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CATALÃO, GO
2013
MARÍLIA DA SILVA SANTOS
CATALÃO, GO
2013
MARÍLIA DA SILVA SANTOS
CATALÃO, GO
2013
AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO CIRCUITO DE
VENTILAÇÃO DA MINA SANTA MARTA
BANCA
Aos meus queridos e jamais esquecidos avós Idelbrando e Eurides, que se fizeram
ausentes durante esta minha trajetória, deixando saudades. Levo deles os bons momentos e
acima de tudo ensinamento sobre o que realmente tem valor na vida, como, amor, família,
honra, honestidade e compaixão.
Agradeço à:
Minha família, por me oferecerem o alicerce, carinho e apoio necessário para conquistar
todos os meus objetivos, foram os primeiros a acreditar na minha capacidade, até quando nem
mesmo eu acreditei ser capaz.
Todos os meus colegas de sala, grupo seleto de pessoas que se mostraram companheiras,
sempre prontos a compartilhar, colaborar, pessoas que se tornaram confidentes, e tornaram
essa jornada muito mais agradável.
Prometálica Mineração S/A, em especial ao gerente de mina Marcelo Weber pela atenção
e ajuda prestada e pelo apoio na realização do trabalho.
RESUMO
Tabela 6 - Parâmetros para calculo do perímetro e área da seção de cada ponto de medida. .. 32
em desenvolvimento ........................................................................................................... 39
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1
2. OBJETIVOS .................................................................................................................. 2
2.1. Geral........................................................................................................................ 2
2.2. Específicos............................................................................................................... 2
3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................... 3
4. REVISÃO DE LITERATURA ....................................................................................... 4
4.1. Efeitos da velocidade, vazão e temperatura do ar no ambiente subterrâneo ............... 4
4.2. Norma regulamentadora da qualidade volumétrica dinâmica e térmica do ar
da atmosfera subterrânea ................................................................................................... 5
4.3. Parâmetros que controlam a velocidade e vazão do ar no ambiente subterrâneo........ 9
4.4. Circuitos de ar na atmosfera subterrânea ................................................................ 14
4.5. Monitoramento da velocidade, vazão e temperatura ............................................... 18
4.6. Ferramentas Computacionais ................................................................................. 20
4.6.1. Operação no VnetPC2000 ............................................................................... 22
5. METODOLOGIA ........................................................................................................ 25
5.1. Localização e acessos da área de estudo ................................................................. 25
5.2. Geologia Local ...................................................................................................... 26
5.3. Caracterização da Lavra e do circuito de ventilação da Mina Santa Marta .............. 28
5.4. Medidas de velocidade, temperatura e vazão do ar ................................................. 30
5.5. Construção do modelo computacional .................................................................... 32
6. RESULTADO E DISCUSSÃO .................................................................................... 34
6.1. Avaliação das condições de vazão, velocidade e temperatura do ar ........................ 34
6.2. Dimensionamento do sistema de ventilação para as rampas V- ascendente
e V- descendente ............................................................................................................. 37
7. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 41
REFERÊNCIAS................................................................................................................... 42
Anexo 1 ............................................................................................................................... 43
Anexo 2 ............................................................................................................................... 45
Anexo 3 ............................................................................................................................... 47
Anexo 4 ............................................................................................................................... 48
Anexo 5 ............................................................................................................................... 49
Anexo 6 ............................................................................................................................... 50
1. INTRODUÇÃO
1
2. OBJETIVOS
2.1. Geral
2.2. Específicos
2
3. JUSTIFICATIVA
A partir de uma coleta de dados realizada na empresa PCO, o presente trabalho busca
realizar uma avaliação do atual circuito dos corpos “A” e “A extensão” na Mina Santa Marta,
levando em consideração os parâmetros regulamentados pelas NR-22 e NR-15, a partir da
utilização do software VnetPC.
3
4. REVISÃO DE LITERATURA
4
A velocidade e a vazão do ar são parâmetros que têm interferência direta na
temperatura e concentração de poeira e gases do ambiente subterrâneo. A figura 1 nos mostra
os efeitos diretos causados por baixos valores de vazão e temperatura no ambiente subterrâneo
(Torres, et. al., 2005, p. 147).
A vazão, Q, é definida como o volume de ar passando qualquer ponto fixo em uma via
de ventilação e pode ser obtido a partir produto da velocidade média do ar, v, e a área da seção
transversal das vias de ventilação, A:
5
Com relação ao volume de ar fresco exigido, fica estabelecido pela norma que deve
haver no mínimo dois metros cúbicos por minuto de ar fresco nas frentes de trabalho por
pessoa e em minas de carvão esse volume deve ser de, no mínimo, seis metros cúbicos por
minuto por pessoa.
𝑄𝑇 = 𝑄 1 * 𝑛 1 + 𝑄2 * 𝑛 2 [𝑚3/𝑚i𝑛] (3)
Onde:
Com relação à velocidade do ar, o limite inferior permitido é de zero vírgula dois
metros por segundo e o limite superior de oito metros por segundo onde haja circulação de
pessoas. Em poços, furos de sonda, chaminés ou galerias, exclusivos para ventilação, a
6
velocidade pode ser superior a dez metros por segundo. Os casos especiais que demandem o
aumento de limite superior da velocidade para até dez metros por segundo devem ser
submetidos à instância regional do Ministério do Trabalho e Emprego - MTE.
Para cada mina deve ser elaborado e implantado um projeto de ventilação com
fluxograma atualizado periodicamente, contendo localização, vazão e pressão estática dos
ventiladores principais, direção e sentido do fluxo de ar e localização e função de todas as
portas, barricadas, cortinas, diques, tapumes e outros dispositivos de controle do fluxo de
ventilação. O fluxograma de ventilação deverá estar disponível aos trabalhadores ou seus
representantes e autoridades competentes e um diagrama esquemático do fluxograma de
ventilação, de cada nível, deve ser afixado em local visível do respectivo nível.
Todas as frentes de lavra devem ser ventiladas por ar fresco proveniente da corrente
principal ou secundária e fica proibida a utilização de um mesmo poço ou plano inclinado
para a saída e entrada de ar, exceto durante o trabalho de desenvolvimento com exaustão ou
adução tubulada ou através de sistema que garanta a ausência de mistura entre os dois fluxos
de ar. Na corrente principal, as estruturas utilizadas para a separação de ar fresco do ar
viciado, nos cruzamentos, devem ser construídas com alvenaria ou material resistente à
combustão ou revestido com material antichama. Os tapumes de ventilação devem ser
conservados em boas condições de vedação de forma a proporcionar um fluxo adequado de ar
nas frentes de trabalho. A instalação e as formas de operação do ventilador principal e do de
7
emergência devem ser definidas e estabelecidas no projeto de ventilação constante do plano
de lavra.
8
A norma regulamentadora dita ainda que a temperatura, no interior da campânula ou
eclusa, da câmara de trabalho, não deve exceder a 27ºC (temperatura de globo úmido), o que
poderá ser conseguido resfriando-se o ar através de dispositivos apropriados (refreadores),
antes da entrada na câmara de trabalho, campânula ou eclusa, ou através de outras medidas de
controle.
A vazão do ar foi definida por Atkinson (apud por Torres, 2005, p. 149 e é um
parâmetro aerodinâmico que varia de acordo com as diferenças de pressão Hp (Pa) e depende
da resistência oferecida pela superfície das escavações R (Ns2/m4).
𝐻𝑝
𝑄=√ [𝑚3 /𝑠] (5)
𝑅
ƒ𝑃(𝐿 + 𝐿𝑒)
𝑅= (6)
𝑆3
9
Tabela 2- Coeficientes de fricção segundo Bureau of Mines de E.U.A.
e na área
Tipo de
Moderada
Moderada
Moderada
Moderada
Obstruída
Obstruída
Obstruída
Obstruída
Obstruçã
Obstruçã
Obstruçã
Obstruíd
Obstruíd
Obstruíd
Obstruíd
Ligeira
Ligeira
Ligeira
Ligeira
obstruçã
Sem
Sem
Sem
Sem
Su ave Míni m o 0.0019 0.0028 0.0046 0.0037 0.0046 0.0065 0.0046 0.0056 0.0074 0.0065 0.0074 0.0093
e re- M édio 0.0028 0.0037 0.0056 0.0046 0.0056 0.0074 0.0056 0.0065 0.0083 0.0074 0.0083 0.0102
ve st ida Má xi mo 0.0037 0.0046 0.0065 0.0056 0.0065 0.0083 0.0065 0.0074 0.0093 0.0083 0.0093 0.0111
Se di - Míni m o 0.0056 0.0065 0.0083 0.0074 0.0083 0.0102 0.0083 0.0093 0.0111 0.0102 0.0111 0.0130
m enta r M édio 0.0102 0.0111 0.0130 0.0121 0.0130 0.0148 0.0130 0.0139 0.0158 0.0148 0.0158 0.0176
( ca rvã o) Má xi mo 0.0130 0.0139 0.0158 0.0148 0.0158 0.0176 0.0158 0.0176 0.0186 0.0176 0.0186 0.0204
Ma d ei - Míni m o 0.0148 0.0158 0.0176 0.0167 0.0176 0.0195 0.0176 0.0186 0.0204 0.0195 0.0204 0.0223
ra da M édio 0.0176 0.0186 0.0204 0.0195 0.0204 0.0223 0.0204 0.0213 0.0232 0.0223 0.0232 0.0250
(de 1.5m) Má xi mo 0.0195 0.0204 0.0223 0.0213 0.0223 0.0241 0.0223 0.0232 0.0250 0.0241 0.0250 0.0269
Rocha Míni m o 0.0167 0.0176 0.0195 0.0186 0.0195 0.0213 0.0195 0.0204 0.0223 0.0213 0.0223 0.0241
d o t ip o M édio 0.0269 0.0278 0.0297 0.0288 0.0297 0.0306 0.0297 0.0306 0.0325 0.0315 0.0325 0.0362
í gn ea Má xi mo 0.0362 0.0371 0.0390 0.0380 0.0390 0.0408 0.0390 0.0399 0.0417 0.0408 0.0417 0.0436
(Fonte: Hartman, H.L. et al., 1982; Ramani, R.V., 1992, apud Torres et. al., 2005)
𝜌*ƒ
𝑘= [𝑘𝑔/𝑚 3] (7)
2
Onde:
𝜌: densidade do ar
ff: coeficiente de fricção
10
caracterização do circuito de ventilação. O valor de Le (m) (Tabela 4), definido por Hartman
(1982), apud Torres et.al. (2005), varia de acordo com o grau de sinuosidade, entrada e saída
de ar, presença obstruções, bifurcações, junções, cruzamentos, etc.
11
Figura 2- Desenho esquemático de aberturas típicas em ambiente subterrâneo
A área da secção A pode ser obtida diretamente no projeto ou, no caso de mina em
operação mediante medição topográfica direta. Caso não seja possível realizar a medição
direta da área da seção, as equações indicadas a seguir, descritas por Torres et. al. (2005),
podem ser utilizadas na determinação da seção da escavação:
Circular: 𝑆 = 0,7854𝑑, onde S: secção (m2) e d: diâmetro (m). (14)
Trapezoidal: 𝑆 = 𝐴(𝐵 + 𝑏)/2, onde B: base maior (m), b = base menor (m). (16)
𝐻𝑝
𝑄=( ) (19)
( 0,98𝜆 ƒ𝑃 ƒ𝑃𝐿𝑒
𝐿 ( 5 + 𝑆3 ) + 3
𝐷 𝑆
12
Tabela 4- Valores do fator de perda de carga na manga
(Fonte: López Jimeno, C., 1997, apud Torres et. al., 2005)
Esse tipo de ventilação é comum após desmonte realizado nos métodos de lavra
câmaras e pilares, corte e enchimento, corte em subníveis. A figura 3 mostra como a
ventilação é realizada.
De acordo com Torres (2005), o valor de pressão estática, Hp descritos na equação 19,
em cituações de fundo de saco, está diretamente relacionado à capacidade volumétrica do
(vazão de ar) definida pela correspondente curva característica. Dessa forma, o comprimento
máximo de uma manga Lmax (m) para que a vazão de ar mínima admissível, Qm (m3/s)
chegue em uma frente de lavra, é definido em função da pressão estática do , Hv (Pa) e das
características geométricas da manga,conforme mostrado na equação 20
Hv fPLe
Lmax Qm 2 S3 ( 20)
0.98 fP
3
D5 S
13
4.4. Circuitos de ar na atmosfera subterrânea
15
Figura 5- Representação esquemática de circuitos (a) em série, (b) em paralelo.
Segundo Ramani, nas conexões de circuitos em série, as vias de ventilação são ligadas
ponta a ponta, e a mesma vazão de ar flui em cada uma das vias de ventilação. Para um
sistema com N vias de ventilação em série, as seguintes relações são válidas:
𝑄 = 𝑄1 = 𝑄2 = 𝑄3 = ⋯ = 𝑄𝑁 (20)
𝑛
𝐻𝐿 = ∑ 𝐻𝑁 (21)
i=1
𝑛
𝑅 = ∑ 𝑅𝑁 (22)
i=1
𝑛
𝐻 = ∑ 𝑅𝑁𝑄2𝑁 (23)
i=1
𝑄 = ∑ 𝑄𝑁 (24)
i=1
16
𝐻𝐿 = 𝐻1 = 𝐻2 = 𝐻3 = ⋯ = 𝐻𝑁 (25)
𝑛
1 =∑ 1
(26)
√𝑅 i−1 √𝑅𝑁
17
Sprays de água e purificadores: são dispositivos utilizados para melhorar o fluxo de ar
fresco em áreas de face. Purificadores são “aspiradores” utilizados para supressão de
pó, enquanto que os sprays de água são colocados estrategicamente em máquinas e
funcionam como “ventilador impulsionador” para redirecionar o fluxo de ar nas
direções certas em áreas de face.
para assegurar que todos os locais de trabalho na mina recebam vazão de ar necessária
de uma maneira eficiente e eficaz,
que os planos de ventilação sejam mantidos até à data e
para verificar se as instruções, quantidades e elementos de separação de fluxos de ar
através da infraestrutura de ventilação, incluindo vias de exaustão, sejam mantidas em
pleno estado.
18
importante em depósitos subterrâneos para materiais tóxicos ou nucleares e em que pode
ocorrer combustão espontânea (McPerson, 2000).
19
Figura 6- Trajetória feita com o anemômetro para medição de vazão (a) em movimento de vai
e vem, (b) dividindo a seção da galeria.
Desde meados de 1960, pesquisas consideráveis têm sido realizadas para encontrar
métodos numéricos de análise de circuito de ventilação. Y.J. Wang nos Estados Unidos
desenvolveu uma série de algoritmos baseados na matriz de álgebra e as técnicas de pesquisa
operacional.
20
utilizados para caracterizar o sistema real (por exemplo, resistências das vias de ventilação) e
em terceiro lugar, a precisão do procedimento numérico (por exemplo, o critério de corte para
terminar iterações cíclicas).
Muitos programas de simulação representam não apenas um, mas uma série de
interações características que compõem o sistema físico e procedimentos organizacionais.
Neste caso, vários programas e bases de dados podem estar envolvidos, interagindo uns com
os outros. Em tais casos, o software pode ser referido como um pacote de simulação ao invés
de um único programa. Esta é a situação para os métodos atuais de análise de circuitos de
ventilação.
21
Figura 7- Estrutura de funcionamento de um pacote de simulação e análise de circuito de
ventilação
22
Figura 8- Caixa de diálogo de entrada de dados para iniciar o programa.
23
Fonte: Tutorial VnetPC2000.
24
5. METODOLOGIA
A área da empresa esta localizada na zona rural, dentro dos limites da fazenda Novo
Mundo, a 9 km por estrada não asfaltada de Americano do Brasil. Seu complexo industrial
abrange três minas subterrâneas, uma cava a céu aberto, já exaurida, que está sendo utilizada
como barragem de rejeito, planta de processamento mineral, oficina de manutenção, posto de
abastecimento de combustível, escritórios, sala de reuniões, almoxarifado etc. (Peixoto, 2010,
p. 4).
25
Figura 11- Mapa da malha rodoviária de Goiás.
26
i) Os corpos “A”, “A extenção” e “C” ocorrem em veios sub-verticais, com
morfologia errática, de direção média EW, encaixado em dunitos e peridotitos,
composto por sulfetação maciça situada nas cotas mais rasas que perdem
constância em profundidade onde a sulfetação disseminada predomina. Em
várias direções aleatórias existem diques de diabásio que podem estar
bordejando o minério e em menor frequência observa-se diques de
hornblenditos.
iii) O corpo “D”, dividido em setores Sul e Norte, ambos cortados por diques de
diabásio em várias direções, é afetado por zonas de falha na sua extremidade
leste. O setor Sul possui uma sulfetação disseminada de granulometria fina
enquanto que o setor Norte possui uma sulfetação maciça.
Fonte: PCO.
27
5.3. Caracterização da Lavra e do circuito de ventilação da Mina Santa Marta
São aplicados na PCO três diferentes métodos de lavra, sendo eles cut and fill, room
and pillar e sublevel stoping. A aplicação desses métodos se dá de acordo com as
características geológicas e mecânicas que o corpo apresenta. Nos corpos “A” e “A extensão”,
onde o corpo de minério possui seus limites bem definidos de sulfetação maciça, com largura
de no máximo dois metros e meio na direção EW, o método de lavra aplicado é cut and fill. A
sequência operacional de lavra é feita a partir da abertura de galerias exploratórias com
largura de três metros e altura de quatro metros, abertas seguindo a direção do minério.
A parir de então são feitos cortes no minério contido no teto, seguido de cortes no
estéril para minimizar a diluição do minério. O estéril desmontado serve como enchimento
para elevar o piso a uma altura operacional ao próximo corte. Este ciclo é repetido até o piso
chegar a uma inclinação máxima de 15%. A partir de então é deixado um crown pillar para
que o minério seja lavrado por outro nível. A figura 13 mostra a configuração dos acessos e
do piso dos níveis pertencentes aos corpos “A” e “A extensão”.
Figura 13- Acessos e piso dos corpos “A” e “A extensão” da mina Santa Marta, projeto das
rampas V- ascendente e V- descendente
Jumbo Atlas Copco BOOMER H252 (com dois braços). Potência de 77 cv,
Caminhonete MITSUBISHI L200 com potência de 141cv,
28
Trator Plataforma VALMET VALTRA 785cv (adaptado com plataforma
montada sobre braços elevados por cilindros hidráulicos e equipados com
AnfoLoader). Potência de 62 cv,
Carregadeira LHD 1030 Atlas Copco, potência de 250 cv,
Caminhão VW 17250 com 250 cv de potência.
29
Os circuitos secundários estão interligados ao circuito principal através da entrada dos
níveis. Ventiladores auxiliares conectados a mangas são instalados nos níveis que se
encontram em atividade, para garantir a chegada de ar limpo às frentes de trabalho.
Figura 15- Representação simplificada do circuito de ventilação dos corpos "A" e "A
extensão" com os respectivos pontos de medição de velocidade, vazão e temperatura
30
Figura 16- Termo-higro anemômetro da marca Kestrel modelo 4000
Vm Vmax Q Qmax
DE ATÉ LOCAL
(m/s) (m/s) (m³/s) (m³/s)
1 Início da RP principal 3,80 5,20 67,35 92,16
1 2 20m do N775 3,60 5,00 62,82 87,25
2 50 8,1 m abaixo do pino S1, RP 2 1,50 2,20 38,61 56,63
2 3 20m abaixo do depósito de material elétrico da RP 1 2,10 1,30 41,62 25,76
3 4 Antes da entrada do N701 2,00 2,50 36,90 46,13
4 5 13,37 m depois da bifurcação do sump 2,20 2,70 44,35 51,74
5 6 Antes da bifurcação RP 5 e 6 2,10 2,90 37,46 51,74
6 7 Depois da bifurcação RP 5 e 6 2,10 2,30 37,46 41,03
7 - 10m do pino de medida de convergência S3 da RP 5 1,50 2,30 37,46
31
O valor de vazão é determinado pelo produto da área da seção pela velocidade do ar na
estação de medição (Eq.1). O perímetro e a área da seção da galeria são encontrados a partir
das equações 11 e 18, respectivamente, definidas por Torres et.al. (2005) que utiliza das
medidas da maior altura e maior largura, conforme mostrado na Figura 2, para galerias que
apresentam um semicírculo no teto. Os valores dos parâmetros utilizados na equação,
perímetro e área são mostrados na tabela 6.
Tabela 6 - Parâmetros para calculo do perímetro e área da seção de cada ponto de medida.
Dados Valores
33
6. RESULTADO E DISCUSSÃO
Os resultados obtidos com o programa podem ser visualizados de diversas formas tais
como: vazão, pressão manométrica, velocidade, diferença de pressão e potência. Os resultados
são exibidos junto ao circuito proposto ou em forma de tabela através da opção “Branch
Results” (Anexo 2), contida na barra de ferramentas. A Figura 18 apresenta uma exemplo de
circuito de ventilação traçado no VenetPC2000 com os resultados simulados de vazão. Outros
gráficos semelhantes indicando os valores de resistência, pressão e custo podem ser
observados nos Anexos 3, 4 e 5 e 6do trabalho.
Fonte: VnetPC2000.
34
Os modelos de circuito de ventilação foram compostos com o intuito de caracterizar o
atual layout do circuito de ventilação. Outro aspecto levado em consideração foi a adequação
do atual circuito à Norma Regulamentadora NR-22. Na validação do modelo de fluxo, foram
comparados os dados amostrados em junho de 2012 com os dados simulados.
A diferença entre os valores simulados e os valores medidos (desvio) foi tomada como
parâmetro para validação do modelo. Estabeleceu-se como meta para a validação que as
diferenças entre os valores medidos e simulados fossem inferiores a 20%. Foram comparados
os valores de vazão nos pontos característicos do circuito: poço de exaustão, e pontos de 1 a 7
(Tabela 7). Nos trechos onde os valores mostraram diferenças superiores a 20%, deve-se
repetir a campanha de aquisição de dados, uma vez que a tomada de medidas é diretamente
influenciada pela pessoa que opera o aparelho de medição.
POTENCIA
EQUIPAMENTOS
HP CV
02 Caminhões VW 17250 253 250
Caminhonete MITSUBISHI L200 143 141
Efetivo de pessoas 6
m³/min m³/s
Vazão (Q)
1790 29.83
Pode-se verificar que as vazões medidas possuem valores superiores à vazão mínima
admissível calculada de acordo com a NR-22. Dessa forma, pode-se considerar que não
existem impactos ambientais relacionados com a vazão. Analisando os resultados obtidos nos
comparativos entre os valores simulados e os valores medidos, verifica-se que o modelo
proposto satisfaz as condições exigidas para todos os pontos de controle. O modelo validado
para o circuito de ventilação da Mina Santa Marta constitui-se em importante ferramenta de
projeto. O modelo prevê valores confiáveis nos trechos do circuito de ventilação, onde se
coletou adequadamente dados de velocidade e temperatura, com diferenças entre o medido e o
simulado inferiores a 20%.
Com relação aos valores de temperatura, a NR-15 impõe um valor limite máximo de
temperatura úmida de 27 °C, os valores indicados na Tabela 9, levantados em campo,
mostram que o ambiente subterrâneo da Minas Santa Marta está dentro dos limites impostos.
36
A velocidade é um parâmetro de importância, uma vez que seu controle está
intimamente ligado à saúde ocupacional. Os resultados simulados foram comparados com os
valores medidos e são apresentados na Tabela 11.
De acordo com a NR-22, o valor limite para velocidade em lugares que exista
circulação de pessoas deve estar acima de 0,20 m/s e abaixo de 8,00 m/s. Como mostrado na
Tabela 12, os valores medidos se encontram dentro do limite exigido pela norma e os
resultados da simulação apresentam uma diferença inferior a 20%.
37
Figura 19- desenho esquemático do projeto das rampas V- ascendente e V- descendente
Tabela 12- Calculo da vazão requerida para atividades de furação, carregamento, limpeza e
transporte no desenvolvimento de rampas.
POTENCIA
ATIVIDADE EQUIPAMENTOS
HP Cv
Caminhonete MITSUBISHI L200 143 141
Transporte Limpeza Carregament Perfuraçã
38
Através dos resultados apresentados na Tabela 13, é possível verificar que o valor
limite requerido de vazão para atender à NR-22 é de 25,52 m3/s. Para que tal vazão seja
conseguida, ventiladores auxiliares devem ser instalados com mangas que direcionem o ar até
as frentes de desenvolvimento. Para que o valor de vazão mínima admissível Qm (m3/s)
chegue à frente de fundo de saco, o comprimento e o diâmetro da manga utilizada precisam
ser encontrados em função das características operacionais do ventilador auxiliar a ser
instalado. Para encontrar o comprimento máximo da manga, Lmáx (Eq. 20), foram necessários
os seguintes parâmetros: fator de perda de carga na manga, (Tabela 4): 0,021; vazão
requerida, Q (Tabela 13): 25,52; comprimento equivalente, Le (Tabela 3): 32,31; coeficiente
de fricção da rampa, f (Tabela 2): 0,0297.
39
Figura 20 - Gráfico da curva característica das equações de comprimento máximo em função
do diâmetro da manga.
800
Rampa V -acsendent e
comprimento máximo da manga Lmáx
700
Rampa V -descenden te
600
500
400
300
200
100
0
0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7
Diâmetro da manga D
40
7. CONCLUSÃO
41
REFERÊNCIAS
Bossard, F.C. (1982) "Cap. 22: Primary Mine Ventilation Systems," A Manual of
Mine Ventilation Design Practices, 1° edição. Publicado em Floyd C. Bossard &
Asso., Inc., Butte, MT.
Departamento Nacional de Infra - Estrutura de Transportes, Brasil, Mapa rodoviário
de Goiás, 2002. Escala 1:1.250.000. Disponível em:
http://www1.dnit.gov.br/rodovias/mapas/index.htm. Acesso em janeiro de 2013.
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42
Anexo 1
Tabela com dados de entrada que descrevem o circuito de ventilação da Mina Santa Marta.
FROM TO LENGTH EQ. LENGTH H V ÁREA PERÍMETRO FATOR
1
1 2 159.34 50.29 158.52 16.12 20.00 18.00 0.0149
100 - -
100 101 34.49 26.70 21.84 4.00 8.00 0.0149
101 102 38.62 31.19 22.77 4.00 8.00 0.0149
102 2 41.20 6.0960 40.60 7.00 20.00 18.00 0.0159
2 3 77.30 30.48 76.90 7.83 20.00 18.00 0.0149
3 50 17.3325 92.35 20.00 18.00
50
3 4 18.83 92.35 18.69 2.31 20.00 18.00 0.0164
4 5 13.29 31.39 13.17 1.78 20.00 18.00 0.0164
5 6 13.35 31.39 13.29 1.25 20.00 18.00 0.0164
6 7 16.45 31.39 16.02 3.74 20.00 18.00 0.0164
7 8 125.54 30.48 124.38 17.07 20.00 18.00 0.0164
8 9 84.37 30.48 83.69 10.68 20.00 18.00 0.0164
9 10 17.01 31.39 16.77 2.85 20.00 18.00 0.0164
10 11 20.18 31.39 3.94 19.79 20.00 18.00 0.0164
11 12 21.99 31.39 21.81 2.81 20.00 18.00 0.0164
12 13 21.63 31.39 21.17 4.41 20.00 18.00 0.0164
13 14 22.32 31.39 22.05 3.43 20.00 18.00 0.0164
14 15 11.97 31.39 11.78 2.13 20.00 18.00 0.0164
15 16 20.75 31.39 20.55 2.84 20.00 18.00 0.0164
16 17 14.89 31.39 14.75 2.01 20.00 18.00 0.0164
17 18 23.57 31.39 23.25 3.89 20.00 18.00 0.0164
18 19 14.39 31.39 14.25 2.00 20.00 18.00 0.0164
200 - 0.0149
200 201 52.33 13.65 50.52 4.00 8.00 0.0149
201 202 14.39 5.18 13.43 4.00 8.00 0.0149
202 203 26.57 4.51 26.19 4.00 8.00 0.0149
203 204 9.82 9.77 0.98 20 18 0.0149
204 205 19.22 19.00 2.94 20 18 0.0149
205 19 30.14 6.10 30.14 0.16 20 18 0.0164
19 20 23.53 39.62 23.45 1.84 20 18 0.0164
43
20 21 125.26 31.39 124.23 16.00 20 18 0.0164
21 22 14.90 31.39 14.77 2.00 20 18 0.0164
22 23 18.19 31.39 17.94 3.00 20 18 0.0164
23 24 15.37 31.39 15.24 2.00 20 18 0.0164
24 25 18.74 31.39 18.63 2.00 20 18 0.0164
25 26 20.55 31.39 20.45 2.00 20 18 0.0164
26 27 30.12 31.39 29.70 5.00 20 18 0.0164
27 28 22.78 31.39 22.42 4.00 20 18 0.0164
28 29 50.32 31.39 49.83 7.00 20 18 0.0164
29 30 22.27 51.82 22.07 3.00 20 18 0.0164
30 31 24.18 31.39 23.93 3.50 20 18 0.0164
31 32 17.17 51.82 17.05 2.00 20 18 0.0164
32 33 56.44 31.39 56.44 0.50 20 18 0.0164
33 34 65.57 31.39 65.57 - 20 18 0.0164
34 35 27.80 40.54 27.62 3.13 20 18 0.0164
35 36 25.04 30.48 24.71 4.06 20 18 0.0164
36 37 34.21 30.48 33.84 5.00 20 18 0.0164
37 38 23.11 30.48 22.92 3.00 20 18 0.0164
38 39 67.80 30.48 67.32 8.00 20 18 0.0164
39 40 24.26 51.82 24.24 1.00 20 18 0.0164
40 41 11.39 30.48 11.39 20 18 0.0164
41 300 4.99 3.05 0.617 4.9567 20 18 0.0164
300 301 100.64 12.5537 99.8587 4 8 0.0149
301 302 30.19 30.1903 4 8 0.0149
302 -
44
Anexo 2
45
19 20 0.00229 40 3.7 0.15 283
20 21 0.00576 40 9.2 0.37 704
21 22 0.00166 40 2.7 0.11 207
22 23 0.00181 40 2.9 0.12 222
23 24 0.0017 40 2.7 0.11 207
24 25 0.00181 40 2.9 0.12 222
25 26 0.00188 40 3 0.12 230
26 27 0.00225 40 3.6 0.14 276
27 28 0.00196 40 3.1 0.12 237
28 29 0.00299 40 4.8 0.19 368
29 30 0.00269 40 4.3 0.17 329
30 31 0.00203 40 3.2 0.13 245
31 32 0.00251 40 4 0.16 306
32 33 0.00321 40 5.1 0.2 390
33 34 0.00354 40 5.7 0.23 436
34 35 0.00247 40 4 0.16 306
35 36 0.00203 40 3.2 0.13 245
36 37 0.00236 40 3.8 0.15 291
37 38 0.00196 40 3.1 0.12 237
38 39 0.00358 40 5.7 0.23 436
39 40 0.00277 40 4.4 0.18 337
40 41 0.00151 40 2.4 0.1 184
41 300 0.00026 40 0.4 0 0
300 301 0.18625 40 298 11.92 22817
301 302 B 0.05588 40 89.4 3.58 6845
302 none 0 40 0 0 0
46
Anexo 3
Figura 21-Desenho esquemático do circuito de ar simulado com número do nó e valores de vazão.
47
Anexo 4
Figura 22-Desenho esquemático do circuito de ar simulado com número do nó e valores de resistência
48
Anexo 5
Figura 23-Desenho esquemático do circuito de ar simulado com número do nó e valores de queda de pressão
49
Anexo 6
Figura 24-Desenho esquemático do circuito de ar simulado com número do nó e valores de custo de operação
50
51