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INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

CAMPUS SÃO MATEUS


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

CAIO HENRIQUE DOS SANTOS COSME

ESTUDO DE CASO: ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE


MANUTENÇÃO, OPERAÇÃO E CONTROLE DOS CONDICIONADORES DE AR
EM UM ARMAZÉM DE CAFÉ

SÃO MATEUS - ES
2022
CAIO HENRIQUE DOS SANTOS COSME

ESTUDO DE CASO: ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE


MANUTENÇÃO, OPERAÇÃO E CONTROLE DOS CONDICIONADORES DE AR
EM UM ARMAZÉM DE CAFÉ

Monografia apresentada à Coordenadoria do Curso


de Engenharia Mecânica do Instituto Federal do
Espírito Santo, Campus São Mateus, como
requisito parcial para a obtenção do título de
Bacharel em Engenharia Mecânica.

Orientador: Prof. Me. Roger da Silva Rodrigues

SÃO MATEUS - ES
2022
Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP)

C834e Cosme, Caio Henrique dos Santos, 1997-

Estudo de caso: elaboração e implementação do plano de


manutenção, operação e controle dos condicionadores de ar em um
armazém de café / Caio Henrique dos Santos Cosme.-- 2022.
74 f. : il. ; 30 cm.

Orientador : Roger da Silva Rodrigues.

Monografia (graduação) - Instituto Federal do Espírito Santo,


Campus São Mateus, Coordenadoria de Curso Superior de Engenharia
Mecânica, 2022.

1. Ar condicionado – Eficiência. 2. Ar condicionado – Manutenção e


reparação. 3. Refrigeração. I. Rodrigues, Roger da Silva. II. Instituto
Federal do Espírito Santo. Campus São Mateus. III. Título.

CDD 22 – 621.56

Bibliotecária responsável Sheila Guimarães Martins CRB6/ES 671


MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CAMPUS SÃO MATEUS
Rodovia BR 101-Norte – Km 58 – Bairro Litorâneo – 29932-540 – São Mateus – ES
27 3771-1262
COLEGIADO DO CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

CAIO HENRIQUE DOS SANTOS COSME

ESTUDO DE CASO: ELABORAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DE


MANUTENÇÃO, OPERAÇÃO E CONTROLE DOS CONDICIONADORES DE
AR EM UM ARMAZÉM DE CAFÉ

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenadoria do Curso de


Engenharia Mecânica do Instituto Federal do Espírito Santo, Campus São Mateus,
como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Mecânica.

Aprovado em 20 de dezembro de 2022.

COMISSÃO EXAMINADORA

______________________________________________________
Prof. M.Sc. Roger da Silva Rodrigues
Instituto Federal do Espírito Santo
Orientador

_______________________________________________________
Prof. M.Sc. Paulo Victor Toso Helker
Instituto Federal do Espírito Santo

_______________________________________________________
Prof. M.Sc. Caio Guimarães Maioli
Instituto Federal do Espírito Santo
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
SISTEMA INTEGRADO DE PATRIMÔNIO, ADMINISTRAÇÃO E
FOLHA DE ASSINATURAS
CONTRATOS

Emitido em 20/12/2022

FOLHA DE APROVAÇÃO-TCC Nº 5/2022 - SMT-CCTM (11.02.31.01.05.02.04)

(Nº do Protocolo: NÃO PROTOCOLADO)

(Assinado digitalmente em 20/12/2022 16:24 ) (Assinado digitalmente em 21/12/2022 09:46 )


CAIO GUIMARAES MAIOLI PAULO VICTOR TOSO HELKER
PROFESSOR DO ENSINO BASICO TECNICO E TECNOLOGICO PROFESSOR DO ENSINO BASICO TECNICO E TECNOLOGICO
CAI-CCEM (11.02.18.01.08.02.04) SMT-CCEM (11.02.31.01.05.07)
Matrícula: 3216974 Matrícula: 3217344

(Assinado digitalmente em 20/12/2022 15:59 )


ROGER DA SILVA RODRIGUES
PROFESSOR DO ENSINO BASICO TECNICO E TECNOLOGICO
SMT-CCTM (11.02.31.01.05.02.04)
Matrícula: 1063737

Para verificar a autenticidade deste documento entre em https://sipac.ifes.edu.br/documentos/ informando seu número:
5, ano: 2022, tipo: FOLHA DE APROVAÇÃO-TCC, data de emissão: 20/12/2022 e o código de
verificação: 7dba305b02
RESUMO

A sociedade atual tem passado cada vez mais tempo dentro de seus postos de
trabalho e, juntamente a isso, a necessidade de esse período seja cada vez mais
produtivo e eficiente. Uma das condições necessárias para se fornecer um ambiente
onde o trabalhador possa ser produtivo é possibilitá-lo a um conforto térmico. Visto
isso, para se manter o conforto térmico no ambiente ao longo do tempo é necessário
garantir a confiabilidade do sistema de climatização do ar interno dos recintos com
manutenções preventivas e higienizações para que o sistema opere da melhor forma
em sua vida útil e que a pureza do ar interno não comprometa a saúde dos ocupantes
causando a chamada Síndrome dos Edifícios Doentes (SED), que pode apresentar
sintomas como desconforto nos olhos e na pele, dores de cabeça, fadiga, entre outros
sintomas. Adicionado a tudo isso, observa-se também a necessidade de adequação
do estabelecimento à Portaria nº 3.523/1998 do Ministério da Saúde e a Lei nº
13.589/2018, que instituiu o PMOC como obrigatório para todos os edifícios de uso
privado, público e coletivo que possuam ambientes internos climatizados
artificialmente. Para esse estudo de caso aplicado a um armazém onde é realizado o
rebeneficiamento de café conilon do norte do Espírito Santo, foi realizado o
levantamento de todos os modelos de condicionadores de ar instalados na unidade e
avaliado os estados de conservação. A partir da análise, evidenciou-se a necessidade
de implementação de um melhor gerenciamento na manutenção dos equipamentos
de ar condicionado da unidade com a criação de um plano 52 semanas e de uma ficha
do PMOC, além de uma análise financeira com previsões de custos mensais para
cumprimento do cronograma. Por fim, foi elaborado uma planilha automatizada onde
é possível verificar a ter o controle das manutenções e higienizações realizadas
garantindo assim a confiabilidade do sistema e a segurança dos ocupantes dos
recintos.

Palavras-chave: Ar condicionado. PMOC. SED. Plano 52 semanas. Manutenção


Preventiva.
ABSTRACT

Today's society has been spending more and more time at their jobs and, along with
that, the need for this period to be more and more productive and efficient. One of the
necessary conditions to provide an environment where the worker can be productive
is to enable him to have thermal comfort. Given this, in order to maintain thermal
comfort in the environment over time, it is necessary to guarantee the reliability of the
indoor air conditioning system of the enclosures with preventive maintenance and
sanitization so that the system operates in the best way in its useful life and that the
purity indoor air does not compromise the health of occupants by causing the so-called
Sick Building Syndrome (SBS), which can present symptoms such as eye and skin
discomfort, headaches, fatigue, among other symptoms. Added to all this, there is also
the need to adapt the establishment to Ordinance n° 3.523/1998 of the Ministry of
Health and Law n° 13.589/2018, which established the PMOC as mandatory for all
buildings for private, public and collective use. that have artificially air-conditioned
indoor environments. For this case study applied to a warehouse where conilon coffee
is processed in the north of Espírito Santo, a survey was carried out of all models of
air conditioners installed in the unit and their conservation status was evaluated. From
the analysis, the need to implement better management in the maintenance of the
unit's air conditioning equipment was evident, with the creation of a 52-week plan and
a PMOC form, in addition to a financial analysis with monthly cost forecasts. to meet
the schedule. Finally, an automated spreadsheet was prepared where it is possible to
check and have control of the maintenance and cleaning carried out, thus guaranteeing
the reliability of the system and the safety of the occupants of the enclosures.

Keywords: Air conditioning. PMOC. SED. Planning 52 Week. Preventive maintenance.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Diagrama esquemático do funcionamento de um ar condicionado ...........15


Figura 2 - Ar condicionado tipo Janela .......................................................................16
Figura 3 - Ar condicionado Split Hi-Wall .....................................................................17
Figura 4 - Ar condicionado Split Cassete ...................................................................18
Figura 5 - Ar condicionado Split Piso-Teto ................................................................. 19
Figura 6 - Ar Condicionado Dutado ............................................................................ 19
Figura 7 - Mapa 52C1 ................................................................................................ 23
Figura 8 - Mapa 52C2 ................................................................................................ 24
Figura 9 - Gráfico de distribuição de aparelhos instalados ........................................ 41
Figura 10 - Gráfico de distribuição de capacidade por tipo de aparelho .................... 41
Figura 11 - Gráfico da distribuição da capacidade por tipo de atividade ................... 42
Figura 12 - Impregnação no interior da evaporadora ................................................. 43
Figura 13 - Impregnação de poeira no filtro da evaporadora ..................................... 43
Figura 14 - Sujeira impregnada na carcaça da evaporadora ..................................... 43
Figura 15 - Sujeira alocada no filtro da evaporadora ................................................. 44
Figura 16 - Sujeira impregnada na bandeja da serpentina ........................................ 44
Figura 17 - Pó impregnado na placa eletrônica e nos contatos elétricos .................. 45
Figura 18 - Estado da evaporadora de uma sala interna ao armazém ...................... 45
Figura 19 - Tela inicial da planilha automatizada do PMOC ...................................... 51
Figura 20 - Representação do mapa do térreo do prédio administrativo ................... 52
Figura 21 - Representação do mapa do 1º andar do prédio administrativo ............... 52
Figura 22 - Representação do mapa do armazém ..................................................... 53
Figura 23 - Aba de dados gerais do conjunto de ambientes ...................................... 53
Figura 24 - Aba de banco de dados dos equipamentos instalados ........................... 54
Figura 25 - Checklist do PMOC ................................................................................. 55
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade de equipamentos por mês base plano 52 semanas .............. 56


Tabela 2 - Estimativa de custo mensal para cumprimento do plano ......................... 56
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Componentes de sistemas condicionadores de ar e suas respectivas


periodicidades de manutenção/limpeza .................................................................... 26
Quadro 2 - Recomendações corretivas ..................................................................... 28
Quadro 3 - Ficha PMOC aplicado para o condicionador de ar .................................. 31
Quadro 4 - Ficha PMOC aplicado para casa de máquinas do condicionador de ar .. 32
Quadro 5 - Ficha PMOC aplicado a dutos, acessórios e caixa pleno para o ar ........ 33
Quadro 6 - Ficha PMOC aplicado para ambientes climatizados ............................... 34
Quadro 7 - Inventário de aparelhos de ar condicionado do bloco administrativo ...... 39
Quadro 8 - Inventário de aparelhos de ar condicionado do armazém ....................... 40
Quadro 9 - Matriz de Criticidade dos equipamentos de ar condicionado .................. 47
Quadro 10 - Lista de equipamentos por TAG e criticidade ........................................ 47
Quadro 11 - Mapa 52 semanas para os aparelhos de ar condicionado .................... 48
Quadro 12 - Ficha PMOC do Armazém de Café no Norte do Espírito Santo ............ 49
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 09
1.1 OBJETIVOS GERAIS .................................................................................... 10
1.1.1 Objetivos específicos .................................................................................. 10
1.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO .................................................................. 11
2 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................ 13
2.1 CONDICIONADORES DE AR ........................................................................ 13
2.1.1 História do ar condicionado ........................................................................ 13
2.1.2 Princípio de funcionamento ........................................................................ 14
2.2 CONDICIONADORES DE AR POR EXPANSÃO DIRETA ............................. 15
2.2.1 Ar Condicionado tipo Janela (ACJ) ............................................................. 15
2.2.2 Split Hi-Wall .................................................................................................. 16
2.2.3 Split Cassete ................................................................................................. 17
2.2.4 Split Piso-Teto …………….……………………………………………………... 18
2.2.5 Ar Condicionado Dutado .………………………………………………………. 19
2.3 MANUTENÇÃO …………………………………………………………………… 20
2.3.1 Manutenção Corretiva ..…………………………………………………………. 20
2.3.2 Manutenção Preventiva ............................................................................... 21
2.3.3 Manutenção Preditiva .................................................................................. 21
2.4 PLANO OU MAPA 52 SEMANAS ................................................................... 22
2.5 PLANO DE MANUTENÇÃO, OPERAÇÃO E CONTROLE (PMOC) ............... 24
3 ESTADO DA ARTE ........................................................................................ 27
4 METODOLOGIA ............................................................................................ 35
4.1 INVENTÁRIO E ANÁLISE DE DISTRIBUIÇÃO ............................................. 35
4.2 DEFINIÇÃO DE CRITICIDADE DOS EQUIPAMENTOS ................................ 36
4.3 PLANO 52 SEMANAS E ANÁLISE DE CUSTO .............................................. 37
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ..................................................................... 39
5.1 INVENTÁRIO E ANÁLISE DE DISTRIBUIÇÃO .............................................. 39
5.2 CONSERVAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS ..................................................... 42
5.3 CRITICIDADE DOS EQUIPAMENTOS PARA ATENDIMENTO .................... 46
5.4 MAPA 52 SEMANAS ...................................................................................... 48
5.5 FICHA PMOC ................................................................................................. 49
5.6 PLANILHA DE CONTROLE DO PMOC .......................................................... 50
5.7 CUSTO MENSAL ........................................................................................... 55
6 CONCLUSÃO ................................................................................................ 58
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 59
ANEXO A - FICHA PMOC (PADRÃO ANVISA) ............................................ 62
9

1 INTRODUÇÃO

Atualmente, vivencia-se uma sociedade que passa a maior parte do dia dentro de
escritórios, ambientes comerciais ou até mesmo dentro de espaços de trabalho dentro
das residências, o chamado “home office”. Paralelamente, vê-se necessário que
pessoas e processos sejam cada vez mais produtivos, eficientes e sustentáveis.

De acordo com Rodrigues (2009), para se potencializar em um indivíduo seu bem-


estar e a sua capacidade de desenvolver uma atividade, é fundamental levar em
consideração os critérios de conforto no projeto de um ambiente. Dentre os critérios e
tipos de conforto, o conforto térmico e a qualidade do ar apresentam relevante
importância e devem ser levados em consideração. A norma ABNT NBR 16401-
2:2008 regulamenta os critérios para o conforto térmico em ambientes internos
climatizados através de sistemas de ares condicionados, definindo uma faixa de
temperatura entre 22,5°C e 25,5°C e umidade relativa do ar de 65% (ABNT, 2008).

Quando se fala na qualidade do ar climatizado, poluentes provenientes de sistemas


produtivos ou até mesmo do ambiente externo podem ser geradores da Síndrome do
Edifício Doente (SED), se não forem tratados corretamente. A Organização Mundial
da Saúde (OMS) definiu a SED como o conjunto dos seguintes sintomas: dor de
cabeça; irritação no nariz e garganta; fadiga; letargia; ardor nos olhos; anormalidades
na pele e falta de concentração em trabalhadores de escritórios. Geralmente a SED
está relacionada a falhas no sistema de climatização e em sua manutenção (SANTOS
et al., 1992).

Além desses sintomas, um outro fator de grande importância é o surto de síndrome


respiratória aguda grave com alta transmissibilidade detectado primeiramente na
província de Hubei, na China, e que se espalhou pelo mundo, o vírus SARS-CoV-2,
responsável pela doença batizada como COVID-19. Pela sua alta transmissibilidade,
ambientes climatizados artificialmente onde não há sistema adequado de renovação
e tratamento do ar se tornam um ambiente próspero para a proliferação e
contaminação do vírus por parte de seus ocupantes (CAMPOS; GUEDES, 2020).
10

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a energia utlizada com a


finalidade para conforto térmico é a que mais cresce no mundo em edifícios. No setor
comercial, por exemplo, a energia elétrica destinada a fins de refrigeração aumentou
de 15% para 33% na matriz de serviços energéticos do setor. Aliado a isso, a posse
de aparelhos de ar condicionado nas residências mais que duplicou entre 2005 e 2017
(EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA, 2018).

Tendo como intuito diminuir ou eliminar os efeitos da Síndrome dos Edifícios Doentes
e manter a confiabilidade dos sistemas de refrigeração, o PMOC - Plano de
Manutenção, Operação e Controle de ares condicionados foi definido como obrigatório
para edifícios de uso público e coletivo pela Lei nº 13.589/2018 (BRASIL, 2018).

O objeto de estudo desse trabalho são os 25 equipamentos condicionadores de ar de


um armazém de café de uma multinacional do setor de commodities, localizado na
cidade de Nova Venécia – ES onde trabalham e circulam cerca de 100 pessoas além
de visitantes e empresas terceirizadas.

Os equipamentos, de vários tipos e modelos, têm capacidades que variam de 12.000


Btu/h até 60.000 Btu/h. Os aparelhos estão dispostos tanto dentro do bloco
administrativo como também no interior do armazém da empresa. Além disso, o
sistema produtivo da empresa, que atua no beneficiamento do Café Conilon gera uma
grande quantidade de pó que impregna nos filtros ar de alguns dos aparelhos de ar
condicionado.

1.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver um plano de manutenção para os aparelhos condicionadores de ar


instalados na unidade de uma empresa do setor de commodities localizada em Nova
Venécia – ES, buscando atender a Portaria GM/MS nº 3.523/1998 e a Lei nº
13.589/2018 que dispõe sobre a implantação do PMOC.

1.1.1 Objetivos específicos

a) Realizar o inventário dos aparelhos condicionadores de ar da unidade;


11

b) Analisar a distribuição dos tipos de aparelhos e potências de refrigeração;


c) Apresentar situação atual dos aparelhos em relação a operação e manutenção;
d) Definir as criticidades dos equipamentos e propor um cronograma anual de
manutenção usando como base o plano 52 semanas;
e) Desenvolver Plano de Manutenção, Operação e Controle dos aparelhos
inventariados e uma planilha de controle da ferramenta;
f) Levantar média de custo mensal considerando os valores historicamente
cobrados e com base no plano 52 semanas proposto.

1.2 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

A estrutura do presente trabalho engloba seis capítulos, subdivididos em seções e


subseções.

Neste primeiro capítulo, foi apresentada a importância de se levar em consideração o


conforto térmico nos projetos de ambientes, o que é e a crescente preocupação com
a chamada Síndrome dos Edifícios Doentes além do fator crítico que é o surto de
síndrome respiratória aguda grave com alta transmissibilidade batizada de COVID-19,
bem como o que é o PMOC e seu objetivo apresentando a empresa onde será
aplicado o estudo de caso.

No capítulo 2, são detalhadas as definições e o referencial teórico utilizados no


presente trabalho para realizar a elaboração dos planos de manutenção dos aparelhos
de ar condicionado, como também nas medidas preventivas de limpeza e operação
dos mesmos.

O capítulo 3 contempla o estado da arte do PMOC com a apresentação de trabalhos


e pesquisas sobre o tema, bem como suas conclusões e pontos principais.

O capítulo 4 aborda a metodologia utilizada para realizar o inventário dos aparelhos,


da avaliação do estado atual dos equipamentos e de como foi realizada a elaboração
do mapa de 52 semanas e do check list do PMOC assim também como da
metodologia que será utilizada para realização da análise financeira para cumprimento
do plano de manutenção.
12

O capítulo 5 apresenta os resultados e discussões do trabalho. É apresentada a


planilha de controle do PMOC e o check list do PMOC que serão preenchidos na
realização das manutenções. É apresentado e discutido o estado em relação à
manutenção e limpeza tanto das condensadoras como também das evaporadoras. É
apresentado também o mapa de 52 semanas para as manutenções e higienizações
com base na criticidade definida para cada equipamento assim também como a
análise de custo para estimado para o cumprimento do plano de manutenção de todos
os ares condicionados da empresa.

Por fim, o capítulo 6 apresenta a conclusão e propostas para trabalhos futuros, a fim
de que mais pesquisas sobre o tema sejam realizadas.
13

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONDICIONADORES DE AR

De acordo com Creder (2004), condicionar o ar em um ambiente fechado significa


submetê-lo a certas condições pré-definidas e independente das características
externas para atender o objetivo final da instalação que pode ser para conforto, melhor
desempenho ou durabilidade de equipamentos ou processos.

De forma simplificada, o princípio de funcionamento dos condicionadores de ar se dá


na troca de calor do ar do ambiente através da passagem do mesmo pela serpentina
do evaporador que, por contato, pode aumentar ou abaixar a temperatura e também,
dependendo do ciclo, baixar a umidade relativa do ar (ARAUJO, 2011).

2.1.1 História do ar condicionado

Em 1902, um engenheiro chamado Willis Carrier inventou o primeiro processo


mecânico para realizar o condicionamento do ar. Essa invenção teve como gatilho
uma dificuldade enfrentada por uma empresa de Nova York que realizava impressões
em papel. O problema acontecia principalmente no clima quente de verão da cidade
e, consequentemente, com a grande umidade do ar que fazia com que o papel
absorvesse toda a umidade e com isso as impressões saíam borradas e desfocadas.
O processo de condicionamento de ar inventado por Carrier resfriava o ar fazendo-o
circular por dutos resfriados artificialmente e foi aplicado com o passar do tempo em
indústrias do segmento têxtil, de papel, farmacêutico, tabaco e também
estabelecimentos comerciais. Com o sistema em funcionamento, a umidade do ar era
reduzida e assim esse foi o primeiro ar condicionado contínuo por processo mecânico
da história (ARAUJO, 2011).

Segundo Araujo (2011), Willis Carrier também desenvolveu o aparelho de


condicionamento de ar para aplicação residencial e também hospitalar, sendo este
com o intuito de aumentar a umidade do ar em um berçário onde havia crianças
nascidas de forma prematura. A partir daí, o aparelho de ar condicionado foi
14

amplamente empregado em prédios públicos, cinemas e em arranha-céus. Assim


também como a produção em massa de aparelhos residenciais.

Atualmente, os aparelhos amplamente utilizados nos mais diversos ambientes para


atender as mais diversas aplicações têm como base o processo mecânico
desenvolvido por Carrier.

2.1.2 Princípio de funcionamento

Segundo Arora (2000), o princípio de funcionamento dos condicionadores de ar em


grande ou pequena escala é basicamente o mesmo, exceto quando o condensador é
resfriado a água ao invés de ser resfriado a ar.

Considerando um recinto com uma temperatura média constante. No equipamento


interno à sala, o ar é forçado a passar por uma serpentina de resfriamento cuja
superfície é mantida a baixa temperatura. Depois de passar pela serpentina, o ar
ambiente é resfriado e fornecido à sala onde absorve o calor ambiente e retorna à
serpentina com a mesma temperatura inicial do recinto (ARORA, 2000).

Dentro da serpentina de resfriamento passa uma substância líquida chamada fluido


refrigerante, que entra a uma baixa temperatura e baixa pressão e absorve calor
latente de vaporização do ar ambiente durante a troca na serpentina. O equipamento
interno à sala onde ocorre a vaporização do fluido refrigerante é chamado evaporador
(ARORA, 2000).

Após a evaporação do refrigerante, o mesmo torna-se vapor. Para permitir sua


condensação e a liberação do calor absorvida do recinto, o mesmo passa pelo
compressor, onde tem sua pressão elevada. Em seguida, o vapor a alta pressão entra
no condensador onde troca calor com o ar atmosférico através de um ventilador. Após
absorver o calor latente de condensação do refrigerante, o ar é liberado novamente
ao ambiente (ARORA, 2000).
15

Depois da condensação, o fluido refrigerante em estado líquido e a alta pressão passa


por uma válvula de expansão onde diminui sua pressão e temperatura, seguindo
assim para o evaporador e completando o ciclo de operação (ARORA, 2000).

A Figura 1 representa o ciclo de funcionamento descrito acima de forma esquemática.

Figura 1 – Diagrama esquemático do funcionamento de um ar condicionado.

Fonte: Arora (2000) - adaptado.

2.2 TIPOS DE APARELHO CONDICIONADORES DE AR POR EXPANSÃO DIRETA

2.2.1 Ar Condicionado tipo Janela (ACJ)

Atualmente, o ar condicionado tipo Janela é o mais utilizado devido ao seu baixo custo
de aquisição, instalação e manutenção. Tem como característica principal possuir
dentro do mesmo gabinete o evaporador e condensador e devido a isso devem ser
instalados embutidos na parede ou em vãos de janelas, causando assim alteração de
fachada (ARAUJO, 2011).

Esses tipos de aparelhos podem ser comercializados em modelos de potência de


7.000 Btu/h a 30.000 Btu/h. O ar condicionado tipo janela apresenta algumas
16

vantagens: tem menor custo de aquisição, instalação, manutenção e são mais


compactos que os outros modelos, sendo ideal para ambientes pequenos. Como
desvantagens, destaca-se: geração de ruído elevado por esses aparelhos e causar
alteração de fachadas, alterando a estética de condomínios/edifícios/residências, de
acordo com a Figura 2 (ANTONOVICZ; WEBER, 2013).

Figura 2 – Ar condicionado tipo Janela

Fonte: Webcontinental (s.d.).

2.2.2 Split Hi-Wall

O Split High Wall ou Hi-Wall recebe esse nome pois é dividido em duas unidades
(“split” significa separado): a evaporadora e a condensadora, sendo ambas
interligadas por tubulações de cobre que fazem a circulação do gás refrigerante, de
acordo com a Figura 3 (FRIGELAR, s.d.).

Ele é mais silencioso pelo fato de a condensadora ficar fora do ambiente climatizado
e é mais versátil e eficiente, além de permitir uma melhor distribuição do ar no
ambiente devido ao seu posicionamento ser no alto da parede. Por possuir uma
tecnologia de funcionamento mais recente, também costuma ter um preço mais
elevado (WEBCONTINENTAL, s.d. e FRIGELAR, s.d.).

Comercialmente podem ser encontrados splits hi-wall com capacidade de 7.000 Btu/h
a 30.000 Btu/h.
17

Figura 3 – Ar condicionado Split Hi-Wall

Fonte: Webcontinental (s.d.).

2.2.3 Split Cassete

É um modelo que pode possuir até quatro vias para saída do ar e, dependendo do
fabricante, é possível controlar o fluxo de ar em cada aleta individualmente. O split
cassete é um equipamento que pode ser embutido no teto, não interferindo assim na
decoração dos ambientes e devido a isso é mais comumente utilizado em bancos,
escritórios, salões de festas, salas de aula de universidades, etc. (ANTONOVICZ;
WEBER, 2013 e FRIGELAR, s.d.).

Uma vantagem do ar condicionado cassete é que o mesmo já possui bomba de dreno


em seu interior e é comercializado com capacidades que variam de 18.000 Btu/h até
60.000 Btu/h. Possui custo mais alto em relação aos outros modelos
(WEBCONTINENTAL, s.d.).

A Figura 4 representa o ar condicionado modelo split Cassete.

Figura 4 – Ar condicionado Split Cassete


18

Fonte: Araujo (2011).

2.2.4 Split Piso-Teto

Muito recomendado para ambientes comerciais ou grandes salões, o split piso-teto


pode ser encontrado no mercado com capacidades que vão de 18.000 Btu/h até
80.000 Btu/h, de acordo com a Figura 5 (FRIGELAR, s.d.).

Tem como principal vantagem a flexibilidade de ser instalado na parede, piso ou teto,
o que permite melhor aproveitamento do espaço. Pode ser encontrado na versão
quente e frio, sendo um modelo ideal para regiões com grande amplitude térmica
(DUFRIO REFRIGERAÇÃO, 2018).

Figura 5 – Ar condicionado Split Piso-Teto


19

Fonte: Dufrio Refrigeração (2018).

2.2.5 Ar Condicionado Dutado

Esse tipo de equipamento é indicado principalmente para ambientes de grande porte


e para climatização de vários ambientes simultânea e uniformemente. Sua principal
desvantagem se dá pois não permite a regulagem da temperatura de cada ambiente
individualmente devido ao seu funcionamento com um termostato geral
(WEBCONTINENTAL, s.d.).

O ar condicionado dutado é o aparelho com maior custo de compra em relação aos


apresentados anteriormente e tanto sua instalação e manutenção são mais
específicas e consequentemente, também mais caras.

A Figura 6 representa o ar condicionado do tipo dutado.

Figura 6 – Ar Condicionado Dutado

Fonte: Ar Condicionado Abc (s.d.).


20

2.3 MANUTENÇÃO

De acordo com a Viana (2002), a palavra manutenção é derivada do latim manus


tenere, que significa manter o que se tem. Segundo a Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT, pela NBR-5462, o termo manutenção é definido como
sendo a combinação de todas as ações técnicas e administrativas cujo objetivo é
manter ou recolocar um item em um estado onde o mesmo possa desempenhar uma
função requerida (ABNT, 1994).

A NBR-5462 define três tipos de manutenções: Corretiva, Preventiva e Preditiva


(ABNT, 1994).

2.3.1 Manutenção Corretiva

De acordo com Freitas e Filho (2005), a manutenção corretiva também é conhecida


como manutenção reativa, ou seja, só ocorre após haver falha no equipamento. A
ABNT, através da NBR-5462, define manutenção corretiva como um tipo de
manutenção efetuada após a identificação de uma pane e tem a finalidade de
recolocar um item em condições e executar sua função requerida (ABNT, 1994).

Esse tipo de manutenção, na maior parte das vezes, necessita de uma intervenção
imediata até mesmo para evitar graves consequências ao processo produtivo, à
segurança do colaborador ou ao meio ambiente (VIANA, 2002).

Segundo Teles (2018), a manutenção corretiva é o tipo de manutenção mais cara e


isso se dá devido aos seguintes motivos:
a) Lucro cessante: como o equipamento deixou de exercer sua função requerida,
a empresa deixa de realizar uma atividade e isso significa perda de dinheiro;
b) Compras em caráter emergencial: devido ao seu caráter de urgência, essas
manutenções podem requerer materiais com um custo mais elevado devido a
disponibilidade imediata e custo com transporte, por exemplo;
c) Danos auxiliares: uma parada repentina em um equipamento pode ocasionar
outras falhas também não programadas como, por exemplo, componentes
elétricos;
21

d) Tempo: a manutenção corretiva tem maior tempo de execução em relação aos


outros tipos e isso impacta em disponibilidade de hora-humana e tempo de
processo produtivo parado.

2.3.2 Manutenção Preventiva

A manutenção preventiva, segundo Viana (2002), caracteriza-se por ser atividades


efetuadas em intervalos predeterminados ou de acordo com critérios prescritos e tem
como objetivo reduzir a probabilidade de falha.

Essa modalidade de manutenção cuida dos aspectos de confiabilidade e


mantenabilidade dos equipamentos envolvendo ações que vão desde o caráter
técnico, administrativo e até de supervisão. Assim sendo, “o principal objetivo da
manutenção programada é assegurar altos índices de disponibilidade e confiabilidade
dos equipamentos” (ABECOM, 2021).

De acordo com Teles (2018), dentro da modalidade preventiva podemos definir


“gatilhos” que irão determinar quando um equipamento deverá passar por
manutenção ou inspeção. Existem basicamente quatro tipos de gatilhos:
a) Tempo;
b) Horas de funcionamento;
c) Produtividade e;
d) Gatilho misto (que condensa os outros três).

2.3.3 Manutenção Preditiva

Segundo Moro e Auras (2007), o conceito de manutenção preditiva se dá pelo


conjunto de técnicas de análise, aplicada de forma sistemática, dos critérios que
indicam a performance de um equipamento com objetivo de definir a necessidade ou
não de intervenção. Esse monitoramento permite predizer condições de
funcionamento, permitindo a operação contínua dos equipamentos pelo maior tempo
possível.
22

A manutenção preditiva necessita de um corpo técnico capacitado para sua aplicação


já que usa técnicas específicas para sua aplicação. Atualmente, quatro técnicas
preditivas são muito utilizadas nas indústrias:
• Ensaio por Ultrassom: com aplicação um pouco mais complexa, o ultrassom
tem como objetivo principal a verificação de existência de vazamentos nas
máquinas, principalmente em linhas de transporte de gases e vapores através
de frequências sonoras.
• Análise de vibrações mecânicas: com ela, busca-se entender a variação de
forças dinâmicas no maquinário de forma a identificar possíveis desníveis na
máquina como folgas, desgaste de engrenagens e rolamentos,
desalinhamentos, desbalanceamentos etc.
• Análise de óleos lubrificantes: realizada em laboratório ou com uso de
equipamentos específicos, essa técnica auxilia na verificação da existência de
oxidação ou microorganismos vivos que possam alterar as propriedades
químicas do produto.
• Termografia: basicamente, essa técnica tem como objetivo analisar o nível de
temperatura emitido pelo equipamento funcionando através de um
equipamento ou sensor que mede a taxa de radiação infravermelha emitida por
um corpo, sendo muito utilizado em painéis elétricos. (VIANA, 2002 e TOTVS,
2021).

2.4 PLANO OU MAPA 52 SEMANAS

Uma ferramenta que auxilia no gerenciamento de manutenções preventivas é o plano


52 semanas. Branco (2008) demonstra dois modelos de cronograma para o
planejamento das manutenções preventivas, sendo eles: 52C1 (Figura 7) e 52C2
(Figura 8).

Dos modelos apresentados por Branco (2008), o mapa 52C1 é usado para representar
a semana programada para realização da manutenção preventiva baseado na
semana do ano e é o modelo mais utilizado no meio industrial pois reflete a carga de
manutenções que deverão ser planejadas e programadas em determinada semana.
No modelo 52C1, cada coluna representa cada uma das 52 semanas do ano. No mapa
52C2 é possível representar a data exata em que será realizada a manutenção seja
23

em um equipamento específico ou em um conjunto de equipamentos. Nesse modelo,


cada linha representa uma semana do ano e as colunas representam os dias da
semana, indicando a data exatada de realização da manutenção.

A Figura 7 mostra um exemplo do mapa 52C1 preenchido com as atividades


realizadas anualmente (A), semestralmente (S), trimestralmente (T) e mensalmente
(M) além do tempo necessário para execução da atividade em HH (BRANCO, 2008).

Figura 7 – Mapa 52C1.

Fonte: Branco (2008).

No mapa 52C2, exemplificado pela Figura 8, as manutenções preventivas são


marcadas por dia e dessa forma auxiliando o manutentor e a operação quanto ao dia
exato em que o equipamento deverá ser disponibilizado para realização da
manutenção (BRANCO, 2008).

Figura 8 – Mapa 52C2.


24

Fonte: Branco (2008).

Para o cumprimento do plano de manutenções preventivas de uma unidade fabril, o


planejamento e programação das atividades devem ser realizadas com antecedência
juntamente com o setor de PCP (Planejamento e Controle de Produção). Esse
alinhamento depende também das características operacionais da unidade e impacta
na forma e em como as manutenções preventivas serão realizadas (BRANCO, 2008).

2.5 PLANO DE MANUTENÇÃO, OPERAÇÃO E CONTROLE (PMOC)

O PMOC é um plano exigido pelo Ministério da Saúde através da Portaria GM/MS n°


3.523/1998 e retificado mais recentemente pela Lei n° 13.589/2018 buscando atingir
assim a confiabilidade dos sistemas de condicionamento de ar e manter a boa
qualidade do ar interior de ambientes climatizados, preservando assim a saúde dos
ocupantes (CYRINO, 2017).

De acordo com a Lei nº 13.589/2018, seguindo as determinações da Portaria GM/MS


nº 3.523/1998, o PMOC é obrigatório para todos os edifícios de uso privado, público
e coletivo que possuam ambientes internos climatizados artificialmente. Segundo a
lei, aplica-se também a obrigatoriedade para ambientes climatizados de uso restrito
como laboratórios, ambientes hospitalares e de processos produtivos seguindo
também a regulamentos específicos (BRASIL, 2018).
25

Para a definição do PMOC como item obrigatório em ambientes internos climatizados


artificialmente, alguns fatores foram considerados como:
• a preocupação com a qualidade do ar interior de ambientes climatizados e o
aumento no consumo de aparelhos condicionadores de ar;
• a qualidade de vida dos ocupantes dos ambientes climatizados levando em
consideração a saúde, o bem-estar, o conforto, o absenteísmo e a
produtividade no trabalho;
• a correlação entre a qualidade do ar em ambientes artificialmente climatizados
e a Síndrome dos Edifícios Doentes podendo causar agravos à saúde dos
ocupantes;
• o entendimento de que tanto projetos quanto instalações de sistemas de
condicionadores de ar inadequados, além de manutenções precárias e feitas
somente de forma corretiva favorecem a ocorrência e agravamento de
problemas de saúde e;
• a necessidade de serem criadas ferramentas que aumentem a confiabilidade
dos sistemas de climatização e a minimização do risco a saúde dos ocupantes
dos ambientes climatizados, já que na maioria das vezes passam grande parte
do dia nesses ambientes (BRASIL, 1998).

Para sistemas de climatização com capacidade térmica acima de 5 TR (15.000 kcal/h


= 60.000 Btu/h) deve-se haver um responsável técnico habilitado pelo PMOC, com
emissão de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART). Segundo a Portaria
GM/MS n° 3.523/1998, deve estar contido no plano, de acordo com o anexo I da
portaria, a identificação do estabelecimento que possui os ambientes climatizados, a
descrição das atividades a serem desenvolvidas e suas respectivas periodicidades,
as recomendações para ocupantes e operadores em caso de emergências e
situações de falha como forma de garantia da segurança do sistema de climatização
e dos ocupantes, mantendo assim sua confiabilidade. Outro ponto importante é o
registro de execução das atividades do PMOC que devem estar disponíveis, além de
ser necessária a divulgação aos ocupantes do plano e os resultados oriundos das
inspeções regulares (BRASIL, 1998).
26

Outro documento que normativa sobre a qualidade do ar interior de ambientes


climatizados e rotinas de manutenção e limpeza de sistemas de climatização é a
Resolução - RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003, da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA) que trata sobre padrões referenciais de qualidade do ar interior
em ambientes climatizados de uso público e coletivo. Esta resolução considera alguns
componentes dos sistemas de climatização como reservatórios, amplificadores e
disseminadores de poluentes. Visto isso, define procedimentos de limpeza e
manutenção assim também como suas periodicidades de acordo com o Quadro 1
(BRASIL, 2003).

Quadro 1 – Componentes de sistemas condicionadores de ar e suas respectivas


periodicidades de manutenção/limpeza.

Fonte: BRASIL (2003).

Para o desenvolvimento do PMOC por parte dos responsáveis técnicos pelos


sistemas de climatização, as informações contidas no Quadro 1 auxiliam na definição
de periodicidades.
27

3 ESTADO DA ARTE

A preocupação com a eficiência energética dos edifícios, com a manutenção dos


sistemas de refrigeração e com a qualidade do ar interno em ambientes climatizados
vêm aumentando cada vez mais tanto no que tange ao conforto e saúde dos
ocupantes como também na gestão da manutenção como um todo.

A preocupação com a qualidade do ar interior (QAI) como ponto de partida para


análise da Síndrome dos Edifícios Doentes foi tratato por Sanguessuga (2012) onde
foi avaliado os eventuais sintomas de desconforto sentido pelos ocupantes em um
edifício de ensino superior e concluir se os mesmos foram afetados pelo SED. Foi
realizado a análise da qualidade do ar interno levando em consideração parâmetros
físicos (temperatura, ventilação e umidade relativa) e químicos (dióxido e monóxido
de carbono e medição de partículas).

Com base na análise realizada, foi identificada um elevado nível de concentração de


CO2 indicando que os sintomas que mais podem ocorrer são: dores de cabeça;
irritação ocular e nasal; além da fadiga. Caso a porcentagem de afetados pelos
sintomas for igual ou superior a 20% do total de ocupantes, isso indica a existência da
SED entre os ocupantes do edifício (SANGUESSUGA, 2012).

Ainda considerando a qualidade do ar interno em ambientes climatizados, Godoy


(2013) também conduziu um estudo onde realizou a análise da situação do sistema
de condicionamento de ar de uma central de relacionamento com clientes (call center)
localizada em Curitiba procurando verificar sobre o atendimento ao Item 4 do Anexo
II da Norma Regulamentadora – NR 17 do Ministério do Trabalho e Emprego. O estudo
constatou que, apesar de haver um PMOC com identificação e responsável técnico
habilitado, a periodicidade de inspeções não eram cumpridas e a política de
divulgações dos resultados das verificações não existia. Todos esses pontos
adicionado aos resultados insatisfatórios obtidos no monitoramento da qualidade do
ar levaram à conclusão de que o Item 4 do Anexo II da Norma Regulamentadora – NR
17 não era atendido. O Quadro 2 apresenta algumas medidas de correção propostas
com base no resultado da análise do ar interno e os pontos observados in loco.
28

Quadro 2 – Recomendações corretivas.


Possível fonte de
Identificação da Efeitos sobre o Medidas de
contribuição para
irregularidade sistema correção
contaminação
Limpeza mensal
com a utilização
de produtos
Contaminação do devidamente
Gabinete metálico Sujidade externa
sistema registrados na
Anvisa/Ministério
da Saúde para
esta finalidade
Facilitação de Adequação do
Revestimento instalação de revestimento de
inadequado processo de acordo com a
corrosão norma
Correção da
inclinação;
Limpeza e
Acúmulo de água higienização
e sujeira que mensal da bandeja
Bandeja podem obstruit o com a utilização
Falta de inclinação
dreno e provocar de produtos
proliferação de devidamente
microorganismos registrados na
Anvisa/Ministério
da Saúde para
esta finalidade
Eliminar o
Processo de Contaminação do
processo de
corrosão instalado sistema
corrosão
Carcaça e rotor do Parte externa e Contaminação do Limpeza trimestral
ventilador interna com sistema com a utilização
29

acúmulo de de produtos
sujeidades devidamente
registrados na
Anvisa/Ministério
da Saúde para
esta finalidade
Limpeza trimestral
com a utilização
de produtos
Contaminação do devidamente
Parte interna
sistema registrados na
Anvisa/Ministério
da Saúde para
esta finalidade
Limpeza trimestral
com a utilização
Perda da
de produtos
capacidade de
devidamente
Aletas obstruídas troca térmica;
registrados na
Contaminação do
Anvisa/Ministério
sistema
da Saúde para
esta finalidade
Serpentina Substituição do
filtro a cada 60
Perda da
dias (no caso de
capacidade de
filtros
Filtro classe G3 filtração do ar;
descartáveis);
obliterado Perda da
Limpeza mensal
capacidade de
do filtro (no caso
troca térmica
de filtros
recuperáveis)
30

Processo de Eliminar o
Contaminação do
corrosão na processo de
sistema
moldura corrosão
Contaminação do
sistema; Substituição do
Filtro classe G1
Perda da filtro a cada 60
obliterado
capacidade de dias
Tomada de ar filtração do ar
externo Instalação de
Não assegurar a dispositivo de
Falta de medidor
taxa mínima de medição de vazão
de vazão
renovação do ar (mínimo de 27
m³/h/pessoa)
Fonte: Godoy (2013) – adaptado.

Paiva et al. (2020) realizaram uma auditoria energética em uma instituição federal de
ensino superior localizada em Belo Horizonte (MG) avaliando o sistema de
condicionamento de ar e os parâmetros construtivos dos prédios, ou seja, as
condições operacionais. A conclusão da auditoria foi a proposta de algumas melhorias
da parte civil do prédio como pintura dos tijolos e aplicação de películas nos vidros,
entre outros pontos. Para o sistema de climatização dos edifícios, foi identificado a
necessidade de algumas manutenções corretivas e a implementação de um plano de
inspeções preventiva, o PMOC, garantindo o conforto térmico dos ocupantes e a
eficiência energética do sistema.

Antonovicz e Weber (2013) desenvolveram um plano de manutenção para todos os


184 condicionadores de ar de uma instituição federal de ensino superior a partir do
levantamento dos equipamentos. Através da realização do inventário obteve-se um
diagnóstico sobre distribuição e conservação dos condicionadores de ar da instituição
de ensino. O PMOC desenvolvido foi dividido em quatro fichas para melhor
visualização e estão dispostos nos Quadros 3, 4, 5 e 6.

Quadro 3 – Ficha PMOC aplicado para o condicionador de ar.


31

Data de Executado Aprovado


Descrição da atividade Periodicidade
execução por por
a) Condicionador de Ar (do tipo “com condensador remoto” e “janela”)
verificar e eliminar sujeira,
danos e corrosão no
mensal
gabinete, na moldura da
serpentina e na bandeja;
verificar a operação de
drenagem de água da mensal
bandeja;
verificar o estado de
conservação do isolamento
termo-acústico (se está mensal
preservado e se não
contém bolor);
verificar a vedação dos
painéis de fechamento do mensal
gabinete;
levar as bandejas e
serpentinas com remoção
do biofilme (lodo), sem o
mensal
uso de produtos
desengraxantes e
corrosivos;
limpar o gabinete do
mensal
condicionador;
verificar os filtros de ar. mensal
• filtros de ar
verificar e eliminar sujeira,
mensal
danos e corrosão;
verificar e eliminar as
mensal
frestas dos filtros;
limpar o elemento filtrante. mensal
32

Fonte: Antonovicz e Weber (2013) – adaptado.

Quadro 4 – Ficha PMOC aplicado para casa de máquinas do condicionador de ar.


Data de Executado Aprovado
Descrição da atividade Periodicidade
execução por por
b) Casa de Máquinas do Condicionador de Ar
verificar e eliminar sujeira e
mensal
água;
verificar e eliminar corpos
mensal
estranhos;
verificar e eliminar as
obstruções no retorno e mensal
tomada de ar externo;
• aquecedores de ar
verificar e eliminar sujeira,
mensal
dano e corrosão;
verificar o funcionamento
dos dispositivos de mensal
segurança;
limpar a face de passagem
mensal
do fluxo de ar.
• tomada de ar externo (quando existir)
verificar e eliminar sujeira,
mensal
danos e corrosão;
verificar a fixação; mensal
medir o diferencial de mensal
pressão;
medir a vazão; mensal
verificar e eliminar as mensal
frestas dos filtros;
verificar o acionamento mensal
mecânico do registro de ar
("damper")
33

limpar (quando recuperável) mensal


ou substituir (quando
descartável) o elemento
filtrante;
• registro de ar ("damper") de retorno
verificar e eliminar sujeira, mensal
danos e corrosão;
verificar o seu acionamento mensal
mecânico;
medir a vazão; mensal
Fonte: Antonovicz e Weber (2013) – adaptado.

Quadro 5 – Ficha PMOC aplicado a dutos, acessórios e caixa pleno para o ar.
Data de Executado Aprovado
Descrição da atividade Periodicidade
execução por por
c) Dutos, Acessórios e Caixa Plano para o Ar
verificar e eliminar sujeira
(interna e externa), danos e mensal
corrosão;
verificar a vedação das
portas de inspeção em mensal
operação normal;
verificar e eliminar danos no
mensal
isolamento térmico;
verificar a vedação das
mensal
conexões.
• bocas de ar para insuflamento e retorno do ar
verificar e eliminar sujeira,
mensal
danos e corrosão;
verificar a fixação; mensal
medir a vazão; mensal
• dispositivos de bloqueio e balanceamento
34

verificar e eliminar sujeira,


mensal
danos e corrosão;
verificar o funcionamento; mensal
Fonte: Antonovicz e Weber (2013) – adaptado.

Quadro 6 – Ficha PMOC aplicado para ambientes climatizados.


Data de Executado Aprovado
Descrição da atividade Periodicidade
execução por por
c) Dutos, Acessórios e Caixa Plano para o Ar
verificar e eliminar sujeira,
odores desagradáveis,
fontes de ruídos,
infiltrações, armazenagem
de produtos químicos, mensal
fontes de radiação de calor
excessivo, e fontes de
geração de micro-
organismos;
Fonte: Antonovicz e Weber (2013) – adaptado.
35

4 METODOLOGIA

O estudo de caso foi realizado em um armazém de café conilon localizado no norte


do estado do Espírito Santo, mais precisamente na cidade de Nova Venécia. A cidade
tem uma população estimada em 50.751 habitantes (BRASIL, 2022) e a temperatura
varia ao longo do ano de 16 ºC a 32 ºC, sendo fevereiro o mês mais quente do ano
historicamente (temperatura máxima de 32 ºC) e novembro o mês mais chuvosos com
volumes de chuva de em média 158mm (WEATHER SPARK, s.d.).

No armazém de café onde foi realizado o estudo são realizados os processos de


recebimento, armazenamento, rebenefício e expedição do café. O rebenefício nada
mais é do que o processo mecanizado para a extração de impurezas e defeitos
contidos no café, deste modo melhorando seu tipo. No armazém em questão, há ao
todo 25 aparelhos condicionadores de ar distribuídos entre o bloco administrativo e o
armazém com potências de refrigeração que variam de 6.000 Btus/h até 60.000
Btus/h.

Devido à grande quantidade de pó gerado pela movimentação e rebenefício do café


conilon, as condensadoras e principalmente os filtros das evaporadoras são os mais
afetados e recebem uma grande incidência de pó. Isso se dá principalmente nos
aparelhos localizados dentro do armazém, onde a situação é ainda mais crítica em
relação à incidência de pó.

4.1 INVENTÁRIO E ANÁLISE DE DISTRIBUIÇÃO

Através de análise in loco e acompanhando as atividades de inspeção e manutenção


da empresa especializada será avaliado as condições de conservação dos
condicionadores de ar instalados tanto no bloco administrativo quanto no interior do
armazém.

Na apresentação das condições de conservação dos equipamentos serão levantados


os pontos críticos e de atenção, além do risco de não manter um cronograma de
inspeções reforçando ainda mais a necessidade de manutenções preventivas.
36

Para as análises de distribuição dos condicionadores de ar serão avaliados tanto os


modelos dos equipamentos instalados, as suas capacidades de refrigeração e
inclusive o tipo de atividade realizada no recinto.

4.2 DEFINIÇÃO DE CRITICIDADE DOS EQUIPAMENTOS

Para definição das criticidades dos condicionadores de ar para higienização e


manutenção utilizou-se a mesma metodologia que é adotada para definição da
criticidade dos demais equipamentos da unidade fabril. Levou-se em consideração os
seguintes itens:
a) Segurança/Meio Ambiente:
1 Riscos potenciais para as pessoas e o meio ambiente.
2 A falha do equipamento pode gerar algum risco referente a impacto
ambiental ou algum efeito sobre o homem.
3 Não há conseqüências.
b) Qualidade do Produto:
1 A falha do equipamento afeta muito a qualidade gerando produtos fora
de especificação ou afetando fortemente o faturamento.
2 A falha do equipamento faz variar a qualidade do produto e afeta o
faturamento da empresa.
3 Sem efeitos sobre o produto ou o faturamento.
c) Atendimento:
1 A falha do equipamento provoca interrupção total do processo produtivo.
2 A falha do equipamento provoca interrupção de um sistema ou unidade
importante ou reduz a produção.
3 Existe equipamento reserva ou é mais econômico reparar o
equipamento após a falha.
d) Regime de Trabalho:
1 O equipamento é exigido 24 horas por dia.
2 O equipamento é utilizado durante mais da metade do dia.
3 Uso ocasional.
e) Frequência:
1 Muitas paradas devidas a falhas (máximo 1 parada por semana).
2 Paradas ocasionais (máximo 1 parada por mês).
37

3 Pouco freqüente (menos de uma falha por semestre).


f) Custo:
1 O tempo do reparo é maior do que uma semana ou o custo é maior do
que US$ 5.000.
2 O tempo de reparo é de 1 a 5 dias ou o custo é de US$ 1.000 a US$
5.000.
3 O tempo de reparo é menor do que um dia ou o custo é inferior a US$
1.000.

Com base nos fatores supracitados, são definidos três níveis de criticidade dos
equipamentos no que diz respeito à periodicidade de atendimento, sendo eles:
• A – Mensalmente
• B – Trimestralmente
• C – Quadrimestralmente

Considera-se os seguintes critérios para definir a criticidades dos equipamentos:


• Criticidade “A” – Atender o subitem “1” dos itens “a”, “b”, “c” e “f”;
• Criticidade “B” – Atender o subitem “2” dos itens “d, “e” e “f”;
• Criticidade “C” – Se nenhuma das condições anteriores for atendida, o
equipamento é considerado criticidade “C”.

4.3 PLANO 52 SEMANAS E ANÁLISE DE CUSTO

O Plano ou Mapa 52 Semanas dos equipamentos de condicionamento de ar interno


será elaborado utilizando como base o modelo 52C1 apresentado por Branco (2008)
considerando as semanas do ano. Serão considerados no máximo quatro
equipamentos por semana, visto o atendimento hoje alinhado com a empresa
especializada responsável pelas manutenções e higienizações dos equipamentos.

Com o plano 52 semanas elaborado e com a definição de quais equipamentos serão


atendidos nas determinadas semanas, serão levantados os custos mensais para
implementação do plano preventivo do sistema.
38

De acordo com os atendimentos realizados nos últimos oito meses por uma empresa
terceira especializada, o custo médio para realização da higienização e inspeção de
um equipamento é R$290,00 para os equipamentos tipo Split Hi-Wall e para o Split
Piso-Teto é R$350,00. Esses valores serão usados como base para os cálculos.
39

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Nesta seção, serão apresentados os resultados das análises realizadas do estado de


conservação dos equipamentos atualmente instalados na unidade. Em seguida, será
evidenciado a definição das criticidades dos equipamentos e, posteriormente, serão
apresentados as modelagens tanto de cronograma de manutenção quanto custos
para aplicação do plano.

5.1 INVENTÁRIO E ANÁLISE DE DISTRIBUIÇÃO

Para realização do inventário dos equipamentos existentes tanto no bloco


administrativo quando no interior do armazém e setor dos silos, foram levantadas as
informações do ambiente como nome da sala, tipo de atividade realizada e
informações dos equipamentos como fabricante, modelo, capacidade de refrigeração
e tipo de aparelho de acordo com o Quadro 7 e 8.

Quadro 7 – Inventário de aparelhos de ar condicionado do bloco administrativo.


Bloco Administrativo – 21 aparelhos – 594.000 Btu/h
Tipo de Capacidade
Sala Atividade TAG Modelo Marca
Aparelho (Btu/h)
Portaria Escritório AR-001 Split Hi-Wall Agratto 18.000
Reunião 01 Escritório AR-002 Split Hi-Wall Komeco 18.000
Supervisão Escritório AR-003 Split Hi-Wall Komeco 30.000
Supervisão Escritório AR-004 Split Hi-Wall Komeco 30.000
Comercial Escritório AR-005 Split Hi-Wall Komeco 30.000
Comercial Escritório AR-006 Split Hi-Wall Komeco 30.000
Comercial Escritório AR-007 Split Hi-Wall Komeco 30.000
RH Escritório AR-008 Split Hi-Wall Midea 12.000
Casa de
CPD AR-009 Split Hi-Wall Midea 12.000
Máquinas
Casa de
CPD AR-010 Split Hi-Wall Elgin 18.000
Máquinas
Qualidade Escritório AR-011 Split Hi-Wall Consul 12.000
40

Qualidade Escritório AR-012 Split Hi-Wall Consul 12.000


Qualidade Escritório AR-013 Split Hi-Wall Komeco 12.000
Qualidade Escritório AR-014 Split Hi-Wall Elgin 12.000
ADM Escritório AR-015 Split Hi-Wall Consul 30.000
ADM Escritório AR-016 Split Hi-Wall Elgin 30.000
Refeitório Escritório AR-017 Split Piso Teto Komeco 60.000
Reunião 02 Escritório AR-018 Split Hi-Wall Elgin 18.000
Reunião 03 Escritório AR-019 Split Piso Teto Komeco 60.000
Auditório Escritório AR-020 Split Piso Teto Komeco 60.000
Auditório Escritório AR-021 Split Piso Teto Komeco 60.000
Fonte: Autor (2022).

Quadro 8 – Inventário de aparelhos de ar condicionado do armazém.


Armazém – 04 aparelhos – 54.000 Btu/h
Tipo de Capacidade
Sala Atividade TAG Modelo Marca
Aparelho (Btu/h)
Supervisório Escritório AR-022 Split Hi-Wall Komeco 18.000
Casa de Split
CCM 1 AR-023 Hi-Wall Komeco 12.000
Máquinas
Maquinista Escritório AR-024 Split Hi-Wall Consul 12.000
Casa de Split
CCM 2 AR-025 Hi-Wall Komeco 12.000
Máquinas
Fonte: Autor (2022).

A Figura 9 apresenta um gráfico que demonstra a distribuição através de porcentagem


dos aparelhos instalados na unidade. Importante destacar a quantidade de aparelhos
do tipo Hi-Wall.

Figura 9 – Gráfico de distribuição de aparelhos instalados.


41

Fonte: Autor (2022).

Na Figura 10 tem-se a distribuição da capacidade instalada na unidade por tipo de


aparelho e fazendo a análise juntamente com o gráfico da Figura 9, observa-se que
apesar do baixo número de aparelhos do tipo Piso-Teto sua contribuição na
capacidade instalada na unidade é significativa. Isso se dá devido a capacidade de
refrigeração dos aparelhos desse tipo, sendo 60.000 Btu/h cada.

Figura 10 – Gráfico de distribuição de capacidade por tipo de aparelho.

Fonte: Autor (2022).


42

Levando em consideração o tipo de atividade, a Figura 11 representa a distribuição


da carga de refrigeração por tipo de atividade realizado nos ambientes climatizados.
A maior contribuição está ligada a atividade de escritório haja visto que a maioria dos
aparelhos são instalados no bloco administrativo.

Figura 11 – Gráfico da distribuição da capacidade por tipo de atividade.

Fonte: Autor (2022).

5.2 CONSERVAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Durante o período de estudo para elaboração do PMOC, foi avaliado o estado de


conservação de alguns aparelhos em relação a instalação e limpeza. Essa avaliação
foi realizada juntamente com uma empresa terceirizada responsável por realizar a
manutenção e a higienização dos equipamentos da unidade.

Foram coletadas algumas fotos evidenciando o nível de impregnação de sujeira nos


filtros e rotores das evaporadoras, conforme as Figuras 12, 13 e 14.

Figura 12 – Impregnação no interior da evaporadora.


43

Fonte: Autor (2022).

Figura 13 – Impregnação de poeira no filtro da evaporadora.

Fonte: Autor (2022).

Figura 14 – Sujeira impregnada na carcaça da evaporadora.

Fonte: Autor (2022).

Em alguns aparelhos, devido ao tempo sem realizar manutenção ou higienização


mesmo não tendo contato direto com o pó gerado pela movimentação do café, a
evaporadora apresenta um alto nível de sujeira nos filtros e bandejas de acordo com
as Figuras 15 e 16.
44

Figura 15 – Sujeira alocada no filtro da evaporadora.

Fonte: Autor (2022).

Figura 16 – Sujeira impregnada na bandeja da serpentina.

Fonte: Autor (2022).

Um item crítico dos aparelhos de condicionamento de ar são seus circuitos elétricos e


eletrônicos, incluindo a placa de comando. A boa conservação da placa é fundamental
para o bom funcionamento do equipamento e evita o risco de queima de algum
componente eletrônico ou a queima da placa propriamente dita.

A sujeira impregnada em uma placa eletrônica pode danificar os contatos entre os


componentes e/ou com a própria placa e em casos mais críticos pode gerar
superaquecimento e curto circuito. Visto isso e um ambiente com muita incidência de
poeira, a atenção para esse componente deve ser ainda maior. Nas Figuras 17 e 18,
pode-se perceber a quantidade de pó, proveniente do processo, impregnada no
sistema eletrônico da evaporadora de um equipamento localizado interno ao
armazém.
45

Figura 17 – Pó impregnado na placa eletrônica e nos contatos elétricos.

Fonte: Autor (2022).

Figura 18 – Estado da evaporadora de uma sala interna ao armazém.

Fonte: Autor (2022).

A definição periodicidade adequada na manutenção e higienização dos aparelhos


levando em conta sua exposição ao pó se torna muito importante visto as imagens
acima. Em alguns dos equipamentos analisados, a higienização e manutenção não é
46

realizada há mais de um ano, contribuindo assim para que a pureza do ar que é


condicionado seja afetada podendo causar danos à saúde dos ocupantes.

Destaca-se que a não limpeza e manutenção periódica desses equipamentos pode


causar um aumento no seu consumo de energia elétrica pois, a sujeira impregnada
nos filtros impede a correta troca de ar no ambiente fazendo com que o compressor
permaneça mais tempo em funcionamento para atingir a temperatura desejada no
recinto assim também como a sujeira em ligações elétricas e eletrônicas diminui sua
eficiência na passagem da corrente, podendo causar um superaquecimento e curto
circuitos.

Visto isso, a definição de um cronograma com verificações preventivas do estado de


conservação e higienização tanto da evaporadora quanto da condensadora realizadas
de forma periódica torna-se essencial para a eficiência energética do prédio e bem-
estar dos ocupantes.

5.3 CRITICIDADE DOS EQUIPAMENTOS PARA ATENDIMENTO

Após as avaliações in loco dos aparelhos e estudo das leis vigentes para implantação
do PMOC, o segundo passo para a elaboração de um check list para higienização e
manutenção dos aparelhos foi a definição da criticidade dos mesmos.

Levantando todas essas informações juntamente em análise com os Quadros 7 e 8,


dividiu-se os equipamentos com criticidade “A”, “B” e “C” onde os equipamentos com
criticidade “A” serão higienizados e manutenidos com uma menor periodicidade. As
prioridades foram definidas conforme os Quadros 9 e 10:

Quadro 9 – Matriz de Criticidade dos equipamentos de ar condicionado.


47

QUALIDADE FREQUÊNCIA
SEGURANÇA / MEIO ATENDIMENTO
Efeito da falha dos REGIME DE TRABALHO Quantidade de falhas por CUSTO
AMBIENTE Efeitos da falha dos
Matriz de Criticidade Riscos potenciais para as
equipamentos sobre a
qualidade dos produtos e o
equipamentos sobre o
Regime de trabalho do
equipamento.
período de utilização (taxa de Valores e tempos envolvidos na
falha). correção das falhas.
CRITICIDADE
pessoas e o meio ambiente. processo produtivo.
rendimento de empresa.
ITEM TAG LOCAL DE INSTALAÇÃO 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3 1 2 3
1 ARCO-001 Portaria 1 3 3 2 2 2 A
2 ARCO-002 Reunião 01 3 3 3 2 2 2 B
3 ARCO-003 Supervisão 3 3 3 2 2 2 B
4 ARCO-004 Supervisão 3 3 3 2 2 2 B
5 ARCO-005 Comercial 3 3 3 2 2 2 B
6 ARCO-006 Comercial 3 3 3 2 2 2 B
7 ARCO-007 Comercial 3 3 3 2 2 2 B
8 ARCO-008 RH 3 3 3 2 2 2 B
9 ARCO-009 CPD 1 3 3 1 2 2 A
10 ARCO-010 CPD 1 3 3 1 2 2 A
11 ARCO-011 Qualidade 3 3 2 2 2 2 B
12 ARCO-012 Qualidade 3 3 3 2 2 2 B
13 ARCO-013 Qualidade 3 3 3 2 2 2 B
14 ARCO-014 Qualidade 3 3 3 2 2 2 B
15 ARCO-015 ADM 3 3 3 2 2 2 B
16 ARCO-016 ADM 3 3 3 2 2 2 B
17 ARCO-017 Refeitório 3 3 3 2 2 2 B
18 ARCO-018 Reunião 02 3 3 3 2 2 2 B
19 ARCO-019 Reunião 03 3 3 3 2 2 2 B
20 ARCO-020 Auditório 2 3 3 3 3 2 C
21 ARCO-021 Auditório 2 3 3 3 3 2 C
22 ARCO-022 Supervisório 1 3 3 2 2 2 A
23 ARCO-023 CCM 1 3 3 1 1 2 2 A
24 ARCO-024 Maquinista 1 3 3 2 2 2 A
25 ARCO-025 CCM 2 3 3 1 1 2 2 A

Fonte: Autor (2022).

Quadro 10 – Lista de equipamentos por TAG e criticidade.


Bloco Administrativo e Armazém
TAG do equipamento Sala Criticidade
AR-001 Portaria A
AR-002 Reunião 01 B
AR-003 Supervisão B
AR-004 Supervisão B
AR-005 Comercial B
AR-006 Comercial B
AR-007 Comercial B
AR-008 RH B
AR-009 CPD A
AR-010 CPD A
AR-011 Qualidade B
AR-012 Qualidade B
AR-013 Qualidade B
AR-014 Qualidade B
AR-015 ADM B
A-016 ADM B
AR-017 Refeitório B
AR-018 Reunião 02 B
AR-019 Reunião 03 B
AR-020 Auditório C
48

AR-021 Auditório C
AR-022 Supervisório A
AR-023 CCM 1 A
AR-024 Maquinista A
AR-025 CCM 2 A
Fonte: Autor (2022).

Em caso de quebras não planejadas, o atendimento será solicitado de forma


emergencial.

5.4 MAPA 52 SEMANAS

Para visualização mais clara de quando as manutenções serão programadas para


serem realizadas durante o ano, foi gerado o mapa 52 semanas para as inspeções e
higienizações que serão realizadas nos aparelhos de condicionamento de ar do
Armazém de Café do Norte do Espírito Santo.

Considerando as criticidades e, consequentemente, as periodicidades definidas no


Quadro 9, o plano ou mapa de 52 semanas foi elaborado para os 25 equipamentos.
O mapa está representado na Quadro 11.

Quadro 11 – Mapa 52 semanas para os aparelhos de ar condicionado.


EQUIPAMENTO SALA S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S10 S11 S12 S13 S14 S15 S16 S17 S18 S19 S20 S21 S22 S23 S24 S25 S26 S27 S28 S29 S30 S31 S32 S33 S34 S35 S36 S37 S38 S39 S40 S41 S42 S43 S44 S45 S46 S47 S48 S49 S50 S51 S52
AR-001 Portaria M M M M M M M M M M M M
AR-002 Reunião 01 T T T T
AR-003 Supervisão T T T T
AR-004 Supervisão T T T T
AR-005 Comercial T T T T
AR-006 Comercial T T T T
AR-007 Comercial T T T T
AR-008 RH T T T T
AR-009 CPD M M M M M M M M M M M M
AR-010 CPD M M M M M M M M M M M M
AR-011 Qualidade T T T T
AR-012 Qualidade T T T T
AR-013 Qualidade T T T T
AR-014 Qualidade T T T T
AR-015 ADM T T T T
AR-016 ADM T T T T
AR-017 Refeitório T T T T
AR-018 Reunião 02 T T T T
AR-019 Reunião 03 T T T T
AR-020 Auditório Q Q Q
AR-021 Auditório Q Q Q
AR-022 Supervisório M M M M M M M M M M M M
AR-023 CCM 1 M M M M M M M M M M M M
AR-024 Maquinista M M M M M M M M M M M M
AR-025 CCM 2 M M M M M M M M M M M M

Fonte: Autor (2022).

Para os equipamentos de criticidade “A”, foi definida periodicidade de manutenção


mensal e os mesmos estão sombreados de vermelho. Os de criticidade “B” a
periodicidade definida foi trimestral e estão sombreadas de amarelo. Os equipamentos
49

com criticidade “C” serão manutenidos quadrimestralmente e estão representados


pela cor verde.

Com o cronograma de manutenções do Quadro 9, tem-se uma melhor visão das datas
de atendimento podendo programá-las com mais acertividade com a empresa
especializada. O plano de 52 semanas também auxilia para o caso de uma prestação
de serviço através de contrato pois com a visão das datas é possível que os valores
fechados sejam negociados entre prestadora de serviço e contratante.

5.5 FICHA DO PMOC

A ficha do PMOC para os condicionadores de ar foi definida tendo como base o Anexo
I da Portaria GM/MS n° 3.523/1998, disposto no Anexo A, e segue de acordo com o
Quadro 12.

Quadro 12 – Ficha PMOC do Armazém de Café no Norte do Espírito Santo.


Data de Executado Aprovado
Descrição da atividade Periodicidade
execução por por
limpeza dos filtros de ar
(substituição, se Mensal
necessário)
efetuar limpeza externa do A depender
gabinete da criticidade
efetuar limpeza/lavagem A depender
das serpentinas e bandejas da criticidade
corrigir tampas soltas e A depender
vedação do gabinete, se da criticidade
necessário
eliminar vazamentos nos A depender
registros e válvulas da criticidade
verificar existência de A depender
vazamentos de fluido da criticidade
50

verificar funcionamento e A depender


desobstruir drenos da criticidade
verificar aquecimento do A depender
motor da criticidade
verificar e eliminar frestas A depender
nos filtros da criticidade
reapertar parafusos de A depender
mancais e suportes da criticidade
verificar isolamento térmico A depender
das tubulações, corrigindo da criticidade
higienizar evaporadora e A depender
condensadora da criticidade
verificar o ruído e lubrificar A depender
mancais da criticidade
verificar operação dos A depender
amortecedores de vibração da criticidade
verificar isolamento térmico A depender
do gabinete, corrigindo da criticidade
verificar protetor térmico do A depender
compressor da criticidade
efetuar limpeza do(s) A depender
rotor(es) da criticidade
efetuar limpeza interna do A depender
gabinete da criticidade
A depender
eliminar pontos de ferrugem
da criticidade
Fonte: Autor (2022).

5.6 PLANILHA DE CONTROLE DO PMOC

A ficha do plano de manutenção descreve as principais atividades que devem ser


realizadas nas intervenções preventivas nos equipamentos. Além disso, deve conter
51

a data de execução da atividade e a identificação tanto dos responsáveis pela


manutenção quanto pela aprovação do documento.

Para melhor tratamento e controle do PMOC no armazém, foi elaborada uma planilha
automatizada no software Microsoft Office Excel onde é possível visitar o “Banco de
Dados” com o inventário dos aparelhos de ar condicionado existentes e seus dados
como marca, modelo e potência de refrigeração, além da identificação dos ambientes
e do tipo de atividade realizada nos mesmos. Também é possível verificar na aba de
“Dados Gerais” todas as informações de identificação do conjunto de ambientes, do
proprietário do ambiente e do responsável técnico pelo PMOC.

A Figura 19 apresenta a tela de início da planilha com todas as informações e


instruções para navegação e uso da planilha.

Figura 19 – Tela inicial da planilha automatizada do PMOC.

Fonte: Autor (2022).

Na aba “Mapas”, é possível selecionar qual setor deseja visualizar o mapa: Térreo e
1º Andar (ambos no prédio administrativo) ou Armazém. Nos mapas, foi feito a
representação das divisões de ambientes e do posicionamento das evaporadoras em
cada um deles. As Figuras 20, 21 e 22 mostram a representação das telas de
navegação.
52

Figura 20 – Representação do mapa do térreo do prédio administrativo.

Fonte: Autor (2022).

Figura 21 - Representação do mapa do 1º andar do prédio administrativo.

Fonte: Autor (2022).

Figura 22 - Representação do mapa do armazém.


53

Fonte: Autor (2022).

Com a navegação entre os mapas é possível escolher o aparelho de qual ambiente


se deseja verificar o PMOC e clicar no retângulo verde do respectivo ambiente, que
simboliza a evaporadora.

As Figuras 23 e 24 representam as abas “Dados Gerais” e “Banco de Dados”.

Figura 23 – Aba de dados gerais do conjunto de ambientes.

Fonte: Autor (2022).


54

Figura 24 – Aba de banco de dados dos equipamentos instalados.

Fonte: Autor (2022).

Tendo como base a ficha do PMOC padrão ANVISA, foi elaborado o checklist de
verificação para manutenção e higienização dos aparelhos de ar condicionado do
Armazém de Café do Norte do Espírito Santo. Além dos requisitos obrigatórios na
ficha padrão, foi evidenciado também a identificação do ambiente com o número de
ocupantes fixos e flutuantes, assim também como dados do aparelho em questão.
Todas essas informações foram levantadas in loco e estão de acordo com a Figura
25.

Figura 25 – Checklist do PMOC.


55

Fonte: Autor (2022).

Após implementação da planilha para gestão das manutenções nos aparelhos de ar


condicionado do Armazém de Café do Norte do Espírito Santo, assim que é realizada
a programação da atividade em um determinado equipamento juntamente com os
ocupantes do recinto e a empresa terceira, a ficha da Figura 26 é impressa e entregue
aos executantes para preenchimento e posterior baixa na planilha e no sistema. Esse
controle é muito importante pois direciona a equipe executante para um determinado
equipamento com planejamento e programação prévia segundo calendário de
inspeção.

5.7 CUSTO MENSAL

Para o cálculo da estimativa de custo médio mensal com o cumprimento do PMOC,


deve-se primeiro elaborar um cronograma contendo as datas programadas para
higienização e manutenção de cada equipamento. Com o cronograma é possível
definir a quantidade de atendimentos no mês.

Para tal, utiliza-se o plano 52 seamanas disposto no Quadro 10 que mostra o


cronograma de manutenções proposta com base nas prioridades definidas no Quadro
56

8. Com base no cronograma, foi levantado a quantidade de equipamentos que serão


inspecionados e higienizados dentro dos meses, demonstrado na Tabela 1.

Tabela 1 – Quantidade de equipamentos por mês base plano 52 semanas proposto.


MÊS EQUIPAMENTOS
Janeiro 16
Fevereiro 14
Março 9
Abril 16
Maio 14
Junho 7
Julho 14
Agosto 18
Setembro 7
Outubro 16
Novembro 16
Dezembro 7
Fonte: Autor (2022).

A quantidade média de equipamentos por mês é aproximadamente 13 e com todas


as informações de custo por condicionador de ar é possível calcular o custo mensal e
o custo médio mensal para cumprimento do cronograma proposto. A Tabela 2 mostra
os valores estimados por mês e a média mensal com empresa terceirizada.

Tabela 2 – Estimativa de custo mensal para cumprimento do plano.


MÊS CUSTO
Janeiro R$ 4.640,00
Fevereiro R$ 4.180,00
Março R$ 2.730,00
Abril R$ 4.640,00
Maio R$ 4.180,00
Junho R$ 2.030,00
Julho R$ 4.180,00
Agosto R$ 5.340,00
Setembro R$ 2.030,00
Outubro R$ 4.640,00
Novembro R$ 4.880,00
Dezembro R$ 2.030,00
57

Custo Médio Mensal R$ 3.791,67


Fonte: Autor (2022).

Os valores apresentados da Tabela 2 são destinados ao custo para cumprimento do


cronograma de manutenções preventivas. Como todo equipamento, mesmo com as
manutenções em dia, podem acontecer quebras e anomalias repentinas e fazendo-se
necessário ter um valor para contingência.

Essas considerações são importantes para elaboração do orçamento anual previsto


para manutenção desse tipo de equipamento.
58

6 CONCLUSÃO

O controle das manutenções preventivas e higienizações realizadas, assim também


como das manutenções corretivas melhorou substancialmente visto que no cenário
anterior as manutenções e higienizações eram realizadas apenas quando o aparelho
apresentava alguma avaria, ou seja, as manutenções eram puramente corretivas.

Para o setor de manutenção e principalmente para o planejador e programador de


manutenção, o procedimento aumentou a eficiência na tomada de decisão e
alinhamento junto aos ocupantes do recinto quanto a manutenção dos equipamentos
visto que isso poderá ser tratado com antecedência a manutenção.

Para possíveis trabalhos futuros, sugestiona-se realizar a mesma análise dos


aparelhos de ares condicionado verificando o estado dos mesmos após aplicação do
PMOC. Essa análise será importante pra refinar ainda mais o plano de manutenção e
o checklist de itens que são avaliados retirando ou adicionando pontos de inspeção.

Outra sugestão de trabalho futuro é a avaliação da qualidade do ar interno nos


ambientes climatizados de acordo com a Resolução - RE nº 9, de 16 de janeiro de
2003, da ANVISA. O resultado dessa análise, realizada por uma empresa
especializada, definirá a eficiência do PMOC e também evidenciará uma possível
troca de equipamentos ou manutenções corretivas.

Por fim, o investimento em procedimentos para implantação de planos de


manutenções tanto preventivas como até mesmo preditivas garantem a
disponibilidade dos equipamentos pelo maior tempo possível, dá melhores condições
para manutenções com mais segurança e aumenta a vida útil da máquina. Sendo uma
tendência cada vez maior nas indústrias.
59

REFERÊNCIAS

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realizada. 2021. Disponível em: https://www.abecom.com.br/o-que-e-manutencao-
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5462: Confiabilidade e


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https://blog.webcontinental.com.br/decoracao-e-casa/tipos-de-ar-condicionado/#ar-
janela. Acesso em: 22 fev. 2022.
62

ANEXO A - FICHA PMOC (PADRÃO ANVISA)

PLANO DE MANUTENÇÃO, OPERAÇÃO E CONTROLE – PMOC

1 – Identificação do Ambiente ou Conjunto de Ambientes:

Nome (Edifício/Entidade
Endereço completo N°
Complemento Bairro Cidade UF
Telefone Fax

2- Identificação do ( ) Proprietário, ( ) Locatário ou ( ) Preposto:

Nome/Razão Social CIC/CGC


Endereço completo Tel./Fax/Endereço Eletrônico

3 – Identificação do Responsável Técnico:

Nome/Razão Social CIC/CGC


Endereço completo Tel./Fax/Endereço Eletrônico
Registro no Conselho de Classe ART*

*ART = Anotação de Responsabilidade Técnica

4 – Relação de Ambientes Climatizados:

Tipo de Nº de Identificação Área Carga


Atividade Ocupantes do Ambiente Climatizada Térmica
ou Conjunto
Fixos/Flutuantes de Ambientes Total
- - - - -
- - - - -
- - - - -
63

- - - - -

NOTA: anexar Projeto de instalação do sistema de climatização.

5 – Plano de Manutenção e Controle:

Descrição da Atividade Periodicida Data de Executado Aprovado


de execução por por
a) Condicionador de Ar (do tipo “expansão direta” e “água gelada”)
Verificar e eliminar - - - -
sujeira, danos e corrosão
no gabinete, na moldura
da serpentina e na
bandeja;
limpar as serpentinas e - - - -
bandejas
verificar a operação dos - - - -
controles de vazão;
verificar a operação de - - - -
drenagem de água da
bandeja;
verificar o estado de - - - -
conservação do
isolamento termo-
acústico;
verificar a vedação dos - - - -
painéis de fechamento do
gabinete;
verificar a tensão das - - - -
correias para evitar o
escorregamento;
lavar as bandejas e - - - -
serpentinas com remoção
64

do biofilme (lodo), sem o


uso de produtos
desengraxantes e
corrosivos;
limpar o gabinete do - - - -
condicionador e
ventiladores (carcaça e
rotor).
verificar os filtros de ar: - - - -
- filtros de ar (secos) - - - -
verificar e eliminar sujeira, - - - -
danos e corrosão
medir o diferencial de - - - -
pressão;
verificar e eliminar as - - - -
frestas dos filtros;
limpar (quando - - - -
recuperável) ou substituir
(quando descartável) o
elemento filtrante.
- filtros de ar (embebidos - - - -
em óleo)
verificar e eliminar sujeira, - - - -
danos e corrosão;
medir o diferencial de - - - -
pressão;
verificar e eliminar as - - - -
frestas dos filtros;
lavar o filtro com produto - - - -
desengraxante e inodoro;
pulverizar com óleo - - - -
(inodoro) e escorrer,
65

mantendo uma fina


película de óleo.
b) Condicionador de Ar (do tipo "com condensador remoto" e "janela")
verificar e eliminar sujeira, - - - -
danos e corrosão no
gabinete, na moldura da
serpentina e na bandeja;
verificar a operação de - - - -
drenagem de água da
bandeja;
verificar o estado de - - - -
conservação do
isolamento termo-acústico
(se está preservado e se
não contém bolor);
verificar a vedação dos - - - -
painéis de fechamento do
gabinete;
levar as bandejas e - - - -
serpentinas com remoção
do biofilme (lodo), sem o
uso de produtos
desengraxantes e
corrosivos;
limpar o gabinete do - - - -
condicionador;
verificar os filtros de ar. - - - -
- filtros de ar - - - -
verificar e eliminar sujeira, - - - -
danos e corrosão;
verificar e eliminar as - - - -
frestas dos filtros;
limpar o elemento - - - -
66

filtrante.
c) Ventiladores
verificar e eliminar - - - -
sujeira, danos e corrosão;
verificar a fixação;
verificar o ruído dos - - - -
mancais;
lubrificar os mancais; - - - -
verificar a tensão das - - - -
correias para evitar o
escorregamento;
verificar vazamentos nas - - - -
ligações flexíveis;
verificar a operação dos - - - -
amortecedores de
vibração;
verificar a instalação dos - - - -
protetores de polias e
correias;
verificar a operação dos - - - -
controles de vazão;
verificar a drenagem de - - - -
água;
limpar interna e - - - -
externamente a carcaça e
o rotor.
d) Casa de Máquinas do Condicionador de Ar
verificar e eliminar sujeira - - - -
e água;
verificar e eliminar corpos - - - -
estranhos;
67

verificar e eliminar as - - - -
obstruções no retorno e
tomada de ar externo;
- aquecedores de ar
verificar e eliminar sujeira, - - - -
dano e corrosão;
verificar o funcionamento - - - -
dos dispositivos de
segurança;
limpar a face de - - - -
passagem do fluxo de ar.
- umidificador de ar com tubo difusor (ver obs. 1)
verificar e eliminar sujeira, - - - -
danos e corrosão;
verificar a operação da - - - -
válvula de controle;
ajustar a gaxeta da haste - - - -
da válvula de controle;
purgar a água do sistema; - - - -
verificar o tapamento da - - - -
caixa d'água de
reposição;
verificar o funcionamento - - - -
dos dispositivos de
segurança;
verificar o estado das - - - -
linhas de distribuição de
vapor e de condensado;
- tomada de ar externo (ver obs. 2)
verificar e eliminar sujeira, - - - -
danos e corrosão;
verificar a fixação; - - - -
68

medir o diferencial de - - - -
pressão;
medir a vazão; - - - -
verificar e eliminar as - - - -
frestas dos filtros;
verificar o acionamento - - - -
mecânico do registro de
ar ("damper")
limpar (quando - - - -
recuperável) ou substituir
(quando descartável) o
elemento filtrante;
- registro de ar ("damper") de retorno (ver obs. 2)
verificar e eliminar sujeira, - - - -
danos e corrosão;
verificar o seu - - - -
acionamento mecânico;
medir a vazão; - - - -
- registro de ar ("damper") corta fogo (quando houver)
verificar o certificado de - - - -
teste;
verificar e eliminar sujeira - - - -
nos elementos de
fechamento, trava e
reabertura;
verificar o funcionamento - - - -
dos elementos de
fechamento, trava e
reabertura;
verificar o posicionamento - - - -
do indicador de condição
(aberto ou fechado);
- registro de ar ("damper") de gravidade (venezianas automáticas)
69

verificar e eliminar sujeira, - - - -


danos e corrosão;
verificar o acionamento - - - -
mecânico;
lubrificar os mancais; - - - -
Observações:

1. Não é recomendado o uso de umidificador de ar por aspersão que possui bacia


de água no interior do duto de insuflamento ou no gabinete do condicionador.

2. É necessária a existência de registro de ar no retorno e tomada de ar externo,


para garantir a correta vazão de ar no sistema.
e) Dutos, Acessórios e Caixa Pleno para o Ar
verificar e eliminar sujeira - - - -
(interna e externa), danos
e corrosão;
verificar a vedação das - - - -
portas de inspeção em
operação normal;
verificar e eliminar danos - - - -
no isolamento térmico;
verificar a vedação das - - - -
conexões.
- bocas de ar para insuflamento e retorno do ar
verificar e eliminar sujeira, - - - -
danos e corrosão;
verificar a fixação; - - - -
medir a vazão; - - - -
- dispositivos de bloqueio - - - -
e balanceamento
verificar e eliminar sujeira, - - - -
danos e corrosão;
verificar o funcionamento; - - - -
70

f) Ambientes Climatizados
verificar e eliminar sujeira, - - - -
odores desagradáveis,
fontes de ruídos,
infiltrações,
armazenagem de
produtos químicos, fontes
de radiação de calor
excessivo, e fontes de
geração de
microorganismos;
g) Torre de Resfriamento
verificar e eliminar sujeira, - - - -
danos e corrosão;
Notas:

1) As práticas de manutenção acima devem ser aplicadas em conjunto com as


recomendações de manutenção mecânica da NBR 13.971 - Sistemas de
Refrigeração. Condicionamento de Ar e Ventilação - Manutenção Programada da
ABNT, assim como aos edifícios da Administração Pública Federal o disposto no
capítulo Práticas de Manutenção, Anexo 3, itens 2.6.3 e 2.6.4 da Portaria no
2.296/97, de 23 de julho de 1997, Práticas de Projeto, Construção e Manutenção
dos Edifícios Públicos Federais, do Ministério da Administração Federal e Reformas
de Estado - MARE. O somatório das práticas de manutenção para garantia do ar e
manutenção programada visando o bom funcionamento e desempenho térmico dos
sistemas, permitirá o correto controle dos ajustes das variáveis de manutenção e
controle dos poluentes dos ambientes.

2) Todos os produtos utilizados na limpeza dos componentes dos sistemas de


climatização, devem ser biodegradáveis e estarem devidamente registrados no
Ministério da Saúde para esse fim.
71

3) Toda verificação deve ser seguida dos procedimentos necessários para o


funcionamento correto do sistema de climatização.

6 – Recomendações aos usuários em situações de falha do equipamento e outras de


emergência:

Descrição:
-
-
-
-
-
-
-

ANEXO II

CLASSIFICAÇÃO DE FILTROS DE AR PARA UTILIZAÇÃO EM AMBIENTES


CLIMATIZADOS, CONFORME RECOMENDAÇÃO NORMATIVA 004-1995 da SBCC

Classe de filtro Eficiência (%)


Grossos G0 30 – 59
- G1 60 – 74
- G2 75 – 84
- G3 85 e acima
Finos F1 40 – 69
- F2 70 – 89
- F3 90 e acima
Absolutos A1 85 – 94,9
- A2 95 – 99,96
- A3 99-97 e acima

Notas:
72

1) Métodos de ensaio:
Classe G: Teste gravimétrico, conforme ASHRAE* 52.1 - 1992 (arrestance)
Classe F: Teste colorimétrico, conforme ASHRAE 52.1 - 1992 (dust spot)
Classe A: Teste fotométrico DOP TEST, conforme U.S. Militar Standart 282

*ASHRAE - American Society of Heating, Refrigerating, and Air Conditioning


Engineers, Inc.

2) Para classificação das áreas de contaminação controlada, referir-se a NBR 13.700


de junho de 1996, baseada na US Federal Standart 209E de 1992.

3) SBCC - Sociedade Brasileira de Controle da Contaminação.

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