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BUSINESS SCHOOL
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
CURITIBA
2020
RICARDO MANOEL DAMIANI
CURITIBA
2020
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Biblioteca da Universidade Positivo - Curitiba – PR
Elaborado pela Bibliotecária Priscila Fernandes de Assis (CRB-9/1852)
CDU 658:65.011.8(043.2)
RICARDO MANOEL DAMIANI
(George Westerman)
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 14
1.1 CONTEXTO DO PROBLEMA DE PESQUISA ........................................... 14
1.2 PROBLEMA DE PESQUISA ...................................................................... 17
1.3 OBJETIVOS DE PESQUISA ...................................................................... 19
1.4 JUSTIFICATIVA TEÓRICA E PRÁTICA .....................................................19
1.4.1 Justificativa teórica ..................................................................................19
1.4.2 Justificativa prática ..................................................................................21
2 REVISÃO TEÓRICA .................................................................................. 24
2.1 TEORIA EVOLUCIONÁRIA DA INOVAÇÃO .............................................. 24
2.1.1 Tipos de inovação .....................................................................................27
2.2 TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ................................................................... 36
2.3 INTRAEMPREENDEDORISMO ................................................................. 42
2.3.1 Incentivos e barreiras ao intraempreendedorismo ............................... 47
2.4 INTRAEMPREENDEDORISMO E TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ............. 53
3 METODOLOGIA ........................................................................................ 57
3.1 CATEGORIAS ANALÍTICAS ...................................................................... 57
3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................................... 58
3.2.1 Enfoque e natureza .................................................................................. 58
3.2.2 Método de pesquisa ................................................................................. 60
3.2.3 Unidade de análise .................................................................................. 61
3.2.4 Técnica de coleta de dados.................................................................... 62
3.2.5 Técnica de tratamento e análise dos dados ......................................... 67
3.2.6 Aspectos éticos da pesquisa ................................................................. 69
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................... 71
4.1 REDES ...................................................................................................... 72
4.1.1 Rede mudança no mundo ...................................................................... 72
4.1.2 Rede inovação na empresa .................................................................... 78
4.1.3 Rede sobrevivência ................................................................................ 91
4.2 OBJETIVOS .............................................................................................. 95
5 CONCLUSÕES ........................................................................................104
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 108
APÊNDICE A – INSTRUMENTO PARA COLETA DE DADOS .............. 121
APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE
ESCLARECIDO........................................................................................125
14
1 INTRODUÇÃO
1
https://transformacaodigital.com/mercado/transformacao-digital-na-industria-os-cenarios-da-4a-
revolucao-industrial/
16
2
https://www.gartner.com/en/information-technology/glossary/digitalization
17
importantes bases científicas3. Há, por outro lado, estudos que relacionam
empreendedorismo tradicional e transformação digital (NAMBISAN, WRIGH e
FELDMAN, 2019). A Comissão Europeia (2016) definiu o empreendedorismo digital
como uma atividade de colocar as tecnologias digitais no centro dos negócios e
aproveitar seu poder para gerar valor e crescimento, inovar e criar empregos, tendo
em uma de suas dimensões os fatores ambientais que favorecem o
empreendedorismo digital com cinco componentes, a saber: base de conhecimento
digital e mercado de TIC, ambiente de negócios digitais, tributação e ambiente
financeiro, habilidades digitais, mentalidade empreendedora e liderança.
Assim, a transformação digital por meio do empreendedorismo digital
(COMISSÃO EUROPEIA, 2016) indica a oportunidade de investigar a relação entre
intraempreendedorismo e transformação digital e responder a seguinte questão de
pesquisa: Como a transformação digital é influenciada pelo intraempreendedorismo
em uma instituição financeira?
3
Web of Science (WoS) e Scopus
20
2 REVISÃO TEÓRICA
De acordo com Tidd e Bessant (2015, p. 55), “o desafio enfrentado por toda
empresa é testar e procurar formas de gerenciar o processo que sejam uma boa
solução para o problema da renovação”. Tidd e Bessant (2015, p. 57) ressaltam por
meio de um estudo sobre inovação em serviços que “a ausência de uma cultura da
inovação, bem como a ausência de uma estratégia sobre onde focar os esforços
inovativos e a ausência de um processo formal de inovação” podem gerar problemas
nas empresas que lidam com inovação.
O termo “inovação” deriva do latim innovare, que significa “fazer algo novo”.
Tidd e Bessant (2015, p.19) entendem que “a inovação é o processo de transformar
oportunidades em novas ideias que tenham amplo uso prático”, sendo estas “movidas
pela habilidade de estabelecer relações, detectar oportunidades e tirar proveito delas”
(TIDD e BESSANT, 2015, p. 4). Essa reflexão revela a prática atual de mercado, em
que as organizações tradicionais buscam adaptação aos novos tempos de
comportamento social e econômico enquanto surgem as chamadas organizações
exponenciais.
Schumpeter (1950), considerado autor de relevância sobre o tema inovação,
traz a expressão “destruição criativa”, isto é, a criação de algo novo que destrói velhas
regras, paradigmas, e estabelece novas, tendo como referência a busca de novas
fontes de lucratividade. Assim, há um processo evolucionário de seleção em favor das
atividades mais lucrativas e eficientes. Ainda de acordo com o autor, a importância
está na concorrência por novos bens de consumo, novas tecnologias, fontes de
fornecimentos, novos tipos de organização, revelando a necessidade da capacidade
adaptativa face ao impacto nos fundamentos de suas próprias existências.
28
Fonte: Datastream; illustration: Allianz Global Investors Capital Market Analysis (2010) and Allianz
Global Investors – The sixth Kondratieff – long waves of prosperity – Analysis & Trends, January (2010).
gerando riqueza.” O autor aponta uma nova solução como invenção e uma nova
solução viável como uma inovação.
Drucker (1986, p. 25) entende que a inovação é “ferramenta específica dos
empreendedores”, pela qual eles “se aprofundam nas mudanças como uma
oportunidade para os negócios ou serviços diferentes, podendo ser considerada uma
disciplina, que pode ser aprendida e praticada”. Já Freeman (1988, p. 567) conceitua
inovação como “o processo que inclui as atividades técnicas, concepção,
desenvolvimento, gestão e que resulta na comercialização de novos (ou melhorados)
produtos, ou na primeira utilização de novos (ou melhorados) processos”. Para Kelley
(2005), inovação é o resultado de um trabalho em equipe e significa ser receptivo à
cultura e tendências de mercado, aplicando conhecimento de maneira a pensar o
futuro e gerar produtos e serviços realmente diferenciados.
De acordo com o Manual de Oslo (2018, p. 20), inovação é
um produto ou processo novo ou melhorado (ou uma combinação deles) que
difere significativamente dos produtos ou processos anteriores da unidade e
que foi disponibilizado a usuários em potencial (produto) ou colocados em
uso pela unidade (processo).
Inovação como processo, para Tidd, Bessant e Pavitt (2008), passa pela gestão
na forma de entradas, saídas, atividades e subprocessos, meios de controle,
objetivos, parâmetros e recursos, com objetivo central de conceber, melhorar,
reconhecer e compreender as rotinas efetivas para geração de inovações, bem como
facilitar seu surgimento dentro da organização. Tidd e Bessant (2015, p. 21) adotaram
30
Na quarta fase, consolida-se a captura de valor por meio dos esforços inovativos,
obtida por meio da adoção sustentável e da difusão do aprendizado e do
conhecimento útil adquiridos, com a progressão ao longo do ciclo e a construção da
base de conhecimento da organização e aprimoramento da gestão dos processos.
Tidd e Bessant (2015, p. 24-25) ainda citam que a mudança decorrente da
inovação pode assumir diversas formas e suas dimensões podem ser analisadas por
meio dos tipos de inovação, classificando-as em quatro categorias ou tipos de
inovação relacionados à mudança:
• Inovação de produto: mudanças no que uma empresa oferece,
relacionado a produtos e serviços;
31
graus de novidade, desde melhorias incrementais menores até mudanças radicais que
transformam a forma como vemos ou usamos as coisas”.
A inovação pode ocorrer em todos os setores e áreas de uma organização e
não apenas em processos de criação, produção e marketing isolados. Inovar não
consiste apenas em gerar algo novo, mas também realizar os processos citados de
formas diferentes e, com isso, de acordo com Drucker (2002, p. 211), revelar “novos
potenciais de satisfação”.
Em relação ao grau, a maioria dos autores dividem inovação em incremental e
radical. A inovação incremental consiste em pequenas melhorias, que podem ser
contínuas, em produtos e processos, representando, geralmente, pequenos avanços
nas alterações de suas características básicas que são percebidos pelos indivíduos
(TIRONI e CRUZ, 2008). Na inovação incremental ocorre a incorporação de
melhorias, seja nas caraterísticas técnicas, suas utilizações e custos, de produtos e
processos preexistentes. Christensen (2012) denomina as inovações incrementais
como inovações evolutivas ou de sustentação.
A inovação radical, ou também conhecida como “inovação de ruptura” por
Schumpeter (1982), consiste em uma mudança drástica no processo de construção
de produto ou processo, ou na forma como são consumidos. A inovação radical traz
novos paradigmas aos segmentos de mercado e modifica os modelos de negócios
vigentes. Para Tigre (2014, p. 77), a mudança tecnológica é considerada radical
“quando rompe as trajetórias existentes, inaugurando uma nova rota tecnológica,
sendo fruto, geralmente de atividades de P&D e tem caráter descontínuo no tempo e
setores”. A inovação radical, em suma, rompe os limites da inovação incremental,
como representado na Figura 5.
2.3 INTRAEMPREENDEDORISMO
empresas que são mais empreendedoras, geralmente são assim devido à natureza
de seus ambientes. Ireland et al. (2009) complementam dizendo que o
empreendedorismo dentro de uma organização estabelecida, ou seja, o
intraempreendedorismo, é uma função dos mesmos fatores enfatizados nas
estruturas, com ampliação da definição de empreendedorismo, sem perda conceitual.
O empreendedorismo corporativo, ou intraempreendedorismo, ganhou força
nas últimas décadas, haja vista a revolução inovativa, a busca por vantagens
estratégicas, resultados recorrentes e crescentes nas organizações, e seu conceito
surgiu na década de 1980, na obra Intrapreneuring de Pinchot (1985). O autor define
empreendedor interno a pessoa que dentro de uma organização já estruturada
assume a responsabilidade direta de transformar uma ideia ou projeto em produto
lucrativo por meio da inovação, assumindo seus riscos (PINCHOT, 1985).
Ainda de acordo com Pinchot (1985, p. 13),
intraempreendedores são os sonhadores que fazem acontecer. Aqueles que
assumem a responsabilidade de criar e inovar dentro de qualquer tipo de
organização. Eles podem ser os criadores ou inventores, mas são sempre os
sonhadores que entendem como transformar uma ideia em algo real e
lucrativo.
Autores Definições
Burgelman (1983) Empreendedorismo corporativo refere-se ao
processo pelo qual as empresas se envolvem na
diversificação através de desenvolvimentos
internos. Tal diversificação requer combinações
de novos recursos para ampliar a ação da
empresa a outras áreas, ou mesmo às suas
atuais áreas de atuação, correspondendo ao
conjunto de oportunidades que a empresa está
buscando.
Covin & Slevin (1991) Empreendedorismo corporativo envolve a
extensão do domínio de competência da
empresa e corresponde a um conjunto de
oportunidades através da combinação de novos
recursos gerados internamente na organização
Guth & Ginsberg (1990) Empreendedorismo corporativo envolve dois
tipos de fenômenos e de processos que os
cercam: 1) o nascimento de novos negócios
dentro de organizações existentes, isto é,
inovações internas; e 2) a transformação das
organizações através da renovação das áreas-
chave sobre as quais a empresa é sustentada,
ou seja, renovação estratégica.
Spann, Adams & Wortmann (1988) Empreendedorismo corporativo é o
estabelecimento de uma organização separada
(geralmente na forma de uma nova área, unidade
de negócios estratégica, divisão, subsidiária)
para a introdução de um novo produto ou serviço,
ou criando um novo mercado ou, ainda,
utilizando uma nova tecnologia.
Chung & Gibbons (1997) Empreendedorismo corporativo é um processo
de organização que visa à transformação de
ideias individuais em ações coletivas através do
gerenciamento das incertezas.
Zahra (1993) Empreendedorismo corporativo é um processo
de renovação organizacional de duas diferentes,
mas relacionadas dimensões: inovação e novos
negócios, e renovação estratégica.
Zahra (1995,1996) Empreendedorismo corporativo é a soma da
inovação, renovação e esforços relacionados a
novos negócios de uma empresa. Inovação
envolve a criação de novos produtos, processo e
sistemas organizacionais. Renovação significa
revitalização das operações da empresa através
da mudança do escopo de seu negócio, suas
abordagens competitivas ou ambas. Significa
ainda a construção ou aquisição de novas
competências e, então, criativamente, usá-las
para criar valor aos acionistas. Novos negócios
significam que a empresa desenvolverá novas
atividades através da expansão de suas
operações em mercados existentes ou novos
mercados.
Fonte: O autor (2019)
46
Outro método que pode ser aplicado pelos intraempreendedores para explorar
as necessidades das equipes é o Design Thinking (BROWN, 2008; DOLATA e
SCHWABE, 2016). Por meio desse método, assim como outros relacionados aos
métodos ágeis, ocorrem processos iterativos que visam entender as necessidades
dos usuários, desenvolvem protótipos e a construção colaborativa de soluções, sendo
aplicáveis em diversas áreas como inovação em processos e serviços (BROWN e
WYATT, 2010; PLATTNER et al., 2009). Tal capacitação ou treinamento pode auxiliar
no desenvolvimento de habilidades digitais, assim como na disseminação da cultura
de inovação digital e extenuar as barreiras de implementação da transformação digital.
57
3 METODOLOGIA
Intraempreendedorismo (IE)
premissa de que toda cultura ou sistema social possui um modo único de entender
situações e eventos. Os modelos culturais estão no centro do estudo qualitativo,
motivo porque se explorará a cultura de inovação.
Participantes
Notas de campo
interrupções e ruídos que pudessem prejudicar a coleta dos dados. Outras duas
entrevistas foram realizadas por audioconferência em razão dos entrevistados
trabalharem em Brasília, com utilização de equipamento de áudio que possibilitou a
gravação das entrevistas em uma sala de conferências específica da unidade de
análise.
3) Síntese das informações coletadas: As informações coletadas por meio do
roteiro de pesquisa levaram em consideração os conceitos adotados pela lente teórica
da Teoria Evolucionária da Inovação (TEI), com ênfase na inovação tecnológica como
ponto de corte de análise e pesquisa, além das categorias e conceitos abaixo
descritos:
- Mudança no Mundo: Mudanças de TD no mundo;
- Inovação na Empresa: Inovação gerada pelo IE, seus estímulos e barreiras e sua
influência na TD;
- Sobrevivência: Como as ações de IEs estão alavancando TD e gerando resultado
para a IF.
As Notas de Campo seguiram o Protocolo do Estudo de Caso que, além de
conter o instrumento (APÊNDICE A), trouxe os procedimentos e as regras gerais a
serem seguidas no uso do protocolo, visando aumentar a confiabilidade da pesquisa
de estudo de caso, bem como orientar o investigador na realização da coleta de dados
de um caso único (YIN, 2009, p.106).
Pré-teste
A análise de dados foi realizada por meio de análise de conteúdo. Esse tipo
de análise possibilitou a interpretação de sentido nos códigos encontrados por meio
de codificação e quantificação e pela importância de ponderação das informações
obtidas na pesquisa por meio de indicadores, que permitiram alguma inferência
com base nas mensagens analisadas (Bardin, 2010). O escopo da pesquisa foi
baseado mais nas respostas sobre as percepções dos entrevistados em relação
aos temas centrais do estudo, para posteriormente compará-las a possíveis
relatórios e estatísticas de resultados objetivos (documentos corporativos) que
balizem ou não tais percepções.
Após a realização das entrevistas com gestores, intraempreendedores e
colaboradores da unidade de análise, o pesquisador revisou os áudios gravados e
submeteu os mesmos para transcrição automatizada, por meio de software específico
– Happy Scribe. Posteriormente à transcrição das entrevistas pelo software citado, foi
realizada a revisão dos textos em conjunto com a revisão dos áudios, visando corrigir
quaisquer erros de captura de áudio e/ou transcrições. Realizada a revisão, o
pesquisador se utilizou, para a sintetização de dados coletados, o software Atlas TI.
Essa ferramenta é utilizada para análise qualitativa de dados de diversas fontes, como
textos, vídeos, gráficos e tem o objetivo de compilar as entrevistas em documentos
individualizados, que foram posteriormente categorizados semanticamente de acordo
com a lente de pesquisa ou teoria adotada.
O estudo seguiu as seguintes fases de condução, conforme Bardin (2010, p.
280): organização da análise, codificação, categorização, tratamento dos
68
intepretação dos resultados feita é a “operação lógica, pela qual se admite uma
proposição em virtude da sua ligação com outras proposições já aceitas como
verdadeiras", de acordo com Bardin (2010, p. 41).
Adicionalmente à coleta de dados primários, também foram coletados dados
secundários disponibilizados pela instituição financeira, com o objetivo de fortalecer e
corroborar informações de diferentes fontes, porém sobre os mesmos fatos e
fenômenos (YIN, 2009) do Estudo de Caso descrito. Os dados utilizados foram obtidos
por meio de fontes múltiplas, como segue:
• Relatórios de mensuração de produtividade da unidade de análise;
• Pesquisa de clima organizacional relacionada ao período de 2016 a
2019, especificamente para os indicadores de Autonomia e Inovação;
• Inventário de projetos e atividades de capacitação produzido pelo
núcleo de inovação;
• Portal da unidade de análise: ambiente web onde se encontram os
programas intraempreendedores, as ferramentas tecnológicas produzidas, além
da hospedagem dos meios de comunicação, como a web TV e o chat web; e
• Mapa estratégico 2020-2024 da instituição financeira.
O processo de triangulação de dados ocorreu pela coleta de informações das
fontes múltiplas supracitadas (YIN, 2009), relacionando e comparando os resultados
obtidos dessas fontes com as respostas e percepções obtidas dos respondentes por
meio da entrevista semiestruturada, de modo a obter uma descrição mais rica e
detalhada dos fenômenos (DENZIN e LINCOLN, 2006) e a convergência de
evidências (YIN, 2009).
Segundo Flick (2009, p. 54), “as questões éticas serão enfrentadas em cada
uma das etapas da pesquisa”, desde a produção, citação de fontes, aplicação do
instrumento de coleta de dados e preservação dos entrevistados, que estarão
protegidos pela confidencialidade das respostas e do sigilo quanto à identificação dos
respondentes.
A pesquisa foi precedida de autorização da empresa para uso dos dados
coletados, assim como o uso de dados secundários internos para subsidiar o estudo
70
de caso. Foi obtida, também, autorização para a realização das entrevistas nos
ambientes internos e restritos da organização, assim como foi colhido o Termo de
Consentimento Livre Esclarecido (APÊNDICE B) dentro dos protocolos vigentes da
Universidade Positivo.
71
Fonte: O autor
4.1 REDES
“O que impulsiona realmente aqui é a necessidade (...) Somos cada vez mais
cobrados com relação a absorção de novos serviços e a despeito de não
termos sofrido grande (...) diminuição de quadros como a maioria das áreas
do banco, a gente também não teve grandes incrementos de quadros. Então,
o que a gente tem que processar em termos de operação tem aumentado
muito. E o pessoal que a gente tem disponível para processar esses pedidos
continua o mesmo.” (EI2)
“(...) a tecnologia ajudou bastante que é até óbvio é no tempo, né. Acho que
você consegue fazer mais processo de menos tempo.” (EC7)
74
“(...) Eu acho que gera uma proximidade, né, com cliente, com o cliente hoje
tá muito... tá muito exigente com agilidade, com qualidade; é um cliente que
usa muito a internet, que usa aplicativos, que não tem muita paciência com
demora. Então acho que a digitalização traz isso, traz uma certa proximidade
com a necessidade do cliente tem hoje.” (EI15)
“(...) tecnologia de modo geral. Ela aumenta a produtividade, ela mitiga risco,
ela padroniza processo (...) Se eu construo uma ferramenta tecnológica para
auxiliar isso eu vou estar fazendo três coisas basicamente, (...) eu vou estar
padronizando, né, então agora todo mundo vai mandar mais ou menos a
mesma coisa, (...) a padronização; eu tô aumentando a produtividade e eu
tô mitigando risco, porque a ferramenta (...) se ela faz alguma consulta,
alguma coisa assim, ela sempre vai consultar o lugar certo, vai copiar o valor
certo”.(...) Ali tem um chat rápido e tem vídeo também, ele tem um microfone
lá, eu tenho um headset aqui e a gente se comunica. Então nesse sentido do
desenvolvimento, a tecnologia ajudou bastante porque hoje em dia é difícil
você encontrar uma solução tecnológica que foi desenvolvida por uma
pessoa. As soluções elas estão se tornando maiores, elas estão se tornando
mais complexas e cada vez mais a tecnologia precisa intervir no ambiente de
desenvolvimento para permitir que várias pessoas consigam trabalhar em
conjunto e produzir alguma coisa. Porque é impossível você pensar uma
equipe de 10 pessoas trabalhando no mesmo projeto sem nenhum tipo de
tecnologia para auxiliar isso. (...) Toda vez que a gente constrói uma
ferramenta que aumenta a produtividade do cara em três vezes, ou faz o cara
não errar, né, isso já é uma transformação. Então a programação ela não, ela
não tem nenhum nível de abstração. Tipo assim, você programa, o
computador faz aquilo se programou, melhora o trabalho das pessoas (...)
Ferramenta que aumenta a produtividade, é algoritmo (...) é isso que você
quer hoje com inovação.” (EC4)
“O uso de robôs acaba agilizando muito o processo. Antes o que era feito
manual, hoje é feito na maioria dos processos por robôs.” (EC9)
isso, por conseguinte, pode trazer um novo sentido para o trabalho, como pode ser
observado na percepção dos respondentes:
“(...) criar uma cultura e uma linguagem digital (...) Você estimula as pessoas
a pensarem de maneira tecnológica. Então eu acho que essas ações
intraempreendedoras, voltadas pra tecnologia, (...) fazem com que a pessoa
(...) esteja envolvida (...) a ponto de pelo menos saber pedir, saber o que que
é plausível, o que que não é plausível, saber o que que é necessário.” (EC4)
“(...) cada pessoa é diferente, né, e a gente vê várias gerações e vários tipos
de pensamento, várias culturas. Então acho que isso, mudar o mindset
influencia bastante nessa parte do intraempreendedorismo.” (EI3)
vontade de trabalhar, de sugerir novas ideias, ela saem com mais senso de
pertencimento, senso de dono.” (EI15)
“(...) a inovação pra mim, eu comento muito com a turma aqui, é um vírus, um
vírus do bem. Ela promove nas pessoas o resgate do sentido do trabalho, do
sentido de pertencimento, da sua importância pra fazer a diferença no
resultado e começam a se enxergar mais úteis. Esse pra mim é o principal
ganho quando se fala em inovação e criatividade, como o núcleo de inovação
que as pessoas são contaminadas por ferramentas modernas e práticas que
ajudam a despertar o empreendedorismo nela e fazer com que a empresa
atinja os seus objetivos de uma forma mais sustentável.” (EG16)
“A gente percebeu que o vídeo é algo que espalha muito fácil pelo WhatsApp
e que melhora a comunicação do centro a gente consegue passar as
informações de uma forma mais lúdica ao invés de um e-mail escrito, as
pessoas não dão muita atenção, sabe. Então a partir daquele vídeo que a
gente fez a gente começou a fazer outros relacionados desde um tutorial para
um colega novo uma coisa simples ali, até um vídeo para um correspondente
bancário.” (EI1)
(...) O material que vai ser colocado dentro do portal de crédito do COBAN
(correspondente bancário) utiliza como um acesso rápido, como se fosse um
YouTube (...) a própria TV que a gente tem no centro hoje, que é um meio de
comunicação muito bacana que a gente conseguiu montar a partir de
opiniões dos funcionários de uma garagem que foi feita também por eles, de
mudar o modelo de comunicação do centro e hoje a gente consegue atingir
muito mais gente de uma forma muito mais dinâmica a partir desse processo
(...)” (EG5)
“Sim e muitas das ideias dependem da transformação digital. (...) hoje você
no campo de processo, você fica muito limitado, como quase tudo tá
caminhando para o digital, ou você tem uma visão mais próxima do que
precisa no universo, nesse universo novo digital (...) Se eu não pensar em
algo novo, numa transformação digital aí, de ter um canal em que eu consiga
ir direto no cliente, ou que o cliente consiga vir direto aqui, nós não vamos
avançar. Então por mais que eu tenha essa... esse desejo de desenvolver e
de melhorar, se eu não tiver um aparato digital que me dê esse suporte, a
gente não vai conseguir caminhar muito. Então eu preciso desse aparato,
preciso desse desenvolvimento de ferramentas e canais que me supra essa
necessidade, que é o que vai dar satisfação do cliente, vai diminuir o prazo
do tempo de resposta, do tempo de análise e eu vou conseguir inclusive na
visão de capacidade, eu vou diminuir o retrabalho, diminuir os cotovelos no
processo me dá uma capacidade muito maior de dar uma resposta pra aquilo
que o banco espera. (EG5)
77
Por fim, a mudança ocasionada pela transformação digital (TD) no mundo pode
ocorrer, na visão de alguns respondentes, pela influência da liderança
intraempreendedora (IE), que poderá potencializar o processo ou a velocidade de
transformação digital (TD):
“O líder que é o que vai dar o couro, vai fazer com que você tenha interesse
e procurar pesquisar sobre transformação digital, trazer projetos vai te dar
abertura ou vai bloquear e você vai ficar dentro da tua caixinha ali. Sem
dúvida nenhuma é o líder, é liderança. (...) a liderança do teu superior
imediato que é o que vai (...) te incentivar quanto gerente geral, ou aquele
78
que a gente tem contato né... liderança no setor, porque um diretor é muito
distante do chão de fábrica (...).” (EI1)
“(...) quando não tínhamos tecnologia, nós recebíamos, lá atrás, né, ainda
quando era (...), antes de ser centro de operações, os processos fisicamente
pra poder fazer análise. Aí o primeiro passo foi digitalizar esses documentos.
Esses documentos subiam via e-mail, no início, depois por um fluxo e
atualmente com o avanço da tecnologia, seja nas unidades estratégicas, seja
no centro de operações, nós já temos condições de fazer um mapeamento
de várias informações dos processos e não temos nenhum papel hoje. Hoje
nós trabalhamos só com o computador e com arquivos digitais. (...) A
tecnologia é proporcionalmente para nós a solução, o eixo do nosso trabalho.
Se não tiver tecnologia hoje o centro não funciona.” (EG16)
“Eu acho que a tecnologia ela nos traz agilidade, nos traz mais acesso à
informação e, no caso, quando estava trabalhando ali no centro de
operações, nos deu mais agilidade pra realizar análise de operações de
crédito, nos deu mais.... e essa agilidade, por consequência, permite que a
79
“(...) porque é tudo online né, se a gente coloca uma diligência, o colega lá do
outro lado já vai ver, então isso também tem tempo, então, isso é um ganho
de eficiência, ganho de tempo, ganho de negócio para o banco.” (EI3)
“(...) a partir do momento que estruturou lá uma equipe com pessoas com
formação na área de TI ou que tinha interesse em trabalhar na área de TI a
gente abriu caminho para que os outros funcionários começassem a passar
sugestões de tudo, melhorias. Começou bem simples com robozinho que
captura ali, que faz cópia e cola na planilha Excel e aquilo foi se aprimorando
e hoje o centro de operações não funciona se não tiver as nossas soluções
de escritório, as soluções locais. Porque a gente absorveu muito serviço e
não daria conta de fazer na forma manual, só que isso não foi uma coisa do
dia para noite. Foi um trabalho de formiguinha ali, primeiro começou com uma
planilha no Excel com algumas perguntinhas, depois foi automatizando a
resposta e umas perguntas e tudo... e hoje, o check list web, que é o carro-
chefe lá do centro de operações, ele tem mais de mil perguntas.” (EI1)
“(...) hoje, o check list web, que é o carro-chefe lá do centro de operações, ele
tem mais de mil perguntas. Envolve todas as linhas de crédito e operações
rurais, neles estão catalogadas as mil perguntas e daí a partir da operação
em concreto ele filtra perguntas, me dá só aquilo que eu preciso olhar para
aquele caso e aquilo que ele já é já responde aquilo que já tem no sistema,
ele responde sozinho, então faz com que o funcionário ocupe tempo naquilo
que é importante(...)” (EI1)
80
“(...) se não tivesse as ferramentas que nós temos hoje, provavelmente, nós
teríamos que ter o triplo ou quádruplo de funcionários, um custo muito
elevado. Provavelmente, o tempo de resposta pro cliente seria muito mais
alto. Então é um caminho sem volta e nesse contexto agora, o nosso grande
desafio agora é colocar os processos totalmente digital para que não tenha
quase nenhuma interação humana, ou que a interação humana seja na forma
de consultoria pra poder ajudar na viabilização do negócio. Então essa...
toda... toda essa revolução que se teve através da digitalização e da
digitização ela é muito positiva. Traz um desconforto porque as pessoas vão
ter que mudar o seu jeito de fazer as coisas, porque as coisas que elas fazem
tendem a ser extintas, mas é um momento muito positivo.” (EG16)
“(...) se não tivéssemos todas as ferramentas que nós utilizamos hoje, a gente
precisaria de muito mais funcionários para fazer a mesma quantidade de
processos que nós fazemos hoje, então com certeza essa digitalização dos
processos facilitou muito e melhorou muito a nossa eficiência.” (EC14)
“Acho que eficiência e eu acho que também ‘vai lá na frente’ vai refletir lá para
o cliente, porque é um ganho de tempo, é o nome do banco a questão de
mudar um pouco a imagem do centro de operações, então acho que essa
questão de tecnologia influencia bastante para nós até porque também tem
as questões dos chat web, né, então é tudo digital, tem tempo de resposta...”
(EI3)
“É o ganho de agilidade, (...) ganho pro cliente também né, tempo pro cliente
também foi feito muito mais rápido (...) o cliente recebe muito mais rápido, né,
o instrumento de crédito, para as agências é muito mais rápido também o
processo pra despachar, né. (...) a satisfação do cliente também...” (EC9)
“Eu acho que foi ganho de performance, né, produtividade, (...) confiabilidade
do que tá sendo feito(...). Então eu acho que a gente teve um aumento da
certeza de que aquilo que foi feito tá cumprindo norma, procedimento (...)”
(EC8)
“Eu acho que um dos benefícios também que trouxe, além da agilidade, seria
a padronização, né, de fazer os processos de forma mais equalizada entre
todo mundo e quando não tinha as ferramentas, não utilizava essa tecnologia,
cada um fazia de uma maneira. Quando eu faço de uma forma uniformizada
81
“Quando a gente montou o núcleo lá em 2017 a primeira coisa fez foi uma
pesquisa de sondagem cultural, porque, assim, são seiscentas pessoas no
centro e é impossível conhecer todo mundo, é impossível conhecer o talento
de todo mundo, além do que que a pessoa se interessa o que não se
interessa.(...) Nossa ideia foi: primeiro fazer um banco de talentos no centro
porque os designers tem que ser bem heterogêneos (...) não posso pegar só
engenheiro porque vai vir um negócio quadrado, tem que colocar Design no
meio ali para o circo pegar fogo e sair soluções diferentes, então a partir desta
sondagem cultural, eu consegui traçar perfis dentro dos colegas do centro.
Com isso, eu tive muita informação sobre o centro e sobre como a gente vai
começar a trabalhar isso, então a gente montou a nossa primeira garagem
escolhendo a dedo as pessoas para ficar um time super heterogêneo, (...)
com a habilidades que precisava para aquele projeto.” (EC1)
“(...) dá muita diferença sabe, sem o núcleo e com o núcleo, porque a gente
tá saindo um pouco do mundo ali de operação, do operacional e tá pensando
fora, pensando fora ali do que a maioria das pessoas (...) a gente percebe
isso, que ganha muito quando a gente tira o colega da operação para alcançar
algum assunto específico das garagens que a gente trabalha, a gente vê que
a pessoa também consegue ter outra visão e consegue trazer mais ganho”
(EI3)
“(...) o núcleo de inovação nos ajudou muito no sentido de que é preciso ouvir
mais representantes, mais perfis diferentes pra poder encontrar as
oportunidades. Então o núcleo foi muito atuante no sentido de entrevistar,
fazer entrevistas durante as garagens.(...) Esse grupo saía a campo, como
sempre é grande, né, quase 700 funcionários, então normalmente, se
elencava pessoas de diversas áreas, com perfis diferentes, personas, né,
como se usa muito na metodologia que a gente utiliza, e isso foi muito rico.
Porque nós tínhamos uma visão que nem sempre era tão cara, quanto à visão
do time multidisciplinar entrevistado. Então, quando você compartilha e
permite que mais pessoas participem, com certeza dá mais trabalho, mas o
resultado é mais rico e mais profundo em matéria de identificar
oportunidades(...) um dos trabalhos do grupo de inovação aí foi trabalhar a
comunicação. Então, a comunicação melhorou muito depois que o núcleo
desenvolveu a metodologia da web TV, que funciona muito bem.” (EG16)
“(...) nós tivemos a web TV, (...) um processo utilizando design thinking que
gerou a criação de uma TV corporativa (...) totalmente gerado pelos próprios
funcionários. Então, é um conteúdo que os funcionários geram e que foi
pensado pros funcionários que assistem e acompanham a TV.” (EI15)
“(...) eu faço uma garagem, eu tenho uma solução, eu aplico e ela gera uma
transformação na forma como eu costumava fazer antes, né, então vamos
voltar para web TV porque é um caso que eu fazia (...) às vezes a
comunicação interna não chegava (...), no e-mail e o funcionário só lia o e-
mail no dia seguinte ou então colocava no portal e não abria, agora na TV é
só estar com o olho aberto, você consegue, a comunicação chega.” (EI1)
“Toda vez que a gente constrói uma ferramenta que aumenta a produtividade
do cara em três vezes, ou faz o cara não errar, né, isso já é uma
transformação. (...) é uma ferramenta bastante antiga e a gente fez uma
proposta de transformar ela pro ambiente web, né, de modo a não só permitir
que qualquer funcionário acesse, mas também integrar com o banco de
dados de modo que você possa salvar as suas respostas, consultar de outro
lugar, né. A ideia é que a gente automatize algumas das perguntas trazendo
os dados do sistema (...).” (EC4)
“Então, a gente foi meio que obrigado a desenvolver muita coisa de forma
caseira para dar conta até da quantidade de processo que a gente tem feito
hoje. (...) Ou a gente desenvolvia alguma ferramenta local, trabalhava em
questão de inovação, melhoria do processo ou a gente é engolido pelo
processo. (...) a partir do momento que começou a desenvolver e começou a
fazer coisas diferentes tivemos oportunidade até de trazer novos processos
aqui para dentro (...) os nossos funcionários têm apoiado o desenvolvimento
de relatório para sede, a gente tem ajudado não só na unidade. Ultimamente
com a nossa equipe de eficiência (...) a gente tem fornecido, inclusive,
ferramentas e material para as diretorias (...) a equipe de inovação está
responsável hoje por desenvolver scripts, elaborar roteiro e fazer os vídeos
que a gente encaminha para apoio; tutoriais para os correspondentes
bancários.” (EG5)
“(...) a gente acaba tendo bastante suporte. Então, se a gente tem uma
sugestão de melhoria de um processo, a gente dá essa sugestão. O pessoal
desenvolve uma ideia, passa pro gestor do produto, (...) tentando buscar
aquela implementação.” (EC14)
“(...) foram pequenas ideias que viram realmente soluções, tecnologia, coisas
que melhoraram nosso processo. Todo mundo, por exemplo, ia para direita
aí o cara falava: ‘por que que a gente não vai pra esquerda?’. E isso foi ouvido
pela administração e todo mundo percebeu essa diferença, né, no processo,
na agilidade.” (EC12)
“O que eles têm feito é suporte como, como esse daqui, (...) ambiência, salas,
(...) inclusive teve um projeto que eles viajaram e foram até um produtor rural
para fazer o trabalho. Então, teve todo deslocamento, teve o abono do
trabalho fora da empresa, (...). Então tem todo um suporte pra que realmente
o projeto ande, tanto financeiro ali no caso de você comprar materiais. Nós
temos aqui o núcleo de inovação e tudo o que eles precisam, a gente aloca o
orçamento, cursos, cursos inclusive contratados, cursos fora que não são da
prateleira.” (EC13)
“Criar e inovar e trazer coisas novas não foi fácil, precisa de capacitação,
precisa de participação de pessoas com perfis diferentes, precisa do
contraditório.” (EG16)
“Sim teve um tratamento de Lean Inception esse ano passado (...) Design
Thinking, também teve alguns treinamentos já, inclusive com pessoal do
núcleo de inovação passando para a gente o que eles sabem também.” (EC7)
“Resultado concreto, (...) foi lá identificou uma necessidade que era muito
relatório, foi lá fez um curso que o pessoal faz relatório. Simples assim. Na
realidade, a gente deu a possibilidade deles criarem infinitos relatórios da
maneira que eles quiserem(...) se hoje dormir e amanhã ele pensar numa
consulta que ele nunca tinha parado pra pensar, ele tem a capacidade, ele
tem o ferramental pra construir por ele mesmo aquele resultado.”(EC4)
da TI, que participam e colaboram com as ideias, elas são sempre muito bem
vistas pra processos de ascensão, pra processos de capacitação.”(EG16)
“Deu autonomia, relatórios. Então, olha só, foi um ganho assim extraordinário.
(...) a gente criar os relatórios e poder focar em uma implementação ali de
uma ferramenta mais complexa, de um desenvolvimento propriamente dito.
Deu autonomia pros gerentes, né, pra eles fazerem as consultas que eles
quiserem, e tal, né. E também inseriu eles na cultura digital. A gente sempre
fala: ‘Cara, isso aqui vai ser o português do futuro’. Você entrar no banco de
dados, pegar uma informação, cruzar com uma outra informação. ‘Ah, eu
quero saber quantos dias os meus funcionários trabalharam esse mês’. Você
entrar num banco de dados, fazer uma seleção lá: ‘Ah, agrupe dia, some o
número de linhas que cada funcionário aparece aqui’. Isso vai se tornar uma
coisa meio básica. Então, insere eles no processo, muitos ficaram animados
de querer aprender mais né.” (EC4)
“Pra estimular (...) Tem-se falado muito de UX, né, User Experience pra a
gente entender o que que o usuário precisa, o que que vai ser melhor pra ele,
né. Quem desenvolve softwares geralmente gosta desse tipo de assunto, né.
E eu vejo lá muitas vezes o pessoal no Connections também, não só no
fórum.” (EC7)
“(...) eu vejo que a gente tem muito incentivo no banco como um (...) o game
desenvolver depois teve a Start Se.” (IE3)
“(...) Eu entendo que ainda tem muito silo, sabe. Tem muito... ‘pera aí, essa
ideia é de quem? Ela veio como?’ Ainda tem muita disputa de poder. Eu acho
que tem muito ego. Então, por isso que é tão difícil, por isso que você tem
que ir com muita paciência, com muita insistência, com muito embasamento,
com muito jeito para conseguir.” (EI2)
“Acho que as pessoas ainda estão muito focadas no seu dia a dia de trabalho,
não tem muito tempo pra pensar em novas ideias e não é todo gestor que
libera o funcionário pra ficar um tempo do seu dia pensando num projeto que
vai melhorar a empresa toda, que vai gerar um valor pro teu cliente lá no final.
Eu acho que ainda não tem a cultura, então, não tá muito bem disseminado.”
(IE15)
“Porque aqui é um processo muito burocrático (...) Lógico que no início, aquilo
que eu falei: a gente tem que ir vencendo barreiras, né. No começo não podia
nem falar que tinha um robô, né. Era ‘robô não, robô não pode!’ daí a gente
fazia de conta que não tinha robô.” (EG6)
89
“Primeira barreira foi a falta de mão de obra qualificada. Tem muitas pessoas
interessadas e poucas pessoas qualificadas para realmente entregar.” (EI1)
“Você tem que mudar a maneira como você enxerga o processo. O gestor
(...), que era o nosso gerente geral anterior, ele foi um cara que revolucionou
o centro (...) porque a primeira coisa que ele falou assim: ‘A gente precisa ter
uma equipe só para desenvolver e fazer relatório e vamos colocar analista
nessa equipe’, né. É um pensamento que os outros gerentes nem tinham,
eles nem chegaram nesse ponto (...) aí o cara, o que que cara fez? Ele pegou,
dos 9 cargos de analista, ele pegou 8 pra botar pra uma equipe de
desenvolvimento, falou: ‘Ó, cara agora vocês fazem o seguinte: vocês
desenvolvem aí, estuda tá, que vocês vão ser os desenvolvedores do centro’.
Pronto! Revolucionou!” (EC4)
“Ainda quando estava o outro gerente geral aqui, que era o gestor (...), ele
percebeu que precisava de mais gente na equipe de TI. E ele acabou, se eu
não me engano, ele eliminou uma vaga de gerente de setor para criar duas
de analistas. Foi até por isso que eu e o intraempreendedor (...) viemos, que
não existiam nossas vagas. E é muito difícil você ver esse tipo de atitude, né.
Isso é porque, geralmente, ele teve essa gestão de pensamento
intraempreendedor, verificando que teria maior ganho pro centro ter dois
analistas a mais na equipe de TI, do que ter um gerente de setor.” (EC7)
ferramenta nova, uma inteligência artificial que vai mudar ali a forma como é
feita a análise de uma operação.” (EI15)
“(...) não foi algo que a gente apresentou a proposta, a solução, (...), não
apresentou solução tecnológica a partir do centro de operações. Ele não
mudou o sistema de operacional, não mudou a norma, mas o documento ou
aquilo que a gente mostrou de melhoria foi aplicado e foi o processo, foi
simplificado, isso gera muito resultado.” (EI1)
“Isso é um tabu na nossa empresa, quando se fala que o erro é permitido, né,
que o erro é desejado, tem que errar rápido pra poder consertar logo, isso
por mais que se detalhe, na prática, nós temos ainda uma cultura muito rígida
em matéria de como eu trato o erro dentro do processo. (...) Porque o discurso
da organização por vezes é ‘erre, erre rápido pra gente consertar’, mas
quando o erro acontece vale o que tá escrito. Então aí é... na minha opinião,
é uma dicotomia.” (EG16)
“Eu ainda acho que a empresa é muito conservadora. Eu acho que o censo
de errar/aprender e construir, né, e você errar de novo e aprender, e melhorar
até você construir a solução que você quer, ainda isso não tá muito
disseminado na cultura da empresa, principalmente dos gestores. Nem toda
falha que aparece num processo, numa implementação, nem toda falha é
usada como feedback, como input pra aquela melhoria. Às vezes, eu percebo
assim que erramos nisso, então, matamos toda ideia. E aí vamos continuar
fazendo do jeito antigo. Ainda, eu acho que é um caminho pra se percorrer,
pra se melhorar no sentido de você pegar aquela falha e utilizar como
melhoria daquele processo. (...) não é permitido muito assumir muitos riscos
em ideias inovadoras. Então, muito ainda controlado, muito ainda no universo
das melhorias” (EI15)
“(...) não quer dizer que você correndo mais risco que você vai perder mais.
Tem essa possibilidade sim, que a gente declara para o funcionário que ele
pode correr o risco desde que seja um risco aceitável e que a gente tem a
condição de mensurar e avaliar.” (EG5)
“Sim. Mais do que no passado. É tudo uma questão de referencial, né. Como
eu te falei, se eu olhar para o passado quando a gente, quando a gente tinha
pouquíssima abertura, hoje eu acho que sim. Dá pra assumir os riscos muito
bem pensados porque a gente tá no mercado que movimenta muito dinheiro
e tal. Riscos pequenos e muito bem calculados eu vejo sim possibilidade de
assumir. Assumo alguns na minha equipe, inclusive.” (EC8)
4.1.3 Sobrevivência
“(...) o núcleo de inovação nos ajudou muito no sentido de que é preciso ouvir
mais representantes, mais perfis diferentes pra poder encontrar as
oportunidades. Então, o núcleo foi muito atuante no sentido de entrevistar,
fazer entrevistas durante as garagens. (...) um dos trabalhos do grupo de
inovação aí foi trabalhar a comunicação. Então a comunicação melhorou
muito depois que o núcleo de inovação desenvolveu a metodologia web TV,
que funciona muito bem.” (EG16)
“A gente tem uma equipe que a gente chama de equipe de padronização, que
é uma das responsáveis nas áreas hoje por coletar sugestões dos colegas,
dos funcionários, eles além de atualizar normativo, atualizar o check list web,
(...) eles também tem esse papel que é coletar sugestões, ou eles mesmos
em conjunto trazerem sugestões pra mudança de processo, né, para gente
buscar essa transformação. (...) Primeiro a questão da agilidade. Como eu te
falei, quando eu trabalhava com papel: pensa atender um centro, atender o
país inteiro tendo que receber documento físico, tá. Então, quando você
digitalizou o documento já cortou um espaço grande de trânsito, né. A gente
93
consegue ter a informação na mão e tendo acesso rápido a ela e ser muito
mais ágil na resposta ao nosso demandante, na resposta ao cliente.” (EG5)
“(...) a equipe de padronização, que é uma outra equipe (...), que apoia a
realização aí. É uma equipe que acata as ideias também de todo mundo para
melhoria de ferramenta.” (EG6)
“(...) abertura de conta digital hoje que o cliente faz direto pelo App (...) é o
programa para indenização por perdas agrícolas que a gente tá fazendo aqui
acabou de ser desenvolvida uma forma do cliente acionar o este programa
pelo App do banco. O que até pouco tempo atrás, ele tinha que juntar
documentação, levar na agência que acionava um perito, perito tinha que ir
lá fazer a fiscalização para depois subir a demanda. Hoje o cliente faz
acionamento direto no celular, cai aqui para minha equipe, que já aciona o
perito por aqui mesmo, e o perito só vai na agência levar documentação.
Então, assim, a gente cortou vários caminhos. Então, a digitalização ela tem
velocidade, ela corta caminhos e nesse ponto a gente consegue simplificar
de forma a reduzir o trabalho dos nossos parceiros, reduzir o trabalho do
nosso próprio cliente quando ele vai surgir com a demanda para a gente.”
(EG5)
“(...) é difícil mesmo que uma pessoa de fora entenda a nossa necessidade.
Então, o desenvolvimento aqui interno ele foi muito mais eficiente. Porque ela
foi desenvolvida com a ideia das pessoas aqui, atender às necessidades aqui
e a partir do momento que eu preciso de uma manutenção, tá aqui.” (EG6)
“Aquilo que era papel, manual, analógico e que foi transformado com simples
inovações ou com aplicação tecnológica, ou seja, digitalização de processo.
(...) Que benefícios? É o ganho de agilidade, ganho pro cliente também né,
tempo pro cliente também foi feito muito mais rápido, o cliente recebe muito
mais rápido, né, o instrumento de crédito (...) as agências é muito mais rápido
também o processo pra despachar, né. Cliente também, né, a satisfação do
cliente também” (EC9)
“Eu acho que as principais foi... a identificação foi feita principalmente pelas
sugestões dos próprios usuários das ferramentas, de quem tá fazendo o
processo, acabava sugerindo essas melhorias, (...) no nosso processo. E a
partir daí identificado como efetivamente fazia aquilo, como botar em prática
aquela sugestão aí entrava mais o núcleo de inovação pra viabilizar isso, né.”
(EC14)
“(...) algumas coisas a gente consegue fazer sem programação, mas, por
exemplo, esse do check list web, a gente depende de programação, a gente
94
“Depois vem o ganho da eficiência, porque isso é, quando a gente tem uma
equipe que trabalha direito, que está engajada, a eficiência melhora, o clima
melhora, a gente consegue fazer mais e de uma forma mais leve.” (EI1)
“ (...) a ferramenta de facilitação, que foi que também nasceu dos colegas (...)
foi um grupo de colegas que parou pra pensar, teve uma garagem parou para
pensar ‘opa, a gente precisa fazer alguma coisa, porque senão a gente não
vai dar conta de atender todo mundo com a demanda que a gente tem. Vamos
fazer alguma coisa que vai ajudar o nosso trabalho.’” (EI3)
“O local que nós estamos, nós estamos num estúdio de gravação. Até então,
eu nunca imaginaria que uma empresa igual à minha teria um estúdio. Pra
quê? Pensando não só no cliente interno quanto no externo. Então, você tá
desenvolvendo talentos, né, habilidades pro funcionário que teoricamente
não teriam nada a ver com o nosso trabalho, mas tem tudo a ver com o
mundo, com o intraempreendedorismo, com a transformação digital. A
empresa apoiou essa ideia, comprou a ideia e não só comprou, mas ele tem
usado essa ideia.” (EC12)
“(...) a inovação, pra mim, eu comento muito com a turma aqui, é um vírus,
um vírus do bem. Ela promove nas pessoas o resgate do sentido do trabalho,
do sentido de pertencimento, da sua importância pra fazer a diferença no
resultado, e começam a se enxergar mais úteis. Esse pra mim é o principal
ganho quando se fala em inovação e criatividade, núcleo de inovação, é que
as pessoas são contaminadas por ferramentas modernas e práticas que
ajudam a despertar o empreendedorismo nela e fazer com que a empresa
atinja os seus objetivos de uma forma mais sustentável.” (EG16)
95
4.2 OBJETIVOS
“Por dentro você tem a transformação digital e essa provocação que nos faz
pra rever os processos, rever o modo de trabalhar, ela estimula, ela provoca
em nós o intraempreendedorismo que, por vezes, pode estar um pouco
enferrujado, um pouco esquecido. Não há como fazer uma transformação
digital se você não tiver um espírito empreendedor muito grande no sentido
de rever e olhar a experiência do usuário, de ver as tecnologias que você tem,
e isso provoca nas pessoas uma reação muito positiva no sentido de
estimular o empreendedorismo.” (EG16)
“(...) a transformação digital não tem como fugir. Nós vivemos num mundo
conectado, isso é claro. Hoje, todo mundo tem seu celular, tá lá nas redes
sociais, tem internet, você vive esse mundo dentro da empresa também, né.
Então, tudo que você vai fazer na empresa hoje, tanto que seja um processo
operacional, quanto seja uma questão de inovação, você vai precisar da
tecnologia, sem ela você não consegue fazer nada. Essa transformação
digital é algo inerente ao trabalho, a tua vida, então, não tem como separar
hoje a transformação digital da tua vida pessoal, do teu trabalho e a questão
de se intraempreender.” (EC12)
Por fim, uma das fontes propulsoras da transformação digital é a ideia. Ela é o
início da inovação, da transformação, seja no mundo ou na empresa. E a tecnologia
pode influenciar uma boa ideia. Ela nasce da necessidade de mudança, adaptação e
sobrevivência (NELSON e WINTER, 1982) e da prática intraempreendedora
despertada para a inovação.
“Identifico. Eu acho que muito do que a gente pode fazer e do que a gente já
tem feito de transformação digital parte muito da ideia do próprio funcionário,
de quem tá no dia a dia trabalhando, mesmo com esses processos e serviços.
Então, eu acho que a principal fonte nossa de conseguir fazer algum tipo de
transformação é utilizando as próprias ideias de quem já tá trabalhando na
prática com isso.” (EC14)
5 CONCLUSÕES
análise, que foi transformada significativamente nos últimos cinco anos por meio das
combinações de tecnologia da informação, computação, comunicação e
conectividade.
Por fim, destaca-se que a pesquisa apresenta limitações quanto à fronteira
teórica da investigação da transformação digital, que é um fenômeno amplo e com
divergência conceitual. Também possui uma limitação metodológica, quanto à escolha
da unidade de análise, que não apresenta maturidade sistêmica em transformação
digital.
Como estudos futuros, sugere-se a investigação da transformação digital e do
intraempreendedorismo na inovação de produtos e serviços. Também se sugere a
exploração do fenômeno em outros setores econômicos, além de pesquisas que
incluam novos elementos do processo de aceleração da transformação digital, a
exemplo da inteligência artificial, do Open Banking e do Big Data.
108
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A) TÍTULO
B) PERGUNTA DE PESQUISA
C) OBJETIVO GERAL
D) OBJETIVOS ESPECÍFICOS
BLOCO INICIAL
DADOS DO RESPONDENTE
Nome completo / Sexo:
Cidade / UF:
Fone / E-mail:
Estratégico Tático
Em qual nível organizacional você atua?
Operacional / Apoio
BLOCO I
Categoria Analítica: Transformação Digital (TD)
1.1 O que tem impulsionado a transformação digital na sua unidade de trabalho (empresa)?
1.2 Você poderia mencionar como a tecnologia coopera ou mudou a sua rotina de trabalho?
1.3 Na sua opinião, quais processos da sua área de atuação foram transformados digitalmente,
após a implantação do núcleo de inovação na unidade de trabalho?
1.4 Como foram identificadas as oportunidades em digitalização e digitização de processos na sua
área?
1.5 Que processos na sua rotina de trabalho fazem uso de tecnologia e como?
1.6 Em relação aos Métodos Ágeis, você recebeu treinamento? O que mudou após a capacitação?
1.7 Como a tecnologia mudou os processos operacionais na sua unidade de trabalho (empresa)?
1.8 Na sua visão, que benefícios a digitalização e/ou digitização gerou para os processos de sua
área?
123
BLOCO II
Categoria Analítica: Intraempreendedorismo (IE)
BLOCO III
Categoria analítica: Relação entre TD x IE
3.1 Você identifica alguma relação entre TD e IE na empresa? Por favor, comente.
Explorar:
Pergunta de
Como a transformação digital é influenciada pelo intraempreendedorismo em uma instituição financeira?
Pesquisa
Objetivo Geral Verificar como a transformação digital é influenciada pelo intraempreendedorismo em uma instituição financeira.
1 - Comitê de Administração (Gestor)
Público p/ Aplicação: 2 - Funcionários das Áreas Operacionais (Colaborador)
3 - Integrantes do Projeto (Intraempreendedores)
Objetivos específicos Categoria Analítica Sub-Categoria Analítica Lentes (Base Teórica) Questões Referência
Inovação tecnológica gerada para TD Inovação na empresa 1.2 Você poderia mencionar como a tecnologia coopera ou mudou a sua rotina de trabalho? iDX Business Digitalization (2018)
1) Descrever a
transformação digital
Transformação Digital (TD) / Vial (2019); Solis e Szymanski (2016); Liu et al. (2011);
gerada por inovações em
Digitalização Digitização e Digitalização Sobrevivência 1.4 Como foram identificadas as oportunidades em digitalização de processos na sua área? Fitzgerald et al.(2013); Westerman et al. (2014); Piccinini et
digitalização em uma
al.(2015); Berghaus (2016); Haffke et al. (2016)
instituição financeira
Inovação tecnológica gerada para TD Inovação na empresa 1.5 Que processos na sua rotina de trabalho fazem uso de tecnologia e como? iDX Business Digitalization (2018)
Pinchot e Pellmann (2004); Brown (2008); Dolata e
Treinamentos/Capacitação para inovação e IE Inovação na empresa 1.6 Em relação aos Métodos Ágeis, você recebeu treinamento? O que mudou após a capacitação?
Schwabe (2016)
Digitização e Digitalização Sobrevivência 1.8 Na sua visão, que benefícios a digitalização gerou para os processos de sua área? iDX Business Digitalization (2018)
Mudança do
Inovações contributivas do IE para TD mundo/Inovação na 2.0 Na sua opinião, como o intraempreendedorismo pode contribuir com a empresa?
empresa
Incentívos/estímulos para IE e TD Inovação na empresa 2.1 Há incentivos para a geração de novas ideias na empresa? Comente.
Análise de Riscos relacionados à TD Inovação na empresa 2.2 A empresa permite que você assuma riscos em atividades inovadoras? Comente?
2) Identificar as práticas
Suporte para inovação - IE e TD Sobrevivência 2.3 Qual o suporte da empresa para implementação de novas ideias? Comente.
de incentivo e as
Treinamentos/Capacitação para inovação e IE Inovação na empresa 2.4 Quais os treinamentos que você recebeu no último ano? (interdisciplinar) Pinchot (1985); Zahra (1993); Meng e Roberts (1996);
barreiras ao
Intraempreendedorismo (IE) Análise de Falhas/Erros em atividades de TD Inovação na empresa 2.5 Como a empresa trata falhas na implementação de novas ideias? Quais? Antoncic (2001); Pinchot e Pellmann (2004); Eesley e
intraempreendedorismo
Longenecker (2006)
em uma instituição Inovação em comunicação e canais gerados pelo IE e TD Inovação na empresa 2.6 Como a empresa promove o compartilhamento de novas ideias ou sugestões? Comente.
financeira
Incentívos/estímulos para IE e TD Inovação na empresa 2.7 Como a empresa estimula o intraempreendedorismo/inovação? Comente.
Cultura de inovação Sobrevivência 2.8 Existe cultura de cooperação para o intraempreendedorismo na empresa? Comente.
Barreiras à inovação IE Inovação na empresa 2.9 Você percebe barreiras ao intraempreendedorismo na empresa? Quais.
Inovações contributivas do IE para TD Inovação na empresa 2.10 Quais mudanças tecnológicas foram percebidas por você a partir das ideias e práticas intraempreendedoras?
3.1 Você identifica alguma relação entre TD e IE na empresa? Por favor, comente.
Declaro, por meio deste termo, que concordei em ser entrevistado(a) e/ou participar na pesquisa de
campo referente ao projeto/pesquisa intitulado TRANSFORMAÇÃO DIGITAL E
INTRAEMPREENDEDORISMO EM UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA, desenvolvido por Ricardo
Manoel Damiani. Fui informado(a), ainda, de que a pesquisa é coordenada / orientada pelo professor
Dr. Cleonir Tumelero, a quem poderei contatar / consultar a qualquer momento que julgar necessário
por meio do e-mail ppga@up.edu.br.
Afirmo que aceitei participar voluntariamente da pesquisa, sem receber qualquer incentivo financeiro
ou ter qualquer ônus e com a finalidade exclusiva de colaborar para o sucesso da pesquisa. Fui
informado(a) dos objetivos estritamente acadêmicos do estudo, que, em linhas gerais, são:
Minha colaboração se fará de forma anônima, por meio de entrevista semiestruturada que será gravada
a partir da assinatura desta autorização. O acesso e a análise dos dados coletados se farão apenas
pelo pesquisador e/ou seu(s) orientador(es) e coordenador(es).
Fui ainda informado(a) de que minha participação é voluntária e que posso me retirar desse(a) estudo
/pesquisa/programa a qualquer momento, sem prejuízo para meu acompanhamento ou sofrer
quaisquer sanções ou constrangimentos.
Atesto recebimento de uma cópia assinada deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.