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LÍNGUA

PORTUGUESA
Caderno de Questões Inéditas de Língua
Portuguesa – Funatec

Livro Eletrônico
LÍNGUA PORTUGUESA
Caderno de Questões Inéditas de Língua Portuguesa – Funatec
Bruno Pilastre

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Caderno de Questões Inéditas de Língua Portuguesa – Funatec........................................................4
Gabarito...............................................................................................................................................................................20
Gabarito Comentado.....................................................................................................................................................21

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Apresentação
Neste Caderno de Questões Inéditas de Língua Portuguesa, apresento um conjunto de
50 questões, as quais contemplam o seguinte conteúdo programático:
1. Compreensão e intelecção de textos.
2. Tipologia textual.
3. Ortografia.
4. Acentuação gráfica.
5. Emprego do sinal indicativo de crase.
6. Formação, classe e emprego de palavras.
7. Sintaxe da oração e do período.
8. Pontuação.
9. Concordância nominal e verbal.
10. Colocação pronominal.
11. Regência nominal e verbal.
12. Equivalência e transformação de estruturas.
13. Paralelismo sintático.
14. Relações de sinonímia e antonímia
As questões objetivas deste caderno serão formuladas na modalidade Múltipla Escolha.
Espero que o estudo da parte teórica e a resolução das questões deste caderno poten-
cializem a sua preparação.
Bom, agora é mãos à obra!

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CADERNO DE QUESTÕES INÉDITAS DE LÍNGUA


PORTUGUESA – FUNATEC

Texto para as questões de 1 a 7

A intervenção de interesses privados na segurança pública no Rio de Janeiro


“Salve-se quem puder.” No que tange às políticas de segurança pública, o Rio de Janeiro
parece levar esse dito popular ao paroxismo. Mas quem pode se salvar? Eis o não dito que
ajuda a entender como se trata menos de inação que de um tipo específico de ação pública.
Aquela que se propõe a salvar uns em detrimento de outros, antes a vida social das coisas
que a das pessoas. Num estado que ostenta uma taxa de letalidade violenta acima da média
nacional – concentrada nos jovens pretos, pobres e periféricos –, a prioridade dos órgãos de
segurança pública tem sido a defesa da propriedade, não da vida, derramando-se, inclusive,
muito sangue para esse fim. Sustentamos aqui a hipótese de que as políticas de uso da for-
ça legal no Rio de Janeiro se dirigem principalmente à proteção patrimonial e têm sido cada
vez mais pautadas por grupos cujo interesse é salvar-se das crescentes ameaças à posse e
circulação de riquezas no estado.
Já há algumas décadas ouve-se falar que as mortes em favelas e periferias são produto de
uma violenta e fracassada guerra às drogas. No entanto, a circunscrição territorial da repressão
a um mercado reconhecidamente transnacional, operando por atores muito mais diversificados
que os pretos e pobres mortos em favelas, indica haver outra preocupação que se sobrepõe
ao combate às drogas. É bem verdade que o traficante figura no imaginário popular como o
inimigo público número um, eclipsando o ladrão. Só que as prisões em flagrante no Rio de
Janeiro têm ocorrido antes por crimes contra o patrimônio, como roubo (34%), furto (26%) e
receptação (4%), que somam 64% do total de flagrantes, do que por tráfico de drogas (22%)*.
Ainda do ponto de vista da violência extralegal (e suas conhecidas relações com os poderes
oficiais), desde os primeiros esquadrões da morte dos anos 1950 até suas metamorfoses
nos dias atuais, é o ladrão, e não o traficante, o alvo preferencial dos grupos de extermínio.
Qualquer “dono de morro” carioca sabe como preservar o cotidiano de suas “bocas de
fumo” mediante a negociação do “arrego” com as forças da ordem, mas não pode se salvar
das operações dessas mesmas forças quando da recuperação de veículos roubados. Por
isso, traficantes sempre se esforçaram para controlar a atuação de assaltantes, por vezes
sacrificando-lhes a vida para manter seus negócios. Nos últimos cinco anos, entretanto, a
incidência de roubos no estado cresceu 83%, o que aponta para uma transformação em curso

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nos mercados criminais fluminenses. Circulam entre policiais e moradores de favelas rumores
de que alguns chefes do tráfico estariam agora incentivando roubos e participando de seus
lucros, em vez de reprimi-los. É a resposta a essa transformação que parece pautar as recen-
tes iniciativas de reforço na segurança pública, que culminaram com a intervenção federal.
* Dados da pesquisa “Liberdade mais que tardia: as audiências de custódia no Rio de
Janeiro”, realizada pelo Cesec em parceria com o Iser e publicada em dezembro de 2016.

(Fonte: Carolina Grillo e Daniel Hirata. Le Monde Diplomatique Brasil. 2.5.2018)

001. (INÉDITA/2022) Sobre os sentidos e a estrutura linguística do texto precedente, é COR-


RETO afirmar que:
a) o título do texto pode ser classificado como uma frase nominal.
b) os autores defendem que as forças policiais devem concentrar a sua atuação na proteção
patrimonial, especialmente de grupos privados.
c) no último período do texto, a oração “que culminaram com a intervenção federal” restringe
os sentidos de “recentes iniciativas de reforço na segurança pública”.
d) no penúltimo período do último parágrafo, a adoção da forma verbal “estariam” denota certeza.

002. (INÉDITA/2022) As expressões destacadas sinalizam, de forma explícita, o ponto de


vista dos autores em relação àquilo que se diz, EXCETO em:
a) Num estado que ostenta uma taxa de letalidade violenta acima da média nacional [...].
b) Nos últimos cinco anos, entretanto, a incidência de roubos no estado cresceu 83% [...].
c) Qualquer “dono de morro” carioca sabe como preservar o cotidiano de suas “bocas de fumo”
mediante a negociação do “arrego” com as forças da ordem [...].
d) Já há algumas décadas ouve-se falar que as mortes em favelas e periferias são produto de
uma violenta e fracassada guerra às drogas.

003. (INÉDITA/2022) O sentido contextualizado dos vocábulos em destaque foi INCORRE-


TAMENTE identificado em:
a) [...] desde os primeiros esquadrões da morte dos anos 1950 até suas metamorfoses nos dias
atuais [...]. (transformações).
b) É bem verdade que o traficante figura no imaginário popular como o inimigo público número
um, eclipsando o ladrão. (ofuscando).
c) Circulam entre policiais e moradores de favelas rumores de que alguns chefes do tráfico esta-
riam agora incentivando roubos e participando de seus lucros, em vez de reprimi-los. (coibi-los).
d) É a resposta a essa transformação que parece pautar as recentes iniciativas de reforço na
segurança pública, que culminaram com a intervenção federal. (promoveram).

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004. (INÉDITA/2022) A partir da leitura do texto, é CORRETO afirmar que:


a) Trata-se de texto argumentativo.
b) Trata-se de texto narrativo.
c) Trata-se de texto descritivo.
d) Trata-se de texto injuntivo.

005. (INÉDITA/2022) Leia a oração a seguir:


“Circulam entre policiais e moradores de favelas rumores [...]”
Sobre a oração lida, é CORRETO afirmar que o sujeito é classificado como:
a) Desinencial.
b) Simples.
c) Composto.
d) Indeterminado.

006. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa em que TODOS os vocábulos são acentuados


devido à mesma regra de acentuação gráfica:
a) incidência; pública; tráfico.
b) últimos; só; periféricos.
c) imaginário; violência; custódia.
d) hipótese; já; número.

007. (INÉDITA/2022) Ao se transpor o período “Sustentamos essa hipótese.” para a voz


passiva, TEM-SE:
a) Essa hipótese foi sustentada por nós.
b) Essa hipótese fora sustentada por nós.
c) Essa hipótese é sustentada por nós.
d) Essa hipótese será sustentada por nós.
Texto para as questões de 8 a 10

(Folha de São Paulo)

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008. (INÉDITA/2022) Em relação ao Texto 2, é CORRETO afirmar que se trata de:


a) Texto misto.
b) Texto não verbal apenas.
c) Texto oral.
d) Texto verbal apenas.

009. (INÉDITA/2022) Parte do humor da tirinha se DEVE ao fato de:


a) o personagem demonstrar ignorância em relação a como se realiza a busca de um livro em
uma biblioteca.
b) se empregar um termo polissêmico, gerando uma ambiguidade.
c) se utilizar predominantemente o registro coloquial da língua, o qual indica pouca familiaridade
do personagem com o universo literário.
d) se adotar, no título da tirinha, um recurso de intertextualidade pelo jogo de palavras entre
títulos de obras literárias.

010. (INÉDITA/2022) “Foi parar aquele livro do Erico Verissimo...”. Na frase apresentada, o
termo “aquele” é CORRETAMENTE classificado como:
a) preposição.
b) pronome adjetivo.
c) advérbio de lugar.
d) conjunção.

011. (INÉDITA/2022) Nos enunciados abaixo, pode-se observar a presença de diferentes


tipologias textuais como base dos gêneros materializados nas sequências enunciativas.
Numere os parênteses conforme o código de cada tipologia.
( ) Observe os itens apresentados pelo Guia do desafio: turismo sustentável: (i) Pesquise o
destino: conheça a história, cultura e problemas locais; (ii) Cumpra as regras de visitação: não
abra novas trilhas, não acenda fogueiras e não deixe marcas em grutas; (iii) Escolha os serviços:
pousada e agência regularizados pagam impostos que ajudam a manter o local; e (iv) respeite a
natureza: não imponha som alto à fauna. Não deixe lixo na área, nem mate animais peçonhentos.
( ) Antes de ser o pintor de algumas das obras mais famosas do mundo, como a “Mona Lisa” e
“A Última Ceia”, Leonardo da Vinci também era engenheiro, arquiteto e inventor; e, em 1482, o
gênio renascentista estava em busca de um emprego.
( ) Esvaziei a mala, dependurei a blusa amarrotada num cabide que enfiei num vão da veneziana,
prendi na parede, com durex, uma gravura de Grassmann e sentei meu urso de pelúcia em cima
do travesseiro. Fiquei vendo minha prima subir na cadeira, desatarraxar a lâmpada fraquíssima
que pendia de um fio solitário no meio do teto e no lugar atarraxar uma lâmpada de duzentas
velas que tirou da sacola. O quarto ficou mais alegre.

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( ) Outro dado da pesquisa revela que 75% dos entrevistados nunca leem jornais e 85% nunca
leem qualquer revista. Apenas 6% dos brasileiros entrevistados disseram ler jornais diariamente.
Mesmo em baixa, o jornal impresso é o veículo apontado como de maior credibilidade: 53% das
pessoas consultadas responderam que confiam sempre, ou muitas vezes, nos jornais.
( 1 ) narrativa;
( 2 ) descritiva;
( 3 ) expositiva;
( 4 ) injuntiva;
Está correta a sequência:
a) 1, 2, 3, 4.
b) 1, 3, 4, 2.
c) 4, 2, 1, 3.
d) 3, 4, 1, 2.

012. (INÉDITA/2022) Contraria a norma padrão da língua quanto à regência a frase:


a) O casal de youtubers assiste em Israel há anos.
b) As providências tomadas pelo CEO da empresa visam solucionar problemas trabalhistas.
c) O autor que mais gosto parou de escrever.
d) O funcionário deve obrigatoriamente gozar as férias, conforme estabelecido em lei.

013. (INÉDITA/2022) Considerando a norma gramatical, julgue como Certo (C) ou Errado (E)
o emprego do sinal indicativo de crase nas frases a seguir
( ) Ele chegou a ficar cara à cara com o desafeto de infância.
( ) Ele chegará às dezenove horas.
( ) Não conseguirei ir à festa da Joana.
( ) Refiro-me àquela atriz famosa que concorreu ao Oscar.
( ) Declarei à ele que sou inocente.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) C, E, E, C, E.
b) E, C, C, C, E.
c) E, E, C, C, E.
d) C, E, C, C, E.

014. (INÉDITA/2022) Observe os vocábulos nas sequências abaixo e assinale a única alter-
nativa que apresenta todos os termos grafados e acentuados corretamente:
a) cajú, sujerir, borracharia.
b) mocotó, beneficiente, análize.
c) idéia, atravéz, ilusório.
d) caráter, cafezal, economia.

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015. (INÉDITA/2022) As palavras “econômico” e “ódio” receberam acento, respectivamente,


por serem:
a) paroxítona e oxítona.
b) oxítona e proparoxítona.
c) proparoxítona e paroxítona
d) proparoxítona e oxítona.

016. (INÉDITA/2022) Assinale a única alternativa corretamente pontuada:


a) Ângela, mulher de bom caráter e bom coração, dedicou seu tempo a ajudar os pobres.
b) É fato indiscutível que, a higiene está relacionada à saúde.
c) Foi o que disse o responsável pelo setor: o carregamento, ainda não chegou e os pedidos
estão se acumulando.
d) A indústria de assistência à saúde no Brasil que envolve, mais de 70 mil estabelecimentos,
pode ter uma importante contribuição nas discussões, sobre a sustentabilidade ambiental.

017. (INÉDITA/2022) Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou
pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o
uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente
método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor,
para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e
mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo:
diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
(Machado de ASSIS. Memórias Póstumas de Brás Cubas, fragmento)

O início da obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas” utiliza um jogo com as palavras “autor”
e “defunto”. Em cada uma das ocorrências (autor defunto; defunto autor), o termo “defunto” é
classificado, respectivamente, como:
a) adjetivo e substantivo.
b) adjetivo e pronome.
c) substantivo e adjetivo.
d) substantivo e pronome.

Leia o texto a seguir para responder as questões de 18 a 20.

Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental, conveniente
ao uso deste nobre ofício. Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes numa sala as
opiniões ouvidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato, posto indique certa carência
de ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da memória. Não; refiro-me ao gesto
correto e perfilado com que usas expender francamente as tuas simpatias ou antipatias acerca
do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do ranger ou calar das botas novas. Eis
aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No entanto, podendo acontecer que, com a
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idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias, urge aparelhar fortemente o espírito.
As ideias são de sua natureza espontâneas e súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem
e precipitam-se. Daí a certeza com que o vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue
o medalhão completo do medalhão incompleto.
(Machado de Assis. Teoria do medalhão, fragmento)

018. (INÉDITA/2022) Em “não me refiro”, a colocação pronominal do verbo “referir” é classi-


ficada como:
a) próclise
b) mesóclise
c) ênclise
d) apossínclise

019. (INÉDITA/2022) Em “Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia
mental, conveniente ao uso deste nobre ofício”, o vocábulo “inópia” é empregado com o sentido de:
a) qualidade
b) escassez
c) vigor
d) covardia

020. (INÉDITA/2022) Em “por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se”, os


termos “as” e “elas” retomam:
a) natureza.
b) idade.
c) ideias.
d) simpatias.

A obra e as ideias de Paulo Freire, que completaria 100 anos neste domingo
Brasileiro com a obra de ciências sociais mais citada no mundo, o educador Paulo Freire
completaria cem anos neste domingo (19).
Mais de 50 anos após escrever sua obra mais conhecida, “Pedagogia do Oprimido”, Freire é
alvo de ataques de grupos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas celebrado
no exterior, onde dá nome a 20 institutos.
Conheça os principais pontos da vida e obra do educador
Quem foi Paulo Freire?
Educador brasileiro nascido em 1921 no Recife. Formado em direito, voltou sua atuação
profissional à educação. Em 1963, desenvolveu experiência pioneira de alfabetização de
adultos em Angicos (RN), mas o programa, que seria ampliado em escala nacional, foi inter-
rompido pela ditadura militar.

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Preso e exilado, foi para o Chile e depois para os EUA, onde deu aulas na Universidade
Harvard. Escreveu seus principais livros no exterior. Voltou para o Brasil com a anistia e, em
1989, assumiu a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo na gestão Luiza Erundina,
então no PT, até 1991. Morreu em 1997, aos 75 anos.
Quais são suas ideias centrais?
Paulo Freire vê a educação como ferramenta para emancipação individual e social e avalia
que todo processo educacional deve partir da realidade do próprio aluno. Também valoriza a
horizontalidade, ou seja, a possibilidade não só de estudantes aprenderem com professores,
mas também o contrário.
O que é o método Paulo Freire?
Muitas vezes confundido com seu pensamento, o chamado método Paulo Freire é uma me-
todologia de alfabetização de adultos e representa um aspecto muito pequeno se comparado
à dimensão da sua produção intelectual. Foi aplicada pela primeira vez com mais destaque
em Angicos (RN) e divulgou a alfabetização dos alunos em 40 horas.
O processo se deu a partir de palavras geradoras identificadas a partir da realidade dos alu-
nos. As palavras eram decompostas em sílabas, e a partir delas acontecia a alfabetização. Para
Freire, ela ia muito além da decodificação das letras e incluía a tomada de consciência dos alunos.
John Holst, professor da Universidade da Pensilvânia, afirma que o mais inovador no mé-
todo não era o uso de palavras pequenas e sua decomposição em sílabas. “O que foi inovador
na abordagem de Freire foi o extenso trabalho de pesquisa sobre as realidades vividas na
vida dos alunos, feito junto com alunos e outros membros da comunidade, que ele sentiu ser
fundamental para o conteúdo educacional e que deveria ser feito antes que qualquer trabalho
de alfabetização real ocorresse”, afirma.
Por JORNAL DO BRASIL. Publicado em 2021-09-19

021. (INÉDITA/2022) No texto precedente, predomina a tipologia:


a) argumentativa.
b) descritiva.
c) narrativa.
d) expositiva.

022. (INÉDITA/2022) “Preso e exilado, foi para o Chile e depois para os EUA, onde deu aulas
na Universidade Harvard” (4º parágrafo)
O termo em destaque retoma:
a) os EUA.
b) o Chile.
c) Universidade de Harvard.
d) Brasil.

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023. (INÉDITA/2022) “John Holst, professor da Universidade da Pensilvânia, afirma que o mais
inovador no método não era o uso de palavras pequenas e sua decomposição em sílabas.”
A forma destacada é classificada corretamente como:
a) adjunto adnominal.
b) aposto.
c) objeto direto.
d) vocativo.

024. (INÉDITA/2022) No texto, os parênteses são utilizados para


a) registrar erratas.
b) registrar a fonte dos dados.
c) registrar informações complementares.
d) isolar a opinião do autor.

025. (INÉDITA/2022) Considere o seguinte enunciado:


Entenda a obra e as ideias de Paulo Freire, ______ completaria cem anos.
A lacuna é corretamente preenchida por:
a) o qual
b) cujo
c) onde
d) os quais

026. (INÉDITA/2022) “Brasileiro com a obra de ciências sociais mais citada no mundo, o edu-
cador Paulo Freire completaria cem anos neste domingo (19).”
A oração em destaque pode ser reescrita, sem alteração do sentido original e da correção gra-
matical, da seguinte maneira:
a) O educador Paulo Freire, brasileiro com a obra de ciências sociais mais citada no mundo,
completaria cem anos neste domingo (19).
b) Brasileiro com a obra de ciências-sociais mais citadas no mundo, o educador Paulo Freire
completaria cem anos neste domingo (19).
c) O educador Paulo Freire, brasileiro com a obra de ciências sociais mais citada no mundo,
completa cem anos neste domingo (19).
d) Brasileiro com a obra de ciências sociais mais citada no mundo, o educador Paulo Freire
completará cem anos neste domingo (19).

027. (INÉDITA/2022) A oração “Escreveu seus principais livros no exterior” está corretamente
transcrita para a voz passiva em
a) Escreveu-se seus principais livros no exterior.
b) Seus principais livros foram escritos no exterior.
c) O exterior foi escrito seus principais livros.
d) Seus principais livros são escritos no exterior.
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A obra e as ideias de Paulo Freire, que completaria 100 anos neste domingo
Uma frase famosa de Freire diz que educar é um ato político. O que ele quis dizer com isso?
Professor da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e autor de uma “biografia
filosófica” do brasileiro, Walter Kohan afirma que a palavra política deve ser entendida em
seu sentido original, da origem grega polis, que remete a organização social, e não a política
partidária. A ideia é que o professor e o aluno compreendam o seu lugar no mundo, que não
é neutro. “Um exemplo é: se nós vivemos num mundo racista e quisermos uma educação
neutra, estaremos contribuindo para que o mundo continue a ser racista.”
Por que Paulo Freire ficou tão conhecido no exterior?
Para Kohan, ele conseguiu condensar diversas tradições de sua época na educação e
expressá-las de uma forma poderosa como ninguém havia feito. Há também o fato de ele ter
sido obrigado a se exilar no exterior, o que ampliou sua rede de contatos. Além disso, Sérgio
Haddad (biógrafo de Paulo Freire) aponta a confluência do seu trabalho com o “espírito do
tempo”, propondo uma pedagogia em prol da liberdade num momento de Guerra Fria e dita-
duras na América Latina.
Por JORNAL DO BRASIL. Publicado em 2021-09-19

028. (INÉDITA/2022) “que a palavra política deve ser entendida em seu sentido original”
A oração em destaque exerce a função sintática de:
a) objeto indireto
b) sujeito
c) adjunto adnominal
d) objeto direto

029. (INÉDITA/2022) Em todas as opções, o elemento coesivo em destaque retoma uma


informação, exceto em:
a) “A ideia é que o professor e o aluno compreendam o seu lugar no mundo”
b) “Para Kohan, ele conseguiu condensar diversas tradições de sua época na educação”
c) “‘Um exemplo é: se nós vivemos num mundo racista e quisermos uma educação neutra,
estaremos contribuindo para que o mundo continue a ser racista”
d) “Uma frase famosa de Freire diz que educar é um ato político. O que ele quis dizer com isso?”

030. (INÉDITA/2022) “Há também o fato de ele ter sido obrigado a se exilar no exterior, o que
ampliou sua rede de contatos.”
O antônimo da palavra em destaque se verifica melhor em:
a) afastar
b) repatriar
c) expatriar
d) arredar
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031. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa em que a palavra seja formada por derivação sufixal
a) partidária
b) tradições
c) contatos
d) ditaduras

(Alexandre Beck, Armandinho)

032. (INÉDITA/2022) O sujeito do predicado “Fazem tiras com qualquer assunto!” é


a) oracional
b) simples
c) elíptico
d) indeterminado

033. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa em que a vírgula foi empregada para separar
um vocativo
a) “Além disso, Sérgio Haddad (biógrafo de Paulo Freire) aponta a confluência do seu trabalho
com o ‘espírito do tempo’”
b) “desenvolveu experiência pioneira de alfabetização de adultos em Angicos (RN), mas o pro-
grama foi interrompido pela ditadura militar”
c) “E se faltar assunto, Camilo?”
d) “A ideia é que o professor e o aluno compreendam o seu lugar no mundo, que não é neutro”

034. (INÉDITA/2022) Na tirinha, predomina a seguinte função da linguagem:


a) metalinguística
b) conativa
c) fática
d) referencial

035. (INÉDITA/2022) “Fazem tiras com qualquer assunto”


O termo em destaque encontra seu sinônimo na opção:
a) acontecimento.
b) tema.
c) eventualidade.
d) peripécia.
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Sou pela Vida. Dirijo sem Bebida


A campanha Sou pela Vida. Dirijo sem Bebida foi criada com o objetivo de combater a
mistura álcool e direção por meio de fiscalizações diárias. Implantada inicialmente em Belo
Horizonte, em 2011, a campanha foi ampliada para todas as regiões do estado e hoje acontece
de modo simultâneo e integrado em mais de 70 municípios mineiros.
As abordagens têm a coordenação da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública
(Sejusp) e são realizadas de forma integrada com a participação de profissionais da Polícia Militar
de Minas Gerais, Polícia Militar Rodoviária, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Departamento
Penitenciário de Minas Gerais e, no caso das blitz na capital, BHTrans e Guarda Municipal.
Além do combate à alcoolemia, durante as blitz são fiscalizadas também outras questões
que podem contribuir com a segurança das vias, como a habilitação dos condutores e a ma-
nutenção e documentação dos veículos.
Penalidades
Se o motorista soprar o bafômetro e o nível de álcool no sangue for menor que 0,05 mg/l
O condutor é liberado.
Se o motorista soprar o bafômetro e o nível de álcool no sangue estiver entre 0,05
e 0,33 mg/l
O motorista terá cometido infração gravíssima de trânsito. O veículo será retido até que
um condutor habilitado e em condições de dirigir seja apresentado. Caso contrário, o veículo
será removido para um depósito credenciado pelo Detran para resgate posterior. Também
será aplicada multa no valor de R$ 2.934,70, e o condutor embriagado terá suspenso o direito
de dirigir por 12 meses.
Se o motorista soprar o bafômetro e o nível de álcool no sangue estiver igual ou acima
de 0,34 mg/l
Nesta situação, de acordo com o art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro, o condutor
pode ser processado por um crime de trânsito. As consequências são o pagamento de multa
no valor de R$ 2.934,70, a suspensão ou proibição de dirigir e a detenção. Vale lembrar que o
motorista embriagado que provocar um acidente pode ser preso por até oito anos se houver
morte e até cinco anos se houver ferido grave.
Se o motorista não soprar o bafômetro, o agente fiscalizador irá avaliá-lo com base em
uma série de critérios estabelecidos pelo Contran
A recusa a passar pelo teste do bafômetro – ou outros testes para identificar o consumo
de álcool – é uma infração gravíssima, como estabelece o art. 165-A do Código de Trânsito
Brasileiro. O condutor que se recusar a soprar o bafômetro poderá ser penalizado com multa
e com suspensão automática do direito de dirigir. Tanto o valor da multa como o prazo de
suspensão da CNH são os mesmos que os aplicados para quem dirige sob efeito de álcool:
multa de R$ 2.934,70 e 12 meses de suspensão.
Fonte: http://www.seguranca.mg.gov.br/integracao/programas-e-acoes/sou-pela-vida-dirijo-sem-bebida. Maio
de 2020. Acesso em 30.11.2021

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036. (INÉDITA/2022) Segundo o texto, as blitz em Belo Horizonte são de responsabilidade


a) da Polícia Militar de Minas Gerais, da Polícia Militar Rodoviária, da Polícia Rodoviária Federal,
da Polícia Civil e do Departamento Penitenciário de Minas Gerais.
b) da Polícia Militar de Minas Gerais, da Polícia Militar Rodoviária, da Polícia Rodoviária Federal
e da Polícia Civil.
c) do BHTrans e da Guarda Municipal.
d) do Departamento Penitenciário de Minas Gerais do BHTrans e da Guarda Municipal.

037. (INÉDITA/2022) No primeiro parágrafo, a adoção de construções passivas como “foi


criada” “foi ampliada” provoca o seguinte efeito de sentido:
a) omite o agente da ação.
b) isenta o condutor que dirige alcoolizado de responsabilidades.
c) flexibiliza a aplicação de penalidades.
d) limita o campo de atuação da campanha à capital de Minas Gerais.

038. (INÉDITA/2022) Em “Se o motorista não soprar o bafômetro, o agente fiscalizador irá
avaliá-lo com base em uma série de critérios estabelecidos pelo Contran”, a palavra “se”
apresenta o valor de:
a) causa.
b) hipótese.
c) reflexividade.
d) tempo.

039. (INÉDITA/2022) Em “Se o motorista não soprar o bafômetro, o agente fiscalizador irá
avaliá-lo com base em uma série de critérios estabelecidos pelo Contran”, o trecho em des-
taque pode ser reescrito, sem comprometer o sentido original e a correção gramatical, como:
a) avaliará.
b) avaliá-lo-á.
c) irá lhe avaliar.
d) poderá avaliá-lo.

040. (INÉDITA/2022) Em “o veículo será removido para um depósito credenciado pelo Detran
para resgate posterior”, a palavra em destaque é sinônimo de:
a) prévio.
b) ulterior.
c) anterior.
d) preliminar.

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041. (INÉDITA/2022) Em “O condutor que se recusar a soprar o bafômetro poderá ser pe-
nalizado com multa e com suspensão automática do direito de dirigir.”, o emprego da forma
verbal em destaque expressa a seguinte ideia:
a) possibilidade.
b) certeza.
c) ordem.
d) dúvida.

042. (INÉDITA/2022) Uma paroxítona se encontra acentuada em:


a) bafômetro
b) álcool
c) contrário
d) terá

043. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado é invariável:


a) Implantada inicialmente em Belo Horizonte, em 2011, a campanha foi ampliada para todas
as regiões do estado.
b) O veículo será retido até que um condutor habilitado e em condições de dirigir seja apresentado.
c) [...] o motorista embriagado que provocar um acidente pode ser preso [...]
d) Além do combate à alcoolemia, durante as blitze são fiscalizadas também outras questões
que podem contribuir com a segurança das vias [...]

044. (INÉDITA/2022) A palavra “que” não é um pronome relativo retomando um termo


anterior em:
a) [...] durante as blitz são fiscalizadas também outras questões que podem contribuir com a
segurança das vias [...]
b) [...] o motorista embriagado que provocar um acidente pode ser preso [...]
c) O condutor que se recusar a soprar o bafômetro poderá ser penalizado com multa [...]
d) A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública informou que a campanha “Sou Pela
Vida. Dirijo sem Bebida” será retomada em 2022.

045. (INÉDITA/2022) Em “Departamento Penitenciário de Minas Gerais e, no caso das blitz na


capital, BHTrans e Guarda Municipal”, as vírgulas separam uma expressão com função textual de:
a) interpelação
b) especificação
c) síntese
d) citação

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Texto para as questões de 46 a 50

Memórias do cárcere
Graciliano Ramos
Chegávamos à cancela. E experimentei de chofre a necessidade imperiosa de expandir-
-me numa clara ameaça. A desarrazoada tentação era tão forte que naquele instante não me
ocorreu nenhuma ideia de perigo.
– Levo recordações excelentes, doutor. E hei de pagar um dia a hospitalidade que os se-
nhores me deram.
– Pagar como? exclamou a personagem.
– Contando lá fora o que existe na Ilha Grande.
– Contando?
– Sim, doutor, escrevendo. Ponho tudo isso no papel. O diretor suplente recuou, esbugalhou
os olhos e inquiriu carrancudo:
– O senhor é jornalista?
– Não senhor. Faço livros. Vou fazer um sobre a Colônia Correcional. Duzentas páginas
ou mais. Os senhores me deram assunto magnífico. Uma história curiosa, sem dúvida. O
médico enterrou-me os olhos duros, o rosto cortante cheio de sombras. Deu-me as costas e
saiu resmungando:
– A culpa é desses cavalos que mandam para aqui gente que sabe escrever.
Graciliano Ramos. Memórias do cárcere, capítulo II, p. 158. 1956.

046. (INÉDITA/2022) A partir da leitura do texto, é possível inferir que os interlocutores do


narrador estavam
a) alegres
b) irritados
c) calmos
d) tristes

047. (INÉDITA/2022) A partir da leitura do texto, pode-se inferir que o narrador exerce a
profissão de
a) escritor
b) filósofo
c) jornalista
d) médico

048. (INÉDITA/2022) O texto é predominantemente


a) injuntivo
b) descritivo
c) narrativo
d) argumentativo
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049. (INÉDITA/2022) No trecho “Vou fazer um sobre a Colônia Correcional”, após o vocábulo
“um” depreende-se o termo elíptico:
a) senhor
b) livro
c) papel
d) diretor

050. (INÉDITA/2022) A palavra “desarrazoada” é sinônimo de:


a) irracional
b) inesperada
c) legítima
d) equilibrada

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GABARITO

1. a 36. c
2. b 37. a
3. d 38. b
4. a 39. b
5. b 40. b
6. c 41. a
7. c 42. c
8. a 43. d
9. d 44. d
10. b 45. b
11. c 46. b
12. c 47. a
13. b 48. c
14. d 49. b
15. c 50. a
16. a
17. a
18. a
19. b
20. c
21. d
22. a
23. b
24. c
25. a
26. a
27. b
28. d
29. c
30. b
31. a
32. d
33. c
34. a
35. b

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GABARITO COMENTADO
Texto para as questões de 1 a 7

A intervenção de interesses privados na segurança pública no Rio de Janeiro


“Salve-se quem puder.” No que tange às políticas de segurança pública, o Rio de Janeiro
parece levar esse dito popular ao paroxismo. Mas quem pode se salvar? Eis o não dito que
ajuda a entender como se trata menos de inação que de um tipo específico de ação pública.
Aquela que se propõe a salvar uns em detrimento de outros, antes a vida social das coisas
que a das pessoas. Num estado que ostenta uma taxa de letalidade violenta acima da média
nacional – concentrada nos jovens pretos, pobres e periféricos –, a prioridade dos órgãos de
segurança pública tem sido a defesa da propriedade, não da vida, derramando-se, inclusive,
muito sangue para esse fim. Sustentamos aqui a hipótese de que as políticas de uso da for-
ça legal no Rio de Janeiro se dirigem principalmente à proteção patrimonial e têm sido cada
vez mais pautadas por grupos cujo interesse é salvar-se das crescentes ameaças à posse e
circulação de riquezas no estado.
Já há algumas décadas ouve-se falar que as mortes em favelas e periferias são produto de
uma violenta e fracassada guerra às drogas. No entanto, a circunscrição territorial da repressão
a um mercado reconhecidamente transnacional, operando por atores muito mais diversificados
que os pretos e pobres mortos em favelas, indica haver outra preocupação que se sobrepõe
ao combate às drogas. É bem verdade que o traficante figura no imaginário popular como o
inimigo público número um, eclipsando o ladrão. Só que as prisões em flagrante no Rio de
Janeiro têm ocorrido antes por crimes contra o patrimônio, como roubo (34%), furto (26%) e
receptação (4%), que somam 64% do total de flagrantes, do que por tráfico de drogas (22%)*.
Ainda do ponto de vista da violência extralegal (e suas conhecidas relações com os poderes
oficiais), desde os primeiros esquadrões da morte dos anos 1950 até suas metamorfoses
nos dias atuais, é o ladrão, e não o traficante, o alvo preferencial dos grupos de extermínio.
Qualquer “dono de morro” carioca sabe como preservar o cotidiano de suas “bocas de
fumo” mediante a negociação do “arrego” com as forças da ordem, mas não pode se salvar
das operações dessas mesmas forças quando da recuperação de veículos roubados. Por
isso, traficantes sempre se esforçaram para controlar a atuação de assaltantes, por vezes
sacrificando-lhes a vida para manter seus negócios. Nos últimos cinco anos, entretanto, a
incidência de roubos no estado cresceu 83%, o que aponta para uma transformação em curso
nos mercados criminais fluminenses. Circulam entre policiais e moradores de favelas rumores
de que alguns chefes do tráfico estariam agora incentivando roubos e participando de seus
lucros, em vez de reprimi-los. É a resposta a essa transformação que parece pautar as recen-
tes iniciativas de reforço na segurança pública, que culminaram com a intervenção federal.
* Dados da pesquisa “Liberdade mais que tardia: as audiências de custódia no Rio de
Janeiro”, realizada pelo Cesec em parceria com o Iser e publicada em dezembro de 2016.
(Fonte: Carolina Grillo e Daniel Hirata. Le Monde Diplomatique Brasil. 2.5.2018)

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001. (INÉDITA/2022) Sobre os sentidos e a estrutura linguística do texto precedente, é COR-


RETO afirmar que:
a) o título do texto pode ser classificado como uma frase nominal.
b) os autores defendem que as forças policiais devem concentrar a sua atuação na proteção
patrimonial, especialmente de grupos privados.
c) no último período do texto, a oração “que culminaram com a intervenção federal” restringe
os sentidos de “recentes iniciativas de reforço na segurança pública”.
d) no penúltimo período do último parágrafo, a adoção da forma verbal “estariam” denota certeza.

Apenas a afirmativa (A) está correta: o título do texto é uma frase nominal, tendo em vista
não haver predicado (note não haver estrutura verbal flexionada). Nas demais alternativas, os
erros são estes:
b) Errada. A tese defendida pelos autores é outra, como se pode comprovar neste trecho do
texto: “Sustentamos aqui a hipótese de que as políticas de uso da força legal no Rio de Janeiro
se dirigem principalmente à proteção patrimonial e têm sido cada vez mais pautadas por grupos
cujo interesse é salvar-se das crescentes ameaças à posse e circulação de riquezas no estado.”
c) Errada. A estrutura oracional (uma subordinada adjetiva) é explicativa (observe o uso da
vírgula), não restritiva.
d) Errada. A forma verbal “estariam” não denota certeza; na verdade, denota incerteza (é uma
conjectura).
Letra a.

002. (INÉDITA/2022) As expressões destacadas sinalizam, de forma explícita, o ponto de


vista dos autores em relação àquilo que se diz, EXCETO em:
a) Num estado que ostenta uma taxa de letalidade violenta acima da média nacional [...].
b) Nos últimos cinco anos, entretanto, a incidência de roubos no estado cresceu 83% [...].
c) Qualquer “dono de morro” carioca sabe como preservar o cotidiano de suas “bocas de fumo”
mediante a negociação do “arrego” com as forças da ordem [...].
d) Já há algumas décadas ouve-se falar que as mortes em favelas e periferias são produto de
uma violenta e fracassada guerra às drogas.

As expressões “ostenta” (A), “Qualquer” (C) e “uma violenta e fracassada” (D) expressam de
forma explícita o ponto de vista dos autores. Observe que são escolhas lexicais específicas e
que denotam subjetividade. Em (B), diferentemente, o termo “incidência” é neutro em relação à
expressão do ponto de vista dos autores (é uma forma lexical mais “pura”).
Letra b.

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003. (INÉDITA/2022) O sentido contextualizado dos vocábulos em destaque foi INCORRE-


TAMENTE identificado em:
a) [...] desde os primeiros esquadrões da morte dos anos 1950 até suas metamorfoses nos dias
atuais [...]. (transformações).
b) É bem verdade que o traficante figura no imaginário popular como o inimigo público número
um, eclipsando o ladrão. (ofuscando).
c) Circulam entre policiais e moradores de favelas rumores de que alguns chefes do tráfico esta-
riam agora incentivando roubos e participando de seus lucros, em vez de reprimi-los. (coibi-los).
d) É a resposta a essa transformação que parece pautar as recentes iniciativas de reforço na
segurança pública, que culminaram com a intervenção federal. (promoveram).

Os sentidos apresentados em (A), (B) e (C) estão adequados em relação ao contexto de ocor-
rência: “metamorfoses-transformações”, “eclipsando-ofuscando” e “reprimir-coibir”. Em (D),
no entanto, há uma incorreção: “culminar” não significa “promover”. Na verdade, “culminar”
significa “chegar ao auge, ao apogeu, ao ponto mais alto ou intenso de (alguma coisa boa ou
má); atingir o máximo”.
Letra d.

004. (INÉDITA/2022) A partir da leitura do texto, é CORRETO afirmar que:


a) Trata-se de texto argumentativo.
b) Trata-se de texto narrativo.
c) Trata-se de texto descritivo.
d) Trata-se de texto injuntivo.

O texto é predominantemente argumentativo (A): há a defesa de um ponto de vista (de uma tese),
como se lê no primeiro parágrafo: “Sustentamos aqui a hipótese de que as políticas de uso da
força legal no Rio de Janeiro se dirigem principalmente à proteção patrimonial e têm sido cada vez
mais pautadas por grupos cujo interesse é salvar-se das crescentes ameaças à posse e circulação
de riquezas no estado.” Além disso, os autores fazem uso de argumentos, os quais são utilizados
com o objetivo de convencer o leitor (por exemplo, adotam-se dados de uma pesquisa). Não se
trata, portanto, de uma narração (B), de uma descrição (B) ou de uma injunção (D).
Letra a.

005. (INÉDITA/2022) Leia a oração a seguir:


“Circulam entre policiais e moradores de favelas rumores [...]”

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Sobre a oração lida, é CORRETO afirmar que o sujeito é classificado como:


a) Desinencial.
b) Simples.
c) Composto.
d) Indeterminado.

O sujeito da forma verbal “circulam” está posposto e tem como núcleo o termo “rumores”. Por
essa razão, o sujeito é classificado como simples (B) (manifesto, referencial e com um único
núcleo, singular ou plural). Assim, descartamos as demais alternativas, pois o sujeito da oração
em análise não é (A) desinencial, (C) composto ou (D) indeterminado.
Letra b.

006. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa em que TODOS os vocábulos são acentuados


devido à mesma regra de acentuação gráfica:
a) incidência; pública; tráfico.
b) últimos; só; periféricos.
c) imaginário; violência; custódia.
d) hipótese; já; número.

Em (C), todas as palavras são paroxítonas terminadas em ditongo. Em (A), (B) e (D), temos di-
ferentes regras: (A) paroxítona, proparoxítona, proparoxítona; (B) proparoxítona, monossílabo,
proparoxítona; e (D) proparoxítona, monossílabo, proparoxítona.
Letra c.

007. (INÉDITA/2022) Ao se transpor o período “Sustentamos essa hipótese.” para a voz


passiva, TEM-SE:
a) Essa hipótese foi sustentada por nós.
b) Essa hipótese fora sustentada por nós.
c) Essa hipótese é sustentada por nós.
d) Essa hipótese será sustentada por nós.

Na transposição ativa-passiva, deve-se manter o mesmo tempo-modo. Como a oração “Susten-


tamos essa hipótese.” está no presente do indicativo, a forma passiva analítica (ser + particípio)
deve também manifestar esse tempo-modo, como observamos na alternativa (C), correta: “Essa
hipótese é sustentada por nós.” Nas demais alternativas, o tempo-modo de cada auxiliar é di-
ferente da contraparte ativa: (A) pretérito perfeito do indicativo, (B) pretérito mais-que-perfeito
do indicativo e (D) futuro do presente do indicativo.
Letra c.
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Texto para as questões de 8 a 10

(Folha de São Paulo)

008. (INÉDITA/2022) Em relação ao Texto 2, é CORRETO afirmar que se trata de:


a) Texto misto.
b) Texto não verbal apenas.
c) Texto oral.
d) Texto verbal apenas.

O Texto 2 é misto (A): possui linguagem verbal (as falas e o título) e não verbal (os desenhos).
Não se trata de texto oral (vocalizado) (C), verbal apenas (D) ou não verbal apenas (B), pois,
como vimos, o texto é misto.
Letra a.

009. (INÉDITA/2022) Parte do humor da tirinha se DEVE ao fato de:


a) o personagem demonstrar ignorância em relação a como se realiza a busca de um livro em
uma biblioteca.
b) se empregar um termo polissêmico, gerando uma ambiguidade.
c) se utilizar predominantemente o registro coloquial da língua, o qual indica pouca familiaridade
do personagem com o universo literário.
d) se adotar, no título da tirinha, um recurso de intertextualidade pelo jogo de palavras entre
títulos de obras literárias.

O humor da tirinha se deve ao fato de se adotar, no título da tirinha, um recurso de intertex-


tualidade pelo jogo de palavras entre títulos de obras literárias: “O tempo e o vento” (de Erico
Verissimo) e “Em busca do tempo perdido” (de Proust). A partir da leitura da tirinha, não se pode
observar os sentidos indicados em (A), (B) e (C), pois o humor não decorre de (A) o personagem

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demonstrar ignorância em relação a como se realiza a busca de um livro em uma biblioteca, (B)
se empregar um termo polissêmico, gerando uma ambiguidade ou (C) se utilizar predominan-
temente o registro coloquial da língua, o qual indica pouca familiaridade do personagem com
o universo literário. Essas afirmativas sequer podem ser comprovadas a partir dos sentidos
veiculados pela tirinha.
Letra d.

010. (INÉDITA/2022) “Foi parar aquele livro do Erico Verissimo...”. Na frase apresentada, o
termo “aquele” é CORRETAMENTE classificado como:
a) preposição.
b) pronome adjetivo.
c) advérbio de lugar.
d) conjunção.

A forma pronominal “aquele”, em “aquele livro”, é um termo adjetivo. Assim, classifica-se correta-
mente como (B) pronome adjetivo. Tendo em vista a única classificação, não se pode classificar
o termo “aquele” como (A) preposição, (C) advérbio de lugar ou (D) conjunção.
Letra b.

011. (INÉDITA/2022) Nos enunciados abaixo, pode-se observar a presença de diferentes


tipologias textuais como base dos gêneros materializados nas sequências enunciativas.
Numere os parênteses conforme o código de cada tipologia.
( ) Observe os itens apresentados pelo Guia do desafio: turismo sustentável: (i) Pesquise o
destino: conheça a história, cultura e problemas locais; (ii) Cumpra as regras de visitação: não
abra novas trilhas, não acenda fogueiras e não deixe marcas em grutas; (iii) Escolha os serviços:
pousada e agência regularizados pagam impostos que ajudam a manter o local; e (iv) respeite a
natureza: não imponha som alto à fauna. Não deixe lixo na área, nem mate animais peçonhentos.
( ) Antes de ser o pintor de algumas das obras mais famosas do mundo, como a “Mona Lisa” e
“A Última Ceia”, Leonardo da Vinci também era engenheiro, arquiteto e inventor; e, em 1482, o
gênio renascentista estava em busca de um emprego.
( ) Esvaziei a mala, dependurei a blusa amarrotada num cabide que enfiei num vão da veneziana,
prendi na parede, com durex, uma gravura de Grassmann e sentei meu urso de pelúcia em cima
do travesseiro. Fiquei vendo minha prima subir na cadeira, desatarraxar a lâmpada fraquíssima
que pendia de um fio solitário no meio do teto e no lugar atarraxar uma lâmpada de duzentas
velas que tirou da sacola. O quarto ficou mais alegre.
( ) Outro dado da pesquisa revela que 75% dos entrevistados nunca leem jornais e 85% nunca
leem qualquer revista. Apenas 6% dos brasileiros entrevistados disseram ler jornais diariamente.
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Mesmo em baixa, o jornal impresso é o veículo apontado como de maior credibilidade: 53% das
pessoas consultadas responderam que confiam sempre, ou muitas vezes, nos jornais.
( 1 ) narrativa;
( 2 ) descritiva;
( 3 ) expositiva;
( 4 ) injuntiva;
Está correta a sequência:
a) 1, 2, 3, 4.
b) 1, 3, 4, 2.
c) 4, 2, 1, 3.
d) 3, 4, 1, 2.

O primeiro texto apresenta características do texto injuntivo, pois há orientações (comandos) e


recomendações direcionadas a um interlocutor (segunda pessoa do discurso). O segundo texto
apresenta propriedades que caracterizam Leonardo da Vinci, sendo, por isso, predominantemente
descritivo. Note que esse texto é estático (não envolve transcurso do tempo) e há predicações
nominais. No terceiro texto, predomina a narração, haja vista haver um personagem (primeira
pessoa) que narra eventos realizados em um tempo (passado) e lugar. Por fim, o último texto
apresenta dados concretos da realidade, não objetivando convencer o leitor acerca de determi-
nada tese – é, portanto, expositivo. A sequência correta está presente em (C), o que inviabiliza
as demais sequências (A, B e D).
Letra c.

012. (INÉDITA/2022) Contraria a norma padrão da língua quanto à regência a frase:


a) O casal de youtubers assiste em Israel há anos.
b) As providências tomadas pelo CEO da empresa visam solucionar problemas trabalhistas.
c) O autor que mais gosto parou de escrever.
d) O funcionário deve obrigatoriamente gozar as férias, conforme estabelecido em lei.

As regências em (A), (B) e (D) estão corretas: as formas verbais “assistir” (morar), “visar” (ter
algo por fim ou objetivo) e “gozar” (usufruir) estão registradas com as regências adequadas
(respectivamente, transitiva indireta, transitiva e transitiva). Na alternativa (C), o registro correto
exige a preposição “de” antes do pronome relativo “que”, pois essa é a regência do verbo “gos-
tar” (interno à estrutura subordinada adjetiva): O autor de que mais gosto parou de escrever. A
alternativa a ser marcada é a (C), pois contraria a norma padrão quanto à regência.
Letra c.

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013. (INÉDITA/2022) Considerando a norma gramatical, julgue como Certo (C) ou Errado (E)
o emprego do sinal indicativo de crase nas frases a seguir
( ) Ele chegou a ficar cara à cara com o desafeto de infância.
( ) Ele chegará às dezenove horas.
( ) Não conseguirei ir à festa da Joana.
( ) Refiro-me àquela atriz famosa que concorreu ao Oscar.
( ) Declarei à ele que sou inocente.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
a) C, E, E, C, E.
b) E, C, C, C, E.
c) E, E, C, C, E.
d) C, E, C, C, E.

Estão errados os seguintes registros: “cara a cara” (não se indica a crase em locuções com
termos repetidos) e “à ele” (não se aplica crase diante de pronomes pessoais (nesse caso,
pronome reto)). Nas demais sentenças, a crase está corretamente indicada: termo adjunto
“às dezenove horas”, complemento indireto feminino definido “à festa da joana” e comple-
mento indireto feminino definido “àquela atriz”. Assim, apenas a alternativa (B) apresenta o
julgamento correto em relação ao emprego do sinal indicativo de crase, o que inviabiliza as
demais alternativas (A, C e D).
Letra b.

014. (INÉDITA/2022) Observe os vocábulos nas sequências abaixo e assinale a única alter-
nativa que apresenta todos os termos grafados e acentuados corretamente:
a) cajú, sujerir, borracharia.
b) mocotó, beneficiente, análize.
c) idéia, atravéz, ilusório.
d) caráter, cafezal, economia.

Apenas em (D) temos registros ortográficos adequados: caráter, cafezal e economia. Nas demais
alternativas (A, B e C), há ao menos um termo grafado incorretamente. As formas corretas são
estas: caju, sugerir, beneficente, análise, ideia e através.
Letra d.

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015. (INÉDITA/2022) As palavras “econômico” e “ódio” receberam acento, respectivamente,


por serem:
a) paroxítona e oxítona.
b) oxítona e proparoxítona.
c) proparoxítona e paroxítona
d) proparoxítona e oxítona.

O vocábulo “econômico” é acentuado por ser uma proparoxítona (e todas as proparoxítonas são
acentuadas). Em “ódio”, observamos uma paroxítona terminada em ditongo crescente. Assim,
a alternativa (C) é a correta, inviabilizando as demais classificações em (A), (B) e (D).
Letra c.

016. (INÉDITA/2022) Assinale a única alternativa corretamente pontuada:


a) Ângela, mulher de bom caráter e bom coração, dedicou seu tempo a ajudar os pobres.
b) É fato indiscutível que, a higiene está relacionada à saúde.
c) Foi o que disse o responsável pelo setor: o carregamento, ainda não chegou e os pedidos
estão se acumulando.
d) A indústria de assistência à saúde no Brasil que envolve, mais de 70 mil estabelecimentos,
pode ter uma importante contribuição nas discussões, sobre a sustentabilidade ambiental.

Apenas em (A), temos uma pontuação adequada: as vírgulas separam um termo aposto. Em
(B), (C) e (D), os desvios são estes: (B) vírgula separando a conjunção integrante “que” e o termo
subordinado; (C) vírgula separando o sujeito do predicado; e (D) vírgula separando o verbo de
seu complemento direto; e vírgula separando o nome de seu adjunto.
Letra a.

017. (INÉDITA/2022) Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou
pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o
uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente
método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor,
para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e
mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no introito, mas no cabo:
diferença radical entre este livro e o Pentateuco.
(Machado de ASSIS. Memórias Póstumas de Brás Cubas, fragmento)

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O início da obra “Memórias Póstumas de Brás Cubas” utiliza um jogo com as palavras “autor”
e “defunto”. Em cada uma das ocorrências (autor defunto; defunto autor), o termo “defunto” é
classificado, respectivamente, como:
a) adjetivo e substantivo.
b) adjetivo e pronome.
c) substantivo e adjetivo.
d) substantivo e pronome.

Na primeira ocorrência, o termo “defunto” é um adjetivo (qualifica “autor”). Na segunda ocor-


rência, é um substantivo (qualificado por “autor”). Logo, a classificação correta está presente
em (A): adjetivo e substantivo. Nas demais alternativas (B, C e D), ou a ordem está incorreta, ou
classifica-se inadequadamente o termo (não se trata de forma pronominal).
Letra a.

Leia o texto a seguir para responder as questões de 18 a 20.

Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental, conveniente
ao uso deste nobre ofício. Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes numa sala as
opiniões ouvidas numa esquina, e vice-versa, porque esse fato, posto indique certa carência
de ideias, ainda assim pode não passar de uma traição da memória. Não; refiro-me ao gesto
correto e perfilado com que usas expender francamente as tuas simpatias ou antipatias acerca
do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do ranger ou calar das botas novas. Eis
aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No entanto, podendo acontecer que, com a
idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias, urge aparelhar fortemente o espírito.
As ideias são de sua natureza espontâneas e súbitas; por mais que as soframos, elas irrompem
e precipitam-se. Daí a certeza com que o vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue
o medalhão completo do medalhão incompleto.

(Machado de Assis. Teoria do medalhão, fragmento)

018. (INÉDITA/2022) Em “não me refiro”, a colocação pronominal do verbo “referir” é classi-


ficada como:
a) próclise
b) mesóclise
c) ênclise
d) apossínclise

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Como há fator de atração (a forma negativa “não”), o pronome deve estar antes do verbo (em
próclise, portanto). Assim, a única colocação adequada é a registrada em (A) (invalidando as
classificações em B, C e D).
Letra a.

019. (INÉDITA/2022) Em “Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia
mental, conveniente ao uso deste nobre ofício”, o vocábulo “inópia” é empregado com o sentido de:
a) qualidade
b) escassez
c) vigor
d) covardia

O termo “inópia” tem o significado de “escassez”, “falta”, “ausência” (significando que o filho
era burro) – e a alternativa (B) está correta. Não se trata de (A) “qualidade”, (C) “vigor” ou (D)
“covardia”, pois esses termos significam noções semânticas muito distintas do que se observa
no contexto original.
Letra b.

020. (INÉDITA/2022) Em “por mais que as soframos, elas irrompem e precipitam-se”, os


termos “as” e “elas” retomam:
a) natureza.
b) idade.
c) ideias.
d) simpatias.

As formas pronominais “as” e “elas” possuem o mesmo referente na cadeia coesiva apresentada
no trecho em análise: ideias (alternativa (C)). Essas formas não se referem a “natureza”, “idade”
ou “simpatias”, o que nos faz descartar as alternativas (A), (B) e (D).
Letra c.

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A obra e as ideias de Paulo Freire, que completaria 100 anos neste domingo
Brasileiro com a obra de ciências sociais mais citada no mundo, o educador Paulo Freire
completaria cem anos neste domingo (19).
Mais de 50 anos após escrever sua obra mais conhecida, “Pedagogia do Oprimido”, Freire é
alvo de ataques de grupos ligados ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mas celebrado
no exterior, onde dá nome a 20 institutos.
Conheça os principais pontos da vida e obra do educador
Quem foi Paulo Freire?
Educador brasileiro nascido em 1921 no Recife. Formado em direito, voltou sua atuação
profissional à educação. Em 1963, desenvolveu experiência pioneira de alfabetização de
adultos em Angicos (RN), mas o programa, que seria ampliado em escala nacional, foi inter-
rompido pela ditadura militar.
Preso e exilado, foi para o Chile e depois para os EUA, onde deu aulas na Universidade
Harvard. Escreveu seus principais livros no exterior. Voltou para o Brasil com a anistia e, em
1989, assumiu a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo na gestão Luiza Erundina,
então no PT, até 1991. Morreu em 1997, aos 75 anos.
Quais são suas ideias centrais?
Paulo Freire vê a educação como ferramenta para emancipação individual e social e avalia
que todo processo educacional deve partir da realidade do próprio aluno. Também valoriza a
horizontalidade, ou seja, a possibilidade não só de estudantes aprenderem com professores,
mas também o contrário.
O que é o método Paulo Freire?
Muitas vezes confundido com seu pensamento, o chamado método Paulo Freire é uma me-
todologia de alfabetização de adultos e representa um aspecto muito pequeno se comparado
à dimensão da sua produção intelectual. Foi aplicada pela primeira vez com mais destaque
em Angicos (RN) e divulgou a alfabetização dos alunos em 40 horas.
O processo se deu a partir de palavras geradoras identificadas a partir da realidade dos alu-
nos. As palavras eram decompostas em sílabas, e a partir delas acontecia a alfabetização. Para
Freire, ela ia muito além da decodificação das letras e incluía a tomada de consciência dos alunos.
John Holst, professor da Universidade da Pensilvânia, afirma que o mais inovador no mé-
todo não era o uso de palavras pequenas e sua decomposição em sílabas. “O que foi inovador
na abordagem de Freire foi o extenso trabalho de pesquisa sobre as realidades vividas na
vida dos alunos, feito junto com alunos e outros membros da comunidade, que ele sentiu ser
fundamental para o conteúdo educacional e que deveria ser feito antes que qualquer trabalho
de alfabetização real ocorresse”, afirma.

Por JORNAL DO BRASIL. Publicado em 2021-09-19

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021. (INÉDITA/2022) No texto precedente, predomina a tipologia:


a) argumentativa.
b) descritiva.
c) narrativa.
d) expositiva.

O texto é predominantemente expositivo (alternativa (D)). Nele, o autor apresenta a vida e a obra
de Paulo Freire. Note que o autor não descreve, narra ou argumenta (em termos de predominân-
cia), e por isso as demais alternativas ((A), (B) e (C)) devem ser desconsideradas.
Letra d.

022. (INÉDITA/2022) “Preso e exilado, foi para o Chile e depois para os EUA, onde deu aulas
na Universidade Harvard” (4º parágrafo)
O termo em destaque retoma:
a) os EUA.
b) o Chile.
c) Universidade de Harvard.
d) Brasil.

O termo em destaque é de natureza locativa e retoma o referente imediatamente anterior: os


EUA (alternativa (A)). Como o referente já está estabelecido, as demais alternativas devem ser
excluídas ((B), (C) e (D)).
Letra a.

023. (INÉDITA/2022) “John Holst, professor da Universidade da Pensilvânia, afirma que o mais
inovador no método não era o uso de palavras pequenas e sua decomposição em sílabas.”
A forma destacada é classificada corretamente como:
a) adjunto adnominal.
b) aposto.
c) objeto direto.
d) vocativo.

A forma “professor da Universidade da Pensilvânia” é aposto de “John Holst” (alternativa (B)).


Observe que os dois termos apontam para o mesmo referente no mundo e possuem natureza
nominal (essas são características típicas de aposto). Além disso, a forma destacada é isolada
por vírgulas (também uma característica típica de aposto). Sendo um aposto, desconsideramos as
demais alternativas, pois não se trata de (A) adjunto adnominal, (C) objeto direto ou (D) vocativo.
Letra b.
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024. (INÉDITA/2022) No texto, os parênteses são utilizados para


a) registrar erratas.
b) registrar a fonte dos dados.
c) registrar informações complementares.
d) isolar a opinião do autor.

Os parênteses são utilizados para registrar informações complementares, como: data “neste
domingo (19)”; filiação partidária “o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)”; e estado “Angicos
(RN)”. Por essa razão, a alternativa (C) está correta – e, consequentemente, as demais alterna-
tivas ((A), (B) e (D)) estão erradas.
Letra c.

025. (INÉDITA/2022) Considere o seguinte enunciado:


Entenda a obra e as ideias de Paulo Freire, ______ completaria cem anos.
A lacuna é corretamente preenchida por:
a) o qual
b) cujo
c) onde
d) os quais

A lacuna é corretamente preenchida pelo pronome relativo “o qual” (alternativa (A)), pois retoma
“Paulo Freire” (termo no masculino e no singular). Assim, a lacuna não poderia ser preenchida
por “os quais”, que está no plural (alternativa (D)). O pronome relativo “cujo” só poderia ser
utilizado em uma relação que denotasse posse (e não é esse o caso do enunciado). Por fim, o
termo “onde” só pode ser utilizado em referência locativa (e esse também não é o caso).
Letra a.

026. (INÉDITA/2022) “Brasileiro com a obra de ciências sociais mais citada no mundo, o edu-
cador Paulo Freire completaria cem anos neste domingo (19).”
A oração em destaque pode ser reescrita, sem alteração do sentido original e da correção gra-
matical, da seguinte maneira:
a) O educador Paulo Freire, brasileiro com a obra de ciências sociais mais citada no mundo,
completaria cem anos neste domingo (19).
b) Brasileiro com a obra de ciências-sociais mais citadas no mundo, o educador Paulo Freire
completaria cem anos neste domingo (19).
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c) O educador Paulo Freire, brasileiro com a obra de ciências sociais mais citada no mundo,
completa cem anos neste domingo (19).
d) Brasileiro com a obra de ciências sociais mais citada no mundo, o educador Paulo Freire
completará cem anos neste domingo (19).

Apenas a reescrita em (A) mantém os sentidos originais e a correção gramatical: a inversão


dos termos preserva as relações sintáticas e os sentidos do texto. Em (B), (C) e (D), os erros
de reescrita são estes:
b) Errada. O termo “ciências sociais” não pode ser grafado com hífen; a concordância de “cita-
das” está incorreta.
c) Errada. As formas verbais estão inadequadas, pois expressam outro sentido (o de que Paulo
Freire ainda vive).
d) Errada. As formas verbais estão inadequadas, pois expressam outro sentido (o de que Paulo
Freire ainda vive).
Letra a.

027. (INÉDITA/2022) A oração “Escreveu seus principais livros no exterior” está corretamente
transcrita para a voz passiva em
a) Escreveu-se seus principais livros no exterior.
b) Seus principais livros foram escritos no exterior.
c) O exterior foi escrito seus principais livros.
d) Seus principais livros são escritos no exterior.

Em (B), temos a forma passiva (analítica) correta: o objeto da ativa “seus principais livros” exer-
ce a função de sujeito da passiva e o termo “no exterior” se mantém como adjunto; a forma
verbal “escreveu” passa a ocorrer sob a forma de [SER + PARTICÍPIO]. Nas demais alternativas,
os erros são estes:
a) Errada. Erro de concordância na passiva sintética (que deveria registrar o plural: Escreveram-se
seus principais livros no exterior).
c) Errada. O termo “o exterior” não pode exercer a função sintática de sujeito da passiva.
d) Errada. A forma passiva não mantém o tempo-modo verbal original (que deve estar no pre-
térito perfeito do indicativo).
Letra b.

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A obra e as ideias de Paulo Freire, que completaria 100 anos neste domingo
Uma frase famosa de Freire diz que educar é um ato político. O que ele quis dizer com isso?
Professor da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) e autor de uma “biografia
filosófica” do brasileiro, Walter Kohan afirma que a palavra política deve ser entendida em
seu sentido original, da origem grega polis, que remete a organização social, e não a política
partidária. A ideia é que o professor e o aluno compreendam o seu lugar no mundo, que não
é neutro. “Um exemplo é: se nós vivemos num mundo racista e quisermos uma educação
neutra, estaremos contribuindo para que o mundo continue a ser racista.”
Por que Paulo Freire ficou tão conhecido no exterior?
Para Kohan, ele conseguiu condensar diversas tradições de sua época na educação e
expressá-las de uma forma poderosa como ninguém havia feito. Há também o fato de ele
ter sido obrigado a se exilar no exterior, o que ampliou sua rede de contatos. Além disso,
Sérgio Haddad (biógrafo de Paulo Freire) aponta a confluência do seu trabalho com o “espí-
rito do tempo”, propondo uma pedagogia em prol da liberdade num momento de Guerra Fria
e ditaduras na América Latina.
Por JORNAL DO BRASIL. Publicado em 2021-09-19

028. (INÉDITA/2022) “que a palavra política deve ser entendida em seu sentido original”
A oração em destaque exerce a função sintática de:
a) objeto indireto
b) sujeito
c) adjunto adnominal
d) objeto direto

No texto, podemos observar que oração em destaque está vinculada à forma verbal “afirma”:
“Walter Kohan afirma que a palavra política deve ser entendida em seu sentido original”. Nessa
oração, o verbo “afirmar” é transitivo direto (quem afirma, afirma algo). Assim, a oração “que a
palavra política deve ser entendida em seu sentido original” exerce a função sintática de objeto
direto de “afirma”. Por isso, a alternativa (D) está correta e as demais ((A), (B) e (C)), incorretas.
Letra d.

029. (INÉDITA/2022) Em todas as opções, o elemento coesivo em destaque retoma uma


informação, exceto em:
a) “A ideia é que o professor e o aluno compreendam o seu lugar no mundo”
b) “Para Kohan, ele conseguiu condensar diversas tradições de sua época na educação”
c) “‘Um exemplo é: se nós vivemos num mundo racista e quisermos uma educação neutra,
estaremos contribuindo para que o mundo continue a ser racista”
d) “Uma frase famosa de Freire diz que educar é um ato político. O que ele quis dizer com isso?”
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Em (A), (B) e (D), os termos “seu”, “ele” e “isso” RETOMAM informações apresentadas anterior-
mente. Em (C), diferentemente, a expressão “Um exemplo” antecipa algo que ainda será dito
(após os dois-pontos).
Letra c.

030. (INÉDITA/2022) “Há também o fato de ele ter sido obrigado a se exilar no exterior, o que
ampliou sua rede de contatos.”
O antônimo da palavra em destaque se verifica melhor em:
a) afastar
b) repatriar
c) expatriar
d) arredar

O antônimo de “exilar” é “repatriar”. Segundo o Dicionário Houaiss, “exilar” significa “mandar ao


exílio ou impor-se voluntariamente o exílio”. Nas demais alternativas, temos termos sinônimos
ou pertencentes ao mesmo campo semântico (em âmbito de sinonímia).
Letra b.

031. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa em que a palavra seja formada por derivação sufixal
a) partidária
b) tradições
c) contatos
d) ditaduras

O vocábulo “partidária” é formado pelo radical “partido” e pelo sufixo “-ário(a)”. Por isso a alter-
nativa (A) está correta, pois, como já dito, ocorre derivação sufixal em “partidária”. Nas demais
alternativas, não temos derivação sufixal (isto é, criação de novas palavras), mas apenas flexão
de número (tradição>tradições; contato>contatos; ditadura>ditaduras).
Letra a.

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(Alexandre Beck, Armandinho)

032. (INÉDITA/2022) O sujeito do predicado “Fazem tiras com qualquer assunto!” é


a) oracional
b) simples
c) elíptico
d) indeterminado

O sujeito é indeterminado (alternativa (D)), pois o verbo está na terceira pessoa do plural e não
há referente anterior. Com isso, as demais alternativas devem ser descartadas, pois o sujeito
não é (A) oracional, (B) simples ou (C) elíptico.
Letra d.

033. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa em que a vírgula foi empregada para separar
um vocativo
a) “Além disso, Sérgio Haddad (biógrafo de Paulo Freire) aponta a confluência do seu trabalho
com o ‘espírito do tempo’”
b) “desenvolveu experiência pioneira de alfabetização de adultos em Angicos (RN), mas o pro-
grama foi interrompido pela ditadura militar”
c) “E se faltar assunto, Camilo?”
d) “A ideia é que o professor e o aluno compreendam o seu lugar no mundo, que não é neutro”

Discursivamente, o vocativo é um chamamento, uma evocação. No quadrinho, a evocação ocorre


entre os dois personagens: Armandinho chama seu amigo Camilo. Na pontuação, o vocativo
deve ser isolado do restante da oração (é um termo não oracional). Por isso, a alternativa (C)
deve ser marcada como correta. Nas demais alternativas, a vírgula é utilizada para: (A) separar
elemento coesivo, (B) separar oração coordenada adversativa e (D) separar oração subordinada
adjetiva explicativa.
Letra c.
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034. (INÉDITA/2022) Na tirinha, predomina a seguinte função da linguagem:


a) metalinguística
b) conativa
c) fática
d) referencial

A função da linguagem predominante na tirinha é a metalinguística: a tirinha é utilizada para


falar sobre o próprio ato de criar tirinhas. Relembrando: a metalinguagem é a linguagem que fala
sobre si mesma. Por isso, selecionamos a alternativa (A) e eliminamos as demais ((B), (C) e (D)).
Letra a.

035. (INÉDITA/2022) “Fazem tiras com qualquer assunto”


O termo em destaque encontra seu sinônimo na opção:
a) acontecimento.
b) tema.
c) eventualidade.
d) peripécia.

Na tirinha (e segundo o Dicionário Houaiss), “assunto” é sinônimo de “tema” (alternativa (B)).


As outras alternativas ((A), (C) e (D)) apresentam termos com sentido distinto do contexto de
ocorrência (e do registrado no dicionário) para “assunto”.
Letra b.

Sou pela Vida. Dirijo sem Bebida


A campanha Sou pela Vida. Dirijo sem Bebida foi criada com o objetivo de combater a
mistura álcool e direção por meio de fiscalizações diárias. Implantada inicialmente em Belo
Horizonte, em 2011, a campanha foi ampliada para todas as regiões do estado e hoje acontece
de modo simultâneo e integrado em mais de 70 municípios mineiros.
As abordagens têm a coordenação da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública
(Sejusp) e são realizadas de forma integrada com a participação de profissionais da Polícia Militar
de Minas Gerais, Polícia Militar Rodoviária, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Departamento
Penitenciário de Minas Gerais e, no caso das blitz na capital, BHTrans e Guarda Municipal.
Além do combate à alcoolemia, durante as blitz são fiscalizadas também outras questões
que podem contribuir com a segurança das vias, como a habilitação dos condutores e a ma-
nutenção e documentação dos veículos.

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Penalidades
Se o motorista soprar o bafômetro e o nível de álcool no sangue for menor que 0,05 mg/l
O condutor é liberado.
Se o motorista soprar o bafômetro e o nível de álcool no sangue estiver entre 0,05
e 0,33 mg/l
O motorista terá cometido infração gravíssima de trânsito. O veículo será retido até que
um condutor habilitado e em condições de dirigir seja apresentado. Caso contrário, o veículo
será removido para um depósito credenciado pelo Detran para resgate posterior. Também
será aplicada multa no valor de R$ 2.934,70, e o condutor embriagado terá suspenso o direito
de dirigir por 12 meses.
Se o motorista soprar o bafômetro e o nível de álcool no sangue estiver igual ou acima
de 0,34 mg/l
Nesta situação, de acordo com o art. 306 do Código de Trânsito Brasileiro, o condutor
pode ser processado por um crime de trânsito. As consequências são o pagamento de multa
no valor de R$ 2.934,70, a suspensão ou proibição de dirigir e a detenção. Vale lembrar que o
motorista embriagado que provocar um acidente pode ser preso por até oito anos se houver
morte e até cinco anos se houver ferido grave.
Se o motorista não soprar o bafômetro, o agente fiscalizador irá avaliá-lo com base em
uma série de critérios estabelecidos pelo Contran
A recusa a passar pelo teste do bafômetro – ou outros testes para identificar o consumo
de álcool – é uma infração gravíssima, como estabelece o art. 165-A do Código de Trânsito
Brasileiro. O condutor que se recusar a soprar o bafômetro poderá ser penalizado com multa
e com suspensão automática do direito de dirigir. Tanto o valor da multa como o prazo de
suspensão da CNH são os mesmos que os aplicados para quem dirige sob efeito de álcool:
multa de R$ 2.934,70 e 12 meses de suspensão.

Fonte: http://www.seguranca.mg.gov.br/integracao/programas-e-acoes/sou-pela-vida-dirijo-sem-bebida. Maio

de 2020. Acesso em 30.11.2021

036. (INÉDITA/2022) Segundo o texto, as blitz em Belo Horizonte são de responsabilidade


a) da Polícia Militar de Minas Gerais, da Polícia Militar Rodoviária, da Polícia Rodoviária Federal,
da Polícia Civil e do Departamento Penitenciário de Minas Gerais.
b) da Polícia Militar de Minas Gerais, da Polícia Militar Rodoviária, da Polícia Rodoviária Federal
e da Polícia Civil.
c) do BHTrans e da Guarda Municipal.
d) do Departamento Penitenciário de Minas Gerais do BHTrans e da Guarda Municipal.

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No segundo parágrafo do texto, lemos o seguinte: “As abordagens têm a coordenação da Se-
cretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e são realizadas de forma integrada
com a participação de profissionais da Polícia Militar de Minas Gerais, Polícia Militar Rodoviária,
Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Departamento Penitenciário de Minas Gerais e, no caso
das blitz na capital, BHTrans e Guarda Municipal.” O trecho em destaque mostra que as blitz
na capital (Belo Horizonte) são de responsabilidade do BHTrans e da Guarda Municipal, como
corretamente indicado pela alternativa (C). Assim, devemos excluir as alternativas (A), (B) e (D),
pois trazem entidades que não são responsáveis pelas blitz na capital (Belo Horizonte), como
Polícia Civil e Departamento Penitenciário de Minas Gerais.
Letra c.

037. (INÉDITA/2022) No primeiro parágrafo, a adoção de construções passivas como “foi


criada” “foi ampliada” provoca o seguinte efeito de sentido:
a) omite o agente da ação.
b) isenta o condutor que dirige alcoolizado de responsabilidades.
c) flexibiliza a aplicação de penalidades.
d) limita o campo de atuação da campanha à capital de Minas Gerais.

A adoção da passiva analítica permite a omissão do agente (isto é, o agente da passiva pode
ser omitido). Assim, temos a alternativa (A) como correta. A adoção da passiva não possui os
efeitos de sentido apontados em (B), (C) e (D): não isenta o condutor que dirige alcoolizado de
responsabilidades; não flexibiliza a aplicação de penalidades; e não limita o campo de atuação
da campanha à capital de Minas Gerais.
Letra a.

038. (INÉDITA/2022) Em “Se o motorista não soprar o bafômetro, o agente fiscalizador irá
avaliá-lo com base em uma série de critérios estabelecidos pelo Contran”, a palavra “se”
apresenta o valor de:
a) causa.
b) hipótese.
c) reflexividade.
d) tempo.

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A conjunção “se” em “Se o motorista não soprar o bafômetro, o agente fiscalizador irá avaliá-lo
com base em uma série de critérios estabelecidos pelo Contran” indica hipótese (alternativa
(B)), como se pode comprovar pela possibilidade de permuta pela forma “na hipótese de”: “Na
hipótese de o motorista não soprar o bafômetro, o agente fiscalizador irá avaliá-lo com base em
uma série de critérios estabelecidos pelo Contran”. Assim, deve-se descartar as possibilidades
de o “se”, no contexto em análise, denotar (A) causa, (C) reflexividade ou (D) tempo.
Letra b.

039. (INÉDITA/2022) Em “Se o motorista não soprar o bafômetro, o agente fiscalizador irá
avaliá-lo com base em uma série de critérios estabelecidos pelo Contran”, o trecho em des-
taque pode ser reescrito, sem comprometer o sentido original e a correção gramatical, como:
a) avaliará.
b) avaliá-lo-á.
c) irá lhe avaliar.
d) poderá avaliá-lo.

A forma “-lo” é pronome oblíquo, o qual exerce função de objeto direto. Por isso, as alternativas
(A) e (C) devem ser descartadas, pois aquela omite o objeto e esta utiliza forma própria de
complementos preposicionados (como objetos indiretos). Em (D), o a substituição de “irá” por
“poderá” altera a configuração semântica original (de certeza para possibilidade). Em (B), alter-
nativa correta, a forma verbal “avaliará” substitui corretamente a locução “irá avaliar”. Como o
verbo está no futuro, a colocação adequada é a mesóclise: avaliá-lo-á.
Letra b.

040. (INÉDITA/2022) Em “o veículo será removido para um depósito credenciado pelo Detran
para resgate posterior”, a palavra em destaque é sinônimo de:
a) prévio.
b) ulterior.
c) anterior.
d) preliminar.

O termo “posterior” tem como sinônimo “ulterior”, o qual qualifica algo “que chega ou acontece
depois”. É por isso que a alternativa (B) está correta. Em (A), (C) e (D), os sentidos dos termos
“prévio”, “anterior” e “preliminar” são opostos ao de “posterior”.
Letra b.
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041. (INÉDITA/2022) Em “O condutor que se recusar a soprar o bafômetro poderá ser pe-
nalizado com multa e com suspensão automática do direito de dirigir.”, o emprego da forma
verbal em destaque expressa a seguinte ideia:
a) possibilidade.
b) certeza.
c) ordem.
d) dúvida.

A forma verbal “poderá” denota possibilidade (alternativa (A)). Assim, devemos excluir as alter-
nativas (B), (C) e (D), pois os sentidos não são compatíveis com a semântica do verbo (isto é,
“poderá” não denota certeza, ordem ou dúvida).
Letra a.

042. (INÉDITA/2022) Uma paroxítona se encontra acentuada em:


a) bafômetro
b) álcool
c) contrário
d) terá

Os vocábulos “bafômetro” e “álcool” são proparoxítonos (ba-fô-me-tro; ál-co-ol) – e por isso as


alternativas (A) e (B) devem ser desconsideradas. A palavra “terá”, em (D), é uma oxítona. Assim,
resta-nos “contrário”, uma paroxítona terminada em ditongo (crescente).
Letra c.

043. (INÉDITA/2022) Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado é invariável:


a) Implantada inicialmente em Belo Horizonte, em 2011, a campanha foi ampliada para todas
as regiões do estado.
b) O veículo será retido até que um condutor habilitado e em condições de dirigir seja apresentado.
c) [...] o motorista embriagado que provocar um acidente pode ser preso [...]
d) Além do combate à alcoolemia, durante as blitze são fiscalizadas também outras questões
que podem contribuir com a segurança das vias [...]

Invariável é o vocábulo que não sofre modificação em sua morfologia (não flexiona). Isso ocorre
em (D): o termo “durante”, uma preposição, não pode ser flexionado. Em (A), (B) e (C), os termos
podem flexionar (a depender do processo de concordância): (A) Implantadas inicialmente em

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Belo Horizonte, em 2011, as campanhas foram ampliadas para todas as regiões do estado; (B)
O veículo será retido até que uma condutora habilitada e em condições de dirigir; (C) a motorista
embriagada que provocar um acidente pode ser presa.
Letra d.

044. (INÉDITA/2022) A palavra “que” não é um pronome relativo retomando um termo


anterior em:
a) [...] durante as blitz são fiscalizadas também outras questões que podem contribuir com a
segurança das vias [...]
b) [...] o motorista embriagado que provocar um acidente pode ser preso [...]
c) O condutor que se recusar a soprar o bafômetro poderá ser penalizado com multa [...]
d) A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública informou que a campanha “Sou Pela
Vida. Dirijo sem Bebida” será retomada em 2022.

Em (D), o vocábulo “que” é conjunção integrante, a qual introduz o complemento direto de “in-
formou” (é uma oração subordinada substantiva objetiva direta). Em (A), (B) e (C), as formas
pronominais “que” retomam, respectivamente: questões, motorista e condutor.
Letra d.

045. (INÉDITA/2022) Em “Departamento Penitenciário de Minas Gerais e, no caso das blitz


na capital, BHTrans e Guarda Municipal”, as vírgulas separam uma expressão com função
textual de:
a) interpelação
b) especificação
c) síntese
d) citação

A expressão “no caso da blitz na capital”, isolada por vírgulas, exerce função de especificação
sobre as abordagens – e por isso a alternativa (B) está correta. Assim, está claro que a expres-
são não exerce função textual de interpelação (pergunta), síntese (resumo) ou citação.
Letra b.

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Texto para as questões de 46 a 50

Memórias do cárcere
Graciliano Ramos
Chegávamos à cancela. E experimentei de chofre a necessidade imperiosa de expandir-
-me numa clara ameaça. A desarrazoada tentação era tão forte que naquele instante não me
ocorreu nenhuma ideia de perigo.
– Levo recordações excelentes, doutor. E hei de pagar um dia a hospitalidade que os se-
nhores me deram.
– Pagar como? exclamou a personagem.
– Contando lá fora o que existe na Ilha Grande.
– Contando?
– Sim, doutor, escrevendo. Ponho tudo isso no papel. O diretor suplente recuou, esbugalhou
os olhos e inquiriu carrancudo:
– O senhor é jornalista?
– Não senhor. Faço livros. Vou fazer um sobre a Colônia Correcional. Duzentas páginas
ou mais. Os senhores me deram assunto magnífico. Uma história curiosa, sem dúvida. O
médico enterrou-me os olhos duros, o rosto cortante cheio de sombras. Deu-me as costas e
saiu resmungando:
– A culpa é desses cavalos que mandam para aqui gente que sabe escrever.

Graciliano Ramos. Memórias do cárcere, capítulo II, p. 158. 1956.

046. (INÉDITA/2022) A partir da leitura do texto, é possível inferir que os interlocutores do


narrador estavam
a) alegres
b) irritados
c) calmos
d) tristes

Os interlocutores do narrador estavam irritados (alternativa (B)), como se demonstra pela leitura
destes trechos: “O diretor suplente recuou, esbugalhou os olhos e inquiriu carrancudo.”; “O mé-
dico enterrou-me os olhos duros, o rosto cortante cheio de sombras. Deu-me as costas e saiu
resmungando”. Por essa razão, devemos desconsiderar as demais alternativas.
Letra b.

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047. (INÉDITA/2022) A partir da leitura do texto, pode-se inferir que o narrador exerce a
profissão de
a) escritor
b) filósofo
c) jornalista
d) médico

O narrador exerce a profissão de escritor, como se pode confirmar pela leitura deste trecho:
“Não senhor. Faço livros. Vou fazer um sobre a Colônia Correcional. Duzentas páginas ou mais.
Os senhores me deram assunto magnífico. Uma história curiosa, sem dúvida.”
Letra a.

048. (INÉDITA/2022) O texto é predominantemente


a) injuntivo
b) descritivo
c) narrativo
d) argumentativo

O texto é predominantemente narrativo: há um narrador em primeira pessoa e personagens


que interagem verbalmente (via diálogos, marcados por travessões). Por isso, temos a al-
ternativa (C) como correta. Não há predomínio (e, em alguns casos, inexiste) de injunção,
descrição ou argumentação.
Letra c.

049. (INÉDITA/2022) No trecho “Vou fazer um sobre a Colônia Correcional”, após o vocábulo
“um” depreende-se o termo elíptico:
a) senhor
b) livro
c) papel
d) diretor

Observando a cadeia coesiva do texto, notamos que o vocábulo “livro” está elíptico após “um”
(alternativa (B)). Observe a reescrita: “Vou fazer um livro sobre a Colônia Correcional.” Essa é a
única possibilidade, tendo em vista a coesão e a coerência do trecho em análise.
Letra b.

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050. (INÉDITA/2022) A palavra “desarrazoada” é sinônimo de:


a) irracional
b) inesperada
c) legítima
d) equilibrada

A palavra desarrazoada é sinônimo de “não racional”, “dominado pela emoção”. Por essa razão,
o vocábulo “irracional” (alternativa (A)) é o sinônimo adequado. As demais palavras (alternativas
(B), (C) e (D)) não constituem sinônimos de “desarrazoada”.
Letra a.

Bruno Pilastre
Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília. É autor de obras didáticas de Língua Portuguesa
(Gramática, Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva). Pela Editora Gran Cursos, publicou o “Guia
Prático de Língua Portuguesa” e o “Guia de Redação Discursiva para Concursos”. No Gran Cursos Online,
atua na área de desenvolvimento de materiais didáticos (educação e popularização de C&T/CNPq: http://
lattes.cnpq.br/1396654209681297).

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