UBS DIGITAL: UM PASSO PARA O FUTURO DA ATENÇÃO BÁSICA EM
ALAGOAS?
Alba Letícia Peixoto Medeiros. Discente da instituição Centro universitário Cesmac
(CESMAC), Maceió, AL Natália Ingrid Gomes Melo. Discente do Centro Universitário de Maceió (UNIMA), Maceió, AL. Denysson Max Bandeira Romão. Discente da instituição Centro Universitário (CESMAC), Maceió, AL
Geovanna Ferraz De Castro Gonçalves Ferreira. Discente da instituição Centro Universitário
Cesmac, Maceió, AL
Pedro Henrique Silva de Almeida. Discente da instituição Universidade Estadual de Ciências
da Saúde de Alagoas (UNCISAL), Maceió, AL
Nathaly dos Santos Nobre. Discente da instituição Universidade Estadual de Ciências da
Saúde de Alagoas (UNCISAL), Maceió, AL
Taís Lins de Amorim. Médica pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Vitória da Conquista, BA
INTRODUÇÃO: A Política Nacional de Informação e Informática em Saúde (2015) do
Ministério da Saúde preconiza a promoção de ações para o desenvolvimento de tecnologia da informação e comunicação no sistema de saúde brasileiro. Assim, foi desenvolvida a Estratégia de Saúde Digital, para consolidação dessa política, a qual proporcionou a elaboração de um modelo para o nível de atenção primária à saúde, a “UBS (Unidade Básica de Saúde) Digital”, um projeto-piloto construído com o objetivo de, por meio da tecnologia, melhorar o acesso e a resolutividade aos serviços ofertados nas unidades. Em vista disso, foi instaurada, em junho de 2023, no estado de Alagoas, a primeira unidade da UBS Digital. OBJETIVO: Analisar os avanços e as implicações na instauração de um projeto-piloto voltado à tecnologia na área da saúde no estado de Alagoas. METODOLOGIA: Realizou-se um levantamento bibliográfico de artigos nacionais e internacionais, a partir do banco de dados PubMed (MEDLINE), LILACS e SCIELO, utilizando-se das palavras-chave “atenção primária à saúde”, “telehealth” e “telemedicine” para a escolha dos artigos na discussão, com os operadores booleanos ‘’AND’’ e ‘’NOT’ para auxílio da busca, além da análise de dados do Ministério da Saúde referente à implantação do projeto-piloto. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O projeto-piloto da “UBS Digital” foi instalado em uma comunidade na periferia da capital de Alagoas, para cerca de 15.000 pessoas, as quais foram contempladas com serviços de teleatendimentos, marcação de consultas e solicitação de exames e prescrição de receituários via on-line, além dos atendimentos presenciais e a presença da equipe interdisciplinar na unidade. Com isso, os avanços tecnológicos permitem romper barreiras como a oneração do tempo, em que o indivíduo, para ser atendido, enfrenta filas, já que a automatização aumenta a eficiência e a produtividade nessa atividade, bem como promove maior agilidade no acesso aos prontuários. Porém, apesar dos diversos bônus, deve-se considerar o risco de precarização do trabalho do médico, uma vez que essas tecnologias necessitam de rede de internet, computadores capazes de suportar os sistemas, hardware de ponta e manutenção adequada, além de profissionais capacitados para utilizar essas ferramentas e de instrução adequada à população. CONCLUSÃO: Finalmente, a experiência gerada pela “UBS Digital” em Alagoas representa um avanço significativo para o futuro da atenção básica. O presente estudo demonstrou que a adoção de meios tecnológicos digitais tem o potencial para aumentar a eficácia de serviços de saúde, além de proporcionar um atendimento mais acessível e personalizado aos usuários e promover uma gestão mais eficaz dos recursos públicos. Cabe ressaltar que essa transição requer investimentos em infraestrutura e treinamento dos profissionais de saúde para garantir um atendimento de qualidade sem representar uma precarização do serviço da classe médica, a fim de que essa iniciativa seja uma ferramenta útil para a promoção da saúde e bem-estar da população alagoana.