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PORTUGUESA
Caderno de Questões de Língua
Portuguesa – Iades – Lista II
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
LÍNGUA PORTUGUESA
Caderno de Questões de Língua Portuguesa – Iades – Lista II
Bruno Pilastre
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Caderno de Questões de Língua Portuguesa – Iades – Lista II.............................................................4
Exercícios...............................................................................................................................................................................4
Gabarito............................................................................................................................................................................... 28
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................29
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Caderno de Questões de Língua Portuguesa – Iades – Lista II
Bruno Pilastre
Apresentação
Nesta 2º Lista de Questões, comento 50 questões de Língua Portuguesa, muitas de 2021
(algumas das quais são inéditas, elaboradas por mim!). São questões de Interpretação de Tex-
to e Gramática, as quais abrangem diversos tópicos.
Lembro novamente: quando resolvemos as questões desta Lista, chegamos à conclusão
de que a banca possui este perfil:
• os textos adotados são verbais, não verbais e/ou mistos. Os textos verbais são exten-
sos. A temática dos textos é quase sempre voltada para a atuação do órgão para o qual
o concurso está sendo realizado.
• nas questões de interpretação, a banca avalia a sua compreensão em relação a informa-
ções superficiais, as quais podem ser conferidas na retomada ao texto.
• há uma predominância para conteúdos de semântica (sinonímia e antonímia) e de rees-
crita (com viés gramatical).
• em muitas questões, a banca solicita conhecimentos interligados: na mesma questão,
são cobrados os tópicos de concordância, crase e tipos de sujeito.
• nos últimos concursos, a banca vem trabalhando reescrituras de trechos do texto. Para
saber se a reescritura está correta, você precisará aplicar seus conhecimentos grama-
ticais (incluindo pontuação). Essa é uma tendência em todas as bancas examinadoras,
ok?
• nas provas de nível médio, há questões mais objetivas (principalmente sobre acentua-
ção e ortografia) – isto é, a cobrança é feita de maneira muito direta, como você verá nos
exemplos a seguir.
Espero que o estudo da parte teórica e a resolução das questões deste caderno potencia-
lizem a sua preparação.
Bom, agora é mãos à obra!
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Caderno de Questões de Língua Portuguesa – Iades – Lista II
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CADERNO DE QUESTÕES DE
LÍNGUA PORTUGUESA – IADES – LISTA II
Exercícios
001. (IADES/ANALISTA DE COMUNICAÇÃO/CAU-MS/2021) Em “No entanto, apesar desses
regulamentos e dessa ideia de modernidade, a cidade cresceu expandindo-se por todos os
lados e ocupando áreas antes proibidas.”, o uso da vírgula
a) é opcional logo após a conjunção “No entanto”.
b) é obrigatório apenas depois de “No entanto”.
c) seria incorreto se a oração adverbial estivesse no final do período.
e) seria viável antes de “No entanto”, desde que a inicial maiúscula fosse adequada à
nova redação.
e) é obrigatório neste caso por isolar expressão adverbial deslocada.
1 Campo Grande, desde os seus primórdios, foi pensada e projetada para ser uma ci-
dade moderna. Essa modernidade é observada desde os primeiros planos de ordenamento 4
urbano, nos quais se verifica uma preocupação com a locomoção, a disposição das quadras,
do arruamento, das áreas verdes, das áreas de várzeas e de uma série de 7 regulamentos e di-
retrizes que norteavam, e ainda norteiam, as ações humanas como o uso e a ocupação do solo
urbano. No entanto, apesar desses regulamentos e dessa ideia de 10 modernidade, a cidade
cresceu expandindo-se por todos os lados e ocupando áreas antes proibidas. Várzeas foram
loteadas, córregos canalizados, áreas verdes desmatadas, 13 tudo em nome do progresso e
de um tipo de modernidade que fecha os olhos para as bases naturais em que a cidade está
inserida e sobre a qual ela se sustenta. 16 O resultado desse processo são os vários impactos
negativos que afetam toda a população à custa de vidas destruídas, 18 perdas financeiras e
ambientais.
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d) Os três parágrafos são informativos e compõem um texto cujo título sintetiza a intenção de
instruir de forma simples e objetiva.
e) O segundo parágrafo do texto é narrativo e apresenta a história do Forte de Coimbra.
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c) O foco do texto está na neurociência porque essa área do conhecimento é capaz de provar
que os sentidos do olfato e do paladar são sentimentais.
d) A citação de Marcel Proust contradiz a de Pierre Bordieu, pois, enquanto o sociólogo faz
referência ao aprendizado infantil, o escritor apresenta exemplo de como, no instante da ali-
mentação, é possível um encontro com o que de extraordinário se passava com ele.
e) As artes, de uma maneira geral, corroboram a ideia de que os indivíduos necessitam se ali-
mentar para que se lembrem de suas histórias de vida.
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e) Em “Isso porque são os únicos que se conectam diretamente com o hipocampo – o centro
da memória de longo prazo do cérebro.” (linhas de 20 a 22), o travessão poderia ser substituído
por parênteses, mas não por vírgula.
1 A função dos alimentos vai muito além de simplesmente nos manter saciados. Uma
alimentação adequada e saudável garante uma boa nutrição e o 4 funcionamento adequado
de todo o corpo. Portanto, ela influencia, e muito, na saúde.
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“Alimentação saudável” é uma expressão tão repetida – desde a publicidade até os deba-
tes públicos – que parece ser um senso comum. Mas o que vem a ser alimentação saudá-
vel de fato?
1 Dependendo do tipo de alimentação que uma pessoa tem, ela terá mais ou menos
saúde, mais ou menos doença. A alimentação que é saudável, que dá mais saúde para as 4
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pessoas e as ajudam a viver mais e melhor, com mais bem-estar, é também a alimentação que
é produzida por um sistema alimentar que agride menos o meio ambiente e 7 promove mais
igualdade.
Os alimentos variam de lugar para lugar – mas há requisitos que são, digamos, univer-
sais. Um consenso é o de 10 que a alimentação precisa ser baseada em alimentos. Parece
uma constatação óbvia, mas não é. Nas últimas décadas, mais e mais pessoas se alimentam
não propriamente de 13 alimentos naturais – ou destes alimentos modificados como vem sen-
do há séculos, milênios –, mas consumindo fórmulas, formulações industriais. Por mais que
tenhamos a 16 capacidade tecnológica e industrial de criar esses compostos, eles não têm a
capacidade de substituir a alimentação que é baseada nos alimentos naturais e nas 19 prepa-
rações culinárias desses alimentos.
1 Quando você pensa em comida típica brasileira, lembra logo de quê? Provavelmente,
do tradicional feijão com arroz. Só no ano passado, a população do País 4 consumiu 3,5 mi-
lhões de toneladas de feijão e 8,7 milhões de toneladas de arroz.
A receita remonta ao tempo dos índios, depois dos 7 escravos, e permanece em alta até
hoje. Do ponto de vista nutricional, a combinação é completa e traz mais benefícios à saúde
junta do que separada. Isso porque, quando a pessoa 10 consome uma leguminosa como o
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feijão com um cereal, no caso o arroz, o organismo consegue fazer a digestão de todas as vi-
taminas e proteínas vegetais.
13 O arroz é rico em uma proteína chamada lisina, enquanto o feijão contém muita me-
tionina. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), 16 um prato de
arroz com feijão garante a absorção de mais de 80% dessas proteínas. Além disso, o arroz ofe-
rece carboidratos, vitaminas e minerais, de acordo com o 19 endocrinologista Alfredo Halpern
e a nutricionista Sônia Tucunduva.
O Ministério da Saúde sugere o seguinte consumo: 22 uma parte de feijão para duas de
arroz. Já a feijoada, com a inclusão de embutidos como linguiça, joelho e outras partes 24 do
porco, torna o prato pouco saudável.
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e) “A maioria das empresas, porém, ainda procura profissionais prontos, que cheguem já pro-
duzindo.” (linhas de 20 a 22).
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e-commerce: comércio eletrônico que acontece em lojas virtuais existentes na internet; versão
digital do comércio físico de lojas e shoppings;
delivery: serviço de entrega, distribuição ou remessa;
download: (baixar, em uma tradução simples) ação de descarregar, transferir, copiar arquivos e
informações contidas em um computador remoto para um computador específico;
apps: abreviação do termo aplicativos, que se refere a programas de computador para proces-
sar dados de modo eletrônico, de forma a facilitar e reduzir o tempo do usuário ao executar
uma tarefa;
mobile banking: banco móvel que disponibiliza alguns serviços tipicamente bancários por ce-
lular ou outros dispositivos móveis.
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d) Caso a autora decidisse substituir o vocábulo sublinhado no trecho “número de contas ativas”
(linhas 17 e 18) pela construção referente a, o uso do sinal indicativo de crase seria inviável.
e) O vocábulo sublinhado no trecho “o número de transações realizadas nesse canal por pes-
soas físicas” (linhas 19 e 20), por ser proparoxítono, deve estar sempre acentuado graficamen-
te, conforme também se pode observar na seguinte situação: Sou eu quem número todos os
boletos emitidos pela agência bancária.
O envelhecimento e o farmacêutico
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dos nos programas sanitários por causa do aumento 10 do número de indivíduos portadores
de doenças crônicas.
“O farmacêutico deve garantir que o tratamento medicamentoso do idoso seja efetivo e
seguro, por meio de 12 atividades clinicas, como consultas de acompanhamento e revisão de
famacoterapia”, explica o farmacêutico Cassyano Correr.
16 O farmacêutico da atenção primaria com foco na prevenção de doenças crônicas,
impõem-se como ajuste fundamental na saúde pública. Mas os governantes têm, 19 ainda, que
resolver o difícil problema da iluminação de recursos para o setor ao qual pesa a demanda de
medicamentos.
22 O problema agrava0se devido ao fato de o consumo de fármacos ser mais entre
os idosos. A prevalência de doenças crônicas (cardiovasculares, diabetes e pulmonares) 25
e neurodegenerativas (doenças de Parkinson e mal de Alzheimer) relacionadas ao envelheci-
mento deve procurar os farmacêuticos, tamanha a responsabilidade que pesa 28 sobre esses
profissionais. Afinal, cerca de 80% dos idosos têm pelo menos uma doença crônica. Significa
dizer que, 30 entre ele, é maior a necessidade de uso de medicamentos.
BRANDÃO, Aloísio. Disponível em: <http://www.cff.org.br>.
024. (IADES/CONTADOR/CRF-RO/2019) Com base nas escolhas linguísticas feitas pelo au-
tor, assinale a alternativa correta.
a) Caso o autor decidisse empregar, logo após a forma verbal “constitui” (linha 1), a construção
há algumas décadas, seria recomendável que também empregasse, em seguida, o vocábulo
atrás para destacar a ideia de tempo decorrido.
b) O vocábulo sublinhado no período “O envelhecimento da população constitui um desafio gi-
gantesco para o farmacêutico.” (linhas 1 e 2) coloca em evidência a figura de linguagem deno-
minada ironia, pois, por meio dele, o autor expressa uma ideia contrária ao que pensa de fato.
c) Ao empregar a forma verbal sublinhada na passagem “e que tem gerado impactos significa-
tivos nos contextos sanitário e socioeconômico dos países” (linhas 3 e 4), o autor faz referên-
cia a um fenômeno que começou a acontecer na época em que o texto foi escrito.
d) O autor recorre ao eufemismo na passagem “o tratamento medicamentoso do idoso” (linhas
11 e 12), pois optou pelo emprego do vocábulo sublinhado para não utilizar o termo velho, o
qual soaria desagradável ou grosseiro.
e) No trecho “tamanha a responsabilidade que pesa sobre esses profissionais” (linhas 27 e
28), o vocábulo sublinhado caracteriza uma antítese, pois a ideia expressa por ele é oposta ao
sentido que lhe é atribuído no dicionário.
Sistema CFN/CRN
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Em 1920, aos dois meses de idade, Clarice Lispector fez sua primeira grande travessia,
da longínqua Rússia ao Nordeste do Brasil. Filha de imigrantes judeus ucranianos, Clarice cres-
ceu no calor de Recife (Pernambuco), onde morou dez anos; perdeu a mãe em 1930, e dez anos
depois mudou-se com o pai e as duas irmãs para o Rio de Janeiro. A partir de 1944, quando se
casou com um diplomata, morou em Belém (Pará), nos Estados Unidos e em vários países da
Europa; durante a longa permanência no exterior, com temporadas no Brasil, escreveu e publi-
cou dois romances (O Lustre e A Cidade Sitiada) e um livro de contos. Em 1959, quando voltou
definitivamente ao Rio, já era considerada uma das maiores escritoras brasileiras.
Recife, a cidade da infância e da juventude, foi a fonte dos primeiros escritos, de vários
contos de Felicidade Clandestina (1971) e de crônicas publicadas no Jornal do Brasil. O drama
pungente do imigrante do Nordeste aparece também na figura de Macabéa, uma pobre moça
de Maceió (Alagoas), cujo destino trágico no Rio de Janeiro é um dos temas de A Hora da Es-
trela, publicado em 1977, quando a escritora morreu aos 56 anos.
Clarice estreou em 1943 com o romance Perto do coração Selvagem, título que pinçou
do Retrato de um artista quando jovem, de Joyce. Naquela época, a literatura brasileira já con-
tava com uma tradição, de Machado de Assis à arte de vanguarda do Movimento Modernista
de 1922. Na década seguinte, pelo menos dois livros importantes reforçaram essa tradição: O
Quinze (1930) de Rachel de Queiroz, e São Bernardo (1934), de Graciliano Ramos. Mas quando
Clarice Lispector e Guimarães Rosa surgiram na década de 1940, a prosa brasileira deu uma
cambalhota. Já em 1943, Antonio Candido, um grande crítico brasileiro, logo percebeu a novi-
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dade e a ousadia do livro da jovem autora. Divisor de águas na literatura brasileira, Perto do Co-
ração Selvagem foi considerado por Candido “uma tentativa impressionante de levar a língua a
domínios pouco explorados, forçando-a a adaptar-se a um pensamento cheio de mistério, para
o qual sentimos que a ficção não é um exercício ou aventura afetiva, mas um instrumento real
do espírito, capaz de nos fazer penetrar em alguns labirintos retorcidos da mente”.
Esse comentário ajusta-se a praticamente toda a obra de Clarice, marcada pela busca
do sentido da vida, em que o evento mais prosaico pode desencadear um sentimento patético,
vertiginoso, siderado por imagens candentes e ideias abstratas. Quase tudo o que ela escreveu
parece sondar o coração selvagem da vida, reino de ambiguidades latentes, de transgressões
insuspeitadas, como a barata morta transformada em hóstia consagrada pela protagonista
do romance A Paixão segundo G.H. Busca também de uma linguagem, não menos dramática
que a vida, na tensão e intensidade com que os narradores sondam o poço escuro da paixão,
do desejo, do amor e do destino do ser, inseparáveis da morte. Os dramas dos narradores e
personagens de Clarice são também dramas de uma linguagem que expressa, num ritmo e
cadência de um estilo muito pessoal, o lado agônico ou extático dos seres que evoca; dramas
quase sem trama, porque a Clarice interessa menos o enredo e o tempo cronológico que a for-
ma descontínua e fragmentada de expressar uma experiência interior, um transe visionário, ou
mesmo um pensamento ou conceito.
É provável que o fluxo de consciência e a ironia fina devam algo à obra de Joyce e de Vir-
ginia Woolf; mas nenhuma escritora brasileira foi tão longe, e de uma maneira tão radical, em
direção ao abismo da interioridade. Benedito Nunes, o mais notável crítico de CL, assinalou que
“o ímpeto transgressivo das personagens femininas de alguns romances – Perto do coração
selvagem, O Lustre (1943), A Cidade Sitiada (1949), A Maçã no Escuro (1961) e certos contos
de Laços de Família (1960) – talvez seja a marca invertida da submissão feminina”. Por outro
lado, “o despojamento pessoal de G. H. neutraliza a diferença entre o masculino e o feminino,
absorvida numa condição humana geral em contraste com a animalidade e a vida orgânica. O
romance póstumo Um sopro de vida (1978), narrado por dois personagens – um homem e uma
mulher –, persegue o mesmo pathos da morte e da loucura que lembra as personagens G.H. e
de Água viva (1973)”.
A mulher que em 1975 participou de um congresso de Bruxaria na Colômbia era esqui-
va, terna, belíssima, de uma beleza estranha, o rosto anguloso, os olhos um pouco rasgados,
vivos e assombrados, que pareciam olhar para fora, para o céu e o inferno, mas sobretudo
para dentro.
A linguagem foi, de fato, a sua maior e mais arriscada travessia: a paixão pela lingua-
gem, a busca tenaz, incessante e obsessiva de dizer o inefável, o que nos toca mais fundo e
nos é fugaz: o sentido mesmo da nossa existência. “A linguagem é o meu esforço humano.
Por destino tenho que ir buscar e por destino volto com as mãos vazias. Mas – volto com o
indízivel”. (A Paixão segundo G. H.)
Milton Hatoum. Clarisse Lispector (1920-1977), El País.
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026. (INÉDITA/2021) Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto, julgue os pró-
ximos itens.
I – Nos trechos “a prosa brasileira deu uma cambalhota” (3º parágrafo) e “penetrar em alguns
labirintos retorcidos da mente” (3º parágrafo), emprega-se linguagem figurada.
II – No sexto parágrafo, do texto, os termos “esquiva, terna, belíssima” são qualidades atribuí-
das a Clarisse Lispector.
III – Ao longo do texto, as aspas são utilizadas exclusivamente para indicar citação.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
028. (INÉDITA/2021) Em “Clarice estreou em 1943 com o romance Perto do coração Selva-
gem, título que pinçou do Retrato de um artista quando jovem, de Joyce” (primeiro período do
terceiro parágrafo), a palavra “pinçou” está empregada com o mesmo sentido de
a) compreendeu
b) extraiu
c) destacou
d) encontrou
e) declamou
029. (INÉDITA/2021) Assinale a opção em que o termo apresentado tem a mesma função
sintática que “Clarisse” (primeiro período do terceiro parágrafo).
a) “o lado agônico ou extático dos seres que evoca” (4º parágrafo)
b) “ao abismo da interioridade” (5º parágrafo)
c) “a diferença entre o masculino e o feminino” (5º parágrafo)
d) “que o fluxo de consciência e a ironia fina devam algo à obra de Joyce e de Virginia Woolf”
(5º parágrafo)
e) “a novidade e a ousadia do livro da jovem autora” (3º parágrafo)
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030. (INÉDITA/2021) No texto, o emprego de vírgulas para isolar as expressões “um grande
crítico brasileiro” (3º parágrafo) e “o mais notável crítico de CL” (5º parágrafo) é
a) apenas uma escolha estilística do autor.
b) obrigatório apenas na primeira expressão.
c) justificado por regras distintas de pontuação.
d) justificado pela mesma regra de pontuação.
e) facultativo em ambas as expressões.
032. (INÉDITA/2021) No período em que se insere no texto, a oração “quando voltou definiti-
vamente ao Rio” (primeiro parágrafo) exprime a circunstância de:
a) causa.
b) modo.
c) finalidade.
d) explicação.
e) tempo.
O astrônomo lê o céu, lê a epopeia das estrelas. Ora, direis, ouvir e ler estrelas. Que histó-
rias sublimes, suculentas, na Via Láctea. O físico lê o caos. Que epopeias o geógrafo lê nas ca-
madas acumuladas em um simples terreno. Um desfile de Carnaval, por exemplo, é um texto.
Por isso se fala de “samba-enredo”: a disposição das alas, as fantasias, a bateria, a comissão
de frente são formas narrativas.
Uma partida de futebol é uma forma narrativa. Saber ler uma partida — esse é o mérito
do locutor esportivo, na verdade, um leitor esportivo. Ele, como o técnico, vê coisas no texto em
jogo que, só depois de lidas por ele, por nós são percebidas. Ler, então, é um jogo, uma disputa,
uma conquista de significados.
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035. (INÉDITA/2021) Quanto aos termos empregados no texto precedente, às ideias nele con-
tidas e à ortografia oficial da língua portuguesa, assinale a opção incorreta.
a) O sentido original do texto seria preservado e as normas da ortografia oficial da língua por-
tuguesa seriam respeitadas caso se substituísse o trecho “Leem-nos, às vezes, melhor que nós
mesmos” por Às vezes, eles nos lêem melhor que nós mesmos.
b) Os vocábulos “físico”, “mérito” e “aprimoradíssimos” são acentuados em razão da regra que
determina que todas as proparoxítonas sejam acentuadas.
c) No primeiro parágrafo, as duas ocorrências da forma “que” desempenham a mesma função
morfossintática.
d) No terceiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase em “à cena” é obrigatório.
e) No terceiro parágrafo, com o emprego da expressão “(imagino)” entre parênteses, o autor
destaca que o conteúdo da afirmação “ler o pensamento de quem está assistindo à cena” não
é factual.
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Febre mundial, abacate ficou mais valioso que petróleo e gerou até tráfico
Você pode até não suspeitar, mas o abacate que amadurece na sua fruteira está valendo
mais do que petróleo. Na verdade, vive-se uma verdadeira obsessão mundial por ele. Há mais
de uma variação da fruta fazendo sucesso em cima da torrada dos hipsters1, na sobremesa
das famílias tradicionais, sendo usado como condimento e indo parar em pratos requintados
nos restaurantes.
Segundo a avaliação de quem é da área, uma mudança em hábitos alimentares e em
maneiras de preparo ajudou a popularizar o abacate. Os preços dispararam, gerando lucros
para além de crises econômicas e sociais em todo o mundo.
Na Nova Zelândia e na Austrália, onde crimes beiram a zero, surgiram verdadeiras redes
de tráfico da fruta. No ano passado, as autoridades neozelandesas interferiram até mesmo em
um mercado paralelo. Já no México, líder mundial na produção, a exportação da fruta já é mais
lucrativa do que o petróleo, com mais de 1 milhão de toneladas saindo do país, de acordo com
o próprio governo mexicano.
Mas, por quê? “Antes se entendia que o abacate era uma fruta gordurosa, que engor-
dava. Hoje acontece uma desmistificação, que é uma fruta saudável”, analisa Jonas Octávio,
presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Abacate (ABPA). Segundo ele, além da
pegada fitness2 que a fruta assumiu, o público passou a testar também versões salgadas do
abacate, como o guacamole.
(https://noticias.bol.uol.com.br. Adaptado)
1
Hipster: Alguém que pensa e se veste diferentemente do que é moda dominante.
2
Fitness: Relativo à boa condição física.
036. (INÉDITA/2021) Ao adotar o pronome “Você” em “Você pode até não suspeitar, mas o
abacate que amadurece na sua fruteira está valendo mais do que petróleo” (1º parágrafo), o
autor busca
a) reprovar uma atitude do leitor.
b) aproximar-se do leitor, buscando gerar interesse no assunto a ser abordado.
c) evidenciar a ignorância do leitor sobre o assunto abordado.
d) incentivar o leitor a consumir mais abacate.
e) convencer o leitor a evitar o despertício.
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039. (INÉDITA/2021) Na passagem “Na verdade, vive-se uma verdadeira obsessão mundial
por ele.”, o pronome em destaque retoma a seguinte informação:
a) o petróleo.
b) o abacate.
c) o tráfico.
d) o condimento.
e) a fruteira.
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c) explicação
d) oposição
e) condição
Na obra “Alice no País das Maravilhas”, a protagonista depara-se com o gato risonho e
o questiona a respeito do caminho correto a seguir. O felino retruca perguntando para onde ela
gostaria de ir e, ao receber a resposta de que “tanto faz, não importa muito para onde”, respon-
de: “Então, não importa qual o caminho a seguir, qualquer um serve.” Consequentemente, Alice
segue sem rumo em suas viagens.
Essa alegoria representa, muitas vezes, a realidade, pois a inexistência de metas e ob-
jetivos específicos faz com que, muitas vezes, o gestor governamental se conforme com qual-
quer resultado, comprometendo o atendimento aos legítimos anseios da sociedade.
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Desse modo, o planejamento é item que requer atenção especial e, nesse contexto,
deve haver um método de gestão para a utilização ótima dos recursos e a racionalização dos
procedimentos administrativos com melhores resultados, não se restringindo a um determina-
do exercício financeiro, sendo, em suma, o esforço pela qualidade total e pela excelência na
administração pública.
Planejar é transformar em objetivos e metas a visão de futuro da administração. Parte-
-se do diagnóstico dos problemas a serem enfrentados, obtidos por meio de audiências públi-
cas junto à população e outros instrumentos de transparência e, após delineada a situação a
ser superada, são propostas ações governamentais para a consecução dos resultados.
Executar é colocar em prática o que foi planejado e pressupõe uma adequada estrutura
procedimental, material e humana para a correta operacionalização das ações governamentais.
(Leandro Luis dos Santos Dall’Olio e Marcus Augusto Gomes Cerávolo, O Ciclo PDCA e o Planejamento na Admi-
nistração Pública, em https://jus.com.br - acesso em 10/12/2019 - Adaptado)
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049. (INÉDITA/2021) No trecho “pois a inexistência de metas e objetivos específicos faz com
que, muitas vezes, o gestor governamental se conforme com qualquer resultado” (2º parágra-
fo), a expressão em destaque estabelece uma relação de:
a) proporção
b) conclusão
c) modo
d) causa e consequência
e) comparação
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GABARITO
1. e 37. d
2. b 38. e
3. d 39. b
4. e 40. c
5. b 41. d
6. c 42. a
7. a 43. e
8. d 44. c
9. b 45. b
10. e 46. a
11. c 47. d
12. a 48. b
13. e 49. d
14. a 50. b
15. c
16. d
17. a
18. a
19. c
20. d
21. b
22. a
23. a
24. d
25. d
26. e
27. d
28. b
29. d
30. d
31. b
32. e
33. d
34. c
35. a
36. b
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GABARITO COMENTADO
001. (IADES/ANALISTA DE COMUNICAÇÃO/CAU-MS/2021) Em “No entanto, apesar desses
regulamentos e dessa ideia de modernidade, a cidade cresceu expandindo-se por todos os
lados e ocupando áreas antes proibidas.”, o uso da vírgula
a) é opcional logo após a conjunção “No entanto”.
b) é obrigatório apenas depois de “No entanto”.
c) seria incorreto se a oração adverbial estivesse no final do período.
e) seria viável antes de “No entanto”, desde que a inicial maiúscula fosse adequada à
nova redação.
e) é obrigatório neste caso por isolar expressão adverbial deslocada.
O uso da vírgula isolando a expressão [, apesar desses regulamentos e dessa ideia de moderni-
dade,] é obrigatório, pois delimita uma intercalação. Sem a expressão deslocada, teríamos: “No
entanto, a cidade cresceu expandindo-se por todos os lados e ocupando áreas antes proibidas,
apesar desses regulamentos e dessa ideia de modernidade”. Assim, no trecho em análise, a
vírgula é obrigatória como par.
Letra e.
1 Campo Grande, desde os seus primórdios, foi pensada e projetada para ser uma ci-
dade moderna. Essa modernidade é observada desde os primeiros planos de ordenamento 4
urbano, nos quais se verifica uma preocupação com a locomoção, a disposição das quadras,
do arruamento, das áreas verdes, das áreas de várzeas e de uma série de 7 regulamentos e di-
retrizes que norteavam, e ainda norteiam, as ações humanas como o uso e a ocupação do solo
urbano. No entanto, apesar desses regulamentos e dessa ideia de 10 modernidade, a cidade
cresceu expandindo-se por todos os lados e ocupando áreas antes proibidas. Várzeas foram
loteadas, córregos canalizados, áreas verdes desmatadas, 13 tudo em nome do progresso e
de um tipo de modernidade que fecha os olhos para as bases naturais em que a cidade está
inserida e sobre a qual ela se sustenta. 16 O resultado desse processo são os vários impactos
negativos que afetam toda a população à custa de vidas destruídas, 18 perdas financeiras e
ambientais.
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b) apresenta contradição entre o fato de a cidade ter sido projetada para ser moderna e o seu
crescimento desordenado.
c) discorda de que o progresso deva considerar mais questões relativas às bases naturais da
cidade e menos as relacionadas à economia.
d) dirige-se especificamente aos profissionais de arquitetura e urbanismo.
e) propõe medidas benéficas em contraposição aos impactos negativos que afetam toda a
população e as riquezas naturais de Campo Grande.
Na primeira parte do texto, o autor afirma que a cidade de Campo Grande foi pensada e pro-
jetada (isto é, planejada). Na segunda parte do texto, o autor introduz uma adversão (via con-
junção “No entanto”): “a cidade cresceu de forma desordenada”. Assim, a afirmativa em (B)
é adequada.
a) Errada. Em (A), é incorreto afirmar que se evitaram os impactos negativos da modernidade.
c) Errada. Em (C), é incorreto afirmar que o autor discorda de que o progresso deva considerar
mais questões relativas às bases naturais da cidade.
d) Errada. Em (D), é incorreto dizer que o autor se dirige especificamente a profissionais da
arquitetura e urbanismo (note a adoção de vocabulário não técnico).
e) Errada. Em (E), por fim, a alternativa está errada porque o autor não propõe medidas em re-
lação à problemática abordada.
Letra b.
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além disso, em um âmbito de adaptação 25 para novos usos, também se incluem a instala-
ção de peças para cozinha e sanitários e preparo de espaço para reserva técnica de museu
que o Exército Brasileiro mantém nas 28 dependências do Forte. Contemplaram também os
critérios de acessibilidade universal, na medida do possível, em se 30 tratando da natureza da
edificação.
O texto é informativo (expositivo), como corretamente afirmado pela alternativa (D). Nele, o
autor apresenta informações sobre a restauração do Forte de Coimbra pelo Iphan (e o título
sintetiza esse conteúdo). Em (A), (B), (C) e (E), temos as seguintes inadequações:
a) Errada. A informação indicada não está presente no parágrafo introdutório.
b) Errada. Não há linguagem injuntiva (como verbos no modo imperativo ou na forma nominal
infinitiva).
c) Errada. Não se apresenta opinião.
e) Errada. Não há predominância narrativa no segundo parágrafo.
Letra d.
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b) Na linha 27, a forma plural do vocábulo “mantém” deve ser acentuada da mesma forma se
substituirmos “Exército” por Forças Armadas.
c) Na linha 21, o vocábulo “Fundamentalmente” poderia ser substituído corretamente pela for-
ma Básicamente.
d) Na linha 20, as palavras “período” e “história” são acentuadas por causa da presença
de ditongos.
e) A palavra “espanhóis” (linha 15) está corretamente acentuada porque o ditongo aberto a fi-
naliza, mas, se ele não estivesse nesta posição, a palavra não levaria acento, conforme o Novo
Acordo Ortográfico.
A alternativa (E) está correta: se o vocábulo fosse “heroico”, com ditongo aberto na penúltima
sílaba, o acento não seria aplicado. Os erros das demais afirmativas são estes:
a) Errada. “Contemporâneo” não é sinônimo de “conterrâneo”;
b) Errada. Se o sujeito for plural (como “Forças Armadas”), a forma verbal deve ser grafada
com circunflexo: “mantêm”.
c) Errada. O vocábulo “basicamente” não se registra com acento.
d) Errada. As regras de acentuação de “período” e “história” são diferentes (em “período”, te-
mos hiato; em “história”, ditongo).
Letra e.
Os contextos de ocorrência de cada vocábulo são estes: (i) “nos Livros do Tombo Histórico e
Arqueológico, Etnográfico e 7 Paisagístico”; (ii) “execução de serviços de drenagem, ilumina-
ção, tratamento de esgoto, pintura e recuperação de soteia e do respectivo madeiramento”.
Cada vocábulo significa, respectivamente: inventário/registro e terraço (conferir o vocábulo
“açoteia”). Por essa razão, a alternativa (B) está correta. Logo, devemos desconsiderar as alter-
nativas (A) “relação e plataforma”, (C) “registro e teto”, (D) “diligência e plataforma” e (E) “queda
e mirante”.
Letra b.
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A substituição proposta em (A) está adequada: o pronome relativo passa a “os quais” e o verbo
“têm” deve ser registrado com circunflexo (porque o sujeito será de terceira pessoa do plural).
Nas demais alternativas, as incorreções são estas:
b) Errada. No sentido de tempo decorrido, o verbo “fazer” deve permanecer invariável (terceira
pessoa do singular: faz 30 anos).
c) Errada. A construção proposta não é a versão ativa da passiva correspondente (a versão
ativa seria algo como “alguém/algo quase destruiu que [= uma cidade]”.
d) Errada. Com a presença da palavra “não”, a próclise é obrigatória.
e) Errada. A substituição não registra a crase obrigatória em “à beira do”.
Letra a.
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A alternativa (D) expressa adequadamente o que se diz no texto: “Os casarões do século 19,
também presentes no sítio, retratam um período de imensa riqueza econômica” [...] Fazendas
rurais e sua arquitetura tipicamente mineira fundem-se com o estilo eclético [...]”. Nas demais
alternativas, encontramos os seguintes erros:
a) Errada. Apenas em Corumbá “parte de suas edificações e de seu traçado urbano” foi tomba-
da pelo Iphan.
b) Errada. Não se trata de contrabando, mas de importação.
c) Errada. No texto, é dito que os brasileiros conhecem MS por suas belezas naturais.
e) Errada. Afirma-se que há notícias ruins de drogas e contrabando em MS, não que o estado
de MS possui envolvimento com o tráfico de drogas.
Letra d.
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Como corretamente afirmado na alternativa (B), segundo Pierre Bourdieu, os sabores dos ali-
mentos traduzem aprendizados duradouros para os indivíduos (para autor, “são lições que
resistem por mais tempo à distância”). Nas outras alternativas, os seguintes equívocos são
encontrados:
a) Errada. A visão, o tato e a audição são, na verdade, “bem menos eficientes em trazer à tona
o passado”.
c) Errada. O foco do texto não está na neurociência.
d) Errada. A citação de Marcel Proust NÃO contradiz a de Pierre Bordieu (na verdade, há uma
confirmação sobre o que Pierre Bourdieu defende).
e) Errada. Pela leitura do texto, não se pode confirmar que “as artes, de uma maneira geral,
corroboram a ideia de que os indivíduos necessitam se alimentar para que se lembrem de suas
histórias de vida”.
Letra b.
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b) “Na literatura, no cinema, nas ciências, na filosofia e religião, haviam evidências da relação
entre memória e comida.”
c) “Na literatura, no cinema, nas ciências, na filosofia e religião, havia evidências da relação
entre memória e comida.”
d) “Na literatura, no cinema, nas ciências, na filosofia e religião, ocorreram evidências da rela-
ção entre memória e comida.”
e) “Na literatura, no cinema, nas ciências, na filosofia e religião, há evidências da relação entre
memória e comida.”
Essa questão aborda a substituição da forma verbal “existem”. Cada alternativa traz um ver-
bo diferente. O único substituto adequado está em (E): “há”, o qual denota existência, está na
terceira pessoa do singular (por ser impessoal) e está no presente do indicativo. Nas demais
alternativas, ao menos uma dessas propriedades não está sendo mantida:
a) Errada. “Ocorre” não denota existência e não respeita a concordância.
b) Errada. Verbo “haver”, impessoal, não pode ser flexionado no plural.
c) Errada. Verbo “haver” não respeita o tempo/modo original.
d) Errada. “Ocorre” não denota existência e não respeita o tempo/modo original.
Letra e.
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Na alternativa (A), temos um substituto adequado para “frente à”: “Tornam-se preocupantes as
exigências pessoais dos indivíduos diante da atual realidade produtiva”. Nas demais alterna-
tivas, a proposta de substituição é inadequada, especialmente pelo registro do sinal indicati-
vo de crase.
Letra a.
1 A função dos alimentos vai muito além de simplesmente nos manter saciados. Uma
alimentação adequada e saudável garante uma boa nutrição e o 4 funcionamento adequado
de todo o corpo. Portanto, ela influencia, e muito, na saúde.
Alimentos in natura*, como frutas, legumes, verduras, 7 grãos diversos, oleaginosas,
tubérculos, raízes, carnes e ovos, são saudáveis e excelentes fontes de fibras, de vitaminas,
minerais e de vários compostos que são 10 essenciais para a manutenção da saúde e a pre-
venção de muitas doenças, inclusive aquelas que aumentam o risco de complicações do novo
Coronavírus, como diabetes, 13 hipertensão e obesidade.
* in natura: obtido diretamente da natureza, sem ter sofrido alteração, sem ser processado.
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c) Errada. Os termos “inclusive” e “com exceção” são antônimos e a substituição daquele por
este não preservaria o sentido original.
d) Errada. Os compostos são INdispensáveis.
e) Errada. Observamos uma afirmativa correta: há clara alteração de sentido na substituição de
“entretanto” (adversativo) por “portanto” (conclusivo).
Letra e.
Como corretamente afirmado na alternativa (A), o termo “dos alimentos” não pode desencade-
ar concordância na forma verbal, pois o núcleo do sujeito é “função”. Nas outras alternativas,
os erros são estes:
b) Errada. A vírgula seria inadequada, pois separaria o sujeito de seu predicado.
c) Errada. Com a substituição de “Alimentos” por “Alimento”, a concordância deve ocorrer na
terceira pessoa do singular: é saudável e [é] excelente fonte.
d) Errada. O adequado seria substituir o pronome relativo “que” por “as quais”, tendo em vista
o referente ser feminino (doenças).
e) Errada. A forma verbal “aumentam” tem como referente o termo “doenças” e como sujeito
sintático o pronome relativo “que”.
Letra a.
“Alimentação saudável” é uma expressão tão repetida – desde a publicidade até os deba-
tes públicos – que parece ser um senso comum. Mas o que vem a ser alimentação saudá-
vel de fato?
1 Dependendo do tipo de alimentação que uma pessoa tem, ela terá mais ou menos
saúde, mais ou menos doença. A alimentação que é saudável, que dá mais saúde para as 4
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pessoas e as ajudam a viver mais e melhor, com mais bem-estar, é também a alimentação que
é produzida por um sistema alimentar que agride menos o meio ambiente e 7 promove mais
igualdade.
Os alimentos variam de lugar para lugar – mas há requisitos que são, digamos, univer-
sais. Um consenso é o de 10 que a alimentação precisa ser baseada em alimentos. Parece
uma constatação óbvia, mas não é. Nas últimas décadas, mais e mais pessoas se alimentam
não propriamente de 13 alimentos naturais – ou destes alimentos modificados como vem sen-
do há séculos, milênios –, mas consumindo fórmulas, formulações industriais. Por mais que
tenhamos a 16 capacidade tecnológica e industrial de criar esses compostos, eles não têm a
capacidade de substituir a alimentação que é baseada nos alimentos naturais e nas 19 prepa-
rações culinárias desses alimentos.
Para resolver essa questão com segurança, proponho a seguinte estratégia: quando houver
uma forma como “o” ou “a” e não for um artigo (antecedendo um substantivo), tente substi-
tuí-la por “aquele(a)”. Se for possível, estamos diante de uma forma pronominal do tipo de-
monstrativa. Vamos aplicar a estratégia à questão: “Um consenso é AQUELE [consenso] de
que a alimentação precisa ser baseada em alimentos.” Funcionou! Portanto, a alternativa (C)
está adequada: o termo sublinhado é um pronome demonstrativo que, na cadeia coesiva do
texto, faz refência a “consenso”. Por consequência, as demais alternativas devem ser des-
consideradas.
Letra c.
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O verbo “fazer” pode denotar tempo decorrido. Nesse sentido, o verbo será impessoal: sempre
será flexionado na terceira pessoa do singular. Essa possibilidade está corretamente indicada
na alternativa (D): “como vem sendo faz séculos, milênios”. Nas demais alternativas, as substi-
tuições ou geram falha de concordância (fazem), ou de incompatibilidade semântica (sentido
do verbo, como “existem”, “têm”; ou tempo-modo: “fazia”).
Letra d.
1 Quando você pensa em comida típica brasileira, lembra logo de quê? Provavelmente,
do tradicional feijão com arroz. Só no ano passado, a população do País 4 consumiu 3,5 mi-
lhões de toneladas de feijão e 8,7 milhões de toneladas de arroz.
A receita remonta ao tempo dos índios, depois dos 7 escravos, e permanece em alta até
hoje. Do ponto de vista nutricional, a combinação é completa e traz mais benefícios à saúde
junta do que separada. Isso porque, quando a pessoa 10 consome uma leguminosa como o
feijão com um cereal, no caso o arroz, o organismo consegue fazer a digestão de todas as vi-
taminas e proteínas vegetais.
13 O arroz é rico em uma proteína chamada lisina, enquanto o feijão contém muita me-
tionina. Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), 16 um prato de
arroz com feijão garante a absorção de mais de 80% dessas proteínas. Além disso, o arroz ofe-
rece carboidratos, vitaminas e minerais, de acordo com o 19 endocrinologista Alfredo Halpern
e a nutricionista Sônia Tucunduva.
O Ministério da Saúde sugere o seguinte consumo: 22 uma parte de feijão para duas de
arroz. Já a feijoada, com a inclusão de embutidos como linguiça, joelho e outras partes 24 do
porco, torna o prato pouco saudável.
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d) No período “O Ministério da Saúde sugere o seguinte consumo: uma parte de feijão para
duas de arroz.” (linhas 21 e 22), o vocábulo “Saúde” deveria ser grafado com inicial minúscula
e, no lugar dos dois-pontos, poderia ser empregado um ponto, desde que o trecho subsequente
fosse iniciado com letra maiúscula.
e) O autor poderia substituir a estrutura “com a inclusão” (linhas 22 e 23) pela construção de-
vido à uma provável inclusão, que está de acordo com as regras para o uso do sinal indicativo
de crase obrigatório.
Os termos “3,5 milhões de toneladas de feijão” (linha 4) e “8,7 milhões de toneladas de arroz”
estão, de fato, coordenados. Ambos desempenham a função de complemento direto da forma
verbal “consumiu”.
b) Errada. O erro está em afirmar que a redação apresentada está adequada: na verdade, o
correto seria “Do que você se lembra”, já que a forma verbal “lembrar-se” exige complemento
preposicionado.
c) Errada. O erro é este: a crase em “benefícios à saúde” não é opcional. Além disso, o verbo
“processar” não exige complemento preposicionado.
d) Errada. As substituições propostas estão inadequadas, pois “Saúde” denota nome de insti-
tuição (sempre maiúsculo) e os dois-pontos não poderiam ser substituídos por ponto.
e) Errada. O erro está no registro da crase diante de artigo indefinido (a crase é permitida quan-
do há contração de preposição “a” e do artigo definido feminino).
Na oração em análise, o vocábulo “que” é um pronome relativo, o qual compõe uma oração
subordinada adjetiva restritiva que modifica “pessoas”. Nessa subordinada, o pronome “que” é
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sujeito de “vivam”. Essa mesma função sintática está sendo exercida por “Algumas empresas”,
termo que é sujeito de “acordaram”, em (A). Nas demais alternativas, os termos destacados
exercem estas funções sintáticas: (B) complemento verbal; (C) complemento verbal; (D) predi-
cado; (E) subordinada adjetiva explicativa (modificador nominal).
Letra a.
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e) No segundo período, as formas verbais “sabia” e “poupar” são intransitivas, por isso dispen-
sam complementos.
e-commerce: comércio eletrônico que acontece em lojas virtuais existentes na internet; versão
digital do comércio físico de lojas e shoppings;
delivery: serviço de entrega, distribuição ou remessa;
download: (baixar, em uma tradução simples) ação de descarregar, transferir, copiar arquivos e
informações contidas em um computador remoto para um computador específico;
apps: abreviação do termo aplicativos, que se refere a programas de computador para proces-
sar dados de modo eletrônico, de forma a facilitar e reduzir o tempo do usuário ao executar
uma tarefa;
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mobile banking: banco móvel que disponibiliza alguns serviços tipicamente bancários por ce-
lular ou outros dispositivos móveis.
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d) “através” (linha 12), “ações” (linha 13), “auxílio” (linha 16), “também” (linha 6).
e) “repertório” (linha 2), “ações” (linha 13), “também” (linha 6), “presídios” (linha 3).
Em (A), os vocábulos são acentuados por serem proparoxítonas (âmbito e públicas) e paroxí-
tonas terminadas em ditongo (presídios e polícia). Nas demais alternativas, há ao menos um
vocábulo que não se enquadra neste parâmetro (isto é, não ser ser proparoxítono ou paroxíto-
no terminado em ditongo): (B) instituições, (C) cidadãos; (D) através; (E) também.
Letra a.
O envelhecimento e o farmacêutico
024. (IADES/CONTADOR/CRF-RO/2019) Com base nas escolhas linguísticas feitas pelo au-
tor, assinale a alternativa correta.
a) Caso o autor decidisse empregar, logo após a forma verbal “constitui” (linha 1), a construção
há algumas décadas, seria recomendável que também empregasse, em seguida, o vocábulo
atrás para destacar a ideia de tempo decorrido.
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Em (D), observa-se a afirmativa correta: a adoção de “idoso” é mais “leve” em relação a “velho”.
Por isso, trata-se de um eufemismo. Em (A), (B), (C) e (E), os erros são estes:
a) Errada. A adoção de “atrás” em “há algumas décadas” é redundante, caracterizando
pleonasmo.
b) Errada. A figura empregada é a hipérbole.
c) Errada. Com a adoção da forma verbal “tem gerado”, o autor denota um evento que ocorre
desde um período anterior ao da redação do texto.
e) Errada. Não se trata de antítese, mas de derivação de sentido (por semelhança: ter peso>-
causar pressão).
Letra d.
Sistema CFN/CRN
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c) O emprego do sinal indicativo de crase não seria correto caso o trecho “com a arrecadação”
(linha 5) fosse substituído pela construção graças a arrecadação.
d) Conforme a norma-padrão, o autor poderia substituir o trecho “destinados ao CFN” (linha 10)
pela redação destinados para o CFN.
e) De acordo com as regras para o uso do sinal indicativo de crase, a expressão “ao CFN” (linha
10) poderia ser substituída pela construção à ele.
Em 1920, aos dois meses de idade, Clarice Lispector fez sua primeira grande travessia,
da longínqua Rússia ao Nordeste do Brasil. Filha de imigrantes judeus ucranianos, Clarice cres-
ceu no calor de Recife (Pernambuco), onde morou dez anos; perdeu a mãe em 1930, e dez anos
depois mudou-se com o pai e as duas irmãs para o Rio de Janeiro. A partir de 1944, quando se
casou com um diplomata, morou em Belém (Pará), nos Estados Unidos e em vários países da
Europa; durante a longa permanência no exterior, com temporadas no Brasil, escreveu e publi-
cou dois romances (O Lustre e A Cidade Sitiada) e um livro de contos. Em 1959, quando voltou
definitivamente ao Rio, já era considerada uma das maiores escritoras brasileiras.
Recife, a cidade da infância e da juventude, foi a fonte dos primeiros escritos, de vários
contos de Felicidade Clandestina (1971) e de crônicas publicadas no Jornal do Brasil. O drama
pungente do imigrante do Nordeste aparece também na figura de Macabéa, uma pobre moça
de Maceió (Alagoas), cujo destino trágico no Rio de Janeiro é um dos temas de A Hora da Es-
trela, publicado em 1977, quando a escritora morreu aos 56 anos.
Clarice estreou em 1943 com o romance Perto do coração Selvagem, título que pinçou
do Retrato de um artista quando jovem, de Joyce. Naquela época, a literatura brasileira já con-
tava com uma tradição, de Machado de Assis à arte de vanguarda do Movimento Modernista
de 1922. Na década seguinte, pelo menos dois livros importantes reforçaram essa tradição: O
Quinze (1930) de Rachel de Queiroz, e São Bernardo (1934), de Graciliano Ramos. Mas quando
Clarice Lispector e Guimarães Rosa surgiram na década de 1940, a prosa brasileira deu uma
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cambalhota. Já em 1943, Antonio Candido, um grande crítico brasileiro, logo percebeu a novi-
dade e a ousadia do livro da jovem autora. Divisor de águas na literatura brasileira, Perto do Co-
ração Selvagem foi considerado por Candido “uma tentativa impressionante de levar a língua a
domínios pouco explorados, forçando-a a adaptar-se a um pensamento cheio de mistério, para
o qual sentimos que a ficção não é um exercício ou aventura afetiva, mas um instrumento real
do espírito, capaz de nos fazer penetrar em alguns labirintos retorcidos da mente”.
Esse comentário ajusta-se a praticamente toda a obra de Clarice, marcada pela busca
do sentido da vida, em que o evento mais prosaico pode desencadear um sentimento patético,
vertiginoso, siderado por imagens candentes e ideias abstratas. Quase tudo o que ela escreveu
parece sondar o coração selvagem da vida, reino de ambiguidades latentes, de transgressões
insuspeitadas, como a barata morta transformada em hóstia consagrada pela protagonista
do romance A Paixão segundo G.H. Busca também de uma linguagem, não menos dramática
que a vida, na tensão e intensidade com que os narradores sondam o poço escuro da paixão,
do desejo, do amor e do destino do ser, inseparáveis da morte. Os dramas dos narradores e
personagens de Clarice são também dramas de uma linguagem que expressa, num ritmo e
cadência de um estilo muito pessoal, o lado agônico ou extático dos seres que evoca; dramas
quase sem trama, porque a Clarice interessa menos o enredo e o tempo cronológico que a for-
ma descontínua e fragmentada de expressar uma experiência interior, um transe visionário, ou
mesmo um pensamento ou conceito.
É provável que o fluxo de consciência e a ironia fina devam algo à obra de Joyce e de Vir-
ginia Woolf; mas nenhuma escritora brasileira foi tão longe, e de uma maneira tão radical, em
direção ao abismo da interioridade. Benedito Nunes, o mais notável crítico de CL, assinalou que
“o ímpeto transgressivo das personagens femininas de alguns romances – Perto do coração
selvagem, O Lustre (1943), A Cidade Sitiada (1949), A Maçã no Escuro (1961) e certos contos
de Laços de Família (1960) – talvez seja a marca invertida da submissão feminina”. Por outro
lado, “o despojamento pessoal de G. H. neutraliza a diferença entre o masculino e o feminino,
absorvida numa condição humana geral em contraste com a animalidade e a vida orgânica. O
romance póstumo Um sopro de vida (1978), narrado por dois personagens – um homem e uma
mulher –, persegue o mesmo pathos da morte e da loucura que lembra as personagens G.H. e
de Água viva (1973)”.
A mulher que em 1975 participou de um congresso de Bruxaria na Colômbia era esqui-
va, terna, belíssima, de uma beleza estranha, o rosto anguloso, os olhos um pouco rasgados,
vivos e assombrados, que pareciam olhar para fora, para o céu e o inferno, mas sobretudo
para dentro.
A linguagem foi, de fato, a sua maior e mais arriscada travessia: a paixão pela lingua-
gem, a busca tenaz, incessante e obsessiva de dizer o inefável, o que nos toca mais fundo e
nos é fugaz: o sentido mesmo da nossa existência. “A linguagem é o meu esforço humano.
Por destino tenho que ir buscar e por destino volto com as mãos vazias. Mas – volto com o
indízivel”.
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026. (INÉDITA/2021) Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto, julgue os pró-
ximos itens.
I – Nos trechos “a prosa brasileira deu uma cambalhota” (3º parágrafo) e “penetrar em alguns
labirintos retorcidos da mente” (3º parágrafo), emprega-se linguagem figurada.
II – No sexto parágrafo, do texto, os termos “esquiva, terna, belíssima” são qualidades atribuí-
das a Clarisse Lispector.
III – Ao longo do texto, as aspas são utilizadas exclusivamente para indicar citação.
a) Apenas o item I está certo.
b) Apenas o item II está certo.
c) Apenas os itens I e III estão certos.
d) Apenas os itens II e III estão certos.
e) Todos os itens estão certos.
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028. (INÉDITA/2021) Em “Clarice estreou em 1943 com o romance Perto do coração Selva-
gem, título que pinçou do Retrato de um artista quando jovem, de Joyce” (primeiro período do
terceiro parágrafo), a palavra “pinçou” está empregada com o mesmo sentido de
a) compreendeu
b) extraiu
c) destacou
d) encontrou
e) declamou
A forma verbal “pinçou” foi empregada com o mesmo sentido de “extraiu”. O dicionário Hou-
aiss (2009) confirma esse significado ao informar que o verbo “pinçar” pode significar “retirar
ou extrair (algo) dentre várias coisas” (no caso do texto, a autora “retirou/extraiu” uma referên-
cia (título) de uma outra obra). As outras opções apresentam substitutos que alteram o signi-
ficado original do texto: não é compreender, não é destacar, não é encontrar e não é declamar.
A autora “pinçou” e utilizou a referência em sua obra.
Letra b.
029. (INÉDITA/2021) Assinale a opção em que o termo apresentado tem a mesma função
sintática que “Clarisse” (primeiro período do terceiro parágrafo).
a) “o lado agônico ou extático dos seres que evoca” (4º parágrafo)
b) “ao abismo da interioridade” (5º parágrafo)
c) “a diferença entre o masculino e o feminino” (5º parágrafo)
d) “que o fluxo de consciência e a ironia fina devam algo à obra de Joyce e de Virginia Woolf”
(5º parágrafo)
e) “a novidade e a ousadia do livro da jovem autora” (3º parágrafo)
030. (INÉDITA/2021) No texto, o emprego de vírgulas para isolar as expressões “um grande
crítico brasileiro” (3º parágrafo) e “o mais notável crítico de CL” (5º parágrafo) é
a) apenas uma escolha estilística do autor.
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O emprego das vírgulas em ambas expressões é justificado pela mesma razão: separam apos-
tos. “um grande crítico brasileiro” é aposto de “Antonio Candido” e “o mais notável crítico de CL”
é aposto de “Benedito Nunes”. Note que as expressões são de natureza nominal e retomam o
mesmo referente no mundo. É por isso que a alternativa (D) está correta (e as demais, incorre-
tas: (A), (B), (C) e (E)).
Letra d.
I – e III) Certas. Pois é possível substituir os travessões por parênteses sem haver prejuízo
da correção gramatical ou alteração dos sentidos originais: “O romance póstumo Um sopro
de vida (1978), narrado por dois personagens (um homem e uma mulher), persegue o mesmo
pathos da morte e da loucura [...]”; os vocábulos “inefável” e “indescritível” são sinônimos (con-
forme Dicionário Houaiss, 2009). A afirmativa em
II – Errada. Porque a alteração dos termos causa alteração de sentido: “um crítico grande” de-
nota as dimensões físicas do crítico, não a sua magnitude/importância intelectual.
Letra b.
032. (INÉDITA/2021) No período em que se insere no texto, a oração “quando voltou definiti-
vamente ao Rio” (primeiro parágrafo) exprime a circunstância de:
a) causa.
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b) modo.
c) finalidade.
d) explicação.
e) tempo.
A circunstância expressa pela oração (em especial, por “quando”) é de tempo. Observe que,
no contexto em que ocorre, há a especificação da data: “Em 1959”. Por essa razão, as demais
alternativas devem ser descartadas.
Letra e.
O astrônomo lê o céu, lê a epopeia das estrelas. Ora, direis, ouvir e ler estrelas. Que histórias
sublimes, suculentas, na Via Láctea. O físico lê o caos. Que epopeias o geógrafo lê nas cama-
das acumuladas em um simples terreno. Um desfile de Carnaval, por exemplo, é um texto. Por
isso se fala de “samba-enredo”: a disposição das alas, as fantasias, a bateria, a comissão de
frente são formas narrativas.
Uma partida de futebol é uma forma narrativa. Saber ler uma partida — esse é o mérito do locu-
tor esportivo, na verdade, um leitor esportivo. Ele, como o técnico, vê coisas no texto em jogo
que, só depois de lidas por ele, por nós são percebidas. Ler, então, é um jogo, uma disputa, uma
conquista de significados.
Estamos com vários problemas de leitura hoje. Construímos aparelhos aprimoradíssimos que
sabem ler. Leem-nos, às vezes, melhor que nós mesmos. Vi na fazenda de um amigo aparelhos
eletrônicos que, ao tirarem leite da vaca, são capazes de ler tudo sobre a qualidade do leite, da
vaca, e até (imagino) ler o pensamento de quem está assistindo à cena. Aparelhos complexos
leem o mundo e nos dão recados. A natureza está dizendo que a água, além de infecta, está
acabando. Lemos a notícia e postergamos a tragédia para nossos netos. É preciso ler, interpre-
tar e fazer alguma coisa com a interpretação.
Affonso Romano de Sant’Anna. Ler o mundo. São Paulo: Global, 2011, p. 8-9 (com adaptações).
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a todas as pessoas, inclusive ele próprio (é uma espécie de “eu+todos, incluindo você, leitor”).
O emprego da primeira pessoa não vincula neutralidade e objetividade, não mostra distância
em relação à temática, não dilui a presença do autor no texto e não necessariamente esta-
belece um diálogo com o leitor (isso seria feito pela adoção da segunda pessoa e de formas
exofóricas, por exemplo).
Letra d.
No segundo parágrafo, o referente da forma pronominal “esse” é “Saber ler uma partida” (tra-
ta-se, portanto, de um termo anafórico). Com isso, as outras referências propostas devem ser
descartadas (alternativas (A), (B), (D) e (E)).
Letra c.
035. (INÉDITA/2021) Quanto aos termos empregados no texto precedente, às ideias nele con-
tidas e à ortografia oficial da língua portuguesa, assinale a opção incorreta.
a) O sentido original do texto seria preservado e as normas da ortografia oficial da língua por-
tuguesa seriam respeitadas caso se substituísse o trecho “Leem-nos, às vezes, melhor que nós
mesmos” por Às vezes, eles nos lêem melhor que nós mesmos.
b) Os vocábulos “físico”, “mérito” e “aprimoradíssimos” são acentuados em razão da regra que
determina que todas as proparoxítonas sejam acentuadas.
c) No primeiro parágrafo, as duas ocorrências da forma “que” desempenham a mesma função
morfossintática.
d) No terceiro parágrafo, o emprego do sinal indicativo de crase em “à cena” é obrigatório.
e) No terceiro parágrafo, com o emprego da expressão “(imagino)” entre parênteses, o autor
destaca que o conteúdo da afirmação “ler o pensamento de quem está assistindo à cena” não
é factual.
Estamos em busca da alternativa INCORRETA, ok? Pois bem: o erro na reescrita proposta em
(A) está na grafia da forma verbal “lêem”, que passou a ocorrer SEM o acento circunflexo. Se-
gundo o Acordo Ortográfico, “prescindem-se de acento circunflexo nas formas verbais paroxítonas
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que contêm um “e” tônico oral fechado em hiato com a terminação “-em” da 3ª pessoa do plu-
ral do presente do indicativo ou do conjuntivo: creem, deem, desdeem, leem, preveem, redeem,
releem, reveem, veem”. Nas demais alternativas, temos afirmativas corretas, pois:
b) Certa. Os vocábulos indicados possuem a terceira sílaba como tônica.
c) Certa. As funções sintáticas desempenhadas pelas formas “que” são do tipo exclamativas
(pronomes).
d) Certa. O emprego do sinal indicativo de crase é obrigatório por haver termo regente (assistir
a) e artigo definido feminino (que especifica “cena”).
e) Certa. De fato, com o emprego da expressão “(imagino)” entre parênteses, o autor destaca
que o conteúdo da afirmação “ler o pensamento de quem está assistindo à cena” não é factual.
Letra a.
Febre mundial, abacate ficou mais valioso que petróleo e gerou até tráfico
Você pode até não suspeitar, mas o abacate que amadurece na sua fruteira está valendo
mais do que petróleo. Na verdade, vive-se uma verdadeira obsessão mundial por ele. Há mais
de uma variação da fruta fazendo sucesso em cima da torrada dos hipsters1, na sobremesa
das famílias tradicionais, sendo usado como condimento e indo parar em pratos requintados
nos restaurantes.
Segundo a avaliação de quem é da área, uma mudança em hábitos alimentares e em
maneiras de preparo ajudou a popularizar o abacate. Os preços dispararam, gerando lucros
para além de crises econômicas e sociais em todo o mundo.
Na Nova Zelândia e na Austrália, onde crimes beiram a zero, surgiram verdadeiras redes
de tráfico da fruta. No ano passado, as autoridades neozelandesas interferiram até mesmo em
um mercado paralelo. Já no México, líder mundial na produção, a exportação da fruta já é mais
lucrativa do que o petróleo, com mais de 1 milhão de toneladas saindo do país, de acordo com
o próprio governo mexicano.
Mas, por quê? “Antes se entendia que o abacate era uma fruta gordurosa, que engor-
dava. Hoje acontece uma desmistificação, que é uma fruta saudável”, analisa Jonas Octávio,
presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Abacate (ABPA). Segundo ele, além da
pegada fitness2 que a fruta assumiu, o público passou a testar também versões salgadas do
abacate, como o guacamole.
(https://noticias.bol.uol.com.br. Adaptado)
1
Hipster: Alguém que pensa e se veste diferentemente do que é moda dominante.
2
Fitness: Relativo à boa condição física.
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036. (INÉDITA/2021) Ao adotar o pronome “Você” em “Você pode até não suspeitar, mas o
abacate que amadurece na sua fruteira está valendo mais do que petróleo” (1º parágrafo), o
autor busca
a) reprovar uma atitude do leitor.
b) aproximar-se do leitor, buscando gerar interesse no assunto a ser abordado.
c) evidenciar a ignorância do leitor sobre o assunto abordado.
d) incentivar o leitor a consumir mais abacate.
e) convencer o leitor a evitar o despertício.
O uso do pronome “você” remete a uma segunda pessoa (o “tu” da conjugação padrão). Essa
pessoa é a “com quem se fala”. No caso do texto, é o leitor: o autor do texto se dirige a você,
leitor. Essa estratégia tem por objetivo aproximar-se do leitor, buscando gerar interesse/enga-
jamento no assunto a ser abordado. Em nenhum momento do texto o autor utiliza o “você” para
reprovar uma atitude/evidenciar a ignorância/incentivar/convencer (d)o leitor, como erronea-
mente proposto pelas alternativas (A), (C), (D) e (E).
Letra b.
Segundo o texto (segundo parágrafo, em especial), o abacate ficou mais valioso porque essa
fruta tornou-se popular, aumentando a demanda (busca pelos consumidores). Por isso, temos
a alternativa (D) como correta. Nas demais alternativas, ou a afirmativa extrapola o informado
no texto, ou aponta uma informação que não é a causa de o abacate ter se tornado mais valioso.
Letra d.
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Segundo o texto, o abacate passou a ser mais consumido pelo público em geral (conferir pará-
grafos 2 e 4). Nas demais alternativas ((A), (B), (C) e (D)), ou a afirmativa extrapola o informado
no texto, ou aponta uma informação que não é relativa ao abacate.
Letra e.
039. (INÉDITA/2021) Na passagem “Na verdade, vive-se uma verdadeira obsessão mundial
por ele.”, o pronome em destaque retoma a seguinte informação:
a) o petróleo.
b) o abacate.
c) o tráfico.
d) o condimento.
e) a fruteira.
Na cadeia coesiva do texto, podemos confirmar que o pronome “ele” no trecho em análise reto-
ma “o abacate”, como se comprova pela releitura do primeiro parágrafo (e por isso a alternativa
(B) está correta). Apenas essa referenciação faz sentido em termos de coerência, inclusive.
Por já termos o referente, as demais alternativas tornam-se incorretas.
Letra b.
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A relação que se estabelece é a de comparação: X é mais do que Y. Por essa razão, a alternati-
va (A) está correta e as demais, incorretas.
Letra a.
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A primeira lacuna pode ser preenchida por “há” ou por “existe”. Não se pode utilizar o verbo
“ter” nessa acepção (existencial), segundo a norma-padrão. Na segunda coluna, a preposição
deve denotar algo como “capacidade”, “aptidão” (como em “estudos para implementação da
medicação”), e por isso a preposição “para” é a mais adequada. Alternativa (C), portanto.
Letra c.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Caderno de Questões de Língua Portuguesa – Iades – Lista II
Bruno Pilastre
Na obra “Alice no País das Maravilhas”, a protagonista depara-se com o gato risonho e
o questiona a respeito do caminho correto a seguir. O felino retruca perguntando para onde ela
gostaria de ir e, ao receber a resposta de que “tanto faz, não importa muito para onde”, respon-
de: “Então, não importa qual o caminho a seguir, qualquer um serve.” Consequentemente, Alice
segue sem rumo em suas viagens.
Essa alegoria representa, muitas vezes, a realidade, pois a inexistência de metas e ob-
jetivos específicos faz com que, muitas vezes, o gestor governamental se conforme com qual-
quer resultado, comprometendo o atendimento aos legítimos anseios da sociedade.
Desse modo, o planejamento é item que requer atenção especial e, nesse contexto,
deve haver um método de gestão para a utilização ótima dos recursos e a racionalização dos
procedimentos administrativos com melhores resultados, não se restringindo a um determina-
do exercício financeiro, sendo, em suma, o esforço pela qualidade total e pela excelência na
administração pública.
Planejar é transformar em objetivos e metas a visão de futuro da administração. Parte-
-se do diagnóstico dos problemas a serem enfrentados, obtidos por meio de audiências públi-
cas junto à população e outros instrumentos de transparência e, após delineada a situação a
ser superada, são propostas ações governamentais para a consecução dos resultados.
Executar é colocar em prática o que foi planejado e pressupõe uma adequada estrutura
procedimental, material e humana para a correta operacionalização das ações governamentais.
(Leandro Luis dos Santos Dall’Olio e Marcus Augusto Gomes Cerávolo, O Ciclo PDCA e o Planejamento na Admi-
nistração Pública, em https://jus.com.br - acesso em 10/12/2019 - Adaptado)
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b) a exemplo do diálogo estabelecido entre o gato risonho e Alice, a falta de planejamento pode
ser positiva para a gestão pública.
c) a etapa de execução é secundária em relação à etapa de planejamento.
d) nas etapas de planejamento, o diagnóstico dos problemas a serem enfrentados deve ocor-
rer sem a escuta dos anseios da população.
e) a otimização dos recursos e a racionalização dos procedimentos administrativos têm por
objetivo o atendimento de interesses pessoais dos gestores.
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Bruno Pilastre
A expressão “desse modo” é articulador lógico de sentido conclusivo. O verbo “haver” tem
sentido existencial, como se comprova pela possibilidade de substituição pela forma “existir”
(“deve existir um método”). Por fim, a expressão “em suma” equivale a “em resumo”, sendo uma
síntese. Essa sequência é corretamente identificada na alternativa (B) (e, por consequência,
as demais alternativas apresentam classificações incorretas sobre os valores semânticos dos
termos em destaque).
Letra b.
049. (INÉDITA/2021) No trecho “pois a inexistência de metas e objetivos específicos faz com
que, muitas vezes, o gestor governamental se conforme com qualquer resultado” (2º parágra-
fo), a expressão em destaque estabelece uma relação de:
a) proporção
b) conclusão
c) modo
d) causa e consequência
e) comparação
A relação mediada por “faz com que” é de CAUSA e CONSEQUÊNCIA: X faz com que Y exista/
ocorra. No texto, não haver metas e objetivos gera/causa/ocasiona o gestor se conforme com
qualquer resultado. Tendo sido estabelecida a relação, devemos desconsiderar as demais al-
ternativas ((A), (B), (C) e (E)).
Letra d.
A correlação verbal é a seguinte: verbo da oração principal no presente do indicativo > verbo da
subordinada no presente do subjuntivo. Apenas a forma em (B) está no presente do subjuntivo.
Nas alternativas (A), (C) e (D), os verbos da subordinada estão no presente do indicativo (assedia,
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provoca, mexe). Em (E), o verbo está na segunda pessoa do presente do subjuntivo, o que é
inadequado em relação à pessoa (que deve ser a terceira: ele moleste).
Letra b.
Bruno Pilastre
Doutor em Linguística pela Universidade de Brasília. É autor de obras didáticas de Língua Portuguesa
(Gramática, Texto, Redação Oficial e Redação Discursiva). Pela Editora Gran Cursos, publicou o “Guia
Prático de Língua Portuguesa” e o “Guia de Redação Discursiva para Concursos”. No Gran Cursos Online,
atua na área de desenvolvimento de materiais didáticos (educação e popularização de C&T/CNPq: http://
lattes.cnpq.br/1396654209681297).
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