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“Geologia Histórica é uma ciência integrada que combina informações de quase todos os outros
ramos da ciência da Terra, de forma tal, que a história geológica brota como um produto natural”
(Krumbein., W.C. and Sloss.; L.L. “Stratigraphy and Sedimentation”. W.H. Freeman and Company. California. 1956.)
Geologia
As condições atuais do planeta Terra representam um momento passageiro dentro de um processo em
permanente evolução. Por esta razão, é necessário conhecer o processo evolutivo, isto é, a História Geológica
do princípio ao fim. Esta evolução diz respeito às modificações específicas sofridas pela atmosfera do planeta,
até os dias de hoje.
As condições atuais da atmosfera fazem parte de um conjunto que abrange:
- os movimentos do planeta no espaço,
- a posição atual dos continentes sobre o globo e
- o funcionamento interno do globo.
Desde o primeiro registro geológico o planeta gira em sua órbita ao redor do Sol, com seu eixo de
rotação inclinado sobre a eclíptica em ângulo de 23º 27’. Seu clima está definido: é quente na região tropical
ao redor do plano da eclíptica, e esfria à medida que se afasta na direção das altas latitudes, onde a insolação é
menor, e onde se formaram as calotas polares. Os pólos são escuros e gelados ou iluminados e menos gelados,
a cada seis meses, dependendo apenas da posição da Terra no seu movimento ao longo da eclíptica.
De fato, a história da Terra é a história do seu grau de energia a partir de um ponto máximo, até outro
ponto quando então se organiza o volume da esfera em: núcleo, manto, litosfera, hidrosfera e atmosfera, a
última camada da estrutura terrestre.
História Geológica
No processo de resfriamento do planeta é iniciada a formação dos elementos constantes na Tabela
Periódica de Mendeleyev. Após os elementos, formaram-se os compostos segundo suas afinidades físico-
químicas, originando dois tipos de magmas distintos tanto pela densidade como pela cor. Um deles é escuro,
muito denso e dará origem às “rochas oceânicas” (basaltos); o outro magma é claro, menos denso, flutuando
sobre o primeiro e dará origem às “rochas continentais” (granitos). Finalizado o processo de resfriamento
o panorama geológico fica definido: dois tipos de rochas na superfície do globo, a água ocupando as partes
baixas da topografia, e os gases da atmosfera completam o corpo do planeta.
O volume magmático/litosférico será modificado pelos movimentos decorrentes da energia interna
do planeta. Estes movimentos serão estudados sob o nome de “Tectônica”, em capítulo próprio do livro
mencionado acima. A outra modificação se fará sobre a atmosfera. Esta será afetada pela energia do Sol
chamada insolação.
Daqui por diante daremos ênfase especial ao processo evolutivo acontecido na atmosfera da Terra e
suas conseqüências.
No início, fazendo parte da composição química da atmosfera estão principalmente: o CO2 e o nitrogênio,
um gás inerte. Como decorrência da propriedade de catenação do carbono, que consiste na capacidade de ligar-
se entre si e com outros gases, sob a energia do Sol, as cadeias orgânicas crescem ininterruptamente. A energia
que liga as moléculas permanece nelas, e quanto mais moléculas são ligadas mais energia elas transportam.
Mais energia implica maior massa, quando entra em cena a gravidade da massa do planeta. Esta informação é
crucial para o entendimento da composição química da atmosfera atual.
A Gravidade da Terra e a Vida Vegetal
As moléculas dos hidrocarbonetos formadas pela energia do Sol e já com determinada quantidade de
massa passam a ser atraídas pela gravidade da massa da Terra e a se fixarem na superfície, em todas as partes
do globo, continentais e/ou marinhas, procurando adaptarem-se ao novo ambiente. Começa o processo da
rarefação do CO2 na atmosfera, como conseqüência do início da vida vegetal. O aparecimento dos vegetais
dá início ao processo fotossintético e o consumo do CO2. A rarefação deste gás permite maior insolação,
fenômeno que acarreta o lento aquecimento da superfície do planeta.
Quantitativamente, os vegetais consomem seis moléculas de CO2 para o seu crescimento e produzem
seis de O2 para atmosfera, pela oxidação da água retirada do solo. Cresce o percentual de O2 na atmosfera e
decresce o de CO2.
A fórmula do fenômeno da fotossíntese deixa claro o processo dinâmico de funcionamento da atmosfera
do planeta: os vegetais fixam o CO2 formando o combustível da natureza, e exalam o oxigênio, o comburente
do planeta.
Combustível Comburente
ENERGIA SOLAR
Nota: a colocação do verbete energia na fórmula química resultante é uma idéia de mostrar a energia fixada
no vegetal.
A quantidade máxima de CO2 da atmosfera inicial está toda transformada no petróleo que usamos
hoje. Há um grande equívoco na idéia sobre o CO2: a porcentagem de gás carbônico na atmosfera é mínima e
decrescente, e não crescente (Fig. 1).
A qualidade de vida dos vegetais não muda enquanto houver CO2 na atmosfera. A vida dos animais
vai se modificando e exigindo novas adaptações à medida que o CO2 se rarefaz e cresce a quantidade de
oxigênio.
Este é o funcionamento dos processos:
- De criação, evolução e extinção das espécies.
- Da gênese do combustível e do comburente da natureza.
Ao queimar qualquer combustível, inclusive petróleo, retirando dele a energia de que é portador, ele se
desfaz nos seus componentes químicos originais, água e CO2, e assim resgatamos o gás carbônico inicial que
serviu e serve para alimentar os vegetais.
Efeito Estufa
De fato, o funcionamento da atmosfera do globo terrestre não permite qualquer hipótese sobre o
aquecimento do planeta causado pela emissão de gás carbônico proveniente da queima do petróleo.
Os efeitos do gás carbônico são temidos apenas pelo desconhecimento do que se chama de “Ciclo
da Energia”.
Além de ser uma quantidade muito pequena (0,032%), o gás carbônico se mistura, homogeneamente,
nos outros gases, e é imediatamente absorvido pelos vegetais, em todos os ambientes, continentais e marinhos,
sem qualquer possibilidade de se acumular em qualquer lugar. Vale lembrar que a população consumidora de
CO2 – os vegetais – é muito maior do que a população que repõe o mesmo gás – os homens e suas máquinas.
Além disso, a energia usada no processo de retirada do CO2 da atmosfera é infinita: a luz solar.
O processo descrito acima determina também que o fim da vida no planeta é fatal (Fig. 2), mas é possível
uma postergação da mesma pela reposição do gás carbônico para a atmosfera, queimando principalmente
petróleo. E só a espécie humana pode fazer isso! Esta é a forma de recuperar o gás necessário para o alimento
dos vegetais, além de providenciar novos campos de trabalho para os habitantes do planeta.
O processo da reposição do gás carbônico é muito recente, desde que o seu uso mais intenso só começou
depois da II Grande Guerra (1939-1945), e o consumo abundante de petróleo só se faz em países de primeiro
mundo ou industrializados. A maior parte dos países usa pouco petróleo.
Os fatores determinantes da variação da temperatura do globo são:
- A energia do Sol ou insolação.
- A velocidade dos movimentos de rotação e translação da Terra.
- A inclinação do eixo de rotação do planeta sobre a eclíptica.
Esses três parâmetros são absolutamente fixos na dinâmica natural do planeta, como observado no
campo, o laboratório do geólogo.
A temperatura média do globo terrestre varia dentro de uma faixa que vai, aproximadamente, de 50º C
positivos a 50º graus negativos (Fig. 3) e só depende dos fatores citados.
FIGURA 3