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Sob o vulcão

ISSN: 8170-5642

bajoelvolcan.buap@gmail.com
Universidade Autônoma Benemérita de Puebla
México

Bonnet, Alberto R.
GLOBALIZAÇÃO E AS CRISES LATINO-AMERICANAS

Sob o Vulcão, vol. 2, não. 3, segundo semestre, 2001, pp. 13-31 Universidade
Autônoma Benemérita de Puebla

Puebla, México

Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=28600302

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A GLOBALIZAÇÃO E AS CRISES LATINO-AMERICANAS*

Alberto R. Bonnet

RESUMO

O artigo propõe uma definição sintética de globalização. Adota um critério de


periodização que se refere à dinâmica de acumulação, sendo as crises e
reestruturações do capital e do trabalho expressões das grandes ondas da luta de
classes. Ele argumenta que a globalização é o resultado da última onda, que se
espalhou pelo mundo durante as décadas de 1960 e 1970, e da crise resultante do
capitalismo mundial, mas também que se torna uma resposta do capital à crise.
Finalmente, ele propõe a noção de um “comando em crise do capital monetário”
para compreender o antagonismo capital-trabalho hoje.

ABSTRATO

O artigo propõe uma definição sintética de globalização. Adota um critério de


periodização baseado na dinâmica de acumulação entendida em termos de crise e
reestruturação do capital e do trabalho como expressões das grandes mercadorias
da luta de classes. Argumenta que a globalização é o resultado da mercadoria
perdida, que se estendeu por todo o mundo durante as décadas de sessenta e
setenta, e da crise resultante do capitalismo mundial, mas que também se torna
uma resposta do capital à crise. Finalmente, o ensaio propõe a noção de “centro
em crise do capital monetário” para compreender o antagonismo atual entre capital e trabalho.

* Este artigo reproduz em linhas gerais a conferência proferida no Curso de Pós-


Graduação em Sociologia do Instituto de Ciências Sociais e Humanas da BUAP,
Puebla, em 21/05/2001.

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SOB O VULCÃO

INTRODUÇÃO

Este artigo tem como objetivo identificar sinteticamente certos processos-chave


que permitem diferenciar a chamada “globalização” de períodos anteriores de
desenvolvimento capitalista. Faremos referência especial, ao longo dele, ao
caso latino-americano.
Existem duas coordenadas nas quais devemos registrar esta tarefa de
determinar as especificidades da “globalização”. Por um lado, devemos
reconhecer a natureza global inerente à própria forma de capital e a tendência
universalizante inerente ao capitalismo desde a sua origem.
origens históricas e inscrita na dinâmica de acumulação e na consequente
expansão das relações sociais que a definem (ver
Holloway, 1995).
Contudo, temos de reconhecer, por outro lado, que esta tendência
a universalização se desdobra histórica e de forma descontínua, assumindo, em
cada período histórico, características diferenciadas. Acreditamos
que só considerando a “globalização” a partir destas duas coordenadas se
poderá evitar um duplo risco. O risco de aderir à moda do
prever o advento de uma sociedade inteiramente nova, no caso
extremo de uma sociedade pós-capitalista, e o risco oposto de recusar
reconhecer as transformações em curso do capitalismo. Ou seja, apenas
mantendo distância dos ideólogos oficiais da “globalização”
(como Peter Drucker e outros gurus da gestão ,
de onde vem precisamente esse termo) e ao mesmo tempo de seus críticos que
eles simplesmente descartam isso como uma mera farsa ideológica (como, entre
outros, Hirst e Thompson) podem esclarecer as especificidades
do fenômeno em questão.

Comecemos, então, com uma definição provisória. O fim


“globalização” (e continuemos a utilizá-la aqui, apesar das suas óbvias
conotações ideológicas, para evitar uma incómoda proliferação de palavras)
designa uma certa combinação de processos económicos,
sociais, políticos, ideológicos e culturais que podem ser entendidos como
uma nova etapa de extensão e intensificação aceleradas das relações sociais
capitalistas. Esta combinação não se refere a uma mera adição

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de processos dispersos, mas nem para uma estrutura coesa por


relações de funcionalidade. Em vez disso, refere-se a uma combinação de

processos, uma constelação, determinada pelo único princípio que pode


considerar-se articulador e tornar inteligível este tipo de totalidades complexas e
antagônicas: a luta de classes. Mais especificamente, acreditamos que a luta de
classes determina esta combinação de processos em
ambos constituem como um todo o resultado e ao mesmo tempo
uma resposta à onda de luta de classes que se espalha de
meados dos anos sessenta a meados dos anos setenta em escala global.

ALGUMAS QUESTÕES DE PERIODIZAÇÃO

A definição que acabamos de propor pressupõe implicitamente uma


Periodização e periodizações são sempre operações comprometedoras que não
podem ser realizadas impensadamente. Façamos uma pausa, então, para explicar
nosso critério de periodização e
justificar a delimitação resultante do período da globalização.
A necessidade de periodizar o desenvolvimento capitalista tem acompanhado
a crítica marxista desde as suas origens (ver McDonough, 1997) e, juntamente com
Esta necessidade é acompanhada de controvérsia sobre os critérios adequados
para realizá-la. A inscrição da globalização dentro
desse desenvolvimento capitalista, em particular, não escapa a essa controvérsia.
Um primeiro grupo de abordagens parte de longos períodos, ou seja, inclui o
capitalismo contemporâneo juntamente com o capitalismo do pós-guerra no
mesmo período. As abordagens mais importantes neste sentido são aquelas
que partem da noção leninista de uma “fase imperialista” de desenvolvimento
capitalista, ao qual acrescentam alguma especificidade para aplicá-lo ao capitalismo
pós-guerra e contemporâneo. As noções de uma subfase
“monopolista” (de Sweezy, Magdoff e da escola Monthly Review) ou
“Monopólio estatal” (de Boccara e da escola tradicional do Partido
Comunista Francês) exemplificam esta abordagem. Contudo, mesmo colocando
entre parênteses os problemas inerentes às teorias clássicas da
imperialismo, a desvantagem desta abordagem reside no facto de o
especificidades da globalização tendem a permanecer confusas dentro

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um período que reúne momentos muito diferentes de desenvolvimento capitalista.


Argumentaremos aqui que a ruptura registada entre o capitalismo contemporâneo
e o do pós-guerra, em particular, não pode ser subsumida dentro
do mesmo período de desenvolvimento capitalista.
Outra abordagem que parte de longos períodos é aquela ligada a
noção de “ciclos sistêmicos” (da escola de Wallerstein, Arrighi, etc.). A
globalização marcaria, de acordo com esta abordagem, uma passagem do
Hegemonia norte-americana em crise rumo a uma nova hegemonia, supostamente
encabeçada pelo capitalismo japonês. Nossas objeções
esta abordagem é ainda mais profunda. Agora colocando entre parênteses
suas deficiências metodológicas, derivadas de sua interpretação estrutural –
funcionalista do capitalismo, esta abordagem não contribui para a compreensão
da globalização, mas sim analogias históricas mais ou menos superficiais. Em
particular, a análise da crise do capitalismo do pós-guerra
e da resultante expansão da dívida não parece haver muito enriquecimento a
partir de uma analogia com, por exemplo, o declínio da
Províncias Unidas Holandesas do século XVII e o papel desempenhado pelas
finanças naquela época. A emergência do Japão como uma nova potência
hegemónica, entretanto, é mais uma postulação derivada da
determinismo que caracteriza essa abordagem do que um processo que pode
ser verificado na realidade.
Um segundo grupo de abordagens, por outro lado, baseia-se em mais
em suma, explicando plenamente a ruptura entre o capitalismo de
pós-guerra e contemporâneo como períodos distintos de acumulação
capitalista. Duas abordagens são, em nossa opinião, as mais relevantes aqui. A
primeira e mais difundida é a da escola francesa de regulação (Aglietta, Boyer,
Lipietz), que diferencia diferentes “regimes de regulação”.
acumulação” enquadrada por diferentes “modos de regulação”: Fordismo
no pós-guerra, pós-fordismo hoje. A escola americana de
“estruturas sociais de acumulação” (Gordon, Edwards) também podem ser
consideradas como uma abordagem relacionada a esta do regulacionismo. Esse
abordagem, porém, em decorrência de seu perfil metodológico estrutural-
funcionalista, é marcada por um profundo determinismo. Ditado
o determinismo era evidente, particularmente, em seus primeiros

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anúncio da transição para um novo regime de acumulação pós-fordista (ver


Holloway e Bonefeld, 1994). A segunda abordagem importante
está ligada à noção de “ondas longas” de desenvolvimento capitalista,
inspirado por Kondratieff e posteriormente retomado principalmente por Mandel.
A virtude desta abordagem, que reside no facto de dar importância fundamental
à dinâmica da acumulação capitalista (e ao papel da taxa de lucro dentro dela)
para a periodização, é, no entanto, ofuscada.
pela sua visão economicista dessa dinâmica de acumulação.
Periodizaremos, então, com base na dinâmica do
acumulação capitalista, mas entendendo as grandes crises e reestruturações do
capital e do trabalho como expressão das grandes ondas da luta de classes
nessa dinâmica de acumulação, é
isto é, como resultados e respostas à dinâmica luta de classes
(ver Negri, 1992). A crise do capitalismo mundial que começou no final do
década de sessenta, expressão da onda de luta de classes que se espalha
de meados dos anos sessenta a meados dos anos setenta numa escala
global, é por isso o nosso ponto de partida para analisar o período da globalização.

Mas esta explicação do nosso critério de periodização não alcança


e devemos adicionar certas precisões. Em primeiro lugar, o referido link
entre a luta de classes e a crise reside principalmente na forma como
A luta dos trabalhadores se expressa nas expectativas de lucro
capitalistas, que por sua vez determinam as suas decisões de investimento e, por sua vez,
definitiva a dinâmica da acumulação capitalista como um todo. Em
Em segundo lugar, a relação estabelecida entre crise e reestruturação não
pode ser entendido nesta estrutura como um relacionamento predeterminado em
qualquer sentido. O próprio peso da indeterminação da luta de classes
impede que a reestruturação capitalista seja entendida como uma sorte
saída que a crise garante antecipadamente. Nossa periodização é,
conseqüentemente, exclusivamente empírico: não permite derivar prognósticos
para o futuro nem implica a existência de ciclos ou regularidades no
passado. E, em terceiro lugar, é necessário salientar que o trabalho se realiza em
nossa periodização é o papel ativo e criativo, e o capital é o papel passivo e
inerte. A crise capitalista e a reestruturação não são, portanto, um problema.

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duto que pode ser derivado de uma dinâmica autônoma de acumulação


capitalista, mas deve ser entendido como resultado e resposta do
capital à dinâmica autônoma do trabalho.

A LUTA DE CLASSES E A CRISE

Mencionamos anteriormente que a crise capitalista que começou no final dos


anos sessenta, o nosso ponto de partida, é uma expressão da onda de luta dos
classes que se espalharam em escala global desde meados dos anos sessenta
até meados dos anos setenta. Devemos agora especificar um pouco mais
natureza deste processo.
A onda de luta de classes que marcou a dissolução do capitalismo
pós-guerra, entendido em sentido amplo, foi um processo que começou
final dos anos cinquenta, ou seja, numa situação caracterizada pela
enfraquecimento crescente das condições políticas reacionárias deixadas
como resultado da Segunda Guerra Mundial (o macarthismo nos EUA e o
Reconstrução Marshalliana na Europa Aliada, as consequências da
fascismo e guerra na Alemanha e no Japão, o fortalecimento do stalinismo na
ex- URSS, etc.). Contudo, foi um processo que alcançaria
atingiu a sua profundidade máxima durante a segunda metade dos anos sessenta e a
primeira metade dos anos setenta (Jameson, 1998).

Foi efectivamente uma onda global, que deve ser analisada distinguindo
entre quatro dimensões da luta. Em primeiro lugar estão as lutas contra o
capitalismo keynesiano (lutas por salários, mas
também contra os processos alienantes de produção fordistas, contra
padrões de consumo de massa, etc.) e contra Estados reformistas
(lutas por mais serviços sociais, mas também em torno de novas necessidades)
do período pós-guerra, especialmente nos capitalismos avançados
Europeus. O Maio francês e alemão e o Outono quente italiano no final de
anos sessenta, bem como as greves inglesas no início dos anos setenta,
exemplificar essas lutas. Movimentos sociais norte-americanos
Os anos sessenta e setenta, os movimentos pacifistas, feministas, estudantis
e anti-racistas também devem ser considerados nesta dimensão da luta que
ocorreu no capitalismo avançado. Em segundo lugar,

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As lutas democráticas travadas no antigo Bloco de Leste, particularmente na


Hungria, na Checoslováquia e na Polónia, contra as ditaduras estalinistas em
crise devem ser tidas em conta. Em terceiro lugar estão as lutas, que
assumiram essencialmente um perfil anti-imperialista, desenvolvidas nos
capitalismos da periferia e particularmente na América Latina. O Cordobazo
na Argentina e a Plaza de Tlatelolco no México, no final dos anos sessenta,
juntamente com a proliferação da guerrilha em todo o continente, ilustram
esta terceira dimensão da luta. Os movimentos de descolonização e as
guerras na Ásia e em África, desde o Gana e a África Francesa no final da
década de 1950 até à própria dinâmica das revoluções chinesa e cubana,
constituem finalmente a quarta dimensão da luta posta em jogo.

Contudo, não só em termos da sua extensão, foi uma onda global. Os


laços estreitos que existiam objectivamente entre estas diferentes dimensões
da luta foram então amplamente explicitados numa corrente de solidariedade
internacional sem precedentes. Tenhamos em conta, neste sentido, por
exemplo, o impacto das guerrilhas latino-americanas e das guerras de
descolonização asiática e africana sobre os movimentos europeus ou o da
resistência vietnamita sobre os norte-americanos. E, em qualquer caso, estas
ligações tornar-se-iam de facto evidentes na crise do capitalismo do pós-
guerra à escala global. Com efeito, estas múltiplas dimensões da luta
convergiriam em breve nos capitalismos avançados e, em primeiro lugar,
nos próprios Estados Unidos, expressando-se como uma crise do capital e
do Estado. Tenhamos agora em conta as consequências das nacionalizações
implementadas pelos movimentos anti-imperialistas e anti-coloniais para as
multinacionais ou os custos da guerra fria para o Estado.

Norte-americano.
O resultado, então, foi a crise. Esta crise eclodiu inicialmente no
capitalismo avançado, particularmente nos EUA e na antiga Europa Aliada,
no final da década de 1960. Foi marcada pela queda da taxa média de lucro
e assumiu a forma de estagflação da economia e de défice fiscal crónico dos
Estados. Os capitalismos keynesianos e os estados nacional-reformistas
chegaram ao fim. A crise do sistema

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A reforma monetária e financeira de Bretton Woods no início da década de


1970 significaria, por sua vez, o fim dos avanços anteriores em direcção ao
capitalismo keynesiano à escala global (ver Bonnet, 2000).

A VÔA DO CAPITAL

A reacção imediata do capital a essa onda de luta de classes foi, como em


ocasiões anteriores, fugir da deterioração das condições de rentabilidade.
Esta fuga assumiu duas modalidades. Em primeiro lugar, foi uma fuga
espacial, um processo de deslocalização de processos produtivos para
territórios onde estas condições de rentabilidade eram mais favoráveis (ver
Harvey, 1990 e 1992). Em segundo lugar, foi uma fuga temporária, um
processo massivo de expansão e socialização da dívida que visava adiar o
início da crise (ver Holloway, 1994).

Ambas as modalidades de fuga de capitais envolvem certamente a


conversão de capital produtivo, imobilizado na produção, em capital
monetário móvel. Contudo, é este último processo, isto é, a conversão
sustentada de massas cada vez maiores de capital produtivo em capital-
dinheiro, como uma expansão do endividamento, que se consolidaria desde
então como uma característica que caracterizaria a globalização capitalista
por excelência (ver Chesnais, 1996). Basta olhar para a magnitude dos
montantes, para a natureza dos instrumentos financeiros, para o
comportamento dos agentes e para o funcionamento dos mercados em jogo
para perceber a importância desse processo de expansão da dívida. Mas
este processo tem dois lados que devemos examinar com mais cuidado.
Em primeiro lugar, a expansão da dívida é resultado da onda de luta de
classes e da subsequente crise capitalista. Esta face do processo, que
consiste na fuga de capitais sob a forma de capital monetário em relação às
condições de rentabilidade do capital produtivo que se deterioraram no meio
da luta de classes e da crise, foi de alguma forma a face dominante durante
durante a maior parte da década de 1970 e reproduziu, ainda que numa
escala sem precedentes, uma reação característica do capital em crise
(Holloway e Bonefeld, 1995).

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Até aqui, aparentemente, esse processo inicial de expansão da dívida não traz
grandes novidades. No entanto, em segundo lugar, disse
processo se tornaria uma resposta do capital à luta de classes e à
crise, na sua face dominante desde meados dos anos oitenta
e durante os anos noventa.
A ofensiva neoconservadora do final dos anos 1970 e início dos anos 1970
Os anos oitenta e o seu fracasso funcionaram de alguma forma como uma articulação entre
ambos os momentos. Com efeito, a expansão da dívida durante os maiores
parte da década de setenta foi acompanhada nos países capitalistas
avançado pelas políticas keynesianas que consistem em validar o referido
expansão resultante da crise. O fracasso destas políticas keynesianas
abriu caminho para a reação neoconservadora, que consiste em uma tentativa de
impor disciplina monetária à luta de classes
(Clarke, 1988). Mas esta reacção rapidamente enfrentou os seus próprios limites:
a restrição ao crédito regressou como um bumerangue contra o capital.
mesmo sob a forma de falências e cessações de pagamentos, bem como na
capitalismos avançados (falências e crises bancárias) e dos periféricos (crise da
dívida de 1982). Uma expansão subsequente do
dívida – e a sua socialização, através da conversão em títulos – era então a única
reação viável do capital à crise. No entanto, esta nova expansão e socialização
da dívida adquiriria uma nova natureza: tornar-se-ia gradualmente uma verdadeira
resposta do capital à luta
das classes e da crise. Neste sentido referir-nos-emos, mais adiante, a um
comando em crise do capital monetário.
Mas antes de avançar na caracterização deste comando em crise

do capital monetário, é necessário um alerta. Afirmar que a expansão e a


socialização da dívida se consolidaram como um traço característico da
globalização capitalista não significa aderir à ideia, muito menos
moda entre muitos críticos da globalização, que o capitalismo
contemporâneo pode ser definido como uma espécie de regime de acumulação
dominado pelas finanças e caracterizado por uma
rentístico e parasitário (ver, por exemplo, Chesnais, 1997, Aglietta, 1995,
etc). Na verdade, a aparente predominância da “especulação” sobre
“economia real” não pode ser analisada em termos de contraste

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mecânica entre a esfera financeira e a esfera produtiva, uma vez que a


primeira só pode absorver e redistribuir massas de mais-valia geradas
necessariamente no segundo (ver a crítica de Husson, 1997, ao
abordagens mencionadas). A ideia de um puramente
O capitalismo rentista e parasitário a médio prazo é, portanto, insustentável.
E é pertinente lembrar aqui que o período de
capitalismo ao qual nos referimos agora se estende por mais
de duas décadas, ou seja, um período de tempo equivalente ao famoso
era de ouro do capitalismo do pós-guerra.
Este alerta é importante porque esta ideia errónea conduz geralmente,
através de uma série de contrastes entre um bom capitalismo
produtivo e um mau capitalismo especulativo, um bom capitalismo de
modelo da Renânia e um mau capitalismo do modelo anglo-saxão, um bom
Europa e EUA maus, e assim por diante, até conclusões políticas
inevitavelmente reacionário. E este alerta é especialmente importante para o
caso latino-americano. Nos nossos países, de facto, a
ideia de um “regime de acumulação do capitalismo financeiro
transnacional” (Bernal-Meza, 1991) leva quase inevitavelmente a uma
sonho reacionário: o sonho de uma reciclagem de programas antigos
proteção nacionalista-populista do suposto capital
nativos autenticamente produtivos.
Detenhamo-nos, então, por um momento, na forma como este processo
de expansão e socialização da dívida se expressa no caso latino-americano.
É necessário lembrar neste sentido que a crise do capitalismo
começa a crise do pós-guerra, como crise do capitalismo desenvolvimentista
e do Estado populista, com certo atraso nos países latino-americanos, ou seja,
em meados dos anos setenta (ver Ominami, 1987). A reacção imediata à
crise consistiu, em alguns casos, numa espécie de ensaio
geral das políticas monetaristas que seriam implementadas anos depois
tarde nos capitalismos avançados (Chile 1973, Argentina 1976), acompanhado
pela repressão violenta das lutas sociais através
ditaduras militares. Contudo, durante a década de setenta, os países latino-
americanos adiaram em grande parte o resultado da crise, absorvendo,
através da sua dívida externa, massas crescentes dessa dívida.

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dinheiro de capital que não encontrou oportunidades de investimento lucrativas em


os países centrais. A reação neoconservadora neste último (o
aumento da taxa de juros por Volcker em 1979) suspenderia esta
reciclagem do capital monetário, levando ao desencadeamento brutal de
a crise, sob a forma de uma crise da dívida externa, e a sustentada
reversão dos fluxos de capital monetário, durante a maior parte do
oitenta. Mas nessa altura os países latino-americanos já tinham entrado
plenamente no processo de expansão e socialização da dívida.
característico da globalização. Pode-se dizer, em outras palavras, que
Os países latino-americanos entram na globalização através deste
dinâmica da dívida externa. O comando em crise do capital monetário assumirá
para a América Latina, conseqüentemente, a modalidade de um
comando da dívida externa.

O COMANDO DO CAPITAL-DINHEIRO

Agora devemos nos perguntar: em que consiste o referido comando?


do capital monetário? Além disso, em que sentido podemos afirmar que a
expansão e a socialização da dívida podem constituir uma resposta do
capital para a crise?
A chave para este comando reside na mobilidade privilegiada do capital na
sua forma de capital monetário e é exercida através dos movimentos do capital
monetário à escala global. Esta afirmação de forma alguma
nega a dependência do capital em relação ao trabalho, ou seja, a
dependência do capital social global, para a sua valorização, no que diz respeito
a exploração efectiva do trabalho na produção. Significa em vez disso
que esses movimentos de capital monetário são ao mesmo tempo determinados
por, mas também decisivamente, eles são determinantes das condições
exploração económica geral (salários, produtividade) e
de subordinação política (governança, segurança jurídica) do
trabalho. Os movimentos do capital monetário operam então sancionando as
actuais condições de exploração e subordinação (ou melhor, a
expectativas sobre essas condições) nos diferentes territórios dentro de um
mercado mundial totalmente integrado (Bonnet, 2000).

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Neste sentido, o comando do capital monetário constitui uma espécie de


ponta de lança, aríete, da globalização capitalista. O resto
processos que constituem a globalização desdobram-se, então, através de
das condições de exploração e subordinação impostas por
este comando do capital monetário.
Consideremos, por exemplo, os processos de abertura comercial
multilateralismo e os processos de formação aparentemente contrários
dos blocos regionais. Este fenómeno tende a absorver particularmente a
atenção de analistas que acompanham as transformações no comércio
mundo na perspectiva das economias periféricas (ver por exemplo
as compilações de Calva, 1995 e Rapoport, 1995). Consideremos também os
processos de liberalização dos fluxos de investimento estrangeiro direto –
planetários desde o colapso dos regimes burocráticos do
leste – e, no sentido oposto, a concentração desses fluxos nos três
principais centros económicos globais. Essa tensão também tende a atrair
a atenção de analistas localizados na periferia (ver Minsburg, 1995).
Por trás de todos esses processos está, naturalmente, o capital
produtivo. As grandes corporações transnacionais são o seu autêntico
protagonista: um pequeno grupo de transnacionais, as cem maiores,
Controlam cerca de 1/3 do investimento directo e explicam 1/4 do comércio
mundial, percentagem que aumenta significativamente se nos restringirmos
aos sectores mais dinâmicos da acumulação capitalista. De
Desta forma, os crescentes fluxos comerciais intra e inter-blocos
são em grande parte explicados pelo comércio intra-empresa do
as corporações transnacionais, bem como os fluxos de investimento intra e
interblocos, são explicados pelos processos de relocalização dos processos
produtivos dessas mesmas grandes corporações.
Estas empresas transnacionais tendem a descentralizar os seus processos
produtivos, guiadas pelas vantagens oferecidas pelos diferentes territórios.
de acumulação e na base técnica das novas tecnologias de
informação e comunicação, ao mesmo tempo que realizam a sua produção
directamente no mercado mundial. Existem diferentes modalidades de
reorganização e deslocalização da produção em curso (ver por exemplo
Lipietz e Leborgne, 1990 e 1994). Sem embargo, o dominante parece ser

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a modalidade associada a uma desagregação territorial da produção


o que implica uma polarização espacial entre a concentração das atividades
financeiras nas grandes metrópoles do capitalismo avançado e a dispersão
das plantas produtivas nas áreas produtivas
especializados em territórios periféricos. Existem também diferentes tipos
de vantagens que norteiam essa reorganização e deslocalização da produção
das corporações transnacionais (ver De Mattos, 1990 e 1997).
No entanto, podem referir-se no seu conjunto às taxas de exploração
do trabalho, ou seja, às diferentes combinações entre salário e produtividade
do trabalho. Desta forma, o capital reconfigura a sua geografia de
acumulação na escala do mercado mundial. Processos de integração
regiões como, por exemplo, a do México e dos EUA em torno da indústria
maquiladora e no âmbito do NAFTA são explicadas sem descanso a
desta dinâmica de reorganização e deslocalização da produção pautada por
estas vantagens.
Ora, os fluxos de capital-dinheiro são por excelência, graças à sua
mobilidade privilegiada, aqueles que comandam esses processos comerciais e
investidores, sancionando essas condições de exploração e subordinação
em vigor nos diferentes territórios de acumulação no mercado
globais, isto é, aquelas vantagens que orientam a dinâmica de reorganização
e deslocalização da produção. (E isso se reflete até mesmo no
organização hierárquica interna dessas corporações transnacionais,
caminho para uma crescente importância da gestão financeira no
condução da avaliação do capital social.) A sanção exercida
pelo capital monetário contra o México, durante a crise de 1994-95, deve
ser interpretado neste sentido.

O COMANDO NA CRISE E NO TRABALHO

Compreender completamente a natureza deste comando do capital monetário


exige, no entanto, colocar entre parênteses as relações entre o capital
capital produtivo e monetário e as relações entre processos de abertura
comercial e regionalização, liberalização dos fluxos de investimento
e a sua concentração nos principais centros económicos mundiais, etc.

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SOB O VULCÃO

ra. Requer, por outras palavras, regressar ao antagonismo entre capital e


trabalho e examinar a sua expressão como um antagonismo entre a mobilidade de um
capital social global comandado pelo capital monetário, por um lado, e o
imobilidade do trabalho, por outro.
Esta é certamente a dinâmica chave da globalização, mas muitas vezes
passam muito mais despercebidos entre aqueles que analisam a globalização
na perspectiva dos países periféricos. (Existe, claro, um
explicação simples dessa assimetria no que diz respeito ao cuidado prestado ao
estas diferentes dinâmicas: quando a globalização é interpretada a partir do
perspectiva do Estado como agente de política macroeconômica, estratégias
comerciais e atração de investimentos estrangeiros ocupam
um close-up; Quando interpretado a partir da posição dos trabalhadores como
sujeitos de luta, o antagonismo entre o capital móvel e o trabalho
fechado é colocado no ponto inicial).
A mobilidade do capital (e, em particular, a do capital monetário) é inerente
à própria forma do capital (e do capital monetário). A imobilidade do trabalho,
por outro lado, é inerente apenas à força de trabalho como mercadoria,
como apontou Marx, devido à sua inseparabilidade do trabalhador.
A restrição à mobilidade da força de trabalho que aqui nos interessa
e que tem hoje uma importância fundamental é, no entanto, a questão
politicamente imposta à migração de trabalhadores (ver Fox Piven, 1995).
No meio da tensão entre o capital global e o trabalho trancados desta forma
entendida é, naturalmente, a mediação dos Estados-nação. Um dos temas dos
Estados-nação sempre foi a segmentação da classe trabalhadora nos mercados
de trabalho nacionais, em
áreas de caça específicas das burguesias soberanas, mas isso significa
Hoje, os Estados-nação estão imersos no meio da tensão gerada pela
mobilidade do capital global que se move atrás de condições óptimas de
exploração e subordinação do trabalho (tendendo assim a
unificar os mercados de trabalho), mas ao mesmo tempo exige a imobilidade
do trabalho e a fragmentação dos mercados de trabalho como requisito para
territorializar, optimizando estas condições de exploração
e subordinação. Tal como a competição entre trabalhadores é uma condição de
possibilidade de exploração capitalista à escala nacional,

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competição entre as classes trabalhadoras nacionais – exacerbada pela


elevados níveis de desemprego e a marginalização de populações inteiras
da economia mundial – é uma condição de possibilidade para a exploração
capitalista globalizado. Mas é uma condição, por sua vez, continuamente
minado pelo comportamento do próprio capital e dos trabalhadores
migrantes. As autênticas “guerras de baixa intensidade” travadas em certas
fronteiras, como a guerra mexicano-americana no Rio Grande, expressam
esta tensão.
Na medida em que os Estados-nação continuam a estar no comando
de encerrar o trabalho nas fronteiras nacionais, devem mediar esta sanção
das condições de exploração e subordinação pelos movimentos do capital
monetário. É importante notar, no entanto, que este
A mediação não implica necessariamente uma escala nacional, mas pode
ser realizado em escala infra ou supranacional. Territórios supranacionais
inteiros tornam-se assim, através de acordos interestaduais regionais,
territórios onde são impostas, quer condições homogéneas de exploração e
subordinação (por exemplo, no núcleo duro da União Europeia), quer
condições cuja heterogeneidade é sistematicamente regulada
pelos estados-nação participantes (no Sudeste Asiático). Territórios
Em contrapartida, corporações supranacionais inteiras são praticamente
marginalizadas da acumulação capitalista e deixadas à polícia internacional.
das Nações Unidas (caso da África Subsaariana). Mas essa mediação
dos Estados-nação também pode ser realizada em escala infranacional,
tendendo a desintegrar através das suas próprias políticas (zonas francas,
pólos industriais, etc.) os territórios sobre os quais mantém a soberania. Leve
em conta, neste sentido, as situações do sul do México,
do noroeste argentino, do nordeste brasileiro, etc.
Esta tarefa mediadora dos Estados-nação implica uma metamorfose
de estados reformistas e populistas do pós-guerra em “Estados
competitivos” (Hirsch, 1995) ou “Estados Schumpeterianos” (Jessop, 1999),
estados cujas políticas visam capturar fluxos globais de capital.
através da implementação das condições de exploração e subordinação
sancionadas por este movimento de capital global. Mas isso implica
também, necessariamente, uma metamorfose do sistema internacional de

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SOB O VULCÃO

Estados dos quais esses Estados-nação fazem parte e dentro dos quais
Definem, sempre de forma negativa, com base num território e num povo
específicos (ver von Braunmühl, 1978; Holloway, 1993). Nesse sentido, o
nova geografia de acumulação à escala do mercado mundial exige
uma nova geografia política à escala do sistema internacional de Estados.
Mas a configuração destes Estados e deste sistema internacional de Estados
é sempre subsidiária do comando do capital monetário.
Esta subsidiariedade é particularmente notável no caso latino-americano. Lembre-
se, por exemplo, que a imposição de políticas de estabilidade monetária e de
equilíbrio fiscal (aquelas inspiradas no Consenso de
Washington) pelos Estados Latino-Americanos são resultado
da crise da dívida e, ao mesmo tempo, ter como condição de possibilidade
um novo endividamento nos mercados financeiros internacionais.

Os movimentos de capital monetário operam então, quer sancionando


positivamente as políticas de disciplina social e política através
seu financiamento (ver Bonnet, 1995, para o caso da convertibilidade
Argentina), seja negativamente a crise dessas políticas através
suas corridas especulativas (ver Bonnet, 2001, para a atual crise de
convertibilidade).
O antagonismo entre capital e trabalho deve, contudo, também ser examinado
de outra perspectiva. A contínua dependência do capital social global em relação
ao trabalho reaparece então, precisamente,
como uma crise do comando do capital monetário ou, em outras palavras, como
Crise financeira. Neste sentido, o comando do capital monetário é atravessado
por uma fragilidade inerente, é sempre potencialmente um comando em crise do
capital monetário. Os trabalhadores não são apenas aqueles
transportadores indefesos de uma mercadoria trancada dentro das fronteiras
nacionais e sujeita às sanções do capital monetário. Eles também se constituem
e se reconstituem permanentemente como uma classe e a sua luta ataca em
o coração da exploração capitalista: eles atacaram na selva
De Chiapas ao NAFTA, eles abalaram o milagroso Sudeste Asiático das empresas
automobilísticas coreanas.
A globalização capitalista aparece então como globalização de
a luta. E esta globalização da luta desenvolve-se diariamente.

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GLOBALIZAÇÃO E CRISE...

Dianaly. Todas as lutas sociais, desde a insurgência zapatista às greves


dos trabalhadores coreanos, dos piquetes argentinos aos trabalhadores
dos correios norte-americanos, dos seus territórios de luta e das suas
reivindicações particulares, tendem a atacar unitariamente o comando
global do capital. em si como uma crise do referido comando. Mas, muito
mais importante, uma consciência crescente desta unidade e, portanto,
uma solidariedade crescente na luta tem vindo a desenvolver-se,
recentemente, de Seattle a Praga, de Porto Alegre a Quebec.
No meio dessas multidões em luta nós caminhamos.

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