estudantes que tenham estado inscritos e matriculados num curso
superior num estabelecimento de ensino superior nacional e não o tenham
concluído;
b) Os estudantes que tenham estado matriculados e inscritos em
estabelecimentos de ensino superior estrangeiro em curso definido como
superior pela legislação do país em causa, quer o tenham concluído ou não;
3. Podem requerer o reingresso os estudantes que tenham estado
matriculados e inscritos numa unidade orgânica da Universidade do Porto no
mesmo ciclo de estudos ou em curso que o tenha antecedido.
4. O requerimento de mudança de curso ou de reingresso deve ser
acompanhado de cópia do bilhete de identidade e de uma certidão descritiva
de habilitações, se o candidato não está inscrito ou não realizou a formação
anterior na Universidade do Porto.
Limitações quantitativas
1. O reingresso não está sujeito a limitações quantitativas.
2. A mudança de curso e a transferência estão sujeitas a limitações
quantitativas.
3. O número de vagas para os regimes de mudança de curso e de
transferência é fixado anualmente até 31 de Março, para cada ciclo de
estudos, pelo reitor da U.Porto, sob proposta da unidade orgânica que
ministra o ciclo de estudos.
4. Apenas o número de vagas destinado à inscrição no 1º semestre do 1º
ano dos ciclos de estudo de licenciatura e dos ciclos de estudos integrados de
mestrado está sujeito às limitações fixadas nos termos dos nºs 2 e 3 do artigo
5º do Decreto-Lei nº 393-B/99, de 2 de Outubro, alterado pelos Descros-Lei
nºs 64/2006, de 21 de Março, e 88/2006, de 23 de Maio.
5. As vagas de mudança de curso e transferência para os semestres e anos
curriculares seguintes não estão sujeitas às mesmas limitações quantitativas
referidas no número anterior.
6. As vagas aprovadas:
a) São divulgadas através de edital a afixar na Unidade Orgânica que
ministra o(s) ciclo(s) de estudos publicadas no respectivo sistema de
informação.
b) São comunicadas à Direcção-Geral do Ensino Superior e ao Gabinete de
Planeamento, Estratégia e Relações Internacionais (GPEARI) do MCTES pela
reitoria da Universidade do Porto.
7. As vagas do par unidade orgânica/ciclo de estudos eventualmente
sobrantes no regime de mudança de curso (ou de transferência) podem ser
utilizadas no outro regime, por decisão do director da unidade orgânica.
8. As vagas eventualmente sobrantes do regime de acesso que não sejam
utilizadas nos termos do nº4 do artigo 18º do Decreto-Lei nº 64/2006, de 21 de
Março (por candidatos maiores de 23 anos), podem ser utilizadas para os
regimes de mudança de curso e transferência, por decisão do director da
unidade orgânica.
Decisão
1. As decisões sobre os requerimentos da mudança de curso, transferência
e reingresso são da competência do director da unidade orgânica e válidas
apenas para a inscrição no ano lectivo a que respeitam.
2. O indeferimento liminar poderá ocorrer sempre que o candidato não
apresente no acto da candidatura os documentos necessários à completa
instrução do processo.
3. Nos casos de pedido de mudança de curso, pode ocorrer indeferimento
liminar se o candidato não reunir as condições de candidatura definidas pelo
regulamento específico aprovado por cada unidade orgânica.
4. É condição para aceitação do reingresso que o estudante tenha em
situação regular o pagamento das propinas da anterior inscrição.
5. São ainda liminarmente indeferidas as candidaturas que infrinjam
expressamente o presente regulamento.
6. São excluídos do processo de candidatura, em qualquer momento do
mesmo, não podendo matricular-se ou inscrever-se nesse ano lectivo, os
candidatos que prestem falsas declarações.
7. Confirmando-se posteriormente à realização da matrícula a situação
referida no parágrafo anterior, a matrícula e inscrição, bem como os actos
praticados ao abrigo da mesma, serão nulos.
8. A exclusão da candidatura, devidamente fundamentada, é da
competência do director da unidade orgânica.
Prazos
1. Os requerimentos de mudança de curso, transferência e reingresso
podem ser apresentados em qualquer momento do ano lectivo, até 25 de
Janeiro para o 2º semestre desse ano lectivo, se para o efeito tiverem sido
aprovadas vagas, e até 10 de Agosto para o ano lectivo seguinte.
2. A apreciação desses requerimentos e a publicitação dos resultados da
seriação das mudanças de cursos e das transferências requeridas serão
realizadas até 15 de Fevereiro para o segundo semestre e até 13 de Setembro
para o ano lectivo seguinte.
3. Os prazos para reclamação, matrícula e inscrição decorrerão nos 10
dias seguintes à publicação dos resultados das colocações.
4. Caso seja autorizada a apreciação dos requerimentos em qualquer
momento do ano lectivo, as matricular e inscrições deverão ocorrer em duas
fases:
a) 1ª fase – de 13 a 18 de Setembro (para inscrições no 1º semestre)
b) 2ª fase – de 15 a 20 de Fevereiro (para inscrições no 2º semestre)
5. A decisão sobre a candidatura exprime-se através de um dos seguintes
resultados finais:
a) Colocado
b) Não colocado
c) Excluído
6. Os resultados serão publicitados através de edital afixado em lugar
público de cada unidade orgânica (UO) e no sistema de informações. A
Creditação
1. Os estudantes integram-se nos programas e organização de estudos em
vigor na unidade orgânica onde se matriculam e inscrevem no ano lectivo em
que o fazem.
2. A integração é assegurada através do sistema europeu de transferência
e acumulação de créditos (ECTS), com base no princípio do reconhecimento
mútuo do valor da formação realizada e das competências adquiridas.
3. A creditação respeitará os termos do disposto no artigo 45º do Decreto-
Lei nº 74/2006, de 24 de Março, alterado pelos Decretos-Lei nº 107/2008, de
25 de Junho, e 230/2009, de 14 de Setembro, segundo os quais:
a) Os estabelecimentos de ensino superior:
i. Creditam nos seus ciclos de estudos a formação realizada no âmbito de
outros ciclos de estudos superiores em estabelecimentos de ensino superior
nacionais ou estrangeiros, quer a obtida no quadro da organização decorrente
do Processo de Bolonha quer a obtida anteriormente;
ii. Creditam nos seus ciclos de estudos a formação realizada no âmbito dos
cursos de especialização tecnológica nos termos fixados no respectivo
diploma;
iii. Reconhecem, através da atribuição de créditos, a experiência profissional
e formação pós-secundária;
b) A creditação tem em consideração o nível dos créditos e a área
científica onde foram obtidos;
4. Os procedimentos a adoptar em cada unidade orgânica para a
creditação respeitarão as orientações definidas neste ponto do regulamento e
o parecer da comissão científica do ciclo de estudos:
a) Na análise da formação anterior não creditada, aplicar-se-ão os
princípios definidos nas alínea d) e e) do artigo 5º do Decreto-Lei 42/2005, de
22 de Fevereiro, que estabelecem, respectivamente, que “O número de
créditos correspondente ao trabalho de um ano curricular realizado a tempo
inteiro é de 60 ECTS” e que “Para períodos curriculares de duração inferior a
um ano, o número de créditos é atribuído na proporção que representem do
ano curricular”.
b) A creditação de unidades curriculares realizadas em formações
anteriores à reorganização decorrente do Processo de Bolonha e não
Classificação
1. As unidades curriculares creditadas nos termos do artigo anterior
conservam as classificações obtidas nos estabelecimentos de ensino superior
onde foram realizadas.
2. Quando se trate de unidades curriculares realizadas em
estabelecimentos de ensino superior portugueses, a classificação das unidades
curriculares creditadas é a classificação atribuída pelo estabelecimento de
ensino superior onde foram realizadas.
3. Quando se trate de unidades curriculares realizadas em
estabelecimentos de ensino superior estrangeiro, a classificação das unidades
curriculares creditadas:
a) É a classificação atribuída pelo estabelecimento de ensino superior
estrangeiro, quando este adopte a escala de classificação portuguesa (10 a
20, na escala inteira de 0 a 20);
b) É a classificação resultante da conversão proporcional da classificação
obtida para a escala de classificação portuguesa, quando o estabelecimento
de ensino superior estrangeiro adopte uma escala diferente desta, conforme
exemplificado no anexo a este regulamento.
4. No âmbito do calcula da classificação final do grau académico, que é
realizada nos termos do disposto nos artigos 12º e 24º do já citado Decreto-Lei
nº 74/2006, de 24 de Março, e suas alterações, a adopção de ponderações
específicas para as classificações das unidades curriculares creditadas deve
ser fundamentada, tendo em consideração o nível dos créditos e a respectiva
área científica.
5. No caso a que se refere o nº 3 e com o fundamento em manifestas
diferenças de distribuição estatística entre as classificações atribuída pelo
estabelecimento de ensino superior estrangeiro e a unidade orgânica da
Universidade do Porto, o estudante pode requerer fundamentadamente ao
director desta a atribuição de uma classificação superior à resultante das
regras indicadas.
Regulamento específico
Compete ao director da unidade orgânica, ouvida a comissão científica do
ciclo de estudos, completar este regulamento geral com os seguintes
elementos relativos aos pedidos de mudança de curso, transferência e
reingresso, bem como garantir a sua publicitação:
a) Eventuais condições habilitacionais específicas a satisfazer para o
requerimento da mudança de curso;
b) Condições a satisfazer para o reingresso dos estudantes cuja matrícula
caducou por força da aplicação do regime de prescrições da U.Porto;
Enquadramento jurídico
O presente regulamento visa desenvolver e complementar o regime jurídico
instituído pelo Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, alterado pelos
Decretos-Lei nº 107/2008, de 25 de Junho, e 230/2009, de 14 de Setembro, e
demais legislação aplicável no que diz respeito aos primeiros ciclos de
estudos.
Âmbito de aplicação
Este regulamento aplica-se a todos os cursos de primeiro ciclo da
Universidade do Porto, estabelecendo as linhas gerais a que devem obedecer
os regulamentos específicos, a aprovar pelo Reitor, conforme definido no
artigo 8º.
Curso de licenciatura
1. O ciclo de estudos conducente ao grau de licenciado é constituído por
um conjunto organizado de unidades curriculares denominado curso de
licenciatura (adiante simplesmente designado por curso).
2. O curso adopta o sistema europeu de créditos (ECTS – European Credit
Transfer and Accumulation System), baseado no trabalho dos estudantes e
nas respectivas competências e resultados da aprendizagem.
3. O regime de cálculo dos créditos obedece ao disposto no Regulamento
de aplicação de créditos curriculares aos cursos conferentes de grau da
Universidade do Porto.
4. A duração normal do curso de primeiro ciclo situa-se entre seis e oito
semestres curriculares de trabalho dos estudantes, compreendendo
respectivamente 180 a 240 créditos.
5. O plano de estudos do curso é composto por unidades curriculares
obrigatórias e optativas.
6. O curso pode organizar-se por ramos de especialidade a partir de um
tronco comum ou ser composto por áreas científicas predominantes e
complementares, organizadas segundo o sistema de major e minor.
7. O curso deve, sempre que possível, incluir unidades curriculares
optativas ministradas em diferentes unidades orgânicas da Universidade do
Porto, num limite e em modalidades a contemplar no plano de estudos e a
explicitar no respectivo regulamento específico.
Direcção e coordenação do curso de licenciatura
1.O curso terá um director de curso, uma comissão científica e uma comissão
de acompanhamento.
2. As unidades orgânicas responsáveis pela leccionação de um número
reduzido de cursos podem atribuir aos seus órgãos de gestão com funções
afins as competências definidas nos números seguintes.
3. O director do curso é um professor catedrático, um professor associado ou,
excepcionalmente, um professor auxiliar, nomeado nos termos previstos nos
estatutos da unidade orgânica responsável pela sua designação.
4. Ao director de curso compete:
a) Assegurar o normal funcionamento do curso e zelar pela sua qualidade;
b) Exercer as funções explicitadas nos estatutos da respectiva unidade
orgânica;
5. A comissão científica do curso é constituída pelo director do curso, que
preside, e por dois a quatro professores ou investigadores doutorados,
designados pelo Director do curso, ouvidos os Directores dos Departamentos
directamente envolvidos no curso.
6. Compete à Comissão Científica do curso:
a) Promover a coordenação curricular;
b) Pronunciar-se sobre as propostas de organização ou de alteração dos planos
de estudo;
c) Pronunciar-se sobre as necessidades de serviço docente;
d) Pronunciar-se sobre as propostas de regimes de ingresso e de numerus
clausus;
e) Elaborar e submeter às entidades competentes o regulamento do ciclo de
estudos;
f) Outras competências que lhes forem atribuídas pelos estatutos da
respectiva unidade orgânica.
7. A comissão de acompanhamento do curso é constituída pelo director do
curso, que preside, e por outros três membros, um docente e dois discentes
do curso, a escolher nos termos do disposto no respectivo regulamento.
8. À comissão de acompanhamento do curso compete verificar o normal
funcionamento do curso.
9. Os ciclos de estudos assegurados por parcerias internar ou externas à
Universidade do Porto reger-se-ão por regulamentos próprios, com as
necessárias adaptações, aprovados pelos órgãos competentes dos parceiros.
Outros diplomas
1- A Universidade do Porto, através das suas faculdades, pode conferir
outros diplomas de cursos de primeiro ciclo não conferentes de grau,
designadamente, cursos compostos por um conjunto de unidades curriculares
de um curso de licenciatura não inferior a 120 créditos.
2- Os diplomas que se refere o número anterior são certificados por
documento emitido pelo órgão legal e estatutariamente competente da(s)
unidade(s) orgânica(s) que leccionam os respectivos cursos, de acordo com o
modelo formal aprovado pelo Reitor.
3- A emissão do documento a que se refere o número anterior é
acompanhada da emissão do suplemento ao diploma nos termos do Decreto-
Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro.
Propinas
A fixação do valor das propinas está sujeita ao definido na legislação aplicável
Considerando:
a) O conceito do estudante em regime de tempo parcial previsto no nº 4
do artigo 5º da Lei nº 37 de Junho, no seu artigo 46º - C;
b) A consequente necessidade de estabelecer as normas regulamentares
do mesmo a aplicar na UPorto;
c) A importância deste regime no quadro das oportunidades de formação
ao longo da vida;
d) O aumento de públicos que desejam conciliar a formação superior com
as suas actividades profissionais;
e) A necessidade de ajustar o valor da propina ao regime de tempo
parcial.
Mudança de regime
1. A mudança do regime de tempo integral para o regime de tempo
parcial ou vice-versa, apenas pode ocorrer no acto de inscrição no ano
lectivo.
2. Exceptuando os casos dos trabalhadores-estudantes, não é permitida a
mudança do regime de tempo integral para o regime de tempo parcial no
último ano do ciclo de estudos se o número de créditos em falta para a
conclusão do curso for igual ou inferior a 37,5, excepto se a inscrição nesse
ano resultar de um processo de reingresso, transferência ou mudança de
curso.
3. Os estudantes de mestrado podem, na inscrição em dissertação, optar
pelo regime de tempo parcial, contando para efeitos de tempo mínimo para
entrega da dissertação o correspondente a duas inscrições em dissertação.
Prescrição
O regime de prescrição do direito à inscrição do estudante a tempo parcial é o
que resulta da aplicação proporcional da fórmula definida pelo regulamento
de prescrições da U.Porto;
Propinas
1. O valor a fixar para a propina do estudante a tempo parcial obedecerá
aos seguintes princípios:
a) Nos primeiros ciclos e mestrados integrados corresponde ao valor
mínimo da propina em vigor;
b) Nos segundos ciclos cada faculdade fixará um valor entre a propina
mínima dos primeiros ciclos e 75% da propina fixada para esses segundos
ciclos;
c) Nos terceiros ciclos, cada faculdade fixará um valor que não deverá
exceder os 75% da propina fixada para os programas de terceiro ciclo.
2. O director de cada faculdade emitirá, em Março de cada ano, despacho
a fixar os valores referidos nas alíneas b) e c) do número 1, a adoptar no ano
lectivo seguinte.
Enquadramento jurídico
1. O presente regulamento visa desenvolver e complementar o regime de
prescrições instituído pela Lei nº37/2003 de 22 de Agosto que, no seu artigo
5º, estabelece a obrigatoriedade da existência de um regime de prescrições a
definir pelos órgãos competentes de cada instituição, adequado à promoção
do mérito dos estudantes.
2. A Lei referida no ponto anterior estabelece o número máximo de
inscrições que podem ser efectuadas por um estudante no ciclo de estudos
frequentado num estabelecimento público de ensino superior, considerando
prescrito o direito à matrícula e inscrição nesse ciclo de estudos no caso de
incumprimento dos critérios aplicáveis, ficando o estudante impedido de se
candidatar de novo a esse ou outro ciclo de estudos da Universidade do Porto
nos dois semestres seguintes.
3. No caso do estudante beneficiar do Estatuto do Trabalhador-Estudante,
ou no caso do estudante optar pelo regime de estudo a tempo parcial, para
efeito da aplicação do regime de prescrições, apenas é contabilizado 0,5 por
cada inscrição que efectue nessas condições.
4. Nas situações de reingresso, transferência e mudança de curso, assim
como nas decorrentes da reorganização de planos de estudos, as condições
para a prescrição têm em consideração apenas o número de créditos ECTS
necessários para concluir o ciclo de estudos ou curso.
5. Este regulamento não se aplica aos terceiros ciclos de estudos, para os
quais vigora o limite de registo da tese.
Princípios a observar
Neste regulamento são observados os seguintes princípios:
a) Para cada ciclo de estudos, a Lei nº 37/2003 de 22 de Agosto
estabelece um número máximo de inscrições permitido, que depende do
respectivo número de créditos, conforme indicado na tabela I;
Percursos limite
1. Admitindo para cada ciclo de estudos uma carga anual de 60 ECTS, o
“percurso limite” para os vários ciclos de estudos corresponde ao valor
mínimo de créditos que um estudante deverá adquirir, em cada inscrição,
para não prescrever.
2. Caso o estudante não consiga acumular o número mínimo de créditos
referido no n.º anterior, não fará sentido continuar a frequentar normalmente
o seu curso, visto que não poderá concluí-lo no número de inscrições referido
na tabela anexa ao Decreto-Lei 37/2003 de 22 de Agosto
3. O número médio de créditos que cada estudante deve obter por ano
depende do ciclo de estudos, conforme mostram a TABELA II e o gráfico
seguinte que definem os valores que permitem definir o “percurso médio” de
cada ciclo de estudos:
CAPÍTULO I
Princípios gerais
Responsabilidade da avaliação
A avaliação em cada disciplina é da responsabilidade do respectivo regente,
nos termos da distribuição de serviço docente aprovada pelo órgão
estatutariamente competente da unidade orgânica.
Ficha da disciplina
1— O modo de funcionamento de cada disciplina deve obrigatoriamente ser
descrito na ficha de disciplina pelo docente a que se refere o artigo anterior
com a máxima antecedência e nunca depois do 1.º dia do mês de Março
anterior ao início do ano lectivo a que diz respeito o funcionamento da
disciplina.
2— Até à data limite referida no número anterior, o docente a que se refere o
artigo 1.o deve disponibilizar online e entregar ao órgão competente a ficha
de disciplina, de que devem fazer parte, no mínimo, os seguintes elementos:
a) Objectivos da disciplina;
b) Conteúdos;
c) Bibliografia;
d) Métodos de ensino;
e) Métodos de avaliação e de cálculo da classificação final.
Relatório de disciplina
No prazo máximo de um mês contado a partir do termo do período fixado pelo
órgão competente para a época de recurso, o docente responsável pela
disciplina deve entregar ao órgão competente um relatório em que conste
obrigatoriamente uma análise dos resultados, uma avaliação do cumprimento
dos objectivos propostos e, sempre que oportunas, sugestões de melhoria de
funcionamento da disciplina.
CAPÍTULO II
Regimes de avaliação
Regras gerais
1— As classificações de todas as componentes de avaliação são expressas na
escala de 0 a 20 valores.
2— Para obter aprovação numa disciplina, o aluno deve obter uma
classificação final mínima de 10 valores.
3— A classificação final do curso é a média ponderada pelas unidades de
crédito entendidas nos termos do capítulo II do Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22
de Fevereiro, das classificações obtidas em cada disciplina.
4— A classificação final do curso é expressa no intervalo 10-20 da escala
numérica inteira de 0 a 20.
5— Para efeitos da escala europeia de comparabilidade de classificações, às
classificações finais de disciplina e curso aplicar-se-ão a correspondência e os
princípios definidos nos artigos 18.o a 22.o do Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22
de Fevereiro.
6— Apenas as classificações finais da disciplina e do curso são arredondadas às
unidades.
Métodos de avaliação
1— A avaliação de uma disciplina pode assumir uma das seguintes formas:
a) Distribuída com exame final;
b) Distribuída sem exame final;
c) Apenas com exame final.
2— O exame final pode conter uma prova escrita, ou oral, ou prática, ou
qualquer combinação destas.
Assiduidade
1— Os métodos de avaliação podem incluir como pré-requisito o cumprimento
da assiduidade.
2— Considera-se que um aluno cumpre a assiduidade a uma disciplina se,
tendo estado regularmente inscrito, não exceder o número limite de faltas
correspondente a 25% das aulas previstas.
3— Estão dispensados da verificação das condições de assiduidade referidas no
número anterior:
a) Os casos previstos na lei;
b) Os alunos que cumpram critérios especiais de dispensa de frequência
obrigatoriamente constantes da ficha de disciplina.
Exame final
1— Sem prejuízo do disposto no artigo 11, existem três épocas de exame final:
a) Época normal e época de recurso, a que têm acesso todos os alunos
inscritos que preencham os requisitos definidos na ficha de disciplina;
b) Época especial de conclusão de curso, cujo acesso é definido nos termos do
número seguinte.
2— À época especial referida na alínea b) do número anterior têm acesso os
alunos que puderem concluir o curso através da aprovação no máximo de
disciplinas legalmente permitido, desde que tenham pelo menos uma
inscrição nessas disciplinas.
3— O disposto no presente artigo não prejudica a aplicação dos regimes
especiais legalmente previstos.
CAPÍTULO III
Melhoria de classificação
Definição
1— Os alunos podem requerer uma prova de melhoria de classificação uma
única vez por disciplina, numa das duas épocas, normal ou de recurso,
imediatamente subsequentes àquela em que obtiveram aprovação e em que a
disciplina tenha prova de avaliação prevista.
2— O processo de melhoria de classificação, quando exista, deve constar
obrigatoriamente da ficha de disciplina.
3— A classificação final na disciplina é a mais elevada entre aquela que havia
sido obtida inicialmente e a que resultar da melhoria de classificação
efectuada.
CAPÍTULO IV
Disposições finais e transitórias
Fraudes
A fraude cometida na realização de uma prova implica a anulação da mesma e
a comunicação
ao órgão estatutariamente competente para eventual processo disciplinar.
Aplicação
1— As normas previstas no presente diploma entram em vigor no ano lectivo
de 2006-2007, aplicando-se aos cursos de licenciatura de todas as unidades
orgânicas da Universidade do Porto e, futuramente, aos cursos de 1.o ciclo.
2— As normas previstas no presente diploma podem ainda vir a ser objecto de
aplicação aos cursos de 2.o ciclo das unidades orgânicas, sem prejuízo das
necessárias adaptações.
3— O órgão estatutariamente competente de cada unidade orgânica da
Universidade do Porto pode complementar as normas constantes do presente
diploma desde que em sentido com ele compatível.
4— As situações de incumprimento determinam a intervenção dos órgãos
estatutariamente competentes, na medida das suas competências específicas.
Dúvidas
As dúvidas suscitadas pela interpretação e aplicação do presente diploma são
resolvidas pelo órgão estatutariamente competente de cada unidade orgânica.
Preâmbulo.
O Regulamento do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior Público,
definido anualmente por Portaria do Ministério da Educação, prevê um
contingente especial para candidatos com deficiência física ou sensorial ou de
doença orgânica incapacitante.
A possibilidade de prosseguimento dos estudos ao nível do ensino superior,
para além de um direito, constitui uma forma destes cidadãos poderem
alcançar uma melhor integração social, promovendo a sua realização pessoal
e a sua participação, o mais ampla possível, na vida social e económica.
São estudantes que experimentam dificuldades acrescidas de integração no
Ensino Superior, cujas condições e exigências nem sempre estão adaptadas às
suas necessidades educativas especiais (NEE’s). Trata-se de um segmento da
população-estudante particularmente vulnerável a todo um conjunto de
situações problema que se reflectem no seu bem-estar físico, social e
psicológico, em resultado de possíveis condicionalismos perturbadores do seu
percurso escolar.
A definição de condições específicas assenta no reconhecimento do direito à
diferença e propõe uma diferenciação no tratamento de situações desiguais
(aluno com NEE’s/aluno sem NEE’s). Visa-se, assim, a eliminação das
diferentes barreiras e a criação de condições de igualdade de oportunidades
para o estudante do ensino superior que apresente NEE’s, na justa medida em
que daí não decorram quaisquer situações de privilégio.
Entende-se por alunos com NEE’s, aqueles que “apresentam um problema de
aprendizagem, durante o seu percurso escolar, que exige uma atenção mais
específica e uma gama de recursos educativos diferentes daqueles necessários
para os seus companheiros da mesma idade”.
I - Regime Aplicável
1 - Os estudantes com NEE’s devem ser alvo de um parecer técnico por parte
dos serviços universitários apropriados, em ordem a:
a) aferição e reconhecimento das NEE’s;
b) definir e implementar as respostas mais adequadas, em articulação com os
orgãos de gestão, serviços e técnicos que se entenda pertinente envolver;
c) acompanhamento sistemático para o desenvolvimento das acções, medidas
e dispositivos dirigidos a estes estudantes.
2 - A problemática pode dividir-se em quatro áreas de intervenção
interligadas:
1 – Acessibilidade e mobilidade.
2 – Frequência/apoio pedagógico.
3 – Sistema de avaliação.
4 – Apoio Social.
II – Disposições Específicas
A estes estudantes procura-se garantir:
1. Acessibilidade e mobilidade.
a) A acessibilidade das instalações, de apoio na orientação e mobilidade e de
prioridade no atendimento.
b) Escolha das salas de aula, em função da melhor acessibilidade.
c) Acompanhamento individualizado por uma 3º pessoa.
2. Frequência/apoio pedagógico.
a) Possibilidade de ajustamentos no plano de estudos do curso e/ou em
programas curriculares das disciplinas.
b) Reestruturação pontual de textos de estudo, adaptando-os ao nível do
conhecimento do vocabulário dos alunos surdos e disléxicos bem como a
disponibilização de léxicos técnicos.
c) Prioridade na inscrição em turnos de aulas práticas.
d) Reserva de lugar cativo nas salas de aula, quando requerido pelo aluno.
e) Gravação das aulas, com a autorização do docente, ou, em alternativa,
este deverá facultar um sumário do que foi dado na aula. No caso do
deficiente auditivo, dever-se-á facultar-lhe o sumário antecipadamente.
f) Possibilidade de recorrer ao sistema de video-conferência.
g) A utilização do quadro, de transparências e de slides pelo docente deve ser
acompanhada de uma descrição (oral-escrita e/ou em formato não
convencional) que permita a sua compreensão.
h) Os textos de apoio devem ser fornecidos na forma mais conveniente
(ampliado, caracteres braille, registo áudio ou informatizado).
i) Alargamento do prazo de leitura domiciliária, a estabelecer pelos serviços
de Biblioteca.
j) Apoio pedagógico suplementar pelos docentes das disciplinas, quando
solicitado pelo aluno.
k) Atendendo ao tipo de situações, as provas escritas poderão ser substituídas
por provas orais e vice-versa, com a concordância do docente.
3. Sistema de avaliação.
a) Apresentação do enunciado das provas segundo o tipo de deficiência (em
formato ou suporte não convencional e adaptado às necessidades especiais
dos alunos); as respostas podem ser dadas igualmente em formato ou suporte
não convencional.
b) Definição de um período adicional de tempo para a realização de provas.
c) Durante a realização das provas, apoio por parte do docente,
designadamente, no que se refere à consulta de códigos, dicionários e
tabelas;
d) As provas escritas devem poder ser realizadas em local separado, se a
alternativa de execução escolhida assim o recomendar.
e) Possibilidade de prolongamento do prazo de entrega de trabalhos escritos,
quando os condicionalismos existentes o justifiquem.
I - Maternidade
1. Para efeitos deste regulamento, entende-se por:
a) estudante grávida - toda a estudante que informe o estabelecimento de
ensino que frequenta do seu estado de gestação por escrito e mediante
atestado médico.
b) estudante puérpera - toda a estudante parturiente e durante os 98 dias
imediatamente posteriores que informe o estabelecimento de ensino que
frequenta por escrito e mediante atestado médico.
c) estudante lactante - toda a estudante que amamenta o filho que informe o
estabelecimento de ensino que frequenta por escrito e mediante atestado
médico.
2. A estudante universitária tem direito, por maternidade, a dispensa da
frequência das aulas por um período de 120 dias consecutivos, 90 dos quais a
seguir ao parto, podendo os restantes ser utilizados, total ou parcialmente,
antes ou depois do parto. Deve para o efeito informar o seu estabelecimento
de ensino do estado de gravidez e apresentar a respectiva comprovação
médica com indicação da data prevista para o parto. Durante a gravidez e em
casos devidamente justificados, a estudante poderá requerer a realização de
exames fora da época normal, de acordo com o calendário escolar.
3. A estudante grávida, puérpera e lactante tem direito a dispensa das aulas
para efeitos de consultas médicas, sempre que estas não se puderem realizar
fora dos horários das aulas. A estudante tem igualmente direito a dispensa das
aulas nos períodos de amamentação, mediante apresentação da declaração de
que amamenta o filho.
4. Em caso de aborto, a estudante tem direito a dispensa da frequência das
aulas durante um período de 30 dias, renovável, segundo prescrição médica.
5. em caso de adopção de menores de 15 anos de idade, o estudante
adoptante tem direito a dispensa das aulas por um período de 100 dias, para
acompanhamento do menor. Em caso de adopção por casal, o direito pode ser
exercido ou qualquer dos membros do casal integralmente ou por ambos, em
tempo parcial ou sucessivamente, conforme decisão conjunta.
6. o disposto no n.º. anterior não se aplica se o menor for filho do conjugue
do candidato a adoptante ou se já se encontrar a seu cargo há mais de 60
dias.
7. o estudante tem direito a dispensa das aulas por 30 dias, para prestar
assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença, deficiência ou
acidente, a filhos adoptados ou enteados, menores de 10 anos de idade. A
dispensa será reduzida para 15 dias quando se trate de maiores de 10 anos.
8. O estipulado n.º. Anterior estender-se-á até 15 dias por ano lectivo para
prestar assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou acidente
do conjugue ou pessoa em união de facto, ascendente, descendente com mais
de 10 anos de idade ou afim da linha recta.
II - Paternidade
9. O estudante universitário tem direito a dispensa de aulas, por um período
de 5 dias úteis, seguidos ou interpolados, no 1º. Mês a seguir ao nascimento
do filho.
10. o pai tem direito a dispensa da frequência das aulas por um período de
seis semanas a seguir ao parto, tendo igualmente direito a realizar exames
fora da época normal, de acordo com o calendário escolar, nos seguintes
casos: incapacidade física ou psíquica da mãe, morte da mãe, ou por decisão
conjunta dos pais, mediante requerimento a apresentar no seu
estabelecimento de ensino e apresentação dos documentos comprovativos
respectivos.
Considerando:
1 – Que o Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, prevê expressamente, no
nº 1 do artigo 46º, que aos estudantes “inscritos num ciclo de estudos pode
ser autorizada a inscrição em unidades curriculares de
ciclos de estudos subsequentes”;
2 – Que vários dos ciclos de estudos criados ou adequados na U.Porto ao abrigo
deste Decreto-Lei prevêem opções livres dos estudantes, a realizar na própria
ou em outra unidade orgânica da U.Porto;
3 – A importância da criação de condições que fomentem, de várias formas, a
multidisciplinaridade na formação dos estudantes da U.Porto;
4 – O princípio da acumulação de créditos curriculares subjacente ao processo
de Bolonha;
5 – A necessidade de simplificar os procedimentos de inscrição em unidades
curriculares de planos de estudos distintos daquele em que o estudante está
matriculado, passíveis de reconhecimento académico, de registo no
suplemento ao diploma e de reconhecimento em formações futuras;
Institui-se o seguinte Regulamento de frequência de unidades curriculares
singulares dos cursos e ciclos de estudos da Universidade do Porto.
Objecto
A Universidade do Porto, através das suas Faculdades, institui um regime de
frequência de unidades curriculares singulares constantes dos planos de
estudos dos seus cursos e ciclos de estudos.
Objectivos
A frequência de unidades curriculares singulares visa proporcionar aos
candidatos o aprofundamento e a actualização de conhecimentos nas diversas
áreas científicas dos ciclos de estudos, de cursos de especialização ou de
cursos de estudos avançados da Universidade do Porto quando existirem vagas
específicas.
Destinatários
A frequência de unidades curriculares singulares é facultada, através de
inscrição, a candidatos internos ou externos à U.Porto interessados em
aprofundar conhecimentos nas áreas de estudo oferecidas pela Universidade
do Porto e que possuam as qualificações definidas no presente regulamento.
Candidatura
1. Os candidatos à frequência de unidades curriculares singulares deverão,
apresentar os seguintes documentos:
a) Requerimento específico;
b) Comprovativos das qualificações de que sejam possuidores, caso não sejam
estudantes da U.Porto;
c) Os estudantes da U.Porto deverão entregar o documento referido em a) na
secretaria da Unidade Orgânica de origem ou utilizar o Sistema de Informação
para apresentar o requerimento, enquanto que os outros estudantes deverão
entregar os documentos na secretaria da Unidade Orgânica que ministra o
curso.
2. Sempre que a candidatura à frequência de unidades curriculares singulares,
em unidade orgânica diferente daquela em que o(a) estudante da U.Porto
está inscrito(a), resulte de opções em áreas científicas previstas no seu plano
de estudos, o(a) estudante em causa terá prioridade na inscrição, desde que
realizada ao abrigo de um contrato de estudos e de um compromisso de
reconhecimento académico assinado pela unidade orgânica de origem,
conforme formulário existente na U.Porto. Neste caso não haverá lugar ao
pagamento de propina ou taxa.
Inscrição
1. Os estudantes da U.Porto admitidos devem proceder à sua inscrição na
secretaria da Unidade Orgânica de origem ou através do sistema de
Frequência
Os estudantes admitidos à frequência de unidades curriculares singulares
ficam sujeitos às respectivas regras de funcionamento e devem submeter-se à
avaliação praticada nas mesmas caso pretendam obter os créditos
correspondentes e consequente certificação.
Taxas
1. A frequência de cada unidade curricular singular dos ciclos de estudo e
cursos da Universidade do Porto está sujeita ao respectivo pagamento de 1/5
da propina anual em vigor para esses cursos ou ciclos de estudos.
2. Os conselhos directivos poderão autorizar, mediante fundamentação, a
redução dessa taxa até ao limite
de 20%.
Certidão
1. Aos estudantes que frequentem, com aproveitamento, unidades
curriculares singulares será conferida a respectiva certidão.
2. À emissão da certidão referida aplicam-se as taxas em vigor na U.Porto.
ESTUDANTE-ATLETA DA U.PORTO
PREÂMBULO
O elevado valor educativo do desporto na formação e desenvolvimento de um
espírito saudável de cooperação e competição e os benefícios que lhe estão
associados são generalizadamente reconhecidos. Neste quadro de valores e
benefícios, as práticas desportivas devem ser apoiadas e encorajadas na
comunidade académica da U.Porto e entendidas como uma vertente de bem-
estar e como uma oportunidade de desenvolvimento físico, intelectual e
psicológico para todos.
As actividades desportivas na U.Porto constituem actualmente uma
importante componente da vida académica. Nos últimos dois anos, dezenas de
estudantes em representação da U.Porto têm-se destacado nos campeonatos
nacionais universitários, fruto de resultados desportivos de excelência,
sempre escorados em padrões éticos e cívicos exemplares. A excelência
destes resultados desportivos tem permitido também que muitos destes
estudantes representem a U.Porto em diversos campeonatos europeus e
integrem a lista de atletas que representam Portugal nos jogos da
Universíada.
Presentemente, a gestão do Desporto Universitário na Universidade rege-se
por critérios de qualidade, rigor e controlo adequados. Por isso, este é o
momento apropriado para que o Estatuto de Estudante-Atleta seja
implementado na U.Porto. O regulamento que define tal Estatuto na U.Porto
segue as orientações da Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto e
adopta as recomendações do CRUP no sentido da promoção do desporto junto
dos estudantes, investigadores, docentes e funcionários não docentes.
Esse regulamento rege-se pelas cláusulas seguintes:
Objecto
O presente Regulamento define o Estatuto de Estudante-Atleta da U.Porto,
especificando os direitos e
deveres dos estudantes que pratiquem desporto em representação da U.Porto.
Âmbito
Todo o estudante da U.Porto adquire o Estatuto de Estudante-Atleta quando
represente a Universidade em eventos desportivos promovidos ou
reconhecidos pelos Serviços de Acção Social da U.Porto, através do Gabinete
de Actividades Desportivas, ora em diante denominado por GADUP.
Treinos
1) Para um estudante ser abrangido pelo Estatuto de Estudante-Atleta, os
treinos deverão satisfazer as seguintes condições:
a) Ser realizados nas instalações desportivas próprias ou disponibilizadas pela
Universidade do Porto e sob responsabilidade do GADUP;
b) Ter um carácter regular de pelo menos uma sessão semanal durante o ano
lectivo;
c) Os treinos deverão, sempre que possível, realizar-se em horas que não
coincidem com a actividade lectiva.
2) Para a contabilização da assiduidade excluem-se os períodos de exames,
caso existam, definidos pelas diversas unidades orgânicas.
Controlo de presenças
O controlo de presenças em treinos, estágios e/ou competições, de carácter
regular, é da exclusiva responsabilidade do GADUP, que passará o respectivo
comprovativo de presença.
Relatório
Sempre que se verifique alguma das situações previstas no artigo anterior, o
responsável da modalidade desportiva elaborará um relatório circunstanciado,
a apresentar ao Director do GADUP, no prazo máximo de 5 dias úteis a contar
do conhecimento efectivo das situações referidas.
Casos omissos
Os casos omissos e dúvidas na interpretação e implementação do presente
diploma, nomeadamente as resultantes da mudança do modelo de
ensino/aprendizagem que decorrem da implementação do processo de
Bolonha na U.Porto, serão decididos pelo Reitor, sob proposta do GADUP,
ouvido o Presidente do Conselho Directivo da unidade orgânica a que o
estudante pertence.
CAPÍTULO I
Disposições introdutórias
SECÇÃO I
Natureza, missão e fins
Natureza
O Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar da Universidade do Porto
(ICBAS) é uma unidade orgânica de ensino e investigação com auto governo,
dotada de autonomia estatutária, científica, pedagógica, administrativa e
financeira e com capacidade tributária própria.
Missão e valores
- O ICBAS tem como missão criar, transmitir e difundir conhecimento na área
das ciências da saúde e da vida.
- O ICBAS garante a liberdade pedagógica, científica e cultural, assegura a
pluralidade e liberdade de expressão e promove a participação alargada na
vida académica.
- Na prossecução da sua missão, o ICBAS colabora estreitamente com as
restantes unidades orgânicas e com todas as instâncias da Universidade do
Porto ao mesmo tempo que assume um compromisso de abertura à
comunidade universitária e extra -universitária.
- O ICBAS desenvolve uma cultura de auto -avaliação e de avaliação
permanente, em obediência às normas legais e em articulação com os
procedimentos em vigor na Universidade do Porto, com vista à contínua
promoção dos mais elevados padrões de qualidade.
Fins
- Ministrar cursos de 1.º, 2.º e 3.º ciclos e Mestrados Integrados,
designadamente:
a) Mestrado Integrado em Medicina (em parceria com o Hospital de Santo
António — Centro Hospitalar do Porto);
b) Mestrado Integrado em Medicina Veterinária;
c) Mestrado Integrado em Bioengenharia (em parceria com a Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto);
d) Licenciatura em Ciências do Meio Aquático;
e) Licenciatura em Bioquímica (em parceria com a Faculdade de Ciências da
Universidade do Porto);
f) Mestrados e Doutoramentos na área das ciências da saúde e da vida;
g) Outros cursos que venham a ser criados.
- Promoção de acções de cursos de suporte à educação ao longo da vida;
- Investigação científica e desenvolvimento tecnológico;
SECÇÃO II
Autonomia
- O ICBAS tem competência para:
a) Criar, alterar, suspender e extinguir cursos;
b) Fixar, para cada curso, as regras de acesso, matrícula, inscrição,
reingresso, transferência e mudança de curso;
c) Estabelecer os regimes de prescrições aplicáveis;
d) Definir os métodos de ensino e aprendizagem, incluindo os processos de
avaliação de conhecimentos;
e) Realizar experiências pedagógicas.
CAPÍTULO II
Órgãos de gestão
SECÇÃO I
Conselho de representantes
SECÇÃO II
Director
Competências do Director
Ao Director do ICBAS compete:
a) Representar o ICBAS no senado, perante os demais órgãos da instituição e
perante o exterior;
b) Presidir ao Conselho Executivo e dirigir os serviços do ICBAS.
c) Aprovar o calendário e horário das tarefas lectivas, ouvidos o conselho
científico e o Conselho Pedagógico;
d) Executar as deliberações do conselho científico e do Conselho Pedagógico,
quando vinculativas;
e) Exercer o poder disciplinar que lhe seja delegado pelo Reitor;
f) Submeter ao Conselho de Representantes os planos estratégicos do ICBAS e
o plano de acção para o quadriénio do seu mandato, ouvido o conselho
científico;
g) Propor ao Conselho de Representantes as linhas gerais de orientação do
ICBAS no plano científico, pedagógico e financeiro;
h) Submeter ao Conselho de Representantes o orçamento e o plano de
actividades, bem como o relatório de actividades e as contas;
i) Propor ao Conselho de Representantes a criação, transformação ou extinção
de Departamentos do ICBAS, ouvido o conselho científico;
SECÇÃO III
Conselho executivo
SECÇÃO IV
Conselho científico
SECÇÃO V
Conselho pedagógico
CAPÍTULO III
Organização
SECÇÃO I
Subunidades orgânicas
Órgãos de gestão
1 — Cada Departamento possui, obrigatoriamente, como órgãos de gestão um
Director e um Conselho de Departamento. O Director do Departamento que
preside ao Conselho de Departamento é nomeado pelo Director do ICBAS, de
entre os membros do Departamento e sob proposta desse Conselho.
2 — O Regulamento do Departamento poderá prever a existência de uma
comissão executiva.
Modelo organizativo
Os Departamentos existentes, no ICBAS à data da realização deste documento
são:
1 — Anatomia
2 — Biologia Molecular
3 — Ciências do Comportamento
4 — Clínicas Veterinárias
5 — Estudos de Populações
6 — Imuno-Fisiologia e Farmacologia
7 — Microscopia
8 — Patologia e Imunologia Molecular
9 — Produção Aquática
10 — Química
SECÇÃO II
Associação de estudantes
1 — O ICBAS reconhece a Associação de Estudantes do ICBAS como parceiro
privilegiado na prossecução da sua missão, enquanto representante dos
interesses dos estudantes.
2 — O ICBAS reconhece à AEICBAS o direito de:
a) Ser ouvida pelos órgãos da Escola acerca dos planos de estudos, da
orientação pedagógica, dos métodos de ensino, do regulamento de avaliação
de conhecimentos, e em geral, sobre todos os assuntos de interesse dos
estudantes;
b) Instalar a sua sede no edifício do ICBAS;
c) Intervir ou estar associada à gestão dos espaços de convívio, bar e outros
afectos a actividades culturais, sociais e desportivas.
Grupos Académicos
- O ICBAS reconhece a importância e apoia a existência de grupos académicos
que promovam actividades de índole cultural, artística e de solidariedade
social.
SECÇÃO III
Cursos
Comissões científicas
As comissões científicas são constituídas pelo Director de curso, que preside,
e por dois a quatro professores ou investigadores doutorados, designados nos
Comissões de acompanhamento
As comissões de acompanhamento são constituídas pelo Director de curso, que
preside, e por outros três membros, um docente e dois discentes do curso, a
escolher nos termos do disposto no respectivo regulamento.
Fins e atribuições
1 — Os serviços visam apoiar de uma forma organizada o funcionamento dos
Departamentos, dos cursos e das restantes actividades do ICBAS.
2 — O seu número, designação e organização, bem como as respectivas
atribuições e modo de funcionamento são definidos pelo Conselho de
Representantes do ICBAS, sob proposta do Director.
CAPÍTULO V
Disposições gerais
Reuniões
1 — Os órgãos de gestão têm reuniões ordinárias e extraordinárias.
2 — A forma de convocação das reuniões e a periodicidade das reuniões
ordinárias estarão previstas nos regulamentos de cada órgão ou
Departamento.
3 — A presença às reuniões dos órgãos de gestão é obrigatória, competindo
aos respectivos presidentes a comunicação ao Conselho Executivo das faltas
que não tenham sido justificadas nos termos da lei.
4 — As deliberações dos órgãos de gestão só serão válidas desde que esteja
presente a maioria dos seus membros, ou, em segunda convocatória, o
número de membros legalmente exigido para o efeito.
5 — As deliberações são tomadas por maioria de votos dos membros presentes,
salvo as alterações aos estatutos, a ratificação do Conselho Executivo, as
destituições e as alterações aos regulamentos de funcionamento e eleitorais,
que necessitarão da aprovação de dois terços dos membros presentes.
6 — Aos presidentes dos órgãos de gestão compete convocar e dirigir as
reuniões, providenciar a elaboração das respectivas actas e exercer voto de
qualidade nas votações em que tal for necessário.
7 — De todas as reuniões deverão ser elaboradas actas resumidas com as
resoluções aí aprovadas.
8 — Os mecanismos de elaboração das actas resumidas, bem como os da sua
divulgação, deverão constar dos regulamentos de cada órgão de gestão.
Incompatibilidades
1 — Apenas podem ser desempenhados por professores catedráticos ou
associados em regime de tempo integral os seguintes cargos:
a) Presidente e Vice -Presidente do Conselho de Representantes;
b) Director e Subdirector do ICBAS;
c) Vice -Presidente do conselho científico;
d) Presidente e Vice -Presidente do Conselho Pedagógico;
e) Director e Subdirector de departamento.
2 — O exercício do cargo de membro do Conselho Executivo do ICBAS é ainda
incompatível com o desempenho das funções de membro do Conselho de
Representantes.
ELEIÇÕES
Eleição do Director
1 — O Director do ICBAS é eleito em escrutínio secreto pelo Conselho de
Representantes, de entre professores ou de investigadores doutorados da
Universidade do Porto ou de outras instituições, nacionais ou estrangeiras, de
ensino universitário ou de investigação, que se tenham candidatado.
2 — A eleição do Director recairá no candidato que obtenha, em primeiro
escrutínio, mais de metade dos votos expressos.
3 — Não havendo nenhum candidato que obtenha aquela maioria, proceder -se
-á a segundo escrutínio entre os dois candidatos mais votados.
4 — O mandato do Director tem a duração de quatro anos, podendo ser
renovado uma única vez.
5 — Em caso de cessação antecipada do mandato haverá lugar a nova eleição
nos termos do presente artigo, iniciando o Director eleito um novo mandato.
Mandatos
1 — A duração dos mandatos é de quatro anos, excepto no caso dos estudantes
em que é de dois anos, e só termina com a entrada em funções de novos
membros.
2 — Perdem o mandato os membros dos órgãos de gestão central ou dos
departamentos que:
a) Sejam destituídos dos cargos nos casos previstos nos regulamentos
aplicáveis;
b) Ultrapassem os limites de faltas estabelecidos nos respectivos
regulamentos internos;
c) Alterem a qualidade em que foram eleitos.
MEDICINA
Apesar do ICBAS, já ter sido fundado em 1975, só com o Decreto nº 164/79 de
31 de Dezembro (promulgado por Maria de Lurdes Pintassilgo e Luís Eugénio
Caldas Veiga da Cunha), é que foi criada a licenciatura de Medicina, sendo
esta ministrada no ICBAS em colaboração com Hospital Geral de Santo
António.
Por outro lado, dado o novo enquadramento legal definido para a rede de
cuidados hospitalares em articulação com as outras redes de cuidados de
saúde, torna-se indispensável identificar quais as questões que, no quadro das
relações entre os serviços de saúde e as unidades orgânicas das universidades,
deverão figurar nos protocolos a estabelecer entre eles.
A Lei n. 27/2002, de 8 de Novembro, entretanto regulamentada pelo Decreto-
Lei n. 188/2003, de 20 de Agosto, determina aos profissionais da rede de
prestação de serviços de saúde um desempenho com qualidade, atempado e
humanizado.
Por maioria de razão é agora exigido às unidades com ensino que utilizem as
melhores práticas clínicas ao longo de todo o processo assistencial, em
qualquer das suas vertentes de prevenção, diagnóstico, terapêutica ou
reabilitação.
De facto, o ensino das ciências e das tecnologias da saúde, a par da
investigação biomédica e clínica, deve ser ministrado em serviços de
excelência, devendo, em simultâneo, ajudar a manter a qualidade dos
cuidados prestados à população.
Este diploma pretende criar mecanismos transparentes entre as organizações
envolvidas, de forma a tornar claras as relações e o resultado final, e
pretende estabelecer uma definição clara de responsabilidades e de
mecanismos partilhados.
Assim:
No desenvolvimento do regime jurídico estabelecido pelo artigo 15.o do
regime jurídico da gestão hospitalar, aprovado pela Lei n. 27/2002, de 8 de
Novembro, e nos termos das alíneas a) e c) do n. 1 do artigo 198. da
Constituição, o Governo decreta o seguinte:
CAPÍTULO I
Disposições gerais
Objecto e âmbito
1 — O presente diploma estabelece o regime jurídico dos hospitais com ensino
pré-graduado e de investigação científica, definindo, designadamente, os
modelos de interligação entre o exercício clínico e as actividades de formação
e de investigação no domínio do ensino dos profissionais de saúde.
2 — Para os efeitos do disposto no número anterior, consideram-se
abrangidos:
a) Os hospitais integrados na rede de prestação de cuidados de saúde
hospitalares, de harmonia com o disposto no n. 1 do artigo 1.o do regime
jurídico da gestão hospitalar, aprovado pela Lei n. 27/2002, de 8 de
Novembro;
b) Os serviços e entidades integrados nas redes de prestação de cuidados de
saúde primários e de cuidados continuados, constantes, respectivamente, do
artigo 1.o do Decreto-Lei n. 60/2003, de 1 de Abril, e do artigo 1.o do
Decreto-Lei n. 281/2003, de 8 de Novembro;
Princípios gerais
1 — As unidades prestadoras de cuidados de saúde que participam em
actividades de ensino e investigação devem corresponder aos princípios
constantes dos números seguintes.
2 — Quanto à prestação de cuidados de saúde:
a) Cooperar para que a investigação e o ensino universitário possam ser
utilizados numa melhoria progressiva da prestação dos cuidados de saúde;
b) Rentabilizar os recursos assistenciais destinados à docência e à investigação
biomédica e clínica.
3 — Quanto à investigação biomédica e clínica:
a) Fomentar uma maior concertação científica, reforçando as sinergias
existentes ao nível nacional;
b) Potenciar a investigação coordenando as actividades docentes com as
assistenciais de forma a rentabilizar os recursos humanos e financeiros;
c) Promover a formação e o treino científico de forma a responder à
estratégia definida para as áreas clínica e de saúde pública;
d) Contemplar as áreas das ciências básicas de modo a favorecer o
alargamento do número de profissionais qualificados que acedem a uma
carreira universitária;
e) Aumentar o espaço de pesquisa, pela promoção de um maior número de
projectos de dimensão nacional de qualidade, medido em termos de
reconhecimento nacional e internacional, e diversificar as fontes de
financiamento;
f) Integrar no seu plano de actividades os projectos de investigação científica
numa base plurianual.
4 — Quanto ao ensino:
a) Promover a excelência na aplicação dos programas curriculares de acordo
com padrões estabelecidos;
b) Integrar na docência a formação profissional pós-graduada e a educação
médica contínua;
c) Promover modificações nas infra-estruturas e na metodologia educacional
tendentes à melhoria qualitativa da actividade escolar.
Protocolos de colaboração
1 — Para os efeitos da articulação entre as actividades de ensino ou de
investigação e a actividade clínica desenvolvida nos estabelecimentos ou
serviços e unidades constantes do n. 2 do artigo 1.o, são celebrados
protocolos entre estes e as universidades onde se ministre o curso de
licenciatura em Medicina.
2 — Os protocolos são subscritos pelo reitor da universidade e pelo presidente
do conselho de administração, ou órgão correspondente, da unidade
prestadora de cuidados de saúde.
3 — A celebração de protocolos pelas entidades a que se refere a alínea c) do
n. 2 do artigo 1.o está sujeita a autorização prévia dos órgãos de gestão da
entidade em que se integram.
4 — Os protocolos de colaboração referidos no n. 1 são homologados por
despacho conjunto dos Ministros da Saúde e da Ciência e do Ensino Superior.
5 — O acompanhamento da execução dos protocolos é assegurado por uma
comissão mista, de harmonia com o disposto nos artigos 9.o e 10.o
6 — Dos protocolos consta, obrigatoriamente:
a) A lista das unidades curriculares do curso de licenciatura em Medicina cuja
ministração vai ser assegurada no âmbito do protocolo, a respectiva duração e
conteúdo;
b) O serviço, departamento ou unidade funcional da unidade prestadora de
cuidados de saúde onde o ensino de cada unidade curricular é ministrado;
c) O processo de designação do pessoal da unidade prestadora de cuidados de
saúde que vai desempenhar funções docentes;
d) O modo de articulação e coordenação entre as actividades de ensino e de
investigação e a actividade
clínica assistencial, designadamente no que se refere aos recursos humanos;
e) Nos casos previstos nas alíneas b) e c) do n. 2 do artigo 1.o, a composição
da comissão mista;
f) Os procedimentos a adoptar para a alteração e cessação da vigência do
protocolo.
7 — Quando seja prevista a realização de ensino em regime de blocos ou
módulos a que se refere o Decreto--Lei n. 33/2002, de 19 de Fevereiro, dos
protocolos deve ainda constar:
a) O procedimento anual de fixação das unidades curriculares, ou parte delas,
abrangidas por este regime;
b) O valor da gratificação, em percentagem da remuneração base, a que se
refere o n. 3 do artigo 2.o do Decreto-Lei n. 33/2002, bem como os
procedimentos relativos ao seu processamento e ao processamento da
compensação prevista no n. 4 da mesma norma.
CAPÍTULO II
Definição
1 — É concedida a denominação «hospital com ensino universitário» aos
hospitais em que a totalidade ou a maioria dos serviços, departamentos e
unidades funcionais participe em actividades de ensino.
2 — É concedida a denominação «serviço com ensino universitário» ou «clínica
com ensino universitário»:
a) Aos serviços, departamentos e unidades funcionais dos hospitais com ensino
universitário que participam nas actividades de ensino;
b) Aos serviços, departamentos e unidades funcionais referidos na alínea c) do
n. 2 do artigo 1.o que participam nas actividades de ensino.
3 — A atribuição das denominações a que se referem os números anteriores é
feita, precedendo requerimento da unidade prestadora de cuidados de saúde,
por despacho conjunto dos Ministros da Saúde e da Ciência e do Ensino
Superior.
4 — É concedida a denominação «hospital universitário » aos hospitais com
ensino universitário que, em cada um dos serviços, departamentos e unidades
funcionais que participam nas actividades de ensino, satisfaçam,
cumulativamente, os seguintes requisitos:
a) Existência de um número significativo de médicos da carreira médica
hospitalar habilitados com o grau de doutor;
b) Capacidade assistencial de referência, evidenciada em termos de
desempenho, técnicas e tecnologias de vanguarda, bem como capacidade de
investigação instalada.
5 — A apreciação do preenchimento dos requisitos a que se refere o número
anterior é realizada por uma comissão de peritos constituída por despacho dos
Ministros da Saúde e da Ciência e do Ensino Superior, do qual consta a sua
composição.
6 — É concedida a denominação «serviço universitário» ou «clínica
universitária» aos serviços, departamentos e unidades funcionais dos hospitais
universitários que participam nas actividades de ensino.
7 — A atribuição da denominação «hospital universitário» é feita, precedendo
requerimento do hospital, por despacho conjunto dos Ministros da Saúde e da
Ciência e do Ensino Superior.
8 — A utilização das denominações a que se referem os números anteriores
cessa sempre que se verifique o não preenchimento superveniente dos
pressupostos da sua atribuição.
9 — A cessação da utilização da denominação é determinada por despacho
conjunto dos Ministros da Saúde e da Ciência e do Ensino Superior.
SECÇÃO II
Da comissão mista
Da comissão mista
1 — Nos estabelecimentos da rede de cuidados de saúde referidos na alínea a)
do n. 2 do artigo 1.o que celebrem um protocolo com estabelecimentos de
ensino previsto no artigo 3.o existe uma comissão mista.
2 — A comissão mista é nomeada por despacho conjunto dos Ministros da
Saúde e da Ciência e do Ensino Superior e é constituída pelos seguintes
elementos:
a) O presidente do conselho de administração do hospital;
b) O presidente do conselho directivo da unidade orgânica da universidade;
c) O presidente do conselho científico da unidade orgânica da universidade;
d) O director clínico do hospital;
e) O vogal não executivo previsto no n. 2 do artigo 7.o, quando exista.
Artigo 1
O ICBAS e o HGSA, através dos seus órgãos de administração e ensino
(científicos e pedagógicos), são responsáveis pelo ensino das disciplinas da
licenciatura em Medicina atribuída pelo ICBAS, da Universidade do Porto.
Artigo 2
1—Incumbe ao HGSA, no âmbito do presente protocolo, o ensino das
disciplinas pré-clínicas que não forem ministradas pelo ICBAS, das disciplinas
clínicas e da área de profissionalização da licenciatura ICBAS/IHGSA.
Artigo 3
2—O ensino das disciplinas pode ser ministrado nos centros de saúde, hospitais
especializados ou outras instituições com quem o HGSA colabora ou venha a
colaborar no futuro.
Artigo 4
Os órgãos de administração e gestão do ensino pré-graduado do HGSA são, de
acordo com o regulamento dos órgãos do ensino clínico e normas
regulamentares internas aprovadas pelo seu conselho de administração, os
seguintes:
a) Presidente do conselho de administração;
b) Director pedagógico e científico;
c) Docente secretário;
d) Comissão científica;
e) Comissão pedagógica;
f) Director clínico.
Artigo 5
Os órgãos do ICBAS que articularão com o HGSA são os conselhos directivo,
científico e pedagógico.
Artigo 6
Os regentes das disciplinas ministradas pelo HGSA serão propostos pelo
director pedagógico e científico, ouvida a comissão científica, ao presidente
do conselho de administração do HGSA, que os proporá, se não houver razões
em contrário, ao conselho científico do ICBAS para homologação.
Artigo 7
São regentes os professores-coordenadores das disciplinas incluídas no
currículo oficial da licenciatura em Medicina, aprovado pelo senado da
Universidade do Porto e publicado no Diário da República.
Artigo 9
1—Os restantes docentes para as diferentes disciplinas serão propostos pelos
respectivos regentes ao director pedagógico e científico, de entre os médicos
integrados nas carreiras do HGSA ou das instituições com quem tenham sido
estabelecidos protocolos.
2—Uma vez aprovados por este e ratificados pelo presidente do conselho de
administração do HGSA, os docentes serão por este
último propostos ao conselho científico do ICBAS para homologação.
Artigo 10
As regras de contratação dos regentes e restantes docentes são:
a) Os internos de especialidade e os assistentes serão contratados como
assistentes convidados;
b) Os assistentes doutorados e os assistentes graduados serão contratados
como professores auxiliares convidados;
c) O director clínico, os directores de departamento e os directores de serviço
serão contratados como professores catedráticos convidados pelo período de
tempo que dura a sua nomeação e no caso de serem regentes;
Artigo 11
1—Para além dos docentes convidados, o director pedagógico e científico
pode aceitar a proposta de docentes voluntários, que deverão ser médicos
internos ou do quadro do HGSA ou de instituições com quem haja protocolos,
que colaborarão de forma continuada e enquadrada no ensino da respectiva
disciplina, embora sem remuneração.
2—Estes docentes terão direito a obter documento curricular comprovativo,
sendo ainda dispensados do pagamento da propina anual, enquanto exercerem
essas funções, se se inscreverem como alunos de doutoramento no ICBAS.
Artigo 12
1—Os docentes e regentes contratados nos termos previstos no artigo 9.o
serão remunerados com 30% do vencimento correspondente à respectiva
categoria como docente universitário.
2—Os contratos dos docentes serão anuais e prorrogáveis por períodos de igual
duração.
3—Os regentes serão contratados por períodos de três anos, renováveis.
4—Os contratos dos regentes cessarão automaticamente no caso de
exoneração de funções do HGSA, exceptuando-se o caso de reforma por limite
de idade, em que os regentes se poderão manter até ao fim do ano lectivo.
Artigo 13
No conjunto, o número global de docentes e regentes contratados não poderá
exceder para o ciclo clínico e área de profissionalização a ralação 1 ETI
(equivalente de tempo integral) para quatro alunos inscritos no conjunto dos
três anos.
Artigo 14
Para além dos médicos contratados como docentes ou aceites como docentes
voluntários, nenhum médico interno ou do quadro do HGSA se pode recusar a
colaborar no ensino e investigação clínica se para tal for solicitado, conforme
está previsto na alínea d) do artigo 27.o do Decreto-Lei n. 73/90, de 6 de
Março (prestação do serviço docente será remunerada).
Artigo 15
A coordenação de utilização das instalações onde se ensina e do equipamento
utilizado é promovida pelo regente em função da actividade assistencial que
aí se efectue e sempre de acordo com o director dos departamentos ou
serviços envolvidos.
Artigo 16
Compete ao ICBAS:
a) O pagamento das remunerações previstas;
b) Os encargos com o pessoal técnico e de apoio ao ensino;
c) O apetrechamento pedagógico dos serviços hospitalares através de
dotações específicas que para o efeito lhe sejam consignadas.
Artigo 17
1—Para assegurar a boa execução do presente protocolo é criada uma
comissão mista a quem incumbe exercer as competências definidas no artigo
10.o do Decreto-Lei n. 206/2004, de 19 de Agosto.
2—A comissão mista referida no número anterior é nomeada por despacho
conjunto dos Ministros da Saúde e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e é
constituída pelos seguintes elementos:
a) O presidente do conselho de administração do HGSA;
b) O presidente do conselho directivo do ICBAS;
c) O presidente do conselho científico do ICBAS;
d) O director clínico do HGSA;
e) O director pedagógico e científico do HGSA.
Artigo 18
Para melhorar a articulação entre os órgãos científico e pedagógico das duas
instituições seguir-se-ão as seguintes regras:
a) Na comissão coordenadora do conselho científico do ICBAS terá assento
como observador o director científico e pedagógico;
b) Na comissão científica do HGSA terão assento como observadores os
presidentes dos conselhos científico e directivo do ICBAS;
c) No conselho pedagógico do ICBAS terá assento como observador um
representante dos docentes da comissão pedagógica do HGSA;
d) Na comissão pedagógica do HGSA terá assento como observador um
representante dos docentes da licenciatura em Medicina do conselho
pedagógico do ICBAS.
PREÂMBULO
O Ensino Clínico no Centro Hospitalar do Porto (CHP) é regulado pelos
seguintes diplomas legais:
1. Decreto 164/79, de 31 de Dezembro que determina que o ensino clínico do
curso do Mestrado Integrado em Medicina do Instituto Ciências Biomédicas
Abel Salazar (ICBAS) seja realizado no CHP ou nas instituições associadas;
2. Portaria 940/98, de 29 de Outubro, que aprova o Regulamento Interno do
CHP no qual se prevê (Art.6º nº.2, Art.9º nº.5 e Art.40º.) a existência do
ensino clínico pré-graduado com órgãos próprios;
3. DESPACHO nº. 4561/2007 de 13 de Março, que aprova o novo protocolo
entre o ICBAS e o HGSA;
4. Decreto-lei 206/2004 de 19 de Agosto estabelece o regime jurídico dos
hospitais com ensino médico pré-graduado e investigação científica.
ÓRGÃOS
Os órgãos de administração e gestão do Ensino Médico Pré-Graduado no
CHP são:
- Presidente do Conselho de Administração;
- Director Pedagógico e Cientifico;
- Adjunto do Director Pedagógico e Cientifico e Docente Secretário;
- Comissão Cientifica;
- Comissão Pedagógica;
- Director Clínico.
DOCENTE SECRETÁRIO
O Docente Secretário é nomeado pelo Presidente do Conselho de
Administração sob proposta do Director Pedagógico e Cientifico de entre
COMISSÃO CIENTÍFICA
A Comissão Científica, existente nos termos do Artº. 4º do Protocolo
ICBAS/CHP, é um órgão consultivo em matéria de ensino, do Director
Pedagógico e Cientifico.
a) A Comissão Cientifica é composta por todos os professores catedráticos
e associados, pertencentes ao corpo clínico do CHP ou de instituições
associadas, e ainda por três representantes dos professores auxiliares e
três dos assistentes hospitalares, do corpo clínico, devendo estes
últimos ser sempre assistentes hospitalares do corpo clínico do CHP, e
pelo Presidente da Comissão Pedagógica. Como observadores terão nele
assento, nos termos do Artº. 18º. do Protocolo, os presidentes dos
Conselho Directivo e Científico do ICBAS;
b) Os dois grupos de três representantes antes referidos, devem ser
escolhidos pelo seus pares em assembleias eleitorais, a realizar em
Janeiro de cada ano, convocadas pelo Director Pedagógico e Cientifico;
c) Os membros da Comissão Cientifica não poderão ser substituídos;
d) A Comissão Científica reunirá em plenário ou em Comissão
Coordenadora;
e) O plenário da Comissão Cientifica reunirá obrigatoriamente no princípio
e no fim do ano lectivo (durante os meses de Outubro e Junho
respectivamente), devendo estas reuniões ser convocadas com um
mínimo de dez dias de antecedência pelo Presidente do Conselho de
Administração, sob proposta do Director Pedagógico e Cientifico:
f) A Comissão Cientifica reunirá ainda extraordinariamente sempre que
convocada pelo Director Pedagógico e Cientifico, pelo Presidente do
Conselho de Administração, pela Comissão Coordenadora ou por
petição de um mínimo de um terço mais um dos seus membros, dirigida
COMISSÃO COORDENADORA
Para assessorar o Director Pedagógico e Cientifico, existe uma Comissão
Coordenadora presidida pelo Director Pedagógico e Cientifico, que terá voto
de qualidade, composta por todos os regentes do ciclo clínico, o presidente da
Comissão Pedagógica e Docente Secretário, cabendo-lhe nomeadamente:
a) A Comissão Coordenadora reunirá pelo menos uma vez por mês, sob
convocatória do Director Pedagógico e Cientifico, com antecedência
mínima de três dias, sendo as suas deliberações válidas quando
estiverem presentes pelo menos metade dos seus membros;
b) A Comissão Coordenadora poderá ser convocada extraordinariamente
pelo Directo Pedagógico e Cientifico ou pelo mínimo de um terço
mais um dos seus membros, em petição dirigida ao Directo
Pedagógico e Cientifico.
COMISSÃO PEDAGÓGICA
A Comissão Pedagógica é um órgão autónomo, encarregado de zelar pela
organização do ano académico, de modo a que este decorra com inteiro
respeito pelos programas propostos, calendários e sistemas de avaliação
aprovados, cabendo-lhe nomeadamente:
a) Dar parecer sobre a criação, suspensão ou extinção de disciplinas do
ciclo clínico, assim como sobre alterações dos seus curricula;
b) Dar parecer sobre os planos de ensino das diferentes disciplinas do
ciclo clínico assim como métodos de avaliação, propostos pelos
respectivos regentes;
c) Aprovar o calendário do ano escolar do ano seguinte até 31 de Julho,
assim como o calendário das provas de avaliação, que deverão ser
propostos pelo Director Pedagógico e Cientifico até ao fim de Junho;
d) Propor ao Director Pedagógico e Cientifico alterações aos respectivos
calendários, quando necessário, durante o decorrer do ano escolar;
e) Proceder à avaliação de métodos de ensino e de aprendizagem, e
elaborar relatórios regulares;
Áreas de Estágio
1 - Cada estudante pode realizar estágio apenas numa área.
2 - Os estágios poderão centrar-se em qualquer área das Ciências Veterinárias.
Para as áreas especificadas no Anexo III o ICBAS dispõe de coordenadores de
área que apoiarão os estudantes na escolha de orientadores e/ou co-
orientadores.
3 - Para estágios em áreas não englobadas no Anexo III, cabe ao estudante
procurar um orientador (necessariamente docente do ICBAS) e um co-
orientador que aceitem exercer as funções inerentes e estipuladas nos Ponto
7 (Orientação) e Ponto 8 (Avaliação) deste regulamento. Os nomes do
orientador e do co-orientador sugeridos pelo estudante terão de ser
ratificados pela Comissão de Estágios.
4 – Cada área tem um coordenador a quem compete:
a) Esclarecer o estudante sobre assuntos relacionados com estágios nas
respectivas áreas;
b) Assessorar a Comissão de Estágios na avaliação dos locais de estágio;
c) Apoiar o orientador no bom desenvolvimento dos estágios propostos;
d) Assessorar e informar a Comissão de Estágios sobre assuntos relacionados
com a sua área de coordenação;
e) Redigir um documento contendo os critérios específicos de conteúdo do
relatório de estágio da área que coordena (quando aplicável).
Locais de Estágio
1 - O estudante é incentivado a procurar o próprio local de estágio, podendo,
para isso, recorrer a indicações dadas pelo coordenador de área e/ou
orientador.
2 - Quando tal não for possível, o ICBAS, através da Comissão de Estágios, dos
coordenadores de área e/ou do orientador, procurará encontrar locais de
estágio julgados apropriados.
3 - Em situações de disputa por determinada vaga de estágio, cabe ao co-
orientador seleccionar o candidato. Caso tal não se verifique, a decisão cabe
à Comissão de Estágios, de acordo com os seguintes critérios:
a) Data mais precoce de aprovação a todas as disciplinas;
b) Média aritmética, arredondada às décimas, de todas as disciplinas;
c) Entrevista para avaliação da vocação e aptidão do candidato.
Orientação do Estágio
1 - No decurso do estágio o estudante é apoiado por dois elementos:
a) O orientador é um elemento do corpo docente do ICBAS a quem
compete:
- Supervisionar a elaboração do plano de estágio;
- Colaborar com o co-orientador em todos os assuntos relacionados
com o estágio;
- Supervisionar a elaboração do relatório final de estágio;
- Zelar pelo cumprimento dos prazos de entrega do relatório final de
estágio por parte do estudante;
- Supervisionar a preparação do estudante na apresentação pública
do relatório de estágio;
- Servir de interlocutor entre o co-orientador e a Comissão de
estágios;
- Organizar a apresentação, discussão e avaliação do relatório de
estágio, zelando pelo cumprimento dos respectivos prazos;
- Integrar o Júri de Avaliação do relatório de estágio;
- Lavrar a acta resultante da avaliação do estágio e entregá-la na
Secção de Estudantes do ICBAS. Uma cópia desta acta deve ser
entregue à Comissão de Estágios.
b) O co-orientador, membro ou não do corpo docente do ICBAS, com
formação académica nas áreas das ciências veterinárias ou biológicas,
de reconhecida capacidade e competência, tem como funções:
- Colaborar na elaboração do plano de estágio;
- Apoiar a execução dos trabalhos práticos de estágio, de acordo
com o plano proposto;
- Adjuvar a elaboração do relatório final de estágio;
- Integrar o Júri de Avaliação do relatório de estágio.
c) O estudante é incentivado a sugerir tanto o orientador como o eventual
co-orientador.
Avaliação do Estágio
1- Por proposta do orientador e/ou coordenador de área, a Comissão
Científica do Mestrado Integrado designará os elementos do Júri de Avaliação
para posterior aprovação pelo Reitor ou em quem este delegue.
2 - O Júri é constituído por:
Implementação do Regulamento
ANEXO I
NORMAS PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE ESTÁGIO
No plano de estágio constarão obrigatoriamente e por esta ordem, os
seguintes itens:
1. Plano de estágio.
2. Nome completo do estudante.
3. Nome completo do orientador.
4. Nome completo do co-orientador e contacto, telefónico, endereço ou e-
mail.
5. Data de início e término do período de estágio
6. Breve resumo das actividades a desenvolver durante o período de estágio.
ANEXO II
NORMAS PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE ESTÁGIO
ANEXO III
ÁREAS DE ESTÁGIO
1. Ciências Básicas
2. Clínica e/ou cirurgia de animais de companhia
3. Clínica e/ou cirurgia de animais de produção.
4. Clínica e/ou cirurgia de equinos.
5. Inspecção Sanitária
6. Melhoramento Animal
7. Patologia e Clínica Laboratorial
8. Reprodução animal
9. Sanidade Animal
10. Saúde Pública
11. Tecnologia Alimentar
12. Toxicologia
13. Zootecnia e Nutrição Animal
1- A quem se dirige
(...) As candidaturas por parte dos alunos devem ser oficializadas na semana a
seguir à divulgação das vagas de estágio.
BIOQUÍMICA
6. Excepções
Constituem excepções a este regulamento os estágios a realizar ao abrigo do
Programa SÓCRATES, devendo nestes casos ser seguida a regulamentação
própria. No entanto, da listagem dos estágios efectivamente atribuídos
referida no ponto dois constarão também estes.
BIOENGENHARIA
Preâmbulo
Com a entrada em vigor do novo Código de Trabalho foi revogado o Decreto-
Lei nº 116/97, 4 de Novembro, que disciplinava a matéria referente ao
Estatuto de trabalhador-estudante.
O novo código do Trabalho e respectiva regulamentação estabelecem um
conjunto de benefícios tendo em vista a valorização profissional e pessoal dos
trabalhadores.
Este código, no entanto, não concretiza satisfatoriamente o modo como
podem os trabalhadores beneficiar destas regalias o que, tal qual acontecia
na vigência da legislação anterior sobre a matéria, se presta a indefinições.
Embora os benefícios reconhecidos aos trabalhadores-estudantes constem dos
diplomas legais mencionados importa, contudo, estabelecer as condições em
que os interessados podem usufruir de tais benefícios, bem como garantir que
apenas beneficiam daquelas regalias aqueles que verdadeiramente
necessitam.
Assim, o Conselho Directivo do ICBAS, ouvido o respectivo Conselho
Pedagógico, aprovou o seguinte Regulamento:
Âmbito
O presente Regulamento estabelece a regras de apreciação dos pedidos de
reconhecimento dos direitos que assistem aos trabalhadores-estudantes.
Trabalhador-estudante
1 - A condição de trabalhador-estudante é reconhecido a todos aqueles que
frequentem um qualquer curso no ICBAS e prestem uma actividade sob
autoridade e direcção de outrem.
2 - A referida condição é ainda reconhecida aos estudantes do ICBAS que:
a) Sejam trabalhadores por conta própria;
b) Frequentem um curso de formação profissional ou programa de
ocupação temporária de jovens, desde que com duração igual ou
superior a seis meses;
3 - Os estudantes do ICBAS a quem tenha sido reconhecido a condição de
trabalhador-estudante e que entretanto se encontrem em situação de
desemprego involuntário, mantêm todos os benefícios desde que se
encontrem inscritos no Centro de Emprego respectivo.
Documentos
1 - Os Estudantes que pretendam ver reconhecido a condição de trabalhador-
estudante deverão dirigir ao Presidente do Conselho Directivo requerimento,
em modelo próprio, a disponibilizar pelo ICBAS, acompanhado dos seguintes
documentos:
a) No caso de trabalhador por conta de outrem:
Prazos
1. O requerimento, bem como os documentos mencionados no artigo anterior,
deverão ser entregues no acto da matrícula / inscrição ou, se tal não for
possível, até ao dia 30 de Setembro do ano civil em inicia o ano lectivo.
2. No caso de estudantes terem começado a trabalhar em data posterior à
referida no número anterior, o requerimento pode ser apresentado até 5 dias
úteis a contar do início (inclusive) das actividades do segundo semestre.
3. No caso referido no n.º 2 as regalias previstas neste regulamento são
aplicáveis exclusivamente às disciplinas do segundo semestre em que o
estudante se encontra inscrito, incluindo as unidades curriculares em que
pode realizar exame na época especial e as que pode realizar na época de
recurso.
Indeferimento liminar
São liminarmente indeferidos os requerimentos que:
a) Sejam apresentados fora de prazo;
b) Não sejam acompanhados pelos documentos mencionados no Art. 3º;
Decisão
1 - A decisão sobre os requerimentos apresentados é competência do
Presidente do Conselho Directivo do ICBAS, mediante parecer do Conselho
Pedagógico.
2 - A decisão é notificada ao interessado nos termos do disposto no artigo 68º
do Código do Procedimento Administrativo.
Benefícios do trabalhador-estudante
1 - O trabalhador-estudante não está sujeito à frequência de um número
mínimo de disciplinas e não está sujeito a qualquer disposição que faça
depender o aproveitamento escolar de frequência de um número mínimo de
aulas por unidade curricular.
2 – Não obstante o disposto no número anterior, o trabalhador-estudante não
está isento da realização de actos de avaliação, inclusive de avaliação
contínua (i.e., actos de avaliação realizados ao longo do semestre ou ano,
durante aulas ou noutras ocasiões) que sejam pré-condição mínima para
acesso ao exame final, se este existir. Excepcionalmente, a requerimento
fundamentado do trabalhador-estudante, dirigido ao Presidente do Conselho
Directivo, actos de avaliação contínua podem vir a ser especialmente
agendados para outras ocasiões que não aquelas originalmente previstas, ou
serem equacionados sistemas de avaliação alternativos igualmente válidos, se
for julgado exequível.
3 - O trabalhador-estudante não está sujeito a limitações quanto ao número
de exames a realizar na época de recurso.
4 – O trabalhador-estudante tem prioridade na escolha de horários escolares,
de entre as possibilidades existentes, ainda que só dentro do período que for
anualmente divulgado pela Gestão para exercício de tal preferência.
5 – O trabalhador-estudante tem direito a aulas de compensação ou de apoio
pedagógico que sejam consideradas imprescindíveis pelo Presidente do
Conselho Directivo, ouvido o Conselho Pedagógico.
Falsas declarações
Legislação aplicável
Em tudo o que não estiver previsto no presente regulamento aplica-se o
disposto na Lei nº 99/2003, de 27 de Agosto, e Lei nº 35/2004, de 29 de Julho.
Objecto
O presente Regulamento normaliza o acesso e ingresso no ICBAS pelos regimes
de mudança de curso, transferência e reingresso.
Âmbito
O disposto no presente Regulamento aplica-se aos ciclos de estudos
conducentes ao grau de licenciado e aos ciclos de estudo integrados
conducente ao grau de mestre, adiante genericamente designado por curso.
Conceitos
Os conceitos de mudança de curso, transferência e reingresso são os definidos
no artigo 3.º da Portaria n.º 401/2007, de 5 de Abril.
Prescrições
Os estudantes cuja matrícula e inscrição haja caducado por força do regime
de prescrições a que se refere o artigo 5.º n.º 2 da Lei n.º 37/2003, de 22 de
Agosto, só poderão candidatar-se a um destes regimes decorrido um ano
lectivo após aquele em que se verificou a prescrição.
Pré -requisitos
A mudança de curso e a transferência para os mestrados integrados em
Medicina e Medicina Veterinária estão condicionadas à satisfação de pré-
requisitos, de acordo com o regime jurídico de acesso ao ensino superior.
Limitações quantitativas
1 — O reingresso não está sujeito a quaisquer limitações quantitativas.
Candidaturas
1 — As candidaturas aos regimes de mudança de curso, transferência e
reingresso deverão ser efectuadas no sítio da internet do ICBAS, seguindo os
procedimentos sequenciais aí detalhados.
2 — Juntamente com formulário de candidatura deverão ser entregues, por
via electrónica, os seguintes documentos:
a) Fotocópia do Bilhete de identidade;
b) Procuração, se necessário;
c) Documento comprovativo da transferência bancária do valor do
emolumento devido pela candidatura (os candidatos deverão escrever no
documento o respectivo nome e número de bilhete de identidade);
d) Pré -requisito, sob a forma de atestado médico (excepto no curso de
Ciências do Meio Aquático).
3 — Os candidatos deverão ainda entregar os seguintes documentos,
consoante o caso:
Nas transferências:
a) Plano de estudos detalhado do curso, devidamente autenticado, conforme
oficialmente aprovado e publicado em DR ou em outra forma de divulgação
pública, com indicação das horas de contacto de cada unidade curricular, da
sua tipologia (semestral, anual ou outra) e dos respectivos ECTS (Caso estes
não existam, será dado o tratamento de acordo com o artigo 9.º n.º 4, alíneas
a) e b) do Regulamento dos Regimes de mudança de curso, transferência e
reingresso da Universidade do Porto);
b) Historial de exames nacionais de acesso ao ensino superior com respectiva
nota de candidatura;
c) Atestado de residência;
d) Certidão descrita das unidades curriculares realizadas no curso de origem,
com indicação das respectivas classificações finais (expressa em escala de 0 a
20 valores e arredondada às unidades, ou, se oriundo de outros países,
expressa na escala quantitativa localmente adoptada).
Nas mudanças de curso:
Exclusões
1 — Serão excluídos do procedimento, em qualquer momento do mesmo, não
podendo matricular -se ou inscrever -se nesse ano lectivo, os requerentes que
prestem falsas declarações ou falsifiquem documentos.
Neste caso, serão ainda comunicados os factos aos Serviços do Ministério
Público competentes, para instauração do devido procedimento criminal.
2 — Confirmando -se posteriormente à realização da matrícula a situação
referida no parágrafo anterior, a matrícula bem como todos os actos
praticados ao abrigo da mesma serão nulos.
3 — A exclusão da candidatura, devidamente fundamentada é da competência
do Presidente do Conselho Directivo.
Critérios de seriação
1 — Os critérios de seriação para mudança de curso e transferência serão
fixados anualmente por despacho do Presidente do Conselho Directivo do
ICBAS e afixados atempadamente nos locas de estilo do ICBAS e divulgados na
sua página de Internet.
2 — Para aplicação dos critérios, e quando se trate de unidades curriculares
realizadas em estabelecimentos de ensino superior estrangeiro, a
classificação das unidades curriculares do curso de origem:
a) É a classificação atribuída pelo estabelecimento de ensino superior
estrangeiro, quando este adopte a escala de classificação portuguesa (10 a
20, na escala inteira de 0 a 20);
b) É a classificação resultante da conversão proporcional da classificação
obtida para a escala de classificação portuguesa, quando o estabelecimento
de ensino superior estrangeiro adopte uma escala diferente desta, conforme
exemplificado no anexo ao Regulamento dos regimes de mudança de curso,
transferência e de reingresso da Universidade do Porto.
Decisão
1 — As decisões sobre os requerimentos são da competência do Presidente do
Conselho Directivo e válidas apenas para a matrícula e inscrição no ano
lectivo a que respeitam.
2 — A decisão exprime -se através de uma das seguintes menções:
a) Colocado;
b) Não colocado;
c) Excluído.
3 — Os resultados finais dos concursos serão publicitados através de edital
afixado nos locais de estilo do ICBAS e divulgados na sua página de Internet. A
Prazos
1 — As candidaturas decorrem entre 1 e 31 de Agosto.
2 — A apreciação das candidaturas e a publicação dos resultados da seriação
das mudanças de curso e das transferências serão realizadas até 13 de
Setembro.
3 — Os prazos de reclamação, matricula e inscrição serão aqueles que vierem
a ser fixados para os concursos especiais.
Legislação aplicável
CAPÍTULO V: ESTATUTOS
BOMBEIROS
Artigo 6
Regalias no âmbito da educação
1—Aos bombeiros dos corpos profissionais, mistos ou voluntários, são
concedidas as seguintes regalias:
a) Relevação de faltas às aulas motivadas pela comparência em actividade
operacional, quando requerida pelo comandante do corpo de bombeiros;
b) Realizarem, em data a combinar com o docente ou de acordo com as
normas internas em vigor no estabelecimento de ensino, os testes escritos a
que não tenham podido comparecer comprovadamente por motivo do
cumprimento de actividade operacional.
2—Aos bombeiros dos corpos profissionais, mistos ou voluntários, com pelo
menos dois anos de serviço efectivo é concedida ainda a faculdade de
requererem em cada ano lectivo até cinco exames para além dos exames nas
épocas normais e especiais, já consagradas na legislação em vigor, com um
limite máximo de dois por disciplina.
3 — Os bombeiros voluntários dos quadros de comando e activo com pelo
menos dois anos de serviço efectivo têm direito ao reembolso das propinas e
das taxas de inscrição da frequência do ensino secundário ou do ensino
superior público desde que tenham aproveitamento no ano lectivo anterior,
salvo se se tratar de início de curso.
CAPÍTULO V
Artigo 23.o
Dirigente associativo jovem
1—Para efeitos da aplicação da presente lei, beneficiam do estatuto do
dirigente associativo jovem os membros dos órgãos sociais das associações de
jovens sediadas no território nacional e inscritas no RNAJ, cabendo à direcção
da associação comunicar quais os dirigentes que gozam do respectivo
estatuto.
2—Os órgãos directivos regionais das associações consideram-se órgãos
directivos para efeitos do disposto no presente capítulo.
Artigo 24.o
Direitos do dirigente associativo jovem
1—O dirigente associativo jovem goza dos seguintes direitos:
a) Relevação de faltas às aulas, quando motivadas pela comparência em
reuniões dos órgãos a que pertençam, no caso de estas coincidirem com o
horário lectivo;
b) Relevação de faltas às aulas motivadas pela comparência em actos de
manifesto interesse associativo.
2—A relevação das faltas depende da apresentação ao órgão competente do
estabelecimento de ensino de documento comprovativo da comparência nas
actividades referidas no n. 1.
Artigo 25.o
Dirigente estudante do ensino superior
1 — O dirigente associativo jovem estudante do ensino superior goza, ainda,
dos seguintes direitos:
a) Requerer até cinco exames em cada ano lectivo para além dos exames nas
épocas normais e especiais já consagradas na legislação em vigor, com um
limite máximo de dois por disciplina;
b) Adiar a apresentação de trabalhos e relatórios escritos, de acordo com as
normas internas em vigor no respectivo estabelecimento de ensino;
c) Realizar, em data a combinar com o docente, ou de acordo com as normas
internas em vigor, os testes escritos a que não tenha podido comparecer
devido ao exercício de actividades associativas inadiáveis.
2—Os direitos referidos no número anterior podem ser alargados por
deliberação dos órgãos competentes dos respectivos estabelecimentos de
ensino.
3—Para efeito do disposto na alínea c) do n. 1, o estudante que seja dirigente
associativo obriga-se a, no prazo de quarenta e oito horas a partir do
Artigo 32.o
Assembleia-geral da associação de estudantes
1—Os estudantes têm direito à relevação de faltas às aulas motivadas pela
comparência em reuniões da assembleia-geral no caso de estas coincidirem
com o horário lectivo.
2—Para efeitos do número anterior, caberá à mesa da assembleia-geral a
entrega da listagem dos estudantes presentes ao órgão de direcção do
estabelecimento de ensino.
3—O direito previsto no n. 1 do presente artigo poderá ser exercido até duas
vezes por ano.
Artigo 33.o
Novos direitos
Os direitos previstos na presente lei são compatíveis com quaisquer outros da
mesma natureza que sejam concedidos por outro regime legal.
g) Quaisquer outros objectivos que venham a ser definidos pelos órgãos desta
Associação, ou através do programa pelo qual foram eleitos.
1. Assembleia Geral
2. Direcção
3. Conselho Fiscal
ASSEMBLEIA GERAL
- Compete à MAG:
Conselho Fiscal
-Compete ao CF:
DAEICBAS
- Compete à direcção:
ELEIÇÕES
REFERENDO
O referendo é uma forma legítima dos membros da AEICBAS expressarem
livremente as suas opiniões e deliberarem sobre assuntos que sejam do seu
interesse. São entidades competentes para requerer referendo:
TÍTULO I
Princípios Gerais
Princípios fundamentais
1. A ANEM/PorMSIC exerce a sua actividade independentemente de qualquer
opção política, social, racial ou religiosa.
2. A ANEM/PorMSIC adopta a declaração de princípios a ser aprovada em
Assembleia Geral e que respeita os princípios consagrados no quadro da IFMSA
–International Federation of Medical Student’s Associations.
3. A ANEM/PorMSIC não interfere nos assuntos internos das suas
associações/núcleos membro.
4. Os cargos da ANEM/PorMSIC não são passíveis de qualquer tipo de
remuneração.
Competências
Compete à ANEM/PorMSIC:
a) Emitir opinião sobre todos os assuntos relacionados com os estudantes de
medicina, sem prejuízo das posições assumidas pelas associações/núcleos
membro, contribuindo para a participação dos seus membros no debate de
assuntos relacionados com a Educação Médica e Saúde;
b) Sensibilizar os estudantes para as obrigações sociais, éticas e morais, assim
como promover a sua formação científica;
c) Participar na formação dos estudantes de medicina, nomeadamente na
realização de estágios clínicos, pré-clínicos e de investigação;
d) Manter contacto com organizações nacionais e internacionais com vista à
persecução dos seus objectivos.
e) Organizar actividades de carácter científico, cultural, recreativo e
desportivo para os alunos de medicina.
Actividades Gerais
1. Fomentar a análise crítica e a discussão colectiva dos assuntos da sua
competência.
Sigla e Denominação
1. A ANEM/PorMSIC é a única sigla reconhecida da Associação, podendo ser
utilizados os acrónimos ANEM ou PorMSIC.
2. Só são reconhecidas duas denominações para a ANEM/PorMSIC:
a) Associação Nacional de Estudantes de Medicina
b) Portuguese Medical Student’s International Committee.
TÍTULO II
Membros
(Membros)
1. Podem ser membros da ANEM/PorMSIC as associações de estudantes de
medicina fundadoras e ou admitidas em Assembleia Geral e que representem
estudantes de medicina de Escolas Médicas Portuguesas.
2. São membros da ANEM/PorMSIC:
Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do
Porto (AEFMUP)
Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina de Lisboa (AEFML)
Núcleo de Estudantes de Medicina da Associação Académica de
Coimbra (NEM/AAC)
Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade Nova de Lisboa (AEFCML)
Associação de Estudantes do Instituto de Ciências Biomédicas Abel
Salazar (AEICBAS)
Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho (NEMUM)
Núcleo de Estudantes de Medicina da Associação Académica da
Universidade da Beira Interior (MedUBI/AAUBI).
Admissão de novos membros
1. Poderão ser admitidos como membros de pleno direito as
associações/núcleos de estudantes de escolas médicas portuguesas que gozem
de personalidade jurídica e representem a maioria dos estudantes das
respectivas escolas.
2. A proposta de admissão deve ser apresentada ao Presidente da Mesa da
Assembleia Geral da ANEM/PorMSIC e assinada pelos representantes legais da
associação/núcleo de estudantes que requer a qualidade de membro.
Direitos
Constituem direitos dos membros:
a) Participar nas Assembleias Gerais e discutir todos os assuntos de interesse
para a persecução dos objectivos da ANEM/PorMSIC;
b) Eleger, por intermédio dos seus delegados, os corpos sociais desta
Associação;
c) Participar nas iniciativas organizadas pela ANEM/PorMSIC;
d) Usufruir dos benefícios e programas levados a cabo pela ANEM/PorMSIC;
e) Nomear para a delegação a eventos internacionais, associado(s)
representante(s) da sua Associação/Núcleo de Estudantes, em articulação com
a Direcção da ANEM/PorMSIC.
Deveres
Constituem deveres dos membros:
a) Cumprir os presentes estatutos e demais regulamentos da ANEM/PorMSIC;
b) Colaborar e contribuir para a execução do programa de actividades e
demais iniciativas da ANEM/PorMSIC;
c) Pagar uma quota anual a definir em Assembleia Geral;
d) Respeitar os interesses da ANEM/PorMSIC;
e) Participar nas Assembleias Gerais da ANEM/PorMSIC;
f) Promover as actividades e a imagem da ANEM/PorMSIC, junto dos seus
associados.
TÍTULO III
Finanças e Património
Receitas e despesas
1. São receitas da ANEM/PorMSIC:
a) O montante das quotas pagas pelos membros;
b) As receitas provenientes da contribuição dos estudantes de Medicina que
participem nas suas iniciativas;
c) As receitas de serviços prestados a terceiros pela ANEM/PorMSIC;
TÍTULO IV
Dos Órgãos
CAPÍTULO I
(Generalidades)
Composição
São órgãos da ANEM/ PorMSIC:
1. A Assembleia Geral;
2. A Mesa da Assembleia Geral;
3. O Senado;
4. O Conselho Fiscal;
5. A Direcção.
Mandato
O mandato dos titulares dos órgãos da ANEM/PorMSIC é de um ano e inicia-se
com a tomada de posse conferida pelo presidente da Mesa da Assembleia
Geral.
Regulamentos internos
1. Os diferentes órgãos da ANEM/PorMSIC são dotados de um regulamento
interno.
2. Os regulamentos internos dos órgãos serão executados no prazo máximo de
30 (trinta) dias após a tomada de posse.
CAPÍTULO II
Da Assembleia Geral
Definição
1. A Assembleia Geral é o órgão deliberativo máximo da ANEM/PorMSIC.
2. A Assembleia Geral reunirá ordinariamente três vezes por ano.
3. A Assembleia Geral reunirá extraordinariamente por iniciativa do
Presidente da Mesa da Assembleia, a pedido do Senado, da Direcção, do
Conselho Fiscal ou por pelo menos duas associações/núcleos membro,
mediante comunicação escrita com proposta de ordem de trabalhos.
Composição
1. A Assembleia Geral é constituída por:
a. Delegados credenciados pelas respectivas associação/núcleo,
obrigatoriamente estudantes de medicina, no máximo de quatro, não podendo
contudo estes ser elementos da Direcção e da Mesa da Assembleia Geral;
Funcionamento
1. A Assembleia Geral só pode reunir e tomar decisões desde que convocada
com uma antecedência mínima de dez dias, com indicação expressa dos
assuntos a discutir e desde que a maioria dos delegados se faça representar.
a. Caso a Assembleia Geral seja marcada com uma antecedência inferior a dez
dias, esta poderá prosseguir, desde que estejam presentes mais de cinco
sétimos dos delegados e estejam representadas todas as associações/núcleos
membro.
2. Caso não se verifique quórum à hora prevista de início dos trabalhos, a
Mesa fará nova chamada de meia em meia hora até duas horas depois,
verificando a cada
chamada se o número de presenças é ou não suficiente para reunir quórum.
3. No caso de não se verificar quórum a mesa pode dar por suspensa a
Assembleia Geral e marcará nova Assembleia Geral a realizar-se no período
máximo de 15 (quinze) dias.
Competências
Compete à Assembleia Geral:
a) Apreciar as actividades da Direcção;
b) Ratificar documentos e tomadas de posição apresentadas pelo Senado;
c) Regulamentar matérias particulares dos presentes Estatutos;
d) Apreciar e votar os Regulamentos Internos dos órgãos sociais da
ANEM/PorMSIC;
e) Eleger os titulares dos órgãos da ANEM/PorMSIC, de acordo com os
presentes estatutos;
f) Decidir sobre alterações dos Estatutos;
g) Deliberar sobre a dissolução da ANEM/PorMSIC;
h) Deliberar sobre a destituição da Mesa da Assembleia Geral, da Direcção, do
Conselho Fiscal, dos Coordenadores Nacionais e dos grupos de
CAPÍTULO III
Da Mesa da Assembleia Geral
Composição
A Mesa da Assembleia Geral é constituída por:
1. O Presidente;
2. O Vice-Presidente;
3. O Secretário.
Competências
São competências da Mesa da Assembleia Geral:
1. Convocar a Assembleia Geral da ANEM/PorMSIC;
2. Dirigir os trabalhos da Assembleia Geral;
3. Verificar a existência de quórum;
4. Redigir a acta da Assembleia Geral, que deverá ser enviada às
Associações/Núcleos membro num prazo mínimo de dez dias antes da
Assembleia Geral seguinte, a qual deverá ser discutida e votada, ficando
registada após aprovação;
5. Verificar a elegibilidade dos candidatos aos órgãos da ANEM/PorMSIC;
6. Substituir, em regime de gestão corrente em caso de demissão, a Direcção
nas suas funções até à eleição de nova Direcção, a ter lugar no prazo máximo
de trinta dias.
Responsabilidade
Cada membro da Mesa de Assembleia Geral é pessoalmente responsável pelos
seus actos e solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de
acordo com os restantes membros da Mesa da Assembleia Geral.
CAPÍTULO IV
Do Senado
Composição
O Senado é constituído por duas qualidades de membros, votantes e não
votantes;
1. Os membros votantes são, por inerência, os Presidentes das Direcções das
Associações/Núcleos membro;
§ único - No caso do Presidente da Direcção da Associação/Núcleo não ser
estudante de Medicina, este tem que nomear, no início do seu mandato, um
substituto, obrigatoriamente estudante de Medicina, que assumirá as suas
funções em plenos direitos e deveres.
2. Os membros não votantes são o Presidente e um Vice-Presidente da
Direcção da ANEM/PorMSIC.
Funcionamento
1. O Presidente da Direcção da ANEM/PorMSIC modera o Senado, sendo
assistido pelo Vice-Presidente;
2. Em situações excepcionais o Presidente da cada Associação/Núcleo membro
pode fazer-se representar, por duas vezes, durante o período do seu mandato.
a. Em caso de faltar ou se fazer representar por mais de duas vezes perderá o
direito a voto nas duas reuniões subsequentes a que compareça.
b. Em caso de acumulação de funções no Senado por um período inferior a
dois meses, o disposto na alínea (a) do ponto dois deste artigo não se aplica.
3. As reuniões são convocadas pelo Presidente da Direcção da ANEM/PorMSIC,
com uma antecedência mínima de 7 dias, sem periodicidade obrigatória;
4. Em situação de manifesta urgência pode o Senado ser convocado, sem
antecedência mínima, desde que garantido um quórum de cinco sétimos dos
seus membros votantes;
5. Podem requerer a convocação do Senado, a Assembleia Geral, o Presidente
da Direcção da ANEM/PorMSIC ou dois sétimos dos seus membros votantes.
Competências
1. São competências do Senado;
a) Definir a Política de Fundo da ANEM/PorMSIC a ser ratificada pela
Assembleia Geral;
b) Avaliar o funcionamento da estrutura da ANEM/PorMSIC;
c) Deliberar sobre assuntos de política educativa, relevantes para a
ANEM/PorMSIC;
d) Emitir pareceres sempre que solicitado por qualquer órgão da
ANEM/PorMSIC;
e) Deliberar sobre a constituição ou participação da ANEM/PorMSIC em outras
pessoas colectivas de direito público ou privado, com ou sem carácter
lucrativo;
f) Definir a articulação da ANEM/PorMSIC com outras instituições
representativas do movimento associativo;
Responsabilidade
Cada membro do Senado é pessoalmente responsável pelos seus actos e
solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de acordo com os
restantes membros da Senado.
CAPÍTULO V
Do Conselho Fiscal
Composição
1. O Conselho Fiscal é constituído por um elemento de cada uma das
associações/núcleos membro;
2. O Conselho Fiscal é constituído por um presidente, um vice-presidente e
um relator, eleitos em Assembleia Geral, sendo os restantes nomeados pelas
respectivas associações/núcleos membro;
3. Não poderá haver na sua constituição mais que um elemento de cada
Associação/Núcleo membro da ANEM/PorMSIC.
Competências
1. Compete ao Conselho Fiscal:
a) Fiscalizar todos os encargos financeiros da ANEM/PorMSIC;
b) Dar parecer fundamentado sobre o Orçamento e Relatório de Contas
elaborado pela Direcção;
c) Elaborar pareceres, atendendo à sua especificidade e sempre que solicitado
por qualquer das associações/núcleos membro, pelo Senado ou pela
Assembleia Geral;
d) Elaborar o seu Regulamento Interno.
2. O Conselho Fiscal reunirá ordinariamente aquando da realização da última
Assembleia Geral do mandato e extraordinariamente sempre que for
considerado necessário.
Responsabilidades
Cada membro do Conselho Fiscal é pessoalmente responsável pelos seus actos
e solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de acordo com os
restantes membros do Conselho Fiscal.
CAPÍTULO VI
Da Direcção
Secção I
Disposições Gerais
Composição
A Direcção é composta por:
1. Um Núcleo de Gestão, com um número par de elementos, num máximo de
seis, entre os quais o Presidente, um Vice-presidente, o Tesoureiro;
2. O Coordenador de Informação e Imagem;
3. O Coordenador Nacional de Saúde Pública, o Coordenador Nacional de
Saúde Reprodutiva e SIDA, o Coordenador Nacional de Intercâmbios e o
Coordenador Nacional Científico.
Competências
1. A Direcção é, para todos os efeitos legais, o órgão executivo e de
administração da ANEM/ PorMSIC.
2. À Direcção compete:
a) Elaborar o Plano de Actividades e Orçamento;
b) Apresentar o seu Plano de Actividades e Orçamento na Assembleia Geral
imediatamente após a tomada de posse;
c) Elaborar o Regulamento Interno, na primeira reunião de Direcção;
d) Fazer os pedidos de subsídio e de apoios às entidades competentes;
e) Administrar o património da Associação;
f) Organizar actividades científicas, culturais, recreativas ou desportivas para
os estudantes de medicina;
g) Cumprir o plano de actividades e executar as deliberações tomadas pela
Assembleia Geral e Senado;
h) Debater todos os assuntos julgados relevantes para a Direcção da ANEM/
PorMSIC;
i) Aplicar a política de fundo da ANEM/PorMSIC;
j) Representar ou fazer representar os seus associados;
k) Apresentar o Relatório de Actividades e Contas em Assembleia Geral antes
do término do mandato;
l) Elaborar um relatório intercalar de actividades, a pedido de qualquer órgão
da ANEM/PorMSIC;
m) Apresentar o relatório de participação de todos os delegados em
actividades internacionais;
n) Manter contactos permanentes com organizações nacionais e internacionais
de interesse para a ANEM/ PorMSIC, nomeadamente a IFMSA – International
Federation of Medical Students Association;
o) Assegurar a representatividade dos estudantes de medicina de Portugal a
todos os níveis.
Responsabilidade
Cada membro da Direcção é pessoalmente responsável pelos seus actos e
solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de acordo com os
restantes membros da Direcção.
Secção II
O Núcleo de Gestão
Competências do Núcleo de Gestão
1. São competências do Presidente da Direcção:
a) Convocar e moderar as reuniões da Direcção e do Senado;
b) Representar a ANEM ao seu mais alto nível;
c) Coordenar, juntamente com o Tesoureiro, a aquisição de materiais ou
equipamentos de acordo com o Orçamento aprovado;
d) Todas as demais competências que lhe forem atribuídas pela Assembleia
Geral e Senado.
2. São competências do Vice-Presidente da Direcção:
a) Substituir o Presidente na sua ausência;
b) Assessorar o Presidente na moderação das reuniões do Senado;
c) Preparar as reuniões do Senado;
d) Todas as demais competências que lhe forem atribuídas pela Assembleia
Geral, Senado ou Direcção.
3. São competências do Tesoureiro:
a) Coordenar a elaboração do orçamento;
b) Administrar as verbas colocadas à disposição da ANEM/PorMSIC, de acordo
com o plano de Orçamento elaborado para o respectivo mandato;
c) Coordenar, juntamente com o Presidente, a aquisição de materiais ou
equipamentos de acordo com o Orçamento aprovado;
d) Acompanhar a gestão financeira de actividades perpetuadas por Comissões
Organizadoras ou grupos de Trabalho;
e) Organizar a contabilidade e elaborar o Relatório de Contas no final de cada
mandato;
f) Dar a conhecer o trabalho da ANEM a potenciais patrocinadores;
g) Angariar patrocinadores para financiar o Plano de Actividades da
ANEM/PorMSIC;
h) Coordenar os pedidos de patrocínios efectuados por outros elementos da
Direcção da ANEM/PorMSIC.
4. As competências dos restantes membros da Direcção são definidas pelos
candidatos aquando da apresentação da candidatura em Assembleia Geral.
Secção III
Os Coordenadores Nacionais
Competências
A cada Coordenador Nacional compete:
a) Apresentar na primeira Assembleia Geral ordinária do ano a que o mandato
se refere o plano de actividades do seu departamento;
b) Apresentar o regulamento do seu Departamento a ser aprovado na primeira
Assembleia Geral ordinária do ano a que o mandato se refere;
c) Cumprir o Plano de Actividades e executar as deliberações tomadas pela
Assembleia Geral ou pelo Senado;
d) Apresentar o relatório de actividades na última Assembleia Geral ordinária
do mandato.
Secção IV
Do Coordenador de Informação e Imagem
Competências
Ao Coordenador de Informação e Imagem compete:
a) Garantir a gestão das ferramentas de comunicação e divulgação de
ANEM/PorMSIC;
b) Apresentar na primeira Assembleia Geral ordinária do ano a que o mandato
se refere o plano de actividades do seu departamento;
c) Cumprir o Plano de Actividades e executar as deliberações tomadas pela
Assembleia Geral ou pelo Senado;
d) Apresentar o relatório de actividades na última Assembleia Geral ordinária
do mandato;
TÍTULO V
Eleições
Especificações
As disposições do presente título aplicam-se à eleição da Mesa da Assembleia
Geral, do, do Conselho Fiscal e da Direcção.
Elegibilidade
1. Só podem ser eleitos para cargos nos órgãos da ANEM estudantes de
medicina das
associações/núcleos membro, sob credenciação das suas Direcções.
2. Nenhum candidato poderá figurar como candidato em mais do que uma
lista.
3. Nenhum candidato poderá acumular cargos nacionais em diferentes órgãos
da
ANEM/PorMSIC.
4. O Presidente e Vice-presidente com assento no Senado da ANEM/PorMISC
não
podem acumular cargos no Senado.
5. Nenhum dos membros eleitos do Conselho Fiscal pode pertencer à mesma
associação/núcleo membro.
6. Não podem ser nomeados ou eleitos estudantes que tenham pertencido
previamente a órgãos da ANEM/PorMSIC nos quais tenham faltado às suas
competências.
Regime de eleição
1. A Mesa de Assembleia Geral, a Direcção, e os membros eleitos do Conselho
Fiscal são eleitos na última Assembleia Geral ordinária do mandato, regra
geral no último trimestre do ano.
Tomada de posse
1. A Mesa de Assembleia Geral, a Direcção, o Conselho Fiscal e os
Coordenadores Nacionais tomam posse até trinta dias após a sua eleição, em
sessão pública.
2. Os membros do Senado da ANEM/PorMSIC são empossados para este órgão
após a tomada de posse do cargo que os designam.
3. A posse é conferida pelo presidente da Mesa da Assembleia Geral em
funções. Na impossibilidade deste, a posse é conferida por um dos restantes
membros da Mesa ou, em última instância, pela Direcção vigente.
TÍTULO VI
Demissões
1. No caso de demissão do Presidente da Direcção da ANEM/PorMSIC, o Núcleo
de Gestão será destituído. Será convocada uma Assembleia Geral
Extraordinária, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, para eleição de novo
Núcleo de Gestão. Durante este período os restantes elementos da Direcção
asseguram a gestão corrente da Direcção.
2. No caso de perda de quórum de algum dos órgãos da ANEM/PorMSIC, por
demissão
dos seus membros, o órgão em causa é dissolvido de imediato e substituído
em Assembleia Geral no prazo máximo de trinta dias, assegurando a Mesa da
Assembleia Geral as suas funções até à referida Assembleia Geral.
3. No caso de demissão do Tesoureiro ou Vice-presidente, este será
substituído por outro elemento da Direcção da ANEM/PorMSIC e
posteriormente ratificado na Assembleia Geral seguinte.
4. No caso de demissão do presidente da Mesa de Assembleia Geral assumirá
funções o vice-presidente da Mesa de Assembleia Geral.
5. No caso de demissão colectiva da Mesa da Assembleia Geral, esta será
substituída, em Assembleia Geral, convocada no prazo máximo de trinta dias
TÍTULO VII
Disposições finais
Revisão
1. As deliberações sobre as alterações dos Estatutos estão sujeitas ao mesmo
regime estabelecido para a aprovação dos mesmos.
2. Os presentes Estatutos só podem ser revistos passados seis meses da data
da sua publicação em Diário da República.
3. Os Estatutos devem ser aprovados por maioria qualificada de cinco sétimos.
Dissolução
1. A ANEM/PorMSIC só poderá ser extinta por decisão da Assembleia Geral,
tomada por maioria de cinco sétimos da totalidade dos membros.
2. Em caso de extinção os seus bens ficarão sujeitos ao disposto no Artigo
166º, número
2 do Código Civil.
CAPÍTULO I
Princípios Gerais
Princípios fundamentais
1. A ANEMVet exerce a sua actividade independentemente de qualquer opção
política, social, racial ou religiosa.
2. A ANEMVet não interfere nos assuntos internos das suas
Associações/Núcleos associados.
3. Os cargos da ANEMVet não são passíveis de qualquer tipo de remuneração.
Objecto Social
1. Compete à ANEMVet:
a) Emitir opinião sobre todos os assuntos relacionados com os estudantes
de Medicina Veterinária, sem prejuízo das posições assumidas pelas
Associações /Núcleos associados, contribuindo para a participação dos seus
associados no debate de assuntos relacionados com a educação e profissão
médico-veterinária, entre outros;
b) Sensibilizar os estudantes para as obrigações sociais, éticas e morais,
assim como promover a sua formação científica;
c) Participar na formação dos estudantes de Medicina Veterinária,
nomeadamente na organização de estágios;
d) Garantir a representação nacional e internacional de todos os
estudantes de Medicina Veterinária representados pelas Associações/Núcleos
associados.
e) Organizar actividades de carácter científico, cultural ou desportivo
para todos os estudantes de Medicina Veterinária.
f) Fomentar a análise crítica e a discussão colectiva dos assuntos da sua
competência.
g) Programar e dinamizar actividades que garantam uma estreita
cooperação e convívio entre os estudantes de Medicina Veterinária de todo o
país.
h) Promover a divulgação das suas actividades visando uma extensão da
sua acção a aos estudantes de Medicina Veterinária em Portugal.
CAPÍTULO II
Associados
Associados
1. Podem ser associados da ANEMVet as Associações/Núcleos de
estudantes de Medicina Veterinária fundadoras e/ou admitidas em Assembleia
Geral e que representam os estudantes de Medicina Veterinária em Portugal.
2. São associados fundadores da ANEMVet: Associação dos Estudantes da
Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa (AEFMV-
UTL); Associação de Estudantes de Medicina Veterinária da Universidade de
Trás-os-Montes e Alto Douro (AEMV-UTAD); Associação de Estudantes do
Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto
(AEICBAS-UP); Associação de Estudantes de Medicina Veterinária da
Universidade de Évora (AEMVUE); Associação de Estudantes da Escola
Universitária Vasco da Gama (AEEUVG).
Direitos
1- Constituem direitos dos associados:
a) Participar nas Assembleias Gerais e discutir todos os assuntos de
interesse para a concretização dos objectivos da ANEMVet;
b) Eleger, por intermédio dos seus delegados, os corpos sociais desta
Associação;
c) Participar nas iniciativas organizadas pela ANEMVet;
a) Usufruir dos benefícios e programas levados a cabo pela ANEMVet;
b) Nomear para a delegação a eventos internacionais membro(s)
representante(s) da sua Associação/Núcleo de estudantes, em articulação com
a Direcção da ANEMVet.
Deveres
1- Constituem deveres dos associados:
a) Cumprir os presentes estatutos e demais regulamentos da ANEMVet;
b) Colaborar e contribuir para a execução do programa de actividades e
demais iniciativas da ANEMVet;
c) Pagar uma quota anual a definir em Assembleia Geral, sob proposta da
Direcção;
d) Respeitar os interesses da ANEMVet;
e) Participar nas Assembleias Gerais da ANEMVet;
f) Promover as actividades e a imagem da ANEMVet junto dos seus
associados.
CAPÍTULO III
FINANÇAS E PATRIMÓNIO
Receitas e despesas
1. São receitas da ANEMVet:
a) O montante das quotas pagas pelos seus associados;
b) As receitas provenientes da contribuição dos estudantes de Medicina
Veterinária que participem nas suas iniciativas;
c) As receitas de serviços prestados a terceiros pela ANEMVet;
d) Os demais proventos resultantes de subsídios, doações ou outros apoios
concedidos por entidades públicas ou privadas, bem como de actividades e
eventos realizados pela ANEMVet.
2. As despesas da ANEMVet serão efectuadas mediante a movimentação
de verbas consignadas no orçamento.
CAPÍTULO IV
Dos Órgãos
SECÇÃO I
Generalidades
Composição
1- São órgãos da ANEMVet:
a) A Assembleia Geral, adiante designada por AG;
b) O Conselho Fiscal, adiante designado por CF;
c) A Direcção;
Mandato
1. O mandato dos titulares de cargos eleitos nos corpos sociais da
ANEMVet é de um ano e inicia-se com a tomada de posse conferida pelo
Presidente da Mesa da AG.
Regulamentos internos
1. A Assembleia Geral e a Direcção são dotadas de Regulamento Interno,
aprovados em AG por maioria qualificada de oitenta por cento dos votos dos
delegados presentes e sujeitos às mesmas regras de revisão dos presentes
estatutos, artigo 33 º.
SECÇÃO II
Da Assembleia Geral
Definição
1. A AG é o órgão deliberativo máximo da ANEMVet.
2. A AG reunirá ordinariamente quatro vezes por ano, sendo a primeira
para tomada de posse dos corpos sociais, a segunda para apresentação,
discussão e votação do plano de actividades e orçamento da Direcção, a
terceira para a apresentação, discussão e votação do relatório de actividades
e contas da Direcção, e a quarta para eleições.
3. A AG reunirá extraordinariamente por iniciativa do Presidente da Mesa
da AG, a pedido da Direcção, do CF ou por pelo menos duas
Composição
1. A AG é constituída por:
b) Mesa da Assembleia Geral;
c) Delegados credenciados pelas respectivas Associações/Núcleos de
estudantes, obrigatoriamente estudantes de Medicina Veterinária, no máximo
de três, não podendo contudo estes ser elementos da Direcção, da Mesa da AG
ou do CF da ANEMVet;
d) Titulares de corpos sociais da ANEMVet;
e) Presidentes das Direcções das Associações/Núcleos associados;
f) Membros de Grupos de Trabalho/Comissões Organizadoras.
2. Apenas têm direito a voto os delegados credenciados das
Associações/Núcleos associados;
3. Qualquer estudante de Medicina Veterinária pode assistir e intervir na
AG;
4. Podem também assistir e intervir na AG quaisquer pessoas que, pelas
suas capacidades técnicas ou manifesto interesse para a ANEMVet, sejam
convidadas a comparecer ou assim o solicitem, se para tal a sua presença for
aprovada em AG.
Funcionamento
1. A AG só pode reunir e tomar decisões desde que convocada por meio de
aviso postal, expedido para cada um dos associados com a antecedência
mínima de oito dias; no aviso indicar-se-á o dia, hora e local da reunião e
respectiva ordem de trabalhos.
§ Único – Caso a AG seja marcada com uma antecedência inferior a oito dias
de calendário, esta poderá prosseguir, desde que estejam presentes mais de
oitenta por cento dos delegados e estejam representadas todas as
Associações/Núcleos associados.
2. A aprovação em AG de qualquer decisão obriga à maioria absoluta dos votos
dos delegados presentes excepto nas alíneas d), e), f), k), l), do artigo 17º as
quais necessitam de oitenta por cento dos votos dos delegados presentes para
aprovação.
3. Caso não se verifique quórum à hora prevista de início dos trabalhos, a
Mesa da AG fará nova chamada de meia em meia hora até duas horas depois,
verificando a cada chamada a existência de quórum.
4. No caso de não se verificar quórum ao fim de duas horas, a Mesa da AG
pode dar por suspensa a AG e marcará nova AG no período máximo de quinze
dias de calendário.
Competências
Compete à AG:
a) Apreciar as actividades da Direcção;
SECÇÃO III
Da Mesa da Assembleia Geral
Composição
1. A Mesa da AG, adiante designada MAG, é constituída por:
a) Um Presidente;
b) Um Vice-Presidente;
c) Um Secretário.
2. A MAG não poderá ser constituída apenas por elementos de uma
Associação/Núcleo associado.
Competências
1. São competências da MAG:
a) Convocar a AG da ANEMVet, nos termos do Artigo 16º dos presentes
estatutos;
b) Dirigir os trabalhos da AG;
c) Verificar a existência de quórum;
d) Redigir a acta da AG, que deverá ser enviada às Associações/Núcleos
associados num prazo mínimo de dez dias de calendário antes da AG seguinte,
a qual deverá ser discutida e votada, ficando registada após aprovação;
e) Verificar a elegibilidade dos candidatos aos órgãos da ANEMVet;
f) Substituir a Direcção, em caso de demissão, em regime de gestão corrente,
nas suas funções até à eleição de nova Direcção, a ter lugar no prazo máximo
de trinta dias.
Responsabilidade
SECÇÃO IV
Do Conselho Fiscal
Composição
1. O CF é constituído por um elemento de cada Associação/Núcleo
associado.
2. O CF é constituído por um Presidente, um Vice-presidente, um Relator
e Vogais.
Competências
1. Compete ao CF:
a) Fiscalizar todos os encargos financeiros da ANEMVet;
b) Emitir parecer fundamentado sobre o Orçamento e Relatório de Contas
elaborado pela Direcção, e apresentar esse mesmo parecer em AG.
c) Elaborar pareceres, atendendo à sua especificidade, por sua iniciativa e
sempre que solicitado por qualquer das Associações/Núcleos associados, pela
Direcção ou pela AG;
2. O CF reunirá ordinariamente antes da realização da segunda e da terceira
AG ordinárias do mandato e extraordinariamente sempre que for considerado
necessário.
3. Compete ao Presidente do CF o voto de qualidade em caso de empate.
Responsabilidades
1. Cada membro do CF é pessoalmente responsável pelos seus actos e
solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de acordo com os
restantes membros do CF.
SECÇÃO V
Da Direcção
Composição
1. A Direcção é composta por um número ímpar de elementos, incluindo
um Presidente, um Vice-presidente, um Secretário, um Tesoureiro e
Coordenadores Nacionais dos Departamentos da ANEMVet.
2. O Presidente, Vice-presidente e Secretário serão obrigatoriamente de
três Associações/Núcleos associados diferentes. O Tesoureiro não poderá ser
das mesmas Associações/Núcleos associados que o Vice-presidente e o
Secretário.
3. A estrutura e organigrama da Direcção constam do Regulamento Interno
da Direcção, referido no Artigo 13º dos presentes estatutos.
Competências
Responsabilidade
1. Cada membro da Direcção é pessoalmente responsável pelos seus actos
e solidariamente responsável por todas as medidas tomadas de acordo com os
restantes membros da Direcção.
CAPÍTULO V
ELEIÇÕES
Especificações
1. As disposições do presente capítulo aplicam-se à eleição de titulares de
cargos na MAG, no CF e na Direcção, adiante designados por Cargos Eleitos.
Elegibilidade
1. Só podem ser eleitos, para Cargos Eleitos, estudantes de Medicina
Veterinária das Associações/Núcleos associados, sob credenciação das suas
Direcções.
2. Nenhum candidato poderá figurar como candidato em mais do que uma
lista.
3. Nenhum candidato poderá concorrer a mais de um dos Cargos Eleitos.
4. Cada um dos membros eleitos do CF deverá pertencer a uma
Associação/Núcleo membro diferente.
5. Não podem ser eleitos estudantes que tenham sido titulares de Cargos
Eleitos nos órgãos da ANEMVet nos quais, no entender da AG, tenham faltado
às suas competências.
Regime de eleição
1. A MAG, a Direcção, e o CF são eleitos em AG ordinária expressamente
convocada para tal.
2. As candidaturas para os Cargos Eleitos têm de ser obrigatoriamente
entregues ao Presidente da MAG até quinze dias úteis antes da AG para a qual
estão agendadas as eleições, por correio postal com aviso de recepção.
3. A candidatura para os Cargos Eleitos apresentada à MAG deverá ser
acompanhada por uma declaração de aceitação assinada por cada um dos
candidatos, fotocópia de documento de identificação oficial e fiscal, linhas de
orientação estratégica da lista e organigrama da mesma.
4. A MAG, a Direcção e o CF são eleitos em lista fechada.
Tomada de posse
1. A MAG, a Direcção e o CF tomam posse até trinta dias de calendário após a
sua eleição, na primeira AG ordinária do mandato.
2. A posse é conferida pelo Presidente da MAG em funções. Na impossibilidade
deste, a posse é conferida por um dos restantes membros da Mesa ou, em
última instância, pela Direcção vigente.
CAPÍTULO VI
DEMISSÕES
Demissões
1. No caso de perda de quórum de algum dos Órgão Eleitos, por demissão dos
seus membros, o órgão em causa é dissolvido de imediato e substituído em AG
no prazo máximo de trinta dias de calendário, assegurando a MAG as suas
funções até à referida AG.
2. No caso de demissão do presidente da MAG assumirá funções o vice-
presidente da MAG.
3. No caso de demissão colectiva da MAG, esta será substituída, em AG,
convocada no prazo máximo de trinta dias de calendário pela Direcção da
ANEMVet. Nesta AG será constituída uma MAG por proposta da AG.
4. No caso de demissão do presidente do CF assumirá funções o vice-
presidente do CF e a Associação/Núcleo associado à qual pertencia o
presidente nomeará um elemento que integrará o Conselho Fiscal como vogal.
5. Em caso de demissão de um membro da Direcção, com excepção dos
coordenadores dos departamentos, este será substituído por outro elemento
da direcção votado em reunião deste mesmo órgão. A Associação/Núcleo
associado à qual pertencia o demissionário nomeará um elemento que
integrará a Direcção como vogal.
6. No caso de demissão de um coordenador de um departamento este será
substituído por um elemento do mesmo departamento.
CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS
ANEXO 1
A
Acordo de aprendizagem (Learning agreement) – Compromisso entre o
estudante – que aceita estudar sujeitando-se às regras estabelecidas, inclusive de
avaliação – e a instituição – que disponibiliza a docência e as condições de
aprendizagem para que os resultados da aprendizagem sejam atingidos no prazo
previsto no plano de estudos, com a consequente atribuição de um grau e seu
diploma logo que o estudante preencha os requisitos para tal.
Acordo de cooperação – Ver Protocolo.
Acreditação de um curso na área da educação continua – Formalização e
aprovação formal de um curso pelo(s) Conselho(s) Científico(s) e Directivo(s)
da(s) Unidade(s) Orgânica(s) que o ministra(m), com base na existência no seu
seio de competências, meios e recursos humanos e materiais adequados para o
efeito.
Aluno – Ver Estudante.
Aluno deslocado – Ver Estudante deslocado.
Aluno extraordinário – Ver Tipo de estudante - Estudante extraordinário.
Aluno ordinário – Ver Tipo de frequência - Estudante ordinário.
Aluno visitante – Ver Tipo de estudante – Estudante em mobilidade.
Ano curricular – Parte do plano de estudos do curso ou ciclo de estudos que, de
acordo com o respectivo instrumento legal de aprovação, deva ser realizada pelo
estudante, quando em tempo inteiro e regime presencial, no decurso de um ano.
Pode organizar-se em Semestres curriculares (2)
ou em Trimestres curriculares (3):
· Semestre curricular – Parte do plano de estudos do curso ou ciclo de estudos
que, de acordo com o respectivo instrumento legal de aprovação, deva ser
realizada pelo estudante, quando em tempo inteiro e regime presencial, no
decurso de um semestre lectivo (Setembro a Fevereiro ou Fevereiro a Julho).
· Trimestre curricular – Parte do plano de estudos do curso ou ciclo de estudos
que, de acordo com o respectivo instrumento legal de aprovação, deva ser
realizada pelo estudante, quando em tempo inteiro e regime presencial, no
decurso de um trimestre.
Ano lectivo – Período entre o início e o termo das actividades lectivas e
académicas de um ano, incluindo férias de Natal, de Carnaval e de Páscoa, de
acordo com o calendário aprovado pelo Senado da Universidade do Porto.
Antigo aluno (AA) – Todo o estudante que esteve matriculado e inscrito nos
cursos ou nos ciclos de estudo da U.Porto e nela obteve um dos graus –
licenciado, mestre ou doutor –, ou um diploma de um curso de pós-graduação
com um mínimo de 60 créditos.
B
B-learning (blended-learning) – Sistema de ensino que combina e-learning com
horas de contacto presenciais.
Boletim de registo académico – Documento emitido no âmbito da mobilidade de
estudantes, pelo estabelecimento de origem e pelo estabelecimento de
acolhimento, que apresenta de forma clara, completa e compreensível os
resultados académicos do estudante em cada unidade curricular, indicando a sua
denominação, o número de créditos atribuídos, a classificação segundo o sistema
de classificação legalmente aplicável e a classificação segundo a escala europeia
de comparabilidade de classificações, de acordo com os princípios definidos nos
artigos 29º a 33º do decreto-lei 42/2005, de 22 de Fevereiro.
Bolsa de estudo – Prestação pecuniária de valor variável concedida ao estudante
para comparticipação nos encargos com a realização dos seus estudos. É
suportada pelo Estado ou por entidades privadas, de acordo com regulamento
específico (Ver Bolseiro).
Bolsa de estudo por mérito – Prémio pecuniário atribuído pela U.Porto a
estudantes que, independentemente da situação sócio-económica, tenham
aproveitamento escolar excepcional, de acordo com regulamento próprio.
Bolsas de mobilidade Erasmus para docentes – Bolsas que visam facilitar aos
docentes universitários a realização de missões de docência em Universidades
parceiras para esta actividade no Programa Erasmus. As missões de docência
deverão ter uma duração que varia entre 1 semana e 6 meses.
C
Carta de curso – Ver Diploma.
Carta de Estudante Erasmus – Documento que define os direitos e deveres do
estudante durante o período de mobilidade Erasmus e que lhe é entregue
aquando da assinatura do Contrato de Estudos Erasmus.
D
Diploma de curso – Documento formal comprovativo da conclusão de um curso
não conferente de grau, emitido pela Unidade Orgânica que o ministrou;
Diploma de Doutoramento Europeu – Carta doutoral com menção do título de
doutoramento europeu, atribuído a quem tenha obtido o grau de doutor na
U.Porto e que tenha cumprido o procedimento previsto na lei, nomeadamente ter
realizado um período de investigação de, pelo menos, um trimestre, como parte
do trabalho de preparação da tese de doutoramento, numa universidade de um
país europeu que não Portugal, ao abrigo de um protocolo específico entre a
U.Porto e essa outra universidade (ver Doutoramento europeu).
Diploma de Doutoramento em regime de co-tutela – Carta doutoral de dupla
titulação, com menção de co-tutela com outra instituição de ensino superior
estrangeira dependente do estabelecimento prévio de protocolo aprovado para o
efeito (ver Doutoramento em regime de co-tutela).
Diploma conjunto de grau – Diploma resultante de um programa de dupla ou
múltipla titulação de primeiro, segundo terceiro ciclos ou mestrado integrado,
oferecido por duas ou mais instituições de ensino superior parceiras,
comprovativo da conclusão do grau conjunto. O grau ou diploma pode ser
atribuído:
- apenas por um dos estabelecimentos;
- por cada um dos estabelecimentos, separadamente (o grau ou diploma é
titulado através de um documento emitido por cada um dos estabelecimentos);
- por todos os estabelecimentos em conjunto (o grau ou diploma é titulado
através de um documento único subscrito pelos órgãos legal e estatutariamente
competentes de todos os estabelecimentos).
a) Diploma «Erasmus Mundus» – Diploma conjunto, duplo ou múltiplo de
Mestrado «Erasmus Mundus», com valor de Carta magistral se registado e
reconhecido pela DGES nos termos previstos nos artºs 5 e 6 do Decreto-
Lei nº 67/2006, de 15 de Março (ver Mestrado «Erasmus Mundus»).
Director de curso ou de ciclo de estudos – Professor catedrático, professor
associado ou, excepcionalmente, professor auxiliar encarregado de dirigir um
ciclo de estudos, nomeado pelo(s) presidente(s) do(s) conselho(s) directivo(s) ou
director(es) da(s) unidade(s) orgânica(s) envolvidas na leccionação do curso ou do
ciclo de estudos, em moldes a definir nos estatutos das unidades orgânicas.
E
E-learning – Sistema de ensino/aprendizagem que recorre a tecnologias
multimédia e/ou da Internet para possibilitar uma aprendizagem centrada no
estudante e baseada no acesso a recursos e serviços disponíveis 24 horas por dia,
todos os dias, possibilitando colaborações e discussões à distancia.
ECTS – European Credit Transfer and Accumulation System – Sistema europeu
de transferência e acumulação de créditos, instrumento que se destina a criar
transparência e facilitar o reconhecimento académico, através da avaliação do
volume de trabalho do estudante numa unidade curricular ou numa área
científica.
Educação contínua – Qualquer forma de educação, tanto vocacional como geral,
formal ou informal, retomada após um intervalo a seguir à educação inicial
realizada de uma forma continuada, ou como complemento desta, igualmente de
nível universitário (ver também Formação contínua).
Educação de adultos – Qualquer forma de aprendizagem não profissional seguida
por adultos, com carácter formal, não formal ou informal.
Épocas de exame:
· Época especial (ESP) – Período extraordinário de realização de exame(s) para
conclusão de um ciclo de estudos, ou para os estudantes abrangidos por
legislação especial.
· Época normal (N) – Período de exames para todos os estudantes, definido no
F
Formação à distância – Método de ensino-aprendizagem à distância com tutoria,
que recorre à utilização de materiais didácticos diversos, em suportes escrito,
áudio, vídeo, informático ou multimédia, com vista não só à aquisição de
conhecimentos como também à avaliação do progresso do formando. Pode
compreender uma componente presencial, materializada em espaços específicos
e com objectivos determinados. A componente não presencial pode revestir as
seguintes formas:
· tutoria à distância síncrona – componente da formação em que os tempos de
intervenção de formando e formador, ainda que mediados por um determinado
processo ou tecnologia, são de ocorrência simultânea;
· tutoria à distância assíncrona – componente da formação em que os tempos
de intervenção de formando e formador, mediados por um determinado
processo ou tecnologia, são de ocorrência desfasada temporalmente.
Formação contínua – Processo organizado, incluído na área da educação
contínua ou da aprendizagem ao longo da vida, que fornece uma formação
específica, com vista a permitir o desenvolvimento pessoal e profissional da
pessoa. Este tipo de formação abrange várias modalidades como: o
aperfeiçoamento pessoal e profissional, a actualização de conhecimentos e a
especialização.
Formação interna da U.Porto – Processo através do qual os recursos humanos se
preparam para o exercício de uma actividade profissional, através da aquisição e
desenvolvimento de capacidades ou competências cuja síntese e integração
possibilitam a adopção de comportamentos adequados ao desempenho
profissional e à valorização pessoal e profissional.
Formador – Profissional definido no artº 17 do Dec. Nor. nº 53-A/96 de 16/12
como aquele que prepara, desenvolve e avalia sessões de formação para grupos
de formandos, utilizando técnicas e materiais didácticos adequados aos
objectivos da acção, com recursos às suas competências técnico pedagógicas. O
formador pode ser “interno”, quando tem vínculo laboral à entidade formadora,
ou “externo”, quando não tem esse vínculo.
Formando – Pessoa que recebe formação, profissional ou geral, numa instituição
ou organismo de formação ou no local de trabalho.
Frequência de um curso – Presença do estudante num mínimo de 75% das horas
de contacto de um curso ou unidade de formação.
G
Grau de doutor – Grau conferido aos que tenham obtido aprovação no acto
público de defesa da tese.
H
Horas de contacto (HC) – Tempo utilizado em sessões de ensino de natureza
colectiva, designadamente em salas de aula, laboratórios ou trabalhos de campo,
em avaliações, na discussão individual ou em grupo de relatórios/trabalhos, e em
sessões de orientação pessoal de tipo tutorial.
Horas de trabalho autónomo:
· Número de horas dedicado a estágios, projectos, trabalhos no terreno e
outras actividades de trabalho autónomo, no âmbito do curso ou da unidade de
formação;
· Número de horas de estudo dedicado pelo estudante ao curso ou unidade de
formação em causa;
· Número de horas destinado à preparação da avaliação no âmbito do curso ou
da unidade de formação em consideração.
I
Inscrição – Acto que faculta ao estudante, depois de matriculado, a frequência
de determinadas unidades curriculares de um curso ou ciclo de estudos.
Instituição de acolhimento – Instituição de ensino superior em que um estudante
em mobilidade realiza um período de estudos ao abrigo de um Programa de
mobilidade e de um Contrato de estudos, ou na qual está inscrito um bolseiro.
Instituição de origem – Instituição ou Universidade em que um estudante em
mobilidade está matriculado e inscrito.
Interrupção – Ver Estados do estudante – Interrompido.
Investigador de pós-doutoramento – Pessoa possuindo o grau de doutor, a
desempenhar actividades de I&D na U.Porto ao abrigo de um programa ou de um
projecto de pósdoutoramento, nas condições definidas no Regulamento de pós-
doutoramento da U.Porto.
L
Learning agreement (LA) – ver Acordo de aprendizagem.
Learning outcomes (LO) – ver Resultados da aprendizagem.
M
Maior (=Major) – Conjunto organizado de unidades curriculares da área científica
predominante na estrutura curricular de um ciclo de estudos, complementada
com uma formação subsidiária em outra área científica distinta, se previsto no
regulamento do ciclo de estudos.
Matrícula – Acto formal pelo qual o estudante ingressa (ou reingressa após
interrupção ou prescrição) num curso da Universidade.
Menor (=Minor ) (MN) – Conjunto organizado de unidades curriculares
correspondentes a uma formação subsidiária numa área científica distinta da da
formação predominante (Maior), com um plano de estudos aprovado e com um
mínimo de 30 créditos.
Mestrado – Ver Ciclo de estudos conducente ao grau de mestre e Curso de
mestrado.
Mestrado «Erasmus Mundus» – Um mestrado recebe a designação de «Erasmus
Mundus» se realizado no âmbito da acção I do Programa «Erasmus Mundus» e
desde que na sua organização e ministração seja parceira a U.Porto através de
um mestrado aprovado ao abrigo da legislação portuguesa. A regulamentação de
cursos de mestrado «Erasmus Mundus» consta do Decreto-Lei nº67/2005, de 15 de
Março. (Ver também Diploma Conjunto de Grau).
Mestrado integrado – ver Ciclo de estudos integrado conducente ao grau de
mestre.
Mobilidade (M) – Actividade inerente ao fluxo de estudantes, docentes,
investigadores e pessoal não-docente para uma instituição de acolhimento, sem
vínculo a esta, realizada com o objectivo de efectuar um período de estudos,
aprofundar a experiência profissional, realizar outra actividade de aprendizagem
ou de ensino, ou uma actividade administrativa conexa, eventualmente
acompanhada de cursos de preparação ou de reciclagem na língua do país de
acolhimento ou numa língua de trabalho (ver também Programas de mobilidade,
Técnicos de apoio à mobilidade e Tipos de estudante).
Mobilidade de estudantes e docentes (MED) – tipologia do fluxo de mobilidade
de estudantes e docentes, em diversas categorias:
· Mobilidade in – mobilidade de estudantes e docentes no sentido do exterior
para a U.Porto;
· Mobilidade out – mobilidade de estudantes e docentes no sentido da U.Porto
para o exterior.
· Mobilidade de estudantes Erasmus – Acção que oferece aos estudantes a
possibilidade de efectuar um período de estudos no estrangeiro, numa
instituição de ensino superior parceira e elegível para o Programa
Sócrates/Erasmus, com pleno reconhecimento académico (como parte integrante
do programa de estudos do seu estabelecimento de origem) com uma duração
mínima de 3 meses e máxima de 1 ano lectivo completo (Ver também Tipo de
estudante).
· Mobilidade de docentes Erasmus – Acção que oferece aos docentes a
possibilidade de efectuar uma missão de leccionação no estrangeiro, numa
inscrição num curso superior. Esta inscrição está sujeita a concurso e a vagas
fixadas anualmente (ver também Vias de entrada – Mudança de curso in e Vias de
saída – Mudança de curso out).
N
Nota ECTS – Ver Classificação ECTS.
Nota local – Ver Classificação local.
P
Parte de um curso superior – Conjunto de unidades curriculares que integram o
plano de estudos de um curso e cuja ministração, a tempo inteiro e em regime
presencial, não excede um ano lectivo.
Permuta – Ver Vias de entrada e Vias de saída.
Plano de estudos de um curso ou ciclo de estudos – Conjunto organizado de
unidades curriculares em que um estudante deve obter aprovação para:
· A obtenção de um determinado grau académico;
· A conclusão de um curso não conferente de grau;
· A reunião de uma parte das condições para obtenção de um determinado
grau académico.
Plano de formação anual de recursos humanos – Plano contendo o conjunto de
acções de formação contínua e de aperfeiçoamento profissional que os
colaboradores da U.Porto ou, eventualmente, de outras instituições poderão
frequentar num ano civil.
Portfolio europeu de línguas – Documento do cidadão europeu, que, prevendo e
estimulando a mobilidade e multilinguismo na Europa, contém um Passaporte
Linguístico (que dá uma perspectiva geral das competências linguísticas e
interculturais, adquiridas em cursos formais e outros), uma Biografia Linguística
(onde o aprendente regista as suas metas, experiências e auto-avaliação da sua
formação linguística) e um Dossier (de que constam documentos diversos
relativos á sua aprendizagem de línguas) (ver
http://www.coe.int/t/dg4/portfolio).
Prémio escolar – Compensação pecuniária atribuída por diversas entidades,
públicas ou privadas, de acordo com regulamentos específicos, com a finalidade
de premiar o mérito do estudante.
Prescrição (PR) – Perda de matrícula por insucesso repetido, conforme
previsto na lei 37/2003 e no regulamento de prescrições da U.Porto. Ver Estados
do estudante.
Processo de Bolonha – Nova organização do ensino superior, em três ciclos
de estudos, que visa melhorar a qualidade e a relevância das formações
oferecidas, fomentar a mobilidade dos estudantes e diplomados e a
internacionalização das formações, recorrendo à adopção do sistema europeu de
créditos curriculares (ECTS), baseado no trabalho dos estudantes. Pretende
conduzir a uma mudança do paradigma de ensino de um modelo baseado na
aquisição de conhecimentos para um modelo baseado no desenvolvimento de
Q
Quadro Europeu de Qualificações – Instrumento de promoção da aprendizagem
ao longo da vida que descreve sistematicamente o conjunto de qualificações
fornecidas no âmbito do sistema de ensino. A proposta da Comissão Europeia
consiste num conjunto de oito níveis de referência que definem os
conhecimentos, o nível de compreensão e as aptidões do estudante – ou seja, os
resultados da aprendizagem – independentemente do sistema em que uma
determinada qualificação foi adquirida.
Quadro Europeu comum de referência para as línguas: aprendizagem, ensino,
avaliação – Elaborado pelo Conselho da Europa, tem por objectivo oferecer uma
base comum, em toda a Europa, para a elaboração de programas, testes,
manuais e outros materiais de aprendizagem de línguas. Um dos aspectos mais
importantes é a definição de seis níveis aprendizagem, que permitem a
comunicação entre os vários sistemas e tradições de ensino de línguas na Europa.
(ver http://www.coe.int/t/dg4/linguistic/CADRE_EN.asp).
R
Recolocação interna (RI) – Desistência da matrícula num ciclo de estudos em
resultado da colocação em outro ciclo de estudos da mesma ou de outra Unidade
Orgânica da U.Porto (Ver Vias de saída).
Recolocação no exterior (RE) – Desistência da matrícula na U.Porto por motivos
de colocação em outro estabelecimento de ensino superior (Ver Vias de saída).
Reconhecimento académico – A matéria respeitante à equivalência
/reconhecimento de habilitações estrangeiras de nível superior às
correspondentes habilitações portuguesas está regulamentada pelo Decreto-Lei
nº 283/83, de 21 de Junho, e pela Portaria nº 1071/83, de 29 de Dezembro. Nos
termos deste decreto-lei os pedidos de equivalência/reconhecimento são
analisados, caso a caso, pelas instituições de ensino superior que ministram
cursos congéneres, não havendo lugar a equivalências automáticas. A concessão
da equivalência/reconhecimento não dispensa o titular da mesma de, para
efeitos profissionais, cumprir todas as outras condições exigidas para o exercício
da profissão em causa. A equivalência concedida ao abrigo do diploma em apreço
tem o valor e produz os efeitos correspondentes aos da titularidade do grau ou
diploma a que foi concedida. O reconhecimento tem o valor e produz os efeitos
correspondentes ao nível da qualificação a que foi comparado.
S
Semestre curricular – Ver Ano curricular.
Student workload – Ver Trabalho do estudante.
Suplemento ao diploma (SD) – Documento bilingue complementar e integrante de
um diploma (carta de curso, carta magistral, carta doutoral ou diploma de um
curso não conferente de grau incluído num ciclo de estudos), que visa contribuir
para melhorar a transparência internacional e o reconhecimento académico e
profissional equitativo das qualificações (diplomas, graus, certificados, etc.),
nomeadamente:
· Descrever o sistema de ensino superior português e o seu enquadramento no
T
Tempo integral (TI) – Modalidade de frequência de um curso ou de um ciclo de
estudos em regime de tempo integral, correspondente a 60 créditos anuais.
Tempo parcial (TP) – Modalidade de frequência de um curso/ciclo de estudos em
regime de tempo parcial, de acordo com o Regulamento do regime de estudante
a tempo parcial da U.Porto.
Técnicos de apoio à mobilidade:
· Coordenador CPLLA – Coordenador central dos acordos de cooperação e das
acções de mobilidade com universidades de países lusófonos e latino-americanos.
· Coordenador Institucional Sócrates/Erasmus – Coordenador central do
estabelecimento dos acordos bilaterais Erasmus e do prosseguimento de acções
de mobilidade de estudantes e docentes com universidades parceiras no âmbito
do Programa Sócrates/Erasmus.
· Coordenador Local Sócrates/Erasmus – Coordenador ao nível de Faculdade
que acompanha o estabelecimento dos acordos bilaterais Erasmus e o
prosseguimento de acções de mobilidade de estudantes e docentes da sua
Faculdade com universidades parceiras no âmbito do Programa Sócrates/Erasmus
ou outro.
· Coordenador ECTS – Coordenador ao nível de Faculdade que acompanha e
regulariza as questões relacionadas com o ECTS, com a mobilidade de estudantes
e o compromisso de reconhecimento académico que lhe é implícito (até entrada
em funcionamento das adequações a Bolonha).
· Técnico adstrito aos programas de mobilidade – Funcionário de cada
Faculdade da U.Porto que tem como função específica dar apoio ao
desenvolvimento e acompanhamento das parcerias no âmbito de Programas de
Mobilidade, bem como instruir e acompanhar os processos de candidatura e de
mobilidade de estudantes e docentes da Faculdade ou estrangeiros
Tipo de estudante – Tipo de relação do estudante com a instituição:
· Estudante em mobilidade (M) – Estudante matriculado e inscrito num
estabelecimento de ensino superior e num ciclo de estudos, que realiza parte do
mesmo noutro estabelecimento de ensino superior.
a) Estudante em mobilidade in – Pessoa que, estando matriculada em outra
instituição de ensino superior nacional ou estrangeira, vem à U.Porto realizar um
período de estudos até um ano, em qualquer um dos ciclos, ao abrigo de acordos
ou programas específicos, usufruindo dos mesmos direitos e deveres do estudante
da U.Porto (salvaguardadas as condições previstas na Carta de Estudante
Erasmus), e nas seguintes modalidades:
U
Unidade curricular (UC) – Unidade de ensino/aprendizagem de um curso de
licenciatura, mestrado, doutoramento, de especialização ou de actualização de
conhecimentos, com objectivos de formação próprios, que é objecto de inscrição
administrativa e de avaliação traduzida numa classificação final.
Unidade curricular modular – é uma unidade curricular que se estrutura em
módulos que se caracterizam, do ponto de vista de funcionamento, por um
número significativo das funcionalidades de uma unidade curricular, por
exemplo, ficha de módulo (objectivos, programa, bibliografia, avaliação, etc.),
distribuição de serviço, horário, inscrições, estudantes inscritos, inscrições em
turmas, fotografias de alunos, sumários, material de apoio, lançamento de
V
Vaga adicional (VA) – Vaga criada adicionalmente para colocação de candidatos,
em resultado de uma situação de empate no concurso nacional de acesso, nos
concursos especiais ou devido a erro dos serviços.
Vias de entrada:
I – 1º ciclo:
· Concursos especiais (CE) – Concursos que conferem a possibilidade de ingresso
nos estabelecimentos de ensino superior público, particular e cooperativo, para a
frequência de cursos de licenciatura, por candidatos com condições
habilitacionais específicas - Dec-Lei 393-B/99 de 2 de Outubro:
a) CM23 – Maiores de 23 anos (ao abrigo do Dec-Lei 64/2006);
b) CET – Cursos de especialização tecnológica (ao abrigo da Portaria nº
393/2002);
c) TCS – Titulares de cursos médios e superiores (ao abrigo da Portaria nº 854-
A/99).
· Concurso local (CL) – Vagas aprovadas pelo Ministério para serem
disponibilizadas em concurso para acesso a pares estabelecimento/cursos cujas
especiais características justifiquem a realização de concurso local a decorrer
nas instituições de ensino superior.
· Mudança de curso in (MC) – Acto pelo qual um estudante se inscreve em curso
superior diferente daquele em que praticou a última inscrição, no mesmo ou em
outro estabelecimento de ensino, tendo havido ou não caducidade de matrícula:
a) Mudança de curso interna (MI) – mudança de curso dentro da mesma Unidade
Orgânica ou da U.Porto.
b) Mudança de curso externa (ME) – mudança de um curso exterior à U.Porto.
· Permuta in (P) – Troca de matrículas de dois estudantes inscritos em
estabelecimentos de ensino superior diferentes, de que resulta uma nova
matrícula na U.Porto de um estudante originalmente colocado em outro
estabelecimento de ensino superior.
· Regimes de ingresso:
a) Regime geral (RG) - Concurso nacional de acesso ao ensino superior:
· Contingente geral (COG)
· Contingentes especiais (COE):
Contingentes especiais nacionais - ex: Madeira (CEM) e Açores (CEA)
ANEXO 2
PLANOS CURRICULARES
Glossário de Conceitos
-Acção Social Escolar
ESTABELECE AS BASES DO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
-AEICBAS
ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES DO INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS DE ABEL
SALAZAR
-ANEM
ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE ESTUDANTES DE MEDICINA/PorMSIC
-ANEMVet
ESTATUTOS DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES DE MEDICINA
VETERINÁRIA
-Assiduidade
REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DA
UNIVERSIDADE DO PORTO
-Associativismo estudantil
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
NOVOS ESTATUTOS DO ICBAS
-Autonomia académica
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
-Ciclo de Estudos
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR
ADEQUACAO DOS REGULAMENTOS GERAIS SOBRE PROGRAMAS CONFERENTES
DE GRAU
-Cursos
ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
NOVOS ESTATUTOS DO ICBAS
-Curso de Medicina
Decreto-Lei n. 206/2004 de 19 de Agosto
- Docentes
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
-Empréstimos
ESTABELECE AS BASES DO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR
-Estágio: Bioquímica
REGULAMENTO DO ESTÁGIO DE BIOQUÍMICA
-Estágios Profissionais
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR
-Estatuto: Bombeiros
BOMBEIROS
-Estatutos da Fundação da UP
ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO
-Exames
PORTARIA 886/83 DE 22 DE SETEMBRO - EXAMES
REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DA
UNIVERSIDADE DO PORTO
-Ficha da disciplina
REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DA
UNIVERSIDADE DO PORTO
-Graus Académicos
LEI DE BASES DO SISTEMA EDUCATIVO
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR
ADEQUACAO DOS REGULAMENTOS GERAIS SOBRE PROGRAMAS CONFERENTES
DE GRAU
-Melhoria de Classificação
REGULAMENTO DOS PRINCÍPIOS A OBSERVAR NA AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DA
UNIVERSIDADE DO PORTO
-Mobilidade
PRINCÍPIOS REGULADORES DE INSTRUMENTOS PARA A CRIAÇÃO DO ESPAÇO
EUROPEU DE ENSINO SUPERIOR
-Glossário académico
GLOSSÁRIO ACADÉMICO DA UNIVERSIDADE DO PORTO
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR
-Mudança de curso
REGULAMENTO DOS REGIMES DE MUDANÇA DE CURSO, TRANSFERÊNCIA E DE
REINGRESSO DA UNIVERSIDADE DO PORTO
REGULAMENTO ESPECÍFICO DOS REGIMES DE MUDANÇA DE CURSO,
TRANSFERÊNCIA E REINGRESSO DO ICBAS
-Organização e Funcionamento da UP
ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO PORTO
ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
-Processo de Bolonha
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR
-Propinas
ESTABELECE AS BASES DO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR
REGULAMENTO DE PROPINAS DOS CURSOS DE LICENCIATURA E DE MESTRADO
INTEGRADO DA U.PORTO
-Provedor de Estudante
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
ESTATUTOS DA UNIVERSIDADE DO PORTO
ESTATUTO DO PROVEDOR DO ESTUDANTE DA UNIVERSIDADE DO PORTO
-Regime de Prescrições
ESTABELECE AS BASES DO FINANCIAMENTO DO ENSINO SUPERIOR
ADEQUAÇÃO DO REGIME DE PRESCRIÇÕES PARA OS CICLOS DE ESTUDO DA
UNIVERSIDADE DO PORTO 134
-Trabalhadores Estudantes
REGIME JURÍDICO DAS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR
-Transferência e Reingresso na UP
REGULAMENTO DOS REGIMES DE MUDANÇA DE CURSO, TRANSFERÊNCIA E DE
REINGRESSO DA UNIVERSIDADE DO PORTO
-Unidades Curriculares
PRINCÍPIOS REGULADORES DE INSTRUMENTOS PARA A CRIAÇÃO DO ESPAÇO
EUROPEU DE ENSINO SUPERIOR
GRAUS ACADÉMICOS E DIPLOMAS DO ENSINO SUPERIOR