Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
rnudancas dimatkas
Sonia Maria Ba rros de Ol iveira, Umberto
Giuseppe Cord a ni, Thomas Rich Fairchild
Sumiirio
4.1 Composi~ao e estrutura vertical daatmosfera
. .
4.2 Circula~ao atmosferica e oceanica desuperficie
4.3 Balan~o da radia~ao solar e efeitoestufa
4.4 Clima atual e aszonas dlrnatlcas
4S daatmosfera e asgrandes
Evolu~ao
mudanras dlrnaticas
4.6 Varia~oes dirnaticas naEra Mesozoica e naCenozoica
4.7 Ciclos glaciais e interglaciaisdoQuaternario
4.8 Aumento detemperatura noserulo XX
P
ara nos, a essencia do qu e e a atmosfera se resume nessa frase
' respire. log o vivo', de tao im po na nte que e esse invo lucro
gasoso da Terra. Para 0 planet a. e irrelevante se nos respire-
mos ou nao, se vivem o s ou nao. A atmos fera terrestre simplesmente
existe como parte do Sistema Terra, qu e tarnbern inclui a lito sfera (0
foco desre livre). a hidrosfera e a biosfera. Todas estao intimamen-
te in terli gadas qufrnlca. fisica e histor icament e desde os primordios
evolutivos d o pla neta.
Nossa at mo sfera de nitr oqenio e oxiqe n!o e unl ca no Sistema
Solar e, aparent em ent e, ate onde se sabe. no Universo tarnbern.
Diferente de todas as atmosferas conhecidas nos planetas deste e
de outros sistemas planetarios•.a noss.a possui urn volume imenso de
oxi qen to (O}) (q uase 21%) e ou tro, infirno, de gas carbo nico (CO)
(380 part es por m tlhao- pprn), que. juntos com vapor de agua e
urn pun hado de ou tr os gases, vern int eragi nd o hci bithoes de anos.
Movida, em ultim a ana lise, pela ene rgia emit ida pelo Sol, ela intera-
ge com a hidrosfera e com a litosfera de tal forma qu e nao somente
108
rege os processos que co ntrolam a dina mica ext erna do plan eta, mas tambern determina a distrtbuicao, natureza e
muitas vezes os rum os evo lutivos da biosfera. Par sua vez, a vida sempre teve papel determinante no pr6 prio desenvol-
vim ent o da atmosfe ra.
Este capi tulo t rara da cornpos icao e estrutu ra da atm osfera, sua d ina mi ca e influencia tanto na circutacao atrnosfe-
rica e oceanica, como na distrtbukao das zonas cltrnatlcas do g lobo. Aborda am bern sua his 6 ria atual e passada, com
enfase para os periodos recent es. Capi tulos subsequentes tratarn de sua evol ucao. bem como de seu papel na alteracao
das rochas e na modelagem da supe rficie terrestre pe la acao do ven te e gelo.
A nossa atmosfe ra, assim co mo a hid rosfera, tem o rige m secunda ria formada foi criada ap6s a pe rda inicial do inv6-
lucro de vo lateis que cob ria 0 pla nets ern estaq io inic ial de forma cao (ver capitulo 1). Ap6 s 0 resfriarnento da superficie
prim iti va da Terra, deu -se 0 acurnul o do materi al gasoso emanado do seu int erior, po r processosvulcanicos (ver capitu lo 6)
e pelo acrescimo de gases eva·
por de agua oriundos dos cometas.
A atmosfera e. ern ultima analise.
respon savel pelas grandes trans -
fo rrnacoes que ocorrem superficial -
mente, e pela pr6pria existen cia da
biosfe ra, tant o nos dominios oce -
anicos co m o nas terras eme rsas.
A tempe ratura amena da superficie
e resultado do efeito estu fa natu -
ral reg ulad o r, cujo agen te princi-
pal e 0 vapor-d 'aqua atrnosferico,
Ao m esmo tem po, 0 cicio biogeo -
qu imico do carbo ne. que resulta da
tnteracao entre atmosfera, hid ros-
fera. b iosfera e litosfera. permi tiu
que 0 CO2, co m pon ente principal
da atm o sfera pr im itiva do planeta
(e o utro irnpo rtante gas do efeito
estufa), Fosse q uase to tal rnen re re-
tirado da atmosfera e incorporado
nos carbo nates marinhos, ao longo
da his t6ria da Terra. Isto evito u q ue
a supe rficie chega sse as alt issimas
temperatura s de Venu s, origi nadas
iI
I
pelo efeito estufa extremo reina nte
ne sse planeta .
Curiosidade
Um sinal cos tem pos modernos e qu e
fenOmenos atmostericos. antes consi-
de rados rnuito raros, es tao se tom anco
rnais freq uentes. naja vista a rec orrencia
recente no Bra sil de furacOes extratrop i-
ca is , tornados. aridez d esertica e tem pe-
ratur as anomalame nte altas. inclusive no
Figura 4.1 - FuracaD extratrop ical Catarina. de ca teg()(ia 1na escata Satlir, q ue atinglu a reg iilo Sui inverno e outono (Figura 4.1).
do pals. entre Tubarao (SC) e Torres (RS) em 29 de marco de 2004 . Foto : acervo da Edilora
109
Cornposlcao e estrutura
vertical da atmosfera
A atmosfera atual comp6e -se essencialmente de nitroqenio e oxiqenio. Vapor-d 'aqua e
outro dos componentes essenciais, aparecendo em proporcoes variavels, em certos casos
muito relevantes. ~Iem disso, ha tambern urn pouco de arqonio, gas carbonico e quantidad es
diminutas de outros gases, e alguns deles, como 0 metano, sao importantes como agentes
determinantes do efeito estufa.
cornposlcao qulmlca glob al env elope gasoso po r atracao gravi- em relacao ao espaco exterio r, mas
{ 110 1
(ou apr o imadamen e 1000 mba r ao concen tração de ozôn io na es rato s- de oZ~:>nio. por pr odutos quirrucos
nível do m ar),mas diminui paraapenas fera. Com isso, uma porcentaq m aruropoqénrcos. sobretudo os elo-
10 8 rnb ar a 500 m de ai i ude, na maior de raios da faixa ultraviol et a roflu or carbonos, mu i o usados em
ionos era, onde e ístern poucos á 0- mais danosa passa d iretarnen e ela eros s óis domés ico s e sts emas d e
mos de hidrogênio por rn '. ° Iími e es ra esfera e atinge a superfíci e e os
seres vivos ali expostos. Este desequi-
refr igeração, que conseg uem alcan -
çar a es ratosfera com mais facilidade
en tre a camada inferior, a rro po sfera.
e a cama da sobrejacen te, a estra- líbrio é provocado pela des truição nas regiões polares .
to sfera, encon ra-se en re 10 e 20
m de ai itude. Cons ata -se assim o
pequeno por e global da atmosfera
comparada à massa e ao volume do
nosso planeta. visto que alti udes de
20 m, ou mesmo de 500 km, repre-
sen am somen e uma pequena por-
centagem do diãmetro da Terra, de
ce rca de 13.000 km .
t em contato com a rropo sfer a
que ocorrem p raticame nte todo s
os fenômenos da dinâmica e tern a
do p lane ta, movidos pela energia
da rad iação sola r. Seu limite supe-
rio r se dá com a estra tos fera, e esta
se estende até 80 km de alti tude, n a
qual a pressão se reduz a 10 2 mba r.
t na es ratosfera, por sua vez , que se
o rigina e se concen ra a maior par-
e de ozônio na atmosfera. Ozônio
(OJ) for m a-se quando a radiação so-
lar in ensa separa O] em radicais li-
vres (0°), que podem recombinar-se
com 0 2para formar O}' Mas o ozônio
am bém se decomp õe ao absorver
raio s u ltravio let a que de outra for-
ma at ing iriam a superfície da Terra,
com consequéncias danosas para
o rgan ism o s e p o stos direta men te
ao Sol. Co mo se vê, há ce rto eq ui- ("j Gases
líbr io ntre pr odu ão e de st ruição o
de ozôn io na estratosfe ra. Assim , I 1 I
divulg ad o pela mídia d esde sua Figura 4.2 - Estrutura da atmosfera def inida em função da temperatura e da altitude : tropostera.
estratosfera. mesosfera. ionosfera. termosfera e exostera A ionosfera tem como caracterlstica
des cobert a em 1986, na realidade
mais importante a presença de muitas part ículas com cargas elétricas livres (íons). Nesta cama-
não é u m "b uraco", mas sim u m a da ocorrem os fenOmenos da aurora borealis (hemisfério norte) e aurora ausrralis (hemisféno sul)
e a reflexão de ondas eletromagnétícas de volta para a Terra. o que facilita a comunicação por
reqia o caracterizada pela red ução
rádio , Fonte: Mackenzle. 1998.
sazonal, de até mais de 70%, na
Circulacao atrnosferica e
oceanica de superfide
A radlacao sola r incidente na Terra e de me ia caloria por centimetro quadrado por minuto,
medida no topo da atmosfera, 0 que corresponde a 343 W/m 2•
intensidade media da radia<;ao, como sera vista a seguir, pelossistemasde daTerra - que e nulano equador e maxima
~--~,
( 112 I
'.. .i
coerenda entre ascirculacoes atrnosfenca Figura 4.4 - Circ utacao atmoster ica real. Modlficac;:oes sazonais na direcao dos ventos entre
e oceanica de superficie e a sua associacao julho. em a) e cezernbro, em b). 0 oestoc arnen to da Zona de Conv erqencia Intertropical
(ZCIT) (lin ha s6lid a) e responsavel pelas rnonc oes d a Asia . Fonte: Mackenzie. 1998.
com a rotacao do nossoplaneta
! I
20
15
E
~
.,
"0 10
Z
.;;:;
;;'
5
0
POlO Vento s AHsios Equado r ZOT ,
Figura 4.5 - Sec;:ilo c os pr imei ros 20 km d a atmosfe ra desde a reg iilo polar (a esquerda) are 0 eq uador (a d ireita) , cetalnando 0 paorao
de cir c utacao vertica l na tropostera . Em tunc ao da insotacao e do aqu ec imen to proximo d o equa do r, a Zon a de Converqenc ia Intertropica l
(ZC IT) a uma regiilo de baixa pr essao atrnos tertc a, formac ao d e nuvens trop ic ais e intensas tempestad es. A tropopausa . que separa os
reg imes termi c os da tropostera e da es tratos tera. e ma is alta no equador e mais baixa na reg iil o polar.
\
C. Orcumpolar Antartica
-d 'agua e pelo gas carbonico, e rarnbern sua ausencia, A energia absorvida pela absorvida e reemit ida.
Gases que contribuem no efeito estufa: Dióxido de Carbono (CO2), Metano (CH4), Óxido
Nitroso (N2O), Clorofluorcarbonos, Ozônio troposférico (O3), Vapor-d´agua (H2O)
Emitida / 11
pela atmosfera 165 40
quantidade de energia sob forma
de ondas longas. Aproximadamenle
'. 77 /
Emitida pelas nuvens 30
a metade da ractacao solar e ab- ~ I GaSeS d e
sorvida pela superficie da Terra.
Esta energia e lransferida para a
atmosfera pelo aquec imen to do ar
d \
67
24
Absorvida pela
atmosfera
~fe i to estufa
A rr ozais, Co m b u sti-
Gel ad eira s, Hid ro car-
Cornbu st i- g ad o, com - Fer tili - vei s fosse is,
ares-condi- bo neto s Remanejo
Fonte antropoq en ica vei s fo ssei s: bu stiv eis zante s, qu eima d e
cionados: (com NO), do so lo,
principal d esfloresta - fosse is, rem an ejo b iomassa,
aerossoi s, queirna de .lrriqacao
mento qu eima d e do so lo d esflore sta - .
in d ustries biomassa
biomassa mento
Solos, Oxidacao d e
Fonte natura l Hidrocarbo- Evapo-
Resplracao Pantanos florestas Nenhuma hid rocarbo-
principal netos transplraca o
tropicais netos
Tabela 4.2 - Gases atrnosfericos . relacionaoos as atividades humanas, em retacao a rnudancas ambientais globa is (pp bv = partes por bllMo
em volume). Fonle: Mackenzie , 1998.
(, H5 ~
(lima atuale as -zonas climaticas
o siste m a clirnatico e constituido por atmosfera, oceanos, superficie dos cont inentes e geleiras.
A Terra recebe mais energia solar nas baixas lat itudes 'que nas regi6es polares.
E
ssa energia. contudo, e em parte clima e a latitude, pols a intensidade da de e a sazonalidade das precipitac;6es
.tra nspo rtad a pelos ventos e co r- insolacao depende detad lretamente, No variam muito e os climas na faixa tropical
rentes marinhas, 0 que atenua entanto, a d istribulca o em geral latitudi- do globe sao os mais variados, susten-
o gradiente terrnico entr e equador e nal daszonas clirnetkas e modificada por
tando ecossisternas tao diferentes como
polos. As ob servacoes meteorol6gicas ou tro s fato res, sendo os rnais lrnpo rtan-
os da floresta tropical umida, da savana
m ostrarn que oceano e atm osfera co n- tes as correntesoceanicase a altitude.
e dos desertos. Nas latitudes inte rm edla-
tribuem de maneira eq uivalente nessa Hadiferentessistemasdeclassificacao
redistribuicao de energia. 5eus co m- rias. 0 aquecimento solar e consideravel-
do clima,cadaum atendendo a diferentes
ponentes, no entanto, circulam em es- finalidades.Todos, no entanto, sao basea- mente maier no verso que no inverno,
calas temporals caracteristicas: alguns dos em dois parametros fundamentais: resultando em ver6es quentes e invernos
dias para a atmosfera, alguns meses medias anuais e variac;6es sazonais da fries. compativeis com 0 crescimento de
para as aguas superficiais do oceano, temperatura, e total anual e distribulcao florestastemperadasde arvore s deciduas
maisde mil anos para 0 oceano profun- sazonal da preclpltacao, Em funcao da la- e de coniferas. Nas latitudes polares. 0 Sol
do e dezenas de milhares de anos para titude distinguem-se tres grandes zonas
nao aparece durante parte consideravel
as calet as glaciais. dirnarkas: os tropkos, aslatitudesmedias
do ano, 0 contraste entre verso e inver-
a clima de uma regiao pede ser de- e as zonas polares. Nas latitudes tropicals,
no e extrem e, e a veqe tacao tipica e a
finido como 0 produto da integr9c;ao a diferenc;a entre a quantidade de ener-
-,
tund ra.'A figura 4.8 mostra as principais
das condkoes atrnosfericas ao longo do gia solar que chega a superffcie no verso
ano, correspondendo ao pa d rao anual e no inverno e pequena, 0 que provoca zonas d ima ticas do globo, segundo a
dascondic;6es meteorol6gicas. Na escala poucas diferenc;as nas tempe ratures no dassif cacao da FAa (Food and Agricu/rural
do globe, 0 fator que mais influencia 0 decorrer do ano. Entretanto, a quantida- Organizorion, associada a GNU) de 1991.
Climas
Polar e Boreal
Arida
_ Mon tanhoso
. . Subu6picos e troptcos
com esta.;ao sece
. . Subtr6picos e tr6p icos
umldcs
. . Temperado
. . Mec:Htenaneo
Frio
FJgj.lrll ".8_ Principals zonas climaticas do 91000, Fonte: Mac kenzie. 1998.
r----'
1 ~6
Evolucao da atmosfera e as qrandes
mudancas dimaticas
Os dima s da Terra no passado podem ser reconsti t uidos a partir das caracteristicas presentes
no registro geologico, principal mente nas rochas sedimentares, cuja cornpos icao e estru tu ra
refle te m 0 ambiente em que se formaram .
OS ultim os 540 milh6esde anosda Ma s a hi sto ria d a Terra e domi nada po r g laciais, q uand o as ge leiras recuam (ver
""'-----
---<....
-- ., - ..
21%0,
na atm osfera
, " " ' - / - - .......... : >
Tem po i I
deco rrido
(bilhoes de ano s) I'
2 3
Sedimentos
mais an ti gos § § I
Formac;6es ferrfferas RODINIA PANGEA
Bacter ias
Eucariont es
Metazoarios
Fig ura 4.9 - Aumento da luminosidad e solar d esde a formacao d a Terr a c om varios marcos irnpor tantes do registro geol6gico e da evo iuca o
biol6gic a (ver c apitulo 20). Esc ala da lumi nosidade em porc enlag em do nlvel atual. .
( .....
~ 17
10 b ilho e s d e ano s. A lurru nosid ade e, ind uzia a rnanu tencao do calo r pelo tr ansit 6rios da s fl utuacoes e nt re 0 cicio
ponamo. a radiacao solar. d e Intensi- efeito estufa (ver fig ura 4 .9), em m ed id a d o carbone. lumino sid ad e e o utros fa-
dade rnenor n o s p rim o rd ios d a vida suficiente p ara garant ir tem peratures to re s, as ch am ada s forcantes ctlrna ti-
na Terra. aurne nro u e m ce rca de 25% arnenas o u ate mais altas q ue as atuats, cas, o rigi nara m g lacia <;6 es pa rcials em
a te os tempo s atua is. Portanto, n a pri- e a con seque nte e sta bil ida de dos ocea- a lg uns periodo s e, ao q u e p arec e, pelo
meira merade de sua hist6ria (nos eons nos. De alguma forma. 0 aurnento d a rnenos uma ep oca d e q laclacao g lo bal
Hadeano e Arquea no: ver apresem acao radiacao so la r incidente fol com p en - [denominada por cie ntistas d e Snow-boll
da divisao d o te mpo geolOgico no capi- sado, ao longo d o tempo, pel o cic lo Earth (Terra Bola de Neve)]. que pode ter
tulo 10). a Te rra rec e b ia rnenos energ ia do carbone (Q uad ro 4.1), ou seja , pel a. deixa do a Terra com si uacao clim atica
e era subste ncialmente rnais (r ia do que d issolu cao d e CO ] n o s o ceanos e sua p ecu liar (ve r capitulo 20).
aruatm enre. Po r o utro lado, a q uant ida- preclpua cao p ri ncipalmente como ca r- Sete g rand e s pe riod o s glaciais sao
d e maier de CO ] na atm o sfera antiqa bona te de calcto (calcarios). O s efeitos re c o nh e c id o s n a h ist 6r ia d a Terra .
° cicio do carbono represe nts as tran sferencias d e carbono en tre o svanes reservat6 rios terrestres que j unt os so mam mais d e 75.10" 9 C.
o qu e eo uivale a rnais de 75 milh6e s de bil h6es d e ton eladas. Desses reservator ios, 0 menor e a biosfe ra (0,56.1 0" 9 C), seguida pela
atmosfera (0,72.10" 9 C). d ominantemente so b a fo rm a de g as carb6ni co. Os oce anos (hid rosfera) arm azenam mu lto rnals carbo no.
42.10" 9 C, prin cip alm ent e sob a forma d e io n bica rbonato, e secund ariament e sob a forma de ion carbo nato . t a crosta (llt o sfera). no
entan to. que hos peda 0 ma is importante reservaro rio d e carb one, com ap ro xim adam ente 1.500 vezes rnais carb on o na for m a d e ro-
ch as carbonan cas (60.10" 9 CJ que na biosfera, hidro sfera e atmosfera j unta s, alern de mais um quarto dessa ma ssa (15.10" 9 C) co mo
materia sedimentar de or igem orqan lca. Os co mbustiveis fosseis (4.10" 9 CJ e a materia orqaruc a do solo (3.10" 9 C) rep resen am uma
pequena parceta do carbone encontrado na crost a.
° carbono ent re na atmosfera p rincipalmente como CO,. em anad o pelos vulcoes. pela respiracao do s organ ismo s e po r o utros p ro -
cessos de oxidacao da m ater ia orqanrca. e. mats recenternente, pe la queima de co m bustiveis f6sseis. Os processes que rnais ret iram
CO, da atmosfera sao 0 ln tern pe risrno qu im ico d as rochas (sllicatos). a di sso luca o nas aqu as, a fo tossint ese e a alt eracao d o s ba saltos
no s fundo s ocea nkos. A partir das aquas do ma r, e por rnedi acao or qa nica, 0 b icarbonate precip ita, formand o as ro chas calcarlas.
Quando estes ro chas sof rem subducceo e m etamorfism o, 0 CO, e novam ente liberado na atm osfera. fechand o 0 cicio.
As orinopals reacoes qu imi cas que ransferern 0 carbono de um reservatorlo a o utro podem ser esquematicamente assirn representadas:
2CO, + H,o + CaSiO, = 2HCO, + Ca,+ = CaCO, + SiO, =Ca'SiO, + ·CO, 6CO, + 6H,o + energia luminosa -> C,H,,o, + 60,
= Ca'· + 2HCO• + SiOz, = CaCO, + CO, + H,o
(0 reverse da reacao Iotossintese oxlqenica, respiracoo, transfer- Dioxide de carbona atmo sfericc
m a o s p rod ut o s da fotossintese no s cornponeme s inic iais, CO, +
~. I
/ 1
+
H,o + energia.)
·· '... Fotosl,ntese
·
. .
•
Um certo eq Ullib no en tre os varios reservat6 rios e ma nli do por \, Resp;.rac;ao
uma rede de feedbacks negativos, 0 q ue faz com qu e a temperatura
....
. -<l
. '!.
media da Terra permane<;aap roximadamente constante . Por exem- ' 0-
p lo. se 0 vulcanismo aumenta, colocando ma is CO, na atmosfera, Vulcanismo " . ! .'
Oceanos
' 0-
'
\~
a temperatu ra aumenta (pel o efeito estufa) e 0 intem pe rismo se '0
to rna m ais inten so. retirando mais CO, da atmosfera. Con sequen - . l . ~
(
'. :.1'
° mai s ant ig o, oc o rrido em to rno de glacial co planeta ~ a glacia<;ao Modema- det rit ico nao oxidado nos sedime ntos
2.300 m ilh6es de ano s arras. no inicio cornecou no m inimo ha 20 milh6es de antigos: graos de piri ta (Fe5,l e urani-
do eo n Pro ter ozoi co co rresp o nde a anos no hemis ferio sui e ha cerca de nita (UO,), suscetive is de serem rapi-
gla cia<;a o Huron ian a, partirula rrnente 2 a 2,5 m ilh6es de anos no herni sferto damente destruidos na presence de
bem representada nos dom in io s qeo - norte, perdu rando ate 0 presente. Hoje ox iqenio. Oxlqenlo livre (0,) cornecou
16gicos ant ig os do Canada. Em rocha s estam os vivendo 0 mais recente dos a aparecer na atm osfera ha cerca de
do fim d o Pro terozo ico, estao reg is- mu itos estaqios interglaciais da gla - 2,3 m ilh6es de ano s. com o pro duto
tr ada s as d uasq laciacoes mais in ten- ctacao Modema, iniciado ha cerca de da fotossintese exercida pelos organis-
sas da hist6ria da Terra: a Sturtiana . 10 mil enos, com ' p revisao" de novo avan- mos prim it ivos qu e habi avam 0 no sso
(750-700 Ma) e a Marinoana (630-600 <;0 glacial daqui a variesmilharesde anos. planeta (ver Figura 4.9).
Mal. ambas de carate r global o u q ua- Ale rn do CO" o ut re com po nen- Na fotossinte se o xlqenlca. (Qua-
se, atingin do lat itudes tro pic ais ('Te r- te da atmos fera de term inante para d ro 4.1), os organismos ut ilizam aqua
ra Bol a d e Neve"), e amba s tarnbern os processos ex6genos do planets e e gas carb6nico, comun s na natureza,
ide n tificadas, em regi stro s preserve- o ox iqenio. Existe cerro co nsenso de ma is luz solar como Fonte de enerq ia.
dos nas roch as do sui da Australia . que a atmos fera da Terra' inicialmente para produzir os carbo id ratos neces-
Recon hece-se, ainda, uma terceira foi an6xic a (sem oxiqen lo) e red utora. sarios para 0 met abol ismo, 0 cre s-
q laciacao no fim do eon Proterozoico, ° ambi ente redut o r da supe rficie e ci mento e a reproducao, Ao me sm o
um po uco m ais recent e e m en os ex- revelado pela presence de material tempo liberam 0 , para a atmosfera.
tensa, a Gaskiers (580- 540 Ma), ide nti-
ficada no Canada, no oest e africano e
] O(
no interior do Brasil. o
e;,
A Fig ura 4.10 mostra as rnud ancas ~ 8
::l
;;; 6
na tem peratur a g lobal med ia da su- ;;;
a. 4
perfi cie da Terra desde 630 m ilh6es E
~ 2
de anos arras ate hoje , bem como
.
'"
"0 0
a ex ensao latitudinal dos avances
-g
.
~ -2
-4
glaciais. Verifica-se que as tempera- :;
turas medias globais va riaram gra- O·
du alm ent e em todo 0 periodo, na
10· o
.
.~
escala de milh6es de anos. A amplitude
20·
... c
.v-
v
""
~ 3:
"o
.;;;
c
da variacao e da ordem de 10 °C. com ~ C
"0
" o
dois minimos pro nunciados no Fane-
0
" :;
rozoico: um pr6xim o ao fim da era Pa -
...o.
v-
Foi so me nte entre 2.3 e 1,8 b ilhoes ve ito, o s eucariontes. do surgi me nto dos p rim eiro s anima ls:
de anos qu e a p roducao d e ox iqenio Daf em di ante, a co ncen t racao de este s, junto co m as p lan tas, invadi ram
fotossintet tco co m ec;o u a supera r seu ox lq enl o subiu ate estab tllzar-se nas os co nti nentes bern rnais tard e. no Pa-
co nsumo pelo s p rocessos d e pr ecip i- concentra coes "no rm als" d o Fane rozo i- leozoico. en tre 450 e 350 mi lh oes de
tacao das forrnacoes ferri feras, intern- co. p r6xima s de 20% do vo lum e totaI an os, quando desen vo lveram ma nei-
perismo, hidrotermalismo. oxidacao da at mosfera. Este aum en to do ox iqe- ras d e se suste ntar e sob reviver fora
de male ria o rqanica, ent re o ut ros . n io atrnosferi co. alern de p ressionar a do s am bi entes aq uoso s.
res indicativas d e antigo s d esert os d e biente de or igem d e m ar tep ido e c1i m a a biosfera (tanto marinh a como co nti-
reg io es co ber tas pe lo gelo, lag o s, m ares tropical. nental), atmosfera, ocean os e litosfera,
r 128
",: ..
bem como 0 tipo de veqetacao predo- clima da Terra tem apreseruado flutu a- iniciado ha aproximadamente 50 m i-
. min ante no ambi en te continental. coes d clicas mais ou menos tntensas. lhoes de anos. que modificou sensivel-
A figura 4.11 (I' a figur a 4.1 4 rnais com tendencia ao decresorno de tem - mente a drculacao atrno sferka globa l.
adiante) rnostra a evolucao da tempe- peratura. Essas flutu acoes incluem os Mas foi sornente a part ir de 20 rnilhoes
ratura da Terra desde a Era Mesozoica, ciclos glaciais I' interglaciais do periodo de anos arras qu e a Ant arttca ficou
em diferentes escalas de tempo, com Ouaternarto (iniciado ha 2,5 milh6es de isolada term lcamente, circundada po r
detalharnento crescente. Apos a exten- anos),Hoje desfrutamosde uma temp e- uma corrente marinha q ue forneceu a
sa qlaciacao Gondvanica do Paleozoico, ratura media arnena.de 15 °(' caracterls- umi dade necessaria para a forma cao
a Era Mesozoica foi caracterizada por um tica do atual estaqlo interglacial. do gelo da caleta polar. No hemi sferio
clima muito quente. Animais adaptados As causes desse res riarnento nao nor 1', na ausencla de masses con i-
ao calor, como dinossauros, tartaruqas estao cornpletarnente eq uactonada s. nentais no polo, a caleta de gelo so se
I' crocodilos, viviam ao norte do d rculo mas pode m ester ligadas ao levant a- instalou muito rnais tarde, em torno de
polar aruco I' recifes de corals esten- mento do plato tibetan o no Himalaia, 2 ou 2,5 milh6es de anos arras.
diam-se ate 40° de latitude. As tempe-
Reg istro continuo d e sedimento s oceankos
ratu ras g lo bais m ed ias situavarn-se
8 a 10 °C acima das atuais. havia altas
.
... ..
'0
o
nivel do mar encontrava-se 100 a 200 m e;,
~
------------1- -----------------
acima do atual I' desertos ocupavam ;l
.g
extensas areas do s continentes. Particu- ..e
a.
u,
to estufa. Alern disso, os extensos mares M ilha res d e anos antes do presente
( 1ZZ I
Ha cerca de 125 mil anos oco rreu 0 caraier global desses eventos, denorn i- ating ir as medias atuais. Essa tendencia
pica do ultimo estaqio interglacial ante - nados event os Heinrich, e nu merados de para 0 aquecimento foi interro mpida
cedente ao atual. denominado Eemiano HI a H6, do mais recent e ao mais antigo po r alguns inte rvalos mais frios. 0 rnais
nos Alpes e Sangamoniano na America (Fig ura·4.11c). 0 evento Heinrich 1 marca irnportanre deles ink iou-se ha aproxima-
do Norte (ver figura s 4.11 b e c). Sabe-se o terrn ino da "ldade do Gelo," ha cerca de damente 13 mil anos e du rou cerca de
a part ir de eviden cias geol6g icas e isoto- 14 m il anos (Figura 4.14a). 3 m il anos (ver figu ra 4.1 4a). Esse inte r-
picas qu e 0 c1ima era mais q uente e mais Na parte final do Pleistoceno (ver valo glacial e chamado Younger Dryas
urnid o q ue hoje. Assim a fauna tropical se figu ra 4.11 c e tarnbern capitulo 10), a em referenda a um qenero de plan ta
estend eu a e regi6es que hoje fazem par- temperatura aum entou rapidamente ate (Dryas) tipico de c1ima mu ito frio e que se
te da Inglaterrae da Alem anha e muito do
gelo da Antartka derreteu-se. elevando 0 ca,
nivel do mar 4 a e rnetros em relacao ao '"
:; Evento Heinric h
OJ 2 Oti rno clirnatico
atual, A este estagio interg lacial seguiu-se :;;
c.
o mais recent e estaqio glacial,den omina - E
~ 0
do Wisconsiniano na Ame rica do orte e '"
"t>
•
:E
. 18 16 14 12 10 8 6 4 2 o
Os periodos mais qu entes, ou inte- Milhares de anos ante s do presente
restaqiais, duraram m uito pouco, normal-
mente rnenos de 2 mi l anos, e seguiram oe,
o padrao cam um de elevacao aorupta de
tem peratura e resfriamento gradual (ver
a'"'" Ot imo medie~al
:;;
c.
figuras 4.11 b e c). Nesse ultimo periodo E
~
glacial 0 Wiscansiniano ou WOrm, qu e '"
"t>
Renasce nc;a
carresponde a chamada "Idade do Gelo: '"
.~
OJ
o homem das cavernas co nvivia cam ~
rnarnut es, tigres dente-de-sabre e ou tros
'"
v-
c
Holo ceno
- 1
'":>
-e
mamiferos bizarros, agora extintos. :E 1000 1100 1200 1300 1400 1500 1600 1700 1800 1900 1995
No climax da "Idade do Gelo: 0 Atlan- Ano (d .C,1
tica Norte estava congelado desde a
.Groenland ia e 0 Canada ate a Ing laterra
(Figura 4.1 3). A co rrente do golfo, que
2:
~ 0,4
I I
;:l
hoje aq uece a Europa, nao chegava '":;; 0,2
Q.
E
- -15---c
mais ao nort e, de modo q ue os icebergs
~ 0 - - - - - - . _---- - - - - --_ -- - - - - _. -
akancavarn regi6es mui to mais ao sul, '"
"t>
em que vivernos atualmente. As causas quantidad e de energ ia emiti da pelo Sol e concentracao de CO2 na atmo sfera (Figu-
dessas flutuscoes chm ark as bru scas nao receb ida pela Terra. A partir de 1920, no ra 4.1 5) sugerem que os gases do efeuo
sao bem compreend idas. mas parecem enranto, a temperatura voltou a subir ate estufa tarnbern sejam causadores das
ester ligadas a variecoes nos padr6es de os niveis recent es (ver tigura 4.14c). flutuacoes climaticas. Em bora existam
circula<;ao oceanica.
As causas dessas e de ou tras flu tua- m uitas evidenclas do efeito do CO2 como
Aumento de temperatura
no seculo xx
Considerando 0 periodo desde 18 mil anos arras ate 0 inicio do seculo xx, 0 c1ima global
esquentou varies graus, 0 nlvel do mar subiu eerca de. 120 mea concentracao de CO 2 passou
de 180 para 280 ppmv (partes por rnilhao em volume). .
globa l m ed ia vem cre scendo m e sm o sec ulo xx fo ram provavelm en te as
P
orern , desd e e n tao. 0 au men -
to d e temperatu ra da Terr a em pr ofund idade s de ate 3.000 m e - ma is altas dos ultirno s 1.300 an o s. As
tem se acelerado, lentamente tros. .Onze dos doze anos d e 1995 a co n seq uencias sao particular m ente
n o inieio, mas de forma mu ito ac en - 2006 estao ent re o s doze anos m ais ev ldentes no ma r Art ico, o nde 0 g elo
tuada a partir de 1960. Nos o ceanos, quentes reg ist rad o s des de 1850. As reg rediu 2,7% p or decad e. Entr e 196 1
observacoes diretas desde a an a d e ternperaturas medias no hernlsferio e 2003, 0 nivel do mar sub iu em m ed ia
1961 mastram que a temperatu ra norte dura nte a seg u nd a m etad e do 1,8 rnrn/ano, a que se acentuo u no
' r. .
periodo de 1993 a 200 3 com uma me - seu auge . Po rt ant o. ate 0 momento, (Figura 4.16). A concent racao de CO,
dia de 3,1 mm/ano . Com lsso, a subi- nao e possi vel dizer se a perda do na at mosfera passou de 280 ppmv em
da d o nivel do mar ao la nge do secu- ge lo no Mon te Kilimanja ro se d eve 1900 para 380 ppmv em 2005, sendo
10 xx foi de 0,17 me tr o s. Levand o em a uma tend en cia glob al de aumento que a maior taxa d e crescime nto se
co nsid eracao as tnfo rrnacoes pale o- de tempe ratura ou a uma vartacao deu entre 1950 e 2005. Com 0 CH. e
clirnatic as disponiveis, a exemp lo de no cic io normal de ava nce s e recuo s o ,0 tarnbern acont eceu fen6 me no
dad os d e testemunh o s de ge lo (ver das geleiras dest a mon tanha que se semelhante conform e apresenta do
figu ra 4.1 ·2) a ul tim a vez que as re- encont ra em cond lcoes geogrcificas na figura 4.1 7 adiante.
gioes po lares estivera m mais quen - tao especiais . ° aume nto da co ncen tracao do
tes do qu e at ualmente foi ha 125 ° IPCC (Int ergovernamentol Panel CO, oco rre pr imar iamente por quei-
mil ano s quand o as temperaturas on Clima te Change, ver quad ro 4.2 ma de comb ustiveis f6sseis e por
medias eram de 3 a 5 °C maiores e adiante). uma aqreqacao de mais de mudanca s no usa da terra, enqua nto
o de rretime nto do gelo polar levou mi l repre sentantes da co m unidad e o aumento de CH. e Np e p rima ria-
a um aumen 0 d o nivel d o ma r de cie ntific a mundial. em it iu em 2007 mente dev ido a agricultura . A con-
4 a 6 m. seu ultimo relat6r io cien tffico. que ce nuacao at mosferica de CO, em
° aq uecimento gl obal tarnb ern co nfirma e fortale ce arg ume ntos 2005 .excede os valores reqi strados
tem afetado geleiras em mo ntanhas ap resentados em relat6ri o s ant erio - ao lange dos ultirnos 650 mi l anos,
no mundo inteiro. Foi responsavel, por res. Atr ibuiu, com alta probabil id ade, o me smo acon tecendo com 0 CH.
exemplo, pelo der ret im ento da geleira a elevacao de tem peratura no seculo (1774 ppbv, ou partes por b ithao em
. .
Chacaltaya, a mais de 5.500 metros de xx e 0 co nseq uente aume nto no nl- vol ume em 2005 versus os valo res
alti tude na Bo livia , que ate h<i pouco vel me dic d o s oc eanos ao aument o entre 320 e 790 ppbv regisrrados nos
tempo era a rnais alta pisra d e esqui da co ncentracao do s gases de efeito ul tlm os 650 mil ano s). A concen tra-
na neve do mundo. Ha, inclu sive, um estufa de rivados d a acao ant r6pica c; ao de Np passou de 270 ppbv em
exem plo muito citado neste co n-
text o que merece reflexao: e 0 caso 0,6 , . - -- - - -- - - - -- - -- - - - - - -.,14,6
da ret racao das gelei ras situadas a
mais de 5.000 me tros no topo d o 0,4
Monte Kilima njaro, u m rnacico vulca -
nico da Africa equatorial. Aco ntece, 0,2
porern. q ue essas ge leiras nao estao
de rretendo; as tem pera uras am- 2 0,0
bienta is cont inuam abaixo d e 0 °C '"
V'
c:
e uro sfere. m as
10000
Figura 4 .17 - Evolucao cos gases de eteito estuta desde 1850. Conce ntracoes atmosft~H l ca s
de cioxioo de carbone (a), metano (b) e oxide nitroso (e) dura nte os ultimos 10 mil anos
(quadros ma jores ) e desde 1750 (quadros meno res) . Fonte: IPCC. 2007 .
..
tarnbern em reracao a b iosfera.
(