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PROTOCOLOS CLÍNICOS PARA ANÁLISE DA

COMPOSIÇÃO CORPORAL:
Bioimpedância Elétrica e Antropometria

Mediante análise da composição corporal torna-se possível


identificar os principais componentes estruturais do corpo
humano, em particular as frações do peso corporal
equivalentes à massa de gordura, à massa magra e à massa
isenta de gordura, utilizadas como importantes marcadores
no diagnóstico de doenças e nas intervenções dietéticas e de
prática de exercício físico. Devido a isto, observa-se crescente
PROTOCOLOS
interesse pelo monitoramento da composição corporal, o que
tem favorecido o desenvolvimento de novos procedimentos
que possam oferecer maior confiabilidade as estimativas de
CLÍNICOS PARA
seus componentes. No entanto, as medidas disponibilizadas
pelos diferentes procedimentos para análise da composição
corporal apresentam variações dependendo dos pressupostos
ANÁLISE DA
COMPOSIÇÃO
biofísicos que as norteiam e das exigências de condição de uso.
Neste contexto, torna-se importante conhecer as limitações e
as potencialidades de cada procedimento para que suas
estimativas possam ser interpretadas corretamente. Esta
publicação foi idealizada com vistas a reunir informações
sobre os protocolos clínicos utilizados para análise da
composição corporal, especificamente procedimentos
CORPORAL:
identificados com os métodos de bioimpedância elétrica e

Bioimpedância Elétrica
antropometria. O conteúdo do material está organizado em
seis capítulos: histórico e evolução conceitual da composição
corporal, modelos de análise, procedimentos de análise da
composição corporal, técnica de bioimpedância, técnica
antropométrica e uso dos procedimentos clínicos em situações
específicas. Espera-se que a presente publicação técnica
possa oferecer importantes subsídios para profissionais de
e Antropometria
diferentes segmentos da área de saúde, contribuindo de forma
significativa para ampliação de novos conhecimentos
vinculados à avaliação morfofuncional, tornando-se, por sua
vez, importante ferramenta de consulta para atuação
profissional.

ISBN
Dartagnan Pinto Guedes
Jean Carlos Calabrese
AUTORES

PROTOCOLOS
CLÍNICOS PARA
ANÁLISE DA
Dartagnan
Pinto Guedes
Jean Carlos
Calabrese COMPOSIÇÃO
CORPORAL:
Graduado em Educação Física Graduado em Educação Física
pela Universidade Estadual de pelo Centro Universitário
Londrina, Paraná; Campos de Andrade, Curitiba,
Paraná;
Doutorado em Educação Física
pela Universidade de São Paulo, Pós Graduado em Nutrição
São Paulo; Esportiva pela Universidade
Pós-doutorado em Condição
Física e Saúde pela
Universidade Técnica de Lisboa,
Gama Filho, Rio de Janeiro;
Mestre em Exerccício Físico na
Promoção da Saúde pela
Bioimpedância Elétrica
e Antropometria
Portugal; Universidade Norte do Paraná,
Londrina, Paraná;
Professor-Associado
aposentado do Centro de Policial Militar do Estado do
Educação Física e Esporte da Paraná, Seção de Educação
Universidade Estadual de Física para o Batalhão de
Londrina, Paraná; Operações Especiais;
Professor-Titular do Centro de Coordenado da PersonaFit
Pesquisa em Ciências da Saúde Academia, Curitiba, Paraná.
da Universidade Norte do
Paraná

Dartagnan Pinto Guedes


Jean Carlos Calabrese
Copyright © 2019 Editora UNOPAR

SUMÁRIO
Capa, Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica: Rodolfo GAION

Dados Internacionais de catalogação na publicação (CIP)


Universidade Pitágoras Unopar
Biblioteca CCBS/CCECA PIZA
Setor de Tratamento da Informação
APRESENTAÇÃO 07
Guedes, Dartagnan Pinto CAPÍTULO 1
C141p Protocolos clínicos para análise da composição corporal:
bioimpedância elétrica e antropometria. / Dartagnan Pinto
Histórico e evolução conceitual
Guedes, Jean Carlos Calabrese. Londrina, Paraná: Editora da composição corporal 11
UNOPAR, 2019.
144 f. Fase Inicial dos Estudos de
Composição Corporal 14
Bibliografia
ISBN 978-85-71840-04-1 Estudos em cadáveres 15
Métodos in vivo 17
1- Avaliação morfofuncional. 2- Composição corporal. 3- Massa
de gordura. 4- Massa magra. 5- Massa isenta de gordura. Foco nas alterações dos constituintes 19
6- Técnica de bioimpedância. 7- Técnica antropométrica.
I- Guedes, Dartagnan Pinto; Jean Carlos Calabrese. II-
Outros avanços importantes
observados nesta fase 20
Universidade Pitágoras Unopar.
Fase Recente dos Estudos de
CDD 612
Composição Corporal 22
Andressa Fernanda Matos Bonfim - CRB 9/1643
Fase Contemporânea dos
Estudos de Composição Corporal 28

Todos os direitos reservados. CAPÍTULO 2


Nenhuma parte deste livro poderá ser reproduzida, Modelos de análise 35
por qualquer processo, sem a permissão expressa dos editores.
1a edição brasileira – 2019 Níveis de organização de análise
da composição corporal 37
Nível atômico 38
Nível molecular 39
Nível celular 39
Rua Marselha 591 – Jardim Piza
CEP 86.041-120 – Londrina – Paraná Nível tecidual dos sistemas 40
Fone 43 3371.7931 | www.pgsskroton.com.br
Nível corpo inteiro 40
Fracionamento do peso corporal 40 CAPÍTULO 5
Componente de gordura 42 Técnica antropométrica 91
Componente não-gorduroso 43 Índices das medidas de
peso corporal e estatura 93
Abordagem multicompartimental da
composição corporal 45 Medidas de espessuras
de dobras cutâneas 96
CAPÍTULO 3
Procedimentos de análise Medidas de circunferências 103
da composição corporal 49
Equações para estimativas da proporção
Procedimentos laboratoriais 53 de gordura corporal 108
Hidrometria 54 CAPÍTULO 6
Espectrometria de raios gama 56 Uso dos procedimentos clínicos
Ativação de nêutrons 56 em situações específicas 119
Excreção de creatinina 57 Jovens 122
Radiologia convencional 57 Bioimpedância elétrica 124
Ultrassonografia 58
Antropometria 125
Tomografia axial computadorizada 59
60 Idosos 130
Ressonância magnética nuclear
Absortometria radiológica Bioimpedância elétrica 131
de dupla energia 61
Antropometria 132
Pesagem hidrostática 65
Atletas 133
Pletismografia 69
CONSIDERAÇÕES
Procedimentos clínicos 71
FINAIS 139
Condutividade elétrica corporal total 72
Interactância de raios infravermelhos 72
CAPÍTULO 4
Técnica de bioimpedância 77
Protocolos de medida 80
Tipos de ohmímetros 82
Aspectos metodológicos 85
Apresentação

Mediante análise da composição corporal torna-se


possível identificar os principais componentes estruturais
do corpo humano, em particular as frações do peso cor-
poral equivalentes à massa de gordura, à massa magra e
à massa isenta de gordura, utilizadas como importantes
marcadores no diagnóstico de doenças e nas intervenções
dietéticas e de exercício físico. Por essa razão, observa-se
crescente interesse de profissionais da área de saúde pelo
monitoramento da composição corporal, o que tem favore-
cido o desenvolvimento de novas técnicas capazes de ofe-
recer maior validade às estimativas de seus componentes.
No entanto, os resultados encontrados pelas diferen-
tes técnicas disponíveis para análise da composição cor-
poral apresentam variações dependendo dos pressupostos
biofísicos, que as norteiam, e das exigências da condição
de uso. Nesse contexto, é importante conhecer as limita-
ções e as potencialidades de cada técnica e os critérios de
confiabilidade para que suas estimativas possam ser inter-
pretadas corretamente.
As técnicas laboratoriais, incluindo a absortometria
radiológica de dupla energia, a tomografia computadori-
zada, a ressonância magnética, a pesagem hidrostática e
a pletismografia, entre outras, oferecem estimativas mui-
to precisas, tornando-se, portanto, a primeira opção para
reunir informações sobre a composição corporal. Contudo,
muitas vezes, em razão do alto custo de seus equipamen-
tos, da exigência de instalações complexas, da sofisticação
metodológica, da solicitação de técnico especificamente
qualificado para aplicação de seus procedimentos e da difi-
culdade em envolver as pessoas nos protocolos de medida,
o seu uso em ambiente clínico tem sido limitado.
Assim, a simplicidade e inocuidade de seus proce-
dimentos, a portabilidade dos equipamentos empregados
e a relativa facilidade de interpretação dos dados elege-
ram a bioimpedância elétrica e a antropometria como as

7
técnicas de maior aplicabilidade e encorajam também propostas mais simples mediante construção de
quantidade cada vez maior de profissionais a índices que envolvem medidas de estatura, peso corporal e
recorrer ao seu uso. Vários estudos de valida- circunferências de cintura e quadril.
de foram conduzidos com os procedimentos de
A principal finalidade da presente publicação é difun-
bioimpedância elétrica e antropometria sendo
dir conhecimento disponibilizado sobre os protocolos clíni-
encontradas boas correlações com as técnicas
cos de análise da composição corporal, mormente proce-
de referência.
dimentos identificados com as técnicas de bioimpedância
A técnica de bioimpedância elétrica foi elétrica e antropometria. Seu conteúdo está organizado em
originalmente descrita na década de 1960; seis itens: (1) histórico e evolução conceitual da composi-
porém, somente a partir de 1980 é que pas- ção corporal; (2) modelos de análise; (3) procedimentos de
sou a ser amplamente difundida. Seus proce- análise da composição corporal; (4) técnica de bioimpe-
dimentos baseiam-se nos diferentes níveis de dância; (5) técnica antropométrica; e (6) uso de protocolos
condutibilidade elétrica dos tecidos biológicos clínicos em jovens, idosos e atletas. Claramente, a preten-
expostos a uma corrente elétrica. Com dados são não é esgotar tema com essa complexidade e cercado
a respeito de impedância, função dependen- de tantas controvérsias. No entanto, espera-se que possa
te tanto da resistência dos próprios tecidos servir de material de consulta para atuação dos profissio-
quanto da reactância ou oposição causada nais da área de saúde.
pela capacidade de isolamento à condução da
corrente elétrica das membranas celulares e
por elementos não-iônicos, são determinadas
as quantidades de água corporal total, fluídos
intracelulares e extracelulares mediante mo-
delos preditivos específicos. Na sequência, por
derivações e com emprego de supostas frações
da hidratação corporal, são estimadas as pro-
porções de massa isenta de gordura e massa
de gordura.
Por outro lado, a antropometria é uma
técnica sistemática utilizada para medir di-
mensões do corpo humano. Sua origem re-
monta-se à antiguidade; contudo, passou a
despertar interesse especial a partir da década
de 1940, em razão de evidências quanto à as-
sociação entre as dimensões do corpo e diver-
sas áreas do conhecimento. Especificamente
para análise da composição corporal, as me-
didas de espessura das dobras cutâneas é o
indicador antropométrico mais comumen-
te utilizado. No entanto, são disponibilizadas

8 9
CAPÍTULO
1
Histórico e
evolução conceitual da
composição corporal
Preocupação e interesse pela composição corpo-
ral têm uma longa trajetória histórica. As primeiras con-
cepções conhecidas sobre a composição corporal po-
dem ser encontradas na antiga Grécia por volta do ano
400 a.C. Os helenos transformaram seus pensamentos
e superaram a origem mitológica dos entes vivos e das
manifestações físicas do mundo e passaram a entender
que o corpo humano e os seres vivos eram formados
pelos quatro elementos fundamentais do cosmos: fogo,
terra, ar e água.
O próprio Hipócrates acreditava que o corpo con-
sistia de quatro constituintes: sangue, linfa, bílis escura
e bílis amarela. A partir dessa concepção, Galeno man-
tinha a ideia de equilíbrio ou homeostase, reinventada
séculos depois por Claude Bernard e cientificamente
cunhada por Walter Canon em 1939. Nessa época, sus-
tentava-se o pressuposto de que as enfermidades resul- Histórico e evolução
tavam de um desequilíbrio, no corpo, dos quatro consti- conceitual da
composição corporal
tuintes em consequência de fatores ambientais, dieta e
hábitos de vida, e que esses fluidos em pessoas hígidas
se encontravam em proporção semelhante [1]. 13

Embora, a princípio, essa proposta possa parecer


desconectada dos conceitos de composição corporal,
como se conhece nos dias atuais, ao contrário, é ela que
dá sentido à análise de seus constituintes, em razão de
suas proporções dependerem do funcionamento dos
sistemas orgânicos. Nesse caso, pode-se citar, como
exemplo, o impacto que tem a depleção de glicogênio
no rendimento físico de humanos ou a diminuição ex-
cessiva de gordura corporal na função reprodutiva da
mulher [2].
Apesar desse início tão longínquo, é surpreendente
que a análise da composição corporal tenha sido cons-
tituída como um ramo da ciência, apenas há 170 anos.
De acordo com estudiosos da área, a revisão histórica
do período deve ser considerada, basicamente, em três
grandes fases: fase inicial (1850 a 1960), fase recente
(1960 a 2000) e fase contemporânea (século XXI) [3].
Fase Inicial dos Estudos de constituintes do corpo [5]. Essa publicação marcou o iní-
cio dos estudos empíricos sobre a composição corporal
Composição Corporal que, por sua vez, podem ser subdivididos em três áreas
Nessa fase, surgem os primeiros estudos relacio- de pesquisa: estudos em cadáveres, métodos in vivo e
nados à composição corporal em seres humanos, possí- foco nas alterações dos constituintes.
veis graças ao avanço de outras áreas do conhecimento, Estudos em cadáveres
como a química, a anatomia e a nutrição. O pesquisador
Em vista da impossibilidade de analisar a compo-
alemão Justus von Liebig (1803-1873), com suas aproxi-
sição corporal humana in vivo - apesar das severas res-
mações baseadas em análises químicas, foi o primeiro a
trições que existiam em vários países, em que, há pouco
identificar substâncias específicas contidas nos alimentos
mais de 170 anos, não era possível a doação de corpo
que faziam parte dos tecidos do corpo; também postulou
humano para a ciência - os primeiros estudos foram re-
que os fluidos corporais continham mais sódio e menos
alizados a partir da dissecção de cadáveres. No entanto,
potássio que os tecidos. Ainda, no primeiro terço do sé-
após estabelecer os processos legais para a coleta e do-
culo XIX, o sociólogo e estatístico belga Lambert Adolphe
ação de cadáveres para estudos de anatomia, tornou-
Jacques Quetelet escreveu sua obra original “Sur l’homme
-se possível usá-los para análise quantitativa de seus
et le developpement des Facultés, essai d’une físico socia-
constituintes [6]. Assim, em 1843, Schwann quantificou,
le”, em que, entre outros temas relacionados à morfolo-
Histórico e evolução pela primeira vez, as características de órgãos de vários Histórico e evolução
conceitual da gia corporal, descreveu pela primeira vez o que é certa- cadáveres e, duas décadas depois, Bischoff analisou o conceitual da
composição corporal mente o componente mais citado na literatura científica e composição corporal
conteúdo de água de cadáveres humanos. Mais tarde,
mais utilizado no campo profissional em que se envolvem em 1877 Fehling quantificou o total de água de fetos e re-
14
indicadores de composição corporal: o índice de massa 15
cém-nascidos. No início do século XX, Camerer e Söldner
corporal – IMC [4]. estimaram a composição química de fetos e recém-
-nascidos, fracionando seu conteúdo de água, gordura,
nitrogênio e dos principais minerais. Já em 1938, Iob e
Swanson realizaram análises de um corpo completo, in-
cluindo minerais para fetos e recém-nascidos. Também
merecem destaque os trabalhos de Mildred Trotter que
conduziram os primeiros estudos com esqueletos com-
pletos e definiram seu peso, conteúdo mineral desidra-
tado (termo anglo-saxão “ash”) e variação étnica [7].
Como pode ser deduzido, estudos de dissecção
humana tiveram uma importância transcendental para
o avanço do conhecimento relacionado aos componen-
tes fundamentais do corpo humano e suas relações ma-
croscópicas. Sua validade segue vigente, uma vez que a
variabilidade interindividuos e suas determinantes ain-
Lambert Adolphe Jacques Quetelet
da não estão completamente estabelecidas para exigir
No século XX, uma das primeiras publicações es- estudos com amostras numerosas e heterogêneas. O
pecíficas sobre a composição corporal procurou descre- maior conjunto de dissecções do corpo humano foi rea-
ver as relações entre crescimento, nutrição e diferentes lizado pelo Estudo de Bruxelas, que incluiu os corpos de
12 homens e 13 mulheres e forneceu uma grande quan- Métodos in vivo
tidade de dados [8]. As análises consistiram em estabe-
Embora até o início do século XX as limitações tec-
lecer medidas antropométricas dos cadáveres e sua
nológicas não permitiram medir os componentes inter-
posterior dissecção por tecidos (pele, adiposo subcutâ-
nos, os paradigmas para análise dos componentes de
neo, músculos, ossos e vísceras), determinando o peso
composição corporal in vivo são, sem dúvida, antigos.
de cada um dos componentes químicos e o cálculo das
A identificação dos resíduos moleculares constituin-
densidades individuais. Como será descrito mais adian-
tes dos tecidos na urina foi uma das primeiras apro-
te, o conhecimento direto da densidade tecidual é um
ximações. Evidências sugerem que foi Foli, em 1905, o
dos paradigmas mais importantes no desenvolvimento
primeiro a supor que a creatinina poderia ser usada
de modelos matemáticos para definir os componentes
para avaliar uma porção da composição corporal. No
de composição corporal a partir de medidas físicas do
entanto, foi em 1909 que Shaffer e Coleman utilizaram,
corpo, como volume, espessuras de dobras cutâneas ou
pela primeira vez, a depuração da creatinina em urina
atenuação de raios fótons depois da passagem pelos te-
de 24 horas, como indicador da massa muscular es-
cidos. Portanto, somente com o conhecimento de forma
quelética, tornando-se este, provavelmente, o primeiro
direta das densidades dos tecidos é que torna possível
componente corporal de um nível diferente do corpo in-
estimar posteriormente de forma indireta in vivo.
teiro estimado in vivo. Nessa etapa inicial, também os
Histórico e evolução Estudo em cadáveres é a única alternativa que fluidos corporais e alguns componentes relevantes fo- Histórico e evolução
conceitual da possibilita analisar a composição corporal em todos os ram medidos a partir do, ainda utilizado, princípio da conceitual da
composição corporal composição corporal
seus níveis e, além disso, estabelecer bases para vali- diluição [1].
dação de procedimentos e técnicas in vivo. Todavia,
16 O princípio de Arquimedes (287-212 aC.) tam- 17
aspectos como temperatura corporal, desidratação e
bém contribuiu fortemente para o avanço da análise
outros fatores associados à preservação do corpo pós-
dos componentes de composição corporal, sendo ini-
-morte podem limitar a extrapolação de informações e
cialmente aplicado em 1942 pelo fisiólogo e oficial da
dados para amostras in vivo [8].
Marinha Norte-americana Albert Ricard Behnke (1903-
1992) para estimar as proporções relativas de massa de
gordura e massa livre de gordura em humanos [9]. Ancel
Benjamin Keys (1904-2004) e Josef Brozek (1913-2004),
em 1953, desenvolveram esse método hidrodensitomé-
trico de forma mais detalhada, o qual, com pequenas
variações, ainda hoje está sendo utilizado [10]. Assim, o
princípio de Arquimedes fornece dados para estabe-
lecer estimativas da proporção de gordura corporal e,
até os dias atuais, por vezes, o método densitométrico
Estudo em cadáveres de Bruxelas
por pesagem subaquática (hidrostática), derivado des-
se mesmo princípio, vem sendo considerado como gold
standard para validação de outros métodos mais sim-
plificados e accessíveis [11].
tabelecer a base para a quantificação da massa celu-
lar corporal. Ainda, nesse momento, foi estabelecida a
base para a estimativa do peso do esqueleto in vivo e de
sua densidade a partir dos trabalhos de Paul Baker com
raios-X em 1958.
Foco nas alterações dos constituintes
Idade é, provavelmente, o primeiro fator consi-
derado nas alterações dos constituintes de composição
corporal. Em 1857, Aubert von Bezold verificou que o cres-
cimento dos animais era acompanhado por um aumen-
Ancel Benjamin Keys Josef Brozek Albert Ricard Behnke to na proporção de resíduos secos, e, por sua vez, por
Outro importante marco desse período foi a des- uma diminuição concomitante do conteúdo de água. Em
coberta de isótopos por Soddy em 1911, o que possibili- 1914, Benjamin descobriu que as crianças acumulavam
tou a estimativa do potássio corporal total, definindo-se nitrogênio durante o processo de crescimento e, com
como o primeiro elemento medido in vivo no corpo hu- base nessa constatação, Moulton em 1923, propôs o con-
mano. As aplicações de isótopos começaram a ocorrer ceito de maturidade química para definir o momento em
Histórico e evolução que a composição química da criança se aproxima à do Histórico e evolução
conceitual da de forma profusa e, em 1934 von Hevesy e Hofer publica- conceitual da
composição corporal ram pela primeira vez o protocolo para o uso de óxido de adulto, principalmente no que diz respeito à estabilidade composição corporal
deutério (2H2O) como recurso para determinar o volume química do componente de massa livre de gordura [12].
18 total de água corporal. Posteriormente, em 1946, Moore Nutrição foi outro fator amplamente estudado du- 19
mediu a troca de sódio/potássio, íons que estão distri- rante essa fase inicial de pesquisa. Trabalhos como os de
buídos principalmente nos fluidos corporais e, portanto, Cathcart em 1907, ou o de Benedict em 1919, encontra-
também podem ser derivados pelo princípio da diluição. ram relações diretamente proporcionais entre a quanti-
Também, a partir de investigações isotópicas Sievert em dade de nitrogênio corporal e a quantidade de alimento
1951 demonstrou que a quantidade de 40K (radioisóto- ingerida por uma pessoa. Outros fatores, como exercício
po de potássio) no corpo humano era suficientemente físico, raça, sexo e enfermidades, que influenciam nos
grande tanto para ser detectada e quantificada por téc- constituintes da composição corporal foram posterior-
nicas radioativas, quanto para permitir avaliar a quanti- mente estudados. Especificamente com relação às en-
dade do potássio total corporal sem qualquer marcador fermidades, certamente os mais relevantes foram aque-
a partir de emissões radioativas [9]. les relacionados à distribuição regional da composição
A continuação desses estudos por Forbes resultou, corporal, tendo como referência histórica os estudos do
em 1961, no método para estimar a massa livre de gor- médico francês Jean Vague (1911-2003) que, entre 1940-
dura e a própria gordura a partir da quantidade de po- 1950, constatou aumento na probabilidade de compli-
tássio corporal total, utilizando para isso das análises da cações metabólicas e cardiovasculares entre as pesso-
radiação gama do 40K. Por sua vez, Fischer usou outro as com maior acúmulo de gordura corporal na região
isótopo radioativo de 42K para quantificar a permeabili- centrípeta. Na mesma linha, Earl Reynolds (1910-1998)
dade dos tecidos livres de gordura para esse elemento. do Instituto de Pesquisa Fels - Inglaterra, descreveu pela
Esse avanço serviu a um colega de sua equipe, Francis primeira vez, nos anos 1950s, a distribuição de adiposi-
Moore, para quantificar a troca de potássio e, assim, es- dade em crianças e adolescentes.
Bois (1882-1959) propuseram equação para estimar a
superfície corporal, conceito fundamental para aplica-
ções terapêuticas específicas relacionadas à nutrição e
à farmacologia, além de sua importância para relativi-
zar algumas variáveis fisiológicas.

Jean Vague Earl Reynolds

Outros avanços importantes


observados nesta fase
Histórico e evolução Além dos avanços relatados nas três seções ante- Histórico e evolução
conceitual da riores, surgiram outros eventos e achados importantes re- conceitual da
composição corporal composição corporal
lacionados à composição corporal nessa época. Em 1959,
Adolf Magnus-Levy Eugene Floyd Du Bois
Moleschott foi o primeiro a relatar as quantidades de pro-
20
teínas, gorduras, sais e água no corpo humano. No mesmo Baseando-se na mesma linha antropométrica, o 21
ano, Lawes e Gilbert observaram que o conteúdo de água antropólogo checo-eslovaco Jindrich Matiegka desen-
dos animais mantinha uma relação proporcionalmente in- volveu, em 1921, uma série de equações e coeficientes
versa à quantidade de gordura, da mesma forma que se para fracionar o peso corporal em seus diferentes cons-
conhece atualmente para os humanos. Em 1835, Quetelet tituintes (músculo, osso e gordura) [13]. Em 1923, Moulton
observou que o peso corporal aumenta em uma propor- e Marriott propuseram os conceitos de “maturação quí-
ção quadrática com a estatura e estabeleceu o índice de mica da composição corporal”. Ainda que, nessa fase
Quetelet, que hoje em dia conhecemos como índice de inicial de estudos da composição corporal, possa haver
massa corporal graças a Ancel Benjamin Keys. Em 1896, muitas outras contribuições de destaque, finaliza-se a
Katz descreveu detalhadamente os elementos químicos do revisão histórica dessa etapa, fazendo-se referência aos
músculo. O conceito de “massa protoplasmática ativa” foi trabalhos da equipe de Flaminio Fidanza, que em 1953
cunhado por Voit em 1901 e Rubner em 1902. O próprio Rubner relataram a uniformidade da densidade da gordura
é um dos autores que, nessa época, começou a relacionar corporal humana [14]. Esse achado foi decisivo para de-
conceitos de energéticos com componentes da composição terminar os compartimentos da composição corporal
corporal. mediante métodos densitométricos de dois componen-
tes (gordura + massa livre de gordura), e que ganharam
Foi em 1906 que Adolf Magnus-Levy (1865-1955)
grande relevância no final desse período e muitos deles
tratou pela primeira vez o conceito de massa livre de
ainda são válidos e utilizados nos dias de hoje. Nesse pe-
gordura, tão importante para as futuras gerações de
ríodo, foram desenvolvidos três modelos de dois compo-
investigadores e profissionais da composição corporal.
nentes: Behnke em 1942, Siri em 1956 e Brozek em 1963.
Em 1916, Delafield Du Bois (1880-1965) e Eugene Floyd Du
Do ponto de vista específico da composição cor-
poral, o primeiro grande avanço científico dessa era foi
a proposição e a validação do modelo de três comparti-
mentos que possibilitaram a William Siri quantificar, em
1961, a gordura corporal [15]. Um ano depois, Thomasset
foi o pioneiro a apresentar a técnica de bioimpedância
elétrica [16]. Em 1963, Sorenson e Cameron desenvolve-
ram a base teórica da absortometria radiológica para
diferenciar os tecidos do corpo humano. Alguns anos
depois, em 1968, no Congresso Anual da Associação
Americana de Antropólogos Físicos em Detroit, Richard
Mazess apresentou estudo pioneiro para estimativas do
esqueleto e do peso ósseo por absortometria direta de
Jindrich Matiegka Flaminio Fidanza fótons e, quatro anos depois, foi desenvolvido o primei-
O fim dessa fase inicial de estudos da composi- ro densitômetro ósseo comercial. Nessa mesma época,
ção corporal é marcado pela celebração do I Simpósio Anderson e sua equipe de trabalho [17] e, na sequência,
de Composição Corporal da Sociedade para o Estudo Cohn e Dombrowski [18] estabeleceram as bases para uso
Histórico e evolução Histórico e evolução
conceitual da da Biologia Humana, organizado pela Academia de do método de ativação de neutrons voltado à análise conceitual da
composição corporal Ciências de Nova York em 1963. A partir desse ponto da composição corporal, método de referência para composição corporal
surge uma nova etapa de rápidos avanços nas inves- identificar in vivo vários elementos moleculares, como,
22 tigações sobre as concepções da composição corporal. por exemplo, cálcio ou sódio total do corpo; inclusive a 23
quantidade de gordura corporal pode ser derivada a
Fase Recente dos Estudos de partir desse método.
Composição Corporal Em 1973, o engenheiro inglês Godfrey Hounsfield
apresentou o primeiro sistema de imagem de tomogra-
Sem dúvida, o período de 1960 a 2000 foi de gran-
fia axial computadorizada, que permitiu pela primeira
de importância para o avanço das concepções relacio-
vez observar por completo o interior do corpo humano.
nadas à análise da composição corporal e para a aqui-
A importância desse equipamento foi tal que lhe valeu o
sição de um status diferenciado no campo da biologia
Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia. Além disso, seu
humana. O aprimoramento identificado nessa fase está
nome será sempre lembrado no campo da composição
diretamente associado à evolução tecnológica obser-
corporal, em razão das unidades de densidade radiológi-
vada em outras áreas do conhecimento notadamente
ca utilizadas para diferenciar/converter volumes de ima-
para uso na composição corporal. Assim, os avançados
gens em massa levarem seu nome. A técnica de tomo-
métodos de análise de ativação de neutrons e novas
grafia axial computadorizada foi utilizada pela primeira
técnicas de imagem, como, por exemplo, a tomografia
vez especificamente para análise da composição corpo-
axial computadorizada, ressonância magnética nuclear
ral pela equipe de Steven B Heymsfield [19].
e ultrassonografia, ofereceram novas perspectivas para
análise da composição corporal, aperfeiçoando alguns
de seus prossupostos iniciais e avançando quanto à va-
lidade, confiabilidade e precisão.
de crescimento físico, publicados por Alex Frank Roche
em 1973, lançaria as bases para que o grupo de Samuel
Fomon viesse a propor, na década de 1980, a criança de
referência do nascimento aos 10 anos [12]. Ambos os au-
tores têm sido de grande importância para a área da
nutrição pediátrica.
A partir de 1986, vem sendo realizado, quadrie-
nalmente, o Simpósio Internacional sobre Estudos de
Composição Corporal in vivo. A primeira edição acon-
teceu em Nova York e a última em Lisboa, em 2014,
organizada pelo Laboratório de Saúde e Exercício da
Universidade Técnica de Lisboa.

Godfrey Hounsfield Steven B Heymsfield A parte mais contemporânea dessa etapa foi ca-
racterizada por um crescente interesse demonstrado
Na década de 1980, os avanços no campo da com- pelas áreas da medicina clínica, da nutrição e do exer-
posição corporal começaram a se desenvolver de forma cício físico, devido às importantes implicações práticas
Histórico e evolução definitiva e surgiram estudos importantes. A introdução associadas aos componentes da composição corporal. Histórico e evolução
conceitual da e a validação da técnica de ressonância magnética nu- conceitual da
composição corporal Grande parte dos esforços científicos foram direciona- composição corporal
clear para análise da composição corporal se deram dos a idealizar novos métodos e tecnologias para di-
nessa época. Por outro lado, Richard Mazess continuou mensionar os componentes estruturais do corpo huma-
24 25
com sua inquietação tecnológica e, em 1980, fundou no e validar ou aprimorar a validade dos métodos até
junto com seus colegas da Universidade de Wisconsin então existentes para aplicação em situações clínicas
(Madison, EUA) a Lunar Corporation, para poder distri- (controle de respostas e adaptações biológicas diante
buir os equipamentos desenvolvidos. Posteriormente, de intervenções dietéticas, monitoramento dose-res-
em 1988, surgiu, em definitivo, o primeiro densitôme- postas em programas de exercício físico, etc.) ou em le-
tro radiológico comercial de dupla energia (DXA – Dual vantamentos epidemiológicos.
X-Ray Absorptiometry) para analisar a composição cor-
poral de corpo inteiro. Ressalta-se que esta é uma das Isso fez com que a literatura mundial experimen-
metodologias que mais vem contribuindo para a evolu- tasse grande expansão – Tabela 1.1. Nas últimas déca-
ção do conhecimento sobre a composição corporal na das, a quantidade de artigos científicos com impacto
última década. passou, a cada ano, de algumas centenas para milha-
res. Nas décadas de 1980 e 1990, a quantidade de pu-
No final desse período, já havia uma quantidade blicações aumentou ao mesmo tempo que aumentou
aceitável de dados sobre a composição corporal pós- também a quantidade de estudos mais bem controla-
-morte e in vivo. Assim, em 1975, o grupo de investigação dos, com maior validade e uso de técnicas mais econô-
de Snyder resumiu todas as informações sobre a com- micas e de aplicação imediata, como é o caso da bioim-
posição corporal para idealizar o homem de referência, pedância elétrica e da antropometria. Esses estudos in-
conceito reintroduzido de Josef Brozek e apresentado ternacionais vieram complementar as primeiras equa-
em 1952, depois que Quetelet o propôs pela primeira ções antropométricas para jovens e adultos idealizadas
vez em 1842 [20]. Os primeiros estudos sobre velocidade
com base em populações norte-americanas e do Reino do fértil em que esta área se encontra atualmente. Nos
Unido, sendo as mais conhecidas as de Andrew Jackson Estados Unidos e na Europa, existem vários grupos que
e Michael Pollock [21,22], e as dos escoceses John Durnin e desenvolveram excelente trabalho; no entanto, os mais
John Womersley [23,24]. destacados pela repercussão de seus estudos são:
Tabela 1.1 Quantidade de publicações científicas com im- a) o grupo do Hospital St Luke-Roosevelt de Nova York,
pacto internacional durante os séculos XX e XXI no âmbito nesse momento liderado por Steven Heymsfield,
da composição corporal e sua metodologia. responsável por grande parte da sistematização
moderna das análises dos componentes de com-
Tema Central
posição corporal, era um dos poucos grupos no
Conceitos, Proposição e mundo que usaram análise de ativação de neu-
Década pressupostos e validade de
intervenções técnicas
trons para quantificar elementos do corpo;

1900 – 1909 1 - b) o grupo de Kenneth Ellis, de Baylor College of


1910 – 1919 1 - Medicine em Atlanta, responsável pelos estudos
1920 – 1929 2 - de validação da DXA e sistematização metodoló-
1930 – 1939 4 -
1940 – 1949 14 -
gica disseminada na década de 1990;
1950 – 1959 139 - c) a equipe Dale Schoeller, da Universidade de
Histórico e evolução 1960 – 1969 368 - Histórico e evolução
conceitual da 1970 – 1979 522 543 Wisconsin, que aplicou, pela primeira vez em 1982, conceitual da
composição corporal 1980 – 1989 762 549 a técnica de água duplamente marcada em hu- composição corporal
1990 – 1999 1.671 556 manos para estimar a água corporal total e o dis-
26 2000 – 2009 2.943 575 27
2010 – 2018 3.543 373
pêndio energético. Dale Schoeller é um dos espe-
cialistas mundiais em diluição de isótopos estáveis
Um dos últimos avanços tecnológicos dessa era foi para análise da composição corporal e metabolis-
a construção e a divulgação, em 1995, do pletismógra- mo energético;
fo de deslocamento de ar, conhecido como BOD e POD, d) o grupo da Universidade do Arizona liderado por
para medir a densidade corporal [25]. Esse equipamento Timothy Lohman, que desenvolveu atividade inten-
facilitou a aplicação do método densiométrico, criado sa na análise da composição corporal de crianças,
por Albert Ricard Behnke [9], que até então só era possí- adolescentes e atletas. Esse grupo propôs valores
vel mediante os procedimentos de pesagem hidrostáti- de referência para jovens e validou metodologias
ca. Também foi no final da década de 1990 que a técnica para uso clínico e para monitoramento de altera-
de ultrassonografia começou a ser utilizada para análise ções em consequência da prática de exercício físi-
da adiposidade visceral, sendo pioneiros os estudos dos co e de intervenções dietéticas;
grupos italianos [26] e japoneses [27]. No entanto, apesar
de ser uma técnica relativamente simples, de baixo cus- e) Robert Malina, professor emérito da Universidade
to e aplicável em ambiente clínico, não vem sendo utili- do Texas em Austin, é provavelmente um dos in-
zada nestas duas primeiras décadas do século XXI. vestigadores mais citados no campo da morfolo-
gia, crescimento físico e atividade física; durante
Para concluir essa fase histórica da composição esse tempo estudou o desenvolvimento físico de
corporal, convém referir alguns dos investigadores mais crianças e adolescentes e suas interações com
importantes neste tema durante os anos 1980 e 1990, maturação biológica e desempenho motor, além
uma vez que são certamente responsáveis pelo esta- de suas determinantes genéticas;
f) na Europa, os principais expoentes foram Paul ção corporal, além de sua variabilidade condicionada
Deurenberg, do Departamento de Epidemiologia e geneticamente [28]. Assim, por exemplo, assumiu-se que
Nutrição Humana da Universidade de Wageningen havia uma herença aproximada de 35% para o índice
na Holanda, que atuou em estreita colabora- de massa corporal, independentemente de sexo e idade,
ção com Antonio de Lorenzo, do Departamento embora o efeito genotípico fosse de apenas 15% [29].
de Fisiologia da Universidade de Tor Vergata em
Com o advento de novas tecnologias e avanços
Roma. Ambos desenvolveram trabalhos que en-
na biologia molecular, conseguiu-se diferenciar alguns
volviam água corporal e sua distribuição no corpo,
dos principais genes que condicionam a magnitude dos
além de se aprofundarem na tecnologia e na me-
diferentes compartimentos do corpo [30]. Isso, junta-
todologia de uso da bioimpedância elétrica.
mente com os avanços na tecnologia para estimar os
Essas são apenas algumas das referências mais constituintes da composição corporal total e sua distri-
representativas nesse período. Os grupos continuam a buição, permitiu melhor diferenciação dos fenótipos e
atuar em diferentes tópicos de interesse. Observa-se que isolamento seletivo dos genes que os condicionam. Com
esses não foram os únicos grupos de trabalho da época; o uso de métodos densitométricos estabeleceu-se que
outros grupos também realizaram projetos específicos a variância total da proporção de gordura corporal foi
com impacto na composição corporal que contribuí- explicada em 25% por fatores genéticos e em 30% pela
Histórico e evolução ram significativamente para a área de conhecimento. influência ambiental, o que levou os estudiosos a assu- Histórico e evolução
conceitual da Por exemplo, o grupo de David Kelley, do Departamento mirem a existência de um gene importante que condi- conceitual da
composição corporal composição corporal
de Endocrinologia e Metabolismo da Universidade de ciona o acúmulo de gordura no corpo. Essa suposição
Pittsburgh, com seus estudos sobre a associação en- parece ser confirmada ao encontrarem-se elevadas
28
tre composição corporal regional e resistência à insuli- associações entre alguns polimorfismos da ACE (abre- 29
na, em estreita colaboração com o grupo liderado por viatura em inglês da enzima conversora de angiotensi-
Robert Ross da Universidade de Queen, Canadá, que tem na) e a gordura corporal, ou entre o gene do receptor
contribuído para o desenvolvimento de novas tecnolo- de vitamina D e a densidade de mineral ósseo [31], fator
gias direcionadas à análise da composição corporal me- que condiciona a aplicabilidade de alguns modelos den-
diante tomografia axial computadorizada e ressonância siométricos. Atualmente, existem várias linhas de pes-
magnética nuclear. quisa no campo da genética da composição corporal,
seguidas pelo grupo de Claude Bouchard (Universidade
Fase Contemporânea dos de Laval, Canadá), um dos mais importantes na área da
Estudos de Composição Corporal genética da atividade física e da composição corporal.
Estudos de destaque nesse campo são o Framingham
Não obstante os avanços tecnológicos sempre es- Heart, o Canadá Fitness Research, o Quebec Family Study
tarem na vanguarda da evolução de qualquer conheci- e o HERITAGE.
mento, certamente o presente e o futuro da composição
corporal passam pelo estudo de suas determinantes ge- Outro aspecto importante para a nova era da
néticas. Estudos epidemiológicos genéticos de herança, composição corporal são os estudos de composição
gêmeos, adoção e outras metodologias não-invasivas, corporal funcional e os métodos específicos de análise.
como o estudo de certos distúrbios mendelianos, servi- Essa área inclui estudos das relações dinâmicas entre
ram para dar os primeiros passos, no término do século os constituintes do corpo e suas próprias funções. As al-
XX, e nos mostrar os principais fenótipos da composi- terações observadas na composição corporal podem e
devem estar relacionadas às várias condições fisiológi-
cas e patológicas. O conceito de composição corporal no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq, realizada
funcional proporciona uma visão mais sofisticada do em outubro de 2018, contaram-se 125 linhas de pesqui-
estado nutricional e metabólico, do desempenho físico sa direcionadas a investigações relacionadas à compo-
e das enfermidades [32]. Mais do que uma medida dos sição corporal. Nesse particular, os grupos de pesquisa
componentes do corpo, esse conceito está relacionado se concentram em temas específicos da composição
às interações quantitativas e biológicas dos compo- corporal: alguns procuram analisar, por exemplo, a re-
nentes, equilíbrio energético, funções metabólicas, bio- percussão de diferentes programas de exercício físico e
marcadores de saúde e capacidade de trabalho [33]. Por intervenções dietéticas em um constituinte em particu-
exemplo, a modelagem (estimativas mediante equa- lar, ou no conjunto de constituintes; outros, monitorar a
ções) das adaptações metabólicas, durante programas composição corporal de atletas na tentativa de auxiliar
de redução do peso corporal, solicita uma interpretação na prescrição de treino potencializando o desempenho
dinâmica que considera as alterações do peso corporal no esporte; existem, ainda, aqueles grupos de pesquisa
a partir de uma análise multicompartimental. Portanto, que concentram suas investigações em levantamentos
o conhecimento das alterações na densidade do peso epidemiológicos direcionados a identificar o perfil de
corporal reduzido, associado ao dispêndio energético saúde da população em geral.
verificado durante o programa, pode oferecer melhor
No que diz respeito ao campo profissional, as técni-
interpretação da intervenção e de seus resultados [34].
Histórico e evolução cas antropométricas e de bioimpedância elétrica são bem Histórico e evolução
Embora esse seja um conceito retomado recentemente,
conceitual da aceitas para uso no monitoramento do peso corporal em conceitual da
composição corporal sua importância já havia sido assinalada por Quetelet, composição corporal
clínicas e centros de fitness. Nos últimos anos, cursos de
que tentou determinar os distúrbios de saúde, as influ-
educação continuada, patrocinados por instituições de
30 ências e suas causas naturais. Com seus dados, se bem
ensino e entidades de classe e direcionados aos profissio- 31
que limitado pela tecnologia da época, foi descrito como
nais que atuam na área, têm auxiliado enormemente na
um homem de referência estático.
difusão de ambas as técnicas, auxiliando na introdução e
Para a identificação dos componentes de composi- na disseminação dos conceitos de composição corporal
ção corporal, nos dias atuais são cada vez mais comuns na cultura e na atuação desses profissionais.
o uso de sistemas de leitura automático e a proposição
Em síntese, pode-se inferir que a análise da com-
de programas de informática, que facilitam enormente
posição corporal é uma realidade no campo científico e
os procedimentos de medida, reduzindo tempo e custos
de prática profissional em todo o mundo. No Brasil, pa-
e aprimorando a qualidade dos dados recolhidos. Além
rece que se vem consolidando como uma área específi-
disso, a tecnologia de imagem tem permitido a análise
ca de estudo nas últimas décadas. Além disso, já é parte
da composição corporal regional, facilitando inferên-
da prática diária de profissionais de medicina, nutrição
cias fisiológicas mais precisas e o acompanhamento de
e educação física. No entanto, os paradigmas em que se
adaptações específicas de tecidos e compartimentos
assentam seus pressupostos, protocolos e metodologias
moleculares em resposta às intervenções, por exemplo,
ainda são pouco conhecidos por muitos profissionais e,
mediante o uso da DXA, ecografia e ressonância mag-
talvez, por parte da comunidade científica emergente.
nética nuclear.
Selecionadas informações e avanços científicos descri-
No Brasil, o início do século XXI tem visto a expan- tos na literatura mais recente deverão ser tratados na
são de grupos de trabalho que concentram suas ativi- sequência desta publicação, com ênfase nos procedi-
dades acadêmicas e profissionais na análise da com- mentos clínicos caracterizados pelas técnicas de bioim-
posição corporal. No campo acadêmico, em uma busca pedância elétrica e antropometria.
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Histórico e evolução
conceitual da
CAPÍTULO
2
composição corporal

34
Modelos de análise
O crescente interesse pela análise da composição
corporal tem atraído a atenção de pesquisadores e pro-
fissionais de diferentes áreas do conhecimento biológico,
o que tem favorecido o desenvolvimento de novos con-
ceitos e de recursos tecnológicos possibilitando cada vez
maior precisão e exatidão na identificação e interpreta-
ção de seus constituintes.
Atualmente estão disponíveis inúmeras técnicas
e variados métodos para a análise da composição cor-
poral que têm como pressupostos diferentes modelos
teóricos. Cada um desses modelos apresenta caracte-
rísticas conceituais e procedimentos metodológicos que
lhes conferem maior ou menor validade e facilidade de
uso, tornando-os, portanto, ora mais, ora menos acon-
selháveis em razão da precisão desejável e da finalidade
para as quais são propostos.
Modelos de
Análise
Níveis de Organização da
Análise da Composição Corporal 37
Na tentativa de incorporar os novos avanços ob-
servados mais recentemente e de oferecer melhor com-
preensão dos seus princípios norteadores tem-se pro-
curado analisar a composição corporal com o uso do
modelo composto por cinco níveis de organização clás-
sica no domínio da biologia. Por esse modelo, a compo-
sição corporal é descrita desde o nível atômico, incluídos
os respectivos elementos, até o nível de corpo inteiro,
com a utilização de dimensões antropométricas [1]. Os
cinco níveis de organização do corpo oferecem estru-
tura conceitual em que as várias abordagens da com-
posição corporal podem ser estabelecidas de maneira
clara e precisa. Em cada nível, o conjunto de todos os
constituintes é equivalente à medida do peso corporal –
Figura 2.1.
Nível molecular
Outros O próximo nível inclui os compartimentos mole-
Sólidos
Extracelulares Sangue culares da massa corporal. Estima-se que possa haver
Outros Osso por volta de 100 mil compostos moleculares; no entan-
Fluidos
Outros Proteínas
Extracelulares
Tecido
Adiposo
to, para efeito de análise da composição corporal, esses
Hidrogênio Lipídios são reduzidos aos cinco principais: água, lipídios, prote-
Carbono Musculo
esquelético
ínas, carboidratos e minerais.
Massa Nível 5
Muscular
Água
(Corpo inteiro) Grande parte das técnicas de medida associadas
Nível 4
Oxigênio (Sistema tecidular) à análise da composição corporal utiliza esse nível de
Nível 3
(Celular) organização. Com base em estudos em cadáveres, veri-
Nível 2 fica-se que aproximadamente 60% da massa corporal é
(Molecular)
Nível 1 composta por água, sendo 26% extracelulares e 34% in-
(Atômico)
Figura 2.1 – Modelo de análise da composição corporal com cinco tramusculares; menos de 20% por lipídios, dos quais 17%
níveis de organização. são não-essenciais e 2,1, essenciais; 15%, por proteínas
e 5,4%, por minerais, perfazendo 99,4% do constituinte
A maior contribuição dessa aproximação concei-
molecular do total do corpo [2]. Os recursos mais fre-
tual reside no fato de que, em cada nível, os constituintes
Modelos de quentemente empregados para as estimativas desses Modelos de
Análise apresentam definição operacional bastante nítida e as- Análise
componentes moleculares baseiam-se em substâncias
sim evitam qualquer sobreposição de outros constituin-
marcadas por isótopos, ativação de nêutrons e absor-
tes no mesmo nível. Além disso, é reconhecido que as
38 ção de fótons, respectivamente. 39
relações entre os vários constituintes de cada nível são
estáveis durante períodos específicos de tempo, o que Nível celular
comporta importantes implicações metodológicas para O nível celular é considerado o primeiro da organi-
as diversas técnicas de medida. zação anatômica e divide o corpo em massa celular to-
Nível atômico tal, fluidos e sólidos extracelulares. A massa celular total
é composta por diferentes tipos de células, incluídos os
O primeiro nível de organização do corpo é forma-
adipócitos, os miócitos e os osteócitos. Os fluidos extra-
do por 50 elementos atômicos. Da massa corporal total,
celulares compõem-se predominantemente de água e
98% são determinados por combinações de oxigênio,
reúnem plasma intravascular e extravascular.
carbono, hidrogênio, nitrogênio e cálcio. Os 45 elemen-
tos restantes representam não mais que 2%. Os sólidos extracelulares incluem substâncias
orgânicas, como colágenos e fibras elastinas nos teci-
A principal utilização do nível atômico se baseia
dos conectivos, e elementos inorgânicos, como cálcio
na relação de elementos específicos com os outros níveis
e fósforo, encontrados predominantemente no tecido
de organização. Como exemplo de análise da composi-
ósseo.
ção corporal nesse nível, pode-se citar a verificação do
equilíbrio de nitrogênio como indicador da proporção Enquanto as quantidades de fluidos extracelulares
de proteínas no corpo e a quantidade de cálcio corporal podem ser estimadas por meio de substâncias marca-
como indicador do constituinte ósseo. As quantidades das por isótopos, os sólidos extracelulares são determi-
de proteína e de cálcio fazem parte do nível molecular nados por intermédio da ativação de nêutrons.
da organização do corpo.
Nível tecidual dos sistemas Com o propósito de oferecer maior clareza e obje-
tividade à análise e à interpretação dos diferentes com-
O quarto nível do modelo de organização do corpo
ponentes e suas implicações, tornou-se habitual consi-
consiste dos principais tecidos, órgãos e sistemas orgâ-
derar a composição corporal sob um sistema de dois
nicos que, embora difiram em grau de complexidade,
componentes: o componente de gordura e o componen-
apresentam, todavia, disposição funcional de tecidos.
te não-gorduroso (Figura 2.2). O componente não-gor-
As quatro categorias de tecidos são: conectivo, epite-
duroso é a parte do peso corporal que permanece após
lial, muscular e nervoso. Os tecidos adiposo e ósseo são
a remoção da gordura, e, portanto, é formado pelos te-
formas de tecido conectivo especializado que, associa-
cidos muscular e esquelético, pela pele, pelos órgãos e
dos ao tecido muscular, respondem por cerca de 75%
por todos os outros tecidos não-gordurosos.
da massa corporal total. Os outros tecidos — epitelial e
nervoso — têm sido considerados como de menor signi-
Peso Componente Componente
ficado na análise da composição corporal. Corporal
=
de Gordura
+
Não-Gorduroso
Recentes avanços tecnológicos com relação à
Gordura Essencial Masas Isenta de Gordura
avaliação por imagens (ultrassom, ressonância mag- Gordura Não-Essencial Massa Magra
nética, absorção de fótons e tomografia computadori-
zada) têm oferecido grande potencial para estimativas Figua 2.2 – Composição corporal sob um sistema de dois
componentes.
Modelos de precisas sobre a quantidade dos tecidos muscular, adi- Modelos de
Análise poso e ósseo. A maior vantagem desse sistema está no fato de Análise
que, quando o conteúdo de gordura é conhecido, o com-
Nível de corpo inteiro
40 ponente não-gorduroso pode também ser determinado 41
Esse nível de organização considera o corpo hu- pela simples subtração aritmética do peso corporal. Ou,
mano como uma unidade única com relação ao seu ta- inversamente, quando se tem acesso à proporção do
manho, forma, área e densidade. Essas características peso corporal não-gorduroso, o componente de gordura
são determinadas de maneira mais imediata e incluem pode ser derivado por operações aritméticas. Pelas ca-
a estatura, a massa e o volume corporal. racterísticas desse modelo, ao se estimar um dos com-
ponentes, a porção de gordura ou a porção não-gor-
Fracionamento do peso corporal durosa, concomitantemente ter-se-á uma visão muito
A primeira tentativa de fracionamento do peso clara de ambos os componentes e isso facilitará, sobre-
corporal foi desenvolvida por Jindrich Matiegka, no iní- maneira, a avaliação da composição corporal.
cio do século XX. Como o interesse na época era tão-so- Considerando-se esse raciocínio, percebe-se que,
mente analisar a eficiência física dos componentes, foi se não existem maiores dificuldades para chegar ao
proposta a determinação de forma estanque e isolada peso corporal, o fundamental na análise da composição
dos compartimentos de gordura, músculo, osso e resi- corporal, mediante um sistema de dois componentes, é
dual. Apesar da enorme importância estratégica, nos a determinação da quantidade de gordura, admitindo-
dias atuais essa proposição não encontra grande reper- -se que, em relação às implicações práticas, ao se com-
cussão entre os especialistas da área por desconsiderar parar com a porção não-gordurosa do peso corporal,
alguns princípios metabólicos de fundamental impor- aquele componente é bem mais acessível.
tância para a composição corporal.
Componente de gordura fica, deverão ser considerados lipídios não-essenciais.
O tecido adiposo, que se localiza abaixo da superfície da
Um dos problemas cruciais da análise da com-
pele (gordura subcutânea) e entre os principais órgãos
posição corporal é a ausência de homogeneidade ter-
(gordura visceral), tem como principal função a produ-
minológica relacionada aos seus conceitos, o que por
ção de energia para o trabalho biológico. Logo, desem-
vezes compromete a interpretação de seus resultados
penha papel proeminente no desenvolvimento dos pro-
e dificulta o estabelecimento de comparações entre di-
cessos de obesidade e emagrecimento.
ferentes técnicas de medidas. Exemplo disso é a utiliza-
ção indiscriminada do termo “gordura” e do sintagma Comparando-se a disposição de ambas as ca-
“tecido adiposo” como sinônimos, quando na verdade tegorias de lipídios entre os sexos, observa-se que, nas
se constituem em duas entidades biológicas diferentes. mulheres adultas, em razão da necessidade de uma
quantidade adicional de gordura caracterizada pelo
O tecido adiposo é formado por células adiposas
próprio sexo feminino, a quantidade de lipídios essen-
(adipócitos), fluidos extracelulares, endotélio vascular,
ciais torna-se maior em proporção de aproximadamen-
colágeno e fibras elastinas. Em contrapartida, a gordura
te quatro vezes em relação aos homens. Ainda que a
é definida como o total de lipídios no organismo. Lipídios
exata quantidade não seja conhecida, esses lipídios es-
são substâncias químicas indissolúveis na água e disso-
senciais adicionais observados nas mulheres vêm a ser
lúveis em soluções orgânicas como o éter.
de grande importância biológica no processo de gesta-
Modelos de Modelos de
Análise
Existem várias formas de lipídios no organismo ção e de outras funções hormonais típicas do sexo. Análise
humano; porém, a de maior quantidade é o triglicerídio.
Com referência aos lipídios não-essenciais, a pro-
Outras formas de lipídios abrangem menos de 10% de
42 porção relacionada ao peso corporal é muito mais simi- 43
toda a gordura corporal, entre as quais os fosfolipídios,
lar entre ambos os sexos, mais ainda maior nas mulhe-
os esteróides e o colesterol.
res, numa prova de que, em igualdade de condições, as
No que se refere à função, os lipídios são classi- mulheres sempre apresentam quantidades relativas de
ficados em essenciais e não-essenciais. Os lipídios es- gordura corporal superiores quando comparadas aos
senciais, compostos principalmente por fosfolipídios, homens.
são aqueles indispensáveis ao funcionamento adequa-
Componente não-gorduroso
do das estruturas fisiológicas, como o cérebro, a medu-
la óssea, o tecido cardíaco e as membranas celulares. A definição operacional do componente não-gor-
Portanto, estão armazenados no interior dos principais duroso pode variar consideravelmente de acordo com a
órgãos e músculos e em estruturas do sistema nervoso. estratégia empregada em sua estimativa. De maneira
Ainda não está totalmente esclarecido se essa categoria geral, têm-se utilizado duas expressões para o compo-
de gordura é consumível ou se é apenas uma reserva nente não-gorduroso: massa magra ou lean body mass
armazenada. Por esse motivo, os lipídios essenciais são (LBM) e massa isenta de gordura ou fat-free mass (FFM).
ignorados nas estimativas do componente de gordura Da mesma forma que no caso do tecido adiposo e da
ou nos agregados aos tecidos residuais. gordura, algumas vezes essas duas expressões têm sido
tratadas como sinônimos. No entanto, deve-se atentar
Os lipídios não-essenciais constituem-se a gor-
para a existência de importantes diferenças entre am-
dura estocada no tecido adiposo, por intermédio dos
bos os conceitos.
adipócitos, sob a forma de triglicerídios. Apesar de os
triglicerídios desempenharem função fisiológica especí-
Quando surgiu o conceito relacionado à massa
magra, partiu-se da suposição de que seus valores são
Abordagem
estabelecidos com base em proporções constantes de multicompartimental da
água, minerais e matéria orgânica, incluindo-se tam- composição corporal
bém quantidade não-determinada de lipídios essen-
ciais. Em contraposição, a massa isenta de gordura é Na apreciação clássica do fracionamento do peso
constituída pelo peso corporal, excluída toda a gordura corporal em dois componentes, considera-se que as
do organismo, até mesmo, os lipídios essenciais, o que proporções de constituintes que compõem a gordura
poderá ser aplicado apenas em análise de cadáveres. e a massa isenta de gordura são relativamente cons-
tantes. Enquanto parece não existirem diferenças na
Por conseguinte, as diferenças entre a massa ma- proporção dos constituintes associados à gordura, es-
gra e a massa isenta de gordura dependem do consi- tudos demonstram consideráveis variações no perfil dos
derar ou não considerar a inclusão dos lipídios essen- constituintes da massa isenta de gordura por causa de
ciais em sua determinação. Portanto, a massa magra adaptações biológicas em virtude da maturação dos
se caracteriza por um conceito in vivo, enquanto a mas- tecidos orgânicos, do nível de condicionamento físico
sa isenta de gordura, por um conceito in vitro – Figura e do processo de envelhecimento [3]. O sexo e a etnia
2.3. A propósito dessas definições, os profissionais em também contribuem para as diferenças na constituição
suas rotinas de serviço, ao se referirem ao componente, relativa da massa isenta de gordura.
Modelos de Modelos de
Análise dependendo da técnica de medida empregada, deverão Análise
se dar conta do conceito mais apropriado: massa ma- Evidências apontam para a instabilidade das varia-
gra ou massa isenta de gordura. ções induzidas pela falta de estabilidade na composição
44 dos constituintes da massa isenta de gordura – principal- 45
Resíduo
mente a água, os minerais e as proteínas – que podem
induzir a erros de estimativas próximos de 4%, quando do
Proteína fracionamento do peso corporal em apenas dois compo-
nentes: gordura e massa isenta de gordura [4].

Massa Com base nesse raciocínio, ao se obterem infor-


Massa Isenta de mações sobre os múltiplos compartimentos que com-
Isenta de Gordura
Magra
Água Fat-Free Mass põem a massa isenta de gordura tende-se a reduzir os
Lean Body Mass vieses que acompanham o fracionamento do peso cor-
poral em dois componentes. Por exemplo, adicionan-
do-se informações sobre a proporção de água corporal
na análise da composição corporal reduzem-se os erros
Essencial de estimativa da massa isenta de gordura e da gordu-
ra provocados por diferenças individuais de hidratação.
Se, além da proporção de água corporal, forem incluídas
Não-Essencial informações sobre o conteúdo mineral, os erros de esti-
Gordura Gordura
mativa tendem a se reduzir ainda mais.
Em vista disso, quando acessíveis, as abordagens
Figura 2.3 – Compartimento molecular da composição corporal.
multicompartimentais da massa isenta de gordura pas-
saram a fazer parte na análise da composição corpo-
ral. Sua utilização reside na expectativa de que, quanto assinalam que a utilização dessa proposta, em alguns
maior a quantidade de compartimentos utilizados como casos, pode subestimar a quantidade de gordura em re-
referência, menores os erros de estimativa no fraciona- lação ao peso corporal quando comparada com o mo-
mento do peso corporal. delo de dois componentes [6]. Assim, na sequência, outro
modelo tricompartimental, concebido especialmente
As duas estratégias mais frequentemente empre-
para as condições em que torna possível observar a va-
gadas com esse fim envolvem estimativas sobre a con-
riabilidade da contribuição relativa do mineral ósseo na
tribuição relativa da quantidade de água e de mineral
massa isenta de gordura permite aumentar a precisão
na porção do peso corporal isento de gordura (Figura
das estimativas do componente de gordura [7].
2.4). Assim, poder-se-ão obter abordagens tricomparti-
mentais (gordura + água + componente magro seco) ou Indubidavelmente, em tese, os modelos de quatro
tetracompartimentais (gordura + água + mineral + resí- compartimentos constituem os referenciais de maior
duo). validade para análises multicompartimentais da com-
Modelo Bi- Tri- Tetra-
posição corporal. No entanto, os dois modelos disponí-
Clássico Compartimental Compartimental Compartimental veis atualmente para uso [8,9] têm sido matéria de exten-
sos debates na literatura, o que indica a permanência
Gordura Gordura Gordura Gordura de limitações nos pressupostos teóricos, metodológicos
e estatísticos que ainda necessitam ser ultrapassadas.
Modelos de Modelos de
Análise Independentemente das características do indiví- Análise
duo, a utilização de modelos de análise multicomparti-
46 mentais aumenta o controle sobre a variabilidade bioló- 47
gica da massa isenta de gordura e evita erros sistemáti-
cos na análise dos indicadores de composição corporal.
Massa Entretanto, esse controle biológico torna-se mais impor-
Isenta de
Massa Gordura tante em grupos particulares de indivíduos em que são
Isenta de conhecidas as maiores instabilidades nos constituintes
Gordura
de água e de conteúdo de mineral ósseo, como é o caso
de crianças, adolescentes, idosos e atletas com grande
desenvolvimento de massa muscular. Portanto, quando
de sua utilização especificamente em indivíduos adul-
Osso Mineral tos, deve-se levar em conta a relação custo-benefício,
em razão da maior complexidade de seus procedimen-
Proteína Proteína Resíduo tos e dos elevados custos dos equipamentos necessários
à realização das medidas.

Mineral Não Ósseo Referências


Figura 2.4 — Abordagens multicompartimentais 1. Wang ZM, Pierson RN, Heymsfield SB. The five level model: a new approach
da composição corporal. to organising body composition research. Am J Clin Nutr. 1992;56:19-29.
2. Lukaski HC. Methods for the assesment of human body composition:
Uma das primeiras tentativas de análise da com- traditional and new. Am J Clin Nutr. 1987;46:537-56.
posição corporal com o uso do modelo tricomparti- 3. Deurenberg P; Weststrate JA, Van der Kooy K. Is an adaptation of Siri’s
formula for the calculation of body fat percentage from body density in the
mental foi preconizada por Siri [5]. Contudo, evidências elderly necessary? Eur J Clin Nutr 1989;43:559-68.
3
4. Lohman TG. Advances in Body Composition Assessment. Champaign,
Illinois, Human Kinetics, 1992.
5. Siri WE. Body composition from fluid spaces and density: analysis of
methods. In: Brozek J, Henschel A (Eds.) Techniques for Measuring Body
Composition. Washington, National Academy of Science, 1961, p. 223-44.
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CAPÍTULO
four-compartment chemical models of body composition. In: Norton K;
Olds T (Eds.). Anthropometrica: A Textbook of Body Measurement for
Sports and Health Courses. Sydney, University of South Wales Press, 1996,
p.199-231.
7. Lohman TG. Applicability of body composition techniques and constants
for children and youths. Exer Sports Sci Rev 1986;14:325-57.
8. Selinger A. The Body as a Three Component System. Doctoral Disseertation.
Illinois, University of Illinois, 1977.
9. Baumgartner RN, Heymsfield SB, Lichtman S, Wang J, Pierson RN. Body
composition in elderly people: effect of criterion estimates on predictive
equations. Am J Clin Nutr 1991;53(6):1345-53.

Modelos de
Análise

48
Procedimentos de análise
da composição corporal
Para análise da composição corporal podem-se
empregar técnicas com procedimentos de determina-
ção direta, laboratorial e clínica. Os procedimentos de
determinação direta são aqueles em que se obtêm in-
formações in vitro dos diferentes tecidos do corpo me-
diante dissecação macroscópica ou extração lipídica.
Apesar da elevada precisão, esse procedimento implica
incisões no corpo, o que requer a utilização de recursos
extremamente sofisticados e em cadáveres de huma-
nos. Portanto, embora os procedimentos de determina-
ção direta dos componentes associados à composição
corporal sejam importantes por oferecer suporte teórico
às demais técnicas de medida, são os procedimentos la-
boratoriais e clínicos que possibilitam analisar os com-
ponentes de gordura e de massa magra ou isenta de
gordura in vivo (Figura 3.1).

Procedimentos Diretos Procedimentos de


análise da composição
Dissecação macroscópia corporal
Extração lipídica
51
Procedimentos Laboratoriais
Bioquímico Imagem Densitometrico
Hidrometria Radiologia convencional Pesagem hidrostática
Espectrometria Utrassonografia Plestimografia
de raios gama
Tomografia axial
Ativação de computadorizada
nêutrons
Ressonância magnética
Excreção de nuclear
creatinina
Absortometria radiológica de
dupla energia

Procedimentos Clínicos
Condutividade Elétrica Corporal Total

Interactância de Raios Infravermelhos

Bioimpedância Elétrica

Antropometria
Figura 3.1 — Procedimentos de medida para
análise da composição corporal.
Nos procedimentos laboratoriais são obtidas in- Desse modo, tornou-se possível oferecer importantes
formações sobre as variáveis de domínio físico e quími- contribuições sobre a relação entre os diferentes teci-
co. Na sequência, lança-se mão dos pressupostos bio- dos e o peso corporal, de que resultaram informações
lógicos e desenvolvem-se estimativas dos componentes de grande interesse a respeito da validação de vários
de gordura e de massa magra ou isenta de gordura. Em outros métodos associados à composição corporal, so-
contrapartida, nos procedimentos clínicos faz-se uso bretudo o método antropométrico. Ressalta-se que a
de equações de regressão a fim de predizer variáveis aplicação desse modelo de análise em populações jo-
associadas aos procedimentos laboratoriais que, por vens e de adultos deve ser realizada com cautela, con-
sua vez, deverão estabelecer estimativas a respeito dos siderando-se que a amostra de estudo foi composta ex-
componentes da composição corporal. Enfatiza-se que clusivamente por sujeitos idosos.
as informações sobre a composição corporal obtidas
Diante da grande variedade de métodos associa-
com os procedimentos clínicos referem-se apenas a es-
dos à análise da composição corporal disponível, a prin-
timativas, estando, portanto, sujeitas a vieses expressos
cipal preocupação é com a escolha daquele que melhor
em linguagem estatística pelos erros de estimativa.
atende às necessidades do profissional e às caracterís-
Nesse particular, dois estudos experimentais de ticas do avaliado. Considerando-se que não existe ne-
grande relevância para a área da composição corpo- nhuma técnica de medida que possa ser considerada
Procedimentos de ral com a dissecação de cadáveres humanos merecem ideal, sugere-se que, antes de se tomar qualquer deci- Procedimentos de
análise da composição destaque: o de Matiegka [1], realizado no início do século são nesse sentido, se pondere sobre as vantagens e as análise da composição
corporal corporal
XX, e o de Clarys e equipe [2], realizado na década de desvantagens relacionadas a cada técnica.
1980.
52
Com base no estudo pioneiro de Matiegka foram
Procedimentos laboratoriais 53

apresentados coeficientes cujo objetivo era estabele- Os procedimentos de determinação laboratorial


cer estimativas sobre o peso de gordura, músculo, os- dos componentes de composição corporal podem ser
sos e residual (órgãos e vísceras). Como o interesse na reunidos em três grupos de técnicas de medida: bioquí-
época era tão-somente analisar a eficiência física dos mico, de imagem e de densitometria. Dentre as técnicas
constituintes corporais, estabeleceu-se o fracionamen- de medida baseadas em pressupostos bioquímicos, as
to do peso corporal de forma estanque e isolada entre que recebem maior destaque envolvem a hidrometria,
cada componente. Apesar de sua enorme importância a espectrometria de raios gama, a ativação de nêutrons
estratégica, o modelo original desconsiderou princípios e a excreção de creatinina. Em geral, a infraestrutura e
metabólicos e funcionais de fundamental importância o custo financeiro dos equipamentos necessários, soma-
biológica, originando informações muitas vezes discre- das à complexidade dos protocolos de medida, limitam
pantes em relação aos indicadores reais da composição essas técnicas ao campo experimental. Além disso, seus
corporal. procedimentos baseiam-se em constantes bioquímicas
que não têm sido suficientemente validadas para uso
No outro estudo sobre procedimentos de deter-
em humanos.
minação direta da composição corporal contou-se com
uma amostra de 25 cadáveres, com idade, em vida, No grupo das técnicas de medida por imagem, a
entre 55 e 94 anos. Diferentemente do estudo anterior, absortometria radiológica de dupla energia tem sido o
nesse caso as medidas antropométricas e a composição recurso mais utilizado; contudo, não se pode ignorar a
anatômica foram verificadas nos mesmos cadáveres. existência de outros métodos igualmente importantes,
como a radiologia convencional, a ultrassonografia, Para determinação da quantidade total de água
a tomografia axial computadorizada e a ressonância corporal tem sido utilizada a administração de água
magnética nuclear. Com relação às técnicas densito- destilada acompanhada de substâncias marcadoras,
métricas, a pesagem hidrostática, também denomina- que se difundem e se misturam com a água do corpo. As
da pesagem subaquática, tem sido considerada método substâncias marcadoras empregadas contêm isótopos
good standard na análise da composição corporal. No de hidrogênio ou de oxigênio, sendo, contudo, o óxido de
entanto, mais recentemente a pletismografia tem rece- deutério (2H2O) o marcador mais utilizado.
bido atenção especial (Figura 3.2).
Com relação ao protocolo de medida, após a in-
Técnicas de Medida Indicadores Biológicos Constituintes da gestão oral ou a administração intravenosa da substân-
Composição Corporal
cia marcadora, aguarda-se um período de 3 a 4h a fim
Métodos Bioquímicos de possibilitar o completo equilíbrio do isótopo entre os
Hidrometria Água corporal Massa isenta de gordura vários compartimentos do organismo. Na sequência, re-
Espectrometria de raios Potássio corporal Massa isenta de gordura colhem-se amostras de urina ou de sangue para análise
gama
da absorção pelo organismo da substância marcadora.
Ativação de nêutrons Elementos químicos Massa isenta de gordura
Excreção de creatina Creatinina corporal Massa muscular A amostra recolhida deverá apresentar menor
Métodos de Imagens concentração da substância marcadora que a da dose
Procedimentos de inicialmente administrada, já que parte dela é diluída na Procedimentos de
análise da composição Radiologia convencional Diferenciação de Massa óssea, muscular e análise da composição
corporal
tecidos gordura água corporal. Desse modo, os cálculos sobre a quanti- corporal
Ultra-sonografia Espessuras de Massa óssea, muscular e dade total de água corporal são baseados na relação:
tecidos gordura
54 Tomografia axial Diferenciação de Massa óssea, muscular e 55
computadorizada tecidos gordura C1V1 = C2V2
Ressonância magnética Diferenciação de Massa óssea e de gordura
nuclear tecidos em que C1V1 representam as quantidades do isótopo ad-
Absortometria Diferenciação de Massa óssea e de gordura ministrado, C2 a concentração do isótopo no fluido bioló-
radiológica de dupla tecidos
energia gico e V2 o valor estimado da água corporal.
Métodos Densitométricos Supondo-se que aproximadamente 73,2% da mas-
Pesagem hidrostática Densidade corporal Massa de gordura sa isenta de gordura são constituídos de água e que os
Pletismografia Densidade corporal Massa de gordura triglicerídios armazenados não possuem água, o com-
Figura 3.2 — Técnicas em que se recorre aos procedimentos de ponente de massa isenta de gordura é estimado, esta-
medidas laboratoriais direcionados à análise da composição corporal.
belecendo-se relação entre a quantidade total de água
Hidrometria no organismo e a constante 0,732:
O uso da técnica de hidrometria para análise da Água Total (L)
composição corporal baseia-se na suposição de que Massa Isenta de Gordura (kg) = ___________
0,732
a quantidade de água é razoavelmente constante na
massa isenta de gordura, com negligenciável instabili- Uma vez conhecida a medida estimada da massa
dade associada à gordura estocada no tecido adiposo. isenta de gordura, o componente de gordura corporal é
Desse modo, conhecida a quantidade total de água no determinado pelo cálculo da diferença entre o peso cor-
organismo é possível estimar o componente de massa poral e a massa isenta de gordura:
isenta de gordura do indivíduo [3].
Gordura Corporal (kg) = Peso Corporal (kg) – Massa Isenta de Gordura (kg)
Espectrometria de raios gama corporal total, visto que seus núcleos emitem radiação
de raios gama muito rápidos (10,8meV). Para con-
A técnica de espectrometria de raios gama con-
verter os dados do conteúdo de nitrogênio em massa
siste na determinação da quantidade de potássio do
isenta de gordura, considera-se a constante 30,1g/kg.
organismo. Grande parte do potássio orgânico encon-
Contudo, essa constante depende da muscularidade,
tra-se sob a forma de íons de potássio (K+), com propor-
da capacidade de hidratação e da densidade óssea do
ções relativamente constantes do isótopo radioativo de
avaliado [5].
potássio 40K. Por sua vez, esse 40K emite raios gama que
podem ser detectados com contadores específicos [4]. Excreção de creatinina
Admitindo-se que a concentração de 40K na A creatinina caracteriza-se como metabólito da
massa isenta de gordura é constante e conhecida (60 creatina. Então, levando-se em conta que 98% de toda
e 66mmol/kg nas mulheres e nos homens, respectiva- a creatinina do corpo humano deposita-se no tecido
mente), ao se estabelecer a quantidade de potássio muscular, ao estabelecer-se a quantidade presente de
corporal total torna-se possível desenvolver estimativas creatinina corporal e tomando-se essa proporção como
sobre a massa isenta de gordura mediante simples re- constante é possível estimar a massa muscular do ava-
lação matemática. O componente de gordura corporal liado. Concentrações de creatinina corporal podem ser
é determinado pela diferença entre as medidas do peso estabelecidas por rotinas laboratoriais com amostras de
Procedimentos de corporal e da massa isenta de gordura. urina ou de sangue. Procedimentos de
análise da composição análise da composição
corporal Ativação de nêutrons Em razão da praticidade — já que a coleta de corporal
amostras de urina para essa finalidade exige várias to-
56 Essa técnica baseia-se na capacidade dos núcleos 57
madas sucessivas — e da precisão de medida, opta-se
de alguns isótopos capturar nêutrons de alta ou baixa
mais frequentemente pelas estimativas de concentra-
energia. Os nêutrons são bombardeados com partícu-
ção de creatinina no plasma sanguíneo. Cada mg de
las alfa procedentes de um reator. Esse processo gera
creatinina presente no plasma sanguíneo equivale a
emissão imediata de um fóton do isótopo e uma radia-
0,88kg de massa muscular [6].
ção mais tardia do novo isótopo radiativo do elemen-
to formado pela captura dos nêutrons. Essa radiação é A principal limitação desse método está na possi-
formada por raios gama (1,4 meV) e especialmente por bilidade da excreção de creatinina corporal ser afetada
raios beta (1,4-4,2meV). por dietas hiperproteicas e pela prática de exercício físi-
co que envolvem, sobretudo, a força/resistência muscu-
Dessa forma, bombardeando-se os isótopos es-
lar, podendo, por isso, apresentar elevado coeficiente de
táveis de diversos elementos — sódio-24, magnésio-27,
variação individual.
alumínio-28, cloro-38, cálcio-49, nitrogênio-13, potás-
sio-40 etc. — pode-se quantificar a concentração desses Radiologia convencional
elementos no organismo. Mediante a utilização de uma A utilização de raios-x permite, mediante expo-
fonte de nêutrons rápidos (fast neutro analysis), pode-se sição em tempo adequado de duração e intensidade,
estimar diretamente a quantidade de gordura corpo- delimitar com razoável definição os tecidos subcutâneo,
ral, considerando-se que esta contém 64% de carbono muscular e ósseo. Por intermédio de compassos ou ins-
corporal. trumentos eletrônicos, são estabelecidas as espessuras
Para as estimativas da massa muscular, além do dos tecidos refletidos nas imagens bidimensionais das
isótopo 40, pode-se utilizar a quantidade de nitrogênio chapas radiográficas.
Por questão de segurança na exposição à radia- para a análise da composição corporal. O aparelho uti-
ção, o segmento específico mais empregado para o uso lizado é leve, portátil e de fácil manuseio, qualidades que
de raios-x direcionado à análise da composição corpo- parecem não compensar seu elevado custo financeiro.
ral é o braço, uma vez que, para essa região do corpo, é
possível obter imagens radiográficas com menor índice
de radiação que o verificado em outras partes.
Mais recentemente, em razão da disponibilidade
de outros métodos com características similares e com
qualidade de imagem mais adequada, seu uso tem sido
reservado apenas para situação de excepcionalidade.

Ultrassonografia
Originalmente, essa técnica foi idealizada para
monitorar a quantidade de gordura em animais domés-
ticos. Contudo, graças a algumas modificações em sua
metodologia, a técnica passou a ser empregada tam-
Procedimentos de bém em humanos. O método consiste na emissão de Procedimentos de
análise da composição análise da composição
corporal
ondas sonoras ou vibrações de alta frequência, por me- Figura 3.3 – Equipamento empregado na técnica de ultrassonografia. corporal
didor ultrassônico, as quais penetram através da super-
fície da pele e possibilitam estabelecer a espessura dos
58 59
tecidos biológicos.
Em tese, as ondas de alta frequência emitidas
em regiões específicas do corpo deverão atravessar as
substâncias biológicas homogêneas sem que se regis-
trem interferências perceptíveis; todavia, ao encontrar
uma área de contato de textura diferente, parte dessas
ondas sonoras reverte-se à unidade de origem sendo,
então, convertida em impulsos elétricos de amplitude
Figura 3.4 – Imagem obtida pela técnica de ultrassonografia
proporcional à espessura do tecido penetrado e regis- na região abdominal.
trada na tela de um osciloscópio. Na sequência, essas Tomografia axial computadorizada
informações são tratadas e com isso se obtém um ma-
peamento das camadas dos três principais tecidos do Essa técnica consiste em um método radiológico que
corpo: gordura subcutânea, músculo e osso [7]. Assim, permite obter imagens sequenciadas de um segmento es-
a técnica de ultrassonografia tem, como principal van- pecífico ou de todo o corpo avaliado. Em síntese, consiste
tagem, o fato de permitir estimativas dos componentes em fazer passar feixes de raios x pela região corporal obje-
de gordura e de massa isenta de gordura em diferentes to de análise. De acordo com a densidade dos tecidos que
regiões do corpo, separadamente. atravessam, os raios deverão apresentar diferentes coefi-
cientes de atenuação. Sensores específicos captam raios
A aparição e o desenvolvimento dessa técnica atenuados e geram imagens no computador que permi-
coincidem com o declínio do uso da radiografia clássica tem reconhecer os tecidos adiposo, muscular e ósseo.
Com excelente capacidade de resolução anatômi- oferecer, na imagem tratada, coloração mais clara que
ca e com informações altamente precisas, especialmen- a destaca dos outros tecidos (Figura 3.8).
te das partes duras (ossos), esse método tem, no entan-
Menor radiação, maior resolução, contraste dos
to, o grave inconveniente de estar associado à emissão
tecidos moles e imagens geradas em planos tridimen-
de elevada e perigosa carga de radiação ionizante. Seis
sionais são as principais vantagens desse método em
scanners de um único braço emitem radiação equiva-
comparação com a tomografia axial computadorizada.
lente a 40% da permitida para o ser humano, por ano [8].
Contudo, ainda persistem limitações devidas ao elevado
custo dos equipamentos, o que restringe sua utilização
ao campo experimental.

Figura 3.5 – Equipamento empregado na técnica de


tomografia axial computadorizada.
Procedimentos de Procedimentos de
análise da composição análise da composição
corporal corporal

60 61

Figura 3.7 – Equipamento empregado na técnica


de ressonância magnética nuclear.

Figura 3.6 – Imagem cross-sectinal obtida pela técnica de tomografia


axial computadorizada na região abdominal.
Ressonância magnética nuclear
Com essa técnica, uma imagem dos tecidos do
corpo é gerada por radiação eletromagnética, sob in-
fluxo de forte campo magnético que excita o núcleo dos
átomos de hidrogênio das moléculas de água e de lipí-
dios. O núcleo emite sinais que, captados pelo computa-
dor, são tratados e transformados em imagens, e, dessa
forma, permitem diferenciar os tecidos moles (gordura
e músculo) das estruturas ósseas. Esse método tem sido Figura 3.8 — Imagens obtidas pela técnica de ressonância magnética
nuclear no terço médio da coxa.
especialmente utilizado na monitoração da quantidade
de gordura intra-abdominal. Absortometria radiológica de dupla energia

A gordura, pelo seu alto conteúdo em núcleos de A utilização da absortometria radiológica de du-
hidrogênio e pelas suas características bioquímicas, de- pla energia (DXA), como recurso para análise da com-
verá gerar sinal de ressonância de grande intensidade e
posição corporal, baseia-se no pressuposto de que o bono em sua constituição. Os tecidos moles apresentam
grau de atenuação de radiações de cada tecido orgâni- valores de R mais elevados pela acentuada presença de
co depende do comprimento da onda utilizada e do nú- oxigênio, nitrogênio e minerais. Além disso, devido à pre-
mero atômico dos elementos interpostos. Portanto, ao sença significativa de cálcio e de fósforo nos minerais ósse-
se estabelecer o nível de atenuação diferencial de fótons os, estes também apresentam valores de R mais elevados.
emitidos a duas diferentes energias, podem-se distinguir
A atenuação diferenciada dos feixes de fótons nos
diferentes tipos de tecidos orgânicos [9].
tecidos orgânicos permite a construção de imagens da
Essa técnica representa um aprimoramento da área de interesse, e, após tratamento matemático das
absortometria de fóton único — empregada exclusiva- informações, é possível estabelecer estimativas sobre a
mente no diagnóstico e no acompanhamento da osteo- densidade e o conteúdo de mineral ósseo, o componente
porose — por meio de estimativas do perfil da densidade de gordura corporal e a massa isenta de gordura dos
e do conteúdo de mineral ósseo. A absortometria radio- tecidos não-gordurosos.
lógica de dupla energia emite fótons muito mais rápidos
Para a coleta das informações, o avaliado deverá
e intensos que a de fóton único, com a vantagem de ex-
posicionar-se em decúbito dorsal sobre a superfície do
por o indivíduo a menor radiação (0,05 a 1,5 mRems).
próprio aparelho, e sobre seu corpo o braço do scanner
Procedimentos de Seus procedimentos consistem na utilização de desliza, a uma distância de 80cm e de maneira retilínea. Procedimentos de
análise da composição fontes de raios x como fonte de energia radiante pela Realiza-se, então, o rastreamento desde a cabeça até análise da composição
corporal corporal
emissão de fótons com dois níveis de energia (40 e 70 os pés. O detector capta as informações associadas à
keV). Os feixes de fótons são dirigidos ao corpo do ava- atenuação dos feixes de fótons, pós-passagem através
62 63
liado e ocorrem interações atômicas com os elementos do corpo do avaliado, e as envia para análise em micro-
constituintes dos tecidos orgânicos. Os níveis de atenu- computador por meio de software específico.
ação, em consequência das interações atômicas resul-
Com relação aos equipamentos empregados em
tantes da passagem de feixes de fótons através dos te-
seus procedimentos, no momento existem três versões
cidos orgânicos, são captados por detectores em cada
comerciais: Hologic QDR (Hologic, Inc.), Lunar DPX (Lunar
pico de energia.
Corporation) e Norland XR (Norland Company). Por
Os níveis de atenuação, representados por valo- apresentarem diferentes características em relação às
res de R, dependem do tipo e da proporção dos elemen- configurações de hardware e software, as três versões
tos constituintes dos tecidos orgânicos e da velocidade e de equipamentos tendem a demonstrar baixa reprodu-
intensidade dos fótons emitidos. Os elementos orgânicos tibilidade de medida. Logo, sugere-se que comparações
de números atômicos baixos (hidrogênio e carbono) ate- intravaliadores e interavaliadores sejam desenvolvidas
nuam menos os feixes de fótons, enquanto os elementos com informações fornecidas por uma mesma versão de
de número atômico alto (cálcio e fósforo) atenuam mais equipamento.
fortemente os feixes de fótons. Com relação aos feixes de
A principal vantagem dessa técnica está no fato
fótons, quanto maior sua velocidade/intensidade, menor o
de ser possível analisar a composição de todo o corpo e
nível de atenuação. Assim, nas situações em que a área
por segmentos (membros inferiores e superiores, tronco
corporal, objeto de análise, apresenta predomínio do con-
e cabeça) e oferecer, desse modo, informações sobre a
teúdo de gordura, os valores de R deverão ser menores em
distribuição anatômica dos diferentes compartimentos
razão da gordura apresentar elevada proporção de car-
do peso corporal.
Além das limitações associadas ao alto custo fi-
nanceiro do equipamento e ao tempo excessivamente
longo para rastreamento de todo o corpo (aproximada-
mente 30 min), devem-se levar em conta a estatura, o
peso corporal e a espessura transversa do corpo do ava-
liado. A superfície de apoio dos equipamentos apresenta
dimensões próximas de 190 x 60cm, que dificultam seu
uso em avaliados muito altos e/ou com peso corporal
acima de 130kg. Com relação à espessura transversa
do corpo do avaliado, evidências experimentais revelam
que, quando esta excede a 20-25cm, os indicadores da
composição corporal tendem a apresentar erros de esti-
mativas mais elevados, se comparados com espessuras
transversais menores que 20cm [9].
Chama-se a atenção, ainda, para a eventual inter-
ferência de variações da quantidade de água corporal
Procedimentos de Procedimentos de
análise da composição apresentada pelo avaliado no momento de coleta das in- Figura 3.10 — Imagens obtidas pelo método de absortometria
análise da composição
radiológica de dupla energia (DXA).
corporal formações pela técnica de DEXA. Por essa técnica, para a corporal
análise das informações associadas à proporção de gor- Pesagem hidrostática
64 dura corporal considera-se que a massa isenta de gordu- 65
Os métodos empregados para análise da com-
ra dos tecidos não-ósseos contém fração fixa de água de
posição corporal mediante a técnica de densitometria
cerca de 73,2%. Logo, erros de estimativas mais elevados
baseiam-se no pressuposto de que a densidade de todo
podem ser esperados, caso o organismo do avaliado, no
o corpo é estabelecida pelas densidades de vários com-
momento, apresente variações no que concerne à quan-
ponentes corporais e pela proporção com que cada um
tidade de água corporal a partir desse valor. desses componentes contribui para o estabelecimento
da massa corporal total. Portanto, admitindo-se que
a densidade da gordura é consideravelmente menor
que a densidade de outras estruturas do corpo, quanto
maior a quantidade de gordura em proporção ao peso
corporal, menor deverá ser a densidade de todo o corpo.
A utilização dos valores de densidade corporal
como indicadores específicos para análise da composi-
ção corporal exige que se considerem algumas suposi-
ções teóricas [10]:
(a) as densidades do componente de gordura e da
massa magra são conhecidas e aditivas;
Figura 3.9 – Equipamento empregado na técnica de absortometria
radiológica de dupla energia (DXA).
(b) o indivíduo, ao ser submetido a técnica, é compa-
rado a um padrão de referência apenas no que se
refere à quantidade de gordura apresentada;
(c) a proporção de cada um dos elementos que cons-
titui o componente não-gorduroso, incluindo-se a
água, os minerais e as proteínas, é relativamente
constante de indivíduo para indivíduo de mesma
idade; logo,
(d) a densidade do componente não-gorduroso tam-
bém é relativamente constante de um indivíduo
para outro de mesma idade.
A densidade corporal, expressa em grama por
milímetro (g/ml) ou grama por centímetro cúbico (g/
cm3), representa a relação entre o peso corporal e o seu
volume:
Procedimentos de Procedimentos de
análise da composição Peso corporal (g) análise da composição
Densidade corporal (g/ml) = _______________
corporal Volume corporal (ml) corporal

66 As medidas equivalentes ao peso corporal são 67


facilmente aferidas pelos inúmeros modelos de balan-
ças antropométricas à disposição; portanto, a principal
preocupação na determinação da densidade corpo-
ral refere-se às informações sobre o volume corporal.
Historicamente, o método da pesagem hidrostática tem Figura 3.11 — Técnica de pesagem hidrostática para
sido a opção mais empregada na identificação do volu- estimativas do volume corporal.
me corporal. Em razão de eventuais variações de temperatura
e impurezas da água pelo seu uso constante, aconse-
O método de pesagem hidrostática está alicerça- lha-se ajustar a diferença das medidas do peso corporal
do no princípio de que um corpo totalmente submerso (Preal – Págua) pela densidade da água (Dágua):
na água sofre a ação de uma força contrária de susten-
tação, evidenciada por perda de peso igual ao peso da (Preal – Págua)
Volume corporal (ml) = ____________
água deslocada. Desse modo, por esse método o indivi- Dágua
duo é submerso em um tanque com água, e o volume
corporal é computado com base na diferença entre o A quantidade de ar dos pulmões e os gases pre-
peso corporal medido no ambiente (Preal) e o peso cor- sentes no aparelho gastrointestinal no momento da
poral medido totalmente submerso na água (Págua). pesagem hidrostática são dois volumes extras que pre-
cisam ser corrigidos nos cálculos do volume corporal.
Relativamente ao ar dos pulmões, o individuo ao ser
submergido deverá procurar eliminar a maior quanti-
dade possível de ar dos pulmões, mediante expiração Uma vez estabelecida a medida de densidade
forçada. A correção é realizada pelo volume pulmonar corporal, sua conversão em proporções de gordura em
residual, o ar que permanece nos pulmões após a ex- relação ao peso corporal pode ser realizada com o uso
piração máxima. A medida do volume pulmonar resi- de expressões matemáticas propostas com base em es-
dual pode ser realizada em separado da pesagem hi- tudos que envolvem procedimentos diretos da composi-
drostática pelo método de diluição de oxigênio ou hélio ção corporal:
em circuito fechado. O volume dos gases presente no
Siri [11] Brozek et al. [12]
aparelho gastrointestinal não se pode medir; contudo,
considera-se que seja consideravelmente menor que o
volume pulmonar residual, ou seja, em valores próximos 4,95 4,57
% gord = ______ – 4,50 100 % gord = ______ – 4,142 100
a 100ml. Dens Dens

Assim, partindo-se da fórmula convencional de


% gord : Proporção de gordura em relação ao peso corporal; e
densidade (peso/volume), estimativas da densidade Dens : Densidade corporal expressa em g/ml.
corporal por intermédio da pesagem hidrostática pas-
sam a ser estabelecidas pela relação: Ao analisarem-se ambas as propostas direcio-
Preal nadas à conversão das medidas de densidade corporal
Volume corporal (g/ml) = ________________________ em proporções de gordura em relação ao peso corpo-
Procedimentos de Preal – Págua Procedimentos de
análise da composição ____________ – (VR + 100ml) ral, verifica-se que Siri admitiu que a gordura a 37ºC análise da composição
corporal Dágua corporal
de temperatura corporal apresenta densidade cons-
em que: tante de 0,9000g/ml, enquanto a expressão idealiza-
68 da pela equipe de Brozek considerou uma densidade 69
Preal: peso com o corpo no ambiente, determi-
nado em gramas; para a gordura de 0,9007g/ml a mesma temperatura.
Contudo, para medidas de densidade corporal entre
Págua: peso com o corpo totalmente submerso 1,030 e 1,090g/ml, as diferenças encontradas nos cálcu-
n’água, determinado em gramas; los da gordura relativa ao peso corporal, por essas duas
Dágua: densidade da água na temperatura vi- expressões matemáticas, são desprezíveis, ou seja, na
gente; ordem de 0,1% a 0,4%. Portanto, nesse caso, é indiferen-
te empregar uma ou outra expressão.
VR: volume residual determinado em ml; e
Pletismografia
100ml: constante equivalente ao volume dos ga-
ses gastrointestinais. A técnica de pletismografia utiliza o deslocamen-
to do ar, em vez da perda de peso n’água, para medir
Apesar do método de pesagem hidrostática pro-
o volume corporal, e, assim, dispensa a necessidade de
duzir medidas de densidade corporal muito precisas, é
submergir o individuo. Seus procedimentos baseiam-se
necessário levar em conta que somente individuos com
na aplicação da lei de deslocamento de ar de Boyle: em
razoável adaptação ao meio aquático podem ser sub-
um recipiente fechado de temperatura constante, o vo-
metidos aos seus procedimentos, o que limita enorme-
lume (V) e a pressão (P) variam em proporção inver-
mente sua utilização em análises rotineiras da compo-
sa — enquanto o volume aumenta, a pressão diminui, e
sição corporal.
vice-versa:

P1V1 = P2V2
em que P1 e V1 representam uma primeira condi-
ção emparelhada de pressão e de volume e P2 e V2 re-
presentam uma segunda condição.
Por esse raciocínio, ao introduzir-se o individuo
em uma câmara fechada e isolada do meio exterior em
condições isotérmicas, com a pressão (P1) e o volume (V1)
de ar em seu interior previamente conhecidos, a quan-
tidade de ar comprimida em razão do espaço ocupado
por sua massa corporal deverá diminuir o volume de ar
existente na câmara em proporção idêntica ao aumento
da pressão interna. Ao se determinar a nova pressão in-
terna (P2) com o individuo dentro da câmara, é possível
quantificar o volume (V2) do ar em seu interior mediante
Figura 3.12 — Câmara pletismográfica para estimativas
equacionamento da relação P1V1=P2V2. Por subtração de do volume corporal.
ambos os volumes de ar no interior da câmara (V1 e V2),
corrigidos pelo ar dos pulmões computado automatica-
Procedimentos clínicos
Procedimentos de Procedimentos de
análise da composição mente por sistema de análise respiratória acoplada ao Os procedimentos laboratoriais, embora mais análise da composição
corporal individuo, determina-se o volume corporal [13]. rigorosos e precisos, são dispendiosos e de limitada corporal
aplicação prática, razão por que são empregados com
Essa técnica requer aparelhagem mais complexa
70 maior frequência em investigações científicas e na va- 71
e sofisticada que a pesagem hidrostática, porém elimina
lidação dos procedimentos clínicos. Esses, por sua vez,
o desconforto da submersão n’água e exige um mínimo
são menos rigorosos, menos dispendiosos e de maior
de cooperação do individuo. O modelo de câmara ple- aplicação prática. Apesar de sua menor rigorosidade,
tismografica mais utilizado atualmente é o BOD POD© as informações obtidas com a sua aplicação apresen-
— Body Composition System. Esse modelo, construído de tam elevada relação com os recursos laboratoriais e, se
fibra de vidro, contém uma janela de acrílico, com as- tomados determinados cuidados, podem produzir erros
sento em seu interior para o individuo se acomodar e de estimativa em limites aceitáveis.
uma porta com dispositivos eletromagnéticos para seu
No que se refere às técnicas empregadas nos pro-
fechamento. O volume no interior da câmara é de apro-
cedimentos clínicos, a condutibilidade elétrica corporal
ximadamente 450L e permite um confortável ambiente
total, a interactância de raios infravermelhos, a bioim-
para o individuo. A câmara é conectada a um micro-
pedância elétrica e a antropometria são, no momento,
computador que, por intermédio de software específico,
os recursos disponíveis. No entanto, a bioimpedância
determina as variações de volume do ar e da pressão
elétrica e a antropometria têm sido os recursos mais
em seu interior, quando desocupada e com o individuo, comumente empregados. Por essa razão, para atender
e variáveis pulmonares necessárias às estimativas do o escopo desta publicação, ambas as técnicas deverão
volume corporal. ser tratadas mais detalhadamente nos dois capítulos
subsequentes. Protocolos associados à condutibilidade
elétrica corporal total e à interactância de raios infra- de radiação infravermelha. Portanto, considerando-se os
vermelhos devem ser utilizados somente em casos ex- coeficientes de absorção pré-estabelecidos para diferen-
cepcionais caracterizados por alguma particularidade. tes tecidos orgânicos e recorrendo-se ao princípio da es-
pectrografia, torna-se possível estimar as quantidades de
Condutividade elétrica corporal total
gordura e de água em diferentes regiões do corpo.
Do original Total Body Electrical Conductivity —
O equipamento utilizado para aplicação dessa téc-
Tobec, a utilização dos procedimentos dessa técnica
nica (espectrômetro eletromagnético portátil) deverá ser
para análise da composição corporal baseia-se nos dife-
posicionado na superfície da pele da região corporal a ser
rentes níveis de condutibilidade elétrica dos tecidos bio-
avaliada. Geralmente, em razão da facilidade de manu-
lógicos. Em idêntica frequência de corrente elétrica e a
seio, opta-se por realizar a medida na linha média ante-
uma mesma temperatura corporal, aqueles tecidos com
rior acima do ventre muscular do bíceps do braço domi-
alta concentração de água e de eletrólitos, representa-
nante. O espectrômetro consiste de um emissor composto
dos pela massa isenta de gordura, deverão apresentar
por sonda de fibra óptica, que deverá emitir raios infra-
elevada capacidade de condução da corrente elétrica,
vermelhos, e de um detector óptico que mede a reflexão
enquanto os chamados tecidos secos, representados,
ou a absorção da onda luminosa pelos tecidos orgânicos.
sobretudo, pelo conteúdo de gordura corporal, são al-
O modelo de espectrômetro portátil mais utilizado atu-
tamente resistentes à passagem da corrente elétrica.
Procedimentos de almente é o Futrex 6100/XL®. Chama-se atenção para Procedimentos de
Portanto, os níveis de condutibilidade elétrica de todo o
análise da composição a necessidade de constante calibração do equipamento análise da composição
corporal corpo deverão ser diretamente proporcionais ao perfil corporal
diante de material de características conhecidas quanto à
de fracionamento do peso corporal nos componentes de
emissão e à absorção de raios infravermelhos.
72 gordura e de massa isenta de gordura [14]. 73
Para estabelecer os níveis de condutibilidade elé-
trica corporal pela técnica Tobec utiliza-se um cilindro
com campo eletromagnético capaz de estabelecer fre-
quências de corrente elétrica entre 2,5 e 5mHz. O indiví-
duo é colocado no interior do cilindro e todo o seu corpo
é submetido à corrente elétrica. As informações sobre a
condutibilidade elétrica dos tecidos biológicos são obti-
das e analisadas pelo próprio equipamento de medida
e oferecem indicações sobre a quantidade de água cor-
poral total. Figura 3.13 – Espectrômetro portátil para emissão de ondas de raios infravermelhos.

Os procedimentos de medida, conforme essa téc- Com relação ao seu princípio metodológico, con-
nica, são simples e de fácil execução; contudo, a prin- sidera-se que o componente de gordura absorve ondas
cipal desvantagem desse método são o elevado custo de raios infravermelhos de comprimento próximo de
financeiro do equipamento e a infraestrutura física ne- 930nm (1nm = 10–9m), que o componente de água o faz
cessária para atender a seu protocolo. a 970nm; e que os coeficientes logarítmicos de absorção
variam linearmente em relação à concentração de am-
Interactância de raios infravermelhos bos os componentes [15]. Desse modo, recorrendo-se aos
Essa técnica baseia-se em características especí- conceitos associados aos modelos de regressão estatís-
ficas dos tecidos orgânicos no que se refere à absorção tica e tendo-se sob controle as informações que possam
interferir na absorção dos tecidos (sexo, etnia, estatura 13. Dempster P; Aitkens S. A new air displacement method for the
determination of human body composition. Medicine and Science in Sports
e peso corporal), mediante um microcomputador em- and Exercise, v.27, p.1692-7, 1995.
butido no próprio aparelho, torna-se possível estabele- 14. Baumgartner RN. Electrical impedance and total body electrical
conductivity. In: Roche AF, Heymsfield SB, Lohman TG (Eds.) Human Body
cer estimativas sobre a proporção de gordura corporal Composition. Champaign, Illinois, Human Kinetics, 1996, p.79-107.
do indivíduo e de sua massa isenta de gordura. 15. Ellis KJ. Human body composition: in vivo methods. American Physiological
Society, v.80, p.649-80, 2000.
A interactância de raios infravermelhos é um mé-
todo seguro, rápido e de fácil manuseio; porém, mesmo
considerando todas as suas vantagens práticas, con-
vém destacar que seus pressupostos assumem que a
composição do local irradiado é fortemente relacionada
à do corpo inteiro, o que, em algumas circunstâncias,
não procede.

Referências
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composition: revision of some quantitative assumptions. Annals of the
New York Academy of Sciences, v.110, p.113-40, 1963.
Procedimentos de
análise da composição
CAPÍTULO
4
Técnica de
corporal

76

Bioimpedância
A oposição oferecida por um circuito elétrico a
uma corrente alternada é denominada de impedância
(Z). No caso das estruturas biológicas, a impedância é
composta de três elementos:
(a) a resistência (R), apresentada pelos próprios te-
cidos à condução da corrente elétrica;
(b) a reactância (Xc) ou oposição adicional, causa-
da pela capacidade de isolamento à passagem da
corrente elétrica apresentada pelas membranas
celulares e pelos tecidos não-iônticos; e
(a) o ângulo de fase (Φ) equivalente à relação geo-
métrica entre a resistência e a reactância em cir-
cuitos elétricos em série ou em paralelo.
A técnica de bioimpedância elétrica produz infor-
mações sobre a impedância que o corpo humano ofere-
ce à condução de uma corrente elétrica, expressa pela Técnica de
relação: Bioimpedância

Z = R2 + Xc2
79
O princípio básico do método de bioimpedância
elétrica voltada à análise da composição corporal ba-
seia-se nos diferentes níveis de condutibilidade elétrica
dos tecidos biológicos expostos a várias frequências de
corrente e é, portanto, muito semelhante ao emprega-
do no método da condutividade elétrica corporal total.
Nesse caso, pode-se comparar o corpo humano a um
circuito elétrico composto por uma resistência (água e
massa isenta de gordura) em série com um condensa-
dor (membranas celulares e gordura). Os fluidos intra-
celulares e extracelulares comportam-se como condu-
tores, enquanto as membranas celulares (formadas por
duplo estrato lipídico não-condutor intercalado entre
duas capas moleculares de material protéico condutor)
atuam como elementos capacitantes ou condensadores.
Dessa forma, com informações a respeito da impedân-
cia elétrica ou de algum de seus parâmetros, podem-se
estimar a quantidade de água corporal, e, admitindo-
-se valores constantes, a proporção de massa isenta de
gordura e de gordura corporal [1].
Uma das críticas que se fazem à técnica de bioim-
pedância elétrica é a de que esse princípio considera o
corpo humano como um condutor cilíndrico perfeito, o
que parece não ser verdade. No entanto, vários estudos
de validação têm sido conduzidos com seus procedi-
mentos e têm sido encontradas boas correlações com
os métodos de referência [2-4].
A primeira tentativa de demonstrar a relação en-
tre medidas de impedância e quantidade de água cor- Figura 4.1 — Fixação dos eletrodos emissores e receptores equivalentes à técnica tetrapolar de
poral provém do início da década de 1960 [5]. Porém, foi bioimpedância elétrica horizontal.
somente em meados dos anos 1980s que os primeiros Por convenção, os quatro eletrodos devem ser co-
equipamentos voltados à análise da BIA no campo clí- locados na mão e no pé direitos, estando o indivíduo na
nico foram idealizados [6]. A princípio, os critérios de va- posição de decúbito supino, para que venham a ser mini-
lidação dos indicadores de composição corporal apre- mizados os efeitos da gravidade na tendência de estagna-
sentados por esses equipamentos foram a densidade ção da água corporal nas extremidades inferiores quando
corporal e a quantidade de água corporal com base em em posição bípede. Esse protocolo de medida também é
modelos bicompartimentais. Contudo, mais recente- denominado de técnica de BIA horizontal [8] (Figura 4.2).
Técnica de Técnica de
Bioimpedância mente se têm encontrado indicações de validação bas- Bioimpedância
tante promissoras em sujeitos entre 12 e 90 anos me-
diante modelos tetracompartimentais [7].
80 81
Protocolo de medida
Informações equivalentes à resistência e à reactân-
cia mediante a BIA podem ser obtidas por intermédio de
equipamento denominado ohmímetro, preferencialmente
com dois pares de eletrodos emissores e receptores (técni-
ca tetrapolar). Ohmímetros com apenas um par de eletro-
dos (emissor e receptor – técnica bipolar) tendem a elevar
os erros de leitura e, se possível, devem ser evitados [8].
O protocolo de medida da técnica tetrapolar con- Figura 4.2 — Análise da composição corporal pela técnica da bioimpedância elétrica horizontal.
siste na fixação dos elétrodos emissores distalmente na Por intermédio dos dois eletrodos emissores é apli-
superfície dorsal da mão e do pé, no plano da cabeça do cada uma corrente alternada de baixa intensidade (entre
terceiro metacarpo e do terceiro metatarso, respectiva- 500 e 800mmAmp), que utilizará os fluidos celulares como
mente. Por sua vez, os eletrodos receptores são coloca- condutores e as membranas celulares como condensado-
dos proximalmente também na mão e no pé, o primeiro res. A diferença de corrente causada pela impedância é
no pulso, em um plano imaginário de união das duas posteriormente detectada pelos dois elétrodos receptores.
apófises estilóides, e o segundo na região dorsal da arti- O analisador mede a resistência e a reactância produzidas
culação da tibiotársica, na linha imaginária de união da e projeta os valores de impedância. Conhecido o compri-
parte mais saliente dos dois maléolos (Figura 4.1). mento do condutor (estatura) e da impedância a essa cor-
rente elétrica, calcula-se o volume do condutor.
Ao admitir-se que a massa livre de gordura con- te empregadas são RJL Bia® (RJL Systems, Inc.), Xitron®
tém grande parte da água e dos eletrólitos do organis- (Xitron Technologies, Inc.) e Biodynamics® (Biodynamics
mo e é, portanto, o principal responsável pelo nível de Inc.) – Figura 4.3. No entanto, não é incomum deparar-
condução da corrente elétrica, estima-se o componente -se com equipamentos alternativos extremamente mais
da massa livre de gordura e, posteriormente, com base simples e de menor custo financeiro que envolvem téc-
no peso corporal, o componente de gordura [8]. nica bipolar. Dois exemplos dessa linha de equipamento
são as versões comerciais Tanita® (Tanita Corporation) e
Tipos de Ohmímetros Omron® (Omron Corporation) – Figura 4.4.
Os ohmímetros direcionados à análise dos indica-
dores de BIA podem emitir corrente de frequência única
(monofrequência) ou de diferentes frequências (multi-
frequência). Todos os ohmímetros de monofrequência
normalmente operam à frequência de 50 kHz, com ele-
trodos dispostos na mão e no pé em técnica tetrapolar
e, em técnica bipolar, no pé esquerdo-pé direito ou mão
esquerda-mão direita. Na frequência de 50 kHz a impe-
dância se apresenta diretamente proporcional à quanti- Figura 4.3 — Equipamentos para análise da composição corporal pela técnica tetrapolar de
bioimpedância elétrica.
Técnica de dade total de água corporal e permite, na sequência, es- Técnica de
Bioimpedância tabelecer estimativas da massa livre de gordura. Porém, Bioimpedância
não permite determinar, nem diferenciar as frações in-
82 tracelulares e extracelulares do componente de água 83
[9]
. Em contrapartida, os ohmímetros de multifrequência
utilizam modelos empíricos de regressão linear em dife-
rentes frequências, como 0, 1, 5, 50, 100, 200 e 500 kHz,
para estimar a quantidade total de água corporal, as
frações intracelulares e extracelulares, e, por derivação,
a massa livre de gordura [10].
Mais recentemente, com o avanço tecnológico na
fabricação dos equipamentos empregados na técnica
de BIA, tem sido sugerida a utilização de frequências Figura 4.4 — Equipamentos para análise da composição corporal
superiores a 500kHz. Em alguns casos, propõem-se fre- pela técnica bipolar de bioimpedância elétrica.
quências espectrais de até 1300kHz [8]. A vantagem de O equipamento Tanita® consiste de uma espécie de
aplicar correntes elétricas com frequências mais eleva- balança que contém em sua plataforma eletrodos para
das reside na possibilidade de estimar frações intra- e emissão e recepção da corrente elétrica. O indivíduo co-
extracelulares do componente de água com maior pre- loca-se em pé sobre sua plataforma e permanece nessa
cisão. No entanto, valores de impedância encontrados posição por alguns segundos. A corrente elétrica deverá
nesses casos e estimativas da quantidade total de água percorrer os membros inferiores e a região do abdome e
corporal são muito similares aos produzidos a 50kHz [11]. fornecer de imediato, pelo próprio equipamento, estima-
Com relação aos modelos de ohmímetros empre- tivas da quantidade de gordura em proporção ao peso
gados para a análise da composição corporal pela técnica corporal do individuo. Caso se opte pelo equipamento
tetrapolar de BIA, as versões comerciais mais comumen- Omron®, o individuo deverá segurar o aparelho com os
braços estendidos à frente, formando um ângulo de 90º
com o tronco, com ambas as mãos sobre os elétrodos,
para que a corrente elétrica possa percorrer os membros
superiores e a região superior do tronco – Figura 4.5.

Aspectos Metodológicos
Figura 4.5 — Análise da composição corporal pela técnica bipolar de bioimpedância elétrica.
Apesar da relativa facilidade e rapidez da medi-
da, a utilização da técnica de BIA requer que o indivíduo
Em ambos os protocolos alternativos não são apre- atenda a um conjunto de procedimentos prévios, sem os
sentadas informações sobre a resistência e a reactância, quais poderão ocorrer prejuízos à qualidade das infor-
Técnica de Técnica de
Bioimpedância o que induz a prováveis viés de estimativa. Além disso, mações obtidas [8,13]: Bioimpedância
nos dois casos o indivíduo deverá posicionar-se em pé
para a realização das medidas, acarretendo isso impor- (a) não ter feito uso de medicamentos diuréticos nos
84 tante limitação [8], razão por que esse procedimento re- últimos 7 dias; 85
cebe a denominação de técnica de BIA vertical. Quando (b) manter-se em jejum por pelo menos 4h;
comparadas as estimativas associadas à quantidade (c) não ter ingerido bebidas alcoólicas nas últimas
de gordura em proporção ao peso corporal, verifica-se 48h;
que as diferenças entre os dois protocolos de medida de (d) ter-se abstido da prática de exercício físico intenso
BIA (horizontal e vertical) são relevantes e significativas nas últimas 24h;
estatisticamente [12].
(e) urinar pelo menos 30min antes da medida; e
Em geral, tendo como referência os procedimen- (f) manter-se pelo menos 8-10min em repouso abso-
tos laboratoriais, a técnica de BIA vertical tende a subes- luto em posição supina antes de se efetuar a me-
timar os valores de massa livre de gordura em compa- dida.
ração com a técnica de BIA horizontal [12]. Assim sendo, Além desses cuidados, deve-se atentar para a ca-
mesmo que se considerem seu baixo custo, a facilidade racterística e calibração do equipamento, a posição do
de operação e a portabilidade, a técnica de BIA verti- corpo, o nível de hidratação do indivíduo e ingestão de
cal deve ser utilizada com alguma cautela e, se possível, alimentos, a temperatura ambiente e cutânea porque
deve ser evitada. tudo isso pode interferir na qualidade das medidas. A
tabela 4.1 apresenta síntese de estudos disponibilizados
na literatura que analisaram o impacto desses fatores
na variação dos valores de resistência e, por consequên-
cia, de massa livre de gordura e gordura corporal.
Alterações significativas na condutibilidade da

Tabela 4.1 – Estudos que analisaram o impacto de diferentes situações na variação das medidas de massa livre de gordura (MLG) e massa de
corrente elétrica também podem ocorrer em razão do

Referências
uso de vestimentas mais pesadas e de peças de metal

[15,16]

[15,16]
[9, 14]

[15]

[15]

[17]

[17]

[18]

[18]

[19]
(brincos, relógios, pulseiras, anéis, etc.) [8]. Próximo à
ovulação, as mulheres tendem a reter maior quantidade
de líquidos. Ainda, medidas aferidas nas primeiras ho-
ras após o despertar tendem a assinalar mais elevada
reprodutibilidade por causa das menores variações no

Alterações nos valores de MLG e MG

Alterações nos valores de MLG e MG

Redução na MLG e aumentos na MG


metabolismo de repouso [13].

Aumento na MG e reduções na MLG


Redução em torno de 1,5% na MG

Não se normaliza antes de 60 min

Aumento em torno de 2% na MG
Impacto na MLG e MG

Nenhum impacto significativo


Quanto às restrições de uso da técnica de BIA,

Redução entre 8-10% na MG


Aumento de até 3% na MG
não se conhecem atualmente efeitos adversos, embora
se deva levar em conta que seu uso pode afetar a ati-
gordura (MG) mediante a técnica de bioimpedância elétrica.

vidade elétrica de marcapassos e desfibriladores, pelo


que, nessas circunstâncias, deve ser evitada essa téc-
nica[13]. Por outro lado, considerando-se que a técnica
de BIA está relacionada às alterações da distribuição
aquosa, como ocorre em algumas enfermidades gra-
Técnica de Técnica de
Variações nos valores de resistência

Bioimpedância ves, nesses casos seus pressupostos teóricos tornam-se Bioimpedância


inválidos [20].

86 Com relação às equações empregadas para es- 87


-4 a 14 WW
± 21 WW

7-18 WW
↓ 12 WW

↑ 17 WW
↑ 9 WW

timativas da massa livre de gordura, em razão das


↓ 3%


variações biológicas existentes na proporção de água
corporal em indivíduos de ambos os sexos e de diferen-
tes idades, são idealizadas expressões específicas para
cada sexo e grupo etário. A literatura disponibiliza inú-
meras equações para essa finalidade; porém, a priori,
não se aconselha utilizar essas equações em indivídu-
Diminuição da temperatura ambiente de 35º para 14º C

os, cujas características biológicas podem ser diferen-


Elevação da temperatura ambiente de 15º para 35º C
Troca dos eletrodos do lado direito para esquerdo

tes daquelas das quais foram derivadas. Nesse caso,


é necessário levantar indicadores de validação previa-
Abdução das extremidades de 30º para 90º

Realização de exercício físico moderado

mente a sua utilização em populações específicas. Na


Situação experimental

Uso de diferentes tipos de ohmímetros

Tabela 4.2 são apresentadas algumas das equações


Ingestão prévia de água (700 ml)

Após 60 min em decúbito supino

localizadas na literatura e que são mais utilizadas em


Ingestão de alimentos sólidos

Uso de anticoncepcional oral

adultos.
Tabela 4.2 — Equações para predição da massa isenta de gordura baseadas em informações
apresentadas pela técnica de bioimpedância elétrica.
MIG = 0,0013 (Estatura)2 – 0,044 (Resistência) + 0,305 (Peso) – 0,168 (Idade) + 22,668
Idade (Anos) Equação de regressão Referência
= 0,0013 (175,8cm)2 – 0,044 (412,7ohms) + 0,305 (78,8kg) – 0,168 (43 anos) + 22,668
Mulheres
= 40,177 – 18,159 + 24,034 – 7,224 + 22,668
20-40 MIG = 0,475 (Estatura2/Resistência) + 0,295 (Peso) + 5,49 [21]
= 61,5kg
17-62 MIG = 0,0011 (Estatura)2 – 0,021 (Resistência) + 0,232 (Peso) [22]
– 0,068 (Idade) + 14,595 Gorduraabsoluta (kg) = Peso corporal – MIG

Homens = 78,8kg – 61,5kg

20-40 MIG = 0,485 (Estatura2/resistência) + 0,338 (Peso) + 5,49 [21] = 17,3kg


Gorduraabsoluta
MIG = 0,0013 (Estatura)2 – 0,044 (Resistência) + Gordura relativa ao peso corporal (%) = ____________ x 100
17-62 [22] Peso corporal
0,305 (Peso) – 0,168 (Idade) + 22,668 17,3kg
= ____________ x 100
MIG = massa isenta de gordura em kg; estatura em cm; peso corporal em kg; resistência em 78,8kg
ohms; idade em anos completos. = 21,95

Ainda, aspecto importante a ser observado são


as equações contidas no software que acompanha os
diferentes equipamentos utilizados. Geralmente seus fa- Referências
Técnica de bricantes apresentam uma única opção de equação de 1. Baumgartner RN. Electrical impedance and total body electrical Técnica de
Bioimpedância regressão em cada equipamento. Desse modo, na even- conductivity. In: Roche AF, Heymsfield SB, Lohman TG (Eds.) Human Body Bioimpedância
Composition. Champaign, Illinois, Human Kinetics, 1996, p.79-107.
tualidade de a equação preditiva, que acompanha o
2. Sun G, French CR, Martin GR, Younghusband B, Green RC, Xie Y, Mathews
88 equipamento em uso, não ser de interesse do profissio- M, Barron JR, Fitzpatrick DG, Gulliver W, Zhang H. Comparison of 89
nal ou do investigador, sugere-se ignorar as estimativas multifrequency bioelectrical impedance analysis with dual-energy X-ray
absorptiometry for assessment of percentage body fat in a large healthy
de massa livre de gordura e de gordura apresentadas e population. Am J Clin Nutr 2005; 81:74-8.
considerar apenas as informações equivalentes à resis- 3. Pateyjohns IR; Brinkworth GD; Buckley JD; Noakes M; Clifton PM.
Comparison of three bioelectrical impedance methods with DXA in
tência (R) e/ou à impedância (Z). Assim, com equações overweight and obese men. Obesity (Silver Spring) 2006; 14:2064-70.
selecionadas pelo próprio profissional ou investigador, 4. Deurenberg P; Van der Kooy K; Leenen R. Sex and age specific prediction
formulas for estimating body composition from bio-electrical impedance:
torna-se possível estabelecer estimativas sobre a massa a cross-validation study. Int J Obes 1991; 15:17-25.
livre de gordura e, posteriormente, a gordura corporal, 5. Hoffer E, Meador C, Simpson D. Correlation of whole-body impedance with
por intermédio de qualquer modelo de regressão dis- total body water volume. J Appl Physiol 1969; 27:531-4.
6. Lukaski HC, Bolonchuk WW, Hall CB, Siders WA. Validation of tetrapolar
ponível na literatura e que se julgar conveniente para bioelectrical impedance method to assess human body composition. J
aquela situação específica. Appl Physiol 1986; 60:1327-32.
7. Sun SS; Chumlea WC; Heymsfield SB; Lukaski HC; Schoeller D; Friedl K;et
Com o objetivo de exemplificar a sequência de al. Development of bioelectrical impedance analysis prediction equations
for body composition with the use of a multicomponent model for use in
cálculo para estabelecer estimativas sobre os indicado- epidemiologic surveys. Am J Clin Nutr 2003; 77:331-40.
res de composição corporal pela técnica de BIA, supo- 8. Kyle UG, Bosaeus I, De Lorenzo AD, Deurenberg P, Elia M, Gómez JM, et al.
nha-se um homem, com 43 anos de idade, 175,8cm de Bioelectrical impedance analysis--Part I: review of principles and methods.
Clin Nutr 2004; 23:1226-43.
estatura e 78,8kg de peso corporal. Por intermédio do 9. Kyle UG, Genton L, Karsegard L, Slosman DO, Pichard C. Single prediction
ohmímetro, registra-se resistência à condução da cor- equation for bioelectrical impedance analysis in adults aged 20-94 years.
Nutrition 2001; 17:248-53.
rente elétrica nos tecidos biológicos de 412,7 ohms. Com
10. Hannan WJ, Cowen SJ, Fearon KC, Plester CE, Falconer JS, Richardson RA.
base no modelo matemático preconizado por Segal et Evaluation of multi-frequency bio-impedance analysis for the assessment
al. [22], encontra-se: of extracellular and total body water in surgical patients. Clin Sci 1994;
86:479-85.
5
11. Hannan WJ, Cowen SJ, Plester CE, Fearon KC, De Beau A. Comparison of
bio-impedance spectroscopy and multi-frequency bio-impedance analysis
for the assessment of extracellular and total body water in surgical
patients. Clin Sci 1995; 89:651-8.
12. Dittmar M. Comparison of bipolar and tetrapolar impedance techniques
for assessing fat mass. Am J Hum Biol 2004; 16:593-7.

CAPÍTULO
13. Ellis KJ; Bell SJ; Chertow GM; Chumlea WC; Knox TA; Kotler DP; et al.
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when measured with different instruments Eur J Clin Nutr 1989; 43:885-6.
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impedance is influenced by posture and plasma sodium concentration. Eur
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Técnica
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mass estimated by bioelectrical impedance analysis: a four site cross
validation study. Am J Clin Nutr 1988; 47:7-14.
Antropométrica
A técnica de BIA oferece estimativas suficiente-
mente precisas sobre os componentes de massa livre
de gordura e gordura corporal e se torna, portanto, a
primeira opção para a análise da composição corporal
mediante procedimentos clínicos. No entanto, muitas
vezes, em razão do custo do equipamento, da relativa
sofisticação metodológica e das dificuldades em envol-
ver os avaliados no protocolo de medida, sua utilização
pode ficar limitada. Nesse sentido, pela simplicidade de
sua utilização e inocuidade, pela relativa facilidade de
interpretação e pelas menores restrições culturais e,
ainda, por se tratar de medidas externas das dimensões
corporais, elegeu-se a técnica antropométrica como a
de maior aplicabilidade e esta sendo encorajada uma
quantidade cada vez maior de profissionais a recorrer
aos seus protocolos.
Em análise da composição corporal que envolve
Técnica
dois compartimentos (gordura corporal e massa livre de Antropométrica
gordura), a medida de espessura das dobras cutâneas
é o indicador antropométrico mais comumente utilizado
[1]
, enquanto em abordagens multicompartimentais de- 93
vam ser incluídas também informações sobre medidas
de perímetros e diâmetros ósseos [2-4]. No entanto, a pro-
posta mais simples de análise da composição corporal
com a participação de dimensões antropométricas é a
construção de índices que envolvem medidas equiva-
lentes ao peso corporal e à estatura.

Índices das medidas de peso


corporal e estatura
Esses índices são definidos pela medida equiva-
lente ao peso corporal dividido por alguma potência da
medida de estatura (peso corporal/estaturap). A função
exponencial p é estabelecida com a finalidade de forne-
cer correlações máximas entre a quantidade de gordura
corporal e a ocorrência de excesso de peso corporal. O
índice peso corporal/estatura mais empregado na área
da composição corporal é traduzido por valor de p = 2,
que resulta no que se denomina de índice de massa cor-
poral (IMC), ou originalmente estabelecido como índice Valores de IMC acima desses limites deverão ele-
de Quetelet (peso corporal expresso em kg dividido pela var os riscos para a saúde em consequência de peso
estatura em m2). corporal mais elevado, e, portanto, deverão refletir si-
tuação de sobrepeso. Da mesma forma, valores de IMC
Peso corporal (kg) abaixo desses limites deverão elevar os riscos para a
IMC (kg/m2) = _______________
Estatura (m2) saúde em consequência do menor peso corporal, que
reflete provavelmente condições de subnutrição.
Embora o cálculo de IMC possa ser simples, sua Ainda que, no âmbito epidemiológico, se utilizem
interpretação apresenta algumas dificuldades. Pontos os valores de IMC como importante indicador de com-
de corte como referencial de sobrepeso têm sido es- posição corporal, sua interpretação no contexto indivi-
tabelecidos de maneira arbitrária e suscitam, vez dual deve ser feita com alguma cautela. Nessa perspec-
por outra, polêmicas entre os especialistas da área. tiva, chama-se atenção para o fato de que os valores de
Experimentalmente verificou-se que, em homens adul- IMC são, na realidade, uma manipulação matemática
tos, IMC = 30 kg/m2 implica proporções de gordura por das medidas de peso corporal e de estatura, baseada no
volta de 30% do peso corporal aos 20 anos e 40% aos pressuposto de que toda medida de peso corporal que
60 anos de idade. Em mulheres de 20 e 60 anos, esses excede aos indicadores de referência deverá oferecer
valores corresponderam a 40% e 50%, respectivamente indicações do excesso de gordura corporal.
Técnica Técnica
Antropométrica
[5]
. Portanto, IMC > 30 kg/m2 deverá estar associado a Nesse particular, deve-se admitir que o maior Antropométrica
uma quantidade excessiva de gordura corporal, exceto acúmulo de gordura corporal frequentemente induz a
no caso de atletas de algumas modalidades esportivas. um aumento nas medidas de peso corporal e, conse-
94 95
Baseando-se nessas evidências, órgãos de pre- quentemente, nos valores do IMC, o que justifica o fato
venção e tratamento do excesso de peso corporal ad- de muitos sujeitos com peso corporal acima dos indi-
vogam, para ambos os sexos, valores desejados de 19- cadores referenciais apresentarem também excesso de
24kg/m2 para indivíduos entre 19 e 24 anos de idade, e gordura corporal. Contudo, pode ser que o peso corpo-
20-25kg/m2 para aqueles que se encontram entre 25 e ral excessivo não reflita a condição de maior acúmulo
34 anos. Depois, os limites desejáveis devem-se elevar de gordura corporal, considerando-se que essa maior
ligeiramente com a idade nas mulheres; porém, não nos medida de peso corporal pode ser em consequência de
homens [6] - Tabela 5.1. elevada massa isenta de gordura e não do componente
Tabela 5.1 — Limites desejáveis do índice de massa de gordura corporal.
corporal de acordo com o sexo e a idade.
Portanto, parece ser possível que o excesso de
Grupo etário Índice de massa corporal (kg/m2) gordura corporal ocasione sobrepeso; porém, o inverso
(anos) Mulheres Homens pode não ser verdadeiro, admitindo-se que o aumen-
19 – 24 19 - 24 19 - 24 to de peso corporal pode não traduzir necessariamen-
25 - 34 20 - 25 20 - 25 te uma elevação da quantidade de gordura corporal
35 - 44 21 - 26 20 - 25
[7]
. Nesses casos, para verificar se o indivíduo apresen-
45 - 54 22 - 27 20 - 25 ta sobrepeso acompanhado de excesso de gordura ou
55 - 64 23 - 28 20 - 25 se apresenta sobrepeso apenas em decorrência de um
> 65 24 - 29 20 – 25 maior desenvolvimento da massa isenta de gordura, é
preciso recorrer a outros procedimentos antropométri-
cos que permitam estabelecer estimativas das frações radamente, procurando-se oferecer informações sobre
de gordura e de massa isenta de gordura ou massa a distribuição relativa da gordura subcutânea de região
magra. para região do corpo. A segunda maneira é o seu uso
em equações de regressão, com o propósito de predizer
Contudo, se, por um lado, se tem apontado a pre-
valores equivalentes à densidade corporal e, posterior-
cária associação entre os valores de IMC e os indica-
mente, aos de gordura em relação ao peso corporal.
dores da quantidade de gordura corporal em sujeitos
não-obesos, por outro, em sujeitos com quantidade de A grande vantagem da utilização das medidas de
gordura corporal, consideravelmente maior, verifica-se espessura das dobras cutâneas reside no fato de que,
que o valor de IMC é uma informação altamente asso- além de se obterem informações sobre as estimativas
ciada à gordura corporal [8]. Em vista disso, na falta de da quantidade de gordura corporal, torna-se possível
informações sobre a quantidade de gordura corporal, conhecer o padrão de distribuição do tecido adiposo
apesar de suas limitações metodológicas e conceituais, subcutâneo pelas diferentes regiões anatômicas. Desse
o profissional de saúde poderá utilizar o valor do IMC modo, considerando-se a existência de fortes evidências
como indicador de composição corporal. de que nem sempre todos os depósitos de tecido adi-
poso subcutâneo são semelhantes na plasticidade e na
Medidas de espessuras de contribuição para o risco de saúde associado ao excesso
Técnica dobras cutâneas de gordura corporal, o método de espessura das dobras
Técnica
Antropométrica cutâneas caracteriza-se como um dos procedimentos Antropométrica
Informações equivalentes às medidas de espessu- mais importantes na análise da composição corporal.
ra das dobras cutâneas, como procedimento de análise
96 da composição corporal, estão alicerçadas na obser- Por outro lado, deve-se ter presente que os valo- 97
vação de que grande proporção da gordura corporal res de espessura de dobras cutâneas, apesar de serem
se encontra localizada no tecido subcutâneo, e, dessa razoavelmente válidos, sofrem interferências da partici-
forma, dimensões de sua espessura são utilizadas como pação de outros tecidos subcutâneos, resultando, por-
indicador da quantidade de gordura localizada naquela tanto, apenas em valores aproximados, e não na quan-
região do corpo [1]. Estudos em cadáveres possibilitaram tidade efetiva de gordura subcutânea [9]. Somando-se a
notar estreita relação estatística entre medidas de es- isso, ao realizar comparações entre medidas de espes-
pessura de dobras cutâneas com o uso de compassos e sura de dobras cutâneas, torna-se necessário assumir
medição direta da espessura do tecido subcutâneo por outras importantes limitações, como, por exemplo, a
intermédio de incisão realizada no mesmo local onde se compressibilidade do tecido subcutâneo e a espessura
colocou o compasso [9,10]. da pele [10].

Como a disposição da gordura localizada no te- Ainda, a representatividade do conteúdo de gor-


cido subcutâneo não se mostra de forma uniforme por dura subcutânea em relação às medidas de espessu-
todo o corpo, medidas de espessura de dobras cutâneas ra de dobras cutâneas apresenta elevada variabilidade
devem ser realizadas em várias regiões a fim de se obter individual e entre diferentes pontos anatômicos selecio-
visão mais clara sobre sua disposição. Em relação às es- nados em um mesmo indivíduo [10]. Logo, duas medidas
tratégias de interpretação, as medidas de espessura de idênticas de espessuras de dobras cutâneas, em um
dobras cutâneas podem ser analisadas de duas formas. mesmo indivíduo, podem significar diferentes depósitos
Uma delas é considerar as medidas de espessura das de gordura subcutânea de acordo com o ponto anatô-
dobras cutâneas de diferentes regiões anatômicas sepa- mico considerado.
O nível de exatidão e de precisão das medidas de das molas é de 10g/mm2, com variação máxima de 2g/
espessura das dobras cutâneas depende do tipo de com- mm2 nos três compassos. Contudo, a área de contato
passo utilizado, da familiarização dos profissionais com com a superfície da pele do compasso do tipo Lange®
as técnicas de medida e da perfeita identificação do pon- é de 30mm2 (5 x 6 mm), enquanto a dos compassos do
to anatômico a ser medido. Com relação aos compas- tipo Harpenden® e Cescorf® é de 90mm2 (6 x 15 mm).
sos, vários tipos têm sido advogados e utilizados; no en- Assim, como o nível de compressibilidade dos compas-
tanto, os do tipo Lange® (Beta Technology Incorporated) sos depende da relação entre sua área de contato com
e Harpenden® (British Indicators) são os que têm de- a superfície da pele e a pressão exercida por suas molas
monstrado maior precisão nas espessuras observadas e [12]
; maior área de contato sem alteração na pressão das
na consistência em repetidas medidas [11]. Um compas- molas deverá acarretar uma compressibilidade mais
so de fabricação nacional, o do tipo Cescorf®(Cescorf elevada dos compassos do tipo Harpenden® e Cescorf®.
Equipamentos Ltda.), com mecânica e design muito si-
Além disso, as mandíbulas significantemente me-
milares ao do tipo Harpenden®, também tem sido reco-
nores do compasso do tipo Lange® também deverão
mendado. Outras opções de compassos de fabricação
interferir na compressão das dobras cutâneas a serem
nacional, os do tipo Sanny®(American Medical do Brasil
medidas [12]. Dessa forma, embora, nos três tipos de
Ltda) e OpusMax® (Terrazul Tecnologia), ainda mere-
compasso as molas possam apresentar característi-
cem maiores estudos antes de serem recomendados
cas semelhantes de pressão pelas diferenças do design,
Técnica para uso rotineiro – Figura 5.1. Técnica
Antropométrica o compasso do tipo Lange® deverá apresentar meno- Antropométrica
res dimensões para uma mesma espessura de dobra
cutânea comparativamente com os compassos do tipo
98 Harpenden® e Cescorf®. Evidências notadas em expe- 99
rimentos revelam que, para uma mesma espessura de
dobra cutânea, o compasso do tipo Lange® tende a as-
sinalar medida mais elevada se comparada com a indi-
cada pelo compasso do tipo Harpenden® [11].
As divergências na definição das medidas é mais
um item a ser observado em eventuais comparações
entre as medidas de espessura das dobras cutâneas
aferidas com o uso do compasso Lange® em relação
aos outros dois tipos de compassos. O compasso do tipo
Cescorf® apresenta definição de medida de 0,1mm; o
Figura 5.1 — Compassos específicos para medida de do tipo Harpenden®, de 0,2mm, com possibilidade de
espessura de dobras cutâneas. (A) Lange®;
(B) Harpenden®; (C) Sanny®; e (D) OpusMax®. alcançar 0,1mm mediante interpolações na escala de
Apesar da qualidade das informações obtidas com medida; e o compasso do tipo Lange®, de 1,0mm. Essas
o uso dos três compassos mais recomendados (Lange, diferenças na definição de medida praticamente invia-
Harpenden e Cescorf) devem-se levar em conta diferen- bilizam qualquer tentativa de comparação mais segu-
ças importantes nas características de cada um deles, ra e efetiva entre as medidas de espessura das dobras
o que ocasiona medidas de espessura de dobras cutâ- cutâneas realizadas com o compasso do tipo Lange® e
neas sistematicamente diferentes. Para abertura das com os compassos dos tipos Harpenden® e Cescorf®.
hastes dos compassos entre 2 e 40 mm a pressão média
Outro aspecto importante relacionado às medi- composição corporal, especialistas da área desenvol-
das de espessura das dobras cutâneas é a familiariza- veram procedimentos padronizados que têm recebido
ção dos profissionais com a técnica de medida. Nesse grande aceitação entre os adeptos dessa técnica (Figura
particular, um elemento básico a ser considerado é a 5.2):
influência das variações na reprodutibilidade intra e in-
(a) realizar as medidas sempre no hemicorpo direito
teravaliadores. Com relação à reprodutibilidade de me-
do indivíduo;
dida intravaliador, observa-se que a magnitude de seus
índices varia de acordo com a experiência do profissio- (b) identificar e marcar cuidadosamente com lápis
nal com o protocolo adotado e da região a ser medida. dermográfico o ponto anatômico correspondente
Contudo, a quantidade de gordura do individuo permite à dobra cutânea;
que repetidas medidas, na mesma região e realizadas (c) definir o tecido celular subcutâneo das estruturas
pelo mesmo profissional, concordem mais estreitamen- mais profundas por intermédio do polegar e do
te entre dimensões menores que entre dimensões mais dedo indicador da mão esquerda;
elevadas. Assim, a possibilidade de ocorrerem variações
intravaliador deverá aumentar proporcionalmente às (d) destacar a dobra cutânea e colocar o polegar e o
dimensões das medidas [13]. dedo indicador, separados por aproximadamen-
te 8 cm entre si, sobre uma linha perpendicular
Relativamente à determinação de índices acei- ao eixo que acompanha a dobra da pele. Quanto
Técnica Técnica
Antropométrica táveis para a reprodutibilidade intravaliador, existem mais espesso for o tecido subcutâneo, maior deve- Antropométrica
algumas tentativas de se estabelecerem referenciais. rá ser a distância entre o polegar e o dedo indica-
Portanto, antes de iniciar com os procedimentos de me- dor para destacar a dobra cutânea;
100 dida de espessura das dobras cutâneas sugere-se que 101
cada profissional ou investigador determine seu próprio (e) elevar a dobra cutânea por volta de 1 cm acima do
índice de reprodutibilidade intravaliador para que se ponto de medida;
possam obter informações realmente confiáveis e úteis (f) manter a dobra cutânea elevada enquanto se es-
para futura análise da composição corporal. tiver realizando a medida;
Ao serem considerados os índices de reprodutibi- (g) aplicar a borda superior do compasso perpendi-
lidade interavaliadores, percebe-se que, em razão das cular à dobra cutânea e a cerca de 1 cm abaixo do
medidas de espessura das dobras cutâneas serem re- ponto exato de reparo;
alizadas em tecido mole, existe a possibilidade de cada
(h) soltar a pressão das hastes do compasso lenta-
profissional, individualmente, diferir quanto à exata
mente; e
localização e à definição dos pontos anatômicos a se-
rem medidos. Consequentemente, seus índices podem (i) aguardar por volta de 2-3 segundos e depois sol-
alcançar até duas vezes mais que os de reprodutibilida- tar a pressão das hastes do compasso para que a
de intravaliador [13]. Desse modo, somente com rigorosa leitura da medida seja realizada.
observação das padronizações adotadas e com acentu-
ado domínio do protocolo de medida será possível mi-
nimizar a possibilidade de ocorrência dessas variações.
No que diz respeito aos protocolos de medida de
espessura das dobras cutâneas referentes à análise da
Relativamente à localização dos pontos anatômi-
cos para realização das medidas de espessura das do-
bras cutâneas, estes variam conforme a equação predi-
tiva utilizada para estimativa da quantidade de gordura
corporal. Contudo, chama-se atenção para a necessida-
de de acompanhar rigorosamente a padronização pro-
posta pelos autores da equação escolhida.

Medidas de circunferências
O método antropométrico alternativo para análi-
se da composição corporal consiste nas medidas de cir-
cunferências em regiões específicas do corpo. Em princí-
Figura 5.2 – Ilustração de medidas de espessura de dobras cutâneas pio, medidas de circunferência apresentam as mesmas
Alguns outros cuidados devem ser tomados a fim vantagens de simplicidade, facilidade e aceitabilidade
de aprimorar a qualidade das medidas. A realização das espessuras de dobras cutâneas; contudo, tem sido
de uma série de três medidas no mesmo local, toma- demonstrada sua fragilidade como variável preditora
das de forma alternada em relação às demais, é um da quantidade de gordura corporal em razão de suas
Técnica procedimento interessante para minimizar os erros de dimensões incluírem outros tecidos e órgãos, além do Técnica
Antropométrica Antropométrica
medida. Na eventualidade de ocorrerem discrepâncias tecido adiposo [4].
superiores a 5% entre as medidas de valores extremos
102 Sugere-se a utilização das medidas de circunferên- 103
no mesmo local, nova série de três medidas deverá ser
cias para análise da composição corporal em duas situa-
realizada. Para efeito de cálculo, considera-se a dimen-
ções. Na primeira, quando o indivíduo apresentar quanti-
são da medida intermediária como valor adotado para
dade de gordura corporal excessivamente elevada, o que
cada ponto.
faz as espessuras de dobras cutâneas ultrapassar o limite
Não se aconselha realizar as medidas de espessu- recomendável que possa assegurar medidas de boa qua-
ra das dobras cutâneas imediatamente após a realiza- lidade (> 40 mm); na segunda, quando o objetivo é reunir
ção de esforço físico mais intenso. Nesses casos, o des- informações direcionadas ao padrão de distribuição re-
locamento de fluidos corporais em direção à pele, em gional da gordura corporal [9].
consequência de adaptações biológicas resultantes do
Certa preocupação relativamente ao padrão
esforço físico realizado, tende a aumentar as espessu-
de distribuição regional da gordura corporal justifica-
ras das dobras cutâneas. Além disso, devem-se realizar
-se pela estreita associação observada entre algumas
as medidas sempre diretamente na pele do indivíduo,
complicações para a saúde decorrentes de disfunções
quando esta estiver seca e sem nenhum produto que
cardiometabólicas e do maior acúmulo de gordura na
possa ocasionar o deslizamento dos dedos do avalia-
região central do corpo, independentemente da idade e
dor ou das bordas do compasso. Sempre que possível,
da quantidade total de gordura corporal [15].
deve-se evitar a utilização de compassos de plástico e
procurar obter definição mínima de 0,1 mm, mesmo que Conceitualmente, o maior acúmulo de gordura na
esta seja alcançada por interpolação da escala original região central do corpo, ou um padrão centrípeto de distri-
de medida [14]. buição regional de gordura corporal, é caracterizado pela
maior quantidade de gordura nas regiões do tronco, prin-
cipalmente na cintura, e relativamente menor quantidade Sobre a interpretação dos valores encontrados na
de gordura nas extremidades. Em contrapartida, o padrão razão cintura/quadril, a literatura dispõe de indicadores
periférico da distribuição de gordura corporal é definido referenciais que podem identificar a intensidade do risco
pelo maior depósito de gordura nas extremidades, sobre- predisponente ao aparecimento e ao desenvolvimento
tudo nas regiões dos quadris, glútea e da coxa superior em de disfunções cardiometabólicas de acordo com a idade
comparação com o tronco. e o sexo – tabela 5.2 [16].
A razão entre a circunferência da cintura e dos Tabela 5.2 — Indicadores referenciais da razão cintura/quadril para
identificar o risco para saúde de acordo com sexo e idade:
quadris vem sendo empregada frequentemente para
Magnitude de risco para saúde
verificar se a gordura corporal é reunida predominan-
temente na região central do corpo ou nas suas extre- Idade (anos) Baixo Moderado Alto Muito alto
midades: Mulheres
Circunferência de cintura (cm) 20 - 29 < 0,71 0,71 - 0,77 0,78 - 0,82 > 0,82
Razão cintura/quadril = _________________________
Circunferência de quadril (cm) 30 - 39 < 0,72 0,72 - 0,78 0,79 - 0,84 > 0,84
40 - 49 < 0,73 0,73 - 0,79 0,80 - 0,87 > 0,87
Para realizar as medidas de circunferência é em-
50 - 59 < 0,74 0,74 - 0,81 0,82 - 0,88 > 0,88
pregada fita antropométrica flexível que permita aplicar
60 - 69 < 0,76 0,76 - 0,83 0,84 - 0,90 > 0,90
pressão constante sobre a superfície da pele durante
Técnica toda a medição. A circunferência de cintura é determi- Homens Técnica
Antropométrica 20 - 29 < 0,83 0,83 - 0,88 0,89 - 0,94 > 0,94 Antropométrica
nada no plano horizontal, no ponto coincidente com a
distância média entre a última costela e a crista-ilíaca. 30 - 39 < 0,84 0,84 - 0,91 0,92 - 0,96 > 0,96
104 A medida é obtida ao final de uma expiração normal, 40 - 49 < 0,88 0,88 - 0,95 0,96 - 1,00 > 1,00 105
sem compressão da pele. A circunferência de quadril é 50 - 59 < 0,90 0,90 - 0,96 0,97 - 1,02 > 1,02
também determinada no plano horizontal, no nível de 60 – 69 < 0,91 0,91 - 0,98 0,99 - 1,03 > 1,03
maior protuberância posterior dos glúteos. Para reali-
Outra forma sugerida para predizer o risco para
zar a medida de circunferência de cintura, o profissional
saúde decorrente do maior acúmulo de gordura na re-
deverá postar-se à frente do indivíduo, enquanto para
gião central do corpo é a recorrência da razão entre
a realização da medida de circunferência de quadril o
medida de circunferências de cintura e estatura. Nesse
profissional deverá colocar-se lateralmente ao indivíduo
caso, dimensões da razão cintura/estatura maiores que
(Figura 5.3).
0,50 tendem a aumentar a incidência de disfunções
cardiometabólicas [17].

Circunferência de cintura (cm)


Razão cintura/estatura = _______________________
Estatura (cm)

Principal vantagem do uso da razão cintura/esta-


tura, em comparação com a razão cintura/quadril, está
no fato de que, em tese, este deverá apresentar maior
sensibilidade para a análise do padrão de distribuição
de gordura, levando-se em conta a provável variação
conjunta das medidas de circunferências da cintura e do
Figura 5.3 — Medidas de circunferência de cintura (A) e quadril (B). quadril durante o processo de maior acúmulo e de redu-
ção da gordura corporal. Além do mais, essas medidas
Circunferência de cintura (m)
permitem comparações imediatas quanto à distribui- Índice de Conicidade = _________________________
Peso Corporal (kg)
ção de gordura corporal de indivíduos que apresentam 0.109 x
diferentes medidas de estatura. Estatura (m)

O chamado índice de conicidade é mais uma op- Apesar de valores elevados no índice de conici-
ção antropométrica capaz de oferecer informações so- dade estarem mais fortemente associados aos fatores
bre perfil de distribuição da gordura corporal. Esse índi- de risco predisponentes às doenças cardiovasculares e
ce baseia-se no pressuposto de que o perfil morfológico metabólicas que outros indicadores antropométricos de
do corpo humano, ao apontar maior concentração de obesidade abdominal [19], a limitação importante rela-
gordura na região central, reveste-se de um formato cionada ao seu uso é a falta de indicadores referenciais
parecido com um duplo cone com uma base comum, ao para avaliação do risco para saúde.
passo que, ao assinalar menores quantidades de gordu-
Nesse particular, até o momento se tem sugerido
ra na região central do corpo, mostra-se com aparência
adotar valores próximos de 1 (perfil morfológico similar
similar a um cilindro [18] (Figura 5.4).
a de um cilindro perfeito) como indicativo de baixo risco
de aparecimento e desenvolvimento de disfunções car-
diovasculares e metabólicas. Em contrapartida, valores
Técnica próximos de 1,73 (perfil morfológico similar a de um du- Técnica
Antropométrica plo cone perfeito) como indicativo de elevado risco de Antropométrica
aparecimento e desenvolvimento de disfunções cardio-
106 vasculares e metabólicas [20]. 107
Na tentativa de exemplificar a sequência de cál-
culos a ser empregada na identificação do padrão de
distribuição de gordura corporal mediante indicadores
antropométricos, supõe-se, hipoteticamente, um ho-
mem de 46 anos de idade, com as seguintes dimensões
antropométricas:
Estatura: 176,0cm
Peso corporal: 84,2kg
Perímetro da cintura: 104,5cm
Perímetro dos quadris: 106,7cm

104,5cm
Razão cintura/estatura = ________ = 0,98
106,7cm

Figura 5.4 — Perfil morfológico associado a um duplo cone e a um 104,5cm


cilindro direcionado à descrição da distribuição da gordura corporal. Razão cintura/estatura = ________ = 0,59
176cm
Para o seu cálculo são envolvidas as medidas da
circunferência de cintura e da estatura, expressas em 1,045m 1,045m = 1,045m
Índice de Conicidade = ________________ = ___________ __________ = 1,39
metros, e do peso corporal, consignado em kg: 84,2kg 0,109 47,841 0,19 x 6,917
0.109
1,76m
Por meio da análise da razão cintura/quadris (b) os indivíduos de mais idade, do mesmo sexo e com
(0,98), considera-se que a distribuição de gordura do valores de densidade corporal similares apresen-
indivíduo citado no exemplo representa alto risco para tam proporcionalmente menores quantidades
saúde. Com relação ao índice de conicidade, o valor de gordura subcutânea que os seus equivalentes
constatado (1,39) se encontra em posição intermediária mais jovens; e
(variação teórica esperada entre 1,00 e 1,73). A situação
(c) os indivíduos com menores quantidades de gor-
preocupante em relação à medida de circunferência de
dura corporal total apresentam proporção mais
cintura se confirma ao se comparar a razão de cintura/
elevada de gordura interna que os mais gordos, e,
estatura observada (0,59) com o ponto de corte previa-
à medida que a quantidade total de gordura cor-
mente estabelecido (0,50) para o aumento da incidên-
poral aumenta, a proporção de gordura localiza-
cia de disfunções crônico-degenerativas.
da internamente diminui.
Equações para estimativas da Levando-se em conta esses pressupostos, as inú-
meras equações de regressão à disposição na literatura
proporção de gordura corporal podem ser classificadas em dois grupos: equações es-
Com base na estreita relação entre as medidas pecíficas e equações generalizadas. As equações es-
de densidade corporal e as dimensões de espessura das pecíficas são desenvolvidas com base em informações
Técnica dobras cutâneas, o que credencia o método antropomé- apresentadas por grupos homogêneos de indivíduos Técnica
Antropométrica trico como boa opção para as estimativas associadas relativamente ao sexo, à idade e aos níveis de gordura Antropométrica
à quantidade de gordura corporal, e tendo-se em vista corporal. Portanto, devem ser empregadas em segmen-
108 que os procedimentos densitométricos são empregados tos específicos da população com características simi- 109
para validar outras técnicas, têm sido propostas equa- lares.
ções preditivas que viabilizam enormemente o emprego
Por outro lado, na proposição das equações ge-
das medidas de espessura das dobras cutâneas na aná-
neralizadas são envolvidos indivíduos que apresentam
lise da composição corporal.
diferentes quantidades de gordura corporal e dentro de
Quando se utilizam equações de regressão com uma faixa etária bastante ampla. Desse modo, procu-
essa finalidade considera-se que o somatório das me- ra-se minimizar a participação do grau de adiposidade
didas de algumas espessuras de dobras cutâneas possa e do processo de envelhecimento orgânico na relação
ser um bom indicador da gordura subcutânea, e os va- estatística entre a gordura corporal total e a gordura
lores equivalentes à densidade corporal da quantidade subcutânea.
total de gordura do corpo. Contudo, evidências consta-
A princípio, parece claro que as equações especí-
tadas em experimentos têm demonstrado que o com-
ficas apresentam maior validade preditiva quando utili-
portamento da relação entre espessura de dobras cutâ-
zadas em indivíduos pertencentes ao mesmo segmento
neas e densidade corporal é influenciado por variações
da população da qual se originou a equação; entretanto,
biológicas associadas ao sexo, à idade e à quantidade
quanto maior a especificidade da equação, menor sua
de gordura corporal do individuo avaliado [21]:
aplicação. Dessa forma, equações generalizadas e ide-
(a) as mulheres apresentam maiores depósitos de alizadas com base em amostras representativas de po-
gordura intramuscular, intermuscular e nos ór- pulações heterogêneas em relação à idade e ao nível de
gãos internos (gordura visceral) que os homens adiposidade podem aumentar as opções de aplicação.
para idêntica quantidade de gordura subcutânea;
Os erros de predição associados à utilização de ção logarítmica do somatório das espessuras de três do-
equações para estimativas da quantidade de gordura bras cutâneas. Os homens envolvidos na amostra para
corporal são estabelecidos em valores por volta de 5%, a proposição da equação apresentavam quantidades
apesar de que, de acordo com a equação utilizada e de gordura relativa ao peso corporal entre 4% e 30%; e
com o individuo a ser analisado, podem ser encontrados as mulheres, entre 13% e 37%. As medidas de espessura
vieses entre 3% e 9% da gordura corporal real [22]. das dobras cutâneas foram realizadas com compassos
do tipo Harpenden. Com relação aos erros de estimativa
Ao se optar por uma equação que envolve me-
resultantes das equações — mediante validação cruza-
didas de espessura de dobras cutâneas para predição
da em amostras diferentes das que foram envolvidas na
da quantidade de gordura corporal, deve-se observar o
proposição das equações — verifica-se que estes varia-
princípio de validação dessa mesma equação em amos-
ram entre 1,5% e 3,0% em indivíduos de diferentes quan-
tras de indivíduos pertencentes à população em que se
tidades de gordura corporal, o que mostra que os va-
pretende utilizar. A proposição de equações desse tipo,
lores de densidade corporal podem ser estimados com
acompanhada de baixos erros de estimativa, não sig-
precisão dentro dos limites admissíveis, independente-
nifica necessariamente que estas possam ser utilizadas
mente do perfil de adiposidade dos indivíduos a serem
em todas as populações. Nesse particular, torna-se ne-
analisados (Tabela 5.3).
cessário submetê-las a um processo de validação para
ajustar seus coeficientes preditivos e estabelecer os no- Tabela 5.3 — Equações específicas para predição dos valores de
Técnica densidade corporal com base em espessuras de Técnica
Antropométrica vos erros de estimativas específicos para aquela popu- dobras cutâneas de adultos brasileiros Antropométrica
lação. Portanto, deve-se dar atenção especial ao pro- Equação de regressão R2 Erro de estimativa
cesso de validação das equações antropométricas com
110 intenção de estabelecer estimativas mais precisas sobre
Mulheres 111
DENS = 1,1665 – 0,0706 Log10 (X1) 0,853 0,0053
a quantidade de gordura corporal.
Homens
Em estudos em que há empenho por validar as DENS = 1,1714 – 0,0671 Log10 (X2) 0,894 0,0057
equações específicas propostas com base em amos- DENS: valores preditos de densidade corporal (g/ml)
tras de indivíduos norte-americanos, europeus e asiá- X1: somatório das espessuras de dobras cutâneas medidas nas regiões
ticos, verificou-se que estas produzem viés acentuados subescapular, suprailíaca e da coxa
X2: somatório das espessuras de dobras cutâneas medidas nas regiões
quando comparadas com a utilização dos procedimen-
tricipital, suprailíaca e abdominal.
tos densitométricos na análise da quantidade de gor-
dura corporal de indivíduos pertencentes a segmentos A localização dos pontos anatômicos das dobras
da população no Brasil. Nesse caso, foram identificados cutâneas envolvidas nessas duas equações deve ser de-
erros de estimativas equivalentes até ¼ da quantidade finida com o individuo em posição ortostática e em re-
de gordura corporal de mulheres e homens brasileiros pouso. A espessura da dobra cutânea tricipital é deter-
reunidos nos estudos [23,24]. Em vista disso, na sequên- minada paralelamente ao eixo longitudinal do braço, na
cia, propuseram-se novas equações específicas para fase posterior, sendo seu ponto exato de reparo a dis-
segmentos da população adulta brasileira que melhor tância média entre a borda súpero-lateral do acrômio
possam atender à nossa realidade [25]. e o olecrano. Para mensuração da espessura da dobra
cutânea suprailíaca, o individuo afasta levemente o bra-
Essas equações de regressão surgiram de estudos
ço direito para trás, procurando não interferir na obten-
com sujeitos de ambos os sexos entre 18 e 30 anos de
ção da medida. Essa dobra cutânea é individualizada no
idade e tinham como variáveis preditivas a aproxima-
sentido oblíquo, acima da cristailíaca ântero-superior,
na altura do prolongamento da linha axilar anterior. Na Siri [26] Brozek et al. [27]
região abdominal, a dobra cutânea é determinada no
sentido paralelo ao eixo longitudinal do corpo, aproxi- 4,95 – 4,50 100
% gord = ______ 4,57 – 4,142 100
% gord = ______
madamente a 2 cm à direita da borda lateral da cicatriz Dens Dens
umbilical. A espessura da dobra cutânea subescapular
% gord : Proporção de gordura em relação ao peso corporal; e
é obtida obliquamente ao eixo longitudinal, seguindo-
Dens: Densidade corporal expressa em g/ml.
-se orientação dos arcos costais, e estando localizada
a 2cm abaixo do ângulo inferior da escápula. Para obter Com a finalidade de ilustrar a sequência de cálcu-
a medida de espessura da dobra cutânea da coxa pro- lo das equações de regressão, toma-se como hipótese
ximal, a perna direita é deslocada ligeiramente à frente, um homem com 28 anos de idade e 78,8kg de peso cor-
e o peso corporal é sustentado quase totalmente sobre poral. Com relação às espessuras das dobras cutâneas,
a perna esquerda. Destaque-se a dobra cutânea no consideram-se dimensões de 15,9, 21,7 e 24,6mm para
sentido paralelo ao eixo longitudinal da perna, sobre o as regiões tricipital (TR), suprailíaca (SI) e abdominal
músculo do reto femoral, no terço superior da distância (AB), respectivamente:
entre o ligamento inguinal e o bordo superior da patela Densidade corporal (g/ml) = 1,1714 – 0,0671 Log10 (TR + SI + AB)
(Figura 5.5). = 1,1714 – 0,0671 Log10 (15,9mm + 21,7mm + 24,6mm)
= 1,1714 – 0,0671 Log10 (62,2mm)
Técnica = 1,1714 – 0,0671 x 1,7934 Técnica
Antropométrica Antropométrica
= 1,05106 g/ml
4,95
112 113
4,95
Gordura relativa (%) = _______________ – 4,50 100
Densidade corporal
4,95
= _______________ – 4,50 100
1,05106 g/m

= 20,95%

Gordura relativa (%)


Gorduraabsoluta (kg) = Peso corporal _______________
100
20,95%
= 78,8kg ________
100

= 16,5kg

Massa magra (kg) = Peso corporal – Gorduraabsoluta


Figura 5.5 — Localização anatômica das medidas de espessura
das dobras cutâneas destacadas nas regiões tricipital, suprailíaca, = 78,8kg – 16,5kg
abdominal, subescapular e da coxa proximal envolvidas nas = 62,3kg
equações específicas propostas por Guedes & Guedes [25].
Por apresentar erro de predição nos limites tole-
Estimado o valor equivalente à densidade corpo-
ráveis para um critério de validação satisfatório e pela
ral, pode-se calcular a gordura relativa ao peso corporal
reduzida quantidade de espessura de dobras cutâneas
com base nas expressões matemáticas propostas por
envolvida em seus cálculos, além da amplitude de idade
Siri ou por Brozek et al.:
dos indivíduos que podem ser analisados, as equações peitoral é determinada obliquamente ao eixo longitudi-
generalizadas idealizadas pelo grupo de trabalho lide- nal e acompanha o sentido entre a linha axilar anterior e
rado por Jackson & Pollock [28,29] têm tido reconhecida o mamilo. Sua localização corresponde à distância mé-
aceitação e aplicação no campo da educação física e da dia entre esses dois pontos (figuras 5.6).
nutrição. Em suas proposições foram envolvidos homens
de 18 a 61 anos de idade com quantidade de gordura
relativa ao peso corporal entre 1% e 33% e mulheres de
18 a 55 anos com quantidades de gordura corporal entre
4% e 44%. Seus proponentes optaram por utilizar com-
passos do tipo Lange para as medidas de espessura das
dobras cutâneas (Tabela 5.4).
Tabela 5.4 — Equações generalizadas para predição dos valores de
densidade corporal com base em medidas de espessura de dobras
cutâneas idealizadas pelo grupo de trabalho liderado por Jackson &
Pollock [28,29].
Erro de
Equação de regressão R2 estimativa
Mulheres
Técnica Figura 5.6 — Localização anatômica das medidas de espessura Técnica
Antropométrica DENS = 1,0994921 – 0,0009929 (X1) + 0,0000023 (X1)2 0,84 0,0086 das dobras cutâneas destacadas nas regiões da coxa e peitoral Antropométrica
utilizadas nas equações generalizadas propostas pelo grupo de
– 0,0001392(Idade) trabalho liderado por Jackson & Pollock [28,29].
114 Apesar de algumas tentativas nesse sentido, a ine- 115
Homens
xistência de estudos que possam ter conseguido validar
DENS = 1,109380 – 0,0008267 (X2) + 0,0000016 (X2)2 a utilização de equações generalizadas em amostras da
– 0,0002574(Idade) 0,91 0,0077 população brasileira nos limites de erros de estimativas
aceitáveis — mesmo admitindo-se que os referenciais
DENS: valores preditos de densidade corporal (g/ml)
teóricos que as cercam podem superar algumas limita-
X1: somatório das medidas de espessuras das dobras cutâneas destacadas
nas regiões tricipital, suprailíaca e da coxa ções biológicas apresentadas pelas equações específi-
X2: somatório das medidas de espessura das dobras cutâneas destacadas cas — torna sua utilização em nosso meio, até o momen-
nas regiões peitoral, abdominal e da coxa to, uma incógnita no que tange ao índice de precisão na
Idade: idade do individuo em anos completos predição da quantidade de gordura corporal.
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22. Jackson AS, Pollock ML. Prediction accuracy of body density, lean body
weight, and total body volume equations. Medicine and Science in Sports
and Exercise, v.4, p.197-201, 1977.
23. Guedes DP. Tentativa de validação de equações para predição dos valores
de densidade corporal com base nas espessuras de dobras cutâneas em
universitários. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.6, p.182-91,
1985.
24. Guedes DP. Gordura corporal: validação da equação proposta por
Faulkner em jovens pertencentes à população brasileira. Artus - Revista
de Educação Física e Desporto, v.9, p.10-3, 1986.
CAPÍTULO
6
Técnica
Antropométrica Uso dos procedimentos
118
clínicos em situações
específicas
Com o avanço tecnológico e metodológico observa-
do na área nas últimas décadas, os principais constituin-
tes associados à composição corporal, como é o caso da
densidade corporal, da água, do potássio corporal e do
mineral ósseo, passaram a ser determinados com elevada
precisão independentemente das características morfo-
lógicas do indivíduo. Contudo, estimativas equivalentes à
massa isenta de gordura e, também, ao componente de
gordura de jovens, idosos e atletas exigem pressupostos
específicos diferentes dos tradicionalmente empregados.
Enquanto as proporções dos constituintes que com-
põem a massa isenta de gordura se mantêm razoavel-
mente constantes em adultos, nos períodos críticos de
crescimento e maturação que ocorrem em idades jovens,
nos processos mais acentuados de envelhecimento das
estruturas biológicas e nos atletas em fase de treino estes
sofrem profundas variações. Com o avanço da idade, até Uso dos procedimentos
que se alcance o estágio adulto, constatam-se significati- clínicos em situações
específicas
vas modificações associadas tanto à redução na quanti-
dade de água corporal quanto ao aumento no conteúdo de
mineral ósseo e na proporção de potássio corporal ineren- 121
tes ao próprio período de maturação; logo, a massa isenta
de gordura tende a se tornar mais densa à medida que o
jovem se aproxima do estágio adulto [1].
Por outro lado, a partir dos 60 anos, com o proces-
so de envelhecimento o conteúdo de mineral ósseo diminui
por volta de 1% ao ano, ocasionando redução importante
na densidade da massa isenta de gordura nos idosos, par-
ticularmente nas mulheres [2]. Ainda, em razão de adapta-
ções causadas por treinos específicos, os atletas tendem a
apresentar acentuadas modificações nas concentrações de
mineral ósseo, água e potássio corporal, o que repercute na
densidade da massa isenta de gordura [3].
Em vista disso, ao assumir o modelo clássico de
fracionamento do peso corporal em dois componentes, o
emprego de modelos baseados em pressupostos adota-
dos para o organismo adulto tende, sistematicamente, a
superestimar a quantidade de gordura relativa ao peso
corporal e, contrariamente, a subestimar o componente
de massa isenta de gordura em jovens e idosos [4]. No caso respectivamente [6], tornou-se possível ajustar valores esti-
de atletas, a magnitude e a direção dos vieses dependem, mados para a massa isenta de gordura em relação à ida-
fundamentalmente, do tipo de treino e da modalidade de de e ao sexo dos jovens – Tabela 6.1.
esporte [5]. Tabela 6.1 — Variações na quantidade de água, proteína e minerais
na definição da massa isenta de gordura em relação à idade e ao
Quando se analisa a composição corporal desses sexo de jovens.
três segmentos da população, uma tentativa de minimizar Compartimentos da Massa Isenta de Gordura (%)
a influência das variações observadas nos constituintes da
Água Proteínas Minerais
massa isenta de gordura é o uso de abordagens multicom- Idade
(Anos)
partimentais. Todavia, como as abordagens multicom- Moças Rapazes Moças Rapazes Moças Rapazes
partimentais exigem equipamentos mais sofisticados e Nascimento 80,6 80,6 15,0 15,0 3,7 3,7
profissionais qualificados especificamente para o seu ma- 1 78,8 79,0 16,9 16,6 3,7 3,7
nuseio, essa opção passa a ser inviável no cenário clínico. 3 77,9 77,5 17,7 17,8 3,7 4,0
Assim, ao insistir-se no uso das técnicas de bioimpedância 5 77,0 76,0 18,8 18,5 3,7 4,3
e antropométrica para análise da composição corporal 7-9 76,6 76,8 17,5 18,1 4,9 5,1
de jovens, idosos e atletas, é fundamental adotar mode- 9 - 11 75,8 75,2 17,8 18,4 5,2 5,4
los que envolvam abordagens multicompartimentais, para
11 - 13 75,1 74,4 17,9 18,9 5,5 5,7
Uso dos procedimentos mensurar as variações interindividuais na proporção dos Uso dos procedimentos
13 - 15 74,6 73,7 18,6 19,1 5,9 6,2
clínicos em situações constituintes que compõem a massa isenta de gordura, a clínicos em situações
específicas 15 - 17 74,0 73,2 18,9 19,3 6,1 6,5 específicas
fim de se obterem estimativas com maior validade e que
17 - 20 73,8 73,0 19,2 19,4 6,0 6,6
atendam a suas especificidades.
122 123
Ainda, supondo-se que as diferentes proporções de
Jovens contribuição da água, da proteína e dos minerais impac-
Até há pouco tempo, o desconhecimento do exato tam fortemente na densidade da massa isenta de gordura
valor dos constituintes da massa isenta de gordura em in- de jovens ainda em processo de maturação biológica, foi
divíduos ainda não-maturados biologicamente vinha tor- proposta uma série de aproximações matemáticas dire-
nando impossível propor modelos que pudessem oferecer cionadas à estimativa da quantidade de gordura em pro-
maior segurança à análise da composição corporal de jo- porção ao peso corporal [7] – Tabela 6.2.
vens por intermédio de procedimentos clínicos. O empre- Tabela 6.2 — Aproximações matemáticas para estimativas da
go, em jovens, de referenciais baseados nos constituintes quantidade de gordura em proporção ao peso corporal de joevns
com base nos valores de densidade corporal.
da massa isenta de gordura de adultos pode resultar em
Idade (anos) Moças Rapazes
viés da ordem de 7% a 13% na quantidade de gordura rela-
tiva ao peso corporal [1]. 1 - 2 (5,65/Densidade) - 5,26 (5,64/Densidade) - 5,26
3 - 4 (5,58/Densidade) - 5,20 (5,53/Densidade) - 5,14
No entanto, mais recentemente vêm sendo obser-
5 - 6 (5,53/Densidade) - 5,14 (5,43/Densidade) - 5,03
vados avanços importantes nesse campo. Com base em
7 - 8 (5,43/Densidade) - 5,03 (5,38/Densidade) - 4,97
indicações de que a proporção de água na massa isenta
9 - 10 (5,35/Densidade) - 4,95 (5,30/Densidade) - 4,89
de gordura, em média, varia entre 80,6% no nascimento
11 - 12 (5,25/Densidade) - 4,84 (5,23/Densidade) - 5,81
e 73,2% no início da idade adulta e a contribuição dos mi-
nerais e da proteína para a massa isenta de gordura au- 13 - 14 (5,12/Densidade) - 4,69 (5,07/Densidade) - 5,64

menta de, aproximadamente, 4% a 6,2% e de 15% a 19%, 15 - 16 (5,07/Densidade) - 4,64 (5,03/Densidade) - 5,59
17 - 19 (5,05/Densidade) - 4,62 (4,98/Densidade) - 5,53
Nesse particular, há que se levar em conta que a um fator de predição não aprimora significativamente
validação desses novos modelos não pode ser determi- os coeficientes de validação do modelo.
nada diretamente, pois que ainda não é possível deter-
Para análise da composição corporal mediante a
minar a densidade da massa isenta de gordura a não
técnica de bioimpedância elétrica em crianças de ambos
ser em cadáveres. Contudo, comparando-se os valores
os sexos entre 6 e 10 anos de idade, sugere-se modelo ide-
obtidos mediante esses modelos com os produzidos por
alizado como variável dependente a quantidade de água
procedimentos tetracompartimentais, é bem possível
corporal estimada por intermédio da hidrometria [11]:
que os novos modelos sejam mais apropriados e pro-
duzam estimativas da proporção de gordura corporal Água = 0,593 (Estatura2/resistência) + 0,065 (Peso) + 0,04
e massa isenta de gordura mais próximas dos valores Em que:
reais [8].
Água: quantidade de água corporal (L)
Bioimpedância elétrica
Estatura: estatura do jovem (cm)
Informações associadas à bioimpedância elétrica
Resistência: resistência oferecida à condução da
também têm sido sugeridas para análise da composi-
corrente elétrica ()
ção corporal de jovens. Entretanto, a literatura específi-
ca apresenta limitada quantidade de modelos matemá- Peso: peso corporal do jovem (kg)
Uso dos procedimentos ticos ajustados à finalidade de estimar os componentes Uso dos procedimentos
clínicos em situações Nesse caso, o viés de estimativa foi equivalente clínicos em situações
específicas de gordura e de massa isenta de gordura, especifica- específicas
a 1,41 litros. Para o fracionamento do peso corporal em
mente de crianças e adolescentes.
componentes de gordura e de massa isenta de gordura,
124 Recorrendo-se a informações propiciadas por é necessário recorrer às constantes de conversão [11]: 125
análise tricompartimental como variável dependente,
foram sugeridas estimativas da massa isenta de gordu- Moças Rapazes
ra de moças e rapazes, entre 10 e 19 anos, mediante as 5 - 6 anos MIG (kg) = Água/0,780 MIG (kg) = Água/0,770
constantes [9]:
7 - 8 anos MIG (kg) = Água/0,776 MIG (kg) = Água/0,768
MIG = 0,61 (Estatura2/resistência) + 0,25 (Peso) + 1,31
9 - 10 anos MIG (kg) = Água/0,770 MIG (kg) = Água/0,762
Em que:
Antropometria
MIG: massa isenta de gordura (kg)
Ao contrário do que se observa em adultos, raras
Estatura: estatura do jovem (cm)
são as equações com medidas de espessura de dobras
Resistência: resistência oferecida à condução da cutâneas propostas com o fim de estimar os indicado-
corrente elétrica () res de composição corporal de jovens. Até certo ponto,
essa situação deixa transparecer alguma incoerência.
Peso: peso corporal do jovem (kg)
Levando-se em conta que as dificuldades para persua-
Esse modelo foi validado mediante amostra cru- dir crianças e adolescentes a cooperarem com os proce-
zada e foi constatado viés médio de estimativa de 2,1kg. dimentos de qualquer técnica de laboratório são signifi-
Apesar de evidências apontarem que a idade está dire- cativamente maiores que as apresentadas por adultos,
tamente relacionada à impedância em jovens, seus ide- parece existir maior necessidade de utilizar equações
alizadores relataram que adicionar a idade como mais preditivas nesse segmento da população.
Dentre as poucas equações específicas para jovens Moças brancas e negras de qualquer nível
apresentadas na literatura, as sugeridas pela equipe de maturacional:
Slaughter são as que têm recebido maior aceitação. Em % gord = 1,33 (2) – 0,013 (2)2 – 2,5
sua proposição foi envolvida a proporção de gordura,
em relação ao peso corporal, obtida pelas informações
2 35 mm
provenientes de análise multicompartimental como va-
riável dependente e pelo somatório das medidas de es-
pessura das dobras cutâneas destacadas nas regiões Rapazes brancos e negros de qualquer nível
tricipital e subescapular como variável independente. O maturacional:
viés de estimativa produzido pelas equações é estimado % gord = 0,783 (2) + 1,6
entre 3,6% e 3,9% [12].
Moças brancas e negras de qualquer nível
As equações foram propostas considerando-se maturacional:
separadamente sexo, etnia (brancos e negros), nível
% gord = 0,546 (2) + 9,7
maturacional de acordo com critérios propostos por
Tanner (pré-púbere, púbere e pós-púbere) e quantidade Na sequência, foi testada a validade do conjunto
de gordura corporal tendo-se como ponto de corte o so- de equações proposto e o resultado assinalou indicado-
Uso dos procedimentos matório das medidas de espessura das dobras cutâne- res estatísticos bastante satisfatórios [13]. Ainda, estudos Uso dos procedimentos
clínicos em situações as destacadas nas regiões tricipital e subescapular (2) envolvendo curva ROC apontaram quantidades de gor- clínicos em situações
específicas dura, em rapazes e moças, respectivamente, relativa específicas
menor ou igual a 35mm:
ao peso corporal equivalente a 20% e 30% como maior
126 2 ≤ 35 mm potencial de risco para o aparecimento e o desenvol- 127
vimento de fatores de risco predisponentes às doenças
Rapazes/brancos: cardiovasculares em jovens [14].
Pré-púbere Por outro lado, em idades jovens o IMC também
% gord = 1,21 (2) – 0,008 (2) – 1,7
2 pode se constituir em importante critério diagnóstico
preliminar para identificar a presença de excesso de
Púbere
peso e gordura corporal. Todavia, assim como em adul-
% gord = 1,21 (2) – 0,008 (2)2 – 3,4 tos, especificamente para essa finalidade, este índice
Pós-púbere antropométrico deve ser empregado com cautela, visto
que valores mais elevados de IMC podem, não necessa-
% gord = 1,21 (2) – 0,008 (2)2 – 5,5
riamente, apontar maior acúmulo de gordura corporal.
Rapazes/negros: Mas, considera-se que o IMC pode se configurar como
Pré-púbere alternativa interessante ao tratar com jovens obesos, e
% gord = 1,21 (2) – 0,008 (2)2 – 3,5 não se têm disponíveis equipamentos de bioimpedância
ou seus procedimentos não são recomendados para a
Púbere situação, por existirem limitações importantes e a pos-
% gord = 1,21 (2) – 0,008 (2)2 – 5,2 sibilidade de erro de medida das espessuras de dobras
Pós-púbere cutâneas aumenta acentuadamente quando se avaliam
indivíduos obesos.
% gord = 1,21 (2) – 0,008 (2)2 – 6,8
Em adultos existe consenso quanto ao critério 3 0 14,60 17,64 19,38 14,83 17,85 19,50
diagnóstico para quantificar o excesso de peso e gordu- 3 14,52 17,56 19,31 14,74 17,75 19,41
ra corporal a partir do IMC; porém, este não é o caso em
6 14,44 17,48 19,25 14,66 17,66 19,33
jovens. Considerando-se as implicações dos processos
9 14,37 17,41 19,20 14,58 17,58 19,27
de crescimento físico e maturação biológica, ocorrren-
tes nessa fase de desenvolvimento, o significado do IMC 4 0 14,30 17,35 19,16 14,51 17,52 19,23
para jovens solicita diferenciações mais complexas do 3 14,23 17,31 19,14 14,44 17,46 19,20
que aquelas atribuídas aos adultos. Neste particular, no 6 14,16 17,27 19,14 14,38 17,43 19,20
contexto internacional destaca-se a proposta idealizada 9 14.10 17,24 19,16 14,32 17,40 19,22
pela International Obesity Task Force – IOTF [15,16]. Em sín- 5 0 14,04 17,23 19,20 14,26 17,39 19,27
tese, a proposta idealizada pela IOTF provém de dados 3 13,98 17,23 19,27 14,20 17,40 19,35
equivalentes ao IMC de amostras de corte transversal 6 13,93 17,25 19,36 14,15 17,42 19,46
representativas de seis países (Estados Unidos, Grã- 9 13,89 17,28 19,48 14,10 17,46 19,59
Bretanha, Brasil, Cingapura, Holanda e Hong-Kong), o
6 0 13,85 17,33 19,61 14,06 17,52 19,76
que caracteriza a internacionalidade do critério diag-
3 13,82 17,39 19,78 14,02 17,59 19,94
nóstico, coletados entre 1973 e 1993. Os pontos de corte
6 13,81 17,48 19,96 14,00 17,67 20,15
para identificar baixo peso corporal/magreza e exces-
Uso dos procedimentos 9 13,81 17,58 20,17 13,99 17,77 20,36 Uso dos procedimentos
clínicos em situações so de peso corporal/sobrepeso e obesidade em jovens clínicos em situações
específicas com idade entre 2 e 18 anos foram definidos mediante 7 0 13,83 17,69 20,39 14,00 17,88 20,59 específicas
critério epidemiológico, a partir de ajustes de modelos 3 13,86 17,82 20,63 14,02 17,99 20,82
128 matemáticos específicos para sexo e idade, que aos 18 6 13,90 17,96 20,89 14,05 18,12 21,06 129
anos apresentam interceptação com valores de IMC re- 9 13,95 18,12 21,16 14,09 18,26 21,30
presentativos de riscos aumentados de agravamento do
8 0 14,00 18,28 21,44 14,13 18,41 21,56
estado de saúde no início da vida adulta em consequên-
3 14,06 18,45 21,74 14,18 18,56 21,83
cia de deficit ou superavit de peso e gordura corporal, ou
6 14,12 18,63 22,04 14,24 18,73 22,11
seja, 18,5 kg/m2, 25 kg/m2 e 30 kg/m2, respectivamente
9 14,19 18,81 22,35 14,30 18,90 22,41
– Tabela 6.3.
9 0 14,26 18,99 22,66 14,36 19,07 22,71
Tabela 6.3 – Valores equivalentes ao índice de massa corporal
(IMC) classificados de acordo com sexo e idade propostos pela 3 14,33 19,18 22,99 14,42 19,25 23,03
International Obesity Task Force – IOTF [15,16].
6 14,40 19,38 23,31 14,49 19,43 23,34
Idade Moças Rapazes
9 14,49 19,58 23,64 14,56 19,61 23,66
Baixo Baixo
Anos Meses Peso Sobrepeso Obesidade Peso Sobrepeso Obesidade 10 0 14,58 19,78 23,97 14,63 19,80 23,96
Corporal Corporal
3 14,68 19,99 24,29 14,71 19,97 24,25
2 0 14,96 18,09 19,81 15,24 18,36 19,99
6 14,78 20,21 24,62 14,79 20,15 24,54
3 14,86 17,96 19,68 15,13 18,22 19,85
9 14,90 20,43 24,94 14,87 20,33 24,81
6 14,77 17,84 19,57 15,02 18,09 19,73
9 14,68 17,74 19,47 14,92 17,97 19,61 11 0 15,03 20,66 25,25 14,96 20,51 25,07
3 15,16 20,89 25,57 15,05 20,68 25,32
6 15,30 21,12 25,87 15,15 20,85 25,56
9 15,44 21,35 26,18 15,25 21,03 25,79
12 0 15,59 21,59 26,47 15,36 21,20 26,02 Alguns estudos mostram que a composição quími-
3 15,75 21,82 26,76 15,47 21,37 26,24
ca da massa isenta de gordura não influencia significa-
tivamente seu valor de densidade média, mas apontam
6 15,91 22,05 27,05 15,59 21,54 26,45
grande variação interindividuo nas proporções de seus
9 16,07 22,27 27,31 15,71 21,72 26,66
constituintes em homens e mulheres idosos [2]. Sendo
13 0 16,23 22,49 27,57 15,84 21,89 26,87 assim, reforçam a necessidade do uso de abordagens
3 16,40 22,70 27,81 15,87 22,07 27,07 multicompartimentais para proposição de modelos pre-
6 16,55 22,90 28,03 16,11 22,24 27,26 ditivos para estimativas dos indicadores de composição
9 16,71 23,09 28,23 16,25 22,42 27,46 corporal.
14 0 16,86 23,27 28,42 16,39 22,60 27,64 Em pessoas com idade entre 25 e 65 anos obser-
3 17,01 23,44 28,59 16,54 22,77 27,82 va-se um decréscimo substancial na massa isenta de
6 17,16 23,60 28,74 16,68 22,95 28,00 gordura (10 a 16%) devido às reduções identificadas na
9 17,30 23,75 28,88 16,83 23,12 28,16 massa óssea, no músculo esquelético e no aporte de
15 0 17,43 23,89 29,01 16,98 23,28 28,32 água corporal [17]. Menor quantidade de água corporal
3 17,56 24,01 29,12 17,12 23,44 28,47 total reflete na diminuição de fluidos intracelulares, re-
6 17,68 24,13 29,22 17,26 23,59 28,61 percutindo, desse modo, em uma menor massa de mús-
Uso dos procedimentos 9 17,79 24,24 29,31 17,40 23,74 28,75 culo esquelético. Uso dos procedimentos
clínicos em situações clínicos em situações
específicas 16 0 17,90 24,34 29,40 17,53 23,89 28,89 Bioimpedância elétrica específicas
3 17,99 24,44 29,48 17,66 24,04 29,02 Existem relativamente poucos modelos disponí-
130 6 18,08 24,53 29,55 17,79 24,18 29,15 veis com abordagens multicompartimetais, que corri- 131
9 18,17 24,61 29,63 17,92 24,32 29,29 gem a variabilidade interindivíduo do conteúdo mineral
17 0 18,24 24,70 29,70 18,04 24,46 29,43 ósseo e da água corporal total, direcionados à estimati-
3 18,31 24,77 29,77 18,16 24,60 29,57 va dos indicadores de composição corporal através da
6 18,38 24,85 29,85 18,28 24,73 29,71 técnica de BIA especificamente para idosos. Dois des-
9 18,44 24,93 29,92 18,39 24,87 29,86 ses modelos foram idealizados para atender idosos en-
tre 50 e 60 anos e estimam a massa isenta de gordura
18 0 18,5 25 30 18,5 25 30
com viés médio equivalente a 2,8kg e 3,0kg em homens
e mulheres, respectivamente [7]:
Idosos
Mulheres
As alterações observadas nos constituintes da
massa isenta de gordura dos idosos ainda não estão MIG = 0,474 (Estatura2/resistência) + 0,180 (Peso) + 7,3
totalmente estabelecidas. Atualmente, os estudiosos da Homens
área estão tentanto determinar o impacto das altera-
MIG = 0,600 (Estatura2/resistência) + 0,186 (Peso) +
ções nas proporções de água, proteínas e minerais na
0,226 (Reactância) – 10,9
densidade da massa isenta de gordura em razão do en-
velhecimento. Muito do que se conhece sobre o tema é Em que:
especulativo por basear-se em estudos de corte trans- MIG: massa isenta de gordura (kg)
versal, ao invés de delineamentos longitudinais.
Estatura: estatura do jovem (cm)
Resistência: oposição dos tecidos biológicos à Mulheres:
condução da corrente elétrica ()
%Gord = 0,486 (X1) – 0,0015 (X1)2 – 0,067(Idade) – 3,83
Reactância: oposição à condução elétrica devida
Homens:
à capacitância das membranas
celulares () %Gord = 0,573 (X2) – 0,0022 (X2)2 – 0,107(Idade) – 9,35

Peso: peso corporal do jovem (kg) Em que:

A validação do modelo para mulheres idosas re- %Gord: valores preditos de proporção relativa de
sultou em discretas diferenças médias entre os valo- gordura corporal
res de massa isenta de gordura medida e estimada (< X1: somatório das medidas de espessura das
0,8Kg) e o viés médio menor que o encontrado no estu- dobras cutâneas destacadas nas regiões
do original [18]. Portanto, com algum grau de segurança peitoral, subescapular, axilar-média e
podem-se analisar os indicadores de composição cor- coxa medial
poral de mulheres idosas com esse modelo; entretanto,
são necessários estudos específicos para confirmar a X2: somatório das medidas de espessura das
validade de predição do modelo proposto para homens dobras cutâneas destacadas nas regiões
idosos. tricipital, subescapular, abdominal e per
Uso dos procedimentos na medial Uso dos procedimentos
clínicos em situações clínicos em situações
específicas
Antropometria específicas
Idade: idade do indivíduo em anos completo
Dentre os raros modelos antropométricos direcio-
132 Por outro lado, alguns estudiososo da área de- 133
nados à estimativa de indicadores da composição cor-
sencorajam o uso de medidas de espessura de dobras
poral de idosos, os mais comumente utilizados parecem
cutâneas para estimar indicadores de composição cor-
ser os propostos pelo grupo de trabalho de Jackson e
poral de idosos com a justificativa de que, paralelamen-
Pollock [19,20]. No entanto, mesmo caracterizando-se
te ao processo de envelhecimento ocorre diminuição da
como modelos generalizados para essa idade, em suas
elasticidade e da hidratação da pele, além de redução
proposições a variável dependente foi tratada mediante
nas dimensões das células adiposas. Assim, ambos os
abordagem bi-compartimental, através de estimativas
fatores contribuem para um aumento na compressibi-
dos valores de densidade corporal, sendo envolvidos ho-
lidade do tecido subcutâneo, podendo, com isso, inter-
mens e mulheres com idade não superior a 60 anos, e,
ferir negativamente na qualidade de medida das espes-
portanto, pode não ser adequado o uso desses modelos
suras de dobras cutâneas como variável preditora da
em idosos que excedem esse limite de idade.
quantidade de gordura corporal [22]. Dessa forma, o uso
Talvez, seja mais seguro empregar modelo an- do método alternativo, que envolve o IMC, passa a ter
tropométrico proposto com base em abordagens mul- maior destaque para monitorar as alterações de peso e
ticompartimental e que envolveram idosos com idade gordura corporal de idosos do que em outros segmentos
superior a 60 anos. É o caso dos modelos propostos pelo da população [23].
grupo de trabalho de Williams, que originalmente possi-
bilitaram verificar viés médio de estimativa de 2,9% e 3,8 Atletas
para homens e mulheres, respectivamente [21]:
A análise da composição corporal é de fundamen-
tal importância para atletas por motivos biomecânicos e
fisiológicos. De imediato, a massa de gordura não forne-
ce, de maneira direta, a energia solicitada para o traba- bi-compartimentais, ignorando-se as implicações das
lho biológico, não obstante contribuir grandemente para variações dos constituintes da massa isenta de gordura
definição do peso corporal que, em muitos esportes, em atletas [24,25,26,27], mas também validar modelos pro-
necessita ser mobilizado. Nesse caso, o empenho para postos especificamente para população em geral para
vencer a força da gravidade é de suma importância e, uso no meio esportivo [28,29,30]. Em ambos os casos são
portanto, reduzir ao máximo a quantidade de gordura percebidos viés de estimativas extremamente eleva-
corporal e minimizar o peso corporal são ações primor- dos, que desaconselham o emprego desses modelos em
diais para um melhor rendimento atlético. análises da composição corporal de atletas mais segu-
ras e precisas [5].
Por outro lado, existem esportes de contato cor-
poral e lançamento de implemento em que maior peso Portanto, a análise da composição corporal de
corporal pode oferecer vantagens importantes. Nesses atletas, necessariamente, deverá ser encaminhada por
esportes, fazer com que os atletas maximizem sua ca- intermédio de técnicas laboratoriais que permitam o
pacidade de elevar a massa isenta de gordura, sobre- levantamento de informações alicerçadas em aborda-
tudo, por conta do aumento da massa muscular, pode gens multicompartimentais [31,32]. No entanto, mais re-
beneficiar o desempenho. Além disso, um grupo de es- centemente, especialistas da área notaram que o IMC
portes é categorizado de acordo com o peso corporal. de atletas que competem em determinados esportes
Uso dos procedimentos Logo, manter o peso corporal em limites desejáveis sem pode se constituir em interessante indicador de acom- Uso dos procedimentos
clínicos em situações que haja prejuízo para a massa isenta de gordura é um panhamento do peso corporal [33,34]. Em um contexto clínicos em situações
específicas específicas
grande desafio. mais genérico, ressalta-se que a importância dos va-
lores de IMC de atletas é comumente questionada por
134 As proporções adequadas de gordura e massa 135
não considerar as frações de gordura e massa isenta de
isenta de gordura para atletas de cada especialidade
gordura. Contudo, nesse caso, a intenção é unicamente
esportiva são propostas com base em estudos descri-
monitorar a variação do peso corporal dos atletas, pres-
tivos de participantes de equipes de elite, consideran-
supondo-se que variações específicas nos componentes
do-se que, até o momento, não estão suficientemente
de gordura e massa isenta de gordura ocorrem em con-
descritos os fatores morfofuncionais que interagem com
sequência de adaptações morfológicas individuais em
o rendimento esportivo. Assim, as proposições se sus-
virtude da intervenção dietética e do tipo de treino pro-
tentam fundamentalmente no perfil de atletas que tem
posto [3].
alcançado êxito em suas especialidades.
Como ilustração, dados equivalentes ao IMC de
Com relação ao uso de procedimentos clínicos para
462 atletas brasileiros participantes da Olimpiada do Rio
análise da composição corporal de atletas, em razão da
de Janeiro (2016) apontam que, independentemente de
limitada disponibilidade de dados que descrevem as va-
sexo, idade e modalidade de esporte, 77% deles apre-
riações dos constituintes da massa isenta de gordura
sentavam medidas de peso corporal e estatura equiva-
desse segmento da população, infelizmente não se têm
lente à IMC entre 20 e 25 kg/m2, enquanto não mais que
informações quanto à proposição de modelos em que se
2% demonstravam sobrepeso mediante IMC > 30kg/m2.
recorre à técnica de bioimpedância elétrica e antropome-
Esses dados permitem inferir que o rendimento atlético
tria com base em abordagens multicompartimentais [3].
de atletas de elite está associado à presença de peso
Nesse particular, via de regra, tem-se procurado corporal eutrófico, tendo como referência as classifica-
não só idealizar modelos para estimativas da gordura ções para a população em geral, e que, com excessão
e da massa isenta de gordura, mediante abordagens das modalidades de esporte categorizadas por peso
corporal, por exemplo, lutas e halterofilismo, um maior 18. Jenkins KA, Heyward VH, Cook KL, Hicks VL, Quatrochi JA, Wilson WL, et
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and bone mineral density: a meta-analysis. J Clin Endocrinol Metab 2014;
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Uso dos procedimentos
clínicos em situações
específicas

138
Considerações Finais
O adequado acompanhamento de programas
com finalidade de controle do peso corporal, por inter-
médio de intervenções dietéticas e de prática de exer-
cício físico, requer informações precisas quanto aos
principais componentes do peso corporal. A simples
redução ponderal não reflete necessariamente controle
saudável do peso corporal. Em razão da estreita relação
entre as adaptações morfológicas e o perfil metabólico
e funcional para o adequado funcionamento orgânico, é
fundamental acompanhar as alterações associadas aos
indicadores de composição corporal, particularmente
da gordura e da massa isenta de gordura, mediante téc-
nicas de medidas específicas e válidas para o grupo de
indivíduos em questão.
Dependendo do nível de exigência para a preci-
são, a exatidão e a validade das informações a serem
tratadas, os procedimentos clínicos constituem-se em
Considerações
opção aceitável e acessível para análise da composição Finais
corporal. Nesse particular, as técnicas com caracterís-
ticas clínicas mais empregadas são a bioimpedância e
a antropometria. Contudo, apesar da sua maior exe- 141
quibilidade comparativamente com os procedimentos
laboratoriais, os procedimentos clínicos apresentam li-
mitações e especificidades no uso de seus protocolos as
quais devem, necessariamente, ser consideradas quan-
do de sua utilização.
Embora a relativa validade preditiva da técnica de
medida de espessura de dobras cutâneas seja similar
à de bioimpedância, se utilizada em condições clínicas
controladas, a bioimpedância parece ser mais atrativa
porque não requer do profissional habilidade técnica es-
pecífica, sendo o método mais confortável e menos in-
trusivo para os avaliados e podendo, além disso, ser uti-
lizado para analisar a composição corporal de sujeitos
com sobrepeso e/ou obesos. Apesar de seu menor cus-
to operacional em razão do equipamento empregado,
por tratar-se da definição de um tecido mole e de mais
difícil identificação anatômica, a técnica de medida de
espessura de dobras cutâneas exige do profissional
elevado grau de treinamento para a exata localização
e destaque das dobras cutâneas. Ainda, o desenvolvi- essas características propostas e/ou validadas para uso
mento muscular e a quantidade de gordura localizada, em atletas, sendo necessário recorrer às técnicas labo-
especificamente na região anatômica em que a dobra ratoriais, o que limita, em muito, a utilização de proce-
cutânea é destacada, pode alterar a consistência da tela dimentos clínicos para análise da composição corporal
subcutânea, potencializando o risco de erros de medida. no meio esportivo.
Grande quantidade de equações direcionadas à
análise da composição corporal empregadas nas técni-
cas de bioimpedância e espessuras de dobras cutâneas
é disponibilizada na literatura com abordagem clássica
de dois compartimentos (gordura e massa livre de gor-
dura). Contudo, previamente ao uso dessas equações
deve-se observar com especial atenção seu princípio
de validação em amostras de indivíduos pertencentes
à população que se pretende avaliar. Proposição de
equações desse tipo não significa necessariamente que
estas possam ser empregadas em todas as populações.
Torna-se necessário submetê-las a um processo de va-
Considerações Considerações
Finais lidação para ajustar seus coeficientes preidíticos e esta- Finais
belecer os novos vieses de estimativas específicos para
aquela população.
142 143
Com referência aos jovens, aos idosos e aos atle-
tas, estimativas equivalentes aos indicadores de compo-
sição corporal exigem pressupostos específicos de fra-
cionamento do peso corporal, que diferem dos tradicio-
nalmente empregados em somente dois compartimen-
tos. Enquanto a proporção dos constituintes da massa
isenta de gordura se mantém razoavelmente constante
em adultos, nos períodos críticos de crescimento e ma-
turação dos jovens, nos processos mais acentuados de
envelhecimento das estruturas biológicas e nos atletas
em fase de treino, essa proporção sofre profundas va-
riações.
Assim, ao insistir-se no uso das técnicas de bioim-
pedância e antropométrica para análise da composição
corporal, nesses três segmentos da população, conside-
ra-se como de fundamental importância adotar mode-
los derivados de conceitos provenientes de abordagens
multicompartimentais. Nesse caso, infelizmente, até o
momento, não se encontram disponíveis equações com
ARTIGO
ORIGINAL

Impacto da utilização de diferentes compassos de dobras


cutâneas para a análise da composição corporal
Edilson Serpeloni Cyrino1, Alexandre Hideki Okano1,2, Maria Fátima Glaner1,3, Marcelo Romanzini1, Luís
Alberto Gobbo1, Altair Makoski1, Nelson Bruna1, Juliana Cordeiro de Melo1 e Gustavo Neri Tassi1

RESUMO mativa produzidos por diferentes equações preditivas em-


pregadas para a análise da composição corporal.
Com o avanço nos estudos na área de composição cor-
poral, tem-se observado que muitos fatores podem interfe- Palavras-chave: Espessura de dobras cutâneas. Composição cor-
rir na estimativa da gordura corporal relativa, a partir do poral. Compassos. Equações preditivas.
emprego do método de espessura de dobras cutâneas. As-
sim, o propósito deste estudo foi investigar o impacto da
adoção de diferentes compassos para a análise da compo- RESUMEN
sição corporal mediante medidas de espessura de dobras Impacto del uso de las diferentes medidas del doblez cu-
cutâneas. Para tanto, 259 sujeitos do sexo masculino (23,3 táneo para el análisis de la composición corporal
± 2,9 anos) fizeram parte da amostra. As espessuras de nove Con el avance de los estudios en el área de composición
dobras cutâneas foram mensuradas (abdominal, supra-ilía- corporal, se ha observado que muchos factores pueden
ca, subescapular, tricipital, bicipital, axilar média, peito- interferir en la estimación de concentración de grasa cor-
ral, perna medial, coxa) pelos compassos Lange (norte- poral relativa, a partir del empleo del método del espesor
americano) e Cescorf (brasileiro), com precisão de 1,0 e del doblez cutáneo. Siendo así, el propósito de este estudio
0,1mm, respectivamente. Diferenças significantes foram fue investigar el impacto al tomar en cuenta el doblez cu-
encontradas na comparação entre os compassos em todas táneo para el análisis de la composición corporal median-
as espessuras de dobras investigadas (1,8 a 31,0%), sendo te las medidas con diferentes espesores. Para tal fin, 259
os maiores valores determinados pelo compasso Lange (p individuos del sexo masculino (23,3 ± 2,9 anos) hicieron
< 0,01). Quando esses valores foram aplicados a quatro parte de la muestra. Se realizó la medición, por su espe-
diferentes equações preditivas, desenvolvidas por diferen- sor, de nueve dobleces cutáneos (abdominal, suprailiaca,
tes pesquisadores, a estimativa da gordura corporal foi sig- subescapular, del tríceps, del bíceps, axilar medio, pecto-
nificantemente modificada (p < 0,01), resultando em dife- ral, pierna media, muslo) por los métodos Lange (norte-
renças de 5,2 a 6,9%. Os resultados indicam que a utilização americano) y Cescorf (brasileño), con precisión de 1,0 y
de diferentes compassos pode maximizar os erros de esti- 0,1mm., respectivamente. Fueron encontradas diferencias
significativas al comparar las medidas del espesor de los
dobleces investigados (1,8 a 31,0%), donde los mayores
1. Grupo de Estudo e Pesquisa em Metabolismo, Nutrição e Exercício. Cen-
tro de Educação Física e Desportos. Universidade Estadual de Londrina.
valores fueron determinados por el método Lange (p <
2. Universidade Estadual de Campinas.
0,01). Al aplicarse estos valores a cuatro ecuaciones de
3. Universidade Católica de Brasília. predicción diferentes, desarrolladas por diferentes espe-
Recebido em 8/9/02 cialistas e investigadores, la estimación de grasa corporal
2a versão recebida em 4/1/03 se modificó significativamente (p < 0,01), obteniendo dife-
Aceito em 18/5/03 rencias de 5,2 a 6,9%. Los resultados indican que la utili-
zación de diferentes medidas del doblez cutáneo, puede
Endereço para correspondência: maximizar los errores de estimación producidos por dife-
Grupo de Estudo e Pesquisa em Metabolismo, Nutrição e Exercício rentes ecuaciones de predicción empleadas para el análi-
Centro de Educação Física e Desportos
Universidade Estadual de Londrina
sis de la composición corporal.
Rod. Celso Garcia Cid, km 380, Campus Universitário
86051-990 – Londrina, PR – Brasil Palabras clave: Espesor del doblez cutáneo. Composición corpo-
E-mail: emcyrino@uel.br ral. Medidas. Ecuaciones de predicción.
Rev Bras Med Esporte _ Vol. 9, Nº 3 – Mai/Jun, 2003 145
INTRODUÇÃO posição corporal ao longo das duas últimas décadas. O CCF
apresenta design e mecânica semelhantes aos do HRP, com
Dentre os principais métodos de avaliação da composi-
pressão constante exercida em qualquer abertura de suas
ção corporal, o método de espessura de dobras cutâneas
mandíbulas de aproximadamente 10g/mm2, unidade de
(EDC) tem-se destacado, sobretudo pela sua fácil aplicabi-
medida de 0,1mm e área de contato (superfície) de 90mm2,
lidade, pelo seu baixo custo operacional e por apresentar
segundo o fabricante. Entretanto, poucas são as informa-
validade e fidedignidade.
ções sobre esse tipo de compasso, sobretudo quando com-
O método de EDC é considerado duplamente indireto por parado com outros equipamentos de mesma natureza, con-
ser estruturado a partir dos pressupostos assumidos pela tudo, consagrados pela literatura.
pesagem hidrostática (PH) que, apesar de ser indireto, tem Com base nas informações apresentadas, o propósito
sido considerado padrão-ouro para os estudos da composi- deste estudo foi comparar os valores de espessuras de do-
ção corporal em humanos. Assim, tal como o método de bras cutâneas produzidos pelos compassos LNG e CCF e, a
PH, o de EDC possibilita análise bicompartimental (massa
seguir, analisar o impacto das possíveis diferenças encon-
gorda e massa corporal magra), visto que a avaliação da tradas sobre a estimativa da gordura corporal relativa obti-
composição corporal é realizada a partir da estimativa da da por diferentes equações preditivas.
densidade corporal gerada por meio da utilização de equa-
ções de regressão específicas ou generalizadas. METODOLOGIA
Acredita-se que em adultos saudáveis cerca de um terço
Sujeitos
da gordura total se localize na região subcutânea1. Além
disso, parece existir boa relação entre a gordura localizada Duzentos e cinqüenta e nove homens (23,3 ± 2,9 anos),
nos depósitos subcutâneos com a gordura interna e a den- aparentemente saudáveis, participaram deste estudo. To-
sidade corporal2. dos os sujeitos, após serem informados sobre o propósito
Como os pontos de acúmulo de gordura subcutânea não da investigação e os procedimentos aos quais seriam sub-
se apresentam de forma uniforme, faz-se necessária a men- metidos, assinaram termo de consentimento informado.
suração da espessura de dobras cutâneas em diferentes Métodos
pontos anatômicos, localizados nos diversos segmentos A massa corporal foi obtida em uma balança digital, da
corporais (braços, pernas e tronco), na tentativa de obter marca Urano (modelo PS 180A), com unidade de medida
uma visão mais clara da distribuição de gordura, tanto ge- de 0,1kg, ao passo que a estatura foi determinada em um
ral quanto regional2,3. Desse modo, os pontos anatômicos a estadiômetro de madeira, com unidade de medida de 0,1cm,
serem adotados para a estimativa da densidade corporal e, de acordo com os procedimentos descritos por Gordon et
conseqüentemente, da gordura corporal relativa, são de- al.8. A partir das medidas de massa corporal e estatura cal-
pendentes da equação preditiva adotada4. culou-se o índice de massa corpórea (IMC) por meio do
Vários são os fatores que podem afetar as medidas de quociente massa corporal/estatura2, sendo a massa corpo-
espessura de dobras cutâneas, dentre os quais se destaca o ral expressa em quilogramas (kg) e a estatura em metros
tipo de adipômetro ou compasso a ser empregado, uma vez (m).
que esse instrumento deve propiciar medidas precisas e Para a análise do comportamento da adiposidade subcu-
passíveis de serem reproduzidas. tânea foram medidas as espessuras das seguintes dobras
Nesse sentido, apesar da existência de diversos compas- cutâneas: supra-ilíaca (SI), subescapular (SE), tricipital (TR),
sos, os que apresentam maior aceitação no meio científico bicipital (BI), perna medial (PM), coxa (CX) e peitoral (PT),
internacional são ainda o Lange (norte-americano) e o de acordo com os procedimentos descritos por Harrison et
Harpenden (inglês), visto que existem estudos específicos al.3, e abdominal (AB), determinada paralelamente ao eixo
sobre a fidedignidade de medidas desses instrumentos que longitudinal do corpo, aproximadamente 2cm à direita da
compararam as estimativas de gordura corporal relativa borda lateral da cicatriz umbilical; axilar média (AM), me-
produzidas a partir do uso de cada um deles com os resul- dida obliquamente acompanhando o sentido dos arcos in-
tados obtidos pelo método de PH5,6. Além disso, na compara- tercostais. Tais medidas foram realizadas por um único
ção entre cinco tipos de compasso, Whitehead7 comprovou avaliador, com o coeficiente teste-reteste excedendo 0,95
que o Lange (LNG) e o Harpenden (HRP) eram os melhores para cada um dos pontos anatômicos e erro técnico de
projetados em termos de precisão. medida de no máximo ± 0,8mm e ± 1,0mm para os com-
No Brasil, o compasso Cescorf (CCF), fabricado no pró- passos Cescorf e Lange, respectivamente. Vale ressaltar que,
prio país, tem recebido grande aceitação por parte de usuá- quando necessário, as medidas realizadas com o compasso
rios do método de EDC e por pesquisadores da área de com- Lange foram ajustadas por interpolação linear de 0,5mm.
146 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 9, Nº 3 – Mai/Jun, 2003
TABELA 1
Equações preditivas utilizadas para o cálculo da densidade corporal

Investigadores Ano Equação preditiva

Durnin e Womersley9 1974 Dc = 1,1765-0,0744 Log10 (∑4EDC1)

Jackson e Pollock 10 1978 Dc = 1,109380-0,0008267 (∑3EDC)


+ 0,0000016 (∑3EDC)2-0,0002574 (Id)

Jackson e Pollock10 1978 Dc = 1,1120-0,00043499 (∑7EDC)


+ 0,00000055 (∑7EDC)2-0,00028826 (Id)
Petroski11 1995 Dc = 1,10726862-0,00081201 (∑4EDC2)
+ 0,00000212 (∑4EDC)2-0,00041761 (Id)
Dc = densidade corporal; EDC = espessura de dobras cutâneas; ∑3EDC = AB + PT + CX; ∑4EDC1 = SI + SE +
TR + BI; ∑4EDC2 = SI + SE + TR + PM; ∑7EDC = AB + SI + SE + TR + PT + CM + AM; Id = idade (anos).

Todas as medidas foram realizadas de forma rotacional RESULTADOS


e replicadas três vezes com cada compasso, sendo regis-
A descrição das características físicas dos sujeitos é apre-
tradas por um anotador. A mediana entre as três medidas
sentada na tabela 2.
executadas em cada ponto anatômico foi adotada como
Os valores individuais da espessura de nove dobras cutâ-
valor de referência. No final de cada uma das três seqüên-
neas mensuradas pelos compassos LNG e CCF são apresen-
cias, o avaliador necessariamente trocava os compassos. A
tados na tabela 3. Diferenças significantes foram encon-
seqüência de medidas adotadas para este estudo foi a se-
tradas em todas as dobras cutâneas na comparação entre os
guinte: AB, SI, SE, TR, BI, PT, PM, CX e AM. As mensurações
dois compassos (p < 0,01), o LNG apresentando valores
foram realizadas no hemicorpo direito, com os avaliados
mais elevados. A espessura de dobra cutânea que apresen-
vestindo somente uma sunga.
tou menor diferença entre os compassos foi a axilar média,
A partir dos valores das espessuras de dobras cutâneas,
enquanto que maiores variações ocorreram na dobra bici-
foi calculada a densidade corporal empregando-se equa-
pital (1,8 e 31%, respectivamente).
ções preditivas propostas por Durnin e Womersley9, Jack-
Na tabela 4 encontram-se os valores de gordura corporal
son e Pollock10 e Petroski11 (tabela 1). A gordura corporal
relativa estimados a partir de quatro equações preditivas
relativa foi estimada a partir das equações propostas por
para o cálculo da densidade corporal.
Siri12 ou Brozek et al.13, de acordo com as informações
As diferenças de estimativa na gordura corporal relati-
apresentadas originalmente pelos autores acima citados.
va, provocadas pela utilização dos compassos LNG e CCF,
Os dados foram tratados mediante procedimentos des-
critivos e todas as comparações entre os compassos foram
realizadas por meio do teste t de Student para amostras TABELA 3
dependentes. As informações foram processadas no paco- Espessura de dobras cutâneas (mm) e
te computacional StatisticaTM. correlação entre os compassos Lange e Cescorf

Dobras cutâneas (mm) Lange Cescorf

AB 18,9 ± 7,6* 18,0 ± 7,9


TABELA 2
SI 15,0 ± 7,3* 14,7 ± 7,2
Características gerais dos sujeitos estudados
SE 14,5 ± 6,1* 14,1 ± 5,9
TR 12,7 ± 5,3* 11,3 ± 5,0
Variáveis Média Desvio Mínimo Máximo BI 05,5 ± 2,4* 04,2 ± 2,1
padrão PT 09,9 ± 5,2* 09,6 ± 4,9
PM 09,8 ± 4,3* 08,9 ± 4,0
Idade (anos) 023,3 2,9 018,0 030,0 AM 11,2 ± 6,2* 11,0 ± 5,7
Massa corporal (kg) 073,2 9,7 053,3 102,0 CX 15,1 ± 5,8* 13,8 ± 5,5
Estatura (cm) 178,0 6,2 159,0 190,5
IMC (kg/m2) 023,1 2,6 017,9 031,2 * p < 0,01 vs. Cescorf.

Rev Bras Med Esporte _ Vol. 9, Nº 3 – Mai/Jun, 2003 147


TABELA 4 finalização do movimento (leitura). Portanto, provavelmen-
Comparação entre os valores da gordura corporal relativa te neste estudo, a diferença na área de contato dos dois
estimada por diferentes equações preditivas a partir da compassos seja uma das causas para valores superiores nas
utilização dos compassos Lange e Cescorf espessuras de dobras cutâneas mensuradas pelo LNG.
Tais diferenças são inferiores aos encontrados por Gru-
Equações preditivas Lange Cescorf ber et al.14, na comparação entre os compassos LNG e HRP.
(1) 19,6 ± 5,7* 18,5 ± 5,9 Esses autores verificaram que o HRP subestima em 11,8%
(2) 12,4 ± 5,1* 11,6 ± 5,0 os valores determinados pelo LNG.
(3) 13,1 ± 5,5* 12,4 ± 5,4 Da mesma forma, Lohman et al.17 verificaram que os
(4) 16,2 ± 5,4* 15,4 ± 5,3 valores de percentual de gordura obtidos pelo HRP esta-
* p < 0,01 vs. Cescorf
vam subestimados em torno de 11% a 17% em relação aos
Nota: Equações preditivas: 1) Durnin e Womersley9; 2) Jackson e Pollock10 – 3EDC; 3) determinados pelo LNG, de acordo com a equação prediti-
Jackson e Pollock10 – 7EDC; 4) Petroski11.
va analisada.
As diferenças na magnitude da predição da adiposidade
foram significantes em todas as equações analisadas (p < a partir de diferentes compassos entre o presente estudo e
0,01), variando entre 5,2 e 6,9%, sendo os maiores valores os estudos de Lohman et al.17 e Gruber et al.14 indicam
determinados pelo LNG. que, embora os compassos CCF e HRP tenham design e me-
cânica semelhantes, a diferença na precisão (0,1 e 0,2mm,
DISCUSSÃO respectivamente) não pode ser desprezada no momento da
A importância de investigar as possíveis diferenças en- análise dos resultados produzidos por esses equipamentos.
tre os diversos tipos de compassos de dobras cutâneas, bem Vale ressaltar que ainda não existem informações disponí-
como o impacto dessas informações para o estudo da com- veis na literatura sobre a comparação entre esses compas-
posição corporal, começou a ser demonstrado, sobretudo, sos.
a partir da década 80. Assim, achados semelhantes aos en- Na amostra investigada, as diferenças de estimativa pro-
contrados na presente investigação foram relatados por vocadas pelo uso de dois diferentes compassos (LNG e CCF)
outros estudos, indicando maiores valores para o compas- equivalem a aproximadamente 500 a 800g a mais de gor-
so LNG quando comparado com outros compassos14-16. dura e, conseqüentemente, a menos de massa corporal
As diferenças estatísticas observadas na comparação magra, quando da utilização do LNG em comparação com
entre as espessuras de cada uma das nove dobras cutâneas os valores obtidos pelo CCF.
investigadas (p < 0,01) sugerem que as possíveis diferen- Apesar da compreensão de que a estimativa da compo-
ças entre os compassos estejam, provavelmente, atreladas sição corporal já é complicada por si só, acreditamos que
a fatores como diferentes níveis de precisão dos instrumen- as informações produzidas pela aplicação das medidas pro-
tos utilizados (0,1 a 1,0mm), diferenças no modelo e na duzidas por diferentes compassos em diversas equações
mecânica desses equipamentos. de regressão, desenvolvidas para a estimativa da densida-
Nesse sentido, a área de contato da mandíbula do LNG é de corporal, possam auxiliar na redução das possíveis fon-
30mm2, enquanto que a do CCF é 90mm2, com a pressão tes de erro de medida que envolvem o método de EDC17.
exercida por ambos os compassos sendo constante e relati- Uma vez que esse método de avaliação da composição cor-
vamente semelhante (aproximadamente 10g/mm2). Assim, poral, por ser considerado duplamente indireto, já traz con-
como a pressão reflete a relação entre força e área de con- sigo uma série de limitações atreladas ao método de refe-
tato, uma diferença de três vezes na área de contato, com a rência (pesagem hidrostática)4.
pressão sendo semelhante, faz com que a força a ser exer- Em função da variabilidade biológica causada, sobretu-
cida para abrir as hastes do compasso CCF seja cerca de do, pelas diferenças interindividuais na relação entre a gor-
três vezes maior do que a aplicada no LNG. dura subcutânea e a gordura corporal total, pelo menos teo-
De forma semelhante, alguns pesquisadores já tinham ricamente, a precisão das equações que empregam medidas
relatado que o HRP, cujo design e mecânica aparentemente de EDC para a estimativa da densidade corporal e da gordu-
são semelhantes aos do CCF, requer três vezes mais força ra corporal relativa é 0,0075g/cm3 e 3,3 pontos percentuais,
para abrir suas hastes em razão das diferenças na área de respectivamente18. Portanto, erros de predição ≤ 3,5 pon-
contato, o que provoca maior compressão do tecido adipo- tos percentuais de gordura relativa ou 0,0080g/cm3 para as
so14,17. Tal fato pôde ser comprovado por Gruber et al.14 equações envolvendo EDC podem ser considerados aceitá-
que verificaram que, para uma mesma dobra cutânea, o veis, visto que uma parte desses erros é atribuída ao méto-
compasso HRP leva em torno de um segundo a mais para a do de referência19. Assim, tomando como exemplo a equa-
148 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 9, Nº 3 – Mai/Jun, 2003
ção proposta por Petroski11, que foi desenvolvida a partir Todos os autores declararam não haver qualquer poten-
do compasso LNG, esta apresentou um erro padrão de es- cial conflito de interesses referente a este artigo.
timativa (EPE) para a densidade corporal de 0,0075g/cm3
ou 3,3 pontos percentuais de gordura relativa, durante o
seu desenvolvimento. De acordo com os critérios propos- REFERÊNCIAS
tos por Lohman20, esse modelo poderia ser classificado entre 1. Lohman TG. Applicability of body composition techniques and constants
bom e muito bom. Por outro lado, caso fosse empregado o for children and youth. Exerc Sport Sci Rev 1986;14:325-57.
compasso CCF, teríamos um erro acrescido em 1,2 ponto 2. Martin AD, Ross WD, Drinkwater DT, Clarys JP. Prediction of body fat
by skinfold caliper: assumptions and cadaver evidence. Int J Obes Relat
percentual na estimativa da gordura corporal relativa, o que
Metab Disord 1985;9:31-9.
levaria este modelo para uma classificação considerada 3. Harrison GG, Buskirk ER, Carter LJE, Johston FE, Lohman TG, Pol-
apenas razoável. lock ML, et al. Skinfold thicknesses and measurement technique. In:
Vale destacar que as quatro equações investigadas, pro- Lohman TG, Roche AF, Martorell R, editors. Anthropometric standard-
ization reference manual. Champaign: Human Kinetics Books, 1988;
postas originalmente a partir do compasso LNG, tiveram
55-70.
seus resultados subestimados de 5,2% a 6,5% pelo com- 4. Heyward VH, Stolarczyk LM. Avaliação da composição corporal apli-
passo CCF. cada. São Paulo: Manole, 2000.
5. Hayes PA, Sowood PJ, Belyavin A, Cohen JB, Smith FW. Subcutaneous
CONCLUSÕES fat thickness measured by magnetic resonance imaging, ultrasound, and
calipers. Med Sci Sports Exerc 1988;20:303-9.
Os resultados do presente estudo indicam que a estima- 6. Sloan AW, Shapiro MA. Comparison of skinfold measurements with
tiva da gordura corporal pode ser afetada significantemen- three standard calipers. Hum Biol 1972;44:29-36.
te pelo tipo de compasso utilizado, o que parece estar dire- 7. Whitehead JR. A study of measurement variation among different skin-
fold calipers. Br J Phys Educ 1990;7:10-4.
tamente relacionado com a precisão, design (superfície de
8. Gordon CC, Chumlea WC, Roche AF. Stature, recumbent length, and
contato) e mecânica do instrumento. weight. In: Lohman TG, Roche AF, Martorell R, editors. Anthropomet-
Dessa forma, a estimativa da gordura corporal relativa, a ric standardization reference manual. Champaign: Human Kinetics
partir do compasso CCF, tende a ser de 5,2 a 6,9% menor Books, 1988;3-8.
9. Durnin JVGA, Womersley J. Body fat assessed from total body density
do que a obtida pelo compasso LNG, de acordo com as equa-
and its estimation from skinfold thickness: measurements on 481 men
ções preditivas investigadas neste estudo. Essas diferenças and women aged from 16 to 72 years. Br J Nutr 1974;32:77-97.
implicam valores mais elevados de gordura corporal e, con- 10. Jackson AS, Pollock ML. Generalized equations for predicting body
seqüentemente, menores valores de massa corporal magra density of men. Br J Nutr 1978;40:497-504.
11. Petroski EL. Desenvolvimento e validação de equações generalizadas
quando empregado o compasso LNG.
para a estimativa da densidade corporal em adultos. Tese de Doutorado,
Como a determinação e a validação de equações prediti- Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal de Santa
vas para o cálculo da densidade corporal são realizadas a Maria, 1995.
partir do uso de um determinado tipo de compasso, as di- 12. Siri WE. Body composition from fluid spaces and density: analysis of
methods. In: Brozek J, Henschel A, editors. Techniques for measuring
ferenças provocadas pelo uso de diferentes tipos de com-
body composition. Washington: National Academy of Science, 1961;
passo tendem a aumentar o erro de estimativa da equação 223-44.
empregada, comprometendo os resultados obtidos pelo mé- 13. Brozek J, Grande F, Anderson JT, Keys A. Densitometric analysis of
todo de EDC. body composition: revision of some quantitative assumption. Ann N Y
Acad Sci 1963;110:113-40.
Assim, a escolha do compasso a ser adotado como ins-
14. Gruber JJ, Pollock ML, Graves JE, Colvin AB, Braith RW. Comparison
trumento de medida da gordura corporal deve ser feita com of Harpenden and Lange caliper in predicting body composition. Res Q
base nas equações preditivas escolhidas para serem utili- Exerc Sport 1990;61:184-90.
zadas em uma determinada população. 15. Hawkins JD. An analysis of selected skinfold measuring instruments. J
Health Phys Educ Rec Dance 1983;54:25-7.
Vale ressaltar que o monitoramento das possíveis modi-
16. Zando KA, Robertson RJ. The validity and reliability of the Cramer
ficações na composição corporal, geradas ao longo do tem- Skyndex caliper in the estimation of percent body fat. J Athletic Train-
po, também pode ser comprometido com o uso de diferen- ing 1987;22:23-5.
tes compassos em momentos distintos. 17. Lohman TG, Pollock ML, Slaughter MH, Brandon LJ, Boileau RA.
Methodological factors and the prediction of body fat in female athletes.
Para finalizar, parece interessante o desenvolvimento de
Med Sci Sports Exerc 1984;16:92-6.
equações de correção entre os diferentes compassos para 18. Lohman TG. Skinfolds and body density and their relation to body fat-
os diversos pontos anatômicos de medida, no sentido de ness: a review. Hum Biol 1981;53:181-225.
minimizar as diferenças existentes entre eles. Além disso, 19. Jackson AS. Research design and analysis of data procedures for pre-
dicting body density. Med Sci Sports Exerc 1984;16:616-22.
outras investigações com compassos com design, mecâni-
20. Lohman TG. Advances in body composition assessment. Current issues
ca e precisão diferenciados podem contribuir para o uso in exercise science series. Monograph No. 3. Champaign: Human Ki-
mais adequado do método de EDC. netics Books, 1992.
Rev Bras Med Esporte _ Vol. 9, Nº 3 – Mai/Jun, 2003 149
PHYSIOLOGICAL REVIEWS
Vol. 80, No. 2, April 2000
Printed in U.S.A.

Human Body Composition: In Vivo Methods


KENNETH J. ELLIS

Body Composition Laboratory, United States Department of Agriculture/ARS Children’s Nutrition Research
Center, Department of Pediatrics, Baylor College of Medicine and Texas Children’s Hospital, Houston, Texas

I. Historical Background and Cadaver Studies 650


II. Body Composition Models 650
A. Two-compartment models 650
B. Three-compartment models 651
C. Four-compartment models 651
D. Multicompartment models 651
III. Body Density and Volume Measurements 653
A. Underwater weighing 653
B. Air-displacement plethysmography 654
IV. Dilution Methods 655
A. Basic principle 655
B. Total body water 655
C. Extracellular water 656
D. Intracellular water 656
V. Bioelectrical Impedance and Conductance Methods 656
A. Bioelectrical impedance analysis 656
B. Bioelectrical impedance spectroscopy 657
C. Total body electrical conductivity 658
VI. Whole Body Counting and Neutron Activation Analysis 659
A. Total body potassium 659
B. Neutron activation analysis 660
VII. Dual-Energy X-ray Absorptiometry 662
A. Absorptiometric principle 662
B. Bone mineral measurements 662
C. Triple-energy X-ray techniques 663
VIII. Magnetic Resonance Imaging and Computed Tomography 664
A. Magnetic resonance imaging 664
B. Computed tomography 665
IX. Reference Body Composition Data 666
A. Infants 666
B. Children 667
C. Adults 668
X. Measurement of Changes in Body Composition 669
XI. Summary 671

Ellis, Kenneth J. Human Body Composition: In Vivo Methods. Physiol. Rev. 80: 649 – 680, 2000.—In vivo methods
used to study human body composition continue to be developed, along with more advanced reference models that
utilize the information obtained with these technologies. Some methods are well established, with a strong
physiological basis for their measurement, whereas others are much more indirect. This review has been structured
from the methodological point of view to help the reader understand what can be examined with each technique.
The associations between the various in vivo methods (densitometry, dilution, bioelectrical impedance and con-
ductance, whole body counting, neutron activation, X-ray absorptiometry, computer tomography, and magnetic
resonance imaging) and the five-level multicompartment model of body composition are described, along with the
limitations and advantages of each method. This review also provides an overview of the present status of this field
of research in human biology, including examples of reference body composition data for infants, children,
adolescents, and adults.

0031-9333/00 $15.00 Copyright © 2000 the American Physiological Society 649

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650 KENNETH J. ELLIS Volume 80

I. HISTORICAL BACKGROUND AND erence body composition data or prediction equations for
CADAVER STUDIES the full life span are provided. This review is intended to
present a status report of this field of human biology, to
Analyses of tissue biopsies have long been a part of stimulate the interested reader to look further, and to
the practice of medicine and have contributed greatly to provide the necessary references to assist in that search
our fundamental knowledge of the basic physiology and for knowledge.
metabolism of the human body. The removal of a small
amount of tissue from a living subject, be it of bone,
II. BODY COMPOSITION MODELS
muscle, skin, fat, or visceral origin, is technically rather
simple, although the procedure is not always comfortable
There is an abundance of anthropometric data on the
or without risk for the subject. The performance of pre-
human body, including measurements of skinfold thick-
cise analyses of the makeup of the excised sample is
ness at numerous sites, circumferences and lengths at
possible with today’s advanced technologies. However, it
various body parts or regions, and a number of weight-
can be very difficult to accurately extrapolate from a
for-stature indexes. These anthropometry-based models
single tissue sample to a complete organ, much less to the
have been developed to predict body composition for all
whole body; extrapolation is often the source of substan-
age groups (29, 183, 186, 258). These anthropometry-
tial error when estimating total body composition. Not-
based estimates of body composition are not the focus of
withstanding this limitation, most of our information
this review, nor are methods such as ultrasound for the
about the composition of the human body has been de-
replacement of skinfold calipers (22, 158, 310).
rived in this manner and has been compiled over the years
into the concept of the Reference Man (296).
Most of the studies of the human fetus and infants A. Two-Compartment Models
were conducted in the earlier part of the 1900s (105, 130,
157, 223). Direct chemical analyses of the adult whole Some of the earliest information about the composi-
body are much more limited. In the 1950 –1970s, there tion of the human body was based on chemical analyses
were the classic works of Widdowson and co-workers of specific organs, and occasionally of the whole body.
(342–344), who examined both infants and adults, Development and application of the classic two-compart-
whereas Forbes and co-workers (116, 118, 119) reported ment (2-C) model of body composition have accelerated
cadaver analyses of adults only. Whole body human ca- in recent years because of the association of excess body
daver analyses for ages between infancy and adulthood fat with increased risk for cardiovascular diseases. In the
do not exist, except for the data of one 4.5-yr-old male basic 2-C model, the body is divided into two parts. One
child, who died of tuberculous meningitis (344). More consists of body fat, and all the remaining tissues are
recently, Knight et al. (164) performed two adult cadaver lumped together into the part known as the fat-free mass
assays, mainly focused on the determination of total body (FFM). The direct measurement of body fat mass has
nitrogen. Complete dissections of adult human bodies never been easy and remains a significant challenge for
also have been performed, with subsequent reports on the most body composition techniques. However, if one can
variations in organ weights, but not the chemical or mo- determine the total FFM, then body fat can be defined
lecular makeup of the body (5, 48, 200, 201, 214, 220). indirectly as the difference between body weight and
These limited data showed that the chemical composition FFM. The 2-C model, which has been used in body com-
of the body’s various tissues is relatively constant among position research for more than 50 years, continues to
individuals, although it is not constant from birth. These serve a vital role, especially in the evaluation of newer
data represent the direct chemical assay of the whole technologies focusing on body fat assessment.
human body and have served as the reference base for the The earliest and probably the most frequently used
development of various models of human body composi- 2-C model is based on the measurement of total body
tion. With the exception of the total body nitrogen mea- density. The most common method is hydrodensitometry
surement, none of the newer in vivo methodologies has or UWW, which can be traced to the pioneering work of
been directly verified with human cadaver analysis. In the Behnke et al. (21). It is interesting that this method pri-
following sections of this review, the various methods marily evolved at universities with a special focus on body
currently available for assessment of body composition fitness, often relating the measurement to human kinetics,
are described, pertinent data obtained with each method exercise, and sports performance. At the same time, two
are summarized, and the relevance of each method to an nuclear-based methods, 40K counting and dilution with
integrated five-level multicompartment model is dis- radioactive water, each of which required more sophisti-
cussed. Wherever appropriate, translational relationships cated technologies than UWW, were also emerging for use
among the various levels will be provided for specific with the 2-C body composition model. For the assessment
body composition compartments. In the final section, ref- of body fatness with either of these nuclear-based models,

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April 2000 HUMAN BODY COMPOSITION 651

the water or potassium content of the FFM had to be UWW model that the protein mass is assumed propor-
measured, and their relative concentrations were as- tional to the bone mineral mass, independent of age and
sumed to be constant for all ages: 0.732 l/kg for body gender. If one is interested in monitoring short-term
water (234) and 68.1 meq/kg for body potassium (117). changes in fat mass, approximation of the mineral mass is
Likewise, the density of the FFM for the 2-C model was acceptable because this component of the 4-C model will
assumed constant. (21) As long as healthy young white not change significantly for the individual even over rela-
adults were being studied, use of these three constants tively long time periods. Changes in the mass of the
was satisfactory. However, when the populations in- protein component, however, may be more of a concern if
cluded very young or old subjects, different ethnic groups, not accounted for accurately. Furthermore, it is rare that
or subjects with certain diseases, it quickly became evi- significant changes in fat mass will not be accompanied
dent that these “constants” were, at best, only average by changes in the size of the body cell mass or protein
values that were often population specific. mass (56, 58, 329).
An alternate 4-C model, which does not require the
UWW measurement, has also been developed. In this
B. Three-Compartment Models
model, the body’s FFM is divided into three basic cellular
or physiological compartments: body cell mass (BCM),
To reduce the limitations encountered with the 2-C
extracellular water fluid or water (ECW), and extracellu-
models, it was only logical to expand to a three-compo-
lar solids (ECS). As defined by Moore et al. (221), BCM
nent (3-C) configuration. This approach required that the
can be based on the measurement of whole body potas-
UWW measurement include a measure of total body wa-
sium (obtained by 40K counting, described in sect. VIA) or
ter, usually by the isotopic dilution method. In this 3-C
dilution with a radioactive 42K tracer in plasma. In the
model, the FFM is divided into two parts: its water con-
determination of the ECW compartment, the dilution
tent and the remaining solids (predominately protein and
methods (described in sect. IV) using bromide or sulfate
minerals). For this 3-C model, the density of water, fat,
compounds as the tracer have been developed (76, 77,
and body solids are used. The results obtained using this
126). The ECS compartment can be defined on the basis
model provided some improvement over the basic 2-C
of total body calcium or bone mineral content (55, 58,
model for healthy adults and older children. However, for
296). Fat-free mass is then defined as BMC ⫹ ECW ⫹
patients with significantly depleted body protein mass
ECS, and total body fat mass as body weight minus FFM.
and/or bone mineral mass, the estimated values for the
One of the limitations with this 3-C model for FFM is that
density for the solids compartment would be incorrect;
the measurement errors are cumulative and transfer di-
thus the final estimate of body fat mass was also inaccu-
rectly in mass units to the final estimate for body fat mass.
rate.

C. Four-Compartment Models D. Multicompartment Models

To extend the basic 2-C UWW model to four com- It should be relatively clear to the reader at this point
partments, one would need an accurate measure of the that with each additional measurement it may be possible
protein and mineral compartments, in addition to that of to extend the number of compartments in the body com-
total body water. For this four-component (4-C) UWW position model. Each additional measurement, however,
model, the densities for body protein and bone mineral must be compositionally independent of the previous
can be assumed as 1.34 and 3.075 kg/l, respectively (296). measurements. For example, a measurement of total body
However, to obtain a measure of the mass of each of these chloride (TBCl) can be used instead of the bromide (Br)
body compartments, two additional measurements [neu- dilution method for the estimation of ECW volume (75,
tron activation analysis for body protein and dual-energy 286, 350). However, if both TBCl and Br dilution are
X-ray absorptiometry (DXA) for bone mineral content] performed at the same time, no additional information
would be needed. This requirement, therefore, introduces about ECW is obtained. On the other hand, if these two
somewhat of a dilemma with the use of the 4-C UWW measurements are performed, they can provide separate
model because if these two additional techniques are confirmations for ECW volume that may not be obtained
used, then they can be used directly to provide an accu- with a single measurement technique; that is, if both TBCl
rate estimate for the body fat mass without the need for and Br dilution predict an abnormal state, for example,
the UWW measurement. For the 4-C UWW model, the then the probability of a true abnormal condition is ex-
DXA value for the bone mineral compartment is relatively tremely high. If only one method is used, then there are
commonly available, whereas only eight research centers technical or model limitations resulting in increased un-
worldwide have access to the direct measurement of body certainties associated with that method. Whenever possi-
protein mass. It is more common practice with the 4-C ble, it is best to use repetitive or overlapping methods if

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652 KENNETH J. ELLIS Volume 80

FIG. 1. Basic two-compartment model


and five-level multicompartment model
of body composition. ECS, extracellular
solids; ECF, extracellular fluid. [Modified
from Wang and co-workers (332–335).]

confirmation of a normal or abnormal status is the tar- equations can be used to describe that level within the
geted outcome. total model. In addition, there are translational equations
Another example is the simultaneous measurement between levels, as well as hybrid or mixed level models.
of body carbon and body hydrogen (by neutron activa- In general, the relationships between chemical or elemen-
tion) as assays for body fat mass and total body water, tal composition (amounts of oxygen, carbon, hydrogen,
respectively (161, 178, 286). This information is a dupli- nitrogen, calcium) and the molecular structure of tissues
cation of that obtained using DXA for fat mass and deu- (water, protein, lipids, bone mineral) remain relatively
terium dilution for total body water. Alternately, the mea-
surements of body nitrogen and body potassium can be TABLE 1. Selected equations related to the five-level
used together to derive estimates of the skeletal muscle multicompartment model
mass, nonmuscle lean mass, and visceral mass (33, 34, 55,
247). Techniques such as computed tomography (CT) and Elemental level
magnetic resonance imaging (MRI) also provide useful Body Wt ⫽ TBO ⫹ TBC ⫹ TBH ⫹ TBN ⫹ TBCa ⫹ TBP ⫹ TBK
information about anatomical structure and can be used ⫹ TBCl ⫹ TBNa ⫹ TBMg ⫹ . . .
to monitor specific organs. Multiple slices are needed to Molecular level
reconstruct volumes, from which mass can be estimated Body Wt ⫽ lipid mass (fat) ⫹ total body water ⫹ total body protein
if density is known. These two latter scanning techniques (TBPr) ⫹ bone mineral (OM) ⫹ soft tissue mineral (STM)
should not be viewed as equivalent to the basic chemical
Cellular level
composition model, because in many diseases the appar-
ent volume can be normal, when the chemical composi- Body Wt ⫽ body cell mass (BCM) ⫹ extracellular water (ECW)
⫹ extracellular solids ⫹ fat
tion is significantly abnormal.
A survey of the literature for the last 50 years will Tissue system level
show there was an evolutionary process from the basic Body Wt ⫽ adipose tissue (fat ⫹ cells) ⫹ skeletal muscle (SM)
2-C models to the presently popular 4-C models of body ⫹ bone (mineral ⫹ fluid ⫹ marrow) ⫹ other tissues
composition. Wang et al. (335), however, had the insight Translational equations between cellular, molecular, and elemental levels
to collate all of this information and to present it as a
TBCa ⫽ 0.340 BMC
comprehensive, five-level model of body composition. TBN ⫽ 0.161 TBPr
This five-level model, illustrated in Figure 1, has become TBC ⫽ 0.759 TBLipid ⫹ 0.532 TBPr ⫹ 0.018 BMC
TBK ⫽ 120 BCM
the standard for body composition research. The five TBCl ⫽ 111 ECW
levels of the model are as follows: elemental, molecular, TBLipid ⫽ 1.318 TBC ⫺ 4.353 TBN ⫺ 0.070 TBCa
cellular, tissue systems, and total body. It is interesting to TBPr ⫽ 6.21 TBN
OM ⫽ 2.941 TBCa
note that the basic 2-C models tend to start at each end of STM ⫽ 2.75 TBK ⫹ TBNa ⫹ 1.43 TBCl ⫺ 0.038 TBCa
the spectrum (for example, 40K counting is an elemental
model, while body density is an example of a whole body TB, total body for the elements; O, oxygen; C, carbon; H, hydrogen;
model). As each model includes more measurements, it N, nitrogen; Ca, calcium; P, phosphorus; K, potassium; Cl, chlorine; Na,
sodium; Mg, magnesium; BMC, bone mineral content. For more detailed
tends to migrate toward the cellular or physiological discussion of these and other equations for the 5-level multicompart-
model. At each level (examples are presented in Table 1), ment model of body composition, see References 332–335.

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April 2000 HUMAN BODY COMPOSITION 653

fixed in both health and disease. Consequently, the recon- TABLE 2. Equations for 2-C, 3-C, and 4-C UWW models
struction of body composition from the elemental level is used to estimate %fat
often more reliable and minimizes the assumptions re-
Additional Reference
lated to tissue density, hydration, and/or structure. In Model Equations for %Fat Methods No.
many ways, an accurate in vivo chemical profile of the
human body can serve as a replacement for the classical 2C 100 ⫻ (4.95/Db ⫺ 4.50) ⫻ 100 290
100 ⫻ (4.570/Db ⫺ 4.142) 30
wet chemistry assays used previously to study human 3C 100 ⫻ (2.118/Db ⫺ 0.78fTBW D2O 291
cadavers. ⫺ 1.354)
100 ⫻ (6.386/Db ⫺ 3.96fMIN DXA or NAA 184
⫺ 1.354)
III. BODY DENSITY AND VOLUME 4C 100 ⫻ (2.747/Db ⫺ 0.714fTBW D2O and DXA 284
⫹ 1.146fbone ⫺ 2.0503)
MEASUREMENTS
Db, body density [obtained by underwater weighing (UWW) tech-
nique]; fTBW, total body water/body weight (requires isotope dilution
A. Underwater Weighing measurement); fMIN, total mineral/body weight (requires X-ray absorp-
tion or neutron activation measurement); fbone, bone mineral/body
weight (requires bone mineral measurement). Additional methods refer
Because of its early development and widespread to methods needed in addition to UWW: DXA, dual-energy X-ray absorp-
use, the measurement of body density (Db) is often re- tiometry; NAA, neutron activation analysis; D2O, deuterium dilution.
ferred to as a gold standard for body composition mea-
surements, even though it is only a 2-C model. The most
commonly used method for determining body density is has been estimated that the total cumulative error for
UWW, which requires the subject to be completely sub- body fatness (%fat) is on the order of 3– 4% of body weight
merged in water (21). The volume of water displaced for the individual (11, 150, 290). Hence, it has been rec-
and/or the subject’s weight underwater, combined with ommended that without adequate corrections for varia-
the subject’s laboratory weight, are used to calculate the tions in the water and mineral fractions of FFM, densi-
density (Db) of the whole body. There is little problem tometry should not be used as a criterion or reference
obtaining an accurate measure of body weight (186); the method for heterogeneous populations (212). If one is
limitations and restrictions are associated with the esti- required to make these additional measurements to cor-
mates of body volume and the residual lung volume (36, rect the basic 2-C UWW estimate, it becomes controver-
160, 291, 346). sial whether or not the UWW measurement itself is even
In the classic 2-C model of body composition, body needed. However, in cases such as pregnancy, where even
weight can be divided into its fat (ffat) and fat-free frac- minimal radiation exposure of the fetus is to be avoided,
tions (fFFM), such that 1/Db ⫽ ffat/Dfat ⫹ fFFM/DFFM, where UWW should be considered.
Dfat and DFFM are the densities for the fat and FFM Unfortunately, some of the technical adjustments,
compartments, respectively. The assumption that the den- such as the residual lung volume correction required for
sity of fat is relatively constant is reasonable (107, 200, all the UWW models or the body water and bone mineral
312). However, the heterogeneous nature of the FFM measurements for the 3-C and 4-C models, are not rou-
compartment (see sect. II) quickly leads one to question tinely performed but are instead approximated using pre-
the validity of a constant density for this compartment. diction equations. Hence, it is important to understand the
There may be individual variations related to gender and limitations in accuracy imposed under these conditions
ethnicity (62, 279), as well as individual changes in density on the %fat estimate. For the residual lung volume cor-
that occur with growth, sexual maturation, aging, physical rection, the most commonly used method is oxygen dilu-
activity, and a number of diseases (72, 150). Thus 3-C and tion with a closed-circuit spirometer system. For older
4-C models for UWW were developed that require addi- subjects or those with impaired pulmonary function, an
tional measurements of the primary components of the open-circuit nitrogen washout procedure may be better
FFM, namely, water, protein, and mineral (121, 184). The (346). In either case, it has been shown that this correc-
types of equations currently used to estimate body fat- tion introduces the major source of error for the %fat
ness, along with the body composition technique required value. For example, an error of 100 ml for the residual
for each of these models, are presented in Table 2. lung volume translates to an uncertainty of ⬃1%. If resid-
The UWW methods were developed mainly as a ual volume is not measured, but instead estimated from
means to measure body volume to assess body fatness, equations, then the prediction error easily increases to
expressed as a percentage of body weight (%fat). Even if 300 – 400 ml in a given subject, which produces an added
the body weight and volume could be measured without 3– 4% uncertainty in the %fat value. The effects of various
error, there would still be considerable uncertainty re- types of measurement errors on the %fat value are given
garding the individual’s %fat estimate due to normal vari- in Table 3. For example, an equivalent percentage error in
ations in body hydration, protein, and mineral content. It residual volume or underwater weight will produce the

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654 KENNETH J. ELLIS Volume 80

TABLE 3. Effect of errors in residual volume, underwater weight, body weight, and water temperature when the
true %fat is 15% for an individual

Error in If Underestimated by True Values If Overestimated by

⌬Residual volume, ml ⫺400 ⫺100 1.2 L ⫹100 ⫹400


(%BF 17.8 15.7 15.0 14.3 12.2)
⌬Underwater weight, g ⫺50 ⫺20 3.36 kg ⫹20 ⫹50
(%BF 15.4 15.1 15.0 14.9 14.6)
⌬Body weight, kg ⫺0.5 ⫺0.1 70.0 kg ⫹0.1 ⫹0.5
(%BF 15.3 15.1 15.0 15.1 15.3)
⌬Water temperature, °C ⫺1.0 ⫺0.5 36.0°C ⫹0.5 ⫹1.0
(%BF 15.2 15.1 15.0 15.1 15.2)

⌬, Change; %BF, percent body fat.

same effect for the %fat value, whereas an error of similar UWW method remain. Multiple readings over a short pe-
magnitude for body weight will result in a much lower riod of time can be obtained, which will help to average
uncertainty. A 1°C change in the water temperature, how- out some of these concerns. Preliminary studies in
ever, introduces only a small effect on the final %fat value. healthy adults have shown very good agreement between
the plethysmographic and UWW methods (67, 207, 208,
B. Air-Displacement Plethysmography 274). However, the accuracy of the plethysmography mea-
surement in children has not been fully tested. These
In recent years, the UWW technique has begun to be instruments presently are designed for adults and will
replaced by air-displacement plethysmography, where the require significant modifications and improvements if the
subject is immersed not in water but in a closed air-filled technique is to become useful for monitoring smaller
chamber (67, 207). The system consists of two chambers: subjects, including infants.
one for the subject and the other serving as a reference Even if all the technical limitations can be solved or
volume (see Fig. 2). With the subject in one chamber, the corrected, we are still left with the question of the phys-
door is closed and sealed, the pressure increased slightly, iological accuracy of using a common FFM density among
and a diaphragm, separating the two chambers, is oscil- individuals (a problem common to all 2-C models). The
lated to slightly alter the volumes. The classic relationship results of anatomical studies (48), as well as studies based
of pressure versus volume, at a fixed temperature, is used on chemical models (150, 185, 345), appear to indicate
to solve for the volume of the subject chamber. A clear that the densitometric assessment for many individuals
advantage of this technique compared with the UWW has poor accuracy; that is, the normal variation in true
measurement is that the subject does not have to be FFM densities within a population, compared with an
submerged in water; however, all of the technical limita- average or fixed value for the same population, will ulti-
tions related to the true volume that were noted for the mately determine the accuracy for that individual. The

FIG. 2. Drawing of the general configuration of an


air-displacement plethysmography system. [Modified
from Dempster and Aitkens (67).]

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April 2000 HUMAN BODY COMPOSITION 655

assumption of a fixed density will produce a larger error B. Total Body Water
of FFM than the cumulative technical errors associated
with the density measure itself. Furthermore, it is well For the molecular (level 2 model) and higher levels of
known that the composition of the FFM changes with the multilevel model, the single molecule that constitutes
growth and maturation (81, 83, 95, 111–113, 140 –142, 352) the highest fraction of body mass is water. In healthy
and during aging (55, 78, 114), as well as in many diseases adults, TBW constitutes ⬃73% of the FFM or 60% of body
(52). Hence, without additional knowledge of the compo-
weight for nonobese subjects (171). These fractional con-
sition of the FFM, the 2-C volume displacement technique
tents, however, are not constant across the life span
may best serve to identify outliers in a population or the
(112), nor are they invariant with diseases (171, 276). At
detection of changes in fatness in the individual over
full-term birth, a healthy infant’s TBW/FFM is typically
short periods of time.
80 – 83% of FFM, which then decreases rapidly over the
next 3–5 yr until the hydration fraction reaches that ob-
IV. DILUTION METHODS served for adults. The change in hydration reflects a
change in the ratio of water between the intracellular and
extracellular compartments (112). In some clinical condi-
A. Basic Principle
tions and with certain drugs, the body can retain or lose
significant amounts of water. In the healthy state, TBW
The basic principle of the dilution techniques for
tends to be well regulated, although a loss of only 15%,
body composition analysis is that the volume of a com-
such as in dehydration, can be significantly life-threaten-
partment can be defined as the ratio of the dose of a
ing. Wang and co-workers (171) have recently reexamined
tracer, administered orally or intravenously, to its concen-
the classic concept of a fixed “hydration constant” and
tration in that body compartment within a short time after
have shown that even with significant changes in the
the dose is administered. Typically, two fluid samples
(blood, saliva, or urine) are collected: one just before extracellular-to-intracellular ratio, the hydration ratio
administration of the dose, to determine the natural back- (TBW/FFM) remains relatively firm. This aspect of body
ground levels, and the second sample after waiting a composition is important if one is interested in monitor-
sufficient amount of time for penetration of the tracer ing body fat mass where fat is defined as body weight
within the compartment of interest. If it is possible that a minus FFM and the measurement technique is based on
significant amount of the tracer might be excreted before parameters of body water. However, if the interest is in
equilibration is reached, then a cumulative urine sample the body cell mass (i.e., intracellular water compartment)
must be collected to adjust the dose estimate. Alternately, or extracellular water space (such as in dehydration or
multiple blood samples can be collected, and the tracer edema), then measurement techniques that respond only
content extrapolated to time zero (77, 276). Inherent in to total body water are less useful, if at all.
any tracer dilution technique are four basic assumptions: The earliest, and still the most direct, in vivo mea-
1) the tracer is distributed only in the exchangeable pool, surement technique for TBW is that based on the dilution
2) it is equally distributed within this pool, 3) it is not principle, using a tracer dose of labeled water (tritium,
metabolized during the equilibration time, and 4) tracer deuterium, or oxygen-18) and collection of two body fluid
equilibration is achieved relatively rapidly. If any of these samples (blood, urine, or salvia), one predose and the
requirements is violated, then the ratio of administered second after an equilibration time of ⬃2–3 h. The method
dose to fluid concentration must be adjusted. For the of analysis is dependent on the choice of tracer: radioac-
measurements of total body water (TBW), ECW, and in- tive ␤-counting for tritium, mass spectroscopy for 18O,
tracellular water (ICW), corrections for overexpansion, and infrared absorption, gas chromatography, or mass
nonequilibrium, and excretion of the tracers are needed spectroscopy for deuterium. Each of these methods has
(13, 126, 275). In mathematical terms, the equation that received periodic reviews (275–277, 285, 311, 347). It has
describes the dilution principle is been shown that 2– 4% of the hydrogen tracers exchange
with nonaqueous hydrogen, but only ⬃1% of the 18O
V ⫽ k 1 䡠 k 2 䡠 k 3 䡠 k 4 䡠 兵共D ⫺ E兲/共关d t 兴 ⫺ 关d 0 兴兲其 tracer (275, 276). For each of these tracers, the estimated
error for a TBW measurement is typically ⬍1 kg. For
where the k values are constants used to correct for Reference Man (296), this uncertainty in TBW translates
differences with each of the basic model, D is the tracer to an error of 10% (⬃1.4 kg) for the absolute fat mass,
dose, E is the amount excreted during the equilibration which translates to 2% for the %fat estimate. In general,
period, [dt] is the tracer concentration in the fluid sampled TBW values obtained using the dilution technique are
after time t following the administration of the dose, and considered the reference or criterion values for compar-
[d0] is the baseline concentration before the tracer. ison with alternate measurement techniques (see sect. V).

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656 KENNETH J. ELLIS Volume 80

C. Extracellular Water more than a hundred years. The aqueous tissues of the
body, due to their dissolved electrolytes, are the major
The dilution techniques can be used to identify the conductors of an electrical current, whereas body fat and
body’s exchangeable electrolyte pools, which are not nec- bone have relatively poor conductance properties (229,
essarily the same as the total body content (139, 256, 311). 313). Although significant technical problems eliminated
The physiological importance of the exchangeable pools, the viability of many electrical methods for in vivo body
however, especially at the cellular level (level 3 of multi- composition analyses, the basic principle of measuring
level model) makes them suitable for monitoring the TBW had been suggested a number of years ago (153,
body’s extracellular and intracellular fluid compartments 230). In the 1980s, when several commercial instruments
(28, 43, 139). To measure the volume of ECW, the basic designed for bioelectrical impedance analysis (BIA) were
dilution techniques are the same as those used to measure marketed, there was a resurgence of interest in this ap-
total body water, except the tracer is added to the water, proach for human body composition analysis. At present,
and the body fluid most often sampled is plasma (28, 75, it is probably the most frequently used method, due
348). The tracer most commonly used is nonradioactive mainly to the relatively inexpensive cost of the basic
Br administered orally, with a second plasma sample instrument, its ease of operation, and its portability.
usually collected ⬃3– 4 h later, although complete equili- The BIA measurements are performed using four
bration may not have been reached (327). The analytical electrodes: usually two are attached at the wrist and two
Br assay in most common use is high-pressure liquid at the ankle. For the single-frequency measurement (typ-
chromotography (211, 276), although a few investigators ically at 50 kHz), a weak alternating current is passed
have used X-ray fluorescence, spectrophotometric, or through the outer pair of electrodes, while the voltage
mass spectrometry techniques (159, 255, 319). drop across the body is measured using the inner pair of
electrodes from which the body’s impedance is derived.
To convert this information to a volume estimate, two
D. Intracellular Water basic assumptions are used. First, the body can be mod-
eled as a isotropic cylindrical conductor with its length
Measurement of the ICW volume can be obtained proportional to the subject’s height (Ht). Second, the
using dilution of a radioactive potassium (42K) tracer. This reactance (X) term contributing to the body’s impedance
isotope, however, is short lived (t1//2 ⫽ 12.4 h) and is no (Z) is small, such that the resistance component (R) can
longer routinely commercially available; hence, measure- be considered equivalent to body impedance. When these
ment of the exchangeable potassium pool is rarely per- two assumptions are combined, it can be shown that the
formed. The development of the direct in vivo measure- conducting volume is proportional to the term Ht2/R,
ment of total body potassium (TBK) by whole body called the impedance index. It should be noted, however,
counting (79) contributed to the decline of the 42K dilu- that the human body is not a cylindrical conductor, nor
tion method. The most common practice in use today to are its tissues electrically isotropic, and the reactance
estimate ICW is to orally administer a combined D2O plus component of the body’s impedance is nonzero (225).
Br dose, from which TBW and ECW are determined. At 50 kHz, the body’s impedance has both resistive
Then, ICW is defined as their difference (ICW ⫽ TBW ⫺ and reactive components. The reactive component is as-
ECW). Unfortunately, the measurement errors (⫾1 liter sumed to be related to the portion of the current that
error for TBW and ⫾1.5 liter error for ECW) are cumula- passes through cells which act like capacitors that shift
tive, such that the uncertainty for the ICW estimate is the voltage and current out of phase. In electrical terms,
typically ⫾2–3 liters. Hence, this approach should be the phase angle (␾) is defined by the relationship: tan (␾) ⫽
considered adequate only for determining the mean ICW X/R, where Z2 ⫽ R2 ⫹ X 2. In healthy adults, the phase
value for a population and not necessarily that of an angle at 50 kHz is usually in the range of 8 –15° (15, 45) but
individual. The direct measurement of TBK can normally varies widely at high frequencies (46). Several investiga-
be obtained with a considerably lower error (see sect. VI) tors have used the phase angle to assess body composi-
and provides a reliable marker for ICW (42, 91, 221, 249). tion in various clinical conditions (241–244). In renal pa-
tients, for example, the phase angle at 50 kHz is typically
V. BIOELECTRICAL IMPEDANCE AND ⬍5° and has been interpreted as an indication of an
CONDUCTANCE METHODS expanded ECW space concurrent with a reduced ICW
volume.
A number of electrical-circuit models have been used
A. Bioelectrical Impedance Analysis to describe the general properties of biological tissues (3,
323). One model, shown in Figure 3A, has the extracellu-
The ability of tissues, and therefore the whole body, lar resistance (Re) in parallel with the intracellular resis-
to conduct an electric current has been recognized for tance (Ri), while the capacitance of cells (Cm) is in series

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April 2000 HUMAN BODY COMPOSITION 657

the whole body into a series of cylinders, each represent-


ing various body segments (203, 326). For this model,
resistance and reactance measurements are made over a
wide range of frequencies. One instrument based on this
model is commercially available (Xitron, San Diego, CA),
and the technique is often called bioelectrical impedance
spectroscopy (BIS). The equations reported for the esti-
mations of extracellular water (VECF) and intracellular
water (VICF) volumes are

V ECF ⫽ k ECF /共Ht 2 䡠 Wt 0.5 /R e 兲 2/3

and

共1 ⫹ V ICF /V ECF 兲 5/2 ⫽ 关共R e ⫹ R i 兲/R i 兴 䡠 关1 ⫹ k ␳ 䡠 V ICF /V ECF 兴

where Ht is height, Wt is weight, and the R values are the


resistance values for the intra- and extracellular compart-
ments. The kECF and k␳ values are assumed constant and
can be defined in terms of resistivity for the extracellular
and intracellular tissues, body density, and body volume
FIG. 3. A: electrical circuit used to describe resistance and capaci- (65).
tance of the whole body. B: plot of reactance versus resistance as a In the impedance locus plot shown in Figure 3B, the
function of frequency. Curves in B illustrate the effects of a change in frequency at which reactance (X) reaches a maximum is
extracellular volume or electrolyte concentration. Z, impedance; fc,
characteristic frequency; R0, resistance at zero frequency; R⬁, resistance called the characteristic frequency ( fC). For the single-
at infinite frequency. frequency BIA method, the 50 kHz that is used is basically
assumed to be fC. In fact, fC can vary over a wide range of
values for healthy individuals (60, 203, 204). It should be
with the intracellular resistance. For this model, the im- pointed out that the shape of the impedance locus shown
pedance varies as a function of frequency, as shown in in Figure 3B is not uniquely associated with the electrical-
Figure 3B. At zero frequency ( f ⫽ 0), the current does not circuit model given Figure 3A as other circuits can also
penetrate the cell membranes; thus impedance is purely produce the same reactance versus resistance response
resistive and is equal to that of the extracellular compart- (74, 120, 128, 189). These alternate electrical circuit mod-
ment (Z0 ⫽ Re). At infinite frequencies ( f ⫽ ⬁), the cells els, however, tend to be more complicated, and the indi-
become transparent to the current, such that the imped- vidual components do not lend themselves to a simple
ance is equal to the resistance for a parallel circuit (Z⬁ ⫽ biological interpretation. Nevertheless, this should be
ReRi/(Re ⫹ Ri). Because measurements are not technically kept in mind when translating the results for the simple
possible at zero or infinite frequency, the Z0 and Z⬁ values circuit model into body composition compartments with
have to be derived mathematically by fitting the shape of physiological or clinical significance.
the reactance versus resistance curve (60, 203). In the Regardless of the choice of single or multifre-
simplest model, Z0 and Z⬁ are assumed to be the resis- quency method, the resistance values obtained are con-
tance values for the extracellular and total body water sidered as indirect body parameters and therefore must
space, respectively; that is, for an individual, TBW ⬀ 1/R⬁ be calibrated with a more direct method of body com-
and ECW ⬀ 1/R0. To calibrate the proportionality con- position, such as total body water, body potassium,
stants for these relationships, the TBW and ECW derived hydrodensitometry, or DXA. Unfortunately, there are
by deuterium and Br dilution assays, respectively, are almost as many different single-frequency BIA calibra-
used as the criterion or reference values, and height is tion equations in the literature as there are studies,
used as a measure of the conductor’s length. which may indicate that many of these equations are
population specific, especially those that include an-
thropometric predictors (14, 154, 301). A secondary
B. Bioelectrical Impedance Spectroscopy problem has been the use of the basic 2-C hydrodensi-
tometry model as the reference technique without in-
A more complex model has evolved, based on mod- clusion of the differences reflected by variations in the
ification of a mixture theory model (135) and partitioning bone mineral compartment. These uncertainties with

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658 KENNETH J. ELLIS Volume 80

the single-frequency BIA methodology, for example, range of tissue resistivity values has been reported for
were major criticisms pointed out at the National Insti- different populations (96, 98, 103, 295).
tutes of Health (NIH) technology conference (225); that
is, these equations tend to be applicable only for clas-
C. Total Body Electrical Conductivity
sifying a population, not necessarily individuals within
that population. Furthermore, many investigators
An alternate bioelectrical method used to measure
found that the basic model failed; that is, the imped-
body composition is total body electrical conductivity
ance index (Ht2/R) alone was not an accurate predictor (TOBEC) (14, 49, 50, 108). This technique is based on the
and that additional anthropometric terms (i.e., weight, following premise. When the body is placed inside a so-
age, gender, race, shoulder width, girth, waist-to-hip lenoid or coil that is used to generate a time-varying
ratio, body mass index) were included in the prediction electromagnetic field, eddy currents are induced in the
model to reduce the standard error of the estimate. No conductive tissues in the body. These currents are op-
physiological justification for the added terms was pro- posed to the direction of flow in the external coil, which
vided. Not withstanding these limitations, several of the causes a perturbation of the external field, resulting in
most frequently used equations for single-frequency absorption of a small amount of energy (E) in the body,
BIA are given in Table 4. The BIA equations have been which is dissipated as heat. The amplitude of this effect is
developed for newborn infants and toddlers, children governed by the magnitude of the external electromag-
and adolescents, and all ages for adults. Baumgartner netic field, the uniformity of the magnetic field within the
(14), for example, has compiled a detailed list. Al- coil, the conductivity of tissues, and the cross-sectional
though similar types of adjustments have been pro- area of the body (125). If the body can be approximated
posed for multifrequency measurements, the BIS equa- by a cylinder of volume V and length L, then V ⬀
tions do not lend themselves to easy modification. (E ⫻ L)1/2, where E is called the “TOBEC number.” The
However, for calibration of the BIS measurements, a conduction volume is assumed to be the body’s total

TABLE 4. Examples of BIA equations derived for the prediction of TBW, ECW, and FFM

Age Range Number and Sex Prediction Equation SEE Reference No.

Single-frequency (50 kHz) BIA equations for TBW


4–7 days 17 235.8 (Wt 䡠 Ht2/R) ⫹ 567 0.76 l 205
⬍3 yr 65 0.67 (Ht2/Z) ⫹ 0.48 0.36 l 109
5–18 yr 14F, 12M 0.60 (Ht2/R) ⫺ 0.50 1.69 l 63
35–65 yr 67F, 72M 0.24 (Ht2/R) ⫹ 0.172Wt ⫹ 0.165Ht ⫹ 0.039 (Ht 䡠 Wt) ⫺ 17.577 3.47 l 146
19–65 yr 20F, 20M 0.556 (Ht2/R) ⫹ 0.096Wt ⫹ 1.73 1.75 l 175
19–42 yr 37M 0.63 (Ht2/R) ⫹ 2.03 2.03 l 192
20–73 yr 28F, 25M 0.372 (Ht2/R) ⫹ 3.05 (sex) ⫹ 0.142Wt ⫺ 0.069age 1.61 l 190
19–61 yr 20F, 88M 0.484 (Ht2/R) ⫹ 0.1444Wt ⫹ 1.356S ⫹ 0.105Xc ⫺ 0.057age 1.53 l 353
Single-frequency (50 kHz) BIA equations for FFM
10–14 yr 41F, 53M 0.83 (Ht /R) ⫹ 4.43
2
2.60 kg 155
7–15 yr 166 0.406 (Ht2/R) ⫹ 0.36Wt ⫹ 5.58Ht ⫹ 0.56 (sex) ⫺ 6.48 1.68 kg 71
7–25 yr 140M 0.156 (Ht2/R) ⫹ 0.646Wt ⫹ 0.475AC ⫺ 0.116LC ⫺ 0.375MX ⫺ 2.932 2.31 kg 132
7–25 yr 110F 0.182 (Ht2/R) ⫹ 0.682Wt ⫺ 0.185LC ⫺ 0.244T ⫺ 0.202SS ⫹ 4.338 2.23 kg 132
17–59 yr 41F, 34M 0.363 (Ht2/R) ⫹ 0.214Ht ⫹ 0.133Wt 3.06 kg 281
17–62 yr 498F, 1069M 0.0013Ht2 ⫺ 0.044R ⫹ 0.305Wt ⫺ 0.168age ⫹ 22.668 2.43 kg (F) 282
3.61 kg (M)
18–50 yr 67F, 84M 0.756 (Ht2/R) ⫹ 0.11Wt ⫹ 0.107Xc 2.06 kg 191
16–83 yr 661 0.34 (Ht2/R) ⫹ 15.34Ht ⫹ 0.273Wt ⫹ 4.56sex ⫺ 0.127age ⫺ 12.44 2.63 kg 71
65–83 yr 37F, 35M 0.36 (Ht2/R) ⫹ 0.359Wt ⫹ 4.5sex ⫺ 0.20TC ⫹ 7.0 2.50 kg 70
65–94 yr 63F, 35M 0.28 (Ht2/R) ⫹ 0.27Wt ⫹ 4.5sex ⫹ 0.31TC ⫺ 1.732 2.47 kg 16
Dual-frequency BIA equations for TBW and ECW
19–64 yr 36M TBW ⫽ 0.455 (Ht2/R100) ⫹ 0.14Wt ⫹ 3.43 2.64 kg 280
ECW ⫽ 0.284 (Ht2/R5) ⫹ 0.112Wt ⫺ 6.115 1.94 kg
19–65 yr 20F, 40M TBW ⫽ 0.297 (Ht2/R224) ⫹ 0.147Wt ⫺ 3.637sex ⫹ 14.017 3.58 kg 325
ECW ⫽ 0.099 (Ht2/R224) ⫹ 0.093Wt ⫺ 1.396sex ⫺ 5.178 1.06 kg
19–52 yr 27F, 33M TBW ⫽ 0.483 (Ht2/Z100) ⫹ 8.4 2.27 kg 69
ECW ⫽ 0.229 (Ht2/Z1) ⫹ 4.5 1.14 kg

BIA, bioelectrical impedance analysis; TBW, total body water; ECW, extracellular water; FFM, fat-free mass; Ht, height; Wt, weight; R,
resistance; Z, impedance; X, reactance; SEE, standard error of estimate.

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April 2000 HUMAN BODY COMPOSITION 659

electrolyte volume; thus the TOBEC instrument has been this internal dose remain unknown (179). Some have
calibrated with a measurement of TBW. Two commercial argued that the dose may not be harmful and that it may
instruments were developed (EM-Scan, Springfield, IL), contribute to radiation hormesis (39, 187, 188).
one sized for infants and the other for adults. The length To obtain an accurate 40K measurement in humans,
of an infant’s body is sufficiently short that a static mea- there are three design considerations: 1) ␥-ray detectors
surement can be made; that is, if the outer coils are about with good energy resolution and high efficiency, 2) ade-
twice the length of the body, then the infant can be placed quate shielding around the subject and detectors to re-
at the center of the coils for the measurement. For adults, duce the terrestrial and cosmic background levels, and 3)
the whole body is scanned, and information is collected at a data acquisition system that can uniquely identify the
64 positions along the length of the body, and the output 1.46 MeV ␥ of 40K (79, 156). Whole body counter designs
is analyzed using Fourier analysis (324). A list of TOBEC range from the basic “shadow-shield” single-detector con-
calibration equations has also been compiled by Baum- figuration to multidetector arrays housed in specially de-
gartner (14). signed shielded rooms (91, 156). Counting times can range
The basic TOBEC concept would indicate that it is from a few minutes to an hour, depending on the reduc-
relatively insensitive to shifts of fluid or electrolyte tion in background signal, counting efficiency, and size of
between the intracellular and extracellular compart- the subject (156). The whole body counter located at
ments; hence, it has only been used to monitor TBW Baylor College of Medicine (90, 91), for example, was
(49, 50). However, it was suggested that using multifre- designed for potassium measurements ranging from pre-
quency TOBEC coupled with Fourier analysis might term infants to obese adults (see Fig. 4). The subject is in
provide a measure of each fluid subcompartment (125, a supine position on a bed between two arrays of NaI
324), although no subsequent studies have demon- detectors that are inside a room constructed of 20-cm-
strated this application. The TOBEC measurements thick steel walls surrounded by 1-m-thick concrete for
have been used mainly to monitor changes in body shielding. The 40K signal is recorded for 15 min, corrected
composition in women during pregnancy or lactation for background, and converted to a total body potassium
(37, 222), in infants (38, 64, 288), and in childhood (TBK) value. The performance characteristics of this
obesity (80, 163, 254). counter are listed in Table 5. Mannequins (also called
phantoms) of various sizes are used for calibration of
whole body counters (23, 138, 287) and for intercompari-
VI. WHOLE BODY COUNTING AND NEUTRON
son among counters (106, 309).
ACTIVATION ANALYSIS
Total body potassium has been used primarily as a
marker for body cell mass as defined by Moore et al.
A. Total Body Potassium (221). It has also been used to estimate FFM, where the
TBK/FFM is based on the classical cadaver work of
Whole body counters were initially built for nuclear Forbes and co-workers (117, 118). Custom has almost
research and weapons facilities to monitor workers for enshrined these two original conversion factors, although
possible internal contamination as a result of man-made many subsequent studies have consistently reported
radioactivity. Fortunately, the number of nuclear acci- lower mean potassium concentrations for the FFM (see
dents involving human exposures has been very rare; the
one significant exception being the Chernobyl nuclear
power incident in 1986. When monitoring workers, it was
noted that a constant peak was evident (later attributed to
40
K) for all workers independent of their exposure his-
tory. However, it was not until an association between 40K
and FFM was reported that this method was developed
for body composition use (8, 117, 173). The counting of
40
K was the first true in vivo chemical assay of the human
body. This isotope makes up ⬃0.012% of natural potas-
sium and emits a high-energy ␥ (1.46 MeV) at the rate of
⬃200 dpm/g K (115, 272, 337). More than 50% of these ␥
will exit the body, which allows for external counting
(156). For a 70-kg young adult male, the body content of
potassium will produce ⬃1.5 ⫻ 104 external ␥-rays/min.
FIG. 4. Example of a multidetector whole body counter designed to
The rate for a preterm infant (⬍2 kg body wt) is only
monitor body potassium in infants, children, and adults. Distance be-
⬃500 g/min. Although this process contributes to our tween detector arrays can be varied to maximize counting efficiency and
cumulative lifetime exposure, the health consequences of precision. [Modified from Ellis and Shypailo (90, 91).]

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660 KENNETH J. ELLIS Volume 80

TABLE 5. Operating characteristics of the whole body counter at Baylor College of Medicine

Age Group

VLBW Preterm Infant Toddler Child Adult

Detectors (n) 3 6 12–16 16–20 20–28 30


Age range 30–36 wk 36–44 wk 1–9 mo 1–3 yr 4–12 yr ⬎13 yr
Weight range, kg 0.5–3.0 1.5–5.5 2.5–10 5–15 15–70 40–130
Height range, cm 25–50 25–60 45–70 60–100 100–180 150–200
cps/g K 0.41 0.50 0.41 0.35 0.33 0.25
Precision, % 3.3 2.0 2.5 2.1 1.7 0.8
Time, min 30 30 15 15 15 15

VLBW, very low birth weight; cps/g K, counting sensitivity (40K counts⫺1 䡠 s⫺1 䡠 K⫺1). For VLBW and preterm babies, age range refers to
gestational age. For more details, see Ellis and co-workers (90, 95).

Table 6). Although the differences for the TBK/FFM are body’s metabolically active tissues (246). The future re-
relatively small, this effect is amplified when TBK is used search direction of TBK should not focus on its use with
with the 2-C model to derive an estimate for the body’s fat the 2-C model to estimated fat, but instead on the more
mass (248, 334). However, TBK serves as the best choice advanced multicompartment models where a measure of
for normalization of metabolic parameters among sub- BCM is needed. A combination of techniques, such as
jects (246). TBK, BIS, and DXA, should give a fuller assessment in the
The high precision of the TBK measurement has been 3-C model of body composition. This model is the one of
established, although its absolute mass accuracy is less interest in diseases, especially those involving abnormal
firmly established. A direct confirmation of TBK values, fluid shifts, altered endocrine function, or irregular hor-
for example, has not been obtained by human cadaver monal profiles.
analyses, although it has been found to be accurate in
animal measurements (unpublished data). Furthermore,
B. Neutron Activation Analysis
when the same tracer dose of 42K was given to subjects
representing a wide range of weights and heights, the
In sections I and II, it was noted that the chemical or
calibration used for TBK correctly determined the admin-
elemental model has been the historic reference for body
istered dose for these subjects (51). In general, the accu-
composition analysis. Most of this information has been
racy of the whole body measurement of TBK is 1–5% for
collected for tissues or organs, and the composition of the
adults, decreasing slightly for the preterm infant (91).
whole body has been reconstructed, such as that for
As noted previously, TBK is considered the best body
Reference Man (296). A substantial paradigm change in
composition index for assessing body cell mass, the
the study of whole body composition occurred with the
development of in vivo neutron activation analysis (NAA)
TABLE 6. Estimates of the average potassium content of techniques. These procedures allowed for the direct ele-
the fat-free mass in adult human beings mental analysis of the living human body (44, 53, 302).
Alternate body composition techniques such as CT, MRI,
TBK/FFM, DXA, electrical impedance (BIA and BIS), and tracer di-
meq/kg
Number of Subjects
lution provide information generally related to tissue den-
Age Range, yr (Female/Male) Female Male Reference No. sity or volume, but not chemical content. For this reason,
the multicompartment elemental models based on in vivo
White NAA have become the reference norms most often pre-
25–50 1/4 64.0* 68.1* 118
21–50† 308/182 57.8 67.8 245 ferred for evaluation and/or calibration of the alternate
20–79† 62/73 57.9 64.5 55 techniques (331–335).
14–60 104/24 60 65 127 A comprehensive list of the procedures, instruments,
24–56 12/17 62 64.7 177, 293
20–37 17/12 64 66 145 and applications developed with the in vivo NAA tech-
20–90† 66 66 335 niques can be found in a series of conference publications
24–78† 28/24 56.6 63.9 129, 232 (6, 53, 86, 99, 235, 351) and two review papers (44, 302).
26–93† 10/10 52.0 60.0 151
18–37 /20 63.7 237 Combined, these publications provide a detailed histori-
Black cal development of the techniques, a summary of state-
20–79† 28/24 63.1 62.3 129, 232 of-the-art facilities, and examples of some of the applica-
* Human whole body cadaver analyses were performed. †Total tions in human biology, physiology, and medicine. Today,
body potassium (TBK)/fat-free mass (FFM) decreases with age. virtually all the major elements of the body can be as-

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April 2000 HUMAN BODY COMPOSITION 661

sayed in vivo: hydrogen, oxygen, carbon, nitrogen, cal- case, the detection system is gated on and off to count
cium, phosphorus, sodium, chlorine, and potassium (via only at the times of highest probability for an interac-
40
K counting). In addition, specialized partial-body tech- tion, significantly reducing the overall background sig-
niques have been developed for specific elements and/or nal. Some investigators have found that bismuth ger-
organs in the body. These elements include cadmium, manium oxide detectors offer a significant
mercury, iron, iodine, aluminum, boron, lithium, and sili- improvement over the traditional use of NaI detectors
con; the organs are kidney, liver, brain, lung, heart, and for these applications (24, 267). With these modifica-
thyroid (44, 235, 302). tions, the TBN sensitivity may be improved, possibly
The basic physics of NAA can be explained simply. 10-fold for the same dose. If NAA is to remain a viable
When an atom captures a neutron, the atom is trans- option in the field of body composition research or to
formed to another nuclear state of the same chemical
be considered for clinical applications, then these
element. This new atom can be stable or radioactive, but
newer instruments must be developed further.
it will have excess energy that must be released immedi-
Probably the one major concern restraining a more
ately (typically ⬍10⫺14 s). If the new atom is radioactive,
general use of NAA techniques is that of the associated
it will decay over time with a known half-life. Thus, when
the body is exposed to neutrons, ␥-rays are emitted im- radiation exposure. Therefore, this issue needs to be ad-
mediately (prompt) and for some time thereafter (de- dressed briefly. First, the environment we live in is not
layed), some of which can be detected outside the body radiation free. The average “natural” background in the
using a monitoring instrument like that used for the 40K United States from all sources (cosmic, terrestrial, radon,
counting procedure (79, 91). ourselves, and man-made) is estimated at 3.6 mSv/yr (47).
The number of neutron sources, the type of sources, The doses for each of the in vivo NAA measurements of
the physical design of the irradiator, the position of the body carbon, nitrogen, and calcium are ⬃0.1, 0.3, and 3
body within the neutron field, and the detection system mSv, respectively. For comparison, the average dose for a
will combine to determine the overall precision and ac- routine chest X-ray for an adult is typically 0.4 mSv, the
curacy of the analysis (79). Although each of the NAA range being 0.1–1.0 mSv. All clinical or diagnostic radio-
facilities is similar, no standardization in design exists; logical procedures involve some risk, and it is essential to
however, recent modifications of these systems have been weigh the benefits of such measurements against its risks
guided by Monte Carlo simulations (73, 298). Phantoms or (25). Table 7 provides a list of life experiences with risks
mannequins that simulate of the range of human sizes and comparable to that for the TBN measurement (79). Even
shapes are often used for calibration, and an absolute though these risks are relatively small, it is essential to
accuracy of ⬍5% is generally achieved. A recent analysis continue to explore ways to reduce the doses to the
of the theoretical basis for a prompt-gamma system (298, lowest level possible without introducing a significant
299) provides a detailed description of the calibration loss of precision or accuracy.
procedures that are required. Accuracy of NAA is at least
as good as that obtained using classical “wet chemistry”
techniques and has been shown in animal carcass analy-
TABLE7. Risk associated with in vivo nitrogen
ses to be more reliable and precise (90). Although NAA measurement comparable to “every day” risks
facilities have been in use for more than 30 years, a direct
comparison of results between two systems has been Activity Type of Death
reported only recently (194).
The NAA facilities for clinical research have been Modes of travel
Air (150 mi.) Accident
developed in a number of medical centers (17–20, 90, Air (Trans-Atlantic flight) Cancer (cosmic rays)
195, 269, 299, 328). The two elements most frequently Car (15 mi.) Accident
measured are total body calcium (TBCa), using delayed Living conditions/location
5,000 ft. above sea level (3 mo) Cancer (cosmic rays)
NAA, and total body nitrogen (TBN), using prompt Living in stone building (2 wk) Cancer (radon)
NAA. The reported accuracy and precision are 1–2% for Employment conditions
Working in average United States factory Accident
TBCa and 3– 4% for TBN. The radiation dose for the (3 days)
TBN measurement is relatively low (⬍0.3 mSv), Working in a United States coal mine Accident
whereas that for the TBCa measurement is substan- (30 min)
Smoking (1 cigarette) Cancer
tially higher (⬎3 mSv).
A major disadvantage of the NAA technique is that The assumed risk for each activity is that it would result in death
most of the dose is delivered to the body without the (see Refs. 25, 79). Type of death refers to type of event that could cause
production or detection of a useful signal. To overcome death. For these calculations, a probability of an occurrence is estimated
at ⬃1 in 5– 8 million. By comparison, the average yearly chance (prob-
this limitation, pulsed activation schemes are being ability) for an individual living in the United States of being killed by
developed (102, 161, 178, 215, 216, 239, 248). In this lightning is ⬃1 in 1 million.

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662 KENNETH J. ELLIS Volume 80

VII. DUAL-ENERGY X-RAY ABSORPTIOMETRY reported. To accomplish this feat, the manufacturers must
assume that the composition of the soft tissue layer over-
laying bone has the same fat-to-lean ratio as that for
A. Absorptiometric Principle nonbone pixels in the same scan region (162, 206, 227,
251). Typical body images are shown in Figure 5 for the
When an X-ray or photon source is placed on one side whole body, lumbar region of the spine, and the upper
of an object, the intensity of the beam on the opposite region of the femur. In the case of the whole body scan,
side of the object is related to its thickness, density, and ⬃40 – 45% of the pixels are classified as containing bone.
chemical composition. This attenuation phenomenon is The remaining pixels are used to estimate the body’s
also dependent on the energy of the incident photon and fat-to-lean ratio; this value is applied to the soft tissue
is dominated by two principles at low energies: the pho- component in the adjacent bone pixels. Thus the relative
toelectric effect and Compton scattering (251, 257, 341). lean-to-fat composition of the total soft tissue mass is
The attenuation response is nonlinear, such that for a based on sampling only one-half of the whole body. Some
homogeneous material, it can be described by the expo- investigators have expressed concerns with this approach
nential equation I ⫽ Ioe⫺␮T, where I is the transmitted as well as those related to a significant change in the
intensity, Io is the incident intensity, T is the absorber hydration of the lean tissues (267). The latter concern,
thickness, and ␮ is the linear attenuation coefficient. If the however, has recently been theoretically shown not to
thickness of the absorber is known, this relationship can significantly alter the estimates for the bone, lean, or fat
also be expressed as M ⫽ (1/␮m) ln(Io/I), where M is the mass (209, 210, 251, 252).
mass of the absorber and ␮m is the mass attenuation Total body DXA measurements have not been veri-
coefficient (⫽␮/␳ with ␳ as the density of the absorber). If fied by human cadaver analyses, although several studies
the absorber is composed of two or more materials, then have used animal models (31, 32, 94, 213, 240, 253, 303).
the composite ␮m is the weight sum of the individual mass The DXA-derived values for BMC, LTM, and FM have been
attenuation coefficients, each weighted for its fractional compared with a multicompartment model based on ele-
contribution to the total mass. mental NAA and were shown to be in good agreement
The attenuation through bone, lean tissue, and fat is (148). Additional studies have compared total body BMC
different, reflecting their differences in densities and with TBCa, showing excellent correlation, but substantial
chemical composition (251). With increasing photon en- differences in the slope of the regression equations (93,
ergy, the differences in the attenuation properties for 149, 250). A recent comparison between the two NAA
these tissues decrease. On the basis of theoretical and facilities has confirmed their agreement to within 2–3%
experimental studies (162, 206, 227), it has been shown (194); thus the majority of the differences can be attrib-
that if the low-energy (L) photon is ⬃40 keV, while the uted to the DXA technology, presumably reflecting the
high-energy (H) photon is in the range of 70 –100 keV, the methods for calibration. When DXA measurements were
mass of bone (B) and soft tissue (ST) along the beam path performed on the same subjects, but with different man-
can be expressed as follows ufacturers’ instruments, there were substantial differ-
ences in the individual’s body composition estimates
M ST ⫽ 共 ␮ BL LR H ⫺ ␮ BH LR L 兲/共 ␮ BH ␮ STL ⫺ ␮ STH ␮ BL 兲 (314 –316, 318). Some of this effect can be attributed to
the way in which the fitting algorithms partitioned the soft
M B ⫽ 共 ␮ STL LR H ⫺ ␮ STH LR L 兲/共 ␮ STH ␮ BL ⫺ ␮ BH ␮ BL 兲 tissue mass between its lean and fat components, espe-
cially if there was an excessively abnormal fat mass.
where LRH is ln(I/Io) at the higher energy and LRL is the These effects were also evident when the bone mineral
same ratio at the lower energy. Thus, if the relative inten- density (BMD) values were calculated, mainly due to a
sity of the transmitted beam can be measured, and the reduction in the number of pixels assigned as containing
mass attenuation coefficients are accurately known, esti- bone.
mates of the bone mass and overlaying soft tissue mass
can be calculated. This 2-C model is also used when the
beam passes through body regions without bone. In this B. Bone Mineral Measurements
case, the appropriate attenuation coefficients are those
for fat (F) and lean (S) tissues, respectively. The primary application of DXA has been to obtain
It should be evident that DXA is really composed of site-specific measurements of areal BMD at the lumbar
two separate sets of equations, each used to describe a spine, femur, and forearm (193). The BMD is defined as
2-C model. Dual-energy X-ray absorptiometry does not the ratio of BMC to bone area (BA), where BA is the total
provide three independent measurements, even though area in the planar scan image for all pixels classified as
three body composition values [bone mineral content containing bone. It should be noted that areal BMD is not
(BMC), lean tissue mass (LTM), and fat mass (FM)] are true bone density (in g/cm3 units), which can be obtained

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April 2000 HUMAN BODY COMPOSITION 663

FIG. 5. Total body, spine, and hip scan images


obtained using dual-energy X-ray absorptiometry.

via CT. The primary function of calculating BMD is to obtained using DXA can vary independently of the true
reduce the biological variance seen in BMC values at all changes in protein mass (87, 88).
ages, thus increasing the statistical power of detecting Notwithstanding these limitations, the DXA technol-
abnormal values. A number of alternate schemes have ogy represents a significant advancement in measurement
been proposed using the BMC and BA data in various techniques for body composition. This procedure, which
combinations to derive a more accurate estimate of the requires some cooperation by the subject, can be per-
true bone density (41, 233, 270, 278, 307). None of these, formed within minutes at a very low dose (usually ⬍10
however, has found widespread acceptance for clinical ␮Sv), and the results can be obtained immediately. Dual-
use over the simpler BMD estimate based on the BMC/BA. energy X-ray absorptiometry has clearly attained a domi-
The results of a whole body DXA scan provide values nant role in the measurement of bone loss for clinical
for a 3-C model that is somewhat like that of the level 4 diagnosis of osteopenia and osteoporosis (181). Newer-
multicompartment model in that a specific tissue, namely, generation DXA instruments using only fan-beam technol-
skeletal mass, can be examined. Dual-energy X-ray ab- ogy have been developed but need further study to deter-
sorptiometry also provides information about the general mine their accuracy for monitoring changes in body
anatomical distribution of bone within the body. The composition (12, 92, 162).
DXA-derived estimates for FM have been shown to agree
well with values obtained using the 2-C models or level 1
and level 2 models (149, 150). It should be noted that C. Triple-Energy X-ray Techniques
although DXA provides a measure of the body’s nonbone
lean tissue compartment, it does not specifically measure Several research centers are performing feasibility
protein mass; that is, the estimate for the lean mass studies that are focused on the development of triple-

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664 KENNETH J. ELLIS Volume 80

energy X-ray absorptiometry. This would be an extension contrast can be maximized by adjusting the time interval
of the DXA technique, but the energies must be uniquely of the RF pulse and the time to detect or echo (TE) the
selected. In theory, if the three energies are from the induced signal. The total process is often referred to as a
Compton scattering, photoelectric, and pair production pulse sequence or spin-echo sequence. An alternate ap-
regions, then it may be possible to obtain estimates not proach, which also is based on the differences in T1
only for bone and fat, but also those of body water and between adipose and lean tissues, is called inversion re-
protein mass (172, 209, 304 –306). covery. However, the time required for this method com-
pared with the spin-echo method is much longer; hence, it
is rarely used (68, 122, 283, 308).
VIII. MAGNETIC RESONANCE IMAGING AND
Depending on the pulse sequence used, the time
COMPUTED TOMOGRAPHY
needed for an abdominal image can take 8 –10 min or
more, although recent technological advances may
A. Magnetic Resonance Imaging have reduced this time to ⬃30 s/slice (68, 124, 261, 262).
For a whole body measurement, a series of multiple
The strength of the earth’s magnetic fields is very scans along the length of the body is needed, which
weak, such that atoms and molecules in the body are in may require the subject to be in the magnet’s bore for
random orientations. However, when the body is placed 30 min or longer. To reduce artifacts introduced by
in a strong magnetic field (orders of magnitude greater movement, the subject is asked to hold his or her
than the earth’s fields), some nuclei will attempt to align breath for each of the abdominal slices. The relative
with or against the magnetic field (68). Hydrogen protons distribution of total body fat along the length of the
(1H), in particular, have a high affinity for alignment with body and its visceral component is shown in Figure 6
the magnetic field. Other atoms found in the human body for a total body MRI scan. Cross-sectional abdominal
(13C, 19F, 23Na, 31P, and 39K) also display these properties, images obtained with MRI, as shown in Figure 7, allow
but at a substantially lower response than that for hydro- for separation of the subcutaneous adipose tissue
gen atoms. Although only a small percentage of nuclei will (SAT) from the visceral adipose tissue (VAT) compart-
be aligned, the number is sufficient to detect a change in ment. Several studies have examined the relationship
their orientation when the magnetic field is removed or between the VAT and SAT compartments for adults and
altered. The frequency at which nuclei for each element children (26, 176, 262, 264, 265, 349). Equations (see
will flip or precess (relative to the direction of the con- Table 8) have been developed for the calculation of the
stant magnetic field) is called the Larmor frequency. VAT or SAT area based on anthropometric measure-
When radiofrequency (RF) energy, at the Larmor fre- ments, e.g., waist circumference or skinfolds. Although
quency, is applied perpendicular to the direction of the these equations may predict the average VAT for a
magnetic field, the nuclei will absorb this energy and population, they have limited accuracy for the individ-
change alignment. When the RF field is off, the nuclei will ual. Several excellent reviews of the practical aspects
lose their alignment and release the stored energy. The of the MRI measurement have been presented previ-
intensity of this signal can be used to measure the number
of hydrogen nuclei of the tissue. This process can be
repeated at each position along the length of body until
the whole body is mapped and cross-sectional MRI im-
ages at each slice can be generated. Magnetic resonance
imaging is successful because hydrogen, found mainly in
water, is one of the most abundant nonbound elements in
the body. For other elements, their concentrations in the
body are lower and the Larmor frequency changes, thus
requiring an increased magnetic field strength if imaging
is to be considered (302).
If the hydrogen densities of adipose and lean tissues
were markedly different, then it would be possible to
develop images based solely on their number of nuclei.
This is not the case. Thus, to enhance the contrast be-
tween lean and fat tissues, a second feature of the nuclei,
called relaxation time (T1), is used. This is the time it
takes for the nuclei to release the RF-induced energy and
FIG. 6. Distribution of total body fat and visceral fat in an adult,
return to a random configuration. The T1 for protons in nonobese male obtained using magnetic resonance imaging. [Modified
fat is much shorter than that for protons in water. This from Despres et al. (68).]

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April 2000 HUMAN BODY COMPOSITION 665

FIG. 7. Cross-sectional images of the ab-


domen obtained by computed tomography for
a young man (A) and a middle-aged male (B),
both with the same total body fat mass. [Mod-
ified from Despres et al. (68).]

ously (176, 322), and Smith and Zachwieja (294) re- like syndrome in human immunodeficience virus-positive
cently summarized their use in intervention strategies subjects has been confirmed using MRI examinations (40,
focused on reduction of VAT. 152, 202, 330). In these patients, there is a significant loss
Animal models and human cadaver studies have been of fat from the extremities or SAT mass, with an increase
used to verify the accuracy of the estimates of adipose in visceral fat deposits. The MRI-derived estimates for
tissue mass and its anatomical distribution (1, 101, 123, abdominal SAT and VAT will serve as a reference measure
217). Abdominal subcutaneous adipose tissue and vis- of adiposity for testing the efficacy of future therapies for
ceral adipose tissue, both its intraperitoneal and retro- obesity.
peritonal deposits, were dissected in three human cadav-
ers. Their weights agreed with the MRI estimates with a
mean difference of ⬃6% or 0.08 kg. Similar agreement was B. Computed Tomography
obtained for the lean tissues (68).
A significant advantage of MRI for body composition This tomographic technique uses X-rays that are
studies is its potential for monitoring changes in the VAT collimated to provide a fan-shaped beam that is passed
and SAT compartments separately, information which is through the body, while an array of detectors is posi-
presently not available with any alternate in vivo tech- tioned on the opposite side of the subject to detect the
niques except for CT. For example, the relative contribu- transmitted radiation. The X-ray source and detector
tions of each subcompartment to the total abdominal assembly are rotated as a single unit around the subject
adipose tissue mass have been examined in weight loss covering a full 360° arc. Alternately, some instruments
programs with and without exercise and/or drug thera- have a full circle of detectors, and only the X-ray source
pies (26, 131, 199, 263, 265). Undoubtedly, MRI will play a is rotated. At each degree of rotation, the transmitted
vital role in helping to identify individuals at increased intensity is recorded for each detector, providing infor-
risk for a variety of clinical conditions. Recently, the mation about the internal structures along that beam
observation of a significant increase of a lipodystrophy- path. Many reconstruction algorithms have been de-

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666 KENNETH J. ELLIS Volume 80

TABLE 8. Relationships between total body fat, relaxed, then the dose can be significantly reduced.
abdominal fat, visceral, and subcutaneous fat and Preliminary studies have shown that a 10-scan image of
anthropometric indexes the trunk region can be obtained with an effective dose
⬍0.3 mSv, which is about 1/25 that of a routine clinical
Reference
n R2 No. CT scan (300). A further substantial reduction in dose,
perhaps to a range comparable with fan-beam DXA,
Adult males (n ⫽ 89) may be possible if the pixel resolution can also be
TBF ⫽ 0.05234AAT ⫹ 2.8788 89 0.92 68
VAT ⫽ 0.0845(WC ⫻ HC) ⫹ 5.12%fat 61 0.73 165 reduced.
⫺ 13.715
SAT ⫽ 3.136WC ⫹ 3.663%fat ⫺ 237.539 0.81
VAT ⫽ 2.125Age ⫹ 2.8343WC ⫺ 225.39 110 0.74 68 IX. REFERENCE BODY COMPOSITION DATA
VAT ⫽ 1.05Age ⫹ 3.03WC ⫹ 4.68BMI ⫺ 350 66 0.76 283
SAT ⫽ 0.69Age ⫹ 3.88WC ⫹ 8.83BMI ⫺ 413 0.74
Adult females As noted in section I, limited whole body cadaver
TBF ⫽ 0.0593AAT ⫹ 1.6589 75 0.97 68
VAT ⫽ 1.4Age ⫺ 1.6Wt ⫹ 2.6HC ⫹ 11.4SD 99 0.75 10 data are available for humans (105, 116, 118, 119, 130, 157,
⫺ 283 164, 223, 342–344). However, several models have been
VAT ⫽ 23.4AFM ⫹ 36.6LSSF ⫹ 508.2WHR 25 0.91 303 developed to describe human body composition over the
⫺ 503
VAT ⫽ 4.76SD ⫹ 0.76Age ⫹ 1.73WC 0.81 320 full life span: Reference Fetus (352), Reference Infant
⫹ 0.74PFP ⫺ 211.2 (111, 297), Reference Children (112), Reference Adoles-
Children (n ⫽ 101) cents (140, 141), and Reference Man (79, 296) and Woman
White VAT ⫽ 0.23 ⫻ SAT ⫹ 13 36 0.75 253
Black VAT ⫽ 0.17 ⫻ SAT ⫹ 11 65 0.70 (79). In addition, the comprehensive works of Cheek (42)
and Forbes (114) describe body composition during hu-
TBF, total body fat (kg); AAT, abdominal adipose tissue area man growth. Collectively, these studies coupled with the
(cm2); VAT, visceral adipose tissue area (cm2); SAT, subcutaneous adi-
pose fat area (cm2); BMI, body mass index (kg/m2); WC, waist circum- work of Moore et al. (221) provide a cornerstone of
ference; SD, sagittal diameter minus subcutaneous fat thickness; %fat, human body composition research at the elemental, cel-
percentage body fat; HC, hip circumference; AFM, abdominal fat mass lular, and tissue levels.
(by dual-energy X-ray absorptiometry); LSSF, log(sum of skinfolds);
WHR, waist-to-hip ratio. Since these pioneering efforts, a number of newer or
more sensitive techniques have been developed that have
allowed us to reexamine many of these relationships in
vised to process the cumulative data to produce a more detail and to determine the degree of biological
cross-sectional image of the body region scanned (68, variability seen in the healthy general population with
147, 260). This basic anatomical image is similar to that regard to gender, ethnicity, age, and sexual maturation. In
obtained using MRI, except it contains additional infor- this section, a summary of some of the types of changes
mation for the tissue’s true density at each pixel. This reported in body composition across the human life span
information coupled with the anatomical location of are presented. These examples could not be all inclusive
the pixel within the image can be used to identify it as and do not represent a meta-analysis of the data, but serve
adipose, muscle, skin, viscera, or bone tissue. Recon- to illustrate the scope of information that is known. Ref-
struction of total body mass and separate organ masses erences to additional publications are provided for each
based on scans along the length of the body at 10-cm age group.
intervals has been shown to have excellent accuracy
(⬍1% error) and precision (⬍1%) (266, 292). These
reconstructed CT images, and those for MRI, can be A. Infants
assigned to level 4 or tissue systems level of the mul-
ticompartment model. The CT images can also be used The body composition of the neonate has recently
to separate the total adipose tissue mass into its sub- been reviewed (82). During this period of rapid growth,
cutaneous and visceral components, or the lean tissues substantial changes in normal body composition will oc-
into skeletal muscle and visceral or organ mass. Like- cur and can appear contradictory with the stable compo-
wise, bone can be identified as cortical or trabecular in sition normally observed for adults (111, 297, 352). The
nature on the basis of density (61, 182, 196, 224, 273). It mineral, protein, water, and lipid contents of the body
has also been shown that CT provides a more accurate increase with age during early life, each at markedly
determination of visceral adipose tissue than MRI (68, different rates (see Fig. 8). The nonlinear elemental
283) and that the scan times for CT are shorter than for growth patterns for neonates are described by the equa-
MRI. Unfortunately, the one major disadvantage with tions given in Table 9. The DXA measurements have also
CT is the radiation dose required per slice for imaging. been used to examine the body composition of term and
However, if the pixel resolution required for routine CT preterm infants during the first year of life (32, 166 –169,
scans (mainly used for detection of tumors) can be 180, 240, 271, 321, 338, 339). There is also a significant

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April 2000 HUMAN BODY COMPOSITION 667

FIG. 8. Changes in human body com-


position during fetal development and
early life. These data often serve as a
reference standard for assessing growth
in the preterm infant. [Modified from El-
lis (82).]

redistribution of body water between its extracellular and have reported body composition values for school-aged
intracellular fluid volumes during early life (112). children (27, 66, 81, 83, 104, 110, 133, 170, 174, 198, 218,
Limited body composition data exist for children in 219, 231). In addition, the 4-C UWW model has also be
the toddler years (age range, 1– 4 yr). This may be due in used to describe body composition in children (340),
part to measurement difficulties, such as insufficient co- and there are the classic Reference Child and Refer-
operation from the children during the time needed to ence Adolescent models (112, 140, 141). Only a few of
perform the procedures. Also, there are concerns about these studies have examined the full age (4 –18 yr) for
the accuracy of some instruments’ calibrations for these growth, whereas most have focused on narrower age
body sizes (166, 167). In general, it is assumed that the groups, or only one gender, and rarely on ethnic differ-
relative bone, lean tissue, and fat proportions that make ences (2). A typical summary of body composition data,
up the body weight remain unchanged for the infant after obtained using total body DXA measurements in a
an age of 2 yr; that is, during this period of steady growth, cross-sectional multiethnic study, are presented in Ta-
there are increases in the various composition compart- ble 10 (81, 83). Similar growth patterns have been
ment such that there is no change in the overall compo- reported for other pediatric studies around the world; a
sitional makeup of the body. comparison of some of these is provided in Figure 9 for
girls and in Figure 10 for boys. In some studies, predic-
B. Children tion equations for body composition in children, based
on the anthropometric parameters of gender, age,
There is a relatively large number of studies, weight, and height, have been provided; one set of
mainly those using DXA and/or BIA techniques, that equations is listed in Table 11 (81, 83, 136, 137, 336).

TABLE 9. Elemental composition of the neonate as a function of body weight (cadaver studies)

Neutron Activation Analysis* Chemical Cadaver Analysis† Chemical Cadaver Analysis‡

Total Body Content a b a b a b

Ca, g 0.00226 1.148 0.00117 1.241 0.00109 1.244


P, g 0.00412 0.996 0.00125 1.164 0.00197 1.109
Na, meq 0.162 0.902 0.362 0.806
Cl, meq 0.183 0.847 0.284 0.784
K, meq 0.0716 0.906 0.0449 0.989 0.00327§ 1.194§

Elemental content ⫽ a ⫻ Wtb, where Wt is body weight (g). *Nutritionally adequate mothers, live births, survival 1–10 days (see Ref. 82).
†Summary of literature data for infant cadavers (see Ref. 114). ‡Infants of malnourished mothers (see Ref. 9). §Values are for calculation of total
body nitrogen (g).

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668 KENNETH J. ELLIS Volume 80

TABLE 10. Example of total body composition values for children obtained using DXA technology

Age Group, yr BMC, g Lean Tissue Mass, kg Fat Mass, kg %Fat

Males
White/European-American (n ⫽ 145)
3–5 423 ⫾ 94 13.25 ⫾ 1.29 2.92 ⫾ 0.44 17.6 ⫾ 2.0
5–9 793 ⫾ 232 20.42 ⫾ 3.95 4.84 ⫾ 3.83 17.1 ⫾ 6.5
10–14 1,655 ⫾ 496 37.74 ⫾ 9.49 12.10 ⫾ 8.41 22.2 ⫾ 10.3
15–18 2,545 ⫾ 430 53.58 ⫾ 7.25 10.26 ⫾ 6.29 14.8 ⫾ 7.0
Black/African-American (n ⫽ 78)
3–5 456 ⫾ 106 14.70 ⫾ 2.22 2.43 ⫾ 0.71 13.7 ⫾ 3.0
5–9 900 ⫾ 195 22.54 ⫾ 3.89 5.20 ⫾ 4.53 16.7 ⫾ 9.4
10–14 2,038 ⫾ 633 45.73 ⫾ 13.4 12.54 ⫾ 10.57 19.2 ⫾ 9.7
15–18 3,181 ⫾ 440 65.51 ⫾ 8.04 14.43 ⫾ 10.30 16.7 ⫾ 10.5
Hispanic/Mexican-American (n ⫽ 74)
3–5 403 ⫾ 63 12.10 ⫾ 1.27 3.28 ⫾ 1.22 20.4 ⫾ 4.8
5–9 827 ⫾ 192 21.42 ⫾ 3.71 7.38 ⫾ 3.38 23.9 ⫾ 6.9
10–14 1,724 ⫾ 475 39.48 ⫾ 9.38 14.81 ⫾ 6.99 26.0 ⫾ 10.3
15–18 2,545 ⫾ 334 53.57 ⫾ 5.99 12.06 ⫾ 7.96 16.6 ⫾ 7.2
Females
White/European-American (n ⫽ 143)
3–5 447 ⫾ 93 13.3 ⫾ 1.4 3.5 ⫾ 1.1 20.2 ⫾ 4.7
6–8 528 ⫾ 136 16.5 ⫾ 2.4 5.0 ⫾ 2.2 21.9 ⫾ 5.5
9–11 1,057 ⫾ 246 24.5 ⫾ 4.0 8.8 ⫾ 4.4 24.5 ⫾ 7.8
12–14 1,581 ⫾ 350 33.3 ⫾ 4.9 15.2 ⫾ 7.7 28.9 ⫾ 7.7
15–17 1,967 ⫾ 269 37.9 ⫾ 4.2 15.3 ⫾ 5.3 27.2 ⫾ 5.8
Black/African-American (n ⫽ 106)
3–5 430 ⫾ 187 12.8 ⫾ 3.3 3.8 ⫾ 2.3 21.1 ⫾ 5.9
6–8 844 ⫾ 272 20.2 ⫾ 3.5 7.2 ⫾ 4.9 23.4 ⫾ 8.4
9–11 1,330 ⫾ 325 31.1 ⫾ 5.9 13.3 ⫾ 7.0 27.4 ⫾ 9.0
12–14 1,876 ⫾ 412 36.7 ⫾ 5.7 17.6 ⫾ 9.9 29.5 ⫾ 8.8
15–17 2,148 ⫾ 441 40.6 ⫾ 8.9 21.9 ⫾ 13.8 31.6 ⫾ 9.3
Hispanic/Mexican-American (n ⫽ 42)
3–5 413 ⫾ 92 12.7 ⫾ 2.8 4.6 ⫾ 3.5 23.7 ⫾ 10.2
6–8 626 ⫾ 66 16.4 ⫾ 1.9 6.3 ⫾ 3.3 25.6 ⫾ 7.7
9–11 1,119 ⫾ 417 24.8 ⫾ 5.7 12.1 ⫾ 6.2 30.4 ⫾ 7.3
12–14 1,584 ⫾ 196 34.8 ⫾ 4.1 17.7 ⫾ 9.2 31.2 ⫾ 10.0
15–17 2,108 ⫾ 355 40.3 ⫾ 6.9 26.7 ⫾ 10.5 37.5 ⫾ 6.0

Values are means ⫾ SD. BMC, bone mineral content; %Fat ⫽ 100 ⫻ Fat/WtDXA, where DXA is dual-energy X-ray absorptiometry and Wt is
weight. Measurements were obtained with Hologic QDR-2000 instrument (see Refs. 81, 83).

Data in children on the relationship between body com- (151, 247, 248) and are focused, in part, on more precisely
position and vitamin D receptor gene classification are defining the range of normal variability with aging for
emerging in an effort to find an early biomarker for each gender, differences among ethnic groups, and exten-
increased risk of osteoporosis in later life (7). sion of these measurements beyond those of octogenari-
Most of the total body elemental data reported for ans (R. N. Pierson, Jr., personal communication).
children have been for TBK (35, 42, 113, 197, 228, 245). It should be noted that each of the manufacturers of
Limited data for TBN and TBCa in children have also been DXA instruments maintains their own reference database
reported (4, 17–19, 93, 268). for BMC and BMD as a function of age for total body,
lumbar spine, femur, and forearm measurements. Several
C. Adults investigators have recently questioned the general appli-
cability of using only age-specific references without con-
Most elemental body composition reference data sideration of anthropometric, ethnic, or environmental
(level 1 model) for adults have been obtained using in vivo differences (134, 193, 226, 236, 238, 289). As yet, none of
neutron activation analysis and whole body counting. the manufacturers has established a reference BMC or
Although several research centers have contributed to BMD range that also includes effects attributed to differ-
this database (44, 59, 148, 151, 247, 248, 302), much of the ences in height. Likewise, no reference ranges for the lean
original data were obtained from one research laboratory tissue values, fat mass, or percent fat for adults have been
(34, 55–59, 78, 85, 97, 161). An example of the elemental proposed. Some of this may be due to the problem of
composition data for adults, ages 20 – 80 yr, is presented nonuniformity in calibration among the manufactures as
in Table 12. Similar studies in adults are still in progress the estimates for the composition of the bone and soft

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April 2000 HUMAN BODY COMPOSITION 669

ment is important, especially if a clinical intervention is to


be considered.
When longitudinal measurements are obtained, then
changes in body composition can also be assessed. For
this application, the absolute accuracy of the measure-
ment is less important because the ability to detect a
statistically significant change is more dependent on the
precision of the measurement. The relationship between
the minimal detectable change (MDC) for an individual
and the precision (P) of the measurement, when both are
expressed as percents, is %MDC ⬵2.83 ⫻ %P, at a 5%
significance level. The precision errors reported for the

FIG. 9. Comparison of changes in bone mineral content (BMC), lean


tissue mass (LTM), and fat mass (Fat) for young females in various
countries. [Modified from Ellis et al. (83).]

tissues (lean and fat masses) appear dependent on the


choice of instrument and software (92–94, 314 –318).

X. MEASUREMENT OF CHANGES
IN BODY COMPOSITION

If body composition measurements are obtained only


once for an individual, then the most common use is for
the assessment of that person’s status relative to a refer-
ence population. The individual’s body composition value
can be expressed as a percentage of the expected or
predicted normal value, usually after adjusting for varia-
tions attributed to gender, ethnicity, age, and indexes of
body weight and height (54, 84, 86, 89, 100). An alternate
choice is to provide a z-score rating compared with age-
FIG. 10. Comparison of changes in bone mineral content (BMC),
and gender-matched reference populations. For this ap- lean tissue mass (LTM), and fat mass (Fat) for young males in various
plication, the accuracy of the body composition measure- countries. [Modified from Ellis (81).]

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670 KENNETH J. ELLIS Volume 80

TABLE 11. Prediction equations for estimating average area, or density) for a specific body composition compart-
body composition in children based on age, weight, ment for the individual is less certain. The estimated MDC
and height values for an adult (based on the body composition esti-
mates for the ICRP-23 Reference Man model, Ref. 296) are
R2 SEE %CV
also provided in Table 13, expressed in both absolute
White (European-American) units and as a percent. The MDC values listed in Table 13
Boys are those required for an individual for there to be a
BMC ⫽ 23.6 Wt ⫹ 75.5 age ⫺ 416.5 0.86 216 g 15.8
LTM ⫽ 0.439 Wt ⫹ 1.52 age ⫺ 2.76 0.91 3.37 kg 9.1 statistically significance change. It is evident that, even
Fat ⫽ 0.534 Wt ⫺ 1.59 age ⫹ 3.03 0.57 3.56 kg 31.7 with good precision, a substantial change for the individ-
Girls ual must occur to be of statistical significance. These
BMC ⫽ 4.38 ⫻ Ht ⫹ 18.6 ⫻ Wt ⫹ 59.1 0.86 160 g 11.3
⫻ age ⫺ 753 changes can often occur with or without additional in-
Lean ⫽ 0.101 ⫻ Ht ⫹ 0.346 ⫻ Wt 0.93 1.73 kg 5.6 dexes of an altered quality of life. For example, a healthy
⫹ 0.559 ⫻ age ⫺ 6.93 young adult would not be expected to have a 4 –5% change
Fat ⫽ 0.642 ⫻ Wt ⫺ 0.120 ⫻ Ht 0.86 1.09 kg 9.7
⫺ 0.606 ⫻ age ⫹ 8.98 in TBCa or BMC, whereas this could occur in a relatively
Black (African-American) short time interval for an otherwise healthy older woman
Boys (57, 78). For example, during menopause, most women
BMC ⫽ 21.3 Wt ⫹ 106.3 age ⫺ 525.3 0.91 215 g 11.0
LTM ⫽ 0.363 Ht ⫹ 0.388 Wt ⫺ 34.2 0.92 3.94 kg 8.9 will experience a more rapid rate of bone loss and the
Fat ⫽ 0.594 Wt ⫺ 0.381 Ht ⫹ 36.0 0.62 4.29 kg 36.1 %MDC for BMC or TBCa for an individual may in fact be
Girls exceeded, thus the interest in using these measurements
BMC ⫽ 7.22 ⫻ Ht ⫹ 17.2 ⫻ Wt 0.87 179 g 10.7
⫹ 49.8 ⫻ age ⫺ 919 for screening women to identify those with increased risk
Lean ⫽ 0.143 ⫻ Ht ⫹ 0.336 ⫻ Wt 0.91 2.37 kg 6.8 for osteoporosis. Likewise, the %MDC values are also
⫹ 0.301 ⫻ age ⫺ 8.96 useful when assessing changes in the lean tissues or fat
Fat ⫽ 0.653 ⫻ Wt ⫺ 0.163 ⫻ Ht 0.91 2.45 kg 16.7
⫺ 0.298 ⫻ age ⫹ 10.7 mass associated with many diseases and their treatments.
Hispanic (Mexican-American) Detection of a statistically significant change for the
Boys individual can often require long time intervals between
BMC ⫽ 16.9 Wt ⫹ 102.3 age ⫺ 437.2 0.86 212 g 12.5
LTM ⫽ 0.424 Wt ⫹ 1.56 age ⫺ 2.98 0.91 3.34 kg 8.7 the measurements, especially if the changes are occurring
Fat ⫽ 0.591 Wt ⫺ 1.82 age ⫹ 3.36 0.55 3.71 kg 25.7 at relative slow rates. However, unlike the clinical setting
Girls where body composition measurements are used to as-
BMC ⫽ 8.04 ⫻ Ht ⫹ 14.4 ⫻ Wt 0.85 179 g 12.2
⫹ 40.9 ⫻ age ⫺ 928 sess the status of an individual patient, the research ap-
Lean ⫽ 0.212 ⫻ Ht ⫹ 0.287 ⫻ Wt 0.92 2.22 kg 6.9 plications of these measurements are usually focused on
⫹ 0.011 ⫻ age ⫺ 15.1 assessing the efficacy of a specific therapy or treatment
Fat ⫽ 0.677 ⫻ Wt ⫺ 0.217 ⫻ Ht 0.90 2.44 kg 15.1
⫹ 15.5 regime for a group of subjects. In this case, the statistical
BMC vs. LTM ability to identify a significant change in body composi-
Boys BMC(g) ⫽ 51.25 LTM(kg) ⫺ 258.8 0.94 144 g 8.7 tion is dependent not only on the measurement precision,
Girls BMC(g) ⫽ 60.25 ⫻ lean(kg) 0.87 166 g 9.9
⫺ 379.5 but also the biological variability of the body composition
parameter in the research population and the sample size
Stepwise multiple-regression analysis [potential prediction vari- of the study group. If %MDCg denotes the minimal detect-
ables: age (yr), weight (Wt; kg), and height (Ht; cm)]. R, correlation able percentage change for a group of n subjects with a
coefficient; SEE, standard error of estimate; %CV, coefficient of vari-
ance, expressed as a percentage, at mean age of 12 yr; BMC, bone biological variation denoted as %SDbiol, and %P is the
mineral content; LTM, lean tissue mass. Relationship between BMC and measurement precision, then %MDCg ⬵ 2.83 ⫻ n⫺1/2 ⫻
LTM was independent of race. For details, see Refs. 81, 83. (%P2 ⫹ %SDbiol2
)1/2, at a 5% significance level (143, 144).
For a given measurement precision, an increase in the
various body composition measurement techniques dis- sample size improves the statistical ability to detect a
cussed in the previous sections of this review are sum- smaller change as significant. Alternately, as the measure-
marized in Table 13. The precision errors typically range ment precision worsens or the SDbiol for the population
from 1 to 5%, with the exception of the visceral fat area or increases, larger sample sizes are needed to detect the
volume estimates that are of the order of 5% or higher. same level of change.
Estimates for the accuracy errors for each of the methods Thus, when designing a research protocol that relies
are also included in Table 13. These tend to be higher than on detection of significant changes in body composition
the precision errors reflecting the degree of difficulty as an end point, the relationship presented above for
associated with a calibration that must account for the %MDCg needs to be considered. Because the measure-
full range of biological variations, such as body size and ment precision (determined by the choice of measure-
proportions, that often affect the parameters being mea- ment technique) and biological variability (determined by
sured; that is, the measurement techniques can have good selection of study population) are basically fixed param-
reproducibility, but the estimated quantity (mass, volume, eters, this leaves the researcher with determining the

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April 2000 HUMAN BODY COMPOSITION 671

TABLE 12. Mean body composition estimates for adults

Age Group, yr BMI, kg/m2 TBW, l TBPr, kg BCM, kg OsMin, kg ICW, l ECW, l ECW/TBW FFM, kg

Males
20–29 24.1 45.4 12.6 34.5 2.97 27.6 17.8 0.39 62.6
30–39 24.3 39.7 11.3 30.9 2.76 24.7 14.9 0.38 55.7
40–49 25.2 43.2 11.4 31.4 2.72 25.1 18.1 0.42 57.7
50–59 26.5 43.7 11.4 29.1 2.64 23.3 20.4 0.47 56.5
60–69 25.8 39.7 10.6 28.9 2.66 23.1 16.5 0.42 53.3
70–79 26.5 41.6 9.7 24.9 2.66 19.9 21.6 0.52 50.2
Females
20–29 22.1 31.1 9.1 21.1 2.25 16.9 14.2 0.46 43.4
30–39 22.7 32.0 8.8 22.2 2.06 17.8 14.2 0.44 44.1
40–49 24.9 30.5 8.4 20.2 2.12 16.2 14.3 0.47 41.4
50–59 25.6 30.9 7.8 20.0 1.96 16.0 14.9 0.48 40.5
60–69 25.4 27.6 7.2 16.9 1.74 13.5 14.0 0.51 35.8
70–79 24.5 25.7 6.8 15.6 1.59 12.5 13.3 0.52 33.5

Values are for Caucasian males and females in the United States. Estimates are based on tritium dilution, 40K counting, and neutron activation
analysis measurements (see Refs. 55–59, 78, 178). TBW, total body water; TBPr, total body protein; BCM, body cell mass; OsMin, bone mineral mass;
ICW, intracellular water; ECW, extracellular water; FFM, fat-free mass.

appropriate sample size to detect a specific percentage for these latter concerns, it is advised that whenever
change. A second consideration of equal importance is possible control or untreated groups matched with the
the selection of an appropriate time interval between treatment group should also be examined.
measurements. This is crucial, for if the time interval is
too short, then it may not be physiologically possible to
achieve the targeted percentage change. Alternately, if the XI. SUMMARY
time period between measurements is relatively long,
then the normal physiological changes in body composi- In vivo methods continue to be developed for use in
tion (for example, growth for children or aging for older human body composition research. Many of these tech-
adults) must also be taken into consideration. To control nological advances should provide accurate and precise
assessment not only of adults, but also for infants and
children. It is now becoming evident that many diseases
TABLE 13. Precision, accuracy, and detectable changes that become manifest in adulthood may have their origins
for an individual using various body composition in childhood. Thus one area of further research on the
measurement techniques development of methods can be expected to focus on
Measurement
children, especially applications in longitudinal studies.
Body Composition Minimum
Compartment Detectable Change Likewise, the adult population is aging, and an increasing
(Method) Precision,* % Accuracy,† % for an Individual percentage of the elderly is surpassing the average life
expectancy of the past generations. With advancing age
TBK (40K counting) 1–3 5 150 meq (4%)
TBW (D2O dilution) 1–2 2 2 liters (5%) there are changes in body composition that may impact
ECW (Br dilution) 2–3 2–4 2 liters (10%) on the quality of life. Areas of future investigation for
TBN (Prompt-␥) 2–4 3 130 g (7%) adults will focus not only on the prevention and treatment
TBCa (Delayed-␥) 1–2 5 55 g (5%)
FFM (UWW/ADP) 1–2 2–3‡ 4 kg (6%) of osteoporosis, but also that of sarcopenia with aging.
FFM (BIA/BIS) 1–2 2–4 kg (7%) However, the most significant health issue that will prob-
DXA ably be addressed at the start of the third millennium is
BMC (g) 1–2 2–10§ 160 g (4%)
LTM (kg) 2–3 5 4 kg (7%) that of human obesity.
Fat (kg) 3–4 5–10 1 kg (10%) It would be impossible to provide an all-inclusive
VAT (MRI/CT) 5–10 bibliography of body composition in a single review (for
TBK, total body potassium; TBW, total body water; ECW, extra- example, a Medline search of bone mineral density and
cellular water volume; TBN, total body nitrogen; TBCa, total body children alone yielded ⬎500 references). However, cur-
calcium; FFM, fat-free mass; DXA, dual-energy X-ray absorptiometry; rent and representative references, as well as several
VAT, visceral adipose tissue; BMC, bone mineral content; LTM, lean
tissue mass; MRI, magnetic resonance imaging; CT, computed tomogra- classic citations, from the many research groups actively
phy. Estimates of minimum detectable change for an individual were involved in body composition measurements are provided
based on ICRP-23 Reference Man model. *Reproducibility for repeat here. In particular, the information contained in the inter-
measurements. †Accuracy error for absolute mass or volume estimate.
‡Dependent on choice of model used. §Error tends to increase if specific national body composition conference series (6, 86, 99,
bone site is measured. 351), the more detailed description of the various meth-

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672 KENNETH J. ELLIS Volume 80

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810 Rev Ed Física / J Phys Ed (2019) 88, 2, 810-817

Artigo Original
Original Article
Erro técnico de medida em antropometria: análise de precisão e exatidão
em diferentes plicômetros
Technical Error of Measurement in Anthropometry: Analysis of Precision
and Accuracy in Different Plicometers
Gustavo dos Santos Ribeiro1,4 MS; Émerson Barata Fragoso2 Esp; Rodrigo D’Azevedo Nunes3; André Luiz
Lopes§4 PhD
Recebido em: 27 de abril de 2019. Aceito em: 05 de junho de 2019.
Publicado online em: 31 de julho de 2019.

Resumo
Introdução: Existem diferentes plicômetros destinados a
mensurar dobras cutâneas. No entanto, pouco se sabe sobre a Pontos-Chave Destaque
confiabilidade de suas medidas.
Objetivo: Avaliar a precisão e a exatidão de nove modelos - Foram examinados os
utilizados para mensurar as dobras cutâneas. plicômetros: Body Caliper,
Métodos: Foram selecionados por conveniência nove Innovare, Lange, Slim Guide,
equipamentos: Body Caliper, Innovare, Lange, Slim Guide, Neo Neo Prime, Holtain, Premier e
Prime, Harpenden, Holtain, Premier e Digital. Utilizou-se um
dispositivo desenvolvido com células de carga para mensurar a Digital. As medidas do
pressão das áreas de contato nas amplitudes de 10, 15, 20, 25, 30, 35, plicômetro Harpenden foram
40, 45 e 50 mm. Foram calculadas medidas de precisão (ETM-INTRA), consideradas como padrão-
exatidão (ETM-INTER) e concordância (Bland-Altman). Adotou-se as
medidas do plicômetro Harpenden como padrão-ouro.
ouro.
Resultados: Observou-se precisão adequada nos plicômetros - O modelo Body Caliper não se
Holtain (0,35 ± 0,21), Harpenden (0,39 ± 0,35), Digital (0,49 ± 0,39), mostrou preciso.
Premier (0,61 ± 0,52), Neo Prime (0,49 ± 0,39), Slim Guide (0,54 ± - Somente os modelos Premier,
0,41), Lange (0,75 ± 0,74) e Innovare (0,83 ± 0,63). Somente modelo
Body Caliper não foi preciso (3,93 ± 2,53). Em relação à exatidão, Digital e Innovare exibiram
somente os modelos Premier (3,61 ± 0,85), Digital (4,44 ± 3,26) e níveis aceitáveis de exatidão.
Innovare (4,79 ± 3,89) exibiram níveis aceitáveis de exatidão. Os
demais equipamentos não se mostraram exatos (Slim Guide 15,03 ±
7,99; Holtain 17,05 ± 4,30; Neo Prime 23,82 ± 10,35; Lange 57,88 ± 9,47; Body Caliper 143,68 ± 33,03).
Conclusão: Os modelos Harpenden, Innovare, Premier e Digital são os plicômetros que se mostraram mais
precisos e exatos para mensurar dobras cutâneas.

Palavras-chave: antropometria, composição corporal, pregas cutâneas, análise de falha de equipamento.

Abstract
Introduction: There are different calipers for measuring skinfolds. However, little is known about the reliability
of its measures.

§ Autor correspondente André Luiz Lopes – e-mail: andregym23@gmail.com


Afiliações: 1Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, Brasil; 2Centro Universitário La Salle
(LA SALLE), Canoas, Brasil; 3Faculdade SOGIPA de Educação Física, Porto Alegre, Brasil; 4Instituto ISulBra/Faculdades QI, Porto
Alegre, Brasil.
Rev Ed Física / J Phys Ed – Antropometria: precisão e exatidão em diferentes plicômetros 811

Objective: To evaluate the precision and accuracy of nine skinfold


calipers.
Keypoints
Methods: Body Caliper, Innovare, Lange, Slim Guide, Neo Prime,
Harpenden, Holtain, Premier, and Digital models were convenience - The plicometers: Body Caliper,
selected. A device developed with load cells was used to measure jaw Innovare, Lange, Slim Guide,
pressure at 10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45- and 50-mm. Accuracy Neo Prime, Holtain, Premier
measurements (TEM-INTRA), reproducibility (TEM-INTER), and
and Digital were examined
agreement (Bland-Altman analysis) were calculated. It was adopted
as measures of the Harpenden Caliper as gold standard. against Harpenden plicometer
Results: Adequate accuracy was observed in Holtain (0.35 ± 0.21), measurements (gold standard).
Harpenden (0.39 ± 0.35), Digital (0.49 ± 0.39), Premier (0.61 ± 0, 52), - Body Caliper model was not
Neo Prime (0.49 ± 0.39), Slim Guide (0.54 ± 0.41), Lange (0.75 ± 0.74)
and Innovare (0.83 ± 0.63) calipers. Only Body Caliper model was not precise.
accurate (3.93 ± 2.53). Regarding TEM-INTER, only the Premier (3.61 - Premier, Digital and Innovare
± 0.85), Digital (4.44 ± 3.26) and Innovare (4.79 ± 3.89) models models exhibited acceptable
showed acceptable levels. The others equipment did not showed
levels of accuracy.
reproducibility (Slim Guide 15.03 ± 7.99; Holtain 17.05 ± 4.30; Neo
Prime 23.82 ± 10.35; Lange (57.88 ± 9.47; Body Caliper 143.68 ±
33.03).
Conclusion: The Harpenden, Innovare, Premier and Digital models showed to be most accurate and exact
skinfold caliper for measuring skinfolds.

Keywords: anthropometry, body composition, skinfold thickness, equipment failure analysis.

Erro técnico de medida em antropometria: análise de precisão e exatidão


em diferentes plicômetros

Introdução informações na literatura sobre o tema. Em


1955, Edwards et al.(7) mencionaram uma
A composição corporal é uma ferramenta série de recomendações para auxiliar na
amplamente utilizada por profissionais da construção destes equipamentos. A principal
saúde e do esporte para acompanhar os efeitos característica apontada pelos autores está
de uma intervenção e/ou predizer índices de relacionada com a abertura das hastes. Elas
risco e desempenho esportivo(1). As dobras precisam exercer uma pressão constante (8-10
cutâneas (DC) são as principais medidas g/mm2) ao longo de toda a amplitude, sendo
utilizadas nesta avaliação devido à sua alta que a haste superior do equipamento deve ser
correlação com densidade corporal, além do fixa e a inferior móvel. Além disso, as áreas de
baixo custo operacional e boa contato devem estar a 152,4 mm do eixo do
confiabilidade(2,3). A variabilidade de dados dispositivo, denominado de pivô.
pode ser reduzida ou conhecida ao calcularmos
Com o crescimento do mercado fitness e
o erro técnico de medida (ETM) de cada
wellness, as indústrias especializadas em
avaliador. Esta técnica permite aos
materiais de avaliação aumentaram a produção
antropometristas verificarem sua precisão
e a venda destes equipamentos(8). No entanto,
(ETM-INTRA) e sua exatidão (ETM-INTER),
algumas premissas básicas parecem não terem
minimizando a possibilidade de viés na
sido aplicadas no desenvolvimento desses
interpretação de dados(1,4).
equipamentos. Atualmente, o mercado
Um aspecto que vem sendo negligenciado ao disponibiliza plicômetros em diversos
longo dos anos refere-se à precisão, exatidão e formatos. Segundo Cyrino et al.(2), a
a confiabilidade dos equipamentos usados para mensuração das DC e a estimativa da massa
mensurar as DC e as medidas aferidas em adiposa podem ser afetadas pelo tipo de
modelos diferentes podem ser plicômetro utilizado, superfície de contato,
comparadas(2,5,6). Existem poucas distância e pressão das hastes, abertura das
812 Rev Ed Física / J Phys Ed – Antropometria: precisão e exatidão em diferentes plicômetros

hastes e posicionamento das molas (Lei de DC. Os modelos clínicos Body Caliper
Hooke). (Valtro, Itália), Innovare (Cescorf, Brasil), Neo
Considerando estas informações, o objetivo Prime (Prime Med, Brasil), Lange (Beta Tech,
do presente estudo foi avaliar a precisão e a Estados Unidos) e Slim Guide (Rosscraft,
exatidão de nove modelos de plicômetros Canadá) foram selecionados por conveniência,
comercializados dentro e fora do país, assim como os modelos científicos Harpenden
averiguando a confiabilidade de suas medidas (Baty Int, Inglaterra), Holtain (Crosswell,
para análise da composição corporal. Inglaterra) e Premier (Cescorf, Brasil). Além
destes, o modelo científico digital (Cescorf,
Métodos Brasil) também foi selecionado para estudo. O
No presente estudo transversal foram Quadro 1 apresenta as especificações de cada
avaliados nove equipamentos para mensurar equipamento.

Modelo Amplitude Distância P-R Molas País de origem


Científico
Holtain 46 mm 117,0 mm Indefinidoa Inglaterra
Harpenden 80 mm 152,4 mm Oblíqua Inglaterra
Digital 75 mm 152,4 mm Oblíqua Brasil
Premier 85 mm 152,4 mm Oblíqua Brasil
Clínico
Neo Prime 60 mm 230,0 mm Sem molasb Brasil
Slim Guide 85 mm 110,0 mm Vertical Canadá
Lange 60 mm 75,0 mm Vertical Estados Unidos
Innovare 80 mm 108,0 mm Oblíqua Brasil
Body Caliper 60 mm 62,0 mm Circular Itália
P-R: distância entre o pivô e as áreas de contato.
a as molas situam-se na parte interna do equipamento, impossibilitando a sua visualização.
b utiliza uma placa curva de alumínio em substituição ao tradicional sistema de molas.

Procedimento experimental Procedimento similar foi adotado para calcular


Todos os equipamentos foram calibrados de a exatidão do modelo (ETM-INTER). Neste caso,
acordo com o fabricante. Utilizou-se um utilizaram-se os valores do plicômetro
dispositivo desenvolvido com células de carga científico Harpenden como padrão ouro devido
para mensurar a pressão exercida pelas molas a suas características respeitarem as normas
de cada equipamento (áreas de contato) em propostas por Edwards et al.(7) . A rotina
diferentes amplitudes que foram escolhidas matemática utilizada pelo software para
arbitrariamente(10, 15, 20, 25, 30, 35, 40, 45 e calcular estes dois parâmetros é descrita por
50 mm). Foram realizadas duas medidas em Perini et al.(1) e Lopes & Ribeiro(4).
cada amplitude, usando-se a média nos Adicionalmente, utilizou-se a análise de
cálculos subsequentes. Uma terceira medida Bland-Altman para avaliar a confiabilidade das
era realizada se os valores exibissem diferença medidas de cada plicômetros(9).
superior a 2%, com o valor discrepante sendo Análise estatística
descartado. Os dados foram sumarizados em planilha
Análise de precisão, exatidão e eletrônica (Excel for Windows, Office 2010,
confiabilidade USA) e analisados qualitativamente (ETM-
As medidas de cada amplitude foram INTRA e ETM-INTER). O coeficiente de variação
tabuladas no software Anthropotech 2.0 (CV) foi aplicado para determinar a
(ISULBRA, Brasil). O ETM foi calculado para heterogeneidade das medidas. O software
cada amplitude fornecendo a medida de GraphPAD Prism 5 (San Diego, USA) foi
precisão do equipamento (ETM-INTRA). utilizado para análise descritiva e inferencial
Rev Ed Física / J Phys Ed – Antropometria: precisão e exatidão em diferentes plicômetros 813

(Kruskal-Wallis), sendo significativo p<0,05. Resultados


A análise de Bland-Altman foi realizada no A Gráfico 1 apresenta o comportamento da
MedCalc Statistical Software version 19 pressão gerada pela abertura das hastes em
(MedCalc Software, Ostend, Belgium). Os cada amplitude investigada. Contatou-se
dados são expressos em média ± desvio- diferença entre os modelos Harpenden vs Body
padrão.

Gráfico 1 - Pressão das áreas de contato em diferentes aberturas. *Pressão superior a 50 kgf
(limítrofe de aferição da célula de carga).

Body Caliper (p<0.01), Premier vs Body Tabela 1 – Análise de precisão e exatidão dos
Caliper e Lange (p<0.01), Digital vs Body equipamentos
Caliper (p<0.01), Innovare vs Body Caliper e Modelo ETM-INTRA ETM-INTER
Lange (p<0.05), Slim Guide vs Holtain, Lange (%) (%)
e Body Caliper (p<0.05), Holtain vs Neo Prime Científico
(p<0.05) e Neo Prime vs Lange e Body Caliper Holtain 0,35 ± 0,21 17,05 ± 4,30
(p<0.05). Harpendena 0,39 ± 0,35 a

A Tabela 1 apresenta a análise de precisão e Digital 0,49 ± 0,39 4,44 ± 3,26


exatidão dos equipamentos. Todos os modelos Premier 0,61 ± 0,52 3,61 ± 0,85
exibiram precisão satisfatória, exceto o modelo Clínico
Body Caliper que excedeu a limítrofe Neo Prime 0,49 ± 0,39 23,82 ± 10,35
considerada adequada de 1%. Todas as Slim Guide 0,54 ± 0,41 15,03 ± 7,99
Lange 0,75 ± 0,74 57,88 ± 9,47
aferições se mostraram homogêneas em
Innovare 0,83 ± 0,63 4,79 ± 3,89
relação às amplitudes (CV < 8%) e Body Caliper 3,93 ± 2,53 143,68 ± 33,03
equipamentos (CV < 5%). Os modelos ETM: erro técnico de medida
Harpenden e Premier obtiveram o melhor a Padrão ouro

desempenho (CV < 1%) enquanto o Body


Caliper exibiu o pior resultado (CV = 4,5%). A Figura 1 apresenta a análise de Bland-
Em relação à análise de exatidão, somente os Altman dos diferentes plicômetros frente ao
modelos clínico, científico premier e científico padrão-ouro. Observa-se que apenas os
digital da Cescorf demonstraram índices modelos Premier (A), Digital (B) e Innovare
aceitáveis (ETM-INTER < 5%). Os modelos (C) apresentam níveis adequados de exatidão
Body Caliper e Lange obtiveram os piores (± 5 mm). Os modelos Holtain (D) e Lange (E)
valores de exatidão (ETM-INTER > 50%). mostraram-se precisos, porém pouco exatos.
Rev Ed Física / J Phys Ed – Antropometria: precisão e exatidão em diferentes plicômetros 814

Figura 1 – Análise de Bland-Altman entre os equipamentos Harpenden e Premier (A), Digital (B),
Innovare (C), Holtain (D), Lange (E), Slim Guide (F), Neo Prime (G) e Body Caliper (F).
Rev Ed Física / J Phys Ed – Antropometria: precisão e exatidão em diferentes plicômetros 815

Os demais equipamentos não obtiveram torna-se evidente que os modelos Body


níveis adequados de precisão e exatidão (F, G Caliper, Lange, Neo Prime e Slim Guide não
e H). cumprem estes requisitos recomendados por
Edwards et al. (7). Ainda assim, a Tabela 1
Discussão indica que, em média, os equipamentos Neo
Os dados mostraram de forma consistente Prime e Slim Guide foram precisos.
que o uso de diferentes plicômetros pode Em relação à exatidão (Gráfico 1), é possível
intervir na análise da composição corporal e observar que somente os modelos Innovare,
inviabilizar a comparação de dados. Embora a Premier e Digital demonstraram
precisão de todos os modelos seja satisfatória comportamento similar ao padrão de
(exceto o Body Caliper), 63% dos referência. Informação ratificada pelo ETM-
equipamentos avaliados não exibiram níveis INTER (Tabela 1) e análise de confiabilidade
aceitáveis de pressão ao serem comparados ao (Figura 1). Embora os modelos Holtain e
padrão ouro (Harpenden). Somente os modelos Lange tenham mantido a pressão constante
nacionais (Innovare, Premier e Digital) com aumento da amplitude, suas pressões
proporcionaram níveis aceitáveis de exatidão. foram 20 e 45% menor que a medida padrão,
Estes achados mostram-se relevantes por esta respectivamente. Dois fatores podem explicar
pesquisa ter sido a primeira a avaliar de forma esta resposta: a posição vertical da única mola
abrangente a pressão realizada por diferentes e a distância das áreas de contato do plicômetro
plicômetros disponíveis no mercado nacional e Lange e, talvez, o posicionamento das molas
internacional. do Holtain. Curiosamente, as amplitudes de 10,
De acordo com Cyrino et al.(2), o modelo do 15 e 20 mm exibiram maior ETM-INTER (>
plicômetro e a falta de calibração do mesmo, 20%) no modelo inglês.
são fatores determinantes para obtenção de Existem poucos estudos comparando o uso
valores precisos e confiáveis. Gore et al.(10) de diferentes plicômetros na análise da
complementam mencionando que a composição corporal e, até o momento,
deterioração das molas pode afetar a acurácia nenhum deles investigou de forma mais
da medida. Para minimizar este viés, os incisiva a precisão e a exatidão destes
equipamentos utilizados eram novos e foram equipamentos. Cyrino et al. (2) foram
previamente calibrados. As linhas horizontais pioneiros ao compararem a espessura de DC
da Gráfico 1 evidenciam que os modelos Body usando dois plicômetros distintos (Lange e
Caliper, Neo Prime e Slim Guide não Cescorf) e o impacto que isso causava na
conseguem sustentar a pressão de forma análise da composição corporal de 259
homogênea com o incremento da amplitude. O homens. Foram aferidas nove DC com cada
posicionamento das molas e o comprimento equipamento, em alternância (três medidas
das hastes são fatores que justificam este cada). A mediana foi usada para cálculo da
comportamento (Quadro 1). densidade corporal, sendo posteriormente
Segundo Edwards et al.(7), para que um convertida em percentual de gordura (%G)
plicômetro seja preciso e suas medidas usando equações específicas.
confiáveis é necessário que algumas Os autores observaram que o modelo Lange
características sejam respeitadas para manter a registrava valores maiores de DC que o
tensão da mola constante (8-10 g/mm2) ao Cescorf (Σ9DC 112,6 ± 7,6 vs 105,6 ± 7,9 mm;
longo da abertura (0-80 mm). As duas p<0,01) e que estas medidas prediziam um %G
principais orientações são(1): a distância das distinto nas quatro equações investigadas (~15
áreas de contato do pivô (152,4 mm) e o ângulo ± 6 vs ~14 ± 6%; p<0,01). Ainda que os
das molas para compensar a Lei de Hooke, a métodos sejam distintos, estes dados
qual determina que a tensão nas molas seja corroboram com os obtidos em nosso estudo.
proporcional à sua deformação, ou seja, ao Se observarmos a Gráfico 1 pode-se notar que
comprimento ocasionado por forças a tensão gerada pelo modelo Lange é inferior a
externas(11,12). Se olharmos com atenção as todos os modelos Cescorf, consequentemente,
características dos equipamentos (Tabela 1), registrando valores menores devido a menor
816 Rev Ed Física / J Phys Ed – Antropometria: precisão e exatidão em diferentes plicômetros

compressibilidade dos tecidos moles. Neste mesmos, além da aplicabilidade em modelos


sentido, Gore et al.(10) afirmam que variações humanos (coleta de medidas), constituem
de 1 g/mm2 podem diminuir a espessura da DC algumas limitações do presente estudo.
em aproximadamente 10%,
independentemente do local de medida. Conclusão
Corroborando com estes achados, Gruber et Atualmente diversos equipamentos são
al. (5) identificaram um ETM-INTRA próximo a comercializados para mensurar DC e avaliar a
11mm (Σ7DC) em homens (104,5 ± 36,3 vs composição corporal de atletas, enfermos e da
93,8±32,8 mm; p<0,05) e mulheres saudáveis população em geral. As opções variam desde
(113,5±39,3 vs 103,7±37,3 mm; p<0,05). os modelos mais simples (clínicos) até os mais
Assim como no estudo anterior, os valores avançados (científicos) e modernos (digitais).
obtidos usando o Lange foram menores que o Cabe ao antropometrista optar pelo
Harpenden, ainda que altamente instrumento que melhor se adeque a sua
correlacionadas (r=0,99). Por outro lado, realidade profissional. No entanto, é preciso
Talbert et al.(6) não observaram distinção no ficar atento a estas diferenças mecânicas para
%G usando os modelos Lange e Harpenden que não ocorram erros na interpretação de
para coletar as medidas (22,4±6,7 vs dados. Basicamente, os plicômetros devem
20,0±6,4%; p=0,07). Todavia, o aparelho respeitar algumas premissas básicas para que
norte-americano mostrou menor sensibilidade os dados sejam exatos e confiáveis. Além
para medir as DC, assim como observado no disso, seus usuários devem inspecionar sua
presente estudo. calibração regularmente.
Em relação ao Slim Guide, Hewitt et al.(13) Considerando os resultados deste estudo,
fizeram uma série de constatações ao conclui-se que há grande variabilidade entre os
investigarem a calibração dinâmica nos equipamentos desenvolvidos para mensurar as
plicômetros Slim Guide e Harpenden. Embora DC, podendo comprometer a confiabilidade
não fosse o foco do estudo, os autores citam dos dados mensurados e, consequentemente, a
que a qualidade mecânica no instrumento análise da composição corporal. Dentre os
canadense é inferior à inglesa, apresentando plicômetros avaliados mostramos que: A) os
maior variabilidade devido à simplicidade no modelos Innovare, Premier e Digital são os
mecanismo do pivô. Nossos dados apoiam esta mais próximos do padrão ouro; B) Body
afirmação ao demonstrarem que a tensão Caliper e Lange são os equipamentos que
gerada por este equipamento aumentava de geram menor pressão, e por isso, suas medidas
forma sistemática com a abertura das hastes podem superestimar a composição corporal; C)
(Gráfico 1), chegando a oscilar cerca de 67% os modelos Neo Prime e Slim Guide se
entre as amplitudes de 10 e 45 mm. Não diferenciam do padrão de referência por
encontramos estudos que tenham avaliado os produzirem maior pressão, subestimando o
modelos Neo Prime, Holtain e Body Caliper, valor da dobra cutânea; D) o plicômetro
dificultando a discussão de dados. Holtain se mostrou extremamente preciso,
Pontos fortes e limitações do estudo porém, pouco exato. Portanto, a escolha do
equipamento e o cálculo do ETM, são
O ponto forte do estudo foi a comparação
determinantes para obtenção de dados
entre diferentes plicômetros disponíveis no
confiáveis que descrevam a composição
mercado, evidenciando a precisão e a exatidão
corporal dos sujeitos.
de cada equipamento.
Destaca-se no presente estudo a comparação Declaração de conflito de interesses
entre diferentes equipamentos que são Os autores declaram não haver conflito de
comercializados para mensurar as dobras interesse.
cutâneas e como a sua variabilidade pode Declaração de financiamento
interferir na análise da composição corporal.
Este estudo foi financiado em parte pela
Por outro lado, a ausência de testes em um
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do
número maior de equipamentos do mesmo
Rio Grande do Sul (FAPERGS)/Coordenação
modelo e avaliação da durabilidade dos
Rev Ed Física / J Phys Ed – Antropometria: precisão e exatidão em diferentes plicômetros 817

de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível 8. Global Market Insights. Body fat


Superior (CAPES) - Código Financeiro 001. measurement market size: industry
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2024. Delaware: Global Market Insight,
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nutrients
Article
Differences between Four Skinfold Calipers in the Assessment
of Adipose Tissue in Young Adult Healthy Population
Francisco Esparza-Ros 1 , Ana Catarina Moreira 2 , Raquel Vaquero-Cristóbal 1,3, * , Carlos Barrigas 4 ,
Mario Albaladejo-Saura 1 and Filomena Vieira 5

1 International Kinanthropometry, Universidad Católica de Murcia, 30107 Murcia, Spain;


fesparza@ucam.edu (F.E.-R.); mdalbaladejosaura@ucam.edu (M.A.-S.)
2 ESTeSL—Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, Instituto Politécnico de Lisboa,
H&TRC—Health & Technology Research Center, 1990-096 Lisboa, Portugal; ana.moreira@estesl.ipl.pt
3 Faculty of Sport Sciences, Universidad Católica de Murcia, 30107 Murcia, Spain
4 Instituto de Estudos Interculturais e Transdisciplinares, 2805-059 Almada, Portugal; cbarrigas@fmh.ulisboa.pt
5 Laboratory of Biomechanics and Functional Morphology, Interdisciplinary Centre for the Study of Human
Performance (CIPER), Faculty of Human Kinetics (FMH), University of Lisbon,
1495-751 Cruz Quebrada, Portugal; fvieira@fmh.ulisboa.pt
* Correspondence: rvaquero@ucam.edu

Abstract: Background: The aim of this study was to analyze the validity of four different skinfold
calipers, as well as to establish the differences between them in a healthy young adult population.
Methods: The present study followed a cross-sectional design, including 138 participants, with
69 males (21.46 ± 2.52 years) and 69 females (22.19 ± 2.85 years). The measurement protocol included
basic measurements of body mass and stretch stature and eight skinfolds with a Harpenden, Holtain,
Citation: Esparza-Ros, F.; Moreira, Slim Guide, and Lipowise. The ∑6 and ∑8 skinfolds and fat mass were calculated. The order in
A.C.; Vaquero-Cristóbal, R.; Barrigas, which the skinfold calipers were used was randomized. Results: No significant differences were
C.; Albaladejo-Saura, M.; Vieira, F.
found in either the Σ6 and Σ8 skinfolds or masses and fat percentages calculated with the skinfolds
Differences between Four Skinfold
obtained with the different calipers (p > 0.05), and the inclusion of the covariates of sex, BMI, and
Calipers in the Assessment of
hydration status of the participants showed no effect on the differences. The Bland–Altman test
Adipose Tissue in Young Adult
showed significant differences between the calipers (p < 0.001). Conclusions: It has been observed
Healthy Population. Nutrients 2022,
14, 2085. https://doi.org/10.3390/
that the analyzed calipers have shown validity for the assessment of adiposity-related variables in a
nu14102085 male and female sample of non-overweight, young healthy adults, but they are not interchangeable
with each other when the assessment is meant to be compared over time or with other samples.
Academic Editors: Juan José
Hernández Morante and Juana
Keywords: anthropometry; body composition; fat mass; health
María Morillas Ruiz

Received: 19 April 2022


Accepted: 12 May 2022
Published: 16 May 2022 1. Introduction
Publisher’s Note: MDPI stays neutral The strong relationship between nutritional status, health, and fitness is widely
with regard to jurisdictional claims in known [1]. However, despite its wide use to classify nutritional status, body mass in-
published maps and institutional affil- dex (BMI, weight (kg)/height (m2 )) does not provide complete information about body
iations. composition, which is imperative data for nutritional characterization [2]. Body com-
position assessment can provide prognostically useful data on both health and disease,
providing the opportunity to monitor the effects of nutritional intervention, physical activ-
ity, and sports, as well as nutrition-related disease progression [3]. Specifically, fat mass is
Copyright: © 2022 by the authors.
highly relevant in many sports, given that an excess of this component can be perceived
Licensee MDPI, Basel, Switzerland.
as ‘dead weight’ when the body is resisting the forces of gravity in movements such as
This article is an open access article
jumping and running [4].
distributed under the terms and
Body composition can be approached on the basis of five levels of increasing complex-
conditions of the Creative Commons
ity, in which body mass is presented as the sum of atoms, molecules, cells, tissues, and
Attribution (CC BY) license (https://
different body segments [4–6]. Model 1, at the atomic level, considers body mass as the
creativecommons.org/licenses/by/
4.0/).
sum of amount of hydrogen; carbon; oxygen; and other atoms. Model 2, at the molecular

Nutrients 2022, 14, 2085. https://doi.org/10.3390/nu14102085 https://www.mdpi.com/journal/nutrients


Nutrients 2022, 14, 2085 2 of 19

level, considers body mass as the sum of fat mass and fat-free mass, including the total
body water and residual mass, which, in turn, differentiates between body mineral content,
proteins, non-osseus mineral content, and glycogen. Model 3, at the cellular level, considers
body mass as the sum of adipose cells, body cell mass (which includes intracellular water),
other cells containing proteins, and extracellular mass (which includes extracellular water
and extracellular solids). Model 4, at the tissue level, considers body mass as the sum of
adipose tissue, skeletal muscular mass, and lean soft tissue, which includes muscle mass
and connective tissue and residual mass. Finally, Model 5 is based on a whole-body level
of complexity, in which body mass is the sum of different body segments, such as the head,
trunk, and limbs [5,7,8]. In clinical and research contexts, the molecular (Model 2) and
tissue (Model 4) models are largely used to assess body composition [3–5,8].
Despite the importance placed upon optimizing and assessing body composition,
there is no universally accepted measurement method. Whilst various methods were
developed to measure specific body tissues, cadaveric dissection is the only ‘direct’ method,
and, in view of the impossibility of using this method on living persons, ‘indirect’ methods
have been developed [4]. For example, body composition can be determined by very
sophisticated methods, such as cadaver analysis, body elements measurement, neutron
activation, densitometry, isotope dilution, bioelectrical impedance (BIA), dual-energy X-ray
absorptiometry (DXA), computer-based tomography, and magnetic resonance imaging [9].
Although appropriate, these methods are difficult to apply in large-scale studies or routine
practice, due to cost, portability, invasiveness, restraining feasibility, and/or follow up
measurements, with all of them having strengths and weaknesses [4,9,10].
Anthropometric measurements, which include the weight-for-stature index, girth,
length, and, particularly, skinfold thickness, have been described as reliable, low-cost,
simple, highly practical, quick to be implemented and evaluated, and valid techniques for
body composition assessment [10,11], combined with the fact that skinfold assessments
appear to be the least affected by the factors that are difficult to control, such as food intake,
hydration status, or daily activity [4]. In addition, this technique allows for the estimation of
fat mass, following the molecular model (Model 2) by means of different equations [12–14].
Through the use of a double indirect method, from a series of skinfolds, the body density is
estimated on the basis of a regression equation; from the data obtained, another formula
is used to estimate fat mass [15,16]. Additionally, it allows for the estimation of tissue
adipose, following the tissue model (Model 4), using an indirect mathematical method such
as Kerr’s five-component model [4,17]. Therefore, by means of the anthropometric method,
body mass can be segmented according to the two most popular methods used in scientific
and clinical settings [3–5,18].
Although it is an important tool for evaluating the regional and body distribution of
subcutaneous adipose tissue and body composition [5,18], the skinfold thickness results
can vary widely, depending on the operators’ training and experience, as well as the mea-
surement protocol used [3]. These protocols, such as those proposed by the ISAK [19,20],
limit the scope of variation and minimize technical errors of measurement.
Furthermore, specific limitations are also found regarding the skinfold caliper operator
and caliper itself [21,22]. Since adipose tissue is compressible, the pressure and time of
application of the calipers needs to be standardized. [22–25]. Simultaneously, care must be
taken in choosing the equipment, in order to ensure the accuracy and reproducibility of
the measurements [21]. In this sense, the Harpenden caliper is the most popularly used
in the scientific field [26,27], and it is considered the gold standard by expert associations
in kinanthropometry, such as the ISAK [19]. Furthermore, previous studies showed its
reliability and validity in estimating density by different formulas with results obtained
from the hydrostatic weighing method [28], as well as for estimating body fat (with results
obtained from air displacement plethysmography, although the formula used for the esti-
mation of fat mass, once skinfolds were assessed, was not specified [27]) and BIA, with the
Durnin and Womersley equations. In fact, the Harpenden caliper, through the use of the
Jackson–Pollock fat percentage formula for seven and three skinfolds, had the best correla-
Nutrients 2022, 14, 2085 3 of 19

tion rates against other calipers, when the assessment was performed by an experienced
anthropometrist and comparing the fat percentage results with those obtained through
other methods, such as hydrostatic weighing and air displacement plethysmography [29].
In recent years, digital calipers have been developed [10,11,21,30] to provide user-
friendly devices and overcame the difficulty in correctly using the interval of 2–4 s measur-
ing time [10], as well as the advantage of having a quicker and simpler reading, making this
type of caliper a safe and efficient tool for assessing body composition [11]. In fact, it has
been found that such digital calipers may have a lower individual predictive accuracy than
traditional mechanical calipers, when compared to other methods, such as DXA or BIA [30].
Although all caliper manufacturers are supposed to follow the same rules when man-
ufacturing these tools [25], the results of the studies that have compared different caliper
models in the same population show contradictory results. In this respect, Cyrino et al.
showed that two mechanical calipers, such as the Lange and Cescorf calipers, showed
significantly different values when assessing different skinfolds and fat mass, according
to four different equations [21]. On the other hand, other studies have shown no differ-
ences between any of the calipers, when comparing three mechanical calipers, such as
the Harpenden, Lange, or Lafayette skinfold II calipers [29]. Additionally, Amaral et al.
compared the measurements made with the Harpenden mechanical caliper and a new
digital caliper, the Lipotool (Liposoft 2008 and Adipsmeter), with the DXA results and
found that both calipers showed high agreement with each other and were equally accurate
when comparing their fat mass results to those reported by the DXA method [10]. Another
study showed that mechanical calipers, such as the Harpenden, Sanny, Cescorf, Lange,
and Prime Vision digital calipers, obtained significantly similar data to each other when
assessing fat using four different equations [11].
However, some factors could influence the agreement of the skinfolds taken with the
different calipers. The skinfold reading depends on the compressibility of the adipose
tissue, i.e., how the adipose tissue decreases in thickness, in reaction to the pressure exerted
by the caliper [20,31,32]. This compressibility has inter- and intra-individual variations [31];
therefore, compressibility could affect skinfold measurements, thereby introducing an
error in the estimation of body composition with this technique [33]. Based on cadaver
studies, some factors could introduce variability in skinfold compressibility. One of them
is sex, because compressibility is different between the sexes, depending on the different
regions of the body, which results in the relationship between the measured skinfolds and
subcutaneous adipose tissue in the measurement area being more evident in men; although,
skinfold measurements gave acceptable correlation indices in both sexes [34,35]. Another
one is hydration [35], as adipose tissue is 20% water [34,35], so the degree of hydration
affects the thickness of the skinfolds and, consequently, its compressibility [36]. Yet another
factor that could be affected is the thickness of the skinfold, which is influenced by the
amount of adiposity of the subject [34,35].
However, of the previous studies that analyzed the agreement between different
calipers, most only included men [11,21]; only one study included a sample of both sexes,
although it did not analyze the influence of sex on the results obtained [10]. The other
variables that could affect compressibility have not been analyzed in any of the studies.
In fact, none of the previous articles specified the inclusion or exclusion criteria for the
sample [10,11,21]. Furthermore, none of these studies included calipers such as the Holtain
caliper [37–40] or Slim guide [41,42], even though these have been popularly used in
scientific and clinical settings. Additionally, the Lipowise, a digital caliper model with
manufacturing specificities from previous models, was not included in these previous
studies—the Lipowise applies a constant pressure of 10 mol/mm2 , offers an integrated
system for skinfold measurement (which is advantageous during measurements, as it
eliminates the need for the manual recording of the data), and ensures the correct use of
the measurement time. This caliper is an evolution of the same equipment from another
digital caliper that was previously used in different studies, the Lipotool (Liposoft 2008
and Adipsmeter) [36], but it provides improvements in some aspects, among which, we
Nutrients 2022, 14, 2085 4 of 19

highlight the connectivity to the application via Bluetooth [32]. The Lipotool was validated
in a previous study that compared the obtained results with this tool with those obtained
by DXA [10].
Therefore, the purpose of this study was to investigate the agreement of four different
skinfold calipers, i.e., the Harpenden, Holtain, Slim Guide, and Lipowise, and establish the
differences between the sum of the skinfold and estimation of fat mass and adipose tissue
using different formulae and these four calipers in a healthy young adult population.

2. Materials and Methods


2.1. Study Design and Participants
This cross-sectional study was conducted in both the Region of Murcia (Spain) and
Lisbon (Portugal), with a convenience sample of 138 healthy university students, with
69 males (21.46 ± 2.52 years) and 69 females (22.19 ± 2.85 years), recruited between Febru-
ary and October 2021. To be considered eligible for the study, the participants had to be
Caucasian, aged between 18 and 25 years old, and have a BMI between 18.5 kg m−2 and
24.9 kg m−2 . They should have neither any disease that could affect body fat nor undergone
hormonal or corticosteroid treatment in the three months prior to the evaluation.
Participants were excluded if, within the 24 h prior to the measurement session, they
had performed vigorous physical exercise (or 12 h in case of moderate exercise), consumed
products with diuretic properties, or eaten a heavy meal. Moreover, on the day of data
collection, participants must not have any injury that would compromise the application of
the measurement protocol, must not have performed physical exercise on the same day, and,
for female participants, they must be between the 8th and 21st days of the menstrual cycle.
All the participants were volunteers and signed an informed consent form before
starting the study. The study design, protocols, and procedures followed the Helsinki
declaration principles and were approved by the Ethics Committees of the Faculty of Sport
from the Catholic University San Antonio of Murcia (CE012109) and Faculty of Human
Kinetics from the University of Lisbon (CEFMH 10/2021).

2.2. Procedures
For each subject, the full set of anthropometric measurements were performed in a
single day, from 8 a.m. to 2 p.m., in a private room with a comfortable and standard-
ized temperature. The measurement protocol always started with basic measurements
of body mass, stretch stature, and the marking of anthropometric landmarks, followed
by measurements of the skinfolds. Furthermore, the participants’ hydration status was
assessed in the measurement session. Lastly, the participants were asked to provide in-
formation on basic demographics, diseases that could affect body fat, and hormonal or
corticosteroid treatment.
Anthropometric variables (body mass, stretch stature, triceps, subscapular, biceps,
iliac crest, supraspinale, abdominal, thigh, and calf skinfolds) were obtained, according
to the guidelines of the International Society of the Advancement of Kinanthropometry
(ISAK) [19], by three level 3 and two level 4 anthropometrists who were accredited by the
ISAK. The mean intra-evaluator technical error of measurement (TEM) was 0.01% in the
basic measurements and 1.15% in skinfolds; the mean inter-evaluator TEM was 0.04% in
the basic measurements and 2.34% in skinfolds. Each set of measurements was performed
twice, on the right side of the body, and registered by a recorder. A third measurement was
performed on the skinfolds that obtained differences between measurements larger than 5%
for skinfolds or 1% for the basic measurements. The final value for the data analysis was
the mean if two measurements were taken or the median if three measurements were taken.
Body mass was measured to the nearest 0.1 kg with a digital SECA 878 scale (SECA,
Hamburg, Germany), and stretch stature was measured to the nearest 0.1 cm with a portable
SECA 217 stadiometer (SECA, Hamburg, Germany); both measurements were obtained
with participants barefoot and wearing minimal clothes. The eight skinfolds were measured
with four calibrated calipers: the Harpenden (Baty Int., UK) and Holtain calipers (Holtain,
Nutrients 2022, 14, 2085 5 of 19

Crosswell, UK) to the nearest 0.2 mm, digital Lipowise caliper (Wisify, Porto, Portugal)
to the nearest 0.1 mm, and Slim Guide caliper (Rosscraft, Canada) to the nearest 0.5 mm.
Four skinfold measurement protocols (Table 1) were established, with their differentiating
features being the sequence in which the four calipers were used. The application of the
protocols was randomized for each participant.

Table 1. Skinfold measurement protocols.

Protocol 1 Protocol 2 Protocol 3 Protocol 4


Harpenden Holtain Slim Guide Lipowise
Holtain Slim Guide Lipowise Harpenden
Slim Guide Lipowise Harpenden Holtain
Lipowise Harpenden Holtain Slim Guide

Each set of skinfold measurements was taken sequentially in the order established by
ISAK, and the reading was performed two seconds after the full pressure of the caliper
was applied (i.e., on the 3rd s). A metronome was used to count the time between tissue
compression and the reading of the skinfold value (model NW-707, Neewer, China), except
for readings made with the Lipowise caliper, which uses a programmable reading time
with the software Lipowise Legacy (Wisefy, Portugal). There was a pause of 5 min between
the measurements of the complete skinfold profile with each caliper.
Based on the anthropometric measurements, the body mass index (BMI) (kg/m2), sum of
six (triceps, subscapular, supraspinale, abdominal, thigh, and calf) and eight (triceps, subscapular,
biceps, iliac crest, supraspinale, abdominal, thigh, and calf) skinfolds were calculated. Fat mass
(%) was estimated with the equation proposed by Durnin and Womersley [14] and Faulkner [43];
tissue adipose mass was estimated by the equation proposed by Kerr [17], following the proposal
from previous studies [12]. Fat mass (in kg) for all the formulae were calculated with the following
equation: Fat Mass (kg) = (Fat mass (%) * Body mass (kg))/100.
To assess hydration status, researchers provided participants with sterilized containers
to collect a sample of urine as close as possible to the time of measurement, which was
discarded by themselves at the end of the measurement session. The urine color was deter-
mined simultaneously by two researchers in a well-lit room by placing the urine sample
container next to a color chart [44]. Each color on the color chart was assigned a number,
from 1 to 8, with 1 corresponding to the lightest color and 8 corresponding to the darkest
color, following the codification proposal of Armstrong [44], as in previous studies [45].

2.3. Statistical Analysis


The normality of the distribution was verified with the Kolmogorov–Smirnov test.
All the variables included in the analysis followed a normal distribution, so parametric
statistical tests were performed. A descriptive analysis was performed for all the variables
included. A MANCOVA test was performed to analyze the differences between the
Harpenden, Holtain, Slim Guide, and Lipowise calipers, including the covariates sex, BMI,
and hydration status, in order to study their influence on the possible differences. The
software used to perform the normality and MANCOVA tests was SPSS (v.23, IBM, USA).
Agreement between calipers was determined using Lin’s concordance correlation coefficient
(CCC), including precision (ρ) and accuracy (Cb) indexes, as well as by McBride’s strength
concordance (almost perfect > 0.99; substantial > 0.95 to 0.99; moderate = 0.90–0.95; and
poor < 0.90) [46], following previous research [47]. Pearson’s correlation and Bland–Altman
tests were used to determine the agreement and interchangeability between the different
calipers, with respect to the Harpenden caliper. For Pearson’s correlation, the following
ranges were established: r < 0.5 for low correlation, 0.5–0.7 for moderate correlation, and
>0.7 for high correlation [48]. The software used to perform Lin’s concordance correlation,
Pearson’s correlations, and the Bland–Altman test was MedCalc Statistical Software v.20.106
(Mariakerke, Belgium)). The level of significance was set at p ≤ 0.05.
Nutrients 2022, 14, 2085 6 of 19

3. Results
The descriptive statistics of the participants can be observed in Table 2.

Table 2. Descriptive statistics of the participants.

Mean ± SD
Variable
Men (n = 69) Women (n = 69)
Age (years old) 21.46 ± 2.52 22.19 ± 2.85
Body mass (kg) 68.73 ± 8.03 59.50 ± 6.12
Height (cm) 175.67 ± 6.73 164.91 ± 6.14
BMI (kg/m2 ) 22.21 ± 1.61 21.85 ± 1.71
Hydration status (score from 1 to 8) 5.88 ± 1.46 5.33 ± 1.75

In general, the MANCOVA results did not show significant differences in the Σ6 and
Σ8 skinfolds, masses, or fat percentages with the different formulae calculated and the
skinfolds obtained with the different calipers (Table 3). The inclusion of the covariates sex,
BMI, and hydration status of the participants showed no effects on the differences between
the skinfold calipers (Table 3).
Bland–Altman plots can be observed in Figures 1–3. The Holtain and Slim Guide
calipers overestimated skinfolds, while the Lipowise slightly underestimated skinfolds, as
compared to the Harpenden caliper. The figures show that the higher the percentage of fat,
the greater the disagreement between calipers.
Table 4 shows the concordance between the four calipers analyzed. A moderate to
almost perfect concordance was observed in all the measurements and calculated variables.
Table 5 shows a substantial significant correlation between all the calipers respect
Harpenden for all the variables and the confidence intervals and Bland–Altman 95% limits
of agreement between methods. However, when compared with the results obtained with
the Harpenden caliper, significant differences were observed between all calipers in most
of the variables.
Nutrients 2022, 14, 2085 7 of 19

Table 3. Descriptive statistics and differences between the variables calculated with different calipers.

ANCOVA
MEAN ± SD ANOVA
Variable Calipers * Sex Calipers * BMI Calipers * Hydration
Lipowise Harpenden Holtain Slim Guide F p Eta F p Eta F p Eta F p Eta
Triceps sf (mm) 12.69 ± 5.75 12.97 ± 5.82 14.07 ± 6.21 13.72 ± 6.11 0.968 0.327 0.007 7.725 0.006 0.055 0.814 0.368 0.006 0.568 0.452 0.004
Subscapular sf (mm) 9.56 ± 3.28 9.84 ± 3.26 10.58 ± 3.60 10.44 ± 3.66 0.024 0.877 0.000 0.000 0.984 0.000 0.000 0.997 0.000 3.517 0.063 0.026
Biceps sf (mm) 5.07 ± 3.03 5.33 ± 2.77 5.98 ± 3.24 5.79 ± 3.10 2.338 0.129 0.017 4.009 0.047 0.029 4.394 0.038 0.032 0.354 0.553 0.003
Iliac crest sf (mm) 12.05 ± 5.24 12.19 ± 5.22 13.30 ± 5.47 12.95 ± 5.27 3.833 0.052 0.028 0.000 0.994 0.000 2.775 0.098 0.020 0.083 0.773 0.001
Supraspinale sf (mm) 8.08 ± 3.78 8.28 ± 3.71 9.07 ± 4.05 8.76 ± 3.88 0.864 0.354 0.006 1.107 0.295 0.008 2.090 0.151 0.015 1.797 0.182 0.013
Abdominal sf (mm) 14.77 ± 6.94 14.85 ± 6.70 16.21 ± 7.20 14.97 ± 6.65 0.319 0.573 0.002 0.246 0.621 0.002 0.461 0.498 0.003 0.000 0.987 0.000
Thigh sf (mm) 17.70 ± 8.16 17.95 ± 8.33 19.56 ± 8.80 18.42 ± 8.34 0.048 0.827 0.000 0.203 0.653 0.002 0.225 0.636 0.002 0.001 0.981 0.000
Calf sf (mm) 10.45 ± 5.67 10.76 ± 5.65 11.84 ± 6.17 11.23 ± 5.83 1.888 0.172 0.014 2.148 0.145 0.016 2.561 0.112 0.019 0.483 0.488 0.004
Σ6 skinfolds (mm) 73.24 ± 28.71 74.66 ± 28.55 81.33 ± 30.77 77.53 ± 29.42 0.125 0.724 0.001 0.967 0.327 0.007 0.319 0.573 0.002 0.259 0.612 0.002
Σ8 skinfolds (mm) 90.36 ± 35.46 92.17 ± 35.08 100.61 ± 37.87 96.27 ± 36.21 0.032 0.858 0.000 0.675 0.413 0.005 0.008 0.928 0.000 0.436 0.510 0.003
AT Kerr (%) 27.59 ± 6.86 27.95 ± 6.81 29.63 ± 7.34 28.68 ± 7.04 1.420 0.236 0.010 2.216 0.139 0.016 1.592 0.209 0.012 2.206 0.140 0.016
AT Kerr (Kg) 18.29 ± 4.55 18.53 ± 4.52 19.64 ± 4.87 19.01 ± 4.67 1.420 0.236 0.010 2.216 0.139 0.016 1.592 0.209 0.012 2.206 0.140 0.016
FM Durnin and Womersley (%) 15.85 ± 5.41 16.23 ± 5.25 17.36 ± 5.32 17.06 ± 5.30 0.064 0.801 0.000 0.107 0.744 0.001 2.103 0.149 0.015 0.712 0.400 0.005
FM Durnin and Womersley (Kg) 10.51 ± 3.59 10.76 ± 3.49 11.51 ± 3.52 10.91 ± 3.55 1.172 0.281 0.009 1.362 0.245 0.010 0.043 0.837 0.000 0.811 0.369 0.006
FM Faulkner (%) 12.68 ± 2.65 12.81 ± 2.59 13.42 ± 2.81 13.11 ± 2.72 0.177 0.674 0.001 0.880 0.350 0.007 0.048 0.826 0.000 0.093 0.761 0.001
FM Faulkner (Kg) 8.24 ± 2.05 8.22 ± 2.02 8.62 ± 2.16 8.41 ± 2.11 0.757 0.386 0.006 0.350 0.555 0.003 0.681 0.411 0.005 0.078 0.781 0.001
Abbreviations: sf, skinfold; AT, adipose tissue; FM, fat mass. *: Covariate included in the ANCOVA test.
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Table 4. Lin’s concordance correlation coefficient between the different calipers in the analyzed
variables.

Lin’s Concordance
Calipers Variable Correlation Coefficient
CCC ρ Cb
Triceps skinfold 0.975 0.993 0.982
Subscapular skinfold 0.962 0.989 0.972
Biceps skinfold 0.946 0.980 0.965
Iliac crest skinfold 0.966 0.988 0.978
Supraspinale skinfold 0.963 0.987 0.976
Abdominal skinfold 0.959 0.980 0.979
Thigh skinfold 0.956 0.974 0.981
Calf skinfold 0.972 0.992 0.980
Harpenden-Holtain
Σ6 skinfolds 0.966 0.993 0.973
Σ8 skinfolds 0.964 0.993 0.971
Adipose tissue Kerr (%) 0.963 0.993 0.970
Adipose tissue Kerr (Kg) 0.963 0.993 0.970
Fat mass Durnin and Womersley (%) 0.972 0.994 0.978
Fat mass Durnin and Womersley (Kg) 0.972 0.994 0.978
Fat mass Faulkner (%) 0.963 0.991 0.972
Fat mass Faulkner (Kg) 0.974 0.994 0.980
Triceps skinfold 0.982 0.991 0.991
Subscapular skinfold 0.961 0.982 0.979
Biceps skinfold 0.964 0.972 0.992
Iliac crest skinfold 0.971 0.982 0.989
Supraspinale skinfold 0.974 0.983 0.990
Abdominal skinfold 0.982 0.982 1.000
Thigh skinfold 0.965 0.966 0.998
Harpenden- Calf skinfold 0.984 0.988 0.996
Slimguide Σ6 skinfolds 0.986 0.991 0.995
Σ8 skinfolds 0.984 0.991 0.993
Adipose tissue Kerr (%) 0.985 0.991 0.994
Adipose tissue Kerr (Kg) 0.985 0.991 0.994
Fat mass Durnin and Womersley (%) 0.976 0.990 0.986
Fat mass Durnin and Womersley (Kg) 0.980 0.991 0.988
Fat mass Faulkner (%) 0.996 0.998 0.999
Fat mass Faulkner (Kg) 0.996 0.997 0.999
Triceps skinfold 0.989 0.991 0.999
Subscapular skinfold 0.981 0.985 0.996
Biceps skinfold 0.964 0.972 0.992
Iliac crest skinfold 0.989 0.989 1.000
Supraspinale skinfold 0.986 0.988 0.998
Abdominal skinfold 0.978 0.979 0.999
Thigh skinfold 0.970 0.971 0.999
Harpenden- Calf skinfold 0.989 0.990 0.998
Lipowise Σ6 skinfolds 0.991 0.993 0.999
Σ8 skinfolds 0.991 0.993 0.999
Adipose tissue Kerr (%) 0.991 0.992 0.999
Adipose tissue Kerr (Kg) 0.991 0.992 0.999
Fat mass Durnin and Womersley (%) 0.989 0.993 0.996
Fat mass Durnin and Womersley (Kg) 0.991 0.994 0.997
Fat mass Faulkner (%) 0.998 0.998 1.000
Fat mass Faulkner (Kg) 0.998 0.998 1.000
Nutrients 2022, 14, 2085 9 of 19

Table 4. Cont.

Lin’s Concordance
Calipers Variable Correlation Coefficient
CCC ρ Cb
Triceps skinfold 0.988 0.990 0.998
Subscapular skinfold 0.978 0.979 0.999
Biceps skinfold 0.976 0.979 0.997
Iliac crest skinfold 0.981 0.984 0.997
Supraspinale skinfold 0.980 0.984 0.996
Abdominal skinfold 0.960 0.979 0.981
Thigh skinfold 0.981 0.991 0.990
Calf skinfold 0.984 0.990 0.993
Holtain-Slimguide
Σ6 skinfolds 0.985 0.994 0.991
Σ8 skinfolds 0.986 0.994 0.992
Adipose tissue Kerr (%) 0.983 0.993 0.990
Adipose tissue Kerr (Kg) 0.983 0.993 0.990
Fat mass Durnin and Womersley (%) 0.988 0.991 0.998
Fat mass Durnin and Womersley (Kg) 0.990 0.992 0.998
Fat mass Faulkner (%) 0.996 0.998 0.998
Fat mass Faulkner (Kg) 0.995 0.998 0.997
Triceps skinfold 0.960 0.988 0.971
Subscapular skinfold 0.935 0.981 0.953
Biceps skinfold 0.940 0.982 0.957
Iliac crest skinfold 0.959 0.986 0.973
Supraspinale skinfold 0.952 0.986 0.966
Abdominal skinfold 0.962 0.983 0.979
Thigh skinfold 0.967 0.993 0.974
Calf skinfold 0.962 0.992 0.970
Holtain-Lipowise
Σ6 skinfolds 0.957 0.995 0.962
Σ8 skinfolds 0.955 0.994 0.960
Adipose tissue Kerr (%) 0.952 0.994 0.958
Adipose tissue Kerr (Kg) 0.952 0.994 0.958
Fat mass Durnin and Womersley (%) 0.945 0.992 0.953
Fat mass Durnin and Womersley (Kg) 0.954 0.992 0.962
Fat mass Faulkner (%) 0.988 0.999 0.989
Fat mass Faulkner (Kg) 0.987 0.999 0.988
Triceps skinfold 0.971 0.988 0.983
Subscapular skinfold 0.937 0.973 0.963
Biceps skinfold 0.953 0.980 0.972
Iliac crest skinfold 0.969 0.984 0.985
Supraspinale skinfold 0.967 0.983 0.984
Abdominal skinfold 0.981 0.982 0.999
Thigh skinfold 0.987 0.991 0.996
Calf skinfold 0.982 0.991 0.990
Slimguide-Lipowise
Σ6 skinfolds 0.983 0.994 0.989
Σ8 skinfolds 0.980 0.994 0.986
Adipose tissue Kerr (%) 0.980 0.993 0.988
Adipose tissue Kerr (Kg) 0.980 0.993 0.988
Fat mass Durnin and Womersley (%) 0.961 0.991 0.970
Fat mass Durnin and Womersley (Kg) 0.967 0.991 0.976
Fat mass Faulkner (%) 0.996 0.999 0.997
Fat mass Faulkner (Kg) 0.995 0.998 0.997
Abbreviations: CCC, concordance correlation coefficient; ρ, precision; Cb , accuracy.
Nutrients 2022, 14, 2085 10 of 19

Table 5. Differences between calipers, with respect to the Harpenden caliper and Bland–Altman
limits of agreement.

Harpenden—Caliper
Caliper Pearson’s r (p)
95% Limits of p
Mean Diff (95% CI)
Agreement
Triceps skinfold
Holtain r = 0.99; p < 0.001 −0.74 (−0.93 to −0.55) −2.71 to 0.53 <0.000
Slim Guide r = 0.99; p < 0.001 −1.09 (−1.27 to −0.92) −1.27 to 1.84 <0.000
Lipowise r = 0.99; p < 0.001 0.29 (0.11 to 0.47) −2.44 to 0.96 <0.000
Subscapula skinfold
Holtain r = 0.98; p < 0.001 −0.47 (−0.64 to −0.30) −1.94 to 0.47 <0.000
Slim Guide r = 0.98; p < 0.001 −0.65 (−0.82 to −0.49) −0.84 to 1.42 <0.000
Lipowise r = 0.98; p < 0.001 0.26 (0.10 to 0.42) −2.11 to 0.92 <0.000
Biceps skinfold
Holtain r = 0.98; p < 0.001 −0.47 (−0.63 to −0.30) −2.14 to 0.83 <0.000
Slim Guide r = 0.98; p < 0.001 −0.65 (−0.81 to −0.49) −1.17 to 1.69 0.007
Lipowise r = 0.97; p < 0.001 0.26 (0.10 to 0.42) −1.94 to 1.01 <0.000
Iliac crest skinfold
Holtain r = 0.99; p < 0.001 −0.77 (−1.00 to −0.54) −2.80 to 0.58 <0.000
Slim Guide r = 0.99; p < 0.001 −1.11 (−1.30 to −0.92) −1.39 to 1.65 <0.000
Lipowise r = 0.98; p < 0.001 0.13 (−0.05 to 0.31) −2.73 to 1.20 0.288
Supraspinale skinfold
Holtain r = 0.99; p < 0.001 −0.48 (−0.64 to −0.31) −2.20 to 0.60 <0.000
Slim Guide r = 0.99; p < 0.001 −0.80 (−0.96 to −0.64) −0.95 to 1.35 <0.000
Lipowise r = 0.98; p < 0.001 0.20 (0.06 to 0.33) −1.90 to 0.94 0.001
Abdominal skinfold
Holtain r = 0.98; p < 0.001 −0.12 (−0.41 to 0.18) −4.27 to 1.55 1.000
Slim Guide r = 0.98; p < 0.001 −1.36 (−1.70 to −1.02) −18.18 to 12.47 <0.000
Lipowise r = 0.98; p < 0.001 0.08 (−0.25 to 0.41) −2.62 to 2.38 1.000
Thigh skinfold
Holtain r = 0.97; p < 0.001 −0.47 (−0.97 to 0.03) −5.54 to 2.33 0.076
Slim Guide r = 0.97; p < 0.001 −1.61 (−2.05 to −1.16) −3.69 to 4.19 <0.000
Lipowise r = 0.96; p < 0.001 0.25 (−0.21 to 0.71) −4.72 to 3.79 0.909
Calf skinfold
Holtain r = 0.99; p < 0.001 −0.47 (−0.68 to −0.26) −2.85 to 0.70 <0.000
Slim Guide r = 0.99; p < 0.001 −1.07 (−1.26 to −0.89) −1.24 to 1.87 <0.000
Lipowise r = 0.99; p < 0.001 0.32 (0.14 to 0.50) −2.26 to 1.33 <0.000
Σ6 skinfolds
Holtain r = 0.99; p < 0.001 −6.67 (−7.38 to −5.97) −14.88 to 1.54 <0.001
Slim Guide r = 0.99; p < 0.001 −2.87 (−3.54 to −2.20) −10.65 to 4.91 <0.001
Lipowise r = 0.99; p < 0.001 1.42 (0.83 to 2.01) −5.44 to 8.28 <0.001
Σ8 skinfolds
Holtain r = 0.99; p < 0.001 −8.44 (−9.30 to −7.57) −18.49 to 1.62 <0.001
Slim Guide r = 0.99; p < 0.001 −4.10 (−4.92 to −3.29) −13.60 to 5.39 <0.001
Lipowise r = 0.99; p < 0.001 1.81 (1.10 to 2.53) −6.54 to 10.16 <0.001
Adipose tissue Kerr (%)
Holtain r = 0.99; p < 0.001 −1.68 (−1.85 to −1.51) −3.65 to 0.29 <0.001
Slim Guide r = 0.99; p < 0.001 −0.73 (−0.89 to −0.56) −2.65 to 1.20 <0.001
Lipowise r = 0.99; p < 0.001 0.36 (0.21 to 0.51) −1.35 to 2.07 <0.001
Nutrients 2022, 14, 2085 11 of 19

Table 5. Cont.

Harpenden—Caliper
Caliper Pearson’s r (p)
95% Limits of p
Mean Diff (95% CI)
Agreement
Adipose tissue Kerr (Kg)
Holtain r = 0.99; p < 0.001 −1.11 (−1.23 to −1.00) −2.42 to 0.19 <0.001
Slim Guide r = 0.99; p < 0.001 −0.48 (−0.59 to −0.37) −1.76 to 0.79 <0.001
Lipowise r = 0.99; p < 0.001 0.24 (0.14 to 0.34) −0.89 to 1.37 <0.001
Fat mass Durnin and Womersley (%)
Holtain r = 0.99; p < 0.001 −1.03 (−1.11 to −0.95) −1.99 to −0.07 <0.001
Slim Guide r = 0.99; p < 0.001 −0.74 (−0.84 to −0.64 −1.95 to 0.46 <0.001
Lipowise r = 0.99; p < 0.001 0.35 (0.26 to 0.44) −0.71 to 1.41 <0.001
Fat mass Durnin and Womersley (Kg)
Holtain r = 0.99; p < 0.001 −0.67 (−0.72 to −0.61) −1.32 to −0.01 <0.001
Slim Guide r = 0.99; p < 0.001 −0.47 (−0.54 to −0.41) −1.28 to 0.33 <0.001
Lipowise r = 0.99; p < 0.001 0.22 (0.16 to 0.28) −0.49 to 0.93 <0.001
Fat mass Faulkner (%)
Holtain r = 0.99; p < 0.001 −1.14 (−1.30 to −0.98) −3.02 to 0.75 <0.001
Slim Guide r = 0.99; p < 0.001 −0.48 (−0.62 to −0.35) −2.01 to 1.04 <0.001
Lipowise r = 0.99; p < 0.001 0.23 (0.12 to 0.35) −1.07 to 1.54 <0.001
Fat mass Faulkner (Kg)
Holtain r = 0.99; p < 0.001 −0.71 (−0.81 to −0.61) −1.85 to 0.42 <0.001
Slim Guide r = 0.99; p < 0.001 −0.30 (−0.38 to −0.22) −1.23 to 0.63 <0.001
Lipowise r = 0.99; p < 0.001 0.15 (0.08 to 0.22) −0.65 to 0.94 <0.001
Nutrients 2022, 14, 2085 12 of 19

Figure 1. Bland–Altman plot for the 6 and 8 skinfolds.


Nutrients 2022, 14, 2085 13 of 19

Figure 2. Bland–Altman plot for the percentage of adipose tissue and fat mass formulas.
Nutrients 2022, 14, 2085 14 of 19

Figure 3. Bland–Altman plot for the kilograms of adipose tissue and fat mass formulas.
Nutrients 2022, 14, 2085 15 of 19

4. Discussion
The aim of the present study was to analyze the agreement of four different skinfold
calipers and establish the differences between the sum of the skinfold and estimation of
the fat mass and adipose tissue using different formulae and four calipers in a healthy
young adult population. In this sense, the main finding of the present work was that no
differences were found between the values measured with the four calipers in the eight
individual skinfolds, and no differences were observed in the calculated mass and fat
percentage either, showing a high degree of agreement among all the calipers analyzed.
This could be due to the fact that the skinfold calipers are constructed with similar technical
specifications, in terms of the pressure they exert on the subcutaneous tissue [22]. It has
been observed that the pressure exerted by the skinfold caliper has a significant effect on
both the measured skinfold thickness and reproducibility of that measurement [23]. In this
regard, average pressures of 10.00 g·mm2 on the ascending scale and 8.25 g·mm2 on the
descending scale have been recommended, so as to not compromise the reproducibility
of the measurements [23–25]. In addition, a pressure difference over a range between 2
and 40 mm of opening in the skinfold caliper branches of 0.5–2 g·mm2 , depending on
the model used, is considered acceptable for reducing the effect of skin hysteresis [22,23].
Despite these recommendations, when the technical characteristics of different skinfold
calipers have been analyzed, it has been observed that the pressures measured are slightly
below the values specified by the manufacturers, without compromising the validity
and reliability of the skinfold calipers, since the differences are within the range that is
considered acceptable [25].
The differences found in previous studies in the pressure values of the different
skinfold caliper models could explain why the Bland–Altman test indicated that the skinfold
calipers used in the present work were not interchangeable. The Harpenden caliper is the
most traditionally used skinfold caliper to measure subcutaneous fat, showing validity and
reliability, with respect to other techniques used [49,50]. Another skinfold caliper that has
been classically used for the assessment of body composition is the Holtain caliper [51], as
it complies with the internationally established construction standards. The Slim Guide
has also been validated against other skinfold calipers [52], and it meets the construction
specifications of those mentioned above. Recently, the Lipowise caliper emerged, which was
built following the accepted indications, in terms of construction characteristics. Taking
the Harpenden skinfold caliper as a reference, as it has been the most widely used in
research [12,53], the Lipowise caliper comes closest to the values reported by the former,
finding that it slightly underestimated the skinfolds. In the case of the Holtain and Slim
Guide skinfold calipers, it was observed that they overestimated the results, with respect to
the Harpenden one, with similar values between them. These results are in agreement with
those observed in previous studies, which analyzed the agreement and interchangeability
of the different methods for estimating body composition, such as dual energy X-ray
absorptiometry, air displacement plethysmography, electrical bioimpedance, and even the
use of different devices within the same method, finding that they all have reliability and
internal validity, but that it is not possible to compare the data obtained with different
methods or different devices within the same method, so they are not interchangeable with
each other [27,54,55].
In relation to BMI, it has been observed that, in populations with a higher BMI, the
error that occurs when taking skinfolds increases, due, in part, to the compressibility of
the subcutaneous adipose tissue and lower pressure exerted by the skinfold calipers in the
extreme ranges of the opening [22,56]. Similar problems have been found in underweight
individuals, as the higher pressure exerted by the skinfold calipers in the first degrees of
opening, together with the acceptable margin of error for skinfold measurements (set at
5% of the assessed value), causes the reproducibility of the method to decrease [19,22,25].
That is why, in order to try to minimize the error introduced in the measurements, BMI
was established as the inclusion criterion. However, in spite of this, to control the effect of
BMI on the possible differences between the skinfold calipers analyzed, it was introduced
Nutrients 2022, 14, 2085 16 of 19

as a covariate in the statistical analysis, and it was found that it had no influence on the
results shown. However, it was observed in the Bland–Altman plots that the higher the
percentage of fat, the greater the disagreement between calipers. Therefore, the influence
that the amount of adipose tissue might have on the degree of agreement shown between
calipers is an issue that needs to be addressed in future studies, when assessing populations
with large amounts of adiposity, such as overweight or obese individuals.
Similarly, it has been observed that the hydration status of the subject at the time of
the assessment can affect the results obtained, in terms of body composition [57]. However,
in the present study, the hydration status did not have an effect on the differences found
between the skinfold calipers analyzed. These results are in agreement with what has been
observed in previous studies, in which skinfolds were found to have little susceptibility
to changes in hydration status [58]. However, further research should repeat this study in
other populations, with different controlled hydration protocols.
Previous studies have observed differences between the male and female populations,
in terms of the percentage and distribution of fat mass [59,60]. In the case of the female
population, it has been observed that there is a tendency to have a higher percentage of fat,
as well as to accumulate it as subcutaneous fat in the region of the hips and lower limbs,
known as the gynecoid prototype [59]. However, in the case of the male population, the
storage of fat mass occurs to a greater extent in the abdominal area, with more visceral
fat, known as the android prototype [59]. Despite the clear evidence of differences in
fat mass distribution and storage between men and women, when the sex covariate was
introduced in the present analysis, only differences between the skinfold calipers in the
triceps and biceps skinfolds were observed, which could be due to the unequal distribution
of adipose tissue between sexes. On the other hand, previous studies have found differences
between men and women in the skinfold variability measured with the same skinfold
caliper, which was attributed to differences in subcutaneous adipose tissue compressibility
between sexes [61]. If true, this source of variability would affect the measurements made
with all the skinfold calipers in the present study and explain the absence of differences in
most of the variables analyzed when including the sex covariate. However, since there are
no studies that have verified these differences using different skinfold calipers validated
in male and female populations of different ages, future studies should corroborate the
findings of the present study.
The present investigation is not without limitations. Among them, it should be
noted that, although the measurers who took the data were ISAK level 3 and 4 accredited
kinanthropometrists with a low TEM and the variables were measured repeatedly to avoid
random error, the measurers could be a source of error, with respect to the final result.
Nevertheless, when it comes to analyzing the validity of different skinfold calipers in the
field, there is no alternative to the protocol used in the present investigation.

5. Conclusions
In the present study, it was observed that the Harpenden, Holtain, Slim Guide, and
Lipowise skinfold calipers showed similar values for the assessment of the variables related
to adiposity in a male and female sample of young adults who were not overweight, with
a high agreement between all of them. However, it has also been observed that these
skinfold calipers are not interchangeable with each other, so that, within the practical
implications derived from this study, it would be advisable, whenever possible, to perform
the measurements with the same model of skinfold caliper when we intend to perform a
follow-up of an individual or compare the results measured with one or several studies.
However, if it is not possible to perform the measurements with the same skinfold caliper,
the skinfold calipers that yielded the most similar values were the Harpenden and Lipowise
caliper, as well as the Holtain and Slim Guide calipers, respectively.
Nutrients 2022, 14, 2085 17 of 19

Author Contributions: Conceptualization, F.V., C.B., A.C.M., F.E.-R. and R.V.-C.; methodology, F.V.
and R.V.-C.; formal analysis, M.A.-S. and R.V.-C.; investigation, F.V., C.B., A.C.M., F.E.-R., R.V.-C.
and M.A.-S.; resources, F.V., C.B., F.E.-R. and R.V.-C.; data curation, F.V., R.V.-C., C.B. and M.A.-S.;
writing—original draft preparation, F.V., R.V.-C. and M.A.-S.; writing—review and editing, C.B.,
A.C.M. and F.E.-R.; supervision, F.V. and F.E.-R.; funding acquisition, not applicable. All authors have
read and agreed to the published version of the manuscript.
Funding: This work was partly supported by Fundação para a Ciência e Tecnologia (CIPER—
Centro Interdisciplinar para o Estudo da Performance Humana (unit 447)): UIDB/00447/2020.
The participation of M.A.-S. in the research was possible thanks to a pre-doctoral contract for the
training of research personnel, included in the UCAM Research Plan 2018-2019: Human resources
enhancement program.
Institutional Review Board Statement: The study was conducted in accordance with the Declaration
of Helsinki and approved by the Ethics Committees of the Faculty of Sport from the Catholic
University San Antonio of Murcia (CE012109) and Faculty of Human Kinetics from the University of
Lisbon (CEFMH 10/2021).
Informed Consent Statement: Informed consent was obtained from all subjects involved in the
study before the start of the data acquisition.
Data Availability Statement: The data of the present research are available from the corresponding
author on reasonable request.
Acknowledgments: The authors would like to thank the volunteers for this research, as well as
the research assistants, for their invaluable help. The H&TRC author gratefully acknowledges the
FCT/MCTES national support through UIDB/05608/2020 and UIDP/05608/2020. The CIPER author
gratefully acknowledges the FCT/MCTES national support through UIDB/00447/2020.
Conflicts of Interest: The authors declare no conflict of interest.

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UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES ADIPÔMETROS E A EXPERIÊNCIA DOS AVALIADORES


NÃO IMPLICAM EM ERROS DE ESTIMATIVAS DA COMPOSIÇÃO CORPORAL

Sérgio Greikson Costa1, Mario Antonio de Moura Simim1, Luis Fabiano Barbosa2,
Leonardo Coelho Rabello de Lima3, Claudio de Oliveira Assumpção1

RESUMO ABSTRACT

Com o avanço das pesquisas na área da Use of different adipometers and the
avaliação física, em especial estudos experience of evaluators do not imply in errors
envolvendo avaliação da composição corporal, of estimates of body composition
nota-se o crescente debate sobre a precisão
de avaliadores e de instrumentos para a With the advancement of research in the field
mensuração da espessura de dobras of physical evaluation, in particular studies
cutâneas, fatores que impactam diretamente involving assessment of body composition, the
na estimativa da gordura corporal e growing debate on the accuracy of evaluators
consequentemente na conduta profissional, and instruments for measuring the thickness of
pois permite identificar a condição inicial do skinfolds, factors that impact Directly in the
avaliado, bem como, as alterações estimation of body fat and consequently in
decorrentes da intervenção. Assim, o objetivo professional conduct, because it allows to
do estudo foi comparar as medidas obtidas por identify the initial condition of the evaluated, as
três diferentes adipômetros científicos e dois well as the alterations resulting from the
avaliadores com diferentes níveis de intervention. Thus, the aim of the study was to
experiência. Participaram do estudo 22 compare the measurements obtained by three
sujeitos do gênero masculino (20 ±1,1 anos), different scientific adipometers and two
massa corporal (79 ±22,5 kg) e estatura (1,79 evaluators with different levels of experience.
±0,07 m). As espessuras de sete dobras The study Included 22 male subjects (20 ±1.1
cutâneas (tricipital, peitoral, subescapular, years), body mass (79 ±22.5 kg) and stature
axilar média, supra ilíaca, abdominal e coxa) (1.79 ±0.07 m). The thicknesses of seven
foram mensuradas em triplicada usando skinfolds (tricipital, pectoral, subscapular,
compassos Harpenden® (inglês), Sanny® Middle Axillary, supra iliac, abdominal and
(brasileiro) e Cescorf® (brasileiro) com thigh) were measured in triplicate by
precisão de 0,1mm. Não foram encontradas Harpenden® (English), Sanny® (Brazilian) and
diferenças significantes na comparação entre Cescorf® (Brazilian) compasses with precision
os compassos F(5,337)=0,378; p=0,875, bem of 0.1mm. No significant differences were
como entre os avaliadores F(3,337)=0,376; found in the comparison between the
p=0,748, nem considerando o efeito principal compasses F(5,337) = 0,378; p=0,875, as well
(dobrasxavaliadoresxcompassos)F(5,337)=0,4 as between evaluators F(3,337)=0,376;
15; p=0,850. Concluímos que a utilização de p=0,748, nor considering the main effect
diferentes adipômetros e a experiência dos (Dobrasxevaluatorsxcompassos)F(5,337)=0,41
avaliadores não implicam em erros de 5; p=0,850. We conclude that the use of
estimativas das dobras cutâneas. different adipometers and the experience of
the evaluators do not imply errors in the
Palavras-chave: Composição Corporal. estimation of skinfolds.
Avaliação Física. Adultos. Antropometria.
Key words: Body Composition. Physical
Evaluation. Adults. Anthropometry.
1 - Grupo de Pesquisa em Biodinâmica do
Movimento Humano do Instituto de Educação Autor para correspondência:
Física e Esportes da Universidade Federal do Claudio de Oliveira Assumpção.
Ceará, IEFES-UFC, Fortaleza-CE, Brasil. claudio@ufc.br
2 - Universidade do Estado de Minas Gerais- Instituto de Educação Física e Esportes-IEFES
UEMG, Laboratório de Fisiologia do Exercício, da Universidade Federal do Ceará-UFC.
Passos-MG, Brasil. Av. Mister Hull, bloco 320.
3 - Fundação Hermínio Ometto (FHO), Centro Parque esportivo, Fortaleza-CE, Brasil.
Universitário Hermínio Ometto (UNIARARAS), CEP: 60440-900.
Brasil. Telefone celular: (85) 99763-8027.

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INTRODUÇÃO Entretanto, existe elevado número de


adipômetros que podem auxiliar na
A estimativa da composição corporal é mensuração da EDC com marcas, modelos e
um tópico emergente na área multidisciplinar formas diferentes de aplicação e predição
das ciências do exercício. Interessados nessa (Costa, 2001; Cyrino e colaboradores, 2003).
área de estudos incluem não apenas atletas Grande variedade de marcas e
competitivos e recreativos, mas também modelos estão disponíveis no mercado, alguns
indivíduos fisicamente ativos, sedentários, citados como referência por sua precisão,
treinadores, nutricionistas, fisioterapeutas e confiabilidade e durabilidade, sendo os de
pesquisadores (Costa, 2001). maior aceitação no meio científico o Lange® e
Pesquisas epidemiológicas e clínicas o Harpenden® (Cyrino e colaboradores, 2003).
confirmam que a composição corporal está Além disso, a razões para
relacionada ao risco de doenças metabólicas variabilidade das mensurações da EDC
(obesidade, diabetes) e cardiovasculares incluem variações na seleção/localização do
(Thomas e colaboradores, 2016). local de medida, técnica de pressão nas
Na prática, a discussão da avaliação dobras, edema ou dificuldades ao medir
da composição corporal pode suscitar indivíduos extremamente magros ou obesos
preocupações relacionadas à implicações dos (Fosbøl, Zerahn, 2015).
métodos de mensuração e da experiência dos Somado a isso, os níveis de
avaliadores (Vegelin e colaboradores, 2003). experiência dos avaliadores também
Apesar da evolução nos métodos de contribuem para imprecisões na EDC.
mensuração da composição corporal, o Diante dos fatos apresentados, o
impacto da experiência do avaliador parece objetivo deste estudo foi testar se a utilização
influenciar nos resultados das medidas, o que de adipômetros antropométricos de marcas
causa estimativas incorretas e prejuízos na diferentes obtida por avaliadores com
prescrição do treinamento físico (Bagni, diferentes níveis de experiência impacta na
Barros, 2015; Silva e colaboradores, 2011; medida da espessura das dobras cutâneas.
Oliveira Filho e colaboradores, 2007). Nossa hipótese é que as marcas com
Inúmeros métodos estão disponíveis aceitação no meio científico e avaliadores
para a avaliação da composição corporal mais experientes apresentarão menor
humana. Eles incluem métodos complexos e percentual de erros.
limitados ao ambiente laboratorial, requerem
equipamentos sofisticados e pessoal de MATERIAIS E MÉTODOS
suporte técnico treinado (Norton, Olds, 2005).
Esses métodos variam de diluição de Amostra
isótopos, densitometria, pletismografia e
métodos radiológicos com risco aumentado Participaram do estudo 22 indivíduos
devido à exposição à radiação ionizante do gênero masculino (20±1,1 anos, massa
(Heymsfield e colaboradores, 1997). corporal = 79,0±22,5 Kg e estatura =
Por outro lado, técnicas como a 1,79±0,07 m), em boas condições físicas e
espessura das dobras cutâneas e análise de sem restrições de saúde.
impedância bioelétrica (BIA) são simples e Os dados foram coletados seguindo os
aplicáveis em ambientes não laboratoriais princípios éticos estabelecidos na Declaração
(Norton, Olds, 2005). de Helsinki e da Resolução n.º 466/12 do
Nesse sentido, adipômetros são Conselho Nacional de Saúde (CNS). O estudo
utilizados no processo de avaliação foi aprovado pelo Comitê de Ética local, sob
antropométrica como medida não invasiva e número 3.092.813.
auxiliar no diagnóstico físico e nutricional Dois avaliadores realizaram todas as
individual ou populacional. mensurações em cada um dos indivíduos.
Por ser considerado um dos principais Para indicar o nível de experiência dos
métodos de avaliação da composição corporal, avaliadores utilizamos o seguinte critério
o método de espessura das dobras cutâneas (Oliveira Filho e colaboradores, 2007):
(EDC) se destaca por sua fácil aplicação, Avaliador experiente: possuir pelo menos
baixo custo operacional, validade, cinco anos de experiência em avaliação
reprodutibilidade e fidedignidade (Cyrino e antropométrica e/ou mais de 20.000 dobras
colaboradores, 2003). cutâneas aferidas; Avaliador não experiente:
menos de cinco anos de experiência e

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números inferiores a 1.000 dobras cutâneas este em alumínio com revestimento em epóxi
até a realização desta pesquisa e leitura de 0 a 83mm, todos com sensibilidade
de 0,1mm.
Procedimentos Cada avaliador identificou e demarcou
cada uma das sete dobras utilizando uma fita
Todas medidas foram mensuradas métrica (Sanny®), carimbo com tinta
pelos avaliadores seguindo protocolos de dermatográfica. A ordem de mensuração da
avaliação da Sociedade Internacional para o espessura das dobras foi a seguinte:
Progresso da Cineantropometria (ISAK) de subescapular, tricipital, peitoral, axilar média,
acordo com (Norton, Olds, 2000). supra ilíaca, abdominal e coxa (Lohman,
As medidas das sete dobras foram Roche, Martorell,1991).
verificadas em série, em triplicata, de maneira As medidas foram realizadas em
sequencial e idêntica por cada avaliador em triplicata, todas no antímero direito e de forma
todos os voluntários. Todas as dobras foram rotacional.
previamente demarcadas pelos avaliadores e
conferidas em cada indivíduo (Silva, Ruellas, Análise dos dados
Ruellas, 2003).
Os adipômetros foram entregues aos Os dados são sumarizados por meio
avaliadores de maneira randomizada, sem de estatística descritiva, composta por
ordem por marca ou modelo. Todas as média±desvio padrão e intervalo de confiança
avaliações ocorreram em sala reserva no (IC 95%). A normalidade dos dados foi
interior de uma academia de ginastica. verificada pelo teste de Shapiro Wilk. O
As coletas foram realizadas em três Coeficiente de Correlação Intraclasse – ICC
semanas durante dois dias em cada semana. (modelo 2, k - concordância absoluta) foi
Na primeira semana houve apresentação das utilizado para analisar a confiabilidade entre os
informações do estudo aos voluntários, dois avaliadores. Utilizamos o Erro Padrão de
anamnese e assinatura do TCLE. Medida (EPM) absoluto e relativo (Perini e
A coleta foi realizada na segunda colaboradores, 2005) para expressar a
(avaliador experiente) e terceira semana margem de erro entre as mensurações com os
(avaliador não experiente), em dois dias com compassos e entre avaliadores.
48 horas de intervalo entre as coletas. Foi O teste de Anova Two-way (2x3) foi
recomendado aos voluntários evitar esforço utilizado para testar as interações entre dobra
físico moderado ou intenso antes das coletas. cutânea vs compasso vs avaliador (efeito
principal).
Medidas antropométricas Consideramos probabilidade de erro
tipo I (α) de 5%. Adicionalmente, diferenças de
A massa corporal foi medida em médias estandardizadas (Std. Mean Difference
quilogramas (kg) utilizando balança digital com - tamanho do efeito) foram calculados para
precisão de 100 gramas da marca Filizola®. A verificar diferenças entres os adipômetros,
medida foi realizada com o indivíduo descalço, avaliadores em cada dobra cutânea. Para
posicionado em pé no centro da plataforma, interpretação do tamanho do efeito utilizamos
com os braços ao longo do corpo. A estatura a seguinte escala: 0 – 0.2 (trivial), 0,2 – 0.6
foi mensurada em metros (m) por meio de (pequeno), 0.6 – 1.2 (moderado), 1.2 – 2.0
estadiômetro acoplado a balança. (grande), >2.0 (muito grande) (Cohen, 1988).
As medidas das espessuras de dobras
foram mensuradas seguindo padrões RESULTADOS
internacionais pré-estabelecidos em
avaliações antropométricas, seguindo Confiabilidade das medidas de dobras
protocolos da ISAK. As dobras cutâneas foram cutâneas entre avaliadores
verificadas por meio de três compassos
científicos das marcas: Harpenden® com A tabela 1 apresenta os resultados do
graduação de 0.20mm, precisão de 10 gramas ICC entre cada dobra cutânea mensuradas
por milímetro quadrado, ângulo de medição de pelos dois avaliadores. Observamos que os
0 a 80mm e fabricado em aço carbono resultados entre os dois avaliadores
polido; Sanny® construído em aço carbono alcançaram valores confiáveis para seis
polido, precisão de 0,05mm a cada 70mm e dobras cutâneas (intervalo de 0,814 a 0,970) e
faixa de medição de 0 a 70mm; e Cescorf® aceitáveis para dobra abdominal (ICC =

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0,687). O erro de medida relativo variou de 6% a 17% para as dobras cutâneas mensuradas.

Tabela 1 - Resultados da confiabilidade entre as medidas de dobras cutâneas entre avaliadores.


ICC IC95% Sig. EPMAbs EPMRel
Tríceps 0,924 0,877 a 0,954 p < 0,001 0,542 6%
Peitoral 0,941 0,904 a 0,964 p < 0,001 0,656 10%
Subescapular 0,814 0,696 a 0,886 p < 0,001 1,116 12%
Axilar Média 0,970 0,951 a 0,982 p < 0,001 0,581 7%
Supra ilíaca 0,966 0,928 a 0,982 p < 0,001 0,628 6%
Abdominal 0,687 0,487 a 0,808 p < 0,001 1,999 17%
Coxa 0,916 0,861 a 0,949 p < 0,001 0,783 6%

Comparação entre as medidas de dobras resultados das dobras cutâneas por nível do
cutâneas dos avaliadores avaliador e adipômetros (I2 = 0%, Figura 1).
Quando comparamos o efeito de cada
A figura 1 apresenta a representação dobra cutânea por avaliador e compasso
gráfica (forest plot) dos resultados das (efeito principal) não encontramos diferenças
medidas de cada dobra cutânea por avaliador significativas (F(5, 337) = 0,415; p = 0,850). Esse
e por compasso (Painel a – g). resultado também se repete quando
Observamos tamanho de efeito (Std. comparamos separadamente as dobras
Mean Difference) triviais entre as cutâneas vs avaliador (F(3, 337) = 0,376; p =
mensurações realizadas pelos avaliadores em 0,748) e dobras cutâneas vs compassos (F(5,
cada compasso de dobras. Além disso, baixa 337) = 0,378; p = 0,875).
heterogeneidade foi demonstrada para os

a) Tríceps

b) Peitoral

c) Subescapular

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d) Axilar média

e) Supra-iliaca

f) Abdominal

g) Coxa

Figura 1 - Forest plot (modelo de efeito fixo) dos resultados das dobras cutâneas por nível do
avaliador e compasso.
Legenda: Mean: média das mensurações / SD: desvio padrão / Std. Mean Difference: diferenças de
médias estandartizadas – tamanho do efeito.

DISCUSSÃO A esse respeito, como a estimativa do


ICC obtida é apenas um valor esperado do
Nosso objetivo no estudo foi testar se verdadeiro ICC, utilizamos como base para os
avaliadores com diferentes níveis de níveis de confiabilidade o intervalo de
experiência utilizando adipômetros confiança de 95% da estimativa, e não na
antropométricos reportam diferentes própria estimativa da ICC (Koo; Li; 2016; Weir,
espessuras de dobras cutâneas. 2005).
Não encontramos diferenças nos Assim, no presente trabalho podemos
resultados das espessuras das dobras afirmar que o nível de experiência do avaliador
cutâneas entre avaliadores ou com a utilização não comprometeu a confiabilidade entre as
de adipômetros diferentes. Os resultados da medidas. Adicionalmente, os resultados da
confiabilidade (ICC) entre avaliadores sugerem comparação entre adipômetros e nível de
que apesar de diferenças na mensuração, os experiência do avaliados são considerados
avaliadores apresentaram níveis elevados de homogêneos.
confiabilidade.

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Estudos anteriores sugerem que REFERÊNCIAS


diferenças entre compassos são relativas a
fatores como níveis de precisão dos 1-Bagni, U.V.; Barros, D.C. Erro em
instrumentos, modelo e mecânica desses antropometria aplicada à avaliação nutricional
equipamentos, como tamanho da haste e da nos serviços de saúde: causas, consequências
pinça (Cordeiro e colaboradores, 2016; Cyrino e métodos de mensuração. Nutrire. Vol. 40.
e colaboradores, 2003). Num. 2. 2015. p. 226-236.
Em nosso estudo utilizamos um
compasso nacional (Sanny®) e dois 2-Cordeiro, E.M.; Miritiba, L.M.; Silva, A.E.;
internacionais (Harpenden® e Cescorf®), todos Oliveira, J.C.; Ennes, M.G.F.T. Comparação
com precisão entre 0,1 e 0,2 mm. Dessa entre diferentes adipômetros na medida da
maneira, todos instrumentos apresentaram espessura de dobras cutâneas em crianças e
precisão validas e aceitáveis para mensuração adolescentes do gênero masculino. Revista
das dobras cutâneas (Ross e colaboradores, Brasileira de Prescrição e Fisiologia do
1987). Exercício. São Paulo. Vol. 10. Num. 62. 2016.
Apesar de resultados contrários em p. 767-772. Disponível em:
outros estudos (Fernandes Filho e <http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/art
colaboradores, 2017; Cordeiro e icle/view/1030/850>
colaboradores, 2016; Cyrino e colaboradores,
2003), nossos achados indicam que a marca 3-Costa, R.F. Composição corporal teoria e
ou tipo de adipômetro não afeta a mensuração prática da avaliação. Manole. p. 37. 2001.
das dobras cutâneas.
O impacto do nível de conhecimento 4-Cyrino, E.S.; Okano, A.H.; Glaner, M.F.;
técnico, treinamento e experiência do Romanzini, M.; Gobbo, L.A.M.; Altair, N.B.;
avaliador em medir as dobras cutâneas pode Melo, J.C.; Tassi, G.N. Impacto da utilização
afetar os resultados da composição corporal de diferentes compassos de dobras cutâneas
(Vegelin e colaboradores, 2003). para a análise da composição corporal.
Em nosso estudo não encontramos Revista Brasileira Medicina do Esporte. Vol. 9.
diferenças entre o nível de experiência dos Num. 3. 2003.
avaliadores, contrariando nossa hipótese.
Avaliadores mais instruídos e experientes 5-Oliveira Filho, A.; Oliveira, A.A.B.; Oliveira,
apresentam melhor precisão e exatidão na E.; Kurata, D.M.; Pineda, M. Variabilidade
mensuração das dobras cutâneas (Vegelin e intra-avaliador e inter-avaliadores de medidas
colaboradores, 2003). antropométricas. Acta Scientiarum: Health
Dessa maneira, parece coerente Sciences. Vol. 29. Num. 1. 2007. p. 1-5.
afirmar que o treinamento dos avaliadores
para realização de medidas de dobras 6-Fernandes Filho, J.; Caniuqueo Vargas, A.;
cutâneas representa aspecto determinante Silva, C.C.D.R.; Hernández Mosqueira, C.;
para alcançar precisão e exatidão (Sichieri, Roquetti Fernandes, P.; Silva, S.F.; Campillo,
Fonseca, Lopes, 1999; Sauerborn e R.R.; Sievers, G.Q. Evaluación y comparación
colaboradores, 1991). de 5 calibres de pliegues cutaneos. Nutricion
Os avaliadores do presente estudo Hospitalaria, Vol. 34. Num. 01. 2017. p. 111-
obtiveram conhecimento dos procedimentos 115. Disponível em:
para as mensurações das dobras e adotaram <http://dx.doi.org/10.20960/nh.985>
procedimentos prévios para verificação delas.
Esse fato pode ter contribuído para os 7-Fosbøl, MØ.; Zerahn, B. Contemporary
resultados de confiabilidade do nosso methods of body composition measurement.
trabalho. Clin Physiol Funct Imaging. Vol. 35. Num. 2.
2015. p. 81-97. Disponível em:
CONCLUSÃO <https://doi.org/10.1111/cpf.12152>

Concluímos que a utilização de 8-Heymsfield, S.B.; Wang, Z.; Baumgartner,


diferentes adipômetros e a experiência dos R.N.; Ross, R. Human body composition:
avaliadores não implicam em erros de advances in models and methods. Annu Rev
estimativas das dobras cutâneas. Nutr. Vol. 17. 1997. p. 527-58. Disponível em:
<https://doi.org/10.1146/annurev.nutr.17.1.527
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COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES COMPASSOS DE DOBRAS CUTÂNEAS


PARA ESTIMATIVA DA GORDURA CORPORAL RELATIVA

Josué Brito Barroso1, Cayo Lazaro de Araujo Silva1, Caio Cesar dos Reis Façanha1
Claudio Rodrigo Magalhães Gomes1, Wollner Materko1,2,3

RESUMO ABSTRACT

O presente estudo comparou os resultados da Comparison between different skinfold calipers


gordura corporal relativa (GCR) das medidas to estimate relative body fat
das dobras cutâneas aferidas entre as
diferentes marcas de compassos Cescorf, The present study compared the results of the
Sanny e Terrazul através da equação preditiva relative fat mass (RFM) for the skinfold
de Faulkner em 16 homens (18 a 41 anos) thickness measured between the different
praticantes de atividade física. Todos os Cescorf, Sanny and Terrazul calipers using the
voluntários passaram pela avaliação predictive equation of Faulkner in 16 men (18
antropométrica e tomadas as medidas das to 41 years old) practicing physical activity. All
quatro dobras cutâneas (tríceps, supra-ilíaca, the volunteers underwent the anthropometric
subescapular e abdômen) por um mesmo evaluation and the measurements of the four
avaliador para comparar o resultado da skinfolds (triceps, supra-iliac, subscapular and
gordura corporal relativa de diferentes abdomen) were taken by the same evaluator to
compassos científicos por dobras cutâneas: compare the results of the RFM of different
Cescorf, Sanny e Terrazul através da análise scientific caliper by skinfolds thickness
de variância Anova por medidas repetitivas, e measured : Cescorf, Sanny and Terrazul
o Post Hoc Bonferroni, quando foram analysis by Anova variance analysis by
encontradas diferenças significativas, com α = repetitive measures, and Post Hoc Bonferroni,
0,05. Os resultados em média, desvio padrão when significant differences were found, with α
e intervalo de confiança de 95% da GCR com = 0.05. The results on average, standard
os diferentes compassos: em 15,7 ± 3,3 % de deviation and 95% confidence interval of the
gordura; IC: 13,9-17,5 % de gordura (Cescorf), RBF with the different measures: in 15.7 ±
16,5 ± 3,4 % de gordura; IC: 14,6-18,3 % de 3.3% of body fat; CI: 13.9-17.5% fat (Cescorf),
gordura (Sanny) e 16, 7 ± 3,5 % de gordura; 16.5 ± 3.4% of body fat; CI: 14.6-18.3% fat
IC: 14,8-18,7 % de gordura (Terrazul), (Sanny) and 16.7 ± 3.5% of body fat; CI: 14.8-
demostrando diferença significativa (p = 18.7% of body fat (Terrazul), showing
0,0013). Portanto, o ajuste de Bonferroni significant difference (p = 0.0013). Therefore,
reporta uma diferença de significância entre as the Bonferroni adjustment reports a difference
comparações de pares dos resultados da GCR of significance between the paired
entre os compassos Cescorf e Sanny (p = comparisons of the RFM between the Cescorf
0,0047) e entre o Cescorf e o Terrazul (p = and Sanny measures (p = 0.0047) and
0,0038). Conclui-se que no presente estudo between Cescorf and Terrazul (p = 0.0038). It
notou-se que a estimativa da GCR pode ser is concluded that in the present study it was
afetada pela escolha do compasso utilizado showed that the RFM estimation can be
Cescorf quando comparado ao Sanny e o affected by the choice of the Cescorf used
Terrazul, com isso, justificando a utilização do measure when compared to the Sanny and the
mesmo compasso pelo avaliador durante a Terrazul, thus, justifying the use of the same
estimativa da composição corporal. caliper by the evaluator during the estimation
of the body composition.
Palavras-chave: Dobras cutâneas.
Compassos. Avaliação física. Antropometria. Key words: Skinfolds. Calipers. Physical
evaluation. Anthropometry.

1-Laboratório de Biodinâmica do Movimento


Humano e Fisiologia do Exercício, Educação 2-Programa de pós-graduação em Ciências da
Física, Universidade Federal do Amapá Saúde, Universidade Federal do Amapá
(UNIFAP), Macapá-AP, Brasil. (UNIFAP), Macapá-AP, Brasil.

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INTRODUÇÃO importância para o professor de Educação


Física analisar a comparação entre os
A composição corporal é de grande diferentes compassos de dobras cutâneas
importância para determinar a relação entre a para estimativa da gordura corporal relativa,
quantidade e a distribuição de gordura com isso, evitando supra ou subestimar os
corporal (De Oliveira Filho e colaboradores, resultados durante uma avaliação física.
2018; Materko, 2017; Materko e Santos, 2010; Sendo assim, o presente estudo
Silva e colaboradores, 2018), na predição de comparou os resultados da gordura corporal
doenças (Materko e Santos, 2017; Materko e relativa das medidas das dobras cutâneas
colaboradores, 2017; Rezende e aferidas entre as diferentes marcas de
colaboradores, 2007) e para avaliação do compassos Cescorf, Sanny e Terrazul através
desempenho físico do atleta (Avelar, 2008; da equação preditiva de Faulkner (1968) em
Fagundes e Boscaini, 2014). homens praticantes de musculação.
Para a análise da composição corporal
pode ser empregado métodos diretos: análise MATERIAIS E MÉTODOS
química de cadáveres (Monteiro e Fernandes
Filho, 2002), indiretos: hidrometria, Amostra
espectrometria, densitometria, impedância
biolétrica, ressonância nuclear magnética, Foi realizado um estudo transversal
ultrassonografia, interactância infravermelho, em uma amostra de 16 homens universitários
condutividade elétrica corporal, análise de entre 18 a 41 anos e praticantes de
ativação de nêutrons, análise da absorção de musculação, selecionados aleatoriamente
photons (Cyrino e colaboradores, 2003), e numa academia de ginástica no município de
aqueles conhecidos como duplamente Macapá-AP.
indiretos: por perimetria e dobras cutâneas Os procedimentos experimentais
(DC) (Melo e Da Rocha, 2015). tiveram início somente após o consentimento
O método de DC destaca-se, por ser verbal e à assinatura do termo de
de fácil aplicação, e ter um baixo custo consentimento livre e esclarecido, conforme
operacional, confere validade e confiabilidade aprovado (nº 82787518.0.0000.0003) e de
(De Oliveira Filho e colaboradores, 2018; acordo com a Resolução 466/2012 do
Materko, 2017) e tido como duplamente Conselho Nacional de Saúde.
indireto, pois é mensurado a partir do peso Consideraram-se como critérios de
hidrostático apresentando uma boa relação elegibilidade: que os voluntários não
entre a gordura corporal subcutânea e a utilizassem qualquer recurso ergogênico, que
densidade corporal (Lohman, 1986; Martin e não apresentassem lesões osteomioarticulares
colaboradores, 1985), contudo, apesar de ser prévias e praticantes de atividade física, com
um método indireto, tem sido estimado como uma frequência semanal acima de três vezes,
um padrão de referência para estudos da (Haskeel e colaboradores, 2007).
composição corporal em humanos (Cyrino e Além disso, todos foram previamente
colaboradores, 2003). instruídos a não realizar exercício físico nas
A confiabilidade das medidas de 24h precedentes ao teste, não consumir
dobras cutâneas pode ser influenciada pela bebida alcoólica nas 12 h precedentes e a
habilidade do avaliador (Bagni e manter-se hidratadas, com intuito de não
colaboradores, 2009), equação preditiva influenciar nas medidas analisadas,
utilizada (Rossi e Tirapegui, 2001; Silva e comprometendo a confiabilidade (Brooks e
colaboradores, 2018) e também pelo tipo do colaboradores, 2000).
compasso utilizado (Borgs e colaboradores,
2014; Cordeiro e colaboradores, 2016; Cyrino Avaliação Antropométrica
e colaboradores, 2003; Gruber e
colaboradores, 1990; Lohman e Para constatar a análise descritiva do
colaboradores, 1986). grupo de voluntários, as medidas de massa
No entanto, nenhum estudo até a corporal e estatura, realizadas numa balança
presente data, investigou a confiabilidade dos digital com estadiômetro acoplado no modelo
diferentes compassos por DC baseado no Toledo (Prix, Brasil) com capacidade máxima
protocolo de Faulkner (1968). de 200 Kg e variação de 0,1 Kg para massa
Diante desse e de outros corporal e estatura em escala em milímetros
pressupostos, nota-se que é de suma

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com campo de medição 0,40 a 2,20m, com de Faulkner (1968), como apresentada na
uma variação de 0,2 cm. equação abaixo.
O avaliado posicionou-se em pé,
descalços e com roupas leves no centro da %G = [0,153x (tr + se + si + ab) + 5,783]
balança com olhar fixo ao um ponto à frente
para a medida da massa corporal (Norton,
onde: %G é a gordura corporal relativa; ab =
2005) e para a estatura o avaliado teve seu abdômen; cx = coxa; tr = tríceps; si = supra
posicionamento de costas para a escala com ilíaca; se = sub-escapular.
os pés, cintura pélvica e escapular amparado
à escala (Heyward, 2001).
Análise Estatística
Medidas de dobras cutâneas
Para determinar a normalidade da
distribuição, fora utilizado o teste Kolmogorov-
Os procedimentos de localização, Smirnov. O post hoc power (1 – beta error
posicionamento e aferição de cada dobra
level) determinou o tamanho do efeito amostral
cutânea foi padronizado de acordo com a
em G*Power software versão 3.1.9.2
International Standards for Anthropometric
(Universidade Kiel, Alemanha). A análise
Assessment (Marfell-Jones e colaboradores,
estatística dividiu-se em descritiva e
2012). inferencial.
Esta constou do pinçamento da dobra A primeira foi buscar a definição do
cutânea que foi feito com o dedo indicador e
perfil do grupo, sendo expressa como média e
com o polegar, sempre no lado direito do
desvio padrão, além do intervalo de confiança
avaliado, com o compasso entrando
de 95% em torno da média (IC95%), enquanto
perpendicular à dobra, esperou de dois a segunda foi comparada a confiabilidade dos
segundos a quatro segundos para realizar a compassos por dobra cutânea através da
leitura, avaliado foi orientado a estar sempre
análise de variância Anova para medidas
com a pele seca, para que o pinçamento fosse
repetidas e o post-hoc Bonferroni, quando
possível. Cada dobra cutânea foi aferida três
encontrada diferença significativa. Todas as
vezes alternando, pois ao ser aplicado pressão
análises foram realizadas no Matlab versão
na dobra a gordura subcutânea tende a se 6.5 (Mathworks, EUA) com α = 0,05.
comprimir e, assim, diminuir o valor (Cyrino e
colaboradores, 2003).
RESULTADOS
O valor final foi à média das três
medidas. Foram tomadas as medidas das
A Tabela 1 apresenta as
quatro dobras cutâneas (tríceps, supra-ilíaca,
características físicas e antropométricas do
subescapular e abdômen) por um mesmo grupo de voluntários. A baixa dispersão dos
avaliador através de diferentes compassos dados devido aos baixos valores de desvio
científicos por dobras cutâneas: Cescorf
padrão aponta para um grupo bastante
(Tradicional, Brasil), Sanny (Classic, Brasil) e
homogêneo, confirmando a normalidade da
Terrazul (A10, Brasil).
distribuição ao observa o valor p para cada
A partir destas medidas, estimou-se a
variável. O poder da amostra post hoc foi
gordura corporal relativa através da equação estimado em 0,93.

Tabela 1 - Características antropométricas e físicas dos voluntários.


Variáveis Média ± DP IC95% Valor p
Idade (anos) 24,5 ± 5,7 21,6 – 27,4 0,06
Estatura (cm) 170,8 ± 6,3 167,6 – 174,1 0,21
Massa corporal (kg) 72,2 ± 10,2 67,1 – 77,4 0,19
Legenda: DP é o desvio padrão, IC95% é o intervalo de confiança de 95% em torno da média e o valor p é
baseado no teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov.

A Figura 1 ilustra os valores da gordura (Cescorf), 16,5 ± 3,4 % de gordura;


gordura corporal relativa obtidos para IC: 14,6 - 18,3 % de gordura (Sanny) e 16, 7
diferentes compassos por dobras cutâneas, ± 3,5 % de gordura; IC: 14,8 - 18,7 % de
resultando em média, desvio padrão e gordura (Terrazul), demostrando diferença
intervalo de confiança de 95%: em significativa (p = 0,0013).
15,7 ± 3,3 % de gordura; IC: 13,9 - 17,5 % de

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Figura 1 - Comparação da gordura corporal relativa entre diferentes compassos por dobras cutâneas.

Tabela 2 - Teste de Bonferroni entre os pares para diferentes compassos.


Fatores Diferença Média Valor P IC 95%
Cescorf Sanny -0,80 0,0047 -1,39 - 0,24
Terrazul -1,07 0,0038 -1,80 - 0,34
Sanny Cescorf 0,80 0,0047 0,24 - 1,36
Terrazul -0,27 0,4151 0,73 - 0,19
Terrazul Cescorf 1,07 0,0038 0,34 - 1,80
Sanny -0,86 0,4151 0,19 - 0,73
Legenda: IC95% é o intervalo de confiança de 95% em torno da média.

Portanto, o ajuste de Bonferroni tricipital, bicipital, peitoral, perna medial, coxa


(Tabela 2) reporta uma diferença de e axilar média o que resultou na menor
significância entre as comparações de pares diferença de dobra cutânea foi na dobra axilar
dos resultados da gordura corporal relativa média 1,8% e a maior variação ocorreu na
entre os compassos Cescorf e Sanny (p = dobra bicipital 31,0%, sendo os maiores
0,0047) e entre o Cescorf e o Terrazul (p = valores determinados pelo compasso Lange
0,0038). (p<0,01).
Posteriormente, quando esses valores
DISCUSSÃO foram aplicados a quatro diferentes equações
preditivas, a estimativa da gordura corporal foi
O presente estudo teve por objetivo significantemente diferente (p<0,01),
realizar comparações entre os diferentes resultando em diferenças de 5,2 a 6,9%.
compassos (Cescorf, Sanny e Terrazul) de Os resultados indicam que a utilização
dobras cutâneas para estimativa da gordura de diferentes compassos pode maximizar os
corporal relativa, no qual observou diferenças erros de estimativa produzidos por diferentes
significativas pelos diferentes compassos por equações preditivas empregadas para a
dobra cutânea, com isso, reiterando a análise da gordura corporal relativa.
importância da utilização do mesmo compasso Posteriormente, Borgs e
na avaliação da composição corporal. colaboradores (2014) investigaram 68 homens
Concordando com o resultado do com idade média de 24,15 ± 6,69 anos com o
presente estudo, Cyrino e colaboradores, objetivo de comparar o compasso Cescorf e
(2003) estudaram 259 indivíduos do sexo Lange na estimativa da gordura corporal
masculino (23,3 ± 2,9 anos), no qual comparou relativa que foi calculada por meio do uso das
os compassos Lange e Cescorf em nove equações preditivas de Durnin e Womersley
espessuras de dobras cutâneas investigadas: (1974), Jackson e Pollock (1978), Petroski
abdominal, supra-ilíaca, subescapular, (1995) e Guedes e Sampedro (1985), no qual

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foram encontradas diferenças significativas resultado da estimativa da gordura corporal


entre valores médios de espessuras de todas relativa.
as dobras cutâneas analisadas, assim como Vale ressaltar, que outras
na estimativa da gordura corporal relativa investigações com compassos com design,
quando comparados os diferentes compassos mecânica e precisão diferenciados devem ser
e equações (p<0,01), resultados semelhantes feitas, com isso, contribuindo para o uso mais
ao encontrado no presente estudo. consciente e adequado do método de
O resultado do presente estudo ao espessuras de dobras cutâneas, no sentido de
realizar a comparação de pares dos resultados minimizar as diferenças entre os resultados,
da gordura corporal relativa entre os ou seja, não aumentar a variabilidade dos
compassos Cescorf e Sanny (p = 0,0047) e resultados (Materko e Santos, 2015).
entre o Cescorf e o Terrazul (p = 0,0038). Futuros estudos são necessários para
Entretanto, já na comparação entre Sanny e testar a confiabilidade dos compassos por
Terrazul (p=0,4151) não houve diferença dobra cutânea, por meio da utilização de
significante. método padrão-ouro, uma vez que a ausência
Nesse sentido, as diferenças entre as dessas informações no presente estudo não
marcas dos adipômetros exercem permitiu uma análise mais consistente nessa
discrepâncias significativas no produto final da direção de qual resultado é mais confiável na
avaliação da estimativa da gordura corporal utilização de diferentes compassos para a
relativa, gerando imprecisões e assim pondo estimativa da gordura corporal relativa.
em risco o sucesso de um programa de Apesar disso, o estudo de Okano e
exercícios para emagrecimento ou treinamento colaboradores (2008) desenvolveram
físico com objetivo de melhorar o desempenho equações de correção para a estimativa da
(Cordeiro, 2016). gordura corporal relativa a partir de diferentes
Lohman e colaboradores, (1986) e equações com o uso do compasso Cescorf
Gruber e colaboradores (1990) relataram que que pode minimizar o erro sistemático, ao
os compassos Cescorf e Harpenden tenham contrário do compasso Lange, além do fato, a
design e mecânica semelhantes, a diferença marca Cescorf modelo científico é um dos
na precisão de 0,1 e 0,2 mm, respectivamente, mais comercializados no Brasil.
pode subestimar o percentual de gordura.
Logo, não deve ser desprezada no CONCLUSÃO
momento da análise dos resultados
produzidos por esses equipamentos. Ou seja, Os resultados do presente estudo
o design do aparelho, sua precisão e a demonstram que a estimativa do percentual de
mecânica do instrumento, como um todo, gordura corporal pode ser afetada pela
influenciam diretamente nos resultados obtidos escolha do compasso utilizado, pois o Cescorf
(Cyrino e colaboradores, 2003). apresentou diferença quando comparado ao
Consequentemente, a especificações Sanny e o Terrazul, com isso, relatando a
técnica na pressão das molas do compasso importância da utilização do mesmo compasso
Cescorf apresenta ±10 g/mm²; enquanto os com o objetivo de diminuir o erro de estimativa
compassos Sanny e Terrazul apresentam ±9,8 da gordura corporal obtido pelo método de
g/mm², o que poderia ter ocasionado as espessura de dobras cutâneas.
diferenças no resultado final (Cyrino e
colaboradores, 2003). REFERÊNCIAS
Tais diferenças podem estar
relacionada também à área de contato da 1-Avelar, A.; Santos, K.M.D.; Cyrino, E.S.;
mandíbula do equipamento, bem como sua Carvalho, F.O.; Dias, R.M.R.; Altimari, L.R.;
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pequena para os demais compassos seja uma 2-Bagni, U. V.; Fialho, J.; Barros, D.C.
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nas espessuras de dobras cutâneas e no on the assessment of nutritional
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Fisiologia do Exercício. Vol. 9. Num. 53. 2015. Macapá-AP, Brasil.
p. 328-336. Disponível em:
<http://www.rbpfex.com.br/index.php/rbpfex/art
icle/view/837> Recebido para publicação em 01/04/2019
Aceito em 28/05/2019
25-Monteiro, A.B.; Fernandes Filho, J. Análise
da composição corporal: uma revisão de

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 13. n. 80. p.543-549. Jul./Ago. 2019. ISSN 1981-9927.
ARTIGO ORIGINAL

Cálculo do erro técnico de medição em antropometria*


Talita Adão Perini1, Glauber Lameira de Oliveira1, Juliana dos Santos Ornellas1 e Fátima Palha de Oliveira2

RESUMO Palavras-chave: Precisão. Medidas antropométricas. Interobservador. Intra-obser-


vador.
As medidas antropométricas estão sendo amplamente utiliza-
Palabras-clave: Precisión. Medidas antropométricas. Inter-observador. Intra-obser-
das para o acompanhamento e desenvolvimento de crianças, na vador.
verificação das adaptações em resposta ao treinamento, na sele-
ção de atletas e em estudos de caracterização étnica, entre várias
outras áreas. O controle da qualidade dessas medidas vai resultar puntos antropométricos de 35 voluntarios (25,45 ± 9,96 años). Para
em dados mais confiáveis e medidas antropométricas mais preci- las medidas, fue adoptada la padronización de la International So-
sas. O propósito do presente estudo é difundir a estratégia para a ciety for Advancement in Kinanthropometry (ISAK). Para la verifi-
obtenção do erro técnico de medição (ETM), segundo a metodolo- cación del ETM intra-evaluador, las medidas fueron realizadas en
gia de Kevin Norton e Tim Olds (2000), e avaliar o desempenho de los mismos voluntarios en dos días diferentes; y, para la obtención
estagiários de laboratório. Três antropometristas iniciantes do La- del ETM inter-avaliador, las medidas fueron hechas en un mismo
boratório de Fisiologia do Exercício (Labofise) da Universidade do grupo de voluntarios, en el mesmo dia, por los tres antropometris-
Brasil foram avaliados. Eles realizaram as medidas de dobras cutâ- tas. Los resultados apuntaron ETMs no aceptables apenas para
neas (Cescorf, 0,1mm) em nove diferentes pontos antropométri- dos evaluadores en el análisis intra-evaluador. Los demás ETMs
cos de 35 voluntários (25,45 ± 9,96 anos). Para as medidas, foi alcanzaron resultados aceptables. Los ETMs no aceptables demos-
adotada a padronização da International Society for Advancement traron la necesidad de entrenamiento técnico de los antropome-
in Kinanthropometry (ISAK). Para a verificação do ETM intra-avalia- tristas, de modo de minimizar la variabilidad constatada.
dor, as medidas foram realizadas nos mesmos voluntários em dois
dias diferentes; e, para a obtenção do ETM interavaliador, as medi-
das foram feitas em um mesmo grupo de voluntários, no mesmo INTRODUÇÃO
dia, pelos três antropometristas. Os resultados apontaram ETMs O crescimento físico se dá segundo uma seqüência característi-
não aceitáveis apenas para dois avaliadores na análise intra-avalia- ca, que está ligada a aspectos biológicos do desenvolvimento. A
dor. Os demais ETMs alcançaram resultados aceitáveis. Os ETMs monitorização das medidas antropométricas, durante o processo
não aceitáveis demonstram a necessidade de treinamento técnico de crescimento, permite a qualificação das variações morfológicas
dos antropometristas, de modo a minimizar a variabilidade consta- decorrentes desse processo, fornecendo dados para o diagnósti-
tada. co de possíveis deficiências(1,2).
No meio desportivo, além de expressar as proporcionalidades
RESUMEN físicas dos atletas, as medidas antropométricas, quando feitas
periodicamente, são fortes indicadoras da resposta adaptativa do
Cálculo del error técnico en la medición de antropometria organismo aos estímulos do treinamento físico(3).
Las medidas antropométricas están siendo ampliamente utiliza- Em Engenharia, as medidas antropométricas são indispensáveis,
das para el acompañamiento y el desenvolvimiento de niños, en la pois norteiam o desenvolvimento de projetos ergonômicos que
verificación de las adaptaciones en respuesta a entrenamiento, en visem à projeção de máquinas, ferramentas e utensílios adapta-
la seleción de atletas y en estudios de caracterización étnica, entre dos às características humanas. A confecção de materiais médi-
várias otras áreas. El control da la calidad de esas medidas va a cos, da mesma forma, tem de ser baseada em estudos antropo-
resultar en datos mas confiables y medidas antropométricas mas métricos populacionais para que muletas, bengalas, andadores, etc.
precisas. El propósito del presente estudio es el de difundir la es- se ajustem perfeitamente às características físicas dos pacientes.
trategia para la obtención del error técnico de medición (ETM), Pesquisas em Bioengenharia têm utilizado medidas antropométri-
siguiendo la metodología de Kevin Norton y Tim Olds (2000) y eva- cas na otimização e fabricação de próteses ortopédicas e em equi-
luar el desempeño de empleados de laboratorio. Tres antropome- pamentos para testar o produto desenvolvido.
tristas del Laboratorio de Fisiologia del Ejercicio (Labofise) de la Na indústria de vestimentas e calçados, o conhecimento das
Universidad del Brasil fueron evaluados. Ellos realizaron las medi- características antropométricas é necessário para que os produtos
das de pliegues cutáneos (Cescorf, 0.1mm) en nueve diferentes contemplem as diferentes características físicas populacionais.
Estudos antropométricos relativos aos futuros usuários dos pro-
dutos projetados tornam-se, portanto, indispensáveis.
* Universidade do Brasil (UFRJ), Rio de Janeiro – Brasil. Apesar de serem muitas e variadas as aplicações da antropome-
1. Graduando da Escola de Educação Física e estagiário de iniciação cien- tria no cotidiano dos indivíduos, sabe-se que existe uma margem
tífica do Labofise-UFRJ. de erro no método. No ato de repetições de medidas antropomé-
2. Professor Adjunto IV. Coordenadora do setor de Ergoespirometria e de tricas, pode ocorrer variabilidade das medidas, decorrente da di-
Antropometria do Laboratório de Fisiologia do Exercício (Labofise) da versidade das características físicas da população analisada, por
Universidade do Brasil (UFRJ). variação biológica – que não se pode evitar –, ou decorrente de
Recebido em 1/7/04. 2a versão recebida em 6/9/04. Aceito em 25/1/05. variações técnicas – que podem ser evitadas. A variabilidade na
Endereço para correspondência: Profa Dra Fátima Palha de Oliveira, Rua medida antropométrica, provocada por variações na execução da
das Laranjeiras, 136, apto 203, Laranjeiras – 22240-000 – Rio de Janeiro, técnica, é responsável pela maior incidência de erro. A adoção de
RJ. Tels.: residencial, (21) 2205-7299; celular, 9382-3844; comercial, (21) intervalo de tempo inadequado entre as mensurações, a variação
2562-6850; fax, (21) 2562-6801. E-mail: palha@ufrj.br na marcação dos pontos anatômicos e a inconsistência da técnica
Rev Bras Med Esporte _ Vol. 11, Nº 1 – Jan/Fev, 2005 81
de mensuração executada são alguns exemplos de incorreção téc- bescapular, supra-ilíaca, coxa, média-axilar e perna. As medidas
nica. A apuração da técnica de execução e a garantia de maior foram feitas seguindo a padronização da Sociedade Internacional
precisão da medida podem ser obtidas pelo treinamento intensivo para o Progresso da Cineantropometria (International Society for
do antropometrista. Advancement in Kinanthropometry – ISAK)(5). Para cada ponto an-
A forma mais habitual de expressar a margem de erro em antro- tropométrico considerado no estudo, foram realizadas três medi-
pometria é por meio do chamado erro técnico de medição (ETM), das, não consecutivas, para que se extraísse a média entre elas e,
que é um índice de precisão e representa a dimensão de controle assim, se computasse o resultado da espessura do ponto analisa-
da qualidade da medida. O ETM permite aos antropometristas ve- do.
rificar seu grau de precisão ao executar e repetir as medidas antro- O mesmo compasso foi usado em todas as medidas feitas pe-
pométricas (intra-avaliador) e ao comparar suas medidas com ou- los três antropometristas (Cescorf, 0,1mm). Todos os cálculos fo-
tros antropometristas (interavaliador). Esse índice é adotado pela ram realizados no Excel (Microsoft 2000).
International Society for Advancement in Kinanthropometry (ISAK)
para credenciamento de antropometristas na Austrália. Cálculo do ETM
O ETM, que é o desvio-padrão entre medidas repetidas(4), é uti- Para obter o ETM intra-avaliador e interavaliador, os seguintes
lizado para o cálculo da variabilidade intra-avaliador – variação das aspectos devem ser observados:
medidas repetidas em uma mesma pessoa (ou um grupo de pes- • O ETM tem sempre a mesma unidade da medida feita (cm,
soas) pelo mesmo antropometrista –, e interavaliador – variação mm);
das medidas feitas por diferentes antropometristas em um mes- • O ETM só se aplica à medida feita e ao equipamento usado
mo grupo de pessoas. Alterações das medidas antropométricas, (por exemplo: dobra de tríceps ou o perímetro de braço, feitos com
devido à variação interavaliador, podem estar presentes nos resul- determinado modelo e marca do aparelho usado);
tados de medidas feitas em academias ou em grandes centros de • O ETM só se aplica a populações semelhantes, ou seja, calcu-
condicionamento físico onde mais de um profissional trabalha na lado em atletas, só se aplica à população composta por atletas;
avaliação dos freqüentadores. Nessa situação é importante a aferi- • Para calcular o ETM, considerar no mínimo 20 medidas que
ção, periodicamente, do ETM desses avaliadores para verificar se devem ser feitas em um mesmo momento (manhã/tarde).
está dentro de padrões aceitáveis. Para a obtenção do ETM foi adotado o método das diferenças,
O cálculo do ETM permite ainda a estimativa de intervalos de que é expresso pelo desvio-padrão entre medidas repetidas(4). Esse
confiança em torno do valor real da medida obtida, que englobam desvio é o grau de dispersão de valores em relação à média. O
as possíveis variações que não são controláveis – as biológicas, cálculo do ETM foi dividido em quatro etapas, apresentadas a se-
por exemplo – possibilitando, assim, que se verifique se as altera- guir de modo a proporcionar melhor entendimento do método.
ções detectadas em medidas repetidas, antes e após um período
de treinamento, são decorrentes desse treinamento ou resultado Ø Cálculo do ETM intra-avaliador
da variação relativa do método. Para fazer o cálculo do ETM intra-avaliador, foram considerados
Considerando os aspectos ressaltados acima, o presente estu- os resultados das medidas de dobras cutâneas feitas em 20 volun-
do tem o propósito de apresentar a metodologia do cálculo do ETM tários, no primeiro e no segundo dia de avaliação. Como exemplo,
obtido pelo método das diferenças, além de analisar o desempe- na tabela 1 encontram-se os valores obtidos para a medida de do-
nho de três antropometristas iniciantes de nosso laboratório para bra cutânea de abdômen e todos os passos seguintes para o cál-
medidas de dobras cutâneas. No âmbito deste estudo, existe ain- culo do ETM intra-avaliador referente a essa medida.
da o propósito adicional de contribuir para a difusão da importância Primeira etapa: Determinou-se a diferença entre a 1a e a 2a
da garantia da precisão da medida antropométrica e a sua conse- medida (que é o desvio entre elas), para cada ponto antropométri-
qüente repercussão na produção de dados populacionais mais con- co considerado, de todos os voluntários medidos por um mesmo
fiáveis. antropometrista.
Segunda etapa: Os desvios obtidos foram elevados ao quadra-
MATERIAL E MÉTODOS do.
Três antropometristas do Laboratório de Fisiologia do Exercício Terceira etapa: Os resultados da segunda etapa foram soma-
(Labofise) da UFRJ tiveram o resultado de suas medidas analisado dos (Σd2) e aplicados à equação 1 para obter o ETM absoluto.
pelo cálculo do ETM visando verificar a variação intra-avaliador e
interavaliador. Esse estudo foi feito pelos antropometristas após ∑d 2
um período de orientação teórica e de experimentação prática das ETM (absoluto) = i Equação 1
2n
diferentes medidas antropométricas adotadas no Labofise.
As medidas antropométricas analisadas foram extraídas de uma Onde:
amostra de 35 voluntários (25,45 ± 9,96 anos) de ambos os sexos ∑d2 = somatório dos desvios elevado ao quadrado
(12 mulheres e 23 homens), que se declararam inativos. Todos os n = número de voluntários medidos
componentes da amostra residem no Rio de Janeiro e assinaram i = quantos forem os desvios
um termo de consentimento livre e esclarecido, em que consta- Quarta etapa: O ETM absoluto foi transformado em ETM rela-
vam os procedimentos a serem adotados e a autorização dos vo- tivo, de modo a obter o erro expresso em percentagem, corres-
luntários para exploração em estudos científicos dos resultados pondente à média total da variável que está sendo analisada. Para
encontrados. O anonimato e a privacidade dos participantes foram isso foi usada a equação 2. Nessa etapa, foi necessário conseguir
resguardados no estudo. o valor médio da variável (VMV). Para tanto, obteve-se a média
Para se obter o ETM intra-avaliador, cada um dos três antropo- aritmética da média entre as duas medidas (1a e 2a medidas) de
metristas mediu 20 dos 35 voluntários, em dois dias diferentes, cada voluntário para uma mesma dobra cutânea. Ou seja, a medi-
sempre no período da manhã. Para o cálculo do ETM interavalia- da feita no primeiro e no segundo dia de um mesmo voluntário,
dor, analisaram-se os resultados de medidas feitas em um mesmo para uma dada dobra cutânea, foi somada e depois dividida por
grupo de 20 voluntários, em um mesmo dia, por cada um dos três dois, gerando a média dessa dobra. Esse procedimento foi feito
antropometristas. para cada um dos 20 voluntários e as 20 médias obtidas foram
Foi calculado o ETM de cada antropometrista para as seguintes somadas e divididas por 20 (total de voluntários) – gerando o VMV
medidas de dobra cutânea: tríceps, bíceps, peito, abdômen, su- (tabela 1).
82 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 11, Nº 1 – Jan/Fev, 2005
ETM dobras cutâneas a serem consideradas nos cálculos devem ser
ETM (relativo) = x 100 Equação 2 feitas pelos antropometristas, que estão sendo avaliados, em um
VMV
mesmo grupo de voluntários. No presente estudo, 20 voluntários
Onde:
(escolhidos aleatoriamente entre os 35 que participaram do estu-
ETM = Erro técnico da medida, expresso em %.
do) foram medidos pelos três antropometristas em um mesmo dia
VMV = Valor médio da variável.
e turno, sem que um presenciasse a medida feita pelo outro. O
Ø Cálculo do ETM interavaliador mesmo equipamento e os mesmos procedimentos metodológi-
Para realizar o cálculo do ETM interavaliador devem-se seguir as cos para as medidas de dobras cutâneas foram adotados pelos
quatro etapas descritas anteriormente para o cálculo do ETM intra- três antropometristas. A obtenção do ETM interavaliador foi feita
avaliador. Os procedimentos são os mesmos, mas as medidas de comparando-se dois antropometristas de cada vez.

TABELA 1
Resultados de espessura de dobra cutânea de abdômen realizada por um mesmo antropometrista em 20 voluntários, para o cálculo do ETM intra-avaliador

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
a
1 medida 31,00 6,0 23,0 42,0 13,8 22,3 12,7 21,7 45,0 24,0 29,5 43,8 26,8 11,5 41,2 21,8 27,0 26,7 13,2 –7,2
2a medida 35,00 7,7 27,0 40,3 12,3 24,0 13,3 21,3 43,3 25,3 31,7 42,8 25,5 11,0 42,5 22,7 26,0 25,5 12,7 –8,2
Desvios –4,0– –1,7– 0–4,0– 01,7 01,5 0–1,7– 0–0,7– 00,3 01,7 –1,3 –2,2 01,0 01,3 00,5 –1,3 –0,8 01,0 01,2 00,5 –1,0
(Desvios)2 16,00 2,8 16,0 2,8 2,3 2,8 00,4 00,1 02,8 01,8 04,7 01,0 01,8 00,3 01,8 0,7 01,0 01,4 00,3 –1,0
Σ (Desvios)2 61,80
ETM (absoluto) 01,24
VMV 24,71
ETM (relativo,%) 05,02 aceitável
ETM = Erro técnico da medida; Σ = Somatório; VMV = Valor médio da variável.

TABELA 2
Resultados de espessura de dobra cutânea de abdômen realizada por dois antropometristas em 20 voluntários, para o cálculo do ETM interavaliador

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Antropometrista 1 28,6 09,7 20,0 10,0 10,8 17,5 23,5 30,0 8,5 21,5 22,1 25,5 26,0 14,8 7,5 24,5 10,0 21,0 10,0 22,0
Antropometrista 2 29,0 10,0 20,3 10,0 11,5 17,0 23,0 30,0 8,0 21,0 22,0 25,3 25,8 15,0 7,3 25,0 10,0 21,2 11,0 22,0
Desvios –0,4 –0,3 –0,3 00,0 –0,7 00,5 00,5 00,0 0,5 00,5 00,1 00,2 00,2 00,2 0,2 –0,5 00,0 –0,2 –1,01 00,0
(Desvios)2 0,16 0,09 0,09 0,00 0,49 0,25 0,25 00,0 00,25 0,25 0,01 0,04 0,04 004 00,04 0,25 00,0 0,04 01,00 00,0
Σ (Desvios)2 3,29
ETM (absoluto) 0,29
VMV 18,200
ETM (relativo,%) 01,58 aceitável
ETM = Erro técnico da medida; Σ = Somatório; VMV = Valor médio da variável; VMV = [(média 1a medida/média 2a medida)/2]

Classificação do ETM Neles são apresentados os ETMs relativos de cada antropometris-


Depois de calculado o ETM relativo, tanto para a análise da va- ta, para cada dobra cutânea da análise das variabilidades intra-ava-
riação intra-avaliador como para a do interavaliador, o próximo pas- liador (quadro 1) e interavaliador (quadro 2).
so é classificá-lo (tabela 3). É importante observar que, quanto me-
nor for o ETM obtido, melhor é a precisão do avaliador ao realizar a
medida feita.
TABELA 4
Características físicas da amostra (n = 35)

Média Desvio-padrão Valor mínimo Valor máximo


TABELA 3
Valores de ETM relativos considerados aceitáveis Idade (anos) 025,45 ± 09,96 15 57
Massa corporal (kg) 067,40 ± 16,25 48 103
Tipo de análise Antropometrista Antropometrista
Estatura (m) 001,70 ± 00,09 1,53 1,85
iniciante experiente
Soma das 9 dobras
Intra-avaliador Dobras cutâneas 07,5% 5,0% cutâneas (mm) 165,38 ± 78,23 61 332,5
Outras medidas 01,5% 1,0%

Interavaliador Dobras cutâneas 10%,0 7,5%


Outras medidas 02,0% 1,5%
Gore et al. in Kevin Norton e Tim Olds(5)
O padrão adotado para a avaliação do ETM encontrado foi o de
iniciantes (tabela 3), pois os antropometristas deste estudo são
alunos de graduação em fase de treinamento. Os resultados apon-
tam para a variabilidade aceitável na precisão das medidas da maio-
RESULTADOS
ria das dobras cutâneas para os três antropometristas. Observaram-
A descrição das características físicas dos voluntários deste es- se apenas valores não aceitáveis na dobra cutânea subescapular
tudo encontra-se na tabela 4. para o antropometrista de nº 3 e na dobra cutânea de coxa do an-
Nos quadros 1 e 2, constam os resultados dos cálculos feitos tropometrista de nº 2. A variabilidade interavaliador apresentou
para cada uma das nove dobras cutâneas consideradas no estudo. resultados aceitáveis em todos os pontos analisados.
Rev Bras Med Esporte _ Vol. 11, Nº 1 – Jan/Fev, 2005 83
Ressalta-se, ainda, que, apesar de os resultados serem aceitá- dade de mensuração da espessura da dobra cutânea é maior em
veis, pode ser observada maior variação do ETM relativo em pon- função do maior acúmulo de gordura, o que pode acarretar erros
tos anatômicos onde a espessura da camada de tecido adiposo é de medidas mais freqüentes. Recomenda-se, nesses casos, além
maior(6). da localização precisa do ponto anatômico a ser medido, que se
Temos observado, ao longo de vários anos de experiência em utilize um auxiliar para pinçar a dobra com as duas mãos para que
antropometria, que nesses locais (supra-ilíaca, abdômen) a dificul- o antropometrista realize a medida(7).

QUADRO 1
Resultados e classificação do ETM relativo intra-avaliador

ABDÔMEN SUBESCAPULAR SUPRA-ILÍACA


Antropometrista ETM% Classificação Antropometrista ETM% Classificação Antropometrista ETM% Classificação

1 5,0 Aceitável 1 4,9 Aceitável 1 7,2 Aceitável

2 5,1 Aceitável 2 3,6 Aceitável 2 5,0 Aceitável


3 3,9 Aceitável 3 8,5 Não-aceitável 3 6,9 Aceitável

COXA MÉDIA-AXILAR PERNA


Antropometrista ETM% Classificação Antropometrista ETM% Classificação
Classificação Antropometrista ETM% o
Classificação

1 6,0 Aceitável 1 3,2 Aceitável 1 3,0 Aceitável


2 7,8 Não-aceitável 2 7,1 Aceitável 2 4,7 Aceitável
3 6,1 Aceitável 3 4,4 Aceitável 3 5,1 Aceitável

TRÍCEPS BÍCEPS PEITO


Antropometrista
Antropometrista ETM% Classificação Antropometrista ETM% Classificação Antropometrista ETM% Classificação

1 3,2 Aceitável 1 3,3 Aceitável 1 3,7 Aceitável


2 3,5 Aceitável 2 3,4 Aceitável 2 4,2 Aceitável
3 5,7 Aceitável 3 4,0 Aceitável 3 4,6 Aceitável

QUADRO 2
Resultados e classificação do ETM relativo interavaliador

ABDÔMEN SUBESCAPULAR SUPRA-ILÍACA


Antropometrista Classificação Antropometrista Classificação Antropometrista Classificação
ETM% ETM% ETM%

1e2 8,2 Aceitável 1e2 5,9 Aceitável 1e2 6,6 Aceitável

1e3 8,5 Aceitável 1e3 5,3 Aceitável 1e3 7,1 Aceitável


2e3 6,9 Aceitável 2e3 4,7 Aceitável 2e3 9,0 Aceitável

COXA MÉDIA-AXILAR PERNA


Antropometrista Classificação Antropometrista Classificação Antropometrista Classificação
ETM% ETM% ETM%
1e2 6,3 Aceitável 1e2 4,7 Aceitável 1e2 4,1 Aceitável
1e3 8,1 Aceitável 1e3 4,9 Aceitável 1e3 4,0 Aceitável
2e3 8,1 Aceitável 2e3 4,1 Aceitável 2e3 4,9 Aceitável

TRÍCEPS BÍCEPS PEITO


Antropometrista Classificação Antropometrista Classificação Antropometrista Classificação
ETM% ETM% ETM%
1e2 1,7 Aceitável 1e2 5,8 Aceitável 1e2 5,8 Aceitável
1e3 4,7 Aceitável 1e3 5,0 Aceitável 1e3 6,5 Aceitável
2e3 5,8 Aceitável 2e3 5,9 Aceitável 2e3 5,9 Aceitável

DISCUSSÃO A maior precisão nessa medida está associada ao emprego de


As medidas de dobras cutâneas têm sido empregadas para es- aparelhos calibrados, à presença de antropometristas treinados e
timar o nível de adiposidade corporal, sendo considerado um mé- ao controle periódico da precisão de ambos(8).
todo adequado para a avaliação de grande número de pessoas por A exatidão das medidas antropométricas está associada à mini-
ser de fácil execução, ter baixo custo e ser relativamente preciso. mização do erro sistemático proveniente dos equipamentos ou do
84 Rev Bras Med Esporte _ Vol. 11, Nº 1 – Jan/Fev, 2005
antropometrista. As medidas antropométricas estão sujeitas, ain- de ou não de apuração da execução da técnica de três antropome-
da, ao erro não sistemático, que se refere a ocorrências que não tristas que estão em fase de treinamento.
se podem controlar. No caso específico de medidas de dobras cutâ- Os ETMs obtidos na comparação entre as medidas que esses
neas, o erro não sistemático tem relação com as pressuposições antropometristas fizeram foram classificados como aceitáveis na
nas quais o método se embasa e em que consistem suas limita- análise intra-avaliador, para a maioria das dobras cutâneas (quadro
ções(9,10). 1). Ou seja, a variação que ocorrer entre medidas feitas por esses
O emprego das medidas de dobras cutâneas está condicionado antropometristas, em dois instantes diferentes, não sofre (ou so-
à pressuposição de que as dobras cutâneas, que são compostas fre pouca) influência do erro sistemático. Quando realizarem medi-
por pele e gordura, mesmo sendo comprimidas, podem represen- das, antes e depois de um período de treinamento, para as dobras
tar gordura de camadas subcutâneas não comprimidas. Observa- que apresentaram ETM aceitáveis, as variações observadas serão
se, contudo, que a espessura da pele e suas variações inter e intra- decorrentes de adaptações ao treinamento aplicado, naturalmen-
indivíduos não são consideradas nesse pressuposto, assim como te se todos os outros fatores que interferem nas medidas forem
as variações da compressibilidade da camada de gordura que, sabe- controlados (alimentação, doenças).
se hoje, variam de acordo com o local medido, a idade, o sexo, o No caso dos resultados de ETM classificados como não aceitá-
nível de hidratação, o tamanho das células e o estado de saúde(11). veis, deve-se incentivar os antropometristas assim classificados a
Esses pressupostos compõem o erro específico do método an- participar de um aprimoramento técnico apoiado em protocolos
tropométrico para a estimativa de gordura corporal. Sabendo-se antropométricos detalhados da padronização das medidas e, pos-
dessas limitações do método, torna-se necessário que se minimi- teriormente, realizar novos cálculos de ETM.
ze a ocorrência de erros tanto na execução da técnica na medida Na análise interavaliador, observa-se que, apesar de os antropo-
de espessura de dobras cutâneas, como no controle da calibração metristas terem alcançado ETMs classificados como aceitáveis para
do equipamento, que são os erros passíveis de intervenção. todas as dobras cutâneas (quadro 2), os valores de ETM relativo
A calibração do equipamento (plicômetro) usado na medida de estão mais próximos do ponto de corte para ser aceitáveis (10%)
dobras cutâneas deve ser feita periodicamente. O eixo (pivô), no em regiões de maior acúmulo de gordura (supra-ilíaca, coxa e ab-
qual a garra móvel do plicômetro gira, deve ser calibrado anual- dômen), principalmente quando a comparação envolve o antropo-
mente e a precisão na separação entre as garras deve ser verifica- metrista de nº 2 e o de nº 3. Já havia sido documentado por Marks
da a cada seis meses(12). et al. (1989) o aumento linear do erro de medida com o aumento
Quanto ao aprimoramento da técnica de mensuração antropo- da dobra cutânea(6).
métrica, sabe-se que está diretamente relacionado com o número A título de aprimoramento, recomenda-se que mais esforços
de avaliações realizadas pelo antropometrista(13-15). Vegelin et al. sejam feitos no sentido de se obterem ETMs mais baixos.
(2003), analisando antropometristas de diferentes níveis de expe-
riência, constataram que os melhores escores para medidas de CONCLUSÕES
estatura e de dobra cutânea de tríceps foram alcançados por an-
tropometristas que tinham mais anos de experiência(13). Sendo as- O método apresentado foi de fácil execução e permitiu analisar-
sim, o treinamento e a realização de controles periódicos de quali- se o desempenho dos antropometristas em treinamento.
dade da técnica de mensuração vão permitir aos antropometristas Recomenda-se a realização de avaliações periódicas do ETM vi-
alcançar melhor apuração do método e, conseqüentemente, obter sando a controlar e minimizar os ETMs intra-avaliador e interavali-
aceitável confiabilidade na determinação de mensurações que rea- ador dos antropometristas.
lizarem. A apresentação detalhada do método de cálculo do ETM permi-
No caso da medida de estatura, maior exatidão é de grande im- tirá que outros grupos o apliquem, garantindo melhor controle da
portância, sobretudo em estudos recentes de modelagem do qualidade da medida realizada.
crescimento humano(16) que fazem acompanhamento diário das
variações. Só com um grande controle do erro técnico pode-se AGRADECIMENTOS
separar o que é mudança de estatura, devido ao crescimento ge- A FAPERJ, FUJB e UFRJ.
nuíno, de mudança decorrente de erro de medição.
Calculando-se o ETM periodicamente, é possível quantificar va-
Todos os autores declararam não haver qualquer potencial conflito
riações intra-avaliador e interavaliador. No presente estudo, a ob-
de interesses referente a este artigo.
tenção do ETM intra-avaliador foi usada para apontar a necessida-

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Rev Bras Med Esporte _ Vol. 11, Nº 1 – Jan/Fev, 2005 85


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Antropometrica [Spanish version of Anthropometrica] Norton K and T. Olds,


1995

Book · October 1995

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Kevin Norton
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ANTROPOMETRICA
Editores: Kevin Norton y Tim Olds

Un libro de referencia sobre mediciones corporales humanas para la Educación en Deportes y Salud

Edición en Español: Dr. Juan Carlos Mazza

BIOSYSTEM
Servicio Educativo
Rosario – Argentina

• Título original de la obra: ANTHROPOMETRICA, Kevin Norton & Tim Olds, Editors
• Publicado originalmente por: University of New South Wales Press, Sidney 2052 Australia, Tel:
(02) 398-8900, Fax: (02) 398-3408.
• Primera impresión en idioma inglés (1996): Impreso por Southwood Press, Marrickville, NSW,
Australia (ISBN original: 0-86840-223-O)
• Derechos de Traducción y Publicación al Idioma Español adquiridos por: BIOSYSTEM Servicio
Educativo. Rosario, República Argentina
• Editor: Juan Carlos Mazza
• Traducción y compaginación: Gabriela Cuesta, Miguel Palma y Boris Trumper
• Diseño gráfico y técnico: Mónica Monestes y Betiana Mattano
• Impreso por: Impresiones Módulo S.R.L. (Rosario, Argentina)

ISBN 987-953S0-3-X

Todos los derechos reservados. Queda expresamente prohibido que este material pueda ser reproducido,
almacenado en sistemas computados, o transmitido de alguna forma electrónica, mecánica, por fotocopia
o por grabación, sin el expreso permiso correspondiente, por escrito, de la Editorial que posee los
derechos adquiridos del copyright (Biosystem Servicio Educativo)

Versión Digital por el Grupo Sobre Entrenamiento


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INDICE
Sección 1: Medición y Técnicas de Medición

Capítulo 1
Anatomía esencial para antropometristas 7
Michael Marfell-Jones
1. Introducción 7
2. Terminología 7
3. El esqueleto 8
4. Los músculos 18
5 Referencias bibliográficas 22

Capítulo 2
Técnicas de Medición en Antropometría 23
Kevin Norton, Nancy Whittingham, Lindsay Carter, Deborah Kerr,
Christopher Gore, y Michael Marfell-Jones
1 Introducción 23
2 El sujeto 23
3 Recolección de datos 24
4 Equipo antropométrico 24
5 El perfil antropométrico 27
6 Referencias bibliográficas 59

Capítulo 3
Error en la Medición Antropométrica 61
David Pederson y Christopher Gore
1 Introducción 61
2 Variables de precisión y confiabilidad - ETM y CCI 62
3 La obtención de los datos de confiabilidad 63
4 Tablas de datos a una y a dos vías 63
5 Cálculo del ETM y CCI con dos mediciones por sujeto 64
6 Cálculo del ETM y CCI con tres mediciones por sujeto 66
7 Interpretación y aplicación del ETM y del CCI 67
8 Marco teórico 68
9 Referencias bibliográficas 69

Capítulo 4
Calibración de los Calibres de Pliegues Cutáneos Harpenden 71
Robert Carlyon, Christopher Gore, Sarah Woolford, y Robert Bryant
1 Introducción 71
2 Descripción del calibre 72
3 Métodos de calibración de la presión de los platillos 72
4 Calibración de la separación entre platillos 80
5 Conclusiones y recomendaciones 83
6 Referencias bibliográficas 84

Sección 2: Herramientas para el Análisis

Capítulo 5
Sistemas de Similitud en Antropometría 85
Tim Olds, Kevin Norton, Sen Van Ly, y Liz Lowe
1 Introducción 85
2 Modelos teóricos para relacionar variables antropométricas 85
3 Tipos de sistemas de similitud 88
4 Aplicaciones de los sistemas de similitud en antropometría 89
5 Resumen y recomendaciones 96
6 Referencias bibliográficas 96

Capítulo 6
Somatotipo 99
Lindsay Carter
1 Introducción 99
2 Método antropométrico del somatotipo de Heath-Carter 100
3 Referencias bibliográficas 115
Capítulo 7
Estimación Antropométrica de la Grasa o Adiposidad Corporal 116
Kevin Norton
1 Introducción 116
2 Cambios en la grasa corporal a lo largo de la vida. 116
3 La utilización de ecuaciones de regresión para predecir la densidad y la grasa corporal 116
4 Aplicación de las ecuaciones de predicción 126
5 El control o monitoreo de los pliegues cutáneos y otros índices de composición corporal 126
6 Resumen 127
7 Apéndice - Ecuaciones de predicción 127
8 Referencias bibliográficas 134

Capítulo 8
Modelos Químicos de Análisis de la Composición Corporal de Dos, Tres y Cuatro Compartimentos 137
Robert Withers, Joe Laforgia, Steven Heymsfield, Ai-Mian Wang y Robyn Pillans
1 Modelos de dos compartimentos 137
2 Modelos de tres compartimentos 146
3 Modelos de cuatro compartimentos 148
4 Modelos más complejos y desarrollos futuros 152
5 Referencias bibliográficas 153

Sección 3: Aplicaciones de la Antropometría

Capítulo 9
La Psicología y la Antropometría de la Imagen Corporal 157
Shelley
Qué es la «imagen corporal»? 157
Consideraciones metodológicas 158
Estudios de imagen corporal 161
Imagen corporal y comportamiento 166
Direcciones futuras: investigación sobre la imagen corporal y la antropometría 167
Referencias bibliográficas 167

Capítulo 10
Ergonomía: Aplicación de la Antropometría al Diseño del lugar de Trabajo 172
Kamal Kothiyal
Introducción 172
La Antropometría en la Ergonomía 173
Diseño del lugar de trabajo 180
Bases computadas de datos antropométricos 184
Referencias bibliográficas 185

Capítulo 11
Antropometría y Performance Deportiva 188
Kevin Norton, Tim Olds, Scott Olive, y Neil Craig
1. El concepto de optimización morfológica 188
2. Proporcionalidad, forma corporal, y performance 197
3. Evolución del tamaño corporal del ser humano 223
4. Resumen 235
5. Referencias bibliográficas 236

Capítulo 12
Antropometría, Salud y Composición Corporal 245
Peter Abernethy, Tim Olds, Barbara Eden, Michelle Neill y Linda Baines
1. La relación entre salud, composición corporal y antropometría 245
2. Indices antropométricos superficiales del estado de salud 245
3. Recomendaciones: un sistema de perfil con múltiples pasos 255
4. Conclusión 257
5. Referencias bibliográficas 259

Sección 4: Acreditación en Antropometría

Capítulo 13
Acreditación en Antropometría: Un Modelo Australiano 263
Christopher Gore, Kevin Norton, Tim Olds, Nancy Whittingham,
Kim Birchall, A4eIissa Clough, Briony Dickerson, and Loretta Downie
1. Introducción 263
2. Normas de acreditación 264
3. Objetivo o meta del ETM (“TEMs target”): requerimientos y razones 268
4. Lineamientos y guías para determinar los ETM 272
5. Referencias bibliográficas 273
PREFACIO

La antropometría es una ciencia muy antigua y, como muchas ciencias antiguas, ha seguido distintos caminos. La
diversidad de los caminos antropométricos constituye tanto su riqueza como su cruz. Mientras preparábamos este
libro, nos sorprendió el hecho de que los grupos de antropometristas que trabajan en diferentes áreas hayan estado
marchando en forma paralela, sin siquiera encontrarse. Estos grupos incluyen nutricionistas, ergonomistas,
psicólogos, y científicos del deporte, entre otros. La ergonomía, por ejemplo, ha desarrollado un detallado
repertorio de sitios y técnicas que se asemejan a las utilizadas en las Ciencias del Ejercicio, a pesar de que se basan
más en los tejidos blandos. Sin embargo, la mayoría de los ergonomistas pueden no tener conocimiento del trabajo
antropométrico desarrollado en otras ciencias así como muchos otros científicos pueden no estar familiarizados con
la antropometría ergonómica.

Una consecuencia de las múltiples tradiciones antropométricas ha sido la falta de estandarización en la


identificación de los sitios de medición, y de las técnicas de medición. Por ejemplo, existe en la literatura más de
catorce definiciones diferentes de cómo medir el cociente cintura-cadera, el cual es, no obstante, un índice
importante de riesgo cardiovascular. Los lugares y los nombres de los pliegues cutáneos han sido de gran
preocupación, particularmente los de las regiones ilíaca y abdominal. La estatura, la más básica de todas las
mediciones antropométricas, ha sido determinada utilizando técnicas de parado, semi-elongado, y elongado, y con
una gran diversidad de instrumentos de medición.

La falta de estandarización hace dificultosas y frustrantes las comparaciones a través del tiempo y del espacio. Uno
de los principales objetivos de este libro ha sido desarrollar un perfil antropométrico básico que forme consenso, un
perfil que pueda ser utilizado en todo el mundo. En una era en la cual cualquier lugar del mundo está a un paso a
través del correo electrónico, será posible establecer bases de datos antropométricos nacionales e internacionales,
en forma electrónica. Desde hace dos años existe una base de datos en Australia, con disponibilidad de
acumulación electrónica.

Un segundo objetivo ha sido crear un libro de texto que contenga los temas fundamentales para los estudiantes de
antropometría, y que les permita ser asesorados, evaluados y acreditados. El primer bosquejo de acreditación en
Australia lo estableció la Comisión de Deportes de Australia, en 1994. Esta importante dimensión del control de
calidad de la antropometría está reforzada por una meticulosa descripción de las técnicas, tolerancias de error de
referencia, y métodos analíticos. Estos lineamientos han sido adoptados por instituciones deportivas y
universidades, y respaldados científicamente por diversas organizaciones profesionales.

Finalmente, queremos poner énfasis en la diversidad de aplicaciones que tiene la antropometría - en nutrición,
salud, psicología, ergonomía, y deportes. Hay otros capítulos que nos hubiera gustado incluir - sobre la aplicación
de la antropometría en los niños y los ancianos, los aspectos médicos del crecimiento y del desarrollo, las
tendencias seculares, la biomecánica, la representación del cuerpo en el arte y el cine a través de la historia, y sobre
los aspectos económicos de la estatura y el peso. Estos temas tendrán que esperar a una Segunda Edición.

Hay muchas personas a las cuales debemos agradecer por la ayuda en la preparación de este libro. Querríamos
agradecer especialmente a nuestros diseñadores gráficos Sophia Arab y Andrew Medhurst, y a los estudiantes que
incansablemente nos han ayudado en la recolección de la información y control de los manuscritos: Anthony
Gillespie, Eric Hunter, y Rod Russell. Agradecemos también a Sen Van Ly y a Doanh Dang por su invaluable
asistencia técnica.

Kevin Norton, PhD


Tim Olds, PhD
CAPÍTULO 1

ANATOMIA ESENCIAL PARA


ANTROPOMETRISTAS
Michael Marfell-Jones

1. INTRODUCCION estarán en desventaja y rápidamente se familiarizarán


con el uso correcto de cualquier nueva terminología.
Para convenirse en un antropometrista competente, se
necesita conocer la anatomía básica del cuerpo Así como con el aprendizaje de los nombres
humano. La razón más obvia de esta necesidad es que anatómicos del esqueleto individual básico y de las
la mayoría de los términos antropométricos derivan de estructuras musculares, el lector también tendrá que
puntos anatómicos pero, más importante aún, el familiarizarse con los términos utilizados para
conocimiento de la anatomía es esencial para facilitar describir la posición de una estructura, o parte de una
la búsqueda de las marcas de referencia y brindar un estructura, con relación a otra estructura, o a otra parte
apoyo teórico a las decisiones subjetivas necesarias del cuerpo. Esto es fundamental para tener una noción
para localizarlas. acabada de la naturaleza tridimensional del cuerpo
humano y para poder determinar con precisión los
Este capítulo está diseñado para introducir al lector en puntos específicos del cuerpo a los que hacen
el esqueleto humano ~ extender tal conocimiento al referencia anatomistas y antropometristas.
campo de la estructura muscular, de manera que el
lector tenga una idea básica de los dos sistemas que
más contribuyen a la forma natural o morfología del
cuerpo.

2. TERMINOLOGIA

Una característica extremadamente atractiva de


estudiar la anatomía es que la información básica no
cambia con el avance de la ciencia. Ciertamente,
pequeñas cantidades de nuevos conocimientos surgen
a la luz de vez en cuando, pero el gran porcentaje de
lo que uno aprende no va a cambiar en los próximos
100 años, de manera que uno necesita aprenderlo una
vez. El desafío es que la anatomía tiene un lenguaje
propio, y para lograr algún beneficio a partir de su
estudio, se deben aprender los términos anatómicos.
Sin embargo, una vez que se aprenden dichos
términos y se comprende su significado, el cuerpo
humano se vuelve no sólo estructuralmente familiar,
sino también funcionalmente obvio. Para facilitar este
proceso, los términos anatómicos que necesitan ser
memorizados están impresos y remarcados en
negrita. FIGURA 1. Los planos del cuerpo humano.

Casi todos los términos anatómicos modernos son La Figura 1 muestra un cuerpo humano en lo que se
derivados del latín y del griego (ya que esos fueron los denomina la “posición anatómica”. Esta se define
idiomas de los anatomistas precursores anatomistas como la posición del cuerpo vivo, parado en forma
más importantes). Sin embargo, aquellos lectores que
no tengan el beneficio de una educación clásica no
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

erecta, con los brazos a los costados y las palmas columna central del cuerpo son parte del esqueleto
hacia adelante (Basmajian, 1982). axial. Este está compuesto por:

[Todas las descripciones anatómicas de las partes del • los huesos del cráneo y el maxilar Inferior
cuerpo se refieren a esta posición, independientemente • las vértebras
de la posición que pueda tener el cuerpo, en un • las costillas y el esternón
momento determinado. Por ejemplo, la rodilla
anatómicamente es siempre inferior (por debajo) a la Los huesos del cráneo y del maxilar inferior, junto con
cadera, aún a pesar de que durante la fase de extensión las primeras siete vértebras (cervicales) constituyen la
total del brazo, estando en posición de parado, la región de cabeza y cuello del cuerpo. Las siguientes
rodilla esté funcionalmente por encima de la cadera]. doce vértebras (dorsales), junto con las costillas y el
esternón, constituyen el tórax. Por debajo de esta
El cuerpo puede dividirse a través de varios planos, región está el abdomen, cuyos componentes óseos
siendo los tres planos “standards” o típicos, los son las cinco vértebras lumbares. Las vértebras
siguientes: restantes se fusionan en dos grupos, las cinco
vértebras sacras forman el sacro, y las cuatro
• Plano sagital, el cual divide al cuerpo en partes vértebras coxigeas forman el coxis.
derecha e izquierda (cuando éstas son iguales, el
plano es el sagital medio). El término común de las extremidades del cuerpo es
• Plano coronal o frontal, el cual divide al cuerpo «brazos» y «piernas». Sin embargo, anatómicamente
en partes anterior y posterior. estas estructuras son referidas como extremidades;
• Plano transversal u horizontal, el cual divide al «brazo» y «pierna» tiene significados anatómicos más
cuerpo en partes superior e inferior. específicos, a los que nos referiremos posteriormente.

Estos planos se muestran en la Figura 1. En la Figura Cada extremidad superior consta de:
1 también aparecen muchos de los términos
anatómicos utilizados para describir la posición • clavícula y escápula, que forman casi la mitad del
relativa, y sus significados son obvios. Estos área pectoral
significados están confirmados en la Tabla 1, en • un hueso en el brazo - el húmero
donde se dan las definiciones. Como puede • dos huesos en el antebrazo - el radio y el cùbito
observarse, estos términos vienen en pares recíprocos.
• ocho huesos en la muñeca o carpo
Termino Definición • cinco huesos que componen la palma de la mano -
Superior Encima de metacarpo
Inferior Debajo de • catorce huesos en los dedos o falanges
Lateral Más lejos de la línea central
Cada extremidad inferior consta de:
Medial Más cera de la línea central
Anterior (o ventral) Hacia o en el frente
• un hueso innominado o hueso de la cadera, que
Posterior (o dorsal) Hacia atrás o detrás
forma la mitad de la zona pélvica
Proximal* Más cerca del punto de inserción en
el tronco • un hueso en el muslo - el fémur
Distal Más lejos del punto de inserción en • un hueso en la rodilla - la rótula
el tronco • dos huesos en la pierna - la tibia y el peroné
Superficial Más cerca de la superficie • siete huesos en la zona posterior del pie o tarso
Profundo Más lejos de la superficie • cinco huesos metatarsianos (que se corresponden
Ipsolateral En la misma cara o lado con los metacarpianos en la mano)
Contralateral En la cara o lado contrario • catorce falanges
TABLA 1. Términos anatómicos y definiciones
* Nota: “proximal” y ”distal” solamente se usan con relación a
las extremidades. Estos huesos se muestran en las Figuras 2 y 3. El
antropometrista necesita conocer sus nombres para
3. EL ESQUELETO prepararse para el aprendizaje del siguiente nivel - los
puntos o marcas anatómicas óseos. [Existen otros
Se puede considerar que el esqueleto tiene dos huesos más pequeños en el cuerpo, por ejemplo el
regiones. Se dice que los huesos que forman la osículo, encontrado en el oído interno, y muy

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pequeños huesos sesamoideos, encontrados en ciertos para el antropometrista (excepto cuando se mide el
tendones, pero éstos no son de mayor importancia ancho de pie de alguien con juanete)].

FIGURA 2. Esqueleto humano (vista anterior)

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FIGURA 3. Esqueleto humano (vista posterior)


3.1. La cabeza y el cuello

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La cabeza está compuesta por más de 20 huesos Dos puntos anatómicos son de importancia para el
individuales, cuyos nombres en su mayoría no son antropometrista. El margen óseo inferior de la órbita
cruciales para el antropometrista. Es suficiente ocular, conocido como orbital (Figura 4), es uno de
reconocer que existen dos áreas distintivas - el los puntos utilizados para asegurar que la cabeza esté
cráneo y los huesos de la cara; y debajo de la parte en el plano de Frankort, antes de medir la estatura. [El
facial del cráneo, el rnaximal inferior móvil, o otro punto utilizado para este fin, el trago, no es un
mandíbula. punto óseo].

Figura 4. Cabeza

Los puntos fácilmente palpables que sobresalen columna vertebral, en la parte posterior, por músculos
verticalmente hacia abajo por detrás de la parte (los romboides) más que por huesos.
inferior de cada oído son las llamadas apófisis
mastoides (Figura 4). Estos puntos son utilizados para La clavícula brinda un sostén para la articulación del
asegurar que la presión hacia arriba ejercida sobre el hombro lo cual no sólo sostiene el hombro separado
cráneo durante la medición dé la “altura en extensión de la caja torácica cuando se desea, sino que también
máxima” esté dirigida hacia los puntos correctos. La absorbe el impacto de la extremidad superior
cabeza está balanceada en la parte superior de la transmitiéndolo al tronco a través del esternón. La
columna vertebral, cuyas siete primeras vértebras, extremidad lateral de la clavícula se articula con la
las vértebras cervicales, constituyen el cuello. La cara ántero-medial del proceso acromial de la
primera y la segunda de estas vértebras, el atlas y el escápula, formando la articulación acromio-
axis respectivamente, están especialmente clavicular. La cápsula articular de esta articulación
modificadas para brindar una pequeña plataforma (el puede palparse fácilmente por debajo de la piel
atlas) para la cabeza y un pivot (el axis) sobre el cual manteniendo los dedos en contacto con la superficie
esa plataforma puede rotar. superior de la clavícula y moviéndolos lateralmente. A
veces, los antropometristas inexpertos identifican esta
3.2. Area pectoral o cintura escapular protuberancia como la cara externa del proceso
acromial en sí, lo que resulta en una identificación
Constituida principalmente por la clavícula (en latín errónea del punto acromial, y en una consecuente
significa “pequeña llave”) y por la escápula (en latín equivocación en la medición del largo del brazo.
significa “pala del hombro”) en cada lado del cuerpo,
la cintura escapular no es un círculo óseo completo. A La escápula forma el principal componente óseo
pesar de que las extremidades medias de las dos externo de la cintura escapular. Este hueso, que se
clavículas están unidas en la parte anterior al esternón, recuesta contra la cara posterior de la parte superior
los bordes medios de la escápula están unidos a la del tórax, es básicamente triangular, con el borde
superior externo significativamente modificado para

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proveer una mejor adhesión a los músculos y una formar el proceso acromial. La parte más superior
órbita plana con la cual el hueso del brazo, el húmero, del extremo lateral de este proceso es la ubicación
se articula (Figura 5). Su punto más inferior, el ángulo definida como el punto acromial. El punto acromial
inferior, puede palparse deslizando el pulgar hacia no es necesariamente fácil de ubicar, particularmente
arriba por la cara lateral de la espalda hasta que se cuando el sujeto es muy musculado o cuando tiene
encuentra el ángulo óseo de la escápula. Si es una gruesa capa de grasa subcutánea.
necesario, esta palpación puede hacerse más Sin embargo, si se desliza el pulgar suave, pero
fácilmente pidiéndole al sujeto que coloque el brazo firmemente, hacia arriba por la cara lateral del
por detrás de su espalda. músculo deltoides, el primer punto óseo que se
La espina o cresta escapular es mucho más encuentra debería ser el borde lateral del proceso
prominente lateralmente que medialmente, acromial.
elongándose su parte más lateral hacia adelante para

FIGURA 5. Escápula

3.3. El brazo tiene forma redonda. Esta parte, que se articula con la
concavidad de la cabeza del radio, es llamada
La paste de la extremidad superior entre la capitulum (deriva del latín que significa «pequeña
articulación del hombro y la articulación del codo es cabeza”). Hacia la parte medial, la extremidad del
conocida como brazo anatómico. Está compuesto por húmero tiene forma de polea. Esta parte, la tróclea
un solo hueso largo, el húmero, cuya cabeza se (en latín significa “polea’) se inserta en el hueco
articula proximalmente en la articulación del hombro troclear del cúbito. Dos prominencias se proyectan a
con la escápula. El extremo distal del húmero es de cada lado de la extremidad distal del húmero.
mayor interés para el antropometrista que el extremo Proyectándose medialmente, próximo a la tróclea está
proximal, debido a su mayor palpabilidad (Figura 6). el epicóndilo medial (también llamado epitroclea).
La forma especial que tiene este extremo del hueso Proyectándose lateralmente, próximo al capitulum
facilita su articulación con las extremidades está el epicóndilo lateral (o simplemente epicóndilo).
proximales de los dos huesos del antebrazo, el radio y
el cúbito. Lateralmente, esta extremidad del húmero

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FIGURA 6. Huesos del codo derecho (vista anterior)

3.4. El antebrazo

La parte de la extremidad superior entre la


articulación del codo y la articulación de la muñeca se
conoce como antebrazo anatómico. Está compuesto
por dos huesos largos, el radio (lateralmente), y el
cúbito (medialmente). Las extremidades proximales
del radio y del cúbito tienen una forma tal que se
complementan con el capitulurn y la tróclea del
húmero, respectivamente, (Figura 6). La forma
redonda del capitulum permite que la cabeza del radio
no sólo se deslice hacia atrás y hacia adelante a
medida que el codo se extiende y se flexiona, sino que
también rote sobre él cuando el radio rota sobre su eje
longitudinal durante la pronación y la supinación
(Figura 7). La parte más proxirnal y muy prominente
del cúbito es la apófisis olecraneana (Figura 3). Las
extremidades distales del radio y el cúbito tienen
apófisis distintivas que se proyectan distalmente sobre
sus caras lateral y medial, respectivamente (Figura 8).
Estas apófisis tienen ambas el mismo nombre -
apófisis estiloides - por lo cual, cuando se hace
referencia a alguna de ellas es necesario especificar a
qué hueso se refiere utilizando el nombre completo,
por ejemplo, “apófisis estiloides del cúbito”.

FIGURA 7. Supinación y pronación del antebrazo derecho.

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3. 5. La muñeca y la mano

Hay ocho huesos pequeños (carpianos) en la


muñeca, ubicados en dos filas irregulares de cuatro.
Si bien cada uno tiene su nombre, no es necesario que
el antropometrista novato los conozca. La fila
proximal se ubica parcialmente fuera de la mano (en
el área que la persona común llama “muñeca’). La fila
distal se ubica completamente dentro de (y forma) la
base de la mano. La palma ósea consta de cinco
huesos metacarpianos.

Cada uno de los cuatro dedos contiene tres falanges,


una proximal, una media, y una distal (o terminal).
El dedo pulgar sólo tiene dos falanges (proximal y
distal).

3.6. Las costillas y el esternón

Hay doce costillas en cada lado del tórax,


correspondientes a las doce vértebras dorsales. Cada
FIGURA 8. Huesos de la muñeca y mano derechas (vista una se curva lateralmente, y levemente hacia abajo, a
anterior) partir de cada vértebra, continuando hacia adelante,
luego medialmente para articularse con el esternón. La
parte ósea de cada costilla no llega al esternón, pero se
conecta a través del cartílago costal (la palabra en
latín para costilla es “costa”).

FIGURA 9. Costillas y esternón

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Las costillas uno a siete tienen su propio cartílago 3.7 Vértebras lumbares, sacro y coxis
costal que las conecta directamente con el esternón
(Figura 9). Por esta razón se las conoce como costillas Debajo de las vértebras dorsales, la columna continúa
“verdaderas”. Los cartílagos costales de las costillas con cinco vértebras lumbares. Estas vértebras son
ocho, nueve, y diez se conectan al esternón progresivamente más grandes, y más fuertes que las
indirectamente a través del cartílago de arriba. Por lo dorsales, y no tienen costillas adjuntas.
tanto a estas tres costillas se las denominan costillas Las cinco vértebras inmediatamente inferiores a la
“falsas”. Las costillas once y doce no se conectan para sección lumbar de la columna vertebral se fusionan en
nada con el esternón, y entonces se las conoce como una masa triangular sólida, el sacro (en latín significa
costillas “flotantes”. “sagrado”), y las últimas cuatro vértebras de la
columna también están fusionadas, y forman el coxis.
El esternón consta de tres partes. La parte superior se
denomina manubrio (deriva del latín, que significa 3.8. La cintura pelviana
“mango”), la parte media es el cuerpo, y la pequeña
parte inferior es la apófisis xifoidea (deriva del La cadera o hueso innominado, en cada lado del
Griego, que significa “como una espada”). Las cuerpo, consta de tres huesos fusionados entre sí. La
superficies superiores y laterales del manubrio gran placa con forma de abanico, en la parte superior,
realizan la muy importante conexión con las es el ilion. El hueso en el extremo inferior y posterior
extremidades mediales de las clavículas. Por es el isquión, y el hueso más pequeño, que sobresale
consiguiente el hueco superficial en la parte superior en el centro de la parte frontal e inferior, es el pubis
del manubrio es denominado inter-clavicular, o (Figura 10).El hueso púbico se une con su equivalente
también hueco supraesternal. El manubrio y el contralateral en la línea media, y los dos huesos
cuerpo se conectan en el ángulo esternal (también ilíacos se juntan posteriormente por el sacro para
conocido como Angulo de Louis) a través de una formar la cintura pelviana. Los tres huesos se fusionan
articulación móvil que permite que el cuerpo se en la región del acetábulo, cavidad ósea en la cual se
mueva levemente (hacia adelante y hacia atrás con ubica la cabeza del fémur. Se deben destacar las tres
relación al manubrio) durante los movimientos de marcas óseas de la cintura pelviana, todas en el ilión.
respiración. Por lo general, el ángulo es fácilmente Estas son:
palpable como una pequeña cresta horizontal u poco
más abajo del hueco supraesternal, y es útil poder • la cresta ilíaca
identificar su nivel ya que es aquí donde el cartílago • el tubérculo ilíaco
costal de la segunda costilla se articula con el • la espina ilíaca anterosuperior (Figura 10)
esternón.

FIGURA 10. Huesos de la región de la cadera


3.9. El muslo sobre la cara súpero-lateral es conocida como
trocánter mayor (Figura 10).
La parte de la extremidad inferior entre la articulación En su extremo distal, el fémur se ensancha y forma
de la cadera y la articulación de la rodilla es dos grandes bultos, o cóndilos (deriva del griego, que
denominada muslo anatómico. El único hueso largo significa “nudillos”) los cuales se articulan con los
en esta región es el fémur, cuya cabeza se articula con cóndilos correspondientes del mayor de los dos
el acetábulo del hueso de la cadera. huesos de la pierna, la tibia. Estos cóndilos son más
Debajo (y lateral) de la cabeza del fémur está el fácilmente vistos desde atrás. Las caras más laterales
cuello, y lateral al cuello, se encuentra un gran collar de cada cóndilo forman pequeñas protuberancias
de hueso. La gran protuberancia que éste provoca conocidas como epicóndilos (Figura 11).

FIGURA 11. Huesos de la rodilla derecha (vista anterior)

3.10. La pierna El peroné no participa de la articulación de la rodilla


en sí, más que aportando una inserción para uno de
La porción de la extremidad inferior entre la rodilla y sus ligamentos de apoyo, el ligamento lateral
el tobillo es denominada pierna anatómica. Contiene externo. Existe otro hueso significativo en esta
dos huesos largos, de tamaños desproporcionados. El región, la rótula (en latín significa “plato pequeño”).
mayor y medial es la tibia, y el más pequeño y lateral Este hueso se encuentra incrustado en el tendón del
es el peroné (Figuras 2 y 3). La extremidad proxirnal cuádriceps, justo por encima del nivel del espacio
de la tibia se expande en dos cóndilos tibiales (Figura articular de la rodilla. Como otros huesos que se
11). Estos se articulan con el fémur y soportan los desarrollan en los tendones, la rótula es clasificada
cóndilos del mismo. Por debajo de los cóndilos, en la como un hueso sesamoideo. Su función es tanto la de
cara anterior de la tibia se ubica una protuberancia brindar protección al tendón del cuádriceps cuando se
distintiva, la tuberosidad de la tibia, que es el punto desliza hacia atrás y hacia delante, sobre el frente de
de inserción del gran tendón del Cuádriceps la articulación de la rodilla, como la de incrementar
Femoral. sustancialmente (aproximadamente el doble) la
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cantidad de fuerza que el músculo puede ejercer al lateral, para formar un estribo combinado de hueso.
extender la pierna. Este se apoya en, y se articula con, el astrágalo, el
más superior de los siete huesos del tarso, para formar
El tobillo y el pie la articulación del tobillo. Esta extensión media de la
tibia es llamada maleolo medial. La correspondiente
En el extremo distal de la pierna, la tibia se extiende extensión del peroné se denomina maleolo lateral
en su cara media y el peroné se extiende en su cara (Figura 12).

FIGURA 12. Huesos de la rodilla derecha, pierna, y tobillo (vista posterior)

El pie es la plataforma crucial de todo el cuerpo la tibia y el peroné por arriba. Estos dos huesos se
durante la posición erecta y para la locomoción. La muestran en
mitad posterior del pie consta de siete huesos las Figuras 12 y 13. Distales (y anteriores) a los siete
distintivos, los huesos tarsianos. Se deben mencionar huesos tarsianos se encuentran los cinco
los nombres de los dos tarsianos posteriores, ya que metatarsianos, y distales a éstos, se ubican las
son los más grandes y juegan el rol más importante en catorce falanges (tres en cada dedo, excepto en el
el soporte del peso. Estos dos huesos son el astrágalo, dedo gordo).
que se apoya sobre la parte superior del calcáneo. El
astrágalo se articula con el calcáneo por debajo, y con

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

FIGURA 13. Huesos del pie (vista superior)

4. LOS MUSCULOS del grupo al cual pertenecen cubre más que


adecuadamente la necesidad del antropometrista.
Además de conocer todos los puntos, o referencias
óseas necesarias del cuerpo, el antropometrista A pesar de que los nombres pueden parecer extraños
debería estar familiarizado con los nombres y con la al principio, los músculos son denominados
ubicación de los principales músculos superficiales y lógicamente (ya sea del Latín o del Griego) sobre la
grupos musculares, ya que éstos, junto con la piel y la base de una o más características, tal como la
grasa subcutánea, contribuyen tanto como el esqueleto posición, forma, o acción. Esto puede ser muy útil
en la determinación del tamaño y la forma. para recordar donde está el músculo y que función
cumple. De la misma manera que los huesos, los
Algunos músculos son lo suficientemente grandes o músculos muestran una simetría bilateral en el cuerpo.
distintivos para garantizar su mención. Otros no En las Figuras 14 y 15 se muestra la ubicación de los
necesitan ser identificados individualmente; el nombre músculos o grupos discutidos.

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FIGURA 14. Músculos superficiales (vista anterior)

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FIGURA 15. Músculos superficiales (vista posterior)

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4.1. Músculos de la cabeza y del cuello Las columnas sólidas de músculos que se ubican a
cada lado de la columna vertebral son llamadas en
Si bien la cabeza y el cuello tienen muchos músculos, forma colectiva grupo de estabilizadores de la
que varían desde los que intervienen en la masticación columna o espinales (por su acción combinada). El
hasta los que intervienen en la expresión, sólo dos gran músculo plano que se esparce desde la parte
músculos son importantes para el antropometrista. El inferior de la columna alrededor del tórax, justo por
primero, el Trapecio, se encuentra en la parte debajo de la axila, hasta la parte media del brazo, es el
posterior del cuello y en la parte superior media de la Dorsal Ancho. Cuanto mayor es su desarrollo, más
columna. Se lo denomina así porque junto con su notablemente se evidenciará la forma de y del torso.
homónimo contralateral, forma un trapecio. Es el
músculo que da la forma a la pendiente del hombro. 4.7. Músculos abdominales
El segundo, el Esternocleidomastoideo (comúnmente
referido como “esternomastoideo”) se ubica en la El grupo abdominal forma las paredes del abdomen
parte lateral del cuello, y en gran medida, su tamaño en la mayor parte de su circunferencia.
determina el ancho del cuello. Este músculo es un
buen ejemplo del nombre que describe la posición, ya Los dos músculos más superficiales de este grupo (de
que cada parte del nombre hace referencia a los tres los cuatro que lo integran) son el Oblicuo Externo, en
huesos (esternón y clavícula por debajo, y apófisis la parte lateral, y el Recto Abdominal, que corre
mastoidea por arriba) entre los cuales el músculo está verticalmente a cada lado del plano medio sagital,
insertado. entre la caja torácica y el pubis.

4.2. Músculos del hombro 4.8. Músculos posteriores de la cadera

El músculo superficial bastante obvio en el hombro es El grupo de los glúteos aporta el gran relieve
el Deltoides. Este va de la cara externa de la clavícula, muscular que forma las nalgas. El músculo más
acromion, borde posterior de la espina de la escápula, grande de este grupo, y el más superficial
a la cara lateral del húmero, y se inserta en la mitad posteriormente, es el Glúteo Mayor.
inferior del húmero. Forma la masa del hombro.
Sin embargo, un miembro del grupo muscular de los
4.3. Músculos del brazo glúteos, el Tensor de la Fascia Lata, se ubica más
lateral con relación a la cadera que posterior a ella.
En la cara anterior del brazo, se encuentra uno de los Este músculo, con frecuencia, es muy prominente en
músculos más conocidos del cuerpo, el Bíceps deportistas que practican disciplinas que involucran
Braquial (músculo dividido en dos vientres), grandes cantidades de carrera y saltos.
comúnmente llamado “bíceps”. En la cara posterior se
ubica el Tríceps Braquial. 4.9. Músculos del muslo

4.4. Músculos del antebrazo Los músculos del muslo están agrupados
convenientemente en tres grupos, uno situado
El grupo muscular que constituye el relieve del anteriormente, uno medial, y otro posteriormente.
antebrazo medio es el grupo de los flexores del
antebrazo, mientras que la masa lateral del antebrazo El grupo anterior está formado por el Cuádriceps
está compuesta por el grupo de los extensores del Femoral (denominado así por sus cuatro partes y
antebrazo. comúnmente llamado “cuádriceps”). El relieve del
grupo medio está compuesto por los aductores; y el
4.5. Músculos del tórax grupo posterior está formado por los isquiotibiales.

La masa muscular prominente (al menos en la 4.10. Músculos de la pierna


mayoría de los hombres adultos) que se encuentra a
cada costado de la palle superior del tronco es el La pierna tiene cuatro grupos musculares distintivos,
grupo pectoral. El más superficial y el más grande de tres de los cuales son superficiales y distinguibles. En
los dos músculos, en este grupo, es el Pectoral la cara ántero-lateral de la tibia se encuentra el grupo
Mayor. de flexores dorsales, que toma su nombre a partir de
la acción de este grupo en la articulación del tobillo.
4.6. Músculos de la espalda En la cara lateral del peroné se encuentra el grupo
peroneo (peroné en latín significa “alfiler largo”).
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Posteriormente a ambos huesos, se ubica el grupo 5. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


profundo de los flexores de la planta (sóleo) y el
grupo superficial de los flexores de la planta, de los Basmajian, J.V. (1982).
cuales solo este último se puede palpar. EL músculo Primary anatomy.
más superficial del grupo superficial de los flexores de Baltimore: Williams & Wilkins.
la planta es el Gemelo.

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CAPÍTULO 2

TECNICAS DE MEDICION EN ANTROPOMETRIA


Kevin Norton, Nancy Whittingham, Lindsay Carter, Deborah Kerr, Christopher Gore, y Michael
Marfell-Jones

1. INTRODUCCION Estos incluyen el somatotipo; el fraccionamiento de la


masa corporal en componentes óseo, muscular, graso,
La antropometría, como cualquier otra área de la y residual; estimaciones de proporcionalidad;
ciencia, depende de la adhesión a reglas particulares predicción de la densidad corporal (y
de medición determinadas por cuerpos normativos consecuentemente el porcentaje de grasa corporal)
nacionales e internacionales. El cuerpo normativo utilizando diversas ecuaciones de regresión; y
antropométrico internacional adoptado para el transformación de los datos en percentiles específicos
propósito de este libro de texto es la Sociedad para la edad y el sexo, para Sitios individuales;
Internacional para el Avance de la Cineantropometría obesidad total y “rankings” o clasificaciones de masa
(International Society for Advancement in proporcional; así como otros índices tales como el
Kinanthropometry, ISAK). Los sitios antropométricos cociente cintura-cadera, sumatoria de pliegues
y las descripciones en este libro están basados en los cutáneos, y perímetros corregidos por los pliegues
textos de Ross y Marfell-Jones (1991) y están cutáneos.
respaldados por la ISAK. Las razones principales para
utilizar los lineamientos de ISAK se deben a que este Existen varias razones por las cuales se miden las
grupo es verdaderamente internacional y ha trabajado dimensiones corporales. Algunas de estas razones se
durante muchos años para formular recomendaciones discuten en la Sección 3. Si bien siempre existirá la
para la evaluación antropométrica de deportistas ocasión de que sean necesarias mediciones
específicamente, pero con un espectro para antropométricas específicas y quizás inusuales, existe
aplicaciones más amplias sobre la población general. una sola “esencia” de sitios corporales, los cuales por
En Australia, estos lineamientos han sido respaldados lo general son incluidos en el perfil antropométrico de
tanto por el Laboratorio de Esquemas de Asistencia de una persona. La adopción de un perfil y metodología
Standards (LSAS) de la Comisión de Deportes de standard permite que se realicen comparaciones en el
Australia (ASC), así como por la Asociación ámbito local, nacional, e internacional, entre muestras
Australiana para las Ciencias del Deporte y el grupales. En el texto siguiente se presenta esta
Ejercicio (AAESS). “esencia” de sitios de medición.

Este capítulo introduce al estudiante en las distintas


técnicas necesarias para obtener un perfil 2. EL SUJETO
antropométrico total de una persona. El procedimiento
debería llevarle a un antropometrista experimentado Los sujetos deben estar informados sobre qué
aproximadamente 25 minutos, mientras que una mediciones se llevaran a cabo, y deberán completar un
persona sin experiencia podría tardar una hora o más formulario de consentimiento como parte de los pasos
para completar la tarea. preliminares del protocolo experimental. A lo largo de
la sesión de marcación y medición, el sujeto se
Los sitios de medición incluidos son aquellos que mantiene de pie en forma relajada, con los brazos
rutinariamente se toman en los deportistas con el fin cómodos a los costados, y los pies levemente
de monitoreo y control, tanto en el laboratorio como separados. Algunas mediciones requieren que el
en el campo. También están incluidos sitios que, se sujeto se pare con los pies juntos. Estas se identifican
sabe, son predictores del estado de salud en la en el punto 5, “El perfil antropométrico”. El evaluador
población general. Una vez finalizada la medición de debería poder moverse fácilmente alrededor del sujeto
estos sitios antropométricos, el practicante puede y manipular el equipo. Esto se facilitará dejando el
utilizar distintas herramientas usando diversos espacio adecuado para estos procedimientos de
métodos de cómputos para el análisis de los datos, medición. Para que las mediciones se realicen lo más
algunos de los cuales se presentan en la Sección 2. rápido y eficientemente posible, se les debería pedir a
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

los sujetos que se presenten con la mínima cantidad de espacio en blanco de al menos 3 cm antes de la línea
ropa. Los trajes de baño (de dos piezas para las de registro del cero. Además de medir los perímetros,
mujeres) son ideales para facilitar el acceso a todos la cinta antropométrica también es necesaria para
los sitios de medición y, por lo tanto, la sala de ubicar en forma precisa distintos sitios de pliegues
medición debería estar a una temperatura confortable cutáneos, y marcar las distancias desde los puntos o
para el sujeto. referencias anatómicas óseas. La cinta debe
permanecer dentro de un estuche o caja con sistema
de retracción automática.
3. RECOLECCION DE DATOS

En la medida de lo posible se debería utilizar un


asistente para que ayude al evaluador a anotar los
datos. Es ideal que el ayudante conozca las técnicas de
medición, ya que será capaz de verificar la precisión
de la ubicación del sitio y de asegurar la secuencia
correcta de los sitios de medición. A pesar de la
cuidadosa atención en el seguimiento de las
normativas, aún existe la posibilidad de que se
cometan errores en el registro de los datos. Esto
podría ocurrir debido a una mala pronunciación por
parte del evaluador, por alguna falta de atención del
ayudante, o por la falla del ayudante en seguir los
pasos estipulados para eliminar tales errores. FIGURA 1. Cintas antropométricas
Idealmente, la recolección de datos debería incluir un
evaluador y un ayudante para minimizar los errores de Estadiómetro
medición, pero en los grandes estudios se puede
utilizar un equipo de antropometristas para que la Este es el instrumento utilizado para medir la estatura
recolección de datos sea más expeditiva. y la altura sentado. Por lo general está fijo a una
pared, de manera que los sujetos puedan alinearse
Se debe recordar que el evaluador y el ayudante (o verticalmente en la forma adecuada. Tiene una pieza
anotador) trabajan en equipo, y es la responsabilidad deslizante que se baja hasta el vértex de la cabeza. Se
del anotador ayudar al evaluador cuando sea recomienda que esta pieza se construya con algún
necesario. El anotador repite el valor que está dispositivo de traba o freno.
registrando, permitiendo entonces al evaluador hacer
un control inmediato. En algunos casos las mediciones Balanzas
pueden repetirse, y hasta tomarse por tercera vez. En
el primer caso se utiliza el valor promedio. En el El instrumento tradicional de elección es una balanza
segundo caso, se utiliza la mediana para el análisis de con pesas, y con precisión lo más cercana a los 100 gr.
datos. En situaciones de campo, se han utilizado balanzas
con resorte con una precisión lo más cercana a los 500
gr. Sin embargo, el uso de balanzas electrónicas se
4. EQUIPO ANTROPOMETRICO está volviendo más generalizado, y la precisión de
algunas de estas balanzas es igual o mayor que las de
Los siguientes elementos de equipamiento son las pesas, suponiendo que la calibración se mantiene por
herramientas esenciales para el antropometrista. igual en ambas máquinas. Por ejemplo, ahora se
consiguen balanzas digitales de baño, relativamente
Cintas Antropométricas baratas, que incorporan una célula de carga como
Para los perímetros se recomienda una cinta de acero censor (por ej., las balanzas AND-Mercury). Estas se
flexible calibrada en centímetros, con gradaciones en pueden transportar fácilmente y pueden, por lo tanto,
milímetros. La cinta Lufkin (W606PM) es la cinta utilizarse en el laboratorio y en el campo. La precisión
metálica de preferencia. Si se utilizan cintas de fibra de estos instrumentos está dentro de los 50 gr. Pesos
de vidrio será necesario calibrarlas periódicamente de calibración, certificados por algún departamento
contra una cinta de acero, ya que estas cintas no gubernamental de pesos y mediciones y que totalicen
metálicas se pueden estirar con el tiempo. Si se utiliza al menos 120 Kg., son necesarios como equipamiento
cualquier otro tipo de cinta, ésta debería ser no standard.
extensible, flexible, no más ancha de 7 mm, y tener un

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

FIGURA 3. Calibre Harpenden para la medición de pliegues


cutáneos

Antropómetro

El antropómetro Siher-Hegner GPM con placa de pie


es el instrumento de elección, aunque es relativamente
caro. Este instrumento es utilizado para medir las
alturas verticales entre puntos o referencias
anatómicas específicas en el sujeto y el piso o la
superficie en donde se asienta. Las estimaciones de las
longitudes segmentarias utilizando las diferencias
entre pares de alturas son llamadas longitudes
segmentarias proyectadas. Por ejemplo, la longitud
FIGURA 2. Estadiómetro amurado en la pared y caja acromial-radial puede obtenerse por sustracción:
antropométrica. altura acromial menos altura radial. Técnicas más
recientes permiten la medición directa de las
Calibres para la medición de pliegues cutáneos longitudes segmentarias utilizando un segmómetro, tal
como se describe más adelante. El segmento superior
ISAK ha utilizado como instrumento de criterio o del antropómetro Siber-Hegner GPM es referido como
referencia los calibres Harpenden. Los fabricantes de calibre deslizante grande. Se utiliza para medir
estos calibres reportan una compresión de 10 gr/mm 2 longitudes segmentarias directas (por ej., radial-
en los nuevos calibres (ver Capitulo 4). Tienen un estiloidea), grandes diámetros óseos (por ej.,
rango hasta aproximadamente 50 mm, en divisiones biacromial), y diámetros no óseos (por ej.,
de 0.2 mm, pero podría interpolarse de manera precisa bideltoides).
hasta lo más cercano a 0.1 mm. Como una alternativa
se podrían utilizar los calibres Slim Guide. Son
altamente confiables, tienen la misma capacidad de
compresión que los Harpenden y producen lecturas
casi idénticas (Anderson & Ross, 1986; Schmidt &
Carter, 1990; ver Capítulo 4). Sin embargo, necesitan
alguna adaptación en cuanto al posicionamiento y al
manejo. Tienen un rango hasta 80 mm, lo cual podría
ser una ventaja cuando se evalúan poblaciones no
deportivas, aunque no tienen la resolución de los
calibres Harpenden ya que las mediciones se pueden
leer lo más cercano a 0.5 mm. Se debería destacar que
la utilización de los datos de pliegues cutáneos a F1GURA 4. Antropómetro Siber-Hegner GPM
cualquier ecuación de regresión (ver Capítulo 7 )
debería tomarse con precaución silos calibres Segmómetro
utilizados son diferentes al tipo descripto en el trabajo
original. Este instrumento está fabricado a partir de una cinta
de acero de carpintero que tiene adheridas dos ramas
rectas de aproximadamente 7 cm de longitud cada
una. Se utiliza para medir longitudes segmentarias

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

directamente. Algunas alturas (ileoespinal y Calibres deslizantes pequeños


trocantérea) que pueden medirse desde referencias o
puntos anatómicos en el sujeto hasta la caja Estos calibres son utilizados para los diámetros del
antropométrica (por lo que, luego, la altura de la caja húmero y del fémur. El calibre Mitutoyo adaptado es
es sumada a esta altura) también pueden medirse el instrumento ideal para estas mediciones. Son
utilizando un segmómetro. El segmómetro está calibres Vernier de ingeniería a los cuales se les ha
diseñado para ser utilizado en reemplazo del agregado ramas más largas, las cuales posibilitan
antropómetro (Carr, Balde, Repel & Ross, 1993), si abarcar el diámetro biepicondilar del fémur y del
bien no es adecuado para medir grandes diámetros húmero, y son altamente precisos (resolución de 0.1
óseos. mm). Otros calibres alternativos son los calibres óseos
Harpenden, o el calibre deslizante grande que es parte
del antropómetro Siher-Hegner, aunque utilizando
este equipo existe una mayor posibilidad de pérdida
de resolución. Los calibres óseos Harpenden son
fáciles de utilizar pero la escala de medición puede ser
menos confiable que la del Mitutoyo, especialmente si
las ramas se aflojan. El calibre Siher-Hegner es más
FIGURA 5. Segmómetro (la foto es cortesía del Dr. Tim Ackland) incómodo de manejar en diámetros relativamente
pequeños, deslizantes tales como los diámetros
Calibres deslizantes grandes biepicondilares, y carece de la necesaria resolución
para estas mediciones óseas.
Por lo general este instrumento es el segmento
superior del antropómetro. Viene con dos ramas rectas
que permiten las mediciones de grandes diámetros
óseos como los diámetros bileocrestídeo y biacromial.
Estas ramas están adheridas a una regla rígida de
metal, lo cual es importante ya que se debe ejercer una
presión considerable cuando se miden estas
dimensiones óseas. Se debería verificar la distancia
entre las ramas para asegurar que ha sido diseñado y
armado correctamente.

FIGURA 7. Calibres (óseos) deslizantes pequeños

Calibres de ramas curvas

Para la medición del diámetro ántero-posterior del


tórax es necesario este instrumento, el que tiene dos
brazos o ramas curvas. Esto permite que las mismas se
coloquen por encima del hombro para localizar los
puntos anatómicos correctos. Antropómetros, como el
Siher-Hegner GPM y el Harpenden, pueden adquirirse
con ramas rectas y curvas intercambiables.
FIGURA 6. Calibres deslizantes grandes

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5. EL PERFIL ANTROPOMETRICO

Existen dos ‘perfiles’ generales comúnmente


utilizados para la evaluación antropométrica, los
perfiles denominados restringido y total. Ambos
pueden registrarse en la misma proforma (Figura 10).
La parte superior de la proforma incluye una sección
en donde se completa la información demográfica.
Esta incluye un número de identificación del test y del
evaluador, nombre del evaluado, deporte u ocupación,
fecha de nacimiento y del test, código posterior del
sujeto (para futuros análisis geográficos), sexo, y país
de nacimiento. También tiene un lugar para colocar la
altura de la caja antropométrica (si se utiliza), así
como un casillero para registrar los niveles de
ejercicio físico. La información sobre los patrones de
FIGURA 8. Calibres de ramas curvas ejercicio comprende un resumen de la actividad
regular durante los últimos doce meses. Las primeras
Caja antropométrica dos mediciones que se toman en el perfil
antropométrico, es decir, el peso y la estatura, también
Esta caja (cubo) debería tener dimensiones con deberían anotarse en la parte superior de la proforrna.
longitudes, de todos los lados, de aproximadamente A lo largo de este capítulo los sitios antropométricos
40 cm. Debería conocerse con exactitud la altura real son numerados de modo que corresponden al número
de la caja utilizada en cualquier laboratorio. Es de identificación en la proforma. Los 16 números de
necesario realizar un corte en una de las caras de la identificación sombreados en la proforrna
caja para permitir que los pies del sujeto se coloquen corresponden a variables incluidas en el perfil
por debajo de la caja durante la medición de la altura antropométrico restringido. Las otras 22 variables son
ileoespinal y trocantérea, utilizando un segmómetro. las requeridas para completar el perfil antropométrico
En estos casos, a la altura medida desde la caja a la total. Se pueden agregar variables específicas a algún
referencia anatómica se le suma la altura de la caja. deporte o población en especial.
Esto representa la verdadera altura desde el suelo, y
resguarda la columna del antropometrista que no Perfil antropométrico restringido
necesita inclinarse hasta el suelo, sino solamente hasta
el borde superior de la caja. La caja también es útil Además de la estatura y el peso, para este perfil
cuando se miden otras longitudes y diámetros en restringido se necesitan medir los siguientes items,
donde el sujeto necesita estar sentado (en la caja). nueve pliegues cutáneos, cinco perímetros, y dos
diámetros:

PLIEGUES CUTÁNEOS PERÍMETROS DIAMETROS


Tríceps Abdominales Brazo (relajado Húmero
Subescapular Muslo (frontal) Brazo Fémur
(flexionado)
Bíceps Pantorrilla Cintura
medial (mínima)
Cresta iliaca Axila medial Glúteos
(cadera)
Supraespinal Pantorrilla
(máximo)
TABLA 1. Sitios de mediciones incluidos en el perfil restringido

Para una mayor eficiencia del perfil, estos sitios serán


identificados en este capítulo con el símbolo ® Las
referencias anatómicas necesarias para la ubicación
exacta de estos sitios también están identificados con
FIGURA 9. Caja antropométrica con una sección recortada
este símbolo ®.. La medición de estos sitios (junto
con la estatura y el peso), permitirá que se realicen los

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

cálculos necesarios para obtener el somatotipo, la del área de la superficie corporal, índice de masa
grasa corporal relativa (utilizando un número corporal (body mass índex), cociente cintura-cadera,
restringido de ecuaciones de predicción), índices del patrones de distribución de grasas, y perímetros
área de superficie corporal, índice de masa corporal corregidos por los pliegues cutáneos. El perfil total o
(IMC o BMI), cociente cintura/cadera, patrones de completo también permite estimar las masas ósea,
distribución de grasas, y perímetros corregidos por los muscular, grasa, y residual utilizando la técnica de
pliegues cutáneos. También pueden realizarse otras fraccionamiento de las masas corporales (Drinkwater
comparaciones como estimaciones de la obesidad y & Ross, 1980; Kerr, 1988). Debido a que están
rankings proporcionales de peso, en relación a otras incluidas las longitudes segmentarías, se pueden
poblaciones de interés. realizar análisis de proporcionalidad. También se
pueden llevar a cabo otras comparaciones como
Perfil antropométrico total estimaciones de la obesidad y rankings de
proporcionalidad del peso en relación a otras
Además de la estatura y el peso corporal, el perfil poblaciones de interés. En este capítulo también se
antropométrico total o completo incluye la medición describen otros sitios antropométricos específicos para
de nueve pliegues cutáneos, trece perímetros, y otros deportes. Los mismos se incluyen ya que
dieciséis longitudes y diámetros: frecuentemente son utilizados para realizar
comparaciones entre poblaciones deportivas
PLIEGUES CUTÁNEOS LONGITUDES/ DIAMETROS específicas (por ejemplo, la envergadura de brazos en
PERIMETROS ALTURAS los nadadores).
Tríceps Cabeza Acromial-radial Biacromial
Subescapular Cuello Radial-estiloidea Bi-iliocrestídeo 5.1. Estatura
Bíceps Brazo Medioestiloidea- Transverso del
(relajado) dactiloidea tórax Existen tres técnicas generales para medir la estatura
Cresta iliaca Brazo Ileoespinal hasta Antero (o talla): parado libre, altura en extensión máxima, y
(flexionado) el piso posterior del reclinado. Esta última podría utilizarse para niños de
tórax
hasta 2-3 años o adultos imposibilitados de pararse,
Supraespinal Antebrazo Trocantéra hasta húmero pero no será considerada en estas páginas. Los otros
abdominal (máximo) el piso
dos métodos dan valores levemente diferentes.
Muslo Muñeca Trocantéra-tibial fémur
(frontal) (estiloides lateral
También debe recordarse que hay variación durante el
destal) día. Por lo general, los sujetos son más altos en la
Pantorrilla Tórax Tibial lateral mañana y más bajos en el atardecer. Es común
medial (mesoesternal) hasta el piso observar una reducción en la altura de casi el 1 0/o
Axila medial Cintura Tibial medial- durante el transcurso del día (Reilly, Tyrrell & Troup,
mínima maleolar medial 1984; Wilby, Linge, Reilly & Troup, 1985). Si se van
Glúteos Longitud del pie a realizar mediciones reiteradas es conveniente
(cadera) tomarlas a la misma hora del día en que se hizo la
Muslo (1 cm Altura sentado evaluación original.
del glúteo
Muslo (med Equipamiento
troc-tib-lat)
Pantorrilla En el laboratorio se debería montar un estadiómetro
(máxima)
contra una pared y utilizarse junto con una escuadra
Tobillo móvil en ángulo recto, de al menos 6 cm de ancho, la
(mínimo)
cual pueda ser colocada firmemente sobre la cabeza
TABLA 2. Sitios incluidos en el perfil completo
del sujeto mientras se fija al estadiómetro. La
La medición de estos sitios (además de la estatura y el superficie del piso debe ser dura y estar nivelada.
peso corporal) permitirá que se realicen los cálculos
del somatotipo, la grasa corporal relativa (utilizando
un gran número de ecuaciones de regresión), índices

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PROFORMA DE ANTROPOMETRÍA
Nro.Test: ........................................................... Lab: ID del evaluador: ............................................
Nombre: ............................................................ Deporte: ..................................................................
Fecha de nacim.: ...............................................
Fecha de evaluación: ......................................... Intensidad Frecuencia Duración
Código posterior del sujeto: ..............................
Muy baja #2 <3
Sexo: M F
Caminata >3 3-12
País de nacimiento: ............................................
Intensa > 12
Altura de la caja: ................................................
Peso (Kg): .....................Talla (cm):...................
Nro. Sitio Medic. 1 Medic. 2 Medic. 3 Mediana
PLIEGUES 1 Tríceps
CUTÁNEOS 2 Subescapular
(mm) 3 Bíceps
4 Cresta ilíaca
5 Supraespinal
6 Abdominal
7 Muslo (frontal)
8 Pantorrilla medial
9 Axila medial
PERÍMETROS 10 Cabeza
(cm) 11 Cuello
12 Brazo (relajado)
13 Brazo (flexionado en tensión)
14 Antebrazo (máximo)
15 Muñeca (estiloides distal)
16 Tórax (mesoesternal)
17 Cintura (mínima)
18 Glúteos (cadera, max.)
19 Muslo (1 cm. del glúteo)
20 Muslo (medial tro-tib-lat)
21 Pantorrilla (máximo)
22 Tobillo (mínimo)
LONGITUDES 23 Acromial-radial
(cm) 24 Radial-estiloidea
25 Medioestiloidea-dactiloidea
26 Altura ilioespinal
27 Altura trocantérea
28 Trocantérea-tibial lateral
29 Tibial lateral hasta el piso
30 Tibial medial-maleolar medial
DIÁMETROS 31 Biacromial
LONGITUDES 32 Biiliocrestídeo
(cm) 33 Longitud del pie
34 Talla sentado
35 Tórax transverso
36 Tórax antero-post.
37 Húmero
38 Fémur
SITIOS 39
DEPORTIVOS 40
ESPECIFICOS 41
42
FIGURA 10. Pro forma antropométrica standard
El estadiómetro debería tener un rango mínimo de
medición de 60 cm a 210 cm. La precisión de
medición necesaria es de 0.1 cm. Debería controlarse
periódicamente contra una altura standard como el
antropómetro Siber-Hegner. En el campo, cuando no
es posible contar con un estadiómetro, se podría
utilizar una cinta para perímetros fijada a una pared,
controlando la altura y que esté posicionada
verticalmente, en conjunción con una tabla a 90
grados, como un cuadrado grande de carpintero.
Como “último recurso” se podría utilizar un pedazo de
papel pegado a una pared para identificar la altura,
usando un cartón en la cabeza. La evaluación de la
altura puede llevarse a cabo utilizando una cinta de
acero. Este método no es aceptable en el laboratorio.

Metodología

La técnica para registrar la altura en extensión


máxima requiere que el sujeto se pare con los pies y
los talones juntos, la cara posterior de los glúteos y la
parte superior de la espalda apoyada en el
estadiómetro. Cuando la cabeza se ubica en el plano
de Frankfort no necesita estar tocando el estadiómetro.
El plano de Frankfort se logra cuando el arco orbital
(margen inferior de la órbita ocular) está alineado
horizontalmente con el trago (protuberancia
cartilaginosa superior de la oreja). Cuando está FIGURA 11. La cabeza en el plano de Frankfort
alineado, el vértex es el punto más alto del cráneo
como lo muestra la Figura 11. Equipamiento

El evaluador coloca las manos debajo de la mandíbula El instrumento de elección es una balanza con pesas o
del sujeto con los dedos tomando los procesos balanzas electrónicas portátiles que incorporan una
mastoideos. Se le pide al sujeto que respire hondo y célula de carga. Ambas deben tener una precisión
que mantenga la respiración, y mientras se mantiene dentro de los 100 gr.
la cabeza en el plano de Frankfort, el evaluador aplica
una suave tracción hacia arriba a través de los Método
procesos mastoideos. El anotador coloca la pieza
triangular en escuadra firmemente sobre el vértex, El peso desnudo puede medirse pesando primero la
apretando el cabello lo mas que se pueda. El anotador ropa que se usará durante la evaluación, restándolo
ayuda además a observar que los pies se mantengan luego del peso total. Por lo general, el peso con ropa
en posición y que la cabeza siga estando en el plano mínima es lo suficientemente preciso. Controlar que la
de Frankfort. La medición se toma al final de una balanza esté en el registro cero; luego el sujeto se para
respiración profunda. en el centro de la misma sin apoyo y con el peso
distribuido en forma pareja entre ambos pies. La
5.2. Peso corporal cabeza deberá estar elevada y los ojos mirando
directamente hacia adelante.
El peso corporal muestra una variación diurna de
aproximadamente 1 kg en los niños y 2 kg en los 5.3. Marcas o referencias anatómicas (ver
adultos (Sumner & Whitacre, 1931). Los valores más Figura 12)
estables son los que se obtienen regularmente en la
mañana, doce horas después cíe haber ingerido Las referencias anatómicas son puntos esqueléticos
alimentos y luego del vaciado urinario. Ya que no identificables que, por lo general, están cerca de la
siempre es posible estandarizar el tiempo de superficie corporal y que son los “marcadores” que
evaluación, podría ser importante registrar la hora del identifican la ubicación exacta del sitio de medición, o
día en la cual se realiza la medición. a partir del cual se localiza un sitio de tejido blando,
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

por ejemplo, el pliegue subescapular y el perímetro de superior del borde, que se juzga que está en la
brazo. Todas las marcas se encuentran a través del posición deltoidea media cuando se lo observa desde
tacto. Para la comodidad del sujeto, las uñas de los el costado.
dedos del evaluador deberían mantenerse cortas.
Radial ®
La marca es identificada con el pulgar o el dedo
índice. Se retira el dedo del punto para evitar Definición:
cualquier deformación de la piel, luego se trata de
reubicar, y se marca el punto con un lápiz de fibra fino El punto en el borde proximal y lateral de la cabeza
o con una lapicera dermográfica. El sitio es marcado del radio.
directamente sobre el punto. Luego la marca es
chequeada nuevamente para asegurarse que no haya Ubicación:
habido desplazamiento de la piel con relación al hueso
subyacente. Palpar hacia abajo en la cavidad lateral del codo
derecho. Debería poderse sentir el espacio entre el
Las marcas anatómicas aquí descriptas son las cóndilo del húmero y la cabeza del radio. La leve
necesarias para los sitios de medición incluidos en rotación del antebrazo se percibe como la rotación de
este capítulo. Todas las marcas son identificadas antes la cabeza del radio.
de realizar cualquier medición. El orden de su
identificación es como se enumera aquí. Estos sitios Punto medio acromial-radial ®
representan sólo una pequeña porción del número
potencialmente infinito de sitios que existen sobre la Definición:
superficie corporal. Se los incluye ya que son las
marcas típicamente referidas cuando se hace el perfil Es el punto equidistante entre las marcas acromial y
morfológico de los individuos y son consistentes con radial.
las recomendaciones del grupo de trabajo de ISAK
que se ocupa de la Estandarización de Mediciones e Ubicación:
Instrumentación, y respaldadas por el Laboratorio de
Esquemas de Asistencia de Standards (LSAS) de la Medir la distancia lineal entre la marca acromial y la
Comisión de Deportes de Australia. Sin embargo, marca radial con el brazo relajado y extendido al
debería destacarse que hay otros sitios que son costado. Realizar una pequeña marca horizontal al
frecuentemente necesarios para los análisis nivel del punto medio entre estas dos marcas.
ergonómicos, para los estudios de crecimiento y Prolongar esta marca alrededor de las caras posterior y
desarrollo en los niños, y para poblaciones deportivas anterior del brazo, en una línea horizontal. Esto es
específicas. [Nota: Las marcas esenciales para el perfil necesario para ubicar los sitios para la medición de los
restringido son identificadas con el símbolo ®l. pliegues del tríceps y bíceps. Cuando se marcan los
sitios para los pliegues de tríceps y bíceps el sujeto
Acromial ® debe colocarse en posición anatómica. El pliegue del
tríceps se toma en la parte más posterior del tríceps y
Definición: el del bíceps en la parte más anterior del bíceps
cuando se ve de costado (sobre el nivel medio
Es el punto en el borde superior y lateral del proceso marcado entre las marcas acromial y radial).
acromial, en la mitad entre los bordes anterior y
posterior del músculo deltoides, cuando se lo ve desde Estiloideo
el lateral.
Definición:
Ubicación:
Es el punto más distal sobre el margen lateral de la
Parado por detrás y del costado derecho del sujeto, el cabeza inferior del radio (proceso estiloideo del
evaluador palpa a lo largo de la espina del omóplato radio).
hasta la parte lateral del acromion. Este representa el
comienzo del borde lateral, el cual normalmente corre Ubicación:
hacia adelante, levemente superior y medialmente.
Presionar con la cara plana de un lápiz en la cara Con la uña del pulgar, el antropometrista palpa el
lateral del acromion para confirmar la ubicación del espacio triangular identificado por los tendones
borde. La marca es el punto en la parte más lateral y

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musculares de la muñeca, inmediatamente por encima un control final de esta marca; con la mano al costado
del pulgar. Este sitio también es denominado en la posición funcional.
“tabaquera anatómica”. Una vez identificada la
tabaquera, palpar el espacio entre él radio distal y la Mesoesternal
cara más proxirnal del primer metacarpiano con el fin
de identificar correctamente el proceso estiloideo. Definición:

Estiloideo medio El punto medio del esternón al nivel central de la


articulación de la cuarta costilla con el esternón
Definición: articulación condro-esternal).

Es el punto medio, en la superficie anterior de la Ubicación:


muñeca, sobre una línea horizontal al nivel del punto
estiloideo. Esta marca es ubicada por tacto comenzando desde la
cara superior de las clavículas. Utilizando el pulgar el
Ubicación: antropometrista debería desplazarse desde la clavícula
al primer espacio intercostal (entre la primera y la
La cinta se alinea con la marca estiloidea y se traza segunda costilla). Luego el pulgares reemplazado por
una línea horizontal hasta cerca del punto medio de la el dedo índice, y se repite el procedimiento, yendo
muñeca. El punto medio se estima entre los costados hacia abajo para .el segundo, tercero, y cuarto
medial y lateral de la muñeca. En esta posición se espacios intercostales. La cuarta costilla se ubica entre
traza una línea vertical que intersecta a la horizontal. los dos últimos espacios.

Dactiloideo Xifoideo ®

Definición: Definición:

Es la punta del dedo medio (tercero) cuando el brazo El punto xifoideo se encuentra en la extremidad
está relajado hacia abajo, con los dedos estirados. inferior del esternón. La marca es la punta inferior del
xifoides.
Ubicación:
Ubicación:
No se necesitan marcas para este sitio ya que es el
extremo del tercer dedo. Los otros dedos son llamados Se ubica por tacto yendo en dirección medial del arco
segundo (dedo índice), cuarto y quinto (dígitos, o costal izquierdo o derecho, hacia el esternón. Estos
anular y meñique). Las uñas no se deben utilizar como arcos (que forman el ángulo infraesternal) se unen con
marcas para ubicar el extremo del dedo. la articulación xifo-esternal.

Subescapular ® Línea ilio-axilar ®

Definición: Definición:

Es el punto más inferior del ángulo inferior del Es la línea vertical imaginaria que une el punto medio
omóplato. observado de la axila con el borde lateral superior del
ilión.
Ubicación:
Ubicación:
Palpar el ángulo inferior del omóplato con el pulgar
izquierdo. Si existe alguna dificultad para encontrar el Con el brazo del sujeto colocado horizontalmente en
ángulo inferior del omóplato, el sujeto debería una posición lateral, ubicar el borde lateral superior
lentamente llevar el brazo derecho hacia atrás de la del ilión utilizando la mano derecha ,y el punto medio
espalda. El ángulo inferior del omóplato debería verse de la axila visible. La mano izquierda se utiliza para
continuamente, cuando la mano es colocada estabilizar el cuerpo brindando resistencia en el
nuevamente al costado del cuerpo. Se debería realizar costado izquierdo de la pelvis. La línea vertical
imaginaria une estas dos marcas.

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Iliocrestídeo ® personas que tienen una gran capa de tejido adiposo


cubriendo el trocánter mayor].
Definición:
Tibial medial
Es el punto en la cara más lateral del tubérculo ilíaco,
en la línea ílio-axilar. Definición:

Ubicación: El punto más superior del borde medial de la cabeza


de la tibia.
Con el brazo del sujeto colocado horizontalmente en
una posición lateral, localizar el borde más lateral y Ubicación:
superior del ilión usando la mano derecha. La mano
izquierda es utilizada para estabilizar el cuerpo El punto tibial medial está aproximadamente en el
brindando resistencia en el costado izquierdo de la mismo plano transverso que el tibial lateral. Se marca
pelvis. La marca se realiza en el borde identificado del con el sujeto sentado en la caja, con la pierna derecha
ilión, el cual es intersectado por la línea vertical cruzada sobre la rodilla izquierda, de manera que se
imaginaria desde el punto medio axilar. pueda remarcar el borde medial de la cabeza de la
tibia en la pierna. Palpar el sitio limitado por el
Ilioespinal ® cóndilo femoral medial y la tuberosidad interna de la
tibia.
Definición: La marca debería realizarse en el borde proximal
Medial, mientras la pierna se mantiene en esta
Es el punto más inferior y prominente de la espina posición.
ilíaca anterosuperior.
Maleolar
Ubicación:
Definición:
Para localizar el punto ilioespinal, palpar la cara
superior del hueso ilíaco y desplazarse anterior e Es el punto más distal del maléolo medial de la tibia.
inferiormente a lo largo de la cresta, hasta que la
prominencia del hueso ilíaco cambie de dirección Ubicación:
hacia atrás. El punto es el margen o cara inferior
donde el hueso apenas puede sentirse. Si se hace Esta marca puede localizarse más fácilmente palpando
difícil ubicar el punto o marca, se le pide al sujeto que con la uña del pulgar desde abajo y dorsalmente. Es el
levante el talón del pie derecho y rote el fémur hacia punto distal (no el más externo) del maléolo medial de
afuera. Como el sartorio se inserta de origen en el sitio la tibia. Se marca con el sujeto sentado en la caja con
ilioespinal, este movimiento del fémur permite palpar la pierna derecha cruzada sobre la rodilla izquierda de
el músculo y seguirlo hasta su origen. manera que se pueda marcar la cara medial en la parte
inferior de la pierna.
Trocantéreo
Tibial lateral
Definición:
Definición:
Es el punto más superior del trocánter mayor del
fémur, no el punto más lateral. Es el punto más superior del borde lateral de la cabeza
de la tibia.
Ubicación:
Ubicación:
El sitio es identificado palpando la cara lateral del
glúteo mientras el evaluador está parado por detrás del Por lo general es una marca difícil de localizar
sujeto. Es aconsejable sostener la parte izquierda de la correctamente debido a los gruesos ligamentos
pelvis del sujeto con la mano izquierda mientras se laterales que atraviesan la articulación de la rodilla.
aplica presión con la mano derecha. Una vez Palpar el sitio usando la uña del pulgar, procediendo
identificado el trocánter mayor, se debería palpar según las siguientes indicaciones. Ubicar el área
hacia arriba para localizar la cara más superior de este limitada por el cóndilo lateral del fémur y la porción
punto óseo. [Nota: Este sitio es difícil de ubicar en ántero-lateral de la cabeza de la tibia. Presionar

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firmemente con el fin de ubicar el borde superior y posición correcta. La marca debería realizarse
lateral de la cabeza de la tibia. Por lo general, es útil aproximadamente a un tercio de distancia a lo largo
pedirle al sujeto que flexione y extienda varias veces del borde, siguiendo una dirección ántero-posterior.
la rodilla para asegurarse que se ha localizado la

FIGURA 12. Puntos o referencias anatómicas.

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5.4. Pliegues cutáneos para ajustar la posición del dial del calibre
directamente bajo la aguja.
5.4.1. Técnicas para medir los pliegues cutáneos
• El sitio del pliegue cutáneo debería ser
La evaluación precisa de las mediciones cuidadosamente ubicado utilizando las marcas
antropométricas, en particular el grosor de los anatómicas correctas. Es de particular importancia
pliegues cutáneos puede ser difícil y, por lo tanto, es que el evaluador que no tenga experiencia marque
necesario un cuidado extremo. En general, no se en la piel con una fibra fina o un bolígrafo
presta la suficiente atención a la técnica precisa de derrnográfico todas las marcas anatómicas. Se ha
medición y, en consecuencia, no se puede lograr demostrado que el grosor de los pliegues varía en
reproductibilidad. La descripción de los 2-3 mm promedio cuando los calibres se colocan a
procedimientos de medición parece bastante simple, 2.5 cm del sitio correcto (Ruiz, Colley &
pero es esencial un alto grado de conocimiento de la Hamilton, 1971). También se observó que la
técnica para obtener resultados consistentes, ubicación incorrecta de los sitios para la medición
especialmente cuando se aplican bajo condiciones de los pliegues constituye la mayor fuente de error
experimentales de campo. entre los investigadores (Ruiz y cols., 1971). Para
las mediciones siempre se utiliza el lado derecho
Los antropometristas que deseen convertirse en del cuerpo, independientemente del lado preferido
evaluadores de criterio (aquellos que no cometen o hábil del sujeto (Ross & Marfell-Jones, 1991). A
errores sistemáticos y que pueden demostrar veces se torna imposible utilizar el lado derecho
reproductibilidad), tienen que estar capacitados para debido a alguna lesión (edemas, yesos, etc.), y
realizar rutinariamente mediciones precisas. Por lo otras veces es deseable comparar los dos lados del
tanto, es muy importante que se adhieran cuerpo luego de alguna lesión y/o rehabilitación,
estrictamente a los protocolos standards presentados en cuyos casos se podría utilizar el lado izquierdo.
en este capítulo: Las comparaciones entre el lado derecho y el
izquierdo del cuerpo han indicado ya sea, que no
• Antes de evaluar a deportistas o a otras personas hay diferencias significativas en los pliegues
con propósitos de control, el evaluador debería (Womersley & Durnin, 1973), o que las
adquirir la técnica apropiada para medir los diferencias, aunque estadísticamente
pliegues cutáneos. Se ha mostrado que esto reduce significativas, no son de importancia práctica
el nivel de error en mediciones repetidas de un (Martorell, Mendoza, Mueller & Pawson, 1988),
mismo evaluador y, a su vez, entre investigadores aún cuando la masa muscular y ósea del sujeto
(Jackson, Pollock & Gettman, 1978; Lohman & esté hipertrofiada en uno de los lados, como
Pollock, 1981). Para poder establecer ocurre con los jugadores de tenis (Gwinup,
reproductibilidad se deberían realizar mediciones Chelvam & Steinberg, 1971; Jokl, 1976; Montoye,
repetidas en, al menos, veinte sujetos, y un Smith, Fardon & Howley, 1980). De cualquier
antropometrista con experiencia ayudar a manera, las variaciones a los procedimientos
establecer esta precisión. La comparación de standards deberían registrarse en la proforma. Por
resultados marcará luego cualquier punto débil en ejemplo, si el tiempo lo permite, los sujetos cuyo
la técnica. lado dominante es el izquierdo podrían ser
evaluados en su lado dominante para los análisis
• Asegurarse que los calibres de pliegues cutáneos de somatotipo, como fuera originalmente
estén midiendo en forma precisa la distancia entre descripto por Heath y Carter (1967).
el centro de sus platillos de compresión utilizando
las ramas cortas de un calibre Vernier de • El pliegue se toma en la línea marcada. Debe
ingeniero. Si es posible, controlar que la tensión pellizcarse de manera que una doble porción de
permanezca constante a lo largo del rango de piel más el tejido adiposo subcutáneo subyacente
medición (ver Capítulo 4). Una vuelta total de la se mantenga en presión entre el dedo pulgar y el
aguja en el dispositivo de lectura representan 20 índice. Los extremos del pulgar y el índice deben
mm, y esto se refleja en una pequeña escala en el estar en línea con el sitio marcado. La parte
propio calibre Harpenden. Antes de utilizar el posterior de la mano debería mirar al evaluador.
calibre asegurarse que la aguja esté en el cero. Se debe tener cuidado de no presionar también
Después de destrabar el pequeño tornillo, la tejido muscular subyacente. Con el fin de que esto
rotación del anillo exterior del calibre se utiliza no ocurra, el índice y el pulgar rotan el pliegue
levemente, asegurando también que haya un
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pliegue suficiente para tomar la medida. Si existe comparaciones test/retest mientras se controla la
alguna dificultad, pedirle al sujeto que contraiga el compresibilidad del pliegue.
músculo hasta que el evaluador esté seguro de
haber tomado solamente piel y tejido subcutáneo. • Si es posible, se deberían tornar 2-3 mediciones
Debido a que también se está midiendo una doble de cada sitio, utilizándose el valor promedio en
capa de piel (dermis), parte de la variabilidad cualquier cálculo posterior si se realizan dos
podría atribuirse a variaciones en el grosor de la mediciones, y la mediana si se registran tres
piel en diferentes sitios del cuerpo y entre distintas valores. Es especialmente importante que el
personas (Martin, Ross, Drinkwater & Clarys, principiante repita las mediciones de modo de
1985). Si bien el grosor de la piel disminuye con poder establecerse su confiabilidad y
la edad [debido a cambios en la estructura del reproductibilidad. En la medida de las
colágeno (Carter, 1980)), por lo general ésto no posibilidades se debería contar con un ayudante
debería considerarse una variable importante ya para registrar los valores, que, a su vez, ayude a
que está fuera del alcance de la resolución para la estandarizar las técnicas de medición. En el
detección con los calibres. Capítulo 13 se muestran los niveles recomendados
de confiabilidad intra-evaluador (0/oTEM) para
• Los bordes más cercanos de los platillos de mediciones repetidas de los pliegues cutáneos. Si
compresión de los calibres son aplicados a 1 cm no se alcanzan estos niveles, se deberían tomar
inferior del pulgar y el índice, al sostener un mediciones adicionales.
pliegue en orientación vertical; ante un pliegue de
orientación oblicua, el calibre debería ser aplicado • Los pliegues deberían tomarse en forma sucesiva
a un cm de los dedos, hacia afuera, manteniendo el para evitar desviaciones o vicios del evaluador. Es
mismo ángulo de 90 grados. Si el calibre es decir, se obtiene una serie completa de datos de
colocado demasiado profundo o demasiado todos los pliegues antes de repetir las mediciones
superficial se registrarán valores incorrectos. una segunda y tercera vez. Esto también podría
Como regla, los calibres deberían ubicarse a una ayudar a reducir los efectos de la compresión
profundidad que llegue aproximadamente a la sobre el pliegue. Los pliegues deberían ser
mitad de la uña del dedo. En este caso, la práctica medidos en el mismo orden en que aparecen en la
también es necesaria para asegurarse que se toma proforma, de modo que el asistente esté
el mismo tamaño del pliegue, en el mismo lugar, familiarizado con la rutina y que se minimicen los
cada vez. errores. [Nota: Si las mediciones consecutivas de
los pliegues arrojan valores más pequeños, el
• El calibre siempre se sostiene en ángulo de 90 tejido adiposo probablemente está siendo
grados con la superficie del sitio del pliegue, en comprimido donde el contenido de líquido intra y
todos los casos. Si las ramas del calibre se extracelular se esta’ reduciendo gradualmente.
deslizan, o si se alinean incorrectamente, la Esto ocurre más frecuentemente en los sujetos más
medición registrada podría ser inexacta. obesos. En este caso, el evaluador debería
Asegurarse de que la mano que toma el pliegue continuar con el siguiente sitio y volver al sitio
sobre la piel siga comprimiendo el pliegue original luego de varios minutos].
mientras el calibre está en contacto con el mismo.
• No se deberían tomar mediciones de pliegues
• La medición se registra dos segundos después de cutáneos luego del entrenamiento o la
haber aplicado la presión total de los calibres competencia, después de una sesión de sauna, de
(Kramer & Ulmer, 1981; Ross & Marfell-Jones, nadar o de darse una ducha, ya que el ejercicio, el
1991). Es importante que el evaluador se asegure agua caliente y el calor producen hiperemia
de que los dedos que sostienen el calibre no estén (aumenta del flujo sanguíneo) en la piel con el
evitando que el mismo esté ejerciendo toda la consiguiente aumento en el grosor del pliegue. Por
presión. En el caso de pliegues grandes, la aguja otro lado, se ha sugerido que la deshidratación
todavía puede estar moviéndose, en este momento. (Consolazio, Johnson & Pecora, 1963) causa que
El pliegue es registrado en ese momento (después el grosor del pliegue cutáneo aumente debido a
de los dos segundos), de cualquier modo. Es cambios en la turgencia (rigidez) de la piel.
necesaria la standarización ya que el tejido
adiposo es compresible (Martin y cols., 1985). El
registro constante del tiempo permite las

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5.4.2. Marcas anatómicas para los pliegues


cutáneos - ver Figuras 15 y 16

1. Triccipital ®

Este pliegue se toma con el pulgar y el dedo índice


izquierdos en la marca de corte posterior señalada
sobre la línea media acromial-radial. El pliegue es
vertical y paralelo al eje longitudinal del brazo. El
pliegue se toma en la superficie más posterior del
brazo, sobre el tríceps, cuando se ve de costado. El
sitio marcado debería poder verse de costado,
indicando que es el punto más posterior del tríceps,
mientras se mantiene la posición anatómica (al nivel
de la línea acromial-radial media). Para la medición,
el brazo debería estar relajado con la articulación del
hombro con una leve rotación externa, y el codo
extendido al costado del cuerpo.

FIGURA 14 a. Ubicación de la marca subescapular.

FIGURA 13. Medición del pliegue triccipital

2 Subescapular ®

El sujeto debe pararse con los brazos a los costados.


El pulgar palpa el ángulo inferior del omóplato para
determinar el punto inferior más sobresaliente. El
pliegue de 2 cm, se toma con el pulgar e índice
izquierdos en el sitio marcado, en una dirección que se
desplaza lateralmente y en forma oblicua hacia abajo,
a partir de la marca subescapular, en un ángulo
(aproximadamente de 45 grados),_determinado por las
líneas naturales de pliegue de la piel.

FIGURA 14 b. Medición del pliegue subescapular.

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FIGURA 15. Ubicación de los sitios para la medición de los pliegues cutáneos (vista anterior)
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FIGURA 16. Ubicación de los sitios para la medición de los pliegues cutáneos (vista posterior)

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3. Bicipital ®

Este pliegue se toma con el pulgar e índice izquierdos


en la Marca sobre la línea acromial-radial media, de
forma tal que el pliegue corra verticalmente, es decir,
paralelo al eje longitudinal del brazo. El sujeto se para
con el brazo relajado, la articulación del hombro con
una leve rotación externa y el codo extendido. El
pliegue se ubica en la parte más anterior del brazo
derecho. Controlar que el punto marcado para el
pliegue biccipital esté en la superficie más anterior de
este músculo, mirando el brazo desde el costado,
mientras se mantiene la posición anatómica. El sitio
marcado debería poder verse del costado, indicando
que es el punto más anterior del bíceps (al nivel de la
línea acromial-radial media).

FIGURA 18. Medición del pliegue de la cresta ilíaca

5. Supraespinal ®

Este pliegue fue denominado originalmente por Heath


y Carter (1967) como suprailíaco, pero ahora es
conocido como supraespinal (Carter & Heath, 1990).
Es el pliegue utilizado cuando se determina el
somatotipo de Heath y Carter (ver Capítulo 6). Este
pliegue es levantado por compresión en donde la línea
imaginaria que va desde la marca ilioespinal al borde
axilar anterior se intersecta con la línea que se
FIGURA 17. Medición del pliegue biccipital
proyecta, en sentido horizontal, desde el borde
superior del hueso ilíaco, a nivel de la marca o punto
4. Cresta ilíaca ®
iliocrestídeo. En los adultos, está normalmente 5-7 cm
por encima del punto o marca ilioespinal,
Este pliegue se toma inmediatamente por encima de la
dependiendo del tamaño del sujeto, pero podría estar a
marca Iliocrestídea, a la altura de la línea ílio-axilar.
sólo 2 cm en un niño. El pliegue sigue una tendencia
El sujeto realiza una abducción o separación del brazo
de dirección medial, hacia abajo y hacia adentro, en
derecho hacia el plano horizontal, o cruza el brazo por
un ángulo de aproximadamente 45 grados.
delante del pecho y coloca la mano derecha sobre el
hombro izquierdo. Alinear los dedos de la mano
izquierda sobre el punto o marca iliocrestídea, y
presionar hacia adentro, de manera que los dedos se
desplacen por sobre la cresta ilíaca. Reemplazar estos
dedos por el pulgar izquierdo y reubicar el dedo índice
a una distancia suficiente por encima del pulgar, de
modo que esta toma constituirá el pliegue a ser
medido. l~l pliegue corre levemente hacia abajo, hacia
la parte medial del cuerpo. [Nota: este pliegue es el
equivalente al descripto por Durnin & Womersley
(1974), como pliegue suprailíaco].

FIGURA 19 a. Ubicación del pliegue supraespinal.


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7. Muslo frontal ®

El evaluador se para frente al costado derecho del


sujeto, en el lacio lateral del muslo. La rodilla del
sujeto abdominal se flexiona en ángulo recto,
colocando el pie derecho sobre un cajón o sentándose.
El sitio es marcado paralelo al eje longitudinal del
fémur, en el punto medio de la distancia entre el
pliegue inguinal y el borde superior de la rótula (con
la pierna flexionada). La medición puede llevarse a
cabo con la rodilla flexionada o con la pierna derecha
apoyada en una caja. Por ejemplo, si el pliegue es
difícil de separar, se le podría pedir al sujeto que
extienda la rodilla levemente moviendo el pie hacia
adelante para liberar la tensión de la piel. Si aún existe
dificultad, el sujeto podría ayudar levantando con sus
manos el muslo desde la parte posterior (ver Figura 21
c), para liberar la tensión de la piel. Como último
FIGURA 19 b . Medición del pliegue supraespinal.
recurso, en aquellos sujetos con pliegues
particularmente adheridos, el ayudante (parado entre
6. Abdominal ® las piernas del evaluado) puede ayudar tomando el
pliegue con las dos manos, de modo que haya
Este es un pliegue, en sentido vertical, que se eleva a aproximadamente 6 cm entre los dedos de la mano
5 cm (aproximadamente) en la línea media de la derecha, que toma el pliegue en la posición anatómica
sobresaliencia del recto abdominal, del lado derecho correcta, y la mano izquierda que toma un pliegue
del onfalión (punto medio del ombligo). En este sitio distal. El calibre es colocado entre las manos del
es particularmente importante que el evaluador esté ayudante, a 1 cm del pulgar y del dedo índice de la
seguro de que la toma inicial del pliegue sea firme y mano derecha del ayudante.
amplia, ya que a menudo la musculatura subyacente
está poco desarrollada. Esto podría provocar una
subestimación en el grosor de la capa subcutánea del
tejido. [Nota: no colocar los calibres dentro del
ombligo].

FIGURA 21 a. Ubicación de la marca para medir el pliegue del


muslo frontal.

FIGURA 20. Medición del pliegue abdominal

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medial de la pantorrilla durante este procedimiento.


Ver desde adelante el sitio marcado para asegurarse
que se ha identificado correctamente el punto más
medial.

FIGURA 21 b. Medición del muslo frontal sin ayuda del sujeto

FIGURA 22. Medición del pliegue cutáneo de la pantorrilla


medial

9. Axilar medial

Es un pliegue vertical en la línea ílio-axilar, a nivel


FIGURA 21 c. Medición del muslo frontal, con ayuda del sujeto. del punto xifoideo marcado en el esternón. Por lo
general, se le pide al sujeto que levante el brazo
derecho, separado del cuerpo en posición de 90 grados
(con la mano del sujeto apoyando en su cabeza).
Elevar el brazo más que de esta forma podría causar
que la piel sea difícil de comprimir.

FIGURA 21 d. Medición del muslo frontal, con ayuda del


asistente.

8. Pantorrilla medial ®

Con el sujeto ya sea sentado o con el pie apoyado en


una caja (rodilla a 90 grados), y con la pantorrilla FIGURA 23. Medición del pliegue axilar medial
relajada, se toma el pliegue vertical en la cara medial
de la pantorrilla, a nivel de su perímetro máximo. El
mismo será determinado durante la medición de los
perímetros, y este nivel debe marcarse en la cara

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5.5 Perímetros

5.5.1 Técnicas para medir los perímetros

Para la medición de todos los perímetros se utiliza la


llamada técnica de manos cruzadas, y la lectura se
realiza de la cinta en donde, para una mejor visión, el
cero es ubicado más en sentido lateral que medial, en
el sujeto. Para medir los perímetros la cinta se sostiene
en ángulo recto a la extremidad o segmento corporal
que está siendo medido, y la tensión de la cinta debe
ser constante. Esta tensión constante se logra
asegurando que no haya huecos entre la piel y la cinta,
y que la misma mantenga su lugar en la marca o
referencia especificada. Si bien se pueden conseguir
diferentes cintas con tensión constante, es preferible la
cinta Lufkin ya que permite que el antropometrista
controle la tensión. Para ubicar la cinta, sostener la
caja de la cinta con la mano derecha y el extremo de la
misma con la izquierda. Colocándose en frente del
segmento corporal a medir, pasar el extremo de la FIGURA 24. Medición del perímetro de cabeza
cinta alrededor del mismo y tomar la punta de la cinta
con la mano derecha, la cual, a partir de aquí, sostiene 11. Cuello
tanto el extremo como la caja. En este momento, la
mano izquierda está libre para manipular la cinta en el El perímetro del cuello se mide inmediatamente por
nivel correcto. Aplicar suficiente tensión a la cinta con encima del cartílago tiroideo (nuez de Adán). El
la mano derecha para mantenerla en esa posición, sujeto debería mantener la cabeza en el plano de
mientras la mano izquierda pasa por debajo de la caja Frankfort, y puede estar sentado o parado. Es
para tomar nuevamente el extremo. Ahora la cinta importante no tensionar demasiado la cinta en esta
contornea el segmento a ser medido. Los dedos región ya que los tejidos son compresibles. La cinta se
medios de ambas manos están libres para ubicar sostiene perpendicular al eje longitudinal del cuello, el
exactamente la cinta en la marca y orientarla de cual puede no necesariamente estar en el plano
manera que el cero sea fácilmente leído. La horizontal.
yuxtaposición de la cinta asegura que haya una
contiguidad de las dos partes de la misma, a partir de
lo cual se determina el perímetro. Cuando se registra
la lectura, los ojos del evaluador deben estar al mismo
nivel de la cinta para evitar cualquier error de
paralelismo entre cinta y extremidad o segmento.

5.5.2 Marcas anatómicas para los perímetros -


ver Figura 31

10. Cabeza

El perímetro de la cabeza se obtiene con la cabeza en


el plano de Frankfort, en un nivel inmediatamente
superior a la glabela (punto medio entre los dos arcos
de la cejas), con el sujeto sentado o parado. La cinta
tiene que sujetarse fuerte para presionar el cabello. A
menudo, es necesario utilizar los dedos medios en el
costado de la cabeza para evitar que la cinta se deslice
sobre la misma. Excluir las orejas y asegurarse de que
no haya hebillas, clips, u objetos similares en el
cabello durante la medición.
FIGURA 25. Medición del perímetro del cuello

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extremo de cinta en la caja, luego pedirle al sujeto que


apriete el puño, que lleve la mano hacia el hombro de
manera que el codo forme un ángulo cercano a 45
grados, y que “haga bíceps” al máximo, y mantenga la
máxima contracción. En ese momento proceder a la
lectura.

FIGURA 26. Medición del perímetro de brazo relajado

12. Brazo relajado

El perímetro del brazo, segmento superior del


miembro superior (colocado en posición relajada al
costado del cuerpo), se inicie al nivel de la línea
media acromial-radial. La cinta debe colocarse FIGURA 27. Medición el perímetro de brazo flexionado en
máxima tensión
perpendicular al eje longitudinal del húmero.
14. Antebrazo
13. Brazo flexionado en máxima tensión ®
La medición se realiza a la altura del máximo
Es la circunferencia máxima de la parte superior del
perímetro del antebrazo cuando fa mano es sostenida
brazo derecho, elevado a una posición horizontal y
con la alma hacia arriba y los músculos del brazo
hacia el costado, con el antebrazo flexionado en un
relajados (con el brazo y antebrazo extendidos).
ángulo de aproximadamente 45 grados. El evaluador
Utilizando la técnica de manos cruzadas es necesario
se pasa detrás del sujeto, y sosteniendo la cinta floja
deslizar la cinta hacia arriba y hacia abajo del
en la posición, le pide al sujeto que flexione
antebrazo, realizando varias mediciones para ubicar
parcialmente el bíceps para determinar el punto en que
correctamente el nivel del máximo perímetro. Esto
el perímetro será máximo. Aflojar la tensión del
ocurre usualmente en un punto distal al codo.

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16. Tórax

Este perímetro se torna al nivel de la marca


mesoesternal. El antropometrista se para de frente, o
ligeramente a la derecha del sujeto, el cual realiza una
leve Abducción o separación de los brazos para poder
pasar la cinta por detrás del tórax, en un plano casi
horizontal. El sujeto debería respirar normalmente y la
lectura se realiza al final de una espiración normal
(“end tidal”), con los brazos que deben permanecer
ligeramente en abducción durante la medición. Es
necesario tener cuidado para que la cinta no se desvíe
del plano horizontal, particularmente en la espalda.

FIGURA 28. Medición del perímetro del antebrazo


15. Muñeca

La medición de este perímetro se toma distalmente a


los procesos estiloideos. Es el perímetro mínimo en
esta región. Por lo tanto, es necesaria la manipulación
de la cinta para asegurar la obtención del menor
perímetro. El perímetro debería ser tomado con la
mano en supinación y la muñeca en posición neutral.

Nota del Editor: En la foto, la mano está en pronación. FIGURA 30. Medición del perímetro del tórax

FIGURA 29. Medición del perímetro de la muñeca

Versión digital por el Grupo Sobre Entrenamiento (www.sobreentrenamiento.com) Página 45


FIGURA 31. Marcas o referencias anatómicas para los perímetros
17. Cintura ®

Esta medición se realiza en el nivel del punto más


estrecho entre el último arco costal (costilla) y la
cresta ilíaca. Si la zona más estrecha no es aparente,
entonces la lectura se realiza en el punto medio entre
estas dos marcas. El evaluador se para en frente del
sujeto para localizar correctamente la zona más
estrecha o reducida. La medición se realiza al final de
una espiración normal, con los brazos relajados a los
costados del cuerpo.

FIGURA 33a. Medición del perímetro de glúteos o cadera (vista


lateral)

FIGURA 32. Medición del perímetro de cintura

18. Glúteos (cadera) ®

Este perímetro es tomado al nivel del máximo relieve


de los músculos glúteos, casi siempre coincidente con
el nivel de la sínfisis pubiana. El evaluador se para al
costado del sujeto para asegurar que la cinta se
mantenga en el plano horizontal. El sujeto se para con
los pies juntos y no debería contraer los glúteos.

FIGURA 33b. Medición del perímetro de glúteos


o cadera (vista anterior)
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

19. Muslo 20. Muslo medial

El perímetro del muslo se toma 1 cm por debajo del Es la medición del perímetro del muslo derecho
pliegue glúteo, perpendicular al eje longitudinal del tomada perpendicular al eje longitudinal del muslo. Se
muslo. El sujeto se para erecto, con los pies toma en el nivel medio entre las marcas trocantérea
ligeramente separados, y el peso corporal distribuido tibial lateral. Normalmente, ayuda pedirle a los sujetos
equilibradamente entre ambos pies. Normalmente, es que se paren en un cajón o banquito. Deberían asumir
útil pedirle al sujeto que se pare en un cajón o la misma posición que en la descripta para el
banquito para esta medición. Pasar la cinta alrededor perímetro del muslo (anteriormente).
de la porción inferior del muslo y luego deslizarla
hacia arriba hasta lograr el plano correcto.

FIGURA 34a. Medición del perímetro del muslo


(vista posterior)

FIGURA 35. Medición del perímetro del muslo medial

21. Pantorrilla ®

Es el máximo perímetro de la pantorrilla. El sujeto se


para de espaldas al evaluador en una posición elevada,
por ejemplo, en un cajón o banquito, con el peso
equitativamente distribuido en ambos pies. La
posición elevada facilitará al evaluador alinear los
ojos con la cinta. La medición se realiza en la cara
lateral de la pierna.
Contornear la cinta alrededor de la pantorrilla, en la
forma descripta previamente. El máximo perímetro se
encuentra usando los dedos medios para manipular la
posición de la cinta en una serie de mediciones hacia
arriba y abajo, hasta identificar la circunferencia
máxima. Marcar este nivel en la cara medial de la
pantorrilla en preparación para la medición del
pliegue.

FIGURA 34b. Medición del perímetro del muslo (vista


lateral)

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

5.6. Longitudes/alturas segmentarias

5.6.1. Técnicas para medir las longitudes/alturas


segmentarias

Existen dos métodos para medir las longitudes de loa


segmentos corporales. Uno comprende la medición de
la distan vertical desde el piso hasta la serié de puntos
o marcas anatómicas señaladas mediante el uso de un
antropómetro. En este caso, el sujeto asume la
posición de parado erecto con los pies juntos, como se
describió previamente. Este es el método de medir
longitudes segmentarías proyectadas, y se ilustra en la
Figura 42. Luego de estas mediciones, es posible (por
sustracción) determinar las longitudes de segmentos
individuales; por ejemplo, la altura acromial menos la
altura radial, nos dará la longitud del brazo (acromial-
radial). El segundo método, presentado en la Figura
43, permite las mediciones directas de estos
segmentos. En este caso, el instrumento a ser utilizado
será un calibre deslizante grande o un segmómetro.
Las investigaciones previas (Day, 1986) demostraron
que hay más posibilidad de error cuando se utiliza el
método de longitudes proyectadas. Por lo tanto, es
recomendable que las longitudes segmentarias sean
FIGURA 36. Medición del perímetro de la pantorrilla medidas directamente. Los calibres deslizantes
grandes y rígidos son preferibles a las cintas, ya que
22. Tobillo las mismas tienden a sobrestimar las longitudes
debido a que es difícil mantenerlas derechas o en línea
Debe obtenerse el menor perímetro del tobillo, recta (Day, 1986). Los siguientes lineamientos están
tomado en el punto más estrecho, por encima de los basados en el uso de estos calibres deslizantes aunque,
maléolos tibial y peróneo. La cinta debe ser movida con algunos cambios mínimos, un segmómetro podría
hacia arriba y abajo para asegurar la lectura del sustituirlos. Antes de realizar cualquier medición,
mínimo perímetro. controlar cada punta o extremo del calibre o
segmómetro para asegurarse de que no ha habido
movimiento, y por, ello se haya salido de la marca. Es
preferible que el extremo del calibre en donde se van a
leer los registros esté ubicado lo más cerca posible del
nivel de los ojos del evaluador.

5.6.2 Marcas anatómicas para las


longitudes/alturas-ver Figuras 42 y 43

23. Acromial-radial

Es la longitud del brazo, medida entre la distancia de


estos dos puntos anatómicos, previamente marcados.
El sujeto se para erecto con las palmas de la mano
levemente separadas del muslo. Una de las ramas del
calibre es sostenida en la marca acromial mientras que
la otra es colocada en la marca radial. Si los sujetos
tienen músculos deltoides muy desarrollados se debe
utilizar un antropómetro para evitar la curvatura de la
cinta del segmómetro.
FIGURA 37. Medición del perímetro del tobillo

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

FIGURA 38. Medición de la longitud segmentaria acromial- FIGURA 40. Medición de la longitud segmentaria
radial medioestiloideadactiloidea

24. Radial-estiloidea 26. Ilioespinal

Es la longitud del antebrazo. Es la distancia entre los Se mide la altura desde la parte superior de la caja
puntos radial y estiloideo, previamente marcados, hasta el punto ilioespinal. El sujeto se para con los
mientras el sujeto adopta la posición anatómica. Una pies juntos, frente á la caja, de forma que los dedos
de las ramas del calibre se apoya en la marca radial y del pie se ubiquen por debajo de la caja, a través de la
la otra en la estiloidea. El calibre se ubica paralelo al parte cortada de la misma. La base o rama fija del
eje longitudinal del radio. calibre es colocada en la cara superior de la caja, y
orientado verticalmente hacia arriba, el brazo móvil
del calibre es ubicado en la marca ilioespinal. [Nota:
la altura de interés es la altura desde el piso hasta la
marca ilioespinal. Esto se obtiene agregando la altura
de la caja a la altura registrada en la proforma de
datos, como la longitud caja-marca ilioespinal].

FIGURA 39. Medición de la longitud segmentaria radial-


estiloidea

25. Medioestiloidea-dactiloidea

Es la longitud de la mano. La medición se toma como


la distancia más corta desde la línea medio-estiloidea
marcada y el punto o marca dactiloidea. El sujeto
coloca la mano en posición de supinación (palmas
hacia adelante) y los dedos en extensión total (no
hiperextendidos). Un extremo del calibre es colocado
en la línea medio-estiloidea marcada, mientras que el
otro extremo se ubica en el punto más distal del tercer FIGURA 41. Medición de la altura ilioespinal-caja
dígito, o dedo medio de la mano.

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FIGURA 42. Medidores de las alturas, utilizadas para determinar las longitudes segmentarias proyectadas
FIGURA 43. Longitudes segmentarias medidas directamente

27. Trocantérea caja. La base o rama fija del calibre es colocada en el


borde superior de la caja y el mismo es orientado
Es la altura desde el borde superior de la caja hasta la verticalmente hacia arriba, ubicando el extremo del
marca trocantérea. El sujeto se para con los pies brazo móvil en la marca trocantérea. [Nota: la altura
juntos, y la cara lateral de su pierna derecha contra la de interés es la altura desde el piso hasta el punto
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

trocantéreo. Esto se obtiene sumando la altura de la se hace parar al sujeto sobre la caja, mientras la base o
caja a la altura registrada en la proforma como la rama fija del calibre se coloca en el borde de la
longitud trocantérea-caja]. misma, y el brazo móvil en la marca tibial lateral. El
calibre debe sostenerse en el plano vertical. Luego se
mide la altura desde la marca tibial lateral hasta el
borde superior de la caja.

FIGURA 44. Medición de la altura trocantérea – caja

FIGURA 46. Medición de la altura tibial lateral

30. Tibial medial-maleolar medial

Es la longitud de la tibia. Es la longitud medida entre


los puntos o marcas tibial medial y maleolar medial.
El sujeto podría sentarse en la caja con el tobillo
derecho cruzado sobre la rodilla izquierda. Esta
posición debería presentar la cara medial de la pierna
en un plano cercano al horizontal. Uno de los
extremos del calibre se coloca en la marca tibial
medial y el otro en la marca maleolar medial.

FIGURA 45. Medición de la longitud segmentaria


trocantérea – tibial lateral

28. Trocantérea-tibial lateral

Esta es la longitud del muslo. La distancia desde la


marca trocantérea hasta la marca tibial lateral se mide
mientras el sujeto se para sobre la caja, con su costado
derecho enfrentando al antropometrista. Uno de los
extremos del calibre es colocado en la marca
trocantérea y el otro en la marca tibial lateral. FIGURA 47. Medición de la longitud segmentaria tibial medial-
maleolar medial
5.7 Diámetros
29. Tibial lateral
5.7.1 Técnicas para medir los diámetros (y
Es la longitud de la pierna, es decir, la distancia entre
longitudes)
el piso (o borde de la caja cuando el sujeto se para
sobre la misma) y la marca tibial lateral. Normalmente

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Tanto los calibres deslizantes (óseos) pequeños, como 32. Biiliocrestídeo


los calibres deslizantes grandes, se sostienen de la
misma manera. El calibre descansa sobre los dorsos Es la distancia entre los puntos más laterales
de las manos mientras que los pulgares se apoyan (iliocrestídeo) de los tubérculos ilíacos, en borde
sobre la cara interna de las ramas del calibre, y los superior de la cresta ilíaca. Las ramas del
dedos índices extendidos descansan sobre los bordes antropómetro se orientan en un ángulo de 45 grados,
externos de las ramas. En esta posición, los dedos de abajo hacia arriba, con el evaluador parado de
pueden ejercer una presión considerable para reducir frente al sujeto. El antropometrista debe aplicar una
el grosor de algún tejido blando subyacente, y los presión firme para reducir el efecto de los tejidos
dedos medios están libres para palpar las marcas óseas superficiales sobresalientes.
sobre las cuales serán colocados los extremos de las
ramas del calibre.

Las lecturas se realizan cuando los calibres están en la


posición, con la presión mantenida a través de los
dedos índices.

5.7.2 -Marcas anatómicas para los diámetros (y


longitudes) – ver Figura 53

31. Biacromial

Es la distancia entre los puntos más laterales de los


procesos acromiales. Este sitio es medido con las
ramas de los calibres deslizantes grandes, colocadas FIGURA 49. Medición del diámetro hiilieocrestídeo
en los puntos más laterales de los procesos
acromiales. Normalmente, esto no coincide con las 33. Longitud del pie
marcas acromiales previamente marcadas, que por lo
general son levemente superiores, (no mediales, y Es la distancia entre el dedo más sobresaliente del pie
anteriores) a estos puntos laterales. Con el sujeto en (que podría ser la primera o la segunda falange) y el
posición de parado, con los brazos colgando a los punto más posterior del talón del pie, mientras el
costados del cuerpo, y el evaluador parado detrás del sujeto se para con el peso repartido equitativamente
sujeto, se colocan las ramas del antropómetro en los entre ambos pies. El calibre se debe mantener paralelo
procesos acromiales, en un ángulo aproximado de 45 al eje longitudinal del pie, y se debe aplicar una
grados, en plano inclinado de abajo hacia arriba. Se presión mínima. Es más conveniente para el evaluador
debe aplicar presión firme para comprimir los tejidos si el sujeto se para sobre la caja, durante esta
sobresalientes. medición.

FIGURA 50. Medición de la longitud del pie

FIGURA 48. Medición del diámetro biacromial

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

34. Altura sentado 35. Transverso del tórax

Es la altura desde la mesa o caja (donde el sujeto se Se mide la distancia entre las caras más laterales del
sienta) hasta el vertéx, con la cabeza en el plano de tórax, mientras la cara superior de la escala del calibre
Frankfort. El evaluador coloca las manos en las es colocada a nivel del punto o marca mesoesternal
mandíbulas del sujeto, con los dedos alcanzando los (en el frente), y las ramas son orientadas de arriba
procesos mastoideos. Se le pide al sujeto que haga una hacia abajo en un ángulo de 30 grados con respecto al
inspiración profunda y que mantenga la respiración y, plano horizontal. Esto evitará que el calibre se deslice
manteniendo la cabeza en el plano de Frankfort el entre las costillas. El evaluador se para frente al sujeto
evaluador aplica una suave presión hacia arriba a quien puede estar, ya sea sentado o parado. Se debe
través de los procesos mastoideos. [Nota: la altura tener cuidado para evitar la inclusión de los músculos
sentado debería tomarse con la misma técnica que la pectorales y dorsales anchos. La lectura se realiza al
utilizada para la estatura de parado]. final de una espiración normal (“end tidal”).

FIGURA 52. Medición del diámetro transverso de tórax

FIGURA 51. Medición de la altura sentado

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FIGURA 53. Localización de las mediciones de los diámetros
36. Profundidad o diámetro ántero-posterior es flexionado en ángulo recto con el brazo. Con el
de tórax calibre de ramas deslizantes pequeño tomado
correctamente, utilizar los dedos medios para palpar
Es la distancia medida entre los dos brazos del calibre los epicóndilos del húmero, comenzando en forma
de ramas curvas, cuando se ubican al nivel del punto o proximal a los sitios. Los puntos óseos que primero se
marca mesoesternal. El evaluador calibre por encima tocan son los epicóndilos. El calibre es colocado
del hombro derecho del sujeto quien está sentado en directamente sobre los epicóndilos, de modo que las
posición erecta, y al que se le pide que respire ramas del mismo se orienten de abajo hacia arriba en
normalmente. La rama posterior del calibre debería un ángulo aproximado de 45 grados, con respecto al
apoyarse sobre las apófisis espinosas de las vértebras, plano horizontal. Mantener presión firme con los
al nivel o altura de la marca mesoesternal. La lectura dedos índices cuando se lee el valor. Debido a que el
se realiza al final de una espiración normal (“end epicóndilo medial está en un plano ligeramente
tidal”). inferior al epicóndilo lateral, la distancia medida
podría ser algo oblicua.

FIGURA 54a. Medición de la profundidad o diámetro ántero-


posterior de tórax (vista anterior)
FIGURA 55 a. Ubicando los epicóndilos del húmero por
palpación

FIGURA 54b. Medición de la profundidad o diámetro ántero-


posterior de tórax (vista posterior)

37. Biepicondilar del húmero ®


FIGURA 55 b. Medición del diámetro
Es la distancia medida entre los epicóndilos medial y biepicondilar del húmero
lateral del húmero, cuando el brazo es levantado
anteriormente hacia el plano horizontal y el antebrazo
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

38. Biepicondilar del fémur ® 5.7.3 Sitios deportivos específicos

Es la distancia medida entre los epicóndilos medial y Los siguientes sitios han sido incluidos como una guía
lateral del fémur, cuando el sujeto está sentado y la para aquellos antropometristas que pudiesen necesitar
pierna flexionada en la rodilla, formando un ángulo estas mediciones para grupos específicos de
recto con el muslo. Con el sujeto sentado y los deportistas. Por ejemplo, la envergadura de brazos ha
calibres colocados en el lugar, utilizar los dedos sido una medición de rutina en nadadores y jugadores
medios para palpar los epicóndilos, comenzando en de voleibol en las instituciones deportivas. Los
Forma proximal a los sitios. Los puntos óseos que diámetros bideltoideo y bitrocantéreo son predictores
primero se tocan son los epicóndilos. Colocar los útiles para calcular la superficie frontal proyectada, en
platillos del calibre sobre los epicóndilos, de modo deportes como el ciclismo, el pedestrismo o carrera, y
que las ramas del mismo se orienten de arriba hacia el patín carrera.
abajo en un ángulo de 45 grados, con respecto al
plano horizontal. Mantener presión firme con los Envergadura de brazos
dedos índices hasta que se haya leído el valor.
Es la distancia entre los extremos de los dedos medios
de las manos izquierda y derecha, cuando el sujeto
está parado contra una pared. Para evitar posibles
errores debido a un tórax grande, el sujeto se para con
su espalda contra la pared. Los brazos estirados deben
estar en posición horizontal. A menudo, es útil utilizar
un rincón de la habitación como uno de los extremos
de medición, porque de esta forma sólo se necesitará
hacer una sola marca en la pared o tabla. Para medir la
envergadura se utiliza una cinta antropométrica.

FIGURA 56 a. Ubicando los epicóndilos femorales por palpación

FIGURA 57. Medición de la envergadura máxima

Diámetro bideltoideo

Es la distancia entre las caras más laterales de los


músculos Deltoides, y se mide utilizando el calibre
deslizante grande. El sujeto se para Relajado, con los
brazos colgando a ambos costados, y las palmas
descansando contra los muslos. Se debe aplicar una
presión mínima (no se deberían dejar marcas en la
piel). Las ramas del antropómetro deberían formar un
ángulo orientado levemente hacia arriba.

FIGURA 56 b. Medición del diámetro biepicondilar del fémur

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

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Somatotyping — development and
Es la distancia entre las caras más laterales de los applications.
trocánteres mayores. No está al mismo nivel que las Cambridge: Cambridge University Press.
marcas trocantéreas previamente marearlas. El
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CAPÍTULO 3

ERROR EN LA MEDICIÓN ANTROPOMÉTRICA


David Pederson y Christopher Gore

1. INTRODUCCION unidades como los standards aceptables para poder


evaluar la precisión de cada variable. Una alternativa
Si un antropometrista mide los pliegues cutáneos de es indicar los niveles de confiabilidad, los cuales son,
un sujeto en forma reiterarla, por ejemplo en varios por lo general, coeficientes de correlación y, por lo
días consecutivos, los valores por lo general serán tanto, no tienen unidades. La variable de confiabilidad
diferentes Si bien una pequeña parte de la variabilidad que presentaremos en este capitulo es el coeficiente
podría estar dada por cambios biológicos en el sujeto, de correlación intraclase (CCI), para el cual existe
la mayor parte se deber probablemente a un rango desde 0 (confiabilidad cero) hasta 1
inconsistencias en la técnica riel antropometrista. Por (confiabilidad perfecta).
ejemplo, cuando se miden los pliegues, la ubicación
de los sitios en el cuerpo podría variar ligeramente de Por lo tanto, las variables de precisión y confiabilidad
evaluación a evaluación, o el equipo que se utiliza difieren en sus unidades y en las restricciones sobre
podría estar calibrado, cada vez, a distinto nivel. Está sus posibles valores. Existen otras dos diferencias. En
claro que para el antropometrista es tina ventaja primer lugar, la precisión es tina característica de un
minimizar la variabilidad técnica en las mediciones. evaluador en particular, al utilizar una técnica
En la literatura sobre errores de medición predominan particular de medición en tina variable en particular.
cuatro temas: precisión, confiabilidad, exactitud y La confiabilidad tiene las mismas características, más
validez. la característica adicional de depender en la
variabilidad de los sujetos. Por lo general, la medición
La variabilidad observada en mediciones repetidas de la confiabilidad para una variable en particular será
llevadas a cabo en el mismo sujeto determina el nivel más cercana a 1 en un grupo de sujetos que son muy
de precisión. Las variables de precisión normalmente diferentes entre sí que en un grupo de sujetos que son
tienen las mismas unidades que las unidades de la relativamente semejantes. En segundo lugar, las
variable en consideración. Una elevada precisión se mediciones de la precisión podrían ser utilizadas en
corresponde con tina baja variabilidad en evaluaciones cálculos posteriores de, por ejemplo, intervalos de
sucesivas, y es el objetivo de un antropometrista confianza, o en el tamaño de la muestra necesario para
competente, ya que entonces habrá tina alta satisfacer ciertos criterios. Los valores de
probabilidad de que tina sola evaluación está cerca de confiabilidad, por el contrario, son simplemente
su valor real, el valor de interés para el evaluador. indicadores de técnica y no son útiles para cálculos
posteriores. Es importante que la evaluación obtenida
El antropometrista no tiene un solo valor para su por un antropometrista en un sujeto en particular sea
precisión, sino que tiene un valor separado para cada cercana al valor real. El grado al cual el valor medido
combinación de una variable y de un procedimiento se corresponde con el valor real es la exactitud de la
de medición. Para la mayoría de las variables medición. Pero, cuál es el “valor real “?. No existe
antropométricas existen standars de precisión ningún instrumento que mida los pliegues cutáneos,
aceptables, los cuales permiten al evaluador controlar por ejemplo, con absoluta exactitud. Cuando se debe
su propia performance. En el Capítulo 13 se discute determinar la exactitud de alguna evaluación,
acerca de los niveles deseables (y razonablemente normalmente se la compara con el valor obtenido por
alcanzables) de precisión. algún antropometrista altamente entrenado y
experimentado (por ejemplo, un antropometrista de
La precisión es el indicador más básico de la pericia Nivel 3 o Nivel 4). Los valores obtenidos por dicho
de un antropometrista. Sin embargo, si los niveles de profesional (llamado evaluador “de criterio”) se
precisión están indicados en el informe técnico, asumen como los valores reales.
entonces los lectores necesitarán saber tanto las
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

El cuarto aspecto del error de medición os la validez, ETM intra-evaluador. El desvío standard de las
la cual es el grado por el cual una evaluación mide mediciones, tomadas independientemente en el mismo
realmente tina característica. Por ejemplo, la variable sujeto, por dos o más antropometristas es el ETM
en estudio podría ser la característica general de inter-evaluador, el cual se supone que excederá al
“capacidad física” de los sujetos. Se podría decir que ETM intra-evaluador si existieran diferencias
tina variable o grupo de variables que sean pobres consistentes entre antropometristas. Si una de las dos
indicadores de la capacidad física, de acuerdo a tomas de mediciones en cada sujeto es realizada por
algunos criterios estipulados, tendrán una baja validez. un evaluador "de criterio”, se podría utilizar el ETM
Sin embargo, raramente la validez sea un tema de inter-evaluador para investigar la exactitud del
preocupación para las mediciones antropométricas ya antropometrista, que realizó la segunda medición en
que las variables que son medidas, por lo general cada sujeto.
están bien definidas, y no son conceptos abstractos.
El tamaño del ETM, a mentirle, está asociado con la
Debido a los distintos factores que influyen en la media de la variable. Por ejemplo, para los datos de
precisión, confiabilidad, y exactitud, la los pliegues cutáneos es común observar un bajo ETM
correspondencia entre ellos nunca es certera. Por cuando la media de la muestra es baja, y un alto ETM
ejemplo, un alto nivel de confiabilidad normalmente cuando la media de la muestra es alta. Para facilitar la
indica un alto nivel de precisión, pero un alto nivel de comparación de los ETM recolectados en diferentes
precisión no siempre está acompañarlo por un alto variables o diferentes poblaciones, se podría usar la
grado de confiabilidad. Es bastante posible (y, de siguiente fórmula para convertir el ETM absoluto en
hecho, bastante común) que un evaluador demuestre ETM relativo (% ETM):
una alta precisión pero un bajo nivel de exactitud. Este
sería el caso cuando el evaluador estaba midiendo con ETM
tina desviación o error constante, poro en forma % ETM = × 100
media
consistente. Sin embargo, el objetivo del
antropometrista debería ser lograr altos grados de
donde, la media es el promedio general de la variable
precisión, confiabilidad, y exactitud, utilizando una
que ha sido medida. El ETM relativo da el error en
técnica válida de medición.
porcentaje de la media total, y no tiene unidades. En
otros contextos el % ETM podría estar referido como
Para algunas variables antropométricas las mediciones
el coeficiente de variación de la variable.
en los sujetos se califican por clases. Por ejemplo, el
peso corporal de un remero podría ser clasificado
La variable de confiabilidad que se utilizará en este
como “peso pesado” o “peso liviano”. Las variables
capítulo es el coeficiente de correlación intraclase, el
de esto tipo son denominadas cualitativas. Sin
cual se calcula más fácilmente a partir de los
embargo, las técnicas discutidas en esto capítulo son
resultados de un análisis de variancia (ANOVA).
apropiadas sólo para variables cuantitativas, para las
Los cuadrados medios a partir del ANOVA se
cuales los valores son números. Las técnicas son más
combinan en una fórmula cociente o de proporción
adecuadas para variables cuantitativas, que tienen
para obtener un CCI. No hay solamente un CCI para
muchos valores posibles, o que pueden asumir
una serie determinada de datos. Si se utiliza una
cualquier valor dentro de un rango especifico.
fórmula diferente, se obtiene un CCI diferente. Dos
interpretaciones del CCI, presentadas en este capítulo,
son:
2. VARIABLES DE PRECISION Y
CONFIABILIDAD - ETM Y CCI
• El CCI indica la correlación entre evaluaciones
La variable de precisión que se utilizará en este sucesivas en el mismo sujeto.
capítulo es el Error Técnico de medición (ETM), • El CCI indica la capacidad del procedimiento de
definido como el desvío standard de mediciones evaluación de discriminar entre sujetos
Repetidas, tomadas independientemente unas de otras, El CCI siempre es positivo y no tiene unidades.
en el mismo sujeto. Las unidades del ETM son las Los valores varían de 0 a 1, con el valor cercano a
mismas que las unidades de la variable medida. 1 que indica una alta confiabilidad, ya que
entonces las mediciones sucesivas guardan
Se supone que el mismo antropometrista realiza todas relativamente una estrecha concordancia.
las evaluaciones y que el ETM será, por lo tanto, el

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Denegar y Ball (1993) brindaron más información mediciones en el mismo momento, y todas las
acerca del CCI. Ellos presentan ejemplos numéricos segundas series de mediciones también en el mismo
que demuestran que los coeficientes de correlación momento, y así sucesivamente. Sin embargo, es difícil
intraclase representan variables de confiabilidad más clan una definición precisa de “en el mismo
adecuadas que los coeficientes de correlación momento”. Para algunos procedimientos
interclase, tal como la correlación producto-momento antropométricos “en el mismo momento” pueden
de Pearson. La razón principal es que los coeficientes significar dentro del período de una mañana o de un
interclase son insensibles a los cambios en la media de día entero. Pon lo tanto, si un antropometrista midió el
la muestra de los sujetos, desde un momento al pliegue triccipital en 20 sujetos donante una mañana y
siguiente, mientras que los coeficientes intraclase luego repitió las mediciones en la tarde del mismo día,
podrían estar influenciados por tales cambios podría considerarse que tanto la primera como la
segunda serie de evaluaciones del pliegue del tríceps
fueron realizadas “en el mismo momento”. Aún si los
3. LA OBTENCION DE LOS DATOS DE sujetos fueron medidos dentro de un período de dos
CONFIABILIDAD días, y luego tres días más tarde, fueron medidos
nuevamente en un período de dos días, se puede decir
Un punto importante para los datos de confiabilidad es que tanto la primera como la segunda serie fueron
la definición de una medición, el valor que proviene realizadas "en el mismo momento". Sin embargo, si
de una única sesión de evaluación. Para algunas un antropometrista midió el pliegue triccipital de cada
variables antropométricas, por ejemplo la estatura o el sujeto dos veces, en un periodo de tres días entre las
peso, la medición proviene de una lectura única. Para dos mediciones, pero le llevó tres meses acumular los
otras variables, por ejemplo los pliegues cutáneos o datos de 20 sujetos, no sería razonable suponer que la
los perímetros, lo normal es realizar dos o más primera o la segunda evaluación fueron realizarlas "en
el mismo momento”.
mediciones, y luego utilizar la media o la mediana. La
ventaja de utilizar lecturas múltiples es que los errores
Para algunos procedimientos de medición los valores
aleatorios tienden a contrarrestarse cuando se usa la
de los sujetos, en un momento, podrían ser
media o la mediana. La metodología para tina variable consistentemente diferentes de los valores en otro
en particular constituye el procedimiento de medición, momento; por ejemplo debido a un cambio en la
y cualquier ETM o CCI se relacionará con un lectura basal del aparato que está siendo utilizado. Por
procedimiento bien definido. Por ejemplo, el ETM y ejemplo, el punto cero en los calibres Harpenden
el CCI para la suma de 7 pliegues cutáneos serían podría cambiar inadvertidamente luego de una serie
específicos para esa variable, y casi con seguridad de mediciones de pliegues cutáneos, de forma tal que
serán bastante diferentes del FTM y CCI para el podría sumarse 1 mm a todas las lecturas en la segun-
perímetro de cabeza. Si se cambia el procedimiento, da serie. La ventaja de medir a todos los sujetos en el
entonces se deben obtener nuevos datos y se deben mismo momento en la primera serie, y luego en la
recalcular el ETM y el CCI. Pon ejemplo, si un segunda serie, es que el análisis puede utilizarse para
antropometrista cambia el uso de calibres Lafayette investigar si han ocurrido cambios entre la primera y
por calibres Harpenden, debería obtener nuevos datos la segunda serie de mediciones. Si se observa que
de confiabilidad para los calibres Harpenden. hubo cambios, se pueden investigar formas de mejorar
los procedimientos de medición.
Los sujetos medidos para establecer el ETM y el CCI
deben ser de la población que será evaluada en el
futuro o, al menos, de una población similar. Por 4. TABLAS DE DATOS A UNA VIA Y A
ejemplo, si las mediciones futuras se realizarán en un DOS VIAS
grupo de levantadores de pesas maduros, entonces los
datos de confiabilidad no deben establecerse en un Los datos de confiabilidad pueden ubicarse en una
grupo de gimnastas prepúberes. El número de sujetos
tabla en la cual las columnas son los sujetos y las
necesario para establecen el ETM y el CCI está
determinado por los recursos disponibles pero líneas son las mediciones repetidas (ven Tabla 1). Sin
normalmente debería ser no menor a veinte. Cada embargo, el método de cálculo del ETM y del CCI
sujeto debería ser medido repetidamente por el mismo dependerá de la naturaleza de los datos y, en
antropometrista. Dos mediciones son suficientes, y particular, si los datos forman una tabla a una o a dos
para facilitar el análisis, el número de mediciones vías. Deberíamos formulamos la siguiente pregunta:
debería ser la misma para cada sujeto. Se realizaron las mediciones en momentos separarlos
o distintos, bien definidos, siendo todos los sujetos
Es posible realizar un análisis más informativo de evaluados en una ocasión en el mismo momento, y
confiabilidad si se toman todas las primeras series de posteriormente re-evaluados en una segunda ocasión

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en el mismo momento, y así sucesivamente?. O, en las dos metodologías de cálculo dan la misma
otras palabras, existe alguna razón por la cual es de respuesta. También serán calculados el ETM y el CCI
esperar que haya alguna diferencia relacionada con el a partir de una tabla de datos a dos vías, llevando a
tiempo, entre las series de mediciones que sea cabo primero un ANOVA a dos vías. En las fórmulas
aproximadamente la misma para todos los sujetos? generales, el número de sujetos estará representado
por la "n" y el número de evaluaciones por sujeto
• Si la respuesta es “no”, los datos constituyen una estará expresado por la "k" (para el caso de números
tabla a una vía. iguales) o por kl, k2,...,kn para los sujetos 1 a n (para
• Si la respuesta es “si”, los datos constituyen una el caso de números desiguales).
tabla a dos vías. Los datos que se utilizarán como ejemplo son las
mediciones del pliegue triccipital (mm) en diez
SUJETO sujetos (ver Tabla 1), aunque en la práctica es
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 aconsejable obtener un mayor número de sujetos.
9.9 8.6 11.6 10.3 11.7 9.9 10.8 9.4 7.6 8.8
5.1 Tabla de datos a una vía
9.3 8.7 10.6 10.5 11.4 9.6 11.0 9.1 7.4 8.2
TABLA 1. Serie hipotética de datos: medición del pliegue
triccipital (mm), en 10 sujetos evaluados dos veces. En esta sección se supondrá que las primeras
mediciones no fueron todas realizadas en el mismo
Se utiliza el término “a una vía" porque, en tal momento, ni tampoco las segundas mediciones, por lo
situación, los datos consisten solamente de columnas cual los datos forman una tabla a una vía colocando a
de números y las líneas no tienen significado. Los los sujetos en las columnas. Es común encontrar datos
números en cada columna pueden estar reordenados de este tipo, particularmente en situaciones en las
sin sufrir ninguna pérdida de información. En una cuales el antropometrista no tiene acceso a todos los
tabla de "a dos vías" tanto las líneas (= tiempo) como sujetos como un grupo, sino que debe acumular datos
las columnas (= sujetos) tienen un significado, y durante varios meses, a medida que los sujetos se
cualquier reordenamiento dentro de una columna encuentran disponibles. En la Tabla 2 encontramos un
podría destruir el patrón de los datos. Cuando los ANOVA a una vía, el cual se obtiene ya sea utilizando
datos forman una tabla “a una vía" entonces el las fórmulas standard presentadas en los libres de
ANOVA se denomina “ANOVA a una vía", y cuando texto de estadística, o usando un paquete estadístico
los datos forman una tabla "a dos vías" el ANOVA es de computación.
denominado "ANOVA a dos vías".
Fuentes de Grados de Suma de los Media
variación libertad cuadrados cuadrada
Un ANOVA a dos vías se lleva a cabo más fácilmente
en una tabla completa de datos sin valores faltantes Si Entre sujetos 9 29.812 3.312
hay valores perdidos en una tabla a dos vías, las Error 10 1.060 0.1060
opciones son: Total 19 30.872
• descartar sujetos hasta que quede una tabla TABLA 2. Tabla de ANOVA a una vía a partir de la serie de
completa y luego llevar a cabo el ANOVA a dos datos presentada en a Tabla 1.
vías;
• llevar a cabo un análisis con ANOVA a una vía;
ETM = MCe = 0.1060 = 0.33mm
• buscar asesoramiento estadístico acerca de cómo
realizar un ANOVA
donde, MCe = error de la media cuadrada. Debido a
a dos vías con valores faltantes, y luego cómo que la media de 20 observaciones es 9.72,
obtener estimaciones del CCI y del ETM.
ETM 0.33
5. CALCULO DEL ETM Y DEL CCI CON % ETM = × 100 = × 100 = 3.4%
DOS MEDICIONES POR SUJETO media 9.72

Muchos autores han presentado una fórmula simple El CCI está dado por
para calcular el ETM a partir de una tabla de datos a
MCs − MCE
una vía (Dahlberg, 1940) la cual utiliza las diferencias CCI =
entre las dos mediciones. En esta sección so MCs + (k − 1) MCe
calcularán el ETM y el CCI a partir de una tabla de
datos a una vía, llevando a cabo primero un ANOVA donde, MCs = media cuadrada entre sujetos, y
a una vía, pero el ETM también será calcularlo a
∑k
2
través del método de diferencias para demostrar que
∑ k¡− ¡

k=
∑k ¡

n −1
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(caso de números desiguales). Ya qrie k= 2, en este Fuente de Grados de Suma de Media


ejemplo, variación libertad cuadrados cuadrada
Entre sujetos 9 29.812 3.312
Entre 1 0.392 0.392
MCs − MCe 3.312 − 0.1060 momentos
CCI = = = 0.94
MCS + MCe 3.312 + 0.1060 Error 9 0.668 0.0742
Total 19 30.872
TABLA 3. Tabla de ANOVA a dos vías para la serie de datos
Cuando el ETM se calcula por el método de las presentada en la Tabla 1.
diferencias, primero se determinan las diferencias (d t)
entre la primera y la segunda medición. Para estos Debido a que la media cuadrada entre momentos y el
ciatos las diferencias son: error de la media cuadrada tienen 1 y 9 grados de
libertad, respectivamente, el cociente F también tiene
0.6, -0.1, 1.0, -0.2, 0.3, 0.3, -0.2, 0.3, 0.2, 0.6 1 y 9 grados de libertad. Una tabla de la distribución F
muestra que el 5 % de F, con 1 y 9 grados de libertad,
La sumatoria de las diferencias (∑ di) es 2.8 y la excede 5.12 y, por lo tanto, se llega a la conclusión de
sumatoria de los cuadrados de las diferencias ( ∑ d t2 ) que las medias para los momentos 1 y 2 son
es 2.12 Por lo tanto, significativamente diferentes a un nivel de
significancia del 5 %, ya que 5.28 excede a 5.12.

En este punto, en la práctica, se debería considerar


∑d
2
¡ 2.12 porque las medías fueron estadísticamente diferentes.
ETM = = = 0.33mm
2n 20 Si se observara que la diferencia se debió a un cambio
en el procedimiento de medición, el cual podría
identificarse y evitarse en el futuro, entonces se
Esta es la misma respuesta que la obtenida a partir del deberían recoger nuevos datos con el procedimiento
ANOVA. modificado y se tendría que repetir el análisis desde el
principio. Por ejemplo, si una investigación revelara
5.2 Tabla de datos a dos vías que la primera serie de medición del pliegue triccipital
fue realizada con una cuidadosa marcación del punto
Los datos ahora serán analizados nuevamente acromial, radial y de la distancia media acromial-
suponiendo que forman una tabla a dos vías. En radial, pero que la segunda serie fue hecha marcando
antropometría, esto corresponde a la situación en la los sitios “a ojo”, el antropometrista debería repetir la
cual, por ejemplo, el pliegue triccipital ha sido medido segunda serie de evaluación utilizando una marcación
en 20 sujetos en un día, y tres días más tarde fueron cuidadosa. Sin embargo, si una investigación detallada
re-evaluados los 20 sujetos, también en un mismo día. de los resultados y de las técnicas no revelara alguna
Es decir, hubo un intervalo de tiempo particular entre causa identificable para las diferencias entre las
la primera y la segunda serie de mediciones, pero cada medidas, entonces el análisis seguirá con el cálculo
una fue realizada en el mismo momento. En la Tabla 3 del ETM y del CCI. En el presente caso, este último
se presenta un ANOVA a dos vías, usando ya sea la procedimiento es el que se va a desarrollar, para
fórmula standard o un paquete estadístico de mostrar los métodos de cálculo.
computación. La media en el momento 1 es de 9.86 En primer lugar,
mm y la media en el momento 2 es de 9.58 mm. A
través de un test F se puede evaluar si existió una
diferencia significativa entre las medias, (n − 1) MC e + MC t
ETM = = 0.1060 = 0.33mm
n

MC t 0.392 Observar que se obtuvo el mismo valor que el cálculo


F= = = 5.28 basado en el ANOVA de una vía. El método de las
MC e 0.0742 diferencias también podría haber sido utilizado para
obtener el ETM, a partir de la tabla de datos de dos
vías. El % ETM también es el mismo para los dos
donde, MCt = media cuadrada entre momentos u análisis, es decir 3,4 %. En términos prácticos, el
ocasiones ETM es bastante pequeño, y es aceptable para las
mediciones de los pliegues cutáneos. Se podría

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concluir que el evaluador ha realizado mediciones Fuente de Grados de Suma de Media


precisas del pliegue del tríceps. variación libertad cuadrados cuadrada
Entre sujetos 9 49.6630 5.518
El CCI está dado por,
Error 20 1.8667 0.09333
Total 29 51.5297
n( MC s − MC e ) TABLA 5. Tabla del ANOVA a una vía para la serie de Datos,
CCI = presentada en la Tabla 4.
nMC s + kMC t + (nk − n − k ) MC e
ETM = MC e = 0.09333 = 0.31mm
Como k = 2, en este ejemplo,
Como la media de las treinta observaciones es 9.76
n( MC s − MC e ) mm,
CCI = ETM 0.31
nMC s + 2 MC t + (n − 2) MC e % ETM = × 100 = × 100 = 3.2%
media 9.76
10(3.312 − 0.0742)
CCI = = 0.94 Como k = 3, en esto ejemplo, el CC1 está dado por,
10(3.312) + 2(0.392) + 8(0.0742)
MC s − MC e 5.518 − 0.09333
Observan que este valor es cercano, pero no idéntico, CCI = = = 0.95
MC s + 2( MC e ) 5.518 + 2(0.09333
al CCI basado en el ANOVA de una vía.
6.2 Tabla de datos a dos vías
6. CALCULO DEL ETM Y DEL CCI CON
TRES MEDICIONES POR SUJETO Suponiendo que los datos forman una tabla a dos vías,
el ANOVA a dos vías arroja los resultados
Cuando se disponen de tres o más mediciones de la presentados en la Tabla 6. Las medidas de los pliegues
misma variable para cada sujeto, no es aplicable el triccipitales para los momentos 1, 2, y 3 son 9.86 mm,
método de las diferencias para calcular el ETM, tal 9.58 mm, y 9.85 mm, respectivamente. Para testear si
como se describió en la Sección 5. Sin embargo, se las medidas son significativamente diferentes, se
podrían utilizar las fórmulas generales para el ETM y calcula F,
el CCI que se presentaron también en dicha Sección, y
esta parte contiene ejemplos de los cálculos. MC t 0.2523
F= = = 3.33
MC e 0.07567
Los datos serán los mismos que para el ejemplo con
dos mediciones, pero con el agregado de una tercena
evaluación del pliegue triccipital en cada sujeto (Tabla Fuente de Grados de Suma de Media
4). variacion libertad cuadrados cuadrada
Entre sujetos 9 49.6630 5.518
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Entre 2 0.5047 0.2523
momentos
9.9 8.6 11.6 10.3 11.7 9.9 10.8 9.4 7.6 8.8
Error 18 1.3620 0.07567
9.3 8.7 10.6 10.5 11.4 9.6 11.0 9.1 7.4 8.2
Total 29 51.5297
9.7 8.3 11.2 10.6 12.3 9.9 11.4 9.0 7.8 8.3 TABLA 6. Tabla del ANOVA a dos vías para la serie de datos, en
TABLA 4. Serie hipotética de datos: medición del pliegue la Tabla 4.
Triccipital (mm), en 1 0 sujetos, evaluados 3 veces.
Como el percentil 95 de F, con 2 y 18 grados de
6.1 Tabla de datos a una vía libertad, es 3.55, se puede concluir que las medias no
son significativamente diferentes al nivel de
Suponiendo que los datos forman una tabla a una vía, significancia del 5%. Sin embargo, 3.33 está cerca de
el ANOVA a una vía arroja los resultados presentados 3.55, por lo cual se deberían considerar las posibles
en la Tabla 5. razones por las cuales la segunda media está por
debajo de las otras dos. Si no se observan razones de
importancia, entonces se dará por aceptado el
procedimiento de medición en su forma actual, y se
procederá con el análisis.

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(n − 1) MC e + MCt 9(0.07567) + 0.2523 antropometrista que obtuvo los datos, aunque los
ETM = = = 0.31mm valores para distintos antropometristas que tienen
n 10
elevada experiencia, normalmente, serán muy
Nuevamente, se obtuvo la misma respuesta que la cercanos entre sí.
calculada a través del ANOVA a una vía, y el % ETM
es el mismo para los dos análisis, es decir 3.2 %. Ejemplo 1
Un deportista es evaluado y se obtiene un pliegue
Como k = 3, en este ejemplo, triccipital de 9.3 mm. Cuáles son los límites de
confianza del valor verdadero para dicho deportista?
n( MC S − MC e ) El error standard de la medición será de 0.33 mm, y
CCI =
nMC s + 3MC t + (2n − 3) MC e aproximadamente un intervalo de confianza del 68 %
para el valor verdadero, provendrá de
10(5.518 − 0.07567) [9.3 - 0.33] a [9.3 + 0.33]; por ej., de 9.00 mm a 9.6
= = 0.95
10(5.518) + 3(0.2523) + 17(0.07567) mm.
Alternativamente, un intervalo de confianza del 95 %
Nuevamente, este valor es muy cercano, pero no para el valor real, será
idéntico, al CCI basado en el ANOVA a una vía.
[9.3 - 2(0.33)] a [9.3 + 2(0.33)], dc 8.6 mm a 10 mm.

7. INTERPRETACION Y APLICACION DEL En general, el ETM es el error standard de una sola


ETM Y DEL CCI medición. (La medición + / - ETM) da el intervalo
aproximado de confianza del 68 % para el valor real
7.1 CCI del sujeto. (La medición + / - 2 x ETM) da el intervalo
de confianza del 95 % para el valor verdadero del
El ANOVA a una vía, de los datos con dos sujeto.
mediciones por sujeto, del pliegue triccipital (ver Aunque el ETM es el desvío standard de mediciones
Sección 5.1) dio un CCI de 0.94 y la interpretación de repetidas, se ha utilizado el término error standard,
este valor se desarrolla en el siguiente párrafo. dado que es así por convención, cuando el problema
que está siendo considerado es de un muestreo y
Supongamos que el antropometrista intenta utilizar el estimación subsecuente. En este caso, la estimación es
mismo procedimiento de evaluación en un grupo de del valor verdadero del sujeto.
sujetos a partir de la misma población, o de una
similar, a aquella de la cual tomó 10 sujetos en la Ejemplo 2
muestra testeada. Entonces una estimación de la Un deportista es evaluado dos veces, en un lapso de
correlación entre evaluaciones sucesivas en un solo un mes, con la intención de testear si el valor
sujeto será de 0.94. Como 0.94 está muy cerca del verdadero del atleta ha cambiado, por ejemplo, entre
máximo CCI posible, que es 1, es de esperar un alto las dos mediciones sucesivas como resultado de
nivel de concordancia entre las sucesivas mediciones. alguna dieta o entrenamiento. Los valores son 9.3
El procedimiento de evaluación tendrá un alto nivel de mm, seguido por 8.5 mm.
confiabilidad. El valor de 0.94, obtenido a partir del
ANOVA a dos vías con los mismos datos, sería Cada evaluación tendrá un error standard de 0.33 mm.
interpretado en forma similar. La diferencia entre las mediciones es 8.5- 9.3 = - 0.8
mm y el error standard de la diferencia es 0.33 x √ 2 =
7.2 ETM 0.47 mm. Un intervalo de confianza de 68 % para el
cambio verdadero, derivará de
El ETM podría ser utilizado de diversas maneras. Se
presentarán cuatro ejemplos; los dos primeros, usando [- 0.8 - 0.47] a [- 0.8 + 0.47], por ej., de -1.3 mm a -
el ETM de 0.33 mm obtenido a partir de los datos con 0.3 mm.
dos mediciones del pliegue triccipital por sujeto (ver
Sección 5.1). Todos estos ejemplos suponen que el Debido a que el intervalo no incluye el cero, se podría
procedimiento de medición no cambió, ya que fue concluir que el sujeto cambió. Efectivamente, se ha
calculado el ETM. Idealmente, los sujetos evaluados llevado a cabo un test para probar la hipótesis nula de
en el futuro deberían pertenecer al grupo (o a la que el valor verdadero no había cambiado, y que la
población) utilizada para obtener el ETM. Observar hipótesis había sido rechazada al nivel de
también que un valor de ETM es único para el significancia de 32% (el complemento de 68%).

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Alternativamente, un intervalo de confianza de 95% Como 40 está incluido dentro del intervalo, se podría
para el cambio real, derivará de concluir (al nivel de significancia del 16 %), que el
valor real de la gimnasta no excedía 40 mm. La
[- 0.8 – 2 (0.47)] a [- 0.8 + 2(0.47)], por ej., de -1.7 diferencia entre el valor observado de 41 mm y el
mm a 0.1 mm. límite superior de 40 mm está dentro del rango
atribuíble al error aleatorio. El nivel de significancia
Como el intervalo de confianza incluye el cero, se es 16 % más que 32 %, lo cual es de esperar ya que el
podría concluir (al nivel de significancia del 5%) que intervalo era un intervalo de confianza de 68 % ya que
el valor real del sujeto no cambió entre las dos el test llevado a cabo es en una sola dirección. El
evaluaciones sucesivas. En general, el ETM x 2 da el interés está en si el valor real excede 40 mm, más que
error OJO standard de la diferencia entre 2 mediciones en saber si el mismo no es igual a 40 mm.
sucesivas. (La diferencia +/-error standard) da el
intervalo aproximado de confianza de 68 % para el Alternativamente, el intervalo de confianza del 95 %
cambio real. (La diferencia +/- 2 errores standard) da para el valor real, será
el intervalo de confianza del 95 % para el cambio
verdadero. [41 - 2(2.9)] a [41 + 2(2.9)], es decir, de 35 mm a 47
mm.
Ejemplo 3
Se mide dos veces la suma de siete pliegues cutáneos Como 40 está dentro del intervalo, se podría concluir
(∑ 7) en una gimnasta de elite, con dos semanas de que (en el nivel de significancia de 2.5%) el valor
intervalo entre evaluaciones, para controlar su verdadero de la gimnasta no fue mayor a 40 mm.
composición corporal. El entrenador quiere saber si
su grasa subcutánea se mantiene a un nivel constante.
Los valores de la ∑ 7 fueron de 38 mm en la primera 8. MARCO TEORICO
medición, y de 41 mm, dos semanas más tarde. Antes
de llevar a cabo estas mediciones, el antropometrista Consideremos la medición del pliegue triccipital de
había obtenido un ETM de 2.9 mm para la ∑ 7 9.9 mm, en el primer sujeto en la Tabla 1. Podría
pliegues en una muestra de 30 gimnastas mujeres de haberse dado el caso de que el valor real del sujeto en
élite. aquel momento, tomado a largo plazo, fuera de 9.6
mm pero que hubiera un error de 0.3 mm atribuible,
La diferencia entre la semana 0 y la semana 2 es 38 - podríamos decir, a un error de medición o a la
41 = - 3 mm, y el error standard de la diferencia es 2.9 variabilidad biológica del sujeto, a través del tiempo.
x √ 2 = 4.1 mm. El intervalo de confianza del 68 % Se podría formular la siguiente ecuación:
para el cambio real es [ -3 - 4.1] a [ -3 + 4.1], es decir
de - 7.1 mm a 1.1 mm. Como el intervalo incluye el 9.9 = 9.6 + 0.3
cero, se podría concluir que (al nivel de significancia
del 32 %) el valor real de la gimnasta no cambió. Por lo general, se puede formular el siguiente modelo
Alternativamente, el intervalo de confianza del 95% (Modelo 1):
para el valor real es [-3 - 2(4.1)] a [-3 + 2(4.1)], es
decir - 11.2 mm a 5.2 mm. Nuevamente, como el medición en el sujeto = valor real del sujeto + error
intervalo incluye el cero, se concluye que (en el nivel
de significancia del 5 %) el valor verdadero de la Este es el modelo adecuado si se considera que los
deportista no cambió. datos forman una tabla a una vía. Es el modelo que
forma la base para el ANOVA a una vía. Se supone
Ejemplo 4 que el error promedio es cero, por lo que la medición
Supongamos que, para la situación considerada en el es igual al valor real. La variancia de los efectos del
ejemplo 3, el entrenador está buscando que la ∑7 no error se podría escribir como σe2 (1) y, si se puede
sea mayor a 40 mm. Habiendo observado 41 mm en la asumir que los sujetos forman una muestra aleatoria
segunda medición, puede el entrenador concluir que de una población de sujetos, entonces la variancia ele
el valor verdadero de la > 7 excedía 40 mm en el los valores reales de los sujetos podría ser σs2 (1).
momento de la evaluación?
Un intervalo de confianza aproximado de 68 % para el Para el Modelo 1, el ETM es la raíz cuadrada de la
valor real, será estimación de σe2 (1), y el CCI es el cálculo de

[41 - 2.9] a [41 + 2.9] , es decir, de 38 mm a 44 mm.


σ s 2 (1)
σ s 2 (1) + σ e 2 (1)

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Por lo tanto, el CCI es el cálculo de la proporción de Para el Modelo 2, el CCI es la estimación de


la variabilidad combinada para los sujetos, y el error
que podría atribuirse a la variabilidad entre los σ s 2 ( 2)
mismos.
Ahora, consideremos el caso en el cual los datos σ s 2 ( 2) + σ t 2 + σ e 2 ( 2)
forman una tabla a dos vías (tal como fue discutido
por Denegar & Ball, 1993; Guilford, 1965; Verducci, Por lo tanto, el CCI es la estimación de la proporción
1980). Nuevamente, podría darse el caso de que el de la variabilidad combinada para los sujetos, tiempo,
valor real del sujeto, tomado a largo plazo, fuera de y error que pueden atribuirse a la variabilidad entre
9.6 mm, pero que hubiese un aumento (aplicable a sujetos. Si una tabla de datos a dos vías es analizada
todos los sujetos) de 0.5 mm, asociado con la primera con un ANOVA a una vía, y luego con uno a dos vías,
medición y un error (único para el sujeto) de - 0.2
los CCI de los dos análisis serán cercanos entre si, si
mm. Entonces, podría formularse la siguiente
ecuación: la variabilidad entre tiempos es pequeña.
En general, el CCI será cercano a 1 si existe una alta
variabilidad entre sujetos [σs2 ( 1) o σs2 ( 2 ) es
9.9 = 9.6 + 0.5 - 0.2
grande], o si existe una baja variabilidad entre las
mediciones repetidas en el mismo sujeto [σe2 ( 1 ) o
Por lo general, este modelo (Modelo 2) puede σe2 ( 2 ) es pequeño], o si existen ambas condiciones.
formularse de la siguiente manera: Para el Modelo 1, un valor de 1 para el CCI indicaría
una perfecta capacidad para discriminar entre sujetos
medición en el sujeto = valor real del sujeto + efecto [σe2 ( 1 ) = 0; las mediciones repetidas en el mismo
del tiempo + error sujeto son idénticas], y un valor de 0 indicaría ninguna
capacidad discriminatoria [σs2 (1) = O; todos los
Este es un modelo adecuado si se considera que los sujetos son iguales en su efecto]. Una afirmación
datos forman una tabla a dos vías. Cada sujeto tiene el similar podría formularse para el CCI en el Modelo 2,
mismo efecto del tiempo incluido en su primer si la variabilidad entre momentos o tiempos fuera
medición, y cada sujeto tiene el mismo efecto del insignificante. Desde el punto de vista de la capacidad
tiempo (probablemente distinto del efecto del tiempo de las mediciones para discriminar entre sujetos, es
o momento 1) incluido en la segunda evaluación. Este deseable, por lo tanto, obtener un valor de CCI
modelo forma la base para el ANOVA a dos vías. El cercano a 1. Si se compararan dos procedimientos
efecto del tiempo o del momento no está presente en diferentes de medición para un único grupo de sujetos,
el Modelo 1, y la variancia de los efectos del tiempo entonces podría utilizarse el CCI para realizar dicha
podría formularse como σ t2 La variancia de los comparación, ya que tanto σs2 como σe2 , podrían
efectos de los sujetos es σs2 (2), y la variancia de los concebirse que dependen del mismo procedimiento de
efectos del error es σe2 (2). medición. Si se compararan dos laboratorios, cada uno
utilizando el mismo protocolo de medición, se podría
Bajo las Secciones 5.2 y 6.2, que consideran el utilizar el CCI, pero una comparación justa requeriría
ANOVA a dos vías, se sugirió que debería utilizarse la suposición de que los sujetos utilizados por cada
un test F para determinar si los efectos del tiempo laboratorio provienen de la misma población. De lo
fueron diferentes entre sí. Si se observaba que fueron contrario, un laboratorio podría tener un menor CCI
diferentes, el procedimiento de evaluación era que el otro, dado que los sujetos que utilizó eran
investigado para ver si un procedimiento mejorado inherentemente menos variables (σs2 era más bajo), y
(con marcaciones más rigurosas en el sujeto) podría no por una deficiencia en el procedimiento de
eliminar o, al menos, minimizar las diferencias entre evaluación, en cual resultó en un elevado σe2. En el
los tiempos o momentos de las mediciones. Si se Capítulo 13, se discuten los valores mínimos de ETM
hiciese esto, y aún persistiesen las diferencias entre para los distintos niveles de acreditación.
tiempos o momentos, entonces el método utilizado
sería con relación a la persistencia de la variabilidad
entre tiempos, como un componente de un inevitable 9. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
error aleatorio.
Dahlberg, G. (1940).
Para el Modelo 2, el ETM es la raíz cuadrada de la Statistical methods for medical and biological
estimación de [σe2 (2) + σt2 ]. Si una tabla de datos a students.
dos vías es analizada con un ANOVA a una vía, y London: George Allen & Unwin.
luego con un ANOVA a dos vías, los ETM de los dos
análisis serán iguales, ya que σe2 (1) = σe2 (2) + σt2 .

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Denegar, C.R., & Ball, D.W. (1993). Guilford, J.P. (1965).


Assessing reliability and precision of Fundamental statistics in psychology and
measurement: an introduction to intraclass education.
correlation and standard New York: McGraw-Hill.
error of measurement.
Journal of Sports Rehabilitation, 2, 35 - 42. Verducci, E.M. (1980).
Measurement concepts in physical education.
London: C.V. Mosby.

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CAPÍTULO 4

CALIBRACIÓN DE LOS CALIBRES DE PLIEGUES


CUTÁNEOS HARPENDEN
Robert Carlyon, Christopber Gore,Sarah Woolford, y Robert Bryant

1. INTRODUCCION promedio de 8.25 gr.mm -2 (0.081 N.mm –2), en diez


nuevos calibres Harpenden. Además, evaluaron
Los calibres de pliegues cutáneos son relativamente calibres Lange, Slim Guide, Skyndex, y Lafayette, y
económicos y proporcionan un método conveniente ninguno tuvo una presión de platillos, en la escala
para controlar los cambios en los patrones de los inferior, mayor a 8.67 gr. mm-2 (0.085 N.mm-2 ).
pliegues cutáneos y el grosor total de los mismos, a
través de la medición de la grasa o adiposidad A pesar de la recomendación de Edwards y colegas
corporal subcutánea. Un antropometrista puede llevar (1955) de utilizar una superficie standard de los
a cabo mediciones duplicadas, en un grupo de 20 o 30 platillos de 6 x 15 mm, las diferencias entre las
sujetos, para establecer su propio error técnico de distintas marcas de calibres, observadas por Schmidt y
medición (ETM - ver Capítulo 3), pero debería Carter (1990), son consecuencia del hecho que aún no
aclararse que el ETM es específico para cada existen normas standard, ya sea para la superficie de
evaluador, para su propia población experimental, y los platillos o para la tensión de los resortes. Entonces,
para el calibre utilizado. De cualquier manera, los la presión recomendada para los platillos de 10.0
ETM suponen características constantes de los gr.mm -2 (0.098 N.mm-2) puede obtenerse con platillos
instrumentos, con el tiempo. Si varían las con una pequeña superficie y resortes livianos, o con
características del instrumento, tal es por ejemplo, si platillos de gran superficie y resortes fuertes.
la presión de los platillos del calibre (fuerza por Utilizando bloques de goma espuma que brinden una
unidad de superficie = N.mm -2) no es calibrada, calibración dinámica, en la escala inferior, de cinco
entonces los ETM serán de utilidad limitada. marcas comunes de calibres, Schidmt y Carter (1990)
Edwards, Hammond, Healy, Tanner, y Whitehouse demostraron que los calibres con resortes livianos
(1955) estudiaron la performance del calibre tienden a producir valores más elevados, es decir que
utilizando una calibración de la escala superior (es no comprimen la goma espuma tanto como los
decir, la apertura de los platillos), y también calibres con resortes más fuertes. Dos estudios
investigaron los efectos de la presión de los platillos recientes han verificado que estas diferencias
en la precisión para medir el grosor del tejido observadas con calibraciones dinámicas, con bloques
subcutáneo. Ellos observaron que la presión ejercida de goma espuma, se trasladan a diferentes grosores de
por el calibre tenía un efecto significativo, tanto sobre pliegues. Gruber, Pollock Graves, Colvin, y Braith
el grosor del pliegue medido, como en la consistencia (1990) observaron que los calibres Harpenden daban
con la cual la medición era repetida. Si la presión de consistentemente valores más bajos de pliegues
los platillos era demasiado suave, las mediciones de cutáneos que los calibres Lange, mientras que
los pliegues no sólo eran superiores a lo real, sino que Zillikens y Conway (1990) observaron que los
eran también menos reproducibles. Observaron que calibres Holtain daban sistemáticamente lecturas
los pliegues eran muy reproducibles para presiones de inferiores a las de los calibres Lange. Este capítulo
los platillos entre 9 y 20 gr.mm -2 (equivalente a 0.008 describe cuatro métodos de calibración de la presión
- 0.196 N.mm –2 ). También recomendaron que los de los platillos de los calibres de pliegues cutáneos, y
calibres no variaran en la presión de sus platillos en también como calibrar la separación entre platillos. La
más de 2.0 gr.mm -2 (0.020 N.mm –2 ), en un rango de Compañía British Indicators Ltd. recomienda que los
separación de platillos de 2 - 40 mm, y que la presión calibres Harpenden deberían ser retornados a la
standard de los mismos fuera de 10 gr.mm-2 (0.098 Compañía para su calibración, pero la información
N.mm –2 ). Otros estudios (Behnke & Wilmore, 1984; contenida en este capítulo ofrece una alternativa para
Keys, 1956) también han recomendado una presion de los antropormetristas que se preocupan por mantener
platillos en escala ascendente (es decir, separando las un control más frecuente de sus propios calibres. Los
ramas),superior de 10 gr. mm -2 .Por el contrario, datos presentados en este capítulo también desafían
Schmidt y Carter (1990) utilizaron la determinación las recomendaciones de Edwards y cols. (1955),
de la presión de los platillos en escala descendente (es acerca de una presión absoluta de platillos de 10.0 +/ -
decir, cerrando los platillos), y observaron un 2.0 gr.mm-2 (0.098 N.mm-2). Los resultados
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

presentados sugieren que una diferencia de solo 1.0 lo largo de las “palancas” de los platillos más cercana
gr.mm-2 (0.0098 N.mm-2) en un rango de separación de la posición del “pivot”. . Suponiendo que las
de platillos de 2 a 40 mm, podría llevar a errores en características de los resortes no cambian a partir de la
los totales de pliegues cutáneos. También proponemos especificación del diseño, el resultado de la acción es
que, tanto la calibración en la escala superior como que la fuerza aplicada a los platillos permanece
inferior, podría ser necesaria para caracterizar relativamente constante, a medida que aumenta la
adecuadamente los calibres de pliegues cutáneos. Si separación de los mismos. Esta fuerza constante se
bien todavía no podemos proponer tolerancias mas traslada a una presión de platillos relativamente
estrictas de presión de calibración absolutas, debido a constante, dentro del rango normal de operación para
que no disponemos de datos adecuados, sugerimos un estos calibres.
método conveniente para controlar la presión de los
platillos con calibración relativa (con bloques de
goma espuma), lo cual es útil dentro de un laboratorio
de antropometría.

1. DESCRIPCION DEL CALIBRE

El calibre Harpenden es un instrumento de precisión


que utiliza dos resortes para aplicar una fuerza de
cierre a los platillos, y éstos tienen una superficie cada
uno de 90 mm2 (6 mm x 15 mm). El platillo superior
es “fijo”, el cual soporta el “pivot”, sobre el cual rota
el platillo inferior, el mango, y el reloj indicador FIGURA 2. Vista muy cercana del “pivot” del calibre Harpenden
(Figura 1). La ley de Hooke sobre elasticidad
establece que la tensión en un resorte es directamente Los resortes están instalados en cada lado de los
proporcional al “stress” que actúa sobre el resorte. Es brazos del “pivot”. El diseño del brazo inferior móvil
decir, el aumento en la longitud del resorte es incluye una pequeña leva al costado del “pivot”,
directamente proporcional a la fuerza que actúa sobre opuesta a los resortes y a los platillos. Esta leva
el resorte. Si no se tuviera en cuenta la ley de Hooke interactúa con el émbolo del indicador de medición
durante la fase del diseño, los calibres de pliegues para determinar la distancia que hay entre los dos
cutáneos podrían tener una presión de platillos que platillos (Figura 2).
podría variar proporcionalmente la separación entre
los mismos. Bajo estas circunstancias, sería Las características de los resortes pueden alterarse con
dificultoso sumarse a la recomendación de Edwards y el tiempo y con la contaminación del medio ambiente
cols. (1955), quienes sostenían que la presión de los en el cual son utilizados. Además, el lubricante del
platillos no debería variar en mas de 2.0 gr.mm-2
“pivot” tiende a degradarse con el tiempo y la
(0.020 N.mm-2), dentro del rango de operación.
contaminación, mientras que las superficies de
contacto en la interface entre la leva y el émbolo del
indicador tienden a desgastarse. Estos factores, junto
con algún daño físico en los platillos o en su
alineación, deberían ser los puntos principales de
preocupación de cualquier procedimiento de
calibración.

3. METODOS DE CALIBRACION DE LA
PRESION DE LOS PLATILLOS

Existen cuatro métodos posibles para calibrar la


FIGURA 1. Calibre para pliegues cutáneos Harpenden fuerza de los platillos [en gramos (gr), o más
correctamente en Newtons (N)] y la presión de los
El diseño de los calibres Harpenden parece seguir la mismos (es decir la fuerza por unidad de superficie, en
ley de Hooke, ya que los resortes han sido colocados gr.mm-2 o N.mm-2). La calibración puede realizarse ya
entre los platillos en tal posición que, a medida que sea en forma estática (platillos quietos), o dinámica
aumenta la separación de los mismos, el punto al cual (platillos en movimiento); y puede ser en escala
el resorte aplica la fuerza es efectivamente movido a

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

ascendente (abriendo los platillos) o descendente c. Escala descendente estática (Figura 4)


(cerrando los platillos).
Schmidt y Carter (1990) describieron en forma clara
a. Escala ascendente estática (Figura 3) como usar la determinación de la presión de los
platillos en escala descendente, estática (es decir, la
Una de las primeras referencias para la calibración de compresión). Los autores utilizaron una escala
estos instrumentos proviene de Edwards y cols. (1955, calibrada con resorte para medir la presión ejercida
p. 142), quienes utilizaron un método estático en por los calibres con aperturas de platillos de 10, 20,
escala ascendente (platillos en apertura). Esto se 30, 40, y 50 mm.
puede realizar fijando un brazo del calibre
horizontalmente en una varilla con tornillo, y colgar Tuvieron cuidado en asegurarse que el ángulo de la
del otro brazo un platillo con pesas. Se puede registrar presión ejercida sobre la cara del platillo del calibre se
la apertura de los platillos con una serie de pesas, mantuviera en 90 grados. Este método es bien
desde 900 gr. hacia arriba, a intervalos de 10 gr Sin controlable, pero no imita el modo dinámico en el cual
embargo, los principales defectos de este método de los calibres son utilizados.
calibración son que no es dinámico (los platillos se
abren y luego permanecen separados), y que es
exactamente opuesto al modo descendente (por ej.,
donde los platillos se cierran), que es el modo en el
cual los calibres son utilizados para medir el grosor de
los pliegues.

b. Escala ascendente dinámica

No existen investigaciones que describan la presión


del calibre cuando los platillos se abren lentamente.
Sin embargo, este método podría ser útil para evaluar
la histéresis, en comparación con la calibración en
escala descendente dinámica, para ver si existe una
excesiva resistencia de apertura asociada con el
“pivot” del calibre. (“Histéresis” se refiere a las
distintas características de stress-tensión cuando algún
elemento es estirado, en oposición a cuando la
elongación es liberada. En este caso es el grado al cual
la tensión sobre los resortes del calibre, durante la
calibración, refleja el “stress” al que han sido
sometidos los mismos con anterioridad, así como el FIGURA 4. Sistema de calibración en escala descendente,
estática. Reproducido con el permiso de Pau Schmidt y Lindsay
presente “stress”. Por lo tanto, si la calibración en Carter.
escala ascendente afecta las características de los
resortes, durante la posterior calibración en escala d. Escala descendente dinámica (Figura 5)
descendente, se podrían medir las presiones
“alteradas” de los platillos). Schmidt y Carter (1990) fueron los primeros en
describir como se podían utilizar bloques de goma
espuma compacta, de distintos espesores, para simular
las características de la piel humana y el tejido
adiposo, y desarrollar de esta manera una calibración
dinámica de los calibres de pliegues cutáneos. La
característica fundamental de este procedimiento es
que los platillos se van cerrando lentamente, lo cual
replica el verdadero modo de uso. Utilizar bloques de
goma espuma para esta técnica tiene distintas
limitaciones. En primer lugar, los bloques de goma
espuma son relativamente fáciles de dañar y, como lo
describieron Carter y Schmidt (1990), se deteriorarán,
a menos que se guarden lejos de la luz directa y sin
FIGURA 3. Sistema de calibración en escala ascendente, compresión. También, debido al proceso de
estática.

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

fabricación, la densidad de la goma espuma compacta utilizaba un gancho para sostener el brazo superior del
no es igual en todos los lugares, lo cual significa que calibre. La célula de carga era conectada a un
los sitios de medición deben ser cuidadosamente amplificador/indicador de la tensión, cuyo resultado
marcados en la misma, para permitir resultados era aplicado directamente al ingreso de datos de un
reproducibles. Finalmente, los bloques de goma sistema computado de adquisición de datos. Una
espuma sólo permiten una calibración relativa y no característica singular de este sistema de calibración
permiten una presión absoluta y cuantificada del es el “controlador de la separación” (Figura 6), el cual
cierre de los platillos. puede ser utilizado para abrir o cerrar lentamente los
platillos (a aproximadamente 2mm/seg.), mientras la
fuerza dinámica de apertura o cierre es registrada en el
sistema de adquisición de datos.

La precisión del equipo de calibración fue expresada


utilizando el coeficiente de variación (es decir, el
desvío standard dividido por la media, expresado en
porcentaje) para mediciones triples de la presión de
los platillos a los 5, 10, 15, 20, 25, 30, 35 y 40 mm. El
promedio total del coeficiente de variación en las 8
separaciones fue de 0.22 % para la calibración
ascendente dinámica, y del 0.88 % para la calibración
descendente estática. Las principales desventajas del
FIGURA 5. Ingenieros utilizando bloques de goma espuma para sistema de calibración con una célula de carga es que
la calibración. es relativamente caro y que requiere de experiencia
técnica para armarlo.
3.1 Calibración absoluta
3.1 .2 Estudios de casos - Servicio de los calibres y
3.1.1 Calibración de la presión de los platillos con reposición de resortes
célula de carga
El beneficio de la calibración absoluta de los calibres
de pliegues cutáneos puede demostrarse considerando
La Figura 6 muestra una forma en la que se puede
varios estudios de casos. Los datos en la Tabla 1
medir la presión absoluta de los brazos del calibre
fueron recolectados de cuatro calibres viejos y de
utilizando cuatro combinaciones posibles presentadas
cuatro calibres nuevos, y muestran tres puntos claves
posibles presentadas anteriormente. A pesar de haber
para la calibración de los Calibres de pliegues
sido desarrollado independientemente del sistema
descripto por Schmidt y Carter (1990),este sistema cutáneos.
incorpora muchos de los principios utilizados en los
antiguos aparatos. Mientras que el sistema presentado • La condición del “pivot” del calibre (bien
por Schmidt y Carter (1 990 utiliza una balanza con engrasado y funcionando suavemente) es
resorte para medir la fuerza que es aplicada por los fundamental para el rendimiento del mismo. (Los
resortes el sistema mostrado en la Figura 6 utilizó una resultados del calibre Al muestran que la
célula de carga de 2kg (Scale Components, Brisbane, reparación del pivot redujo la presión de los
Australia) montada sobre un brazo de palanca, el cual platillos de 11.61 a 10.59 gr.mm-2, ante una
era libre para rotar sobro un “pivot”adherido a una separación de 40 mm).
tabla posterior .Se utilizó una célula de carga de estilo • La antigüedad o las características de distintos
“S” para minimizar los movimientos laterales .La resortes alteran la presión ejercida por los
célula de carga fue colocada en el brazo de palanca, de platillos, si bien esto varía con los diferentes
modo que la fuerza necesaria para separar los platillos calibres. (Mientras que los calibres A2 y A3
fuera ejercida en 90 grados sobre el rango total de tuvieron presiones mayores a 10.0 gr.mm-2 el
separación de los mismos. Para que ocurra esto, el calibre C4 tuvo menos de 9.5 gr. mm-2, y Al varió
“pivot” de los calibres en estudio era alineado entre 9.5 y 11.6 gr.mm-2, ante una separación de
verticalmente con el “pivot” del brazo de palanca, y se platillos entre 5 y 40 mm).

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Separacion de los platillos (mm)
5 10 15 20 25 30 35 40
ID del Condición Presión ante la separación de brazos (gr.mm-2)
calibre
A1* Resortes originales 9.52 9.82 10.12 10.42 10.71 11.01 11.31 11.61
Pivot reparado 9.82 9.82 10.12 10.12 10.42 10.42 10.42 10.59
Resortes nuevos,
Pivot reparado 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12
C4+ Resortes originales 8.96 9.08 9.14 9.21 9.24 9.30 9.32 9.39
Resortes nuevos 10.41 10.40 10.26 10.22 10.17 10.18 10.13 10.20
A2+ Resortes originales 10.57 10.86 10.96 10.98 11.10 11.11 11.11 11.11
Resortes nuevos 9.61 9.62 9.61 9.62 9.58 9.58 9.54 9.53
A3+ Resortes originales 11.01 11.09 11.15 11.10 11.10 1.18 11.21 11.04
Resortes nuevos 10.24 10.27 10.32 10.30 10.32 10.21 10.12 10.14
B1* Completamente 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12
nuevo
B2* Completamente 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12
nuevo
B3* Completamente 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12 10.12
nuevo
C1+ Completamente 10.45 10.49 10.45 10.36 10.26 10.18 10.08 10.11
nuevo
TABLA 1. Calibración dinámica en escala ascendente de varios calibres Harpenden. Datos recolectados utilizando tanto una balanza con
resortes calibrada (*), como una célula de carga calibrada (+) (Nota: la resoluci6n de la balanza era de 25 gr., mientras que la resolución
de la célula de carga era de 3 gr.).

• Las diferencias en las características de los 0.020 N.mm-2). Nosotros investigamos esta propuesta
resortes nuevos (por ejemplo, tipo de acero y utilizando un utropometrista altamente
longitud del resorte) podrían producir diferencias experimentado, con un ETM definido para realizar
entre los calibres que tienen el pivor reparado. mediciones repetidas en deportistas, usando el calibre
(Mientras que los calibres B1, B2, y B3 tenían C4. El mismo calibre (C4) fue utilizado para medir el
grosor de los pliegues subcutáneos en 10 deportistas
presiones de 10.12 gr. mm-2 a una separación de
mujeres de distintas disciplinas, primero con resortes
10.0 mm, el calibre Cl tuvo una presión de 10.49 originales (que, se estimaba, tenían 4 años y habian
gr.mm-2). Hasta que más datos se hayan sido usados en 30.000 mediciones), y luego con
recolectado en cada uno de estos puntos, el mejor resortes nuevos. Primero se marcaron las marcas
método a adoptar por un antropometrista, lo que anatómicas para los siete sitios (tríceps, subescapular,
mejorará las posibilidades de obtener resultados bíceps, supraespinal, abdominal, muslo frontal, y
reproducibles durante muchos años de medición, pantorrilla medial - ver Capitulo 2), y luego se
es asegurarse: que el “pivot” de su propio calibre midieron usando el calibre C4. Después se calculó la
esté bien engrasado, que el perno del “pivot” no sumatoria de los siete sitios ( ∑ 7 ) para cada juego de
esté excesivamente ajustado, y de comprar varios resortes. El ETM para el antropometrista que llevó a
juegos de resortes al mismo momento, de forma cabo estas mediciones había sido establecido un mes
que los mismos provengan del mismo lote de antes usando los mismos calibres, y en 19 sujetos cuya
fábrica (y, por lo tanto, tengan similares ∑ 7 varió entre 47.1 y 121.8 mm. El ETM y el %
características mecánicas). ETM para la ∑ 7 fue de 0.96 y 1.12 %,
respectivamente. Este ETM es de la misma magnitud
que el reportado por Lohman (1981) para mediciones
repetidas. La sumas de los siete pliegues medidos con
3.1 .3 Implicancias fisiológicas de las diferencias
resortes nuevos y con resortes originales fueron
entre resortes comparadas usando un test T de Student para muestras
apareadas, con un nivel de significancia establecido en
Edwards y cols. (1955) recomiendan que la presión de p< 0.05.
los platillos sea de 10.0+/- 2.0 gr.mm-2 (0.098 +/-
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

En la Tabla 2 se presentan los datos de la W7 en los entre las dos series de evaluación es √2 x 0.96 = 1.36
10 deportistas. El promedio de la W7 para el calibre mm. El intervalo de confianza del 95% para un
C4 fue de 91.4 mm con resortes nuevos, y de 96.9 mm cambio libre de error entre dos series de medición
con resortes originales. La diferencia entre el uso de surge de [5.4 - (2 x 1.36)] a [5.4 + (2 x 1.36)], es decir
los dos resortes (5.4 mm) fue estadísticamente de 2.7 a 8.1 mm. Como el rango calculado no incluye
significativa (t = 9.38,p< 0.001), lo cual fue mayor a el cero, se rechaza la hipótesis nula de que el cambio
lo que podría responsabilizarse poe error técnico de en la ∑ 7 es cero, y se concluye que el cambio medido
medición (ETM). Un ETM de 0.96 mm, indica que en la ∑ 7 es distinto con el uso de resortes nuevos y
cada medición de ∑ 7 tiene un error standard de 0.96 originales.
mm y, por lo tanto, el error standard de la diferencia

sujeto Resortes nuevos (mm) Resortes originales (mm) Original – nuevo (mm)
S1 95.3 100.6 5.3
S2 110.3 116.6 6.3
S3 61.0 66.7 5.7
S4 65.8 67.2 1.4
S5 99.8 106.1 6.3
S6 88.6 96.9 8.2
S7 100.5 104.5 4.0
S8 103.7 108.9 5.2
S9 81.7 86.4 4.7
S10 107.4 114.0 6.6
Media 91.4 96.8 5.4
ES 5.4 5.7 0.6
TABLA 2. Sumatoria de siete pliegues cutáneos (mm), en 10 deportistas mujeres; comparación entre el uso de resortes originales y nuevos,
en un juego de calibres Harpenden.

Los resultados de este estudio muestran que la con los calibres Harpenden especificaba que los
diferencia entre la calibración dinámica en escala mismos eran diseñados para ejercer una presión
ascendente con resortes originales (promedio para constante de 0.098 N.mm-2 +/- 10 %. Sin embargo,
separaciones de platillos de 5 - 40 mm = 9. 20 gr mm- nuestros datos sugieren que una diferencia de 1.0
2
) y con resortes nuevos (promedio = 10.25 gr.mm-2) gr.mm-2 (0.0098 N. mm-2) es excesiva si se pretenden
también se tradujo en diferencias fisiológicas realizar comparaciones válidas entre distintos calibres
estadísticamente significativas, y prácticamente Harpenden. Por lo tanto, podría ser necesario un rango
importantes en la suma de los pliegues. Esto sugiere de calibración dinámica en escala ascendente de 10.0
que la fatiga de los resortes en los calibres Harpenden +/- 0.50 gr.mm-2 (o 0.098 N. mm-2 +/- 5 %).
puede alterar las mediciones de los pliegues, en
exceso a las diferencias debidas al error de medición 3.1.4 Calibración en escala ascendente versus
(ETM). Sin embargo, también es posible, ya que escala descendente
nosotros no calibramos los resortes originales C4
cuando los mismos eran nuevos, que los resortes También es importante estudiar las diferencias entre la
originales y los nuevos tuvieran características calibración absoluta en escala ascendente y en escala
diferentes debido a que fueron fabricados descendente. Como se observó anteriormente,
aproximadamente con una diferencia de cinco años Edwards y cols. (1955) recomiendan una presión de
entre sí. En cualquier caso (fatiga con el tiempo, o calibración estática en escala ascendente de 10.0 +/-
diferencia entre resortes), estos resultados resaltan que 2.0 gr.mm-2, pero Schmidt y Carter (1990) utilizaron
las diferencias entre resortes pueden trasladarse a una determinación absoluta en escala descendente
diferencias en la suma de los pliegues cutáneos. estática de la presión de los platillos, y observaron un
promedio de 8.25 gr.mm-2 en diez calibres Harpenden
Además, estos datos sugieren que las nuevos. Los datos presentados en la Tabla 3 para
recomendaciones de la escala ascendente estática de cuatro calibres dan una presión media en escala
Edwards y cols. (1995) podrían ser demasiado ascendente de 10.04 gr.mm-2 (media de todas las
indulgentes. Ellos recomiendan que una presión de aperturas de platillos), mientras que la cifra
platillos de 10.0 +/- 2.0 gr.mm-2 (o 0.098 N.mm-2 +/ - equivalente en escala descendente es de 8.14 gr.mm-2.
20 %) es adecuada para obtener resultados Estos datos concuerdan con los de Schmidt y Carter
reproducibles. La hoja de información que solía venir (1990).

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Porqué la presión de los platillos en escala ascendente alta producirá una fuerza aplicada anormalmente baja,
(apertura) es mayor que la presión en escala cuando los platillos se cierran. Por lo tanto, la
descendente (cierre), y cuál es la más útil, dado que calibración en escala descendente indica las
los calibres son utilizados en realidad para hacer cualidades de operación de los calibres cuando los
mediciones en el modo descendente? La fuerza mismos son utilizados para medir el grosor de los
aplicada por el operador para abrir los platillos no sólo pliegues, mientras que la calibración en escala
debe ser suficiente para estirar los resortes, sino que ascendente representa una evaluación de las
también debe vencer la resistencia de fricción cualidades mecánicas generales de los calibres. Se
asociada con los resortes, el pívot, y el indicador de pueden realizar mayores evaluaciones mecánicas
medición. Cuando el operador libera las ramas, parte examinando las diferencias entre las mediciones
de la energía almacenada en los resortes se perderá ascendentes y descendentes, las que, de acuerdo a los
para superar las fuerzas de fricción. La energía datos recolectados hasta el presente, están en el orden
restante en los resortes generará entonces la fuerza de de 1.5 a 2.0 gr.mm-2 (0.0147 a 0.0196 N.mm-2) para
cierre aplicada a los platillos. Anormalmente, una alta calibres mecánicamente confiables. Por lo tanto,
resistencia de fricción provocará la necesidad de una debería realizarse tanto una calibración ascendente
fuerza anormalmente elevada para abrir los platillos. como descendente para caracterizar adecuadamente un
Además, una resistencia de fricción anormalmente calibre.

Separacion de los platillos (mm)


5 10 15 20 25 30 35 40
-2
ID del Modo de condición Presión ante la separación de los brazos (gr.mm )
calibre calibración
Ascendente Resortes 10.44 10.40 10.26 10.22 10.17 10.18 10.13 10.20
nuevos
C4 Descendente 8.41 8.40 8.41 8.36 8.29 8.24 8.12 8.06
Ascendente Resortes 9.61 9.62 9.61 9.62 9.58 9.58 9.54 9.53
nuevos
A2 Descendente 8.29 8.27 8.21 8.05 7.98 7.95 7.95 7.75
Ascendente Resortes 10.24 10.27 10.32 10.30 10.32 10.21 10.12 10.14
nuevos
A3 Descendente 8.63 8.56 8.49 8.40 8.30 8.20 8.15 8.20
Ascendente Resortes 10.45 10.49 10.45 10.36 10.26 10.18 10.08 10.11
nuevos
C1 Descendente 8.17 8.11 8.02 7.93 7.81 7.70 7.61 7.60
TABLA 3. Calibración dinámica en escala ascendente y calibración estática en escala descendente, en varios calibres Harpenden. Los
datos fueron recolectados utilizando una célula de carga calibrada.

Usando los datos presentados arriba (Tabla 3), en • Con cualquier separación de platillos en el rango
combinación con los de Schmidt y Carter (1990), así de 5 a 40 mm, la diferencia entre la presión en
como también perfeccionando las recomendaciones de escala ascendente y descendente debería ser
Edwards y cols. (1955), proponemos los siguientes menor a 2.0 gr.mm-2 (0.020 N.mm-2).
lineamientos para la calibración de los calibres
Harpenden:
3.2 Calibración relativa
• Se deberían realizar calibraciones absolutas, tanto
en escala ascendente como descendente, con 3.2.1 Calibración dinámica en escala
rangos de separación de platillos entre 5 y 40 mm. descendente, con bloques de goma espuma
• La presión dinámica media en escala ascendente
(es decir, la presión media para el rango de
Con el fin de controlar la calibración de un solo juego
separación de platillos) debería estar en el orden
de calibres (o de un juego de resortes comprados en el
de 10.0 +/- 0.50 gr.mm-2 (0.098 +/- 0.005 N.mm-
2 mismo momento) se recomienda el siguiente
).
procedimiento utilizando bloques de goma espuma
• La presión estática media en escala descendente
como una alternativa útil, pero inferior, a la
debería estar en el rango de 8.25 +/-0.50 gr.mm-2
(0.081 +/- 0.005 N.mm-2).

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calibración absoluta de la presión de los platillos con • Se marca una línea en las dos caras opuestas de
célula de carga. cada bloque de goma espuma a 2 cm del borde.
Si bien el método con bloques de goma espuma es una • Se realiza una marca en el punto medio de cada
técnica útil para controlar las características de la línea.
escala descendente de los calibres, no es capaz de
• Los platillos del calibre son colocados
evaluar las características en la escala ascendente.
exactamente en los sitios marcados.
• Se sostiene la goma espuma verticalmente, y se
Obtener cinco bloques de goma espuma con grosores
aplican los platillos en ángulo recto a la goma
(en estado sin compresión) de 15.0, 25.0, 35.0, 45.0 y
espuma (Figura 5).
55.0 mm (cada bloque de 10 por 10 cm). La goma • Se lee el reloj del calibre, 2 segundos después de
espuma ED200 (Dunlop Flexible Foams, Australia) es la aplicación de la presión total de los platillos.
semejante a las características de la goma espuma • Los bloques son medidos en el siguiente orden:
HD40 utilizada por Schmidt y Carter (1990). Es 15 mm, 25 mm, 35 mm, 45 mm, y luego 55 mm,
importante controlar las características de la goma cada uno medido una vez. El orden de esta
espuma ya que si la densidad es demasiado baja o prueba debería repetirse un total de 10 veces,
demasiado alta no simulará adecuadamente la llevando aproximadamente 1 min cada serie de 5
comprensibilidad del pliegue cutáneo ni dará valores mediciones.
suficientemente discriminatorios que sean útiles. Se • Se deberían estandarizar las condiciones
eligieron grosores de los bloques en estado sin ambientales bajo las cuales es medida la goma
compresión para que al usarlos con los calibres espuma, utilizando un laboratorio con aire
lleguen a valores de compresión en el rango de los acondicionado.
calibres Harpenden, es decir, de 0 40 mm.
3.2.1.1 El « rango de calibración » de los bloques
de goma espuma
Debido al proceso de fabricación, la densidad de la
goma espuma con células compactas no es igual en
Utilizar los datos de un único juego de calibre (como
todos los sitios. Además, si se realizan mediciones el presentado en la Tabla 4) para establecer u rango de
repetidas en un único sitio dentro de un período corto calibración, el cual es definido como la media +/-3 DS
de tiempo (por ejemplo, cada 20 segundos), la goma a partir de 10 mediciones repetidas en la serie de cinco
espuma tendrá una distorsión menor que provocará bloques de goma espuma, con cada bloque medido en
que los valores consecutivos disminuyan (por el sitio específico marcado. Estadísticamente, esto
ejemplo, en una goma espuma de 45 mm, la medición significa que el 99.7% de las observaciones estarán
nro. 1= 22.5 mm, la medición nro. 10 = 22.0 mm, la dentro de este rango de calibración. Cuando cualquier
medición nro. 30 = 21.7 mm, y la medición nro. 50 = dato futuro de calibración, utilizando los mismos
21.7 mm). Por lo tanto, para poder obtener datos calibres y bloques de goma espuma, caiga fuera del
reproducibles y evitar estos problemas de distorsión, rango de calibración lo más probable es que el calibre
se debería utilizar el siguiente procedimiento: necesite un cambio de resortes, reparación y
lubricación del “pivot”, o ambas cosas.

Grosor no comprimido (mm)


15.0 25.0 35.0 45.0 55.0
ID del calibre Grosor comprimido (mm)
C1 2.4+/-0.20 5.7 +/-0.44 11.6 +/-0.62 21.7 +/-0.41 30.7 +/-0.22
TABLA 4. Rango de calibración (media +/- 3 DS) de 10 mediciones en cada bloque de goma espuma, para un calibre Harpenden.

3.2.2 Discriminando entre resortes originales y 30.000 movimientos de platillos en el transcurso de 4


nuevos años), y finalmente el calibre C4 con dos resortes
nuevos (C5). Los calibres C1 y C4 también fueron
En un pequeño estudio, se utilizaron cinco calibres utilizados en la calibración absoluta (Sección 3.1) y en
Harpenden para investigar el siguiente punto: un la Tabla 1. Se tomaron 10 mediciones repetidas en un
calibre completamente nuevo (C1), dos calibres juego de bloques de goma espuma ED200 con cada
relativamente nuevos (C2 y C3) que habían tenido uso uno de los cinco calibres, en la forma descripta en la
limitado (aproximadamente 800 movimientos de Sección 3.2.1.
platillos; en donde’ un movimiento equivale a una
medición de pliegue cutáneo en una ocasión), un Los calibres más nuevos, C1 y C5, tendieron a tener
calibre extensamente utilizado (C4; aproximadamente desvíos standard mucho más bajos (y, por lo tanto,

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variancias mas bajas) que los calibres más antiguos Este pequeño estudio demostró que reemplazar los
(C2,C3,C4) para cada uno de los bloques de goma resortes extensamente utilizados en un juego de
espuma (Tabla 5). Esto podría indicar que los calibres calibres Harpenden por un par de resortes nuevos
más antiguos tienen mayor variabilidad que los produjo grosores comprimidos significativamente
nuevos. Las variancias desiguales también podrían menores en cuatro de los cinco bloques. Sin embargo,
confundir los análisis de variancia para mediciones también es posible, como no calibramos los resortes
repetidas, los cuales mostraron que hubo una de C4 cuando eran nuevos, que los resortes utilizados
interacción significativa entre el calibre utilizado y el en C4 y C5 hayan tenido características diferentes, ya
grosor comprimido en los cinco bloques de goma que fueron fabricados aproximadamente con cinco
espuma [ F (16,225) = 43.0, p < 0.001 ]. Una años de separación. Para verificar que los nuevos
comparación post – hoc de las medias (Tabla 5) es resortes fueran similares para los calibres Harpenden,
más útil, usando los dos calibres con resortes nuevos, se utilizaron otros tres calibres nuevos o casi nuevos
C5 y C1. No hubo diferencias entre ninguno de los para medir los bloques de goma espuma. Los cuatro
cinco calibres cuando fueron aplicados al bloque de mejores calibres C1,C2,C3, y C5 en general
15 mm, pero cuando se usó el calibre C5 como produjeron valores que no fueron diferentes entre sí.
instrumento de criterio, C4 produjo valores Este resultado concuerda con los de Schmidt y Carter
significativamente mayores para los bloque s de 25, (1990), quienes también afirmaron que la variabilidad
35, 45 y 55 mm. No hubo diferencias en ninguno de entre los calibres Haperden nuevos es pequeña. No
los cuatro calibres con resortes nuevos o casi nuevos está claro si los resortes viejos se habían desgastado o
(C1, C2, C3, y C5) para los bloque de 25 y 35 mm, si los nuevos tenían características diferentes, pero
pero los calibres C2 y C3 fueron significativamente este estudio verifica que los resultados de la
diferentes de C5 en el bloque de goma espuma de 55 calibración absoluta presentados en la Sección 3.1.3
mm. también pueden ser discriminados utilizando una
calibración en escala descendente con bloques de
goma espuma.

Grosor no comprimido (mm)

15.0 25.0 35.0 45.0 55.0


ID del calibre Grosor comprimido (mm)

2.4+/-0.07 5.7+/-0.15 11.6+/-0.21 21.7+/-0.14 30.7+/-0.07


C1
(+/-0.20) (+/-0.44) (+/-0.62) (+/-0.41) (+/-0.22)

2.5+/-0.05 5.9+/-0.07 11.8+/-0.26 21.8+/-0.22 31.1+/-0.20ª


C2
(+/-0.15) (+/-0.20) (+/-0.79) (+/-0.66) (+/-0.60)

2.4+/-0.07 5.6+/-0.08 11.3+/-0.22 21.2+/-0.21b 30.1+/-0.20ab


C3
(+/-0.21) (+/-0.25) (+/-0.66) (+/-0.63) (+/-0.60)

2.6+/-0.05 6.8+/-0.15ab 13.5+/-0.27ab 23.4+/-0.35ab 32.6+/-0.29ab


C4
(+/-0.15) (+/-0.45) (+/-0.81) (+/-1.04) (+/-0.87)

2.4+/-0.03 5.7+/-0.07 11.6+/-0.09 21.7+/-0.12 30.7+/-0.12


C5
(+/-0.09) (+/-0.22) (+/-0.28) (+/-0.37) (+/-0.35)

TABLA 5. Grosor comprimido de bloques de goma espuma (media +/- DS), usando 5 juegos de calibres Harpenden. Cl es un juego de
calibres nuevo. C2 y C3 son calibres con uso limitado. C4 es un calibre extensamente utilizado. C5 es el mismo calibre C4 al cual se le ha
cambiado el par de resortes. Los valores en paréntesis representan 3 DS.

a = diferencia significativa con C5


b = diferencia significativa con C1

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3.2.3 Interpretación del rango de calibración de 4. CALIBRACION DE LA SEPARACION
los bloques de goma espuma DE LOS PLATILLOS

Si se aplica a C5 el criterio del rango de calibración 4.1 Calibres Vernier


(media +/- 3 DS), tal como se describió en la Sección
3.2.1.1) a los datos con bloques de goma espuma, las El método más simple de calibrar la separación entre
mediciones tomadas por C4 caen fuera del rango de los platillos es utilizar las pequeñas ramas de los
calibración en los cinco bloques, mientras que Cl, C2, calibres Vernier, utilizados por ingenieros, colocados
y C3 quedan dentro de dicho rango. Si el rango de en el centro exacto de las caras de los platillos (Figura
calibración se establece utilizando Cl como criterio, 7). Sin embargo, localizar y sostener los calibres
C4 queda fuera del rango para todos los bloques, Vernier en el centro de las caras de los platillos es
excepto el de 15 mm sin compresión. Sin embargo, relativamente impreciso.
C3 también cae fuera de la calibración para los
bloques de 45 y 55 mm, pero sólo por 0.1 y 0.2 mm,
respectivamente. Esto sugiere que este método para el
rango de calibración, para un único calibre, es útil
dentro de un laboratorio para indicar cuando los
calibres están produciendo datos confiables. Tanto el
método de calibración con bloque de goma espuma
como la calibración absoluta de los calibres pudieron
discriminar entre un calibre con resortes originales y
uno con resortes nuevos. Esta diferencia, que se
discute en la Sección 3.1.3, fue suficiente para
traducirse en una diferencia significativa en la
sumatoria de pliegues cutáneos (L7). Sin embargo, el
método con bloques de goma espuma debería FIGURA 7. Un ingeniero utilizando el calibre Vernier para la
utilizarse como un anexo adjunto más que en calibración de la separación entre platillos.
reemplazo de la calibración absoluta estática en escala
descendente. 4.2 Varilla de calibración - teoría

Independientemente del uso de calibración absoluta o Un método más exacto para chequear la separación
relativa en escala descendente, el desgaste con el entre los platillos es insertar un espaciador delgado de
tiempo, o las diferencias entre resortes, pueden diámetro conocido entre los platillos y registrar a
traducirse en diferencias en las sumatorias de los lectura del reloj. Sin embargo, con este método
pliegues y, por lo tanto, es aconsejable que el existen numerosos posibles peligros. Debido a que las
antropometrista compre varios juegos de resortes para caras de los platillos cambian el ángulo y pierden
calibres en un mismo momento de forma que los paralelismo a medida que los platos se van abriendo,
la lectura del reloj será mayor si el espaciador es
mismos provengan de un mismo lote de fabricación
colocado cerca del borde interno del platillo que si se
(y, por lo tanto, tengan características mecánicas coloca cerca del borde externo del mismo (Figura 8).
similares). El mejor espaciador a usar es aquel construido con
una varilla de metal sólido de aproximadamente 1 cm
de diámetro (Figura 9).
FIGURA 8. Diagrama que muestra los errores en la calibración de la separación con espaciadores finos

interno de las caras de los mismos es ubicado en los


extremos de una varilla calibrada. Debido a que la
distancia desde el centro del pivot del calibre
Harpenden hasta el centro de la superficie de los
platillos es de 152.4 mm, esta longitud puede
utilizarse como la hipotenusa de un triángulo
rectángulo originando el ángulo A desde el centro del
«pivot» (Figura 10). Este mismo ángulo (A) es
sostenido desde el borde interno de la superficie del
platillo con su ángulo complementario partiendo del
borde externo. La corrección a ser aplicada a la lectura
del reloj de la separación del calibre para una varilla
metálica es el doble del seno del ángulo A utilizando
FIGURA 9. Un ingeniero utilizando varillas de calibración para una hipotenusa de 3 mm (la mitad del ancho del
calibrar la separación entre platillos
platillo). Esta corrección se resta a la lectura del reloj
registrada para la longitud particular de la varilla de
Una varilla de esta dimensión resuelve el problema calibración.
del ángulo de los platillos suponiendo que el borde

FIGURA 10. Diagrama que muestra la derivación del factor de corrección a ser utilizado, cuando se calibra la separación de los platillos
utilizando varillas de calibración.
mitad de la longitud del espaciador (G) Corrección = mitad del ancho de la cara del platillo
seno A = ------------------------------------------------- x seno A x 2 mm
largo del brazo – mitad del largo de la
Del calibre cara del platillo 3× G × 2 G
= = mm
298.8 49.8
G/2
=
152.4 − 3 Por lo tanto, la separación real de los platillos = G +
G/49.8, lo cual debería estar indicado en el reloj. La
Tabla 6 muestra el tamaño de la corrección para
G aperturas de platillos en el rango de 5 a 40
=
298.8
largo de la varilla de calibración (mm) correlación (mm)

5 -0.1

10 -0.2

15 -0.3

20 -0.4

25 -0.5

30 -0.6

35 -0.7

40 -0.8

TABLA 6. Correcciones calculadas para las aperturas de los platillos de los calibres Harpenden

4.2.1 Varillas de calibración - Procedimiento resultados muestran que los tres instrumentos más
viejos (# 1, 2, y 3 - aproximadamente de 20 años)
A continuación, se describe el procedimiento para estuvieron dentro de 0.1 mm de las mediciones con la
calibrar las separaciones entre los platillos de un varilla calibrada. Este error está dentro del error del
calibre Harpenden, en intervalos de a 5 mm, en el procedimiento con la varilla de calibración porque el
rango de 5 a 40 mm Las varillas de calibración fueron reloj de los calibres Harpenden sólo puede leerse con
hechas a partir de secciones trabajadas en forma una precisión de 0.1 mnt El mayor error medido fue
precisa de una vara de metal de 10 mm El de 0.4 mm registrado para el calibre # 7 que tenía 5
procedimiento es el siguiente: años de uso. Los resultados para los tres instrumentos
(1) Dejar que los platillos del calibre se cierren y más nuevos (# 4, 5, y 6) estuvieron dentro de los 0.2
colocar el reloj en cero. mm de los standards de calibración. El error
(2) Colocar la varilla calibrada de 5 mm entre las levemente mayor podría estar dado por las diferencias
caras del platillo y registrar la lectura del reloj. en el diseño de la leva y el émbolo de los nuevos
Observar que el borde interno de las caras de los instrumentos, en comparación con los de hace 20 años
platillos esté apoyando en la varilla. atrás. El error a partir de las varillas de calibración
(3) Sacar la varilla calibrada y controlar que la aguja standard indica el grado de uso o daño del calibre, lo
del reloj haya vuelto a cero. cual probablemente esté relacionado con el pivot o la
(4) Repetir los pasos (2) y (3) dos veces más. leva. La leva está ubicada sólo a 15 mm por detrás del
(5) Repetir los pasos (2), (3), y (4) utilizando varillas pivot (mientras que las ramas de los platillos tienen
calibradas de 10,15, 20, 25, 30, 35, y 40 mm de 152.4 mm de largo) y, por lo tanto, tiene una
largo. desventaja mecánica de 10 a 1 con los platillos.

En la Tabla 7 se muestran los resultados de la Es decir, cualquier uso en la superficie de la leva se


calibración de siete calibres Harpenden. Estos reflejará en los platillos donde aparecerá 10 veces
mayor. Por lo tanto, un error de 0.4 mm en la
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

separación de los platillos podría ser el resultado de que el error de medición obtenido con la técnica. Sin
un desgaste en la leva de 0.04 mm. embargo, la medición regular de la separación entre
platillos es esencial para asegurar que la superficie de
Dadas las limitaciones en la técnica de medición de la leva no se haya dañado o contaminado con
los pliegues cutáneos, los errores en la separación de pequeñas piezas de sustancias extrañas que podrían
los platillos son bastante pequeños. Un error de 0.4 producir un error aún mayor
mm a una separación de platillos de 40 mm constituye
un error del uno por ciento, lo cual es mucho menos

Longitud de la varilla de calibración (mm)

5 10 15 20 25 30 35 40

ID del calibre Separación calculada entre las caras de los platillos (gr.mm-2)

#1 5.1 10.2 15.1 20.2 25.2 30.1 35.1 40.0

#2 4.9 10.0 15.1 20.1 25.0 29.9 34.9 39.8

#3 5.0 10.1 15.1 20.1 25.1 30.0 35.0 39.9

#4 4.9 10.0 15.0 20.0 25.0 30.0 35.0 40.0

#5 4.9 10.0 14.9 20.0 24.9 30.0 35.1 40.0

#6 4.9 9.9 14.9 20.0 24.9 29.9 34.9 39.9

#7 4.9 10.0 15.0 20.1 25.1 30.1 35.3 40.4


TABLA 7. Cálculo de las separaciones entre las caras de los platillos del calibre Harpenden (es decir, corregido para el error asociado con
las caras no paralelas de los platillos, a medida que aumenta la separacion)

5. CONCLUSIONES Y engrasado y funcionando suavemente, sin que el


RECOMENDACIONES perno del «pivot» esté excesivamente ajustado.
(ii) Lo ideal es llevar a cabo una calibración
Los bloques de goma espuma pueden aportar un absoluta tanto en escala ascendente como
método económico y conveniente para controlar descendente cada 12 meses (o silos calibres
longitudinalmente la confiabilidad de la presión de los fueron accidentalmente dañados), con
platillos de un calibre Harpenden e indicar cuándo los separaciones de los platillos en el rango de 5 a
resortes necesitan ser cambiados. Por el contrario, la 40 mm. La calibración en escala ascendente
comparación de datos recolectados entre los representa una evaluación de las cualidades
laboratorios requiere que se lleve a cabo una mecánicas totales de los calibres, mientras que
calibración absoluta de la presión de los platillos. Sin la calibración en escala descendente indica las
embargo, los datos presentados en este capítulo cualidades del calibre cuando es utilizado para
sugieren que las recomendaciones comúnmente medir el grosor de los pliegues cutáneos. Para
aceptadas de Edwards y cols. (1955) de una presión caracterizar en forma adecuada a un calibre se
estática en escala ascendente de 10.0 ±/- 2.0 gr.mm-2, debería realizar tanto calibración ascendente
y aún las de British Indicators Ltd. (10.0 +/- 1.0 como descendente.
gr.mm2), son demasiado indulgentes. Si se quieren • La presión dinámica media con escala
realizar comparaciones válidas entre distintos calibres ascendente (es decir, la presión media para el
Harpenden para una sumatoria de pliegues cutáneos, rango de separaciones de platillos) debería
se podría necesitar un rango de calibración de 10.0 +/- estar en el rango de los 10.0 +/- 0.50 gr.mm-
2
0.5 .gr.mm2. Finalmente, se necesitan más (0.098 +/- 0.005 N.mm-2).
investigaciones para identificar las características • La presión estática media en escala
dinámicas absolutas y descendentes de los calibres descendente debería estar en el orden de los
Harpenden. 8.25 +/- 0.50 gr.mm-2 (0.081 +/- 0.005 N.mm-
2
).
Recomendaciones • A cualquier separación de platillos, en el
rango entre 5 y 40 mm, la diferencia entre la
(i) El «pivot» del calibre debería controlarse cada presión en escala ascendente y descendente
12 meses para asegurarse de que esté bien

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

debería ser menor a 2.0 gr.mm-2 (0.020 Edwards,D.A.W, Hammond,W.H.,


N.mm-2). Healy,J.M.,Tanner,J.M. &Whitehouse, R.H. (1955).
(iii) Como alternativa conveniente, se puede utilizar un Design and accuracy of calipers for measuring
rango de calibración usando bloques de goma espuma subcutaneoUS tissue thickness.
para controlar la presión dinámica en escala British journal of Nutrition, 9, 133-143.
descendente dentro de un laboratorio. Este método
podría ser más oportuno para chequear los calibres Gruber,J.J., Pollock, M.L., Graves,J.E., Colvin,A.B.,
más frecuentemente que la calibración absoluta; por & Braith, R.W. (1990).
ejemplo, para controlar los calibres que se han caído Comparison of Harpenden and Lange calipers
accidentalmente o que se le han prestado a un colega. in predicting body composition.
Research Quarterly, 61, 184-190.
(iv) Los antropometristas deberían saber que los resortes
de los calibres Harpenden se podrían desgastar con el Keys,A.. (1956).
tiempo o podrían variar sus características mecánicas Recommendations concerning body
por ser de distintos lotes de fabricación. Las measurements for the characterizatiOn of
diferencias pueden detectarse con calibración absoluta nutritional status.
o con calibración con bloques de goma espuma. Por Human Biology, 28, 111-123.
consiguiente, nosotros aconsejamos que se adquieran
2 o 3 juegos de resortes de reemplazo con cada calibre Lohman,T.G. (1981).
nuevo, y que el Harpenden sea calibrado con todos los Skinfolds and body density and their
juegos de resortes cuando es nuevo, para asegurarse relationship to body fatness: a review.
que los mismos tengan todos similares características Human Biology, 53, 181-225.
de calibración.
(v) Al menos cada 6 meses, se debería controlar la Schmidt, P.K., & Carter,J.E.L. (1990).
precisión de la separación entre los platillos del Static and dynamic differences among five
calibre, utilizando varillas de calibración que varíen types of skinfold calipers.
de 5 a 40 mm. Human Biology, 62, 369-388.

Zillikens, M.C., & Conway,J.M. (1990).


6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Anthropometry in blacks applicability of
generalised skinfold equations and differences
Behnke,A.R., & Wilmore, J.H. (1984). in fat patterning between blacks and whites.
Evaluation and regulation of body build American Journal of Clinical Nutrition, 52,
and composition. 45-5l.
Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall.

Carter,J.E.L., & Schmidt, RK. (1990).


A simple method for calibrating skinfold
calipers. Proceedings of the Commonwealth
and International Conference on Physical
Education, Sport, Health, Dance,
Recreation and Leisure.Volume 3 Part 1,
pp.49-53.Auckland~ New Zealand.

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CAPÍTULO 5

SISTEMAS DE SIMILITUD EN ANTROPOMETRIA


Tim Olds, Kevin Norton, Sen Van Ly, y Liz Lowe

1. INTRODUCCION 2.1 Modelos de proporción o cociente

A menudo los antropometristas quieren comparar el El modelo simple de proporción es de la forma


tamaño de dos segmentos corporales (tales como la
parte superior del brazo y la parte inferior), o y = kx
comparar el tamaño de una parte corporal con alguna
medición más general del tamaño del cuerpo (como el donde k es alguna constante. Por ejemplo, se
peso o la estatura), o relacionar alguna cualidad (como considera que las longitudes de las extremidades son
la fuerza) con el tamaño total del cuerpo. El estudio de más o menos fracciones constantes de la estatura
tamaños comparativos es denominado alometría corporal (dentro de sub-poblaciones étnicas, y una
Nosotros estamos interesados en estas relaciones, no vez que ha finalizado el crecimiento óseo).
sólo dentro de un individuo, sino en los seres humanos
y animales en general. Estas relaciones no sólo son 2.2 Modelos de regresión
importantes en la teoría sino que tienen muchas
implicancias prácticas.
Un modelo levemente más complejo y más general es
el modelo de regresión (lineal), de la forma

2. MODELOS TEORICOS PARA y=bx+a


RELACIONAR LAS VARIABLES
ANTROPOMETRICAS
donde a y b son constantes. Por ejemplo, Tanner
De a1guna manera, queremos relacionar una variable
independiente x, que está relacionada con el tamaño o (1949) utiliza la ecuación
con la forma (ejemplos de variables x son el peso, la
estatura, o la superficie corporal), con una variable VS = O.32 peso + 79.5
dependiente y, que también podría estar relacionada
con el tamaño o la forma, o podría ser una variable para describir la relación entre volumen sistólico (VS,
funcional (ejemplos de variable y podrían ser los ml) y peso corporal (peso, kg). Otro ejemplo en donde
pliegues cutáneos, la tasa metabólica basal, o la el modelo de regresión podría ser más apropiado que
velocidad de locomoción). Cuando determinamos la el modelo de proporción es el nivel de grosor del
relación entre dos variables cualquiera, nos pliegue cutáneo con la estatura. El pliegue cutáneo
enfrentamos con la tarea de especificar un modelo incluye una doble capa de piel, cuyo grosor es más o
teórico. Nuestra opción de qué modelo utilizar menos independiente de la estatura. Esto significaría
dependerá de condiciones teóricas y/o de que hay un cierto valor mínimo, un «piso», por debajo
procedimientos estadísticos que nos dicen cuan bien x del cual no puede encontrarse el pliegue (Figura 1).
predice y. No existe un procedimiento mecánico para En consecuencia, un gráfico del grosor del pliegue
decidir qué modelo se adecua mejor, y como el cutáneo, en función de la estatura, debería mostrar una
número posible de modelos es infinito, no podemos intercepción positiva. Esto es claramente importante
considerar todos ellos. En antropometría, han sido cuando queremos comparar el grosor de los pliegues
comúnmente utilizados tres modelos - modelos de cutáneos de personas de distintos tamaños corporales
proporción o cocientes, modelos de regresión, y (ver Sección 4.1.2, más adelante).
ecuación alométrica general. Se discutirán cada uno
de estos modelos.
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

FIGURA 2. Un individuo con una masa magra (MM) de 80 kg


FIGURA 1. Gráfico de dispersión del grosor del pliegue cutáneo tiene una tasa metabólica basal (TMB) de 2.136 kcal.día-1.
del bíceps (mm), en función de la estatura corporal (cm), en un Mientras que este valor cae directamente en la línea de regresión
grupo de sujetos que participaron del estudio con adultos (línea sólida) con la ecuación TMB = 21.8 x MM + 392, cae muy
australianos, llevado a cabo por el Departamento de Arte, por debajo de la línea de proporción con la ecuación TMB =
Deporte, Medio Ambiente, y Territorios (1992). Observar que el 29.15 x MM (adaptado de Bogardus y Ravussin, 1989).
pliegue biccipital parece tener un «piso» (cerca de 2 mm),
independientemente de la estatura del individuo.
y = bxa
Un buen ejemplo de la diferencia entre los modelos de
o, calculando logaritmos de ambos lados,
proporción y de regresión fue brindado por Bogardus
y Ravussin (1989). Se sabe que uno de los
ln y = ln b + a ln x
determinantes principales de la tasa metabólica basal
(TMB) es la masa libre de grasa (MLG). Estos autores
donde x es el tamaño de alguna parte del cuerpo o una
señalan que cuando se utiliza un modelo de
medición general del tamaño corporal (normalmente
proporción (Figura 2), personas con una gran masa
la estatura o el peso); y es el tamaño de otra parte del
magra absoluta (como ocurre con los obesos), a
cuerpo o función corporal. Esta ecuación es conocida
menudo parecen tener TMB por debajo de lo
como ecuación alométrica general.
«normal». Nosotros podríamos interpretar que esto
significa que los individuos obesos tienen un defecto
Cuando a = 0, y es igual a b. Este sería el caso, por
metabólico que les provoca utilizar menos energía en
ejemplo, cuando el tamaño de algún segmento
reposo, y desde allí especular que este defecto podría
corporal no depende del tamaño del animal. Por
haber causado su obesidad (o alternativamente, que la
ejemplo, el tamaño de los glóbulos rojos (GR) es el
obesidad lleva a una menor TMB). Sin embargo,
mismo en todos los mamíferos, independientemente
cuando se utiliza un modelo de regresión, los
de cuán grande sea e1 animal. Los GR varían en
individuos con una mayor MM caerán cerca del valor
tamaño entre 4 y 9.4 um de diámetro para pesos
predictivo (Figura 2). Por lo tanto, la elección de un
corporales en un rango entre 2 gr y más de 4.000 kg.
modelo de proporción o uno de regresión afectará
En otras palabras, el tamaño de los GR es
nuestros diagnósticos y la interpretación de los datos.
independiente del tamaño corporal. De hecho, los
ratones y los caballos tienen GR de similar tamaño
2.3La ecuación alométrica general
(Weibel, 1984).
Cuando a = 1, el tamaño de las dos partes corporales
Un tercer modelo, que es aún más general, es el
(o el tamaño del segmento corporal y de todo el
modelo de potencia, o ecuación alométrica
cuerpo) tiene una relación lineal. Por ejemplo, la
general,. En la década de 1930, Huxley (1932) y
longitud de pierna normalmente aumenta en forma
Teissier (1931) desarrollaron un método simple e
paralela al incremento de la estatura corporal. Otro
ingenioso para describir el tamaño relativo de dos
ejemplo es el volumen sanguíneo en los mamíferos, el
partes corporales (proporcionalidad). Ellos sugirieron
cual aumenta en proporción con la masa corporal (es
que las relaciones proporcionales podrían describirse
decir, en proporción con el cubo de la altura). Cuanto
mejor a través de una simple ecuación versátil:
más grande es el animal, más sangre tendrá. Si

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

graficáramos el volumen sanguíneo (en el eje de las y) Kleiber” que establece que la tasa metabólica es
en función del peso corporal (en el eje de las x), la proporcional al peso corporal elevado a la potencia
gráfica sería una línea recta. 0.75. Se ha observado que esto es cierto, tanto para la
tasa metabólica en reposo como la tasa metabólica
Cuando a = 2, el tamaño del segmento corporal máxima, en un rango muy amplio de animales. Los
aumenta con el cuadrado del tamaño corporal. La gráficos que «dibujan» la tasa metabólica vs. el peso
superficie transversal del músculo y la superficie corporal en una escala log-log muestran que casi todos
corporal son ejemplos de características corporales los puntos caen cerca de una línea de mejor ajuste con
que aumentan aproximadamente con el cuadrado de la una pendiente no significativamente diferente de 0.75
estatura. (estos gráficos son llamados curvas «ratón a elefante;
Figura 3).
Cuando a = 3, la característica corporal aumenta con
el cubo del tamaño corporal. Por ejemplo, es de
esperar que el volumen aumente aproximadamente
con el cubo de la altura.

Cuando a = -1, y disminuye inversamente a medida


que x aumenta. Se ha sugerido (Ford, 1984) que la
aceleración disminuye a medida que la altura
(longitud de las extremidades) aumenta. Por ejemplo,
la altura promedio de los velocistas aumenta a medida
que aumenta la distancia de las carreras de 50 m a 400
m. Sobre las distancias más largas, la aceleración es
mucho menos importante que en los «sprints» o
carreras cortas.

La ecuación alométrica general ha probado ser útil


porque es flexible (variando a y b podemos describir FIGURA 3. Regresión de ln (VO 2 max, l. min -1) sobre el ln
muchas relaciones diferentes), y porque es fácil de (peso corporal, kg), en distintos mamíferos (de Weibel, 1984,
manipular matemáticamente. La ecuación no ha p.39). La pendiente de la línea de regresión (0.81) es el exponente
estado exenta de críticas a través de los años (Tanner, estimado (a) de la ecuación alométrica general.
1949; Smith, 1980). Sin embargo, ha probado ser una
poderosa herramienta analítica y conceptual. Otra relación interesante es la asociación entre fuerza
y peso corporal. En 1956, Lietzke analizó las
2.4. Por que son importantes los modelos de performances de los récords mundiales en distintas
relación? categorías de levantamiento de pesas. Observó que el
peso levantado variaba con el peso corporal del
El uso poco discerniente de valores fisiológicos levantador, elevado a una potencia de 0.67. También
absolutos, o de valores expresados por unidad de peso es de esperar que la superficie transversal del músculo
corporal, podría llevar a correlaciones espúreas y a aumente con el peso, elevado a una potencia de 0.67
relaciones teóricas propuestas que son (ver abajo). Debido a que la fuerza que un músculo
fisiológicamente insostenibles y lógicamente puede ejercer es proporcional al número de puentes
incorrectas (Katch, 1973). Las normas que son cruzados activos, que depende de la superficie
utilizadas para diagnosticar patologías, a menudo, transversal del músculo, los resultados de Lietzke
están basadas en relaciones alométricas (Tanner, reflejan la relación esperada.
1949), y una inadecuada alometría podría llevar a los
individuos a ser clasificados como patológicos cuando Un uso fascinante de la ecuación alométrica general
en realidad no lo son. fue el análisis de Jerison (1973), del tamaño del
cerebro en los animales. El tamaño absoluto del
Se han observado fuertes relaciones alométricas entre cerebro podría no ser el mejor índice de la
el peso corporal y distintas variables funcionales. En inteligencia. Los elefantes, por ejemplo, tienen
particular, se ha dirigido la atención hacia las cerebros más grandes que los seres humanos. Jerison
variables relacionadas con el transporte de oxígeno. calculó el logaritmo de la masa del cerebro en
Una de las relaciones más fuertes es la “Regla de distintos animales (en animales muertos, el autor
estimó la masa cerebral a partir del tamaño de la

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

cavidad del cráneo), e hizo una regresión contra el


logaritmo del peso corporal. Calculó una regresión
separada para cada grupo principal de animales (por
ej., mamíferos, peces, aves). A partir de estas
regresiones, calculó un «coeficiente de
encefalización» (CE), el cual era el cociente entre la
masa cerebral real y la masa cerebral estimada a partir
de la regresión específica para el grupo. Un CE de 1.0
indicaría que el tamaño relativo del cerebro del animal
era de un valor medio (es decir, exactamente como se FIGURA 4. Ilustración del principio de similitud geométrica. La
esperaba). CE más elevados indicaban un «hiper superficie aumenta proporcionalmente con el cuadrado de la
crecimiento» relativo del cerebro. El hipopótamo tiene longitud, y el volumen se incrementa con el cubo de la longitud.
un CE de 0.3, la ardilla de 1.5, los primates en general
de 2.1, mientras que el «Homo sapiens» tiene un CE Este proceso no puede seguir indefinidamente. Desde
de 7.6, indicando un salto cuántico en el desarrollo del el punto de vista de la ingeniería, las máquinas
cerebro. Los delfines y las marsopas tienen un score (incluyendo los animales) deben cambiar la forma
tan elevado como los seres humanos, mientras que las mientras crecen, si quieren seguir siendo funcionales.
anguilas, los avestruces, y los lagartos pueden ser Galileo especuló sobre cuán grandes podían ser los
considerados como los «bobos» del reino animal. animales de tierra. Fue él quien hizo el razonamiento
de que “cómo la fuerza de los huesos y músculos
aumenta con la superficie transversal (L2), y la masa
3. TIPOS DE SISTEMAS DE SIMILITUD corporal de los animales aumenta con el volumen (L3),
eventualmente se alcanzará un punto en el cual los
3.1. Similitud geométrica huesos y los músculos no puedan soportar más el gran
peso de los animales”. Como el animal terrestre más
Uno de los puntos sorprendentes de los seres humanos grande que haya existido, el Argentinosaurus, puede
es que todos tienen básicamente la misma forma. Los haber pesado 100 toneladas o más, es poco probable
enanos son versiones reconociblemente reducidas de que este problema particular surja con los seres
las personas de estatura normal, y los gigantes son humanos. Además, la masa ósea aumenta a una tasa
versiones agrandadas. Esta similitud en las formas relativamente mayor que el peso corporal. Esto
hace mucho más simple la antropometría comparativa. representa una respuesta estructura1 a las demandas
funcionales lo cual “rompe la regla alométrica”.
Por supuesto que hay excepciones a la regla. Los
niños no son precisamente versiones en escala Existe un interesante paralelismo entre las relaciones
reducida de los adultos, ni los enanos alométricas en los animales, y los cambios
acondroplásticos, exactamente versiones disminuidas alométricos correspondientes en los objetos hechos
de las personas de estatura normal. Sus cabezas son por los hombres. McMahon y Bonner (1983) han
relativamente más grandes, por ejemplo. Sin embargo, observado que los clavos de acero, por ejemplo,
si ignoramos estas sutilezas, podemos hacer muestran una relación sistemática entre el largo y el
comparaciones entre individuos de diferentes diámetro. Esta relación no ha sido planeada por los
tamaños. fabricantes de los clavos, sino que ha evolucionado,
quizás por ensayo y error, a lo largo de varios miles de
Resulta que para un gran numero de características años. La naturaleza de esta relación podría predecirse
corporales, los seres humanos de diferentes tamaños a partir de la forma en que los objetos cilíndricos
son como cubos le distintos tamaños (Figura 4). Si el (clavos o huesos) se tuercen o se comban bajo las
largo (L) de la cara de un cubo se duplica, su fuerzas de compresión.
superficie (L2) se cuadruplica, y su volumen (L3)
aumenta ocho veces. De manera similar, las 3.2 Similitud elástica
longitudes, perímetros, y diámetros de los seres
humanos, por lo general, aumentan linealmente con la La similitud geométrica no ha sido el único sistema de
altura, las superficies aumentan con el cuadrado de la similitud que ha sido propuesto. Thomas McMahon
altura, y las masas-volúmenes aumentan con el cubo (1983) ha propuesto un sistema de similitud elástica.
de la altura. Está basado en la premisa razonable que el tamaño y
la forma de los animales están determinados por las

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

fuerzas a las que están sometidos. Las principales que los diámetros óseos aumentan proporcionalmente
fuerzas a las cuales están sometidos los grandes con respecto a las longitudes, elevado a una potencia
animales son la inercia y la gravedad. McMahon de 1.5. Su análisis está bien respaldado por la
concluyó que las longitudes de las extremidades y de evidencia empírica. En la Tabla 1 se presentan los
los huesos de los animales, medidas en la dirección de contrastes entre los sistemas de similitud geométrica y
las fuerzas musculares, se incrementan a una tasa elástica.
relativamente más lenta que los diámetros de dichas
extremidades o huesos (medidos perpendicular a la
fuerza muscular). Específicamente, el autor sugiere

Dimensión Similitud geometrica Similitud elástica

Alturas Masa 0.33 o altura1 Masa 0.25 o altura1

Diámetros Masa 0.33 o altura1 Masa 0.38 o altura1.5

Perímetros Masa 0.33 o altura1 Masa 0.38 o altura1.5

Áreas Transversales Masa 0.67 o altura2 Masa 0.75 o altura3

Superficies Masa 0.67 o altura2 Masa 0.63 o altura2.5

Volúmenes Masa 1 o altura3 Masa 1 o altura4


TABLA 1. Relaciones entre la altura y el peso, y distintas dimensiones antropométricas, estimadas por sistemas de similitud geométrica y
elástica.

4. APLICACIONES DE LOS SISTEMAS DE uno mismo por qué. Esto puede llevar a mayores
SIMILITUD EN ANTROPOMETRIA oportunidades de investigación.

Los sistemas de similitud son modelos de realidad. 4.1. Ajustando las variables antropométricas
Describen los valores del tamaño real sólo en la
medida en que las suposiciones fundamentales o Para poder realizar comparaciones inter-individuales y
axiomas subyacentes a los modelos se aplican al comparaciones intra-individuales a través de los
mundo real. Tanto el sistema de similitud geométrica períodos de crecimiento, es útil poder hacer una escala
como el de similitud elástica son interesantes porque de las variables antropométricas a una estatura común.
las presunciones parecen aplicarse al mundo real en Imaginemos dos individuos. Uno mide 180 cm y tiene
un amplio rango de variables de tamaño. un pliegue triccipital de 15 mm. Otro mide 160 cm y
tiene un pliegue triccipital de 12 mm. Es razonable
Sin embargo, existen muchos casos en los cuales el comparar el valor absoluto de los pliegues? No sería
mundo real no está de acuerdo con las expectativas de de esperar que el individuo más grande tenga pliegues
estos sistemas de similitud. Claramente, sistemas de más grandes? Para resolver este problema, regulamos
similitud que están en competencia no pueden «todos» ambas mediciones a una altura común (por razones
ser siempre verdaderos. Por ejemplo, el sistema de históricas, las variables son equiparadas a una altura
similitud geométrica predice que el peso será común de 170.18 cm o 57”). Debemos asumir un
proporcional al cubo de la altura. McMahon y Bonner sistema de similitud. Por lo general, se utiliza la
(1983) reportan que las tablas de seguro de vida similitud geométrica, aunque está claro que se podrían
muestran que el exponente real es 2.9. Ross, Grand, utilizar otros sistemas de similitud. En los sistemas de
Marshall, y Martin (1982) reportan que el exponente similitud geométrica, los pliegues serían
fue de 2.8 en un grupo de adolescentes de proporcionales a la altura. Por lo tanto «encogemos»
Saskatchewan. De cualquier manera, partir de las el individuo más alto a la estatura «basal» (170. 18
relaciones esperadas, a menudo, es tan interesante cm). Ahora, su pliegue cutáneo corregido es 15 x
como la adherencia estricta al modelo. Cuando las 170.18/180, o sea 14.2 mm. De manera similar,
variables de tamaño no siguen los patrones sugeridos «agrandamos» al individuo más bajo hasta la altura de
por los modelos, a menudo es muy útil preguntarse a base. El pliegue corregido será 12 x 170.18/160, o sea
12.8 mm.

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Operaciones similares pueden realizarse con los 4.1.2 La escala-Oz


perímetros, los diámetros, las longitudes, las masas,
los volúmenes, las superficies, y las áreas La Escala-Oz es un método basado en la Escala-O con
transversales. Imaginemos que el individuo de 180 cm las siguientes diferencias:
tiene una masa grasa de 10 kg, mientras que la • Se han utilizado datos de la población australiana
persona baja tiene una masa grasa de 7.5 kg. Para re- (Departamento de Artes, Deporte, Medio
equilibrar estas masas, multiplicamos por Ambiente, y Territorios, 1992);
(170.18/180)3 para el individuo más alto, y • Algunos procedimientos de ajuste difieren
(170.18/160)3 para el individuo más bajo (se utiliza el levemente. Por ejemplo, el perímetro de brazo
exponente 3 porque la similitud geométrica sostiene corregido se obtiene a partir del promedio de los
que las masas son proporcionales al cubo de la altura). pliegues biccipital y triccipital (distinto a la
Los valores resultantes son 8.5 kg para el individuo Escala-O, que se hace sólo por el triccipital).
más alto y 9.0 kg para el más bajo. El procedimiento Además, los pliegues son corregidos por el grosor
general de balanceo es el siguiente: mínimo de la piel.
• Los resultados son expresados como percentiles
• Determinar un score bruto (V) para el individuo. específicos por edad y por sexo.
• Corregir V para la altura, para obtener Vadj . Vadj
se obtiene multiplicando V por (170.18/h)d, donde Actualmente, los datos de las siguientes variables
h es la altura del individuo, y d es el exponente están disponibles en Escala-Oz: pliegues cutáneos de
adecuado para el sistema de similitud que se tríceps, subescapular, bíceps, supraespinal, abdominal,
utiliza. Para la similitud geométrica, d = 1 para los y pantorrilla medial, sumatoria de 6 pliegues; estatura,
perímetros, pliegues, longitudes, y diámetros; d = peso; perímetro de brazo relajado, perímetro de
2 para las superficies y áreas transversales; d = 3 cadera, perímetro de cintura, perímetro de brazo
para las masas y los volúmenes. relajado corregido por el pliegue, y perímetro
corregido de cintura por el pliegue.
4.1.1 La escala O (O-Scale System)
Los valores brutos de la altura, BMI, y Cociente
La Escala-O (Ross & Ward, 1985) es un sistema de Cintura/Cadera (C Cin/Ca) son utilizados en la
ajuste utilizando similitud geométrica, el cual llega a Escala-Oz (ya que C Cin/Ca no tiene unidad y el BMI
estimaciones de la adiposidad (en base a los pliegues tiene su propia lógica alométrica). El peso y los
cutáneos) y del peso proporcional (en base al peso). perímetros son ajustados por la altura, tal como se
Comparando los “ratings” de adiposidad y peso describe a continuación. Los pliegues son corregidos y
proporcional, se pueden realizar juicios sobre la ajustados a una estatura común, utilizando el siguiente
naturaleza de la composición corporal en el individuo procedimiento. El pliegue cutáneo incluye una doble
(es decir, las contribuciones relativas de las masas capa de piel y una doble capa de grasa. Se supone que
grasa y no grasa). el grosor de la piel es independiente de la altura del
sujeto. Este grosor representaría el mínimo valor
En su forma más simple, la puntuación de adiposidad posible para los pliegues, para cualquier individuo. A
de la Escala-O utiliza seis mediciones de pliegues partir del análisis de cadáveres se han obtenido estos
(tríceps, subescapular, supraespinal, abdominal, muslo grosores en distintos sitios (Clarys, Martin,
frontal, y pantorrilla medial). Se calcula la sumatoria Drinkwater & Marfell-Jones, 1987). Por otro lado, se
de estos pliegues (Σ6PC) y se corrige para la estatura. supone que los pliegues grasos podrían variar con las
Los valores corregidos son comparados con normas y dimensiones lineales del sujeto (tal como también
valores específicos por edad y por sexo, basados en ocurre con los perímetros). Por lo tanto, el grosor de
amplios datos de la población norteamericana. Luego, sitios específicos de dos pliegues o capas de la piel
la sumatoria corregida de los pliegues es asignada a (tpiel) en mm, se sustrae de la medición grosera del
una puntuación de “estaninas” (una estanina o pliegue (T). En la Tabla 2 se muestran estos grosores.
categoría «standard de nueve» es una banda de El valor resultante es ajustado a la altura standard de
percentiles basada en la distribución normal). El peso 170.18 cm, multiplicándolo por 170.18/altura (cm).
proporcional es simplemente el peso corregido por la De esta forma los sujetos más altos no se ven en
altura. Nuevamente, el valor calculado es comparado desventaja. Luego se vuelve a sumar el grosor de la
con tablas de normas específicas por edad y por sexo, piel. Por lo tanto, el valor ajustado (Tadj) se calcula:
y se determina la puntuación o “rating” de estaninas.
170.18
Una versión más detallada de la Escala-O puede Tadj = (T − t piel ) ,+t piel
h
encontrarse en una versión computada (Whittingham,
Ward & Ross, 1992).

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Sitio Varones Mujeres
Triceps 1.28 1.10
Biceps 0.77 0.49
Subescapular 2.07 1.74
Subespinal 1.27 0.92
Pantorrilla 0.89 0.79
Abdominal 1.49 1.04
TABLA 2. Grosor mínimo de la piel (mm) usado para corregir los pliegues cutáneos, para la utilización en la Escala-Oz. Estas mediciones
son derivadas a partir de análisis de cadáveres (Clarys, Martin, Drinkwater, & Marfell-Jones, 1987).

La Figura 5 muestra las copias impresas de muestras, una madre moderadamente activa. Hubo un cambio en
a partir del programa de software LifeSize (Olds, Ly las bandas de percentiles en este período, aún teniendo
& Norton, 1994), el cual utiliza la Escala – Oz. Se en cuenta el aumento en la edad del sujeto. Debido a
muestran los percentiles específicos por edad y por que la base de datos de la Escala-Oz es transversal, no
sexo, para una mujer medida en 1981 como una se permiten cambios en los valores medios para
deportista recreacional, y nuevamente en 1994 como diferentes grupos de edad, a través del tiempo.

FIGURA 5. Copia impresa de la Escala – Oz a partir del programa de computación LifeSize. Esta gráfica muestra lasbandas de percentiles
específicas, por edad y por sexo, de una mujer evaluada en 1981 como deportista recreacional (círculos blancos, denominados “P”), y
nuevamente evaluada en 1994, cuando sólo hacía ejercicios ocasionalmente (círculos grises, denominados “C”).

4.2. Ajustando las variables funcionales desventaja a las personas más grandes. Podemos
observar este hecho, observando los record mundiales
Con frecuencia tenemos que comparar las capacidades de levantamiento de pesas..
funcionales de individuos de tamaño diferente. Por
ejemplo, cómo comparamos la fuerza de una persona En base a kilogramo por kilogramo, los levantadores
pequeña con la de una persona grande? Si expresamos más pequeños fácilmente tienen una mejor
la fuerza en kilogramos levantados, entonces ponemos performance que los levantadores más grandes.
en ventaja a la persona más pequeña. No es razonable
esperar que la persona más pequeña sea tan fuerte Normalmente se supone que el costo de oxígeno de
como la persona más grande. Por esta razón, con el fin correr aumenta en proporción al peso corporal. Siendo
de “nivelar el campo de juego”, tenemos categorías otras variables iguales, se asume que tanto los
de pesos en deportes como levantamiento de pesas, corredores más livianos como los más pesados
judo, remo, y lucha libre. Por otro lado, si expresamos tendrán el mismo VO2 (ml.kg-1 .min-1) a la misma
la fuerza como los kilogramos levantados por velocidad de carrera. Sin embargo, un análisis de
kilogramo de peso corporal, resulta que pondremos en cerca de 30 estudios (n= 906 evaluaciones), junto con
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

datos de nuestro laboratorio, mostraron que cuando el valores del VO2max. Si expresamos el VO2 max en l.min-
1
log. natural del costo de oxígeno de la carrera , las personas más grandes obviamente tendrán
(calculado como el VO2 medido en ml de O2 min-1 mayores valores. Por lo tanto, tienen una «mejor
menos el valor estimado del VO2 en reposo, dividido capacidad física» en la forma en que nosotros
por la velocidad de carrera en m.min-1) era graficado consideramos importante al fitness? Si expresamos el
contra el log. natural del peso (kg), la pendiente era de VO2 max en ml.kg-1.min-1, entonces resulta que las
0.88 (límites de confianza del 95 %: 0.84-0.91; ver personas más grandes están en desventaja (Nevill
Figura 6). Ramsbottom & Williams, 1992).

Utilizando similitud geométrica, podemos decir que


esperamos que tanto la fuerza como el VO2 max ( l.min-
1
) sean proporcionales a la altura al cuadrado o al peso
elevado a la potencia 0.67. Por lo tanto, deberíamos
expresar la fuerza y la potencia aeróbica máxima en
kg levantados.kg -0.67 de peso corporal, y l.min-1.kg -
0.67
, respectivamente? En términos generales, este sería
un procedimiento razonable. Por ejemplo, Secher
(1990) observó que el máximo consumo de oxígeno
en los remeros se ajustaba estrechamente al peso
corporal elevado a la potencia 0.67. Sin embargo, la
expresión de las variables funcionales es siempre
específica de la tarea. En muchos casos, estamos
interesados solamente en la cantidad absoluta de peso
que uno puede levantar. Es inútil saber que una
persona anciana y frágil es bastante fuerte pava su
FIGURA 6. Regresión del logaritmo natural del VO2 por unidad
de velocidad (ml.min-1) en relación al logaritmo natural del peso
tamaño si no puede levantar un bolso del carrito del
corporal (kg). El VO2 por unidad de velocidad se calcula como el supermercado, o que un remero tiene un elevado VO2
VO2 medido (ml.min-1) menos la tasa metabólica basal estimada max relativo si sólo pesa 50 kg.
(3.5 ml.kg-1 de peso corporal.min-1, dividido por la velocidad de
carrera (m.min-1). Los datos son medias obtenidas a partir de más Se ha utilizado un ajuste funcional para determinar la
de 30 estudios, en combinación con evaluaciones individuales en
nuestro laboratorio (n total = 906).
relación entre la performance deportiva y los
requerimientos energéticos de distintos deportes.
Esto confirma las recientes observaciones de Bergh, Klentrou y Montpetit (1992), por ejemplo,
Sjodin, Forsherg, y Svedenhag (1991) quienes, determinaron que el consumo de oxígeno durante la
utilizando métodos levemente diferentes, observaron natación en estilo espalda está en función del peso
un exponente de 0.76 (límites de confianza del 95 %: corporal elevado a la potencia 0.55, mientras que el
0.64-0.88). Esto significa que el costo de oxígeno de consumo de oxígeno durante el nado estilo libre está
la carrera (ml.kg-1 .min-1) es menor para los corredores en función del peso elevado a la potencia 0.75. La
más pesados que para los más livianos. Tabla 3 nuestra la relación entre distintos aspectos del
Un problema similar surge cuando consideramos los rendimiento y la altura estimada por similitud
geométrica.

Aspecto de la performance Proporcional a ...


Carrera Altura0 o peso0
Salto Altura0 o peso0
Fuerza Altura2 o peso0.67
Trabajo Altura3 o peso1
Potencia (absoluta) Altura2 o peso0.67
Potencia (relativa) Altura0.67 o peso0.22
TABLA 3. Relaciones esperadas entre varios aspectos de la performance estimadas a través de un sistema de similitud geométrica (de
Astrand & Rodahl, 1977).

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

4.3. Seres humanos de «referencia» perímetros fueron estipulados a partir de los datos de
Wilmore y Behnke (1969, 1970), los pliegues
El uso de un modelo o ser humano de «referencia» no cutáneos a partir de datos no publicados de Yuhasz, y
es nuevo. Los modelos normativos del cuerpo, otras variables fueron derivadas de estudios realizados
basados en proporciones «ideales» supuestas, han sido por Garrett y Kennedy (1971). Se asumió que en la
propuestos desde la Edad Antigua Clásica. Están población de modelos Phantom cada una de estas
incluidos en los estudios de Anatomía llevados a cabo características estaba normalmente distribuida cerca
en el Renacimiento, como se puede observar en el del valor Phantom (p) con un desvío standard (s) que
bien conocido Hombre de Vitruvio de Leonardo da fue elaborado como el coeficiente medio de variación
Vinci (Figura 7). Se utilizó la congruencia con el ideal de los valores masculinos y femeninos. En el trabajo
normativo para cuantificar la belleza humana. En este presentado por Ross y Marfell-Jones (1991) se puede
siglo, grandes estudios de población comenzaron a encontrar una lista completa con las medias Phantom
presentar modelos descriptivos del ser humano típico. y los desvíos standard.
Quizás los más conocidos son el «hombre de
referencia» y la «mujer de referencia» de Behnke. 4.3.1.1Valores Z del Phantom

Los creadores del Phantom no pretenden que los datos


antropométricos estén normalmente distribuidos en la
población. Ellos imaginan una población de Phantoms
cuyas características están normalmente distribuidas
cerca de los valores medios. Esto nos permite
describir las características antropométricas de un
individuo como perteneciente a un Phantom, y por lo
tanto obtener varios scores z a partir de la media
Phantom. Para calcular el valor z, asociado con una
variable individual, utilizamos la fórmula usual del
valor z:

V adj − p
z=
s

donde p es el valor medio Phantom, y s es el desvío


standard del valor Phantom.
FIGURA 7. Hombre Vitruvio de Leonardo da Vinci. El valor Phantom (p) para el pliegue subescapular es
17.2 mm, con un desvío standard (s) de 5.07 mm. Si
4.3.1. El «Phantom» un individuo en particular, con una altura de 180 cm,
tiene un pliegue subescapular (V) de 12 mm,
El “Phantom” es una clase diferente de modelo, al calculamos el valor z de la siguiente manera:
cual sus creadores, Ross y Wilson, describen como
«modelo metafórico». Es una referencia humana * Primero calculamos Vadj:
unisexuada arbitraria, con características
antropométricas específicas como la estatura (170.18 Vadj = Vx (170.18/h) = 11.35 mm
cm), el peso (64.58 kg), porcentaje de grasa corporal
(18.87 %), masa grasa y muscular, perímetros, grosor * Luego calculamos el valor z:
de pliegues cutáneos, y diámetros. El uso principal del
modelo Phantom es ajustar y escalar las variables
V adj − p 11.35 − 17.2
antropométricas (referirse al punto 4.2, z= = = −1.15 -
anteriormente). De la misma manera que la Escala-O s 5.07
y la Escala-Oz, utiliza similitud geométrica y ajusta la
corrección para una altura de base de 170. 18 cm. Por lo tanto, este individuo tiene un pliegue
subescapular 1.15 desvíos standard Phantom por
Mientras que cualquier modelo (hasta una caja de debajo (negativo) de la media Phantont
cartón) podría haberse utilizado como modelo
metafórico, Ross y Wilson se basaron en realidad en Es importante entender que los valores z calculados no
grandes estudios poblacionales para formular las representan las desviaciones de una norma descriptiva
características antropométricas del Phantom. Los (y mucho menos de prescripción) de la población. No

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

podemos necesariamente concluir que este individuo torácica. Por ejemplo, se supone que la masa ósea
tenga un pliegue subescapular considerablemente debería ser mejor representada por los diámetros
menor al de la mayoría de las personas. Sólo óseos: bi-epicondilar del fémur y húmero,
podríamos asegurar esto, si las medias Phantom y los perímetro de muñeca y perímetro de tobillo.
desvíos standard estuvieran basados en datos • Para cada variable en cada uno de los cuatro
recolectados a partir de una adecuada población de subgrupos, se calcula un valor z relativo al
referencia. Sin embargo, los valores z del Phantom Phantom como se describió anteriormente.
son útiles para comparaciones. • Se calcula el valor z promedio (z) dentro de cada
Podemos cuantificar las diferencias entre individuos, subgrupo. Se toma este valor corno el número de
o dentro de un mismo individuo, en términos de desvíos standard que la masa fraccional se aleja de
diferencias en valores z. La estrategia Phantom ha la masa fraccional del Phantom.
sido aplicada en estudios longitudinales y • Luego, puede calcularse la masa fraccional que el
transversales de crecimiento (Ross y cols., 1982), en individuo tendría si fuera del tamaño del Phantorn:
estudios _comparativos con deportistas (Ross,Leahy,
Drinkwater, & Swenson, 1982), y en otras áreas tales Madj = ¨ x s + p
como el estudio de los marcadores antropométricos de
las anormalidades genéticas, y en estudios con siendo Madj,la masa fraccional (del tamaño Phantom),
primates _no humanos. s el desvío standard Phantom para la masa en
cuestión, y p el valor de la media de la masa Phantom
4.3.1.2. Fraccionamiento de la masa corporal: respectiva.
fraccionamiento en cuatro componentes
• Luego, el individuo es ajustado hacia arriba (o
El fraccionamiento se refiere a la división de la masa hacia abajo) hasta su altura original.
corporal total en distintos compartimentos o • Debido a que la masa es proporcional al cubo de
submasas. El procedimiento más simple de la altura, la ecuación apropiada para utilizar es:
fraccionamiento es dividir la masa corporal en grasa y
compartimentos no grasos. Más recientemente, los 3
 h 
antropometristas han utilizado modelos de cuatro o M = M adj  
cinco componentes, con masas fraccionales que  170.18 
incluyen el esqueleto o masa ósea, la masa muscular,
la masa grasa, la masa residual (sangre, órganos, etc.), donde, M es la masa fraccional del sujeto.
y la masa de la piel.
Este método depende claramente de varias
Matiegka (1921) estuvo entre los primeros que presunciones. Se presume que:
empleó el método de fraccionamiento. El autor
llegaba a una estimación de las masas ósea, muscular, • los sitios de medición utilizados para calcular
y grasa evaluando sitios representativos (por ejemplo, cada masa fraccional son representativos de «tal
los diámetros óseos en la muñeca, tobillo, rodilla, y tejido» en todo el cuerpo. (Elestudiante debería
codo para calcular la masa esquelética), y utilizando observar de que a pesar de que se recomienden
formas geométricas simples (por ejemplo, conside- ciertos sitios, existe un grado de flexibilidad. Por
rando a la masa muscular como una «columna ejemplo, es posible incluir el diámetro bi-
muscular»).
iliocrestídeo en el cálculo de la masa ósea, u otros
pliegues en el cálculo de la masa grasa);
En 1980, Drinkwater y Ross desarrollaron un método
de fraccionamiento utilizando el modelo Phantom.
• se utiliza un apropiado sistema de similitud (por
ejemplo, que las masas realmente se ajustan a la
Brevemente, la estrategia de fraccionamiento funciona
de la siguiente manera: estatura elevada al cubo);
• los valores Phantom medios y los desvíos
• Para cada una de las masas fraccionales, se standard para las masas fraccionales son exactos y
selecciona un subgrupo de variables precisos.
antropométricas representativas. La masa
esquelética está representada por los diámetros En la Tabla 4 se muestra un ejemplo de procedimiento
óseos, la masa grasa por los pliegues cutáneos, la de fraccionamiento.
masa muscular por perímetros corregidos por los
pliegues cutáneos, y la masa residual,
principalmente por las mediciones de la cavidad

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Subgrupo Sitio de medición Valor bruto Valor correg, Media Phantom Ds Phantom Valor Z

Masa grasa Pliegue triceps 5.65 5.34 15.4 4.47 -2.25


Pl. subescapular 7.35 6.95 17.2 5.07 -2.02
Pl. subespinal 3.60 3.40 15.4 4.47 -2.68
Pl. abdominal 4.40 4.16 25.4 7.78 -2.73
Pl. muslo frontal 7.30 6.90 27.0 8.33 -2.41
Pl. pantorrilla medial 5.15 4.87 16.0 4.67 -2.38

Media -2.41

Masa residual Diametro biacromial 42.05 39.73 38.04 1.92 +0.88


Diam. Bi-iliocrestideo 29.60 27.97 28.84 1.75 -0.50
Diam. Transverso torax 27.60 26.08 27.92 1.74 -1.06
Diam. A-P torax 18.52 17.50 17.50 1.38 0.00

Media -0.17

Masa osea Bi-epicondilar femur 10.87 10.27 9.52 0.48 +1.56


Bi-epicondilar humero 7.42 7.01 6.48 0.35 +1.51
Perimetro muñeca 17.65 16.68 16.35 0.72 +0.46
Perimetro tobillo 23.15 21.87 21.71 1.33 +0.12

Media +0.91

Masa muscular Per. Br. Relaj corr.* 30.68 28.99 22.05 1.91 +3.63
Per. Antebrazo 28.90 27.30 25.13 1.41 +1.55
Per. Torax correg.* 93.79 88.62 82.46 4.86 +1.27
Per. Muslo correg.* 53.86 50.89 47.34 3.59 +0.99
Per. Pantorrilla cor* 39.38 37.21 30.22 1.97 +3.55

Media +2.20
TABLA 4. Ejemplo del cálculo de las masas fraccionales para un sujeto con un peso corporal (pc) de 72.2kg y una altura (h) de l8O.1 cm.

s = desvío standard; valor correg. = valor bruto ajustado a la altura (es decir, multiplicado por 170.1 8/h).
* Los per.corr. son los perímetros corregidos por los pliegues cutáneos. Esto se hace restando el pliegue correspondiente de la región (en
cm) multiplicado por π. Perímetro corregido de brazo relajado = perímetro de brazo relajado - π x pliegue triccipital; perímetro de tórax
corregido = perímetro de tórax – π x pliegue subescapular; perímetro de muslo corregido = perímetro de muslo - π x pliegue muslo frontal;
perímetro corregido de pantorrilla = perímetro de pantorrilla - π x pliegue pantorrilla medial. El perímetro del antebrazo no se corrige por
el pliegue respectivo.

Masa grasa Masa ósea


Media Phantom = 12.13 kg; s Phantom = 3.25 kg Media Phantom = 10.49 kg; s Phantom = 1.57 kg

Madj = ¨ x s +p = -2.41 x 3.25 + 12.13 = 4.3 kg. Madj = ¨ x s + p = 0.91 x 1.57 + 10.49 = 11.9
3 3
 h   h 
M = M adj   = 4.3 × (180.1 / 170 .18) = 5.1kg
3
M = M ad   = 11.9 x(180.1 / 170.18) = 14.1kg
3

 170 .18   170.18 

Masa residual Masa muscular


Media Phantom = 16.41 kg; s Phantom = 1.90kg Media Phantom = 25.55 kg; s Phantom = 2.99 kg

Madj = ¨ x s + p = -0.17 x 1.90 + 16.41 = 16.1 kg


Madj = ¨ x s + p = 2.20 x 2.99 + 25.55 = 32.1 kg
 h   h 
M = M adj   = 16.1x(180.1 / 170.18) = 19.1kg
3 M = M adj   = 32.1x(180.1 / 170.18) = 38.0kg
3

 170.18   170.18 

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Masa total estimada = masa grasa + masa residual acuerdo a cualquier dimensión elegida, no solamente
+ masa ósea + masa muscular la altura. Cuando se validó utilizando datos de varios
= 5.1 + 19.1 + 14.1 + 38.0 = 76.3 kg cadáveres, la adiposidad fue levemente subestimada
en las mujeres (3-4 %), y sobreestimada en los
El trabajo original que presenta el método de varones (6 %).
fraccionamiento de Drinkwater-Ross (Drinkwater &
Ross, 1980) observaba que cuando uno sumaba las
cuatro masas (grasa, muscular, ósea, y residual), la 5. RESUMEN Y RECOMENDACIONES
sumatoria era casi igual al peso corporal total medido
(observar el peso corporal total no es utilizado en el Los sistemas de similitud son herramientas útiles en
cálculo de las masas fraccionales). En una muestra antropometría cuando se realizan comparaciones ínter
con 939 sujetos, los autores reportaron una correlación e intra-individuo, estableciendo normas descriptivas y
de r = 0.97 entre el peso corporal real de balanza y la de prescripción, y descubriendo los mecanismos
suma de las cuatro masas fraccionales, con una subyacentes. Sin embargo, son modelos «ideales» que
diferencia promedio de sólo 0.3 %. Sin embargo, estas son valiosos sólo en la medida en que se corresponden
cifras esconden algunas discrepancias grandes y con la realidad. Por lo tanto, cuando es necesario una
sistemáticas. Withers y cols. (1991) observaron corrección o un ajuste se deberían considerar distintos
diferencias absolutas promedio de 2-3 % entre la sistemas de similitud que estén en competencia. El
suma de las masas fraccionales y el peso corporal sistema de similitud más comúnmente utilizado es el
medido, pero diferencias absolutas mucho mayores de similitud geométrica, y una gran cantidad de datos
(20 % para varones y 30 % para mujeres) entre la empíricos sugieren que describe bastante bien un
masa grasa estimada por densitometría y la masa grasa rango de variables funcionales y de performance. El
calculada por fraccionamiento. fraccionamiento de la masa corporal de Drinkwater-
Ross es un método interesante, pero se lo debería
Estos errores podrían deberse a: tratar con precaución debido a los errores
• la presunción de similitud geométrica como ocasionalmente grandes y sistemáticos, y a las
método de ajuste y corrección; presunciones metodológicas poco claras.
• el igual peso o influencia de cada una de las
mediciones en la contribución a cada masa
fraccional; 6. REFERENCIAS BIBILOGRAFICAS
• el uso de un modelo unisexuado, el cual ignora las
distribuciones específicas, en cada sexo, de la Ástrand,P-O., & Rodahl, K. (1977).
masa grasa en los depósitos subcutáneos, y entre Textbook of work physiology.
los depósitos subcutáneos y viscerales, y New York: McGraw-Hill.
• la validez de las medias Phantom y los desvíos
standard para las masas fraccionales. Bergh, U., Sjódin, B., Forsberg,A., & Svedenhag,J.
(1991).
Este último punto es de particular importancia. The relationship between body rnass and
Claramente, si las medias y los desvíos standard para oxygen uptake during running in humans.
las masas fraccionales fueran diferentes, arribaríamos Medicine and Science in Sports and
a distintas masas fraccionales predictivas para los Exercise, 23, 205-21 1.
individuos. En primer lugar, cómo llegaron a las
medias y desvíos standard? Esto nunca ha sido
Bogardus, C., & Ravussin, E. (1989).
aclarado, pero podrían haberse basado originalmente,
Relationship of genetics, age, and physical
al menos en parte, en pequeñas muestras con análisis
de cadáveres. fitness to daily energy expenditure and fuel
utilization.
4.3.1.3. Fraccionamiento de la masa corporal: American Journal of Clinical Nutrition,
Cinco componentes 49, 968-975.

Recientemente, se ha desarrollado un método revisado Clarys,J.P, Martin,A.D., Drinkwater, D.T., & Marfell-
de fraccionamiento (Kerr, 1988), utilizando un Jones, M.J. (1987).
modelo con cinco componentes (piel, tejido adiposo, The skinfold: myth and reality.
masa ósea, muscular, y residual). Este método Journal of Sports Science, 5, 3-33.
también difiere del de Drinkwater-Ross en el aspecto
en que las masas fraccionales pueden ser ajustadas de

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

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CAPÍTULO 6

SOMATOTIPO
Lindsay Carter

1. INTRODUCCION La singular combinación de tres aspectos del físico, en


una única expresión de tres números, constituye el
El interés por el tipo corporal o físico de los punto fuerte del concepto del somatotipo. La
individuos tiene una larga historia que se remonta a calificación nos dice qué tipo de físico o se tiene, y
los antiguos griegos. A lo largo de los siglos se han cómo se ve. Ud. debería ser capaz de visualizar qué
propuesto distintos sistemas para clarificar al físico, números «parecen» ser, cuando se comparan dos o
los cuales han llevado al origen del sistema llamado más físicos. Entre otras aplicaciones, el somatotipo ha
de somatotipo propuesto por Sheldon (1940), y sido utilizado:
posteriormente modificado por otros, en especial por
Parnell (1958) y Heath y Carter (1967). Sheldon creía • para describir y comparar deportistas en distintos
que el somatotipo era una entidad fija o genética, pero niveles de competencia;
la visión actual es que el somatotipo es fenotípico y, • para caracterizar los cambios del físico durante el
por lo tanto, susceptible de cambios con el crecimiento, el envejecimiento, y el
crecimiento, envejecimiento, ejercicio, y nutrición entrenamiento;
(Carter & Heath, 1990).
• para comparar la forma relativa de hombres y
mujeres;
La técnica del somatotipo es utilizada para estimar la
forma corporal y su composición. El somatotipo • como herramienta en el análisis de la «imagen
resultante brinda un resumen cuantitativo del físico, corporal» (ver Capítulo 9).
como un total unificado. Se define como la
cuantificación de la forma y composición actual del Es importante reconocer que el somatotipo describe al
cuerpo humano. Está expresado en una calificación de físico en forma General, y no da respuestas a
tres números que representan los componentes preguntas más precisas relacionadas con las
endomórfico, mesomórfico, y ectomórfico, dimensiones específicas del cuerpo. El método del
respectivamente, siempre en el mismo orden. El somatotipo de Heath-Carter es el más utilizado en la
endomorfismo representa la adiposidad relativa, el actualidad.
mesomorfismo representa la robustez o magnitud
músculo-esquelética relativa, y el ectomorfismo Existen tres formas de obtener el somatotipo.
representa la linearidad relativa o delgadez de un
físico. Por ejemplo, una calificación 3-5-2 se registra 1. El método antropométrico más el método
de esta manera, y se lee como tres, cinco, dos. Estos fotoscópico, el cual combina la antropometría
números dan la magnitud de cada uno de los tres y clasificaciones a partir de una fotografía --
componentes. es el método de criterio o referencia;
2. el método fotoscópico, en el cual las
En cada componente, las calificaciones entre 2 y 2 1/2 clasificaciones se obtienen a partir de una
son consideradas bajas; de 3 a 5, moderadas; de 5 1/2 fotografía estandarizada; y
a 7, altas; y de7 1/2 o más, muy altas (Carter & Heath, 3. el método antropometrico, en el cual se utiliza
1990). Teóricamente no existe un límite superior para la antropometría para estimar el somatotipo de
las calificaciones, y en casos muy excepcionales se criterio.
han observado valores de 12 o más. Debido a que los
componentes son calificados en relación con la Debido a que la mayoría de las personas no tienen la
estatura, el somatotipo es independiente de, o oportunidad de ser clasificadores de criterio usando
corregido para la altura. fotografías, el método antropométrico ha probado ser
el más útil para una amplia variedad de aplicaciones.
Se puede utilizar en el campo o en el laboratorio,
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

requiere poco equipamiento y pocos cálculos, y las (1). entrar los datos en una planilla proforma de
mediciones pueden realizarse con relativa facilidad en valores;
sujetos vestidos con la mínima cantidad de ropa. (2). entrar los datos en ecuaciones derivadas de la
planilla de valores; o
El propósito de este capítulo es brindar una simple (3). entrar los datos en programas computados, como
descripción del método antropométrico del LifeSize.
somatotipo, junto con los cálculos para los análisis
individuales y grupales. Está dirigido a estudiantes y En primer lugar se describirá el uso de la planilla de
profesionales interesados en aprender “cómo calificaciones. Las Figuras 1 y 2, son ejemplos de los
realizarlo”. Para tener una comprensión mayor del cálculos usando la planilla. La Figura 3 es una planilla
somatotipo, sus usos y limitaciones, el lector puede en blanco que el estudiante puede fotocopiar para
consultar en Carter y Heath (1990). usarla. Se supone que las mediciones se han registrado
en una planilla adecuada, y que se han calculado los
valores medios o las medianas, antes de transferirlos a
2. METODO ANTROPOMETRICO DEL la planilla de calificación.
SOMATOTIPO DE HEATH-CARTER
2.1.1 Planilla de calificación del somatotipo de
El equipamiento antropométrico incluye un Heath-Carter
estadiómetro con un cabezal móvil, una balanza, un
calibre deslizante pequeño (calibre óseo), una cinta (i) Registrar los datos pertinentes de identificación
flexible de acero o de fibra de vidrio, un calibre para en la sección superior de la planilla
pliegues cutáneos. Para calcular el somatotipo
antropométrico son necesarias diez mediciones: 2.1.1.1 Calificación del endomorfismo (pasos ii-v)
estatura en extensión máxima, peso corporal, cuatro
pliegues cutáneos (tríceps, subescapular, supraespinal, (ii) Registrar los valores de cada uno de los cuatro
y pantorrilla medial), dos diámetros óseos (be- pliegues.
epicondilar del húmero y fémur), y dos perímetros (iii) Sumar los pliegues triccipital, subescapular, y
(brazo flexionado, en tensión máxima, y pantorrilla). supraespinal; anotar la suma en el casillero que
En el Capítulo 2 se describen las características de los dice «sumatoria de tres pliegues».
equipos y las, técnicas de medición.
Corregir por la altura, multiplicando esta
La estatura y los perímetros son registrados con una sumatoria por (170.18/altura del sujeto, en cm).
precisión lo más cercana a 1.0 mm, los diámetros bi-
epicondilares con una precisión lo más cercana a 0.5 (iv) Marcar con un círculo el valor más cercano en la
mm, y los pliegues con una presión a 0.1 mm (calibre escala de “sumatoria de tres pliegues”, en la
Harpenden) o a 0.5 mm con otros calibres. derecha. La escala se lee verticalmente de
valores bajos a elevados, en columnas (de abajo
Tradicionalmente, cuando se clasifican individuos hacia arriba), y horizontalmente de izquierda a
usando el somatotipo antropométrico, se ha utilizado derecha, en filas. El “límite inferior” y “límite
el mayor de los diámetros y de los perímetros, superior” en las filas brindan los límites exactos
comparando los lados derechos e izquierdos. En la para cada columna. Estos valores son marcados
medida de lo posible se debería realizar de esta forma. con un círculo sólo cuando la sumatoria de los 3
Sin embargo, en estudios con gran cantidad de sujetos pliegues se encuentra a menos de 1 mm del
se recomienda que todas las mediciones (incluyendo límite. En la mayoría de los casos se marca el
los pliegues) se lleven a cabo en el lado derecho (ver valor en la fila de “punto medio”.
Capítulos 2 y 3). (v) En la fila para el endomorfismo, marcar con un
círculo, el valor directamente bajo la columna
2.1 Cálculo del somatotipo antropométrico de para el valor marcado en (iv), anteriormente.
Heath-Carter

Existen tres maneras de calcular el somatotipo


antropométrico:

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FIGURA 1. Cálculos del somatotipo antropométrico para el sujeto A, utilizando la planilla proforma del registro. Perímetro del bíceps en
cm corregido por la adiposidad, sustrayendo el valor del pliegue triccipital, exopresado en cm. Perímetro de la pantorrilla corregido por la
adiposidad trayendo el valor del pliegue de pantorrilla, expresado en cm.

2.1.1.2 Calificación del mesomorfismo (pasos vi-x) (viii) Para cada diámetro óseo y perímetro muscular
corregido, marcar el valor más cercano al valor
(vi) Registrar la estatura y los diámetros del húmero medido en la fila apropiada. (Nota: marcar el
y del fémur en los casilleros correspondientes. valor más bajo si la medición se encuentra en el
Hacer las correcciones para los pliegues punto medio o equidistante, entre dos valores.
cutáneos antes de registrar los perímetros del Se utiliza este proceso conservador porque se
brazo (flexionado, en tensión máxima) y de la registran los perímetros y diámetros más
pantorrilla. (Corrección de los pliegues grandes).
cutáneos: convertir el pliegue triccipital a cm, (ix) Tener en cuenta las columnas, y no los valores
dividiéndolo por 10. Sustraer el pliegue numéricos, para los primeros dos
convertido al perímetro del brazo, flexionado en procedimientos que siguen. Encontrar la
tensión. Convertir el pliegue de la pantorrilla a desviación promedio de los valores marcados
cm, y restarlo del perímetro de pantorrilla). con un círculo, para los diámetros y perímetros a
(vii) En la escala de la altura, directamente a la partir del valor marcado en la columna de la
derecha del valor registrado, marcar con un altura, tal como se indica:
círculo el valor de la estatura más cercano a la
talla medida en el sujeto (Nota: mirar la fila de
la altura como una escala continúa, de izquierda
a derecha).

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FIGURA 2. Cálculos del somatotipo antropométrico para el sujeto B, utilizando la planilla proforma de registro.
Perímetro del bíceps en cm corregido por la adiposidad, sustrayendo el valor del pliegue triccipital, exopresando en cm. Perímetro de la
pantorrilla corregido por la adiposidad, sustrayendo el valor del pliegue de pantorrilla, expresado en cm.

• Las desviaciones de las columnas hacia la protege contra valoraciones falsamente


derecha de la columna de la estatura son extremas).
desviaciones positivas. Las desviaciones hacia la
izquierda son negativas. (Los valores marcados 2.1.1.3 Calificación del ectomorfismo
directamente bajo la columna de la estatura (pasos xi-xvi)
tienen desviación cero y son ignorados).
• Calcular la suma algebraica de +/- desviaciones (xi) Registrar el peso (kg).
(D). (xii) Obtener el valor de la altura dividida por la raíz
• Para calcular la clasificación del mesomorfismo, cúbica del peso. Registrar este valor cociente.
usar esta fórmula: Mesomorfismo = (D/8) + 4.0 (xiii) Marcar con un círculo el valor más cercano en la
escala de altura/raíz cúbica del peso hacia la
• Redondear el valor obtenido del mesomorfismo derecha [ver la forma de leer la escala en el paso
a la unidad de calificación más cercana a un anteriormente].
medio (1/2). (xiv) En la línea para el ectomorfismo marcar con un
círculo el valor de la ectomorfia directamente
(x) En la línea para el mesomorfismo marcar con un debajo del cociente altura/raíz cúbica del peso
círculo el valor más cercano obtenido en el marcado, por el paso xiii.
número (ix) de arriba. (Si el valor está (xv) Ir hacia la parte inferior de la planilla proforma.
exactamente en la mitad entre dos puntos del En la línea donde dice “somatotipo
rating, marcar el valor más cercano a 4 en la
antropométrico”, registrar las calificaciones
escala. Esta regresión conservadora hacia el 4
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obtenidas para el endomorfismo, son de alguna manera arbitrarios. Los


mesomorfismo, y ectomorfismo. investigadores podrían cambiarlos para
(xvi) El evaluador firma con su nombre en la derecha adecuarlos a sus propósitos.
de la calificación registrada. Los datos de
identificación en la parte superior de la planilla

FIGURA 3. Planilla en blanco para el registro del somatotitpo antropométrico


Perímetro del bíceps en cm corregido por la adiposidad, sustrayendo el valor del pliegue triccipital, exopresado en cm Perímetro de la
pantorrilla corregido por la adiposidad, sustrayendo el valor del pliegue de pantorrilla, expresado en cm.

2.1.1.4. El cálculo del mesomorfismo mejor índice del desarrollo músculo-esquelético


relativo a la estatura.
Dos principios son importantes para entender el (2). La escala está construida de manera que el
cálculo del mesomorfismo, en la planilla proforma: sujeto es calificado con 4 para el mesomorfismo
cuando la desviación promedio cae en la
(1). Cuando las mediciones de los diámetros óseos y columna bajo la estatura del sujeto, o cuando los
de los perímetros de las extremidades caen a la cuatro valores marcados caen en la columna de
derecha de la columna marcada para la altura, el la estatura del sujeto. Es decir, la desviación
sujeto tiene mayor robustez músculo-esquelética promedio (+/-) a la izquierda o derecha de la
relativa a la estatura (es decir, mayor columna de la altura se suma o se resta de 4.0
mesomorfia) que un sujeto cuyos valores se para el mesomorfismo. Para el sujeto A, el
encuentran a la izquierda de la columna de la mesomorfismo = +4+1+4+2/8 + 4.0 = 5.4; para
estatura. La desviación promedio de los valores el sujeto B, el mesomorfismo = -2-2-8-3/ 8 + 4.0
marcados para los diámetros y perímetros es el = 2.1.

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2.1.1.5. Cálculo del cociente altura-peso corregido + 0.161 x perímetro de pantorrilla


corregido] - [altura x 0.131] + 4.5
El cociente altura-peso (CAP), o la altura dividida por
la raíz cúbica del peso (estatura/peso3) como se utiliza Para calcular el ectomorfismo de acuerdo al cociente
en el somatotipo, podría determinarse utilizando una altura-peso (CAP), se utilizan tres ecuaciones
calculadora manual. Se necesita una calculadora con diferentes:
una función que permita realizar “y” a la potencia “x”
(yx). Para obtener la raíz cúbica, ingresar el peso, es Si el CAP es mayor que, o igual a, 40.75, entonces
decir la base (y), pulsar yx, entrar 0.3333, y pulsar
“igual”. Si hay una función IVN yx , se la podría Ectomorfismo = 0.732 x CAP - 28.58
utilizar en lugar de entrar el 3 (para la raíz cúbica).
Si el CAP es menor que 40.75 y mayor a 38.25,
2.1.1.6. Limitaciones de la planilla de calificación entonces

A pesar de que la planilla de registro brinda un Ectomorfismo = 0.463 x CAP - 17.63


método simple de calcular el somatotipo
antropométrico, especialmente en el campo, tiene Si e1 CAP es igual, o menor que, 38.25, entonces
algunas limitaciones. En primer lugar, las escalas del
mesomorfísmo en los extremos inferiores y superiores Ectomorfismo = 0.1
no incluyen algunos de los valores para sujetos
pequeños; por ejemplo, para los niños, o para sujetos Los somatotipos resultantes (utilizando endomorfismo
grandes, como los levantadores de pesas. En segundo corregido para la altura) son 1.6 - 5.4 - 3.2 y 3.0 – 2.1
lugar, podrían generarse algunos errores al redondear – 4.8, para los sujetos A y B, respectivamente (Figuras
en e1 cálculo de la calificación del mesomorfismo, 1 y 2).
porque la altura del sujeto, a menudo, no es la misma
que la marcada en la columna de la estatura. Si se 2.1.3 Programas computados para calcular el
toma el somatotipo antropométrico como una somatotipo
estimación, esta segunda limitación no es un problema
serio. Los siguientes procedimientos, descriptos en Las ecuaciones en la Sección 2.1.2 pueden ser
Carter (1980) y Carter y Heath (1990), pueden utilizadas en programas computados para análisis
corregir estos problemas. individuales o grupales. Se pueden elaborar
programas interactivos para QBASIC, otros lenguajes,
2.1.2. Ecuaciones para un somatotipo y para hojas de cálculo.
antropométrico decimal
2.2 Control de los resultados
El segundo método para obtener el somatotipo
antropométrico es por medio de ecuaciones, en las Luego que se ha calculado el somatotipo
cuales se ingresan los datos. Para calcular el antropométrico, es lógico el resultado? Hay varias
endomorfismo, utilizar la siguiente ecuación: formas de controlar los resultados para detectar
errores de medición o cálculo.
Endomorfismo = -0.7182 + 0.1451 x ΣPC - 0.00068
x ΣPC2 + 0.0000014 x ΣPC3 Usando los ejemplos en las planillas proforma de las
Figuras 1 y 2, los somatotipos resultantes
donde, ΣPC = (suma de pliegues triccipital, (redondeados a la media unidad más cercana) son 1.5
subescapular, y supraespinal) multiplicada por - 5.5 - 3 y 3 – 2 - 5, para los sujetos A y B,
(170.18/altura, en cm). Esto representa el respectivamente. Estos somatotipos, son razonables?
endomorfismo corregido por la altura, y es el método Ciertas calificaciones de somatotipos no son
de preferencia para calcular el endomorfisrno. biológicamente posibles, aunque no son éstos los
La ecuación utilizada para calcular el mesomorfismo casos de nuestros ejemplos. Por ejemplo, un
es: somatotipo 2-2-2 o uno 7-8-7 son somatotipos
imposibles. Por lo general, los somatotipos con
Mesomorfismo = [0.858 x diámetro húmero + 0.601 endomorfismo y/o mesomorfismo elevados no pueden
x diámetro fémur + 0.188 x perímetro de brazo tener también un ectomorfismo alto. Por el contrario,
aquellos elevados en ectomorfia no pueden ser

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elevados en endomorfia y/o mesomorfia; y los que Luego de que los valores son ingresados en las
tienen un bajo endomorfismo y mesomorfismo deben ecuaciones (ya sea por calculadora o por
tener un alto ectomorfismo. computadora), en vez de ingresarse en la planilla, es
imposible controlar el patrón de valores ya sea en la
Luego, observar el patrón de los valores circulados en sección para el endomorfismo o el mesomorfismo
las Secciones para el endomorfismo y el como en la planilla de registro, aunque se pueden
mesomorfismo en la planilla de registro. Existen examinar los valores originales para detectar errores.
inconsistencias en los datos? Para el endomorfismo, Esta es una limitación del uso de las ecuaciones. Se
son razonables los valores de los pliegues cutáneos? pueden hacer mayores controles para cualquier
Para el mesomorfismo, existe alguna variable método usando el CAP y graficando el somatotipo.
(excluyendo la altura) que esté bastante alejada de las Existe una relación entre el CAP y los posibles
demás ? En la Figura 1, los valores marcados para la somatotipos (ver Figura 4). Los somatotipos en las
extremidad superior están levemente hacia la derecha, líneas son aquellos que más probablemente resulten
y son más grandes en relación con la altura, que las para un determinado CAP. Por ejemplo, dado un CAP
variables de la extremidad inferior. Sin embargo, este de 50.25, los somatotipos más probables son 1-1-8, 1-
patrón no es inusual y es bastante aceptable, en este 2-9, o 2-1-9. (Los guiones se suprimieron en la Tabla
caso. Por el contrario, si el diámetro del fémur fuera para ahorrar espacio). Los siguientes somatotipos más
de 7.95 cm en vez de 9.75 cm, o el perímetro probables son aquellos que se encuentran en la línea
corregido de pantorrilla fuera de 44.9 cm en lugar de directamente superior e inferior a la línea para 50.25.
37.1 cm, tamañas desviaciones sugerirían errores. Si Si ninguno de estos somatotipos concuerda o no están
es posible, controlar los errores al registrar y re- cercanos cuando se interpola para las calificaciones de
evaluar al sujeto. Además, controlar para ver si los medias unidades, podría haber errores en los datos o
pliegues correctos (en cm) han sido sustraídos de los en los cálculos. Sin embargo, otros factores como las
valores correctos de los perímetros. En la Figura 2, el comidas pesadas o la deshidratación pueden afectar el
pequeño perímetro de brazo corregido (23.4 cm) peso corporal lo suficientemente como para alterar el
parece sospechosamente bajo, pero en este sujeto CAP “normal”.
realmente representaba su pequeño desarrollo
muscular en las extremidades superiores. Para el sujeto A, CAP = 43.4, y en la Figura 4 muestra
que en la línea para un CAP de 43.64, los posibles
Si el cálculo para cualquier componente es cero o es somatotipos son 1-6-3 y 2-5-3. Su somatotipo de 1.5 -
negativo, se asigna un valor de 0.1 como calificación 5.5 - 3 es una combinación de estas dos calificaciones,
para ese componente, porque por definición, los por lo tanto su «rating» antropométrico concuerda con
«ratings» no pueden ser cero o negativos. La lo estimado según la Tabla del CAP. Para el sujeto B,
calificación fotoscópica sería de 1/2 (0.5). Si ocurren CAP =45.6, y su somatotipo de 3-2-5 aparece en la
estos valores bajos, se deberían controlar los datos línea superior a la correspondiente para su CAP. Su
originales. Para el endomorfismo y para el ectomorfismo es limítrofe entre 4.5 y 5, lo cual
mesomorfismo es poco probable encontrar valores sugiere que ella podría ser 3-2-4.5, es decir la mitad
menores a 1.0, pero estos valores no son inusuales entre las dos filas. Los somatotipos para ambos
para el ectomorfismo. Las calificaciones de los sujetos parecen ser razonables.
componentes deberían redondearse al 0.1 más cercano
a una unidad, o a la media unidad más cercana, de
acuerdo a su uso posterior.

CAP ½ -1 1 2 3 4 5 6 7 8 9
50.91 119
50.25 118 129,219
49.59 117 128,218
48.93 127,217 138,318
228
48.27 126,216 137,317
227
47,61 136,316 237,327
226

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46,95 135,315 146,416


225 236,326
46,28 134,314 154,415 246,426
224 235,325 336
45,62 144,414 245,425
234,324 335
44,96 233 154,514 255,525
244,424 345,435
334
44,30 153,513 254,524
333 344,434
43,64 242,422 163,613 354,534
253,523 444
343,433
42,98 162,612 263,623
252,522 353,533
443
42,32 341,431 172,712 363,633
262,622 453,543
352,532
442
41,66 171,711 182,812
261,621 272,722
651,531 362,632
441 452,542
40,99 181,811 282,822
271,721 372,732
361,631 462,642
451,541 552
40,33 191,911
281,821
371,731
461,641
551
39,67 291,921
381,831
471,741
561,651
38,68 5-6½-½ 391,931
10-2-1 481,841
2-10-1 571,751
661
37,69 10-3-1 491,941
3-10-1 581,851
10½-2½-½ 671,761
36,37 6½-7½-½ 4-10-1
10½-3½-½ 10-4-1
11-3-1 591,951
771 681,861
34,71 781,871 4-11-1
11½-3½-½ 11-4-1
12-3-1 5-10-1
10-5-1
691,961
33,06 7½-8½-½ 5-11-1
11½-4½-½ 11-5-1
12-4-1 6-10-1
13-3-1 10-6-1
881 791,971

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31,41 12-5-1 7-10-1


13-4-1 10-7-1
891,981
11-6-1
29,75 12-6-1 8-10-1
13-5-1 10-8-1
14-4-1 11-7-1
991
FIGURA 4. Distribución de los somatotipos de acuerdo al CAP (altura/raíz cúbica del peso).

2.3 Graficación del somatotipo 2.4 Somatotipo fotográfico

Una de las ventajas de los somatotipos es que se El Somatotipo fotográfico es un registro valioso del
pueden mostrar en una gráfica standard llamada físico, especialmente cuando se esperan cambios, o
somatocarta, de manera que se puede tener una para estudios longitudinales de crecimiento. Se puede
representación visual de dónde se encuentra cada uno utilizar como suplemento de la calificación del
en relación a otros somatotipos. El somatotipo es en somatotipo antropométrico, en la evaluación de la
realidad tri-dimensional, y se puede imaginar a un imagen corporal (ver Capítulo 9), y en asociación con
somatopunto como un punto en el «espacio somático» el perfil antropométrico. Aún si no se es un evaluador
tri-dimensional (ver Carter & Heath, 1990, pag. 404). calificado del somatotipo, se puede buscar la
Tradicionalmente, la calificación de tres números del correspondencia entre el somatotipo antropométrico y
somatotipo es graficada en una somatocarta bi- lo que se ve en la fotografía. En otras palabras, la foto
dimensional utilizando coordenadas X e Y, derivadas aporta la imagen visual de cómo se ve un somatotipo
de la calificación (ver Figura 5). Las coordenadas son 2-5-3 o 6-3-1, en particular. En Carter y Heath
calculadas de la siguiente manera: (Sección 1, 1990) se describen los detalles de cómo
calificar las fotografías, con ejemplos. La Tabla 1
X = ectomorfismo - endomorfismo muestra algunas frases descriptivas o «puntos de
Y = 2 x mesomorfismo - (endomorfismo + anclaje» verbales que están asociados con las
ectomorfismo) calificaciones de los componentes. Sin embargo, éstas
sólo deben tenerse en cuenta como guías.
Para el sujeto A, X = 1.5, e Y = 6.5. Para el sujeto B,
X = 2.0, e Y = -4.0. Estos puntos en la somatocarta El Somatotipo fotográfico requiere poses
son denominados somatopuntos. Si el somatopunto estandarizadas, con vistas de frente, de perfil, y de
para el sujeto está lejos del esperado, cuando se lo espaldas, del sujeto (Figura 9). El equipo mínimo
compara con un adecuado grupo de referencia, hay recomendado consiste de una cámara 35 mm de buena
que controlar los datos y los cálculos. Debido a que la calidad, con un lente de 80 mm y flash incorporado.
Figura 5 está bastante poblada con todos los La cámara debería estar colocada sobre un trípode, a
cuadrantes, los somatopuntos deberían ubicarse en 5.8 mt. del sujeto, y el lente aproximadamente en la
una somatocarta sin cuadrantes. La Figura 6 muestra mitad de la estatura, para la mayoría de los sujetos:
una somatocarta en blanco que el estudiante puede Los rollos color standard (ASA 200) comercialmente
fotocopiar. revelados son bastante buenos y relativamente
económicos. El sujeto debería vestir con el mínimo de
En las Figuras 7 y 8 se muestran los somatotipos ropa como un traje de baño (de una o dos piezas), o
medios para distintos deportes en Australia. Estos shorts. Una estación más permanente de somatotipo
datos fueron recolectados en una gran muestra con debería incluir un tablero de datos o registros
deportistas de alto rendimiento, de niveles provincial identificatorios (generalmente detrás del sujeto), una
o nacional (Withers y cols., 1986, 1987). plataforma giratoria para orientar al sujeto en los
diferentes ángulos y posiciones standards, fondo
blanco, y reflectores o luces para flash. (Ver Carter &
Heath, Sección I, 1990, para otras opciones).

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FIGURA 5. Somatocarta con cuadrantes superpuestos para las coordenadas X e Y, para graficar los somatotipos. Están graficados los
somatotipos 1.5 – 5.5 – 3 (arriba) y 3 – 2 – 5 (abajo).
FIGURA 6. Somatocarta en blanco.
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

1. Básquetbol (3.7-4.0-2.9 6. Squash (3.4-4.0-2.8)


2. Hockey (3.7 -4.5-2.2 7. Voleibol (3.0-3.5-3.5)
3. Cestobol (3.0-3.8-3.3) 8. Badmington (4.1-4.4-2.5)
4. Fútbol (4.2-4.6-2.2 9. Lacrosse (4.1-4.5-2.4)
5. Sóftbol (3.8-4.3-2.7) 10. Cricket (4.9-4.4-2.0)

FIGURA 7. Somatocarta que muestra los somatopuntos de deportistas mujeres australianas. Después de cada deporte se muestran los
valores medios, para los tres componentes del Somatotipo. (Datos de Withers y cols., 1987).

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

1. Fútbol de Reglas Australianas (2.1-5.7-2.5) 6. Levantamiento de potencia (2.7-7.9-0.6)


2. Básquetbol (2.1-4.5-3.5) 7. Remo, categoría peso pesado (2.0-5.2-3.0)
3. Gimnasia (1.9-6.1-2.5) 8. Rugby (2.7-6.0-2.0)
4. Hockey (2.4-5.4-2.6) 9. Carrera de distancia (1.8-4.4-3.7)
5. Carrera con vallas (1.8-4.1-3.9) 10. Squash (2.5-5.2-2.8)

FIGURA 8. Somatocarta que muestra los somatopuntos de deportistas varones australianos. Después de cada deporte se muestran los
valores medios, para los tres componentes del Somatotipo. (Datos principalmente de Withers y cols., 1986).

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Escala de calificación del endomorfismo y características (adiposidad relativa)

1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6 6.5 7 7.5 8 8.5


Baja adiposidad relativa; poca Moderada adiposidad relativa; la Alta adiposidad relativa; grasa Extremadamente alta
grasa subcutánea; contorno grasa subcutánea cubre los subcutánea abundante; redondez adiposidad relativa; muy
musculares y óseos visibles contornos musculares y óseos; en tronco y extremidades; mayor abundante grasa subcutánea;
apariencia mas blanda. acumulación de grasa en el grandes cantidades de grasa
abdomen. abdominal en el tronco;
concentración proximal de
grasa en extremidades.

Escala de calificación del mesomorfismo y características (robustez o prevalencia músculo-esquelética, relativa a la altura)

1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6 6.5 7 7.5 8 8.5


Bajo desarrollo musc. esquelético Moderado desarrollo musc.- Alto desarrollo musc-esquelético Desarrollo músculo-esquelético
relativo; diámetros óseos esquelético relativo; mayor relativo; diámetros óseos grandes; relativo extremadamente alto;
estrechos; diámetros musculares volumen muscular y huesos y músculos de gran volumen; músculos muy voluminosos;
estrechos; pequeñas articulaciones articulaciones de mayores articulaciones grandes. esqueleto y articulaciones muy
en las extremidades. dimensiones. grandes.

Escala de calificación del ectomorfismo y características (linearidad relativa)

1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5.5 6 6.5 7 7.5 8 8.5


Linearidad relativa gran volumen Linearidad relativa moderada; Linearidad relativa elevada; poco
Linearidad relativa
por unidad de altura; “redondo” menos volumen por unidad de volumen por unidad de altura.extremadamente alta; muy
como una “pelota”; extremidades altura; mas estirado. estirado; delgado como un
relativamente voluminosas. lápiz; volumen mínimo por
unidad de altura.
TABLA 1. Frases verbales o “puntos de apoyo”, utilizadas en forma adjunta, en la determinación del somatotipo a partir de fotografías o
de inspección visual. (Adaptado de Carter & Heath, 1990).

2.5 Categorías de somatotipos y SAD SAMs


2.5.1 Categorías

Los somatotipos con similares relaciones entre la


predominancia de los componentes son agrupados en
categorías, denominadas de tal modo que reflejen
estas relaciones. La Figura 10 muestra las categorías
de somatotipos representadas en la somatocarta. Las
definiciones están dadas en la Tabla 2. El sujeto A es
un mesomórfico-ectomorfo (o meso-ectomorfo), y el
sujeto B es un ectomórfico-endomorfo (o ecto-
endomorfo). Todos los otros somatotipos graficados
dentro de la misma área están asignados con la misma
categoría. Las frecuencias de somatotipos dentro de
las categorías (o categorías combinadas) pueden
utilizarse para describir la distribución general de las
muestras.
FIGURA 9. Las tres poses para el somatotipo fotográfico
estandarizado. El sujeto tiene un peso corporal de 77 kg, y una
altura de 1 80.4 cm. Su calificación de criterio del somatotipo es
1.5 - 6.5 - 2.5.

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FIGURA 10. Categorías de somatotipos denominadas de acuerdo a Carter y Heath (1990). Los somatopuntos que caen dentro de la misma
área están agrupados por categorías.
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

central Ningun componentediferente en mas de una unidad con respecto a los otros dos, resultante
en rating de 2, 3, o 4
Endo-ectomórfico El endomorfismo es dominante y el ectomoorfismo es mayor que el mesomorfismo
Endomorfismo balanceado El endomorfismo es dominante y el mesomorfismo y ectomorfismo son iguales (no
difieren en mas que 0.5).
Endo-mesomórfico El endomorfismo es dominante y el mesomorfismo es mayor que el ectomorfismo.
Endomorfo-mesomorfo El endomorfismo y el mesomorfismoo son iguales (no difieren en mas que 0.5), y el
ectomorfismo es menor.
Meso-endomórfico El mesomorfismo es dominante y el endomorfismo es mayor que el ectomorfismo.
Mesomorfismo balanceado El mesomorfismo es dominante y el endomorfismo y ectomorfismo son iguales (no difiere
en mas que 0.5)
Meso-ectomórfico El mesomorfismo es dominante y el ectomorfismo es mayor que el endomorfismo
Ectomorfo-mesomorfo El ectomorfismo y el mesomorfismoo son iguales (noo difieren en mas que 0.5), y el
endomorfismo es menor.
Ecto-mesomórfico El ectomorfismo es dominante y el mesomorfismo es mayor que el endomorfismo
Ectomorfismo balanceado El ectomorfismo es dominante; el endomorfismo y el mesomorfismo son iguales y menores
(o no difieren en mas que 0.5)
Ecto-endomórfico El ectomorfismo es dominante, y el endomorfismo es mayor que el mesomorfismo
Ectomorfo-endomorfo El endomorfismo y el ectomorfismo son iguales (o no difieren en mas que 0.5), y el
mesomorfismo es menor.
TABLA 2. Categorías de los somatotipos, basadas en áreas de la somatocarta (De Carter & Heath, 1990).

Las 13 categorías de la Tabla 2 pueden simplificarse dimensionales. Para un desarrollo más completo, el
en cuatro categorías más grandes: estudiante debería remitirse a Carter y cols. (1983), y
Cressie, Withers y Craig (1986). En este momento,
CENTRAL: ningún componente difiere en más de una son esenciales varias definiciones (Carter & Heath,
unidad con respecto a los otros dos. 1990).

ENDOMORFO: el endomorfismo es dominante, el • Somatopunto (5). Punto en el espacio tri-


mesomorfismo y el ectomorfismo son mas de ½ dimensional, determinado a partir del somatotipo,
unidad (0.5) mas pequeños. el cual está representado por una tríada de
coordenadas >x», <y», y z, para los tres
MESOMORFO: el mesomorfismo es dominante, el componentes. Las escalas en los ejes de las
endomorfismo y el ectomorfismo son mas de ½ coordenadas son unidades de los componentes con
unidad (0.5) mas pequeños. el somatotipo hipotético 0-0-0, en el origen de los
tres ejes.
ECTOMORFO: el ectomorfismo es dominante, el • Distancia posicional del somatotipo (SAD o
endomorfismo y el mesomorfismo son mas de ½ DPS). Es la distancia, en tres dimensiones, entre
unidad (0.5) mas pequeños. dos somatopuntos cualquiera. Se calcula en
unidades de componentes.
2.5.2 Somatotype Attitudinal Distance (SAD; o • Media posicional del somatotipo (SAM o MPS).
Distancia Posicional del SÓmatotipo) y Es la media de los valores de SAD de cada
Somatotype Attitudinal Mean (SAM; o Media somatopunto, comparado desde el somatopunto
Posicional del Somatotipo) medio (5) de una muestra. El SAD representa la
distancia «real» en el espacio tri-dimensional entre
Los datos del somatotipo pueden ser analizados tanto dos somatopuntos (A y B). Se calcula de la
por métodos estadísticos descriptivos y comparativos, siguiente manera:
tradicionales y no tradicionales. Con frecuencia, los
análisis se han llevado a cabo usando solamente SADA,B = √[(endomorfismoA - endomorfismoB)2 +
puntos X-Y, en vez del somatotipo tri-dimensional. (mesomorfismoA - mesomorfismoB)2 +
Debido a que el somatotipo es una expresión de tres (ectomorfismoA - ectomorfismoB)2]
números, se pueden realizar análisis significativos
sólo con técnicas especiales. Aquí sólo presentamos
algunos de los análisis estadísticos descriptivos
comúnmente utilizados para los análisis tri-

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

El SAM se calcula dividiendo simplemente la suma de Cressie, N.A.C.,Withers, R.T. & Craig, N.P. (1986).
los valores de SAD, a partir de su somatopunto medio, Statistical analysis of somatotype data.
por el número de sujetos. Yearbook of Physical Anthropology, 29,
197-208.
Por razones de espacio no podemos presentar con más
detalle los análisis especiales para el somatotipo como Heath, B.H., & Carter,J.E.L. (1967).
un todo. De cualquier manera, estos detalles están A modified somatotype method.
incluidos en Carter, Ross, Duquet, y Aubry (1983), y American Journal of Physical
en Carter y Heath (1990). Anthropology, 27, 57-74.

Parnell, R.W (1958).


3. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Behaviour and physique.
London: Edward Arnold Ltd.
Carter, J.E.L. (1980).
The Heath-Carter somatotype method.
San Diego: San Diego University Press. Sheldon,W.H. (with the collaboration of S.S. Stevens
and W.B.Tucker) (1940).
Carter,J.E.L, & Heath, B.H. (1990). The varieties of human physique.
Somatotyping — development and New York: Harper and Brothers.
applications.
Cambridge: Cambridge University Press. Withers, R.T., Craig, N.P, & Norton, K.I. (1986).
Somatotypes of South Australian male
Carter,J.E.L., Ross,W.D., Duquet,W., & Aubry, S.P. athletes.
(1983). Human Biology, 58, 337-356.
Advances in somatotype methodology and
analysis. Withers, R.T.,Whittingham, N.O., Norton, K.I. &
Yearbook of Physical Anthropology, 26, Dutton, M. (1987).
193-213. Somatotypes of South Australian female
games players.
Human Biology, 59, 575-584.

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CAPÍTULO 7

ESTIMACIÓN ANTROPOMÉTRICA DE LA GRASA


O ADIPOSIDAD
Kevin Norton

1. INTRODUCCION externa es, probablemente, un resultado de mortalidad


selectiva ya que se sabe que la adiposidad es un factor
Los perfiles antropométricos son comúnmente de riesgo para el desarrollo de numerosas
utilizados como base para evaluar el nivel de grasa enfermedades (ver Capítulo 12).
corporal tanto en deportistas como en otros miembros
de la comunidad en general. Existen distintas formas Debido a que la mayoría de la gente está preocupada
en las cuales las personas utilizan estas mediciones acerca de su nivel de adiposidad, la estimación de las
antropométricas básicas para cuantificar los niveles reservas de grasa corporal es un procedimiento común
generales y regionales de grasa corporal. Sin embargo, realizado en establecimientos tales, como centros de
con el tiempo, muchos de estos métodos han sido salud y gimnasios. En forma similar, la relación
aplicados sin apreciar los errores y las Suposiciones establecida entre exceso de adiposidad y disminución
asociadas con su uso. en la performance deportiva ha producido que la
evaluación de la grasa se vuelva una parte integral de
Este uso no crítico de las estimaciones de la grasa la preparación fisiológica de los deportistas. En ambos
corporal es una de las áreas con mayor abuso de la ejemplos, el método utilizado para determinar el nivel
antropometría. Este capítulo apuntará a los principales de grasa, normalmente incluye mediciones de pliegues
problemas asociados con la estimación de la cutáneos. A menudo, estas mediciones de los pliegues
adiposidad, utilizando ecuaciones de regresión y son luego utilizadas para predecir la grasa corporal
sugerirá caminos para minimizar las inconsistencias total usando algunas de las numerosas ecuaciones de
en esta aplicación de la antropometría. predicción disponibles en la literatura. Si se utiliza
este método existen importantes suposiciones y
limitaciones las cuales deben ser comprendidas por el
2. CAMBIOS EN LA GRASA CORPORAL evaluador con el fin de poder realizar una estimación
A LO LARGO DE LA VIDA equilibrada del nivel de grasa corporal. De esta forma,
se puede brindar información significativa y apropiada
Las reservas de grasa corporal cambian a lo largo de a la persona que fue evaluada. Es este nivel de
toda la vida en forma tal que, basados en una sofisticación el que se necesita para comprender la
población, es bastante predecible, como se muestra en apreciación de los errores asociados con la conversión
la Figura 1. Los datos transversales demuestran que de los pliegues cutáneos medidos en la estimación de
desde niveles relativamente altos de adiposidad en el la grasa corporal total. Es precisamente la falta de tal
primer año de vida, las reservas de grasa subcutánea conocimiento lo que ha provocado el deterioro de este
disminuyen lentamente hasta sus niveles más bajos procedimiento en el pasado, y lo sigue haciendo en la
entre los 6 y 8 años de edad (Tanner, 1978, pp. 17- actualidad.
19). Después, la grasa subcutánea aumenta
progresivamente a lo largo de la mayor parte de los
años de desarrollo, excepto por una notable caída 3. LA UTILIZACION DE ECUACIONES
alrededor de la explosión puberal (cerca de los 11 a 12 DE REGRESION PARA PREDECIR LA
años en las niñas, y 14 a 16 años en los varones). A DENSIDAD CORPORAL Y LA GRASA
partir de este punto, las reservas de grasa subcutánea CORPORAL
aumentan, alcanzando un pico durante la quinta
década de vida para los hombres, y sexta para las Es importante una medición precisa de la grasa
mujeres, cayendo posteriormente a medida que avanza corporal, por lo que se han desarrollado una variedad
la edad. Esta última disminución en la adiposidad de métodos de evaluación (ver Capítulo 8). Este rango
Antropométrica Kevin Norton Y Tim Olds

de procedimientos va desde la estimación visual de la una persona ante un programa de entrenamiento y/o
grasa corporal (Eckerson, Housh, & Johnson, 1992) una intervención alimentaria. La medición de los
hasta métodos con tecnología más sofisticada como el pliegues brinda también tanto una evaluación
uso de la conductividad eléctrica total del cuerpo relativamente precisa como directa de la cantidad de
(Malina, 1987), el ultrasonido (Katch, 1983), y el grasa subcutánea y, por lo tanto, tiene una validez
“scanning” con rayos infrarrojos (McLean & Skinner, considerable. Es decir, mide directamente el espesor
1992), entre otros. Sin embargo, la mayoría de estos de la piel y del tejido adiposo subyacente
métodos requieren de un equipamiento costoso, de un (predominantemente grasa). Como consecuencia de
tiempo considerable, junto con evaluadores ello, la medición del espesor subcutáneo a encontrado
experimentados y, por lo general, no son adecuados aplicación en diversas disciplinas incluyendo la
para evaluar grandes números de personas. Por el Anatomía, la Biomecánica, la Epidemiología, las
contrario, la evaluación de sitios antropométricos Ciencias del Ejercicio, La Medicina, la Farmacia, y la
como el espesor de los pliegues cutáneos es segura, Pediatría.
requiere de muchos menos gastos y tiempo, y puede
utilizarse regularmente para controlar el progreso de

FIGURA 1. Cambios en la sumatoria de seis pliegues cutáneos (tríceps, subescapular, bíceps, supraespinal abdominal, y pantorrilla
medial) a partir de los 7 años, y a lo largo de toda la vida. Los datos son transversales y fueron calculados a partir de la Base de Datos
Antropométricos de Australia (AADBase), 1995 (n= ~ 3200).

Sin embargo, los pliegues cutáneos son mediciones estimaciones de la grasa corporal total, normalmente
superficiales que, a través del tiempo, han sido expresada en porcentaje de grasa corporal (% GC). En
asociados con procedimientos para estimar la el proceso de esta transformación es muy común que
adiposidad corporal total, incluyendo la grasa primero se haga la estimación de la densidad corporal
almacenada internamente alrededor de los órganos. total (DC), antes de estimar finalmente el % GC.
Debido a que se sabe de los riesgos importantes También ha llevado a una cultura que probablemente
asociados con los depósitos de grasa corporal sea demasiado familiar con el término “porcentaje de
ubicados como reservas profundas (tal como la grasa grasa corporal” sin entender las limitaciones de los
abdominal), el desafío ha sido cuantificar la grasa métodos utilizados para predecirlo.
corporal total usando métodos simples y eficientes, en
costos y tiempo. Por lo tanto, se supone que las Los métodos de uso, ya sea de ecuaciones de
mediciones de los pliegues externos representan no regresión para predecir la DC y el % GC, como la
sólo la adiposidad subcutánea sino también las medición de la DC directamente antes de estimar el %
reservas de grasa interna. Esto ha llevado a un a GC, pueden ser revisados en relación a las
proliferación en el número de ecuaciones de regresión presunciones (y errores) introducidos, en tres etapas
disponibles para llevar a cabo la transformación de las distintivas:
mediciones antropométricas superficiales a las

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(1) Los errores asociados con la predicción de la DC a la DC al % GC [es decir, un modelo de dos
partir de los datos antropométricos; (2) la medición de compartimentos, masa grasa (MG) y masa magra
la DC usando hidrodensitometría (peso hidrostático); (MM) o masa libre de grasa, ver Capítulo 8]. Este
y (3) los errores involucrados en la transformación de enfoque está ilustrado en la Figura 2.

3.1 Desarrollo de ecuaciones de predicción antropométricas

ECUACIONES ANTROPOMETRICAS GRASA CORPORAL


DESINDAD
CORPORAL (DC) RELATIVA (% GC)
PESO HIDROSTATICO

FIGURA 2. Procedimiento general para estimar el % GC a partir de la DC. La DC puede medirse ya sea en forma directa (utilizando el
peso hidrostático), o estimada utilizando antropometría de superficie.

Existen más de 100 ecuaciones disponibles en la peso( gr )


literatura científica para la predicción de la DC (y DC =
volumen(cm 3)
consecuentemente, del % GC), a partir de las
mediciones antropométricas. Algunas de las
ecuaciones más comúnmente utilizadas, que también peso del cuerpo en el aire (gr)
están conformes con las descripciones de los sitios DC = ----------------------------------------------------------
antropométricos presentados en el Capítulo 2, están Peso del cuerpo (gr) – peso del cuerpo en el
incluidas en el Apéndice. Debido a que estas agua (gr)
ecuaciones son específicas para una población, quien
las implemente debería saber que la población Se realizan posteriores ajustes para tener en cuenta la
evaluada debería ser similar a aquella en la cual la densidad del agua y el volumen residual del sujeto, de
ecuación original fue desarrollada. Las similitudes en manera que la ecuación final es:
edad, promedio de adiposidad, y niveles de actividad
física de las poblaciones original y experimental (y el Peso del cuerpo en el aire (gr)
sexo correcto) son más apropiadas cuando se utilizan DC = ---------------------------------------------------------
estas ecuaciones de predicción. Además, el Peso del cuerpo (gr) – peso del cuerpo en el
antropometrista debería asegurarse una congruencia agua (gr)
absoluta entre los puntos anatómicos utilizados en el ----------------------------------- - volumen residual
estudio original y aquellos a usar en la población densidad del agua
experimental. De ser posible, se debería utilizar el
mismo tipo de calibre para pliegues cutáneos que el La DC calculada (gr.cm3) se vuelve entonces la
descripto en el reporte original. variable dependiente “y”, mientras que una serie de
La mayoría de las ecuaciones de predicción son mediciones antropométricas tomadas en el sujeto,
desarrolladas usando métodos de laboratorio como la inmediatamente antes del peso hidrostático, se
densitometría hidrostática. El procedimiento incluye transforman en variables independientes “x1”,
la medición de la DC de un grupo de sujetos en el “x2”,”x3”,...etc.,y se usan para predecir “y”. Luego se
laboratorio utilizando la técnica del peso hidrostático, desarrolla una ecuación de regresión múltiple para
basada en el principio de Arquímedes. El mismo predecir la DC a partir de la mejor combinación (de
establece que cuando un cuerpo se sumerge en un más peso) de variables antropométricas (por Ej.,
líquido, experimenta un empuje de abajo hacia arriba varios pliegues cutáneos, y posiblemente otras
igual al peso del volumen del líquido desalojado. variables como perímetros y diámetros óseos).
Debido a que la densidad de un objeto se define como
su peso por unidad de volumen, entonces la DC se Entonces, hay distintas ecuaciones disponibles para
puede determinar si se conoce el peso del sujeto en el estimar el % GC a partir de la DC. Estas
aire y cuando está completamente sumergido en el transformaciones son posibles debido a
agua: investigaciones previas (Brozek, Grande, Anderson, &
Keys, 1963; Siri, 1961, pp. 108-117) que han utilizado
cadáveres para calcular las densidades y las
proporciones relativas de los componentes químicos
(agua, proteínas, minerales óseos y minerales no

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Antropométrica Kevin Norton Y Tim Olds

óseos) de los distintos tejidos corporales. La ecuación error debido a la violación de al menos tres
más frecuentemente utilizada es la propuesta por Siri presunciones, tal como se muestra en la Figura 3.
(1961), en donde: • En primer lugar, se presume que hay una
compresibilidad constante de la piel y grasa
495 subcutánea, y que el grosor de la piel en cualquier
%GC = − 450 sitio no es variable a través de toda la población.
DC
Se ha observado que la compresibilidad de la piel
Esta ecuación supone que las densidades de la MM y varía hasta el doble, en análisis cadavéricos
la MG son de 1.1000 y 0.9000 gr.cm-3, (Martin, Ross, Drinkwater, & Clarys, 1985), y se
respectivamente. Desafortunadamente, las densidades sabe que el espesor de la piel varía entre la
determinadas a partir de los estudios originales con población, siendo mayor en los hombres que en
cadáveres fueron aplicadas uniformemente en la las mujeres y que disminuye con la edad (Clarys,
población entera, sin tener en cuenta la considerable Martin, Drinkwater, & Marfell-Jones, 1987). Por
variación individual en las proporciones y densidades lo tanto, estos factores son claramente fuentes de
de estos tejidos. posible error (Martin y cols., 1985).
• En segundo lugar, debido a que sólo se miden
Por lo tanto, puede haber un error sustancial asociado unos pocos pliegues cutáneos, no se tienen en
con el uso de las ecuaciones de predicción basadas en cuenta los patrones individuales de distribución de
la antropometría para estimar el % GC. El error la grasa cuando se predice la adiposidad corporal
incluye tanto el error en la predicción de la DC a total. Por lo tanto, se presume que los pliegues
partir de ecuaciones de regresión, como el error seleccionados son representativos de la masa grasa
biológico en la transferencia de la DC a un valor de % subcutánea del cuerpo. Entonces, es aconsejable
GC. Si la DC se mide en el laboratorio, entonces el incluir una selección de pliegues en la ecuación
error de predicción de la ecuación de regresión es para predecir la DC y el %GC que incluyan la
reemplazado por el error de medición (normalmente parte alta y baja del cuerpo, el tronco, y las
menor). A continuación se resumen las presunciones y extremidades.
errores asociados, erados en estos procedimientos. • En tercer término, la relación entre espesor del
pliegue y grasa corporal total, a menudo, se
3.2 Error en la ecuación de predicción presume como lineal. La grasa corporal total está,
por lo tanto, siendo predicha en base a una
Debido a que se ha mostrado que los pliegues proporción fija de grasa interna y externa donde la
cutáneos son los predictores antropométricos mas grasa externa es cuantificada a través de la
poderosos de la DC y del % GC, ellos son los medición de un pequeño número de pliegues
elementos antropométricos fundamentales utilizados cutáneos seleccionados. La relación entre la masa
en las ecuaciones de regresión. Cuando se utilizan grasa subcutánea y la masa grasa corporal total
estas ecuaciones para predecir la DC, se introduce el podría (Martin y cols., 1985) o no tener una
relación lineal (Roche, 1987).

ECUACIONES
ANTROPOMETRICAS PRESUNCIONES

Compresibilidad constante de la piel y la grasa


subcutánea.
El espesor de la piel es constante en cualquier sitio.
La distribución relativa de la grasa es constante entre la
población.
Proporción fija de grasa interna y externa.

DENSIDAD CORPORAL Error en la ecuación de predicción.


(DC)

FIGURA 3. Presunciones asociadas con la estimación antropométrica de la DC, resultante en un error en la ecuación de predicción.

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Cuando los cadáveres fueron examinados para cantidad relativa de grasa localizada externamente, a
investigar los patrones de grasa corporal, el porcentaje medida que aumenta la adiposidad (Allen y cols.,
de grasa subcutánea en relación a la grasa corporal 1956). También podría indicar que las personas más
total varió de 20 a 70 %, de acuerdo a factores tales obesas tienden a tener componentes más densos en la
como la edad, grado de adiposidad, sexo, y técnica de MM (por ej., los huesos). Sin embargo, hay un mayor
medición (Allen y cols., 1956; Brodie, 1988a, 1988b; contenido de grasa en el tejido adiposo con el
Brown & Jones, 1977; Chien y cols., 1975; Keys & aumento en la adiposidad corporal total (Martin y
Brozek, 1953). El cociente entre grasa interna/externa cols., 1985), lo cual tendería a negar estos efectos.
aumenta con la edad, es mayor en las mujeres (Brodie, Cualquiera sea la causa, una determinada disminución
1988a, 1988b), y podría disminuir (Allen y cols., en el espesor de los pliegues cutáneos resulta en un
1956) o permanecer igual (Martin y cols., 1985) en mayor aumento en la DC, ya que la suma de los
relación al nivel de adiposidad. Jackson y Pollock pliegues es menor (por ej., una persona más magra).
(1982), por ejemplo, desarrollaron una ecuación Por lo tanto, una determinada disminución en la grasa
generalizada para predecir el % GC en base a una subcutánea no resulta en un aumento constante en la
relación no lineal entre los cambios en las sumatoria DC. Este fenómeno se muestra, a continuación, en la
de pliegues y los cambios correspondientes en la DC Figura 4.
medida. Su ecuación fue la ecuación cuadrática e
mejor ajuste y podría reflejar el efecto de una mayor

FIGURA 4. Ejemplo de la disminución en el porcentaje estimado de CC para una disminución de 10 mm en el espesor de los pliegues
cutáneos, en dos personas que difieren en la adiposidad corporal.

En esta figura, dos personas con distinta adiposidad, entre las reservas internas y externas de grasas, y los
pierden ambas 10 mm de la Σ4 pliegues cutáneos. El patrones de grasa externa dentro de la población,
sujeto A comienza con un nivel más bajo de pueden causar grandes errores en la predicción de la
adiposidad en comparación con el sujeto B, por lo DC a partir de los pliegues cutáneos. Se ha observado
tanto hay un mayor aumento estimado en la DC, y que los errores introducidos cuando se utilizan las
consecuente reducción en e1 % GC. Esto puede ser ecuaciones de regresión múltiple para predecir la DC
muy desconcertante para el individuo con sobrepeso varían en más del doble, en casos extremos (Lohman,
al que, dada la misma disminución en el nivel 1981; Lohman, Pollock, Slaughter, Brandon &
absoluto de la Σ 4 pliegues, se le dice (quizás) que el Boileau, 1984; Withers, Norton, Craig, Hartland &
% GC se alteró solamente en 2 o 3 %. Venables, 1987; Withers y cols., 1987).

Se ha observado que la variancia en la A partir de las ecuaciones de estimación más precisas,


compresibilidad de los pliegues, el espesor de la piel, Withers, Craig, y cols. (1987), y Withers,
el (contenido graso en el tejido adiposo, la proporción Whittingham, y cols. (1987), utilizando deportistas,

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Antropométrica Kevin Norton Y Tim Olds

reportaron errores de predicción de la DC (Error de 3.3 Error biológico


Estimación Standard; SEE) de 0.00533 y 0.00508
gr.cm-3. Estos datos fueron equivalentes a un error de El error biológico se debe a la variabilidad
2.4 y 2.3 % GC para ecuaciones desarrolladas en estos interindividual en la composición y densidad de la
atletas de alto rendimiento, mujeres y varones, MM (predominantemente hueso y músculo).
respectivamente. Otros estudios con grupos de Cualquier violación a las siguientes presunciones
deportistas también han indicado errores de predicción contribuye, por lo tanto, a este error:
relativamente pequeños, que varían entre 0.0061 y
0.0080 gr.cm-3 (2.7-3.6 % GC) en gimnastas y • En primer lugar, se presume y se acepta que las
corredores de larga distancia, respectivamente (Lewis, densidades de las MG y MM es de 0.900 y 1.100
Haskell, Perry, Kovacevic, & Wood, 1978; Sinning, gr.cm-3, respectivamente.
1978). En grupos no deportivos, este error • Segundo, se presume que las contribuciones
normalmente es mayor, y varía entre 0.0057 y 0.0125 proporcionales de los componentes de la masa
gr.cm-3 (2.6-5.9 % GC) de acuerdo a factores tales magra (MM) (agua, proteínas, minerales óseos, y
como la técnica de medición y la homogeneidad de la minerales no óseos) son invariables entre
muestra (Withers, Norton, y cols., 1987; Womersley, individuos.
Durnin, Boddy, & Mahaffy, 1976). A pesar de la • En tercer lugar, dado que las contribuciones
naturaleza problemática de la predicción de la DC a relativas de la MM se presume que son constantes,
partir de variables antropométricas, muchas las densidades de estos componentes de la MM,
ecuaciones de predicción aún gozan de una aplicación individualmente o por separado, también deben
muy difundida (por ej., Durnin & Womersley, 1974), ser constantes (para satisfacer el primer punto,
si bien normalmente incluyen errores de predicción enunciado arriba).
relativamente grandes.
Estas presunciones y los errores resultantes se ilustran
en la Figura 5.

DENSIDAD
CORPORAL
(CD)
PRESUNCIONES

• Las densidades de la MG y MM son constantes


• Las contribuciones proporcionales de los
componentes de la MM son invariables
• Los componentes individuales de la MG y MM
tienen densidades constantes
GRASA CORPORAL
RELATIVA (%GC)
Error biológico

FIGURA 5. Presunciones asociadas con la estimación del 0/o CC a partir de la DC, resultante en error biológico

Las presunciones subyacentes a la derivación de las solamente (Brozek y cols., 1963), con una edad
ecuaciones utilizadas para predecir el % GC a partir promedio de 65 años.
de la DC (Sin, 1956) son aplicables para cualquier
población, independientemente de la edad, el sexo, el La densidad de la MG varía poco en las distintas
nivel de entrenamiento, y el origen étnico. La poblaciones de seres humanos y otros mamíferos
investigación original utilizada en la elaboración de la (Allen, Krzywicki, & Roberts, 1959; Fidanza, Keys,
ecuación para permitir la transformación de la DC a % & Anderson, 1953). El tejido adiposo en los seres
GC se basó en la disección de tres cadáveres humanos tiene una densidad media de 0.900 gr.crrí3 y
un desvío standard de 0.00103 gr.cní3, a 37 grados C.

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Sin embargo, existe una considerable variabilidad del % GC (Wilmore, 1983). Este error también
interindividual en la densidad de la MM. Análisis ocurrirá si la proporción de hueso en el cuerpo se
cadavéricos más recientes han subrayado el grado de incrementa. Estos factores podrían ayudar a explicar
variación dentro de una población con respecto a las los valores extremadamente bajos que se han
proporciones de masas ósea, muscular, y residual que reportado, incluyendo valores negativos para el %
componen la MM (Clarys, Martin, & Dninkwater, GC, en jugadores profesionales de fútbol americano
1984; Martin y cols., 1985). Basados en la disección (Adams y (mIs., 1982) y en corredores de fondo
de 25 cadáveres, Clarys y cols. (1984) reportaron que (Behnke & Wilmore, 1974). Por el contrario, los
la proporción del peso magro, compuesto por individuos mayores que han disminuido la densidad
músculos, estaba entre el 41.9 y 59.4 %, mientras que ósea a causa de la desmineralización ósea o pérdida de
para los huesos estaba entre el 16.3 y 25.7 %. El hueso (como en el caso de la osteoporosis), tendrán
coeficiente de variación de la densidad muscular fue una sobreestimación de su 1 nivel de grasa corporal.
sólo del 1 % aproximadamente, pero la densidad de la Estos errores se remarcan en la Figura 6, mostrando el
masa ósea varió considerablemente dentro y entre rango de densidades de MM normalmente encontrado
individuos (Ross y cols., 1984). Esto llevó a la en poblaciones generales y específicas, y su efecto
conclusión que la densidad de fa MM, probablemente, sobre los niveles predictivos de grasa corporal. Esta
varía con un desvío standard de 0.02 gr.crn3 (Martin, figura sigue la lógica que, más que una sola y simple
Dninkwater, Clarys, & Ross, 1986). Clarys y cols. línea que describe la relación entre DC y % GC (tal
(1984) utilizaron cadáveres de edad similar (media +/- como la descripta por la ecuación de Siri), hay muy
DS = 76 +/- 9 años, rango 55-94 años) a los probablemente una «familia» de curvas como se
analizados por Brozek y cols. (1963), lo cual podría muestra en la figura (basadas en las presentadas por
hacer que las generalizaciones para poblaciones más Martin y cols., 1986). Por lo tanto, de acuerdo a
jóvenes sean inapropiadas. Es probable que las factores tales como el estado de entrenamiento, y la
poblaciones más jóvenes y sanas sean mucho más presencia o ausencia de enfermedad, una persona
homogéneas con respecto a las densidades y podría ser ubicada en cualquiera de un número de
proporciones relativas de los tejidos que componen la curvas. Si, por ejemplo, la 1 elación real colocara a
MM, en comparación con las de poblaciones más una persona en la curva de densidad de MM de 1.07,
añosas y enfermas. mientras que la ecuación de Sin presume 1.10 gr.cnV,
entonces una DC medida de, digamos 1.06 gr.cm-3,
La transformación de la DC a % GC involucra, por lo resultaría en un porcentaje real de GC del 5 %, en
tanto, algunos problemas potencialmente serios. Por comparación con el 17 % estimado por Siri. Observar
ejemplo, en promedio, los deportistas tienen huesos y que una diferencia determinada entre las densidades
músculos más densos real y supuesta de MM produce un mayor error
absoluto para las personas con una alta DC (o bajo %
(Adams, Mottola, Bagnall, & McFadden, 1982; GC como los deportistas o adultos jóvenes magros),
Chuliheck, Sale, & Webher, 1995; Martin & en comparación con individuos obesos con baja DC.
klcColloch, 1987) lo cual lleva a una subestimación

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FIGURA 6. Efecto de las alteraciones en la densidad de la masa magra (MM) sobre las estimaciones subsiguientes del CC, utilizando
la ecuación de Siri (1961), en un rango de densidades corporales. La línea vertical a una DC 1.06 cm se refiere al ejemplo discutido en
el texto.

No es sorprendente que se haya desafiado la precisión de 0.0020 gr.cm-3 (∼ 0.9 % GC), y depende de
de las transformaciones de la DC a % CG (Womersley distintas características del sistema utilizado para
y cols., 1976; Martin y cols., 1986). Siri (1961), por obtener la DC. Los dos más importantes son la
ejemplo, estimó que el error en la transformación de medición (o estimación) de gases en el sistema
DC a % GC involucraba un desvío standard de 0.0084 respiratorio cuando se toma el peso, y el peso del
gr.cm3 (∼ 3.7 % GC) en la población total. Lohman deportista cuando se sumerge (Withers, 1983). Una
(1981) formuló la hipótesis de que este desvío podría medición directa del volumen pulmonar del deportista
ser algo menor, cerca de 0.006 gr.cm-3 (~ 2.6 % GC) durante la inmersión, utilizando técnicas como la
en muestras relativamente homogéneas, tales como dilución de helio o el lavado de nitrógeno, producirá
atletas altamente entrenados, donde la variación menores errores en la medición de la DC que cuando
interindividual en la densidad de la MM es menor que el volumen pulmonar es estimado a partir de
entre la población en general. Por lo tanto, la utilidad mediciones antropométricas, o cuando se presume un
de predecir el % GC ha aumentado por el desarrollo volumen constante para todos los sujetos (Withers,
de ecuaciones para deportes y para poblaciones Borkent, & Ball, 1990). Sin embargo, las mediciones
específicas. Se han desarrollado ecuaciones para del volumen pulmonar requieren de equipamiento
distintos grupos específicos, incluyendo corredores de especializado y de considerable experiencia técnica y,
fondo (Pollock y cols., 1977), gimnastas (Sinning, por lo tanto, normalmente es predicho a partir del
1978), deportistas varones (Withers, Graing, y cols., tamaño corporal. Otros posibles factores
1987), deportistas mujeres (Withers, Whittingham, y contribuyentes al error de medición incluyen la
cols., 1987), y una variedad de otros subgrupos (ver precisión para obtener la temperatura del agua y el
Brodie, 1988a, 1988b, para una revisión). peso del deportista en el aire (Withers, 1983).

3.4 Error de medición en la densitometría 3.5 Error total


hidrostática
Si se presume que las variancias de error discutidas
Cuando se utiliza el peso hidrostático para medir la anteriormente son independientes y aditivas, entonces
DC, el error de medición o técnico por lo general es se puede calcular es SEE para la estimación del %
pequeño. Durnin y Taylor (1960) han estimado que el GC, tanto a partir de ecuaciones de predicción como
error de medición de esta técnica es aproximadamente de la DC medida. Dado que Siri (1961) estimó que el

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desvío standard del error biológico podría llegar hasta Error total = 0.002 2 + 0.006 2 gr.cm −3
0.0084 gr.cm-3 (~ 3.6 % GC) en la población en
general, lo cual más tarde fue ajustado a 0.006 gr. Cm3
(~2.6 % GC) para muestras homogéneas (Lohaman, o aproximadamente 2.7 % en la media (Lohman,
1981), entonces el error total (ecuación de regresión y 1981). Por lo tanto, la DC medida, lleva a una
error biológico) utilizando la mejor ecuación de estimación más precisa de la MG, en comparación con
predicción de Withers, Craig, y cols., (1987) para el uso de aún la mejor ecuación de regresión basada
varones, podría ser en la antropometría, actualmente disponible. Este
error se puede reducir aún más, hasta casi 2.6 %, a
través de cuidadosos procedimientos técnicos (Norton,
Error total = 0.00508 2 + 0.006 2 gr.cm −3 Craig, Withers, & Whittingham, 1994; Withers,
Cnaig, y cols., 1987). Sin embargo, éste es
o igual a aproximadamente 3.4 % GC en la media. De probablemente el límite de precisión utilizando estas
forma similar, si se mide la DC, entonces el error total técnicas. El análisis del error está resumido en la
(error técnico y biológico), podría ser Figura 7.

ECUACIONES
ANTROPOMETRICAS
Error en la ecuación de predicción
SEE > 0.0508 gr.cm-3
(> 2.3 % GC)

Grasa
Error biológico
Densidad SEE = 0.006-0.0084 gr.cm-3 corporal
PESO corporal (2.6-3.8 % GC) relativa
HIDROSTATICO (% GC)
Error de medición
SEE = 0.001-0.002 gr.cm-3
(0.4-0.8 % GC)

Figura 7. Errores asociados con la estimación del % GC, a partir de mediciones antropométricas y a partir del peso hidrostático

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Nro. Sitio Medic. 1 Medic. 2 Medic. 3 Mediana
PLIEGUES 1 Tríceps 13.5
CUTANEOS 2 Subescapular 10
(mm) 3 Bíceps 5.4
4 Cresta ilíaca 9.8
5 Supraespinal 6.1
6 Abdominal 8.9
7 Muslo (frontal) 34.4
8 Pantorrilla medial 12.4
9 Axila medial 6.7
PERIMETROS 10 Cabeza 55.3
(cm) 11 Cuello 32.7
12 Brazo (relajado) 25.8
13 Brazo (flexionado en tensión) 26.9
14 Antebrazo (máximo) 24.9
15 Muñeca (estiloides distal) 15.3
16 Tórax (mesoesternal) 97.8
17 Cintura (mínima) 73.3
18 Glúteos (cadera, max) 99.4
19 Muslo (1 cm del glúteo) 54.1
20 Muslo (medial tro-tib-lat) 49.4
21 Pantorrilla (máximo) 36.2
22 Tobillo (mínimo) 23.3
LONGITUDES 23 Acromial-radial 30.8
(cm) 24 Radial-estiloidea 24.5
25 Medioestiloidea-datiloidea 18.4
26 Altura illoespinal 91.8
27 Altura trocantérea 83.7
28 Trocantérea-tibia lateral 39.8
29 Tibia lateral hasta el piso 45
30 Tibia medial-maleolar medial 36.1
31 Biacromial 37.7
DIAMETROS 32 Biillocrestídeo 29.2
LONGITUDES 33 Longitud del pie 23.8
(cm) 34 Talla sentado 90.7
35 Tórax transverso 27.6
36 Tórax antero-post. 18.5
37 Húmero 6.59
38 fémur 9.53
SITIOS 39
DEPORTIVOS 40
ESPECIFICOS 41
42
FIGURA 8. Detalles del sujeto para un perfil antropométrico completo.
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FIGURA 9. Resultados de la predicción del % GC del sujeto cuyos detalles se muestran en la Figura 8. Los resultados representan los
valores medios +/- 1 error standard de la estimación (SEE), tal como fue reportado por los autores originales (ver Apéndice). También,
como referencia, se muestra la media general (+/- DS) del % GC estimado.

4. APLICAClON DE LAS ECUACIONES del 26.2 % GC. Cuando es expresado en términos


DE PREDICCION relativos, esto representa un rango de 44 % del valor
medio estimado de todas las ecuaciones. Observar que
Para mostrar el posible rango de valores estimados de esto no tiene en cuenta el SEE alrededor de los niveles
DC y % GC se presenta el siguiente ejemplo. individuales del % estimado de GC. Por ejemplo,
Consideremos la persona cuyos detalles supongamos que hay distintas ecuaciones posibles
antropométricos se muestran en la proforma para elegir (como se muestra en la Figura 9), y que
antropométrica (Figura 8). cualquiera de estas ecuaciones se elige al azar. En el
peor de los casos (+/- 2 x SEE) podría resultar en un
Basados en los en los sitios de medición evaluados, y posible rango de valores «reales» de % GC entre 7.9 y
en el sexo del sujeto y en otras informaciones 34.4 % GC [es decir, desde el valor medio predictivo
demográficas tales como su edad y nivel de actividad más bajo (menos 2 x SEE) hasta el valor medio
física, se puede llevan a cabo un análisis para predecir predictivo más alto (más 2 x SEE)]. Pon lo tanto, si se
la DC y el % GC utilizando un número de ecuaciones utiliza una ecuación de predicción, es aconsejable
compatibles, seleccionado de la literatura. Los reportar el nivel estimado de % GC +/- un rango de
resultados de este análisis se muestran en la Figura 9. error, quizás usando 1 x SEE para la ecuación que se
Las ecuaciones específicas utilizadas, junto con otras ha elegido.
que tienen descripciones de los puntos anatómicos
esencialmente equivalentes a las señaladas en este
libro, se presentan en detalle, al final de este capítulo. 5. EL CONTROL O MONITOREO DE LOS
PLIEGUES CUTANEOS Y OTROS INDICES DE
Esta figura muestra el rango de «scores» o valores del COMPOSICION CORPORAL
% GC calculado predictivamente para un mismo
sujeto. Se estimó que esta joven tenía, en promedio, Un procedimiento confiable y relativamente simple
22.7 +/- 3.7 % GC. Sin embargo, los niveles para monitorear los niveles intraindividuales de GC se
estimados variaron, según las distintas ecuaciones, logra midiendo, en forma rutinaria, el grosor de los
desde un porcentaje bajo del 16.3 % hasta uno elevado

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pliegues cutáneos sin una posterior transformación a frecuencia, la transformación de los pliegues a DC y
% GC. luego a % GC. Esto se debe a que:
• No hay pérdida de información cuando se
La evaluación del peso corporal y del grosor de los convierten los pliegues a DC y % GC.
pliegues, a menudo, es adecuada para el control del • Las estimaciones de la masa grasa sólo se pueden
nivel de GC de un individuo. Esta metodología ha realizar utilizando este procedimiento.
sido utilizada durante varios años en deportistas de • A menudo, es una importante herramienta
alto rendimiento en institutos deportivos en toda pedagógica para mostrar la relación entre las
Australia (Craig y cols., 1993; Telford, Tumilty & mediciones antropométricas superficiales y las
Damm, 1984). El procedimiento elimina el error en la reservas totales de grasa corporal.
transformación del grosor de los pliegues (mm) a una
estimación de la DC (gr.cm3), y finalmente a la • En la medida que se utilizan procedimientos
predicción del % GC. antropométricos consistentes, es sensible a
Recientemente, se han preparado tablas normativas cambios como resultado de intervenciones
alimentarias y/o de entrenamiento.
para la sumatoria de pliegues cutáneos en deportistas
australianos (Norton y cols., 1994). Sin embargo,
debido a que utilizando este método no se puede hacer El error señalado en este capítulo, durante la
una estimación de la masa grasa a perder, no ha transformación de las mediciones antropométricas a %
resultado la elección más deseable para los GC debe ser considerado y retransmitido al sujeto a
profesionales en el área de la salud y el «fitness». Para través de un rango de porcentaje estimado de GC. Es
aquellos que adoptan esta técnica se recomienda una recomendable que las personas que utilicen estos
serie de sitios de pliegues, de modo de reducir los procedimientos reporten un rango de % GC estimado
posibles problemas debidos a los patrones igual a la media predictíva +/- 1 DS, para la DC y %
individuales de adiposidad (reducción desigual de GC, en la misma forma que se sugiere para la
grasa/aumento en sitios específicos) durante los precisión de mediciones repetidas de los pliegues
cutáneos.
cambios de peso. Se cree que estos patrones
individuales de reducción y aumento están
relacionados con diferencias regionales en la
sensibilidad de los adipocitos a las hormonas 7. APENDICE - ECUACIONES DE
lipolíticas (Smith, Hammersten, Bjorntonp, & Kral, PREDICCION
1979). Posiblemente, ésta sea la razón por la cual
muchos individuos tienen dificultad en reducir los A continuación se presenta un resumen de las
depósitos de grasa en sitios específicos. ecuaciones de predicción de la DC, encontradas en la
literatura científica. No es una lista completa, pero
Es recomendable que los profesionales de la salud y identifica algunas de las ecuaciones de predicción más
del «fitness» desarrollen su propia base normativa de comúnmente utilizadas. Todas las ecuaciones
presentadas utilizan variables antropométricas
datos para pliegues cutáneos (y otras variables
antropométricas). Esta información puede utilizarse independientes cuyos sitios son esencialmente
luego como guía cuando se asesora a los individuos equivalentes a los presentados en el Capítulo 2. En
interesados en su nivel de adiposidad corporal. algunos casos, las descripciones originales utilizan
una terminología levemente diferente, si bien los
puntos anatómicos son los mismos. Para estas
ecuaciones se ha sustituido la terminología utilizada a
6. RESUMEN
lo largo de este libro. El lector debería conocer que los
El antropometnista dispone de distintas opciones para detalles que se desarrollan a continuación podrían
cuantificar el nivel de grasa corporal que tiene un determinan lo apropiado de utilizar cualquiera o
individuo. Para la mayoría de las personas, es cualquier grupo de ecuaciones de predicción para un
suficiente reportar simples sumatorias de los pliegues individuo.
cutáneos. Sin embargo, todavía se lleva a cabo, con

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Referencias
Durnin & Womersley (1974), n = 209 varones:
variable Media+/- DS Rango
Edad (años) - 17.0-72.0
Altura (cm) - 150.0-193.0
Peso (kg) - 49.8-121.4
DC (gr.cm-3) - 0.990-1.087
% GC (Siri, 1961) - 5.0-50.0

Grupo étnico: no especificado


País: Escocia
Características de la muestra Los sujetos fueron deliberadamente seleccionados para representar
una variedad de tipos corporales (voluntarios de una clínica de
obesidad, clubes locales de salud, organizaciones deportivas,
compañías de ballet, y otras fuentes).
Calibre utilizado para PC: Harpenden
Ecuacion de regresion multiple R SEE
DC =1.1765 –0.0744 (log10 X1) 0.7-0.9 0.0103

Donde, X1 (mm): Σ4 pliegue cutáneos


(triceps, biceps, subescapular, cresta aliaca,
en mm)

Durnin & Womersley (1974), n = 227 mujeres:


variable Media =/- DS Rango
Edad (años) - 16.0-68.0
Altura (cm) - 146.0-178.0
Peso (kg) - 42.3-121.5
DC (gr.cm-3) - 0.968-1.078
% GC (Siri, 1961) - 10.0-61.0

Grupo étnico: no especificado.


País: Escocia.
Características de la muestra: Igual que la de los varones.
Calibre utilizado para PC: Harpenden
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 1.1567 –0.717 (log10 X1) 0.7-0.9 0.0116

Donde , X1 (mm): Σ4 pliegues cutáneos


(tríceps, bíceps, subescapular, suprailiaco, en
mm)

Forsyth & Sinning (1973), n = 50 varones:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) - 19.0-22.0
Altura (cm) 179.0 +/- 0.56 -
Peso (kg) 77.20 +/- 8.71 -
DC (gr.cm-3) 1.072 +/- 0.0102 -
% GC (Brozek y cols. 1963) 12.2 +/- 4.1 -

Grupo étnico: No especificado.


País: EEUU.
Características de la muestra: Participantes de equipos universitarios.
Calibre utilizado para PC: Lange
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 1.10647 – 0.00162(X1) – 0.00144(X2) – 0.00077(X3) + (0..00071(X4) 0.84 0.006
Donde , X1 = pliegue subescapular (mm), X2 = pliegue abdominal (mm), X3 = pliegue
triccipital (mm), X4 = pliegue de la axila medial (mm)

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Referencia
Jackson, Pollock, & Ward (1980), n = 249 mujeres:
variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 31.44 +/- 10.8 18.2-55.0
Altura (cm) 165.02 +/- 6.00 146.0-181.0
Peso (kg) 57.15 +/- 7.59 36.0-87.0
DC (gr.cm-3) 1.044 +/- 0.016 1.002-1.091
% GC (Siri, 1961) 24.1 +/- 7.2 4.0-44.0

Grupo étnico: No especificado.


País: EEUU
Características de la muestra: Amplio rango de mujeres quienes tenían estructura corporal considerablemente variable
Calibre utilizado para PC: Lange
Ecuación de regresión múltiple R SEE
(1) DC = 1.24374 – 0.03162 (log10 X1) – 0.00066(X4) 0.859 0.0081
(2) DC = 1.221389 – 0.04057 (log10 X2) – 0.00016(X3) 0.838 0.0087
Donde , X1 = Σ4 pliegues cutáneos (tríceps, abdominal, muslo frontal, cresta iliaca, en mm), X2 =
pliegue subescapular (mm), X2 = Σ3 pliegues cutáneos (tríceps, muslo frontal, cresta iliaca, en
mm), X3 = edad (años), X4 = perímetro de glúteos (cm).

Katch & McArdle (1973), n = 53 varones:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 19.3 +/- 1.5 -
Altura (cm) 176.4 +/- 7.0 -
Peso (kg) 71.4 +/- 8.6 -
DC (gr.cm-3) 1.0646 +/- 0.0138 -
% GC (Siri, 1961) 15.3 +/- 5.7 -

Grupo étnico: Caucásico.


País: EEUU
Características de la muestra: Estudiantes universitarios de educación física
Calibre utilizado para PC: Lange
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 1.09655 – 0.00049 – 0.00103(X1) – 0.00056(X2) + (0..00054(X3) 0.86 0.0072
Donde, X1 = pliegue triccipital (mm), X2 = pliegue subescapular (mm), X3 = pliegue
abdominal (mm)

Katch & McAaardle (1973), n = 69 mujeres:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 20.3 +/- 1.8 -
Altura (cm) 160.4 +/- 11.3 -
Peso (kg) 59.0 +/- 7.8 -
DC (gr.cm-3) 1.0394 +/- 0.0152 -
% GC (Brozek y cols., 1963) 25.6 +/- 6.4 -

Grupo étnico: No especificado.


País: EEUU
Características de la muestra: Estudiantes universitarias de Educación Física.
Calibre utilizado para PC: Largue
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 1.09246 – 0.00049(X1) – 0.00075(X2) – 0.00710(X3) + 0..00121(X4) 0.84 0.0086
Donde, X1 = pliegue subescapular (mm), X2 = pliegue de la cresta iliaca (mm), X3 = diámetro
biepicondilar del humero (cm), X4 = perímetro del muslo (cm).

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Antropométrica Kevin Norton Y Tim Olds

Katch & Michael (1968), n =64 mujeres


Variable Media + /-DS Rango
Edad (años) 19.0-23.0
Altura (cm) 165.9 +/- 4.27 152.4-179.3
Peso (kg) 58.38 +/- 6.70 44.65-72.16
DC (gr.cm-3 ) 1.049 +/- 0.011 1.011-1.067
% GC (Brozek y cols.,1961) 21.5 +/- 5.7 3.8-37.7
Grupo étnico no especificado
País: EEUU.
Características de la muestra: voluntarias universitarias
Calibre utilizado para PC: no especificado
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 1.12569 – 0.001835(X1) – 0.002779(X2)+ 0.005419(X3) – 0.0007167(X4) 0.70 0.008183
Donde, X1 = pliegue triccipital (mm), X2 = perímetro de glúteo (pulgadas),
X3 = perímetro de brazo flexionado (pulgadas),
X4 = pliegue subescapular (mm):

Lewis, Haskell, Perry, Kovacevic, & Wood, (1978), n = 42 mujeres:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 42.3 +/- 8.4 30.0-59.0
Altura (cm) 166.1 +/- 5.6 155.0-180.0
Peso (kg) 57.6 +/- 6.6 46.3-77.0
DC (gr.cm-3) 1.052 +/- 0.012 1.030-1.078
% GC (Brozek y cols., 1961) 20.5 +/- 5.4 9.1-30.5

Grupo étnico: Caucásico.


País: EEUU
Características de la muestra: 38 corredoras de media y larga distancia, algunas de ellas de nivel nacional e internacional.
Cuatro sujetos nadaron en eventos de “endurance”, a nivel nacional.
Calibre utilizado para PC: Lange.
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 0.97845 – 0.0002(X1) – 0.00088(X2) – 0.00122(X3) + 0..00234(X4) 0.78 0.00795
Donde, X1 = pliegue triccipital (mm), X2 = estatura (cm), X3 = pliegue subescapular (mm), X4 =
perimetro de brazo relajado (cm).

Pollock, Laughridge, Coleman, Linneurd, & Jackson, (1975), n = 83 mujeres:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 20.2 +/- 1.2 18.0-22.0
Altura (cm) 166.1 +/- 5.9 -
Peso (kg) 57.53 +/- 7.44 -
DC (gr.cm-3) 1.0427 +/- 0.0141 -
% GC (Brozek y cols., 1961) 24.8 +/- 6.4 -

Grupo étnico: No especificado


País: EEUU
Características de la muestra: Estudiantes universitarios
Calibre utilizado para PC: Lange.
Ecuación de regresión múltiple R SEE
(1) DC = 1.0852 – 0.0008 (X1) – 0.0011(X2) 0.775 0.0091
(2) DC = 1.0836 – 0.0007 (X1) – 0.0007(X2) + 0.0048(X3) – 0.0088(X4) 0.826 0.0082

Donde, X1 = pliegue cresta iliaca (mm), X2 = pliegue del muslo frontal (mm), X3 = perímetro de
muñeca (cm), X4 = diámetro biepicondilar del fémur (cm).

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Antropométrica Kevin Norton Y Tim Olds

Sloan, Burt, & Blyth (1962), n = 50 mujeres:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 20.2 +/- 1.7 17.0-25.0
Altura (cm) 165.0 +/- 0.69 153.0-177.0
Peso (kg) 55.5 +/- 5.9 39.0-76.7
DC (gr.cm-3) 1.0467 +/- 0.0122 1.0172-1.0687
% GC (Brozek y cols., 1961) 22.9 +/- 5.6 13.2-36.6

Grupo étnico: No especificado


País: EEUU
Características de la muestra: Estudiantes universitarios
Calibre utilizado para PC: Calibre del Laboratorio Medico de Nutrición.
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 1.0764 – 0.00081(X1) – 0.00088(X2) 0.74 0.0082
Donde, X1 = pliegue de las cresta iliaca (mm), X2 = pliegue triccipital(mm)

Sloan, (1967), n = 50 varones:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) - 18.0-26.0
Altura (cm) 177.26 163.0-191.0
Peso (kg) 70.57 57.80-85.70
DC (gr.cm-3) 1.0754 +/- 0.0200 -
% GC (Brozek y cols., 1961) 10.8 +/- 5.14 -

Grupo étnico: No especificado


País: Sudáfrica
Características de la muestra: Estudiantes universitarios
Calibre utilizado para PC: Calibre del Laboratorio Medico de Nutrición.
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 1.1043 – 0.001327(X1) – 0.001310(X2) 0.861 -
Donde, X1 = pliegue del muslo frontal (mm), X2 = pliegue subescapular (mm).

Thorland, Johnson, Tharp, Housh, & Cisar (1984), n = 141 varones:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 17.43 +/- 0.96 -
Altura (cm) 176.52 +/- 8.60 -
Peso (kg) 67.45 +/- 11.30 -
DC (gr.cm-3) 1.0798 +/- 0.0096 -
% GC (Brozek y cols., 1961) 9.0 +/- 3.8 -

Grupo étnico: No especificado


País: EEUU
Características de la muestra: Deportistas de nivel nacional en eventos de atletismo, gimnasia, saltos ornamentales, y lucha
libre.
Calibre utilizado para PC: Lange
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 1.1091 – 0.00052(X1) – 0.00000032(X2) 0.82 0.0055
Donde, X1 = Σ7 pliegues cutáneos (tríceps, subescapular, axila medial, cresta iliaca, abdominal, muslo frontal, pantorrilla medial, en mm).

Versión digital por el Grupo Sobre Entrenamiento (www.sobreentrenamiento.com) Página 131


Antropométrica Kevin Norton Y Tim Olds

Thorland, Johnson, Tharp, Housh, & Cisar (1984), n = 133 mujeres:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 16.51 +/- 1.39 -
Altura (cm) 166.02 +/- 7.26 -
Peso (kg) 54.51 +/- 7.93 -
DC (gr.cm-3) 1.0661 +/- 0.0105 -
% GC (Brozek y cols., 1961) 14.5 +/- 4.3 -

Grupo étnico: No especificado


País: EEUU
Características de la muestra: Deportistas de nivel nacional en eventos de atletismo, gimnasia, saltos ornamentales, y lucha
libre.
Calibre utilizado para PC: Lange
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 1.0987 – 0.00122(X2) – 0.00000263(X2)2 0.82 0.0060
Donde, X1 = Σ3 pliegues cutáneos (tríceps, subescapular, axila medial, cresta iliaca, en mm).

Wilmore & Behnke (1969), n = 133 varones:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 22.04 +/- 3.10 16.80-36.80
Altura (cm) 177.32 +/- 7.17 159.00-193.40
Peso (kg) 75.60 +/- 11.04 53.20-121.20
DC (gr.cm-3) 1.0657 +/- 0.0125 1.0310-1.0902
% GC (Siri., 1961) 14.6 +/- 5.5 4.0-30.1

Grupo étnico: No especificado


País: EEUU
Características de la muestra: Estudiantes universitarios.
Calibre utilizado para PC: Lange
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 1.08543 – 0.000886(X1) – 0.00040(X2) 0.800 0.0076
Donde, X1 = pliegue abdominal (mm), X2 = pliegue del muslo frontal (mm).

Wilmore & Behnke (1970), n = 128 mujeres:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 21.41 +/- 3.76 17.80 +/- 47.80
Altura (cm) 164 +/- 6.61 146.10-180.40
Peso (kg) 8.58 +/- 7.14 41.31-81.600
DC (gr.cm-3) 1.0406 +/- 0.0099 1.0168-1.0678
% GC (Siri., 1961) 25.7 +/- 4.5 13.6-36.8

Grupo étnico: No especificado


País: EEUU
Características de la muestra: Estudiantes universitarios.
Calibre utilizado para PC: Lange
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 1.06234 – 0.00068(X1) – 0.00039(X2) - 0.00025(X3) 0.676 0.0074
Donde, X1 = pliegue subescapular (mm), X2 = pliegue triccipital,
X3 = pliegue del muslo frontal (mm).

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Antropométrica Kevin Norton Y Tim Olds

Wilmore, Craig, Bourdon, & Norton (1987a), n = 207 varones:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 24.2 +/- 4.7 25.4-39.1
Altura (cm) 180.0 +/- 8.3 154.1-215.1
Peso (kg) 74.68 +/- 10.54 53.30-117.34
DC (gr.cm-3) 1.0761 +/- 0.0085 1.0465-1.0968
% GC (Siri., 1961) 10.0 +/- 3.7 1.3-23.0

Grupo étnico: No especificado


País: Australia
Características de la muestra: Representantes provinciales de badmington, básquetbol, ciclismo, hockey sobre césped,
lacrosse, fútbol, gimnasia, levantamiento de potencia, patín carrera, fútbol americano, squach,
natación, atletismo, voleibol: el 36% de nivel internacional.
Calibre utilizado para PC: Harpenden.
Ecuación de regresión múltiple R SEE
(1) DC = 1.0988 – 0.0004(X1) 0.749 0.0058
Donde, X1 = Σ7 pliegues cutáneos (tríceps, subescapular , bíceps, supraespinal, abdominal, muslo frontal, pantorrilla medial, en mm).
(1) Esta ecuación de regresión no fue incluida en la publicación de Withers y cols. (1987ª)

Withers, Norton, Craig, Hartland & Venables (1987b), n = 135 mujeres:


variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 22.3 +/- 3.7 17.4-35.2
Altura (cm) 165.6 +/- 5.3 152.9-178.6
Peso (kg) 58.15 +/- 7.44 43.63-93.57
DC (gr.cm-3) 1.0456 +/- 0.0123 0.9916-1.0743
% GC (Siri., 1961) 23.4 +/- 5.6 10.8-49.2

Grupo étnico: No especificado


País: Australia
Características de la muestra: Muestra representativa de distintos tipos corporales y niveles de actividad fisica habitual.
Calibre utilizado para PC: Harpenden.
Ecuación de regresión múltiple R SEE
(1) DC = 1.20953 – 0.08294(log10 X1) 0.863 0.00625
(2) DC = 1.16957 – 0.066447 (log10 X1) – 0.000506(X2) + 0.00170(X3) + (0.00606(X4) 0.893 0.00568
Donde, X1 = Σ6 pliegues cutáneos (tríceps, subescapular , supraespinal, abdominal, muslo frontal, pantorrilla medial, en mm); X2 = perímetro
de glúteos (cm); X3 = perímetro antebrazo (cm); X4 = diámetro biepicondial del humero (cm).
(1) Esta ecuación de regresión no fue incluida en la publicación de Withers y cols. (1987ª)

Withers, Whittingham, Norton, Laforgia, Ellis, & Crockett (1987c), n = 182 mujeres:
variable Media +/- DS Rango
Edad (años) 22.5 +/- 5.2 11.2-41.4
Altura (cm) 167.1 +/- 8.2 138.4-183.8
Peso (kg) 59.23 +/- 8.80 26.95-87.63
DC (gr.cm-3) 1.05665 +/- 0.01162 1.01895-1.08171
% GC (Siri., 1961) 18.5 +/- 5.2 7.6-35.8

Grupo étnico: No especificado


País: Australia
Características de la muestra: Representantes provinciales de badmington, básquetbol, hockey, lacrosse, squash, gimnasia,
levantamiento de potencia, remo, atletismo, cestobol, fútbol, sofbol, y voleibol; 27% de nivel
intenacional.
Calibre utilizado para PC: Harpenden.
Ecuación de regresión múltiple R SEE
DC = 1.20953 – 0.08294(log10 X1) 0.834 0.00643

Donde, X1 = Σ4 pliegues cutáneos (tríceps, subescapular, supraespinal, pantorrilla media, en


mm)

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CAPÍTULO 8

MODELOS QUÍMICOS DE ANÁLISIS DE LA


COMPOSICIÓN CORPORAL DE DOS, TRES, Y
CUATRO COMPARTIMENTOS
Robert Witbers, Joe Laforgia, Steven Heymsfield, Zi-Mian Wang y Robyn Pillans

1. MODELOS DE DOS COMPARTIMENTOS dividirse en dos compartimentos químicamente


singulares (Figura 1), denominados masa grasa (MG)
1.1 Introducción y masa magra (MM), o libre de grasa. La MG,
definida como lípido extractable por el éter, se supone
Los tres modelos de dos compartimentos para el que tiene una densidad de 0.9007 gr.cm-3 a 36 grados
análisis de la composición corporal (Tabla 1) C, es anhidra y no contiene potasio, mientras que se
involucran la determinación de la densidad corporal considera que la MM tiene una densidad de 1.1000
(DC) a través del peso hidrostático o gr.cm-3 a 36 grados C, un contenido de agua del 72 %,
hidrodesintometria, el de agua corporal total (ACT) a y una concentración de potasio de 68.1 mmol.kg-1- En
través de la dilución isotópica, y el potasio corporal los párrafos siguientes se describe y se critica la
total (KCT) a través del conteo de la radiación gamma metodología para los modelos de dos compartimentos,
emitida por el 40K, el cual comprende el 0.01181 de ya que en muchos casos proporcionan el marco
todo el potasio que hay naturalmente. Estos métodos conceptual sobre el cual se basan los modelos mas
están basados en la premisa de que el cuerpo puede sofisticados.

Modelos Presunciones Cálculos


% GC = 497.1/DC – 451.9
Densidad MM = 1.1000 gr.cm-3
Hidrodensitometría
MM (kg)= peso (kg) – (MG) (kg)
Dens. MG = 0.9007 gr.cm-3

Agua Corporal Total ACT (kg)/MM (kg) = 0.72 MM (kg) = ACT (kg)/72 x 100

Potasio Corporal Total KCT/MM = 68.1 mmol.kg-1 KCT (mmol)=KCT(gr)/39.1 x 100

MM (kg) = KCT (mmol)/68.1

MM = masa magra; DC = densidad corporal; % GC = porcentaje de grasa corporal; Mg = masa grasa; KCT = potasio Corporal Total; ACT =
Agua Corporal Total.
TABLA 1. Modelos de dos compartimentos
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Además, se deben hacer correcciones y ajustes sobre


la densidad del agua, la cual depende de la
temperatura, y sobre el volumen residual ventilado ya
que el peso hidrostático normalmente se toma cuando
el sujeto ha realizado una espiración máxima Por lo
tanto, la fórmula completa (Buskirk, 1961) es la
siguiente:

normalmente se toma cuando el sujeto ha realizado


una espiración máxima. Por lo tanto, la fórmula
completa (Buskirk, 1961) es la siguiente:

PC aire
DC =
 PC aire − PC agua 
  − VR
 DA 
FIGURA 1. Gráfico esquemático de los análisis clasicos de  
cadaveres (Brozek, Grande, Anderson, & Keys, 1963) y de los
modelos químicos de 2, 3, y 4 Compartimentos, para el análisis de donde:
la composición corporal. DC densidad corporal (gt.cm-3 o gr.m-1)
a
PC aire = peso corporal en el aire (gr)
MG = masa grasa; bMM = masa magra; cACT = agua corporal PC agua = peso corporal (gr) cuando el sujeto está
total.
sumergido en el agua
DA = densidad del agua (gr.cm3 o gr.ml-’)
1 .2 Descripción VR volumen respiratorio residual (mi)
1.2.1 Peso hidrostático subacuático (PHS) o Luego, la DC normalmente es convertida a porcentaje
Hidrodensitometría de grasa corporal (% GC) utilizando la ecuación de
Brozek y cols. (1963), la cual está derivada en la
El principio de Arquímedes establece que cuando un Figura 2:
cuerpo se sumerge en un líquido experimenta un
empuje de abajo hacia arriba igual al peso del 497.1
volumen del líquido desalojado, la densidad de un %GC = − 451.9
objeto se define corno su peso por unidad de volumen DC
(gr.crn-3). Por lo tanto, si determinamos el peso de un
sujeto, tanto en el aire como cuando está Por lo tanto, si un hombre de 75.00 kg tiene un peso
completamente sumergido en el agua, entonces se sumergido de 3.00 kg, a una temperatura de agua de
podría calcular su densidad de la siguiente manera: 35 grados C (DA = 0.9941 gr.cm3), y su volumen
residual es de 1.300 mi, entonces:
Peso (gr)
Densidad (gr. Cm-3) = -----------------------
volumen (cm3) 75000
DC = = 1.05445 gr.cm −3
 75000 − 3000 
  − 1300
Peso del cuerpo en el aire (gr)  0.9941 
= ---------------------------------------------------------------
peso del cuerpo en el aire (gr) – peso del cuerpo
en el agua (gr)

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peso hidrostático (PHS) cuando la temperatura del


agua es mantenida en ~ 35 gr C. Por lo tanto, hemos
utilizado 0.9007 gr.cm-3 para la densidad de la grasa a
36 gr C. De cualquier modo, las ecuaciones de Siri
(1956) y Brozek y cols. (1963) dan resultados dentro
del 1 % de GC en el rango de 1.03-1.10 gr.cm-3.

Es importante que se mida el VR cuando el sujeto está


sumergido en el agua ya que el efecto neto de la
presión hidrostática (disminuye el VR), el
congestionamiento vascular pulmonar (disminuye el
VR), y la menor cornpliancia (aumenta el VR), es la
reducción del VR ventilado. En un estudio (Withers &
Hamdorf, 1989) se observó que la inmersión en agua
disminuía el VR en 292 ml, y que esto aumentaba la
grasa corporal relativa estimada de 15.2 0/o a 17.1 %.

Distintas razones han contribuido para que el PHS sea


el modelo de dos compartimentos más frecuentemente
utilizado para estimar la composición corporal. Los
sistemas básicos de PHS pueden armarse fácilmente
consiguiendo un contenedor de agua, que puede ser un
tonel de vino, un sistema de caldera, y una balanza de
autopsia. Además, el VR puede medirse a través del
lavado de N2 usando analizadores de CO2 y O2 los
cuales son aparatos básicos del equipamiento de
cualquier laboratorio de Fisiología del Ejercicio.
Además, es más expeditivo que el método del ACT,
FIGURA 2. Derivación del modelo de dos compartimentos (aMG en el cual el sujeto normalmente espera en el
y bMM) para estimar la adiposidad corporal relativa, a través del laboratorio durante 3-3.5 horas hasta que el isótopo se
peso hidrostático subacuático o hidrodensitometría. equilibre con los fluidos corporales. Además, el costo
Presunciones: Densidad de la MG = 0.9007 gr.cm-3 a 36º C de un contador total de K corporal total podría ser
(Fidanza, Keys, y Anderson, 1953) prohibitivo.
Densidad de la MM = 1.1000 gr.cm-3 a 36º C
(Brozek y cols., 1963) La DC puede medirse con gran precisión. Buskirk
Si el peso corporal (kg) es igual a la unidad (es decir, 1), y; los (1961) señaló un error técnico promedio definido
dos compartimentos son representados como proporciones, de tal como el desvío standard de las diferencias entre las
modo que la MG + MM = 1.0, entonces la fórmula puede series 1 y 2, de 0.0021 gr.cm-3, para 7 estudios. Las
derivarse simplemente como se muestra arriba, donde: aMG = series de reproductibilidad en nuestro laboratorio con
masa grasa; bMM = masa magra; cDC = densidad corporal.
6 personas entre 20 y 30 años dieron un coeficiente de
La ecuación de Sin % GC = 495/DG - 450; Siri, correlación intraclase de 0.999 (DS de las diferencias
1956) puede utilizarse para convertir la DG en % GG. = 0.0011 gr.cm3) y un error técnico de medición
Sin embargo, esta ecuación utiliza un valor de 0.9000 (ETM) de 0.3 % GC (Figura 3).
gr.cnr-3 para la densidad de grasa a 37 gr C. A pesar de
que la temperatura interna es aproximadamente de 37 Mientras que la inmersión completa puede hacer que
gr C, la temperatura corporal media, bajo condiciones este método no sea adecuado para algunas personas
basales de reposo y en un medio ambiente como los mayores, este problema se podría evitar
confortable, probablemente sea 1 o 2 gr C más baja utilizando técnicas pletismográficas (Garrow y cols.,
(Burton, 1935). Además, la temperatura corporal 1979; Gundlach & Visscher, 1986), las cuales tienen
media, probablemente sería de ~ 36 gr C durante el precisiones comparables a las reportadas en este
párrafo.

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Existe una variedad de trazadores o «tracers» (tritio,


deuterio, y'18O) y de técnicas de medición (trino:
conteo centellográfico; deuterio y18O: espectroscopía
de absorción infrarroja y espectroscopía de masa de
cociente isotópico) utilizadas para determinar el ACT.
Sin embargo, el deuterio ha surgido como el trazador
de preferencia porque es un isótopo estable sin los
riesgos de radiación del tritio, y además, es mucho
más económico que el H2 18O La espectroscopía de
masa de cociente isotópico también es el
procedimiento de elección porque se pueden lograr
mediciones con una precisión < 1.0 %. La dosis de
óxido de deuterio (2H2 O) normalmente es
administrada en forma oral en una solución con agua
destilada. Sin embargo, se necesitan hacer
correcciones para la concentración pre-dosis en el
FIGURA 3. Datos de confiabilidad (n = 6) para la estimación fluido biológico experimental, y por el hecho de que
del % GC a través de la técnica hidrodensitométrica. aCCI = el ACT es sobreestimada en ~ % (Schoeller & Jones,
coeficiente de correlación intraclase, bETM = error técnico de
medición. 1987) debido al intercambio de deuterio con
hidrógeno no acuoso en el cuerpo. Por lo tanto, la
1.2.2 Agua corporal total ACT), a través de la ecuación precedente necesita ser modificada:
ilusión isotópica
dosis de “tracer” de 2H2O(gr) x
EI cálculo del ACT está basado en el principio de dosis de agua enriquecida (ppm),
dilución: en exceso al valor de base en saliva
C1m1 = C2m2 ------------------------------------------
saliva enriquecida, en equilibrio
donde: (ppm) – valor de base en saliva
C1 = concentración del trazador en solución ACT real (gr)= (ppm)
experimental
m1 = masa o peso de la solución experimental Supongamos que el valor de base natural de deuterio
C1 = concentración en equilibrio del trazador en el en la saliva, en un adulto de 70 kg es de 155 ppm, y
fluido biológico de interés (plasma, orina, o saliva) que una dosis de 2H, O con un enriquecimiento
m2 = nasa o peso de ACT deuterio de 23.907 ppm aumente la concentración de
deuterio en la saliva a 211 ppm en equilibrio. Estos
Esta ecuación puede reorganizarse: datos llevan a un valor real de ACT de:

C1 m1  103.12 x(23907 − 155 


m2 =  
C2  211 − 155 
ACT real = ----------------------------- = 42055 gr o
[trazador] en solución experimental x 42.055 kg
solución experimental (gr) 1.04
ACT (gr) = ---------------------------------------------------
concentración del trazador en equilibrio Por lo tanto, la MM es de 58.41 kg, con una grasa
corporal relativa del 16.6 %. El lector interesado
Por lo tanto, puede referirse a Schoeller y cols. (1980), cuyo
trabajo también contiene un factor de corrección para
dosis de trazador (gr) la diferencia de peso molecular entre el H,O (18.016)
ACT (gr) = --------------------------------------------------- y el 2H,O (20.028). La estandarización estricta de
concentración del trazador en equilibrio nuestros procedimientos para determinar el ACT nos
ha permitido alcanzar un coeficiente de correlación
intraclase y un ETM de 0.983 y 0.5 % GC,
respectivamente, para 2 series de medición en 5
sujetos (Figura 4).

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como el tipo de sistema de conteo junto con su diseño,


y la eliminación de contaminadores cercanos. La
Tabla 1 indica cómo calcular la MM a partir del KCT.
Nuestras series de confiabilidad test-retest (n= 6),
usando un contador del KCT en el Departamento de
Medicina Nuclear del Hospital Royal Adelaide
produjeron un coeficiente de correlación intraclase de
0.886 y un ETM de 2.4 % GC. Estos resultados son
inferiores a nuestras precisiones, reportadas
previamente, para la DC y el ACT.

1.3 Crítica

1.3.1 Peso hidrostático Subacuático (PHS) o


Hidrodensitometría
FIGURA 4. Datos de confiabilidad (n= 5) para el % GC, a partir
de la determinación del agua corporal total a través de la dilución
isotópica (de deuterio). El modelo hidrodensitométrico de dos
compartimentos arrojará valores incorrectos para el
a
CCI = coeficiente de correlación intraclase, bETM = error % GC si:
técnico de medición • la densidad de grasa extractable por éter, la cual
compone la masa grasa, no es de 0.9007 gr.cnr-3.
1.2.3 Potasio corporal total (KCT) • *las densidades y proporciones relativas de los
El 40K radioactivo es detectado por contadores cuatro compartimentos de la MM [agua,
corporales totales, muy sensibles, que deben ser proteínas, mineral óseo, mineral no óseo (tejido
examinados a partir de la radiación de base ya que la blando)] difieren de los valores para los análisis
concentración de este isótopo es muy baja. También cadavéricos clásicos (Tabla 2 y Figura 1), de tal
se necesita una tolerancia para la atenuación del modo que la densidad de la MM no sea 1.1000
conteo por cada tamaño y forma corporal del sujeto; la gr.cm-3.
precisión, adicionalmente, depende de factores tales

Sustancia Peso (gr) Volumen a 36ºº C (ml) Densidad a % (le MM

Agua 624.3 628.2 0.99371 73.72


Proteínas 164.4 122.7 1.34 19.41
Mineral óseo 47.7 16.0 2.982 5.63
Mineral no óseo 10.5 3.2 3.317 1.24
Total 846.9 770.1 1.100 100.00
TABLA 2. Pesos y volúmenes de los compartimentos químicos de la MM, por kilogramo de peso corporal, a una temperatura
corporal media (Brozek y cols., 1963).

Por lo tanto, es apropiado examinar la validez gr.cm-3/gr C-1, en el rango de 15 a 37 gr C. Por lo


de estas constantes, ya que también son tanto, el pequeño coeficiente de variación de 0.08 %
utilizadas en los modelos multi- valida la suposición de una densidad
compartimentos: hidrodensitométrica de la MG de 0.9007 gr.cm-3. Sin
embargo, en el interés de la precisión científica, hay
(a) Grasa
que hacer una pequeña advertencia. Los análisis
Fidanza y cols. (1953) reportaron que la densidad de
precedentes fueron llevados a cabo principalmente
20 muestras de grasa extractable por éter del tejido
con triglicéridos. Mientras que la combinación de
intra-abdominal y subcutáneo de 5 sujetos fue de
colesterol (densidad = 1.067 gr.cnr3) y fosfolípidos
0.9007 +/- 0.00068 gr.cm-3 (media +/- DS) a 36 gr C,
(densidad = 1.035 gr.cm') comprende sólo el 1 % de la
con un coeficiente de expansión térmica de 0.00074
grasa extractable por éter del tejido adiposo del conejo

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(Méndez, Keys, Anderson, & Grande, 1960), cifras fácilmente en tablas científicas (Lentner, 1981,
similares para la grasa extraída de los sistemas Tabla 50; Weast, 1975, Tabla F-5), está más
muscular y nervioso central de animales pueden tener allá de toda disputa.
un promedio tan elevado como 37 y 75 %,
respectivamente (Méndez y cols., 1960). De cualquier La literatura contiene los siguientes datos
modo, se ha estimado que los lípidos en el cerebro (media +/- DS: 72.0 +/- 3.7 %) para la
adulto, médula espinal, y nervios llegan solamente a hidratación de la MM de cinco cadáveres
200-300 gr (Keys & Brozek, 1953), y Méndez y cols. masculinos: 67.4 y 70.4 (Forbes & Lewis,
(1960) han propuesto una cantidad similar para los 1956); 77.56 (Mitchell, Hamilton, Steggerda,
lípidos musculares. Heymsfielc y cols. (1991) han & Bean, 1945); 72.1 (Shohl, 1939), y 72.62 %
propuesto concordantemente que los triglicéridos (Widdowson, McCance, & Spray, 1951). Si
suman el 99 % de lípidos extractables por éter. Por lo bien la media de 72.0 % puede utilizarse para
tanto, el error en la densidad de la MG, estimar el % GC a través del modelo de dos
probablemente, sea insignificante. compartimentos de dilución isotópica (Tabla
1), se debería observar la variabilidad.
(b) Masa Magra Además, algunos investigadores utilizan 73.72
% para la hidratación de la MM (Tabla 2).
La presunción de una densidad de la MM de 1.1000 Quizás, los datos más válidos para la
gr.cm-3 (Tabla 2 y Figura 1) está basada en la media hidratación de la MM son los reportados «in
para los análisis químicos de sólo tres cadáveres vivo», usando modelos de varios
masculinos de 25, 35, y 46 años (Brozek y cols., compartimentos para el análisis de la
1963) pero sin embargo es aplicada composición corporal. La literatura contiene
independientemente de la edad, sexo, dote genética y valores medios en el rango de 71.9-74.4 %
entrenamiento de los sujetos. Este supuesto ha sido (Baumgartner, Heymsfield, Lichtman, Wang,
desafiado por muchos investigadores (Deurenberg, & Pierson, 1991; Friedl, deLuca, Marchitelli,
Weststrate, & van der Kooy, 1989; Haschke, Fomon, & Vogel, 1992; Fuller, Jebb, Laskey, Coward,
& Ziegler, 1981; Lohman, 1981; Womersley, Durnin, & Elia, 1992; Heymsfield y cols., 1989a;
Boddy, & Mahaffy, 1976), ya que las personas con 1990; 1991) para hombres y mujeres adultos,
una densidad menor a 1.1000 gr.cm-3 tendrán un pero las comparaciones entre estudios es
porcentaje sobreestimado de GC. Ejemplos típicos de difícil, debido a factores tales como distintos
individuos en esta categoría son los niños que tienen valores para el intercambio de hidrógeno no
una hidratación de la MM mayor al 73.7 %, aquellas acuoso, y a la medición del VR en el aire, en
personas que están sobrehidratadas o edematosas, y oposición con la medición en el agua.
los mayores, particularmente las mujeres, cuyos
minerales óseos han sido depletados por la • PROTEÍNAS - Las densidades de la mayoría
osteoporosis. Lo opuesto, se aplicará si la MM es de las proteínas en el estado cristalino seco son
mayor a 1.1000 gr.cm-3, como en el caso de las cercanas a 1.27 gr.cm-3 (Haurowitz, 1963,
personas deshidratadas y aquellos con una proporción p.119). Sin embargo, las proteínas son las
mayor a la normal de mineral óseo. Sir¡ (1956; 1961) principales sustancias: que se combinan con el
reconoció esta limitación y estableció que la agua en los seres humanos y la hidratación
variabilidad biológica en la densidad de la MM resultante está acompañada por una
resultaba en un error con un desvío standard de 3.8 % contracción de volumen, tanto del soluto como
GC (~ 0.0084 gr.cm-3) para la hidrodensitometría. del solvente. Por lo tanto, el volumen
Lohman (1981) formuló la hipótesis de que este error específico disminuye hasta que la densidad es
se reduce a 2.7 GC (~ 0.006 gr.cm--3) para poblaciones de 1.34 gr.cm-3 (Haurowitz, 1963, p.119), lo
específicas. Ninguna de las estimaciones precedentes cual parece ser la mejor estimación disponible
incluye el pequeño error técnico asociado con la para la proteína hidratada en la célula viva.
medición de la DC. A continuación, se presenta una Pero se sabe que las proteínas difieren en
valoración crítica de las densidades y porcentajes densidad y colágeno, el cual se estima que
relativos de los cuatro compartimentos de la MM compone el 25-30 % de la proteína corporal
(Tabla 2): total (principalmente en hueso y piel), tiene
una densidad media en seco de 1.36 gr.crri 3
• AGUA - La densidad del agua a distintas (Hulmes & Miller, 1979). Por lo tanto, parece
temperaturas, la cual se puede conseguir que la estimación de la densidad utilizada para

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las proteínas es mucho más tenue que la gr.cm-1 está basado en la media de sólo cuatro
utilizada para las grasas y el agua, para las muestras (Méndez y cols., 1960) aislada de los
cuales los coeficientes de expansión térmica huesos largos de animales (tibia de la vaca a 36
también son conocidos. gr C: 2.9930 y 3.0066 gr.cm-3; fémur y tibia del
perro a 36.7 gr C: 2.9624 y 2.9667 gr.cm-3), pero
Se estimó la masa de proteína cruda en los tres Brozek y cols. (1963) verificaron posteriormente
cadáveres (Tabla 2) a partir del nitrógeno este valor contra el valor obtenido por
corporal total (NCT), suponiendo que todo el estequiometría para el prototipo de mineral de
nitrógeno está incorporado en las proteínas, la hidroxi-apatita, luego de la tolerancia de la
cual comprende 16 % de nitrógeno (proteínas cristalización del agua y CO2. Méndez y cols.
= NCT x 6.25). Bajo circunstancias normales, (1960) también citaron un trabajo anterior de
> 99 % del NCT está incorporado en las Dallemagne y Melon (1945), quienes reportaron
proteínas (Heymsfield, Wang, & Withers, en densidades de minerales óseos y dentales de
prensa). Knight, Beddoe, Streat, y Hill (1986) 2.99 y 3.01 gr.cm-3, respectivamente. La Tabla 2
han reportado cocientes de proteína/nitrógeno indica que el MO comprendía el 5.63 % de la
(P/N) de 5.80, 6.3, y 7.29 para el colágeno, MM para los tres cadáveres; sin embargo, el
actinomiosina, y albúmina, respectivamente. rango era de 4.69 a 6.36 % (Brozek y
Sin embargo, los análisis químicos con dos cols.,1963). El advenimiento de la
personas que murieron de cáncer arrojaron absorciometría fotónica dual (DPA), y su
cocientes corporales totales (media +/- DS, P sucesora, la absorciometría dual con Rayos X
medido 10 veces y N medido 20 veces) de (DEXA), facilitaron la medición del MO "in
6.33 +/- 0.19 y 6.40 +/- 0.22. Ellos vivo". Por lo tanto, ahora es posible comparar
concluyeron que estos datos no brindaban una los datos cadavéricos precedentes con los
justificación para cambiar el cociente P/ N recolectados «in vivo»,, en los casos en que se
supuesto de 6.25. Los tres cadáveres ha determinado también la composición corporal
resumidos en la Tabla 2 tenían 16.4, 19.5, y a través de métodos de varios compartimentos.
23.4 % de proteínas en sus MM. Este rango tan Friedl y cols. (1992) reportaron valores más
grande, probablemente, se deba a diferencias elevados (media +/- DS: 6.81 +/- 0.67 % MM)
en la masa músculo-esquelética, la cual es la en 10 soldados, mientras que se observaron
única fuente más grande de proteínas. Es valores inferiores (Baumgartner y cols., 1991)
posible comparar los análisis cadavéricos en hombres (media +/- DS: 74.1 +/- 7.7 años, n
precedentes (media = 19.8 % de proteínas en la = 35, 5.00 % MM) y mujeres (media +/- DS:
MM) con datos recientes «in vivo», donde el 74.7 +/- 5.9 años, n = 63, 4.96 % MM) mayores.
total de proteínas corporales ha sido medido Doce jóvenes atletas varones de «endurance»
por análisis de activación neutrónica gamma altamente entrenados (media +/DS: 22.2 +/- 4.9
(P = NCT x 6.25), el cual tiene una precisión años) registraron valores bastante homogéneos
de 2.7 % (Heymsfield y cols., 1991) y luego es (media +/- DS: 5.50 +/ - 0.28 % MM) con una
expresado como porcentaje de la MM media que se aproximaba a la de los tres
determinada por análisis de varios cadáveres (Withers, Smith, Chatterton, Schultz,
compartimentos. Cuatro estudios (Heymsfiled & Gaffney, 1992). Datos más heterogéneos
y cols., 1989x; 1989b; 1990; 1991) han (media +/- DS: 5.42 +/- 0.62 % MM) fueron
reportado dicha información con hombres y obtenidos, en forma comprensible, en 14
mujeres adultos normales, en un amplio rango hombres y mujeres que tenían un rango de edad
de edad. Mientras que todas las medias (19.5- entre 29 y 94 años Heymsfield y cols., 1989a).
20.8 %) fueron muy cercanas a las de los Las investigaciones precedentes enfatizan la
análisis cadavéricos clásicos, los valores variabilidad biológica en la fracción de MO de
individuales de 16.4-22.3 % resaltan la la MM.
variabilidad biológica para este componente de
la MM. • MINERALES NO OSEOS (TEJIDO
BLANDO) - Los análisis cadavéricos clásicos
• MINERAL OSEO - La validez de las suponían que todo el calcio estaba contenido
presunciones para las densidades de mineral dentro del hueso, y que estaba acompañado por
óseo (MO) y mineral no óseo (MNO) también las mismas cantidades de fósforo, sodio, y
puede ser cuestionada. El anterior valor de 2.982 magnesio en forma de ceniza ósea (Brozek y

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cols., 1963). Este parece una razonable Existen además algunos problemas no resueltos
presunción ya que el calcio extra-esquelético asociados con la medición del ACT «in vivo». En
representa menos del 0.4 % del total de calcio primer lugar, algunos investigadores han comparado
corporal (Snyder, 1975). La densidad total de el espacio de dilución de isótopos (EDI) con el criterio
los restantes minerales extra-esqueléticos o de ACT medida por desecación. Este trabajo ha sido
MNO se calculaba, allá entonces, que era resumido por Schoeller y Jones (1987), quienes
aproximadamente de 3.317 gr.crn i (Brozek y concluyeron que la mayoría de estas comparaciones
cols., 1963). Es posible estimar los MNO «in indican que el E-DI sobreestima el ACT entre un 1 y 6
vivo» midiendo: el total de calcio corporal, %. Esto se debe principalmente al intercambio de los
sodio, y cloruro a través del análisis de isótopos con los constituyentes corporales no acuosos
activación neutrónica gamma, el calcio óseo a (Culebras & Moore, 1977; Schoeller y cols., 1980).
partir de la absorciometría dual con Rayos X, y Sin embargo, los errores en la técnica de dilución
el potasio corporal total mediante conteo de la pueden suceder a partir de una pérdida de isótopos y
radiación gamma emitida por el 40K. Sin consecuente sobreestimación del ACT, mientras que
embargo, los datos publicados (Heymsfield y los errores en el método de criterio de desecación son
cols., 1989a; 1989b; 1990; 1991) dan respaldo a causados por secado incompleto, y consecuente
porcentajes mucho menores de la MM (0.80 - subestimación del ACT. Por lo tanto, estos errores
0.90 %) que el 1.24 % MM, reportado para los opuestos tenderían a acentuar las diferencias entre el
tres cadáveres (Brozek y col., 1963). Estas ACT a través de la dilución isotópica y de la
discrepancias están probablemente relacionadas desecación. Sin embargo, el uso simultáneo de
con las distintas presunciones formuladas para deuterio y H2 180 en seres humanos lleva a un EDI del
las mediciones «in vitro» e <4n vivo, Un desvío 3-5 % mayor para el primer método (Schoeller y cols.,
standard (le 0.051 % MM (media = 0.821 % 1980; Wong y cols., 1988). Además, se ha demostrado
MM), en 14 hombres y mujeres en el rango de que el EDI a través del H2 18O es de 0.4 a 2.1 % mayor
edad de 24-94 años, indica la variabilidad que el ACT a partir de la desecación (Lifson, Gordon,
biológica de los MNO en los adultos sanos & McClintock, 1955; Nagy, 1980; Whyte, Bayley, &
(Heymsfielcl y cols., 1989a). Sin embargo, a Schwarcz, 1985), y los cálculos teóricos respaldan una
pesar de su elevada densidad, los MNO sobreestimación de aproximadamente 1 % del ACT a
representan una fracción tan pequeña de la MM través del H2 180 (Schoeller y cols., 1980). Por lo
que su impacto sobre la densidad total de la MM tanto, Schoeller y Jones (1987) concluyeron que los
también es mínimo. espacios de dilución de H2 18O y 2H2 0 son de 1 +/- 1
(media +/- DS) y 4 +/- 1 % mayores, respectivamente,
1.3.2 Agua corporal total (ACT) a través de la que el ACT. Mientras que estas recomendaciones han
dilución isotópica sido adoptadas por muchos investigadores, algunos
utilizan un factor de corrección del 2 % para el ACT a
Ya se discutió la variabilidad en la hidratación de la través de la dilución de deuterio (Friedl y cols., 1992;
MM. Si la MM tiene una hidratación mayor que el 72 Hewitt, Going, Williams, & Lohman, 1993). Sin
%, entonces el método del ACT de dos embargo, si uno acepta que el EDI de H2 180
compartimentos subestimará el GC. Por ejemplo, una sobreestima el ACT en un 1 %, entonces la
hidratación de la MM del 75.7 %, en un sujeto de 75 recomendación de Schoeller y Jones (1987) para
kg con un ACT de 45 kg, resultaría en una estimar el ACT a partir de la dilución de deuterio está
subestimación del 4.0 %. Sorprendentemente, lo respaldada consecuentemente por Coward (1990),
contrario se aplica a la hidrodensitometría porque el quien indicó que los cocientes del EDI (2H20/H2 180)
aumento del agua disminuye la densidad de la MM. estuvieron estrechamente enclaustrados alrededor de
Otra consideración es que el tejido adiposo contiene una media de 1.03, en 9 estudios diferentes, llevados a
cerca del 15 % de agua y 2 % de proteínas. cabo por la Unidad de Nutrición Dunn de la
Universidad de Cambridge. Otro problema
Esta agua está incluida en la MM ya que la MG es metodológico es que el EDI cambia continuamente, ya
lípido extractable por éter, el que es anhidro. Por lo que mientras el isótopo se está equilibrando con el
tanto, el contenido de agua del tejido magro es del 88 «pool» de agua corporal, se está continuamente
% (15/17 x 100) lo cual es más que la constante eliminando de él. Las rutas de pérdida de isótopos y
supuesta de hidratación de la MM del 72 %. Por lo entrada de agua han sido cuantificadas por Schoeller,
tanto, las personas más obesas tendrían lógicamente Kushner, Taylor, Dietz, & Bandini (1985). En la
una hidratación de la MM mayor al 72 %. práctica, la mayoría de los investigadores sólo hacen

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compensación del trazador eliminado en la orina e inter-individual, lo cual es una seria amenaza para la
ignoran la pérdida insensible de trazador. Los validez de las presunciones previamente señaladas.
problemas finales se refieren al fraccionamiento Este último punto está destacado en los análisis de
isotópico de las muestras y a la variabilidad inter- error contenidos en la Tabla 3. Está claro que la
individual en el tiempo que toma el trazador para variación en la composición de la MM puede causar
equilibrarse con el «pool» de agua corporal, si se considerables errores individuales en los modelos de
utiliza el método de «plateau» (Wong y cols., 1988). dos compartimentos cuando los sujetos se encuentran
en los extremos de la población adulta. Sin embargo,
1.3.3 Potasio corporal total (KCT) los errores para las medias grupales serán mucho
La conversión de KCT a MM está basada en la menores que los estipulados en la Tabla 3. Por
presunción de que la MM contiene 68.1 mmol de ejemplo, la media hidrodensitométrica (en el modelo
K.kg-1 (Forbes, Gallup, & Hursh, 1961), que es la de dos compartimentos) de 15.3 % (DS = 6.7 % GC),
media para cuatro análisis cadavéricos. Por lo tanto, al para los 29 sujetos (cuyos datos están graficados más
igual que los dos modelos anteriores de dos adelante, en este capítulo) fue 2.9 % GC menor que la
compartimentos, esta suposición ignora la variabilidad de 18.2 % GC (DS = 6.3 % GC) del modelo de
biológica. La MM de sujetos muy musculados podría criterio de cuatro compartimentos (ver sección 3.2.1),
obviamente ser sobreestimada porque el músculo el cual controla la variabilidad inter-individual en el
esquelético contiene 78-90 nmiol K.kg' (Forbes, 1987, ACT ; y el MO. Un problema agregado con los
pag. 39). De cualquier modo, la medición del KCT modelos de composición corporal de dos s
«per se» es utilizada en otros modelos que serán compartimentos ocurre cuando la MG es la variable
discutidos más adelante, en este capítulo. de interés. En este caso, los errores biológicos y de
medición para el componente mayor de MM (MM
1.4 Resumen determinada por dilución isotópica, o por KCT) se
propagan al componente menor del modelo, que es la
Por lo tanto, podría concluirse que la mayor parte del MG, la cual se calcula por sustracción. Por lo tanto,
error asociado con estos tres modelos de dos un error del 3 % para la MM (supongamos: peso = 80
compartimentos recae, no tanto en la precisión técnica - kg: MM = 68 kg; MG = 12 kg) se traslada a un error
de las mediciones, sino en la variabilidad biológica o del 17 % para la MG.

Modelo de3 Modelo de4


Modelo de dos compartimentos
comp.(d) comp. (d)
Cambio en % MM límites de confianza del
Hidrodensitometría agua corporal total
para 95% (b)
+1.02 +6.22 -4.52 0 0
AGUA 0 0 0 0 0
-3..92 -6.00 +4.52 0 0
+3.90 -3.22 +4.12 +0.97 +0.30
PROTEINA 0 0 0 0 0
-3.90 +3.45 -4.12 -0.92 -0.26
+1.35 -3.36 +1.21 -0.75 0
MINERAL
0 0 0 0 0
OSEO
-1.35 +3.58 -1.21 +0.80 0
+0.11 -0.17 +0.09 -0.05 -0.08
MINERALES
0 0 0 0 0
NO OSEOS
-0.11 +0.40 0.09 +0.09 +0.12
TABLA 3. Errores (a) en la estimación de la grasa corporal relativa para un sujeto masculino (15 % GC), cuando el componente de la MM
aumenta (b), o disminuye (b), mientras las cantidades absolutas (kg) de grasa y MM permanecen constantes (c).

(a). Una densidad de 1.064682 gr.cm-3 resulta en un 15 % GC, usando la ecuación de Brozek y cols. (1963). Sin embargo, el aumento en
la hidratación de la MM de 73.72 % a 77.64 % disminuye la MM, y las densidades corporales totales a 1.082482 y 1.050675 gr.cm-
3, respectivamente. La hidrodensitometría convencional arroja una GC del 21.22 %, lo cual es 6.22 % superior que el valor real de
15. % GC.
(b). Estos aumentos y disminuciones en el % GC representan los límites de confianza del 95 % para mediciones «in vivo», en 13 hombres
y mujeres con un rango de edad entre 24 y 94 años (Heymsfield y cols., 1 989a). Este rango, presumiblemente, abarca el 95 % de la
variabilidad en la población adulta.
(c). Por lo tanto, si aumenta el ACT, entonces los otros tres compartimentos de la MM disminuyen proporcionalmente, para mantener
una MM del 85 % del peso corporal.
(d). Los modelos de tres y cuatro compartimentos son derivados más adelante en este capítulo.

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2. MODELOS DE TRES COMPARTIMENTOS corresponde exactamente al de la media de los tres
cadáveres analizados en la Tabla 2. Siri (1961)
2.1 Introducción alegó que el error total para este modelo podía
reducirse solamente si el desvío standard para el
Cada uno de los modelos de tres compartimentos, cociente total de minerales/proteínas era < 0.1.
presentados en esta Sección, controlan la variabilidad Mediciones en vivo en 31 hombres y mujeres
biológica de un componente de MM. El peso y el (media +/- DS: 58 +/- 20 años) llevadas a cabo por
volumen del componente medido «in vivo» se restan Heymsfield y cols. (1990) demostraron
luego del peso y volumen (peso/densidad) de todo el posteriormente que el cociente minerales/proteínas
cuerpo. El resto es luego repartido en dos es de 0.33 +/- 0.08. Por lo tanto, el error podría ser
compartimentos (MG y otro)», de densidades algo menor que el pensarlo originalmente por Siri
conocidas o supuestas. (1961). El sugirió que el desvío standard del error
para el modelo hidrodensitométrico de dos
2.2 Los modelos compartimentos de 1.0 % GC, que se debe a una
combinación de variabilidad biológica en la
2.2.1 Siri densidad de la MM con el error técnico, se
reduciría a 2 % GC para su modelo de tres
La MM comprende: agua, proteínas, MO y MNO compartimentos, si el error para la medición del
(Figura 1). La Tabla 2 indica que el agua tiene un ACT' fuera del 2 % del peso corporal. La
impacto significativo sobre la densidad (le la MM reducción del último error a 1 % del peso
porque tiene la densidad mas baja', pero comprende disminuiría el desvío standard para el error total a
por lejos la mayor fracción de cualquiera de los cuatro 1.5 % CC. Sin embargo, pocos investigadores han
compartimentos. Además, la hidratación de la MM es utilizado este modelo que no está influenciado por
variable. Siri (1961) identificó la variación en la una hidratación normal. Un problema menor con
hidratación de la MM (DS = 2 % del peso corporal) este modelo y con el hidrodensitométrico es que
como la mayor fuente de error en el modelo ignoran el componente de glucógeno, que
hidrodensitométrico de dos compartimentos. En presumiblemente no fue considerado en los
consecuencia, Siri propuso un modelo de tres análisis cadavéricos debido a la cantidad
compartimentos (MG, agua, sólidos secos libres de relativamente pequeña (~ 300-500 gr o ~ 1 %
grasa, o magros) el cual estaba basado en mediciones MM), y a la rápida autólisis post-mortem. Mientras
tanto de la DC; como del ACT. Este modelo se que ahora se pueden estimar las reservas
muestra en la Figura 1, y nuestra fórmula modificada glucogénicas en vivo, usando espectroscopía con
está derivada en la Figura 5. resonancia magnética nuclear 13C su densidad
(glucosa = 1.562 gr.cm-3; Weast, 1975, C-311) es
EI modelo original utilizaba densidades de MG y similar a la de las proteínas y los magros sólidos.
sólidos secos magros de 0.9000 y 1.565; gr.cm-3 Además, la mayoría de las mediciones de
respectivamente. Nosotros hemos utilizado el valor composición corporal se llevan a cabo temprano en
previamente justificado de 0.9007 gr.cm-3 para la la mañana, cuando el sujeto está en estado de post-
densidad de la MG (a 36 gr C) y nuestra densidad de absortivo, de manera que las reservas glucogénicas
1.569 gr.cm-3 para sólidos magros supone un cociente podrían ser lajas. Por lo tanto, cualquier error
minerales/proteínas de 0.354, el cual probablemente sea mínimo.
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variabilidad de estos errores se debió al amplio rango


de la hidratación de la MM, el cual, según indica la
Figura 7, fue del 70.1 al 75.1 % (media +/- DS: 72.1
+/- 1.1 %). Esta cifra también muestra claramente una
relación lineal negativa entre la hidratación de la MM
y las diferencias entre los dos modelos. Esto es
porque, siendo todas las otras cosas iguales, la
densidad de la MM aumenta a medida que disminuye
su hidratación, por debajo de la constante asumida por
el PHS del 73.7 %, ya que el agua tiene la densidad
más baja que cualquiera de los cuatro compartimentos
de la MM. Por lo tanto, a medida que aumenta la
densidad de la MM por encima de la constante
supuesta de 1.1000 gr.cm-3, mayor será el grado al
cual el modelo de PHS de dos compartimentos
subestimará el % GC. Lo opuesto ocurre a medida que
FIGURA 5. Derivación del modelo de tres compartimentos aumenta la hidratación de la MM por encima del 73.7
(aMG, bACT, cSMS), para estimar la grasa corporal relativa- %; esto se aplica a dos puntos de los datos en la
la partir de las mediciones de la DCe y ACT. Figura 7. No obstante la falta de independencia entre
variables en ambos ejes de las Figuras 6 y 7, los datos
Presunciones: Densidad de la MG = 0.9007 gr.cm-3 a 36º C
(Fidanza y cols.,(1953)
indican que el modelo de tres compartimentos es más
Densidad del agua (A) = 0.9937 válido que el de dos compartimentos porque controla
gr.cm-3 a 36º C (Lentner, 1981, la variabilidad inter-individual en el ACT, la cual
50;Weast, 1975, F-5) tiene la mayor proporción y la menor densidad de los
Densidad de los sólidos magros cuatro componentes de la MM.
secos (SMS) = 1.569 gr.cm-3 a 36º
C (Brooke y cols., 1963)

Si el peso corporal (kg) es igual a la unidad (es decir, 1), y los


tres compartimentos son representados como proporciones de tal
manera que MG + A + SMS = 1.0, entonces la fórmula puede ser
derivada simplemente como se muestra arriba, donde aMG =
masa grasa; bACT o A = agua corporal total; cSMS = sólidos
magros secos; d = igual que la ecuación de Siri (1961), excepto los
valores utilizados para «densidad MG» y «densidad SMS»; eDC =
densidad corporal; Agua = Agua (kg)/peso corporal (kg).

El aumento en la validez alcanzado por la


combinación de la DC y ACT (modelo de tres
compartimentos), en oposición con la medición de la
DC solamente (modelo de dos compartimentos) está
FIGURA 6. Diferencias en el % GC entre los modelos de 3 y 2
señalado en la Figura 6, en la cual las diferencias en el
compartimentos (C), graficados vs. el %, CC a través del modelo
% GC entre estos dos modelos están graficadas vs. los de 4 compartimentos.
% GC a través del modelo de criterio de cuatro
compartimentos, el cual se describe más adelante. Las Los datos en estos sujetos de 18-36 años (media +/- DS: 23 +/- 5
desviaciones de la línea punteada horizontal (en el años) fueron recolectados en el Laboratorio de Fisiología del
cero del eje de las Y en la Figura 6) representan los Ejercicio de la Universidad de Australia del Sur, y en el
Departamento de Medicina Nuclear del Hospital Royal Adelaide.
grandes errores (rango = -1.3 a 6.1 % GC) que ocurren
cuando el evaluador no controla la variabilidad
biológica en cl ACT, sino que en cambio supone que
la hidratación de la MM es del 73.7 % (Tabla 2). La

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FIGURA 7. Diferencias en el % GC entre los modelos de 3 y 2 compartimentos (C), graficados vs. el %, de agua corporal total (ACT) en la
MM, determinado a través del modelo de 4 compartimentos.

Los datos en estos sujetos de 18-36 años (media +/- compartimentos es que tiene en cuenta la variabilidad
DS: 23 +/- 5 años) fueron recolectados en el biológica en los MO, los cuales componen ~ 5.6 % de
Laboratorio de Fisiología del Ejercicio de la la MM con una densidad relativamente elevada de
Universidad de Australia del Sur, y en el 2.982 gr.cm-3. Sin embargo, la discusión en la sección
Departamento de Medicina Nuclear del Hospital 3.2.1 demuestra que, para algunos grupos, se logra
Royal Adelaide. escasa precisión adicional midiendo los MO.

2.2.2 Lohman 2.3 Resumen

Lohman (1986) utilizó el mismo marco conceptual La ecuación de Siri de tres compartimentos (1961)
que Siri (1961; ver nuestra Figura 5) para derivar el parece ser la más lógica para utilizar, ya que tiene
siguiente modelo de tres compartimentos (grasa, en cuenta la variabilidad biológica en el ACT. Los
minerales, [proteínas + agua]): análisis de error en la Tabla 3 enfatizan
concordantemente su superioridad sobre los
modelos de dos compartimentos. Sin embargo, la
638.6 ecuación de Lohman (1986) constituye una mejoría
%GC = + 396.1m − 609.0
DC sobre el modelo hidrodensitométrico de dos
compartimentos.
donde, m = minerales, corlo una fracción del peso
corporal
3. MODELOS DE CUATRO
Este modelo asume densidades para la grasa, COMPARTIMENTOS
minerales, y [proteínas más agua]) de 0.9007, 3.037, y
1.0486 gr.cm-3, respectivamente (Lohman, 1992, 3.1 Introducción
p.19). El investigador reconocía que, si bien la Los dos modelos siguientes, de cuatro
ecuación no es ideal para niños y Jóvenes, debido a compartimentos, son extensiones lógicas de los
los cambios conocidos en la proporción modelos de tres compartimentos previamente
agua/proteínas durante el crecimiento, podría ser útil discutidos, en cuanto a que controlan la
para los adultos y los sujetos mayores. La ventaja de variabilidad inter-individual en más de uno de
este modelo sobre la hidrodensitometría de dos los cuatro componentes de la MM.

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3.2 Modelos muestras en animales y tejido humano a 15 y 37 gr C.


La densidad combinada de proteínas y MNO para los
3.2.1 Modelo 1 datos en la Tabla 2 también es de 1.39 gr.cm-3. Sin
embargo, nosotros preferimos, en cambio, basar
El advenimiento de la DPA, y su sucesora la DEXA,
nuestra densidad residual en las 364 muestras de
dio un impulso a la investigación en composición
tejido que fueron medidas a 37 gr C (Allen y cols.,
corporal porque permitieron medir la masa de mineral
1959). Estos datos arrojan una densidad residual de
óseo «in vivo». Esta técnica está descripta en a
1.404 gr.cm-3. La densidad levemente superior de este
literatura (Mazess, Peppler, & Gibbons, 1984;
componente libre de grasa y hueso, en comparación
Mazess, Barden, Bisele, & Hanson, 1990). La
con la de la combinación entre proteínas y MNO en la
tecnología actual expone al sujeto a menos de la
Tabla 2, podría deberse al pequeño componente
quinta parte (0.3 µSv) de la radiación diaria (~ 2 µSv).
glucogénico (glucosa = 1.562 gr.cm-3; Weast, 1975,
El contenido ele mineral óseo (CMO) medido por
C-311).
DEXA representa ceniza de hueso (Frield y cols.,
1992). Méndez y cols. (1960) han reportado que un
gramo de mineral óseo lleva a 0.9582 gr de ceniza,
porque los compartimentos lábiles, tales como H2 O y
CO2, se pierden durante el calentamiento a más de 500
gr C (Heymsfield y cols., 1989b). El CMO necesita,
por lo tanto, ser convertido a MO aumentándolo un
4.36% (Brozek y cols., 1963; Heymsfield y cols.,
1989a; 1989b). Las series de mediciones para
confiabilidad para MO (utilizando DEXA), llevadas a
cabo en el Departamento de Medicina Nuclear del
Hospital Royal Adelaide en un grupo de seis sujetos,
produjeron un coeficiente de correlación intraclase de
0.998 y un ETM de 25 gr o 0.9 % (Figura 8).

Por lo tanto, es posible proponer un modelo de cuatro


compartimentos (grasa, agua, MO, masa residual), el
cual está basado en las mediciones de la DC, ACT, y FIGURA 8. Datos de confiabilidad (n= 6) para la medición de
mineral óseo, a través de la absorciofnetría de doble energía
MO. En este modelo, los pesos y los volúmenes para por Rayos X.
el agua y el MO son sustraídos del peso y del volumen
(peso/ densidad) de todo el cuerpo permitiendo, por lo a
CCI = coeficiente de correlación intraclase; bETM = error
tanto, que el resto sea dividido en dos compartimentos técnico de medición.
(MG y masa residual), de densidades conocidas o
presuntas. Este modelo está presentado en la Figura 1 Los modelos de tres y cuatro compartimentos son, en
y la fórmula está derivada en la Figura 9. teoría, más válidos que los de dos compartimentos
porque están asociados con un menor error, cuando
Modelos similares de cuatro compartimentos han sido las proporciones de agua, proteínas, y minerales en la
propuestos por otros investigadores (Baumgartner y MM varían de las indicadas en la Tabla 2. Sin
cols., 1991; Friedl y cols., 1992; Fuller, Jeb, Laskey, embargo, cuando las diferencias en el % GC entre los
Coward, & Elia, 1992; Heymsfield y cols., 1990; modelos de cuatro y tres compartimentos están
Lohman, 1986), quienes también midieron la DC, el graficadas vs. el % GC surgido del modelo de criterio
ACT, y el MO. La mayoría de estos científicos de cuatro compartimentos (Figura 10), las
estimaron los MNO a partir del cociente entre esta desviaciones individuales del cero son muy pequeñas
variable y los MO para los análisis cadavéricos (rango = -0.4 a 0.8 % GC). Estas diferencias con
clásicos (Tabla 2), para arribar a un valor total de respecto al cero representan el error remanente, luego
minerales corporales; y luego dividieron el resto en del control de la variabilidad inter-individual en el
masa grasa y proteínas. Sin embargo, Friedl y cols. ACT, pero no en los MO. Claramente, se logra poca
(1992) utilizaron un componente residual precisión adicional midiendo los MO. Los diferentes
(principalmente proteínas, algo de minerales no óseos, efectos en el control de la variabilidad biológica en el
algo de glucógeno) con una densidad de 1.39 gr.cm-3, ACT y MO (comparar las Figuras 6 y 10) se deben
el cual estuvo basado en mediciones reales llevadas a principalmente al cociente total MO/MM (%) de 5.92
cabo por Allen, Krzywicki, y Roberts (1959) en % (DS = 0.48 %), siendo mucho más cercano al valor

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cadavérico clásico de 5.63 % que a los consideración secundaria es que la variabilidad, como
correspondientes valores de 72.1 +/- 1.1 % y 73.72 %, un % MM, es mayor para el ACT (DS = 1.1 % MM)
respectivamente, para la hidratación de la MM. Una que para el MO (DS = 0.48%).

FIGURA 9. Derivación del modelo de cuatro compartimentos (aMG, bACT, cMO, dR), para estimar la grasa corporal relativa a partir de
las mediciones de la DCe, ACT, y MO.

Presunciones: Densidad de la MG = 0.9007 gr.cm-3 a 36º C (Fidanza y cols.,(1953).


Densidad del agua (A) = 0.9937 gr.cm-3 a 36º C (Lentner, 1981, 50; Weast, 1975, F-5)
Densidad del mineral óseo (MO) = 2.982 gr.cm-3 (Méndez y cols., 1960)
Densidad (f) de la masa residual (R) = 1.404 gr.cm-3 (Allen y cols., 1959).

Si el peso corporal (kg) es igual a la unidad (es decir, 1), y los cuatro compartimentos son representados como proposiciones, de tal
modo que MG + A + MO + R = 1.0, entonces la fórmula puede ser derivada simplemente como se muestra arriba, donde aMG = masa
grasa; bACT o A = agua corporal total; cMO = mineral óseo; dR = masa residual; eDC= densidad corporal; media de peso calculada
por Al len y cols. (1959), en muestras a 37º C; gA = Agua (kg)/masa corporal (kg); bMO = CMO a partir de DEXA x 1.0436 (kg)/masa
corporal (kg).

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FIGURA 10. Diferencias en el % GC entre los modelos de 4 y 3 Compartimentos (C), graficados vs. el % GC, determinado a través
del modelo de 4 compartimentos. Los datos en estos sujetos de 18-36 años (media +/- DS: 23 +/- 5 años) fueron recolectados en el
Laboratorio de Fisiología del Ejercicio de la Universidad de Australia del Sur, y en el Departamento de Medicina Nuclear del
Hospital Royal Adelaide.

3.2.2 Modelo 2 mucho menos disponible a nivel mundial, y es más


complejo y más costoso de implementar.
Este modelo está presentado en la Figura 1. Cohn y
colaboradores (Cohn, Vaswani, Yasumura, Yuen, & 3.3 Resumen
Ellis, 1984) en el Laboratorio Nacional Brookhaven,
fueron de los primeros en desarrollar el modelo 2, el Los modelos químicos de cuatro compartimentos para
cual posteriormente fue mejorado por Heymsfield y el análisis de la composición corporal son
cols. (1990). Tres compartimentos (ACT, proteínas, teóricamente más válidos que los de tres
combinación de MO y MNO) de la MM, mostrados en compartimentos, debido a su control adicional sobre la
el análisis cadavérico clásico de la Figura 1, son variabilidad biológica de los compartimentos de la
medidos y luego sustraídos del peso corporal para MM. Esto se señala en el análisis de error teórico de
llegar a la MG: estos modelos, en la Tabla 3. Claramente, gran parte
del aumento en la validez resulta de pasar del modelo
• ACT - determinada por dilución de tritio (3H2,O) de dos compartimentos al de tres. La medición
utilizando los mismos principios anteriormente adicional del MO sólo aporta un pequeño incremento
señalados para la dilución de deuterio (2H2O). Este en la precisión. Si bien las proporciones «in vivo» de
trazador expone a los sujetos a una dosis de dos o más componentes de la MM pueden diferir
radiación de 120 µSv (Heymsfield y cols., 1991). simultáneamente de las proporciones de los análisis
• Proteínas - se mide el nitrógeno corporal total a cadavéricos clásicos (Tabla 2), un modelo simple ha
través del análisis de la activación neutrónica sido adoptado por la Tabla 3, en el cual cada
gamma (exposición a la radiación = 260 µSv; componente difiere independientemente de los otros
Heymsfield & Waki, 1991). Como se explicó tres. En conclusión, existe la duda si el control
previamente, las proteínas se estiman suponiendo un adicional resultante sobre la variabilidad biológica de
cociente P/N de 6.25. la MM podría ser compensado por la propagación del
• Total de minerales corporales - el total de calcio error de medición, asociado con las determinaciones
corporal, sodio y cloruro es determinado por análisis de la DC, ACT, y MO.
de activación neutrónica gamma demorada, el cual
produce una exposición total a la radiación de 2.500 Este error total o propagado puede ser calculado
suponiendo que los cuadrados de los errores o las
Por lo tanto, el modelo 2 supone la exposición del variancias del error (error standard de la
sujeto a una radiación considerablemente mayor que estimación2 [SEE2] o ETM 2) son independientes y
el modelo 1 (2800 µSv vs. 0.3 µSv). Además, está aditivos:

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DS del error total = SEE 2 a + SEE 2 b + SEE 2 c o, ETM 2 a + ETM 2 b + ETM 2 c

donde:

a = cálculo del % GC, a partir de la DC


b = cálculo del % GC, a partir del ACT
c = efecto del mineral óseo sobre el % GC

Los datos de confiabilidad test-retest recolectados en simultáneos, donde todas las unidades están en
nuestro laboratorio arrojaron desvíos standard, para el kilogramos:
error propagado o total, de 0.9 y 0.6 % GC para el
SEE y ETM, respectivamente. El SEE incluye tanto la (1) CCT = 0.77 x grasa + 0.532 x proteínas + 0.444 x
variancia de error entre sujetos corno intra-sujeto,
mientras que el ETM, definido como el error standard glucógeno + carbono en MO
de una medición única (Dahlberg, 1940: pp. 122-132),
considera sólo el último. Por lo tanto, el desvío (2) NCT = 0.16 x proteínas
standard para el error total vía el ETM < SEE. De
cualquier modo, estos errores son mucho menores que (3) Glucógeno = 0.044 x proteínas
el ocasionado por la variabilidad biológica en la
densidad de la MM (DS = 3.8 % GC) cuando la (4) Carbono en MO = 0.05 x CGT a
composición corporal es estimada a través del método
hidrodensitométrico de los compartimientos (Siri, Las ecuaciones simultáneas pueden ser resueltas:
1956; 1961). Nuestros errores propagados pueden
bien representar el límite técnico de precisión para la (5) grasa = 1.30 x CCT - 4.45 x NCT –
estimación de la composición corporal a través del 0.06 x CCT a
método indirecto de cuatro compartimentos. Sin
embargo, si bien se puede confiar en los valores En la ecuación 5, CCT, CCT a, y NCT son el carbono,
utilizados para las densidades del agua y grasa el calcio, y el nitrógeno corporal total, los cuales son
extraída químicamente, habrá algunos errores no medidos por escaneo inelástico, análisis de activación
contabilizados, debido a las presunciones en el neutrónica gamma demorado y rápido,
modelo de cuatro compartimentos, tales como las respectivamente. El método del CCT tiene dos
densidades de las proteínas, MO, y MNO, la validez características intrínsecas: está basado en modelos
de las mediciones del CMO, y el uso del factor de altamente estables que no están afectados (en un grado
corrección de 4 % para el intercambio de hidrógeno apreciable) por la edad, el sexo, o las características
no acuoso, cuando se estima el ACT a través de la étnicas, y brinda estimaciones de la adiposidad que
dilución de deuterio. son independientes cíe los métodos clásicos de dos
compartimentos. Si bien el error propagado del
método del M' para la medición de la grasa corporal
4. MODELOS MAS COMPLEJOS Y es de 3.4-4.0 %, los investigadores (Heymsfield y
DESARROLLOS FUTUROS cols., 1991) apuntan a desarrollar el método hacia un
nivel de - precisión igual, o superior, a los análisis
Han surgido modelos químicos más sofisticados de químicos directos de cadáveres. Por lo tanto, aunque
cinco compartimentos (Ryde, Birks, Morgan, Evans, el método del CCT no es utilizado ampliamente,
& Dutton, 1993) y del carbono corporal total (CCT; debido a la necesidad de contar con tres sistemas de
Heymsfield y cols., 1991). El último método es digno activación neutrónica, es importante en el estudio total
de mencionar ya que actualmente representa lo más de la composición corporal del ser humano.
moderno en el análisis de la composición corporal. También se están introduciendo nuevas tecnologías
Este método está basado en la observación de que el poderosas que prometen expandir las posibilidades de
carbono corporal está incorporado en los cuatro medición de variables hasta ahora no evaluadas, tales
compartimentos en el nivel molecular: grasas, como el músculo esquelético y el glucógeno. Por lo
proteínas, glucógeno, y MO. El método del CCT fue tanto, el estudio de la composición corporal ofrece un
derivado de los siguientes cuatro modelos amplio potencial para la investigación futura.

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5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS exchangeable hydrogen in man.


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CAPÍTULO 9

LA PSICOLOGÍA Y LA ANTROPOMETRÍA DE LA
IMAGEN CORPORAL
Sbelley Kay

1. QUE ES LA IMAGEN CORPORAL? La Figura 1 muestra la interacción de los factores


relacionados con la imagen corporal. Nuestros propios
La «imagen corporal» es una construcción cuerpos («auto») tienen tanto una representación
multidimensional que describe ampliamente las antropométrica objetiva (una serie de mediciones de
representaciones internas, subjetivas (le la apariencia pliegues cutáneos, longitudes, perímetros, y
física y experiencia corporal (Cash Pruzinsky, 1990). diámetros), como una representación perceptiva,
La imagen corporal incluye elementos perceptivos, cognitiva, y afectiva. Esta representación mental está
cognitivos, y afectivos de cómo representamos afectada por influencias tales como el sexo, los
internamente nuestros propios cuerpos y los cuerpos medios masivos de comunicación, y la herencia, y
de los demás. Perceptivo, se refiere aquí a juicios también por valores antropométricos objetivos y
óculo-espaciales y otros juicios sensoriales. conocidos. De manera similar, los cuerpos de los otros
«Cognitivo» se refiere a procesos y estilos de (por «otros» queremos decir la población en general, y
pensamiento, mientras que la dimensión «afectiva» se sub-poblaciones específicas tales como las modelos,
refiere a emociones y actitudes. Estas los deportistas, los obesos, y otros grupos importantes
representaciones son quizás principalmente visuales, para nuestro sentido corporal), tienen representaciones
pero incluyen influencias de construcciones tanto objetivas como subjetivas. Una vez más,
cinestésicas, tactiles, y otras construcciones sensoria- nuestras representaciones subjetivas de los cuerpos de
les. En cualquier momento, las personas podrían estar los demás están afectadas por el sexo, los medios
simultáneamente controlando aspectos tan diferentes masivos, y la herencia, así como por nuestro
de su cuerpo, tales como su aparente atractivo, conocimiento (te sus tamaños y formas reales.
posición en el espacio, seguridad en derredor, Nosotros comparamos las representaciones que
prominencia relativa en el campo perceptivo total, tenemos de nuestros propios cuerpos con las
variaciones en los atributos de tamaño (le sus representaciones de los cuerpos de los otros. La
diferentes partes, etc. (Fisher, 1990). congruencia o incongruencia de estas representaciones
está juzgada en relación a distintas posiciones
Por lo tanto, el análisis de la imagen corporal incluye dinámicas, y desencadenan comportamientos
la comparación de dos series de construcciones personales e interpersonales (ejercicio, dieta, sexo,
mentales: las representaciones mentales de nuestros etc.). La forma en que comparamos las
propios cuerpos y de los cuerpos de los demás. La representaciones y la naturaleza de las posiciones de
antropometría aporta una herramienta para cuantificar opinión también están afectadas por factores
objetivamente nuestro propio tamaño corporal, forma relacionados con el sexo y las experiencias culturales.
y composición, y el tamaño, forma, y composición del
cuerpo de los otros.
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

FIGURA 1. La interacción de factores relacionados con la imagen corporal. Para la explicación leer el texto.

2. CONSIDERACIONES METODOLOGICAS cognitiva-afectiva de la imagen corporal pueden ser


independientes. Si bien la estimación del tamaño
• Las .áreas centrales de interés en la corporal es la faceta de la imagen corporal que tiene la
investigación sobre la imagen corporal son: relación más directa con la antropometría, es
• la descripción y cuantificación de las importante distinguir la preocupación sobre la forma
representaciones internas que tenemos de corporal y la satisfacción corporal a partir de la
nosotros mismos, y de los demás; estimación del tamaño del cuerpo. Se puede ser
• la naturaleza de la relación entre la bastante preciso en la propia percepción del tamaño y
representación mental de uno mismo, y la forma del propio cuerpo, y aún así no estar satisfecho.
representación mental de los demás, y Por ejemplo, el grado en el cual hombres y mujeres
• la relación entre las construcciones mentales de sobreestiman su tamaño corporal no tiene correlación
uno mismo y de los demás, y las realidades con su nivel de satisfacción corporal (Dolan,
objetivas. Britchnell, & Lacey, 1987). De igual modo, es posible
estar muy satisfecho con el propio tamaño y forma, y
Para responder estas preguntas, necesitamos emplear aún así mostrar un alto grado de preocupación acerca
algunos medios representativos que externalicen los del cuerpo (por ej., Comportamiento centrado en el
modelos internos de los cuerpos de uno mismo, y de cuerpo).
los otros.
Entre los métodos comúnmente empleados se
2.1 Métodos de evaluación de la imagen corporal encuentran:
• La técnica de imagen distorsionada, la cual
Los instrumentos diseñados para evaluar la imagen manipula el tamaño de una fotografía
corporal caen en dos clases amplias. Un grupo de (Glucksman & Hirsch, 1969), video (Alleback,
instrumentos está involucrado con la estimación del Hallberg, & Espmark, 1976), o imagen en un
tamaño (dimensión perceptual). Estos instrumentos espejo (Traub & Orbach, 1964) del cuerpo del
normalmente son óculo-espaciales o visco-espaciales. sujeto;
El otro grupo de instrumentos busca las evaluaciones
• Dibujos de figuras representando físicos, desde
subjetivas ele actitudes y conocimientos (dimensiones
magros a obesos, con referencia al Body Mass
cognitiva N afectiva). Por lo general, son
cuestionarios. Las dimensiones perceptual y

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Index (Índice de Masa Corporal) (Stunkard & con patologías alimentarias como aquellas que no las
Stellar, 1990); padecían, juzgaban equívocamente su tamaño corporal
• Anchos ajustables que coincidan con los (Thompson, 1986). Una comparación de la estimación
diámetros corporales percibidos, por ejemplo del tamaño de uno mismo, de otra persona, de cajas de
manipulando los calibres deslizantes (Slade & comida y de un cilindro, respaldó fuertemente la idea
Russel, 1973), o cambiando el ancho de un haz que esta técnica puede representar los errores
de luz (Thompson & Spana, 1990); y generales en la estimación perceptiva, más que reflejar
cuestionarios tales como, la distorsión de la imagen corporal (Hundleby &
• la Escala de Estima Corporal (Franzoi & Bourgouin, 1993).
Shields, 1984);
• la Escala de Ansiedad Social del Físico (Hart, La evaluación de la distorsión de la imagen corporal a
Leary, & Rejeski, 1989); través de redibujar imágenes en la pantalla de la
computadora también es incapaz de discriminar entre
• la Escala de Catesis Corporal (Secord & grupos con desórdenes alimenticios grupos normales
Jourard, 1953); (Gustavson y coxis 1990), Esto puede deberse al
• el Cuestionario de Insatisfacción Corporal hecho de que ningún grupo estima erróneamente el
(Garner & Garfinkel, 1979), y; tamaño y la forma de sus cuerpos (o que ambos lo
• el Cuestionario de la Forma Corporal (Cooper, hacen de igual manera). También puede ser que los
Taylor, Cooper, & Fairburn, 1987). sujetos tengan dificultades en estimar su cuerpo en
una pantalla pequeña (Probst, Van Coppenolle,
Vandereycken, & Goris, 1992).
Debido a que no tenemos acceso directo a los modelos
mentales que las personas tienen de sus propios
2.3 Las dimensiones estructurales de la imagen
cuerpos (Son principalmente visuales?;
corporal
Bidimensionales? Tridimensionales?), es difícil elegir
el mejor medio representativo que permita que ese El medio representativo debe ser capaz de reflejar las
modelo mental se traduzca a una forma externa, y sea principales dimensiones estructurales que utilizamos
comparable con mediciones antropométricos. Las en la construcción che la imagen corporal. Es inútil
relaciones entre las dimensiones corporales reales y la utilizar, por ejemplo, el perímetro del antebrazo como
imagen corporal varían de acuerdo al instrumento una dimensión analítica si (como es posible) el
psicométrico utilizado para evaluar la insatisfacción, y perímetro del antebrazo no es un factor en la forma en
que construimos las imágenes corporales. Por
los diferentes índices antropométricos usados para ejemplo, muchos instrumentos psicométricos son
representar el peso o la adiposidad (Davis, Durnin, incapaces de discriminar entre adiposidad corporal
Dionne, & Guerevich, 1994). Para que la imagen total y formas. Las variables antropométricas
corporal sea analizada de forma significativa, es relativamente generales, como el peso corporal o el
fundamentalmente crítica la elección y estructura del Body Mass Index (BMI) sólo pueden aproximar la
medio representativo. proporción de grasas, y pueden oscurecer la influencia
de referentes anatómicos específicos, partes
2.2 Minimizando la influencia del medio corporales regionales, tamaño del cuerpo, y
distribución de las grasas, sobre la imagen corporal
(Bailey, Golberg, Swap, Chomitz, y Houser, 1990;
Idealmente, el medio debería ser transparente» en el Davis, Durnin, Guerevich, LeMaire, & Dionne, 1993).
sentido que el medio en sí no influya en cuán Se ha mostrado que los cocientes entre perímetros o
precisamente uno representa la propia imagen diámetros (Furner, Hester, & Weir, 1990), el
corporal (es decir, cuán exactamente uno traduce la somatotipo (Tucker, 1984), y la distribución regional
propia serie de construcciones mentales a una forma de las grasas (Raclke-Sharpe, Whitney-Saltiel, &
externa). Los primeros estudios observaron que las Rodin, 1990), son dimensiones importantes de nuestra
personas anoréxicas sobreestimaban su tamaño imagen corporal.
corporal, lo cual era interpretado como una variable
de de distorsión de la imagen corporal (Slade & 2.4 Sensibilidad: diferencias apenas notables
Russel, 1973). Sin embargo, estas observaciones
podrían de igual manera ser interpretadas como un La sensibilidad de las representaciones externas debe
problema de percepción, es decir que las personas coincidir con la resolución percetiva. Si las diferencias
entre las dos representaciones son imperceptibles, o si
pueden, a menudo, estimar erróneamente el tamaño de las dos representaciones no pueden ser distinguidas en
los objetos en general, incluyendo objetos inanimados. forma reproducible, entonces las representaciones no
Cuando estos mismos tests fueron administrados a serán efectivas para discriminar entre las
mujeres normales. fue evidente que tanto las mujeres construcciones mentales. Alley (1991) observó que

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

los estudiantes universitarios no podían, en forma evaluación de la confiabilidad test-retest. La


confiable, distinguir entre fotografías de mujeres antes confiabilidad test-retest varía de acuerdo al
y después de perder un promedio de peso de 4.7 % instrumento utilizado, así como con los contextos de
con respecto a su peso inicial. Los estudios en nuestro situación y las poblaciones de sujetos. Las
laboratorio han mostrado que la mayoría de las
personas pueden distinguir confiablemente entre dos herramientas estadísticas adecuadas incluyen el
figuras que difieren en el BMI, en casi un 5 %. coeficiente de correlación intraclase, la diferencia
Cuando la diferencia es < 2.5 %, el éxito en la absoluta de la mediana, y el rango intercuartilo
diferenciación no es mejor que una elección al azar correspondiente.
(ver Figura 2). Por esta razón, es importante
determinar las diferencias apenas notables del medio 2.6 Imagen corporal y mediciones antropométricas
representativo que está siendo utilizado.
La selección de variables antropométricas debe
reflejar las dimensiones corporales que son
importantes para determinar la imagen corporal. Por
ejemplo, sería inútil utilizar el perímetro de antebrazo
copio dimensión analítica cuando se usan dibujos
lineales, si es imposible representar claramente
perímetros diferenciables de antebrazo en esos
dibujos, o si el perímetro real del antebrazo no puede
ser relacionado en forma válida con una figura bi-
dimensional. Típicamente, cuando se utilizan dibujos
o fotos de figuras humanas, las diferencias entre estas
figuras han sido cuantificadas en términos de BMI
(Craig & Caterson, 1990), somatotipos, peso, o
cocientes entre perímetros (Furner y cols., 1990). Sin
embargo, raramente existe una clara razón que
explique cómo se determinaron ciertos BMI,
somatotipos, pesos, o cocientes entre perímetros, para
estas figuras. Los dibujos lineales bi-dimensionales
son incapaces de representar la forma general del
FIGURA 2. Tres figuras dibujadas por computadora que individuo, la distribución de las masas grasas
corresponden a valores de BMI estimados de 30, 26, 25. Puede subcutáneas, y otros aspectos de la composición
Ud. distinguir las figuras que corresponden a los BMI de 26 y 25? corporal que pueden ser importantes en la formación
La respuesta aparece al final del capítulo. de, la imagen corporal.

2.5 Confiabilidad test-retest 2.7 Precisión antropométrica


Como con todos los mecanismos perceptivos- Otro problema es que muchos estudios han utilizado
cognitivos, la imagen y la satisfacción corporal tienen antropometristas inexpertos, o han confiado en datos
tanto componentes estables como dinámicos. Existe auto-reportados sobre el peso y la altura (Gupta,
considerable evidencia que indica que las actitudes Schork, & Dhaliwal, 1993). Muchos estudios han
corporales son lábiles, y pueden operar en una forma mostrado que las alturas y los pesos auto-reportados
contextual con variabilidad entre situaciones cruzadas son inexactos. En un estudio, el 34 % de los hombres
(Roth & Armstrong, 1993). Se ha reportado que la y el 30 % de las mujeres, fueron incapaces de reportar
satisfacción e insatisfacción fluctúan a través de su peso real con una precisión de 2.3 kg. Los hombres
situaciones tales como estar vestido, desvestido que dieron informes erróneos tendieron a sobreestimar
(Markee, Carey, & Pedersen, 1990), o parcialmente su peso, mientras que las mujeres tendieron a
vestido (Haimovitz, Lansky, y O'Reilly, 1992), en la subestimarlo (Cash, Grant, Shovlin, & Lewis, 1992).
presencia o ausencia de «feedback» o respuesta en el Un análisis de avisos publicitarios personales en una
espejo (Gardner, Gallegos, Martinez, & Espinoza, revista Norteamericana reveló un alto grado de
1989), durante la fase pre-menstrual (Altabe & descripciones de forma y peso estereotipadas y
Thompson, 1990), y después de ingerir alimentos artificiales tanto para hombres como mujeres que
considerados como «que engordan» (Thompson, buscaban compañía (Anderson, Woodward, Spalder,
Coovert, Pasman, & Robh, 1993). Estos son factores & Koss, 1993). Sólo el 13 % de mujeres blancas, entre
que deberían ser controlados por una rigurosa las edades cíe 34 y 44 años, podían coincidir con los

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

valores medios de BMI, presentados como auto- cantidad de grasa en estas áreas. Aún personas
descripciones en estos comerciales. En estos avisos, el delgadas reportan insatisfacción con el perímetro de
97 % de las mujeres y el 100 % de los hombres se cadera (Bailey y cols., 1990). Estos estudios muestran
describen a sí mismos más delgados que el promedio. que la insatisfacción corporal se centra en regiones
Sin embargo, la aplicación de una antropometría más específicas, y en la relación entre regiones específicas.
precisa a esta área de investigación tiene el potencial Los cocientes entre perímetros, tales como la
de remarcar las relaciones con mayor claridad. proporción tórax/cintura y cintura/ cadera pueden ser
correlaciones antropométricas útiles de la
insatisfacción.
3. ESTUDIOS DE LA IMAGEN CORPORAL
Las Figuras 3 y 4 muestran los resultados de una
Se sabe que distintos factores externos influyen en los pequeña encuesta llevada a cabo en nuestro
modelos que tenemos de nuestros propios cuerpos, y laboratorio. Se les pidió a un grupo de asistentes a un
de tos cuerpos de los demás. Estos factores incluyen la gimnasio y a estudiantes universitarios (n = 48) que
edad, el sexo, la influencia de los medios masivos de califiquen su grado de satisfacción con las distintas
comunicación, e influencias educativas y genéticas. regiones corporales, en una escala de 0
(completamente insatisfecho) hasta 10
3.1 La influencia del sexo sobre la imagen corporal (completamente satisfecho). Se utilizó una matriz
factorial no rotada para determinar los pesos de las
3.1.1 La imagen corporal en las mujeres calificaciones individuales, y los promedios de los
«scores» pesados fueron corregidos para abarcar un
La insatisfacción con la forma y el tamaño corporal se rango (le valores de 0 a 100. Para las mujeres, las
ha vuelto tan endémica en la población femenina que áreas de mayor preocupación fueron los glúteos y la
ha sido descripta como «descontento normativo región abdominal, y también las caras anterior y
(Rodia, Silberstein, & Striegel-Moore, 1984). Un gran posterior de los muslos y el tríceps. Para los varones,
porcentaje de mujeres que tienen un peso normal, o un la región abdominal fue la principal zona de
bajo peso, están insatisfechas con su tamaño corporal insatisfacción.
(Cash, Winstead, & Janda, 1986). Para modificar la
apariencia externa, a menudo utilizan la vestimenta, 3.1.2 La imagen corporal en los hombres
ropa interior, ejercicio y dietas, y cirugía estética. En
1992, se llevaron a cabo en E.E.U.U. 350.000 cirugías Si bien ha sido ampliamente reportado que la
estéticas, de las cuales el 87 % fueron en mujeres. insatisfacción con el tamaño y forma del propio
Más de 150.000 australianos se han sometido a Tipo- cuerpo es menos pronunciada en los hombres que en
aspiraciones desde 1983, de las cuales el 95 % se las mujeres, una gran encuesta observó que el 41 % de
realizaron en mujeres («Datos sobre la lipo- los hombres y el 53 % de las mujeres no estaban
aspiración», revista «She», 1994). Las mujeres, por lo conformes con su peso (Cash y cols., 1986). Un
general, prefieren una forma decididamente estudio con hombres y mujeres físicamente activos
ectomórfica. Las áreas específicas que les preocupan a también demostró una igual disconformidad entre
las mujeres son la cintura, los muslos, los glúteos, las hombres y mujeres con respecto a su peso. Mientras
piernas, y el abdomen, siendo los puntos de mayor que la mayoría de las mujeres querían perder peso, los
preocupación la región de la cadera y glúteos. Un hombres estaban equitativamente divididos entre
estudio con mujeres adolescentes reveló que la única aquellos que querían disminuir, y aquellos que querían
característica más deseada son las caderas delgadas y aumentar de peso (Davis & Cowles, 1991). De forma
angostas (Davis & Furnham, 1986). El único similar, un estudio con varones universitarios de 18
perímetro que disminuyó en el concurso de Miss años reveló un porcentaje parejo entre los que querían
América, desde 1959 hasta 1985, fue el de cadera disminuir y los que querían aumentar de peso
(Wiseman, Gray, Mosimann, & Ahrens, 1992), a (Drewnowski & Yee, 1987). Las dos direcciones
pesar del incremento en el tamaño total de la opuestas podrían anularse entre sí, y llevar a la
población en general. Los investigadores han interpretación equivocada que los hombres no están
encontrado mayor insatisfacción corporal en mujeres disconformes. Por lo tanto, cuando se analizan estos
con la grasa distribuida en las caderas y glúteos que en datos, se deberían considerar las diferencias absolutas
las que tenían una distribución más abdominal así como las diferencias direccionales entre las
(Radke-Sharpe y cols., 1990). Sin embargo, esta características ideales y reales.
preocupación no es necesariamente proporcional a la

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Una observación consistente es que los hombres


desean un físico mesomórfico (Tucker, 1984). Los
hombres están más preocupados con aumentar la masa
muscular, mientras que las mujeres con disminuir la
grasa. Los hombres están específicamente
preocupados con la musculatura de la parte superior
del cuerpo, con el ancho de hombros, brazos, y el
tórax (Franzoi & Shields, 1984).

La subcultura homosexual masculina promueve un


ideal magro y muscular, y en un estudio, los hombres
homosexuales indicaron mayor disconformidad con el
desarrollo corporal que los heterosexuales (Mishkind,
Rodin, Silberstein, & Striegel-Moore, 1986). Por lo
tanto, los hombres homosexuales pueden tener más
riesgo de adquirir patologías alimentarias que sus
pares heterosexuales (Striegel-Moore, Silherstein, &
Rodin, 1986).

Existe bastante desconocimiento entre ambos sexos


acerca de la clase de desarrollo corporal que el otro
sexo realmente prefiere. Las mujeres creen que los
hombres prefieren mujeres con un físico más delgado
que el que en realidad ellos prefieren. Los hombres
piensan que las mujeres prefieren hombres con un
físico más musculoso que el que en realidad ellas
prefieren (Fallon & Rozin, 1985; ver Figuras 5 y 6)

Figura 4. Satisfacción corporal regional en las mujeres. Cuanto


mas oscura la parte corporal, y mas baja la calificación, menos
satisfechos están los sujetos con esta región corporal.

3.2 La influencia de la edad sobre la imagen


corporal

Niñas de hasta cinco años de edad han expresado su


temor por aumentar de peso (Feldman, Feldman, &
Goodman, 1988). La preocupación por la apariencia
hace su pico en la segunda mitad de la primera década
de vida, y en la segunda década. Algunos estudios han
observado que la preocupación por la apariencia
disminuye con la edad (Cash y cols., 1986), mientras
que otros han observado que el deseo por tener un
físico delgado podría persistir hasta edades avanzadas
(Davis & Cowles, 1991; Hallinan & Schuler, 1993).
Un estudio con padres e hijos mostró poca diferencia
entre las generaciones con respecto a la insatisfacción
corporal, a pesar de persistir diferencias entre sexos
(Rozin & Fallon, 1988). Gupta y Schork (1993)
concluyeron que las mujeres (y en menor grado los
hombres), que estaban preocupadas por los efectos del
envejecimiento sobre la apariencia, también tendían a
estar preocupadas por la disminución de peso.

Figura 3. Satisfacción corporal regional en los hombres. Cuanto


mas oscura la parte corporal, y mas baja la calificación, menos
satisfechos están los sujetos con esta región corporal.

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3.3 La influencia de los medios masivos de estrellas de cine, modelos, bailarinas, y héroes
comunicación sobre la imagen corporal deportivos representan una asociación fascinante con
tipos corporales particulares. Por ejemplo, la muñeca
Las percepciones de nuestro propio cuerpo son Barbie es considerada por muchos fabricantes como
filtradas a través de distintas imágenes normativas, un “modelo a aspirar” para las niñas (Pedersen &
presentadas en los medios de comunicación. Estas Markee, 1991). Lograr las proporciones de la Barbie
imágenes corporales “públicas” y normativas definen en escala, utilizando una similitud geométrica con el
ideales de belleza, de salud, y de “fitness”. Algunas tamaño real”, sería biológicamente imposible. Las
imágenes prescriben ideales actuales de atractivo proporciones, tanto de Barhie como de Ken, se
sexual. Otras prescriben formas y tamaños corporales desvían dramáticamente de los grupos adultos de
óptimos para la salud, o describen al ser humano referencia, de la población general, de las modelos y
típico o “promedio”. A menudo, los índices objetivos de los anoréxicos, mostrando scores z, algunas veces,
de rangos normales o saludables son incapaces de con exceso de 13 (Norton, Olds, Olive, & Dank, 1994;
influir en cómo las personas juzgan sus propios ver Figura 7). Los mismos autores calcularon que Ken
cuerpos. Las personas tienden a estar mucho más (una “figura de acción”, no un muñeco !) representa
influenciadas por los valores de subgrupos extremos, un somatotipo ectomórfico, con la diferencia de que
tales como las modelos y los deportistas. Desde la los desvíos de los grupos de referencia, de los de la
infancia, los niños y las niñas están expuestos a población en general y de los futbolistas son menos
representaciones de estereotipos corporales, a través sorprendentes, pero de cualquier manera,
de muchas influencias psico-sociales. Muñecas, significativos (Figura 8).

FIGURA 5. Tamaños corporales femeninos correspondientes al tamaño real de los sujetos («real»), al tamaño que ellas creen que tienen
(«estimado»), a su tamaño ideal («ideal»), al tamaño que ellas creen que los hombres deberían considerar ideal («ideal percibido por el
hombre»), y al tamaño que los hombres realmente consideran ideal («ideal real de los hombres»). El tamaño corporal es cuantificado en
unidades de BMI. Los datos han sido recolectados en nuestro laboratorio.

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Figura 6. Tamaños corporales masculinos correspondientes al tamaño real de los sujetos («real»), al tamaño que ellos creen que tienen
(«estimado»), a su tamaño ideal («ideal»), al tamaño que ellos creen que las mujeres deberían considerar ideal («ideal percibido por la
mujer»), y al tamaño que las mujeres realmente consideran ideal («ideal real de las mujeres»). El tamaño corporal es cuantificado en
unidades de BMI. Los datos han sido recolectados en nuestro laboratorio.

Figura 7. «Scores z» relativos a los valores medios, en 135 mujeres del Sur de Australia entre 17 y 35 años, para distintas variables
antropométricas ajustadas por la altura. Se muestran los «scores z» para un grupo de modelos, un grupo de anoréxicas, y para la muñeca
Barbie (Norton y cols., 1994). CciCa = cociente cintura/cadera, CPCi = cociente pecho/cintura, y CPCa = cociente pecho/cadera).

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

(Wiserman y cols., 1992). Esto representa un rango de


peso que fue incluido como uno de los criterios para el
diagnóstico de la anorexia nerviosa, reconocidos por
la Asociación Americana de Psiquiatría (15 % por
debajo del peso estimado).
Distintos artículos en revistas, estudiados durante el
mismo período como las Chicas del Mescle Playhoy
(1959-1988), indicaron un aumento general en el
énfasis en la reducción de peso. Se observó un
aumento significativo en la proporción de dietas,
ejercicio, y dietas + ejercicio, y desde 1981, el número
de artículos sobre el ejercicio sobrepasó al de artículos
sobre dietas. La dieta y el ejercicio están
desproporcionadamente promovidos en las mujeres,
como los medios para lograr un ideal que
progresivamente se ha vuelto más delgado. La
proporción de publicidades sobre alimentos dietéticos,
en 48 ediciones de revistas femeninas y masculinas,
fue de 63:1 (Silverstein y cols., 1986).

3.4 La influencia del deporte y la educación


Figura 8. «Scores z» relativos a los valores medios, en varones sobre la imagen corporal
Australianos entre 18 y 29 años, para distintas variables
antropometricas ajustadas por la altura. Se muestran los «scores
z» para un grupo de 22 jugadores de Fútbol, reglas Australianas Si bien los medios de comunicación son acusados de
y para el muñeco Ken (Norton y cols., 1994). Ver Figura, para crear modelos irreales, el deporte y la educación
detalles. también pueden ser acusados de lo mismo. Un análisis
de textos educativos para niños, desde 1900 hasta
Los medios de comunicación masivos han sido 1980, confirma una tendencia significativa hacia
acusados de perpetuar diferentes “standards” de mostrar niñas más delgadas cada vez, mientras que los
atractivo para hombres y mujeres. Las mujeres niños no han experimentado cambios (Davis &
retratadas en televisión son más delgadas que los Oswalt, 1992). Si bien la participación deportiva
hombres. Las estrellas femeninas de cine y las infantil es incentivada tanto por el desarrollo físico
modelos de revistas se han vuelto progresivamente como psicológico, los deportistas y bailarines
más delgadas (Silverstein, Perdue, Peterson, & Kelly, admirados por sus logros pueden, en realidad,
1986). Una investigación con modelos televisivos presentar una relación distorsionada entre un cuerpo
reveló que el 69 % de las mujeres (pero sólo el 18% delgado y uno saludable. Los estudios han confirmado
de los hombres) fueron calificadas como delgadas/os el alto riesgo de preocupación por el peso y las
(Silverstein y cols., 1986). Las mediciones patologías alimentarias en deportes tales como saltos
antropométricas de “mannequins, desde 1920 hasta ornamentales, patinaje artístico, gimnasia, ballet
1960, determinaron que en general se han vuelto más (Garner & Rosen, 1991), y remo (Sykora, Grilo,
delgadas con el transcurso del tiempo y, dada la Wilfley, & Brownell, 1993), deportes que resaltan la
relación entre magreza extrema y disfunción magreza para mejorar la performance o la apariencia.
menstrual, se sugirió que mujeres con la misma forma Las patologías alimentarias en los hombres son más
corporal poco probablemente podrían menstruar comunes entre los luchadores y los jockeys de
(Rintala & Mustajoki, 1992). Un cambio significativo hipismo, que en deportes en los cuales no es necesario
hacia un ideal más delgado ha sido marcado a través alcanzar un cierto peso corporal (Striegel-Moore,
de los cambios en el peso, perímetro de cadera, y Silberstein, & Rodin, 1986). En otros deportes, lo
cociente entre busto y cintura de las mujeres de fundamental es aumentar de peso, y este hecho
páginas centrales de Playhoy y de las participantes en también puede conducir a desórdenes alimentarios.
el concurso de Miss America (Garner, Garfinkel, Los físico-culturistas y los anoréxicos, por ejemplo,
Schwartz, & Thompson, 1980). Hacia 1988, este tienen calificaciones similares en el Inventario de
índice de la imagen corporal “ideal” para la mujer Desórdenes Alimentarios (Pope, Katz, & Hudson,
estaba del 13 a 19% por debajo del esperado, para la 1993), y el aumento en el ahuso de esteroides
edad y la altura anahólicos ha sido comparable con el comportamiento
característico de personas anoréxicas.

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

4. IMAGEN CORPORAL Y esquelética (basada en diámetros óseos),


COMPORTAMIENTO independientemente de la adiposidad, fue un predictor
significativo de la insatisfacción corporal en mujeres
4.1 Imagen corporal y autoestima jóvenes. Más específicamente, el di metro hi-
iliocrestídeo fue una variable antropométrica
Desde edades tempranas, el atractivo físico está importante para predecir la disconformidad corporal
estrechamente relacionado con la autoestima total. Para reforzar esta idea, existen datos que indican
(Kenealy, Gleeson, Frude, & Shaw, 1991). En que los hombres deciden sobre el atraçtivo sexual
particular, las mujeres pueden verse a sí mismas como femenino basados más en las medidas de los glúteos y
‘socialmente definidas, en un alto grado, por cómo se cadera que de los pechos (Mazur, 1986; Davis y cols.,
ven. Las mujeres son más susceptibles que los 1993; Davies & Furnham, 1986).
hombres a igualar sus propios valores con su imagen
corporal, y lo que ellas creen que otras personas El hacer dietas es un fenómeno más común entre las
piensan de cómo se ven (Fallon, 1990). niñas que entre los niños. De un grupo de adolescentes
australianos encuestados, una significativa proporción
La personalidad y el carácter, en gran medida, están de mujeres (69 %) y varones (27 %) había intentado
marcados por determinantes sociales o culturales de disminuir de peso (Tienhoon, Rutishauser, &
qué es lo que se considera físicamente deseable o Wahlqvist, 1994). Niñas y niños en el rango normal
indeseable (Lerner & Jovenovic, 1990). En la del BMI deseaban disminuir un promedio de peso de
sociedad occidental, el endomorfismo parece estar 6.6 y 2.0 kg, respectivamente. Esta diferencia en el
casi universalmente devaluado. Spillman y Everington peso corporal deseable indica que las niñas quieren
(1989) pidieron a 234 estudiantes universitarios, en su hacer más dieta que los varones.
mayoría mujeres, que indicaran la relación entre
ciertas características de comportamiento y distintos El mismo grado de disconformidad corporal puede
somatotipos femeninos. En general, se percibió que conducir a distintos comportamientos en los hombres
los endomorfos eran vistos como personas que se y las mujeres. Las mujeres son mucho más
vestían en forma desaliñada, que estaban stressados” y susceptibles de embarcarse en programas de ejercicio
deprimidos, y que probablemente tenían un trabajo de o intervenciones dietarías que los hombres (Rozin &
poca categoría. Los mesomorfos fueron caracterizados Fallon, 1988; Silherstein, Striegel-Morre, Timko &
como personas competentes, relajadas, profesionales, Rodin, 1988). Aunque se reportó que las mujeres son
sanas, e intelectuales; mientras que los más predispuestas que los hombres para hacer
ectomorfos fueron considerados como los que estaban ejercicio para disminuir de peso (Davis y Cowles,
más preocupados por su apariencia, los más atractivos 1991), el tipo de intervención elegida puede ser
sexualmente, y los que probablemente hacían más específico del sexo. Los hombres más probablemente
ejercicio. La mayoría de los encuestados se elegirán el ejercicio para perder peso, mientras que las
clasificaban a sí mismos como rnesomórficos, pero, a mujeres elegirán dietas hipocalóricas (Drewnowski &
la pregunta de «qué les gustaría ser ?», elegían el Yee, 1987).
perfil ectornórfico.
No está claro si el ejercicio aumenta o disminuye la
4.2 Comportamientos alimentarios y disconformidad con el cuerpo. La diferencia entre la
deportivos forma corporal actual percibida vs. la forma corporal
ideal, fue mayor en mujeres de edad que realizaban
La insatisfacción corporal ha estado consistentemente ejercicio que en aquellas que no realizaban ejercicio
relacionada con el grado de preocupación por el peso, (Hallinan & Schuler, 1993). La insatisfacción con uno
por la dieta (Davis y cols., 1993), y por el mismo, en relación a un ideal, parece motivar un
comportamiento deportivo (Davis & Cowles, 1991), al comportamiento deportivo, pero el ejercicio podría
menos en las mujeres. Las patologías alimentarias hacer poco para mejorar la satisfacción con el cuerpo.
pueden ser vistas corno un extremo de un proceso Esto también es evidente en mujeres más jóvenes. Se
continuo de preocupaciones por el peso y la dieta reportó que las personas que realizan ejercicio, con
(Davis, Fox, Cowles, Hastings, & Schawass, 1990). gran frecuencia están más disconformes con su forma
La disconformidad corporal motiva que los hombres y corporal que las personas que lo hacen con una
Las mujeres hagan dieta y ejercicio, pero estos frecuencia moderada, o aquéllas que no realizan
comportamientos pueden no modificar los factores ejercicios, aún a pesar de que pesaban menos y que
anatómicos que influyen en el grado de descontento habían disminuido más de peso que los otros grupos
con la región o forma corporal. Por ejemplo, se ha (Imm & Pniitt, 1991). Parecería que tener un objetivo
mostrado que los diámetros óseos, que no cambian inalcanzable podría ser la razón para realizar ejercicio
dramáticamente con las intervenciones deportivas, con frecuencia. Quizás las mujeres que hacen ejercicio
están asociados con la insatisfacción. Davis y cols. siguen imponiéndose nuevos standards” a sí mismas.
(1994) observaron que el tamaño de la estructura Otra propuesta es que el énfasis en el ejercicio podría

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

alimentar una exagerada inversión narcisista en el 6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS


cuerpo (Davis y cols., 1990). Quizás, las falsas
expectativas sobre la magnitud de los efectos que el Alleback, P., Hallberg, D., & Espmark. S. (1976).
ejercicio puede tener sobre la forma, el tamaño y la Body image — an apparatus for measuring
composición corporal, sirven para desalentar siempre disturbances in estimation of size and shape.
a aquéllos que realizan ejercicio con la esperanza de Journal of Psychosomatic Research, 20,
cambiar su cuerpo hacia un ideal perseguido. Tal 583-589.
como se sugirió previamente, los individuos que
Alley, T. (199 1).
ingresan a ambientes deportivos podrían estar
expuestos a los nuevos “standards” delas ideas de un Visual detection of body weight change in
grupo específico sobre un tipo de cuerpo admirado. young women.
Perceptual and Motor Skills, 73, 904-906.

5. DIRECCIONES FUTURAS: Altabe, M., & Thompson, J.K. (1990).


INVESTIGACION SOBRE IMAGEN Menstrual cycle, body image and eating
CORPORAL Y ANTROPOMETRIA disturbance.
In T. Cash & T Pruzinsky (Eds.), Body
Los trabajos anteriores se han centrado en mediciones images (pp. 21-48). New York: Guilford
corporales globales. Los métodos futuros deben Press.
utilizar variables más sensibles y específicas de las
dimensiones corporales. La antropometría de American Psychiatric Association (1987).
superficie, por supuesto, sería una herramienta
importante en estos análisis. Para ayudar a recrear las Diagnostic and statistical manual of mental
formas corporales en un espacio tridimensional (3D), disorders (3rd ed.).
las simulaciones por computadora serán invalorables. Washington DC.
La capacidad de obtener un perfil antropométrico
amplio, y tener una computadora que produzca este Anderson, A.,Woodward, P, Spalder, A., & Koss, M.
cuerpo en 3D, permitirá que los sujetos se relacionen (1993).
con una representación más realista de la forma Body size and shape characteristics of
corporal. Identificar las regiones corporales personal "In Search Of" ads.
específicas, e interpretar las dimensiones reales a International journal of Eating Disorders,
partir de estas figuras, debe seguramente mejorar la 14, 111-116.
resolución, en comparación con los métodos actuales
relativamente poco sofisticados.
Bailey, S.M., Goldberg, J.P, Swap, W.C., Chomitz,
De particular importancia es la identificación de ideas V.R., & Houses, R.F (1990).
específicas que las personas utilizan para formar sus Relationships between body dissatisfaction
imágenes corporales. Qué regiones corporales, y qué and physical measurements.
aspectos de estas regiones son los focos dominantes International Journal of Eating disorders,
de nuestra preocupación? Cuánto se debe cambiar en 9, 457-461.
estas áreas antes de que percibamos la diferencia, y se
altere significativamente nuestra imagen corporal? Cash, T. & Psuzinsky,T (Eds.) (1990).
Body images.
Finalmente, si bien se han llevado a cabo varios New York: Guilford Press.
estudios transversales comparando poblaciones
activas y no activas, ha habido muy pocos estudios Cash, T.F., Grant, J.R., Shovlin, J.M., & Lewis, R.J.
longitudinales sobre el efecto del ejercicio, las (1992).
intervenciones alimentarias, y los cambios en la Are innacusacies in self-reported weight
composición corporal sobre la imagen corporal. Los motivated distortions?
datos longitudinales serían importantes para establecer
Perceptual and Motor Skills, 74, 209-210.
si las incongruencias en la imagen corporal preceden a
la práctica del ejercicio en forma regular, y si las
mismas se exacerban o se reducen con el ejercicio. Cash T., Winstead, B., & Janda, L. (1986, April).
The great American shape-up.
Respuesta sobre la Figura 2: «La figura de la Psychology Today, 30-37.
derecha corresponde a un BMI de 26, y la figura del
medio a un BMI de 25».

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CAPÍTULO 10

ERGONOMIA: APLICACIÓN DE LA
ANTROPOMETRIA AL DISEÑO DEL LUGAR DE
TRABAJO
Kamal Kotbiyal

1. INTRODUCCION En la Figura 1 se muestra un modelo simple de


interacción entre los seres humanos, las máquinas, y el
La ergonomía es la ciencia que nos permite diseñar medio ambiente. Una persona interactúa con las
estaciones de trabajo, procesos, y productos que los máquinas en dos puntos: en los controles y en las
seres humanos puedan utilizar eficientemente, muestras o resultados. En los controles, la persona
fácilmente, y de forma segura. La ergonomía asegura pasa la información a la máquina, y en las muestras o
que los usuarios sean el centro de todas las actividades resultados, la máquina pasa la información a la
de diseño. El enfoque centrado en el ser humano persona. Por lo tanto, se establece un flujo cíe
considera la información sobre sus capacidades información. Factores ambientales tales como la
físicas, fisiológicas, y mentales; y sus limitaciones, iluminación, el «stress» térmico, el ruido, etc. afectan
para diseñar cosas para el Liso humano. "También el flujo de información entre la persona y las
tiene en cuenta las características de comportamiento, máquinas. La ergonomía busca optimizar el
sociales, y culturales de los usuarios. La ergonomía funcionamiento cae esta corriente de información.
es, de hecho, la ciencia fundamental del diseño.
En la literatura, el término factores humanos o
La Asociación Internacional de Ergonomía define esta ingeniería de los factores humanos es utilizado
ciencia como: frecuentemente. Ergonomía y factores humanos
(ingeniería) significan esencialmente lo mismo - es
El estudio de los aspectos anatómicos, fisiológicos, y decir, diseño para el uso humano. Sin embargo, a
psicológicos de los seres humanos en el ámbito de muchos investigadores les gusta hacer una distinción
trabajo. Se preocupa por optimizar la eficiencia, la sutil entre los dos términos -los factores humanos
salud, la seguridad, y el confort de las personas en el enfatizan las características psicológicas (o
trabajo, en la casa, y en los ambientes de recreación.
Esto, por lo general, requiere el estudio de los cognitivas), mientras que la ergonomía pone énfasis
sistemas en los cuales interactúan seres humanos, en los aspectos fisiológicos del usuario.
máquinas, y medio ambiente, con el fin ele adecuar la
tarea a las personas.

FIGURA 1. Interacción ser humano-máquina-medio ambiente.


Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

2. LA ANTROPOMETRIA EN LA ERGONOMIA hecho, debernos considerar al ser humano-trabajo-


medio ambiente (ver Figura 1) como un sistema en el
La Antropometría - ciencia de las mediciones de los cual cada uno interactúa con los otros, para lograr las
seres humanos -es de vital importancia para la metas y objetivos estipulados. En este capítulo, nos
ergonomía. La antropometría descubre las relaciones dedicaremos principalmente a los temas relacionados
entre las distintas dimensiones corporales, copio la con el diseño del lugar de trabajo sobre el cual la
longitud del antebrazo y la estatura. Estas relaciones antropometría tiene una directa relación.
pueden ser utilizadas para el diseño o evaluación de
los productos. La aplicación sistemática de la Hay muchas preguntas que necesitan ser consideradas
antropometría puede minimizar la necesidad de que al diseñar el lugar de trabajo. Qué tipos de datos son
las personas se adapten a situaciones laborales útiles para el diseño laboral? Cómo deberíamos
desfavorables, lo que a su vez reducirá el «stress» utilizar los datos antropométricos? Deberían estar
músculo-esquelético sobre el cuerpo. La diseñados los lugares de trabajo para la persona
antropometría nos permite desarrollar normas y promedio? La lista no es concluyente y pueden
requisitos específicos (bancos de referencia) contra los agregarse más preguntas a la misma. En este capítulo,
cuales un producto, máquina, herramienta, o pieza de intentaremos obtener respuestas a algunas de estas
algún equipo puede ser evaluada para asegurar su preguntas.
adecuancia para la población usuaria (Roebuck,
Kroemer, Thompson, 1975). 2.2 Datos antropométricos

2.1 La Antropometría y el diseño del lugar de Los datos antropométricos de los seres humanos
trabajo pueden dividirse en dos categorías principales:
• datos estáticos o estructurales, y
El lugar de trabajo es donde realizamos nuestra tarea u • datos funcionales (dinámicos)
oficio. El trabajo podría consistir en tareas simples
como empacar botellas de shampoo en una caja, armar 2.2.1 Datos estáticos o estructurales
un circuito electrónico para un TV color, palpar o
manipular huesos o músculos de un paciente, dar Los datos antropométricos o estructurales están
suelta a un paciente en la cama, o preparar una taza de estrechamente relacionados con las estructuras
té. O el mismo podría consistir en tareas complejas, corporales rígidas como las extremidades (parte
tales como volar en una nave espacial, procesar el superior del brazo, antebrazo, piernas, etc.). Los
control en una planta química o nuclear, tocar un segmentos óseos, conectados entre sí por las
piano, pintar una obra de arte, o realizar una delicada articulaciones, aportan la estructura corporal firme. Se
operación en el cerebro. Cualquiera sea la naturaleza identifican puntos o marcas de referencia sobre los
de la tarea, sea simple o compleja, el diseño del lugar huesos y se realizan mediciones entre puntos de
(le trabajo debería ser tal que la persona no tenga, por referencia.
ejemplo, que ejercer irás fuerza de la necesaria o
adoptar posturas incómodas que pudieran afectar sus Las mediciones estáticas normalmente son realizadas
habilidades de manipulación: En otras palabras, el en posturas normatizadas, de parado o sentado. La
lugar de trabajo debería ser óptimo para la persona y posición ~standard,~ de parado requiere que la
la tarea. persona se pare erecta con ambos pies juntos, mirando
derecho hacia adelante, y los brazos colgando
2.1.1 Diseño óptimo del lugar de trabajo relajados a los costados. La cabeza se ubica en el
plano de Frankfort (ver Capítulo 2). En la posición de
Para crear un lugar óptimo de trabajo para la tarea y la sentado, la persona tiene que sentarse en un asiento
persona, necesitamos tener en cuenta las horizontal rígido, con el tronco derecho, la cabeza en
características antropométricas del ser humano en el el plano de Frankfort, los brazos colgando
proceso del diseño. Al mismo tiempo, no deberíamos verticalmente hacia abajo, y el antebrazo en posición
negar las condiciones ambientales, tales como la horizontal. Además, ambos pies deben descansar
iluminación, los ruidos, las vibraciones, y el confort cómodamente en el piso. Para ello, se puede necesitar
térmico, bajo las cuales se lleva a cabo la tarea. una silla ajustable.
Tampoco debernos ignorar los aspectos cognitivos del Se debería destacar que dado que la medición y
trabajo, en las consideraciones sobre el diseño. De recolección ele datos antropométricos es costosa y

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

lleva tiempo, se debe poner cuidado en seguir


estrictamente las normas o «standars» de evaluación.

Medición Descripción
Una línea recta, medición punto a punto, normalmente tomada desde el piso con el sujeto parado, o desde la
Estatura
superficie horizontal en la cual el sujeto se sienta.
Diámetro Una línea recta, medición horizontal punto a punto, en el plano frontal.
Profundidad Una línea recta, medición horizontal punto a punto, en el plano sagital.
Distancia Una línea recta, medición punto a punto, entre marcas anatómicas.
Circunferencia Una medición cerrada siguiendo un contorno corporal.
Curvatura Una medición punto a punto siguiendo el contorno, normalmente no circular.
TABLA 1. Tipos de mediciones de interés para el diseño del lugar de trabajo (de Kroemer, Kroerner, & Kroemer-Elbert, 1990)

Dimensión corporal Hombres Mujeres


Media (cm) DS (cm) Media (em) DS (cm)
1. Estatura 174.6 7.0 161.0 6.2
2. Altura hasta el ojo 163.0 6.9 150.5 6.1
3. Altura hasta el hombro 142.5 6.6 131 .0 5.8
4. Altura hasta el codo 109.0 5.2 100.5 4.6
5. Altura hasta los nudillos 75.5 4.1 72.0 3.6
6. Altura sentado 91.0 1.6 85.0 3.5
7. Altura sentado, hasta el ojo 79.0 35 74.0 3.3
8. Altura sentado, hasta el hombro 59.:5 32 55.5 3.1
9. Altura sentado, hasta el codo 24.5 3.1 23.5 2.9
10. Grosor del muslo 16.0 1.5 15.5 1.7
11. Longitud glúteo-rodilla 59.5 3.1 57.0 3.0
12. Longitud glúteo-póplítea 49.5' 3.2 48'.0 3.0
13. Altura hasta la rodilla 54.5 3.2 50.0 2.7
14. Altura hasta el hueco poplíteo 44.0- 2.9 40.0 2.7
15. Diámetro de hombro (bideltoides) 46.5 2.8 39.5 2.4
16. Diámetro de cadera 36.0 2.9 37.0 3.8
17. Profundidad del tórax (busto) 25.0 2.2 25.0 2.7
18. Profundidad abdominal 27.0 3.2 25.0 3.0
19. Envergadura 179.0 8.3 160.5 7.1
20. Diámetro de la cabeza 15.5 6.0 14.5 6.0
21 . Longitud de la mano 19.0 1 .0 17.5 9.0
22. Longitud de hombro al codo 36.5 2.0 33.0 7.0
23. Longitud codo-punta de los dedos 47.5 2.1 43.0 1.9
24. Extensión vertical, asido (parado) 206.0' 8.0 190.5 7.1
25. Extensión vertical asido(sentado) 124.5 6.0 115.0 5.3
26. Extensión hacia adelante asido 78.0 3.4 70.5 3.1
(desde la parte posterior del hombro)
TABLA 2. Datos antropométricos de la población británica adulta (19-65 años) (de Pheasant, 1986).

De este modo, puede asegurase que los datos Se pueden medir distintos tipos de dimensiones
obtenidos por diferentes investigadores individuales y estáticas o estructurales. La Tabla 1 enumera algunos
en distintos grupos étnicos y ocupacionales puedan de los tipos de medición que son de interés para
ser comparados y utilizados para el diseño. diseño del lugar de trabajo. Se han llevado a cabo
algunos estudios antropométricos con el fin de
preparar tablas de datos estructurales que puedan ser

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

utilizadas por los diseñadores (NASA, 1978; Gordon os datos disponibles para el diseño de los lugares de
y cols., 1989; Pheasant, 1986). En algunos de estos trabajo y de los productos para el consumidor se ve
estudios se han obtenido varios cientos de algo limitada. La Tabla 2 presenta algunos datos
dimensiones corporales (NASA, 1978). Sin embargo, antropométricos seleccionados en la población
la mayoría de estos datos no son obtenidos a partir de británica. Debido a que los ergónomos utilizan
la población general, sino de distintas poblaciones distintas mediciones y diferentes marcas anatómicas
especiales tales como militares, pilotos de la fuerza que otros grupos relacionados con la antropometría,
aérea, trabajadores en industrias específicas, y la Tabla 3 brinda una descripción de los sitios de
estudiantes universitarios. Por lo tanto, la utilidad de medición para los datos de la Tabla 2.

Dimensión corporal Descripción


1. Estatura Altura desde el piso hasta el vértex, normalmente no en extensión
2. Altura hasta el ojo Desde el piso, hasta el ángulo interno del ojo
3. Altura hasta el hombro Desde el piso hasta el punto acromial.
4. Altura hasta el codo Desde el piso hasta el punto radial.
5. Altura hasta los nudillos Desde el piso hasta el tercer metacarpiano
6. Altura sentado Desde la superficie de sentado hasta el vértex
7. Altura sentado hasta el ojo Desde la superficie de sentado hasta el ángulo interno del ojo.
8. Altura sentado hasta el hombro Desde la superficie de sentado hasta el punto acromial.
9.Altura sentado hasta el codo Desde la superficie de sentado hasta la cara inferior del codo.
10. Grosor del muslo Desde la superficie de sentado hasta la parte superior del tejido blando del muslo
(sin compresión), en su punto más grueso.
11. Longitud glúteo-rodilla Distancia horizontal desde la parte superior del glúteo (sin compresión), hasta la
cara anterior de la rodilla.
12. Longitud glúteo-poplíteo Distancia horizontal desde la parte posterior de los glúteos (sin compresión) hasta la
parte posterior del ángulo poplíteo (donde la parte posterior de las piernas se
encuentra con la parte inferior del muslo).
13. Altura hasta la rodilla Distancia vertical desde el piso hasta la superficie superior de la rodilla,
normalmente hasta el cuádriceps.
14. Altura hasta el ángulo poplíteo. Distancia vertical desde el piso hasta el ángulo poplíteo.
15. Diámetro del hombro (bideltoides) Diámetro bideltoides.
16. Diámetro de cadera Distancia máxima entre caderas, en la posición sentado. (Nota: no es el diámetro bi-
iliocrestídeo)
17. Profundidad del tórax (busto) Distancia máxima horizontal, desde el plano de referencia vertical, hasta el frente
del tórax en los hombres, o los pechos en las mujeres. (Nota: no es el diámetro A-P
del tórax.
18. Profundidad abdominal Máxima distancia horizontal, desde el plano de referencia vertical, hasta el frente
del abdomen en la posición sentado.
19. Envergadura La máxima distancia horizontal entre las puntas de los dedos, cuando ambos brazos
están estirados hacia los costados.
20. Diámetro de la cabeza Diámetro máximo de la cabeza por sobre el nivel de las orejas.
21. Longitud de la cabeza Distancia entre la glabela y el occipucio.
22. Longitud hombro a codo Distancia desde el acromial hasta la parte inferior del codo, en la posición
«standard» de sentado.
23. Longitud codo-punta de los dedos Distancia desde la cara posterior del codo hasta la punta del dedo meñique, en la
posición «standard» de sentado.
24. Extensión vertical asido (parado) Distancia desde el piso hasta el centro de un rodillo cilíndrico; el individuo
totalmente tomado con la palma de la mano cuando el brazo es elevado
verticalmente por sobre la cabeza, en la posición de parado.
25. Extensión vertical asido (sentado) Distancia desde el piso hasta el centro de un rodillo cilíndrico; el individuo
totalmente tomado con la palma de la mano cuando el brazo es elevado
verticalmente por sobre la cabeza, en la posición de sentado.
26. Extensión hacia adelante asido Distancia desde la curvatura del hombro (desde la parte posterior del hasta el centro
de un rodillo hombro) cilíndrico; totalmente tomado con la palma de la mano
cuando el brazo es elevado horizontalmente en la posición de sentado
TABLA 3. Definiciones de las variables antropométricas utilizadas en la Tabla 2 (adaptado de Pheasant, 1986, pp. 72-81).

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2.2.2 Datos dinámicos o funcionales 2.2.3 Fuentes de variabilidad antropométrica

Para poder realizar una tarea, el trabajador interactúa Debe destacarse que las dimensiones estructurales (y,
dinámicamente con su lugar de trabajo. De acuerdo a por lo tanto funcionales) están influidas por distintos
la naturaleza del mismo, el traba ¡actor tendrá factores tales como la edad, el sexo, la ocupación, las
constantemente que adoptar o corregir la postura, de condiciones ambientales, y el grupo étnico.
manera de poder llegar a la tecla de control, tomar una
herramienta, aplicar fuerza, hacer un contacto visual En el proceso de crecimiento normal, la mayoría de
con una persona, o mover cosas alrededor del lugar. las dimensiones corporales del ser humano atraviesan
La naturaleza dinámica ale la interacción entre el ser una serie de cambios. Lleva cerca de 20 años alcanzar
humano y el lugar de trabajo tiene implicancias la estatura máxima. Varias longitudes corporales,
importantes para el diseño del espacio. Hace necesario perímetros, y profundidades también se estabilizan en
que los datos, sobre las distintas dimensiones la etapa de madurez. Sin embargo, el proceso normal
corporales utilizadas para el diseño de los lugares de de envejecimiento continúa y afecta los tejidos
trabajo, sean determinados en las condiciones biológicos, lo que resulta en cambios tales como la
laborales reales. Este tipo de datos, llamados datos reducción en la estatura debido al aplastamiento de los
antropométricos dinámicos o funcionales, se discos vertebrales, y una disminución en la fuerza
relacionan con las condiciones en las cuales se realiza muscular y otras capacidades.
el trabajo. Se debe resaltar que estos datos no se
deberían utilizar si se cambian las condiciones Los hombres y las mujeres, en general, difieren en las
laborales. Por ejemplo, los datos sobre el alcance de dimensiones corporales. Por ejemplo, la estatura
un conductor ajustado al asiento por el cinturón de media es mayor en los hombres, el diámetro de cadera
seguridad no deberían ser utilizados para determinar es mayor en las mujeres. En muchas dimensiones no
el valor ale diseño para un operador cae máquinas que se observan diferencias significativas entre ambos
se mueve libremente. sexos. Por lo tanto, un diseñador no debería hacer
generalizaciones acerca de los cuerpos masculinos y
Los datos funcionales o dinámicos dependen de la femeninos, y debería considerar cada dimensión ele
interacción entre las distintas partes corporales diseño en forma separada.
involucradas en la actividad. La postura de la persona
en el trabajo es un criterio importante en los datos El mundo de hoy está atravesando tremendos cambios
dinámicos. Por ejemplo, si estás tratando de llegar a socio-económicos y políticos, resultante en una
una caja en una cinta transportadora en movimiento en migración, siempre en aumento, de personas. La
frente del banco de trabajo, te podrías inclinar y migración ocurre no sólo entre países sino también
extender completamente los brazos para aumentar el internamente dentro de un mismo país. Las personas
alcance. De aranera similar, un lector en la biblioteca pueden moverse de una provincia a otra por distintas
podría pararse en puntas de pie para poder llegar a un razones sociales, ambientales, o económicas. Por lo
libro que está en las estanterías superiores. Con tanto, las poblaciones de los países no pueden
frecuencia, los jugadores de básquetbol aumentan su considerarse homogéneas. Los lugares de trabajo
alcance funcional a través de los saltos. Por el industriales, de servicio, y otros, ahora tienen
contrario, el alcance de una persona puede verse poblaciones mixtas, no sólo en tipo de sexo sino
limitado a través de la restricción del movimiento también en grupos étnicos (caucásicos; asiáticos, etc.).
corporal, por ejemplo, por el cinturón de seguridad en
el automovilista (Bullock, 1974). La heterogeneidad poblacional es de gran importancia
para las consideraciones antropométricas en el diseño
Al contrario de lo que ocurre con los datos estáticos, de los lugares de trabajo y productos al consumidor.
no existen tablas de datos funcionales fácilmente Por ejemplo, se ha observado que las proporciones
disponibles para que sean utilizadas por los corporales de las personas con diferentes orígenes
diseñadores. Por lo tanto, los diseñadores tienen que étnicos son diferentes. Los negros africanos tienen
coordinar sus procesos de fabricación con ergónomos proporcionalmente extremidades inferiores más largas
que puedan planificar estudios para recolectar los que la población blanca europea. Las personas que
datos necesarios. pertenecen a poblaciones chinas, japonesas,
indonesias, y vietnamitas tienen proporcionalmente
extremidades inferiores más cortas que los europeos.
Por lo tanto, los lugares de trabajo y las comodidades
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

no pueden ser utilizadas fácil y eficientemente por 2.3 La utilizando los datos antropométricos
todos los miembros de la población debido a estas
variaciones. Como mencionamos anteriormente, existen diversas
La ocupación ejerce una influencia considerable sobre fuentes de datos antropométricos disponibles a los
las características antropométricas de la población en diseñadores. Sin embargo, es importante mencionar
ese grupo. Por ejemplo, las personas en las fuerzas algunas características importantes de los datos, antes
armadas por lo general son más altas, los colectiveros de describir un procedimiento para utilizar los datos
y conductores tienen perímetros más grandes, los
oficinistas tienen una menor fuerza física que los antropométricos.
trabajadores manuales (por ej., en la industria de la • Los datos antropométricos se observa que están
construcción, los jugadores de básquetbol son más normalmente distribuidos en la mayoría de las
altos, etc). Estas variaciones pueden deberse ya sea a dimensiones corporales. La implicancia
un criterio de selección deliberado, selección por importante de este hecho es que podemos aplicar
prejuicio o selección natural. Por lo tanto, debemos los procedimientos estadísticos usuales para
ser cuidadosos al seleccionar una serie de datos para manipular y analizar los datos que se adecuen al
una aplicación tal como el diseño del lugar de trabajo. propósito del diseño. Sólo necesitamos conocer
la media (X) y el desvío standard (s) de las
También pueden producirse cambios antropométricos dimensiones corporales.
debido a una mejoría en la nutrición, dieta, reducción
de enfermedades infecciosas, urbanización, actividad Se sabe que algunas dimensiones son más variables
física, matrimonios entre comunidades, etc. Los que otras. La variabilidad de una dimensión está
efectos de estos factores normalmente son observados expresada en términos del coeficiente de variación
en el transcurso de un largo período de tiempo, (CV). El CV, expresado como porcentaje, se obtiene
usualmente en varias décadas. Por ejemplo, hay más dividiendo el desvío standard (s) por la media, y
personas mayores en nuestras poblaciones ahora que multiplicando por 100:
en cualquier otro momento de nuestra historia. Los
proyectos de largo alcance como edificios, facilidades
en la comunidad, etc., necesitarán considerar estos s
CV = × 100
cambios en su diseño. Χ
Factores ambientales tales como una gran altura, Las longitudes corporales tales como la estatura, la
climas fríos, presión atmosférica, cte., también pueden
altura hasta el codo, la longitud (le la pierna, etc.
afectar las dimensiones antropométricas. La
exposición a bajas presiones puede, por ejemplo, tienen menor variabilidad (CV = 3-5 %) que los
provocar inflamación en las articulaciones o diámetros corporales (cadera, hombro, etc.), o que las
extremidades, lo cual en cambio podría reducir la profundidades (tórax, abdomen, etc.), las que tienen
movilidad y el rango de movimiento de una un CV en el rango del 5-9 %.
articulación. Los viajes espaciales o por lugares de • La correlación entre dimensiones corporales
gran altura también podrían producir cambios en las varía ampliamente. Algunas dimensione
dimensiones corporales, por ejemplo, la longitud de la corporales (estatura y altura hasta los ojos,
columna podría aumentar, en el viaje espacial, debido estatura y altura hasta el poplíteo) tienen una
a los efectos anti-gravitatorios. alta correlación, mientras que otras, como por
ejemplo el peso y la altura, tiene una pobre
Si bien hoy tenemos más información antropométrica relación.
que hace una década atrás, aún la calidad de los datos
deja mucho que desear. Los datos actualmente El uso de datos antropométricos para el diseño de los
disponibles son hi-dimensionales, es decir, lugares (le trabajo, máquinas, equipos y productos
debería proseguir en una forma sistemática para lograr
mediciones realizadas en un plano definido. Es los mejores resultados. continuación se presenta un
necesario aportar coordenadas tri-dimensionales de procedimiento paso a paso:
los puntos o marcadores de referencia en el cuerpo, en
un sistema global de coordenadas de manera que se Paso l
puedan obtener valores exactos de la dimensión en el Seleccionar la población usuaria. Esto significa
espacio (Kroemer y cols., 1994). Para poder recolectar esencialmente determinar el sexo (hombre mujeres, o
tales datos necesitamos tener fácil acceso a una ambos), la edad (niños, adultos jóvenes, ancianos), la
instrumentación sofisticada y a las técnicas necesarias ocupación, la nacionalidad o los aspectos étnicos y
para recolectar los datos. culturales.

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Paso 2 supermercados, etc. Sin embargo, debe destacarse que


Determinar qué dimensiones corporales son la «persona promedio» es una cosa imaginaria que
necesarias para el diseño. Las variables existe solamente en la mente del diseñador. En la vida
antropométricas podrían incluir la estatura, el alcance real, es imposible encontrar una persona que tenga
hacia adelante, diámetro de cadera, perímetro de todas las dimensiones corporales promedio. Además,
cabeza, etc. Por ejemplo, el diseño para una estación el diseño basado en la persona «promedio,» (percentil
de computadora podría requerir las alturas poplíteas, 50%) pondrá en desventaja al menos al 50 % de la
hasta el codo, y hasta la rodilla. Para el diseño de un población usuaria.
panel de control, el alcance hacia adelante podría ser
un dato necesario. Luego, en este paso deber El percentil es un valor de la dimensión tal que cierto
controlarse si todos los datos relevantes están porcentaje (le personas están en, o por debajo de ese
disponibles. Si falta algún dato se deberían tomar los valor. Por ejemplo, el percentil 95%, representa un
recaudos para conseguirlos. Los datos faltantes valor tal que el 95 por ciento (le las personas en la
pueden obtenerse de dos formas Pueden ser estimados población están en, o por debajo de ese valor. Para
a partir de la información existente usando un calcular el valor (X) correspondiente a un
procedimiento estadístico (descripto posteriormente), determinado percentil, para una dimensión
o pueden determinarse experimentalmente llevando a seleccionada, necesitamos sumar o restar a la media
cabo mediciones en una muestra representativa de la un valor obtenido multiplicando el desvío standard
población usuaria. por un factor p que se puede seleccionar a partir de la
tabla Estadística 4. Es decir:
Paso 3
Determinar los límites del diseño. Los límites x =× s x p
dependen del criterio de diseño. El criterio n debería
ser general, sino específico. No es bueno decir que el
asiento debería ser cómodo Los criterios deberían ser Percentil Valor p
expresados en términos de dimensiones corporales
específicas. I ejemplo, si todas las personas que 2.5 -1.96
trabajan en la oficina deben poder alcanzar cosas que 5.0 -1.64
están en la estantería de arriba, el criterio de diseño en 10.0 -1.28
términos de dimensión corporal en alcance vertical
50.0 0.00
con agarre. El límite del diseño para este caso
entonces estará establecido la persona más baja en la 90.0 1.28
oficina. Por el contrario, si el propósito del diseño es 95.0 1.64
que todas personas que vienen a ver una ópera puedan
entrar al teatro sin agachar sus cabezas, el límite estará 97.5 1.96
establecido por la persona más alta en la población TABLA 4. Valores para distintos percentiles
usuaria. Este método, normalmente, se conoce como -
diseños para los extremos» (Kantowitz & Sorkin, Donde, p es una constante para el percentil (Tabla 4).
1983). Por ejemplo, para calcular el percentil 95 para la
estatura de los hombres británicos, tenemos (de la
A veces es aconsejable establecer un rango de valores Tabla 2):
como límites del diseño (diseño para: rango
ajustable). En este caso, el diseño debería incorporar × (174.0 cm) + s (7.0 cm) x p (1.64) = 185.5 cm
un ajuste en la dimensión requerida. Por ejemplo,
ahora las sillas (le oficina están diseñadas con un Una pregunta que a menudo se les hace a los
asiento con altura ajustable. Los diseños ajustables diseñadores es qué cantidad de la población usuaria
normalmente son más costosos, pero la aceptación del debería ser acomodada en el diseño. En la vida real,
usuario es mayor. no todos los individuos en la población usuaria
pueden ser satisfechos, ya que el costo de tal diseño
Un método todavía común y popular entre los sería prohibitivo desde el punto de vista comercial.
diseñadores es establecer el límite para la «persona Factores técnicos tales como la técnica de fabricación
promedio» (diseño para la medía). Ejemplos de este y la tecnología también pueden determinar el rango de
método se pueden observar en los diseños de asientos acomodación. En aplicaciones ergonómicas,
del transporte público, mostradores en los normalmente, se intenta satisfacer al 90-95 % de la

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

población. Sin embargo, en situaciones específicas, el promedio entre el hombro y la punta de los dedos en
100% de la población debe ser acomodada, sin los hombres, podemos sumar la altura desde el
importar cuál podría ser el costo. Un ejemplo es la hombro al codo (Dimensión 22) y la altura desde el
seguridad de las maquinarias en los lugares (le codo hasta la punta (le los dedos (Dimensión 23). Es
trabajo. Como el riesgo de lesiones graves es decir:
extremadamente alto, todas las personas que podrían
directa o indirectamente utilizar la maquinaria debe hombro hasta punta de los dedos
permanecer alejada de los puntos de peligro, tales
como ejes rotadores, motores eléctricos, y (×) = × 22 + × 23 36.5 + 47.5 = 84 cm
herramientas cortantes.
Para calcular un percentil a partir del valor promedio,
Paso 4 necesitamos conocer el desvío standard de la altura
desde los hombros hasta la punta de los dedos. Esto se
Fabricar un modelo del tamaño real. Este es un paso puede calcular utilizando el coeficiente de variación,
fundamental en el proceso de diseño y es útil para para diversas clases de dimensiones corporales. En
revelar fallas en el mismo. Los modelos de los este caso, el CV para longitudes corporales cortas
equipos o de las facilidades pueden construirse con resulta ser de 8.8%. Por lo tanto, el desvío standard de
materiales económicos como cartón, goma espuma, la longitud hombro-punta de dedos sería
madera, o plástico. La construcción puede ser
temporaria de manera que pueda alterarse fácilmente, CV × Χ 8.8 × 84
si es necesario. Las pruebas con los modelos deberían s= = = 7.39cm
incluir condiciones de la vida real, es decir, tareas, 100 100
usuarios, y condiciones representativas, de modo que
cuando se manufacture el producto final funcione Ahora, si necesitamos el valor del percentil 95% para
como es de esperar. Si las pruebas con las muestras la longitud del hombro a la punta de los dedos,
revelan cualquier problema, debería repetirse el podemos calcularlo de la siguiente manera:
proceso de diseño hasta que se obtenga un producto
aceptable. Xpercentil 95 × + s x 1.64 = 84 + 7.4 x 1.64 = 96.2 cm

2.3.1 Cómo estimar los datos faltantes 2.3.2 Ejemplos

Es bastante frecuente que las tablas de datos Ejemplo 1: La altura máxima de una estantería de
antropométricos no contengan mediciones de todas las almacenaje en una oficina
dimensiones corporales. A menudo, los datos
antropométricos son recolectados con aplicaciones La altura máxima de una estantería de almacenaje
específicas en mente, tales como la ropa o equipo debería ser tal que todos los usuarios de la oficina
militar. Por lo tanto, se recolectan solamente los datos puedan alcanzar los elementos guardados sin levantar
necesarios. No es extraño encontrar muchos datos su brazo por encima del nivel de los hombros. Por lo
faltantes necesarios para algún otro propósito. Por tanto, la altura de la estantería estará determinada por
ejemplo, la Tabla 2 no contiene datos sobre la altura la persona con la menor altura, de parado hasta los
desde el hombro hasta la punta de los dedos. hombros. Supongamos que entre los usuarios en la
oficina se encuentran hombres y mujeres. Como las
Para obtener estos datos faltantes, se pueden utilizar mujeres, en promedio, tienen una menor altura hasta
dos métodos. Uno es llevar a cabo un estudio los hombros, consideraremos la mujer más baja en la
antropométrico para medir la dimensión requerida. oficina. También consideremos, para los fines de este
Esto no siempre puede ser posible debido a ejercicio, que todos los usuarios son británicos, para
restricciones de tipo económicas o técnicas. El otro quienes los datos antropométricos están dados en la
método es de naturaleza estadística. El principio Tabla 2. Utilizando los valores de la media y del
básico es pensar en la dimensión requerida en desvío standard para las mujeres, a partir de la Tabla
términos de otras dimensiones sobre las cuales ya 2, y el correspondiente valor de p a partir de la Tabla
tenemos datos. De acuerdo a principios estadísticos 3, el 5to. percentil para la altura hasta los hombros es,
los valores medios de dos dimensiones pueden
sumarse o restarse para obtener el valor medio de la X 5to percentil = 131 – 5.8 x 1.64 = 121.5 cm
tercera dimensión. Por ejemplo, para estimar la altura

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Por lo tanto, el nivel más alto de la repisa en la oficina 3.1 El trabajo sentado
no debería exceder los 121.5 cm.
Una consideración importante en el diseño del lugar
Ejemplo 2: Altura del asiento de la silla para el de trabajo para el operador sentado es que todos los
trabajo en la oficina elementos utilizados para la tarea, tales como
herramientas, materiales, controles, etc., estén a un
Las sillas en la oficina son utilizadas tanto por alcance fácil y cómodo para la persona. El espacio
hombres como por mujeres. Dada la mezcla dentro del cual una persona es capaz de llegar sin
multicultural de los empleados australianos en las estirarse o inclinarse está limitado por el alcance
oficinas, está claro que las sillas con altura fija no son funcional del brazo. La Figura 2 muestra la superficie
una buena idea. Es aconsejable proveer de sillas normal de alcance de un operador sentado. El espacio
ajustables. Por lo tanto, la altura del asiento de una laboral tri-dimensional, formado por el alcance del
silla de oficina es el caso de «diseños ajustables», brazo, esta influenciado por muchos factores tales
discutido anteriormente. Para determinar el rango de como la dirección de movimiento, la naturaleza de la
ajuste deberíamos considerar las personas más bajas tarea, la altura de trabajo y la ropa utilizada por el
(digamos una mujer china en el 5to. percentil) y las operador. La presencia de factores limitantes, tales
personas más altas (un hombre británico en el 95to. como elementos de seguridad o cinturón de seguridad
percentil). La altura del asiento debería ser tal que el que pueden prevenir el movimiento libre del cuerpo,
usuario pueda apoyar sus pies en el piso. Para ello, también afecta el alcance del brazo. El grado en el
consideraremos la altura poplítea como la dimensión cual el alcance del brazo está afectado por
adecuada para el diseño. La altura poplítea para la limitaciones depende del tipo de restricción (Gang,
mujer china en el 5to. percentil y para el hombre Bakhen, &, Saxena, 1982).
británico en el 95to. percentil puede estimarse en 32.5
cm y 49.0 cm, respectivamente. Por lo tanto, el rango El alcance normal también está influido por las
de ajuste para el asiento de la silla debería ser de 32.5 características personales (edad, sexo, grupo étnico,
a í8.8 cm. discapacidad, etc.) del operador. Para acomodar a la
mayoría de la población usuaria (normalmente el 95
%) se debería considerar para el propósito del diseño
3. DISEÑO DEL LUGAR DE TRABAJO el rango (le alcance de la persona en el Sto. percentil.
La lógica de ésto es que si la persona con la longitud
Como se mencionó anteriormente, el diseño del lugar de brazo más corta puede alcanzar un punto en el
de trabajo debería tener en cuenta la naturaleza de la espacio laboral, entonces todos los demás en la
actividad y las características personales del operador. población usuaria pueden llegar a ese punto.
También debería considerar si la actividad será
realizada en posiciones de sentado o de parado, ya
cine esto influirá en los requerimientos del lugar de
trabajo. La decisión sobre si el trabajo debería
realizarse sentado o parado depende de distintos
factores, entre los cuales son importantes el tipo,
duración, intensidad, repetitividad y requerimiento de
destrezas de la actividad, y la variabilidad de tareas
(Eastman Kodak, 1983). Por lo general, si el trabajo se
va a desarrollar durante períodos extensos de tiempo,
requiere bajo costo fisiológico (el trabajo es suave) y
demanda manipulaciones finas, se prefiere un lugar de
trabajo sentado. Si el trabajo es intenso, requiere
frecuentes movimientos y es de corta duración, se
recomienda trabajar parado. Es preferible un lugar de
trabajo sentado/parado si las tareas pueden ser FIGURAS 2a y 2b. Superficie normal de alcance del brazo
realizadas en posiciones, ya sea de parado o sentado. izquierdo de un operador sentado.

La capacidad de alcance de una persona sentada puede


aumentarse inclinando o estirando el cuerpo.
Ocasionalmente ésto se puede permitir, pero en el
trabajo normal se debería evitar, en la medida de las

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posibilidades. Es importante mencionar que la articulaciones del codo y hombro estén en posiciones
elongación o inclinación frecuentes pueden perjudicar neutras (relajadas). Esto implica que el ángulo de la
al cuerpo. Además, podría crear problemas de articulación del codo debería ser aproximadamente de
seguridad en el lugar de trabajo. Por ej., las 90 % (es decir, que el antebrazo esté paralelo a la
inclinaciones o estiramientos extremos pueden hacer superficie de trabajo) y que la parte superior del brazo
que una persona pierda el equilibrio, especialmente si esté verticalmente hacia abajo. En otras palabras, el
está llevando una carga en las manos. La capacidad de trabajo debería realizarse a la altura del codo. Sin
alcance hacia adelante depende de la altura de la embargo, se debería mencionar que la naturaleza de la
superficie de trabajo. La capacidad de alcance actividad determinará en última instancia la altura real
disminuirá a mayores alturas, ya que impedirá que la de trabajo. Por ejemplo, las investigaciones (Ayoub,
persona se incline completamente hacia adelante. 1973) indican que un trabajo de precisión (que implica
destreza) se realiza mejor a alturas por encima
3.1.1 Altura laboral para la persona sentada (aproximadamente 5 a 15 cm) de la altura del codo.
De forma similar, los trabajos que demandan una
La altura de trabajo es la altura a la cual se realiza la constante percepción visual (por ejemplo la
tarea. Esta altura, generalmente, depende de la inspección de partes y componentes), deberían ser
naturaleza del trabajo llevado a cabo por el operador. elevados para llevarlos cerca de los ojos. Por el
Sin embargo, las preferencias individuales también contrario, el trabajo que supone movimientos
pueden afectar la elección de la altura. Por lo tanto, repetitivos, como escribir a máquina, preferentemente
tanto la naturaleza de la actividad como las deberían llevarse a cabo a alturas levemente inferiores
preferencias individuales, deberían tenerse en cuenta a la altura del codo (Bex, 1971). Para poder establecer
al momento de determinar la altura óptima. la altura adecuada para la tarea, se debería diseñar un
Lugar de trabajo ajustable. La Tabla 5 resume las
Como el trabajo sentado involucra principalmente a recomendaciones referentes a las alturas de las
manos y brazos, la altura debería ser tal que las superficies de trabajo para las tareas sentadas.

Tipo de actividad Hombres (cm) Mujeres (cm)

Trabajos de precisión (Ayoub, 1973) 89-94 82-87


Trabajos de ensamblado tino (Ayoub, 1973) 99-105 89-95
Lectura y escritura (Grandjean, 1988) 74-78 70-74

Rango ajustable para mesas de escribir (Grandjean, 1988) 60-70 60-70

Trabajos que requieren fuerza (Grandjean, 1988) 68 60


TABLA 5. Alturas de las superficies de trabajo para las tardas realizadas en posición sentado

Es importante mencionar que la altura de trabajo, y la 3.2 Diseño del lugar de trabajo para la persona
altura de la superficie de trabajo (mesa), no son las parada
mismas. La altura de la superficie de trabajo es
meramente la altura del banco o de la mesa, mientras El diseño del lugar de trabajo para la persona parada
que la altura de trabajo es la altura real a la cual se sigue similares principios de diseño que los aplicados
realiza la tarea. En muchos casos, la altura de la al trabajo sentado. El espacio tri-dimensional de
superficie y la altura de trabajo pueden ser las trabajo para el operador parado está determinado por
mismas (por ejemplo, en la escritura). En el caso de el alcance funcional del brazo. Las figuras 3a y 3b
una estación de computadora, la altura de la línea del muestran la superficie normal de alcance para una
medio del teclado es la altura promedio de trabajo y, mujer en el 5to. y 95to. percentil (E.E.U.U.). Dentro
por lo tanto, diferente de la altura de la mesa sobre la de este espacio laboral, una persona es capaz de
cual se apoya el teclado. En los lugares de trabajo llegar a cualquier punto sin estirarse, inclinarse, o
industrial, distintas guías y accesorios son utilizados doblarse. Si una persona parada tiene libertad para
para sostener las piezas de trabajo y, por lo tanto, la cambiar de posturas corporales, el alcance normal
altura de trabajo es diferente a la altura del banco. puede fácilmente aumentarse estirando, inclinando, o
doblando el cuerpo (Figuras 4a, 4b, y 4c).

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FIGURAS 3a y 3b. Superficie normal de alcance de una persona parada (Mujer, E.E.U.U.).

A doblando la espalda (vista lateral) B doblando la espalda (vista posterior C doblando la espalda, con un pie atrás (vista
lateral)
FIGURA 4a, 4b, Y 4c. Expansión del alcance parado (Mujer, E.E.U.U., 5to. Percentil)

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El alcance de parado, como el espacio de trabajo El área normal de trabajo está formada por el
sentado, está influenciado por características movimiento cómodo de barrido de la extremidad
personales (edad, sexo, grupo étnico, discapacidad, superior, alrededor de la articulación del hombro, con
etc.), la naturaleza de la tarea, los requerimientos de el codo flexionado a 90 %. En la Figura 5 muestra
vestimenta, y las limitaciones físicas. La altura de la estas dos áreas.
superficie de trabajo es un factor importante para El área normal de trabajo (ANT) permite que el
determinar el grado de alcance hacia adelante, que se movimiento de la mano se realice en una zona
puede lograr inclinándose. A medida que aumenta la conveniente, con gasto calórico normal. Ordenar todos
altura de la superficie de trabajo, la inclinación hacia los materiales, herramientas, y equipamiento dentro
adelante se ve restringida y, por lo tanto, disminuye el del área normal permite una mayor productividad a
alcance hacia adelante. La relación entre altura de la través de la maximización de la eficiencia a un
superficie de trabajo y la inclinación hacia adelante ha mínimo costo humano. Farley (1955) determinó el
sido utilizada para decidir la distancia de seguridad ANT, considerando el codo fijo durante el barrido
(Thompson, 1989) para mantener a las personas lejos realizado por el antebrazo extendido. Se suponía que
de los puntos de peligro, tales como partes rotatorias la parte superior del brazo permanecía al costado del
de las maquinarias, robots, y animales salvajes en el cuerpo en una posición natural. Squires (1956)
zoológico. El valor de la distancia «lejos del alcance» sostenía que durante el movimiento de barrido el codo
debería estar determinado por la persona en el no permanece fijo sino que se mueve fuera y hacia
percentil 99no. de la población. afuera del cuerpo. Por lo tanto, el camino desarrollado
por la mano sería un elongado epicicloide.
3.2.1 Altura laboral para la persona parada Das y Behara (1989) han extendido el concepto de
Squires para determinar el área normal de trabajo más
La altura óptima de trabajo para la tarea de parado allá de la mediana del cuerpo. Ellos han sugerido que
está influenciada por la naturaleza del trabajo y las el movimiento del codo hacia el cuerpo debería ser
considerado para determinar el ANT, más allá de la
preferencias personales. Como regla general, la altura mediana del cuerpo, ya que el vector antebrazo-mano
de trabajo debería fijarse cerca del nivel del codo. se mueve hacia la izquierda pasada la mediana.
Pero, de acuerdo al tipo de tarea realizada, la altura
real puede ser por encima o por debajo de la altura del No está de más decir que el trabajo debería
codo. Para un ensamblado liviano, para empaques y mantenerse dentro del área normal de trabajo ya que
tareas de escritura, la altura óptima será hay algunas posiciones que imponen menos «stress»
aproximadamente 10 a 15 cm por encima de la altura sobre el cuerpo que otras. Las disposiciones concretas
del codo. Para tareas que requieran fuerza, es dentro del ANT dependerán de la actividad llevada a
recomendable una altura 10 a 20 cm por debajo del cabo, y deberían determinarse a través de la
codo. Para poder acomodar la elección individual de experiencia. Además, antes de finalizar el
la altura de trabajo, se debería proveer de una mesa ordenamiento del lugar de trabajo se deberían aplicar
ajustable. los siguientes principios (Sanders & McCormick,
1992):
3.3 Arreglos dentro del área horizontal de trabajo • Principio de importancia - Los elementos más
importantes deberían estar en los lugares más
En el banco de trabajo, los materiales, las convenientes o accesibles.
herramientas, las piezas de trabajo, y otros elementos • Principio de frecuencia de uso - Los elementos
necesarios para la tarea, se deben mantener dentro de más frecuentemente utilizados deberían estar en
las zonas de alcance conveniente. Dentro de las zonas los lugares más convenientes o accesibles.
de alcance conveniente, en el plano horizontal, se • Principio de función - Los elementos
pueden distinguir dos tipos de áreas de trabajo: concernientes a funciones o acciones
• Area máxima de trabajo (AMT) estrechamente relacionadas, deberían agruparse
• Area normal de trabajo (ANT) juntos.
• Principio de secuencia de uso - Los elementos
que comúnmente se utilizan en secuencia
El área máxima de trabajo es la intersección entre la deberían agruparse juntos, y ordenarse de
zona de alcance conveniente y la superficie horizontal, manera que sean compatibles con esa secuencia.
tal como la mesa o el banco. El área máxima de
trabajo está formada por el barrido del brazo,
totalmente extendido y rotando alrededor del hombro.
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FIGURA 5. Areas de trabajo normal y máxima en el plano horizontal. (Adaptado de Sanders & McCormick, 1992, Fig. 13-11, p. 342).

4. BASES COMPUTADAS DE DATOS tamaños, y posturas. La forma humana puede ser


ANTROPOMETRICOS fácilmente movida alrededor de un lugar de trabajo
para evaluar el alcance y los requerimientos de visión,
A medida que las personas toman más conciencia de o puede manipularse para evaluar un producto. De ser
que la salud laboral y los problemas de seguridad, en necesario, pueden realizarse cambios en el diseño y se
los lugares de trabajo, no son sólo actos de Dios sino puede llevar a cabo rápidamente una nueva evaluación
que se clan por deficiencias en los diseños, los ergonómica. El proceso puede repetirse hasta que se
fabricantes y los diseñadores industriales están siendo logre el resultado deseado.
obligados a utilizar la ergonomía en los procesos de
diseño. Esto asegurará que el elemento humano sea Como se discutió anteriormente, todos los productos,
adecuadamente considerado en el diseño de productos procesos, y diseños de los lugares de trabajo deben ser
y lugares de trabajo. La fácil disponibilidad de evaluados ergonómicamente antes de proceder a la
tecnología computada, de bajo costo y altamente etapa de elaboración del prototipo. Por lo tanto, el uso
eficiente, ahora hace posible que los diseñadores de software para el diseño reduce la necesidad pruebas
utilicen la información ergonómica en las primeras con modelos frecuentemente costosas. Las pruebas
etapas del proceso de diseño. Se han desarrollado experimentales con modelos pueden llevarse a cabo
diversas aplicaciones de diseño ayudadas por la para decidir finalmente los parámetros para el diseño
computadora, y algunas están ahora disponibles para del prototipo. El uso de un «software» tiene, además
los usuarios en general (Tabla 6), las cuales tienen la de acelerar el proceso del diseño, distintas ventajas
facilidad de utilizar una «forma humana» para evaluar adicionales, tales como menor costo y facilidad de un
ergonómicamente un lugar de trabajo o el diseño (le diseño interactivo. Se está haciendo un rápido
un producto. La forma humana usada en estas progreso en el desarrollo de la versatilidad,
aplicaciones de «software» está basada, por lo flexibilidad, y menor costo. Es de esperar que en unos
general, en las bases de datos antropométricos pocos años, dichos programas se vuelvan accesibles
actualmente disponibles para distintas poblaciones, y para cualquier persona interesada en utilizarlos.
pueden manipularse para seleccionar distintas formas,

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Software» Referencia Comentarios


Rothwell (1985), Desarrollado por la Corporación Boeing de
BOEMAN América, en 1969, para evaluar la disposición de la
Dooley (1982) cabina de mando de un avión.
Rothwell (1985), Desarrollado por Rockwell International, E.EU.U.,
BUFORD para predecir el rango de alcance de un astronauta.
Dooley (1982)
Desarrollado por la Universidad de Daytona,
E.E.U.U, en 1973. Este modelo humano
biomecánico computado ha sido utilizado en el
COMBIMAN McDaniel (1976)
diseño y evaluación de los tripulantes de aviones
para la visión y el alcance de la mano.

Desarrollado por la Corporación Chrysler para


Rothwell (1985),
CYBERMAN evaluar los interiores1de los automóviles.
Dooley (1982)

'' Desarrollado por Gesellschaft fur Ingenieur-


Technik (GIT) mbH, Alemania, para el diseño y
FRANKY Elías y Lux (1986) evaluación de sistema de maquinarias par seres
humanos.

Este es un programa (le diseño y dibujo


ergonómico basado en PC que dibuja personas
(hombres/mujeres). Brinda diferentes vistas. La
persona puede caminar, inclinarse, ver, alcanzar, y
MANNEQUIN HUMANCAD (1991)
tomar objetos. También computa los torques de las
articulaciones. Disponibles para los usuarios en
general.

Un sistema basado en PC para evaluar lugares de


OSCAR Lippmann (1986)
trabajo simples
Sistema para la Ayuda en la Evaluación de la
Interacción entre el Hombre y la Máquina
(SAMMIE). Es utilizado para la evaluación
ergonómica de distintos lugares de trabajo y
SAMMIE Porter y Freer (1987)
productos. Se pueden desarrollar modelos
altamente complejos y realistas. Está disponible
para los usuarios en general.

Desarrollado en el Instituto de Salud Ocupacional,


Finlandia, para aportar el conocimiento
ERGOSHAPE Launis y Lehtela (1990) ergonómico para el diseño de los lugares de
trabajo.

TABLA 6. Lista din «softwares» para el diseño con ayuda computada, para la evaluación ergonómica.

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CAPÍTULO 11

ANTROPOMETRIA Y PERFORMANCE
DEPORTIVA
Kevin Norton, Tim Olds, Scott Olive, y Neil Craig

1. EL CONCEPTO DE OPTIMIZACION «final» resulta en lo que denominamos optimización


MORFOLOGICA morfológica.
Podemos obtener una descripción de las dimensiones
Con frecuencia nos preguntamos «Qué hace que un físicas de los deportistas a través de los perfiles
deportista triunfe?». La respuesta obviamente es antropométricos y luego evaluar la importancia
multifacética e incluye el énfasis en distintos factores relativa de estas dimensiones corporales, comparando
fisiológicos, biomecánicos, y características de las dos cosas. En primer lugar, podemos observar las
destreza dentro de los diferentes deportes. Las tendencias centrales (por ejemplo, el valor medio) de
dimensiones antropométricas del deportista, que la variable antropométrica en los deportistas y
reflejan la forma, proporcionalidad, y composición comparar ésto con otras poblaciones de referencia,
corporal, son variables que juegan un papel (a veces normalmente la población general, pero podría incluir
principal) en la determinación del triunfo en un la comparación con otros grupos de deportistas. Este
deporte elegido. análisis nos ayuda a cuantificar la importancia de las
estructuras corporales características, y a sugerir la
Se debe destacar que para responder a esta pregunta ventaja funcional para los deportistas en deportes
es esencial revisar los datos de los que han tenido los particulares. Cuanto más se asemeja la media del
mejores rendimientos (nivel mundial), ya que otras deporte a la media de la población, mayor será el
características que contribuyen al triunfo, además de «pool» o reserva potencial de deportistas de la cual
la antropometría (por ejemplo, el nivel de destrezas elegir.
adquiridas y la aptitud física), tenderán a ser óptimas
y similares entre los deportistas de élite. En cierto Sin embargo, también necesitamos considerar la
modo, ésto aísla a un grupo de deportistas que han dispersión de "scores" dentro del grupo deportivo en
alcanzado el pico de rendimiento y que tienen relación a la de la población general. Una forma de
similares historias de entrenamiento y atributos poder calcular la dispersión relativa de valores dentro
fisiológicos. Por lo tanto, si existe un tipo corporal de la muestra es utilizar la variancia (o desvío
ideal para un deporte en particular, sólo los standard) de valores con respecto al valor medio,
deportistas con esta forma ideal permanecerán en dado que realizamos suposiciones sobre la
forma competitiva. Por ello, en los deportes distribución general de "scores". Normalmente,
desarrollados, una morfología característica se necesitamos trabajar con grandes números para tener
presenta sola. Esto es particularmente cierto en los la certeza que la variancia en la muestra de nuestros
niveles profesionales, y aún más para aquellos que deportistas será similar a la variancia en toda la
sobresalen dentro de este subgrupo competitivo. En población deportiva bajo revisión. Las muestran
el proceso de optimización de las estructuras grandes hacen que sea más confiable la comparación
corporales adecuadas para los deportes habrá siempre entre la variancia de "scores" en la población
un gran número de «presiones de selección» sobre el deportiva y la variancia de la población general.
deportista. Las formas corporales distintivas, Obtener grandes muestras deportivas no siempre es
observadas hoy dentro de los deportes, han surgido posible ya que, por definición, incluimos en la
tanto por la selección natural de tipos corporales que muestra solamente a los deportistas de muy alto
han triunfado a lo largo de generaciones nivel, y éstos son individuos poco comunes. En
consecutivas, como por la adaptación a las demandas general, cuanto menor es la variancia intra-grupo en
de entrenamiento en la generación actual. La una población deportiva, más importante es la
culminación de una forma y composición corporal variable antropométrica en la contribución de una
performance exitosa. Una variancia pequeña en el
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

deporte indica que los deportistas se asemejan entre 28.1% en 1977-8 al 34.2% en 1985-6 (Bale, 1989,
sí, y sugiere fuertemente que sólo un rango estrecho p. 107). La Asociación Nacional de Básquetbol
de tipos corporales tendrá éxito en ese deporte. (NBA) (E.E.U.U.) ha evolucionado durante el Último
Aquellos que se desvían de este rango pueden siglo para convertirse en el más desarrollado de los
descubrir que es imposible triunfar a nivel mundial. deportes profesionales. Ahora, la población potencial
para la NBA es prácticamente todo el mundo. Dentro
1.1 Cuantificación de las presiones de selección de esta competencia Norteamericana, los jugadores
provienen de países tales como Australia, Croacia,
1.1.1 Poblaciones potenciales Alemania, Lituania, Holanda, Nigeria, Rumania,
Serbia, Sudán, Venezuela, y Zaire (por nombrar
Cualquier grupo de deportistas es seleccionado a algunos). Muchos de los jugadores más altos
partir de una población más amplia. Esta población provienen ele otros países en donde han sido
podría ser considerada la «Zona de captación» para selectivamente elegidos.
ese grupo deportivo. Nosotros denominaremos a esta
población más amplia la población potencial, para Las variables antropométricas están distribuidas en
un grupo deportivo específico. El equipo de la Unión cierta forma en estas poblaciones potenciales.
Australiana de Rugby, por ejemplo, es seleccionado a Muchas variables antropométricas (tales como la
partir de la población de ciudadanos Australianos altura y el peso) tienen una distribución normal, o
varones. Para ser realistas, la población potencial cerca de lo normal. Por lo tanto, pueden ser
para el equipo Australiano tiene límites de edad, caracterizadas por una media (que llamaremos µpobl) y
digamos entre 16 y 40 años (siendo muy generosos). por un desvío standard (σpobl). Dentro de un subgrupo
Existen otras limitaciones, más difusas en la deportivo, también hay una distribución característica
población potencial. de las variables antropométricas, que podrían ser
caracterizadas por una media (µdep) y una desvío
Estas limitaciones podrían ser de naturaleza standard (σdep) El siguiente análisis de la
geográfica (en un equipo representativo del país es antropometría deportiva se basará en una
poco probable que venga alguien fuera de Australia) comparación entre los parámetros ele esta población
o socio-económica (el Rugby tradicionalmente ha y de los subgrupos.
sido un deporte para la clase media alta). También
podría haber limitaciones de interés: sólo ciertos 1.1.2 Presiones de selección
sectores de la población tienen interés en la Unión de
Rugby (o para el caso, interés en el deporte o La mayoría de los deportes son selectivos,
actividad física en general). Tomadas en conjunto, competitivos, y jerárquicos; sólo los «más aptos»
estas limitaciones definen la población potencial. llegan al nivel más alto de participación. No podría
esperarse que todas las características físicas jueguen
Está claro que la población potencial es una entidad un rol en estas presiones de selección. Por ejemplo, el
bastante fluida e indefinida. Es probable que la color del cabello, presumiblemente, no sea
población potencial para el Rugby aumente importante en la selección del equipo Australiano de
dramáticamente, luego del reciente anuncio de una Rugby. Es de suponer que la distribución del color
«Super Unión» del Hemisferio Sur acompañada de del cabello en el equipo Australiano sea casi la
importantes incentivos económicos. Recientemente, misma que la distribución en la población general.
el equipo Australiano de Rugby ha incluido muchos Sin embargo, otras características físicas son más
jugadores de origen en Micronesia y Melanesia. Esto importantes. Un elevado peso corporal, claramente,
es resultado de los atractivos que ofrece el juego en es una ventaja en el Rugby. Los individuos con un
términos de fama y fortuna. Quizás grandes sectores peso liviano simplemente son dejados fuera del
de la población masculina de muchas naciones del juego, lesionados, o vistos como que carecen de
sur del Pacífico deberían ahora ser considerados parte robustez. Podríamos suponer que el peso corporal es
de la población potencial para el equipo Australiano una característica altamente selectiva en el Rugby
de Rugby. La población potencial para los deportes internacional. De hecho, cuando observarnos el peso
en Norteamérica, por ejemplo, está aumentando promedio de los jugadores de Rugby, observamos
rápidamente con una tendencia hacia la que es considerablemente mayor que el de la
«globalización» económica y de los medios. Por población general. El peso medio (+/- DS) del equipo
ejemplo, la contribución extranjera a los campeonatos Australiano de 1994 era de 96.0 +/- 11.8 kg (registros
masculinos de Atletismo de la NCAA aumentó del UAR, 1994), mientras que el peso medio de los

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varones de 18-29 años en Australia (DASET, 1992) gráfico muestra la distribución de las alturas de
es de 76.2 +/- 11.7 kg. El grado en el cual la jugadores de Fútbol Australiano (LFA) (registros
distribución de valores en la población deportiva LFA, 1994) quienes, con una media de 185.4 cm.,
difiere de la distribución de valores en la población son mucho más altos que la población general. Sin
potencial, es una variable de la fuerza de la presión embargo, los DS de las dos poblaciones son similares
de selección para tal variable. (7.1 cm. para la población general y 6.9 cm. para los
jugadores de la LFA). Finalmente, el cuarto gráfico
1.1.3 La Zona de superposición (ZS) muestra la altura de lanzadores de disco (Stepnicka,
1986). La altura media (189.9 cm.) es mucho mayor
Nos gustaría poder cuantificar en un único índice el que la de la población general, y el DS (2.5 cm.) es
grado (le diferencia entre la distribución de una mucho menor. Por lo tanto, la Zona de Superposición
variable antropométrica en la población potencial y la es muy pequeña.
distribución en un subgrupo deportivo. Esto nos
permitiría:
• entender más completamente la importancia
relativa de los diferentes índices
antropométricos, y formular hipótesis sobre las
razones biomecánicas o fisiológicas;
• realizar juicios informados sobre los criterios
de identificación de talentos;
• graficar la evolución de las presiones de
selección antropométrica con el tiempo, lo cual
puede indicar cambios en la población
potencial, o en el reglamento, o en la naturaleza
del deporte;
• comparar las presiones de selección en
subgrupos de la población (tales como hombres
vs. mujeres, o equipos de nivel provincial vs,
equipos nacionales).

Dos distribuciones pueden diferir entre sí, si la media


de una está dislocada en relación a la otra, y/o si la
variabilidad de una es marcadamente diferente de la
FIGURA 1. Distribuciones para la altura de las poblaciones,
otra. Cuanto más apartadas están las medias, y mayor potencial y deportiva. Los deportes son para deportistas varones,
la disparidad de variancias, menor será la y fueron derivados tal como se describe en el texto.
superposición entre las dos poblaciones. El primer
gráfico de la Figura 1 muestra la distribución de A esta coincidencia la llamaremos Zona de
alturas en la población general (varones Australianos, Superposición (ZS). Se puede cuantificar de la
18-29 años; DASET, 1992) y la distribución de siguiente manera. La ecuación de la curva normal que
alturas reportadas de jugadores de Fútbol (Reilly, describe la distribución de probabilidad de alguna
1990a; Withers, Craig, Bourdon, & Norton, 1987). variable antropométrica V, en un subgrupo deportivo,
Debido a que las medias no son extremadamente con una media y un desvío standard σdep está dada
diferentes (178.6 vs. 178.3 cm.), y a que el DS de la por:
población deportiva (6.4 cm.) no es tan distinto del
DS de la población general (7.1 cm.), hay una    
superposición considerable. El segundo gráfico
1  X −µ  2
muestra la distribución de alturas en la población Pdep (V = X ) = exp −   
dep

general y la distribución de alturas reportadas de 2πσ dep   σ dep  


ciclistas de persecución (Foley, Bird, y White, 1989;    
 
Tittel & Wutscherk, 1992; Withers, Craig, y cols.,  2
1987). Aquí, la subpoblación deportiva tiene una
altura media similar (179.3 cm.) a la de la población De manera similar, la ecuación de la curva normal
general, pero un DS mucho menor (3.5 cm.). Por lo que describe la distribución de V en la población
tanto la superposición es algo menor. El tercer

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potencial (con una media µpobl y un desvío standard izquierda de este punto en la distribución del deporte
σpobl) es, es del 10 %. Esta área se intersecta con la
    distribución de la población general. El score z
1  X −µ  2 correspondiente a X = 170.1 cm en la distribución de
Ppob (V = X ) = exp −   
pobl
la población general es - 1.20. El segundo punto de
2πσ pobl   σ pobl   unión ocurre cuando X = 183.9 cm. Esto corresponde
   
  a un valor z de + 0.75 en la distribución de la
 2
población general. El porcentaje de scores que caen
entre z = - 1.20 y z = + 0.75 es aproximadamente del
La intersección de estas dos curvas puede calcularse
66 %. El score z correspondiente a X = 183.9 cm en
por reiteración. Para un amplio rango de valores de la
la distribución deportiva es + 0.87. El porcentaje de
variable X, se calculan Pdep y Ppobl. Donde cambia el
valores que caen a la derecha de este punto es del 19
signo de la diferencia, las dos calvas se intersectan.
%. Esta área se intersecta con la distribución de la
población general. Por lo tanto, el valor de ZS es de
Una vez calculados los puntos de intersección, se
10 + 66 + 19 = 95 %.
pueden convertir en "scores" z, para cualquiera de las
distribuciones, utilizando la fórmula familiar para el
Los valores de ZS tienen un rango teórico de 0
"score". z: y las áreas apropiadas bajo las curvas
(ninguna superposición) a 100 (superposición
pueden calcularse utilizando programas de
perfecta). Son específicos solamente para una
computación, o por referencia a las tablas standard de
variable antropométrica, y relacionan una
estadística.
subpoblación deportiva (cuyos parámetros deben ser
estimados a partir de una muestra) con una población
× −µ potencial. En general, la población potencial no es la
z=
σ misma que la población general específica, para la
edad y el sexo. Sin embargo, los parámetros de la
En el gráfico superior de la Figura 1, por ejemplo, el población general pueden servir como un equivalente
primer punto de intersección ocurre cuando X = operacional. La Tabla 1 muestra los valores de la ZS
170.1 cm. Esto es equivalente a un score z de - 1.28 para la altura, en distintos deportes.
en la distribución de valores en la población
deportiva. El porcentaje de scores que quedan a la

Deporte Varones Mujeres

Media DS ZS Media DS ZS

Población general 178.6 7.10 164.8 8.50


Básquetbol - centro 214.0 4.10 0.2 189.8 6.40 9.2
Salto en alto 194.7 2.60 8.5 176.2 3.30 28.5
Básquetbol - «forward» 196.6 4.60 11.4 185.0 7.80 21.0
Disco 189.9 2.50 20.2
Remo P/P 191.9 5.00 26.2 179.2 3.60 20.9
Boxeo P/P 190.2 4.60 31.1
Voleibol 190.2 9.90 42.1 177.0 6.40 40.6
Gimnasia 169.4 5.40 45.6 157.0 7.40 62.0
Lanzamiento de bala 189.1 7.35 46.7
Saltos ornamentales 170.9 4.30 47.3 161.2 6.00 75.7
Waterpolo 186.8 6.30 53.9 172.1 5.90 59.2
Kayak 185.3 5.40 58.1
Natación - velocista 186.4 7.50 59.3 173.9 7.00 55.2
Fútbol Australiano 185.4 6.90 62.7
Tenis 185.0 6.30 63.0
Maraton 172.8 5.90 64.9 164.2 4.20 67.1
Básquetbol- defensa 185.4 8.60 65.8 171.9 6.10 60.9
Ciclismo - persecución 179.3 3.50 66.9

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Unión de Rugby 184.9 8.70 68.1


Remo - P/L 182.7 5.50 72.7 169.3 6.20 73.0
Natación - MD 183.1 8.30 76.3 171.9 5.70 59.2
Hockey sobre césped 175.8 5.10 77.2 166.5 7.50 90.1
Liga de Rugby 181.9 6.21 79.8
Hockey sobre hielo 179.4 4.93 82.0
Badmington 181.1 5.70 82.2 165.9 2.60 48.2
Lacrosse 177.6 5.50 86.6 165.2 7.40 93.1
Triatlon 177.2 7.40 92.1
Fútbol 178.3 6.40 94.8
Canotaje - slalom 178.8 6.60 96.3 169.1 7.26 77.7
Natación - LD 179.6 8.60 94.8 162.6 4.60 69.1
Cestobol - defensa 174.8 4.50 40.8
Salto en largo 169.9 3.80 54.4
Cestobol - ataque 172.1 6.70 62.1
Patín carrera 165.8 3.80 62.7
Ballet 163.8 4.06 65.4
Pentatlon 169.2 6.00 72.5
Cestobol - centro 165.5 5.00 74.7
Sóftbol 166.9 5.30 75.3
TABLA 1. Medias, desvíos standard (DS), y valores de ZS (%), en relación con la población general (DASET, 1992), para las alturas (cm)
de deportistas de élite. Para la fuente de datos brutos, ver las Figuras 4 y 5.

P/P = peso pesado; P/L = peso liviano; MD = media distancia; LD = lar—.] distancia.

1.1.4 Advertencias casos especiales en los cuales las poblaciones


potenciales pueden ser delimitadas en forma
El procedimiento descripto anteriormente no debería precisa. Un ejemplo, es el equipo de Fútbol de
ser aplicado sin un adecuado discernimiento y una escuela en la cual el Fútbol es un deporte
observación crítica. Se deberían considerar algunos obligatorio.
puntos importantes. • Son importantes los números relativos en las
• El método se aplica solamente a variables poblaciones deportiva y potencial. Si el «pool»
distribuidas normalmente. Cuando la distribu- total de personas en un grupo deportivo
ción no es normal (por ejemplo, los pliegues permanece constante (como sucede
cutáneos), se deben utilizar otras estrategias. frecuentemente, por ej. en equipos deportivos
Estas podrían incluir la realización de una nacionales) mientras aumenta el número en la
transformación de normalización, usando otros población potencial, los valores de la ZS podrían
tipos de distribución (por ej., «Poisson» o ser mayores. En una población de un millón, por
binomial), y graficando las distribuciones ejemplo, 22.800 individuos tienen más de 2 DS
habituales. por arriba de la media. En una población de dos
• Una variable antropométrica podría demostrar millones, 22.800 individuos caen más de 2.28
una ZS pequeña, sin ser ella misma la causa de DS por encima de la media. Las poblaciones
presión de selección. Por ejemplo, el peso de los potenciales pueden expandirse o achicarse a
saltadores en alto podría ser mayor que el de la través del tiempo debido a un cambio en los
población general, y mostrar solamente una números en la población general, o debido a
superposición moderada. Sin embargo, ésto factores socio-económicos.
puede deberse a la covariancia del peso con la • Si bien la ZS describe el rango de posibles
altura. Es decir, es la altura la que está siendo valores que podrían encontrarse en la población
seleccionada, mientras que la ZS del peso es deportiva, en realidad los deportistas con mayor
meramente una consecuencia. Normalmente, la éxito, con frecuencia, se agrupan alrededor de
población potencial nunca puede conocerse un estrecho margen. Por ejemplo, a pesar de que
verdaderamente. En la mayoría de los casos, los un lanzador de disco de 184 cm podría llegar a
datos de la población general servirán como ser un atleta de élite y representar un país (y
referencia operacional. Existen, sin embargo, estaría incluido en el valor de la ZS, en la Tabla

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1), es necesaria una habilidad excepcional en el básquetbol y el salto en alto), los valores de la ZS
otras áreas para que esta persona sea un para los varones son en general mucho más bajos que
campeón internacional. para las mujeres, indicando una mayor selectividad.
Esto no necesariamente significa que la altura es más
1.1.5 Aplicaciones importante en las ramas masculinas de los deportes.
Más probablemente, sugiere que la población
Diferencias de sexo potencial para los varones es mucho mayor, ya que los
juegos masculinos ofrecen mayor recompensa
La Figura 2 muestra la relación entre los valores de económica y, quizás, porque los hombres están más
ZS para la altura, en varones y mujeres en los mismos interesados en el deporte en general.
deportes, calculada mediante utilización de la Sorprendentemente, los valores de la ZS para la altura
población general como población potencial. En en distintos deportes en los cuales esta variable no es
deportes en los cuales la altura es claramente tan crítica, tienden a ser menores en las mujeres.
importante (aquellos con valores ZS muy bajos como

FIGURA 2. Valores de la ZS para la altura (%) en varones, graficados contra los valores de la ZS en las mujeres, en distintos deportes. Ver
Figuras 4 y 5 para referencias.

Diferencias entre niveles competitivos altura media 176.2 +/- 3.9 cm. El correspondiente
valor ZS es de 32.1 %. En general, si una variable
Los valores de la ZS pueden utilizarse para comparar antropométrica es importante para la performance
la importancia de las variables antropométricas a deportiva, es de esperar que los valores ZS
través de los distintos niveles de competencia del disminuyan a medida que aumenta el nivel de
mismo deporte. Steele (1987) brinda datos sobre las competencia.
alturas de 15 jugadoras de cestobol de nivel de club.
La altura promedio es de 164.4 +/- 5.2 em, arrojando Diferencias a través del tiempo
un valor ZS de 76.6 %, con relación a la población
Los valores ZS podrían ser utilizados para cuantificar
general. Withers, Whittingham y cols. (1987) tienen los cambios en la población potencial alcanzando
datos sobre una pequeña muestra (n= 7) de jugadoras especificaciones antropométricas con el tiempo. Los
de cestobol de nivel provincial y nacional, siendo la datos obviamente son más difíciles (te obtener porque
las distribuciones, tanto en las poblaciones deportiva

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como potencial, son necesarias a intervalos de tiempo el juego pueden impactar sobre la morfología de
correspondientes. Algunos ejemplos de estos análisis los jugadores, incrementando el «pool» de
son presentados en la Sección 3 de este capítulo. posibles deportistas con una predisposición
hacia ese deporte. Otros cambios en el
1.2 Implicancias antropométricas entrenamiento, dieta, y uso de ayudas
Cuando se describen los patrones morfológicos ergogénicas también sirven para perfeccionar las
característicos dentro de los grupos de deportistas, es estructuras corporales aumentando y
importante restringir el análisis de distintas maneras. disminuyendo masas particulares de tejidos, por
lo cual estos factores necesitan ser considerados.
• En primer lugar, subyacente al estudio de estos • En cuarto lugar, en algunos deportes existe una
patrones corporales es esencial que, en la importante interface entre el atleta y el
medida de lo posible, los antropometristas y los equipamiento externo. Por ejemplo, el ciclismo
científicos del deporte relacionen las maneras en es un deporte en el cual la performance está
las cuales las diferencias en las variables determinada por la interacción entre la potencia
corporales afectan el rendimiento, más que del cuerpo y los dispositivos mecánicos. Por lo
simplemente describir el fenotipo. Sin embargo, tanto, en este caso sería importante, en los
es sabido que aún entre entrenadores y análisis biomecánicos del rendimiento en
científicos con experiencia, ésta no es una tarea ciclismo, considerar tanto la bicicleta como la
fácil. antropometría de los deportistas.
• En segundo término, además de las limitaciones • Finalmente, en muchos deportes existen
de tiempo, costo, y disponibilidad de deportistas, distintas posiciones de juego en las cuales los
las variables antropométricas incluidas en jugadores tienen responsabilidades específicas.
cualquier análisis deberían ser aquellos sitios En estos eventos, se debe reconocer que las
que son fácilmente localizables e informativos. demandas de las tareas determinarán los tipos
Deberían incluirse distintos sitios que, se sabe, corporales de aquéllos elegidos para la posición.
tienen una fuerte influencia genética (por ej., Algunos ejemplos de este hecho son los
mediciones óseas), así como aquellos sitios arqueros en Fútbol, Lacrosse, Hockey,
sensibles a alteraciones luego del entrenamiento Waterpolo; centros y defensas en Básquetbol,
(por ej., pliegues cutáneos y la mayoría de los etc. En deportes de equipo, tales como el Fútbol
perímetros). Australiano, existen equipos especialistas de
• En tercer lugar, los resúmenes de datos tomados ataque y defensa, pateadores, y lanzadores (por
de la literatura para propósitos comparativos ej., los cuartos zagueros). Los deportistas de
necesitan haber sido recolectados recientemente, salto en largo, alto, y triple, a menudo, son
a menos que haya una razón específica para agrupados juntos para los análisis de la
hacer lo contrario (ver evolución del tamaño estructura corporal (Carter, Ross, Aubry,
corporal, más adelante). A este respecto, se Hebbelinck, & Borros, 1982; Withers, Craig, y
sugiere que los datos no tengan una antigüedad cols., 1987) a pesar de la naturaleza específica
mayor a 15-20 años. Esto se debe a que las de cada disciplina y de la concomitante
formas corporales de los deportistas optimización morfológica dentro de cada
seleccionados por especialidad evolucionan con evento. Por lo tanto es aconsejable, cuando el
el tiempo, así como bajo la influencia de los número lo permite, considerar estos y otros
cambios en los equipamientos, tecnología, grupos de deportistas en forma independiente. Si
reglamentos, y niveles profesionales. Como pudiéramos evaluar regularmente las
telón de fondo de estas alteraciones existe el características anatómicas de estos deportistas,
continuo proceso de evolución del tamaño junto con aspectos de la Fisiología y la
corporal dentro de la población general. Todos performance, ésto ayudaría a mejorar la
estos factores tienen un impacto sobre los resolución para determinar la relación entre la
deportes, de forma tal que modifican las estructura humana y el rendimiento deportivo.
presiones de selección para los tipos corporales
y alteran la población potencial de deportistas a En síntesis, los fenotipos que son garantía de éxito
partir de la cual se realiza la selección. Aún para los deportistas de hoy podrían ser modificados en
cambios tales como el «status» percibido de un otro momento en el tiempo, bajo otra serie de reglas o
deporte, su prestigio (por ej., su inclusión en el cuando el equipamiento mejora a partir de los avances
programa Olímpico), y el dinero involucrado en tecnológicos. La oportunidad que tenía un atleta de

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poder ganar medallas doradas en las Olimpíadas en el Códigos de Fútbol


lanzamiento de bala y disco, y además obtener
medallas de plata tanto en salto en alto como en largo, Si bien la causa y el efecto son difíciles de demostrar,
quedó en el pasado. De hecho, pasó más de un siglo la introducción de reglas de intercambio en los
desde que el atleta estadounidense Robert Garrett códigos del Fútbol Americano y Australiano más que
logró esta hazaña remarcable en los Juegos Olímpicos probablemente han contribuido a la selección de
de Atenas en 1896 (Conners, Dupuis, & Morgan, deportistas particularmente grandes, los que no son
1992). adecuados para el ejercicio de alta duración e
intensidad. Por ejemplo, no es extraño encontrar
1.3 Ejemplos de optimización morfológica jugadores de Fútbol Americano, en las posiciones
menos móviles (por ej., hombres de línea), que pesan
Ejemplos de optimización morfológica pueden más de 140 kg, de los cuales cerca del 20 % (en
encontrarse en todos los deportes, a nivel de élite. promedio) es grasa corporal (Reilly, 1990a). En el
Aquí presentamos algunos pocos ejemplos. Fútbol Australiano, donde la distancia cubierta por
muchos jugadores es mayor a 10 km (Reilly, 1990a),
Jabalina los jugadores altos (hasta 210 cm de estatura) no son
adecuados para estos esfuerzos de ««endurance»»
El primer ejemplo muestra cómo algunos cambios debido a las dificultades en la movilidad general,
relativamente menores en el diseño del equipo alteran junto con las numerosas colisiones corporales que
el tipo de atleta que se adapta más a un evento. Los sufren. Previo a los últimos 20 años, a los jugadores
lanzadores de jabalina de nivel mundial están de Fútbol Australiano no se les permitía re-ingresar al
constantemente rompiendo nuevos terrenos, en partido una vez que salieron del mismo. La naturaleza
términos de distancias a las cuales lanzan la jabalina. del juego actual permite regulares y considerables
Esto normalmente incluye pequeños incrementos en períodos de descanso. Estas características, además de
las distancias de los records mundiales. Sin embargo, la habilidad para intercambiar jugadores descansados
en 1984 Hohn, un lanzador de Alemania del Este, por los fatigados en ambos códigos de Fútbol, ahora
rompió el record mundial por más (le 5.0 mt (con un más que nunca significan que estos deportes no sólo
lanzamiento de 104.7 mt), un enorme aumento. En toleran, sino que demandan jugadores de un tamaño
respuesta a ello (y preservando la seguridad de los corporal extremo.
espectadores 9, la Federación Internacional de
Atletismo Amateur (en 1986) cambió el reglamento Salto en alto
con respecto a la aerodinámica de la jabalina.
Específicamente, el centro del peso fue trasladado 4 La técnica del salto en alto fue sometida a un cambio
cm hacia la punta y se aumentó el diámetro de la dramático en los últimos años de la década del '60. El
sección del extremo. Esto provocó un mayor ángulo cambio estaba relacionado con la forma en la cual el
óptimo de liberación o desprendimiento del atleta pasaba por encima de la varilla. Antes de las
implemento al arrojarlo. Debido a que el ángulo de Olimpíadas de 1968, los atletas usaban tanto las
liberación y la velocidad de liberación tienen una técnicas ya sea de corte Oriental, o de origen
correlación negativa (Barlett & Best, 1988), ésto Occidental, tales como "Barrel Roll" o rolido sobre la
significó que los lanzadores fueron posicionados en brarra, o como "Straddle" o tijereta sobre la barra
diferentes partes de sus curvas fuerza-velocidad y, por (Dyson, 1975). Luego de las Olimpíadas de Méjico,
lo tanto, potencia-velocidad. El efecto general, fue una donde el mundo vio por primera vez la nueva técnica
dramática disminución en las performances de los llamada «flop de Fosbury», la técnica del salto en alto
mejores 20 lanzadores mundiales, en un promedio de cambió radicalmente. Los métodos anteriores
6.84 mt (Watman, 1986). Los rendimientos de algunos requerían que los deportistas generaran una suficiente
deportistas se vieron afectados hasta en 14.34 mt (el rotación del cuerpo (momento angular total) para el
mejor lanzador con la jabalina anterior), mientras que pasaje por encima de la varilla. Para obtener mejores
otros solamente en 1.52 mt. Estas modificaciones han resultados, ésto significaba estirar la pierna libre lo
resultado en una serie diferente de características más pronto posible en el salto, y mantenerla en una
fisiológicas y morfológicas que, por ahora no se posición casi horizontal (con una considerable
adecuan de la mejor manera al diseño de la nueva extensión de la cadera) por encima de la varilla. Esto
jabalina y, en el proceso, desplazaron al mejor creaba largas palancas de fuerza y demandaba fuertes
lanzador. músculos extensores por parte del saltador. Por lo
tanto, a pesar de las presiones de selección para

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minimizar la diferencia de altura entre el centro de una ventaja, ya que la pelota se eleva más
gravedad en el despegue y el centro de gravedad por abruptamente en la cancha de cricket.
encima de la varilla, es decir, para seleccionar Sorprendentemente, muchos de los bateadores con
saltadores altos, se ponía un gran énfasis en la fuerza. gran éxito son de estatura relativamente baja, quizás
Por lo tanto, el típico atleta de salto en alto no era reforzando la importancia de los reflejos rápidos y el
extraordinariamente tan alto, aún por las normas de control motor fino.
estatura de generaciones anteriores. El salto flop
Fosbury» permitió que los deportistas completen el Ciclismo
salto con menos movimientos de vuelta en el aire y
requería menores demandas en la coordinación, Otro ejemplo de la especificidad de la estructura
sincronización, y flexibilidad (Dyson, 1975). El corporal intra-deporte se observa en el Ciclismo, y se
resultado fue un cambio bastante drástico en la muestra en la Figura 3. En general, los ciclistas de alto
antropometría de los saltadores de élite. Por ejemplo, nivel son mesoectomórficos, con poca variación en el
Stepnicka (1986) reportó un aumento en la altura nivel de adiposidad entre las distintas especialidades
media de los saltadores de nivel nacional de más de 10 (Foley y cols., 1989; McLean & Parker, 1989). Sin
cm (183.9 cm vs. 194.7 cm), en sólo ocho años, luego embargo, cuando se analizan más detenidamente las
de la introducción de la nueva técnica. distintas disciplinas dentro del Ciclismo, aparecen
diferencias distinguibles en la forma y composición
Cricket corporal. Los ciclistas de —sprint—, como grupo, son
significativamente más pesados (principalmente por
El cricket es un juego en el cual un subgrupo de masa muscular) y más bajos que los otros ciclistas de
deportistas ha aumentado fuera de la proporción con pista y de ruta (Foley y cols., 1989; McLean & Parker,
otros jugadores en el deporte. Los danzadores, rápidos 1989). Los ciclistas de pruebas contra reloj son los
son individuos muy altos, sólo con muy pocas más altos, y tienen piernas más largas en proporción a
excepciones [193.6 +/- 4.1 cm vs. 179.1 +/- 2.8 cm de la altura, en comparación con los otros grupos (Foley
otros "lanzadores" no rápidos, en el actual equipo y cols., 1989; Miller & Manfredi, 1987). Esto reduce
senior de Cricket de Australia, (Pitre Bourdon, la resistencia aerodinámica de la parte superior del
Instituto Deportivo del Sur de Australia, cuerpo, y ello les permite a este grupo de ciclistas que
comunicación personal, Julio de 1995; AADBase, utilizen proporciones de cambios mucho mayores que
1995)1. Este cambio se ha acelerado en los últimos 20 cualquiera de los otros grupos de ciclistas,
años con mayor énfasis en la velocidad y en el ángulo probablemente debido a que pueden utilizar brazos de
de liberación o desprendimiento de la pelota. Una más pedal más largos de CRANK (Foley y cols., 1989).
elevada liberación por parte de un jugador más alto es

FIGURA 3. Calificaciones características del somatotipo (representando las formas corporales) de ciclistas de elite, especialistas en una de
cuatro disciplinas diferentes.

Los datos representan las medias +/- DS (Foley y cols., 1989), graficadas en relación a las distribuciones del somatotipo de una población
de referencia. El grupo de referencia fue extraído de la Base de Datos Antropométricos de Australia (AADBase, 1995; n= 70 varones, 18-29
años).

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Triatlon asemejarse a los nadadores más que a los corredores,


con respecto a la forma corporal o somatotipo (Leake
El Triatlon es un deporte relativamente reciente, & Carter, 1991), a pesar de que esta tendencia no
debido a que será introducido como deporte Olímpico surge a partir de los datos presentados en la Tabla 2.
en los Juegos del 2000. Se han estandarizado las La estatura de los triatletas varones es similar a la de
distancias para los tres eventos que comprenden el los corredores de nivel, mientras que el peso se
Triatlon Olímpico en 1.5 km de Natación, 40 km de encuentra entre el de los correctores y los nadadores
Ciclismo, y 10 km de Pedestrismo o Carrera (O'Toole de élite (Leake & Carter, 1991; O'Toole & Douglas,
& Douglas, 1995). Los deportistas de nivel mundial 1995). Las triatletas mujeres parecen ser similares
en los eventos individuales tienen formas y tamaños tanto a las ciclistas como a las corredoras, pero son
diferentes a los que triunfan en triatlon. Por ej., la mucho más pequeñas que las nadadoras. Estos datos
Tabla 2 muestra triatletas de élite varones y mujeres, indican que la combinación de requisitos en un
en relación a otros deportistas de alto nivel. Si bien los Triatlon es la selección de deportistas con
triatletas son magros y parecidos a los ciclistas de alto proporciones corporales que difieren
rendimiento y nadadores de media distancia (dentro considerablemente de aquellos deportistas que
del sexo), por lo general no son tan magros como los triunfan en los eventos deportivos individuales que
corredores de fondo (10 km). Algunos investigadores integran el Triatlon.
han concluido que los triatletas olímpicos tienden a

Varones Mujeres

Altura (cm) Peso (kg) % GC Altura (cm) Peso (kg) % GC

Triatletas 176.5 +/- 7.6 69.4+/-7.2 7-10 167.2 +/- 4.5 57.7 +/- 6.5 13-1 8

Nadadores (MD) 183.1 +/- 8.3 74.3 +/- 9.2 7-10 171.9 +/- 5.7 63.5 +/- 6.1 16-19
CicIistas

(contra reloj) 186.3+/- 7.3 76.0+/- 6.9 6-9 165.0 +/- 1.8 55.0+/- 2.1 12-15
Corredores

(10 km) 177.9 +/- 3.6 65.0+/- 7.1 6-8 165.4 +/- 5.3 54.1 +/-5.4 12-14
TABLA 2. Características físicas de triatletas de nivel mundial y de deportistas que se especializan en las disciplinas individuales que
comprenden el Triatlon. Datos extraídos de AADBase, 1995; Burke, Faria, & White, 1990; Ford, 1984; Foley y cols., 1989; Leake & Carter,
1991; Mazza, Ackland, Bach, & Cosolito, 1994; O'Toole & Douglas, 1995; Withers, Craig y cols., 1987; Withers, Whittingham, y cols.,
1987. MD = nadadores de media distancia (200-800 mt).

2. PROPORCIONALIDAD, FORMA antropométricos, se dispone de datos considerables en


CORPORAL, Y PERFORMANCE la literatura con deportistas de alto rendimiento, y son
variables relativamente groseras, lo cual facilita
En este capítulo hemos apuntado a seis atributos relacionar las estructuras con ventajas fisiológicas o
morfológicos a través de una amplia variedad de biomecánicas. Las proporciones corporales serán
deportes. Estas características son: tratadas individualmente, y se discute sobre las
• estatura presiones de selección relacionándolas con su posible
• peso corporal rol funcional en distintos deportes. Cada figura que
• cociente estatura sentado/estatura nuestra el rango de valores medios presenta, debajo de
• cociente longitud extremidad superior/estatura ella, las referencias a partir de las cuales se obtuvieron
• índice braquial (definido como la proporción los datos. En muchos casos fue posible calcular ya sea
cociente entre la longitud del antebrazo y la
longitud de la parte superior del brazo) las medias simples de peso o, cuando se reportaban
• nivel de adiposidad corporal, utilizando la los DS en los trabajos originales, la distribución
sumatoria de pliegues cutáneos combinada de la muestra (media +/- DS) utilizando
técnicas descriptas por Pheasant (1988). Hemos
Estas variables antropométricas han sido restringido los datos resumidos, solo a datos
seleccionadas por distintas razones. Son variables correspondientes a deportistas de nivel de Juegos
relativamente comunes en los perfiles Olímpicos, Campeonatos del Mundo, y nivel nacional.

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En algunos casos, también se ha utilizado una triunfo en muchos deportes. Khosla & McBroom
combinación de deportistas de nivel nacional y (1988) revisaron los datos de 824 finalistas mujeres en
provincial. Si bien esta última inclusión quizás está 47 eventos diferentes en las Olimpíadas de 1972 y
«diluyendo» las muestras, en esta etapa de base del 1976. De estas finalistas, observaron que el 23.3 %
proceso descriptivo es importante efectuar un modelo medían más de 175 cm. En la población general (se
de trabajo de optimización morfológica a través de un utilizó la población de E.E.U.U. como referencia),
extenso rango de deportes. Sin embargo, se debería solamente el 2.4 % medía más de 175 cm. Las
tener en cuenta que: finalistas también fueron comparadas con el número
• a veces existe una considerable variación dentro total de mujeres en el «pool» potencial de deportistas.
del deporte para una variable antropométrica Este análisis indicó que una mujer tiene 191 veces
determinada más probabilidades de llegar a una final olímpica si
• la ubicación absoluta en los gráficos de un midiera > 181 cm que si midiera < 151 cm (Khosla &
deporte puede cambiar considerablemente con McBroom, 1988). En un estudio anterior, Khosla
respecto a otro deporte, dados números más (1986) sostuvo que debido a que la altura es tan
grandes y la incorporación estricta de deportistas importante para el triunfo a nivel Olímpico, deberían
de clase mundial. Por lo tanto, no se pretende clasificarse algunos eventos en base a la estatura. Una
que las cifras y los datos contenidos en ellos de las razones era aumentar la «equidad» de
sean definitivos o prescriptivos, ni deberían ser competición entre las naciones de distintas alturas
utilizados exclusivamente (o aún medias. Evidencias en respaldo de este pedido incluía
necesariamente) para la identificación de datos sobre las tallas de los ganadores de medallas de
talentos en los niños en edad de crecimiento, ya oro en las Olimpíadas de 1960 y 1964. El autor
que muchas proporciones cambian a diferentes mostró que los deportistas de E.E.U.U. ganaron 14
niveles y momentos dentro de la población. medallas doradas en eventos individuales en
competición «abierta» (Boxeo peso pesado,
2.1 Estatura Atletismo, Lanzamientos, Natación), en comparación,
con atletas japoneses que ganaron 11 medallas de oro
Si bien el tamaño y la forma corporal características en eventos individuales, 10 de las cuales fueron en
son aparentes entre los diferentes deportes y en las competencia «cerrada» (Boxeo, Lucha Libre, Judo,
posiciones específicas dentro de los mismos, existen Levantamiento de Pesas, donde hay categorías por
muchas disciplinas en las cuales la altura en sí misma peso) y las otras en Gimnasia.
es una clave determinante del éxito. En general, la
estatura entre los deportistas de alto rendimiento es La elevada altura así como la baja talla relativa
mayor que la de las poblaciones no deportivas, si bien brindan ventajas en muchos deportes, presentándose a
las Figuras 4 y 5 muestran el rango de altura para continuación varios ejemplos.
deportistas varones y mujeres en distintos deportes. A
primera vista, es obvio que la mayoría de los deportes Natación
presentados están por encima de las normas de la
población, para su respectivo sexo. En Natación, ser alto ayuda en la partida, en el empuje
de la patada en las vueltas y, obviamente en la línea de
Las Figuras 4 y 5 muestran extremos en altura llegada. Las extremidades y el torso con forma
observados tanto en hombres como en mujeres, en estilizada reducirán la resistencia de fricción acuática.
deportes tales como Salto en Alto, Voleibol y También se ha observado que los nadadores más altos
Basquetbol, y relativa pequeñez en Gimnasia, Saltos necesitan menos potencia que los más bajos para
Ornamentales, y Patinaje Artístico. Sin embargo, cubrir una distancia determinada (Reilly, 1990h).
existen muchos otros deportes en los cuales los Debido a que una proporción relativamente elevada en
deportistas no caen en los extremos pero, sin embargo, una carrera de «sprint» supone la partida, la vuelta, y
se ha optimizado la altura. Deportes tales como el el estiramiento final, ésto se ve reflejado en el tamaño
Ciclismo de persecución en varones y el Patín Carrera de los nadadores velocistas (tanto en espalda como en
en mujeres son dos ejemplos en los cuales existe una estilo libre), en comparación con los nadadores de
dispersión relativamente pequeña de valores con distancias más largas. Durante el Campeonato
respecto a la media. Mundial de 1990, los velocistas varones y mujeres
(50-100 mt) registraron una altura media de 186.4 +/-
Existe una cantidad considerable de datos que 7.5 y 173.9 +/- 7.0 cm; y los nadadores de fondo (25
respaldan el hecho de que la altura es crítica para el km), de 179.6 +/- 8.6 y 162.6 +/- 4.6 cm,

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respectivamente (Mazza y cols., 1994). Además, para el servicio, la volea, y para llegar a la pelota. En
cuando 18 nadadores varones «top» que estuvieron consecuencia, los tenistas profesionales, tanto varones
posicionados entre los 12 mejores tiempos, en carreras como mujeres, cada vez son más altos. Los datos de
de velocidad, fueron comparados con los 40 que los últimos 20 años reportan un rango de altura
ocuparon de 13ra.. posición para atrás, se observó que promedio en los varones desde 181.5 cm para tenistas
tenían una altura promedio de 188.9 +/- 7.9 vs. 184.3 checos de alto nivel, 180 cm para jugadores
+/- 6.6 cm (p= 0.02). Se observaron patrones similares norteamericanos, hasta 183 cm para los sudafricanos
en distintas distancias y estilos de nado, tanto en (Reilly, 1990a). Datos actuales de tenistas
varones como en mujeres (Mazza y cols., 1994). profesionales varones de Australia (n = 7) indican una
altura promedio de 186 +/- 4.1 cm
Tenis

En los deportes con raqueta, la estatura es importante

FIGURA 4. Gráfico de las alturas medias (+/- DS), en deportistas varones en distintos deportes, en relación a la población de referencia
compuesta por no deportistas.

Los datos son extraídos de: AADBase, 1995; AFL Records, 1994; ATP Tour, 1995; Burke & Read, 1987; Carlson y cols., 1994; Carter y
cols.,1982; Claessens y cols., 1991; Cox, Miles, Verde, & Rhodes, 1995; Craig, 1984; DASET, 1992; Davis, Brewer, & Atkin, 1992;
Faulkner y cols., 1989; Foley y cols., 1989; Fox, 1979-1993; Hagerman, Hagerman, & Meckelson, 1979; Hahn & Bourdon, 1995; Jenkins,
1995; Katch & Katch,1984; Mazza y cols., 1994; Mikkelsen, 1979; Nicholas & Baker, 1995; Niinimaa y cols., 1979; O'Toole & Douglas,
1995; Parr y cols., 1978; Soares, De Castro Mendes, Neto, & Matsudo, 1986; Stepnicka, 1986; Wilmore & Haskell, 1972; Withers, Craig y
cols., 1987.

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(AADBase, 1995). La guía de la ATP de 1995 indican que las mujeres se desvían de la población
enumera los 100 jugadores varones «top» y sus general en cuanto a la altura casi lo mismo que los
características físicas. La estatura promedio de estos hombres, aunque tienden a ser más livianas que las
jugadores es de 185 +/- 6.0 cm, con un peso de 76.1 mujeres no deportistas. Los cambios en el diseño del
+/- 6.0 kg. Estos datos colocan a los jugadores de tenis equipo y las modificaciones al reglamento
cerca cíe 1 DS por sobre la población general con contribuyeron a esta evolución. Los cambios incluyen
respecto a la altura, y prácticamente coinciden con la raquetas modernas que tiene mayor elasticidad en el
población general en cuanto al peso. Los estudios con encordado, mayor "superficie de impacto" y que son
jugadoras profesionales han observado una estatura significativamente más livianas que las de antes
promedio entre 164 y 167 cm (Reilly, 1990c). Los (Reilly, 1990c). Debido a que las raquetas son más
datos actuales de jugadoras profesionales australianas livianas, la velocidad de impacto es mucho mayor, y
(n= 5) indican una altura promedio de 171.3 +/- 6.2 por lo tanto, mayor la energía cinética impartida a la
cm y un peso de 60.5 +/- 3.0 kg (AADBase, 1995). pelota, poniendo considerablemente más énfasis en el
Por lo tanto, los datos australianos más recientes servicio del juego.

FIGURA 5. Gráfico de las alturas medias (+/- DS), en deportistas mujeres en distintos deportes, en relación a la población de referencia
compuesta por no deportistas.

Los datos son extraídos de: AADBase, 1995; Ackland, Schreiner, & Kerr, 1994; Claessens, Hlatky, Lefeure, & Holdhaus, 1994; DASET,
1992; Fleck, 1985; Faulkner y cols., 1976; Fox, 1979-1993; Hahn & Bourdon, 1995; Ireland & Mitchell, 1987; Ingen Schenau & de Groot,
1983; Khosla & McBroom, 1988; Leake & Carter, 1991; Mazza y cols., 1994; Micheli, Gillespie, & Walaszek, 1984; Mikkelsen, 1979;
Nünimaa y cols., 1979; Norton, 1984; O'Toole, Douglas, & Hiller, 1989; Spence, 1980; Sovak & Hawes, 1987; Tittel & Wutscherck, 1992;
Withers, Whittingham y cols., 1987.
A este respecto, los jugadores altos están en ventaja en la cancha sin aumentar, al mismo tiempo, el riesgo
porque pueden mantener un ángulo más agudo en el de colisiones corporales. Se ha sugerido que la cancha
servicio. Además, la introducción del «tie-break» para se agrande o que se reduzca a 4 el número de
determinar el ganador de un set o de un partido ha jugadores (Sachare, 1994).
reforzado la importancia de un servicio dominante y,
por lo tanto, de la altura. En respaldo de esta Remo
afirmación se observó un débil, pero de cualquier
manera significativo, coeficiente de correlación El remo tiene dos divisiones; peso liviano (menos de
negativa de Spearman (rho= -0.19; p = 0.036) entre la 72.5 kg y 59.0 kg para los varones y mujeres,
altura de los 100 mejores jugadores varones de la respectivamente) y peso pesado (sin límite superior).
ATE (en 1994) y sus más altos ranking alcanzados Las alturas de los deportistas que compiten, tanto en la
(Tour del ATP, 1995). categoría de peso liviano como en la competición
abierta, muestran el tamaño requerido para triunfar en
Voleibol las competencias. Los remeros que triunfan en la
competición abierta son más grandes y más
En el Voleibol, la altura de la red está fijada en 2.43 m mesomórficos que sus compañeros que no alcanzan el
para los Varones, y 2.24 m para las mujeres. Por lo triunfo (Rodriguez, 1986; Ross, Ward, Leah, & Day,
tanto, los jugadores altos tienen que saltar a un 1982; Secher, 1983). Debido a que el peso de los
porcentaje relativo menor de su estatura para poder botes yel peso de los timoneles por categorías,
superar la altura de la red. Debido a que los también son constantes, los modelos matemáticos para
bloqueadores y los rematadores pasan entre 7.5 y 15 predecir el remero más grande (en competencia
minutos en actividades de saltos en cada partido, los abierta) estarán en ventaja porque la potencia
saltos explosivos repetidos son la clave del triunfo fisiológica pesa más que la resistencia del bote en el
(MacLaren, 1990). Si bien Khosla (más arriba) agua (Secher, 1990).
argumentó que las poblaciones que son relativamente
bajas de estatura están en desventaja en deportes que Sorprendentemente, los valores de la ZS para las
requieren altura, aún así podrían tener éxito a nivel remeras P/P han disminuido dramáticamente durante
internacional. Por ejemplo, el equipo femenino de la última década en Australia, a medida que el deporte
Voleibol del Japón obtuvo la medalla de oro en las apuntaba a deportistas jóvenes altos. Por ejemplo, los
Olimpíadas de Montreal con un equipo con un rango datos recolectados entre los comienzos y la mitad de
de altura entre 169 y 180 cm. En base a la distribución los '80 muestran que las mujeres P/P tenían una altura
de alturas de los japoneses (media 152 cm), menos del cercana a los 167 +/-- 4.3 cm (Whiters, Whittingham
0.3 % de las mujeres podrían ser mayores a 169 cm y cols., 1987) (ZS = 65.0 %). Esta aumentó a 177.2
(MacLaren, 1990). Otros voleibolistas de la misma +/- 3.6 cm (ZS = 25.4 o/) hacia el final de la década de
competencia tuvieron un promedio cercano a los 178 1980 (Telford, Egerton, Hahn, y Pang, 1988), y ahora
cm (Khosla, 1983). es de 179.2 +/- 3.6 cm (ZS = 20.9 %) (Hahn &
Bourdon, 1995).
Básquetbol
Baja estatura
El básquetbol siempre ha sido dominado por
jugadores altos. Cerca del 5 % de jugadores que El ser de baja estatura es particularmente ventajoso en
comenzaron sus carreras en la NBA (E.E.U.U.) en el la aceleración (Ford, 1984), cuando se cambia de
período 1990-1993 tenía una altura de 213.4 cm (7'0") dirección (agilidad), y al escalar una montaña. Quizás
o más (Sachare, 1994). Actualmente, los dos el mejor ejemplo de la importancia de la interacción
jugadores más altos de la NBA miden 231.1 cm (7'7"). entre la altura con otras características fisiológicas
Sorprendentemente, ambos jugadores son de países puede observarse en las carreras. Para poder descartar
extranjeros (Rumania y Sudán). Dado que el tamaño todas las influencias posibles del análisis, se llevó a
de los jugadores continúa aumentando (Sección 3, cabo una revisión de los datos antropométricos (Falls,
más adelante) hubo un debate considerable en las 1977; Ford, 1984; Fox, 1979-1993) de varones que
Ligas Profesionales de Básquetbol, particularmente en obtuvieron records mundiales en carreras de distintas
los Estados Unidos, con respecto a la adecuación de distancias. La Figura 6 muestra la relación entre las
las dimensiones actuales de la cancha y la altura del alturas de estos deportistas con relación a las
cesto. Se está volviendo bastante difícil ubicar diez distancias en las cuales eran especialistas.
jugadores de fuerza, agilidad, y proporciones extremas
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

La Figura 6 muestra el cambio gradual en la deportistas más grandes porque estos últimos son más
morfología a medida que uno se desplaza desde las eficientes, requiriendo un costo energético
distancias más cortas hasta el maratón. Los deportistas relativamente menor por unidad de distancia recorrida
más bajos se encuentran en las distancias extremas, ya (ver Capítulo 5). En el otro extremo del espectro de
sea eventos muy cortos (< 100 mt) o muy largos (> las presiones, ser pequeño también estaría presente
5.000 mt). Para investigar las posibles conexiones dado que una menor proporción cociente entre la
funcionales con estas tendencias, es útil revisar superficie corporal y el peso (a una masa muscular
aspectos de las performances. Mientras que las constante) es una ventaja para la termorregulación, y
velocidades medias más elevadas se alcanzan en hay un menor gasto calórico absoluto para mover el
eventos de 100-200 mt, las distancias más cortas cuerpo durante la distancia establecida. Muchos otros
tienen una fase de aceleración relativamente más factores están indudablemente involucrados, pero la
larga, y por lo tanto, una velocidad media levemente cuantificación de su influencia es difícil de
menor. En estos "sprints" (50-60 mt) el atleta puede determinar.
estar acelerando en la línea de llegada (Radford,
1990). Esto favorecerá a los deportistas más bajos, En los deportes de alta velocidad serán seleccionados
con piernas relativamente cortas. Debido a que una individuos más pequeños. Esto se debe a que existe
cadencia de piernas de al menos 4.5 pasos/seg, tanto una relación relativamente constante entre la
para hombres como para mujeres, es un requisito superficie corporal y el área frontal proyectada (Ap).
previo para velocistas de nivel mundial, las piernas El Ap determina en gran parte el costo energético que
más cortas generalmente tienen un menor momento de supone moverse, dependiendo de factores tales como
inercia, o resistencia al movimiento, que las piernas la velocidad y el diseño del equipo. Por ejemplo, el
más largas. Los velocistas también tienen grandes Ap en Patín Carrera también es crítica. Los deportistas
cocientes potencia/peso, reflejado en los BMI deben ser capaces de mantener una posición corporal
relativamente altos y en bajos pliegues cutáneos. baja (ángulo del tronco) para reducir el Ap durante un
tiempo de hasta 14 minutos. Se ha sugerido que casi la
En los eventos con distancias más largas, la masa mitad de la diferencia en la performance entre
muscular excesiva es un impedimento requiriendo hombres y mujeres se debe a la habilidad de los
gastar considerable energía para su transporte, y aún hombres de mantener un menor ángulo de tronco
así no es crítica por la producción de potencia (Ingen Schenau & de Groot, 1983). Esto requiere
relativamente baja. De forma similar, las masas óseas, mayor fuerza en los extensores de la cadera. Por lo
grasa, y residual son tejidos que necesitan ser tanto, un centro de gravedad más bajo, piernas
minimizados. Es por ello que los deportistas son musculares cortas, y glúteos fuertes brindan una
normalmente pequeños, magros y tienen bajos BMI. ventaja. Sin embargo, los ciclistas han podido
Estos deportistas poseen cantidades óptimas de masa adaptarse a esta presión de selección en la búsqueda
muscular, la cual aporta la potencia adecuada para de deportistas más bajos introduciendo cambios
correr a velocidades sólo levemente superiores a 3 aerodinámicos tales como aeromanubrios y
minutos por cada kilómetro en la maratón. El hecho modificando la posición del cuerpo (ya que pueden
de que no sean más pequeños que lo ilustrado en la descansar sobre los manubrios). Por eso, los ciclistas
Figura 6, presumiblemente, se debe a que este hecho varones de pruebas contra reloj son deportistas
podría resultar en un desequilibrio entre las presiones grandes, con un promedio de 186.3 +/- 6.7 cm (Foley
de competencia para la forma corporal. Por ejemplo, y cols., 1989). Esto le da al atleta más grande una
algo de presión estaría operando hacia la selección de ventaja fisiológica cuando pedalea en el llano, ya que

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FIGURA 6. Relaciones entre el peso corporal, estatura, e indice de masa corporal (IMC o BMI), de deoportistas varones que marcaron
records mundiales, y su especialidad con respecto a la distancia de carrera.

Los datos representan las medias (+/- DS) y fueron recolectados de Falls (1977), Ford (1984), y Fox (1979-1993). Las lineas de mejor
ajuste fueron generadas por computacion.

el VO2max, se balancea con el peso cerca de una corporal, y por lo tanto, el Ap son factores críticos en
relación de 2/3, mientras que el costo de VO2 en el ciclismo. En la Figura 7 se presentan los efectos del
ciclismo se equilibra con el peso en una potencia cambio del Ap en el ciclismo, en relación a los
menor a 2/3 (Swain, 1994). Sin embargo, el tamaño tiempos estimados de performance.
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Se pueden encontrar deportistas de estatura baja en peso corporal tiene que ser movido durante largas
eventos tales como Gimnasia, Patín Artístico, Ballet, y distancias, el tamaño corporal es más pequeño.
Saltos Ornamentales. En estos eventos, a menudo, es Cuando la aceleración es importante, o cuando la
necesario que el cuerpo se mueva a elevadas rapidez de los movimientos de las extremidades es
velocidades angulares. La estatura baja y las crítica, los deportistas más pequeños también estarán
extremidades cortas permiten las reducciones en los en ventaja. Cuando los deportistas tienen que superar
momentos de inercia durante los cuales, debido a la obstáculos externos predominan los deportistas más
conservación del momento angular durante el grandes y más potentes (Ford, 1984). Sin embargo,
movimiento angular, facilitan una mayor velocidad cuando este objeto externo es otra persona que puede
angular. Por lo tanto, los deportistas pequeños pueden tomar decisiones acerca de cuando y cómo moverse,
girar más rápidamente y realizar más vueltas que los los deportistas no son tan grandes como de otra
deportistas más altos. manera se podría esperar. Esto es para acomodar el
menor tiempo de respuesta requerido para
En general, en los deportes en los cuales se contrarrestar los movimientos del oponente.
desarrollan grandes velocidades angulares o donde el

Aeromanubrio Manubrios hacia abajo C/cobertura de frenos

Distancia (m) Ap (m2) Tiempo (min.) % ∆ de la posición de


Posición de pedaleo manubrios hacia abajo
Aeromanubrio 3000 0.4234 4:01 -3.8
Manubrios hacia abajo 3000 0.4796 4:10.6 0
C/cobertura de frenos 3000 0.5241 4:17.6 +2.8
Aeromanubrio 40000 0.4234 56:51 -3.6
Manubrios hacia abajo 40000 0.4796 58:59, 0
C/cobertura de frenos 40000 0.5241 60:44 +3.0
FIGURA 7. Efecto de la posición de pedaleo sobre el tiempo de performance estimado. Se llevaron a cabo múltiples simulacros utilizando
un modelo computado para cuantificar los cambios en el tiempo estimado de la carrera contra reloj, usando datos de laboratorio para esta
ciclista de nivel nacional (Olds, Norton, & Craig y cols., 1993; Olds y cols., 1995). Las estimaciones estuvieron basadas en alteraciones en
el área frontal proyectada (Ap) de la ciclista, desde una posición standard de carrera (manubrios hacia abajo).

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2.1.1 Entrenamiento y factores hereditarios Lortie, 1984). Esto significa que para el triunfo en un
deporte en el cual es necesario un rango específico de
La morfología humana o fenotipo está determinada altura, es particularmente importante para los
por la combinación de la descripción genética de la potenciales deportistas tener los genes adecuados.
persona, su genotipo, las condiciones ambientales a
las cuales están sujetas, y a la interrelación entre estos 2.2 Peso corporal
elementos. Es decir, cómo la dote genética de una
persona interactúa con las influencias ambientales, Las Figuras 8 y 9 muestran el peso corporal medio
tales como el entrenamiento físico. Esto se puede observado en deportistas varones y mujeres,
describir por la siguiente fórmula simple (Bouchard & respectivamente, en distintos deportes. Los valores de
Lortie, 1984). peso más elevados se observan en eventos de corta
duración o en los que tienen pequeños cocientes
VP=VG+VA+VGXA, + e trabajo/pausa, tales como el Sumo, el Levantamiento
super-peso pesado, los líneas en el Fútbol Americano,
Donde: y en otros eventos dependientes de la fuerza. Los
Vp representa la variación total observada en la luchadores de Sumo, por ejemplo, pueden pesar hasta
variable antropométrica, 263 kg (Zupp, 1994) y los líneas en el Fútbol
VG representa el componente genético de la variancia, Americano hasta 143 kg (Reilly, 1990a). Dos
VA representa el componente ambiental o no genético excelentes levantadores de super-peso pesado,
de la variancia, Jabotinski y Alexyev reportaron pesos superiores a los
VGGxA representa el efecto de interacción entre los 160 kg (Jokl, 1976). Otors deportistas macizos se
genes y el medio ambiente, y e representa el error observan en eventos de Lanzamiento, particularmente
aleatorio incluido en este modelo de genética del disco, martillo, y bala. Debido a su extrema altura,
cuantitativa. los remeros de peso pesado y los jugadores de
Básquetbol también son deportistas pesados, pero con
Muchos estudios han mostrado que si bien una pobre bajos niveles de adiposidad.
nutrición puede tener influencia sobre la estatura, la
misma está determinada principalmente por el Un elevado peso corporal es una ventaja en muchos
genotipo (Bouchard & Lortie, 1984). La estatura final deportes. Khosla (1968) presentó datos sobre el peso
adulta no se ve afectada en gran medida por el de varones ganadores versus el peso de otros
ejercicio, ni siquiera en las niñas con menarca tardía participantes, en los eventos abiertos en las
resultante de un entrenamiento físico intenso (Malina, Olimpíadas de 1964. Estos datos se muestran a
1994; ver más adelante). En base a numerosos continuación:
estudios, el factor total de herencia para la estatura
(V;/ V) es aproximadamente de 0.85 (Bouchard &

Peso de los ganadores Peso medio de los participantes categoría


Evento (kg) peso pesado (kg)

Boxeo 89.1 87.7

Lucha libre 106.4 102.7


Lucha Greco-Romana 135.5 115.5
Yudo 120.5 104.5
Levantamiento de pesas 157.3 113.6
TABLA 3. Peso corporal de ganadores olímpicos varones versus el peso de todos los competidores en cada evento (los datos fueron
calculados a partir de los presentados por Khosla, 1968).

Claramente, el peso en estos eventos brinda una En muchos deportes, pequeños incrementos en el
ventaja, particularmente si la masa adicional es masa tamaño y el peso corporal pueden tener un impacto
magra. significativo sobre la performance. Suponiendo una
composición corporal constante, un aumento en el
peso incrementa tanto la demanda de energía como el
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

aporte calórico en la mayoría de las actividades tanto de las proporciones relativas de los otros
deportivas. Por ejemplo, un mayor peso en ciclismo componentes, como del tipo y cantidad de ejercicio
(de la bicicleta o del ciclista) aumenta la resistencia de llevado a cabo (Chilibeck, Sale, & Webber, 1995). Por
rodado, el Ap y, consecuentemente, la resistencia del ejemplo, se ha reportado que el hueso, como porcen
aire, la energía necesaria para subir una cuesta, y la taje de la masa magra, varió de 16.3 a 25.7 % entre 25
energía cinética impartida a la bicicleta durante la cadáveres (Clarys, Martin, & Drinkwater, 1984). A
aceleración (Olds y cols., 1995). pesar de que está bien reconocido que existe una
fuerte influencia genética en la longitud de los huesos,
Los pesos medios más bajos (en deportes que no los diámetros, la mineralización, el grosor cortical y el
involucran categorías por peso) son observados peso de los mismos también están bajo considerable
cuando el cuerpo no es sostenido por ninguna clase de control genético (Bouchard & Lortie, 1984). Por
equipo externo. Extremos de pesos corporales bajos se ejemplo, Smith, Nance, Kang, Christian, & Johnston
observan, tanto para varones como para mujeres, en (1973) observaron que la variancia entre pares, en la
deportes tales como las Carreras de «Ultraendurance», masa ósea, en gemelos monocigóticos (MC) fue casi
Gimnasia, Patinaje Artístico, y Saltos Ornamentales. 1/4 de la de mellizos dicigóticos (DC), y altamente
Sorprendentemente, casi dos tercios de los deportes significativa. También se observó cerca de 1/2 de la
masculinos (aleatoriamente seleccionados) se variancia para el diámetro óseo en los pares MC, en
encuentran por encima del peso medio de la comparación con los pares DC. El tamaño del marco
población, mientras que ocurre lo contrario con las esquelético, importante contribuyente del peso
mujeres. Debido a que la mayoría de deportistas corporal, y en la predisposición de los individuos a
mujeres son más altas que sus pares no deportistas, determinados deportes, también está dominado por la
ésto sugiere que existe una gran diferencia en el nivel herencia genética.
de grasa corporal entre los grupos de deportistas y no
deportistas. Debido a que en los estudios poblacionales el peso
corporal y la altura tienen una elevada correlación, los
2.2.1 Entrenamiento y factores hereditarios individuos más altos también tienden a ser más
macizos y pesados. Por lo tanto, el los deportes en los
La influencia genética del peso corporal con cuales es necesario un peso corporal bajo,
frecuencia ha sido analizada utilizando la evaluación normalmente se seleccionan a las personas de menor
del BMI de padres e hijos (Bouchard & Lortie, 1984). estatura, mientras que en los deportistas más altos con
Si bien el BMI (peso x altura-2) no tiene en cuenta frecuencia se encuentran grandes pesos corporales.
aspectos de la composición corporal, de cualquier
manera brinda alguna indicación del tamaño corporal 2.3 Proporción altura sentado/estatura
relativo. El consenso parece ser que el parecido de
individuos heterogéneos, no importa cuán extremos, El cociente entre la altura sentado y la estatura nos
produce un inmenso rango de progenie. Sin embargo, indica la longitud relativa de las piernas con respecto
se demostró un mayor factor de herencia (es decir, a la estatura. Las Figuras 10 y 11 muestran el cociente
menor variación entre padres y el tipo corporal de los altura sentado/estatura observado en deportistas
hijos adultos) en padres homogéneos, particularmente varones y mujeres, respectivamente. Estas figuras
cuando los padres tuvieron altos valores de BMI indican que los extremos en esta proporción, en
(Bouchard & Lortie, 1984). De modo similar, las deportistas varones, se encuentran en disciplinas que
estimaciones de la concordancia entre las requieren gran fuerza con la parte superior del cuerpo,
calificaciones de somatotipo entre padres e hijos han como el Levantamiento de Pesas y la Lucha. No se
variado desde asociaciones moderadas usando pudieron encontrar datos equivalentes en las mujeres,
métodos antropométricos [nivel hereditario cercano a pero largos torsos con relación a la altura no son
0.50 para el endomorfismo, 0.42 para el frecuentes entre deportistas mujeres. Esto puede
mesomorfismo, y 0.35 para el ectomorfismo reflejar la desventaja que presenta un torso
(Bouchard & Lortie, 1984)], hasta un relativamente relativamente largo en deportes que requieren una
elevado 0.75 utilizando calificaciones fotográficas considerable movilidad y velocidad. En general, las
(Parnell, 1958). figuras muestran un alto grado de paralelismo, a pesar
del desvío hacia arriba en el cociente altura
Los libros de texto indican que aproximadamente el sentado/estatura de la población, para las mujeres en
14 % de la masa corporal es hueso (Goldberg, 1984). relación con los varones (ver abajo). Troncos
Esto puede variar considerablemente dependiendo relativamente cortos pueden observarse en distintos

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deportes incluyendo Básquetbol, Voleibol, y otras tener largas extremidades, tanto en términos absolutos
disciplinas que requieren saltar, tales como el Fútbol como relativos (a su altura total) (Ross y cols., 1982;
Australiano y el Decatlon. Los remeros también Secher, 1993). En comparación con una población
tienden a tener troncos relativamente cortos. Los estudiantil de referencia, los remeros de peso liviano
remeros de peso pesado exitosos han demostrado

FIGURA 8. Peso corporal (media +/- DS) de deportistas varones, en un rango de deportes, con relación a un grupo de referencia de no
deportistas.

Los datos son extraídos de: AADBase, 1 995; ATP Tour, 1995; Burke & Reád, 1987; Carter y cots., 1982; Claessens y cols., 1991; Cox,
1995; Craig, 1984; DASET, 1992; Faulkner y cots., 1989; Foley y cots., 1989; Fox, 1979-1993; Jenkins, 1995; Katch & Katch, 1984; Mazza
y cots., 1994; Mikkelsen, 1979; Nicholas & Baker, 1995;Nijnjmaa y cots., 1979; O'Toole & Douglas, 1995; Parr y cols., 1978; Soares y
cols., 1986; Stepnjcka, 1986; Secher, 1990; Wimore & Haskell, 1972; Withers, Craig, y cols.,1987; Zupp, 1994. Ver Tabla 1 para las
abreviaciones.

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FIGURA 9. Peso corporal (media +/- DS) de deportistas mujeres, en un rango de deportes, con relación a un grupo de referencia de no
deportistas.

Los datos son extraídos de: AADBase, 1995; Ackland y cols., 1994; Claessens y cols., 1994; DASET, 1992; Fleck, 1985; Faulkner y cols.,
1976; Fox, 1979-1993; Jenkins, 1995; Ireland & Mitchell, 1987; Ingen Schenau & de Groot, 1983; Khosla & McBroom, 1988; Leake &
Carter, 1991; Mazza y cols., 1994; Micheli y cols., 1984; Mikkelsen, 1979; Niinimaa y cols., 1979; Norton, 1984; O'Toole y cols., 1989;
Sovak & Hawes, 1987; Spence, 1980; Tittel & Wutscherck, 1992; Withers, Whittingham y cols., 1987.

también tienen, por lo general, extremidades movimiento, y brinda una mayor estabilidad en el
proporcionalmente largas y alturas sentado más cortas tronco. Los ciclistas de pruebas contra reloj también
(Rodriguez, 1986). Las extremidades exhiben una longitud de piernas relativa
proporcionalmente más largas pueden brindar una significativamente mayor, en comparación a ciclistas
ventaja mecánica durante el remo competitivo, de otras especialidades (Foley y cols., 1989), aunque
permitiendo una mayor longitud de remada. La altura los datos de la altura sentado no fueron presentados.
sentado más corta también es una ventaja ya que
reduce el Ap, fuente adicional de resistencia al

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FIGURA 10. Cociente altura sentado/estatura (en relacion a la longitud de tronco), en deportistas varones en un rango de deportes.

Los datos representan las medias (+/- DS) y estan graficados en relacion a una poblacion de referencia de no deportistas. Los datos son
extraidos de: AADBase, 1995; Ackland y cols., 1994; Carter y cols., 1982; Craig, 1984; Classens y cols., 1991; Hartland, 1981; LeVeau,
Ward, & Nelson, 1974; Mazza y cols., 1994; Rodriguez, 1986.
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FIGURA 11. Cociente altura sentado/estatura (en relación a la longitud de tronco), en deportistas mujeres en un rango de deportes.

Los datos representan las medias (+/- DS) y están graficados en relación a una población de referencia de no deportistas.
Los datos son extraídos de: AADBase, 1995; Ackland y cols., 1994; Carter y cols., 1982; Craig, 1984; Claessens y cots., 1994; Mazza y
cots., 1994; Norton, 1984; Rodriguez, 1986; Smith, 1982.

2.3.1 Entrenamiento y factores hereditarios climas más fríos tienen extremidades relativamente
más cortas y torsos más largos.
Las muestras de poblaciones geográficamente Si bien los hombres y las mujeres raramente compiten
diversas variarán en sus tamaños y proporciones entre sí en competencias deportivas, es útil considerar
corporales características. Muchas de las diferencias las diferencias estructurales y su posible efecto sobre
entre los grupos son, de algún modo, predecibles en la performance. La Figura 12 muestra la edad, sexo, y
base a las influencias de la evolución. Por ejemplo, se variación étnica en la altura sentado. En general, las
ha mostrado que el peso corporal varía inversamente mujeres tienen troncos relativamente más largos que
con la temperatura anual media (Pheasant, 1988). los hombres. Es importante decir, en cuanto a lo que a
Además, las longitudes relativas de las extremidades rendimiento se refiere, que existen patrones distintivos
(como proporción de la estatura) disminuyen a medida de aumento y descenso de la altura sentado relativa en
que la temperatura anual media disminuye, y el peso los adolescentes. Estas tendencias indican los patrones
corporal total y la adiposidad aumentan (Pheasant, de crecimiento desincronizado de las extremidades y
1988). De manera similar, la altura sentado relativa tronco durante los años de desarrollo, lo cual a
muestra el patrón inverso, donde las poblaciones en menudo, tiene un impacto sobre las destrezas motoras

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y la coordinación. Esto también se resalta en la Figura de deportistas con morfología óptima para deportes
11, en donde los gimnastas pre-púberes muestran una específicos podrán ser seleccionados a partir de estos
menor altura sentado relativa que los competidores «pools» genéticos. Este patrón puede, en parte,
post-púberes. Quizás, ésta es una de las presiones de explicar la tendencia de porqué los africanos del Este,
selección que llevan a la existencia de gimnastas de con extremidades lineales y relativamente largas,
élite progresivamente más jóvenes (ver Sección 3, triunfen en eventos de «endurance», mientras que los
más adelante). europeos orientales y los asiáticos, con sus
extremidades cortas, tengan una larga historia de
La relación entre la morfología de los deportistas triunfos en Levantamiento de Pesas y Gimnasia.
exitosos y sus performances, sugiere una conexión
entre la forma y la función. Sobre la base de estos Como con la estatura, el cociente altura
patrones en los tipos corporales (que están asociados sentado/estatura y otras proporciones corporales están
con deportes en particular), poblaciones o, más fuertemente influenciadas por el genotipo,
correctamente, proporciones de poblaciones pueden probablemente más aún que cualquier otro grupo de
ser adecuadas o no para un deporte, al menos en variables antropométricas (Bouchard & Lortie, 1984).
términos de morfología grosera. Sin embargo, no El factor hereditario para la altura sentado solo es
siempre puede ser así, ya que otras características aproximadamente de 0.67 (Clark, 1956) a 0.71
fisiológicas y psicológicas son tan importantes, en (Bouchard & Lortie, 1984), si bien la mayoría de las
distintos grados o niveles, en diferentes deportes. En demás longitudes segmentarias están por encima de
general, las distintas poblaciones del mundo, y 0.80. Esto quizás representa la influencia que los
subgrupos dentro de estas poblaciones, gozan de tejidos blandos (con factores hereditarios más bajos)
ventajas en distintos deportes. La ventaja general tienen sobre la altura sentado y el subsiguiente
(dentro del sexo) es que un mayor número potencial cociente con la estatura.

FIGURA 12. Cociente altura sentado/estatura (%) en función del sexo, edad, y origen étnico.

Los datos representan las medias (+/- DS) calculadas a partir de distintos estudios enumerados en tablas reportadas por Eveleth y Tanner
(1976).

2.4 Proporción longitud de extremidad normalmente tienen brazos (y piernas) relativamente


superior/estatura cortos. Por lo tanto, como lo indican las Figuras 10 y
11, y lo respaldan las Figuras 13 y 14, los deportistas
El cociente entre la longitud de la extremidad superior con troncos relativamente cortos están más
(brazo) y la estatura tiene una correlación negativa frecuentemente asociados con eventos que requieren
con el cociente altura sentado/ estatura. Es decir, los brazos largos.
individuos con troncos relativamente largos

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Se observan palancas relativamente largas en ornamentales se beneficiarían con una baja estatura y
deportistas varones y mujeres que compiten en Saltos extremidades cortas (para facilitar los rápidos giros
Ornamentales, Waterpolo, Remo y Natación. En del cuerpo), los saltadores varones y mujeres tienen
Natación y Remo, una gran longitud de brazada es brazos relativamente largos en relación a la estatura.
ventajoso, suponiendo que el deportista tiene la Quizás, este hecho se relaciona con aspectos de la
potencia muscular para soportarla. Los brazos largos entrada en el agua.
también son útiles para los jugadores de Waterpolo
brindándoles mayor alcance para agarrar la pelota. Por el contrario, se observan extremidades más cortas
Los boxeadores tienen una combinación inusual de en los deportistas de fuerza, tales como los
brazos largos y tronco. Las proporciones ideales para levantadores de pesas. Esto se debe a que se requieren
los boxeadores serían brazos relativamente largos para palancas más cortas para realizar menos trabajo,
un mayor alcance, troncos largos y piernas cortas para donde el peso es levantado a través de una menor
descender el centro de gravedad del cuerpo y brindar distancia.
estabilidad. Si bien, en teoría, los saltadores

FIGURA 13. Cociente longitud extremidad superior/estatura (media +/- DS) de deportistas varones en un rango de deportes, graficados en
relacion a una poblacion de referencia de no deportistas.

Lso datos son extraidos de: AADBase, 1995; Carter y cols., 1982; Craig, 1984; LeVeau y cols., 1974; Mazza y cols., 1994; Paviric, 1986;
Vujovic, Lozovina, & Paviric, 1986.

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FIGURA 14. Cociente longitud extremidad superior/estatura (media +/- DS) de deportistas mujeres en un rango de deportes, graficados en
relación a una población de referencia de no deportistas.

Los datos son extraídos de: AADBase, 1995; Ackland y cols., 1994; Carter y cols., 1982; Norton, 1984; Mazza y cols., 1994; Rodriguez,
1986; Smith, 1982.

2.4.1 Entrenamiento y factores hereditarios Las longitudes relativas de las palancas del brazo (y
Como ocurre con la relación entre la altura sentado y de la pierna) son importantes por razones
los segmentos corporales, las longitudes de brazos y biomecánicas. Los nadadores velocistas, por ejemplo,
piernas también están bajo un alto grado de control tienen un alto índice braquial y manos grandes (Ross,
genotípico (Bouchard Lortie, 1984). Estos autores Leahy, Mazza, & Drinkwater, 1994), lo cual permite
nos refieren a su trabajo previo, mostrando un mayor empuje propulsor del antebrazo. Los
coeficientes hereditarios de 0.84 +/- 0.10 para la canoistas de slalom también tienen brazos
longitud de las extremidades superiores. relativamente largos para una gran longitud de
remada, y también un alto índice braquial.
2.5 Indice braquial Por el contrario, los levantadores de pesas y los
luchadores necesitan una fuerza y estabilidad
El índice braquial es la longitud del antebrazo en tremenda. Esto se logra, en parte, por bajos índices
relación al brazo (parte superior). Las Figuras 15 y 16 braquiales, y una ventaja biomecánica adjunta de
muestran el índice braquial observado en deportistas brazos de fuerza cortos.
varones y mujeres, respectivamente.
FIGURA 15. Indice braquial (media +/- DS) de deportistas varones en distintos deportes, en un rango de deportes, graficados en relación a
una población de referencia de no deportistas.

Los datos son extraídos de: AADBase, 1995; Carter y cots., 1982; Craig, 1984; Hartland, 1981; LeVeau y cols., 1994; Mazza y cols., 1994.
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

FIGURA 16. Indice braquial (media +/- DS) de deportistas mujeres en distintos deportes, en un rango de deportes, graficados en relación a
una población de referencia de no deportistas.

Los datos son extraídos de: AADBase, 1995; Ackland y cols., 1994; Carter y cols., 1982; Norton, 1984; Smith, 1982.

2.5.1 Entrenamiento y factores hereditarios alto nivel de competencia es importante controlar con
precisión los niveles de GC, ya que este componente
Bouchard & Lortie (1984) reportan coeficientes corporal puede cambiar bastante rápidamente con
hereditarios entre 0.62 +/- 0.01 y 0.71 +/- 0.09 para las relación a otras dimensiones y masas estructurales.
longitudes del brazo y del antebrazo. Por lo tanto, es de particular preocupación para los
científicos del deporte la medición y cuantificación de
2.6 Sumatoria de pliegues cutáneos los niveles de GC. Las mediciones de los pliegues
cutáneos son comúnmente utilizadas para estimar la
Los deportistas y los entrenadores involucrados en la adiposidad, y estas mediciones pueden luego ser
competencia a nivel de élite reconocen la importancia utilizadas como base para el entrenamiento y las
de alcanzar la forma corporal específica, el tamaño y intervenciones alimentarias. El uso ele la
la composición necesarias para el máximo antropometría para controlar los niveles de grasa
rendimiento. Uno de los aspectos de la preparación corporal es particularmente importante para el
fisiológica de un deportista que es Importante, y que deportista comprometido en programas de
tiene un bajo factor hereditario, es un óptimo nivel de disminución o aumento de peso. Por lo tanto, es
grasa corporal (GC). Las influencias ambientales fundamental que los procedimientos de evaluación y
incluyen intervenciones de los científicos del deporte, el manejo ele los datos sean válidos. Si se pueden
del entrenador y del nutricionista, nivel y tipo de lograr estos objetivos, entonces las reediciones
entrenamiento, y sincronización de estos factores con regulares de la GC ayudarán a asegurar que cualquier
el fin de lograr una composición corporal ideal. En el cambio en la masa corporal se deba a una disminución

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

o aumento del componente adecuado. Las fue evaluado durante un período ele casi siete meses,
evaluaciones antropométricas y el desarrollo ele los durante su preparación para los Campeonatos
perfiles fisiológicos o morfológicos ayudan a describir Mundiales. Estos datos aportan la base para la
las características de los deportistas de élite en comparación futura, a medida que el atleta atraviesa el
distintos deportes (Carter, 1984; Withers, Craig y normal proceso cíclico anual del entrenamiento, que
cols., 1987), y en distintas etapas del ciclo anual de incluye períodos de transición, fase preparatoria,
entrenamiento. A continuación, se presenta un específica (pre-competitiva) y competitiva. Además
ejemplo de qué manera las mediciones de los pliegues son esenciales para determinar sí, y donde son
cutáneos han sido utilizadas para controlar el progreso posibles futuros cambios, y para entender la relación
de un deportista. entre adiposidad y performance.

En este caso, un ciclista de nivel internacional


(ganador de una medalla de oro en las Olimpíadas)

FIGURA 17. Sumatoria de seis pliegues cutáneos (triccipital, subescapular, bíccipital, cresta ilíaca, muslo frontal, y pantorrilla medial:
ETM del evaluador para la sumatoria de 6 pliegues cutáneos = 0.9 %, CCI = 0.999), controlada durante un período de siete meses en
preparación para la competencia en los Campeonatos Mundiales (N. Craig, datos no publicados).

Un alto nivel de GC tiene un efecto adverso sobre la carrera, entre hombres y mujeres, podía atribuirse a
performance en muchos deportes. Esto se ha probado las diferencias en los niveles de GC. Las diferencias
experimentalmente cambiando artificialmente el peso entre sexos en el VO2max, cuando se expresaron en
del cuerpo (Cureton y cols., 1978; Cureton & relación al peso corporal, disminuyeron un 65 %
Sparling, 1980; Hanson, 1973; Montgomery, 1982). luego de que los niveles de GC: fueron equiparados,
Por ejemplo, luego e cargar a los sujetos con pesos agregando peso a los varones.
adicionales, Cureton y Sparling (1980) observaron La relación entre el peso corporal alterado y la
que el 30 % de la diferencia en el rendimiento de performance ha sido utilizada durante décadas en el

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

negocio de las carreras de caballo. Se sabe que alterar Ciclismo de persecución, o en los eventos de carreras
el ,peso corporal» cargando a los caballos (- 1.000 kg) de media distancia.
con cargas penalizadas (hasta > 70 kg, incluyendo Una mayor MG también tiene un impacto sobre el Ap,
jockeys) perjudica la performance. De hecho, los lo cual es importante para todos los deportistas,
correctores de apuestas determinan las probabilidades particularmente en deportes tales como Ciclismo,
de las apuestas en base a una disminución estimada en Patinaje, Esquí y otros deportes que desarrollan
la performance, normalmente en las longitudes grandes velocidades (Olds y cols., 1995; Quinney,
corporales del caballo para cada kilogramo adicional 1990). Esto es así al margen de que el peso corporal es
colocado en el caballo. Por ejemplo, una disminución soportado en muchas e estas actividades. El grado en
de 1.25 de largos del caballo por cada kilogramo el cual los cambios en el Ap impactan en el
adicional de peso es utilizada corno base para ajustar rendimiento, se muestra en la Figura 7.
la performance (Mauri Aho, Handicap Jefe del Jockey
Club Australiano, comunicación personal, Julio de Olds y cols. (1993), usando un modelo matemático,
1995). han estimado que un aumento de 2 kg en la MG
podría incrementar el tiempo de carrera de una prueba
Ya sea el evento principalmente aeróbico o de Ciclismo de 4.000 mt de persecución
anaeróbico, el aumento en la masa grasa (MG) será aproximadamente 1.5 seg (20 mt), y una serie contra
perjudicial para la performance. Por ejemplo, el reloj de 40 km, en 15 seg (180 mt), La demanda
requerimiento energético a cualquier velocidad energética del Ciclismo también se verá afectada por
determinada de carrera submáxima aumenta con los una mayor resistencia de rociado, la cual aumenta
incrementos en el peso corporal a una tasa de casi 4 kj proporcionalmente con el peso corporal. Además, la
por cada kg extra, por cada km de carrera. Es decir, en energía cinética impartida al sistema bicicleta-ciclista
equivalentes aerobicos, el VO2, debe aumentar cerca durante la aceleración, a una tasa determinada, será
de 0.2 Lt. 02/kg por cada km recorrido, debido a una mayor cuando más elevado sea el peso corporal. Por
mayor demanda necesaria para mantener el el contrario, la aceleración se reducirá si las mismas
movimiento de una mayor masa. El efecto sobre la fuerzas son aplicadas por el atleta más obeso. El
performance es particularmente obvio en deportes ascenso de pendientes o cuestas en el Ciclismo está
donde son fundamentales las proporciones entre la particularmente afectado por el aumento del peso
potencia aeróbica/anaeróbica y el peso corporal, tal corporal, hasta el punto de que cada kilogramo de
como ocurre en los eventos de «endurance y en los aumento en el peso (o grasa) corporal producirá una
juegos de campo. En deportes en los cuales son disminución en la performance, tal como se muestra
necesarias la velocidad o la potencia explosiva, por ej. en la 'Tabla 4.
en los juegos con pelota, piques y saltos, el exceso de
grasa aumentará el peso corporal y disminuirá la En síntesis, el movimiento a una determinada
aceleración (aceleración = fuerza/masa), a menos que velocidad o tasa de aceleración requerirá que las
se apliquen aumentos proporcionales en la fuerza. personas con sobrepeso trabajen a un mayor
Esto puede no siempre ser posible, o aún deseable, porcentaje de su VO2max, de lo que lo harían sin la MG
particularmente en eventos en donde se utiliza algún adicional.
grado de ritmo, por ejemplo en los 4.000 mt de

Pendiente (%) Cambio en el peso del ciclista (kg)

0 +1 +5

0 100 100.2 100.9


0.5 106.4 106.7 107.7
1,0 113.6 113.9 115.4
2 130.5 131 .1 133.8
5 201.7 203.6 211.2
TABLA 4. Cambios en los tiempos de rendimiento en Ciclismo en una prueba de 40 km contra reloj, en función tanto del peso corporal
agregado como del aumento en la pendiente del terreno. Los resultados son expresados como un cambio relativo (%), en comparación con
el rendimiento basal (100 %). Olds y cols. (1993; 1995) llevaron a cabo simulaciones del rendimiento en Ciclismo utilizando modelos
matemáticos.

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2.6.1 Consideraciones fisiológicas eventualmente es eliminada como energía calórica


(Astrand & Rodahl, 1986). Para recalcar esta realidad,
La capacidad de trabajo disminuye con una mayor consideremos el siguiente ejemplo, utilizando estos
adiposidad debido a la incapacidad de la grasa, la que extremos. Dos personas de 70 kg, una con sobrepeso y
actúa como un peso muerto. La grasa en sí no tiene la otra magra, realizan el mismo esfuerzo, es decir,
influencia sobre las capacidades de los sistemas consumir 4 It 02 por minuto durante 2 hs. de carrera.
cardiovascular y respiratorio para llevar oxígeno a los Esto generaría suficiente calor (1 It O, = 21 kJ energía
músculos, durante el ejercicio. x 0.75 carga calórica) para elevar sus cuerpos hasta
casi 40 C y 32 C, respectivamente. Sin embargo,
La MG adicional normalmente está asociada con una debido a que obviamente ellos regulan sus
disminución en el cociente entre la superficie corporal temperaturas en algún grado inferior (digamos 40 oC),
y el peso (SC/peso). Debido a que el calor generado ésto significa que la persona obesa debe disipar cerca
por el aumento en el metabolismo de los músculos del 20 % más de calor (y por lo tanto, 20 % más de
activos debe eliminarse a través de la evaporación, la sudoración, suponiendo que todo se elimina a través
convección y la radiación, el cociente SC/peso tiene de la evaporación) que su compañero magro, con el
gran significado en la eficiencia de disipación del fin de mantener la misma temperatura corporal.
calor. Los deportistas con sobrepeso están en
desventaja en los ejercicios de larga duración ya que Eventualmente, en la persona obesa, la calidad
tienen una menor tolerancia al calor que sus pares más (deterioro de la destreza) y la cantidad (capacidad
magros, principalmente debido a las diferencias en el máxima de los sistemas energéticos) de rendimiento
cociente SC/peso (Pyke, 1981). Cuanto mayor es el se verán disminuidas debido a un elevado
cociente (lo que es más evidente en la persona magra), metabolismo anaeróbico y al «stress» por calor.
más efectiva es la eliminación de calor cuando la
temperatura ambiental es menor a la e la piel. 2.6.2 Patrones del peso corporal y niveles de grasa
Además, debido a diferencias en el contenido de agua,
la cantidad de energía calórica necesaria para elevar la Existen grupos específicos de deportistas que
temperatura de una determinada masa de tejido muestran patrones característicos de composición
adiposo por una cantidad establecida (calor corporal y control del peso (Brownell. Nelson, Stern,
específico) es menor que la de la masa magra (MM). & Wilmore, 1987; Fogelholm, 1994). Hay una
Se han llevado a cabo numerosos estudios para considerable cantidad de datos que demuestran que la
determinar el calor específico e distintos tejidos del GC y otras masas corporales se conforman según
cuerpo (Minard, 1970). Las estimaciones e calor patrones predecibles para deportistas específicos, así
específico de todo el cuerpo han variado desde 2.68 como para posiciones específicas dentro (le los
J.gr-1.°C-1 para una persona muy obesa, hasta 3.39 deportes (Holly, Barnard, Rosenthal, Applegate, &
J.gr-1°C-1 para una persona magra, las que tendría un Pritikin, 1986; Sinning, 1985; Soares y cols., 1986;
mayor contenido relativo de agua (Minard, 1970). Por Telford, Tumilty, & Damm, 1984; Wilmore, 1983).
lo tanto, una determinada carga de calor por unidad de En las Figuras 18 y 19, se discuten estos patrones de
masa corporal elevará más la temperatura corporal en GC en relación a los datos de pliegues cutáneos,
el individuo obeso que en el magro. Esto es presentados para deportistas varones y mujeres de alto
importante ya que aproximadamente el 75 % de toda rendimiento.
la conversión de energía dentro del cuerpo

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FIGURA 18. Sumatoria de seis pliegues cutáneos (media +/- DS) en deportistas varones, en un rango de deportes, en relación a un grupo
de referencia de no deportistas.

El grupo de referencia fue tomado de los datos presentados por DASET (1992). Los pliegues cutáneos son: triccipital, subescapular,
biccipital, supraespinal, abdominal, y pantorrilla medial. Observar que la distribución de datos de los pliegues cutáneos tiene una
desviación positiva. Los valores de la mediana y los rangos intercuartilos (marcados por líneas de punto) se muestran como referencia.

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FIGURA 19. Sumatoria de seis pliegues cutáneos (media +/- DS) en deportistas mujeres, en un rango de deportes, en relación a un grupo
de referencia de no deportistas.

El grupo de referencia fue tornado de los datos presentados por DASET (1992). Observar que la distribución de datos de los pliegues
cutáneos tiene una desviación positiva. Los valores de la mediana y los rangos intercuartilos (marcados por líneas de punto) se muestran
como referencia.

Estos y otros grupos de deportistas pueden ser (jockey), el Boxeo, la Lucha Libre, las
someramente clasificados en las siguientes categorías, divisiones de Remo por peso, y el Karate.
según su nivel de grasa corporal:
Es normal que los deportistas en este grupo tengan
Niveles bajos de grasa corporal bajos niveles de grasa corporal. En consecuencia, ésto
Dentro de este grupo de deportistas magros se requiere la eliminación de fluidos corporales para
encuentran las siguientes subdivisiones, basadas en el reducir el peso y provoca que los deportistas se
control del peso corporal: sometan a severos regímenes alimentarios y/o de
deshidratación, inmediatamente antes de ser pesados.
• Deportistas en eventos con categorías por peso También es común que estos deportistas compitan en
que necesitan "alcanzar un peso" antes de la categorías de peso muy por debajo de su peso corporal
competencia. Los deportes en esta categoría natural. La práctica de utilizar regímenes de
incluyen el Yudo, las carreras de caballos deshidratación rápida (1-6 días) para bajar de peso
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(hasta en un 8 %) tiene implicancias obvias sobre la rendimiento físico. Este grupo incluye
salud, que varían desde cambios en el metabolismo deportistas en deportes en los cuales una masa
corporal total, actividad metabólica del tejido adiposo, grasa baja es la norma. Por ejemplo, Voleibol,
función endocrina, y la distribución alterada de la Fútbol Australiano, carrera de «sprints», saltos,
grasa corporal (Brownell y cols., 1987). Además de y eventos de fondo como el Ciclismo, Triatlon,
los rápidos cambios de peso que pueden ser extremos y Pedestrismo. Numerosos investigadores han
(hasta 9 kg en una semana), algunos deportistas observado un deterioro de la performance en
podrían someterse a estos cambios fluctuantes en el estos eventos, a medida que aumentan los
peso y en la composición corporal hasta treinta veces niveles de adiposidad corporal (Wilmore &
o más en cada temporada (Brownell y cols., 1987). Costill, 1987). Con frecuencia, también existe
Aparentemente, a pesar de tales efectos fisiológicos una relación inversa entre el nivel de
adversos con las series reiteradas de disminución competencia y el nivel de grasa corporal (Burke,
rápida de peso, la potencia máxima en eventos que Read, & Gollan, 1985), o con el nivel de triunfo
duran menos de 30 seg puede no verse afectada. De o de éxito en el grupo de élite. Por ejemplo, se
hecho, al menos un estudio ha observado que la ha observado que los remeros de peso pesado
potencia máxima específica para el peso (Watt.kg-1) que han tenido más éxito tienen valores más
aumentó luego de una deshidratación de hasta un 5 % bajos en los pliegues cutáneos que los remeros
del peso corporal (Jacobs, 1980). Sin embargo, que han tenido menos éxito deportivo (Hahn,
debería destacarse que muchos deportistas se someten 1990).
a disminuciones de peso mayores al 5 % del mismo, y
que los tests de laboratorio normalmente no Niveles moderados de grasa corporal
incorporan pruebas de habilidad, las cuales podrían Estos deportistas están relacionados con deportes tales
verse adversamente afectadas (Klinzing & Karpowicz, como el Badmington, Tenis y otras disciplinas con
1986; Maffulli, 1992). Distintos estudios han Raqueta, Cricket, Beisbol, y Navegación, en los
mostrado una reducción en la calidad y cantidad de cuales la disminución de grasa podría ayudar para la
rendimiento en eventos que duran más de 30 seg, aptitud física y la performance, pero generalmente los
luego (le una deshidratación (Horswill y cols., 1990; niveles de grasa corporal tienden a ser mayores que en
Klinzing & Karpowicz, 1986; Webster y cols., 1990). muchos otros deportes. Por ejemplo, los competidores
Es posible que la combinación de una reducción en el varones de navegación en las Olimpíadas de Montreal
flujo sanguíneo en los músculos y en la piel tuvieron una media de 16.4 % de GC (rango 13-24 %
(Claremont y cols., 1976; Horstman y Horvath, 1973), GC) entre los distintos eventos de navegación
en la tasa de sudoración (Sawka y cols., 1983), y las (Shepard, 1990). Los jugadores de Cricket de alto
posibles alteraciones en las concentraciones de nivel de Australia tuvieron una media de 11 % GC,
glucógeno muscular y de minerales (Horswill y cols., con algunos jugadores por sobre el 15 % GC
1990) sean responsables de estos decrementos. Se (AADBase, 1995).
debería mencionar que si bien la mayoría de los
deportes con categorías por peso permiten que los Niveles de grasa corporal superiores a la media
deportistas se rehidraten luego de las sesiones de peso, Los deportes en esta categoría incluyen eventos de
no todos alcanzan los niveles normales de hidratación lanzamiento (Martillo, Disco, Bala) y deportes tales
antes de la competencia. como Natación de «ultra endurance»

• Deportistas que reducen el peso corporal y la El exceso de grasa en los deportistas involucrados en
masa magra principalmente por razones eventos de lanzamiento podría ser perjudicial para la
estéticas. Los deportes incluídos en esta performance. Esto se debe a que la MG disminuirá la
categoría son Gimnasia, Aeróbica de aceleración, particularmente cuando está localizada en
Competición, Patín Artístico, Físicoculturismo, las extremidades. Quizás, ésta es un área del deporte
Saltos Ornamentales, y otros deportes en los en la cual los competidores del futuro diferirán de los
cuales el puntaje está basado tanto en la de hoy. Sin embargo, niveles extremadamente bajos
apariencia como en la performance. Las de GC son raramente observados en combinación con
reducciones de la GC también pueden ayudar al una extraordinaria MM, siendo una excepción los
rendimiento. físico culturistas de peso pesado (Fry y cots., 1991).

• Deportistas que compiten con bajos niveles de La baja densidad de la grasa brinda características de
grasa, específicamente para mejorar el flotabilidad que son ventajosas para los nadadores de

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aguas abiertas (canal, río u océano), suponiendo que una fuerte acción vasoconstrictora. Cuando la
se tiene una adecuada masa muscular que aporte las producción cíe calor se eleva 10 veces de los niveles
suficientes fuerzas propulsoras. Además, la grasa de reposo, se estima que la misma capa de 1 cm
brinda un aislamiento contra el agua fría (Holmer & mantiene una diferencia de 10 veces en temperatura
Bergh, 1974). Se ha sugerido que los niveles más entre el interior del cuerpo y el agua circundante.
elevados de grasa corporal en las nadadoras Se han llevado a cabo tanto estimaciones teóricas
competitivas mejora su eficiencia (consumo de Oz por como mediciones experimentales del segundo
unidad de distancia), con respecto a los varones, gradiente térmico (Tp - Ta). El coeficiente de
debido a una elevación del cuerpo fuera del agua y transferencia de calor por convección determina el
una correspondiente reducción de la resistencia flujo de calor entre el cuerpo y el medio ambiente
hidrodinámica (Pendergast y cols., 1977). Podría circundante, de la siguiente manera:
interpretarse que todos los nadadores tienen una
tendencia hacia la adiposidad. Sin embargo, quizás la •

respuesta más definitiva a esta interpretación se E


Cc =
observa en los datos antropométricos descriptivos ∆TxSC
recolectados en nadadores de élite (Mazza y cols.,
1994). Los datos recolectados durante el Campeonato donde:
Mundial de Natación, en 1990, muestran que todos los Cc = Coeficiente de transferencia de calor por
grupos de nadadores varones tienen bajos niveles de convección (W x m` x
adiposidad, determinados por la sumatoria de seis
pliegues cutáneos (tríceps, subescapular, supraespinal, E = Energía en un momento determinado (Watt)
abdominal, muslo frontal, pantorrilla medial) igual a
41.8 +/- 9.1 mm para los especialistas de 1.500 mt, y ∆T= Diferencia entre la temperatura media de la piel y
60.3 +/- 13.6 mm para los nadadores de aguas del agua (ºC)
abiertas. En las mujeres, la sumatoria de los seis SC= área de superficie corporal (m2)
pliegues varió desde 62.3 +/- 6.7 mm para el grupo de
800 mt hasta 104.6 +/- 29.8 mm para las nadadoras de Nadel y cols. (1970 han calculado que el Cc en aguas
larga distancia (Mazza y cols., 1994). quietas es más de 200 veces mayor que el aire sin
movimiento, bajo condiciones promedio de agua y
En los eventos más largos de la Natación, la grasa temperatura. Debido a que la superficie corporal está
sirve para mejorar la performance en dos formas. En incluida en la ecuación, los deportistas con menores
primer lugar, la grasa da una mayor flotabilidad al cocientes SC/peso son adecuados para eventos de
nadador y contribuye a mejorar la eficiencia natación de larga distancia, particularmente en aguas
disminuyendo la resistencia hidrodinámica. En frías.
segundo término, la hipotermia es un problema que
potencialmente puede poner en peligro la vida en los La grasa subcutánea brinda un efecto de
eventos de Natación de ,<endurance>,. Para eliminar amortiguación en caídas fuertes y colisiones
el calor del cuerpo se debe pasar por dos gradientes corporales en deportes como el Fútbol Australiano y
térmicos, desde el interior a la piel (Ti - Tp), y desde el Rugby, pero podría ser perjudicial para la
la piel al agua (Tp - Ta). El gradiente Ti - Tp es el que performance debido a las razones mencionadas
más está influenciado por la grasa corporal, anteriormente. Por lo tanto, es característico que los
particularmente por las reservas subcutáneas de grasa deportistas de alto rendimiento en estas disciplinas
(Nadel y cols., 1974). Por lo tanto, se necesita una tengan bajos niveles de GC (Withers, Craig y cols.,
capa más gruesa de grasa como aislación térmica para 1987). En sí, un elevado peso corporal «per se» es
preservar el calor corporal en el agua, a pesar de las indudablemente de gran significancia en eventos tales
elevadas tasas de producción de calor durante la como en los luchadores de Sumo, y posiblemente en
competencia (cerca (le 6-10 veces los niveles de ciertas posiciones (por ej., líneas defensivos) en el
reposo). Pugh y colaboradores (1960) calcularon que Fútbol Americano, suponiendo que también se tenga
una capa de 1 cm de grasa subcutánea (casi el grosor una fuerza adecuada.
promedio en el cuerpo en los nadadores varones de
aguas abiertas) es capaz de mantener una diferencia 2.6.3 Entrenamiento y factores hereditarios
cercana a 1.7 ºC; entre el interior y el agua
circundante (Ta = 16 °C), cuando el flujo de sangre en Si bien se sabe que el nivel de GC tiene una
la piel ha sido significativamente reducido debido a considerable base genética, sigue siendo el

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componente que más responde al entrenamiento y a este patrón de cambio en las dimensiones corporales
las intervenciones alimentarias. Bouchard y Lortie que los registros de la estatura humana sean tan
(1984) indicaron que el factor hereditario para la vulnerables en ciencias tan diversas como Medicina,
adiposidad corporal, evaluada a través ele mediciones Antropología y Economía.
de pliegues cutáneos, era aproximadamente de 0.55.
Resúmenes menos más recientes de los mismos Como especie, los seres humanos nunca han sido
autores sugieren ahora un factor hereditario para el mayores en nuestra historia (hasta lo que podemos
porcentaje de grasa cerca del 25 % para la herencia decir). Nuestra presente estatura es resultante de una
biológica con un 30 % adicional a partir ele la explosión de crecimiento sin precedentes a partir de la
herencia cultural (Bouchard & Perusse, 1994). Si bien mitad del Siglo 19. Esencialmente, se ha sabido,
explican una proporción significativa de la variancia durante al menos por un siglo, que los seres humanos
en la adiposidad, se ha mostrado que el entrenamiento están aumentando en tamaño en generaciones
y la dieta, ya sea solos o en combinación, tienen sucesivas. Este fenómeno es denominado «tendencia
profundos efectos sobre el nivel de adiposidad en secular». Si bien no se conocen las razones exactas ele
algunos individuos (ver Capítulo 12). la tendencia secular, podría deberse a una mejor
nutrición, a intercambios entre poblaciones
geográficamente diversas previamente, a procesos de
3. EVOLUCION DEL TAMAÑO CORPORAL inmunización de gran escala, al fin de la revolución
DEL SER HUMANO industrial, a la urbanización, y a un rango de otras
razones menos probables, incluyendo la influencia de
Los cambios en el tamaño corporal de los deportistas uniones variadas y selectivas, y a cambios en la
necesitan ser considerados en el contexto de continuas temperatura y la humedad mundial (Floud, Wachter,
modificaciones de las dimensiones corporales, dentro & Gregory, 1990).
de la población general. Por lo tanto, discutiremos
sobre la evolución relativamente reciente del tamaño Si bien no se sabe si ésto es causa o efecto, ha habido
del ser humano antes de concentrarnos en los datos una disminución casi lineal en la edad de la menarca
deportivos. en muchos países durante los últimos 150 años. La
Figura 21 muestra este fenómeno.
La distribución observada de la altura y del tamaño
corporal dentro de cualquier población se debe a una
combinación de factores, tanto ambientales como
genéticos. Estos representan la culminación de las
influencias evolucionarias hasta ese momento, por
ejemplo las condiciones climáticas, o altura, y la
estabilidad del polo genético. En conjunto, estos
factores determinan las características morfológicas y
fisiológicas actuales de una población.

Los cambios con el tiempo en las distribuciones de las


dimensiones corporales se deben, principalmente, a
factores ambientales, y en menor grado, a las
influencias genéticas. Entre los factores ambientales
se encuentran el estado nutricional de la población y
la prevalencia de enfermedades graves o epidemias. FIGURA 20. Cambios en la estatura en los seres humanos
Por ejemplo, el análisis ele huesos excavados de durante los últimos 2000 años.
individuos adultos que vivieron durante los últimos
Los datos fueron recolectados utilizando excavación arqueológica
dos milenios ha dado una explicación bastante clara y registros históricos. Para cada punto mostrado hay entre 36 y
de las fluctuaciones en la altura del ser humano, desde 10.863 sujetos utilizados. Datos extraídos de: AADBase, 1995;
tiempos bíblicos (Kunitz, 1987), tal como se muestra DASET,1992; Kunitz, 1987; Meredith, 1976; NSW Department of
en la Figura 20. Public Health,1955; Roth & Harris, 1908.

Estos estudios sugieren que nuestra estatura A pesar de que no ha habido una explicación
(predominantemente Europea) ha fluctuado adecuada para este cambio es posible que las niñas
considerablemente durante este período. Es debido a requieran un cierto tamaño corporal para iniciar los
cambios fisiológicos y estructurales que acompañan a

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la menarca. Por ejemplo, utilizando la ecuación de Se ha argumentado, y una considerable cantidad de


regresión presentada en la Figura 21 y los datos de datos respaldan esta idea, que la tasa de cambio en la
tendencia secular (abajo), el tamaño medio (por ej., estatura en el mundo occidental se ha frenado en la
estatura, reflejando la maduración) de las niñas en la mayoría de los países (Tanner, 1978). Se pensaba que
edad de menarca, al final del siglo, es casi idéntico este retraso de la tendencia secular había comenzado
que el tamaño de las niñas actuales, más jóvenes, que durante el período 1960-1970. Sin embargo, los datos
alcanzan la menarca (en promedio, cerca de 150 cm). presentados en las Figuras 22 y 23 sugieren que la
También es interesante observar que el ejercicio físico tendencia secular para la altura en Australia no está
parece retrasar el comienzo de la menarca (Malina, estabilizada. Los datos combinados muestran un
1982; Ross y cols., 1976) mientras que la inactividad incremento lineal en la estatura (variando las
en deportistas jóvenes (debido a lesiones) podría correlaciones entre 0.970 y 0.999 para los grupos por
acelerar la maduración (Ross & Marfell-Jones, 1991). edad individual y por sexo) el cual promedia 1.23 cm
A pesar del retraso de la menarca, los, datos actuales por década para las mujeres y 1.33 cm por década
sugieren que no hay una influencia de la actividad para los varones. Por lo tanto, aparentemente la tasa
física y el entrenamiento crónico sobre el crecimiento total de cambio en la altura es relativamente
final de la altura (Malina, 1994). Los datos con niños constante, y así ha sucedido desde al menos la primera
Australianos, recolectados a intervalos en este siglo, parte de este siglo.
muestran la tendencia secular de la estatura.

FIGURA 21. Edad de menarca, en función del año de menarca, de niñas en distintos países durante los últimos 150 años.

Los datos fueron recogidos de Jokl, 1976; Ross y cols., 1976; Sobral y cols., 1986 y Tanner, 1978.

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permanente discusión en los medios de comunicación,
y principalmente influyen en la performance. Sin
embargo, en la discusión científica de la evolución de
registros deportivos ha habido sólo ocasionalmente
mención sobre la alteración en el tamaño, forma, y
composición de los deportistas que participaban en
diversas disciplinas (Ackland y cols., 1994; Cox y
cols., 1995; Wang, Downey, Perko, Yesalis, 1993).
Hay poco cuestionamiento de que el diseño de los
equipos, las estrategias de entrenamiento, las mayores
oportunidades de competencia, y los avances
tecnológicos hayan sido importantes en la
contribución de performances record. Sin embargo,
igualmente nosotros sugerimos que la evolución de
los tipos corporales con frecuencia ha sido ignorada, y
FIGURA 22. Altura en mujeres, entre 8 y 16 años, desde 1906. fue instrumental en el establecimiento de la mayoría
• Estatura media en mujeres de 16 años, obtenida de DASET de los records actuales.
(1992).
Debería recalcarse que muchos eventos no tienen
records mundiales, como sucede, por ejemplo, con los
deportes de equipo, deportes con raqueta, y otros
deportes no Olímpicos. En estos casos no es fácil
determinar el grado de evolución de los cuerpos de los
deportistas. La tarea es aún más difícil de cuantificar
ya que no hay suficiente información sobre el tamaño
de los jugadores, anterior a los últimos 30 o 40 años.
Cuando se disponen de datos históricos sobre
deportistas, son importantes ya que no sólo reflejan el
tamaño del jugador en momentos específicos de la
historia, sino que pueden ser utilizados para evaluar
las necesidades de evolución del tamaño corporal en
deportes en particular, y predecir los tamaños de los
jugadores futuros. Los datos con deportistas también
son importantes ya que podrían, con algunas
presunciones, utilizarse como base para estimar la
tendencia secular en la población general, cuando no
FIGURA 23. Alturas en varones, entre 10 y 18 años, desde 1906.
• Estatura media en varones de 18 años, obtenida de DASET
hay datos o los hay pocos. Estas comparaciones tanto
(1992) dentro como entre grupos deportivos y no deportivos
podrían revelar patrones singulares de alteraciones en
Las Figuras 22 y 23 han sido producidas utilizando resúmenes de el tamaño corporal con el tiempo, lo cual puede estar
datos recolectados en niños de las escuelas de Sidney (o en edad relacionado con otros aspectos de la vida deportiva
escolar), a lo largo de todo este siglo: (Gard, 1995; Meredith,
1976; NSW Department of Public Health, 1955; Roth & Harris, tales como el entrenamiento, la manipulación
1908). alimentaria, las modificaciones en los reglamentos, y
otras intervenciones como el uso de drogas. Nosotros
3.1 Evolución del tamaño corporal de los sugerimos un modelo para clasificar los deportes, de
deportistas acuerdo a los tipos de jugadores que probablemente se
seleccionen en el futuro. Este modelo está basado en
El tamaño corporal de los deportistas ha sido de gran consideraciones teóricas de los deportes de hoy, junto
interés dentro de la población general (por ej., con datos disponibles a partir de la literatura con
Johnson, 1974; Sachare, 1994). Es común encontrar deportistas, a lo largo de numerosas generaciones.
estadísticas sobre los tamaños de los jugadores en Existen cuatro grandes grupos de eventos deportivos
revistas deportivas semanales. Las alturas y los pesos que nosotros utilizamos para describir nuestro
de los jugadores son elementos fundamentales modelo, combinando la optimización morfológica y la
utilizados en el reclutamiento y selección, son tema de evolución de los seres humanos (deportistas y no
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

deportistas). Estos son: optimización con límite Figura 24. Cada uno de estos modelos será discutido
superior abierto, optimización relativa, optimización individualmente, utilizando ejemplos a partir de
absoluta, y optimización con límite inferior abierto. distintos deportes.
Estos modelos de clasificación son presentados en la

FIGURA 24. Modelos de optimización morfológica con referencia al tiempo. Ver texto para detalles.

3.2 Optimización con límite superior abierto Cestobol, Básquethol y Remo de categoría peso
pesado para la altura; Boxeo y Levantamiento de
Los deportes en esta categoría son aquellos en los Pesas (en los dos extremos; en relación al cociente
cuales los deportistas con un mayor tamaño, o longitud extremidad superior/estatura, y Ap en
proporción absoluta o relativa, tendrán una ventaja en Ciclismo. La Figura 2` muestra la consecuencia de un
la competencia. Es decir, cuanto más grande mejor, ejemplo de optimización con límite superior abierto.
siendo todas las otras variables iguales. Sólo hay En este caso, se muestran las performances de
algunos deporte; que se encuentran dentro de esta levantamientos de super peso pesado, desde 1948, el
categoría, y son los que por lo general no requieren relación a levantamientos dentro de categorías
recorrer grandes distancias o ejercitar durante largos inferiores (cerradas) de peso.
períodos de tiempo (sin descanse). También, estarán
incluídos en este grupo los deportes que requieren que El efecto de esta optimización con límite superior
los deportistas venzan una resistencia externa, no abierto es la aparición de deportistas con más de 160
humana. La optimización con límite superior abierto kg, como el ruso Alexyev (Jokl, 1976). Los records
incluye deportes tales como Levantamiento de Pesas mundiales para los super pesos pesados se han
super-pesados, Lucha Sumo y Fútbol Americano, para incrementado a una tasa aproximadamente del doble
atributos tales como el peso corporal; de lo observado en otras categorías de levantadores.

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FIGURA 25. Relacion entre el peso levantado durante los levantamientos de records mundiales y el año en que se logro; en tres categorías
de peso.

Los datos fueron extraídos de: Jokl, 1976; Mathews & Morrison, 1990. Las ecuaciones son: y' super peso pesado = -7739.3 + 4.127x; y'
peso liviano = -4572.1 + 2.474x; y' peso pluma = -3260 + 1.784x. (*) Records posteriormente anulados por test positivo de doping.

Otro ejemplo puede encontrarse a través del análisis Rugby, y Unión de Rugby). Se obtuvieron datos
cuidadoso de los datos recolectados con jugadores de sobre el tamaño corporal (altura y peso) de los
Fútbol Australiano (Olive, Norton, & Olds, 1994). Si futbolistas a partir de numerosas fuentes,
bien ay poca información sobre el tamaño corporal de principalmente registros de archivos normalmente
la población general de los Australianos adultos, guardados por las organizaciones deportivas. En la
anterior a las últimas dos o tres décadas, existe una Figura 26 se muestra el análisis para los «ruckmen»»
considerable cantidad de datos disponibles con del Fútbol Australiano.
deportistas en tres de los principales tipos de Fútbol
jugados en Australia (Fútbol Australiano, Liga de
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

FIGURA 26. Relación entre las estaturas medias de jugadores de Fútbol Australiano y el año de juego.

Se muestran estos datos en relación a la población general de varones adultos jóvenes. Los 3 jugadores más altos y los 3 más bajos de la
LFA fueron combinados para cada punto de datos en los grupos respectivos. Los datos son extraídos de los registros de la LFA (1994);
DASET (1992), Meredith (1976); Roth & Harris (1908). El gráfico de la derecha muestra los «scores» z para los grupos de Fútbol en
relación a la población general, cambiante en dos momentos de este siglo. La tasa exagerada de aumento en la altura de los jugadores más
altos está representada por un mayor «score» z en la comparación más reciente con la población general (z = 3.3 vs. 1.7).

Estos datos remarcan el cambio en la altura de los La Figura 27 ilustra los cambios en el BMI (peso x
«ruckmen» en relación tanto a la población masculina altura`) durante el transcurso de este siglo, en las tres
de adultos jóvenes como a los jugadores más bajos, a clases de Fútbol. También se presentan, a modo de
lo largo de casi 100 años de historia de este juego. Los referencia, los datos de jugadores de Fútbol
«ruckmen» están aumentando a una tasa más de dos Americano de escuelas secundarias.
veces más rápida que cualquiera de los otros grupos.
Por ejemplo, el jugador más alto en la gran final de Sobresalen dos características. En primer lugar, el
1913 (182 cm), estaría ranqueado por debajo del BMI medio en las dos clases de Rugby ha aumentado
percentil 30 vs. sus pares contemporáneos, cuando se a lo largo del siglo, indicando proporcionalmente
considera todo el equipo. Un jugador de 182 cm sería mayores aumentos en el peso (presumiblemente
casi 25 cm más bajo que la altura media de los tres mayor musculación) en relación a cambios en la
«,ruckmen» más altos de hoy. Esto refleja, quizás, la altura. En segundo término, ha habido una aceleración
naturaleza específica de la posición, el hecho de que dramática en el BMI entre los jugadores de Rugby
estos deportistas ahora puedan descansar más desde los comienzos de la década de 1980.
frecuentemente durante el partido, y el reclutamiento Probablemente sea que gran parte de este aumento se
selectivo de jugadores altos. También significa que el deba a un entrenamiento de fuerza-resistencia más
«pool» potencial de «ruckmen» es mucho menor prolongado y más intenso a lo largo de sus carreras, a
ahora que antes. Las predicciones para los futuros medida que los jugadores fueron adoptando un nivel
jugadores indican que para el año 2050 la media de más profesional. También es posible que haya más
los tres «ruckmen» más altos será aproximadamente jugadores que estén consumiendo drogas para mejorar
de 221 cm (Olive y cols., 1994), alturas alcanzadas el rendimiento, tales como anabólicos esteroides y
actualmente sólo por los centros en el Básquetbol. hormona del crecimiento.

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FIGURA 27. Relación entre el BM1 promedio y el año de juego, para deportistas en cuatro clases de Fútbol.

Los datos de los jugadores de Fútbol Australiano fueron extraídos de registros oficiales de la LFV y LFA de equipos de gran final, a
intervalos de 5 años (registros LFA, 1994); los datos de la Liga de Rugby fueron tomados de las estadísticas del NSWRL (registros de la
LRA, 1994). Estos datos corresponden a jugadores representativos del Australian Kangaroo, a intervalos de 4 años. Los datos de la Unión
de Rugby fueron extraídos de Pollard (1984) y de registros oficiales de la Unión Australiana de Rugby, posteriores a 1984 (registros de la
UAR, 1994). Los datos de Fútbol Americano son de Wang y cols. (1993).

Básquetbol general [cerca de 1 cm x década-1 en los


norteamericanos (Tanner, 1978)]. Además, la tasa de
La Figura 28 muestra otro ejemplo de optimización aumento en la altura para los jugadores más altos que
con límite superior abierto. En este caso, se presenta se incorporaron a la NBA cada año (4.38 cm x década-
1
la altura de cada jugador de la NBA desde 1945 (y ) es casi el doble que el incremento medio en la
algunos de temporadas anteriores). La ecuación de altura, y casi cuatro veces mayor que la de la
regresión indica que la tasa de cambio en la altura población general. A esta tasa de incremento en la
media de todos los jugadores (2.25 cm x década-1) es altura se predice que el primer jugador de 244 cm
significativamente mayor que la de la población (8'0") podrá ser observado en la NBA hacia el año
2030.
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

FIGURA 28. Relación entre la altura de los jugadores de Básquetbol de la NBA, y el primer año de sus carreras profesionales. Datos de
Sachare (1994), n= 2.826.

Como se remarcó anteriormente, existen implicancias una optimización con límite superior abierto en
asociadas con esta progresión de jugadores más distintos deportes, pero además de las influencias de
grandes. Ya se han introducido algunos cambios en el la tendencia secular, podría estar relacionada con uno
juego por razones de seguridad, y para reducir la o más de los siguientes factores:
congestión en el mismo y las excesivas colisiones
corporales. Por ejemplo, como destaca DuPree (1994), • Mayor selectividad en el reclutamiento (por ej.,
los sistemas de montaje hidráulico y los aros apuntando específicamente a jugadores más
deformables fueron instalados para soportar jugadores altos y/o más pesados, tal como en la NBA).
de grandes dimensiones que se cuelgan de los • La influencia de otros factores externos, tal
mismos, y para evitar que se rompan los tableros. como las mejores técnicas de entrenamiento de
Además se recortaron 15 cm de la parte de atrás de los sobrecarga.
tableros para evitar que los jugadores golpeen sus • El posible uso de drogas.
cabezas mientras saltan y bloquean. También se han • La generación de un «pool genético de
sugerido otros cambios como instrumentar canchas y deportistas grandes que resultan de la unión de
pelotas más grandes, aros más pequeños y hasta deportistas entre sí.
disminuir el número de jugadores en la cancha. • Internacionalización versus regionalización del
deporte, donde las poblaciones potenciales son
Ackland y cols. (1994) reportaron que la altura media mucho mas grandes para los deportes.
de jugadoras de nivel internacional había aumentado
3.1 cm, y su peso, 3.2 kg, durante la última década. A 3.3 Optimización relativa
pesar de su mayor peso corporal las deportistas fueron
además menos endomórficas, indicando una menor La optimización relativa se refiere a deportes en los
sumatoria de pliegues cutáneos, utilizados en los cuales el tamaño óptimo del jugador aumenta
cálculos del somatotipo. Por lo tanto, la tasa de aproximadamente en la misma proporción que en la
cambio relativa a la de la población general apoya la población general. Debido a que la población general
ubicación del Básquetbol, tanto masculino como está aumentando en tamaño y en deportistas, y en
femenino, en la categoría de optimización con límite promedio se mantiene el mismo número de DS con
superior abierto. respecto a la media, los tamaños absolutos de los
Hasta el presente no es posible dar una explicación deportistas deben aumentar. La mayoría de los
precisa de esta tendencia que pareciera sin fin hacia deportes que no tienen restricciones en cuanto a

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

categorías por peso se encuentran dentro de esta que las variancias son las mismas, la misma
categoría. Aquí presentamos varios ejemplos. proporción relativa de la población tiene la
oportunidad de participar en el deporte hoy, tal como
Fútbol ha sido el caso en generaciones anteriores. Pueden
encontrarse otros ejemplos revisando los datos de la
En la Figura 26 se mostraba que los «ruckmen» en el Unión de Rugby y de la Liga de Rugby.
Fútbol Australiano estaban aumentando fuera de
proporción con respecto a la población general, pero Por ejemplo, la altura media de los jugadores de la
los jugadores más pequeños estaban incrementando Unión de Rugby ha sido relativamente constante con
proporcionalmente a este cambio. Por lo tanto, los referencia a la tendencia secular de la población
jugadores más pequeños están mostrando una general. Esto se muestra en la Figura 29.
optimización relativa. Esto indica que, suponiendo

FIGURA 29. Relación entre la altura media de los jugadores de la Unión de Rugby y el año de juego, con relación a la altura de la
población general en el mismo período. Los datos de la Unión de Rugby fueron extraídos de las fuentes mencionadas en el texto. Para datos
de referencia, ver Figura 26.

Boxeadores de peso pesado 1995), y observamos que, en promedio, el campeón


Ford (1984) analizó los datos originalmente obtenidos moderno es en realidad más alto y más pesado que sus
por McCallum (1974) sobre el tamaño corporal de predecesores de comienzos de siglo. La diferencia
campeones mundiales de Boxeo peso pesado, entre entre la altura media (le los boxeadores y la del
1889 y 1978. A pesar de la «expectativa inocente de hombre adulto en la población general es de casi 2 DS
que los deportistas más grandes y más fuertes hacen (178.6 versus 191 cm). El hecho de que la tasa de
mejores boxeadores, el autor concluyó que las cambio de los campeones de Boxeo no sea diferente
ventajas derivadas de una mayor potencia muscular de la tasa de cambio de la población general (el IC 95
absoluta, en los boxeadores más grandes, no son tan % para la pendiente inferior de la línea de boxeo es +
grandes como las desventajas de la disminución en la 0.029 cm x década-1), resulta en la tendencia secular
velocidad y agilidad. Utilizando los datos de de tamaño corporal de la población general,
McCallum, Ford concluyó que sólo tres boxeadores presentando un «pool» potencial relativamente
pesos pesados en la historia tuvieron una altura mayor constante de boxeadores de peso pesado. Estos datos
a 189.2 cm, defendiendo los tres el título no más de sugieren además, que el tamaño por si sólo no es
una vez. Sin embargo, nosotros volvimos a analizar la necesariamente una ventaja en el boxeo. Quizás, el
serie completa de datos desde 1882 hasta 1994 intercambio de tamaño por velocidad y aceleración
(Ballarati, 1994; Goldman, 1986; Ford, 1984; Mullan, podría ser particularmente importante en este deporte.

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FIGURA 30. Relación entre la altura de los campeones de Boxeo en la categoría peso pesado (se han incluído campeones no disputados, de
IBC, WB(1, y WBF) y el año en que ganó el título. Datos de Ballarati (1994), Ford (1984), Goldman (1986), y Mullan (1995).

3.4 Optimización absoluta

Jockeys

El tamaño promedio del jockey no ha cambiado


mucho en la mayor parte (le este siglo. El peso
corporal promedio +/- DS en 1933 (n= 138) era de
49.9 +/- 3.3, en 1964 (n= 77) de 48.9 +/- 2.3, y en
1995 (n= 103) de 51.0 +/- 1.4 kg (registros del JCA,
1933, 1964; Jenkins, 1995). En la Figura 31 se
muestran las distribuciones de frecuencia de los
jockeys utilizados en estos análisis.

Esta figura muestra algunos puntos importantes. La


optimización absoluta es aparente durante este
período, donde el peso promedio no cambia (y se
estrecha la variabilidad de pesos corporales). Es decir,
el peso promedio de los jockeys es restringido
mientras que el de la población general aumenta. Por
lo tanto, las medias se distancian, reduciendo el valor
OZ.. Esta variabilidad o rango en el tamaño de los
jockeys está influenciada por el rango de peso que los
caballos normalmente soportan en las carreras. Este
peso actualmente varía entre un peso mínimo de 51
kg, incluyendo jockey, montura y equipo, hasta pesos
máximos cercanos a los 70 kg. En 1964, era de 49 kg.
Se desconoce la cifra para 1933. Por lo tanto, los
pesos mínimos han aumentado debido tanto a las
dificultades que encontraban los jockeys para
mantener un peso bajo (ésta fue la razón principal por
la que el peso mínimo soportado por los caballos FIGURA 31. Distribuciones de frecuencia del peso de jockeys
aumentó de 49 a 51 kg), como al menor número de profesionales, en tres períodos durante este siglo.
personas pequeñas debido a las tendencias seculares.
Datos extraídos de los registros del JCA (1933, 1964); Jenkins
(1995).
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Con el tiempo, la porción inferior de la distribución ha menos de una unidad de BMI durante los últimos 81
sido erosionada. El peso más bajo en 1995 era de 48.0 años (Olive y cols., 1994). Este hecho, junto con los
kg, en comparación con los 41.3 kg en 1933. Una concomitantes incrementos en el peso corporal,
explicación para la disminución en los niveles sugieren que los jugadores de Fútbol Australiano han
superiores para el peso de los jockeys podría ser que mantenido similares formas corporales lineales, a lo
los jockeys más pesados tienen menos oportunidad de largo de la evolución del deporte.
montar, es decir, reducen su posible número de
carreras. Finalmente, las carreras en las cuales a los Maratón
caballos se les colocan cargas adicionales, tales como La maratón de Boston es la carrera mundial más
pesas y vallas, se están volviendo menos populares. antigua aún existente. Se re-analizaron los datos del
Los eventos con vallas no se llevan más a cabo en las tamaño corporal de los ganadores de la maratón de
carreras en la ciudad de Sydney. Debido a que los Boston, desde 1897 hasta 1992 (Falls, 1977; Fox,
vallistas, en general, acarreaban mayores pesos que 1979-1993). La estatura media de los maratonistas
los corredores llanos, una considerable población varones es de 171.3 +/5.4 cm (rango 154.9-190.5 cm)
potencial de jockeys ha sido eliminada del deporte. permaneciendo constante la altura durante casi 100
años, como se muestra en la Figura 32.
Debido a que el «pool» potencial de jockeys es cada La estatura media de los ganadores en Boston no ha
vez menor en cada generación (OZ actualmente = cambiado, a pesar de la tendencia secular en la
3.23 % para los varones), la oferta y la demanda hoy población general (cerca de 1 cm x década' en los
hace que la carrera de caballos sea un deporte norteamericanos; Tanner, 1978). Esta tendencia
profesional lucrativo. Esto indudablemente ha hecho sugiere que existe un tamaño corporal óptimo para
que muchos deportistas, quienes apenas están en el estos eventos. Esta idea está respaldada además por el
rango del tamaño deseable para jockeys, encuentren peso y el índice de masa corporal (peso x altura`) de
difícil llegar a un peso. Esto podría, en parte, explicar los corredores de la maratón de Boston, a lo largo del
también el aumento de jocketas licenciadas, quienes tiempo. El peso promedio de los corredores ha
ahora representan cerca del 5 % de jockeys, en permanecido relativamente constante con el tiempo
comparación con una «no» representación en estudios (61.6 +/- 5.1 kg). También el BMI ha permanecido sin
anteriores (Jenkins, 1995). cambios durante el mismo período, tal como se
muestra en la Figura 33.
Fútbol
La Figura 27 muestra que el BMI promedio de los
jugadores de Fútbol Australiano se ha desviado en

FIGURA 32. Relación entre la altura de los ganadores masculinos de la maratón de Boston y el año en que ganaron. Los datos son de
Jenkins (1995). Datos de Falls (1977) y Fox (1979-1993).

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FIGURA 33. Relación entre el BMI de los ganadores masculinos de la maratón de Boston y el año en que ganaron

.Datos de Falls (1977) y Fox (1979-1993).

También se encuentran disponibles los datos de las Durante este período, la altura y el peso han
ganadoras mujeres, desde 1979 hasta 1992 (Fox, disminuido en forma constante de 1.6 mt, 47.7 kg en
1979). Si bien más dispersos durante este corto
período de tiempo, las ecuaciones de regresión para la
altura, peso, y BMI siguen siendo no
significativamente diferentes dé cero (Figura 34). La
altura media de las maratonistas es de 164.2 +/- 7.2
cm.

El tamaño corporal óptimo para los maratonistas


dependerá de otros factores, incluyendo el tipo de
terreno (los terrenos llanos en los cuales los
corredores más grandes tendrán una ventaja relativa, o
los terrenos ondulados donde estarán en ventaja los
correctores más pequeños), y los beneficios del
tamaño corporal sobre la termorregulación (cociente
ASC/ peso) en el clima de Boston.

3.5 Optimización con límite inferior abierto

Hay muy pocos eventos que se ubican en esta FIGURA 34. Relación entre la altura de las ganadoras femeninas
de la maratón de Boston y el año en que ganaron.
categoría. Uno de los deportes en este grupo es la
Gimnasia femenina. Nodeny (1994) reportó que el Datos de Fox (1979-1993).
tamaño promedio de las representantes del equipo
nacional de los E.E.U.UL ha disminuido durante los 1976 a 1.45 mt, 40 kg en 1992. El BMI en las mujeres
últimos 30 años. Esto se ilustra en la Figura 35. ha bajado de 21.1 en las Olimpíadas de 1964, hasta
19.2 kg x m' en el Campeonato Mundial de 1987
(Classens y cols., 1991). Concordante con estas
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

tendencias, la edad promedio de las gimnastas mujeres presiones podrían variar entre sexos, niveles
que compitieron en Campeonatos Mundiales y competitivos, y con el transcurso del tiempo. Un
Olimpíadas ha disminuido de 22.7 años en 1964 a análisis de la evolución (reciente) del tamaño y forma
16.5 años en 1987. En esencia, debido a las demandas del ser humano ha permitido, además, estimar los
del deporte (de un tamaño más pequeño), el «pool» requerimientos de las dimensiones corporales futuras
potencial de gimnastas mujeres óptimamente para distintos deportes.
proporcionadas se ha reducido entre la población
adulta. En respuesta a ésto, las niñas más jóvenes se
han vuelto progresivamente más adecuadas para el
deporte y, como fruto de esta edad y del alto volumen
de entrenamiento, han desarrollado patrones
característicos de menarca tardía y mantenimiento de
las características de crecimiento de un niño (tales
como bajos niveles de grasa corporal). Esto ha
influido en el reciente cambio en el reglamento para
las Gimnasia femenina internacional, en el cual existe
ahora un límite inferior de edad de 15 años. Sin duda,
este cambio en el reglamento producirá una alteración
en la morfología de las mejores competidoras de nivel
internacional, en maneras que en esta etapa, son
impredecibles.

4. RESUMEN

Este capítulo ha hecho una revisión del concepto de


optimización morfológica. Este es el proceso por el
cual las demandas físicas de un deporte llevan a la
selección de los tipos corporales (estructura y
composición) mejor adecuados para tal actividad. Esto
es más obvio a nivel profesional. Las características
anatómicas aparentes entre los deportistas de élite no
son fijas dentro de la población deportiva. Por el
contrario, se están sometiendo continuamente a
refinamientos dentro de cada generación, como
respuesta al entrenamiento y a lo largo de las
generaciones, a medida que evolucionan los seres
humanos, que son cambiados los reglamentos y las
tecnologías, y que cambia el estado de los deportes.
Todas estas características tienen un impacto sobre el
deporte, modificando la población potencial a partir
de la cual los deportistas son seleccionados. Nosotros
presentamos un modelo para determinar
estadísticamente la probabilidad de que una variable
antropométrica sea encontrada dentro de la población
general (o potencial). Esto permite el análisis de las
FIGURA 35. Relación entre la edad, el peso y la estatura de
presiones de selección para cualquier variable gimnastas varones y mujeres, que compitieron en Campeonatos
antropométrica, y la cuantificación de cómo estas Mundiales y Olimpíadas, desde 1964. Los datos son de Classens y
cols., 1991 (Tabla 6); y Nodeny, 1994 (línea punteada).

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Athletics weekly, September 27, 5-10.
Acknowledgments
Webster, S., Rutt, R., & Weltman,A. (1990).
Physiological effects of a weight loss The authors wish to thank the following people who
regimen practiced by college wrestlers. have helped with data presented in this chapter:
Medicine and Science in Sports and
Exercise, 22, 229-234. Dr Tim Ackland,The University of Western Australia,
Perth
Wilmore, J.H. (1983). Rob Bradley, Australian Rugby Union, Sydney
Appetite and body composition Pitre Bourdon,The South Australian Sports Institute,
consequent to physical activity. Adelaide
Research Quarterly for Exercise and Dr Enid Ginn, Performance Edge Health & Fitness
Sport, 54, 415-425. Services, Queensland
Dr Alan Hahn,The Australian Institute of Sports,
Wilmore, J.H., & Costill, D.L. (1987). Canberra
Training for Sport and Activity:The John Hogg, Boxing Historian, Brisbane, Queensland
Physiological Basis of the Conditioning Col Hutchinson,Australian Football League,
Process, Melbourne,Victoria
3rd Ed. David Middleton, Rugby League Information
Boston:Allyn and Baun. Services, Sydney
Mauri Aho, Chief Handicapper, Australian Jockey
Wilmore, J.H., & Haskell, W L. (1972). Club, Sydney
Body composition and endurance Julie Steele,Wollongong University,Wollongong,
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CAPÍTULO 12

ANTROPOMETRIA, SALUD Y COMPOSICION


CORPORAL
Peter Abernethy, Tim Olds, Barbara Eden, Michelle Neill, y Linda Baines

1. LA RELACION ENTRE SALUD, 2. INDICES ANTROPOMETRICOS


COMPOSICION CORPORAL Y SUPERFICIALES DEL ESTADO DE SALUD
ANTROPOMETRIA
Para el entendimiento de la relación entre la
En este capítulo discutiremos cómo el peso, la antropometría y la salud son fundamentales los temas
adiposidad, y la distribución del tejido adiposo, superpuestos de los niveles de peso, la variabilidad de
determinados por antropometría de superficie, pueden peso, los niveles de adiposidad, y la ubicación de la
estar involucrados en distintas patologías y sindromes, grasa (ver Figura 1). Es probable que los principales
y si el perfil antropométrico puede ser utilizado en el riesgos cardiovasculares y metabólicos asociados con
manejo del riesgo de estas patologías y sindromes. la composición corporal están más estrechamente
relacionados con la distribución de la grasa corporal
• Las técnicas antropométricas pueden ser (particularmente el tamaño de los depósitos de grasa
utilizadas potencialmente en distintas formas abdominal), que con los elevados niveles de grasa en
particulares en relación al manejo del riesgo. El sí, o con el exceso de grasas. El peso, el peso relativo,
perfil antropométrico podría ser utilizado para y el índice de masa corporal (BMI, kg.m-2) son todos
• identificar aquellas personas en riesgo de indicadores de peso, y son valiosos ya que reflejan la
desarrollar una patología; adiposidad general.
• identificar aquellas personas que están
padeciendo alguna patología; La adiposidad corporal ha sido cuantificada utilizando
• profundizar en los mecanismos que sustentan mediciones de pliegues cutáneos y/o perímetros, si
una patología en particular; bien estos procedimientos han sido considerados
• dirigir intervenciones de salud; y normalmente menos favorables que el peso
• controlar los efectos de las intervenciones. hidrostático, el conteo de "K, o la medición del agua
corporal total (Martin & Drinkwater, 1991). Las
En la mayor parte, este capítulo se centrará en el mediciones de la grasa corporal son valiosas, no sólo
«sindrome metabólico», una constelación de síntomas como medición de la adiposidad total, sino también
que frecuentemente ocurren en forma conjunta: para reflejar el grado de incremento en depósitos
obesidad, tensión arterial elevada, altos niveles específicos de grasas (particularmente, niveles de
sanguíneos de triglicéridos, intolerancia a la glucosa, grasa abdominal).
altos niveles de colesterol, y diabetes mellitus de tipo
II (no insulino-dependiente). Un estudio mostró que Las mediciones antropométricas, tales como los
solamente el 36 % de las personas en una población se cocientes entre pliegues cutáneos y el cociente
encontraba libre de los seis síntomas (reportado en cintura/cadera (Cci/ca) han sido ampliamente
Barnard & Wen, 1994). Sin embargo, también utilizados para perfilar la distribución de la grasa. La
mencionaremos la relación entre las distintas formas antropometría de superficie por si sola no puede
de cáncer, la tasa de mortalidad por todas las causas, y cuantificar los depósitos de grasa. La tomografía
los indicadores antropométricos. computada (TC) y la resonancia magnética por
imágenes (RMI) tienen mayor validez (Bouchard,
1994; Després y cols., 1991; Ferland y cols., 1989).
Sin embargo, el costo de la RMI y de la TC, y en el
caso de la TC su irradiación asociada, impide su uso
en la mayoría de los contextos clínicos. Las técnicas
antropométricas de superficie, a menudo, representan

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

las únicas herramientas disponibles para la mayoría de optimizar su uso para un buen manejo de salud.
los clínicos. En consecuencia, es fundamental

FIGURA 1. Relación entre las mediciones antropométricas y los factores de riesgo de las principales patologías. GC = grasa corporal; PC
= pliegues cutáneos; Cci/ca = cociente cintura/cadera.

2.1 Mediciones de peso Murgatroyd, & Coward, 1992). De modo similar, una
reducción significativa en el peso normalmente
2.1.1 Peso corporal y variabilidad en el peso conlleva a la disminución tanto de masa grasa como
magra (Young, Garza, & Steinke, 1984). Debido a que
El peso corporal total y los cambios en el peso son el valor calórico de las grasas es de 37 kJ.gr', y que el
instrumentos antropométricos relativamente generales del tejido magro (- 20 % proteínas) es de 5 kJ.gr', una
en cuanto a lo que a estado de salud se refiere. No persona obesa (que disminuye proporcionalmente más
pueden distinguir entre masa grasa y no grasa, y existe grasas) mostrará una menor reducción en el peso
una amplia evidencia que indica que la primera está corporal, para un determinado déficit calórico, que
más estrechamente implicada en los procesos de una persona magra. Por estas razones, los cambios en
enfermedades (Sjóstrom, 1992a). La proporción de el peso corporal no son índices confiables de cambios
aumento de peso en forma de grasa, y la proporción en la masa grasa.
que es masa magra («fraccionamiento de nutrientes»)
muestra una gran variabilidad inter-individual. Los De cualquier modo, el peso corporal debería ser una
estudios de sobrealimentación, utilizando gemelos, medición de rutina en cualquier perfil antropométrico
(Bouchard, 1991) han mostrado que la constitución relacionado con la salud, ya que un peso excesivo y
genética influye en el fraccionamiento de nutrientes. una variabilidad excesiva en el peso corporal están
La proporción entre masa grasa y masa magra podría asociados con distintas patologías (Sjöstrom,
variar entre 1:2 y 4:1. Los sujetos que aumentaron 1992a,b), entre las cuales se encuentran
más el peso total, normalmente también aumentaron • Angina de pecho y enfermedad cardio-
una mayor proporción de masa grasa. Esto podría coronarias (ECC). En un estudio, se observó
deberse al hecho de que los sujetos con sobrepeso que un grupo de mujeres entre 35 y 55 años, que
pueden tener menores tasas de oxidación de grasas, había aumentado su peso más de 10 kg después
las cuales disminuyen aún más a través de la de los 18 años, tuvo un mayor riesgo de
sobrealimentación (Díaz, Prentice, Goldberg, desarrollar angina de pecho y ECC que las

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

mujeres que habían aumentado su peso menos determinada altura usualmente es definido
de 3 kg (Goldstein, 1992). estadísticamente a partir de estudios con grandes
• Diabetes de tipo II. Se ha estimado que una poblaciones. Los datos de la Metropolitan Life
disminución de 10 kg de peso anularía cerca de Insurance Company (Compañía Metropolitana de
1/3 de la pérdida en longevidad, normalmente Seguros de Vida) han sido utilizados con frecuencia
asociada con la diabetes de tipo II (Goldstein, en los Estados Unidos. Estos datos están disponibles
1992). desde la década de 1940, y desde entonces se han ido
• Hipertensión. La prevención del aumento de actualizando (Sociedad de Agentes y Asociación de
peso en individuos normotensos reduce la Directores Médicos de Seguros de Vida de
probabilidad de hipertensión, mientras que Norteamérica, 1979). En Australia, se disponen de
reducciones modestas en el peso de muchos datos del peso para la altura desde 1957, en el
hipertensos disminuye su tensión arterial Departamento de Salud de la Commonwealth
(Goldstein, 1992). Además, la disminución de (reimpreso en Schell & Leelarthaepin, 1994, p. 48).
peso luego de haber culminado una exitosa
terapia farmacológica antihipertensiva de 5 El peso relativo óptimo parece ser entre 90 y 109 %
años, fue efectiva en muchos individuos para en los varones, y entre 80 y 109 % en las mujeres
mantener una tensión arterial aceptable (Garfinkel, 1985). Los individuos con pesos relativos
(Goldstein, 1992). > 110 % o < 90 % son considerados con sobrepeso o
• Perfiles anormales de lípidos en sangre. Se ha bajo peso, respectivamente. Los pesos relativos que
observado que las reducciones modestas en el caen fuera de este rango han sido asociados con un
peso incrementan los niveles de HDL y aumento en la mortalidad específica y por todas las
disminuyen el nivel de LDL y las causas. Los cocientes de mortalidad por todas las
concentraciones de triglicéridos (Goldstein, causas en hombres y mujeres con pesos relativos >_
1992). 140 % son 1.87 y 1.89, respectivamente (Garfinkel,
1985).
Tanto un aumento en el peso corporal, como los
incrementos y disminuciones cíclicas, pueden influir Aproximadamente el 50 % de los hombres y mujeres
en la salud. Los ciclos de disminución de peso diabéticos (en su mayoría diabéticos de tipo II) tienen
seguidos por aumentos hasta llegar al peso original un peso mayor al 110 % del peso normal (Bray,
(dieta «yo-yo»), parecen aumentar la intolerancia a la 1992a). Garfinkel-(1985) observó que la morbilidad
glucosa, la resistencia a la insulina, y la hipertensión por carcinoma en el endometrio, útero, cervix, y
(Ashley & Kannel, 1974; Drenick, Brickman & Gold; vesícula biliar era significativamente mayor en
1972), y aumentan la mortalidad por toda causa y por mujeres cuyo peso era 120 % mayor que su peso ideal
ECC, particularmente en los hombres (Lissner y cols., nominal. Además, el riesgo de estos cánceres
1991). Son escasos los datos sobre a qué se puede aumentaba con incrementos en el peso relativo hasta,
llamar fluctuaciones «normales» y «excesivas» en el al menos, 140 % de su peso ideal. A este nivel de
peso. Lissner y cols. (1991) cuantificaron la sobrepeso también se observó un incremento
variabilidad del peso corporal como el coeficiente de significativo en el riesgo de cáncer de ovario y de
variación (CV) del peso (desvío standard/media x mama. En los hombres, el riesgo de cáncer de próstata
100), medido durante un período de 16 años. Para los comenzaba a ser significativo con 120 % de su peso
hombres, el CV promedio fue de 5.7 (rango 1 % a ideal nominal, pero no aumentó con mayores
18.7 %). Para las mujeres, el CV promedio fue de 6.7 incrementos en el peso, mientras que el riesgo de
% (rango 1.1 % a 21.4 %). Sin embargo, períodos más carcinoma en colon y en recto se volvía significativo y
cortos de tiempo pueden estar asociados con menores aumentaba, con incrementos en el peso relativo
CV. superiores al 130 %. En síntesis, los hombres y las
mujeres tienen un mayor riesgo de desarrollar algunas
2.1.2 Peso relativo formas de cáncer cuando su peso relativo es superior
al 120 % del normal.
El peso corporal relativo (es decir, el cociente entre el
peso corporal actual y el peso normal, estimado para El peso relativo probablemente representa una
una determinada estatura) ha sido utilizado variable satisfactoria de los riesgos para las
extensamente para propósitos de seguros, y en poblaciones generales, pero se duda que sea una
investigaciones epidemiológicas [por ej., la medición satisfactoria del riesgo individual. Esto se
investigación de Garfinkel (1985) comprendió debe a que el peso relativo no tiene en cuenta las
750.000 sujetos]. El peso «normal» para una diferencias inter-individuales en la masa grasa y su
distribución. Por lo tanto, probablemente el peso

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relativo no debería utilizarse aisladamente para 1986). Waaler (1983) reportó que el riesgo más bajo
identificar una conformación corporal no saludable, o de ECC estaba con un BMI de 23 kg. ni 2, y que cada
para controlar los efectos de las intervenciones dígito de incremento en el BMI por encima de este
alimentarias, deportivas, y/o farmacológicas. valor aumentaba 2 % la mortalidad por ECC. El BMI
tiene una correlación significativa y positiva con la
2.1.3 Indice de Masa Corporal (BMI; IMC) resistencia a la insulina (Bray, 1992b; Donahue,
Orchard, Becker, Culler, & Drash, 1987). Un elevado
Como ocurre con el peso corporal y el peso relativo, BM1 también está asociado con patologías en la
el BMI (kg.nr2) no diferencia entre las masas magra y vesícula biliar y elevados niveles de triglicéridos
grasa (Sjóstrom, 1992a). No es extraño que los (Bray, 1992b; Seidell y cols., 1992). BMI menores a
deportistas magros y saludables presenten un elevado 20 están relacionados con enfermedades digestivas y
BMI (> 30). Las correlaciones entre el porcentaje de pulmonares (Bray, 1992b). El BMI (r= 0.26) y la
los «scores» de grasa corporal (determinada sumatoria cíe pliegues cutáneos en el tronco (r= 0.26)
hidrostática y antropornétricamente) y el BMl son sólo tienen una correlación similar con la tensión arterial
moderadas (r= 0.50-0.80) (Bouchard, 1991; sistólica (Ducimetiére y cols., 1986). Sin embargo, la
Ducimetiére, Richard, & Cambien, 1986; Sedwick Y relación entre el BMI y los niveles de HDL parece ser
Haby, 1991). Por consiguiente, el BMI es mejor visto equívoca (Hodgson, Wahlqvist, Balazs, & Boxall,
como una medición de peso elevado. Además, el BMI 1994; Seidell y cols., 1992). Además, el BMI no tuvo
es de cuestionable valor durante los períodos de tina correlación significativa con el grado de
crecimiento en los cuales la estatura está cambiando aterosclerosis coronaria, ni con el área del miocardio
continuamente, y puede estar distorsionado por la en peligro a partir de una lesión, en hombres y
proporcionalidad de la altura sentado y la longitud de mujeres australianos (Hoclgson y cols., 1994).
piernas (Garn, 1986). Piernas relativamente largas
disminuirán los «scores» de BM1. En síntesis, el BMI es una medición de peso (tanto de
los componentes grasos como, magros). Mientras que
De cualquier modo, el BMI ha sido relacionado con la los incrementos en el peso a nivel poblacional están
mortalidad total y con la morbilidad específica. Por más frecuentemente asociados con incrementos en la
ejemplo, Bray (1992b) indicó que la mortalidad era grasa (Garrow & Webster, 1985), esta suposición no
muy baja en individuos con BMI entre 20 y 25; baja, puede ser formulada a nivel individual (los
para BMI entre 25 y 30; moderada, para BMI entre 30 incrementos en el BMI pueden deberse a aumentos en
y 35; alta, para BMI entre 35 y 40; y muy alta cuando la masa muscular). Por lo tanto, el BMI no debería
el BMI era superior a 40. Se ha observado que los usarse en forma exclusiva para cuantificar la
pacientes con ECC tienen un mayor BMI que los que adiposidad de un individuo.
no padecen de esa enfermedad (Ducimetiére y cols.,

FIGURA 2. Distribución de los valores del BMI (kg.m-2) en la población australiana (del estudio del Departamento de Artes, Deporte,
Medio Ambiente, y Territorio, 1991). Se muestran los percentiles 1 Omo., 50mo., y 90mo.

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2.2 Mediciones de la grasa corporal pueden estimarse a partir de mediciones


antropométricas de superficie (normalmente
El principal problema con las evaluaciones de peso perímetros y pliegues cutáneos). Sin embargo, las
(peso corporal total, peso relativo, y BMI) es que no ecuaciones de regresión son específicas para cada
distinguen entre masa grasa y masa magra. La masa población, y por lo general, involucran considerables
grasa (y particularmente la distribución de la masa errores «standard» de estimación. Las diferencias en
grasa) es, por lo general, un mejor índice de las la distribución grasa entre los distintos depósitos
patologías asociadas con la composición corporal que subcutáneos, y entre los depósitos subcutáneos y
el peso corporal por si sólo. Buskirk (1987) reportó viscerales, significan que las mediciones de los
que la hipertensión, la aterosclerosis y la ECC, la pliegues son un índice imperfecto de la adiposidad
insuficiencia cardíaca congestiva, la diabetes de tipo general. La distribución de la grasa subcutánea difiere
II, la osteoartritis, algunas formas de cáncer, y las entre hombres y mujeres (Karatsu y cols., 1987;
enfermedades que afectan la vesícula biliar, el hígado, Krotkiewski, Bjórntorp, Sjóstrom, & Smith, 1983;
y os riñones estuvieron todas asociadas con la Leibel, Edens, & Fried, 1989), con los valores de
obesidad. Se ha estimado que el 4.3 % de la pliegues en todos los sitios con tendencia a ser
mortalidad total entre los 30 y los 79 años puede mayores en las mujeres que en los hombres. Los
atribuirse a la obesidad (es decir a los niveles pliegues más gruesos tienden a estar localizados en la
excesivos de grasa corporal) (Waaler, 1983). región lumbar-abdominal, en ambos sexos (Karatsu y
Las reducciones generales en la masa grasa parecen cols., 1987).
estar positivamente relacionadas con cambios en los
valores del colesterol total y LDL (r- 0.6-0.7) en 2.2.1 Composición de nutrientes y cambios en la
mujeres obesas, luego de 12 meses de ejercicio composición corporal
(Després y cols., 1991). Es decir, los cambios en estos
lípidos estuvieron similarmente correlacionados con Si bien la grasa contiene 37 kJ.gr', las proteínas 17
reducciones en la grasa subcutánea del abdomen, kJ.gr, y los carbohidratos 16 kJ.gr', no todos los
tronco y muslo, y también con la grasa abdominal kilojoules son «tratados igualmente» por el
profunda. Además, los cambios en la masa grasa organismo. La grasa alimentaria es convertida más
tienen una correlación significativa con cambios en la eficientemente a grasa corporal (un costo neto de
función de. la glucosa (r= 0.64), colesterol (r= 0.67), aproximadamente 3 % del valor calórico de la grasa
LDL (r= 0.61), y con el cociente IIDL/LDL (r= -0.60) ingerida). Los carbohidratos, por el contrario,
(Després y cols., 1991). Otra consideración es que los necesitan el 23 % del valor calórico del alimento
cambios en la adiposidad general -pueden ser un ingerido para ser almacenados como grasa corporal.
indicador antropométrico de los cambios en las masas Por lo tanto, existe una ventaja evolutiva (desde una
grasas regionales (tales como la grasa abdominal perspectiva termodinámica) en almacenar la grasa
profunda), más directamente implicadas en el estado alimentaria en adipocitos. Los estudios poblacionales
de salud (ver más adelante). (Miller, 1991) muestran significativas correlaciones
positivas (r= 0.37-0.38) entre la ingesta de grasa
Por lo tanto, puede ser aconsejable una evaluación alimentaria y el porcentaje de Brasa corporal. Estos
general de la adiposidad (tal como la sumatoria de datos sugieren que un cambio en la composición de la
pliegues cutáneos, porcentaje de grasa corporal, o dieta, aún sin un cambio en la ingesta calórica total,
masa grasa absoluta) ya que brinda una información pueden afectar la composición corporal.
que el peso corporal total, el peso relativo, o el BMI
no proporcionan. Distintas intervenciones afectan en 2.3 Mediciones de la forma corporal y distribución
forma diferencial las masas grasa y magra, y tal de las grasas
información puede dar la perspectiva de sí la
intervención esta funcionando o no. Por ejemplo, es Se está volviendo cada vez más claro que la obesidad
necesario saber si los aumentos del BMI son el tiene muchos fenotipos (Bouchard, 1991)
resultado de incrementos en la masa grasa o magra. La caracterizados por distintas distribuciones de la masa
primer situación puede ser negativa para la salud, grasa. Algunas obesidades parecen afectar
mientras que la última podría mejorar la misma. adversamente a la salud más que otras (Seidell y cols.,
1992). Bouchard (1991) ha Identificado cuatro tipos
A menudo, se utiliza la sumatoria de pliegues principales de obesidad:
cutáneos como estimación de la adiposidad corporal • Tipo 1 (grasa y/o peso excesivo que está
total. La densidad corporal, y por lo tanto, el distribuido en todas las regiones corporales);
porcentaje de grasa corporal y la masa grasa absoluta,

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• Tipo II (excesiva grasa subcutánea en la región datos sugieren que las personas que padecen de
abdominal, o adiposidad androide); obesidad de Tipo 111 tienen un mayor riesgo de ECC.
• Tipo III (excesiva grasa abdominal profunda); y Se cree que estas relaciones son producto de eventos
• Tipo IV (exceso de grasa en las regiones glútea metabólicos a los cuales Bouchard (1990 ha
y femoral, o adiposidad ginecoide). denominado el «sindrome metabólico».

Normalmente una persona obesa tendrá obesidad de Existen desacuerdos con respecto de cómo las
Tipo I en combinación con alguna otra forma de obesidades de Tipo II y Ill están relacionadas con el
obesidad. Por ejemplo, no es extraño que las mujeres sindrome metabólico. Una línea e pensamiento
con sobrepeso tengan obesidades (le Tipo I y Tipo IV. argumenta que estas obesidades desencadenan el
Las implicancias para la salud no parecen ser sindrome metabólico. Específicamente, los elevados
uniformes para cada Karma de obesidad o niveles de cortisol promueven el depósito e grasas en
combinaciones de obesidad. las regiones subcutánea y visceral del abdomen (Bray,
1992h). Esto contrasta con los bajos niveles de
La obesidad androide (Tipos II y III) ha estado cortisol que, en combinación con una elevada
asociada con disfunciones metabólicas y morbilidad proporción estradiol/testosterona, promueven el
(hipertensión, mayores niveles de lipoproteínas de depósito de grasas cerca de las regiones de glúteos y
muy baja densidad [VLDL] y de baja densidad [LDL], muslos (Bray, 1992b). Las células grasas localizadas
disminuciones en las concentraciones de HDL, en la región abdominal son más sensibles a la lipólisis
hiperlipidemias, diabetes de Tipo 11, y ECC) (es decir, la ruptura e la grasa almacenada en AGL y
(Bouchard, 1994; Goldstein, 1992; Larsson, 1991; glicerol plasmático) que las encontradas en la región
Larsson y cols., 1984; Schmidt, Duncan, (,anani, glúteo-femoral (Gerber, Madhaven, & Alderman,
Karohl, & Chambless, 1992). De hecho, la correlación 1987). Los AGL de la región abdominal son liberados
entre la Obesidad de "Tipo II y las ECC es de una directamente en la circulación portal (Larsson y cols.,
magnitud similar a las correlaciones entre las ECC y 1980. El aumento en los AGL plasmaticos lleva a una
eI tabaquismo, la hipertensión, y la hiperlipidemia disminución en el consumo de insulina por el hígado
(Larsson, 1991). (Ohlson y cols., 1985). La obesidad abdominal está
asociada con una mayor lipólisis y, por lo tanto,
La grasa abdominal subcutánea y la grasa abdominal mayores niveles de AGL plasmáticos dentro e la
profunda parecen ser particularmente peligrosas circulación portal, lo cual a cambio, aumenta la
aumentando el riesgo de ECC, hipertensión, cálculos posibilidad que el consumo de insulina sea inhibido,
biliares, y diabetes de Tipo II (Bray, 1992b; Larsson y llevando a elevados niveles periféricos de insulina en
cols., 1984). Los niveles elevados de grasa abdominal sangre y mayor resistencia a la insulina (Figura 3;
profunda están correlacionados con la intolerancia a la Ohlson y cols., 1985). Alternativamente, Barnard y
glucosa, hiperinsulinemia, hipertensión, aumentos en Wen (1994) argumentan que el sindrome metabólico
los niveles plasmáticos de triglicéridos, y es un fenómeno del estilo de vida occidental (es decir,
disminuciones en los niveles de lipoproteínas de alta del comportamiento sedentario y el consumo de dietas
densidad (HDL) (Després y cols., 1991; Kissebah y ricas en grasas y de azúcares refinados).
cols., 1982; Zamhoni y cols., 1992). Este perfil Específicamente, este estilo de vida provoca
metabólico es consistente con las ECC, diabetes de resistencia a la insulina en individuos susceptibles. El
Tipo II, y morbilidad por accidentes desarrollo de las obesidades de Tipo II y III sigue al
cerebrovasculares. Bergstrom y cols. (1990) desarrollo de esta resistencia a la insulina. En síntesis,
reportaron que aún cuando se tienen en cuenta I(),s el sindrome metabólico parece tener un fuerte
efectos de la tolerancia a la glucosa y el BMT, los potencial para comprometer la salud, aumentando la
hombres con ECC tienen más grasa abdominal probabilidad de diabetes de Tipo II, ECC, y
profunda que sus pares subclínicos. Las reducciones enfermedades cerebrovasculares. Sigue siendo poco
en la obesidad de Tipo III (es decir, grasa abdominal claro si las obesidades de tipo II y III son instigadoras
profunda) también están correlacionadas con cambios o indicadoras de la resistencia asociada a la insulina.
positivos en los niveles de triglicéridos (r= 0.67) y con
la proporción IIDL/LDL (r= -0.66) (Després y cols.,
1991). Estos

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FIGURA 3. Cadena posible de eventos relacionados con el «sindrome metabólico».

La reducción de la adiposidad abdominal a través de 2.3.1 Pliegues cutáneos específicos y cocientes entre
intervenciones sobre la salud (por ej., ejercicio pliegues
aeróbico regular) puede atenuar la resistencia a la
insulina asociada con el síndrome metabólico Si bien la sumatoria de pliegues cutáneos puede ser
(Goldstein, 1992). La disminución de la adiposidad utilizada como estimación de la adiposidad general,
abdominal reduce el nivel de AGL depositados en la los pliegues cutáneos específicos y los cocientes entre
circulación portal, lo cual a cambio, mejora la pliegues cutáneos, pueden ser utilizados para ubicar la
captación hepática de insulina. El aumento en el distribución de la grasa subcutánea. A menudo, se
«clearance» (lavado) de insulina parece ser el distinguen dos grandes clases de distribución de las
mecanismo inicial de la mayor sensibilidad a la grasas. Muchas mujeres presentan una distribución
insulina (Després y cols., 1991). Las reducciones en la ginoecoide de la grasa subcutánea (es decir, grasa
grasa abdominal interna parecen ser necesarias para subcutánea preferentemente distribuída alrededor de
producir cambios positivos en el metabolismo de la las regiones de glúteos y muslos), mientras que los
glucosa (es decir área de glucosa), en los niveles de hombres tienden a presentar una distribución androide
triglicéridos, y en el cociente HDL/LDL (Després y (es decir, grasa subcutánea preferentemente
cols., 1991). Ferland y cols. (1989) reportaron que el distribuida en la región abdominal). Ciertos pliegues
BMI y el CCi/Ca tuvieron una correlación moderada cutáneos pueden brindar una información más
con la grasa abdominal interna, y con la proporción confiable que otros acerca de los riesgos para la salud.
entre la grasa abdominal interna y la grasa abdominal Existen datos que sugieren que los pliegues del tronco
total. Claramente, se necesita más investigación para (por ej., subescapular y abdominal) proveen más
determinar si cualquier índice antropométrico puede información en relación a la salud que los pliegues
brindar una perspectiva de la obesidad de Tipo III, en apendiculares (por ej., muslo frontal y tríceps)
la población en general o en grupos específicos. (Ducimetiére y cols., 1986; Ferland y cols., 1989). El
grosor de los pliegues del tronco tiene una correlación
Las obesidades de tipo II o III, actuando a través del positiva con la tensión arterial elevada, con altos
síndrome metabólico, son potencialmente fuertes niveles de triglicéridos, BMI, angina de pecho, y
antagonistas de una buena salud. Por consiguiente, el morbi-mortalidad por ECC (Ducimetiére y cols.,
especialista se enfrenta con un dilema: por un lado la 1986; Ferland y cols., 1989; Haffner, Stern, Hazuda,
obesidad de Tipo III es difícil de evaluar dentro del Pugh, & Patterson, 1987; Higgins, Kannel, Garrison,
contexto clínico; por el otro, la identificación y el Pinsky, & Stokes, 1988; Seidell y cols., 1992). Los
tratamiento de la obesidad de Tipo III puede ser coeficientes de correlación entre la sumatoria de los
fundamental para obtener resultados positivos en la pliegues del tronco y la tensión arterial sistólica (r=
salud. 0.26), colesterol total (r= 0.24), y niveles de

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triglicéridos (r= 0.35) son mayores que con la abdominal interna sumaba el 20.9 +/7.1 % y el 8.1 +/-
sumatoria de pliegues en las extremidades (0.08, 0.08, 3.1 % de la adiposidad abdominal total,
y 0.15, respectivamente) (Ducimetiére y cols., 1986). respectivamente. Este porcentaje es mayor en
Además, los cambios en la obesidad abdominal individuos obesos. Por ejemplo, Ferland y cols. (1989)
subcutánea están correlacionados con cambios en los observaron que en mujeres obesas pre-menopáusicas
niveles de colesterol (r= 0.71) y de LDL (r= 0.63) la grasa abdominal profunda sumaba el 19.0 % (+/- 5;
(Després y cols., 1991). rango: 9-33) de la adiposidad abdominal total. El
amplio rango en la adiposidad abdominal interna
Haffner y cols. (1987) reportaron que en hombres y observado en las mujeres obesas podría estar en
mujeres mexicanos el cociente subescapular/tríceps función de la edad y/o del estado menstrual (Zamboni
(CST) tuvo una correlación con la diabetes de Tipo II y cols., 1992).
y con los niveles de triglicéridos (r= 0.20) y de HDL
(r= -0.16). Además, se pensó que el CST y el CCi/Ca Los componentes de grasa superficial y profunda no
eran indicativos de diferentes eventos metabólicos. responden de modo similar a las intervenciones
Consecuentemente, Haffner y cols. (1987) instaron a alimentarias o de ejercicio (Després y cols., 1991;
los clínicos a medir el CST, además de otros índices Ferland y cols., 1989). Específicamente, las
metabólicos, cuando se quería obtener un perfil de la reducciones en la grasa abdominal subcutánea
adiposidad. De forma similar, Karatsu y cols. (1987) preceden a las del compartimento abdominal interno.
reportaron correlaciones entre el cociente tríceps/su Se ha mostrado que el ejercicio aeróbico prolongado
bescapular (es decir la inversa de CST) y los niveles reduce significativamente la grasa abdominal
de triglicéridos (r= -0.38), colesterol total (r= -0.27), subcutánea, pero no la grasa abdominal interna
LDL (r= -0.27), y LIDL (r= 0.26) en japoneses que (Després y cols., 1991).
realizaban ejercicios en forma regular. Sin embargo,
Seidell y cols. (1992) sólo observaron una correlación 2.3.2 Cociente cintura/cadera (CCi/Ca)
significativa entre el CST y los niveles plasmáticos de
triglicéridos (r= 0.12) cuando se corregía para el BMi, Otra forma de describir la distribución de la grasa es
en hombres europeos. Las correlaciones no fueron utilizar cocientes entre perímetros, tales como el
significativas entre el CST y la tensión arterial cociente entre la cintura y la cadera. Esta proporción
diastólica, el colesterol total, y los niveles de HDL, o simple está caracterizada por una buena confiabilidad
de insulina. Estos resultados equívocos en las (r= 0.92), aunque parece haber un mayor error en la
investigaciones con el CST pueden responder a medición del CCi/Ca en las mujeres que en los
factores (le raza, sexo, y edad dentro de las muestras hombres (Wing y cols., 1992). Sin embargo, la
consideradas y/o a limitaciones en los métodos revisión de la literatura sobre el CCi/Ca mostró que
estadísticos utilizados. hay un alto porcentaje de confusión sobre la ubicación
exacta de los sitios para los perímetros de cintura y
De particular interés es la grasa abdominal cadera (Alexander & Dugdale, 1990; Jakicic y cols.,
subcutánea, la cual es un predictor independiente de 1993). En un grupo de mujeres obesas, los CCi/Ca
riesgo cardiovascular. Una cuestión importante es el variaron de 0.76 a 0.95 de acuerdo a los sitios
grado al cual este depósito refleja la adiposidad elegidos, colocando ya sea al 23 % o al 100 % de la
abdominal profunda o interna, la cual parece tener una muestra en la categoría «en riesgo» Los valores
mayor capacidad de comprometer la salud que otros limítrofes para un mayor riesgo han variado de 0.91 a
fenotipos de obesidad (Bouchard, 1991). Las 1.00 para los hombres, y de 0.80 a 0.91 para las
correlaciones entre la sumatoria de siete pliegues mujeres. Por consiguiente, las recomendaciones
cutáneos en el tronco (subescapular, suprailíaco, y acerca de los valores límite deberían interpretarse en
abdominal) y extremidades (bíceps, tríceps, muslo relación a los sitios de medición. En el perfil
frontal, y pantorrilla medial) vs. la grasa abdominal antropométrico, el CCi/Ca es definido como el
total, la grasa abdominal profunda, y la grasa cociente entre el perímetro de cintura (item 17 del
abdominal subcutánea son modestas pero perfil antropométrico completo) y el perímetro de
significativas (r- 0.60; Ferland y cols., 1989). Estas cadera (item 18 del perfil completo). Los lugares
intercorrelaciones sugieren que casi un tercio de la precisos de estos sitios están descriptos en el Capítulo
variación en la adiposidad abdominal profunda podría 2.
ser atribuida a los pliegues cutáneos.
El CCi/Ca ha sido extensamente utilizado para
No existe un cociente fijo entre la grasa abdominal discriminar entre las distribuciones androide (Tipo II)
subcutánea y profunda. Leibel y cols. (1989) y ginecoide (Tipo IV) de grasas (Bray, 1992b;
reportaron que en hombres y mujeres la grasa Larsson y cols., 1984; Sedgwick & 1-lahy, 1991). Los

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mayores y menores CCi/Ca, respectivamente, indican de los E.E.U.U. pueden atribuírse a un exceso de
mayores distribuciones de grasa androide y ginecoide. grasa androide (es decir, CCi/C:a > 0.901). Por el
Los CCi/Ca superiores a 0.95 y 0.85, para hombres y contrario, una excesiva grasa ginecoide no está
mujeres respectivamente, tienen un mayor riesgo de correlacionada con los factores de riesgo para las ECC
enfermedad (Bray, 1992b). Como se ha indicado (Terry, Stefanick, Haskell, & Wood, 1991). La Figura
anteriormente, estos umbrales estarán modificados por 4 muestra la distribución de los CCi/Ca en la
el procedimiento y por otros factores que incluyen: comunidad australiana.
edad, raza, nivel actual de obesidad (Seidell, 1992).
Larsson (1991) estimó que el 20 % de las ECC dentro

FIGURA 4. Distribución de los valores del cociente entre cintura y cadera (CCi/Ca), en la población adulta australiana (del estudio del
Departamento de Artes, Deportes, Medio Ambiente, y Territorios, 1991). Las tablas agregadas muestran los percentiles 10mo., 50mo., y
90mo.

Con frecuencia se han reportado correlaciones en mujeres obesas (BMI = 34.5 +/- 4.3 kg.nr2)
significativas entre el CCi/Ca y la ECC (o indicadores redujeron la grasa abdominal subcutánea más que la
de mayor riesgo de ECC) (Hodgson y cols., 1994; grasa femoral. Las intervenciones parecen reducir la
Jakicic y cols., 1993), pero no han sido observadas en grasa subcutánea antes que la grasa abdominal interna
forma universal, particularmente en los hombres (Després y cols., 1.991). El ejercicio aeróbico
(Hubinger, 1994; Wing y cols., 1992). Esta prolongado (14 meses) llevó a una disminucion del 11
inconsistencia en la correlación podría deberse, en % en la grasa abdominal subcutánea, pero sólo a una
parte, a la disociación entre los compartimentos reducción del 2.5 % en la adiposidad abdominal
subcutáneos e internos- de la grasa abdominal profunda. Sin embargo, esta reducción preferencial en
(Busetto y cols., 1992; Ferland y cols., 1989). El valor la adiposidad de la cintura sobre la cadera podría
clínico del M/C a también puede estar modificado por depender de factores tales como la duración de la
el sexo, el grupo étnico, el nivel de obesidad, y los intervención, el BMI inicial, y/o el nivel de actividad.
factores geográficos (Busetto y cols., 1992; Valdez, Sedgwick y Haby (1991) observaron que las mujeres
Seidell, Ahn & Weiss, 1993). con BMI iniciales de 25.0 (+/- 4.6) kg.m-2 que
gastaban aproximadamente 21.7 MI durante el
El CCi/Ca parece ser sensible al entrenamiento. En entrenamiento, en un programa físico de 10 semanas,
poblaciones obesas, el cambio en el CCi/ Ca ocurre mostraban mayores reducciones en el perímetro de
como resultado de la pérdida preferencial de grasa cadera que en el de cintura.
abdominal subcutánea. Després y cols. (1991)
reportaron que 14 meses de actividad aeróbica regular

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2.3.3 Indice de conicidad (IC) • existe un rango teórico (1.00-1.73);


• puede ser utilizado para realizar comparaciones
Valdez, Seidell, Ahn, y Weiss (1993) desarrollaron el entre individuos, ya que el perímetro de cintura
índice de conicidad (I(',) el cual puede tener valor está corregido para la altura y el peso dentro de
clínico cuando se intenta medir la distribución de la la fórmula; y
grasa. El IC considera al ser humano como un cilindro • no hay necesidad de medir el perímetro de
en su extremo más delgado («score» del IC (le 1.00) cadera.
hasta dos conos perfectos con una base común en la
cintura, para su extremo más ancho, cerca del Se necesitan más investigaciones para establecer el
abdomen Gscore» del IC de 1.73). Se calcula por la potencial clínico del IC.
siguiente fórmula:
2.3.4 Somatotipo
perímetro
IC =
peso El estudio de la relación entre la morfología corporal
0.109 y las enfermedades se denomina <'medicina
h constitucional, Carter y Heath (1990, pp. 292-311)
han revisado numerosos estudios que examinan las
donde, el perímetro es el perímetro abdominal (nit), relaciones entre el somatotipo y un rango de
medido a nivel del ombligo, el peso es el peso en kg, y enfermedades. Estos estudios están resumidos en la
h es la altura (mt). Tabla 1.

La correlación entre el IC y el CCi/Ca es de moderada Además de los estudios resumidos en la Tabla 1, se


a elevada para la mayoría de las poblaciones (r= 0.64- han encontrado asociaciones entre el somatotipo y la
0.86) (Valdez y cobs., 1993). Los coeficientes de incidencia de lesiones. Los individuos con un elevado
correlación entre el IC y el CCi/Ca vs. los lípidos en endomorfismo y mesomorfismo son más susceptibles
sangre fueron similares en 2.240 norteamericanos y de sufrir esguinces y desgarros, mientras que aquéllos
europeos (Valdez y cols., 1993). Estos datos sugieren con un ectomorfismo alto son propensos a tener
que ambos índices antropométricos pueden tener un lesiones crónicas. Algunos estudios también han
similar valor clínico. Valdez y cols. (1993) señalan observado correlaciones entre los componentes del
tres ventajas del IC: somatotipo y la postura, mostrando a los mesomorfos
con mejor postura que los endomorfos o ectomorfos.

Enfermedad endomorfismo mesomorfismo ectomorfismo


Cancer de cervix uterino -
Cancer de endometrio +
Enfermedad cardiovascular
Obesidad + +
Diabetes (espec. Mujeres) +
Sindrome de Down + + -
Acondroplastiaa + + -
Sindrome de Marfanb + +
Sindrome de Klinefelterc - +
Dislipidemias (hombres) + -
Sindrome de Legge-Calvé-Perthesd +

TABLA 1. Relaciones entre los componentes del somatotipo y el desarrollo de estados patológicos (resumido de Carter y Heath, 1990,pp.
292-311). El signo «más» (+) indica una relación positiva entre el componente del somatotipo y el desarrollo de la enfermedad. El signo
«menos» (-) indica una asociación negativa.
a
Enano
b
Enfermedad caracterizada por extremidades muy largas, fuera de proporción, y dedos «como araña»
c
Feminización en los hombres debido a una patología en los cromosomas
d
Osteocondritis de la articulación de la cadera

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3. RECOMENDACIONES: UN SISTEMA DE de Tipo II (es decir, obesidad abdominal subcutánea;


PERFIL CON MULTIPLES PASOS Bray, 1992b). Claramente, tal clasificación está consi-
derada como un indicador de posibles problemas para
El método delineado aquí propone un sistema de perfil la salud, y es recomendable alguna intervención.
con múltiples pasos, con el cual los clínicos pueden
trabajar evaluando el estado de salud y el riesgo de Son necesarios cambios bastante grandes en el peso
patologías asociadas con la composición corporal. La antes de que ocurran cambios significativos en el
necesidad de un sistema multi-pasos fue señalado en CCi/Ca. Wing y cols. (1992) reportaron que en los
forma precisa por Seidell y cols. (1992, p.21): hombres una disminución de 9.8 kg en el peso como
«diferentes indicadores de la distribución ele la grasa resultado del ejercicio produjo una reducción en el
están relacionados con distintos aspectos de... la CCi/Ca (0.035 +/0.03), mientras que una pérdida ele
enfermedad». Cuando se utiliza este método ele perfil, 6.4 kg en las mujeres no resultó en tal cambio (0.006
se deberían considerar distintos puntos. +/0.005). Además, los cambios en el CCi/Ca en las
• La adiposidad, la distribución de la grasa, y el mujeres no estuvieron relacionados con cambios en
peso deberían evaluarse de modo regular, a lo los niveles ele colesterol, HDL, o triglicéridos; tensión
largo ele toda la vida. A modo de ilustración, se sanguínea sistólica o diastólica; y tolerancia a la
ha mostrado que el aumento en los niveles ele glucosa. En los hombres, el cambio en el CCi/Ca tuvo
obesidad incrementa el riesgo de ECC más que una correlación con el colesterol (r= 0.35) y
la obesidad estable (Bray, 1992b). triglicéridos (r= 0.32), y la tensión arterial sistólica (r=
• Se necesita tener en cuenta la edad y la historia 0.21) y diastólica (r= 0.25). Sin embargo, ninguna de
médica del paciente. Por ejemplo, la relación estas correlaciones fueron significativas cuando se
entre ECC y obesidad aumenta cuanto más realizaron ajustes por el BMI. La razón por la cual el
tiempo la persona está excesivamente obesa. En CCi/Ca parece de poco valor para controlar los efectos
el estudio ele Framingham, la obesidad y la ECC ele las intervenciones sobre la salud es que la grasa,
tuvieron una fuerte correlación después de 26, aparentemente, se reduce diferencialmente en dos
pero no después ele 12 años de seguimiento niveles. Primero, en algunos casos existe una
(Ducimetiére y cols., 1986). reducción preferencial en la grasa ginecoide, y en
• También existe la necesidad de tener en cuenta otros en la grasa androide; y segundo, las
las diferencias de sexo, yaque la obesidad parece disminuciones en la grasa subcutánea e interna no
tener un menor efecto en las mujeres que en los necesariamente están ligadas (Després y cols., 1991;
hombres (Bray, 1992b). Bray (1992b) reportó Ferland y cols., 1989; Sedgwick & Haby, 1992).
que las mujeres necesitaban aumentar 20 kg más
ele grasa que sus pares masculinos para producir De acuerdo a este sistema cualquiera que presente un
similares deterioros en la función de la glucosa y CCi/Ca elevado debería considerarse como posible
en la tensión arterial. candidato para intervenciones sobre su salud.
• Para aquellos sujetos cuyos perfiles
antropométricos sugieren un riesgo de Paso 2 - BMI
desarrollar el sindrome metabólico, la tensión
arterial, la tolerancia a la glucosa y/o los perfiles La capacidad para identificar personas en riesgo'
lipídicos deberían controlarse en forma regular. aumenta cuando se combina la información del BMI y
del CCi/Ca. El BMI y el CCi/Ca evalúan
Paso 1 - CCi/Ca fundamentalmente cualidades diferentes (el
denominador común entre los dos índices varía entre
El CCi/Ca es la primera medición antropométrica que el 9 y el 36 % en los hombres, y se cree que es menor
utilizamos para identificar si la salud está en riesgo al 1 % en las mujeres) (Hodgson y cols., 1994; Laws,
debido al peso y/o a la adiposidad. Se ha mostrado Terry & BarrettConnor, 1990; Haffner y cols., 1987;
que el CCi/Ca es un excelente predictor Ohlson y cols., 1985; Wing y cols., 1992). La
antropométrico ele morbi-mortalidad por ECC, ele combinación entre la obesidad, androide y un alto
accidentes cerebrovascula es, y ele diabetes mellitus BMI incrementa las chances de desarrollar ECC y
en hombres y mujeres (Ducimetiére y cols., Ohlson y diabetes mellitus (Lapidus y cols., 1984; Larsson y
cols., 1985), especialmente en individuos menores de cols., 1984; Ohlson y cols., 1985). Si bien las
70 años, y no obesos todavía (Gerber y.cols., 1987; correlaciones entre el CCi/Ca y la mayoría de los
Larsson, 1991; Larsson y cols., 1994; Seidell, 1992). lípidos en sangre son moderadas (r= 0.27-0.39), en
Hombres y mujeres con CCi/ Ca de >_ 0.95 y ? 0.80, individuos que presentan un alto BMI (? 29.6 kg.m-2),
respectivamente, pueden ser clasificados como obesos son de cualquier modo mayores que las observadas en
individuos con BMI más bajos (Jackicic y cols.,

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1993). Sin embargo, un bajo BMI en combinación con sobrepeso. Los cambios en el BMI tuvieron una
un alto CCi/Ca aparentemente aumenta el riesgo de correlación significativa, aún cuando se corrigió para
ECC y la muerte por todas las causas en hombres y el CCi/Ca, con los cambios en los niveles de
mujeres (Lapichrs y cols., 1984; Larsson y cols., colesterol plasmático (hombres r= 0.35; mujeres r=
1984; Tabla 2). La probabilidad relativa de ECC fue 0.29) y triglicéridos (hombres r= 0.35; mujeres r=
de 20.8 para los hombres con los CCi/Ca más 0.29) (Wing y cols., 1992). En el caso de los hombres,
elevados y tertilos (tercios) más bajos de BMl, y sólo las inter-correlaciones también fueron significativas
de 12.4 para los hombres con los tertilos más altos de con la tensión arterial sistólica (r= 0.37) y diastólica
CCi/Ca y BMI (Larsson y cols., 1984). "También se (r=0.45). Sin embargo, está claro que aún queda por
ha reportado que el riesgo de mortalidad por todas las determinar cuán efectivo es el BMI, y para tal caso
causas fue menor en los hombres que estuvieron en también el CCi/Ca, para controlar la efectividad de la
los tertilos más bajos y más altos para el CCi/Ca y intervención en individuos con bajos BMI y altos
BMI, respectivamente (Larsson y cols., 1984). Esta CCi/Ca antes de comenzar la misma.
conformación corporal no es extraña en individuos
físicamente activos (mesomórficos).Wing y cols. Nuestra recomendación es que individuos que
(1992) observaron que el BMI era superior al CCi/Ca presentan un elevado CCi/Ca, en combinación ya sea
en términos de controlar los cambios como resultado con un alto o bajo BMI, deberían comenzar con
de una intervención física, en hombres y mujeres con intervenciones para su salud.

HOMBRES CCi/Ca
BMI Tertilo más bajo Tertilo medio Tertilo más alto
tertilo más bajo 13.1 13.1 29.2
terilo medio 13.1 13.1 19.0
tertilo más alto 5.3 8.8 18.2
MUJERES

BMI Tertilo más bajo Tertilo medio Tertilo más alto


tertilo más bajo 7.6 4.7 7.0
tertilo medio 2.5 4.7 5.2
tertilo más alto 1.0 4.7 6.3
TABLA 2. Porcentaje de probabilidad de mortalidad por todas las causas, en relación a los tertilos de BMI y CCi/Ca, en hombres (54-68
años) y mujeres (38-60 años) europeos. (Datos adaptados de Larsson y cols., 1984 y Lapidus y cols., 1984).

Paso 3 - Pliegues cutáneos del tronco de tipo II puede mejorar los índices de salud (Després
y cols., 1991).
Es aconsejable, por distintas razones, efectuar una
serie de mediciones de pliegues cutáneos en el tronco Normas de población: la Escala Oz
(subescapular, abdominal, supraespinal). En primer
lugar, como se ha discutido anteriormente, los El antropometrista que desee dar un consejo sobre
pliegues del tronco tienen una mejor correlación con temas de salud se enfrenta con el problema de
las enfermedades que los pliegues de las extremidades determinar dónde se encuentra su paciente en relación
(Ducimetiére y cols., 1986; 1-liggings y cols., 1988). con las normas poblacionales. La Escala Oz (ver
En segundo término, es deseable tener una estimación Capítulo 5) es un sistema que relaciona los valores
de la adiposidad abdominal subcutánea absoluta. Esto antropométricos individuales con las normas de la
será importante al momento de controlar los efectos población australiana. La Escala Oz utiliza la similitud
de las intervenciones para la reducción de grasas, ya geométrica para normalizar los pliegues cutáneos,
que el CCi/Ca podría no detectar los cambios en la perímetros, perímetros corregidos, y el peso. Los
grasa de la región abdominal (ver anteriormente). Es valores individuales son corregidos por la altura. Los
de esperar que las intervenciones reduzcan la datos han sido recolectados en un estudio de gran
adiposidad abdominal subcutánea, aunque no debería escala (n= 1.263) con la población australiana
suponerse que tales disminuciones, particularmente al (Departamento de Artes, Deporte, Medio Ambiente, y
comienzo de una intervención, reduzcan también la Territorios, 1992). Los valores corregidos por la altura
adiposidad de tipo III (ver previamente) (Després y han sido calculados y agrupados según el sexo y la
cols., 1991). En tercer lugar, la grasa abdominal edad (se han utilizado franjas de edades de 18-29, 30-
subcutánea esta implicada en el sindrome metabólico 39, 40-49, 50-59, 60-69, y 70 + años). Las
(ver arriba), y consecuentemente, reducir la obesidad distribuciones de algunas variables (notablemente los
pliegues cutáneos) están marcadamente desviadas. Por

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esta razón, se han calculado los percentiles para cada 4. CONCLUSION


variable y cada grupo específico de edad y sexo, en
lugar de utilizar las medias y desvíos standard. De esta El sindrome metabólico ofrece una explicación
forma, los valores de un individuo pueden ser convincente de porqué la distribución de la grasa, más
asignados a un «ranking» de percentil específico para que los niveles de grasa en sí, puede afectar
su sexo y edad. negativamente a la salud. La excesiva adiposidad
abdominal subcutánea y/o profunda es de particular
Estos valores de referencia pueden ser considerados preocupación. Desafortunadamente, no es posible
como normas descriptivas, hasta el punto que se han cuantificar antropométricamente, o controlar en forma
tenido en cuenta los principales determinantes del directa, la adiposidad abdominal interna (profunda).
tamaño y la forma (es decir, edad y sexo). Por Además, la disociación de los compartimentos de
ejemplo, una calificación (le percentil de 20 % para el grasa subcutánea y profunda hacen que sea
pliegue de tríceps, corregido por la altura, significa problemática la estimación de la adiposidad interna, a
que el pliegue triccipital corregido del individuo es partir de mediciones antropométricas. Por otro lado, el
mayor que el pliegue triccipital corregido del 20 % de costo de la RMI impide su uso extensivo. Sin
los australianos del mismo sexo y edad. Esto es embargo, las evaluaciones antropométricas regulares
importante ya que brinda al clínico la oportunidad de (CCi/Ca, RMN, y pliegues cutáneos del tronco) junto
ubicar al individuo dentro del contexto de una con los tests clínicos <,standard,> (tensión arterial,
población. Las Tablas 3a y 3b muestran los rankings lípidos en sangre, y tolerancia a la glucosa) pueden
(le percentiles para el BMI, CCi/Ca, y sumatoria de mejorar la calidad de las intervenciones sobre la salud
pliegues cutáneos del tronco (supraespinal + que los clínicos pueden brindar a sus pacientes, en
mubescapular + abdominal), corregidos por la altura, relación a la adiposidad.
para los grupos de edades en la población australiana.
En el Capítulo 5 se presentan los detalles sobre cómo
calcular los valores de la Escala Oz.

percentiles para hombres de 18-29 años

1 2 5 l0 20 30 4O 5O 60 70 80 90 95 98 99
BMI 17.5 18.1 18.8 19.9 21.2 22.2 23.2 23.6 24.7 25.2 26.3 27.5 29.2 31.2 36.6
CG/Ca 0.77 0.78 0.78 0.80 0.81 0.82 0.83 0.85 0.86 0.88 0.89 0.93 0.96 0.99 1.00
∑3 PC 14.4 15.0 16.6 18.3 20.4 25.1 31.6 35.5 43.0 51.8 57.6 76.8 91.1 95.6 111.3
percentiles para hombres de 30-39 años 30 40 50 60 70 80 90 95 98 99

1 2 5 lO 20

BMI 18.2 18.7 20.3 21.2 22.3 23.4 24.1 24.9 25.1 26.0 27.0 29.5 30.6 - 33.2 33.8
CG/Ca 0.80 0.81 0.82 0.84 0.86 0.87 0.88 0.90 0.91 0.92 0.94 0.97 1.00' 1.07 1.08
∑3PC 15.9 16.5 18.9 25.8 34.3 41.6 45.3 50.6 57.0 62.0 69.2 77.3 94.6, 99.0 116.0
percentiles para hombres de 40-49 años 40 5O 60 70 80 90 95 98
30
99
1 2 5 10 20

BMI 17.7 20.1 20.9 22.0 22.6 23.7 24.2 25.2 26.1 27.4 28.4 30.4 32.3 33.8 34.2
CCi/Ca 0.79 0.80 0.82 0.84 0.86 0.88 0.90 0.91 0.94 0.95 0.98 0.99 1.02 1.05 1.06
∑3PC 17.8 18.1 27.0 29.9 38.8 44.8 49.0 55.5 62.2 66.7 71.1 85.4 96.4 108.3 110.9
percentiles para hombres de 50-59 años 30 40 50 60 70 80 90 95 98 99

1 2 3 10 20

BM] 20.4 21.1 21.8 22.6 23.4 23.9 24.9 25.9 26.4 28.0 28.7 30.6 31.8 34.7 36.2
CCi/Ca 0.81 0.82 0.84 0.86 0.89 0.91 0.92 0.94 0.95 0.96 0.99 1.02 1.05 1.08 1.09
∑3PC 20.9 21.9 25.2 31.5 39.8 44.4 49.1 54.1 59.8 66.2 72.6 85.1 95.4 101.5 110.2

Versión digital por el Grupo Sobre Entrenamiento (www.sobreentrenamiento.com) Página 257


Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

percentiles para hombres de 60-69 años


30 40 50 60 70 80 90 95 98 99
1 2 3 lO 20
BMI 18.1 20.4 22.4 23.1 24.0 24.6 25.0 26.1 27.1 27.9 28.8 29.9 31.4 31.9 32.6
CCi/Ca 0.81 0.83 0.87 0.88 0.92 0.93 0.95 0.96 0.98 0.99 1.00 1.02 1.03 1.05 1.06
∑3PC 19.6 23.2 27.5 36.8 43.5 46.6 50.5 55.0 59.7 62.9 70.3 83.1 87.3 94.1 97.0
percentiles para hombres de 70+ años 30 40 50 60 70 80 90 95 98 99

1 2 3 lO 20
BMI 18.4 19.5 21.0 22.1 22.7 24.5 25.0 25.5 26.0 26.6 27.2 28.9 31.2 35.4 36.8
CCi/Ca 0.86 0.86 0.88 0.90 0.91 0.93 0.94 0.96 0.98 1.00 1.00 1.02 1.03 1.05 1.06
∑3PC 21.1 21.6 24.0 27.9 33.4 39.3 44.7 47.3 50.3 56.5 59.0 66.1 70.0 92.0 107.8

TABLA 3a. Valores correspondientes a distintos percentiles para el BMI, CCi/Ca, y surnatoria de tres pliegues cutáneos «centrales»
corregidos por la altura (subescapular, supraespinal, abdominal;Y,3PC), en hombres Australianos.

percentiles para mujeres de 18-29 años

1 2 5 l0 20 30 4O 5O 60 70 80 90 95 98 99
BMI 17.4 17.6 19.3 20.0 20.6 21.2 21.8 22.2 22.8 23.4 24.5 27.1 30.3 32.2 33.8
CG/Ca 0.65 0.68 0.68 0.70 0.71 0.72 0.74 0.75 0.76 0.77 0.80 0.83 0.86 0.88 0.96
∑3 PC 19.9 23.5 25.9 30.6 35.5 42.0 45.7 51.6 57.2 67.9 77.4 90.6 98.0 110.1 112.8
percentiles para mujeres de 30-39 años 30 40 50 60 70 80 90 95 98 99

1 2 5 lO 20

BMI 17.9 17.9 18.7 19.1 20.1 21.0 21.9 22.4 23.5 24.7 26.1 30.5 31.9 35.3 36.3
CG/Ca 0.68 0.68 0.70 0.71 0.73 0.74 0.75 0.77 0.78 0.79 0.82 0.87 0.91 0.92 0.93
∑3PC 17.5 20.5 23.6 26.7 34.2 40.5 46.8 52.4 59.4 66.7 82.9 99.1 109.2 113.7 115.4
percentiles para mujeres de 40-49 años 40 5O 60 70 80 90 95 98
30
99
1 2 5 10 20

BMI 17.9 18.3 19.4 20.3 21.3 22.5 23.3 24.2 25.1 26.7 28.5 31.1 34.6 38.6 39.8
CCi/Ca 0.67 0.69 0.71 0.72 0.74 0.75 0.77 0.78 0.81 0.83 0.86 0.88 0.91 0.92 0.95
∑3PC 20.7 21.3 29.2 33.1 43.7 53.0 67.6 74.9 81.8 87.9 96.3 109.6 116.3 122.0 124.1
percentiles para mujeres de 50-59 años 30 40 50 60 70 80 90 95 98 99

1 2 3 10 20

BM] 18.2 18.7 19.5 20.2 21.6 22.8 23.7 24.3 25.0 26.6 28.5 31.8 33.5 34.8 38.0
CCi/Ca 0.70 0.70 0.71 0.73 0.74 0.77 0.78 0.80 0.81 0.84 0.87 0.91 0.94 0.98 1.00
∑3PC 21.2 24.1 27.8 36.5 51.0 60.3 73.3 77.7 83.5 92.4 104.9 115.4 118.7 121.2 125.3
percentiles para hombres de 60-69 años
30 40 50 60 70 80 90 95 98 99
1 2 3 lO 20
BMI 18.1 20.4 22.4 23.1 24.0 24.6 25.0 26.1 27.1 27.9 28.8 29.9 31.4 31.9 32.6
CCi/Ca 0.81 0.83 0.87 0.88 0.92 0.93 0.95 0.96 0.98 0.99 1.00 1.02 1.03 1.05 1.06
∑3PC 19.6 23.2 27.5 36.8 43.5 46.6 50.5 55.0 59.7 62.9 70.3 83.1 87.3 94.1 97.0

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

percentiles para mujeres de 70+ años 30 40 50 60 70 80 90 95 98 99

1 2 3 lO 20
BMI 19.4 19.7 20.9 21.9 22.6 23.9 25.4 26.4 28.2 29.0 29.6 31.2 31.6 33.8 34.5
CCi/Ca 0.76 0.76 0.77 0.79 0.84 0.85 0.86 0.89 0.91 0.92 0.94 0.96 0.98 0.99 0.99
∑3PC 27.6 29.3 36.1 51.0 59.7 64.5 67.2 79.7 85.2 91.8 99.2 103.8 107.3 109.2 109.5

TABLA 3b. Valores correspondientes a distintos percentiles para el BMI, CCi/Ca, y sumatoria de tres pliegues cutáneos «centrales»
corregidos por la altura (subescapular, supraespinal, abdominal;Y3PC), en mujeres Australianas.

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CAPÍTULO 13

ACREDITACION EN ANTROPOMETRIA: UN
MODELO AUSTRALIANO
Christopher Gore, Kevin Norton, Tim Olds, Nancy Whittingham, Kim Birchall, Melissa Clough,
Briony Dickerson, y Loretta Downie

1. INTRODUCCION que compara las mediciones llevadas a cabo por


antropometristas acreditados en toda Australia. Es de
En 1993, el Esquema de Asistencia de Procedimientos esperar que sistemas similares de acreditación se
Standards para Laboratorios (EAPSL) de la Comisión adopten en otros países, de modo que sea común la
de Deportes de Australia (CDA) se propuso mejorar la uniformidad en las técnicas antropométricas y el
calidad (te las evaluaciones antropométricas llevadas a entrenamiento. Esto permitiría que los datos
cabo en los institutos deportivos estatales y en las colectados en diferentes países sean acumulados en
academias de deporte, que normalmente evalúan a los una base de datos global, quizás bajo la dirección ele
deportistas de élite. El EAPSL comenzó trabajando ISAK. En este aspecto, los cursos australianos pueden
con miembros de la Sociedad Internacional de brindar un modelo para que utilicen otros países.
Avances en Cineantropometría (ISAK) para
desarrollar cursos de entrenamiento y un programa de El concepto de un orden jerárquico de cuatro niveles
acreditación para la antropometría. Al mismo tiempo, estuvo basado en los cursos del Consejo Australiano
diversas Universidades Australianas fueron enseñando ele Entrenamiento para entrenadores. Los tres
antropometría a sus estudiantes, y también fueron primeros niveles (te antropometría son otorgados en
llevando a cabo cursos de entrenamiento para base a un entrenamiento formal teórico y práctico.
profesionales en el área de la salud y el fitness, Si bien Esto puede estar seguido por un Nivel 4
muchos profesores estaban utilizando los lineamientos (antropometrista «de criterio»), el cual es otorgado,
propuestos por ISAK, aún existía una considerable por ISAK, quien ha determinado sus propios
variabilidad en las técnicas antropométricas que se requerimientos para este nivel de acreditación.
realizaban en Australia. Con esta base como punto de
partida, se realizaron intentos para lograr un consenso Uno de los elementos claves del esquema Australiano
en antropometría dentro ele Australia. Actualmente, de acreditación es que todos los niveles tienen que
ISAK ha sido aceptada por distintos grupos presentar los datos del error técnico de medición
profesionales australianos como el cuerpo de gobierno (ETM), en 20 sujetos, como indicación de la precisión
para los asuntos relacionados con la práctica y la satisfactoria ele las evaluaciones. Este es un método
teoría de la antropometría. objetivo para mantener el control de calidad de todas
las personas que son acreditarlas. Además, sólo los
Si bien los cursos iniciales (1993-1994) fueron Niveles 3 y 4 son acreditados con responsabilidad
dirigidos a científicos en el área del deporte, para llevar a cabo los cursos de entrenamiento en
posteriormente fueron genera liza (los, participando antropometría, donde los certificados serán entregados
ele ellos académicos que trabajaban en las por el EAPSL.
Universidades, estudiantes universitarios en distintas
áreas, incluyendo Ciencias del Deporte, Nutrición, Un resultado directo de los primeros cursos de
Enfermería, Psicología y Ergonomía, y profesionales entrenamiento en 1993-1994 fue el desarrollo de
de la salud y del «fitness», El desarrollo de los cursos normas curriculares para estandarizar los cursos en
nacionales y el sistema de acreditación presentado en toda Australia. Las páginas siguientes delinean los
este capítulo es uno de los primeros intentos por requerimientos esenciales para los cursos de Nivel 1,
estandarizar la antropometría a través de un amplio 2, y 3, y dan algunos ejemplos de las formas en que
espectro de disciplinas. Una característica de esta los materiales pueden ser presentados.
estandarización nacional es el establecimiento de una
base centralizada ele datos antropométricos, la Base
Australiana de Datos Antropométricos (AADBase),
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

2. NORMAS DE ACREDITACION • Nivel 4 (Antropometrista de criterio): un


antropometrista de criterio tiene muchos años de
En términos generales, los cuatro niveles de experiencia llevando a cabo mediciones, un alto
acreditación en antropometría son: nivel de conocimiento teórico, ha estado
• Nivel 1 (Técnico - Perfil restringido): una involucrado en varios proyectos antropométricos
persona que puede demostrar precisión técnica de gran dimensión, y tiene antecedentes de
adecuada para medir la estatura de pie, el peso, publicaciones antropometría.
los nueve pliegues cutáneos, cinco perímetros, y
dos diámetros incluidos en las dimensiones 2.1 Antropometrista de Nivel 1 (Técnico - Perfil
antropométricas «restringidas». restringido)
• Nivel 2 (Técnico - Perfil completo): una persona
que puede demostrar precisión técnica adecuada Esta persona estará capacitada para llevar a cabo la
en las 40 dimensiones antropométricas. evaluación del Perfil Antropométrico Restringido.
• Nivel 3 (Instructor): Además de la competencia Además de la altura en posición de pie y el peso
técnica, una persona de Nivel 3 tiene el corporal, el Perfil Restringido consta de los siguientes
conocimiento teórico adecuado sobre sitios:
antropometría, para poder enseñar y acreditar a
antropometristas de Nivel 1 y 2.

Pliegues Cutáneos Perímetros Diámetros óseos

1 tríceps 1 brazo (relajado) 1 húmero


2 subescapular 2 brazo (flexionado y en tensión) 2 fémur
3 bíceps 3 cintura (mínima)
4 cresta ilíaca 1 glúteos (cadera)
5 supraespinal 5 pantorrilla (máx na)
6 abdominal
7 muslo frontal
8 pantorrilla (medial)
9 axilar medial -

Pre-requisitos (mínimos): • La demostración satisfactoria del procedimiento


• Inscripción en el Consejo de Acreditación de para evaluar la estatura (le pie, la ubicación de
«,Fitness» de Australia (AFAC) o autoridad las marcas antropométricas, y manipulación del
estatal equivalente, u otro título que pueda ser equipo (calibres de pliegues cutáneos, cinta para
considerado apropiado por el Coordinador de perímetros, y calibres deslizantes pequeños)
Procedimientos Standards del Laboratorio ASC, frente a un antropontetrista cle Nivel 3 o Nivel
en asociación con Antropometristas de Criterio 4. Las marcas antropométricas son acromial,
reconocidos por ISAK, en Australia. radial, acromial-radial media, xifoidea,
ilioespinal, iliocrestíclea; sitios marcados para
Se otorgará el certificado luego de: pliegues cutáneos de tríceps, subescapular,
• La finalización satisfactoria de un curso de bíceps, cresta ilíaca, supraespinal, abdominal,
antropometría (en el Nivel 1) que contiene los muslo frontal, pantorrilla medial, y axilar
componentes teóricos y prácticos en medial.
concordancia con los presentados en el esquema • Completar satisfactoriamente al menos dos
del curso (ver Tabla 1). Perfiles Restringidos en presencia de un
antropometrista de Nivel 3 (Instructor) o de
Nivel 4 (de Criterio), y completar correctamenté
tests repetidos en 20 sujetos. Los FTM inter e
intra-evaluador deben estar dentro de los límites
establecidos (ver Tabla 7, más adelante).

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Nivel 1 Nivel 2 Nivel 3
Requisitos AFAC o titulo equivalente Nivel 1 o estudiante Nivel 2 o mas titulo
previos universitario universitario, 2 años y >
100 perfiles medios
Practica Tiempo 6 hs. Teoría 10 hs. teoría 18 hs. teoría
10 hs. practica 14 hs. practica 22 hs. practica
~20 hs. de tiempo propio ~20 hs. de tiempo propio ~20 hs. tiempo propio (20
(20 perfiles restringidos (2º perfiles completos perfiles completos
repetidos) repetidos) repetidos)
Marcación Perfil Perfil Completo Perfil Completo
Restringido
Manejo del equipo Calibre para pliegues Revisión del Nivel 1 mas Igual que el nivel 2
cutáneos, cinta de segmometro, calibres
medición, calibres grandes, y calibres de
deslizantes pequeños, ramas curvas
estadiometro
Mediciones Perfil restringido, Perfil completo, Igual que el Nivel 2.
mediciones repetidas en mediciones repetidas en
correcto orden. correcto orden
ETM Usar datos para calcular el Usar datos para calcular Igual que el Nivel 2
% ETM intra e inter ETM, CCI, y ETM para >
evaluador 2 evaluaciones
Aplicación dentro del Mediciones repetidas en Mediciones repetidas en Simulación de un estudio
curso un mínimo de 10 sujetos un mínimo de 10 sujetos de gran escala. Enseñar las
(Perfil Restringido) (Perfil Completo) destrezas. Mediciones
repetidas en un mínimo de
10 sujetos.
Examen Examen practico. % ETM Examen practico. % ETM Examen teórico-practico.
dentro de los limites dentro de los limites % ETM dentro de los
establecidos (ver Tabla 7). establecidos (ver Tabla 7). limites establecidos

Teoría Anatomía Perfil Restringido Perfil Completo Perfil Completo

Composición corporal Predicción de la Como el Nivel 1, más Igual que el nivel 2


adiposidad corporal total a evaluación cuantitativa de
partir de los pliegues los errores.
cutáneos. Presunciones y
errores
Salud Peso, BMI, Cci/Ca, Como en el nivel 1, mas Como en el Nivel 2, mas
distribución de la grasa. cambios en la dieta y en el mecanismos
ejercicio. fisiológicos/genética.
Ajustes o magnitudes Noción general. Similitud Nivel 1 mas Nivel 2, mas otros
geométrica. fraccionamiento y sistemas de similitud,
humanos de referencia haciendo escala de
(ej., Phantom). variables funcionales,
crecimiento.
Somatotipo Noción general. La Como el Nivel 1, mas Como en el Nivel 2, mas
somatocarta. cálculos usando la método fotoscopico,
plantilla de calificación, historia, cambios en el
las ecuaciones y somatotipo con el
computadora. crecimiento, edad,
Distribuciones de ejercicio y dieta.
frecuencia de somatotipos.
Calibración Calibración Vernier de la Como el Nivel 1 mas uso Como el Nivel 2, más
separación entre platillos de varillas y espaciadores. calibración estática vs.
del calibre de pliegues Efecto de los errores de Dinámica, en escala
cutáneos. Calibración con calibración sobre el % GC ascendente y descendente.
bloques de goma espuma estimado.
de la presión de los
platillos. Mantenimiento
del calibre.
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

Laboratorios de Uso del software Como en el Nivel 1. Como en el Nivel 1.


computación antropométrico especifico
(ej. LifeSize).
ETM % ETM intra vs. Inter- Como en el Nivel 1, mas 3 Como en el Nivel 2, más
ventricular (2 evaluaciones evaluaciones por sujeto y establecimiento de ETM
solamente). Uso del ETM CCI. para grandes estudios.
para interpretar los
cambios reales, determinar
los intervalos de
confianza, y reducir el
error.
Antropometría y Noción de optimización Como en el Nivel 1, más Como en el Nivel 2 más
rendimiento deportivo. morfológica. Grasa proporcionalidad. aspectos fisiológicos y
corporal, estatura, peso, y Evolución del tamaño biomecánicos de la
rendimiento. corporal en deportistas. antropometría.
Otras áreas teóricas Imagen corporal Introducción a la imagen Como en el nivel 2, más
(opcional) corporal. investigaciones recientes
en imagen corporal.
Ergonomía. Diseño del lugar de Como en el nivel 2, más
trabajo, aplicación de la protecciones corporales.
antropometría en
ergonomía .
Modelos multi- Modelos que utilizan > 2
componentes componentes. Métodos
recientes con alta
tecnología.
TABLA 1. Estructura curricular para el esquema de acreditación Australiano

Pliegues Cutáneos Perímetros Longitudes

1 tríceps 1 cabeza 1 acromial-radial

2 suhescapular 2 cuello 2 radial-estiloidea


3 bíceps 3 brazo (relajado) 3 med. estil.-dactiloidea
4 cresta ilíaca 4 brazo (flexionado y en tensión) 4 ilioespinal-alt. cajón
5 supráespinal 5 antebrazo (máximo) 5 trocantérea-alt. cajón
6 abdominal 6 muñeca (estiloides distal) 6 troc.-tihial-lateral
7 muslo frontal 7 tórax (mesoesternal) 7 tibial-lateral
8 pantorrilla medial 8 cintura (mínima) 8 tib.med.-maleolar
9 axilar medial 9 glúteos (cadera) medial
10 muslo (1 cm debajo del ('lúteo)
LI muslo (med. trocantéreo-tihial
lateral)
12 pantorrilla (máxima) Diámetros/Longitudes
13 tobillo (mínimo) I biacrtnnial
2 biileocrestídeo
3 longitud de pie
4 talla sentado
5 tórax transverso
6 tórax A-P
7 húmero
8 fémur

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

2.2 Antropometrista de Nivel 2 (Técnico - Perfil además, la certificación para enseñar en los cursos de
Completo) Nivel 1 y 2 utilizando los lineamientos y materiales
proporcionados por el Coordinador de procedimientos
Esta persona estará capacitada para llevar a cabo la Standards de Laboratorio del ASC.
evaluación del Perfil Antropométrico Completo.
Además de la altura de pie y el peso corporal, el perfil Pre-requisitos (mínimo)::
completo consta de los siguientes sitios (9 pliegues • Título universitario en un área relevante
cutáneos, 13 perímetros, 16 diámetros (movimiento humano, anatomía, educación
óseos/longitudes segmentarias): física, nutrición, fisioterapia),
• Finalización del curso de Nivel 2 o curso
Pre-requisitos (mínimos): equivalente, y
• Finalización satisfactoria del curso de Nivel 1, o • Experiencia significativa (>2 años) en
haber completado un estudio universitario que antropometría (al menos 100 Perfiles
pueda ser considerado apropiado por el Completos) u otro título que pueda ser
coordinador (le Procedimientos Standards de considerado apropiado por el Coordinador de
Laboratorio ASC, en asociación con Standards de Laboratorio del ASC en asociación
Antropometristas de Criterio reconocidos por con Antropometristas de Criterio reconocidos
ISAK, en Australia. por ISAK en Australia.
Se otorgará el certificado luego de: Se otorgará el certificado luego de:
• La finalización satisfactoria (le un curso de • La finalización satisfactoria de un curso de
antropometría (en el Nivel 2) que contiene los antropometría (en el Nivel 3) que contiene los
componentes teóricos y prácticos en componentes teóricos y prácticos en
concordancia con los sugeridos en el esquema concordancia con los sugeridos en el esquema
del curso (ver Tabla 1). del curso (ver Tabla 1).
• La demostración satisfactoria del procedimiento • La finalización satisfactoria de exámenes tanto
para evaluar la estatura de pie, la ubicación de teóricos como prácticos que incluyen: La
las marcas antropométricas, y manipulación del demostración satisfactoria del procedimiento
equipo (calibres de pliegues cutáneos, cinta para para evaluar la estatura parado, la ubicación de
perímetros, calibres deslizantes pequeños, las marcas antropométricas, y manipulación del
segmómetro, calibre deslizante grande, y calibre equipo (calibres de pliegues cutáneos, cinta para
de ramas curvas) frente a un antropometrista (le perímetros, calibres deslizantes pequeños,
Nivel 3 o Nivel 4. Las marcas antropométricas segmómetro, calibre deslizante grande, y calibre
son acromial, radial, acromial-radial media, de ramas curvas) frente a un antropometrista de
estiloidea, estiloidea media, mesoesternal, Nivel 3 o Nivel 4. Las marcas antropométricas
xifoidea, ilioespinal, trocantérea, iliocrestídea, son acromial, radial, acromial-radial media,
tibial lateral, tibial medial, maleolar; sitios estiloidea, estiloidea media, mesoesternal,
vareados para pliegues cutáneos de tríceps, xifoidea, ilioespinal, trocantérea, iliocrestídea,
subescapular, bíceps, cresta ilíaca, supraespinal, tibial lateral, tibial medial, maleolar; sitios
abdominal, muslo frontal, pantorrilla medial, y marcados para pliegues cutáneos de tríceps,
axilar medial. subescapular, bíceps, cresta ilíaca, supraespinal,
• Completar satisfactoriamente al menos dos abdominal, muslo frontal, pantorrilla medial, y
Perfiles Completos en presencia de un axilar medial.
antropometrista de Nivel 3 (Instructor) o de • Completar satisfactoriamente al plenos dos
Nivel 4 (de Criterio), y completar correctamente Perfiles Completos en presencia (le un antro
tests repetidos en 20 sujetos. Los ETM inter e pometrista de Nivel 4 (de Criterio), y completar
intra-evaluador deben estar dentro de los límites correctamente tests repetidos en 20 sujetos. Los
establecidos (ver Tabla 7, más adelante). ETM inter e intra-evaluador deben estar dentro
de los límites establecidos (ver Tabla 7 más
2.3 Antropometrista de Nivel 3 (Instructor) adelante).

Esta persona estará capacitada para llevar a cabo la 2.4 Antropometrista de Nivel 4 (Antropometrista
evaluación del Perfil Antropométrico Completo de Criterio)
(altura parado, peso corporal, 9 pliegues cutáneos, 13
perímetros, 16 diámetros óseos/longitudes Un antropometrista de criterio tiene muchos años de
segmentarias). El candidato para el Nivel 3 tendrá experiencia realizando evaluaciones, un alto nivel de

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Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

conocimiento teórico, ha estado involucrado en varios • diámetro biepicondilar de fémur: 3.5 %


proyectos antropométricos de gran escala, y tiene unos • sumatoria de ocho pliegues cutáneos: 10 %
antecedentes importantes de publicaciones en
antropometría. Esta claro que los limites de error técnico deberían
establecerse de manera de maximizar la precisión y la
El Nivel 4 sólo puede obtenerse haciendo una confiabilidad. En teoría, cuanto menor es el ETM,
presentación directamente a ISAK, a la siguiente mejor. Sin embargo, existen restricciones con respecto
dirección: Dr. Alan Martin, President, International al tamaño de las metas de ETM o «target»:
Society for the Advancement of Kinanthropometry,
School of Physical Education, University of Brithish • Los TM deberían idealmente estar en proporción
Columbia, 6081 University Blvd, Vancouver, BC., con la magnitud de las diferencias fisiológicas
Canadá V6t 1Z1. Email: Alan_Martin@mtsg.ubc.ca que intentan medir.
• Deberíamos saber como el tamaño de los ETM
afectara las variables derivadas de los datos
3. OBJETIVO O META DEL ETM («TEMs antropométricos brutos (tales como el
target»): REQUERIMIENTOS Y RAZONES somatotipo, las masas fraccionales, y el
porcentaje estimado de grasa corporal).
Los ETM representan la dimensión de control de • Los ETM deben ser alcanzables por la mayoría
calidad del esquema de acreditación. En cada nivel, de los evaluadores, de acuerdo a su nivel de
los antropometristas necesitan demostrar que los ETM destreza y experiencia.
intra-evaluador e inter-evaluador este dentro de los
limites prescriptos. Los ETM inter-evaluador son 3.1 Cuan pequeños deben ser los ETM para
determinados por la comparación entre las detectar cambios reales?
evaluaciones llevadas a cabo por el estudiante (o
aspirante) y las realizadas por un antropometrista de Idealmente, los ETM deberían ser suficientemente
Nivel 3 o 4 (para los Niveles 1 y 2) o de Nivel 4 (para pequeños como para ser sensibles a los cambios que
el Nivel 3), en un numero de sujetos. El estudiante y tendrían que detectar. Frecuentemente, los cambios en
el antropometrista de Criterio/Instructor deben utilizar las variables antropometricas luego del ejercicio, y/o
el mismo equipo y medir al sujeto en el mismo día. de las intervenciones alimentarias, son bastante
Los ETM intra-evaluador son determinados por pequeños. Utilizando variables pesadas de tendencia
mediciones repetidas, llevadas a cabo por el estudiante central, hemos revisado 55 estudios que han usado los
(o aspirante) con distintos individuos. ejercicios aeróbico como intervención, donde los
pliegues cutáneos y otras variables antropometricas
Se han realizado distintos estudios con el fin de fueron evaluados antes, durante y después de los
cuantificar el error técnico inter e intra-evaluador programas de entrenamiento. Estos programas fueron
involucrado en las mediciones antropometricas (por bastante típicos de aquellos llevados a cabo por
ej., Johnston, Hamill & Lemeshow, 1972; Keys & deportistas recreacionales jóvenes (ver Tablas 2 y 3).
Brozek, 1953; Lohman, 1981; Sloan & Shapiro, 1972;
Wilmore & Behnke, 1969); Womersley & Durnin,
1973). Si bien se reconocen las implicancias que los
evaluadores puedan tener grandes errores técnicos,
muchos autores son incapaces de brindar
recomendaciones para la meta de ETM («target») y,
cuando lo hacen, a menudo carecen de una razón clara
respaldada por la evidencia empírica. Ross y Marfell-
Jones (1991) sugieren un límite de tolerancia para los
perímetros. En 1984, la Asociación Canadiense de
ciencias del Deporte desarrollo, junto con Sport
Canadá, un sistema de acreditación para laboratorios
asociados con la evaluación fisiológica de deportistas
de elite (Quinney, Petersen, Gledhill & Jamnik, 1984).
Este esquema recomendaba las siguientes tolerancias:

• altura sentado y peso: 0.5 %


• diámetro biacromial: 1.0 %

Versión digital por el Grupo Sobre Entrenamiento (www.sobreentrenamiento.com) Página 268


Hombres Mujeres
n 1.503 335
Edad 38.9 28.2
Peso (kg) 78.7 65.0
% grasa corporal 18.4 29.2
Semanas 20.9 12.2
Minutos/sesión 34.1 35.4
Sesiones/semana 2.4 5.4
Mediana |▲ ∑PC (%) | 10.9 5.7
% ETM necesario para un intervalo de conf. 68 % 7.7 4.0
% ETM necesario para un intervalo de conf. 95 % 3.9 2.0
TABLA 2. Valores medios de las características de los sujetos que participaron en programas de entrenamiento aeróbico, en los cuales se
evaluaron los cambios en los pliegues cutáneos, las características de los programas, la mediana de los cambios en el porcentaje absoluto
de la sumatoria de pliegues cutáneos (|∑OPC % |), y % ETM intra-evaluador necesario para detectar estos cambios.

Hombres Mujeres
n 1.007 288
Edad 24.3 28.3
Peso (kg) 79.7 66.0
% grasa corporal 21.4 30.3
Semanas 19.1 12.3
Minutos/sesión 32.0 30.7
Sesiones/semana 2.2 5.4
Mediana |▲ ∑Pe (%) | 1.7 1.5
% ETM necesario para un intervalo de conf. 68 % 1.2 1.1
% ETM necesario para un intervalo de conf. 95 % 0.6 0.5
TABLA 3. Valores medios de las características de los sujetos que participaron en programas de entrenamiento aeróbico en los cuales se
evaluaron los cambios de perímetros, las características de los programas, la mediana de los cambios en el porcentaje absoluto de la
sumatoria de perímetros (|∑Pe%|), y % ETM intra-evaluador necesario para detectar estos cambios.

La mediana del cambio absoluto es la sumatoria de largos de los mismos. En las Tablas 4 y 5 se muestran
pliegues cutáneos (∑PC) expresada en porcentaje de detalles de los programas de entrenamiento.
los valores originales, fue de 10.9 % en los hombres
(n = 1.503), y 5.7 % en las mujeres (n = 35). Para
detectar estos cambios en cualquier individuo con una
confianza del 68 % seria necesario un ETM de 7.7 %
en los hombres, y de 4.0 % en las mujeres. Estas cifras
sugieren que tales cambios pueden no ser capaces de
ser detectados con confianza por algunos
antropometristas en una medición individual, a menos
que se tomen múltiples mediciones para reducir el
error. La mediana del cambio absoluto en la sumatoria
de perímetros en estos estudios, expresada como
porcentaje de los valores iniciales, fue de 1.7 % en los
hombres (n = 1.007) y 1.5 % en las mujeres (n = 288).
Para detectar estos cambios en cualquier individuo
con una confianza del 68 % seria necesario un ETM
intra-ventricular de 1.2 % en los hombres, y 1.1 % en
las mujeres. Para una confianza del 95 %, los ETM
necesarios serian 0.6 % en los hombres y 0.5 5 en las
mujeres.

Además hemos revisado 25 estudios con programas


de entrenamiento de resistencia, en los cuales se
llevaron a cabo mediciones antropometricas a lo
Hombres Mujeres
n 80 122
Edad 26.9 24.5
Peso (kg) 78.9 59.9
% grasa corporal 16.5 26.5
Semanas 11.0 12.3
Minutos/sesión 38.3 36.9
Sesiones/semana 2.7 2.6
Mediana |▲ ∑PC (%) | 9.3 9.3
% ETM necesario para un intervalo de conf. 68 % 6.6 6.6
% ETM necesario para un intervalo de conf. 95 % 3.3 3.3
TABLA 4. Valores medios de las características de los sujetos que participaron en programas de entrenamiento de resistencia en los cuales
se evaluaron los cambios en los pliegues cutáneos, las características de los programas, la mediana de los cambios en el porcentaje
absoluto de la sumatoria de pliegues cutáneos (|∑Pe%|), y % ETM intra-evaluador necesario para detectar estos cambios.

Hombres Mujeres
n 190 61
Edad 23.7 20.6
Peso (kg) 83.6 60.7
% grasa corporal 14.6 24.5
Semanas 6.5 11.7
Minutos/sesión 37.5 44.5
Sesiones/semana 3.0 2.2
Mediana |▲ ∑Pe (%) | 2.0 0.4
% ETM necesario para un intervalo de conf. 68 % 1.4 0.3
% ETM necesario para un intervalo de conf. 95 % 0.7 0.1
TABLA 5. Valores medios de las características de los sujetos que participaron en programas de entrenamiento de resistencia en los cuales
se evaluaron los cambios en los perímetros, las características de los programas, la mediana de los cambios en el porcentaje absoluto de la
sumatoria de perímetros (|∑Pe%|), y % ETM intra-evaluador necesario para detectar estos cambios.

La mediana del cambio absoluto en la sumatoria de variabilidad, dentro de la temporada, en las variables
pliegues cutáneos (∑PC) expresada en porcentaje de antropometricas superficiales de los deportistas. La
los valores originales fue de 9.3 %, tanto en los tabla 6 muestra los datos de la sumatoria de seis
hombres (n = 80) como en las mujeres (n = 122). Para pliegues cutáneos para un ciclista olímpico que gano
detectar estos cambios en cualquier individuo, con una medalla de oro, y que fu evaluado 12 veces en un
confianza del 68 %, seria necesario un ETM intra- periodo de siete meses (N. Craig, comunicación
evaluador de 6.6 %. Para una confianza del 95 %, se personal). La variabilidad general en el grosor de los
necesitara un ETM de 3.3 %. En estos estudios, la pliegues cutáneos es bastante grande (CV = 20.7 %).
mediana del cambio absoluto en la sumatoria de La Tabla 6 muestra los ETM que serian necesarios
perímetros, expresada como porcentaje de los valores para detectar, con una confianza del 95 %, el cambio
iniciales, fue de 2.0 % en los hombres (n = 190) y 0.4 desde los valores basales (16 de noviembre, 1987)
% en las mujeres (n = 61). Para detectar estos cambios hasta cada una de las fechas posteriores de evaluación
en cualquier individuo, con una confianza del 68 %, (3er. Columna), y desde cada evaluación hasta la
seria necesario un ETM intra-evaluador de 1.4 % en siguiente (4ta. Columna). Las mediciones de pliegues
los hombres y 0.3 % en las mujeres. Para una cutáneos tuvieron lugar cada 2 semanas
confianza del 95 %, los ETM necesarios deberían ser aproximadamente, y para este individuo se necesitara
0.7 % en los hombres y 0.1 % en las mujeres. un nivel muy alto de destreza para estar un 95 5
seguro de un cambio real. Las alternativas disponibles
En los deportistas de elite, las variables para un antropometrista con un menor nivel de
antropometricas con frecuencia siguen un patrón destreza son utilizar mediciones múltiples, o espaciar
cíclico basado en las distintas etapas de la temporada mas las evaluaciones.
de entrenamiento. Existen muy pocos datos sobre la
ETM necesario
Fecha ∑PC (a) basal (b) previo
16 nov 87 54.8
25 nov 87 48.5 4.3 4.3
2 dic 87 45.8 6.4 2.1
9 dic 87 44.0 7.9 1.4
13 ene 88 38.7 12.3 4.5
27 ene 88 32.9 17.5 5.7
2 feb 88 34.7 16.6 1.9
17 feb 88 32.7 18.8 2.1
2 mar 88 30.6 21.2 2.3
16 mar 88 30.3 22.1 0.4
18 may 88 34.7 18.2 4.8
2 jun 88 33.7 19.4 1.1
TABLA 6. Sumatoria de 6 pliegues cutáneos (tríceps, subescapular, bíceps, cresta ilíaca, muslo frontal, pantorrilla medial) en un ciclista
olímpico ganador de medalla de oro, durante el periodo de 6 meses, y los 5 ETM intra-evaluador necesarios para estar 95 % seguros de un
cambio real: (a) desde la evaluación basal el 16 de noviembre de 1987; y (b) desde la evaluación previa.

3.2 Implicancias de la magnitud del ETM para las la magnitud de la variable derivada. Esto se debe a
variables derivadas que las magnitudes de los ETM y los signos de las
diferencias en la medición, probablemente, no son
Los datos antropométricos brutos (o crudos), a independientes. Los evaluadores pueden equivocarse
menudo son utilizados para estimar variables consistentemente en una dirección, o cuando un
derivadas, tales como la densidad corporal, el evaluador muestra un gran error de medición en un
porcentaje graso, los somatotipos, y las masas área, también podría mostrar sistemáticamente un
fraccionales. En algunas de estas variables derivadas gran error en otra área.
solo hay una variable de entrada para la cual se ha
determinado el ETM. Por ejemplo, la densidad 3.3 Objetivo o meta del ETM propuesto (ETM
corporal se calcula utilizando la ecuación de Durnin y «target»)
Womersley (1974) que usa la sumatoria de pliegues
cutáneos como única variable de entrada. En Estas consideraciones y la experiencia a partir de
situaciones tales como esta, es fácil calcular el efecto numerosos cursos de entrenamiento nos permite
de la magnitud del ETM sobre la variable derivada (en expresar algunas sugerencias tentativas con respecto a
este caso, la densidad corporal y, por lo tanto, el las metas de ETM «target» para distintos niveles. Los
porcentaje graso). Por ejemplo, utilizando los datos limites propuestos se muestran en la Tabla 7. Si bien
promedio de pliegues cutáneos del estudio de DASET esta claro que los antropometristas con ETM de esta
(1992), una mujer australiana de 20-29 años tiene una magnitud no podrían, en muchos casos, detectar con
sumatoria de 4 pliegues de 61.4 mm. Esto equivale a confiabilidad cambios en un individuo luego de
un porcentaje estimado de grasa corporal de 31.1 % programas recreacionales típicos, o en atletas
usando la ecuación de Durnin y Womersley (1974). competitivos en los cuales se realizan evaluaciones
Los limites de confianza de 95 % para este porcentaje repetidas en intervalos cortos de tiempo,
graso estimado, para un evaluador con un ETM de 10 probablemente es irreal establecer normas mas
%, el intervalo de confianza seria entre 26.5 % y 34.9 estrictas de ETM. En estos casos, se deberían emplear
% - limites que quizás son mas estrechos de los que estrategias alternativas de mediciones múltiples y/o
podrían esperarse. periodos mas largos entre evaluaciones. Se deberían
permitir algo de flexibilidad en la aplicación de los
Cuando las variable derivadas utilizan variables de ETM «target» para los sitios que no son pliegues
entrada para las cuales los ETM deben determinarse cutáneos, particularmente para los diámetros óseos, y
en forma separada (por ejemplo, el calculo del índice para sitios que están afectados por movimientos
del índice de mesomorfismo requiere tanto perímetros respiratorios (ver Ross, Kerr, Carter, Ackland, &
como pliegues cutáneos), es mucho mas problemático Bach, 1994, Tabla B.1).
modelar el efecto de las magnitudes de los ETM sobre
Nivel 1 Nivel 2 Nivel 3
a b a b a b
Post- Post- Post- Post- Post- Post-
curso perfiles curso perfiles curso perfiles
Inter-evaluador Pliegues 12.5 10.0 10.0 7.5 10.0 7.5
cutáneos

Otros 2.5 2.0 2.0 1.5 2.0 1.5

Intra-evaluador Pliegues 10.0 7.5 7.5 5.0 7.5 5.0


Cutáneos

Otros 2.0 1.5 1.5 1.0 1.5 1.0

TABLA 7. ETM «target» propuestos, para comparaciones inter-evaluador e intra-evaluador, para los tres niveles de acreditación: (a)
luego del curso de entrenamiento; (b) luego de la finalización de 20 perfiles repetidos. Observar que para los Niveles 2 y 3, los ETM
«target» son iguales.

4. LINEAMIENTOS Y GUIAS PARA 4.2 Aspectos relacionados con el procedimiento


DETERMINAR LOS ETM
Distintos aspectos del procedimiento para determinar
Los ETM variaran de acuerdo a la naturaleza de los los ETM puede afectar la magnitud del ETM. Entre
sitios medidos, a la población evaluada, y al equipo y estos se encuentran el tiempo entre mediciones
condiciones de evaluación Por lo tanto, es importante, repetidas, y si las marcas anatómicas son borradas o
estandarizar la determinación de los ETM. relocalizadas entre evaluaciones. A menudo, los ETM
intra-evaluador son calculados sin remarcar al sujeto
4.1 La especificidad de la población medida (durante una situación de examen). Esto debería
hacerse para reducir el ETM, de modo que los valores
Los ETM normalmente son expresados como reportados aquí podrían representar ETM mas bajos
porcentajes de los valores medios debido a que uno de los que se encontrarían en situaciones en las cuales
podría esperar errores absolutos mayores en sujetos las mediciones fueron realizadas con un día de
más grandes. Sin embargo, esto puede no crear separación.
enteramente un «campo de juego nivelado» entre
sujetos de distintos grosores de pliegues, quizás Cuando las evaluaciones son realizadas en ocasiones
porque los sujetos mas obesos tienen los problemas diferentes en la misma persona, entra en juego algún
adicionales de la ubicación de los sitios, una grado de variación biológica. Se registraran menores
compresibilidad variable, etc. Por lo tanto, cuando se pliegues cutáneos si uno esta bien hidratado un día, y
determinan los ETM, los evaluadores deberían utilizar lo contrario si esta deshidratado otro día. Esto se debe
sujetos con grosores de pliegues cutáneos similares a a que la deshidratación aumenta la tensión en la piel,
los que ellos van a evaluar. volviéndola mas tirante, y produciendo que los
platillos del calibre tiendan a separarse (Consolazio,
Es probable que los ETM varíen con sujetos de otras Johnson, 7 Pécora, 1963, p. 303). La estatura
características (distinto sexo, por ejemplo). Por ello, la normalmente es 1-2 cm menor por la tarde que en la
regla general es que los ETM deberían estar mañana , ya que los discos intervertebrales se van
determinados en sujetos lo mas parecidos posible a la comprimiendo durante el transcurso del día. Los
población «target». Para aquellos involucrados en la baños saunas, las duchas, el ejercicio con sobrecarga,
evaluación de deportistas, este hecho probablemente y la fase menstrual, también pueden afectarlas
supondrá que se establezcan ETM específicos para el mediciones antropometricas. Por lo tanto, es
deporte. Aquellos evaluadores comprometidos en la importante cuando se establecen los ETM, reproducir
medición de un amplio rango de sujetos (como en los las condiciones ambientales de modo de minimizar las
centros de «fitness»), deberían determinar sus ETM en fuentes de variabilidad biológica.
poblaciones ampliamente variables.
Antropométrica Kevin Norton y Tim Olds

5 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Quinney, H.A, Petersen, S.R., Gledhill, N., & Jamnik,
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Versión digital por el Grupo Sobre Entrenamiento (www.sobreentrenamiento.com) Página 273

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