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COMPLEXO ESCOLAR PRIVADO ALBERT EINSTEIN

CONTEÚDO DE GEOLOGIA - 11ª CLASSE

Tema: A ESTRUTURA DA TERRA.


Sumário: A Atmosfera, Hidrosfera e Biosfera. Métodos de estudo para o conhecimento da
estrutura interna da Terra. A Sismologia para o conhecimento do Globo terrestre.

Introdução
A presente aula que tem como sumário, Atmosfera, Hidrosfera, Biosfera, Métodos de
estudo para o conhecimento da estrutura interna da terra e a Sismologia para o conhecimento do
Globo terrestre; Abordará sobre os elementos da superfície externa da terra, a causa das
actividades sísmicas e vulcânicas e uma breve introdução sobre a Sismologia.

Atmosfera
A atmosfera terrestre é uma mistura de gases que envolve a Terra, podendo entrar
no interior da hidrosfera, da biosfera e da superfície sólida ou geosfera, conhecida também por
litosfera, e que contribui para a ocorrência de muitos fenómenos.
A atmosfera, por intermédio da sua camada de ozono (O3), protege a vida na Terra contra as
emissões dos raios mortíferos, como por exemplo os raios ultravioletas.
Ademais, é na atmosfera onde ocorrem os elementos ou factores atmosféricos, tais
como a temperatura, a pressão, o vento e a humidade, assim como os acontecimentos que daí
resultam. A título do exemplo, a chuva e a neve, motores dos processos geológicos que afectam a
superfície da Terra, sendo por isso do ponto de vista de um geólogo, a atmosfera é um agente
evolucionário essencial na morfologia de um planeta. De modo aposto, o estudo da superfície de
um planeta, primeiramente a Terra, pode levar a um entendimento sobre a história da atmosfera e
do clima do planeta.
A composição da atmosfera actual está representada no quadro seguinte:

Atmosfera
Azoto (N2) Oxigénio Dióxido de Árgon (Ar) Vapor de Outros gases
Carbono água (H2O) (néon, hélio,
(CO2) metano
ozono)
78% 21% 0,03% 0,9% Quantidades Quantidades
variáveis mínimas
A atmosfera atinge a densidade máxima na troposfera. A densidade diminui,
progressivamente, nas camadas superiores até à ionosfera e exosfera, onde as moléculas e os
átomos dos gases deixam de ser electricamente neutros, uma vez que se encontram ionizados.

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A troposfera assim como as outras zonas da atmosfera encontram-se representadas na


seguinte figura.

Figura 1 esquema das camadas da atmosfera


Hidrosfera
A hidrosfera é o conjundo das águas naturais que correm à superfície e no interior da
Terra. A hidrosfera é constituída pelos oceanos, rios, lagos e glaciares, bem como pelas águas
subterrâneas.
Os oceanos são os maiores depósitos de água salgada (97,5%) em relação aos depósitos
de água doce. Estes são os mais importantes para a vida e para a indústria, mas representam
somente (2,5%) de água doce. Contudo, o grande reservatório de água doce (74%) encontra-se
congelado, constituindo os calotes as calotes polares e os glaciares de altitude.
Nos reservatórios subterrâneos encontram-se 98,5% da água doce não gelada. Na
atmosfera está armazenada uma pequena fracção e uma porção ainda menor está na biosfera,
enquanto que a restante água doce forma os rios e os lagos ou introduz-se nos solos.

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Na natureza, a água desloca-se de um reservatório ou depósito para outro. Este


movimento é designado por ciclo hidrológico. Os grandes motores ou agentes deste ciclo são a
energia do Sol e a força da gravidade.

Biosfera
Muitas vezes, ocorrem acontecimentos que alteram provisoriamente as condições de
equilíbrio.A penetração e acção mútua dos envoltórios terrestres, ou seja da atmosfera, hidrosfera
e geosfera, determinam o desenvolvimento dos processos que se verificam na Terra. Por
exemplo, uma grande erupção vulcânica, que emite para a atmosfera uma grande quantidade de
cinzas, poderá provocar mudanças climáticas traduzidas em inundações em alguns locais, secas
noutros e afectar a produção vegetal e as cadeias alimentares. Isoladamente,, podem acontecer
alterações graves na Terra que criam desiquilíbrios responsáveis pela extinção de muitas
espécies.

A terra é um sistema fechado. Esse sistema estabelece trocas de energias com o Espaço
sob a forma de calor, mas não há permuta ou troca de matéria. Entende-se por sistema qualquer
parte do Universo constituída por massa e energia e que se considere separadamente, com a
finalidade de o observar e investigar. Um sistema é fechado quando não há permuta de massa
entre ele o seu meio envolvente, podendo existir trocas de energia entre si.

O facto de a Terra ser um sistema fechado tem algumas implicações:


 Alguns recursos naturais do planeta Terra, como por exemplo o petróleo e os diamantes,
não são renováveis. Por isso devem ser explorados e utilizados com prudência.
 Os materiais residuais, quer dizer os poluentes, permanecem dentro das fronteiras do
sistema ou da Terra, o que pode afectar o seu equilíbrio.
 Os componentes da biosfera são zonas naturais e dinâmicas em que ocorrem,
permanentemente, alterações que envolvem o ciclo de matérias e fluxos de energia.

No sistema terrestre, há a considerar duas fontes principais de energia: uma fonte externa que
é o Sol, uma fonte interna que é a energia térmica proveniente do interior do planeta.

Métodos de estudo para o conhecimento da estrutura interna da Terra


A Terra é um planeta activo tendo em conta as actividades sísmicas e vulcânicas que
resultam das tensões e da energia interna.
Estrutura interna

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Os cientistas elaboram modelos sobre a estrutura interna da Terra e procuram verificá-


los. Por isso, recorrem aos métodos de estudo da Geologia, tais como, os métodos directos e
indirectos.
Os métodos directos permitem o conhecimento directo da Terra e este conhecimento está
limitado a uma película ou zona terrestre muito fina. Os métodos directos conhecidos são:

 A observação e o estudo directo da superfície terrestre – contribui para o conhecimento


da superfície terrestre.
 O vulcanismo – as erupções vulcânicas emitem materiais oriundos de grandes
profundidades (100 a 150 km). Os magmas experimentam alterações durante a sua
subidana crosta terrestre, e o seu estudo permite concluir sobre as condições de
temperatura que existem no interior da Terra, assim como sobre a composição química.
 As sondagens – permitem aos cientistas verificar os seus modelos sobre a estrutura
interna da Terra, retirando da Terra, colunas de rochas referentes a milhões de anos, e que
relatam a história do planeta.
 A exploração de jazigos minerais realizadas em minas e escavações – permite obter
dados até profundidades maiores.

Figura A Figura B

Figura 2 Os conhecimentos sobre o interior da Terra, obtidos por sondagens (A) ou minas
(B), não vão além dos 8 km de profundidade, o que é pouco face ao raio terrestre, estimado em
cerca de 6400 km.

Como se constata, as informações que derivam dos métodos directos apenas estão
relacionadas com uma pequena espessura do Globo terrestre.

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Com o conhecimento directo da Terra é possível somente numa pequena zona, para obter dados
indirectos sobre a estrutura e condições do interior do planeta Terra, os cientistas recorrem aos
métodos indirectos, nomeadamente à Astrogeologia e aos métodos geofísicos ou Geofísica.
A Astrogeologia ou Planetologia é o estudo geológico comparativo dos corpos do Sistema Solar.

Hoje, a Terra é estudada tendo em conta os outros corpos celestes, com os quais tem uma
origem comum, e a existência entre eles de múltiplas influências. As explorações lunares (1969-
1970) permitiram conhecer as idades aproximadas da Lua e de certos meteoritos (4500 M.a),
respectivamente.

A apartir do início das explorações lunares surgiu a ideia de estudar a origem ou


formação do Sistema Solar e, logo, da Terra. Esta seria tão velha quanto os outros corpos do
Sistema Solar. Para esclarecer ou explicar este problema e outros, tem-se vindo a desenvolver
estudos comparativos dos diferentes corpos do Sistema Solar, especialmente o dos meteoritos e
da Lua.
Em Astrogeologia aplicam-se princípios e métodos geológicos. As informações fornecidas a
respeito, como por exemplo relativas à composição e estrutura interna da Terra, são utilizadas
para completar os modelos propostos por cientistas.

Cita-se, a este respeito, o estudo dos meteoritos que permitiu comparar a natureza e a
composição destes meteoritos com as zonas que se supõem constituírem o interior do planeta
Terra. A Geofísica é uma ciência que utiliza os princípios da Física e da Matemática, com o uso
de instrumentos de medida para determinar as propriedades físicas do planeta Terra, permitindo
conhecer a sua estrutura, a sua composição, entre outras características.
Exemplos de métodos geofísicos: o método magnético, o método gravimétrico, o método
electríco e o método sísmico. Para melhor compreender este tema vamos debruçar-nos apenas
sobre o método sísmico, ou seja, sobre a sismologia.

A sismologia para o conhecimento do Globo terrestre


A sismologia é o estudo dos sismos ou tremores de terra e da estrutura da Terra, através
das ondas sísmicas originadas pelos sismos ou terramotos. De acordo com algumas estimativas, a
Terra estremece, aproximadamente, um milhão de vezes por ano devido aos sismos.

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O sismo é definido como sendo um movimento vibratório e brusco da superfície da


Terra, podendo ser provocado por uma súbita libertação de energia em zonas não estáveis do
interior do planeta Terra.
Em cada ano, ocorre no mundo um sismo catastrófico qe liberta uma energia cerca de mil
vezes superior à energia de uma bomba atómica, provocando destruições e uma média de 14.000
vítimas humanas. No entanto, existem sismos cujos abalos não são sentidos porque não são
fortes e não causam danos.

Os sismos que são sentidos pela população são conhecidos por macrossismos, enquanto
que aqueles que não são percebidos pela população são designados microssismos.
De entre os riscos naturais, os riscos ou perigos sísmicos são os mais mortíferos. Para além da
perda de vidas humanas, os riscos sísmicos provocam a destruição, por vezes, de regiões inteiras,
causando prejuízos consideráveis. Porém, os sismos constituem uma oportunidade para que os
cientistas compreendam o interior do planeta Terra. Hoje em dia, se conhecemos a estrutura da
Terra é graças a interpretação do comportamento de ondas sísmicas que se propagam através do
Globo terrestre.

Conclusão
A atmosfera terrestre é uma mistura de gases que envolve a Terra, podendo entrar
no interior da hidrosfera, da biosfera e da superfície sólida ou geosfera, conhecida também por
litosfera, e que contribui para a ocorrência de muitos fenómenos.
A hidrosfera é o conjundo das águas naturais que correm à superfície e no interior
da Terra. A hidrosfera é constituída pelos oceanos, rios, lagos e glaciares, bem como pelas águas
subterrâneas.
A biosfera é uma zona em que no seu interior se desenvolve a vida. Esta abrange a
atmosfera, a hidrosfera, e a parte superior da geosfera ou litosfera. Em cada um destes
componentes da biosfera existem seres vivos. Os cientistas elaboram modelos sobre a estrutura
interna da Terra e procuram verificá-los. Por isso, recorrem aos métodos de estudo da Geologia,
tais como, os métodos directos e indirectos.
Os métodos directos permitem o conhecimento directo da Terra e este conhecimento está
limitado a uma película ou zona terrestre muito fina. Os métodos directos conhecidos são:
observação, vulcanismo, As sondagens e exploração de jazigos minerais.
A sismologia é o estudo dos sismos ou tremores de terra e da estrutura da Terra, através das
ondas sísmicas originadas pelos sismos ou terramotos.

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