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SÃO MATEUS-ES
2022
ANDERSON GUIMARÃES DE ANDRADE
SÃO MATEUS-ES
2022
Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP)
CDD 22 – 629.246
COMISSÃO EXAMINADORA
______________________________________________________
Prof. M.Sc. Artur Guimarães Maioli
Instituto Federal do Espirito Santo
Orientador
_______________________________________________________
Prof. M.Sc. Roger da Silva Rodrigues
Instituto Federal do Espirito Santo
Co-Orientador
_______________________________________________________
Prof. Dr. João Paulo Barbosa
Instituto Federal do Espirito Santo
_______________________________________________________
Prof. M.Sc. Walber Ronconi dos Santos
Instituto Federal do Espirito Santo
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E
FOLHA DE ASSINATURAS
CONTRATOS
Emitido em 01/04/2022
Agradeço aos meus pais pelo apoio incondicional, pelo carinho, amor e criação, me
aconselhando em todas as decisões da minha vida.
Agradeço também a todos funcionários do Ifes que fazem o instituto ser um ótimo
ambiente para o aprendizado e desenvolvimento pessoal e profissional.
Agradeço a todos os membros da equipe Sama Baja, que sem dúvida foi o que me
fez mais crescer como futuro engenheiro.
RESUMO
A competição Baja SAE Brasil, é uma competição universitária onde as equipes têm
o objetivo de construir um veículo off-road, com chassi de elementos tubulares, de
quatro rodas, e movido a gasolina. Em um automóvel o chassi é considerado a
principal estrutura, pois acomoda todos os subsistemas do veículo, tais como a
suspensão, sistema de força, carenagem etc. e deve ser rígido e o mais leve possível
para o melhor desempenho e proteger os passageiros em situações de acidentes,
como impactos ou capotamentos. O presente trabalho visa analisar o projeto de um
chassi tipo “spaceframe” de um veículo off-road tipo Baja SAE da equipe SamaBaja
do Ifes Campus São Mateus. Utilizando o software Solidworks 2018 para a
modelagem 3D do chassi e para realizar o estudo do projeto através de simulações
utilizando o método de elementos finitos. Serão feitas análises de impacto frontal e
rigidez torcional. Sendo possível dessa forma garantir em projeto a segurança do
piloto na utilização do veículo. Os resultados obtidos implicam que o chassi é seguro
em situações de impacto frontal que venham a acontecer, e que a adição de
elementos estruturais de reforço em posições especificas aumentam a rigidez a torção
da estrutura.
The Baja SAE Brasil competition is a university competition where the teams aim to
build an off-road vehicle, with a four-wheeled, tubular element chassis, and powered
by gasoline. In an automobile, the chassis is the main structure, as it accommodates
all the vehicle's subsystems, such as the suspension, power system, fairing, etc. and
it should be rigid and as light as possible for the best performance and to protect
passengers in accident situations such as impacts or rollovers. The present work aims
to analyze the design of a “spaceframe” type chassis of a Baja SAE off-road vehicle
from the SamaBaja team of Ifes Campus São Mateus. Using Solidworks 2018 software
for 3D modeling of the chassis and to carry out the project study through simulations
using the finite element method. Analysis of frontal impact and torsional stiffness will
be performed. In this way, it is possible to guarantee the safety of the pilot in the use
of the vehicle in the project. The results obtained imply that the chassis is safe in
situations of frontal impact that may happen, and that the addition of structural
reinforcement elements in specific positions increases the torsional rigidity of the
structure.
Keywords: Chassis. Finite Element Method. Impact. Mini Baja. Torsional Stiffness.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
𝐼 - Impulso [N.s];
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 10
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 12
2.1. CHASSI ........................................................................................................ 12
2.1.1. Cargas e deformações de um Chassi ....................................................... 13
2.1.2. Propriedades do Chassi............................................................................. 15
2.1.3. Rigidez Torcional ........................................................................................ 16
2.1.4. Capacidade de absorver impactos (Crashworthiness) ........................... 16
2.2. METODO DE ELEMENTOS FINITOS .......................................................... 18
2.3. ELEMENTOS FINITOS ................................................................................ 20
2.4. ANÁLISE ESTÁTICA .................................................................................... 22
2.5. CONVERGÊNCIA DE MALHA ..................................................................... 23
3. METODOLOGIA ........................................................................................... 24
3.1. IMPACTO FRONTAL.................................................................................... 27
3.2. RIGIDEZ TORCIONAL ................................................................................. 29
3.2.1. Modelo para análise da rigidez .................................................................. 30
3.2.2. Simulação Computacional ......................................................................... 31
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................. 35
4.1. ANÁLISE DE IMPACTO FRONTAL.............................................................. 35
4.2. RIGIDEZ TORCIONAL ................................................................................. 38
4.2.1. Rigidez Torcional Dianteira ....................................................................... 38
4.2.2. Rigidez Torcional Traseira ......................................................................... 40
4.2.3. Rigidez Torcional Média ............................................................................. 42
4.3. REFORÇOS ESTRUTURAIS NO CHASSI E ALTERAÇÕES NO
PARACHOQUE ......................................................................................................... 42
4.3.1. Mudança do perfil tubular do para-choque .............................................. 42
4.3.2. Adição de elementos que formem treliças na estrutura ......................... 42
4.3.3. Efeitos dos reforços na rigidez torcional do chassi ................................ 43
4.3.4. Efeitos dos reforços em situações de impactos frontais ....................... 47
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 50
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 51
10
1. INTRODUÇÃO
Fonte: Autor.
Para se atingir o objetivo geral desse trabalho algumas etapas especificas devem ser
cumpridas seguindo os objetivos abaixo descritos:
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. CHASSI
Lottermann (2014), cita que o chassi de um veículo é utilizado para sustentar seus
subsistemas, e garantir a segurança de seus ocupantes. O design do chassi de um
veículo Baja SAE é influenciado pelo regulamento da competição, que sempre está
sofrendo alterações, a fim de melhorar a segurança dos competidores, assim como
de desafiar os projetistas de cada equipe. Durante a competição, acidentes
acontecem com uma certa frequência, e a principal proteção ao piloto é o chassi. Por
isso a segurança é um fator inquestionável durante o projeto da estrutura. Adams
(1993), cita que, para uma boa manobrabilidade o chassi deve ser rígido o suficiente
para resistir a torções e flexões e para obter chassis rígidos deve se utilizar na
geometria membros que formem treliças.
É entendido que o chassi automotivo, assim como qualquer estrutura está sujeito a
diversos tipos de carga. O projeto depende do entendimento desses tipos de carga.
De acordo com Trzesniowski (2014) as cargas podem ser definidas como:
O chassi é uma estrutura que engloba todos os subsistemas do veículo, e está sujeito
a diversas cargas. Suas propriedades devem ser definidas levando em consideração
os diversos aspectos da dinâmica veicular.
O quadro do veículo pode ser entendido como uma mola de torção, se torcendo com
as cargas recebidas pela suspensão traseira e dianteira. Caso seja flexível demais
comprometerá no desempenho do veículo.
Deakin et al. (2000) analisam em seu trabalho a razão pela qual o chassi deve ser
rígido, e como a rigidez da estrutura e a rigidez do sistema de suspensão impactam
na dinâmica veicular, e demonstram a necessidade de existir um equilibro entre essas
rigidezes.
Milliken e Milliken (1995) citam que se um chassi tem rigidez torcional satisfatória,
certamente ele apresentará uma boa rigidez à flexão. Por isso a rigidez a torção é
considerada o principal critério em um projeto de chassi, sendo o fator determinante
para a alta performance.
Sampò (2010) em seu trabalho demonstra como a falta de rigidez do chassi impacta
na transferência lateral de carga do veículo, causando efeitos inesperados na
dinâmica veicular.
Para a América Latina existe a divisão Latin NCAP, que realiza diversos ensaios em
veículos comercializados nas Américas Central e do Sul. Para se definir as cargas
utilizadas no estudo do chassi, serão realizados cálculos para se aproximar da
condição do ensaio realizado pelo órgão. Na Figura 6 se vê um ensaio de impacto
frontal de veículo Hyundai HB20, situação similar ao que pode ocorrer ao Baja durante
a competição.
O método de análise por elementos finitos (MEF) é utilizado para análises de inúmeros
fenômenos físicos e é amplamente utilizado em diversas áreas da engenharia.
Segundo Alves (2013) o MEF foi inicialmente idealizado para se resolver problemas
estruturais complexos, mas hoje é considerado uma poderosa ferramenta na solução
de problemas de transferência de calor, hidrodinâmica, mecânica dos fluidos, ondas
eletromagnéticas etc.
Segundo Azevedo (2016) a análise por método de elementos finitos interpreta como
molas de rigidezes e tamanhos predeterminados a geometria do corpo estudado.
Assim é possível de desenvolver uma matriz com termos de cargas, rigidezes e
deslocamentos, como ilustrado na figura 5.
Analisando o sistema ainda como molas, temos um diagrama de corpo livre de uma
mola linear, um sistema unidimensional. A mola tem uma rigidez 𝑘 = 𝑓/𝛥𝑢, onde 𝑓 é
a força aplicada 𝛥𝑢 o deslocamento do elemento. Dessa forma um deslocamento cria
uma força no nó. NORTON (2013).
19
O software interpreta a geometria dos corpos nessa analogia das molas onde uma
multiplicação matricial entre a matriz de rigidez (k) e o vetor de deslocamento modal
(d) se iguala ao vetor força interna em cada elemento. Conforme equação (1).
Para manter o equilíbrio, a soma das forças nodais deve ser igual às forças externas
aplicadas aos nós. Assim, sabendo as forças aplicadas e sendo a matriz de rigidez
conhecida, os deslocamentos podem então serem calculados.
Souza (2003), diz que os elementos finitos são ligados através de pontos chamados
nós ou pontos nodais e ao longo da evolução das teorias do método dos elementos
finitos diversos tipos de elementos foram criados, como apresentado na Figura 8.
Kurowski (2018), diz que a escolha natural para a análise de elementos soldados,
como tubos, são os elementos unidimensionais do tipo viga. Segundo o autor, é
possível pensar no elemento de viga como uma linha com propriedades de seção
transversal de viga atribuídas, como mostra a Figura 9.
Logo para a análise por elementos finitos de uma estrutura de elementos tubulares
soldados e delgados, como é a estrutura do baja, opta-se por utilizar elementos finitos
unidimensionais do tipo viga. Segundo Alves (2013), os elementos de viga
apresentam boa aproximação entre as respostas obtidas e as condições de cargas
reais e exigem baixa capacidade de processamento computacional em comparação
aos elementos tridimensionais.
O elemento de viga possui três elementos nodais I, J e K, conforme Figura 10, esses
nós têm como finalidade a orientação do elemento no espaço, os nós I e J orientam
quanto a geometria do elemento e o nó K orienta a posição do elemento no espaço
3D (AUTODESK, 2018).
Esse elemento possui três graus de liberdade de translação e três graus de liberdade
de rotação conforme pode ser observado na Figura 9. Esses graus de liberdade
permitem que as cargas aplicadas em um elemento sejam constituídas de até, três
22
forças ortogonais, uma axial e duas forças cortantes e três momentos ortogonais, um
de torção e dois de flexão (AUTODESK, 2018).
Noorbhasha (2010) cita que a análise estática linear é utilizada para simular diversas
situações de cargas e descobrir as tensões e deformações causadas na estrutura. Em
um projeto de chassi é importante que o projetista faça essas análises para descobrir
pontos fracos da estrutura, conhecendo como a estrutura reage em diversas
situações.
Alves (2013), diz que é necessário se refinar a malha nos pontos onde existe uma
grande variação no panorama de tensões. Logo para a análise se faz necessária uma
análise de convergência de malha, iniciando as simulações com uma malha grosseira
e em seguida executando análises com malhas mais finas até que os resultados
obtidos convirjam.
Segundo Norton (2013), os testes devem ser realizados até que os resultados obtidos
convirjam, definindo assim a malha ideal para a análise, respeitando a capacidade
computacional disponível assim como o tempo de execução, que aumenta em
análises mais refinadas. A Figura 12 mostra um exemplo de uma curva de
convergência.
3. METODOLOGIA
Fonte: Autor.
A modelagem do chassi tem como base o regulamento da competição Baja SAE Brasil
2019, que especifica as dimensões máximas e mínimas dos elementos tubulares,
assim como ângulos, curvaturas, além do material e seção transversal dos tubos.
25
O modelo projetado pela equipe SamaBaja para o competição pode ser visto na Figura
15.
Fonte: Autor.
26
O modelo tem dois tipos de perfis tubulares, os elementos primários são tubos de aço
SAE 1020 com seção circular de 1 ¼” e espessura de parede de 2mm, e os perfis
secundários são tubos de aço SAE 1020 com seção circular de 1” e espessura de
parede de 2mm, obedecendo os requisitos de segurança regulamentados pela norma
da competição. Na Figura 16 em vermelho estão pintados os elementos primários e
em azul os elementos secundários.
Fonte: Autor.
Para Noorbhasha (2010), apesar de o impacto frontal ser um evento dinâmico, é viável
realizar um estudo preliminar utilizando a análise quase estática, aproximando a
modelagem de um evento dinâmico, determinando uma intensidade de força
equivalente a uma carga dinâmica ocorrente durante uma colisão. Ainda segundo
Noorbhasha (2010), para essa aproximação, podemos considerar uma colisão
perfeitamente inelástica utilizando a equação do impulso (2).
𝐼 = 𝑚. (𝑣 − 𝑣 ) = 𝐹(𝑡). 𝑑𝑡 (2)
𝑚. (𝑣 − 𝑣 )
𝐹= (3)
∆𝑡
Onde:
𝐼 – Impulso, em N.s;
𝑚 – Massa total do veículo carregado, em kg;
𝑣 – Velocidade inicial do veículo, em m/s;
𝑣 - Velocidade final do veículo, em m/s;
𝐹 - Força de impacto, em N;
∆𝑡 - Intervalo de impacto, em s.
Silva (2015), afirma que durante as provas da competição Baja, como o enduro de
resistência, os veículos transitam na maioria do tempo em velocidades próximas dos
30 km/h.
28
ESSS (2009) considera como 100 ms o tempo de impacto frontal de um veículo com
velocidade inicial de 24,1 km/h até a sua parada completa.
Ambrosio (2001), cita que testes de impacto frontal, como ECE 12, FMVSS 208 e
NCAP, vem sendo realizados e tem melhorado o comportamento de veículos em
situações de impactos entre 30 e 35 mph ao longo dos anos. Isso fica evidente na
Figura 17, onde é possível ver a melhoria em testes de impacto em veículos
semelhantes do mesmo fabricante, submetidos a testes da Australasian NCAP.
Virginia (2008), diz que nos Estados Unidos, existe uma lei federal que exige que todos
os carros com passageiros passem por um teste de colisão frontal a 13,4 m/s.
A Latin NCAP que realiza testes dos carros comercializados na América Latina, realiza
teste com os seguintes parâmetros, velocidade de 64 km/h contra uma barreira
deformável, simulando um impacto entre dois veículos frontalmente. (LATIN NCAP,
2021).
Para a velocidade de 30 km/h, com a massa estipulada para o projeto de 280 kg,
considerando veículo mais piloto, e com o tempo de impacto de 100 ms, calcula-se a
carga de impacto, segundo a equação (3):
29
𝑚
𝑚. (𝑣 − 𝑣 ) 280 [𝑘𝑔] ∗ (0 − 8,33 𝑠 )
𝐹= = = − 23,33 [𝑘𝑁]
∆𝑡 0,1 [𝑠]
Fonte: Autor.
Assim como no modelo proposto, o que a simulação tem como resultado para a
análise da rigidez do chassi é o deslocamento máximo dos centros das rodas. Por
isso unicamente para esse análise, se observará apenas os deslocamentos da
estrutura.
Figura 19 - Modelo de teste para rigidez torcional proposto.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
33
Os vetores das forças atuantes nos testes estão exemplificados na Figura 23, com
isso pode-se calcular o torque aplicado no chassi.
Onde:
F = Força aplicada no centro das rodas [N].
t = Distância entre o centro das rodas [mm].
Figura 23 – Vista frontal do chassi com os vetores das forças atuantes aplicadas.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
34
Onde:
d= Deslocamento do centro da roda após a aplicação do torque a estrutura.
α= Ângulo de torção da estrutura.
A rigidez a torção é uma relação entre o torque aplicado na estrutura e o quanto ela
deflete, logo, utiliza-se as equações (4) e (5) para se chegar no cálculo da rigidez
torcional, mostrado na equação (6).
𝑇 𝐹∗𝑡
𝐾𝜑 = =
α 2 ∗ 𝑑 180
atan 𝑡 ∗ 𝜋 (6)
𝐾𝜑𝑓𝑟𝑡 + 𝐾𝜑𝑡𝑟𝑎𝑠
𝐾𝜑𝑚𝑒𝑑 =
2 (7)
Para um torque de 500 lb.pé, equivalente a 677,91 Nm, e a distância entre os centros
das rodas tanto no eixo dianteiro quanto no eixo traseiro é de 1100mm , calcula-se a
força aplicada aos eixos com a equação (4).
𝑇 = 𝐹 ∗ 𝑡 [𝑁. 𝑚]
𝑇 677,91
𝐹 = = = 616,28 𝑁
𝑡 1100
35
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Neste capítulo será apresentado os resultados das análises e em seguida serão feitas
algumas considerações sobre eles.
Para essa análise, foi determinado o deslocamento sofrido pela estrutura e as tensões
mais altas nas fibras extremas de cada elemento geradas pela combinação de
tensões axiais e de flexão, que geram uma componente de tensão normal que é
equivalente a uma tensão principal máxima, uma vez que o elemento utilizado não
fornece a tensão de Von Misses (SOLIDWORKS, 2018).
Fonte: Autor.
36
O autor Alves (2013) propõe que o refinamento de malha seja feito nos pontos de
maior tensão no objeto analisado, como uma forma de se economizar tempo de
simulação, visto que uma malha mais fina requer mais processamento computacional.
Para a análise desse trabalho foi aplicado um refinamento de malha em toda estrutura,
visto que o elemento unidimensional requer menos esforço computacional e portanto
o refinamento da estrutura inteira não implica em aumento significativo do tempo de
simulação.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Pode-se observar ainda na Figura 26, que na estrutura do chassi não houve tensões
superiores ao limite de escoamento do aço, indicando a deformação apenas do para-
choque.
Fonte: Autor.
39
Fonte: Autor.
Onde:
F = 616,28 N
t = 1100 mm
d = 4,613 mm
Fonte: Autor.
41
Fonte: Autor.
Onde:
F = 616,28N
t = 1100 mm
d = 4,66 mm
Agora é possível calcular-se a rigidez torcional média do chassi pela equação (7).
𝑁𝑚
𝐾𝜑𝑚𝑒𝑑 = 1403,60
°
Portanto para a melhoria do chassi deve-se buscar um design que aumente a rigidez
a torção e que em situações de impacto o chassi ofereça mais segurança ao piloto.
43
Adams (1993), em seus experimentos avalia que a adição de elementos que formem
triângulos na estrutura aumenta consideravelmente a rigidez. Noorbhasha (2011) em
sua tese avaliou que a adição de elementos de reforços que formem treliças próximos
as interseções, onde foram constatadas as maiores tensões, poderia distribuir a carga
nesses elementos.
Visando se obter uma estrutura rígida, competitiva e que ofereça mais segurança ao
piloto, foi modelado um chassi com elementos tubulares de reforço formando treliças,
destacados em vermelho na Figura 32. Foi escolhido para o reforço tubos aço SAE
1020 de diâmetro externo de 1” e parede de 2 mm, a mesma especificação dos tubos
secundários do chassi.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
45
Onde:
F=616,28N
t = 1100 mm
d = 2,296 mm
Onde:
F=616,28N
t = 1100 mm
d = 2,296 mm
𝑁𝑚
𝐾𝜑𝑚𝑒𝑑 = 2834,27
°
46
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
49
Com a mudança do perfil tubular do para-choque a tensão máxima aplicada nele foi
reduzida de 642,8 MPa para 321,6 MPa, o que implica um fator de segurança de 1,1
para impactos a 30 km/h. O deslocamento máximo observado no modelo com reforços
foi de 1,03 mm. O que significa que essa deformação não irá atingir o piloto.
Kim et al. (2015), diz que o para-choque é o elemento em um veículo, responsável por
absorver a energia dos impactos e proteger os passageiros. O que foi constatado nas
análises de impacto no protótipo com reforços.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A análise inicial para o impacto frontal indicou que o modelo do para-choque era
inseguro. Após uma revisão no chassi e adição de elementos estruturais reforçando a
estrutura e a mudança no perfil tubular do para-choque as simulações indicaram que
o modelo com reforços é seguro nas condições de impacto a 30 km/h.
REFERÊNCIAS
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performance handling. Nova Iorque, Nova Iorque, Estados Unidos: Hp Books.
1993.
BROWN, Jason C.; ROBERTSON, John; SERPENTO, Stan T.; Motor vehicle
structures: concepts and fundamentals. Oxford, Inglaterra. Butterworth-
Heinemann, 2002.
COSTIN, Michael; PHIPPS, David. Racing and Sports Car Chassis Design.
Londres, Inglaterra: B. T. Batsford LTD, 1974.
DEAKIN, Andrew et al. The Effect of Chassis Stiffness on Race Car Handling
Balance. In: 2000 SAE MOTORSPORTS ENGINEERING CONFERENCE &
EXPOSITION., 2000, Dearborn. The Effect of Chassis Stiffness on Race Car
Handling Balance. Dearborn: SAE Paper 2000.01.3554, 2000.
KIM, D.; KIM, H.; KIM, H. Design optimization and manufacture of hybrid
glass/carbon fiber reinforced composite bumper beam for automobile vehicle.
Elsevier - Composite Structures, Holanda, n. 131, p. 742–752, 2015.
PAINE, Michael; HALEY, Jack. Crash testing for safety - possible enhancements to
ANCAP test and rating methods. Australasian Road Safety Research, Policing
and Education Conference. Adelaide, South Australia, Australia: 2008. Disponível
em:<https://acrs.org.au/files/arsrpe/RS080054.pdf>. Acesso em: nov. 2021.
Resultados Hyundai HB20 + 2 Airbags. Latin NCAP, dez. de 2020. Disponível em:<
https://www.latinncap.com/po/resultado/147/hyundai-hb20-%2B-2-airbags> Acesso
em: Fev. 2022.
53
RILEY, William B.; GEORGE, Albert R. Design, Analysis and Testing of a Formula
SAE Car Chassis. In: 2002 SAE MOTORSPORTS ENGINEERING CONFERENCE
AND EXHIBITION., 2002, Indianapolis. Design, Analysis and Testing of a Formula
SAE Car Chassis. Indianapolis: SAE Paper 2002.01.3300, 2002.
SAMPÒ, Enrico. Vehicle chassis and vehicle dynamics. In: __. Modelling chassis
flexibility in vehicle dynamics simulation. 2011. p. 5-30. Dissertação (Doutorado)
- Faculty of Engineering and Physical Sciences, University of Surrey, Guildford,
2011. Disponível em:<https://core.ac.uk/download/pdf/16517785.pdf>. Acesso em:
04 out. 2018