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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

UNIDADE CURVELO
Departamento de Engenharia Civil e Meio Ambiente
Curso de Graduação em Engenharia Civil

BRUNA EMILY DE PAIVA

CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE TÉCNICA DE


PROJETOS (ATP) DE ESTRUTURAS NA GARANTIA DA QUALIDADE DOS
EMPREENDIMENTOS

CURVELO – MG
2022
ii

BRUNA EMILY DE PAIVA

CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE TÉCNICA DE


PROJETOS (ATP) DE ESTRUTURAS NA GARANTIA DA QUALIDADE DOS
EMPREENDIMENTOS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao


Curso de Engenharia Civil do Centro Federal de
Educação Tecnológica de Minas Gerais, Unidade
Curvelo, como requisito para a aprovação na
disciplina TCC II.

Área de concentração: Engenharia de Estruturas

Orientador: Prof. Dr. Thiago Bomjardim Porto


Coorientador: Prof. Dr. Roberto Márcio da Silva

CURVELO – MG
2022
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
UNIDADE CURVELO
Rua Raymundo Mattoso, 900. Bairro Santa Rita, Curvelo – MG. CEP 35790-636.
Coordenação do Curso de Engenharia Civil – Tel.: (38) 3729 3930

ANEXO VIII
ATA DE DEFESA DE TCC II
ATA DA DEFESA DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE
ENGENHARIA CIVIL do(a) aluno(a) Bruna Emily de Paiva às 10h00 do
dia 13.12.2022, reuniu-se, no Centro Federal de Educação Tecnológica de
Minas Gerais – CEFET-MG, Unidade Curvelo, a Comissão Examinadora de
Trabalho de Conclusão de Curso para julgar, em exame final, o trabalho
intitulado CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE
TÉCNICA DE PROJETOS (ATP) DE ESTRUTURAS NA GARANTIA DA
QUALIDADE DOS EMPREENDIMENTOS como parte dos requisitos para
a obtenção do Título de Engenheiro(a) Civil.

Abrindo a sessão, o(a) orientador(a), Presidente da Comissão, Thiago


Bomjardim Porto, após dar a conhecer aos presentes o teor das Normas
Regulamentares do Trabalho Final, passou a palavra ao discente para
apresentação do trabalho. Seguiu-se a arguição pelos examinadores, com
a respectiva defesa do discente. Logo após, a comissão se reuniu, sem a
presença do mesmo e do público, para julgamento e expedição do
resultado. Foram atribuídas as seguintes notas:

Apresentação
Comissão Examinadora Monografia
Oral
Orientador(a) Thiago Bomjardim Porto
Coorientador(a) Roberto Márcio da Silva 70 90
Supervisor(a) -
Prof. (a) Walliston dos Santos Fernandes 75 90
Prof. (a) Antônio Ribeiro de Oliveira Neto 75 97
Prof. (a) -
Prof. (a) -
Média Aritmética 73,33 92,33

Pelas indicações acima e, com o conhecimento da nota de desempenho final


do candidato na disciplina TCC II, transcrita abaixo:

Apresentação Nota Final de


Nota de desempenho Monografia
Oral TCC
0 -100/ Peso (30%) 0–100/Peso (50%) 0-100 / Peso (20%) 0 - 100
88,3 / 26,5 73,33 / 36,67 92,33 / 18,47 81,63

O discente foi considerado APROVADO com Nota Final 81,63, sendo este
resultado comunicado publicamente ao candidato pelo Presidente da
Comissão.

Revisão 08/2022
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
UNIDADE CURVELO
Rua Raymundo Mattoso, 900. Bairro Santa Rita, Curvelo – MG. CEP 35790-636.
Coordenação do Curso de Engenharia Civil – Tel.: (38) 3729 3930

O discente, conforme assinado abaixo, declara que o trabalho ora


identificado é de sua autoria material e intelectual, excetuando eventuais
elementos tais como passagens de texto, citações, figuras e datas, desde
que elas identifiquem claramente a fonte original, explicitando as
autorizações obtidas dos respectivos autores, quando necessárias. Declara
ainda, neste âmbito, não estar a violar direitos de terceiros.

Curvelo-MG, 16/12/2022

Bruna Emily de Paiva Local e data


Discente

Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou a reunião e lavrou a


presente ATA, que será assinada por todos os membros participantes da
Comissão Examinadora.

Curvelo, 16 de dezembro de 2022.

Thiago Bomjardim Porto Roberto Márcio da Silva -


Orientador(a) Coorientador(a) Supervisor(a)

Walliston dos Santos Antônio Ribeiro de Oliveira -


Fernandes Neto Membro
Membro Membro

-
Membro

Revisão 08/2022
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE
MINAS GERAIS FOLHA DE ASSINATURAS
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO,
ADMINISTRAÇÃO E CONTRATOS

Emitido em 16/12/2022

ATA Nº 01/2022 - DECMCV (11.59.04)


(Nº do Documento: 95)

(Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO)

(Assinado digitalmente em 16/12/2022 14:22 ) (Assinado digitalmente em 16/12/2022 09:08 )


ANTONIO RIBEIRO DE OLIVEIRA NETO THIAGO BOMJARDIM PORTO
PROFESSOR ENS BASICO TECN TECNOLOGICO PROFESSOR ENS BASICO TECN TECNOLOGICO
DECMCV (11.59.04) DECMCV (11.59.04)
Matrícula: ###644#6 Matrícula: ###247#0

(Assinado digitalmente em 16/12/2022 18:03 ) (Assinado digitalmente em 16/12/2022 15:14 )


ROBERTO MÁRCIO DA SILVA WALLISTON DOS SANTOS FERNANDES
ASSINANTE EXTERNO ASSINANTE EXTERNO
CPF: ###.###.336-## CPF: ###.###.766-##

Visualize o documento original em https://sig.cefetmg.br/documentos/ informando seu número: 95, ano: 2022, tipo:
ATA, data de emissão: 16/12/2022 e o código de verificação: 43fdfd699c
v

Dedico este trabalho à minha mãe


Olga e meu pai Nestor.
vi

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus pela minha vida e por sempre me dar forças para prosseguir. À minha
mãe Olga Lucia de Paiva e meu pai Nestor Ferraz de Paiva que são meu alicerce, por terem me
criado com tanto carinho e amor sempre me amparando e realizando o melhor para mim.
Agradeço também às minhas irmãs Patrícia Aparecida Costa e Glauce de Paiva Costa
que fazem de tudo por mim, e também ao meu irmão Lucas Conde de Paiva. Aos meus
sobrinhos Caroline de Paiva Gomes, Gabrielly da Costa Ferreira, Izabelly da Costa Ferreira,
Geovanna Martinez de Paiva, Eduardo de Paiva Lima Polita e Samuel Martinez de Paiva que
são o motivo para que a cada dia eu me torne uma pessoa melhor. Aos meus cunhados José
Sabino Ferreira e Eduardo Luiz Lima Polita que cuidam de mim como se fossem meus irmãos.
Aos meus orientadores Thiago Bomjardim Porto e Roberto Márcio da Silva pelos
ensinamentos e pela paciência ao longo do desenvolvimento deste trabalho.
Aos meus amigos por me ouvirem tanto, pela paciência, por compartilharem momentos
comigo e me ajudarem tanto ao longo desta jornada da vida, e em especial aqueles que me
acompanham diariamente que mesmo com toda distância conseguem se fazer presente e
contribuírem para que meus dias se tornem melhores.
Ao engenheiro Lucio Piassi Lachni, da Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA,
pelo fornecimento do material para estudo de caso, por sempre ser solicito para sanar dúvidas
e por contribuir com o desenvolvimento da pesquisa.
Aos professores do CEFET-MG não apenas pela partilha de conhecimento, mas pelas
trocas de experiências e conselhos que recebi.
À todos aqueles que fazem parte da minha vida e que amo incondicionalmente, à vocês
dedico essa conquista.
vii

RESUMO

O desempenho insatisfatório das construções, nos últimos anos tornou-se motivo de


preocupação para o meio técnico, haja vista que acidentes na construção civil ocorrem com
demasiada frequência em todo o mundo. Analisando o cenário do Brasil nas últimas décadas, o
país possui um histórico significativo de acidentes estruturais, os quais resultaram em dezenas
de vítimas fatais e centenas de feridos. A ineficiência das construções se deve principalmente
as falhas humanas durante as fases de projeto desde a concepção e execução, até sua fase de
utilização, sendo as deficiências de projeto uma das mais significativas causas dos problemas e
conflitos na construção de importantes empreendimentos. O insucesso de várias construções e
o colapso de estruturas poderiam ter sido evitados se realizado a avalição de conformidade das
estruturas, preferencialmente antes da execução. Para tanto o objetivo deste trabalho é
apresentar considerações sobre a importância da aplicação da Análise Técnica de Projetos
(ATP) de estrutura de concreto armado antes de sua execução, possibilitando a correção de
eventuais falhas e redução de riscos de mau comportamento da estrutura em serviço, visando
também garantir a funcionalidade, a economicidade, a segurança e qualidade da estrutura. De
tal forma, foi realizada a análise de um estudo de caso de um projeto de uma edificação em
concreto armado com painéis de vedação, localizada no município de Castelo/ES, com 28
pavimentos e 224 apartamentos, sendo um pavimento térreo e 27 pavimentos tipo, no qual foi
realizado aplicação da ATP. Para essa avaliação, foram avaliados os documentos do projeto
estrutural do edifício e a edificação também foi recalculada com auxílio do Software Comercial
TQS (V.22) de dimensionamento de Estruturas e Geotecnia. Com os resultados obtidos a partir
da realização da ATP, foi verificado que a ordem de grandeza das informações obtidas pela
análise estrutural é próxima ao projeto realizado pelo calculista, além disso, a partir da ATP
também foi possível apontar sugestões de melhoria para o projeto estrutural, a fim de evitar
possíveis danos futuros na estrutura.

Palavras-chave: Análise Técnica de Projetos (ATP); Acidentes estruturais; Análise


estrutural;
viii

ABSTRACT

The unsatisfactory performance of buildings in recent years has become a matter of concern for
the technical community, given that accidents in civil construction occur too frequently all over
the world. Analyzing the scenario in Brazil in recent decades, the country has a significant
history of structural accidents, which resulted in dozens of fatalities and hundreds of injuries.
The inefficiency of buildings is mainly due to human failures during the project phases, from
conception and execution, to its use phase, with project deficiencies being one of the most
significant causes of problems and conflicts in the construction of important enterprises. The
failure of several constructions and the collapse of structures could have been avoided if the
conformity assessment of the structures was carried out, preferably before execution. Therefore,
the objective of this work is to present considerations about the importance of applying the
Technical Analysis of Projects (ATP) of reinforced concrete structures before their execution,
allowing the correction of eventual failures and reduction of risks of bad behavior of the
structure in service, also aiming to guarantee the functionality, economy, safety and quality of
the structure. In this way, the analysis of a case study of a project of a building in reinforced
concrete with sealing panels, located in the municipality of Castelo/ES, with 28 floors and 224
apartments, being a ground floor and 27 floors type, in which ATP was applied. For this
evaluation, the structural design documents of the building were evaluated and the building was
also recalculated with the aid of the Commercial Software TQS (V.22) for dimensioning
Structures and Geotechnics. With the results obtained from performing the ATP, it was verified
that the order of magnitude of the information obtained by the structural analysis is close to the
project carried out by the calculator, in addition, from the ATP it was also possible to point out
suggestions for improvement for the structural project, in order to avoid possible future damage
to the structure.

Key words: Technical Analysis of Projects (ATP); Suffered accidents; Structural


analysis;
ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Histórico dos principais acidentes ocorridos no Brasil nas últimas décadas
devido a falha de projeto estrutural. ......................................................................................... 19
Tabela 2 – Análise percentual das causas de problemas patológicos em estruturas de
concreto. ................................................................................................................................... 23
Tabela 3 -Normas brasileiras de projetos de estrutura que possuem ou não, item à
respeito da Avaliação de Técnica de Projeto (ATP)................................................................. 31
Tabela 4 - Tipos de modelos estruturais de edifícios. .................................................. 36
Tabela 5 - Tipos de modelos estruturais por pavimento no Software TQS. ................. 38
Tabela 6 - Checklist de coleta de informações para realização de ATP. ...................... 43
Tabela 7 - Comparativo de cobrimento para cada elemento estrutural. ....................... 46
Tabela 8 – Comparação do projeto com NBR 6123 sobre considerações do vento. .... 48
Tabela 9 - Comparação Gama Z ................................................................................... 49
x

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Desabamento Edifício Palace II no Rio de Janeiro ...................................... 20


Figura 2- Edifício Real Class. ....................................................................................... 21
Figura 3 - Vista do edifício Wilton Paes de Almeida ................................................... 21
Figura 4 - Novos métodos de cálculos exigem detalhamentos mais elaborados nos
projetos. .................................................................................................................................... 24
Figura 5 - Problemas típicos de projetos. ..................................................................... 25
Figura 6 - Aplicação da abordagem BIM ao projeto. ................................................... 28
Figura 7 - Esquema de integração de modelos BIM no projeto de estruturas. ............. 28
Figura 8 - Erro de concepção: viga invertida sem apoio ou engaste. ........................... 29
Figura 9 - Erro de concepção: viga sem apoio. ............................................................ 29
Figura 10 - Modelos estruturais do Software TQS. ...................................................... 37
Figura 11 - Ilustração dos modelos estruturais do Software TQS. ............................... 37
Figura 12 - Fluxograma da metodologia. ..................................................................... 39
Figura 13- Fabricação na unidade fabril do painel de vedação com a viga incorporada
.................................................................................................................................................. 40
Figura 14 - Armaduras de esperas da viga, incorporada ao painel pré-fabricado, para
conexão ao pilar na obra. .......................................................................................................... 40
Figura 15 - Tarugo de aço de diâmetro de 12,5 mm usado durante a montagem a ser
retirado posteriormente após a solidarização da estrutura. ....................................................... 41
Figura 16 - Desenho de painel pré-moldado para fabricação. ...................................... 45
Figura 17 – Desenho ampliado do painel pré-fabricado. .............................................. 45
Figura 18 - Tipo do concreto usado na edificação pelo projetista. ............................... 46
Figura 19 - Ações verticais consideradas em cada pavimento pelo projetista.............. 47
Figura 20 - Dados gerais sobre a consideração do vento na edificação pelo projetista.
.................................................................................................................................................. 47
Figura 21 - modelagem da estrutura no software TQS. ................................................ 48
Figura 22 - Modelo tridimensional da modelagem da estrutura no software TQS. ..... 49
Figura 23 - Indicação do trecho do pavimento tipo em que foi realizado comparativo de
armações entre projetos. ........................................................................................................... 50
Figura 24 – Identificação ampliada do trecho do pavimento tipo em que foi realizado
comparativo de armações entre projeto e ATP. ........................................................................ 51
xi

Figura 25 - Desenho de armação da viga V2003 considerada no projeto do edifício


Diamante II. .............................................................................................................................. 51
Figura 26 - Quantitativo da viga V2003 do projeto do edifício Diamante II. .............. 52
Figura 27 -Desenho de armação da viga V2003 realizada na ATP. ............................. 52
Figura 28 -Quantitativo da viga V2003 gerado a partir da ATP. ................................. 53
Figura 29 - Comparativo de peso de aço nas vigas consideradas no projeto e na ATP.
.................................................................................................................................................. 53
Figura 30 - Desenho de armação horizontal inferior da laje L02- 01considerada no
projeto do edifício Diamante II. ............................................................................................... 54
Figura 31-Quantitativo da armação horizontal inferior da laje L02-01do projeto edifício
Diamante II. .............................................................................................................................. 54
Figura 32- Desenho de armação horizontal inferior da laje L02- 01considerada na ATP.
.................................................................................................................................................. 55
Figura 33-Quantitativo da armação horizontal inferior da laje L02-01 na ATP. ......... 55
Figura 34 - Comparativo de peso de aço nas lajes consideradas no projeto e na ATP. 56
Figura 35 - Comparativo de peso de aço nos pilares consideradas no projeto e na ATP.
.................................................................................................................................................. 57
xii

LISTA DE ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E SIGLAS

ABECE Associação Brasileira de Engenharia e Consultoria Estrutural


ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
AEC Arquitetura, Engenharia e Construção
ATP Análise Técnica de Projeto
BIM Building Information Modeling
CAA Classe de Agressividade Ambiental
DATEC Documento de Avaliação Técnica
ELS Estado Limite de Serviço
ELU Estado Limite Último
NBR Norma Brasileira
TQS Programa de Cálculo Estrutural da Tecnologia e
Qualidade em Sistema
fck Resistência Característica do Concreto à Compressão
Ɣz Gama Z
xiii

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 15
1.1 ESTRUTURA DO TRABALHO............................................................................. 16
2 OBJETIVOS ................................................................................................ 17
2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 17
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS................................................................................... 17
3 REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................... 18
3.1 ACIDENTES ESTRUTURAIS ............................................................................... 18
3.1.1 Contextualização dos acidentes estruturais ocorridos no Brasil .................. 18
3.1.2 Caracterização das principais causas de acidente em projetos de estrutura . 22
3.2 GARANTIA NA QUALIDADE DOS PROJETOS DE ESTRUTURA ................. 26
3.2.1 Importância da coordenação de projetos e compatibilidade de projetos ...... 26
3.2.2 Importância do BIM na Engenharia de Estruturas ....................................... 27
3.3 ANÁLISE TÉCNICA DE PROJETO (ATP)........................................................... 30
3.3.1 Normalização sobre Avaliação Técnica de Projetos .................................... 30
3.3.2 Procedimento de Avaliação Técnica de Projetos de estrutura de concreto
armado 32
3.4 SOFTWARE DE ANÁLISE, DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO
ESTRUTURAL ........................................................................................................................ 36
4 METODOLOGIA ....................................................................................... 39
4.1 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO ........................................................ 40
4.2 ETAPAS DE AVALIAÇÃO TÉCNICA DE PROJETO......................................... 41
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 43
5.1 AVALIAÇÃO TÉCNICA INICIAL ........................................................................ 43
5.1.1 Verificação da documentação do projeto estrutural ..................................... 43
5.1.2 Verificação da representação de desenhos de formas e elementos estruturais
e exequibilidade dos elementos estruturais. ...................................................................... 44
5.1.3 Verificação dos parâmetros de durabilidade ................................................ 46
5.1.4 Avaliação de carregamentos considerados na edificação ............................ 46
5.1.5 Considerações sobre o vento na edificação .................................................. 47
5.2 ANÁLISE ESTRUTURAL ..................................................................................... 48
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 58
xiv

6.1 SUGESTÕES DE FUTURAS PESQUISAS ........................................................... 59


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 60
15

1 INTRODUÇÃO
Segundo Brandão (1998), o desempenho insatisfatório das construções, nos últimos
anos tornou-se motivo de preocupação para o meio técnico. Alguns diagnósticos realizados
apontam as deficiências de projeto como causa para a ineficiência das construções.
Teixeira e Couto (2006) afirmam que as principais causas de não qualidade dos edifícios
estão relacionadas a crescente complexidade das construções, a falta de sistematização do
conhecimento, a inexistência de sistema de garantia e seguros, a velocidade exigida no processo
de construção, as novas preocupações arquitetônicas, e a inexistência de equipe de projeto
especialista em tecnologia das construções.
Analisando o contexto histórico no Brasil, acidentes estruturais têm ocorrido com
frequência, e na maioria das vezes ocorrem devido as falhas humanas durante as fases de projeto
e execução (SOUZA; ENAMI, 2009). Um exemplo, de acidente estrutural é o edifício Real
Class que desabou em Belém (PA), que conforme o laudo realizado pelos profissionais de
Engenharia Civil da UFPA (Universidade Federal do Pará) houve erro no cálculo estrutural da
obra, pois alguns pilares não estavam adequados para suportar os esforços provenientes da ação
do vento (IBAPE, 2011).
Dell'Avanzi (2022) afirma que a causa de ruína das edificações também está relacionada
a maneira incorreta de realizar uma fundação, o que pode ser prevenido através de projetos bem
elaborados e detalhados que são acompanhados por meio de supervisão técnica. Além disso, a
realização de um bom controle tecnológico da obra de fundação é uma ferramenta importante
para garantia da qualidade. Para tanto, por exemplo, a NBR 6122 (ABNT, 2019) exige a
execução de provas de carga na obra, validando assim, o projeto, no caso, de fundações.
É de grande importância para a sociedade atender aspectos de qualidade técnica e
economicidade nos projetos, haja vista que esses possuem uma complexidade inevitável. Os
projetos de estrutura de concreto armado têm correlação imediata com esses aspectos da
construção (ABECE 002:2015).
A NBR 6118 (ABNT, 2014), seção 5, estabelece os requisitos de qualidade da estrutura
e conformidade do projeto, visando garantir a segurança, economia e durabilidade das
construções.
A NBR 6122 (ABNT, 2019), seção 10, determina que para garantia do desempenho das
fundações é essencial e obrigatório a realização da Avaliação Técnica de Projetos (ATP).
Segundo a ABECE 002:2015, a ATP é de extrema relevância, pois, trata-se de um
serviço realizado antes, durante ou após a execução da estrutura para assegurar que os itens
16

citados na NBR 6118 (ABNT, 2014), seção 5, sejam atendidos. É preferível que a ATP seja
realizada simultaneamente a fase de projeto, antecedendo sua construção.
O objetivo deste trabalho é apresentar considerações sobre a importância da aplicação
da Análise Técnica de Projetos de estrutura de concreto armado antes de sua fase de execução,
possibilitando a correção de eventuais falhas e redução de riscos de mau comportamento da
estrutura em serviço. Visando também garantir a funcionalidade, a economicidade, a segurança
e a qualidade da estrutura.
Este trabalho tem a finalidade de destacar sobre a importância da aplicação da ATP
durante sua fase de elaboração, a fim de mitigar possíveis problemas durante à fase de execução
e uso da construção. De tal forma, será realizada a análise um estudo de caso de um projeto, o
qual será recalculado com auxílio do Software Comercial TQS de dimensionamento de
Estruturas e Geotecnia e realizada aplicação da ATP.
Pretende-se assim, possibilitar ao calculista, oportunidades de melhoria no seu projeto
estrutural, tanto em termos de concepção, lançamento, dimensionamento e detalhamento,
quanto, diretrizes a respeito das melhores práticas correntes de projeto, nacionais e
internacionais, não se atendo exclusivamente, as normas técnicas vigentes.

1.1 ESTRUTURA DO TRABALHO


O trabalho será organizado em 6 capítulos.
Após a introdução no primeiro capítulo, o segundo capítulo abordará os objetivos geral
e específicos.
No terceiro capitulo contém o referencial teórico sobre os casos de acidentes estruturais
e suas principais causas, importância da garantia da qualidade dos projetos de estruturas e
normalização e procedimentos para análise técnica de projetos de estrutura de concreto armado.
O quarto capítulo irá abordar a metodologia utilizada para realização da análise do
estudo de caso.
No quinto capitulo trará o resultado e discussão do estudo de caso analisado. Por fim,
no sexto capítulo serão apresentadas as considerações finais e sugestões para próximos
trabalhos.
17

2 OBJETIVOS
Para atender a proposta inicial desta pesquisa, apresenta-se nos itens que se seguem os
objetivos gerais e específicos do trabalho.
2.1 OBJETIVO GERAL
O presente trabalho tem por objetivo principal salientar a importância da Análise
Técnica de Projetos (ATP) a fim de garantir a qualidade e segurança das estruturas.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Os objetivos específicos são:
• Correlacionar acidentes com falhas de projeto através de uma revisão
bibliográfica;
• Levantar normativas correlacionadas à Análise Técnica de Projetos (ATP);
• Realizar estudo de caso de uma edificação em concreto armado, localizada no
município de Castelo/ES;
• Apontar oportunidades de melhorias nos resultados do trabalho para o estudo de
caso escolhido para realização da ATP;
• Promover a conscientização dos calculistas estruturais sobre a importância da
avalição técnica de projetos para garantir a qualidade das obras.
18

3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 ACIDENTES ESTRUTURAIS
Na construção civil, acidentes estruturais ocorrem com demasiada frequência em todo
o mundo, por distintos fatores transitando desde a concepção e execução, até sua fase de
utilização (SANTIAGO, 2014).
Historicamente, tragédias memoráveis são atreladas à construção civil, as quais
ocasionaram mortes, transtornos em grandes centros e perda expressiva de valores de
investimentos, tais acontecimentos são consequências da construção de edifícios que obtiveram
imperícias de qualidade de projetos, da execução e dos materiais empregados (SACHETTI;
SOUZA, 2019).
Segundo Brandão (1998), o desempenho insatisfatório das construções, nos últimos
anos tornou-se motivo de preocupação para o meio técnico, sendo apontado as deficiências de
projeto como uma das principais causas para a ineficiência das construções.
Para Ferreira (2016) a segurança estrutural deve ser a principal preocupação no
desenvolvimento dos projetos, tendo em consideração a importância da preocupação com as
vidas humanas, além dos elevados custos envolvidos. Haja vista que a preocupação em se evitar
acidentes possui referência histórica. Bauer (2007) cita o Código de Hamurabi, elaborado na
Mesopotâmia, em 1800 A.C., o qual expressa regras básicas correlacionadas à preocupação
com a segurança das edificações.
Acidentes estruturais devido as falhas humanas durante as fases de projeto e execução
têm ocorrido com frequência no Brasil (SOUZA; ENAMI, 2009).

3.1.1 Contextualização dos acidentes estruturais ocorridos no Brasil


As deficiências de projeto são uma das mais significativas causas dos problemas e
conflitos na construção de importantes empreendimentos, e por sua vez até de seu insucesso
(COUTO, J.; COUTO, A. 2007)
Nas últimas décadas, o Brasil possui um histórico significativo de acidentes estruturais,
o que ressalta a importância de atentar-se à qualidade e segurança das construções. Dentre os
acidentes ocorridos, destacam-se aqueles que resultaram em dezenas de vítimas fatais e
centenas de feridos. Além disso, pode-se pressupor a ocorrência de inúmeros acidentes
ocorridos no Brasil que não possuem registro formal na literatura técnica, nem mesmo
conhecimento por parte das autoridades competentes (SOUZA; ENAMI, 2009).
A Tabela 1 sintetiza alguns dos memoráveis desabamentos ocorridos no Brasil nas
últimas décadas devido a erros de projeto.
19

Tabela 1 - Histórico dos principais acidentes ocorridos no Brasil nas últimas décadas devido a
falha de projeto estrutural.
ANO ACIDENTE ESTADO CIDADE PROVÁVEL CAUSA
São José do Rio Sobrecarga em um dos pilares e
1997 Edifício Itália SP
Preto falha no projeto de fundações.
Falhas na viga de sustentação e
1998 Edifício Palace II RJ Rio de Janeiro subdimensionamento de 2
pilares.
Edifícios Éricka e Negligências na estrutura em
1999 PE Olinda
Enseada de Serrambi relação à fundação.
Erro na concepção estrutural e
2005 Prédio dos Correios SC Içara
na execução.
Erro no detalhamento e mau
2006 Marquise da UEL PR Londrina dimensionamento de peças
estruturais.
Estrutura não atendia os
2011 Edifício Real Class PA Belém requisitos necessários ao Estado
Limite Último (ELU).
Deformações térmicas que
Edifício Wilton Paes de
2018 SP São Paulo provocaram uma tensão superior
Almeida
a resistência da estrutura.
Fonte: elaborado pela Autora, (2022).
Um dos marcos que despertou o interesse da população com relação aos acidentes na
construção civil, após a década de 70, foi o acidente da Gameleira, em Belo Horizonte, o qual
até hoje traz à tona discussões a respeito da causa do colapso da estrutura que ocasionou a morte
de 64 pessoas (SANTIAGO, 2014).
Dentre os acidentes estruturais ocasionados devido a erros de projeto, Souza e Enami,
(2009) citam os mais importantes, sendo eles, o Edifício Itália em 1997 (São José do Rio Preto
- SP), o Edifício Palace II em 1998 (Rio de Janeiro - RJ), o Edifício Érica e Enseada de Serrambi
em 1999 (Olinda - PE).
Segundo Ferreira (2016), o edifício Itália desabou, sem deixar vítimas e conforme o
laudo pericial uma das principais causas do acidente foi devido à sobrecarga em um dos pilares
e falhas no cálculo da fundação.
Dentre os acidentes apresentados, um dos destaques é o desabamento do edifício
residencial Palace II (Figura 1), o qual houve grande repercussão pela mídia, foi ocasionado
por motivos de falhas das vigas de sustentação (HELENE, 1998 apud SACHETTI; SOUZA,
2019). Segundo Ferreira (2016), o colapso também ocorreu devido ao subdimensionamento de
2 (dois) pilares da estrutura.
20

Figura 1 - Desabamento Edifício Palace II no Rio de Janeiro

Fonte: Grasselli (2004) apud Ferreira (2016).


O acidente dos edifícios Éricka e Serrambi, no munícipio de Olinda, foi ocasionado
devido a negligências na estrutura ao se realizar considerações em relação à fundação, já que o
laudo pericial indica o desabamento a existência de um lençol freático a cerca de 1,5 metro de
profundidade do solo (SBPC, 2006).
Outro desabamento, que também é um dos marcos das tragédias na construção civil é o
desabamento do prédio dos Correios, pois o laudo pericial realizado indica erros na concepção
estrutural e na execução, o qual culminou na morte de 3 pessoas, no ano de 2005 (HELENE,
1998 apud SACHETTI; SOUZA, 2019).
A queda da marquise na Universidade Estadual de Londrina (UEL), que ocasionou duas
mortes e 20 feridos, ocorreu devido a falhas no projeto, tais como mau detalhamento e erro no
dimensionamento das peças estruturais (SCHENKEL, 2006)
Outro importante acidente é o colapso do edifício residencial Real Class (Figura 2), em
2011, localizado em Belém-PA, que sofreu colapso pois a estrutura não atendia os requisitos
necessários ao Estado Limite Último (ELU), já que foi projetado em desacordo com as
normativas vigentes (RIBEIRO; OLIVEIRA, 2018).
21

Figura 2- Edifício Real Class.

Fonte: Ribeiro; Oliveira (2018)


Dentre os desabamentos, um dos mais recentes é o do Edifício Wilton Paes de Almeida
(Figura 3), situado no centro de São Paulo, o fato que aconteceu em 2018, após um incêndio
que se alastrou pelo prédio fazendo com que a estrutura entrasse em colapso rapidamente devido
a elevação da temperatura (DALLEDONE, 2018). O colapso pode ser explicado por um efeito
de torção gerado pelas altas temperaturas, além de tratar-se de um edifício com estrutura
assimétrica, o que favoreceu as deformações térmicas que provocaram uma tensão superior a
resistência da estrutura (HELENE; COUTO; PACHECO, 2019).
Figura 3 - Vista do edifício Wilton Paes de Almeida

Fonte: Helene; Couto; Pacheco (2019).


Segundo Souza e Enami, (2009) é importante a divulgação dos acidentes estruturais,
uma vez que auxilia no processo de aprendizado, afim de evitar que os mesmos erros aconteçam
outra vez, tendo em vista que muitos dos acidentes são resultado de imperícias e negligências.
22

Ou seja, de certa forma, os registros destes eventos podem contribuir de maneira significativa
para melhoria dos códigos normativos, mas também obter uma explicação técnica de acidentes
estruturais a fim de evitá-los.

3.1.2 Caracterização das principais causas de acidente em projetos de estrutura


Os sinistros ocorridos no Brasil, como o desabamento do edifício Palace II, que
causaram prejuízos econômicos e sociais, além das mortes ocorridas que despertaram à atenção
da engenharia, validando-se da necessidade da garantia da durabilidade e maior controle dos
projetos (FERREIRA, 2016).
O sucesso de uma construção e a gestão de um empreendimento está intimamente
conectado a importância que possui um projeto e sua coordenação. Enquanto um projeto isento
de erros, omissões e com estrutura bem organizada garante a qualidade na concretização dos
empreendimentos, em contrapartida, um projeto deficiente poderá acarretar em consequências
imprevisíveis para o desenvolvimento e execução do mesmo (COUTO; TEIXEIRA, 2006).
Souza e Ripper (1998) apresentam uma lista com diferentes pesquisadores que buscam
relacionar, percentualmente, qual atividade tem sido responsável pela maior quantidade pela
ocorrência de problemas patológicos em estruturas de concreto.
A Tabela 2, apresentada por Souza e Ripper (1998) nem sempre apresenta concordância
entre si, tal fato se dá pelos estudos serem realizados em diferentes fontes de pesquisa e a forma
como os autores classificam as origens dos problemas, no entanto, é possível notar pelos dados
apresentados que a maior recorrência se dá pela etapa de concepção e projeto de estruturas.
Para Bauer (2007), os principais erros de projeto que geram deterioração de estruturas
de concreto, estão relacionados a má especificação, falta detalhamento dos projetos, variações
bruscas nas seções dos elementos estruturais, a desconsideração dos efeitos de fluência do
concreto e a falta da consideração de cargas ou tensões no cálculo estrutural.
De acordo com Cunha (1996) a partir da década de 70, houve uma evidente modificação
no cálculo estrutural quando se comparado as antigas edificações, levando-se em consideração
que é visível uma redução nas dimensões dos elementos estruturais, utilização de maiores vãos
livres, bem como o uso de sistemas de contraventamentos mais leves. A presença de estruturas
mais esbeltas se deve ao fato da evolução de técnicas construtivas e o progresso na qualidade
de materiais de construção (SERRÃO et al., 2022). Contudo, estruturas mais esbeltas tem como
consequência o favorecimento do surgimento de grandes deformações, diferentemente dos
projetos de estrutura com elevada robustez (CUNHA, 1996).
23

Tabela 2 – Análise percentual das causas de problemas patológicos em estruturas de concreto.

Fonte: Souza e Ripper (1998).


O surgimento dessas deformações, e a tendência de aumento ao longo do tempo podem
conduzir danos significantes a edificações, tais como trincas em alvenarias, deslocamento e
trincamento de piso, fissuração de lajes, empenamento de esquadrias, além dos efeitos de flexão
e de torção em pilares e vigas de periferia ocasionados pelo efeito das rotações das lajes e vigas
quando não considerados em projeto (SANTIAGO, 2014).
Segundo Dacal (2022) estruturas mais esbeltas ainda são um desafio para engenharia
moderna, pois o emprego desse tipo de estrutura requer uma análise técnica obtendo respostas
em relação a deslocamentos e deformações.
São diversas as falhas que podem ocorrer no período de concepção de uma estrutura,
podendo originar-se nas fases iniciais de projeto, desde o estudo preliminar até mesmo na fase
final de elaboração de um projeto, ou seja, na fase de projeto executivo (SOUZA; RIPPPER,
1998). Dentre as principais falhas provocadas nas fases de projeto, Souza e Ripper (1998) cita
as principais como:
• Elementos de projeto inadequados como a má definição das ações atuantes,
escolha infeliz do modelo analítico, deficiência do cálculo estrutural ou má
avaliação do solo;
• Falta de compatibilização dos projetos;
• Especificação inadequada de materiais;
24

• Detalhamento insuficiente ou errado;


• Detalhes construtivos inexequíveis;
• Falta de padronização das representações;
• Erros de dimensionamento.

As falhas de projeto explicam a necessidade de um maior detalhamento dos projetos


baseando-se na superposição dos problemas que comprometem a durabilidade das estruturas,
bem como as novas considerações realizadas nos cálculos estruturais a partir da década de 70
(CUNHA, 1996). Tal necessidade é exemplificada por Alves (2011) apud Santiago (2014) na
Figura 4.
Figura 4 - Novos métodos de cálculos exigem detalhamentos mais elaborados nos projetos.

Fonte: Alves (2011) apud. Santiago (2014)


De acordo com Souza e Enami (2009) a concepção inadequada da estrutura,
detalhamentos incorretos, consideração errônea dos carregamentos e sobrecargas excessivas
não previstas são os erros mais comuns identificados em acidentes estruturais.
São inúmeros os problemas típicos relacionados aos projetos, para Alves (2011) apud
Santiago (2014), tal fato se dá devido à complexidade que envolvem a construção, bem como
seus diversos projetos, motivo pelo qual a falta de compatibilização de projeto e comunicação
entre os projetistas pode ocasionar erros e falhas afetando a durabilidade e funcionalidade da
edificação. A Figura 5 explicita alguns dos problemas típicos que comprometem uma
edificação.
25

Figura 5 - Problemas típicos de projetos.

Fonte: Alves (2011) apud Santiago (2014)


Teixeira e Couto (2006) ainda caracterizam as deficiências de projeto devido à carência
de informações que são fornecidas aos projetistas para a elaboração dos projetos, podendo as
causas mais frequentes serem resumidas como:
• Ausência de levantamentos topográficos e estudos geotécnicos que permitem a
caracterização do terreno;
• Falta de visão integrada entre as diferentes especialidades por parte da
coordenação, de forma a prejudicar a compatibilização dos projetos;
• Carência de rigor na definição e especificação dos projetos;
• Inexistência de sistema de controle de qualidade em obra, que permita
caracterizar os erros cometidos, avaliando-os a fim de elaborar recomendações
para projetos futuros.

Para Marcelli (2007) apesar de atualmente a engenharia contar com a existência de


potentes computadores e sofisticados programas de dimensionamento estruturas, ainda é
possível encontrar falhas na concepção e no dimensionamento nos projetos estruturais. Tais
falhas comumente são ocasionadas por informações imprecisas que são transmitidas ao
computador, que não possui capacidade de distinguir e avaliar a correta precisão da informação
que é passada. Sendo assim, a capacidade de identificar erros deve partir do engenheiro
calculista, o qual deve ter sensibilidade para perceber e evitar um mal dimensionamento, tal
26

como evitar determinadas situações que dificultem o processo de execução da estrutura, como
por exemplo, a grande concentração de ferragens em um elemento estrutural, o que pode
ocasionar a formação de vazios nos elementos estruturais.
A falta da obrigatoriedade de uma garantia da qualidade nas construções é o motivo pelo
qual as falhas na construção civil sejam recorrentes até hoje, haja vista que diante da
inexistência de exigência da qualidade as construtoras apresentam um desempenho mínimo em
suas obras (SACHETTI; SOUZA, 2019).
Nos últimos anos, a Engenharia de Estruturas tem evoluído significativamente, inclusive
propondo alternativas para minimizar problemas relacionados a erro de concepção humana em
projetos. Dentre as alternativas que estão sendo implementadas atualmente destaca-se o uso do
“aprendizado de máquina” na solução de projetos de Engenharia de Estruturas, onde o modelo
computacional aprende com o número de atividades desenvolvidas. Outras técnicas de
inteligência computacional que também são utilizadas são: Logica Fuzzy, Redes Neurais
Artificiais, Computação evolutiva, dentre outros.

3.2 GARANTIA NA QUALIDADE DOS PROJETOS DE ESTRUTURA


3.2.1 Importância da coordenação de projetos e compatibilidade de projetos
A garantia da qualidade global de uma construção é uma imposição atrelada à qualidade
dos projetos, sejam eles avaliados pela conformidade com as expectativas dos utilizadores, ou
pelas exigências de interesses em comum (COUTO, J.; COUTO, A. 2007).
Um dos principais fatores para se obter qualidade no setor da construção é pautar-se no
sincronismo entre os diversos sistemas que compõem uma edificação, visando garantir uma
interação entre os projetos e também sua execução (MENEGATTI, 2015).
A coordenação de projetos por um profissional experiente e capacitado tem papel
fundamental no que tange a compatibilização nos mesmos, pois é fundamental para o controle
das atividades dependentes, garantindo a sistematização de procedimentos e também a
verificação de conformidades (TEIXEIRA; COUTO, 2006).
A qualidade de uma obra está relacionada com o sucesso de sua execução, o que
consequentemente está relacionado ao projeto, que por sua vez, quando seu processo não é
eficiente, seu resultado possui carência de detalhamento, não possui planejamento e
informações a respeito de sequência de execução, o que poderia ser evitado se realizado a
integração entre os projetistas (MENEGATTI, 2015).
A compatibilização de projetos é de fundamental importância para a qualidade de uma
construção, pois trata-se de uma tarefa multidisciplinar capaz de prover ganho de produtividade
27

e maior controle do processo construtivo. Tais benefícios podem ser facilitados com a utilização
de ferramentas BIM (FREIRE; MEDEIROS, 2016).
Para Ferreira et al. (2012), a utilização do BIM possibilita um ganho de eficiência em
relação ao nível de coordenação, por dois principais motivos, sendo eles a partilha de modelos
de trabalho com a utilização de famílias em softwares comerciais com funções colaborativas e
o desenvolvimento e o uso de plataformas abertas que permitem a troca de modelos (projetos)
completos, em que cada parte contribui para o modelo global.

3.2.2 Importância do BIM na Engenharia de Estruturas


Atualmente, com as novas preocupações tecnológicas, a rápida proliferação de
informações e a necessidade da comunicação interdisciplinar, a indústria da arquitetura,
engenharia e construção (AEC) está frente a mudanças e desafios para atender soluções de
automatização e modernização (LINO; AZENHA; LOURENÇO, 2012).
Ainda hoje, há um padrão nos processos que interligam a construção de um
empreendimento, haja vista que diferentes empresas utilizam as mesmas ferramentas
computacionais, as quais são as mesmas há décadas. No entanto, a indústria da AEC está
motivada a passar por um processo de transição com a mudança de paradigma promovendo a
aceitação da metodologia Building Information Modeling (BIM), conhecida como modelagem
da informação da construção (PAPADOPOULOS et al., 2017).
O conceito BIM define uma metodologia baseada na partilha de informações, com uma
tecnologia de modelação e um conjunto de políticas e processos ligados para produzir,
comunicar e analisar modelos de uma construção (LINO; AZENHA; LOURENÇO, 2012).
Para Freire e Medeiros (2016), o nível de entendimento de um edifício torna-se mais
fácil com a utilização do modelo BIM no desenvolvimento de um projeto, pois permite uma
melhor visualização direta e objetiva do mesmo.
O uso do modelo BIM facilita o processo de atividades analíticas, tais como:
verificações de normas e regulamentos, análises estruturais ou análises de eficiências
energéticas, isso ocorre pois o modelo BIM permite a produção e atualização consistente seja
dos cortes, plantas ou elementos mínimos do projeto, além de possibilitar a extração automática
de quantitativos de materiais, a Figura 6 exemplifica a aplicação dessa abordagem do BIM
(LINO; AZENHA; LOURENÇO, 2012).
28

Figura 6 - Aplicação da abordagem BIM ao projeto.

Fonte: JEONG et al. (2009) apud LINO; AZENHA; LOURENÇO (2012)


De acordo com Ferreira et al. (2012) para utilização do processo BIM em um projeto de
estruturas, existem 3 (três) campos principais, são eles: a coordenação interdisciplinar, o
dimensionamento das estruturas e a documentação do projeto (Figura 7). Tais campos permitem
que o BIM, realize seu processo com informações estruturadas numa base de dados global, a
qual permite que engenheiros projetistas organizem e partilhem informações necessárias para
definir uma estrutura.
Figura 7 - Esquema de integração de modelos BIM no projeto de estruturas.

Fonte: Ferreira et al. (2012).


29

Para Freire; Medeiros (2016), o uso da ferramenta BIM propicia inúmeros benefícios
em um projeto, devido sua capacidade de interoperabilidade, avaliações de desempenho,
identificação e visualização antecipada do conjunto do edifício, permitindo assim identificar
com facilidade alterações necessárias a serem realizadas em um projeto seja em quantitativos
ou devido a identificação de erros de representação gráfica, erros de detalhamento, identificação
de interferências entre elementos, e erros de concepção estrutural, como exemplificado nas
Figuras 8 e 9.
Figura 8 - Erro de concepção: viga invertida sem apoio ou engaste.

Fonte: Freire e Medeiros (2016).


Figura 9 - Erro de concepção: viga sem apoio.

Fonte: Freire e Medeiros (2016).


Um dos problemas da ausência de uma boa compatibilização tridimensional de projetos,
com o auxílio da ferramenta BIM, é a não identificação de locais onde devem ser feitos furos
para passagem de eletrodutos, tubos hidráulicos e de incêndio, dentre outros. Este fato pode ter
dois desdobramentos. O primeiro, não usual seria o contato da equipe de obra com o calculista
para a realização do reforço do elemento estrutural. O segundo, corriqueiro, e da equipe de obra
furar a viga inadvertidamente uma vez que a mesma não foi projetada para tal, podendo
ocasionar rupturas locais, ou até mesmo globais, dependendo da importância do elemento
estrutural.
30

3.3 ANÁLISE TÉCNICA DE PROJETO (ATP)


Com o aumento dos acidentes ocorridos nas edificações nos últimos 20 anos, despertou-
se a preocupação da sociedade, o que consequentemente foi em partes fator responsável pelo
impulso da adoção da Análise Técnica de Projetos (AMARAL, 2022).
Entende-se por Análise Técnica de Projetos (ATP) como o procedimento para melhorar
a qualidade técnica do projeto, auxiliando o projetista, tornando sua atividade mais segura e
equilibrada com riscos mitigados (PASSOS, 2017).
Segundo Millen (2017) o insucesso de várias construções, o colapso de estruturas e a
morte de diversas pessoas poderiam ter sido evitadas se realizado a avalição de conformidade
das estruturas, evitando assim diversos erros, tais como a falha na consideração adequada do
vento, dimensionamento e detalhamento inadequados na punção de lajes, falhas de
detalhamento de fundação e falhas de cálculos no geral.
Para Passos (2017) é importante realizar uma ATP devido ao crescente número de
acidentes em obras e a grande complexidade que possuem os projetos estruturais. De tal forma,
a necessidade de ATP é importante não apenas para os projetos de estrutura de concreto, mas
também para as estruturas metálicas, de madeira, alvenaria estrutural, entre outras áreas.

3.3.1 Normalização sobre Avaliação Técnica de Projetos


Segundo a definição da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a
normalização é um processo que tem como objetivo formular soluções ou métodos de
prevenção para eventuais problemas, baseando-se na cooperação de todos os interessados, bem
como a promoção da economia global.
A ABNT foi fundada em 1940, no entanto, mesmo antes de sua fundação já existiam
documentos para realização de cálculos e execução de estruturas. Em 2003, com a necessidade
de um controle de qualidade dos projetos estruturais a comissão da NBR 6118 – “Projeto e
estruturas de concreto”, definiu em sua nova versão um item para verificação de conformidade
de projeto, devido à preocupação com os erros de projeto. Já em 2014, a mesma foi revisada,
com algumas modificações do item 5.3 da norma de 2003, sendo que na versão atual o termo
que antes classificava a necessidade de realização de ATP “dependendo do porte da obra” foi
retirado por não existir clareza ao que seriam obras de grande porte (PASSOS, 2017).
A NBR 6118 – “Projeto e estruturas de concreto”, (ABNT, 2014), em sua seção 5,
visando atender os requisitos de qualidade de projeto, define as condições gerais para avaliação
de conformidade de uma estrutura, atividade que deve realizada por profissional habilitado e
diferente do projetista, devendo ser registrada por meio de documentos técnicos.
31

A NBR 6122 – “Projeto e Execução de fundações”, (ABNT, 2019), projeto e execução


de fundações, em sua seção 10, estabelece as premissas básicas que devem ser avaliadas para
verificação e análise crítica do projeto, a qual deve ser realizada antes da construção e
preferencialmente em paralelo a fase de projeto.
A NBR 9062 – “Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado”, (ABNT,
2017), em sua seção 5, determina o item sobre avaliação técnica de projeto com finalidade de
avaliar e analisar o criticamente o projeto, visando atender aos requisitos necessários conforme
normas técnicas aplicáveis. Também estipula que a avalição deverá ser realizada por
profissional habilitado, independente do projetista, antes da construção e preferencialmente em
paralelo a fase de projeto.
A NBR 16868-1– “Projeto de alvenaria estrutural”, (ABNT, 2020), em sua seção 5,
determina a obrigatoriedade de realizar a avaliação de conformidade de projeto, estabelecendo
requisitos de análise de cálculos e desenhos que compõem o projeto. Essa atividade deve ser
realizada por profissional habilitado, independente do projetista.
A Tabela 3 apresenta uma relação das normas vigentes relacionadas à projetos de
estrutura, sendo relacionado quais possuem ou não, uma seção destinada à verificação de
conformidade de projeto.
Tabela 3 -Normas brasileiras de projetos de estrutura que possuem ou não, item à respeito da
Avaliação de Técnica de Projeto (ATP).
ITEM
ANO NORMAS DE ESTRUTURA SEÇÃO
ATP
ABNT NBR 8800:2008 Projeto e estruturas mistas de aço e
2008 Não -
concreto de edifícios
ABNT NBR 6118:2014 Projetos e estrutura de Concreto –
2014 Sim 5.3
Procedimento
ABNT NBR 9062:2017 Projetos e execução de estruturas de
2017 Sim 5.7
concreto pré-moldado
2019 ABNT NBR 6122:2019 Projetos e execução de fundações Sim 10
2020 ABNT NBR 16868-1:2020 Alvenaria Estrutural Parte 1: Projeto Sim 5.4
2022 ABNT NBR 7190:2022 Projetos e estrutura de madeira Não -
ABNT NBR 16055:2022 Parede de concreto moldada no local
2022 Não -
para construção de edificações - Requisitos e procedimentos
Fonte: Autora (2022).
A NBR 15575-2 – “Edificações habitacionais”, (ABNT, 2013), trata os requisitos para
avaliação do desempenho dos sistemas estruturais, a qual estabelece critérios para garantia de
desempenho térmico, acústico, lumínico e segurança ao fogo. Além disso, trata os requisitos
que a edificação deve atender ao longo de sua vida útil, de forma a manter a sua estabilidade e
prever segurança aos usuários, além de atender as condições dos estados-limites de uma
estrutura.
32

Segundo Rios (2022) seria de extrema relevância uma norma destinada à Avaliação
Técnica de Projetos, haja vista que diversas normas específicas do sistema construtivo obrigam
totalmente ou parcialmente a realização de ATP.

3.3.2 Procedimento de Avaliação Técnica de Projetos de estrutura de concreto armado


Segundo o manual da ABECE 002:2015, o procedimento de Avaliação Técnica de
Projeto tem por finalidade atender os requisitos expressos na NBR 6118 – “Projeto e estruturas
de concreto”, (ABNT, 2014), visando garantir a qualidade, economicidade e segurança de uma
edificação.
A NBR 6118 (ABNT, 2014), em seu item 5.3.4 define que é preferível que a avalição
técnica de projeto ocorra simultaneamente com a fase projeto, e obrigatoriamente devendo ser
realizada anteriormente à fase de construção. Já ABECE 002:2015, define em seu manual cinco
tipos de avaliações técnicas de projeto, sendo eles:
• Avaliação Técnica ocorrendo em paralelo ao desenvolvimento do projeto: o
avaliador atua desde o início da elaboração do projeto estrutural, podendo fazer
parte de reuniões de coordenação, além de poder atuar diretamente nas
definições de projeto, a fim de minimizar possíveis intervenções posteriores;
• Avaliação Técnica ocorrendo após a conclusão do projeto estrutural: o
avaliador precisa interagir com o projetista estrutural quando possível a fim de
minimizar alterações de projeto. Neste caso os requisitos de avaliação não
envolvem os aspectos e economicidade.
• Avaliação Técnica ocorrendo após o início do projeto estrutural: este tipo
de avaliação ocorre da mesma forma que a avaliação realizada durante ou após
a fase de projeto;
• Avaliação Técnica ocorrendo após a construção da estrutura: nesta situação,
o avaliador deve interagir com o projetista a fim de verificar se a estrutura atende
as condições normativa, e se está atendendo aos requisitos de qualidade
expressos na NBR 6118 (ABNT, 2014), seção 5, a fim de identificar falhas que
possam vir a ocorrer;
• Avaliação Técnica ocorrendo após a ocorrência de manifestações
patológicas: neste caso, o avaliador realizará a verificação a fim de identificar a
real participação do projeto estrutura na ocorrência de manifestações
patológicas;

A realização da avaliação da conformidade de projeto deve ser registrada em documento


específico e realizada por um profissional habilitado, diferentemente do projetista de estrutura.
A contratação desse serviço é feita pelo proprietário da obra, se o mesmo possuir competência
técnica para compreender a avaliação, ou por um representante do proprietário, o qual
responderá tecnicamente pelo que há de forma técnica no contrato (ABNT,2014).
33

Para realização da ATP, o avaliador necessita obter posse das informações pertinentes
ao projeto estrutural, para isso o avaliador deve solicitar a documentação do projeto estrutural,
conforme a seguinte lista de informações do projeto proposta pela ABECE 002:2015:
• Desenhos correspondentes às plantas de formas e as plantas de armaduras;
• Parâmetros de projeto empregados;
• Materiais: concreto e aço;
• Requisitos de durabilidade;
• Cargas adotadas;
• Verificação em relação as situações de incêndio e da categoria conforme normas;
• Memória de cálculo e/ou processamento estrutural, caso faça parte do escopo da
contratação do projeto estrutural;
• Sondagens do terreno;
• Levantamento planialtimétrico e projeto de terraplanagem;
• Projeto geométrico de fundações e/ou parecer do consultor de solos;
• Métodos construtivos a serem empregados;
• Projeto arquitetônico completo;
• Demais projetos complementares necessários;
• Descrição da concepção estrutural;

Após o recebimento das informações necessárias para realização da ATP, o avaliador


técnico iniciará uma avalição inicial do projeto, e em sequência deverá verificar o grau de
dificuldade de execução dos elementos estruturais e posteriormente, deverá realizar a Análise
estrutural e as verificações em Estado Limite Último (ELU) e Estado Limite de Serviço (ELS).
Então, após os procedimentos realizados será possível a apresentação dos resultados de
conformidade do projeto de estrutura (ABECE 002:2015).
3.3.2.1 Avaliação técnica inicial do projeto
Neste tópico, são apresentados os tipos de avaliação propostos pela (ABECE 002:2015)
a serem realizados inicialmente no projeto, sendo eles:
• Avaliar a clareza na representação de desenhos de formas e elementos estruturais
com clareza;
• Avaliar os parâmetros de durabilidade;
• Conferir os carregamentos considerados no projeto;
• Avaliar o comportamento global da estrutura;
• Verificar o desempenho em serviço;
• Verificar se todos os elementos estruturais contidos na forma possuem desenho
de armação.
• Verificar informações complementares do projeto estão, como por exemplo,
contra-flechas, alongamentos, materiais, forças de protensão, etc.
34

3.3.2.2 Verificação quanto à execução de elementos estruturais


Ao realizar o detalhamento de um elemento estrutural, é necessário prever uma
disposição que garanta a segurança da construção, haja vista que as armaduras influenciam
diretamente no comportamento do elemento estrutural (FIORIN, 2022).
Para o detalhamento de um elemento estrutural é preciso escolher uma alternativa mais
viável, do ponto de vista técnico e econômico, além disso, deve-se pensar no processo
construtivo, para que o arranjo da peça não inviabilize o processo de execução dos elementos
estruturais (RODRIGUES, 1992).

3.3.2.3 Análise Estrutural


Segundo Martha (2010), a análise estrutural é a etapa em que realizada uma previsão do
comportamento da estrutura, na qual são utilizadas teorias da Engenharia de Estruturas.
A análise estrutural é realizada a partir de um modelo estrutural, composto por
elementos estruturais básicos, sendo adequado conforme objetivo de análise. A realização da
análise estrutural permite determinar como a estrutura se comporta com os efeitos das ações, a
fim de permitir as verificações dos estados-limites últimos e de serviço (ABNT, 2014).
A análise estrutural é uma etapa fundamental no processo de Avaliação Técnica de
Projeto de Estruturas de Concreto, sendo primordial considerar os seguintes aspectos listados
pela ABECE 002:2015:
• Elaborar um modelo estrutural independente;
• Verificar as possíveis combinações de carregamentos;
• Redução da inércia dos elementos estruturais devido à fissuração;
• Efeitos construtivos devido às particularidades na execução da estrutura;
• Realizar análises em ELU devidos a eventuais plastificações;
• Realizar análise em ELS e ELU verificando conjunto carregamentos e rigidez
dos elementos;
• Verificar considerações especiais, tais como processos construtivos e robustez
para importantes elementos estruturais, como por exemplo, vigas de transição,
pilares de compatibilização e vigas de grandes dimensões nos pavimentos
superiores;
• Avaliação do modelo proposto e de sua capacidade de representar o
comportamento estrutural e, eventualmente, a interação solo-estrutura e o
método construtivo.

3.3.2.4 Estado Limite Último (ELU)


Para Camacho (2005) o Estado Limite Último (ELU) está relacionado à ruína da
estrutura, ou seja, quando a mesma entra em colapso tornando-a inutilizável.
35

Para realização da Avaliação Técnica de Projeto de Estruturas de Concreto, o manual


ABECE 002:2015 cita alguns itens relacionados a serem verificados no projeto em relação ao
ELU, sendo eles:
• Verificar os parâmetros de estabilidade;
• Verificar ações aplicadas na fundação;
• Avaliar a capacidade resistente das seções transversais dos elementos estruturais e
respectivas quantidades de armaduras necessárias para atender às solicitações obtidas
na análise estrutural;
• Comparação das armaduras existentes nos desenhos para os elementos estruturais, com
as armaduras necessárias calculadas a partir da análise e dimensionamento realizados;
• Verificar o cálculo das armaduras em relação aos efeitos de segunda ordem para
elementos esbeltos;
• Verificação de detalhes especiais de armaduras;
• Verificação de armaduras em aberturas de grandes dimensões em vigas e lajes e a
clareza de sua representação nos elementos estruturais;
• Verificação de armaduras em elementos especiais, tais como consolos, vigas alavanca,
vigas de transição, muros de arrimo, cortinas, blocos de transição, etc.
• Verificação da estrutura em situação de incêndio.

3.3.2.5 Estado limite de Serviço (ELS)


Segundo Camacho (2005) o estado limite de serviço (utilização) está relacionado à
durabilidade das estruturas, aparência, conforto do usuário e a capacidade funcional da
estrutura, ou seja, na impossibilidade de uso da estrutura.
Para realização da Avaliação Técnica de Projeto de Estruturas de Concreto, (ABECE
002:2015) alguns itens relacionados a serem verificados no projeto em relação ao ELS, sendo
eles:
• Deslocamentos verticais em lajes e vigas, regiões sob as paredes apoiadas;
• Deslocamentos horizontais e verticais no topo da estrutura;
• Deslocamentos horizontais máximos entre pavimento da estrutura;
• Verificar limites de aberturas de fissuras em vigas, lajes e outros elementos;
• Frequências naturais nos pavimentos quando houver ações dinâmicas;
• Verificar tensões admissíveis para elementos submetidos à protensão;
• Atendimento aos requisitos quanto à ação de incêndio;

3.3.2.6 Apresentação dos resultados da avaliação técnica de projeto


Quando realizada a ATP em paralelo ao desenvolvimento do projeto, o avaliador deverá
emitir os pareceres técnicos a cada fase de projeto, mas sempre realizando, se possível, uma
interação com o projetista de estruturas, permitindo a troca de informações realizando
questionamentos e sugestões de ajustes. Já quando a ATP ocorre após a conclusão do projeto
36

de estrutura, os resultados obtidos pelo avaliador podem ser apresentados no final da avaliação,
ou de forma parcial, a cada etapa do trabalho (ABECE 002:2015).
Os resultados devem ser apresentados por meio de relatório técnico enviado ao
projetista estrutural, o qual deverá atestar a conformidade com as verificações em ELU e ELS
e as demais verificações complementares, ou ainda realizar sugestões dos ajustes necessários a
ser realizado no projeto (ABECE 002:2015).

3.4 SOFTWARE DE ANÁLISE, DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO


ESTRUTURAL
Atualmente existem diversos softwares no mercado para elaboração de projetos de
estruturas, os quais são capazes de realizarem o processo de dimensionamento de forma
automatizada, o que favorece os projetistas com a economia de tempo no desenvolvimento de
projetos (SOUZA et al., 2021).
Para esta pesquisa utilizou-se o Software Comercial TQS (V.22), o qual utiliza modelos
e recursos que possibilitam que o cálculo estrutural seja seguro e consistente. O sistema TQS,
ao longo dos anos passou por inúmeras implantações de técnicas avançadas a fim de aprimorar
cada vez mais a análise estrutural de edifícios (TQS, 2016). A Tabela 4 exemplifica os
diferentes tipos de modelos que o programa TQS utiliza para o dimensionamento.
Tabela 4 - Tipos de modelos estruturais de edifícios.
Modelo
estrutural Descrição
do edifício
Modo Manual: esse modelo não permite realizar o processamento global da estrutura.
Modelo I Nesse modelo os comandos a serem executados para o cálculo estrutural, inclusive a
transferência de esforços deve ser realizada pelo projetista.
Nesse modelo os efeitos das ações verticais nas vigas, pilares e lajes são calculados
Modelo II de acordo com os modelos selecionados para os pavimentos. Os efeitos da ação do
vento nos pilares são calculados de forma simplificada.
O modelo é analisado por pórtico espacial, no entanto, apenas os resultados da
aplicação das ações horizontais no pórtico espacial são transferidos para o
Modelo III
dimensionamento de vigas e pilares. Os esforços devidos às cargas verticais
calculados no pórtico espacial não são considerados.
Modelo integrado e flexibilizado (conforme critério) ou de pórtico espacial: nesse
modelo a distribuição das cargas das lajes nas vigas do pórtico espacial é realizada
Modelo IV
de forma automática por meio da transferência das reações das barras de lajes
presentes no modelo de grelha.
Modelo V Modelo conjunto de Pórtico/Grelhas/Vigas.
Modelo Flexibilizado com lajes e subestruturas. Nesse modelo cada elemento
Modelo VI estrutural (pilares, vigas e lajes) é representado em um único pórtico espacial, o qual
é utilizado para obtenção dos esforços e dimensionamento dos elementos estruturais.
Fonte: TQS (2022).
37

Atualmente, o software TQS na versão V.22 opera apenas com os modelos IV e VI


(Figura 10). No modelo IV o edifício é modelado por um pórtico espacial mais os modelos dos
pavimentos (vigas contínuas ou grelhas), o pórtico é composto por barras que simulam as vigas
e os pilares da estrutura, com efeito de diafragma rígido das lajes. No modelo VI, o edifício é
modelado por um pórtico espacial composto por elementos que simularão as vigas, pilares e
lajes da estrutura, ou seja, a estrutura é analisada por um único pórtico espacial (Figura 11),
pois as barras que estão inseridas no próprio modelo espacial (TQS, 2022).

Figura 10 - Modelos estruturais do Software TQS.

Fonte: TQS (2022).


Figura 11 - Ilustração dos modelos estruturais do Software TQS.

Fonte: TQS (2016).


38

Além do modelo global do edifício, é possível definir o modelo estrutural pelo qual o
pavimento será calculado. A Tabela 5 exemplifica os tipos de modelos estruturais para o
pavimento.
Tabela 5 - Tipos de modelos estruturais por pavimento no Software TQS.
Modelo estrutural
Descrição
por pavimento
Nesse modelo o sistema deduz o modelo estrutural a partir
Automático
dos elementos lançados em cada planta de formas.
Grelha de lajes Modelo de grelha formado por barras de vigas e lajes
nervuradas nervuradas.
Grelha de lajes Modelo de grelha formado por barras de vigas e lajes
planas discretizadas.
Grelha somente de Modelo estrutural do pavimento para o processamento
vigas automático.
Elementos finitos - Modelo de elementos finitos de placa, gerado a partir de
lajes planas conversão simplificada de modelo de grelha de lajes planas.
Fonte: TQS (2022).
A NBR 6118 (ABNT,2014) apresenta algumas aproximações permitidas para estruturas
usuais de edifícios, as quais são consideradas nos softwares de estruturas, entre esses há o
modelo de vigas contínuas e de grelha e pórticos espaciais. O modelo de viga contínua trata-se
de vigas simplesmente apoiada nos pilares para o estudo de cargas verticais, já o modelo de
grelha e pórticos espaciais, os pavimentos são modelados como grelhas.
39

4 METODOLOGIA
Para a metodologia deste trabalho realizou-se a etapa preliminar de levantamento de
dados do histórico dos principais acidentes em construções e edificações ocorridos nas últimas
décadas e uma revisão bibliográfica de artigos que relacionam os principais erros de projeto, e
aspectos sobre a garantia de qualidade de projetos, também foi realizado uma revisão
sistemática acerca das normas de projetos de estrutura quanto à análise de conformidade de
projeto.
A caracterização do problema e a idealização do estudo então foi realizada com uma
abordagem descritiva caracterizando os aspectos, definições e importância da Avaliação
Técnica de Projeto. Além disso, foi realizado um estudo do manual técnico da ABECE para
nortear o procedimento de análise de projeto, permitindo a compreensão da aplicação da ATP.
Para o entendimento do procedimento de avaliação de conformidade de projeto foi
realizado um estudo de caso, com a aplicação de uma ATP em uma edificação. O fluxograma
da metodologia abordada é apresentado na Figura 12.
Figura 12 - Fluxograma da metodologia.

Fonte: Elaborado pela autora, (2022).


40

4.1 APRESENTAÇÃO DO ESTUDO DE CASO


A edificação utilizada como objeto de estudo trata-se do Edifício Diamante II, a qual
apresenta sistema construtivo em estrutura de concreto armado com vedações em painéis pré-
fabricados mistos de concreto armado e blocos cerâmicos sem função estrutural, com 28
pavimentos e 224 apartamentos, sendo um pavimento térreo e 27 pavimentos tipo, com área
construída de 15.571,16m², situada no município de Castelo-ES.
A descrição da metodologia do sistema construtivo da edificação a ser apresentada a
seguir segue as orientações e detalhamentos impostos pelo DATEC 031-B (SINAT, 2017).
A estrutura do edifício é composta por vigas pré-fabricadas em concreto armado
acopladas a painéis de vedação pré-fabricados, lajes pré-fabricadas de concreto armado e pilares
de concreto armado moldados na obra.
Os painéis pré-fabricados de vedação são estruturados com nervuras em concreto
armado com o preenchimento de tijolos cerâmicos e revestidos com uma camada de 2 cm de
concreto em cada face. Cada painel de vedação é fabricado com a viga da estrutura incorporada
na sua face superior. Os painéis pré-fabricados podem ser produzidos em unidades fabris ou até
mesmo na obra (Figura 13). Durante a fabricação dos painéis de vedação são deixadas
armaduras de esperas das vigas para serem conectadas aos pilares na obra (Figura 14).
Figura 13- Fabricação na unidade fabril do painel de vedação com a viga incorporada

Fonte: Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA, (2022).


Figura 14 - Armaduras de esperas da viga, incorporada ao painel pré-fabricado, para conexão
ao pilar na obra.

Fonte: Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA, (2022).


41

Os painéis de vedação pré-fabricados não têm função estrutural visto que a estrutura de
concreto armado é composta pela viga pré-fabricada incorporada ao painel, lajes também pré-
fabricadas e por pilares moldados na obra, tornando após a concretagem dos pilares e das
ligações entre as lajes, uma estrutura monolítica. Desta forma, qualquer painel de vedação pode
ser demolido total ou parcialmente pelo usuário do edifício.
Para evitar a transmissão de cargas verticais de um pavimento para o pavimento inferior
por meio dos painéis de vedação, é deixado um espaço livre de 12,5 mm entre a face inferior
do painel e a laje de piso, que após a solidarização das lajes e concretagem dos pilares é
preenchido com argamassa fraca (Figura 15).
Figura 15 - Tarugo de aço de diâmetro de 12,5 mm usado durante a montagem a ser retirado
posteriormente após a solidarização da estrutura.

Fonte: Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA, (2022).


As nervuras e o revestimento dos painéis de vedação, as lajes e pilares são produzidos
com concreto fabricados conforme especificados em projetos específicos conforme exigências
da NBR 6118.

4.2 ETAPAS DE AVALIAÇÃO TÉCNICA DE PROJETO


Inicialmente, foi aplicado um checklist para verificação da documentação disponível
com as informações necessárias para iniciar a avaliação de conformidade, assim foram
analisados os desenhos e as memórias de cálculo do projeto estrutural fornecidos pela
MOREMAIS DESENVOLVIMENTO IMOBILIARIO LTDA, o qual foi desenvolvido
utilizando o software CYPECAD – Software para Cálculo Estrutural.
A lista de folhas de desenho que foram analisadas são:
• Formas – Folhas 01 a 11;
• Lajes – Armações – Folhas 1 a 10;
• Pilares – Armações – Folhas 01 a 653;
• Vigas01 – Piso Térreo – Folhas 01 a 31;
42

• Vigas02 – Piso 2 ao 6 – Folhas 01 a 41;


• Vigas03 – Piso 7 ao 11 – Folhas 01 a 41;
• Vigas04 – Piso 12 ao 16 – Folhas 01 a 42;
• Vigas05 – Piso 17 ao 21 – Folhas 01 a 41;
• Vigas06 – Piso 22 ao 26 – Folhas 01 a 36;
• Vigas07 – Piso 27 ao 28 – Folhas 01 a 38;
• Vigas08 – Piso Teto +82.60 – Folhas 01 a 39;
• Vigas09 – Teto Casa de Máquina – Folhas 01 a 06;
• Vigas10 – Apoio Caixa d’água – Folhas 01 a 06;
• Vigas11 – Teto Caixa d’água – Folhas 01 a 02;

Após a avaliação técnica inicial da documentação do projeto estrutural foi realizada a


modelagem de toda a estrutura da edificação, com base nos documentos fornecidos, a
modelagem foi realizada com auxílio do Software Comercial TQS (V.22) de dimensionamento
de estruturas.
O software TQS é um sistema para elaboração de projetos estruturais de edificações, o
qual é composto por um conjunto de sistemas que atua de forma integrada e automatizada,
fornecendo recursos necessários para a concepção estrutural, análise estrutural,
dimensionamento e detalhamento de armaduras, geração de desenhos até a emissão de plantas
(TQS, 2022).
Antes de realizar a modelagem estrutural, foram avaliadas as premissas básicas a serem
consideradas no modelo. Ao iniciar a modelagem foi verificado a distribuição dos
carregamentos, para isso foi feita uma comparação dos dados dos carregamentos considerados
no projeto estrutural com a NBR 6120 – “Ações para o cálculo de estrutura de edificações”,
(ABNT, 2019). Em sequência, também foi verificado no projeto a determinação e distribuição
das ações devidas ao vento e ao desaprumo e comparado com base nos cálculos realizados a
partir da NBR 6123 – “Forças devidas ao vento em edificações”, (ABNT, 1988).
Após a modelagem da edificação no TQS, foram avaliados os parâmetros de verificação
de instabilidade global da edificação e a verificação do dimensionamento dos elementos
estruturais em relação ao projeto existente.
43

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 AVALIAÇÃO TÉCNICA INICIAL
5.1.1 Verificação da documentação do projeto estrutural
A avaliação inicial consistiu na análise da documentação disponível da edificação
utilizada como estudo de caso, a qual foi realizada por meio de um checklist (Tabela 6), que
permitiu verificar que a documentação fornecida é suficiente para realizar a análise
conformidade do projeto estrutural.
Tabela 6 - Checklist de coleta de informações para realização de ATP.
CHECKLIST DETALHADO PARA A ELABORAÇÃO DO LAUDO DE
CONFORMIDADE DE UM PROJETO ESTRUTURAL

Informações necessárias para avaliação (ATP) respeitando a autonomia do Projetista de Estruturas

OS:

Disponibilidade da Informação
Item Descrição
NÃO SE
SIM PARCIAL NÃO
APLICA
1 DOCUMENTAÇÃO DO PROJETO ESTRUTURAL
Descrição da concepção e lançamento estrutural ou Memorial
1.1
Descritivo do Projeto Estrutural x
1.2 Métodos/Sistemas construtivos a serem empregados x
1.3 Critérios/parâmetros considerados no projeto x
1.3.1 Materiais: fck do concreto e classe do aço x
Requisitos de durabilidade: Classe de agressividade ambiental da
1.3.2
região, cobrimentos, Módulo de Elasticidade, Slump, Fator A/C x
Carregamentos, Combinações, premissas e suadisposição nos
1.4 desenhos de formas (ABNT NBR 6120 e 8681) disposição nos x
desenhos de formas (ABNT NBR 6120 e 8681)
1.4.1 Cargas adotadas: Permanentes x
1.4.2 Cargas adotadas: Acidentais/Variáveis x
1.4.3 Cargas adotadas: Parâmetros das ações de vento (ABNT NBR 6123) x
1.4.3.1 Vo - Velocidade Básica do Vento x
1.4.3.2 S1 - Fator do Terreno Adotado x
1.4.3.3 S2 - Categoria de Rugosidade Adotada x
1.4.3.4 S3 - Classe da Edificação Adotada x
1.4.3.5 S4 - Fator Estatístico Adotado x
CA - Coeficiente de Arrasto Adotado em X e Y com fundamentação
1.4.3.6
(Turbulência do Vento, L1, L2 e H) x
Informação se a Edificação com junta de dilatação foi calculada
1.4.3.7
isoladamente ou em conjunto/composta x
1.4.4 Cargas adotadas: Móveis x
1.4.5 Cargas adotadas: Ações dinâmicas de equipamentos x
Cargas adotadas: Empuxos de terra e água atuantes e ações de
1.4.6
subpressão x
Cargas adotadas: Variações volumétricas (retração, variação térmica
1.4.7
etc.) x
1.4.8 Cargas adotadas: Ações excepcionais x
1.4.9 Cargas adotadas: Ações provenientes de estruturas complementares x
44

CHECKLIST DETALHADO PARA A ELABORAÇÃO DO LAUDO DE CONFORMIDADE DE


UM PROJETO ESTRUTURAL
Informações necessárias para avaliação (ATP) respeitando a autonomia do Projetista de Estruturas
OS:

Item
Item Item
SIM PARCIAL NÃO NA

1.5 Especificação do Software utilizado e versão correspondente x


1.6 Desenhos de Armação e Formas x
2 ELEMENTOS COMPLEMENTARES DA ESTRUTURA x
INCÊNDIO – ESCOLHA DA CATEGORIA DA EDIFICAÇÃO
3
SEGUNDO REQUISITOS DA ABNT NBR 14432 x
4 PROJETO ARQUITETÔNICO E AFINS x
5 PROJETOS COMPLEMENTARES x
5.1 Elétrico e afins x
5.2 Hidrossanitário e afins x
Fonte: Adaptação de Porto e Fernandes (2015).

5.1.2 Verificação da representação de desenhos de formas e elementos estruturais e


exequibilidade dos elementos estruturais.
Ao realizar análise das formas de estrutura (Anexos – volume 2) percebe-se que há
clareza na disposição dos elementos estruturais, fator imprescindível para a correta locação dos
elementos na edificação, no entanto, nas formas existe carência de informações, as quais podem
prejudicar o desenvolvimento da execução da estrutura na obra. As informações básicas
ausentes nas formas de estrutura são:
• Notas gerais com orientações para execução dos elementos;
• Parâmetros de durabilidade do concreto;
• Tabela de cobrimento das armaduras;
• Indicação de níveis;
• Cortes da estrutura;
• Tabela de cargas e listagem e elementos;

Também foi verificado que todos os elementos estruturais presentes nas formas de
estrutura possuem seus respectivos desenhos de armação. A partir da análise das folhas de
armações estruturais, foi verificado a exequibilidade dos elementos estruturais, haja vista que a
disposição dos arranjos das armaduras está bem disposta, sem a ocorrência de barras
sobrepostas, o que favorece a montagem dos elementos, além de garantir a segurança da
construção, afinal as armaduras influenciam diretamente no comportamento do elemento
estrutural.
Foram analisadas as plantas arquitetônicas (Anexos - volume 2) e foi verificado a
compatibilidade do projeto estrutural com a arquitetura proposta. Além disso, também foram
45

verificados os desenhos dos painéis pré-fabricados (Figuras 16 e 17), que apesar de não
possuírem função estrutural, os painéis de vedação são acoplados nas vigas pré-fabricadas em
concreto armado. A partir desses desenhos foi verificado, que possuem nível de detalhe
adequado e informações suficientes para a correta execução em obra.
Figura 16 - Desenho de painel pré-moldado para fabricação.

Fonte: Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA, (2022).


Figura 17 – Desenho ampliado do painel pré-fabricado.

Fonte: Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA, (2022).


46

5.1.3 Verificação dos parâmetros de durabilidade


Inicialmente, foram verificados os parâmetros de durabilidade do projeto, tal como a
Classe de Agressividade Ambiental (CAA), que foi considerada corretamente em projeto como
Classe II. Além disso, o concreto considerado para o projeto é o C30 usinado (Figura 18),
também está condizente, haja vista que o mínimo exigido pela NBR 6118 (ABNT, 2014) é o
concreto C25.
Na Tabela 7 é exemplificado o cobrimento das armaduras utilizado em projeto, os quais
respeitam as dimensões mínimas para atender as condições de segurança previstas na NBR
6118 (ABNT, 2014).

Figura 18 - Tipo do concreto usado na edificação pelo projetista.

Fonte: Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA, (2022).

Tabela 7 - Comparativo de cobrimento para cada elemento estrutural.


COBRIMENTOS
Mínimo
conforme NBR
ELEMENTO PROJETO
6118
(ABNT,2014)
Pilar 4cm 3cm
Viga 4,5cm 3cm
Laje 4cm 2cm
Fonte: Elaborado pela Autora, (2022).

5.1.4 Avaliação de carregamentos considerados na edificação


A avaliação teve como objetivo a verificação das cargas consideradas nos cálculos, bem
como a isenção dos painéis de vedação como parte integrante da estrutura, pois não possuem
função estrutural, sendo considerados como carregamentos lineares na estrutura conforme
relatório de cargas do projeto que considera o peso do painel em função de sua espessura.
Além disso, os carregamentos verticais considerados nas lajes de cada pavimento
(Figura 19) também foram avaliados e os mesmos encontram-se em conformidade, pois os
carregamentos acidentais estão de acordo com as ações da NBR 6120 (ABNT,2020) e o peso
permanente está adequado conforme as considerações previstas para o projeto.
47

Figura 19 - Ações verticais consideradas em cada pavimento pelo projetista.

Fonte: Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA, (2022).


5.1.5 Considerações sobre o vento na edificação
Com base no relatório de justificativa da ação do vento (Figura 20), foi verificado as
considerações adotadas no projeto estrutural, e analisadas as considerações corretas a serem
adotadas conforme a NBR 6123 (ABNT,1988). A Tabela 8, exemplifica essa comparação, na
qual é evidenciado que a considerações sobre o vento na edificação foram adotadas
corretamente.
Figura 20 - Dados gerais sobre a consideração do vento na edificação pelo projetista.

Fonte: MOREMAIS DESENVOLVIMENTO IMOBILIARIO LTDA, (2022).


48

Tabela 8 – Comparação do projeto com NBR 6123 sobre considerações do vento.


Forças devidas ao vento
Memorial descritivo
Análise conforme
elaborado pelo
ABNT NBR 6123
projetista
Velocidade básica do vento (m/s) 35 35
Fator Topográfico S1 1,00 1,00
Categoria IV IV
Rugosidade - S2
Classe C C
Fator Probabilístico S3 1,00 1,00
Vento Baixa turbulência Baixa turbulência
Fonte: Elaborado pela autora, (2022).

5.2 ANÁLISE ESTRUTURAL


Para análise estrutural do edifício, foi realizada a modelagem da estrutura no software
TQS (Figura 21), utilizando o modelo IV, sendo considerada as vigas engastadas parcialmente
nos pilares e as lajes, com bordos articulados, foram consideradas como simplesmente apoiadas
nas vigas (não há armaduras negativas entre as lajes).O modelo estrutural adotado considerou
todas as estruturas em concreto armado, sendo as vigas pré-moldadas, incorporadas aos painéis
pré-moldados de vedação, as lajes pré-fabricadas e apenas os pilares moldados in loco.
Figura 21 - modelagem da estrutura no software TQS.

Fonte: elaborado a partir do software TQS, (2022).


Inicialmente, a partir da modelagem da estrutura, com modelo tridimensional (Figura
22) foi possível identificar que a concepção estrutural proposta pelo projetista está adequada
em relação a representação gráfica, pois não há problemas de interferências entre elementos
estruturais.
49

Figura 22 - Modelo tridimensional da modelagem da estrutura no software TQS.

Fonte: elaborado a partir do software TQS, (2022).


Após, a modelagem da estrutura foi realizado o processamento global dos esforços, e
foi obtido como resultado da análise da estabilidade global do edifício os coeficientes Gama Z
(Ɣz), na direção vento x = ± 1,12 e na direção y = ± 1,09. Já nos resultados do projeto fornecido
para avaliação técnica o resultado análise da estabilidade global do edifício os coeficientes Gama Z
(Ɣz), na direção vento x = ± 1,071 e na direção y = ± 1,065. Apesar da diferença entre o projeto
e a modelagem estrutural para realização da ATP (Tabela 9), e o modelo realizado na ATP, ter
encontrado o valor do Gama Z acima de 1,10 , não podendo classificar a estrutura quanto à
deslocabilidade como nós fixos, foram considerados os efeitos de 2° ordem e o processamento
global da edificação não apresentou efeitos desfavoráveis para estabilidade global da edificação.
Tabela 9 - Comparação Gama Z
ANÁLISE
PROJETO ATP DIFERENÇA
GAMA Z
Ɣz, na direção
1,071 1,12 2,5%
vento ± x
Ɣz, na direção
1,065 1,09 4,2%
vento ± y
Fonte: elaborado pela Autora, (2022).
Também foram verificados o deslocamento horizontal máximo da edificação e
deslocamento horizontal relativo entre pavimentos consecutivos para atendimento às
prescrições da NBR 6118 (ABNT, 2014). O valor encontrado para o deslocamento horizontal
máximo da edificação foi 1/14866, portanto menor que o máximo permitido, o que atende ao
limite H/1700. O valor encontrado para o deslocamento horizontal relativo entre pavimentos
consecutivos foi 1/10204, portanto menor que o máximo permitido, o que atende ao limite
H/850.
50

A partir do processamento da edificação, foi realizado o dimensionamento de todos os


elementos estruturais e os resultados obtidos pelo programa de cálculo não encontrou nenhum
erro ao finalizar o dimensionamento dos elementos, o que evidencia que a concepção do projeto
atende às prescrições da NBR 6118 (ABNT, 2014). Dessa forma, foi realizada a comparação
do detalhamento das peças estruturais, obtido pelo Software TQS com as folhas de armações
do projeto estrutural. Para a verificação dos elementos estruturais, foi realizada a comparação
do quantitativo de aço no pavimento tipo em uma região do edifício indicado em vermelho nas
Figuras 23 e 24, devido as características simétricas da edificação. Para isso foi feita a
comparação das vigas do projeto com a ATP, assim foram analisados cada desenho de armação
e respectivo quantitativo no projeto, como por exemplo no caso da viga V2003, indicada nas
Figuras 25 e 26. Assim foi realizada a comparação com os resultados da mesma viga obtidos
por meio da ATP (Figuras 27 e 28).
Figura 23 - Indicação do trecho do pavimento tipo em que foi realizado comparativo de
armações entre projetos.

Fonte: Elaborado a partir do software TQS, (2022).


51

Figura 24 – Identificação ampliada do trecho do pavimento tipo em que foi realizado


comparativo de armações entre projeto e ATP.

Fonte: Elaborado a partir do software TQS, (2022).

Figura 25 - Desenho de armação da viga V2003 considerada no projeto do edifício Diamante


II.

Fonte: Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA, (2022).


52

Figura 26 - Quantitativo da viga V2003 do projeto do edifício Diamante II.

Fonte: Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA, (2022).


Figura 27 -Desenho de armação da viga V2003 realizada na ATP.

Fonte: Elaborado a partir do software TQS, (2022).


53

Figura 28 -Quantitativo da viga V2003 gerado a partir da ATP.

Fonte: Elaborado a partir do software TQS, (2022).


Então foi realizado um gráfico comparativo do peso de aço, em quilogramas,
considerado para as vigas no projeto com o resultado obtido por meio da ATP (Figura 29).

Figura 29 - Comparativo de peso de aço nas vigas consideradas no projeto e na ATP.

COMPARATIVO DO PESO DE AÇO NAS VIGAS


(KG)
PROJETO ATP

80
70
60
50
40
30
20
10
0

Fonte: elaborado pela Autora, (2022).

Também foi realizado um gráfico comparativo o peso de aço, em quilogramas,


considerado para as lajes no projeto com o resultado obtido pelo meio da ATP (Figura 34). Para
isso foi feita a comparação das lajes do projeto com a ATP, assim foram analisados cada
desenho de armação e respectivo quantitativo no projeto, como por exemplo no caso da laje
L02-01, indicada nas Figuras 30 e 31 Assim foi realizada a comparação com os resultados da
mesma laje obtidos por meio da ATP (Figuras 32 e 33).
54

Figura 30 - Desenho de armação horizontal inferior da laje L02- 01considerada no projeto do


edifício Diamante II.

Fonte: Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA, (2022).


Figura 31-Quantitativo da armação horizontal inferior da laje L02-01do projeto edifício
Diamante II.

Fonte: Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA, (2022).


55

Figura 32- Desenho de armação horizontal inferior da laje L02- 01considerada na ATP.

--
Fonte: Elaborado a partir do software TQS, (2022).

Figura 33-Quantitativo da armação horizontal inferior da laje L02-01 na ATP.

Fonte: Elaborado a partir do software TQS, (2022).


56

Figura 34 - Comparativo de peso de aço nas lajes consideradas no projeto e na ATP.

COMPARATIVO LAJES - PESO DE AÇO


(KG)
ARMAÇÃO HORIZONTAL INFERIOR
PROJETO ATP

40

35

30

25

20

15

10

0
L2-01 L2-02 L2-05 L2-06 L2-09 L2-11 L2-13 L2-14 L2-16 L2-18 L2-19 L2-21 L2-24 L2-26

Fonte: Elaborado pela Autora, (2022).


Os gráficos apresentados sobre o comparativo de peso de aço nas vigas e nas lajes,
evidenciaram que a concepção estrutural proposta pelo projetista está adequada, apesar de
existir uma certa discrepância do valor de aço calculado para alguns elementos estruturais, no
entanto, essa diferença é justificada pelo método de detalhamento considerado em cada
software de estrutura.
Também foi realizado um gráfico comparativo o peso de aço, em quilogramas,
considerado para os pilares no projeto com o resultado obtido pelo meio da ATP, assim foi
verificado o lance dos pilares do pavimento térreo ao 2° piso, o gráfico apresentado na Figura
35, evidencia uma certa discrepância no peso de aço entre os modelos em alguns pilares, tal
diferença se refere a padronização de pilares com mesmas dimensões no projeto, realizando a
equivalência de pilares conforme pilar mais carregado, a fim de facilitar o processo de execução
na obra. Contudo, nota-se que os resultados obtidos para o detalhamento dos pilares entre a
ATP e o projeto estão de acordo.
57

Figura 35 - Comparativo de peso de aço nos pilares consideradas no projeto e na ATP.


COMPARATIVO PILARES - PESO DE AÇO (KG)
TÉRREO AO PISO 2 (TIPO)
PROJETO ATP

120

100

80

60

40

20

0
P4 P5 P6 P10 P11 P19 P20 P24 P25 P28 P29 P32 P33 P36 P37 P41 P42 P43 P46 P47

Fonte: Elaborado pela Autora, (2022).


Por meio das análises realizadas por meio da ATP, bem como a verificação da
concepção estrutural e do dimensionamento dos elementos estruturais, é possível verificar que
o projeto do edifício Diamante II, está conforme, embora sejam necessárias algumas melhorias
na representação das formas do projeto.
58

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A partir da revisão bibliográfica realizada, foi possível concluir que os acidentes
estruturais ocasionados na construção civil, em sua maioria, são devido a falhas em projeto, que
geralmente se devem ao dimensionamento incorreto da estrutura, ou pela má interpretação dos
projetos, a qual é oriunda da falta de detalhamento ou informações incorretas especificadas em
projeto.
Diante do histórico de acidentes estruturais no Brasil, conclui-se que a realização de
uma análise mais criteriosa nos projetos poderia evitar a ocorrência de inúmeros desastres na
construção civil.
O estudo conduzido por este trabalho teve por objetivo salientar a importância da
realização da avaliação técnica de projetos (ATP) de estrutura a fim de garantir a qualidade e
segurança das estruturas, auxiliando o projetista, tornando sua atividade mais segura e
equilibrada com riscos mitigados.
Por meio deste trabalho, foi possível verificar que há uma falta de exigência da avaliação
de conformidade de projetos com relação as normas de estruturas, pois algumas normas não
possuem um item destinado aos requisitos necessários para verificação de conformidade dos
projetos. Mesmo as normas que possuem um item sobre o assunto, como no caso da NBR 6118
– “Projeto e estruturas de concreto”, (ABNT, 2014), o tema é tratado de forma sucinta, pois
não estabelece orientações suficientes para realização da aplicação da análise técnica.
Foi possível verificar a partir do estudo de caso utilizado na pesquisa, que é importante
a existência de um procedimento detalhado sobre itens fundamentais a serem verificados em
um projeto, a fim de facilitar e sistematizar o processo de avaliação de conformidade. Tal fato,
se deve as inúmeras particularidades que cada projeto possui, principalmente, quando se trata
de um sistema construtivo pouco convencional, afinal, além de se tratar de um trabalho
minucioso também é um trabalho demorado quando realizado em edificações de grande porte.
A aplicação da análise técnica no edifício utilizado para realização da pesquisa,
evidenciou que em uma simples avaliação inicial com verificação das formas e demais
desenhos, pode contribuir para evitar possíveis erros em obra devido a carência de informações
no projeto. Além disso, também foi verificado a importância de realizar a avaliação antes de
iniciar a execução do projeto, pois possíveis erros como no detalhamento das armaduras podem
ser corrigidos e consequentemente prevenir a ocorrência de possíveis danos nas estruturas.
Contudo, conclui-se que a aplicação da ATP é de extrema relevância a fim de garantir a
qualidade e segurança dos empreendimentos. E após realização da ATP do Edifico Diamante
59

II da Moremais Desenvolvimento Imobiliário LTDA, a autora recomenda a aprovação do


projeto estrutural original do engenheiro civil calculista Lucio Piassi Lachni.

6.1 SUGESTÕES DE FUTURAS PESQUISAS


Sugere-se como pesquisas e trabalhos futuros:
• Realizar análises em ELU e ELS de lajes, vigas e pilares de toda a edificação;
• Criar uma sistematização do processo de avaliação técnica de projetos;
• Realizar a aplicação da ATP em outros projetos de estruturas, a fim de identificar
os principais itens a serem verificados em cada tipo de projeto estrutural;
• Descrever processo para criação de uma norma específica que garanta a
exigência e aplicação da ATP em todos os projetos de estrutura;
• Refazer a presente análise técnica de projeto considerando-se índices de
referência - relação aço-concreto (kg/m³).
60

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL E MEIO AMBIENTE - CV

DECLARAÇÃO Nº 6894 / 2022 - DECMCV (11.59.04)

Nº do Protocolo: 23062.062755/2022-92
Curvelo-MG, 16 de dezembro de 2022.

Eu, Thiago Bomjardim Porto, SIAPE: 1024730, declaro que a orientanda, discente Bruna Emily de Paiva, matrícula
20183010452, encaminhou eletronicamente a versão final do Trabalho de Conclusão de Curso intitulado CONSIDERAÇÕES
SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE TÉCNICA DE PROJETOS (ATP) DE ESTRUTURAS NA GARANTIA DA
QUALIDADE DOS EMPREENDIMENTOS, devidamente revisado.

Atenciosamente,

(Assinado digitalmente em 16/12/2022 09:12 )


THIAGO BOMJARDIM PORTO
PROFESSOR ENS BASICO TECN TECNOLOGICO
DECMCV (11.59.04)
Matrícula: 1024730

Visualize o documento original em https://sig.cefetmg.br/public/documentos/index.jsp informando seu número:


6894, ano: 2022, tipo: DECLARAÇÃO, data de emissão: 16/12/2022 e o código de verificação: 7880d07e02

https://sig.cefetmg.br/sipac/protocolo/documento/documento_visualizacao.jsf?imprimir=true&idDoc=1023787 1/1
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

Termo de Autorização para disponibilização e licenciamento de Monografias no Repositório Institucional


CEFET-MG - Unidade Curvelo

1 IDENTIFICAÇÃO
Autor(a): Bruna Emily de Paiva
E-mail: brunaemily15@gmail.com Telefones:
Matrícula: 20183010452 CPF: 448.327.928-90 RG: 37.745.371-7

2 TRABALHO
Título: CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE TÉCNICA DE PROJETOS (ATP) DE ESTRUTURAS NA
GARANTIA DA QUALIDADE DOS EMPREENDIMENTOS

Palavras-chave: Análise Técnica de Projetos (ATP); Acidentes estruturais; Análise estrutural;


Orientador: Thiago Bomjardim Porto E-mail: thiago.porto@cefetmg.br
Coorientador(es): Roberto Márcio da Silva

3 INFORMAÇÕES DE ACESSO
Liberação para disponibilização? ( x ) Sim ( ) Não1

4 LICENÇA
Na qualidade de titular dos direitos de autor(a) da publicação supracitada, de acordo com a Lei nº 9610/98, autorizo o
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________________________________________ Curvelo, 16/12/2022.


Assinatura do autor Local Data

Data da entrega do documento no CEFET-MG - Unidade Curvelo:_____/____/___.

Recebido por:____________________

1
Todo trabalho confidencial deve acompanhar justificativa, e data limite ou período de restrição.
2
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