Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Orientadoras:
Professora Doutora Maria Rita da Silva Alexandre Pinto (Orientadora)
Professora Doutora Elisabete Barata Fernandes (Coorientadora)
2023
1
UNIVERSIDADE DE LISBOA
Orientadoras:
Professora Doutora Maria Rita da Silva Alexandre Pinto (Orientadora)
Professora Doutora Elisabete Barata Fernandes (Coorientadora)
2023
2
“A impressão desta dissertação foi aprovada pelo Conselho Científico da
Faculdade de Medicina de Lisboa em reunião de 26 de abril de 2022.”
3
“Grit is passion and perseverance for very long-term goals. Grit is having stamina. Grit is
sticking with your future, day-in, day-out. Not just for the week, not just for the month, but
for years. And working really hard to make that future a reality. Grit is living life like it’s a
marathon, not a sprint.”
(Angela Lee Duckwor)
4
AGRADECIMENTOS
À Professora Doutora Rita Pinto, pela orientação excecional ao longo desta caminhada. Pela
sua infinita disponibilidade e perseverança. Por acreditar sempre nas minhas capacidades e
competências, desafiando-me a ir mais além. Uma verdadeira fonte de inspiração e motivação.
À Professora Doutora Elisabete Fernandes, pela sua importante ajuda no tratamento dos
dados estatísticos e por me transmitir sempre ânimo, leveza e alegria, através das suas palavras de
incentivo e apreço.
Ao Professor Doutor Xavier Melo, à Professora Maria Isabel Barbosa, ao José Manuel Fiuza e
ao Sérgio Carvalho, pelo precioso auxílio nas etapas de tradução e adaptação cultural do Questionário
Global de Atividade Física, versão 2 (GPAQv2).
Ao Hélio, meu companheiro e colega desta jornada académica. Grata pelo companheirismo,
amizade e preocupação.
Ao Vitor, pelo ser humano incrível que é. Pela presença, momentos de partilha e por me
incentivar a olhar para as dificuldades como uma janela de oportunidade.
Aos meus amigos, em especial ao Fábio e Manuel, pela amizade, preocupação e ternura. Por
estarem sempre presentes e por me alegrarem, mesmo nos momentos de maior ânsia e adversidade,
com o aconchego de um abraço e o brilho de um sorriso.
À Catarina, (melhor) amiga de todas as horas. Pessoa-sol. Pela força, coragem e esperança que
me transmitiu e por caminhar ao meu lado.
5
À minha família, particularmente ao André e Alexandre, por serem os primos-irmãos, cuja
irmandade não é traduzível por palavras. Obrigada pelo vosso carinho e proteção.
Ao Avô João, Avô Manel e Avó São, por serem as minhas estrelas guia no firmamento.
Aos meus pais, Anete e António, a quem dedico este trabalho. Pedras basilares e responsáveis
pela pessoa que sou. Eternamente grata pelo vosso amor incondicional e pelos valores que me
transmitiram.
6
LISTA DE ABREVIATURAS E/OU SIGLAS
AF Atividade Física
AFM Atividade Física Moderada
AFV Atividade Física Vigorosa
AFMV Atividade Física Moderada a Vigorosa
CS Comportamento sedentário
DE Dispêndio energético
DEAF Dispêndio energético em atividade física
DET Dispêndio energético total
DCV Doença Cardiovascular
FC Frequência Cardíaca
GPAQ Questionário Global de Atividade Física
h/d Hora por dia
IPAQ-LF Questionário Internacional de Atividade Física, forma longa
IPAQ-SF Questionário Internacional de Atividade Física, forma curta
Kcal Quilocalorias
Kg Quilograma
METs Equivalentes metabólicos
Mins Minutos
Mins/sem Minutos por semana
Mins/d Minutos por dia
OMS Organização Mundial de Saúde
O2 Oxigénio
7
RESUMO
Objetivo: Este estudo tem como objetivo validar o Questionário Global de Atividade Física, versão 2,
(GPAQv2), por autoadministração, para a população adulta portuguesa, por comparação a um método
subjetivo (International Physical Activity Questionnaire-Long Form (IPAQ-LF)) e a um método objetivo
(acelerometria).
Métodos: Este trabalho consistiu num estudo transversal, observacional e prospetivo que incluiu duas
fases: qualitativa e quantitativa. A primeira contemplou os processos de tradução (do questionário
original, em inglês, para português europeu) e adaptação cultural do GPAQv2. A segunda englobou a
avaliação das suas propriedades psicométricas (fiabilidade e validade). Foram recrutados 118
participantes, com o intuito de avaliar o seu padrão de AF e comportamento sedentário (CS) através
do GPAQv2, por autoadministração. O processo de validação foi efetuado por comparação das
variáveis avaliadas pelo IPAQ-LF (validade concorrente) e utilização do acelerómetro ActiGraph
wGT3X-BT (validade de critério). A AF e o CS foram avaliados em dois momentos (M1 e M2), no início
do estudo e após sete dias consecutivos. Inicialmente, procedeu-se a uma Análise Exploratória dos
Dados. Posteriormente, a técnica Teste-Reteste foi utilizada para a análise da fiabilidade do GPAQv2,
através do teste de Kappa (k) e do Coeficiente de Correlação Intraclasse (CCI). A validade foi aferida
pelo Coeficiente de Correlação de Spearman (rho) e a concordância entre os métodos – GPAQv2 versus
acelerómetro -, pela análise gráfica Bland-Altman. A AF foi avaliada em minutos/semana (min/sem) e
o CS adicionalmente em horas/dia (h/d).
Resultados: O estudo incluiu 108 participantes adultos (38.94 ± 11.45 anos; 50.9% do sexo masculino)
que completaram todas as avaliações. A fiabilidade variou de forte a quase perfeita (k: 0.864-0.976,
p < 0.001) e de moderada a excelente (CCI: 0.562-0.994, p < 0.001), para variáveis categóricas e
variáveis contínuas do GPAQv2, respetivamente. Verificou-se uma correlação moderada a substancial
entre IPAQ-LF e GPAQv2 (rho: 0.471-0.680, p < 0.001) e uma validade de critério de razoável a
substancial (rho: 0.226-0.672, p < 0.05) entre os resultados do acelerómetro e do GPAQv2. Os gráficos
de Bland-Altman mostraram que o GPAQv2 superestimou a atividade física vigorosa (AFV) em 109.67
8
min/sem (-204.14 a 423.48) e a atividade física moderada a vigorosa (AFVM) em 93.62 min/sem
(-347.18 a 534.42); e subestimou a AFM em 16.05 min/sem (-327.91 a 295.80). A maior diferença
encontrada, 172.67 min/sem (2.88 h/d), incidiu sobre o CS, uma vez que GPAQv2 subestimou o tempo
despendido nesta atividade de baixo dispêndio energético.
9
ABSTRACT
Purpose: This study aims to validate the Global Physical Activity Questionnaire, version 2, (GPAQv2),
by self-administration, for the Portuguese adult population, by comparison with a subjective method
(International Physical Activity Questionnaire-Long Form (IPAQ-LF)) and an objective method
(accelerometry).
Methods: This work consisted of a cross-sectional, observational and prospective study that included
two phases: qualitative and quantitative. The first included the translation process (from the original
questionnaire, in English, to European Portuguese) and cultural adaptation of the GPAQv2. The second
included the assessment of psychometric properties (reliability and validity). A total of 118 participants
were recruited in order to assess their PA pattern and sedentary behavior (SB) through the GPAQv2,
by self-administration. The validation process was carried out by comparing the variables evaluated by
the IPAQ-LF (concurrent validity) and using the ActiGraph wGT3X-BT accelerometer (criterion validity).
PA and SB were evaluated in two moments (M1 and M2), at baseline and after seven consecutive days.
Initially, an Exploratory Analysis of the data was carried out. Subsequently, the Test-Retest technique
was used to analyze the reliability of the GPAQv2, through the Kappa test (k) and the Intraclass
Correlation Coefficient (ICC). Validity was assessed by Spearman's Correlation Coefficient (rho). The
agreement between GPAQv2 versus accelerometer was evaluated by Bland-Altman graphical analysis.
PA was evaluated in minutes/week (min/week) and SB in hours/day (h/d) additionally.
Results: The study included 108 adult participants (38.94 ± 11.45 years; 50.9% male) that completed
all assessments. Reliability ranged from strong to almost perfect (k: 0.864-0.976, p < 0.001) and from
moderate to excellent (ICC: 0.562-0.994, p < 0.001), for GPAQv2’s categorical and continuous variables,
respectively. There was a moderate to substantial correlation between IPAQ-LF and GPAQv2
(rho: 0.471-0.680, p < 0.001) and a fair to substantial criterion validity (rho: 0.226-0.672, p < 0.05)
between the accelerometer and GPAQv2. Bland-Altman plots showed that GPAQv2 overestimates
vigorous physical activity (VPA) by 109.67 min/week (-204.14 to 423.48) and moderate to vigorous
physical activity (MVPA) by 93.62 min/week (-347.18 to 534.42); and underestimated the moderate
10
physical activity (MPA) by 16.05 min/w (-327.91 to 295.80). The highest difference found was related
to SB, 172.67 min/week (2.88 h/d), since GPAQv2 underestimated the sitting time.
Conclusions: The GPAQv2, by self-administration, has an acceptable validity and reliability for
assessing the pattern of PA and SB in the Portuguese adult population. However, despite the fair to
substantial criterion validity obtained, it should be taken into account that the levels of PA reported
by GPAQv2 were higher than those assessed by accelerometry, namely for VPA and MVPA, and lower
for MPA and SB.
11
ÍNDICE
RESUMO....................................................................................................................................... 8
ABSTRACT .................................................................................................................................. 10
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 13
1. REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................................... 16
1.1. ATIVIDADE FÍSICA ...................................................................................................................... 16
1.2. QUANTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA.......................................................................................... 17
1.3. ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE ......................................................................................................... 19
1.3.1. Recomendações para a prática de Atividade Física ......................................................... 22
1.3.2. Comportamento Sedentário ............................................................................................. 25
1.4. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA .............................................................................. 29
1.4.1. Métodos de critério/referência ........................................................................................ 29
1.4.2. Métodos objetivos ............................................................................................................ 32
1.4.3. Métodos subjetivos .......................................................................................................... 48
1.5. TRADUÇÃO E VALIDAÇÃO PSICOMÉTRICA DE INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO ........................................ 56
2. METODOLOGIA................................................................................................................... 60
2.1. DELINEAMENTO DO ESTUDO ....................................................................................................... 60
2.2. POPULAÇÃO ALVO/PARTICIPANTES .............................................................................................. 60
2.2.1. Questões Éticas ................................................................................................................ 62
2.3. INSTRUMENTOS E EQUIPAMENTO UTILIZADO.................................................................................. 62
2.3.1. Questionários de Atividade Física .................................................................................... 62
2.3.2. Acelerometria ................................................................................................................... 64
2.3.3. Fase qualitativa: Processo de Tradução e Adaptação do GPAQv2 .................................. 64
2.3.4. Fase quantitativa e de recolha de dados ......................................................................... 68
2.4. VARIÁVEIS ................................................................................................................................ 69
2.5. MÉTODOS ESTATÍSTICOS UTILIZADOS ........................................................................................... 70
3. RESULTADOS ...................................................................................................................... 72
3.1. DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AMOSTRAIS ............................................................................... 72
3.2. ANÁLISE DOS RESULTADOS ......................................................................................................... 75
3.2.1. Fiabilidade ........................................................................................................................ 75
3.2.2. Validades de Critério e Concorrente................................................................................. 78
3.2.3. Análise da Concordância GPAQv2-acelerómetro ............................................................. 80
4. DISCUSSÃO ......................................................................................................................... 83
4.1. LIMITAÇÕES.............................................................................................................................. 88
5. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 91
5.1. DIREÇÕES FUTURAS ................................................................................................................... 91
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................... 93
ANEXOS E APÊNDICES ............................................................................................................... 127
12
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Representação esquemática dos momentos de avaliação. .................................................... 60
Figura 2. Diagrama do número de participantes incluídos e excluídos do estudo................................ 62
Figura 3. Gráfico Bland-Altman: Atividade Física Moderada (AFM) GPAQv2 vs. Acelerometria .......... 81
Figura 4. Gráfico Bland-Altman: Atividade Física Vigorosa (AFV) GPAQv2 vs. Acelerometria. ............. 81
Figura 5. Gráfico Bland-Altman: Atividade Física Moderada a Vigorosa (AFMV) GPAQv2 vs.
Acelerometria. ....................................................................................................................................... 82
Figura 6. Gráfico Bland-Altman: Comportamento Sedentário (CS) GPAQv2 vs. Acelerometria. .......... 82
ÍNDICE DE TABELAS
13
INTRODUÇÃO
A prática regular de atividade física (AF) é reconhecida como uma componente fundamental
de um estilo de vida salutogénico pelos seus múltiplos benefícios comprovados na promoção da saúde
e prevenção de diversas doenças crónicas, a nível individual e coletivo (World Health Organization,
2018). Todavia, ao longo das últimas décadas tem-se verificado um aumento exponencial dos níveis
de inatividade física da sociedade contemporânea (Nikitara et al., 2021), bem como, de um estilo de
vida cada vez mais sedentário (Stamatakis et al., 2019), pelo que atualmente a inatividade física é
considerada como o quarto fator de risco de mortalidade global (World Health Organization, 2010).
Neste sentido, o incremento dos níveis de AF tornou-se uma prioridade das políticas de saúde
pública, sendo este planeamento apenas exequível tendo como base dados epidemiológicos alusivos
à prevalência dos níveis de AF das populações (Hallal et al., 2012). Esta preocupação crescente tem-se
manifestado através do desenvolvimento e implementação de intervenções promotoras da AF,
embora com efeitos limitados e pouco eficazes (Baranowski, 2019; Lewis et al., 2017).
Assim, surge o Questionário Global de Atividade Física (GPAQ), elaborado pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) como parte da abordagem STEPwise para a vigilância de fatores de risco de
doenças crónicas, resultando numa compilação e aprimoramento das versões longas e curtas do
Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ), uma vez que o GPAQ avalia a AF em múltiplos
domínios (trabalho, deslocação entre locais e atividades de lazer), incluindo o comportamento
sedentário (CS) (Armstrong & Bull, 2006; World Health Organization, 2020c).
Face a esta lacuna e visto que o GPAQ é considerado pela OMS o questionário de referência
para a vigilância de fatores de risco para a saúde, emergiu o interesse de validar o mesmo para o
contexto cultural português, contribuindo assim para a uniformização da metodologia de recolha de
dados, passível de uma comparação de realidades internacionais, realçando a pertinência e
originalidade do trabalho de investigação em apreço.
Objetivos específicos:
14
abordagens e conceitos fundamentais do trabalho, à luz das perspetivas teóricas. O capítulo seguinte
diz respeito à metodologia (2), o qual descreve todas as etapas do estudo efetuadas, desde o seu
delineamento, seleção da amostra, seguido dos instrumentos de pesquisa utilizados na recolha de
dados até à análise estatística realizada. A secção subsequente (3) integra a apresentação dos
resultados obtidos, mediante as variáveis utilizadas. Na discussão (4) é realizada a análise crítica dos
resultados, articulando com a evidência científica e hipóteses teóricas, terminando com a
apresentação das limitações do estudo em apreço. O último capítulo (5), sintetiza as principais
conclusões e recomendações futuras.
15
1. REVISÃO DA LITERATURA
A AF pode ser classificada como estruturada e não estruturada (Strath et al., 2013). As
atividades estruturadas são providas de uma intencionalidade e carecem de organização e planificação
específicas, mediante determinados objetivos. As atividades não estruturadas são caracterizadas pela
ausência de um planeamento, pelo que a espontaneidade e naturalidade são um critério fundamental,
concretizando-se na realização das atividades de vida diária em diferentes contextos, associadas ao
trabalho profissional ou formação, meio de deslocação entre locais, realização de tarefas domésticas,
entre outras (Caspersen et al., 1985; Strath et al., 2013).
Nesta linha de pensamento, importa clarificar o conceito de exercício físico, uma vez que é
frequente e erradamente considerado como sinónimo de AF. Na verdade, o exercício físico é uma
subcategoria da AF estruturada, no âmbito do domínio de lazer, e consiste no planeamento
sistemático, repetitivo e organizado de movimentos, com o objetivo de manter ou otimizar uma ou
mais componentes da aptidão física, provocando consequentemente, adaptações crónicas nos
diversos sistemas do organismo (Caspersen et al., 1985; Howley, 2001). Por sua vez, a aptidão física
distingue-se como a capacidade de executar as tarefas do dia-a-dia de forma satisfatória e vigorosa,
sem fadiga excessiva, e com energia para desfrutar de atividades de lazer e responder a situações de
emergência imprevistas (Caspersen et al., 1985; Vanhees et al., 2005). Este conceito agrupa um
conjunto de atributos adquiridos ou desenvolvidos, que permitem a realização da AF.
A AF sucede ao longo do dia, tendo em conta uma variedade de propósitos e ambientes, pelo
que pode agrupar-se em diversos domínios, nomeadamente:
16
● Domínio do transporte: referente à forma como a pessoa se desloca de um lado para o outro,
como por exemplo a pé, de carro ou bicicleta;
● Domínio de lazer: realização de atividades recreativas, como prática de desportos e hobbies
(Caspersen et al., 1985; Strath et al., 2013).
● Atividade física aeróbia (também conhecida como endurance ou cardio): na qual os grandes
grupos musculares do corpo se movem de forma ritmada (Piercy et al., 2018), ao longo de um
período de tempo sustentado, utilizando o oxigénio como principal fonte de energia
metabólica (e.g. caminhar, dançar, entre outras) (Physical Activity Guidelines Advisory
Committee, 2018);
● Atividades de fortalecimento muscular: mantêm ou melhoram a força muscular, uma vez que
os músculos esqueléticos trabalham contra uma força ou resistência aplicadas (Piercy et al.,
2018). Geralmente envolvem atividades funcionais do dia-a-dia como levantar cargas pesadas,
carregar crianças ou subir escadas, bem como o uso de equipamento de ginásio com recurso
a máquinas de musculação, pesos livres ou elásticos (Physical Activity Guidelines Advisory
Committee, 2018);
A frequência remete para o número de vezes em que se pratica a AF, habitualmente por dia
ou semana; e a duração indica a quantidade de tempo em que a mesma é praticada (e.g., minutos ou
horas) (Strath et al., 2013). A quantidade de AF pode ser caracterizada em termos de intensidade
absoluta ou relativa, volume total ou DE relacionado a uma AF, numa janela de tempo específica. Por
último, a intensidade pode ser categorizada como leve, moderada, vigorosa e muito vigorosa (US
Department of Health and Human Services, 1996). Entretanto, atualmente a terminologia mais usual
descreve a intensidade como leve, moderada e vigorosa (World Health Organization, 2020b).
A intensidade absoluta engloba a taxa de DE necessária para realizar uma atividade, não
considerando a capacidade fisiológica basal da pessoa, e refere-se à energia despendida durante um
período de tempo. Pode ser expressa através do consumo de oxigénio (VO 2), em litros por minuto
(l/min); do consumo de oxigénio em função do peso corporal (mL/kg/min); do DE, quilocalorias e/ou
quilojoules; ou como múltiplos do metabolismo em repouso, designado por equivalente metabólico
(MET) (Ekelund, 2002; Strath et al., 2013; US Department of Health and Human Services, 1996). A
expressão MET corresponde ao DE em repouso em função do peso do sujeito, assumindo-se como um
valor de referência para a classificação da intensidade das atividades (Montoye et al., 1996). Neste
seguimento, os valores de DE são expressos em múltiplos de METs, assumindo o valor padrão de 3.5
mL/kg/min (Freedson et al., 1998; Ekelund, 2002; Strath et al., 2013).
Relativamente à intensidade relativa, esta está relacionada com a capacidade máxima aeróbia
da pessoa (Howley, 2001), podendo ser descrita pela da percentagem do consumo máximo de O2 (%
VO2max); percentagem do consumo de oxigénio de reserva (% VO 2R) (Swain & Leutholtz, 1997); da
percentagem da frequência cardíaca máxima (% FCmax) (American College of Sports Medicine, 1995); e
percentagem da frequência cardíaca de reserva (% FCR) (Karvonen et al., 1957). Para além destes, pode
ser ainda avaliada em relação à perceção subjetiva de esforço da pessoa, durante a atividade, através
da escala de perceção do esforço (de Borg) ou Rating of Perceived Exertion Scale (RPE) (Scherr et al.,
2013; Howley, 2001; Strath et al., 2013).
Importa ainda clarificar que além do dispêndio energético em atividade física (DEAF), que pode
contribuir para cerca de 15-30% do dispêndio energético total (DET), existem outras duas
componentes:
● Efeito térmico dos alimentos – definida como a energia canalizada para a digestão, absorção
e metabolismo dos alimentos ingeridos, podendo atingir cerca de 10% do DET (Katch et al.,
2011; Strath et al., 2013).
Assim, o DEAF é a componente que apresenta maior variabilidade tendo como referencial a
AF, o que sustenta a necessidade da sua avaliação criteriosa e rigorosa (Ekelund, 2002; Katch et al.,
2011; Paula, 2012; Strath et al., 2013).
Atualmente é irrefutável que a prática regular da AF tem efeito benéfico na saúde ao longo do
ciclo vital, fomentando a longevidade e a diminuição da incidência da doença. Além do carácter
preventivo e protetor, assume-se também como um coadjuvante terapêutico não farmacológico, na
gestão da cronicidade da doença, atuando tanto ao nível da prevenção primária como na prevenção
secundária (Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física, 2020; World Health Organization,
2020b).
Além disto, a morbilidade associada à inatividade física tem consequências quer na qualidade
de vida da pessoa, enquanto ser individual, mas também a nível coletivo na dimensão
macroeconómica. Ding et al. (2016) comprovaram persuasivamente que a inatividade física custou aos
sistemas de saúde mundiais cerca de 53.8 mil milhões de dólares no ano de 2013. Outrossim, as mortes
atribuíveis a este fator de risco provocaram uma despesa adicional de 13.7 mil milhões de dólares em
perdas de produtividade e resultaram em 13.4 milhões de anos de vida com incapacidade (Ding et al.,
2016). Uma publicação recente é ainda mais inquietante, mostrando que são expectados 499.2
milhões de novos casos de doenças crónicas não transmissíveis até 2030, caso a prevalência da
inatividade física não se altere, resultando em cerca de 520 mil milhões de dólares em custos diretos
associados à saúde (Santos et al., 2023).
21
da função cognitiva (Barnes, 2015) (especialmente após a prática de AF aeróbia) e da qualidade do
sono (Physical Activity Guidelines Advisory Committee, 2008, 2018).
Tendo por base a crescente evidência que reconhece a preciosa relação entre AF e saúde, em
1975, emergiram as primeiras recomendações para a prática de AF, por parte do American College of
Sports Medicine (American College of Sports Medicine, 1978) e desde então, várias diretrizes têm sido
publicadas e atualizadas, à luz da evidência científica, por parte de entidades governativas e
profissionais. Na década de 90, existiu uma mudança gradual na corrente de pensamento, com
publicações de relevo por parte do Centers for Disease Control and Prevention (Pate et al., 1995) e do
U.S. Department of Health and Human Services, com a Report of the Surgeon General (1996),
enfatizando a importância da AF, como abordagem preventiva para as doenças crónicas não
transmissíveis no âmbito da saúde pública. As indicações normativas passaram a recomendar a
acumulação em adultos, de pelo menos, 30 minutos de AF moderada aeróbia, de preferência ≥ 5
dias/semana, com pelo menos 10 minutos de duração, uma vez que estudos observacionais e
experimentais revelaram resultados promissores relacionados com a saúde, com a prática de AFM ao
longo do dia (National Institutes of Health, 1995). Estas recomendações permitiram elucidar e
consciencializar a população, profissionais de saúde e dirigentes governativos sobre os benefícios
inerentes à prática regular de AF, clarificando a quantidade e intensidade necessárias para obter
ganhos em saúde e reduzir a incidência de doença (Pate et al., 1995).
Posteriormente, a partir do ano 2000, mediante a crescente literatura publicada alusiva aos
prejuízos de um estilo de vida menos ativo, foram realizadas diversas atualizações das diretrizes por
parte de várias organizações internacionais (Troiano et al., 2020). Foram exemplo disso, as
recomendações americanas publicadas em 2008 pelo US Department of Health and Human Services,
que chamaram à atenção para a inatividade física, afirmando: “Some activity is better than none”
22
(Physical Activity Guidelines Advisory Committee, 2008; Troiano et al., 2020; US Department of Health
and Human Services, 2008). Em simultâneo, surgiu uma preocupação adicional com populações
especiais, como crianças e adolescentes, idosos, grávidas, mulheres pós-parto e pessoas com
incapacidades, reafirmando os benefícios multidimensionais da AF na vertente física (cardiovascular,
muscular, óssea, controlo e gestão de peso, entre outras), incluindo a saúde mental e neurológica
como tópico de abordagem (Institute of Medicine, 2007).
Estatísticas globais reportaram que 27.5% dos adultos (Guthold et al., 2018) e 81% dos
adolescentes (Guthold et al., 2020) não atingiam as recomendações da OMS de 2010 (World Health
Organization, 2010), sublinhando uma insignificante melhoria observada ao longo da última década.
Assim sendo, perante este cenário, em 2019, a OMS nomeou um grupo de trabalho responsável pelo
estudo e desenvolvimento das novas recomendações de saúde pública, para organizar e rever a
evidência científica mais recente relativa à quantidade de AF (contemplando a frequência, intensidade
e duração) e respetivos outcomes, relevantes para a saúde em crianças, adolescentes, adultos e idosos,
independentemente do sexo, origem cultural ou nível socioeconómico. Após consenso, em 2020,
foram divulgadas e publicadas para consulta coletiva, as recomendações de AF, para crianças e
adolescentes (incluindo aqueles que vivem com alguma incapacidade), adultos (dos 18 aos 64 anos,
incluindo portadores de alguma condição crónica ou incapacidade), idosos e grávidas (World Health
Organization (2020b). Destaca-se que estas novas diretrizes passaram a contabilizar todos os minutos
de AF em vez da acumulação de períodos de 10 minutos para a população adulta, alteração que reflete
a evidência de estudos que demonstraram que a prática de AF, independentemente da duração, está
23
associada a melhores resultados em saúde (Bull et al., 2020; Jakicic et al., 2019). As recomendações
para adultos aparentemente saudáveis encontram-se ilustradas na Tabela 1.
Público-alvo Recomendações
Devem realizar pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física aeróbia de
intensidade moderada; ou pelo menos 75 a 150 minutos de atividade física
aeróbia de intensidade vigorosa; ou uma combinação semelhante de
atividade física de intensidade moderada e vigorosa, ao longo da semana.
24
uma redução adicional do risco de mortalidade, com uma dose mínima efetiva de 1-2 vezes/semana
(Coleman et al., 2022).
Nos últimos anos, elevado número de publicações tem vindo a salientar que o tempo sentado
excessivo (independentemente de atender às recomendações de AFMV) é prejudicial à saúde,
elegendo-o como um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crónicas não
transmissíveis (World Health Organization, 2018).
Surgem pela primeira vez nas recomendações para a prática de AF, orientações alusivas às
associações entre o CS e resultados em saúde, apresentando-se como uma forte recomendação, de
nível de evidência moderado (World Health Organization, 2020b).
A prevalência de um estilo de vida cada vez mais sedentário tem sido uma constante presente
nas sociedades modernas, tornando-se um problema de saúde pública (Ku et al., 2018). A diminuição
da AF deve-se, em parte, à inércia no lazer e ao aumento do CS no trabalho e em casa, a par do
25
aumento da utilização de meios de transporte passivos, contribuindo fortemente para esta
problemática (World Health Organization & United Nations Economic Commission for Europe, 2022).
O Eurobarómetro Especial 472 de 2017 mostrava que Portugal tinha ainda um longo caminho
pela frente, na otimização dos níveis de AF da sua população, evidenciando mais uma vez a importância
do impacto de políticas neste sentido, quer a nível local e Europeu (European Commission &
Directorate General for Education, Youth, Sport and Culture, 2017). Contudo, a publicação recente do
Eurobarómetro Especial 525 de 2022 volta a destacar Portugal como um dos Estados-Membros da
União Europeia onde os índices de AF e prática desportiva são menores. Cerca de 73% dos inquiridos
referiu nunca fazer desporto ou exercício e 72% respondeu não praticar outro tipo de AF (como usar a
bicicleta como meio de deslocação entre locais; dançar; e fazer jardinagem), verificando-se um
aumento de 5% e 8%, respetivamente, face aos dados de 2017. Olhando minuciosamente para alguns
dados, este valor ascende para 91% em pessoas com mais de 55 anos (Directorate-General for
Education, Youth, Sport and Culture, 2022).
26
Estes novos dados devem ser analisados sob o contexto de que, entre eles, ocorreu o
fenómeno de Saúde Pública mais desafiante da nossa geração – a pandemia COVID-19 (Directorate-
General for Education, Youth, Sport and Culture, 2022). Porém, constata-se que há muito a fazer,
necessitando ser fonte de reflexão para as entidades governativas e sociedade civil, no âmbito da
mudança comportamental no sentido da promoção da AF e limitação do CS.
Evidências recentes têm revelado uma associação entre a excessiva exposição ao CS (avaliado
principalmente por autorrelato e sensores de movimento) e a mortalidade por todas as causas;
mortalidade e (Ekelund et al., 2019; Stamatakis et al., 2019) incidência de DCV (Katzmarzyk et al., 2019;
Physical Activity Guidelines Advisory Committee, 2018); alterações a nível de alguns biomarcadores
cardiometabólicos (Mitchell et al., 2018) e diabetes mellitus tipo II em adultos (Biswas et al., 2015).
Chau e a sua equipa, através de uma meta-análise, constataram que por cada hora sentado,
existe um incremento de 2% no risco de morte por todas as causas. O estudo menciona ainda que este
risco aumenta significativamente quando os adultos estão sentados mais do que 7 horas/dia, sendo
este amplificado em cerca de 5%, por cada hora diária acumulada além deste valor (Chau et al., 2013).
Outro trabalho com dados oriundos de mais de 1 milhão de participantes, verificou uma
associação de dose-resposta entre o tempo sentado e o risco de mortalidade por todas as causas,
quando o seu valor excede, aproximadamente as 7.5 horas diárias (Ku et al., 2018). Uma das
investigações mais vastas sobre o equilíbrio entre ser fisicamente ativo e o CS avaliou mais de um
milhão de pessoas e concluiu que, a prática de AFM entre 60-75 min/dia parece diminuir
significativamente o risco de morte prematura, induzido pelo elevado CS. Porém, os autores
especificaram que o elevado nível de AFM atenua, mas não elimina o risco associado ao sedentarismo,
com realce do tempo despendido a ver televisão (Ekelund et al., 2016).
27
Face a este paradigma de inatividade tem sido crescente o número de estudos que se propõem
a investigar estratégias e os respetivos efeitos na redução do CS, constatando-se associações
vantajosas com a substituição deste padrão por tempo em AF (Loh et al., 2020). Exemplo disso é a
interrupção do CS, através de pequenas pausas/“breaks” ao longo do dia, que podem ser uma
estratégia interessante na mitigação da sua nocividade (Dunstan et al., 2021).
A identificação de cut-offs poderá ser uma vantagem interessante do ponto de vista da literacia
em saúde e AF, no sentido de elucidar objetivamente a população sobre a quantidade de CS a não
exceder. Nesta ótica, a OMS continua o seu caminho prioritário no desenvolvimento e implementação
de estratégias eficazes na promoção de AF e limitação do CS, sendo a criação do Plano Global de Ação
da AF 2018-2030 o mais recente compromisso, cuja missão visa uma redução relativa de cerca de 15%
da prevalência global da inatividade física, nos adultos e adolescentes até 2030, fomentando
sociedades mais ativas por um mundo mais saudável (World Health Organization, 2018).
28
1.4. Métodos de avaliação da atividade física
A calorimetria direta quantifica o calor dissipado de um corpo para o meio ambiente isolado.
A pessoa é instalada numa câmara hermeticamente fechada e suficientemente espaçosa (que permita
alguma liberdade de realização de movimento e atividade) e é avaliado de forma precisa, o calor
dissipado pelo indivíduo (como resultado do metabolismo aeróbio e anaeróbio), especialmente por
condução, convecção, radiação e evaporação (Johnson & Coward-McKenzie, 2001; Simonson &
DeFronzo, 1990; Lamprecht, 1985; Kenny et al., 2017). A lei da conservação da energia torna-se útil na
compreensão desta técnica, uma vez que corrobora que a energia total de um sistema isolado não
pode ser criada ou destruída, mas sim convertida noutras formas de energia (Kenny et al., 2017). Não
obstante, apesar de um método com tremenda validade na avaliação do DE e utilizado em estudos de
termorregulação (Kenny et al., 2017), não deteta variações rápidas de libertação de energia,
inviabilizando a sua utilização em exercícios de alta intensidade e curta duração (Montoye et al., 1996).
A sua utilização é pouco frequente devido à logística complexa e custos associados, implicando
adicionalmente o isolamento da pessoa durante um longo período de tempo, num ambiente
artificialmente simulado, que restringe a reprodutibilidade das atividades de vida diária (Kenny et al.,
2017; Simonson & DeFronzo, 1990; Paula, 2012).
30
volume de CO2 produzido, identificando deste modo os valores referentes às necessidades oriundas
do trabalho metabólico dos mesmos (Ainslie et al., 2003; Powers & Howley, 2009). É um método
bastante útil na medição da taxa de metabolismo basal ou de repouso (Ainslie et al., 2003).
O método da água duplamente marcada é uma variante da calorimetria indireta e foi utilizado
pela primeira vez em humanos em meados de 1982 (Speakman, 1998). É considerado o método gold
standard por ser o mais preciso na avaliação do DE em indivíduos em contexto de vida diária,
habitualmente durante um período entre 1 a 3 semanas (Speakman et al., 2019). O princípio consiste
na administração, via oral, de uma quantidade padronizada de dois isótopos estáveis da água líquida:
Oxigénio-18 (18O) e Deutério (2H) (Vanhees et al., 2005). Os mesmos distribuem-se em equilíbrio com
a água corporal e são posteriormente eliminados pelo organismo. O isótopo de O2 é eliminado através
da urina (sob a forma de água) e através da expiração, associado ao CO2. Em contrapartida, o 2H será
eliminado apenas pela urina, sob a forma de água (Vanhees et al., 2005; Paula, 2012, Speakman, 1998).
São realizadas colheitas de urina programadas e é através do diferencial nas taxas de eliminação dos
isótopos, que se obtém o valor de CO2 produzido (DeLany & Lovejoy, 1996; International Atomic Energy
Agency, 2009; Schoeller, 1988; Vanhees et al., 2005). A quantidade de CO2 é seguidamente convertida
através de um equivalente de energia, permitindo o cálculo do DET (Westerterp, 1999).
Esta técnica não invasiva é adequada para utilizar em contexto de vida diária e é aplicável a
todo o tipo de população-alvo, incluindo as mais vulneráveis como crianças e grávidas (Hills et al.,
2014; International Atomic Energy Agency, 2009).
Os métodos objetivos foram criados para colmatar as fragilidades e limitações inerentes aos
métodos subjetivos (Prince et al., 2008; Westerterp, 2009). A evolução tecnológica permitiu a criação
de sistemas e dispositivos eletrónicos, que podem ser usados para registar e armazenar os níveis de
atividade, minuto a minuto e por longos períodos, aumentando a objetividade e obtenção de
estimativas mais precisas (Sallis, 2010), especialmente em parâmetros fisiológicos ou mecânicos da
mesma (Westerterp, 2009).
1.4.2.1. Pedómetros
São aparelhos discretos, leves e utilizados geralmente à cintura, na zona do cinto das calças,
embora também possam ser colocados no pé, pulso ou coxa (Ahola, 2010). Não obstante, hoje em dia
a maioria dos smartphones contém aplicações de saúde e bem-estar com pedómetros integrados, que
realizam a monitorização da AF do utilizador(a) (Laranjo et al., 2021; Sim, 2019), sendo vantajosa a sua
praticidade e portabilidade.
et al., 1996). A cada passo é executado um contacto elétrico, que permite o seu registo (Bassett et al.,
2000). Estes upgrades de sistemas surgiram para dar resposta às carências em termos de precisão dos
modelos anteriores, permitindo o seu aperfeiçoamento ao transmitir informações com maior
qualidade e precisão (Melanson et al., 2004). Apesar da multiplicidade de modelos de pedómetros
disponíveis, o modelo Yamax Digi Walker (Yamasa Tokei Keiki Co., Ltd., Tóquio, Japão) tem sido dos
mais usados na área da investigação (Barreira et al., 2013; Coffman et al., 2016; Schneider et al., 2004).
A marcha continua a ser uma das formas mais comuns de atividade relatada e a que
maioritariamente contribui para a AF diária total (Bassett et al., 1996), especialmente pela sua
simplicidade fisiológica de movimento, estando acessível à grande maioria das faixas etárias (US
Department of Health and Human Services, 2015). Neste sentido, a comunidade científica tem-se
debruçado em investigar a relação existente entre os passos diários e resultados em saúde. Uma
recente meta-análise de estudos de coorte prospetivos, confirmou que existe uma relação
inversamente proporcional entre o número de passos diários e o risco de morte por todas as causas,
realçando que mesmo aumentos ligeiros no número de passos estão associados a um risco
significativamente menor (Jayedi et al., 2022). Outra meta-análise com uma linha orientadora
semelhante, revelou igualmente que dar mais passos/dia está associado a um risco progressivamente
menor de morte por todas as causas, semelhante por sexo, mas com variações por idade (Paluch et
al., 2022).
A utilização desta métrica tem sido recrutada numa tentativa de aproximação entre as
recomendações para a AF em passos/dia, na qual a utilização dos pedómetros tem sido frequente
(Tudor-Locke et al., 2008; Tudor-Locke & Bassett, 2004). Exemplo disso foi a revisão feita por Tudor-
Locke et al. (2008) do conhecido trabalho de Tudor-Locke & Basset intitulado:“How Many Steps Are
Enough?”, publicado no ano de 2004, no qual os autores determinaram valores de corte orientadores,
avaliados por pedómetros, que categorizam o nível de AF em função do número de passos/dia em
adultos saudáveis, conforme demonstra a Tabela 2.
33
Tabela 2. Categorização do nível de Atividade Física em função do número de passos/dia de Tudor-Locke et al.
(2008).
Apesar da literatura ainda não ser consensual na determinação do número de passos diários
ótimo para o estabelecimento de uma associação dose-resposta entre estes e ganhos em saúde, o
objetivo dos famosos dez mil passos/dia tem sido amplamente difundido e utilizado como referência
(Physical Activity Guidelines Advisory Committee, 2018; Hills et al., 2014). Neste sentido, os
pedómetros além de monitorizarem a atividade diária referente à marcha, podem ser uma estratégia
interessante do ponto de vista motivacional (Strath et al., 2013) e da mudança comportamental para
a promoção da AF (Donnachie et al., 2017), uma vez que a pessoa consegue acompanhar o seu
desempenho diário, possibilitando o alcançar de metas e objetivos (Normand, 2008).
1.4.2.2. Acelerometria
Segundo Montoye et al. (1996) citado por Oliveira & Maia (2001), quando a pessoa se
movimenta, o corpo sofre uma aceleração, teoricamente, em proporção à força muscular responsável
por esta aceleração. Deste modo, e dado que toda a AF envolve uma contração muscular com posterior
transformação energética, é possível estimar proporcionalmente o DE associado (Chen & Bassett,
2005).
Dado que o movimento do corpo humano não segue apenas uma direção, alguns autores
apontam a medição dos três eixos como o método mais preciso na avaliação da AF e do DE, em
comparação com a medição do movimento corporal num eixo só (Ainslie et al., 2003; Chen & Bassett,
2005; Westerterp, 2009).
35
tamanho dos acelerómetros, sendo capazes de recolher e gravar dados de alta resolução e armazená-
los por vários dias e até semanas (Ainsworth et al., 2015; Strath et al., 2013).
Não obstante, apresentam algumas limitações por não serem competentes em avaliar
igualmente todo o tipo de atividades. Apesar de serem um método robusto na identificação de
períodos de CS e AFs dinâmicas, uma vez que a maioria do sinal transmitido por atividades dinâmicas
é apreendido pelos dispositivos, o mesmo não se verifica relativamente a movimentos estáticos ou
isométricos, nos quais não se detetam oscilações na aceleração do corpo (Matthews, 2005). Alterações
de inclinação no plano de deslocamento ou levantamento de pesos são exemplos de movimentos em
que os acelerómetros apresentam fraca capacidade de medição, pois os padrões de aceleração
permanecem essencialmente inalterados, independentemente do aumento do esforço ou do DE
inerentes (Butte et al., 2012; Warren et al., 2010; Ainsworth et al., 2015). Este detalhe torna-se
relevante, pois pode induzir à subestimação deste tipo de atividade por parte dos acelerómetros
(Matthews, 2005).
Por último, a ampla diversidade de modelos de acelerómetros, cada um com o seu respetivo
algoritmo, dificulta a uniformização do modo como é efetuada a conversão das acelerações em
impulsos (Butte et al., 2012; Matthews, 2005). Assim, a comparação direta de resultados entre
diferentes modelos é altamente complexa, pelo que tem sido realçada a necessidade de mudança de
paradigma através da criação de protocolos de calibração de algoritmos, que permitam a padronização
da conversão dos impulsos em unidades de aceleração entre modelos de dispositivos (Welk et al.,
2012; Troiano et al., 2014).
Grande parte dos estudos reporta a sua fixação ao nível da anca (nomeadamente no lado
direito), uma vez que aparenta avaliar a marcha de forma mais precisa (Welk, 2002; Ainsworth et al.,
2015). Porém, parecem existir diferenças mínimas, de insignificância estatística, na comparação entre
36
o lado esquerdo e direito, assim como o lado dominante vs. não dominante (Aadland & Ylvisåker,
2015b), podendo também ser colocado na região lombar, pulso e tornozelo (Ainsworth et al., 2015;
Ridgers & Fairclough, 2011; Nilsson et al., 2002; Yngve et al., 2003).
Recentemente têm surgido estudos comparativos entre a anca e o pulso (Kamada et al., 2016;
Loprinzi & Smith, 2017). Este interesse crescente em alterar o local de fixação do aparelho, deve-se
sobretudo a questões práticas no trabalho de campo, pois poderá reduzir o tempo que a pessoa está
sem o dispositivo, nomeadamente no vestir e despir; e por poder vir a adicionar a capacidade de
monitorização do sono (Ainsworth et al., 2015; Liu et al., 2021). Apesar dos acelerómetros no pulso
poderem incentivar a adesão da pessoa à investigação, talvez pela praticidade, a colocação no
tornozelo e na anca parece ser mais precisa na avaliação da AFMV (Duncan et al., 2020). Contudo, a
colocação no pulso pode detetar com maior rigor atividades diárias que utilizem maioritariamente os
membros superiores, como as tarefas domésticas (He et al., 2014).
Com a intenção de tentar contornar a limitação dos acelerómetros não terem a capacidade de
detetar determinados tipos de movimento, particularmente dos membros superiores, existe um
pequeno número de publicações que avaliou a utilização de mais do que um acelerómetro,
nomeadamente no pulso e tornozelo, tendo verificado uma ligeira otimização na precisão das
equações preditivas do DE, comparativamente com a medição com um único acelerómetro na anca ou
na região lombar (Trost et al., 2005). Todavia, este aspeto pode ser um desafio adicional em termos
de carga e volume de trabalho para o investigador e o participante (Trost et al., 2005).
O acelerómetro é introduzido num cinto de nylon ajustável, que o sustenta, permitindo a sua
utilização no local previamente acordado entre o investigador e o participante (Ridgers & Fairclough,
2011), de forma a respeitar um critério de avaliação padrão para todos os elementos da amostra
(Paula, 2012).
37
A utilização do acelerómetro deve ocorrer durante um período de tempo suficiente, para que
seja representativa e fiel do nível de AF habitual da pessoa (Ridgers & Fairclough, 2011), o que implica
normalmente vários dias (Warren et al., 2010). É importante que o período de registo inclua a atividade
durante a semana e também aos fins de semana, pois os seus níveis podem variar consideravelmente
entre ambos (Warren et al., 2010).
Atualmente, ainda não existe um valor definido relativo ao tempo em que a pessoa precisa de
utilizar o acelerómetro para que seja considerado um dia válido (Paula, 2012). Persiste ainda alguma
dúvida se este deve corresponder ao período de tempo em que a pessoa está acordada, ou se deve
ser estabelecido um número de horas específico de registo (e.g., 10 horas) (Corder et al., 2008; Hills et
al., 2014). Sendo que, o período de utilização por parte do participante pode estar adicionalmente
condicionado pelo esquecimento da sua colocação ou por situações que impossibilitem a sua utilização
como a prática de atividades que envolvam contacto com água (Catellier et al., 2005). O período de 10
horas (i.e., 600 minutos) é o mais utilizado pela maioria dos autores para que um dia seja considerado
válido (Riddoch et al., 2007; Troiano et al., 2008).
O tempo total de registo além dos intervalos de tempo de utilização (Wear time) está
dependente de intervalos de tempo sem utilização (Non-wear time) (Choi et al., 2011). A interrupção
de tempo de utilização é descrita como o período em que se registam zero impulsos consecutivos, que
podem incluir uma janela de tolerância de alguns minutos, nos quais são permitidas reduzidas
acelerações (Migueles et al., 2017).
A duração do epoch é outro requisito importante a atentar antes do início da recolha de dados
(Ridgers & Fairclough, 2011). De acordo com estudos mais antigos de acelerometria, nos quais os
equipamentos apresentavam uma capacidade de memória mais limitada, epochs de 60 segundos eram
comumente usados na recolha de dados sobre os níveis habituais de AF ou o DE em crianças e adultos
(Davis & Fox, 2007; Reilly et al., 2008; Trost et al., 2005; Paula, 2012). Atualmente esta limitação foi
colmatada pelo incremento na capacidade de armazenamento, permitindo a utilização de epochs de
curta duração, particularmente quando o padrão de AF ou o tempo gasto em diferentes intensidades
é a variável em estudo (Ridgers & Fairclough, 2011). Apesar deste detalhe ter, aparentemente,
impactos mínimos na avaliação da AF em adultos, o mesmo já não se verifica na população pediátrica
(Reilly et al., 2008). Dada a elevada variabilidade do padrão de AF das crianças, a utilização de epochs
mais longos, de cerca de 1 minuto, pode classificar erroneamente as AFs de maior intensidade como
sendo de menor intensidade (Reilly et al., 2008; Welk et al., 2000), traduzindo-se numa subestimação
especialmente da AFMV (Trost et al., 2005).
Para adultos, esta questão ainda não está suficientemente estudada na literatura, apesar de
já estar reportado que tal como para as crianças, epochs mais curtos parecem ser mais precisos na
avaliação da intensidade da AF intermitente (Fabre et al., 2020; Hwang et al., 2018). Em suma, apesar
desta troca entre epochs de longa duração vs. curta duração, 1 minuto parece ser um compromisso
aceitável na maioria dos estudos (Chen & Bassett, 2005; Reilly et al., 2008; Trost et al., 2005).
39
1.4.2.2.3. Estimativa do DE e identificação de valores de corte
Os acelerómetros registam counts, que são unidades de medida inespecíficas de AF, durante
os epochs previamente definidos (Matthews, 2005). No entanto, embora algumas questões de
investigação possam ser respondidas utilizando os counts em bruto, a maioria dos estudos exige a sua
conversão em unidades com um significado e interpretação fisiológicos (Jimmy et al., 2013; Matthews,
2005; Ward et al., 2005; Troiano et al., 2014).
Este processo é intitulado por calibração (Bassett et al., 2012) e consiste na comparação dos
counts com um método de referência (habitualmente, calorimetria indireta) (Chen & Bassett, 2005;
Sasaki et al., 2011), a partir de equações preditivas desenvolvidas para esse propósito (Ward et al.,
2005). A utilização de equações de calibração permite uma melhor compreensão dos dados
provenientes da acelerometria, uma vez que possibilita estimar o DE representado (Ward et al., 2005;
Troiano et al., 2014). Estas equações são desenvolvidas mediante uma amostra representativa da
população de interesse para o estudo, na qual os participantes utilizam acelerómetros e outro
dispositivo capaz de avaliar com precisão o DE (e.g., calorímetros portáteis) (Ward et al., 2005). A
maioria dos protocolos de investigação integra estas avaliações durante a prática de atividades como
a caminhada e corrida, por forma a serem o mais representativas das atividades de contexto de vida
diária, tendo-se verificado correlações positivas elevadas entre counts e METs (Crouter, Clowers &
Basset, 2006; Crouter et al., 2010; Freedson et al., 1998; Nichols et al., 2000; Sasaki et al., 2011). A
equação resultante é utilizada para estimar o DE ou para fornecer valores de corte relativos aos counts
interpretativos. São estes valores de corte que categorizam as diferentes intensidades - sedentária,
leve, moderada e vigorosa (Ward et al., 2005; Welk, 2002).
Relativamente ao CS, os valores de corte publicados por Troiano et al. (2008) são dos mais
utilizados na literatura em estudos de avaliação da AF (Evenson et al., 2015; Watson et al., 2014), sendo
que estes derivam de um valor médio ponderado de critérios provenientes de 4 estudos (Brage et al.,
2003; Freedson et al., 1998; Leenders et al., 2003; Yngve et al., 2003), cujos limiares de intensidade
foram medidos através da avaliação de atividades dinâmicas, como a corrida em passadeira ou marcha
no terreno. Esta informação pode ser consultada na Tabela 3, que compila alguns dos principais
estudos realizados com acelerómetros ActiGraph e as respetivas equações preditivas e pontos de corte
em adultos, aparentemente saudáveis, cujo método de referência utilizado foi a calorimetria indireta.
41
Tabela 3. Descrição dos estudos do Actigraph, equações de preditivas e pontos de corte correspondentes em adultos.
Freedson et al 50 M/F 23.8 4.0 METs = 1.439008 + 0.000795 * (counts/min) 0.82 1.12 Marcha e Corrida na 100-1951 1952 - 5724 5725
(1998) Passadeira
Hendelman et 25 M/F 40.8 7.2 METs = 1.602 + 0.000638 * (counts/min) 0.59 0.87 Marcha no terreno 0-2190 2191 - 6892 6893
al. (2000)
Swartz et al. 70 M/F 41.0 15.0 METs = 2.606 + 0.0006863 * (counts/min) 0.32 1.16 Atividades do dia-a-dia 0-573 574 - 4944 4945
(2000)
Brage et al. 12 M 22.7 – 30.0 METs = 2.886 + 0.0007429 – 0.02(VO2)a 0.89 0.91 Marcha e corrida na 0 - 1809 1810 - 5849 5860
(2003) *(counts/min) passadeira
Yngve et al. 28 M/F 23.4 2.6 METs = 0.751 + 0.0008198 * (counts/min) 0.86 1.10 Marcha e Corrida no 0 - 2742 2743 - 6402 6403
(2003) Terreno
Leenders et al. 28 M/F 23.7 3.9 METs = 2.240 + 0.0006 * (counts/min) 0.74 0.53 Marcha na Passadeira 0 - 1266 1267 - 6251 6252
(2002)
Abreviaturas: AF – Atividade Física; CS – comportamento sedentário; EPE – erro padrão de estimação; MET – equivalente metabólico; Min – minutos; n – tamanho da amostra do estudo; NA – não aplicável e R2 – coeficiente
de determinação.
43
A validade e fiabilidade de acelerómetros uniaxiais encontram-se estudadas em condições
laboratoriais e de campo, apresentando resultados satisfatórios (Crouter et al., 2010; Freedson et al.,
1998; Swartz et al., 2000). Um dos trabalhos mais difundidos na validação dos acelerómetros uniaxiais
foi realizado por Freedson et al. (1998) com uma amostra constituída por 50 adultos, onde se verificou
uma correlação (r) positiva elevada (r = 0.88), entre o consumo de O2 e os counts do acelerómetro
Computer Science and Applications, Inc (CSA). Este estudo utilizou um protocolo de marcha e corrida
em contexto e condições laboratoriais. Anos mais tarde, Swartz et al. (2000) realizaram uma avaliação
comparativa entre os METs e os counts em 70 adultos, durante a realização de AF dinâmicas do dia-a-
dia incluindo vários tipos de movimentos e deslocações laterais, entre os quais transporte de pesos
externos, e apuraram uma correlação razoável (r = 0.56). Este estudo enfatizou ainda a complexidade
da avaliação da AF diária, dada algumas limitações do acelerómetro na avaliação de determinados
movimentos como descrito anteriormente, realçando-se que a relação counts-METs é dependente do
tipo de AF praticada (Hendelman et al., 2000; Swartz et al., 2000).
Outra investigação liderada por Crouter et al. (2006) propôs-se à validação de múltiplas
equações de regressão concebidas para estimar o DE, recorrendo aos acelerómetros ActiGraph; Actical
e AMP-331 (Activity Monitoring Pod, Dynastream Innovations Inc., Cochrane, AB, Canada) por
comparação com o método de critério/referência da calorimetria indireta. Como objetivo secundário,
este trabalho testou ainda a capacidade destes dispositivos em estimar o tempo despendido em
diferentes tipos de intensidade: leve; moderada e vigorosa; durante a prática de um conjunto de
atividades. A amostra incluiu 48 participantes que utilizaram os 3 tipos de acelerómetros, sendo
juntamente avaliado o DE, com recurso a um sistema metabólico portátil. Para o ActiGraph foram
utilizadas as 15 equações de regressão publicadas para a estimativa do DE tendo como base os counts
obtidos pela acelerometria. A equação de kcal de Freedson et al. (1998) foi a única que não apresentou
diferenças significativas relativamente ao tempo despendido em atividades de intensidade leve a
moderada e todas as equações subestimaram significativamente o tempo gasto em AFV. Este trabalho
veio mostrar que não existe uma equação de regressão universal que seja ideal e adequada para a
avaliação de todo o espetro de atividades, tanto ao nível da estimativa do DE, como do tempo
despendido em AF de intensidade leve, moderada e vigorosa (Crouter et al., 2006).
O trabalho apresentado por Chomistek et al. (2017) que incluiu 684 mulheres e 611 homens
com idades compreendidas entre os 43 e 83 anos, propôs-se a avaliar quatro variáveis provenientes
da acelerometria: o número de counts totais de atividade/dia; DEAF (kcal/kg/dia) e a AFMV (min/dia)
44
comparativamente ao DEAF avaliado pelo método da água duplamente marcada. Além deste objetivo
principal, os autores incluíram na análise a comparação do número de counts do eixo vertical e do eixo
triaxial. Os participantes utilizaram o acelerómetro triaxial ActiGraph GT3X à cintura, durante sete dias,
processo repetido em dois momentos, sendo os valores da média destes dois timings utilizado para a
análise. Cada participante efetivou igualmente uma avaliação com recurso à água duplamente
marcada, por forma a obter-se o DET. O DEAF foi estimado subtraindo-se a taxa metabólica de repouso
e o efeito térmico dos alimentos do DET estimado pela água duplamente marcada. Os resultados
apresentados revelaram que os counts triaxiais tiveram uma correlação superior com o DEAF,
comparativamente com os counts do eixo vertical (Chomistek et al., 2017).
A monitorização da frequência cardíaca (FC) é um dos métodos de sensor único mais utilizado
em contexto de vida diária (Ainsworth et al., 2015). O sistema recolhe os dados em tempo real, através
de bandas torácicas (Gillinov et al., 2017), integrando-os no tempo e armazena o sinal da FC, calculando
uma média desta para períodos pré programados curtos (5 a 15 segundos com os novos sistemas),
definidos pelo investigador (Chen et al., 2012; Davidson et al., 1997; Strath et al., 2013). O princípio
subjacente ao uso da FC como medida de avaliação da AF, advém desta ser um parâmetro fisiológico
de indicação de intensidade referente ao stress a que o sistema cardiorrespiratório é submetido
durante o movimento (Strath et al., 2013; Vanhees et al., 2005; Marques & André, 2014).
A técnica “Flex Heart Rate” (FLEX HR) – ponto Flex da FC, é a abordagem mais conhecida no
âmbito da monitorização da FC e utiliza as equações de regressão da FC-Consumo de O2,
individualizadas, tendo em conta a idade, sexo e nível de aptidão física de cada participante (Bassett,
2000). O FLEX HR identifica a mudança no declive da relação FC-Consumo de O2, representando o
45
momento a partir do qual a pessoa transita do repouso para a atividade (Bassett, 2000). É determinado
como a média entre o maior valor da FC de repouso e o menor valor de FC em atividades de intensidade
leve (Leonard, 2003). Como a FC em repouso é confundida por diversos fatores, conforme mencionado
anteriormente, é conveniente saber a partir de que ponto o aumento da FC é causado pela AF e não
pelo ambiente (Vanhees et al., 2005).
Quanto às lacunas deste dispositivos, alguns estudos de validação reportam uma diminuição
da precisão da estimativa da FC derivada dos diferentes algoritmos (Tamura et al., 2014), bem como a
pressão de contacto entre o sensor e a pele (Teng & Zhang, 2004), uma vez que a presença de folga
entre as superfícies compromete a sensibilidade da deteção do fluxo sanguíneo (Müller et al., 2019).
Os sensores combinados integram vários sensores fisiológicos num único aparelho e surgem
com o propósito de obter valores com maior precisão, no âmbito da avaliação da AF, através da
combinação da FC com outras técnicas de avaliação. Podem incluir a frequência respiratória,
temperatura, resposta galvânica da pele, bioimpedância e acelerometria (Ainsworth et al., 2015).
Neste sentido, o acelerómetro efetua com maior rigor a distinção entre períodos de atividade
e inatividade e a diferença entre movimentos provenientes dos membros superiores e inferiores
(Shaopeng Liu et al., 2012), bem como permite uma avaliação mais eficaz de atividades de intensidade
leve a moderada (Johansson et al., 2006). Em contrapartida, a monitorização da FC complementa o
seu contributo na avaliação de atividades com níveis de intensidade vigorosa (Johansson et al., 2006;
Rennie et al., 2000; Strath et al., 2013).
O primeiro sistema multisensor que teve êxito na estimativa do gasto energético, foi o
Actiheart® (CamNtech Ltd, Cambridge, UK), que combina a FC através da eletrocardiografia e a
acelerometria triaxial (Thompson et al., 2006). Outro modelo foi o Intelligent Device for Energy
Expenditure and Activity (MiniSun LLC, Fresno, CA), que capta os movimentos do corpo e dos membros,
através de um conjunto de cinco sensores conectados na região torácica, coxas e pés. O sistema utiliza
47
uma rede neural artificial para detetar e reconhecer 32 tipos de atividades (e.g., caminhar, correr,
saltar, subir e descer escadas, entre outras) e a sua precisão na identificação correta dos movimentos
foi cerca de 98% para adultos (Zhang et al., 2003).
Apesar destas vantagens, existem algumas limitações, que dependem de fatores como: a
subjetividade dos participantes; o viés de desejabilidade social (que pode levar a uma superestimação
da AF) (Warnecke et al., 1997); a capacidade de interpretação (especialmente na destrinça entre os
diferentes níveis de AF); e o viés de memória (Sallis, 2010).
Exigem a recordação do nível habitual de AF da pessoa (Washburn & Montoye, 1986), sendo
um dos instrumentos de maior utilização na avaliação deste comportamento, especialmente por
conferirem algumas vantagens comparando com outros métodos de avaliação objetivos (Armstrong &
Bull, 2006). Destacam-se por serem polivalentes, práticos e de baixo custo, mobilizados
particularmente em estudos epidemiológicos, na cobertura de amostras de grandes dimensões
(Westerterp, 2009). Além disto, o seu carácter não invasivo e de fácil administração não promove
alteração dos hábitos de vida da pessoa no momento da sua aplicação (Hills et al., 2014).
49
A sua aplicação pode ser de diversas formas: administração direta, ou autoadministração (em
formato de papel ou digital) podendo ser preenchidos num local específico definido, como também
podem ser enviados pelos correios convencionais ou eletrónicos, permitindo que o indivíduo receba o
questionário e o preencha individualmente sem a interferência de terceiros; ou administração indireta,
heteroadministração, por entrevista, na qual o entrevistador, devidamente qualificado, recolhe
presencialmente ou por via telefónica as respostas às questões (Ainsworth, 2008; Pocinho, 2012; Sallis,
2010; Washburn & Montoye, 1986).
O Stand Brief Activity Survey é um exemplar deste tipo de questionário. Foi desenvolvido para
autoadministração, podendo ser preenchido até 5 minutos e é constituído apenas por duas secções,
referentes ao domínio da ocupação/trabalho e lazer, respetivamente. Cada secção tem 5 opções de
resposta à escolha, com um breve enunciado descritivo, onde o inquirido seleciona a que melhor se
enquadra no seu padrão de AF (Taylor-Piliae et al., 2006).
Por último, os Quantative history recall questionnaires são longos e podem conter 60 ou mais
perguntas, nas quais os entrevistados recordam a frequência, duração e intensidade dos vários tipos
de atividades, dentro de um ou mais domínios de AF realizados no último ano (Taylor et al., 1978) ou
durante a sua vida (Friedenreich et al., 2006), permitindo a avaliação do DEAF. Podem ser úteis em
situações singulares, como por exemplo quando se pretende identificar padrões de atividade durante
longos períodos, por forma a avaliar a sua relação com resultados em saúde e doenças crónicas
(Ainsworth, 2008). Contudo, a sua aplicação é pouco frequente, dado o elevado consumo de tempo
na sua administração (Ainsworth, 2008).
A validade compara-se com outro instrumento (ou medida), que não o próprio. A avaliação
pode ser realizada: pela percentagem de concordância entre peritos, que avaliaram o conteúdo do
instrumento; comparada com outro método de referência; ou estabelecendo correlações (Freeman,
1980) com outros instrumentos de medida (Fortin, 2006). Assim, um questionário preciso é válido e
fiável (Polit & Beck, 2011). Contudo, uma medida pode ser bastante fiável (precisa), mas inválida, isto
é, fiabilidade não implica validade, apesar de ser um requisito para avaliar a validade. Neste sentido,
primeiramente deve avaliar-se a fiabilidade dos instrumentos/métodos e depois avaliar a validade dos
mesmos (Fortin, 2006; Pocinho, 2012). A fiabilidade e validade dos dados recolhidos podem ser
influenciadas por diversos aspetos do ambiente da avaliação, tais como: o entrevistador;
características da amostra; tipo de instrumento; método de administração; e método estatístico
selecionado (Roach, 2006).
O IPAQ (versão longa e curta) (Campaniço, 2016); o Habitual Physical Activity Questionnaire
(Baecke), versão modificada (Almeida & Ribeiro, 2014); e o Rapid Assessment of Physical Activity
(RAPA) questionnaire (Silva et al., 2014) são exemplos de questionários de avaliação de AF já validados
para a população portuguesa.
O IPAQ foi concebido por um grupo de especialistas que reuniu em abril de 1998, em Genebra
- Suíça, cujo objetivo era o desenvolvimento de um instrumento de medida de consenso, que fosse
adequado e confiável, para avaliar os níveis de AF dos vários tipos de população a nível internacional
(Craig et al., 2003) e que abrangesse a maioria das atividades de vida diária (Hagströmer et al., 2006).
52
Nesta perspetiva foram criados dois questionários: o IPAQ versão curta, constituído por nove
itens, e o IPAQ versão longa, com trinta e uma questões, cujo objetivo era avaliar aspetos da AF
relacionados com a saúde e CS (Craig et al., 2003). A versão longa apresenta questões relacionadas
com vários domínios da AF: no trabalho, como meio de deslocação entre locais, na realização de
tarefas domésticas e atividades recreativas/lazer. A versão curta centra-se em questões sobre a AF de
forma geral, não especificando os vários domínios (Craig et al., 2003; Campaniço, 2016).
Foram criadas um total de oito versões que diferem pelo formato, forma de administração
(administração telefónica e autoadministrado) e período de referência (“semana habitual” ou “última
semana”) (Campaniço, 2016). O IPAQ foi projetado e testado em jovens e adultos entre os 18 e os 65
anos de idade (Craig et al., 2003; Hagströmer et al., 2006) e mais tarde validado em pessoas idosas
(Cleland et al., 2018).
Têm sido vários os estudos de validação do IPAQ publicados (Craig et al., 2003; Hagströmer et
al., 2006; Matsudo et al., 2001). O de maior difusão foi a pesquisa internacional desenvolvida por Craig
e a sua equipa (2003), realizada em 12 países (Austrália, Brasil, Canadá, Finlândia, Guatemala, Holanda,
Japão, Portugal, África do Sul, Suécia, Estados Unidos da América e Reino Unido), que se propuseram
a avaliar o IPAQ relativamente à sua validade e fiabilidade, aplicando as versões curta e longa; formas
de administração (telefónico e autoadministrado); e período de referência de uma semana habitual e
última semana, através de métodos estandardizados. A validade concorrente (inter-método) foi
avaliada na mesma administração; e para a validade de critério foi utilizado o acelerómetro CSA Inc.
(Shalimar, FL), modelo 7164. Os resultados demonstraram que o IPAQ tem propriedades de medição
aceitáveis para avaliar os níveis de AF da população adulta com idade compreendida entre os 18 e 65
anos de idade, em diversas situações, equiparáveis a outros instrumentos de autorrelato. Os autores
referiram que o IPAQ de versão curta, com período de referência de última semana, é recomendado
para uma avaliação nacional, enquanto a versão longa parece ser mais adequada na aplicação em
investigações que pretendam avaliar a AF com mais pormenor. Além disto, verificou-se que a
fiabilidade entre o modelo de administração pelo telefone e autoadministração foram similares (Craig
et al., 2003).
53
Em 2002, a OMS organizou uma reunião sobre a avaliação e monitorização da AF, em Hobart,
Austrália. Nesta assembleia foram revistos os questionários de AF existentes, no que respeita à sua
utilização e aplicabilidade (Armstrong & Bull, 2006). O IPAQ foi um dos questionários mais debatidos,
dado a proximidade temporal da sua conceção, a par da sua utilização para uma adequada e uniforme
comparação dos níveis de AF no âmbito internacional (Armstrong & Bull, 2006; Craig et al., 2003). No
entanto, a versão longa do IPAQ (Craig et al., 2003) foi considerada demasiado complexa e repetitiva
e a versão curta, apesar de aceitável e amplamente utilizada, apresentava uma limitação bastante
frisada pela sua incapacidade de distinguir os domínios em que a AF é realizada, podendo assim
comprometer a precisão e rigor da avaliação absoluta da AF (Armstrong & Bull, 2006; Lee, Macfarlane,
et al., 2011).
A versão original – GPAQ versão 1 (GPAQv1), continha dezanove questões, sendo que foi
apresentada posteriormente uma versão mais curta, revista por um painel de peritos na área,
eliminando três questões redundantes, o que perfaz dezasseis questões para a versão mais atualizada
– GPAQv2 (Armstrong & Bull, 2006; de Courten, 2002).
Atualmente está disponível em nove idiomas e já foi aplicado em mais de 100 países à escala
global, mantendo-se como instrumento de avaliação e monitorização da AF na abordagem STEPwise
da OMS (World Health Organization, 2022b).
A primeira versão do GPAQ (GPAQv1) foi validada em 2657 adultos de nove países. A
fiabilidade Teste-Reteste do GPAQ foi analisada para avaliar o grau de repetibilidade do instrumento
em vários momentos de aplicação, tendo sido usado um intervalo de tempo de 3 a 7 dias, para o
momento 1 e momento 2. A validade concorrente (comparação entre métodos) foi realizada
comparando o GPAQ com o IPAQ forma curta (IPAQ-SF), dado este último já ter sido estudado ao nível
da sua validade e fiabilidade (Craig et al., 2003). A validade de critério foi avaliada pelo método
objetivo, através de sensores de movimento – pedómetro ou acelerómetro (Armstrong & Bull, 2006;
Bull et al., 2009).
Thuy et al. (2010) realizaram um estudo cujo objetivo foi comparar a validade e fiabilidade do
GPAQ e IPAQ (versão longa), num amostra de 251 adultos vietnamitas. Os participantes foram
agrupados de acordo com a estabilidade de padrão da sua atividade ocupacional (stable work e
unstable work). Utilizaram pedómetros e registaram a sua AF (através de um diário de AF – (PA log))
durante sete dias. Os autores encontraram uma baixa correlação entre a pontuação total do GPAQv2
e o IPAQ (r = 0.32); o pedómetro (r = 0.39); e o PA log (r = 0.31) para participantes com um padrão de
trabalho estável e igualmente baixas correlações para participantes com padrões de trabalho instável
55
(r = -0.08 a 0.37). A fiabilidade Teste-Reteste de um intervalo de três semanas foi muito baixa para os
participantes com padrões de trabalho instáveis (r = -0.05) e baixa para os que tinham padrões de
trabalho estáveis (r = 0.39) (Thuy et al., 2010). Esta informação parece sugerir que embora o GPAQv2
possa não ser apropriado para estudos transversais, devido à sua validade reduzida a moderada, pode
ser um bom instrumento para avaliar as mudanças na AF ao longo do tempo (Metcalf et al., 2018).
Em suma, perante o enquadramento apresentado, constata-se que o GPAQv2 não foi ainda
validado para a população adulta portuguesa.
56
validade demonstradas habilitem a sua utilização, onde os questionários apresentam lugar de
destaque (Oliveira et al., 2018; Terwee et al., 2007).
A tradução e adaptação cultural tendem a ser conduzidas para explorar a mesma questão em
culturas diferentes, o que evidencia a necessidade do questionário estar disponível em vários idiomas
(Fortin, 2006). Esta condição simplifica este processo metodológico, na medida em que em vez de ser
criado um novo instrumento, a adaptação transcultural afirma-se mais rápida e pressupõe que seja
produzida uma medida equivalente ao original (Beaton et al., 2000; Epstein et al., 2015), sendo
essencial utilizar técnicas reconhecidas (Fortin, 2006).
Numa primeira fase, denominada geralmente qualitativa, realiza-se uma tradução inicial de
equivalência linguística, com o intuito de obter uma versão unânime que preserve ao máximo o mesmo
significado de cada item da língua de origem para a língua-alvo de adaptação, assegurando a
integridade do instrumento (Beaton et al., 2000; Epstein et al., 2015; Oliveira et al., 2018; Vilelas,
2020). Devem ser garantidas duas traduções, realizadas por dois tradutores independentes
qualificados para o efeito, que detenham um ótimo domínio das línguas e culturas, tendo nascido no
país onde o instrumento está a ser validado (Oliveira et al., 2018). Idealmente um deles deve possuir
conhecimento acerca da temática e objetivo do estudo e o outro não, evitando a troca de informações
57
entre si. As traduções devem ser posteriormente comparadas, bem como solucionadas as
discrepâncias ou dúvidas detetadas (Beaton et al., 2000; Pocinho, 2012). Por conseguinte, uma terceira
pessoa elabora uma síntese – versão final- mediante o instrumento original e as duas traduções
efetuadas (Oliveira et al., 2018; Vilelas, 2020).
O passo seguinte integra uma retroversão (Back-translation) da versão final para o idioma de
origem do instrumento. O seu intuito é averiguar a presença de desvios de significado ou conteúdo
entre a língua de origem e a língua-alvo, zelando pela qualidade e consistência da tradução (Beaton et
al., 2000; Guillemin et al., 1993; Pocinho, 2012; Oliveira et al., 2018).
O(s) tradutor(es) devem ser fluentes no idioma de origem do instrumento e não devem ter
acesso à sua versão original. No término desta etapa, a versão original e a versão traduzida devem ser
comparadas na presença do investigador e dos tradutores, perfazendo uma versão final da retroversão
(Beaton et al., 2000; Guillemin et al., 1993; Vilelas, 2020).
Mais recentemente tem sido praxis a análise da versão final da retroversão por parte de um
painel de peritos ou revisores multidisciplinares, justificado pelo seu contributo para a precisão e
credibilidade do conteúdo (Epstein et al., 2015; Pocinho, 2012; Oliveira et al., 2018). Este grupo de
peritos deverá ser composto por especialistas bilingues, com experiência na área de conhecimento,
assim como na construção e validação de instrumentos (Vilelas, 2020). É neste momento que é
realizada uma análise crítica de equivalência “semântica, idiomática, experimental ou cultural e a
equivalência concetual” (Vilelas, 2020, p. 383), pautando-se por ser alusivo à relevância e significado
de todo o conteúdo do instrumento (Beaton et al., 2000).
O término desta primeira etapa culmina com a obtenção do teste da versão pré-final: o pré-
teste (Guillemin et al., 1993; Oliveira et al., 2018). Este é aplicado a uma amostra, que varia
habitualmente entre 30 - 40 pessoas, aferindo a validade aparente do instrumento (Beaton et al., 2000;
Perneger et al., 2015; Oliveira et al., 2018). Primeiramente os indivíduos são convidados a responder
ao questionário e posteriormente a partilhar a sua opinião sobre a clareza, compreensibilidade,
pertinência e relevância cultural deste (Beaton et al., 2000; Vilelas, 2020). Após a sua aplicação é
realizada uma análise qualitativa dos dados recolhidos. Caso se detetem bastantes dúvidas por parte
dos participantes, pode voltar-se ao grupo de peritos, para possíveis retificações. Questões com mais
de 15% dos participantes que tenham manifestado relutância e hesitação na resposta ou que não
compreenderam o significado do enunciado/questão, devem ser reformuladas e reaplicadas noutros
indivíduos (Ciconelli et al., 1999; Beaton et al., 2000; Sousa & Rojjanasrirat, 2011; Vilelas, 2020).
A segunda fase deste processo sequencial designa-se por fase quantitativa e é nela que se
concretiza a testagem da versão traduzida numa amostra da população-alvo, procedendo-se à análise
58
das propriedades psicométricas que permitem “verificar a precisão da medida após a sua adaptação”
(Vilelas, 2020, p. 386). Na ótica de alguns autores estas propriedades devem ser verificadas através da
prova de fiabilidade e validade, isto é, tem que se garantir que o instrumento mede exatamente a
variável que se pretende medir – validade -, e providenciar que se a medição for repetida ou replicada,
sob as mesmas condições e com os mesmos sujeitos, os resultados serão idênticos – fiabilidade (Fortin,
2006; Gray et al., 2017; Mokkink et al., 2010; Vilelas, 2020).
59
2. METODOLOGIA
M1
M2
Preenchimento de ambos Avaliação por Preenchimento do GPAQv2
os questionários: GPAQv2 acelerometria durante 7 e IPAQ-LF; e devolução dos
e IPAQ-LF; e entrega dos dias consecutivos. acelerómetros à equipa de
acelerómetros aos
investigação.
participantes.
60
O cálculo da dimensão da amostra a recolher foi realizado através do package G*Power
3.1.9.7 [https://www.psychologie.hhu.de]; com base no estudo de Ács et al. (2020), que adaptou e
validou o GPAQv2 (por autoadministração) na população húngara, aparentemente saudável,
comparando-o com a acelerometria e o IPAQ-LF. No presente trabalho, considerou-se um Coeficiente
Correlação Linear de Pearson de 0.48; admitiu-se um poder estatístico de 80% e um nível de
significância de 5%, e o resultado obtido indiciou que o número mínimo necessário de indivíduos a
considerar em cada grupo (sexo masculino e sexo feminino) deveria ser de 54 observações, totalizando
108 indivíduos. Posteriormente, consideraram-se 140 participantes, tendo em conta a denominada
dropout rate de 30% (Miot, 2011).
Foram recrutados 118 participantes entre Maio e Setembro de 2022. A dimensão da amostra
final incluiu 108 participantes, conforme mostra a Figura 2.
61
Participantes Eligíveis
Excluídos (n = 10) Amostra final (n = 108)
(n = 118)
O GPAQv2 foi desenvolvido pela OMS e é composto por 16 questões que avaliam os níveis de
AF durante uma semana normal, na população adulta.
62
Foi utilizada a versão final proveniente da fase qualitativa do presente estudo, por
autoadministração, via online, através de um link de acesso disponibilizado pela investigadora. O
questionário avalia 3 domínios da AF: trabalho, deslocação entre locais e atividades recreativas/lazer;
e apresenta uma última questão relativa ao CS. A duração e frequência da AF e do CS foram avaliadas
em todos os domínios em min/dia.
O Guia de Análise GPAQ (World Health Organization, s.d.) foi consultado e utilizado para
pontuação do score e limpeza dos dados. Optou-se pela utilização do formato min/sem, para facilitar
a comparação dos dados provenientes da acelerometria e visto que as recomendações da OMS para a
prática de AF também se regem por esta classificação (World Health Organization, 2020b). Os subtotais
obtidos em cada domínio (Atividades no trabalho, Viagem (deslocação) entre locais e AF (atividades
recreativas)) foram somados, facultando deste modo uma estimativa da duração da AF semanal
associada à intensidade correspondente (moderada e vigorosa). A AFMV adveio da soma da AFM e da
AFV obtida pelo score do questionário. O total da AFM, AFV, AFMV e CS foram calculados em min/sem,
sendo este último também convertido em horas/dia (h/d), por ser mais compreensível a sua
interpretação a nível epidemiológico.
O IPAQ-LF, versão portuguesa, (Campaniço, 2016) foi utilizado como método subjetivo para
testar a validade concorrente do GPAQv2. Esta forma longa, composta por 31 questões, foi concebida
para proporcionar uma avaliação minuciosa sobre os hábitos de AF e CS, numa semana normal, em
“vários domínios: no trabalho; nas deslocações/transporte; no trabalho doméstico; manutenção geral
e cuidar da família; nas atividades físicas e desportivas de recreação e tempos livres; e a atividade
sedentária” (Campaniço, 2016, p. 35).
O IPAQ-LF foi aplicado por autoadministração com um período de referência de uma semana
habitual, igualmente via online, como acontecera com o formato do GPAQv2, ou seja, o link único
disponibilizado continha os dois questionários, que possibilitou que os participantes respondessem a
ambos, sequencialmente.
63
mesma linha de organização, o total da AFM, AFV, AFMV e CS foram calculados em min/semana e este
último adicionalmente em h/d.
2.3.2. Acelerometria
Os acelerómetros são considerados de maior precisão que o autorrelato para avaliar o tempo
despendido em diferentes intensidades da AF habitual, sendo recomendada a sua utilização na
validação de questionários de AF (Esliger et al., 2005; Skender et al., 2016; Westerterp, 2009). Assim,
a acelerometria foi utilizada como método objetivo para a testagem da validade de critério do GPAQv2.
O acelerómetro utilizado no estudo foi o ActiGraph wGT3X-BT (AG; ActiGraph, Pensacola, FL,
USA), leve (19 gramas), de pequenas dimensões (4.6 cm x 3.3 cm x 1.5 cm) e com a capacidade de
avaliar a aceleração nos 3 eixos ortogonais – triaxial.
Foi solicitado a todos os participantes que o utilizassem à cintura (através de um cinto elástico),
do lado direito, no prolongamento da linha midaxilar até à crista ilíaca, sendo colocado de manhã, após
se vestirem e retirado antes de dormir, não podendo ser utilizado aquando da realização de atividades
que envolvessem água, durante os sete dias consecutivos de avaliação. Os acelerómetros foram
iniciados com uma frequência de 100Hz, armazenando toda a informação em epochs de 10 segundos.
Adicionalmente foi pedido aos participantes que registassem, em folha própria disponibilizada pela
equipa de investigação (Ver Apêndice II), as horas de início e fim de utilização, devendo reportar
igualmente o motivo pelo qual retirou o acelerómetro (e.g., natação, tomar banho, entre outras), à
exceção para dormir. Foi aceite como critério mínimo 3 dias válidos de registo (incluindo pelo menos
um dia de fim de semana) e com pelo menos 600 minutos ( 10 horas) de utilização, para serem
incluídos na análise. A ativação, descarregamento e processamento dos dados foram realizados
através do Sofware ActiLife version 6.13.4 (ActiGraph, Pensacola, FL, USA). O cálculo dos valores
médios do tempo despendido pelos participantes nos diferentes tipos de intensidade de AF foi
efetuado através do programa Microsoft Excel.
O algoritmo de Freedson Combination adults (1998) foi utilizado para estimar o DE e os cut-off
points de Troiano Adults (2008) para a distinção da intensidade da AF: sedentária ou CS (0-99
counts/min); leve (100-2019 counts/min); moderada (2020-5998 counts/min) e vigorosa ( 5999
counts/min). Todas as variáveis de AF foram convertidas em tempo (minutos) por dia válido.
O processo de tradução e adaptação cultural teve início após a autorização formal da OMS e
seguiu as etapas recomendadas pela mesma (World Health Organization, 2005). Foi realizada a
64
tradução do questionário de origem, de inglês para português europeu, por dois tradutores
independentes e com background diferentes: o primeiro com Licenciatura em Ciências do Desporto e
o segundo, tradutor profissional, sem qualquer conhecimento na área da Atividade Física e Saúde.
Porém, ambos falantes nativos da língua-alvo e com domínio de inglês fluente. Este processo de
tradução e adaptação detalhado teve em consideração a dimensão semântica e lexical, bem como a
adaptação cultural à realidade portuguesa, assegurando que o significado do conteúdo da língua
original fora mantido.
Versão A Versão B
(...) “Se “não” avance até à P4.” (...) “Se “não” passe para a P4.”
(...) “quanto tempo gasta” (...) (...) “quanto tempo dedica” (...)
As expressões que suscitaram maior discórdia da versão original foram: “Travel to and from
places” e “heart rate”. A primeira, na Versão A, foi traduzida para “Viagens e deslocações entre
lugares” e na Versão B resultou em “Viagem (deslocação) entre locais”. Após partilha de ideias, optou-
se pela sugestão da Versão B, uma vez que a palavra “locais” é mais assertiva quando o objetivo é
indicar um determinado lugar ou sítio. Em contrapartida, “lugares” apresenta maior divergência de
aplicação, podendo ser extensível a profissões, empregos, além de poder ser relativo a um local.
Relativamente à expressão “heart rate”, o grupo optou pela tradução efetuada na versão A
para “frequência cardíaca”, dado que corresponde ao número de batimentos cardíacos que ocorrem
por minuto e por ser este parâmetro fisiológico que se altera com a AF. O ritmo cardíaco, apesar de
65
ser uma característica do pulso, igualmente referente à atividade elétrica do coração, tem maior
utilização na sua caracterização (e.g., regular ou irregular).
Após a versão de consenso, foi efetuada a retroversão por uma terceira pessoa (especializada
e diferenciada na área da AF e Saúde), que não teve qualquer contacto com a versão original do
questionário. Nesta etapa, confirmou-se que todo o conteúdo do questionário traduzido novamente
para a língua original conservou o significado, sendo as disparidades identificadas somente
relacionadas com sinónimos, como evidencia a Tabela 5.
(...) “10 minutes continuously” (...) (...) “10 consecutive minutes” (...)
Após esta etapa, procedeu-se à comparação de todas as versões realizadas e descritas, com o
objetivo de averiguar a presença de ambiguidades, inconsistências ou erros concetuais que tivessem
surgido na sequência destes processos de adaptação. Esta fase contou com a colaboração de dois
peritos (doutorados na área da AF e Saúde) bilingues; uma pessoa com licenciatura em Ensino Básico,
a lecionar a disciplina de Português; e a investigadora, que avaliaram a validade de conteúdo, por
forma a “alcançar a equivalência cultural do instrumento traduzido” (Vilelas, 2020, p. 383). Nesta etapa
a única expressão que suscitou reflexão foi “Numa semana típica”, sendo comparada a “Numa semana
normal”. Após debate construtivo entre todos os intervenientes, optou-se pela aprovação desta
última, pela sua aplicabilidade na linguagem corrente e cultura portuguesa. Dado não terem sido
detetadas mais diferenças entre as versões (de conteúdo, pontuação, gramática e ortografia) efetivou-
se a versão pré-final do questionário, em português europeu, passível de ser utilizada na realização do
pré-teste.
O pré-teste foi executado com o propósito de avaliar a clareza e a compreensão de cada item
da versão pré-final do questionário a uma amostra constituída por 32 indivíduos, distribuídos de forma
homogénea por sexo (feminino e masculino) e por intervalos de faixas etárias compreendidas entre os
18 e os 60 anos, inclusive, conforme ilustra a Tabela 6.
66
Tabela 6. Características da amostra do pré-teste.
[18-28] 4 4 8
[29-39] 4 4 8
[40-49] 4 4 8
[50-60] 4 4 8
Total 16 16 32
Cada um dos participantes foi informado sobre o objetivo do pré-teste, tendo recebido via
eletrónica, o link de acesso ao mesmo. Por forma a avaliar o grau de clareza e compreensão, após
responderem a cada questão da versão pré-final do questionário foi solicitado aos inquiridos que
respondessem à seguinte questão: “A pergunta anterior foi de fácil compreensão?”, através de uma
escala de Likert, constituída por cinco posições: 1. Discordo totalmente; 2. Discordo; 3. Não concordo,
nem discordo; 4. Concordo; e 5. Concordo totalmente.
Na realização do pré-teste foram utilizados show cards, conforme recomendação da OMS, com
o objetivo de exemplificar os diferentes tipos e intensidades da AF.
Após análise dos resultados, o valor médio obtido nas respostas de acordo com a escala de
Likert foi de 4.75. Apenas um (n = 1) dos inquiridos utilizou a resposta aberta para comentar a clareza
das questões do questionário (Ver Tabela 7).
67
Tabela 7. Único comentário de um inquirido na realização do pré-teste.
Q15. “Num dia normal, quanto tempo dedica à “A pergunta devia ser para a semana ou para os
prática de desporto, exercício ou atividades dias em que a atividade é praticada. Coloquei a
recreativas (de lazer), de intensidade média para a semana.”
moderada?”
Abreviaturas: Q - questão.
Este apontamento prende-se com o facto de a pessoa inquirida não realizar AF recreativa ou
de lazer de intensidade moderada todos os dias da semana, argumentando que o dia normal poderia
contemplar o dia da prática da atividade ou não, tendo optado por responder um valor médio
correspondente ao dia em que pratica a AF. Porém, este fator não depende diretamente da tradução
e adaptação cultural efetuada, mas sim do conteúdo do próprio questionário. Neste sentido, perante
a ausência de dificuldades neste processo de apreciação quanto à forma, conteúdo e conformidade
cultural, a versão pré-final do questionário originou a versão final deste (Ver Apêndice I), sem ser
necessária qualquer reformulação.
Finalizada a etapa de tradução e adaptação cultural, basilar neste processo sequencial, seguiu-
se para a realização de testes adicionais, com o objetivo de testar as propriedades psicométricas do
questionário em questão (Beaton et al., 2000).
Nesta fase todos os participantes recrutados foram informados sobre o objetivo do estudo,
bem como esclarecidas todas as suas dúvidas. Após obtenção do consentimento informado escrito,
procedeu-se à explicação do protocolo do estudo; e existiu um momento de preparação dos
participantes, assegurando determinadas medidas de padronização relacionadas com a utilização do
acelerómetro.
2.4. Variáveis
Variáveis Sociodemográficas:
• Idade (anos);
• Sexo;
• Estado Civil;
• Nível de escolaridade/Habilitações Académicas;
• Fatores de risco relativos à saúde.
Variáveis antropométricas:
• Altura (metros);
• Peso (Kg);
• Índice de Massa Corporal (IMC) (Kg/m2). O IMC é calculado através da divisão do peso pelo
Peso
quadrado da altura, i.e., IMC = (𝐀𝐥𝐭𝐮𝐫𝐚)𝟐 .
69
2.5. Métodos Estatísticos Utilizados
Inicialmente, procedeu-se à Análise Exploratória dos Dados. Esta técnica estatística foi
executada tendo em conta a natureza dos dados. Assim, para as variáveis categóricas obtiveram-se
frequências absolutas e percentagens; e para as variáveis numéricas calcularam-se medidas de
localização, medidas de dispersão, medidas de assimetria (ou skewness) e medidas de achatamento
(kurtosis ou forma). Adicionalmente, tendo em conta o tipo de variável em estudo, construíram-se
gráficos, tais como gráficos de barras, diagramas circulares, boxplots e histogramas.
A normalidade das variáveis quantitativas contínuas em estudo foi testada via dos dois Testes
de Hipóteses de Ajustamento da Normalidade: O Teste Kolmogorov-Smirnov e o Teste de Shapiro-Wilk
(Guimarães & Cabral, 1997; Marôco, 2021).
Com o intuito de testar se existiam diferenças nos valores médios dos dados
sociodemográficos entre os dois sexos, aplicou-se para variáveis quantitativas o Teste de Hipóteses
t-Student para duas Amostras Independentes. Quando não foi possível assumir que a variável em
estudo tinha uma distribuição normal nas duas populações em estudo, utilizou-se o respetivo Teste de
Hipóteses alternativo não paramétrico – Teste U de Mann-Whitney.
No que diz respeito à fiabilidade, utilizou-se a técnica Teste-Reteste para testar a estabilidade
do GPAQv2 nos dois momentos de aplicação (M1 e M2). Aplicou-se o Teste de Kappa (k de Cohen) para
as variáveis categóricas e o Teste de Coeficientes de Correlação Intraclasse (CCI) (Modelo: Misto de
dois fatores; Tipo: Concordância absoluta) para variáveis contínuas. A classificação da fiabilidade
utilizada para os valores de k foi a seguinte: nenhuma (0-0.20); mínima (0.21-0.39); fraca (0.40-0.59);
moderada (0.60-0.79); forte (0.80-0.90); e quase perfeita (> 0.90) (McHugh, 2012). Relativamente ao
CCI, a fiabilidade categorizou-se em: pobre (< 0.50); moderada (0.50-0.75); boa (0.75-0.90); e excelente
(> 0.90) (Koo & Li, 2016; Portney & Watkins, 2000). Valores 0.70 foram considerados aceitáveis na
testagem da fiabilidade (Nunnally & Bernstein, 1994; Vilelas, 2020) .
A validade concorrente entre questionários (GPAQv2 vs. IPAQ-LF) e a validade de critério entre
GPAQv2-acelerómetro foram determinadas e calculadas para todos os participantes. Por não se
70
verificar uma distribuição normal, recorreu-se à utilização do Coeficiente de Correlação de Spearman
(rho) na medição da intensidade da relação entre as variáveis, através a seguinte classificação: 0-0.2 =
pobre; 0.21-0.40 = razoável; 0.41-0.60 = moderada; 0.61-0.80 = substancial e de 0.81-1.0 = quase
perfeita (Bull et al., 2009). As correlações são medidas de associação que quantificam a intensidade e
a direção da associação entre duas variáveis (Marôco, 2021). Porém, uma correlação elevada não
implica necessariamente a existência de concordância entre dois métodos (Doğan, 2018; Giavarina,
2015).
Por esta razão, para avaliar a concordância entre o GPAQv2 e o acelerómetro, construíram-se
gráficos de Bland-Altman, com os respetivos limites de concordância a 95%. Previamente à
representação gráfica foi aplicado o Teste-t de uma amostra para averiguar a existência de diferenças
entre os métodos. Quando este teste paramétrico não pôde ser aplicado, devido à sua condição de
aplicabilidade não se verificar (i.e., a normalidade da variável média amostral) executou-se o respetivo
Teste de Hipóteses não paramétrico alternativo, ou seja, o Teste de Wilcoxon (para duas amostras
emparelhadas).
71
3. RESULTADOS
Dos 118 participantes elegíveis, 10 foram excluídos da análise devido ao incumprimento dos
requisitos mínimos de utilização do acelerómetro e/ou do preenchimento dos questionários para além
do prazo estipulado.
Apesar do IMC médio de 24.66 Kg/m2 da amostra, verifica-se que 0,9% (n = 1) tem baixo peso
(IMC < 18.50 kg/m2); 50% (n = 54) apresenta peso normal (IMC: 18.50-24.99 kg/m2); e 47.2% (n = 51)
e 1.9% (n = 2) tem excesso de peso (IMC: 25.00-29.99 kg/m2) e obesidade classe I (IMC: 30.00-34.99
kg/m2), respetivamente, segundo a classificação da OMS (2000).
Quanto ao estado de saúde, 80.6% (n = 87) dos participantes referiu não possuir nenhuma
doença crónica diagnosticada. Apenas um dos inquiridos respondeu ter DCV diagnosticada e nenhum
mencionou ter diabetes mellitus, cancro, doença renal crónica (DRC) e doença pulmonar obstrutiva
crónica (DPOC).
A média ± DP total de dias válidos de todos os acelerómetros analisados foi de 6.9 ± 0.4.
O padrão global de AF dos participantes avaliado pelos três instrumentos pode ser consultado
na Tabela 9. Os dados revelam uma distribuição assimétrica positiva, dado que os valores da mediana
são inferiores à média, com exceção do CS (min/dia) avaliado pelo acelerómetro, cuja média é similar
à mediana.
72
Tabela 8. Caracterização sociodemográfica da amostra do estudo.
Peso (Kg) 71.5 (12.33) 80.4 (8.9) 62.9 (8.5) < 0.001
Altura (metros) 1.70 (0.09) 1.76 (0.07) 1.63 (0.06) < 0.001
IMC (Kg/m2) 24.7 (2.9) 25.8 (2.3) 23.6 (3.0) < 0.001
73
Tabela 9. Padrão da Atividade Física da amostra de acordo com a Acelerometria, GPAQv2 e IPAQ-LF.
n = 108
Acelerómetro GPAQv2 IPAQ-LF
Intensidade de AF Média (DP) Mediana (IQ) Média (DP) Mediana (IQ) Média (DP) Mediana (IQ)
AFM (min/sem) 310.7 (133.3) 290.3 (171.4) 294.6 (208.0) 240.0 (270.0) 554.5 (691.7) 335.0 (601.0)
AFV (min/sem) 28.2 (54.6) 9.3 (31.5) 137.8 (172.9) 95.0 (180.0) 219.7 (400.5) 120.0 (278.0)
AFMV (min/sem) 338.8 (156.4) 322.2 (195.3) 432.5 (284.4) 375.0 (251.0) 774.2 (893.2) 515.0 (784.0)
CS (h/d) 11.0 (1.5) 11.1 (2.1) 8.2 (2.5) 8.0 (3.4) 8.1 (3.0) 7.6 (3.6)
Abreviaturas: AF – Atividade Física; AFM – Atividade Física Moderada; AFV; Atividade Física Moderada a Vigorosa; CS – Comportamento Sedentário; DP- Desvio Padrão; IQ – Intervalo
Interquartil; min/sem – minutos por semana; h/d – hora por dia; GPAQv2 – Global Physical Activity Questionnaire, version 2; International Physical Activity Questionnaire, long form
(IPAQ-LF).
74
3.2. Análise dos Resultados
3.2.1. Fiabilidade
3.2.1.1. Teste-Reteste
75
Tabela 10. Resultados da fiabilidade (Teste-Reteste) para o valor do Kappa (de Cohen).
n = 108
Teste (M1)
AFV Q1 0.947 99.074 < 0.001
Reteste (M2)
Teste (M1)
Transporte AFM Q7 0.864 94.444 < 0.001
Reteste (M2)
Teste (M1)
AFV Q10 0.961 98.148 < 0.001
Reteste (M2)
Abreviaturas: AF – Atividade Física; AFM – Atividade Física Moderada; AFV – Atividade Física Vigorosa;
k – Valor de Kappa; % - percentagem; p – p-value e Q – Questão.
76
Tabela 11. Resultado da análise da fiabilidade (Teste-Reteste) com o valor do Coeficiente de Correlação
Intraclasse (CCI).
n = 108
77
3.2.2. Validades de Critério e Concorrente
78
Tabela 12. Validade de critério e concorrente entre os pares: GPAQv2 e acelerómetro e GPAQv2e IPAQ-LF.
GPAQv2 AFV
GPAQv2 CS
IPAQ-FL
AFM (min/sem) AFV (min/sem) AFMV (min/sem) CS (min/sem)
GPAQv2 AFM
GPAQv2 AFV
GPAQv2 AFMV
rho 0.408** 0.571** 0.571** -0.233
79
3.2.3. Análise da Concordância GPAQv2-acelerómetro
A concordância entre o tempo médio despendido em AFM, AFV, AFMV e CS medidos pelo
GPAQv2 e o acelerómetro pode ser visualizada pelos gráficos Bland-Altman. Calcularam-se os limites
de concordância (Média ± 1.96 × Desvio Padrão) para todos os tipos de intensidade e estes são
apresentados nas Figuras 3, 4, 5 e 6. Foram encontradas diferenças significativas (p < 0.05) entre os
dois métodos para todos os níveis de intensidade AF e CS.
Verificou-se que os dados de alguns participantes não estavam incluídos nesses limites, o que
indicia a existência de outliers (6, 8, 5 e 5 para a AFM, AFV, AFMV e CS, respetivamente).
A diferença média entre os dois métodos na avaliação da AFM foi de 16.05 min/sem, sendo o
intervalo de variação: (-327.91 a 295.80). Assim, verificou-se uma subestimação do GPAQv2 para este
nível de intensidade. Para a AFV, a diferença média foi de 109.67 min/sem
(-204,14 a 423.48), revelando uma tendência de superestimação do GPAQv2 comparativamente ao
acelerómetro. Quanto à AFMV, o diferencial médio foi de 93.62 min/sem (-347.18 a 534.42).
80
Figura 3. Gráfico Bland-Altman: Atividade Física Moderada (AFM) GPAQv2 vs. Acelerometria
Figura 4. Gráfico Bland-Altman: Atividade Física Vigorosa (AFV) GPAQv2 vs. Acelerometria.
81
Figura 5. Gráfico Bland-Altman: Atividade Física Moderada a Vigorosa (AFMV) GPAQv2 vs. Acelerometria.
82
4. DISCUSSÃO
Foi obtida fiabilidade bastante elevada no Teste-Reteste realizado, variando entre forte (0.864)
a quase perfeita (0.976) para valores de k; e moderada (0.562) a excelente (0.994) para o CCI. Estes
valores são consistentes, e até superiores, com outros artigos publicados que testaram as
propriedades psicométricas do GPAQv2 noutros países (Ács et al., 2020; Bull et al., 2009; Lee et al.,
2020). Ács et al. (2020) encontraram para todos os níveis de intensidade de AF e CS elevado grau de
fiabilidade (CCI = 0.899-0.987, p < 0.001) do questionário na população adulta Húngara, à semelhança
do presente estudo. Bull et al. (2009) relataram Coeficientes de Correlação Teste-Reteste de 0.67 a
0.81, tendo utilizado o Coeficiente de Correlação de Spearman (rho), e valores de k de 0.67-0.73, para
dados agrupados em nove países, destacando-se, a nível individual, os resultados oriundos de Changai
(China) que apresentaram valores de k entre 0.91 e 1.00, em todos os domínios. Rivière et al. (2018)
demonstraram fiabilidade fraca a boa (CCI = 0.37-0.94; k = 0.50-0.62) na validação da versão francesa
do GPAQv2, e recentemente, o trabalho de Lee et al. (2020) mostrou uma variação de k entre 0.30 e
0.67 e de rho entre 0.47-0.70, para a população da Coreia.
A oscilação destes resultados pode estar relacionada com determinados fatores, tais como: uma
ampla variação da idade da população alvo (i.e., 15-79 anos) (Keating et al., 2019); diferença cultural;
e contexto socioeconómico entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, interferindo
consequentemente na caracterização dos níveis de AF das suas populações (Bull et al., 2009; Keating
et al., 2019; Mumu et al., 2017).
Outro motivo para a variação de valores de k e CCI obtidos entre estudos, poderá ser atribuído
ao nível de escolaridade (Alkahtani, 2016; Mumu et al., 2017) e literacia em saúde da amostra, em
virtude de 52.80% dos participantes deste estudo apresentarem o Ensino Superior como habilitações
literárias e o processo de recrutamento ter ocorrido na FMUL, instituição com uma forte vinculação à
Saúde e Investigação, podendo existir maior consciencialização para a temática da AF.
83
Estas evidências são semelhantes aos resultados de Lee et al. (2011), em que os participantes
que detinham o ensino superior tiveram um melhor desempenho no preenchimento do IPAQ-SF,
constatando-se uma diferença de superestimação do autorrelato da AF de quase o dobro por parte
daqueles que não tinham este nível de habilitações literárias. O estudo de validação do GPAQ nos nove
países mostrou igualmente correlações superiores para os países cujos participantes detinham o
ensino superior, em comparação com aqueles cujo número de anos de escolaridade era
inferior a 13 anos (Bull et al., 2009).
A literatura sugere também que o intervalo temporal de aplicação Teste-Reteste parece ter
impacto no grau de fiabilidade. Herrmann et al. (2013) demonstrou que a fiabilidade por Teste-Reteste
a curto prazo (10 dias) variou de 0.83 a 0.96, enquanto que a longo prazo (3 meses) alternou de 0.53
para 0.83. Neste estudo, a fiabilidade por Teste-Reteste (por CCI) apresentou valores mais altos (0.562-
0.994), provavelmente por ter sido selecionado o período de sete dias, conforme a maioria dos estudos
publicados (Keating et al., 2019).
A fiabilidade mais elevada obtida nesta dissertação foi referente à AFV, designadamente nos
domínios do trabalho e lazer. Quanto ao primeiro, estes resultados podem estar associados à
existência de uma atividade laboral rotineira dos participantes, sendo consequentemente mais fácil a
sua recordação no momento do preenchimento do GPAQv2, pormenor também indicado por Adıgüzel
et al. (2021).
No que diz respeito à validade concorrente, Herrman et al. (2013) e Rivière et al. (2018)
encontraram uma correlação pobre a moderada entre os scores de intensidade de AF do GPAQ e o
IPAQ (com coeficientes 0.260-0.630 e 0.410-0.860, respetivamente), pelo que os resultados obtidos
para a população portuguesa indicaram uma validade semelhante, de moderada a substancial
(rho: 0.471-0.680). Entre a AFM e AFV, esta última foi a que obteve maior correlação nos estudos
supramencionados, o que se refletiu igualmente neste estudo, corroborando os resultados obtidos
numa revisão sistemática e meta-análise sobre os questionários de avaliação de AF em adultos no
contexto europeu (Sember et al., 2020).
84
Uma hipotética explicação para a diferença entre resultados pode estar associada à forma da
aplicação metodológica utilizada no IPAQ. Bull et al. (2009) e Adıgüzel et al. (2021) utilizaram a forma
curta e neste estudo foi aplicada a forma longa, sendo esta situação identicamente elencada por
Revière et al. (2018). Enquanto que o GPAQv2 e o IPAQ-LF avaliam a AF por domínios, o IPAQ-SF não
apresenta esta capacidade de diferenciação da AF (Armstrong & Bull, 2006; van Poppel et al., 2010), o
que pode favorecer a utilização do IPAQ-LF como método concorrente do GPAQv2 (Rivière et al., 2018).
Meh et al. (2021) reforçaram esta corrente de pensamento afirmando um desempenho ligeiramente
superior do GPAQv2 relativamente ao IPAQ-SF na população da Eslovénia, argumentando que a
segmentação da AF por questões e domínios pode facilitar a recordação desta por parte dos
participantes, uma vez que o GPAQv2 contém mais perguntas do que o IPAQ-SF.
No entanto, o IPAQ-LF tem sido conotado como demasiado extenso e longo (Armstrong & Bull,
2006). O facto de conter um elevado número de questões poderá incitar o participante a superestimar
a sua AF, especialmente porque particulariza determinadas atividades. Exemplo disso são as tarefas
domésticas, que no GPAQv2 são contempladas no domínio do trabalho; e o tempo que a pessoa
despende a caminhar, que não é considerado pelo GPAQv2 se não for uma caminhada rápida
(é considerada como AFM) (Rivière et al., 2018). Estes pormenores vão ao encontro do raciocínio de
Revière et al. (2018), que reforçam a necessidade da utilização do mesmo questionário na avaliação e
interpretação do padrão de AF da população, devido à dificuldade e discrepância de valores existentes
na comparação entre diferentes questionários.
85
baixas com métodos objetivos (Campaniço, 2016; Craig et al., 2003), bem como a sua tendência para
superestimar a quantidade de AF reportada em relação aos mesmos (Lee et al., 2011).
Neste estudo foi encontrada uma correlação significativa razoável a substancial referente à
validade de critério GPAQv2 vs. acelerómetro, com destaque para a AFMV (rho = 0.672), tendo sido
superior à obtida noutros países, entre os quais a Coreia (rho = 0.34, p < 0.01) (Lee et al., 2020), Hungria
(rho = 0.269, p < 0.001) (Ács et al., 2020) e Reino Unido (rho = 0.484) (Cleland et al., 2014). Na validação
do GPAQv2 no Bangladesh, Mumu et al. (2017) constataram igualmente correlações mais elevadas
entre a avaliação objetiva (acelerómetro) e subjetiva (GPAQv2) para a AFMV, especialmente para o
sexo feminino (rho = 0.42), com idade igual ou inferior a 35 anos (rho = 0.31), cujo nível de escolaridade
era o ensino superior (rho = 0.48).
Não obstante, a validade de critério confirmou as baixas correlações entre GPAQv2 vs.
acelerómetro quanto ao CS, que é consensual com o descrito na literatura (Ács et al., 2020; Alkahtani,
2016; Cleland et al., 2014; Lee et al., 2020; Meh et al., 2021). O presente estudo demonstrou uma
correlação de rho = 0.226 ( p = 0.019) estando no intervalo identificado (rho: 0.007.0.47) por Keating
et al. (2019), numa revisão sistemática recente sobre os métodos de validação e fiabilidade do
GPAQv2, tendo sido superior ao reportado por Cleland et al. (2014) (rho = 0.187), Lee et al. (2020)
(rho = 0.18, p < 0.01), Ács et al. (2020) (rho = -0.007, p = 0.936) e Mumu et al. (2017) (rho = 0.23,
p < 0.01). Meh et al. (2021) obtiveram um valor significativamente superior (rho = 0.400), apesar de
ter sido utilizada outra marca de acelerómetros na metodologia do trabalho.
A diversidade de cut-off points alusivos aos valores de k, CCI e rho deve também ser tida em
consideração na análise e interpretação dos resultados entre países. A utilização e referenciação de
diferentes autores (Landis & Koch, 1977; Portney & Watkins, 2000; Warner, 2013) pode dificultar a
comparação e uniformização da classificação entre estudos desta natureza de validação (Bull et al.,
2009; Cleland et al., 2014; Meh et al., 2021; Wanner et al., 2017).
Lee et al. (2020) reportaram uma superestimação para a AFV (71.10 mim/sem) e AFM (110.73
min/sem), e uma subestimação do CS de 594.85 min/dia. Ács et al. (2020) confirmaram este paradigma
de superestimação da AFV (212.75 min/sem) e AFMV (104.93 min/sem), destacando mais uma vez a
maior disparidade encontrada relativamente ao CS, com uma diferença média de 6336.79 min/sem.
86
Meh et al. (2021) reportaram igualmente diferenças (significativas (p < 0.000)) entre GPAQv2-
acelerómetro, demonstrando uma superestimação da AFMV (64 ± 143 min) e subestimação do tempo
despendido em CS em 151 ± 172 min/dia (cerca de 2.5 h/d), sendo este último valor muito próximo do
obtido para a população portuguesa (172.67 ± 151.06 min/dia; 2.88 h/d).
Este diferencial de valores da AF entre o GPAQv2 e acelerómetro poderá ser devido a algumas
questões. Primeiramente pelo facto do GPAQv2 incluir apenas AF com duração mínima de 10 minutos
consecutivos, ao passo que o acelerómetro avalia todos os movimentos independentemente da sua
duração, razão identicamente mencionada por Rivière et al. (2018). Em segundo lugar, a semana de
utilização do acelerómetro é habitualmente sugerida pelo investigador(a) consoante o cronograma do
estudo, podendo não coincidir com uma semana típica/normal do participante (apesar de terem sido
controlados os períodos de ausência/viagem e férias, por ser critério de exclusão do estudo), estando
presente a possibilidade da existência de volatilidade da mesma (Keating et al., 2019). Por último, é
importante reforçar que uma das hipóteses para a variância de resultados entre estudos pode dever-
se à literacia das pessoas relativa à AF. Recordar, identificar e interpretar a intensidade e duração das
atividades realizadas ao longo do dia pode ser uma tarefa difícil e exigente, especialmente em relação
à AFMV (Ács et al., 2020; Canning et al., 2014). A descrição das sensações corporais sentidas durante
a prática de AF são individuais e subjetivas, pelo que a comparação com o aumento das frequências
cardíaca e respiratória pode ser altamente variável de pessoa para pessoa, devendo ser alvo de
consideração na interpretação dos resultados (Meh et al., 2021).
Contudo, emerge uma das principais limitações inerentes à precisão de avaliação dos
acelerómetros, pela sua incapacidade de avaliar determinados movimentos como o levantamento de
cargas, ciclismo e atividades que envolvam maioritariamente os membros superiores, incluindo
algumas tarefas domésticas (e.g., lavar a loiça, roupa), aspetos discutidos igualmente em estudos
prévios (Hoos et al., 2012). As atividades aquáticas também se incluem neste leque de barreiras, uma
vez que o acelerómetro não pode ser utilizado neste meio (Chu et al., 2015).
Alguns estudos mencionam ainda, que a crítica social pode influenciar a autoavaliação da AF,
podendo manifestar-se através da sua superestimação nalguns domínios e subestimação noutros
(Adams, 2005; Haskell, 2012; Mumu et al., 2017).
A utilização gráfica de Bland-Altman também foi assegurada, dado ser uma abordagem
recomendada, e consequentemente, cada vez mais utilizada na avaliação do nível de concordância
entre métodos (Bland & Altman, 1986; Doğan, 2018; Keating et al., 2019; Kottner et al., 2011).
Por fim, enfatizo a preocupação existente na partilha dos resultados obtidos no estudo, através
do envio de um relatório individual a cada participante. Além de uma medida de agradecimento pela
sua participação, teve como propósito a consciencialização para a promoção da literacia em saúde, no
âmbito da AF e diminuição do CS.
4.1. Limitações
88
Quanto à amostra, o facto desta se ter revelado fisicamente ativa, o que pode não ser
representativo da população portuguesa. Esta questão torna-se pertinente, uma vez que o último
relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da OMS concluiu
que um em cada três adultos na União Europeia é fisicamente inativo, sendo Portugal o país com pior
classificação do total dos 27 estados membros, onde mais de 45% dos adultos não cumpre as
recomendações para a prática de AF em vigor, segundo os questionários de avaliação de AF utilizados
(OECD & World Health Organization, 2023). Não obstante, um estudo recente que avaliou o nível de
AF e CS da população portuguesa entre 2008 e 2018 através da acelerometria, demonstrou que 71.2%
dos adultos cumpre as recomendações de AF (Magalhães et al., 2023). A escolha do limiar dos 60 anos
de idade justifica-se com o trabalho de Wanner et al. (2017), que alertou para uma interpretação
cautelosa da AF para pessoas com mais de 60 anos, devido às baixas correlações GPAQ-acelerómetro
encontradas para esta população.
Outra limitação apresentada foi a ausência de controlo do ambiente em que o questionário foi
preenchido, uma vez que este pode influenciar a capacidade de resposta e concentração.
Adicionalmente também não foi contabilizado o tempo médio de preenchimento (Vilelas, 2020), o que
pode ser útil para futura gestão temporal da aplicação do GPAQv2. Foram ainda enumeradas
vantagens logísticas à forma por autoadministração, por ser economicamente menos dispendiosa,
consumir menos tempo (Wanner et al., 2017) ao participante e equipa de investigação; e por eliminar
o risco de viés do entrevistador, que pode condicionar a resposta da pessoa (Bowling, 2005).
Por outro lado, apesar do acelerómetro ser um método objetivo, também não é eficaz na
avaliação de determinadas atividades como o ciclismo, natação, levantamento de pesos ou
movimentos realizados maioritariamente com os membros superiores (Warren et al., 2010).
Por fim, o critério de “10 minutos consecutivos” presente no GPAQv2 também pode ter sido
uma barreira no relato da avaliação da AF por parte dos participantes, pois o acelerómetro avaliou
sempre de forma contínua e não neste intervalo de tempo. A remoção desta regra já havia sido alvo
de reflexão na literatura (Troiano et al., 2020) e veio a concretizar-se na última publicação das
89
recomendações da OMS para a prática de AF, contabilizando todos os minutos desta (World Health
Organization, 2020b).
90
5. CONCLUSÃO
Este processo de validação contribuiu igualmente para que o GPAQv2 possa ser utilizado no
âmbito da abordagem STEPwise para a vigilância de fatores de risco de doenças crónicas promovida
pela OMS, que fora o objetivo para o qual fora concebido. Este marco permite assim, a uniformização
do método de avaliação, recolha e tratamento de dados sobre os padrões da AF da população a nível
mundial, assim como a sua comparação entre países.
91
internacional, mas também por possibilitar uma metodologia de recolha de dados mais
estandardizada e igualmente comparável, no âmbito das políticas de Saúde Pública.
Paralelamente, o GPAQV2 poderia ser aplicado a populações com outras faixas etárias
(especialmente em idosos), nível de escolaridade e literacia em saúde, bem como em meios urbanos
e rurais. Outro fator seria a sua aplicação em populações especiais como pessoas portadoras de
doenças crónicas, como DCV e cancro.
92
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Aadland, E., Andersen, L. B., Anderssen, S. A., & Resaland, G. K. (2018). A comparison of 10
accelerometer non-wear time criteria and logbooks in children. BMC Public Health, 18(1), 323.
https://doi.org/10.1186/s12889-018-5212-4
Aadland, E., & Ylvisåker, E. (2015a). Reliability of Objectively Measured Sedentary Time and Physical
Activity in Adults. PLOS ONE, 10(7), e0133296. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0133296
Aadland, E., & Ylvisåker, E. (2015b). Reliability of the Actigraph GT3X+ Accelerometer in Adults under
Free-Living Conditions. PLOS ONE, 10(8), e0134606. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0134606
Ács, P., Betlehem, J., Oláh, A., Bergier, B., Morvay-Sey, K., Makai, A., & Prémusz, V. (2020). Cross-
cultural adaptation and validation of the Global Physical Activity Questionnaire among healthy
Hungarian adults. BMC Public Health, 20(S1), 1056. https://doi.org/10.1186/s12889-020-08477-z
Adams, S. A. (2005). The Effect of Social Desirability and Social Approval on Self-Reports of Physical
Activity. American Journal of Epidemiology, 161(4), 389–398. https://doi.org/10.1093/aje/kwi054
Adıgüzel, İ., Raika Durusoy Onmuş, İ., Mandıracıoğlu, A., & Aslı Öcek, Z. (2021). Adaptation of the Global
Physical Activity Questionnaire (GPAQ) into Turkish: A validation and reliability study. Turkish Journal
of Physical Medicine and Rehabilitation, 67(2), 175–186. https://doi.org/10.5606/tftrd.2021.1675
Ahola, T. M. (2010). Pedometer for Running Activity Using Accelerometer Sensors on the Wrist.
Medical Equipment Insights, 3, MEI.S3748. https://doi.org/10.4137/MEI.S3748
Ainslie, P. N., Reilly, T., & Westerterp, K. R. (2003). Estimating Human Energy Expenditure: A Review of
Techniques with Particular Reference to Doubly Labelled Water. Sports Medicine, 33(9), 683–698.
https://doi.org/10.2165/00007256-200333090-00004
Ainsworth, B. (2008). How do I measure physical activity in my patients? Questionnaires and objective
methods. British Journal of Sports Medicine, 43(1), 6–9. https://doi.org/10.1136/bjsm.2008.052449
Ainsworth, B., Cahalin, L., Buman, M., & Ross, R. (2015). The Current State of Physical Activity
Assessment Tools. Progress in Cardiovascular Diseases, 57(4), 387–395.
https://doi.org/10.1016/j.pcad.2014.10.005
Ainsworth, B. E., Haskell, W. L., Whitt, M. C., Irwin, M. L., Swartz, A. M., Strath, S. J., O’Brien, W. L.,
Bassett, D. R., Schmitz, K. H., Emplaincourt, P. O., Jacobs, D. R., & Leon, A. S. (2000). Compendium of
Physical Activities: An update of activity codes and MET intensities: Medicine & Science in Sports &
93
Exercise, 32(Supplement), S498–S516. https://doi.org/10.1097/00005768-200009001-00009
Ainsworth, B., Haskell, W., Herrmann, S., Meckes, N., Bassett, D., Tudor-Locke, C., Greer, J., Vezina, J.,
Whitt-Glover, M., & Leon, A. (2011). 2011 Compendium of Physical Activities: A Second Update of
Codes and MET Values. Yearbook of Sports Medicine, 43(8), 1575–1581.
https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e31821ece12
Ainsworth, B., Irwin, M. L., Addy, C. L., Whitt, M. C., & Stolarczyk, L. M. (1999). Moderate Physical
Activity Patterns of Minority Women: The Cross-Cultural Activity Participation Study. Journal of
Women’s Health & Gender-Based Medicine, 8(6), 805–813.
https://doi.org/10.1089/152460999319129
Alkahtani, S. A. (2016). Convergent validity: Agreement between accelerometry and the Global Physical
Activity Questionnaire in college-age Saudi men. BMC Research Notes, 9(1), 436.
https://doi.org/10.1186/s13104-016-2242-9
Almeida, M., & Ribeiro, J. (2014). Adaptation of the Modified Habitual Physical Activity Questionnaire
(Baecke) to the portuguese population. Revista de Enfermagem Referência, IV Série(3), 27–36.
https://doi.org/10.12707/RIII1303
American College of Sports Medicine. (1978). American College of sports medicine position statement
on the recommended quantity and quality of exercise for developing and maintaining fitness in healthy
adults. 10.
American College of Sports Medicine. (1995). ACSM’s Guidelines for Exercise Testing and Prescription
(5th edition). Williams & Wilkins.
American College of Sports Medicine. (2009). American College of Sports Medicine position stand.
Progression models in resistance training for healthy adults. Medicine & Science in Sports & Exercise,
41(3), 687–708. https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3181915670
Andersen, L. B., Harro, M., Sardinha, L. B., Froberg, K., Ekelund, U., Brage, S., & Anderssen, S. A. (2006).
Physical activity and clustered cardiovascular risk in children: A cross-sectional study (The European
Youth Heart Study). Lancet, 368, 299–304. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(06)69075-2
Angulo, J., El Assar, M., Álvarez-Bustos, A., & Rodríguez-Mañas, L. (2020). Physical activity and exercise:
Strategies to manage frailty. Redox Biology, 35, 101513. https://doi.org/10.1016/j.redox.2020.101513
94
Araújo, C. G. S., & Scharhag, J. (2016). Athlete: A working definition for medical andhealth sciences
research. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, 26(1), 4–7.
https://doi.org/10.1111/sms.12632
Armstrong, T., & Bull, F. (2006). Development of the World Health Organization Global Physical Activity
Questionnaire (GPAQ). Journal of Public Health, 14(2), 66–70. https://doi.org/10.1007/s10389-006-
0024-x
Baecke, J. A., Burema, J., & Frijters, J. E. (1982). A short questionnaire for the measurement of habitual
physical activity in epidemiological studies. The American Journal of Clinical Nutrition, 36(5), 936–942.
https://doi.org/10.1093/ajcn/36.5.936
Baranowski, T. (1988). Validity and Reliability of Self Report Measures of Physical Activity: An
Information-Processing Perspective. Research Quarterly for Exercise and Sport, 59(4), 314–327.
https://doi.org/10.1080/02701367.1988.10609379
Baranowski, T. (2019). Increasing physical activity among children and adolescents: Innovative ideas
needed. Journal of Sport and Health Science, 8(1), 1–5. https://doi.org/10.1016/j.jshs.2018.09.011
Barnes, J. (2015). Exercise, cognitive function, and aging. Advances in Physiology Education, 39(2), 55–
62. https://doi.org/10.1152/advan.00101.2014
Barreira, T. V., Tudor-Locke, C., Champagne, C. M., Broyles, S. T., Johnson, W. D., & Katzmarzyk, P. T.
(2013). Comparison of GT3X Accelerometer and YAMAX Pedometer Steps/Day in a Free-Living Sample
of Overweight and Obese Adults. Journal of Physical Activity and Health, 10(2), 263–270.
https://doi.org/10.1123/jpah.10.2.263
Bassett, D. (2000). Validity and Reliability issues in Objective Monitoring of Physical Activity. Research
Quarterly for Exercise and Sport, 71(sup2), 30–36. https://doi.org/10.1080/02701367.2000.11082783
Bassett, D., Ainsworth, B. E., Leggett, S. R., Mathien, C. A., Main, J. A., Hunter, D. C., & Duncan, G. E.
(1996). Accuracy of five electronic pedometers for measuring distance walked. Medicine and Science
in Sports and Exercise, 28(8), 1071–1077. https://doi.org/10.1097/00005768-199608000-00019
Bassett, D., Cureton, A., & Ainsworth, B. (2000). Measurement of daily walking distance-questionnaire
versus pedometer. Medicine & Science in Sports & Exercise, 1018–1023.
https://doi.org/10.1097/00005768-200005000-00021
Bassett, D., Mahar, M. T., Rowe, D. A., & Morrow, J. R. (2008). Walking and Measurement. Medicine &
Science in Sports & Exercise, 40(7), S529–S536. https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e31817c699c
95
Bassett, D. R., Rowlands, A., & Trost, S. G. (2012). Calibration and Validation of Wearable Monitors.
Medicine & Science in Sports & Exercise, 44(1S), S32–S38.
https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3182399cf7
Bassett, D. R., Toth, L. P., LaMunion, S. R., & Crouter, S. E. (2017). Step Counting: A Review of
Measurement Considerations and Health-Related Applications. Sports Medicine, 47(7), 1303–1315.
https://doi.org/10.1007/s40279-016-0663-1
Beaton, D. E., Bombardier, C., Guillemin, F., & Ferraz, M. B. (2000). Guidelines for the Process of Cross-
Cultural Adaptation of Self-Report Measures: Spine, 25(24), 3186–3191.
https://doi.org/10.1097/00007632-200012150-00014
Biswas, A., Oh, P. I., Faulkner, G. E., Bajaj, R. R., Silver, M. A., Mitchell, M. S., & Alter, D. A. (2015).
Sedentary Time and Its Association With Risk for Disease Incidence, Mortality, and Hospitalization in
Adults: A Systematic Review and Meta-analysis. Annals of Internal Medicine, 162(2), 123–132.
https://doi.org/10.7326/M14-1651
Bland, J. M., & Altman, D. G. (1986). Statistical methods for assessing agreement between two
methods of clinical measurement. Lancet, 1(8476).
https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0140673686908378?via%3Dihub
Bonomi, A. G., Goris, A. H. C., Yin, B., & Westerterp, K. R. (2009). Detection of Type, Duration, and
Intensity of Physical Activity Using an Accelerometer. Medicine & Science in Sports & Exercise, 41(9),
1770–1777. https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3181a24536
Bouchard, C., Tremblay, A., Leblanc, C., Lortie, G., Savard, R., & Thériault, G. (1983). A method to assess
energy expenditure in children and adults. The American Journal of Clinical Nutrition, 37(3), 461–467.
https://doi.org/10.1093/ajcn/37.3.461
Bouten, C. V., Westerterp, K. R., Verduin, M., & Janssen, J. D. (1994). Assessment of energy expenditure
for physical activity using a triaxial accelerometer. Medicine & Science in Sports & Exercise, 26(12),
1516–1523.
Bowling, A. (2005). Mode of questionnaire administration can have serious effects on data quality.
Journal of Public Health, 27(3), 281–291. https://doi.org/10.1093/pubmed/fdi031
Brage, S., Wedderkopp, N., Franks, P. W., Bo Andersen, L., & Froberg, K. (2003). Reexamination of
Validity and Reliability of the CSA Monitor in Walking and Running: Medicine & Science in Sports &
Exercise, 35(8), 1447–1454. https://doi.org/10.1249/01.MSS.0000079078.62035.EC
96
Brown, J. C., & Gilmore, L. A. (2020). Physical Activity Reduces the Risk of Recurrence and Mortality in
Cancer Patients. Exercise and Sport Sciences Reviews, 48(2), 67–73.
https://doi.org/10.1249/JES.0000000000000214
Bull, F., Armstrong, T., Dixon, T., Ham, S., Neiman, A., & Pratt, M. (2004). Comparative quantification
of health risks: Global and regional burden of disease attributable to selected major risk factors (M.
Ezzati, A. Lopez, A. Rodgers, & C. Murray, Eds.; World Health Organization).
https://apps.who.int/iris/handle/10665/42770
Bull, F. C., Al-Ansari, S. S., Biddle, S., Borodulin, K., Buman, M. P., Cardon, G., Carty, C., Chaput, J.-P.,
Chastin, S., Chou, R., Dempsey, P. C., DiPietro, L., Ekelund, U., Firth, J., Friedenreich, C. M., Garcia, L.,
Gichu, M., Jago, R., Katzmarzyk, P. T., … Willumsen, J. F. (2020). World Health Organization 2020
guidelines on physical activity and sedentary behaviour. British Journal of Sports Medicine, 54(24),
1451–1462. https://doi.org/10.1136/bjsports-2020-102955
Bull, F., Maslin, T. S., & Armstrong, T. (2009). Global Physical Activity Questionnaire (GPAQ): Nine
Country Reliability and Validity Study. Journal of Physical Activity and Health, 6(6), 790–804.
https://doi.org/10.1123/jpah.6.6.790
Butte, N. F., Ekelund, U., & Westerterp, K. R. (2012). Assessing Physical Activity Using Wearable
Monitors: Measures of Physical Activity. Medicine & Science in Sports & Exercise, 44(1S), S5–S12.
https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3182399c0e
Campos, G., Luecke, T., Wendeln, H., Toma, K., Hagerman, F., Murray, T., Ragg, K., Ratamess, N.,
Kraemer, W., & Staron, R. (2002). Muscular adaptations in response to three different resistance-
training regimens: Specificity of repetition maximum training zones. European Journal of Applied
Physiology, 88(1–2), 50–60. https://doi.org/10.1007/s00421-002-0681-6
Canadian Society for Exercise Physiology. (2021). The Canadian 24-Hour Movement Guidelines for
Adults aged 18-64. https://csepguidelines.ca/downloads/
Canning, K. L., Brown, R. E., Jamnik, V. K., Salmon, A., Ardern, C. I., & Kuk, J. L. (2014). Individuals
97
Underestimate Moderate and Vigorous Intensity Physical Activity. PLoS ONE, 9(5), e97927.
https://doi.org/10.1371/journal.pone.0097927
Caspersen, C. J., Powell, K. E., & Christenson, G. M. (1985). Physical activity, exercise, and physical
fitness: Definitions and distinctions for health-related research. Public health reports, 100(2), 126–131.
Catellier, D. J., Hannan, P. J., Murray, D. M., Addy, C. L., Conway, T. L., Yang, S., & Rice, J. C. (2005).
Imputation of Missing Data When Measuring Physical Activity by Accelerometry. Medicine & Science
in Sports & Exercise, 37(11), S555–S562. https://doi.org/10.1249/01.mss.0000185651.59486.4e
Chau, J. Y., Grunseit, A. C., Chey, T., Stamatakis, E., Brown, W. J., Matthews, C. E., Bauman, A. E., & van
der Ploeg, H. P. (2013). Daily Sitting Time and All-Cause Mortality: A Meta-Analysis. PLoS ONE, 8(11),
e80000. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0080000
Chen, K. Y., & Bassett, D. R. (2005). The Technology of Accelerometry-Based Activity Monitors: Current
and Future. Medicine & Science in Sports & Exercise, 37(11), S490–S500.
https://doi.org/10.1249/01.mss.0000185571.49104.82
Chen, K. Y., Janz, K. F., Zhu, W., & Brychta, R. J. (2012). Redefining the Roles of Sensors in Objective
Physical Activity Monitoring. Medicine & Science in Sports & Exercise, 44(1S), S13–S23.
https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3182399bc8
Choi, L., Liu, Z., Matthews, C. E., & Buchowski, M. S. (2011). Validation of Accelerometer Wear and
Nonwear Time Classification Algorithm. Medicine & Science in Sports & Exercise, 43(2), 357–364.
https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3181ed61a3
Chomistek, A. K., Yuan, C., Matthews, C. E., Troiano, R. P., Bowles, H. R., Rood, J., Barnett, J. B., Willett,
W. C., Rimm, E. B., & Bassett, D. R. (2017). Physical Activity Assessment with the ActiGraph GT3X and
Doubly Labeled Water. Medicine & Science in Sports & Exercise, 49(9), 1935–1944.
https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000001299
Chu, A. H. Y., Ng, S. H. X., Koh, D., & Müller-Riemenschneider, F. (2015). Reliability and Validity of the
Self- and Interviewer-Administered Versions of the Global Physical Activity Questionnaire (GPAQ).
PLOS ONE, 10(9), e0136944. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0136944
Ciconelli, R. M., Ferraz, M. B., Santos, W., Meinão, I., & Quaresma, M. R. (1999). Tradução para a língua
portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-
36) / Brazilian-Portuguese version of the SF-36. A reliable and valid quality of life outcome measure.
Rev. Bras. Reumatol, 39(3), 143–150.
98
Cleland, C., Ferguson, S., Ellis, G., & Hunter, R. F. (2018). Validity of the International Physical Activity
Questionnaire (IPAQ) for assessing moderate-to-vigorous physical activity and sedentary behaviour of
older adults in the United Kingdom. BMC Medical Research Methodology, 18(1), 176.
https://doi.org/10.1186/s12874-018-0642-3
Cleland, C. L., Hunter, R. F., Kee, F., Cupples, M. E., Sallis, J. F., & Tully, M. A. (2014). Validity of the
Global Physical Activity Questionnaire (GPAQ) in assessing levels and change in moderate-vigorous
physical activity and sedentary behaviour. BMC Public Health, 14(1), 1255.
https://doi.org/10.1186/1471-2458-14-1255
Cleland, V., Crawford, D., Baur, L., Hume, C., Timperio, A., & Salmon, J. (2008). A prospective
examination of children’s time spent outdoors, objectively measured physical activity and overweight.
International Journal of Obesity, 32(1685–1693), 9. https://doi.org/:10.1038/ijo.2008.171;
Clemes, S. A., David, B. M., Zhao, Y., Han, X., & Brown, W. (2012). Validity of Two Self-Report Measures
of Sitting Time. Journal of Physical Activity and Health, 9(4), 533–539.
https://doi.org/10.1123/jpah.9.4.533
Coffman, M. J., Reeve, C. L., Butler, S., Keeling, M., & Talbot, L. A. (2016). Accuracy of the Yamax CW-
701 Pedometer for measuring steps in controlled and free-living conditions. DIGITAL HEALTH, 2,
205520761665252. https://doi.org/10.1177/2055207616652526
Coleman, C. J., McDonough, D. J., Pope, Z. C., & Pope, C. A. (2022). Dose–response association of
aerobic and muscle-strengthening physical activity with mortality: A national cohort study of 416 420
US adults. British Journal of Sports Medicine, bjsports-2022-105519. https://doi.org/10.1136/bjsports-
2022-105519
Corder, K., Ekelund, U., Steele, R. M., Wareham, N. J., & Brage, S. (2008). Assessment of physical activity
in youth. Journal of Applied Physiology, 105(3), 977–987.
https://doi.org/10.1152/japplphysiol.00094.2008
Craig, C. L., Marshall, A. L., Sjostro, M., Bauman, A. E., Booth, M. L., Ainsworth, B. E., Pratt, M., Ekelund,
U., Yngve, A., Sallis, J. F., & Oja, P. (2003). International Physical Activity Questionnaire: 12-Country
Reliability and Validity: Medicine & Science in Sports & Exercise, 35(8), 1381–1395.
https://doi.org/10.1249/01.MSS.0000078924.61453.FB
Crouter, S. E., Churilla, J. R., & Bassett, D. R. (2006). Estimating energy expenditure using
99
accelerometers. European Journal of Applied Physiology, 98(6), 601–612.
https://doi.org/10.1007/s00421-006-0307-5
Crouter, S. E., Clowers, K. G., & Bassett, D. R. (2006). A novel method for using accelerometer data to
predict energy expenditure. Journal of Applied Physiology, 100(4), 1324–1331.
https://doi.org/10.1152/japplphysiol.00818.2005
Crouter, S. E., Kuffel, E., Haas, J. D., Frongillo, E. A., & Bassett, D. R. (2010). Refined Two-Regression
Model for the ActiGraph Accelerometer. Medicine & Science in Sports & Exercise, 42(5), 1029–1037.
https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3181c37458
D’Ascenzi, F., Anselmi, F., Fiorentini, C., Mannucci, R., Bonifazi, M., & Mondillo, S. (2021). The benefits
of exercise in cancer patients and the criteria for exercise prescription in cardio-oncology. European
Journal of Preventive Cardiology, 28(7), 725–735. https://doi.org/10.1177/2047487319874900
Davidson, L., McNeill, G., Haggarty, P., Smith, J. S., & Franklin, M. F. (1997). Free-living energy
expenditure of adult men assessed by continuous heart-rate monitoring and doubly-labelled water.
British Journal of Nutrition, 78(5), 695–708. https://doi.org/10.1079/BJN19970188
Davis, M. G., & Fox, K. R. (2007). Physical activity patterns assessed by accelerometry in older people.
European Journal of Applied Physiology, 100(5), 581–589. https://doi.org/10.1007/s00421-006-0320-
8
de Courten, M. (2002). Developing a simple global physical activity questionnaire for population
studies. Australasian Epidemiologist, 9(2), 6–9.
DeLany, J., & Lovejoy, J. (1996). Energy expenditure. Endocrinol Metab Clin North Am., 25(4).
https://doi.org/10.1016/S0889-8529(05)70357-1
Ding, D., Lawson, K. D., Kolbe-Alexander, T. L., Finkelstein, E. A., Katzmarzyk, P. T., van Mechelen, W.,
& Pratt, M. (2016). The economic burden of physical inactivity: A global analysis of major non-
communicable diseases. The Lancet, 388(10051), 1311–1324. https://doi.org/10.1016/S0140-
6736(16)30383-X
Dipietro, L., Campbell, W. W., Buchner, D. M., Erickson, K. I., Powell, K. E., Bloodgood, B., Hughes, T.,
Day, K. R., Piercy, K. L., Vaux-Bjerke, A., & Olson, R. D. (2019). Physical Activity, Injurious Falls, and
Physical Function in Aging: An Umbrella Review. Medicine & Science in Sports & Exercise, 51(6), 1303–
1313. https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000001942
Directorate-General for Education, Youth, Sport and Culture. (2022). Special Eurobarometer 525—
100
Sport and Physical Activity (2022.4536; p. 95). European Commission.
https://europa.eu/eurobarometer/surveys/detail/2668
Donnachie, C., Wyke, S., Mutrie, N., & Hunt, K. (2017). ‘It’s like a personal motivator that you carried
around wi’ you’: Utilising self-determination theory to understand men’s experiences of using
pedometers to increase physical activity in a weight management programme. International Journal
of Behavioral Nutrition and Physical Activity, 14(1), 61. https://doi.org/10.1186/s12966-017-0505-z
Dugas, L. R., Merwe, L. V. D., Odendaal, H., Noakes, T. D., & Lambert, E. V. (2005). A Novel Energy
Expenditure Prediction Equation for Intermittent Physical Activity: Medicine & Science in Sports &
Exercise, 37(12), 2154–2161. https://doi.org/10.1249/01.mss.0000177742.12931.50
Duncan, M. J., Rowlands, A., Lawson, C., Leddington Wright, S., Hill, M., Morris, M., Eyre, E., & Tallis, J.
(2020). Using accelerometry to classify physical activity intensity in older adults: What is the optimal
wear-site? European Journal of Sport Science, 20(8), 1131–1139.
https://doi.org/10.1080/17461391.2019.1694078
Dunstan, D. W., Dogra, S., Carter, S. E., & Owen, N. (2021). Sit less and move more for cardiovascular
health: Emerging insights and opportunities. Nature Reviews Cardiology, 18(9), 637–648.
https://doi.org/10.1038/s41569-021-00547-y
Ekelund, U. (2002). Assessment of physical activity and energy expenditure in adolescents [Karolinska
Institutet].
https://openarchive.ki.se/xmlui/bitstream/handle/10616/39409/thesis.pdf?sequence=1&isAllowed=
y
Ekelund, U., Steene-Johannessen, J., Brown, W. J., Fagerland, M. W., Owen, N., Powell, K. E., Bauman,
A., & Lee, I.-M. (2016). Does physical activity attenuate, or even eliminate, the detrimental association
of sitting time with mortality? A harmonised meta-analysis of data from more than 1 million men and
women. The Lancet, 388(10051), 1302–1310. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(16)30370-1
Ekelund, U., Tarp, J., Steene-Johannessen, J., Hansen, B. H., Jefferis, B., Fagerland, M. W., Whincup, P.,
Diaz, K. M., Hooker, S. P., Chernofsky, A., Larson, M. G., Spartano, N., Vasan, R. S., Dohrn, I.-M.,
Hagströmer, M., Edwardson, C., Yates, T., Shiroma, E., Anderssen, S. A., & Lee, I.-M. (2019). Dose-
response associations between accelerometry measured physical activity and sedentary time and all
cause mortality: Systematic review and harmonised meta-analysis. BMJ, l4570.
101
https://doi.org/10.1136/bmj.l4570
Epstein, J., Osborne, R. H., Elsworth, G. R., Beaton, D. E., & Guillemin, F. (2015). Cross-cultural
adaptation of the Health Education Impact Questionnaire: Experimental study showed expert
committee, not back-translation, added value. Journal of Clinical Epidemiology, 68(4), 360–369.
https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2013.07.013
Epstein, J., Santo, R. M., & Guillemin, F. (2015). A review of guidelines for cross-cultural adaptation of
questionnaires could not bring out a consensus. Journal of Clinical Epidemiology, 68(4), 435–441.
https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2014.11.021
Esliger, D. W., Copeland, J. L., Barnes, J. D., & Tremblay, M. S. (2005). Standardizing and Optimizing the
Use of Accelerometer Data for Free-Living Physical Activity Monitoring. Journal of Physical Activity and
Health, 2(3), 366–383. https://doi.org/10.1123/jpah.2.3.366
European Commission, & Directorate General for Education, Youth, Sport and Culture. (2017). Sport
and physical activity: Report. Publications Office. https://data.europa.eu/doi/10.2766/483047
Evenson, K. R., Wen, F., Metzger, J. S., & Herring, A. H. (2015). Physical activity and sedentary behavior
patterns using accelerometry from a national sample of United States adults. International Journal of
Behavioral Nutrition and Physical Activity, 12(1), 20. https://doi.org/10.1186/s12966-015-0183-7
Fabre, N., Lhuisset, L., Bernal, C., & Bois, J. (2020). Effect of epoch length on intensity classification and
on accuracy of measurement under controlled conditions on treadmill: Towards a better
understanding of accelerometer measurement. PLOS ONE, 15(1), e0227740.
https://doi.org/10.1371/journal.pone.0227740
Ferrari, P., Friedenreich, C., & Matthews, C. E. (2007). The Role of Measurement Error in Estimating
Levels of Physical Activity. American Journal of Epidemiology, 166(7), 832–840.
https://doi.org/10.1093/aje/kwm148
Fletcher, G. F., Landolfo, C., Niebauer, J., Ozemek, C., Arena, R., & Lavie, C. J. (2018). Promoting Physical
Activity and Exercise. Journal of the American College of Cardiology, 72(14), 1622–1639.
https://doi.org/10.1016/j.jacc.2018.08.2141
Franklin, B., Thompson, P., Al-Zaiti, S., Albert, C., Hivert, M.-F., Levine, B., Lobelo, F., Madan, K.,
Sharrief, A., Eijsvogels, T., & On behalf of the American Heart Association Physical Activity Committee
of the Council on Lifestyle and Cardiometabolic Health; Council on Cardiovascular and Stroke Nursing;
102
Council on Clinical Cardiology; and Stroke Council. (2020). Exercise-Related Acute Cardiovascular
Events and Potential Deleterious Adaptations Following Long-Term Exercise Training: Placing the Risks
Into Perspective–An Update: A Scientific Statement From the American Heart Association. Circulation,
141(13). https://doi.org/10.1161/CIR.0000000000000749
Freedson, P., Melanson, E., & Sirard, J. (1998). Calibration of the Computer Science and Applications,
Inc. Accelerometer. Medicine & Science in Sports & Exercise, 30(5), 777–781.
Freedson, P. S., & Miller, K. (2000). Objective Monitoring of Physical Activity Using Motion Sensors and
Heart Rate. Research Quarterly for Exercise and Sport, 71(sup2), 21–29.
https://doi.org/10.1080/02701367.2000.11082782
Freeman, F. (1980). Teoria e Prática dos testes Psicológicos (2a). Fundação Calouste Gulbenkian.
Freeman, G. H., & Halton, J. H. (1951). Note on an exact treatment of contingency, goodness of fit and
other problems of significance. Biometrika, 38(1-2), 141-149. https://doi.org/10.1093/biomet/38.1-
2.141
Friedenreich, C. M., Courneya, K. S., Neilson, H. K., Matthews, C. E., Willis, G., Irwin, M., Troiano, R., &
Ballard-Barbash, R. (2006). Reliability and Validity of the Past Year Total Physical Activity Questionnaire.
American Journal of Epidemiology, 163(10), 959–970. https://doi.org/10.1093/aje/kwj112
Fuller, D., Colwell, E., Low, J., Orychock, K., Tobin, M. A., Simango, B., Buote, R., Van Heerden, D., Luan,
H., Cullen, K., Slade, L., & Taylor, N. G. A. (2020). Reliability and Validity of Commercially Available
Wearable Devices for Measuring Steps, Energy Expenditure, and Heart Rate: Systematic Review. JMIR
MHealth and UHealth, 8(9), e18694. https://doi.org/10.2196/18694
Füzéki, E., Engeroff, T., & Banzer, W. (2017). Health Benefits of Light-Intensity Physical Activity: A
Systematic Review of Accelerometer Data of the National Health and Nutrition Examination Survey
(NHANES). Sports Medicine, 47(9), 1769–1793. https://doi.org/10.1007/s40279-017-0724-0
Gabriel, K. K. P., Morrow, J. R., & Woolsey, A.-L. T. (2012). Framework for Physical Activity as a Complex
and Multidimensional Behavior. Journal of Physical Activity and Health, 9(s1), S11–S18.
https://doi.org/10.1123/jpah.9.s1.s11
Garriga, A., Sempere-Rubio, N., Molina-Prados, M. J., & Faubel, R. (2022). Impact of Seasonality on
Physical Activity: A Systematic Review. Int. J. Environ. Res. Public Health, 19(2).
https://doi.org/10.3390/ijerph19010002
Giavarina, D. (2015). Understanding Bland Altman analysis. Biochemia Medica, 25(2), 141–151.
103
https://doi.org/10.11613/BM.2015.015
Gillinov, S., Etiwy, M., Wang, R., Blackburn, G., Phelan, D., Gillinov, A. M., Houghtaling, P., Javadikasgari,
H., & Desai, M. Y. (2017). Variable Accuracy of Wearable Heart Rate Monitors during Aerobic Exercise.
Medicine & Science in Sports & Exercise, 49(8), 1697–1703.
https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000001284
Gray, J. R., Grove, S. K., & Sutherland, S. (2017). Burns & Grove’s the Practice of Nursing Research:
Appraisal, Synthesis, and Generation of Evidence.
Guillemin, F. (1995). Cross-cultural Adaptation and Validation of Heatth Status Measures. Scandinavian
Journal of Rheumatology, 24(2), 61–63. https://doi.org/10.3109/03009749509099285
Guillemin, F., Bombardier, C., & Beaton, D. (1993). Cross-cultural adaptation of health-related quality
of life measures: Literature review and proposed guidelines. Journal of Clinical Epidemiology, 46(12),
1417–1432. https://doi.org/10.1016/0895-4356(93)90142-N
Guthold, R., Stevens, G. A., Riley, L. M., & Bull, F. C. (2018). Worldwide trends in insufficient physical
activity from 2001 to 2016: A pooled analysis of 358 population-based surveys with 1·9 million
participants. The Lancet Global Health, 6(10), e1077–e1086. https://doi.org/10.1016/S2214-
109X(18)30357-7
Guthold, R., Stevens, G. A., Riley, L. M., & Bull, F. C. (2020). Global trends in insufficient physical activity
among adolescents: A pooled analysis of 298 population-based surveys with 1·6 million participants.
The Lancet Child & Adolescent Health, 4(1), 23–35. https://doi.org/10.1016/S2352-4642(19)30323-2
Hagströmer, M., Oja, P., & Sjöström, M. (2006). The International Physical Activity Questionnaire
(IPAQ): A study of concurrent and construct validity. Public Health Nutrition, 9(6), 755–762.
https://doi.org/10.1079/PHN2005898
Hallal, P. C., Andersen, L. B., Bull, F. C., Guthold, R., Haskell, W., & Ekelund, U. (2012). Global physical
activity levels: Surveillance progress, pitfalls, and prospects. The Lancet, 380(9838), 247–257.
https://doi.org/10.1016/S0140-6736(12)60646-1
Hamer, M., Sabia, S., Batty, G. D., Shipley, M. J., Tabák, A. G., Singh-Manoux, A., & Kivimaki, M. (2012).
Physical Activity and Inflammatory Markers Over 10 Years: Follow-Up in Men and Women From the
Whitehall II Cohort Study. Circulation, 126(8), 928–933.
https://doi.org/10.1161/CIRCULATIONAHA.112.103879
104
Hansen, B. H., Holme, I., Anderssen, S. A., & Kolle, E. (2013). Patterns of Objectively Measured Physical
Activity in Normal Weight, Overweight, and Obese Individuals (20–85 Years): A Cross-Sectional Study.
PLoS ONE, 8(1), e53044. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0053044
Haskell, W. L. (2012). Physical Activity by Self-Report: A Brief History and Future Issues. Journal of
Physical Activity and Health, 9(s1), S5–S10. https://doi.org/10.1123/jpah.9.s1.s5
Haskell, W., Yee, M. C., Evans, A., & Irby, P. J. (1993). Simultaneous measurement of heart rate and
body motion to quantitate physical activity. Medicine & Science in Sports & Exercise, 25(1), 109–115.
Haugen, H. A., Chan, L.-N., & Li, F. (2007). Indirect Calorimetry: A Practical Guide for Clinicians. Nutrition
in Clinical Practice, 22(4), 377–388. https://doi.org/10.1177/0115426507022004377
He, B., Bai, J., Zipunnikov, V. V., Koster, A., Caserotti, P., Lange-Maia, B., Glynn, N. W., Harris, T. B., &
Crainiceanu, C. M. (2014). Predicting Human Movement with Multiple Accelerometers Using Movelets.
Medicine & Science in Sports & Exercise, 46(9), 1859–1866.
https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000000285
Healy, G. N., Dunstan, D. W., Salmon, J., Cerin, E., Shaw, J. E., Zimmet, P. Z., & Owen, N. (2008).
Beneficial associations with metabolic risk. DIABETES CARE, 31(4), 6.
Helmerhorst, H. H. J., Brage, S., Warren, J., Besson, H., & Ekelund, U. (2012). A systematic review of
reliability and objective criterion-related validity of physical activity questionnaires. International
Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, 9(1), 103. https://doi.org/10.1186/1479-5868-9-
103
Hendelman, D., Miller, K., Baggett, C., Debold, E., & Freedson, P. (2000). Validity of accelerometry for
the assessment of moderate intensity physical activity in the field. Medicine & Science in Sports &
Exercise, 32(Supplement), S442–S449. https://doi.org/10.1097/00005768-200009001-00002
Henriksen, A., Haugen Mikalsen, M., Woldaregay, A. Z., Muzny, M., Hartvigsen, G., Hopstock, L. A., &
Grimsgaard, S. (2018). Using Fitness Trackers and Smartwatches to Measure Physical Activity in
Research: Analysis of Consumer Wrist-Worn Wearables. Journal of Medical Internet Research, 20(3),
e110. https://doi.org/10.2196/jmir.9157
Herrmann, S. D., Heumann, K. J., Der Ananian, C. A., & Ainsworth, B. E. (2013). Validity and Reliability
of the Global Physical Activity Questionnaire (GPAQ). Measurement in Physical Education and Exercise
Science, 17(3), 221–235. https://doi.org/10.1080/1091367X.2013.805139
Hills, A. P., Mokhtar, N., & Byrne, N. M. (2014). Assessment of Physical Activity and Energy Expenditure:
105
An Overview of Objective Measures. Frontiers in Nutrition, 1.
https://doi.org/10.3389/fnut.2014.00005
Hoos, T., Espinoza, N., Marshall, S., & Arredondo, E. M. (2012). Validity of the Global Physical Activity
Questionnaire (GPAQ) in Adult Latinas. Journal of Physical Activity and Health, 9(5), 698–705.
https://doi.org/10.1123/jpah.9.5.698
Howley, E. T. (2001). Type of activity: Resistance, aerobic and leisure versus occupational physical
activity: Medicine and Science in Sports and Exercise, 33(Supplement), S364–S369.
https://doi.org/10.1097/00005768-200106001-00005
Hwang, J., Fernandez, A., & Lu, A. (2018). Application and Validation of Activity Monitors’ Epoch
Lengths and Placement Sites for Physical Activity Assessment in Exergaming. Journal of Clinical
Medicine, 7(9), 268. https://doi.org/10.3390/jcm7090268
Institute of Medicine. (2007). Adequacy of Evidence for Physical Activity Guidelines Development:
Workshop Summary. The National Academies Press.
International Atomic Energy Agency. (2009). Assessment of Body Composition and Total Energy
Expenditure in Humans Using Stable Isotope Techniques. nternational Atomic Energy Agency.
https://www-pub.iaea.org/MTCD/Publications/PDF/Pub1370_web.pdf
International Physical Activity Questionnaire group. (2004). Guidelines for Data Processing and
Analysis of the International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) – Short and Long Forms.
https://www.physio-pedia.com/images/c/c7/Quidelines_for_interpreting_the_IPAQ.pdf
Iversen, V. M., Norum, M., Schoenfeld, B. J., & Fimland, M. S. (2021). No Time to Lift? Designing Time-
Efficient Training Programs for Strength and Hypertrophy: A Narrative Review. Sports Medicine, 51(10),
2079–2095. https://doi.org/10.1007/s40279-021-01490-1
Jakicic, J. M., Kraus, W. E., Powell, K. E., Campbell, W. W., Janz, K. F., Troiano, R. P., Sprow, K., Torres,
A., & Piercy, K. L. (2019). Association between Bout Duration of Physical Activity and Health: Systematic
Review. Medicine & Science in Sports & Exercise, 51(6), 1213–1219.
https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000001933
Jayedi, A., Gohari, A., & Shab-Bidar, S. (2022). Daily Step Count and All-Cause Mortality: A Dose–
Response Meta-analysis of Prospective Cohort Studies. Sports Medicine, 52(1), 89–99.
https://doi.org/10.1007/s40279-021-01536-4
Jimmy, G., Seiler, R., & Maeder, U. (2013). Development and Validation of Energy Expenditure
106
Prediction Models Based on GT3X Accelerometer Data in 5- to 9-Year-Old Children. Journal of Physical
Activity and Health, 10(7), 1057–1067. https://doi.org/10.1123/jpah.10.7.1057
Johansson, H. P., Rossander-Hulthén, L., Slinde, F., & Ekblom, B. (2006). Accelerometry combined with
heart rate telemetry in the assessment of total energy expenditure. British Journal of Nutrition, 95(3),
631–639. https://doi.org/10.1079/BJN20051527
Johnson, R., & Coward-McKenzie, D. (2001). Energy Requirement Methodology. Em Nutrition in the
Prevention and Treatment of Disease (pp. 31–42).
Kachur, S., Chongthammakun, V., Lavie, C. J., De Schutter, A., Arena, R., Milani, R. V., & Franklin, B. A.
(2017). Impact of cardiac rehabilitation and exercise training programs in coronary heart disease.
Progress in Cardiovascular Diseases, 60(1), 103–114. https://doi.org/10.1016/j.pcad.2017.07.002
Kamada, M., Shiroma, E. J., Harris, T. B., & Lee, I.-M. (2016). Comparison of physical activity assessed
using hip- and wrist-worn accelerometers. Gait & Posture, 44, 23–28.
https://doi.org/10.1016/j.gaitpost.2015.11.005
Karvonen, M., Kentala, E., & Mustala, O. (1957). The effects of training on heart rate; a longitudinal
study. Annales medicinae experimentalis et biologiae Fenniae, 35(3), 307–315.
Katch, V., MacArdle, W., & Katch, F. (2011). Essentials of Exercise Physiology. (Fourth Edition).
Essentials of Exercise Physiology.
Katzmarzyk, P. T., Friedenreich, C., Shiroma, E. J., & Lee, I.-M. (2022). Physical inactivity and non-
communicable disease burden in low-income, middle-income and high-income countries. British
Journal of Sports Medicine, 56(2), 101–106. https://doi.org/10.1136/bjsports-2020-103640
Katzmarzyk, P. T., Powell, K. E., Jakicic, J. M., Troiano, R. P., Piercy, K., & Tennant, B. (2019). Sedentary
Behavior and Health: Update from the 2018 Physical Activity Guidelines Advisory Committee. Medicine
& Science in Sports & Exercise, 51(6), 1227–1241. https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000001935
Keating, X. D., Zhou, K., Liu, X., Hodges, M., Liu, J., Guan, J., Phelps, A., & Castro-Piñero, J. (2019).
Reliability and Concurrent Validity of Global Physical Activity Questionnaire (GPAQ): A Systematic
Review. International Journal of Environmental Research and Public Health, 16(21), 4128.
https://doi.org/10.3390/ijerph16214128
Kelly, L. A., McMillan, D. G., Anderson, A., Fippinger, M., Fillerup, G., & Rider, J. (2013). Validity of
actigraphs uniaxial and triaxial accelerometers for assessment of physical activity in adults in
laboratory conditions. BMC Medical Physics, 13(1), 5. https://doi.org/10.1186/1756-6649-13-5
107
Kenny, G. P., Notley, S. R., & Gagnon, D. (2017). Direct calorimetry: A brief historical review of its use
in the study of human metabolism and thermoregulation. European Journal of Applied Physiology,
117(9), 1765–1785. https://doi.org/10.1007/s00421-017-3670-5
Keszei, A. P., Novak, M., & Streiner, D. L. (2010). Introduction to health measurement scales. Journal
of Psychosomatic Research, 68(4), 319–323. https://doi.org/10.1016/j.jpsychores.2010.01.006
Kohl, H. W., Craig, C. L., Lambert, E. V., Inoue, S., Alkandari, J. R., Leetongin, G., & Kahlmeier, S. (2012).
The pandemic of physical inactivity: Global action for public health. The Lancet, 380(9838), 294–305.
https://doi.org/10.1016/S0140-6736(12)60898-8
Koo, T. K., & Li, M. Y. (2016). A Guideline of Selecting and Reporting Intraclass Correlation Coefficients
for Reliability Research. Journal of Chiropractic Medicine, 15(2), 155–163.
https://doi.org/10.1016/j.jcm.2016.02.012
Kottner, J., Audigé, L., Brorson, S., Donner, A., Gajewski, B. J., Hróbjartsson, A., Roberts, C., Shoukri,
M., & Streiner, D. L. (2011). Guidelines for Reporting Reliability and Agreement Studies (GRRAS) were
proposed. Journal of Clinical Epidemiology, 64(1), 96–106.
https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2010.03.002
Kraus, W. E., Powell, K. E., Haskell, W. L., Janz, K. F., Campbell, W. W., Jakicic, J. M., Troiano, R. P.,
Sprow, K., Torres, A., & Piercy, K. L. (2019). Physical Activity, All-Cause and Cardiovascular Mortality,
and Cardiovascular Disease. Medicine & Science in Sports & Exercise, 51(6), 1270–1281.
https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000001939
Kriska, A., & Caspersen, C. (1997). Introduction to a collection of physical activity questionnaires.
Medicine & Science in Sports & Exercise, 29.
Ku, P.-W., Steptoe, A., Liao, Y., Hsueh, M.-C., & Chen, L.-J. (2018). A cut-off of daily sedentary time and
all-cause mortality in adults: A meta-regression analysis involving more than 1 million participants.
BMC Medicine, 16(1), 74. https://doi.org/10.1186/s12916-018-1062-2
Lamprecht, I. H. D. (1985). Direct and indirect calorimetry of medium sized animals. Thermochimica
Acta, 94(1), 113–122. https://doi.org/10.1016/0040-6031(85)85251-5
Landis, J. R., & Koch, G. G. (1977). The measurement of observer agreement for categorical data. 33(1),
159–174. https://doi.org/10.2307/2529310
Laporte, R. E., Montoye, H. J., & Caspersen, C. J. (1985). Assessment of Physical Activity in
Epidemiologic Research: Problems and Prospects. Public Health Rep., 100(2), 131–146.
108
Laranjo, L., Ding, D., Heleno, B., Kocaballi, B., Quiroz, J. C., Tong, H. L., Chahwan, B., Neves, A. L.,
Gabarron, E., Dao, K. P., Rodrigues, D., Neves, G. C., Antunes, M. L., Coiera, E., & Bates, D. W. (2021).
Do smartphone applications and activity trackers increase physical activity in adults? Systematic
review, meta-analysis and metaregression. British Journal of Sports Medicine, 55(8), 422–432.
https://doi.org/10.1136/bjsports-2020-102892
Lee, I.-M., Shiroma, E. J., Lobelo, F., Puska, P., Blair, S. N., & Katzmarzyk, P. T. (2012). Effect of physical
inactivity on major non-communicable diseases worldwide: An analysis of burden of disease and life
expectancy. The Lancet, 380(9838), 219–229. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(12)61031-9
Lee, J., Lee, C., Min, J., Kang, D.-W., Kim, J.-Y., Yang, H. I., Park, J., Lee, M.-K., Lee, M., Park, I., Jae, S. Y.,
Jekal, Y., Jee, S. H., & Jeon, J. Y. (2020). Development of the Korean Global Physical Activity
Questionnaire: Reliability and validity study. Global Health Promotion, 27(3), 44–55.
https://doi.org/10.1177/1757975919854301
Lee, P. H., Macfarlane, D. J., Lam, T., & Stewart, S. M. (2011). Validity of the international physical
activity questionnaire short form (IPAQ-SF): A systematic review. International Journal of Behavioral
Nutrition and Physical Activity, 8(1), 115. https://doi.org/10.1186/1479-5868-8-115
Lee, P. H., Yu, Y., McDowell, I., Leung, G. M., Lam, T., & Stewart, S. M. (2011). Performance of the
international physical activity questionnaire (short form) in subgroups of the Hong Kong chinese
population. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, 8(1), 81.
https://doi.org/10.1186/1479-5868-8-81
Leenders, N. Y., Nelson, T. E., & Sherman, W. M. (2003). Ability of different physical activity monitors
to detect movement during treadmill walking. Int J Sports Med, 24, 43–50. https://doi.org/10.1055/s-
2003-37196
Leonard, W. R. (2003). Measuring human energy expenditure: What have we learned from the flex-
heart rate method? American Journal of Human Biology, 15(4), 479–489.
https://doi.org/10.1002/ajhb.10187
Lesinski, M., Hortobágyi, T., Muehlbauer, T., Gollhofer, A., & Granacher, U. (2015). Effects of Balance
Training on Balance Performance in Healthy Older Adults: A Systematic Review and Meta-analysis.
Sports Medicine, 45(12), 1721–1738. https://doi.org/10.1007/s40279-015-0375-y
Lewis, B. A., Napolitano, M. A., Buman, M. P., Williams, D. M., & Nigg, C. R. (2017). Future directions in
physical activity intervention research: Expanding our focus to sedentary behaviors, technology, and
dissemination. Journal of Behavioral Medicine, 40(1), 112–126. https://doi.org/10.1007/s10865-016-
109
9797-8
Liu, F., Wanigatunga, A. A., & Schrack, J. A. (2021). Assessment of Physical Activity in Adults Using Wrist
Accelerometers. Epidemiologic Reviews, 43(1), 65–93. https://doi.org/10.1093/epirev/mxab004
Livingstone, M. B. E. (1997). Heart-rate monitoring: The answer for assessing energy expenditure and
physical activity in population studies? British Journal of Nutrition, 78(6), 869–871.
https://doi.org/10.1079/BJN19970205
Livingstone, M. B. E., Coward, W. A., Prentice, A. M., Strain, J. J., McKenna, P. G., Mahoney, C. A., White,
J. A., Stewart, C. M., & Kerr, M. J. (1992). Daily energy expenditure in free-living children: Comparison
of heart-rate monitoring with the doubly labeled water (2H2180) method13. The American Journal of
Clinical Nutrition, 56(2), 343–352. https://doi.org/10.1093/ajcn/56.2.343
Loh, R., Stamatakis, E., Folkerts, D., Allgrove, J. E., & Moir, H. J. (2020). Effects of Interrupting Prolonged
Sitting with Physical Activity Breaks on Blood Glucose, Insulin and Triacylglycerol Measures: A
Systematic Review and Meta-analysis. Sports Medicine, 50(2), 295–330.
https://doi.org/10.1007/s40279-019-01183-w
Loprinzi, P. D., & Smith, B. (2017). Comparison Between Wrist-Worn and Waist-Worn Accelerometry.
Journal of Physical Activity and Health, 14(7), 539–545. https://doi.org/10.1123/jpah.2016-0211
Lyden, K., Kozey, S. L., Staudenmeyer, J. W., & Freedson, P. S. (2011). A comprehensive evaluation of
commonly used accelerometer energy expenditure and MET prediction equations. European Journal
of Applied Physiology, 111(2), 187–201. https://doi.org/10.1007/s00421-010-1639-8
Macfarlane, D. J. (2001). Automated Metabolic Gas Analysis Systems: A Review. Sports Medicine,
31(12), 841–861. https://doi.org/10.2165/00007256-200131120-00002
Magalhães, J., Hetherington-Rauth, M., Rosa, G. B., Correia, I. R., Pinto, G. M., Ferreira, J., Coelho-e-
Silva, M. J., Raimundo, A. M., Mota, J., & Sardinha, L. B. (2023). Physical Activity and Sedentary Behavior
in the Portuguese Population: What Has Changed from 2008 to 2018? Medicine & Science in Sports &
Exercise. https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000003161
Marôco, J. (2021). Análise Estatística com o SPSS Statistics v.18 27 (8a edição). ReportNumber.
Marques, A., & André, J. (2014). Avaliação da Atividade Física: Métodos e implicações práticas. Boletim
SPEF, 38, 9.
Mâsse, L. C., Fuemmeler, B. F., Anderson, C. B., Matthews, C. E., Trost, S. G., Catellier, D. J., & Treuth,
110
M. (2005). Accelerometer Data Reduction: A Comparison of Four Reduction Algorithms on Select
Outcome Variables. Medicine & Science in Sports & Exercise, 37(11), S544–S554.
https://doi.org/10.1249/01.mss.0000185674.09066.8a
Matsudo, S., Araujo, T., Matsudo, V., Andrade, D., Andrade, E., Oliveira, L. C., & Braggion, G. (2001).
Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ): Estudo de Validade e Reprodutibilidade no
Brasil. Revista brasileira de Actividade Física e Saúde, 6(2), 14. https://doi.org/10.12820/rbafs.v.6n2p5-
18
Matthews, C. E. (2005). Calibration of Accelerometer Output for Adults. Medicine & Science in Sports
& Exercise, 37(11), S512–S522. https://doi.org/10.1249/01.mss.0000185659.11982.3d
Matthews, C. E., Ainsworth, B. E., Thompson, R. W., & Bassett, D. R. (2002). Sources of variance in daily
physical activity levels as measured by an accelerometer: Medicine & Science in Sports & Exercise,
34(8), 1376–1381. https://doi.org/10.1097/00005768-200208000-00021
Matthews, C. E., Moore, S. C., Arem, H., Cook, M. B., Trabert, B., Håkansson, N., Larsson, S. C., Wolk,
A., Gapstur, S. M., Lynch, B. M., Milne, R. L., Freedman, N. D., Huang, W.-Y., Berrington de Gonzalez,
A., Kitahara, C. M., Linet, M. S., Shiroma, E. J., Sandin, S., Patel, A. V., & Lee, I.-M. (2020). Amount and
Intensity of Leisure-Time Physical Activity and Lower Cancer Risk. Journal of Clinical Oncology, 38(7),
686–697. https://doi.org/10.1200/JCO.19.02407
Mcclain, J. J., Sisson, S. B., & Tudor-Locke, C. (2007). Actigraph Accelerometer Interinstrument
Reliability during Free-Living in Adults. Medicine & Science in Sports & Exercise, 39(9), 1509–1514.
https://doi.org/10.1249/mss.0b013e3180dc9954
McHugh, M. L. (2012). Interrater reliability: The kappa statistic. Biochemia Medica, 276–282.
https://doi.org/10.11613/BM.2012.031
McKenzie, T. (2002). Use of direct observation to assess physical activity. Em Physical Activity
Assessments for Health-Related Research (pp. 179–195). Champaign, IL: Human Kinetics.
McKenzie, T., Sallis, J., & Nader, P. (1991). SOFIT: System for Observing Fitness Instruction Time. Journal
of Teaching in Physical Education, 11, 195–205.
McLaughlin, J. E., King, G. A., Howley, E. T., Bassett, Jr, D. R., & Ainsworth, B. E. (2001). Validation of
the COSMED K4 b2 Portable Metabolic System. International Journal of Sports Medicine, 22(4), 280–
284. https://doi.org/10.1055/s-2001-13816
Mctiernan, A., Friedenreich, C. M., Katzmarzyk, P. T., Powell, K. E., Macko, R., Buchner, D., Pescatello,
111
L. S., Bloodgood, B., Tennant, B., Vaux-Bjerke, A., George, S. M., Troiano, R. P., & Piercy, K. L. (2019).
Physical Activity in Cancer Prevention and Survival: A Systematic Review. Medicine & Science in Sports
& Exercise, 51(6), 1252–1261. https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000001937
Meh, K., Jurak, G., Sorić, M., Rocha, P., & Sember, V. (2021). Validity and Reliability of IPAQ-SF and
GPAQ for Assessing Sedentary Behaviour in Adults in the European Union: A Systematic Review and
Meta-Analysis. International Journal of Environmental Research and Public Health, 18(9), 4602.
https://doi.org/10.3390/ijerph18094602
Meh, K., Sember, V., Đurić, S., Vähä-Ypyä, H., Rocha, P., & Jurak, G. (2021). Reliability and Validity of
Slovenian Versions of IPAQ-SF, GPAQ, and EHIS-PAQ for Assessing Physical Activity and Sedentarism of
Adults. International Journal of Environmental Research and Public Health, 19(1), 430.
https://doi.org/10.3390/ijerph19010430
Melanson, E. L., Donahoo, W. T., & Lanningham-Foster, L. (2004). Commercially available pedometers:
Considerations for accurate step counting. Preventive Medicine, 8.
Mengesha, M. M., Roba, H. S., Ayele, B. H., & Beyene, A. S. (2019). Level of physical activity among
urban adults and the socio-demographic correlates: A population-based cross-sectional study using
the global physical activity questionnaire. BMC Public Health, 19(1), 1160.
https://doi.org/10.1186/s12889-019-7465-y
Metcalf, K. M., Baquero, B. I., Coronado Garcia, M. L., Francis, S. L., Janz, K. F., Laroche, H. H., & Sewell,
D. K. (2018). Calibration of the global physical activity questionnaire to Accelerometry measured
physical activity and sedentary behavior. BMC Public Health, 18(1), 412.
https://doi.org/10.1186/s12889-018-5310-3
Migueles, J. H., Cadenas-Sanchez, C., Ekelund, U., Delisle Nyström, C., Mora-Gonzalez, J., Löf, M.,
Labayen, I., Ruiz, J. R., & Ortega, F. B. (2017). Accelerometer Data Collection and Processing Criteria to
Assess Physical Activity and Other Outcomes: A Systematic Review and Practical Considerations. Sports
Medicine, 47(9), 1821–1845. https://doi.org/10.1007/s40279-017-0716-0
Mitchell, B. L., Smith, A. E., Rowlands, A. V., Parfitt, G., & Dollman, J. (2018). Associations of physical
activity and sedentary behaviour with metabolic syndrome in rural Australian adults. Journal of Science
and Medicine in Sport, 21(12), 1232–1237. https://doi.org/10.1016/j.jsams.2018.05.002
Mokkink, L. B., Terwee, C. B., Patrick, D. L., Alonso, J., Stratford, P. W., Knol, D. L., Bouter, L. M., & de
112
Vet, H. C. W. (2010). The COSMIN study reached international consensus on taxonomy, terminology,
and definitions of measurement properties for health-related patient-reported outcomes. Journal of
Clinical Epidemiology, 63(7), 737–745. https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2010.02.006
Montoye, A. H. K., Mudd, L. M., Biswas, S., & Pfeiffer, K. A. (2015). Energy Expenditure Prediction Using
Raw Accelerometer Data in Simulated Free Living. Medicine & Science in Sports & Exercise, 47(8), 1735–
1746. https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000000597
Montoye, H., Kemper, H., Saris, W., & Washburn, R. (1996). Measuring physical activity and energy
expenditure. Human Kinetics, Champaign, IL.
Mota, J., Valente, M., Aires, L., Silva, P., Paula Santos, M., & Ribeiro, J. C. (2007). Accelerometer cut-
points and youth physical activity prevalence. European Physical Education Review, 13(3), 287–299.
https://doi.org/10.1177/1356336X07081795
Müller, A. M., Wang, N. X., Yao, J., Tan, C. S., Low, I. C. C., Lim, N., Tan, J., Tan, A., & Müller-
Riemenschneider, F. (2019). Heart Rate Measures From Wrist-Worn Activity Trackers in a Laboratory
and Free-Living Setting: Validation Study. JMIR MHealth and UHealth, 7(10), e14120.
https://doi.org/10.2196/14120
Mumu, S. J., Ali, L., Barnett, A., & Merom, D. (2017). Validity of the global physical activity questionnaire
(GPAQ) in Bangladesh. BMC Public Health, 17(1), 650. https://doi.org/10.1186/s12889-017-4666-0
Nahas, M. V. (1996). Revisão de Métodos para determinação dos níveis de atividade física habitual em
diversos grupos populacionais. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, 1(4), 27–37.
National Institutes of Health. (1995). Physical Activity and Cardiovascular Health. 13, 1–33.
Nichols, J. F., Morgan, C. G., Chabot, L. E., Sallis, J. F., & Calfas, K. J. (2000). Assessment of Physical
Activity with the Computer Science and Applications, Inc., Accelerometer: Laboratory versus Field
Validation. Research Quarterly for Exercise and Sport, 71(1), 36–43.
https://doi.org/10.1080/02701367.2000.10608878
Nikitara, K., Odani, S., Demenagas, N., Rachiotis, G., Symvoulakis, E., & Vardavas, C. (2021). Prevalence
and correlates of physical inactivity in adults across 28 European countries. European Journal of Public
Health, 31(4), 840–845. https://doi.org/10.1093/eurpub/ckab067
Nilsson, A., Ekelund, U., Yngve, A., & Söström, M. (2002). Assessing Physical Activity among Children
with Accelerometers Using Different Time Sampling Intervals and Placements. Pediatric Exercise
Science, 14(1), 87–96. https://doi.org/10.1123/pes.14.1.87
113
Normand, M. P. (2008). Increasing physical activity through self-monitoring, goal setting, and feedback.
Behavioral Interventions, 23(4), 227–236. https://doi.org/10.1002/bin.267
Nunnally, J., & Bernstein, I. (1994). The assessment of reliability. Standards of reliability. In
Psychometric Theory (3a). McGraw Hill.
O’Driscoll, R., Turicchi, J., Beaulieu, K., Scott, S., Matu, J., Deighton, K., Finlayson, G., & Stubbs, J. (2018).
How well do activity monitors estimate energy expenditure? A systematic review and meta-analysis of
the validity of current technologies. British Journal of Sports Medicine, bjsports-2018-099643.
https://doi.org/10.1136/bjsports-2018-099643
OECD, & World Health Organization. (2023). Step Up! Tackling the Burden of Insufficient Physical
Activity in Europe. https://www.oecd-ilibrary.org/content/publication/500a9601-en
Oliveira, F. de, Kuznier, T. P., Souza, C. C. de, & Chianca, T. C. M. (2018). Aspectos teóricos e
metodológicos para adaptação cultural e validação de instrumenros na Enfermagem. Texto & Contexto
- Enfermagem, 27(2). https://doi.org/10.1590/0104-070720180004900016
Oliveira, M. M., & Maia, J. (2001). Avaliação da actividade física em contextos epidemiológicos. Uma
revisão da validade e fiabilidade do acelerómetro Tritrac–R3D, do pedómetro Yamax Digi-Walker e do
questionário de Baecke. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 2001(3), 73–88.
https://doi.org/10.5628/rpcd.01.03.73
Owen, N., Healy, G. N., Matthews, C. E., & Dunstan, D. W. (2010). Too Much Sitting: The Population
Health Science of Sedentary Behavior. Exercise and Sport Sciences Reviews, 38(3), 105–113.
https://doi.org/10.1097/JES.0b013e3181e373a2
Paluch, A. E., Bajpai, S., Bassett, D. R., Carnethon, M. R., Ekelund, U., Evenson, K. R., Galuska, D. A.,
Jefferis, B. J., Kraus, W. E., Lee, I.-M., Matthews, C. E., Omura, J. D., Patel, A. V., Pieper, C. F., Rees-
Punia, E., Dallmeier, D., Klenk, J., Whincup, P. H., Dooley, E. E., … Fulton, J. E. (2022). Daily steps and
all-cause mortality: A meta-analysis of 15 international cohorts. The Lancet Public Health, 7(3), e219–
e228. https://doi.org/10.1016/S2468-2667(21)00302-9
Pate, R., O’Neill, J., & Lobelo, F. (2008). The Evolving Definition of «Sedentary». Exercise and Sport
Sciences Reviews, 36(4), 173–178. https://doi.org/10.1097/JES.0b013e3181877d1a
Pate, R., Pratt, M., Blair, N., Haskell, L., Macera, A., Bouchard, C., Buchner, D., Ettinger, W., Heath, W.,
& King, A. (1995). Physical Activity and Public Health: A Recommendation From the Centers for Disease
Control and Prevention and the American College of Sports Medicine. JAMA, 273(5), 402–407.
114
Patterson, R., McNamara, E., Tainio, M., de Sá, T. H., Smith, A. D., Sharp, S. J., Edwards, P., Woodcock,
J., Brage, S., & Wijndaele, K. (2018). Sedentary behaviour and risk of all-cause, cardiovascular and
cancer mortality, and incident type 2 diabetes: A systematic review and dose response meta-analysis.
European Journal of Epidemiology, 33(9), 811–829. https://doi.org/10.1007/s10654-018-0380-1
Paula, A. (2012). Validação de Modelos de Acelerometria para Estimar a Quantidade de Atividade Física
Habitual em Adultos [Dissertação para a obtenção do Grau de Mestre em Exercício e Saúde, Faculdade
de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa].
https://www.repository.utl.pt/handle/10400.5/5697
Pedersen, B. K., & Saltin, B. (2015). Exercise as medicine—Evidence for prescribing exercise as therapy
in 26 different chronic diseases. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, 25, 1–72.
https://doi.org/10.1111/sms.12581
Peeters, G., van Gellecum, Y., Ryde, G., Farías, N. A., & Brown, W. J. (2013). Is the pain of activity log-
books worth the gain in precision when distinguishing wear and non-wear time for tri-axial
accelerometers? Journal of Science and Medicine in Sport, 16(6), 515–519.
https://doi.org/10.1016/j.jsams.2012.12.002
Pereira, J. G. (2016). Fisiologia do Exercício. Em Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P. (Ed.),
Manual de Curso de Treinadores de Desporto (Instituto Português do Desporto e Juventude, I.P.).
https://ipdj.gov.pt/documents/20123/123444/GrauII_06_Fisiologia.pdf/cef8e055-f067-83bf-4634-
8a5979642640?t=1574941829611
Perneger, T. V., Courvoisier, D. S., Hudelson, P. M., & Gayet-Ageron, A. (2015). Sample size for pre-
tests of questionnaires. Quality of Life Research, 24(1), 147–151. https://doi.org/10.1007/s11136-014-
0752-2
Physical Activity Guidelines Advisory Committee. (2008). Physical Activity Guidelines Advisory
Committee Report, 2008. Department of Health and Human Services,.
Physical Activity Guidelines Advisory Committee. (2018). 2018 Physical Activity Guidelines Advisory
Committee Scientific Report. U.S. Department of Health and Human Services, 779.
Piercy, K. L., Troiano, R. P., Ballard, R. M., Carlson, S. A., Fulton, J. E., Galuska, D. A., George, S. M., &
Olson, R. D. (2018). The Physical Activity Guidelines for Americans. JAMA, 320(19), 2020.
https://doi.org/10.1001/jama.2018.14854
Plasqui, G., & Westerterp, K. R. (2007). Physical Activity Assessment With Accelerometers: An
Evaluation Against Doubly Labeled Water**. Obesity, 15(10), 2371–2379.
115
https://doi.org/10.1038/oby.2007.281
Polit, D. F., & Beck, C. T. (2011). Fundamentos de pesquisa em enfermagem: Métodos, avaliação e
utilização (7th ed.). Artmed.
Portney, L. G., & Watkins, M. P. (2000). Foundations of clinical research: Applications to practice.
Prentice Hall.
Powers, S., & Howley, E. (2009). Exercise Physiology: Theory and application to fitness and performance
(6th ed.). McGraw Hill.
Prince, S. A., Adamo, K. B., Hamel, M., Hardt, J., Connor Gorber, S., & Tremblay, M. (2008). A
comparison of direct versus self-report measures for assessing physical activity in adults: A systematic
review. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, 5(1), 56.
https://doi.org/10.1186/1479-5868-5-56
Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física. (2020). Programa Nacional para a Promoção
da Atividade Física. Direção-Geral da Saúde. https://www.dgs.pt/programa-nacional-para-a-
promocao-da-atvidade-fisica/ficheiros-externos-pnpaf/relat_pnpaf2020-pdf.aspx
Pulsford, R. M., Blackwell, J., Hillsdon, M., & Kos, K. (2017). Intermittent walking, but not standing,
improves postprandial insulin and glucose relative to sustained sitting: A randomised cross-over study
in inactive middle-aged men. Journal of Science and Medicine in Sport, 20(3), 278–283.
https://doi.org/10.1016/j.jsams.2016.08.012
Reilly, J. J., Penpraze, V., Hislop, J., Davies, G., Grant, S., & Paton, J. Y. (2008). Objective measurement
of physical activity and sedentary behaviour: Review with new data. Archives of Disease in Childhood,
93(7), 614–619. https://doi.org/10.1136/adc.2007.133272
Rennie, K., Rowsell, T., Jebb, S., Holburn, D., & Wareham, N. (2000). A combined heart rate and
movement sensor: Proof of concept and preliminary testing study. European Journal of Clinical
Nutrition, 54(5), 409–414. https://doi.org/10.1038/sj.ejcn.1600973
Riddoch, C. J., Mattocks, C., Deere, K., Saunders, J., Kirkby, J., Tilling, K., Leary, S. D., Blair, S. N., & Ness,
A. R. (2007). Objective measurement of levels and patterns of physical activity. Archives of Disease in
Childhood, 92(11), 963–969. https://doi.org/10.1136/adc.2006.112136
Ridgers, N. D., & Fairclough, S. (2011). Assessing free-living physical activity using accelerometry:
116
Practical issues for researchers and practitioners. European Journal of Sport Science, 11(3), 205–213.
https://doi.org/10.1080/17461391.2010.501116
Riley, L., Guthold, R., Cowan, M., Savin, S., Bhatti, L., Armstrong, T., & Bonita, R. (2016). The World
Health Organization STEPwise Approach to Noncommunicable Disease Risk-Factor Surveillance:
Methods, Challenges, and Opportunities. American Journal of Public Health, 106(1), 74–78.
https://doi.org/10.2105/AJPH.2015.302962
Rivière, F., Widad, F. Z., Speyer, E., Erpelding, M.-L., Escalon, H., & Vuillemin, A. (2018). Reliability and
validity of the French version of the global physical activity questionnaire. Journal of Sport and Health
Science, 7(3), 339–345. https://doi.org/10.1016/j.jshs.2016.08.004
Roach, K. E. (2006). Measurement of Health Outcomes: Reliability, Validity and Responsiveness: JPO
Journal of Prosthetics and Orthotics, 18(Proceedings), P8–P12. https://doi.org/10.1097/00008526-
200601001-00003
Rütten, A., Ziemainz, H., Schena, F., Stahl, T., Stiggelbout, M., Auweele, Y. V., Vuillemin, A., &
Welshman, J. (2003). Using different physical activity measurements in eight European countries.
Results of the European Physical Activity Surveillance System (EUPASS) time series survey. Public
Health Nutrition, 6(4), 371–376. https://doi.org/10.1079/PHN2002450
Sallis, J. F. (2010). Measuring Physical Activity: Practical Approaches for Program Evaluation in Native
American Communities. Journal of Public Health Management and Practice, 16(5), 404–410.
https://doi.org/10.1097/PHH.0b013e3181d52804
Sallis, J. F., & Saelens, B. E. (2000). Assessment of Physical Activity by Self-Report: Status, Limitations,
and Future Directions. Research Quarterly for Exercise and Sport, 71(sup2), 1–14.
https://doi.org/10.1080/02701367.2000.11082780
Santos, A. C., Willumsen, J., Meheus, F., Ilbawi, A., & Bull, F. C. (2023). The cost of inaction on physical
inactivity to public health-care systems: A population-attributable fraction analysis. The Lancet Global
Health, 11(1), e32–e39. https://doi.org/10.1016/S2214-109X(22)00464-8
Santos-Lozano, A., Marín, P. J., Torres-Luque, G., Ruiz, J. R., Lucía, A., & Garatachea, N. (2012). Technical
variability of the GT3X accelerometer. Medical Engineering & Physics, 34(6), 787–790.
https://doi.org/10.1016/j.medengphy.2012.02.005
117
Sasaki, J. E., John, D., & Freedson, P. S. (2011). Validation and comparison of ActiGraph activity
monitors. Journal of Science and Medicine in Sport, 14(5), 411–416.
https://doi.org/10.1016/j.jsams.2011.04.003
Sawan, S. A., Nunes, E. A., Lim, C., McKendry, J., & Phillips, S. M. (2023). The Health Benefits of
Resistance Exercise: Beyond Hypertrophy and Big Weights. Exercise, Sport, and Movement, 1(1), 1–5.
https://doi.org/10.1249/ESM.0000000000000001
Scherr, J., Wolfarth, B., Christle, J. W., Pressler, A., Wagenpfeil, S., & Halle, M. (2013). Associations
between Borg’s rating of perceived exertion and physiological measures of exercise intensity.
European Journal of Applied Physiology, 113(1), 147–155. https://doi.org/10.1007/s00421-012-2421-
x
Schneider, P. L., Crouter, S. E., & Bassett, D. R. (2004). Pedometer Measures of Free-Living Physical
Activity: Comparison of 13 Models: Medicine & Science in Sports & Exercise, 36(2), 331–335.
https://doi.org/10.1249/01.MSS.0000113486.60548.E9
Schnohr, P. (2003). Changes in Leisure-time Physical Activity and Risk of Death: An Observational Study
of 7,000 Men and Women. American Journal of Epidemiology, 158(7), 639–644.
https://doi.org/10.1093/aje/kwg207
Sember, V., Meh, K., Sorić, M., Starc, G., Rocha, P., & Jurak, G. (2020). Validity and Reliability of
International Physical Activity Questionnaires for Adults across EU Countries: Systematic Review and
Meta Analysis. International Journal of Environmental Research and Public Health, 17(19), 7161.
https://doi.org/10.3390/ijerph17197161
Shaopeng Liu, Gao, R. X., John, D., Staudenmayer, J. W., & Freedson, P. S. (2012). Multisensor Data
Fusion for Physical Activity Assessment. IEEE Transactions on Biomedical Engineering, 59(3), 687–696.
https://doi.org/10.1109/TBME.2011.2178070
Shephard, R. J. (2011). Physical activity of Canadian adults: Accelerometer results from the 2007 to
2009 Canadian Health Measures Survey. Yearbook of Sports Medicine, 2011, 111–113.
https://doi.org/10.1016/j.yspm.2011.03.006
118
Siegel, S., & Castellan, N. J. (1988). Nonparametric Statistics for the Behavioral Sciences (2a). McGraw
Hill.
Silva, A. G., Queirós, A., Alvarelhão, J., & Rocha, N. P. (2014). Validity and reliability of the Portuguese
version of the Rapid Assessment of Physical Activity questionnaire. International Journal of Therapy
and Rehabilitation, 21(10), 469–474. https://doi.org/10.12968/ijtr.2014.21.10.469
Sim, I. (2019). Mobile Devices and Health. New England Journal of Medicine, 381(10), 956–968.
https://doi.org/10.1056/NEJMra1806949
Simonson, D. C., & DeFronzo, R. A. (1990). Indirect calorimetry: Methodological and interpretative
problems. American Journal of Physiology-Endocrinology and Metabolism, 258(3), E399–E412.
https://doi.org/10.1152/ajpendo.1990.258.3.E399
Sims, E. A., & Danforth, E. (1987). Expenditure and storage of energy in man. Journal of Clinical
Investigation, 79(4), 1019–1025. https://doi.org/10.1172/JCI112913
Sirard, J. R., & Pate, R. R. (2001). Physical Activity Assessment in Children and Adolescents. Sports Med,
16. https://doi.org/10.2165/00007256-200131060-00004
Skender, S., Ose, J., Chang-Claude, J., Paskow, M., Brühmann, B., Siegel, E. M., Steindorf, K., & Ulrich,
C. M. (2016). Accelerometry and physical activity questionnaires—A systematic review. BMC Public
Health, 16(1), 515. https://doi.org/10.1186/s12889-016-3172-0
Soo, K., Wan Abdul Manan, W., & Wan Suriati, W. (2015). The Bahasa Melayu Version of the Global
Physical Activity Questionnaire: Reliability and Validity Study in Malaysia. Asia Pacific Journal of Public
Health, 27(2), NP184–NP193. https://doi.org/10.1177/1010539511433462
Sousa, V. D., & Rojjanasrirat, W. (2011). Translation, adaptation and validation of instruments or scales
for use in cross-cultural health care research: A clear and user-friendly guideline: Validation of
instruments or scales. Journal of Evaluation in Clinical Practice, 17(2), 268–274.
https://doi.org/10.1111/j.1365-2753.2010.01434.x
Speakman, J. R. (1998). The history and theory of the doubly labeled water technique. The American
Journal of Clinical Nutrition, 68(4), 932S-938S. https://doi.org/10.1093/ajcn/68.4.932S
Speakman, J. R., Pontzer, H., Rood, J., Sagayama, H., Schoeller, D. A., Westerterp, K. R., Wong, W. W.,
Yamada, Y., Loechl, C., & Murphy-Alford, A. J. (2019). The International Atomic Energy Agency
International Doubly Labelled Water Database: Aims, Scope and Procedures. Annals of Nutrition and
Metabolism, 75(2), 114–118. https://doi.org/10.1159/000503668
119
Spittaels, H., Van Cauwenberghe, E., Verbestel, V., De Meester, F., Van Dyck, D., Verloigne, M.,
Haerens, L., Deforche, B., Cardon, G., & De Bourdeaudhuij, I. (2012). Objectively measured sedentary
time and physical activity time across the lifespan: A cross-sectional study in four age groups.
International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, 9(1), 149.
https://doi.org/10.1186/1479-5868-9-149
Spurr, G. B., Murgatroyd, P. R., Reina, J. C., & Goldberg, G. R. (1988). Energy expenditure from minute-
by-minute heart-rate recording: Comparison with indirect calorimetry. Am J C/in Nuir 1, 48, 552–559.
https://doi.org/doi:10.1093/ajcn/48.3.552
Stamatakis, E., Ekelund, U., Ding, D., Hamer, M., Bauman, A. E., & Lee, I.-M. (2019). Is the time right for
quantitative public health guidelines on sitting? A narrative review of sedentary behaviour research
paradigms and findings. British Journal of Sports Medicine, 53(6), 377–382.
https://doi.org/10.1136/bjsports-2018-099131
Stamatakis, E., Gale, J., Bauman, A., Ekelund, U., Hamer, M., & Ding, D. (2019). Sitting Time, Physical
Activity, and Risk of Mortality in Adults. Journal of the American College of Cardiology, 73(16), 2062–
2072. https://doi.org/10.1016/j.jacc.2019.02.031
Sternfeld, B., Jiang, S.-F., Picchi, T., Chasan-Taber, L., Ainsworth, B., & Quesenberry, C. P. (2012).
Evaluation of a Cell Phone–Based Physical Activity Diary. Medicine & Science in Sports & Exercise, 44(3),
487–495. https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3182325f45
Strath, S. J., Kaminsky, L. A., Ainsworth, B. E., Ekelund, U., Freedson, P. S., Gary, R. A., Richardson, C. R.,
Smith, D. T., & Swartz, A. M. (2013). Guide to the Assessment of Physical Activity: Clinical and Research
Applications: A Scientific Statement From the American Heart Association. Circulation, 128(20), 2259–
2279. https://doi.org/10.1161/01.cir.0000435708.67487.da
Strath, S. J., Swartz, A. M., Bassett, D. R., O’Brien, W. L., King, G. A., & Ainsworth, B. E. (2000). Evaluation
of heart rate as a method for assessing moderate intensity physical activity. Medicine & Science in
Sports & Exercise, 32(Supplement), S465–S470. https://doi.org/10.1097/00005768-200009001-00005
Swain, D., & Leutholtz, B. (1997). Heart rate reserve is equivalent to %VO2 reserve, not to %VO2max.
Medicine and science in sports and exercise, 29(3), 410–414. https://doi.org/10.1097/00005768-
199703000-00018
Swartz, A. M., Strath, S. J., Bassett, D. R., O’Brien, W. L., King, G. A., & Ainsworth, B. E. (2000). Estimation
of energy expenditure using CSA accelerometers at hip and wrist sites: Medicine & Science in Sports &
Exercise, 32(Supplement), S450–S456. https://doi.org/10.1097/00005768-200009001-00003
120
Tamura, T., Maeda, Y., Sekine, M., & Yoshida, M. (2014). Wearable Photoplethysmographic Sensors—
Past and Present. Electronics, 3(2), 282–302. https://doi.org/10.3390/electronics3020282
Taylor, H. L., Jacobs, D. R., Schucker, B., Knudsen, J., Leon, A. S., & Debacker, G. (1978). A questionnaire
for the assessment of leisure time physical activities. Journal of Chronic Diseases, 31(12), 741–755.
https://doi.org/10.1016/0021-9681(78)90058-9
Taylor-Piliae, R., Norton, L. C., Haskell, W. L., Mahbouda, M. H., Fair, J. M., Iribarren, C., Hlatky, M. A.,
Go, A. S., & Fortmann, S. P. (2006). Validation of a New Brief Physical Activity Survey among Men and
Women Aged 60–69 Years. American Journal of Epidemiology, 164(6), 598–606.
https://doi.org/10.1093/aje/kwj248
Teng, X. F., & Zhang, Y. T. (2004). The effect of contacting force on photoplethysmographic signals.
Physiological Measurement, 25(5), 1323–1335. https://doi.org/10.1088/0967-3334/25/5/020
Terwee, C. B., Bot, S. D. M., de Boer, M. R., van der Windt, D. A. W. M., Knol, D. L., Dekker, J., Bouter,
L. M., & de Vet, H. C. W. (2007). Quality criteria were proposed for measurement properties of health
status questionnaires. Journal of Clinical Epidemiology, 60(1), 34–42.
https://doi.org/10.1016/j.jclinepi.2006.03.012
Thompson, D., Batterham, A. M., Bock, S., Robson, C., & Stokes, K. (2006). Assessment of Low-to-
Moderate Intensity Physical Activity Thermogenesis in Young Adults Using Synchronized Heart Rate
and Accelerometry with Branched-Equation Modeling. The Journal of Nutrition, 136(4), 1037–1042.
https://doi.org/10.1093/jn/136.4.1037
Thuy, A. B., Blizzard, L., Schmidt, M., Luc, P. H., Magnussen, C., & Dwyer, T. (2010). Reliability and
Validity of the Global Physical Activity Questionnaire in Vietnam. Journal of Physical Activity and
Health, 7(3), 410–418. https://doi.org/10.1123/jpah.7.3.410
Tremblay, M. S., Aubert, S., Barnes, J. D., Saunders, T. J., Carson, V., Latimer-Cheung, A. E., Chastin, S.
F. M., Altenburg, T. M., & Chinapaw, M. J. M. (2017). Sedentary Behavior Research Network (SBRN) –
Terminology Consensus Project process and outcome. International Journal of Behavioral Nutrition
and Physical Activity, 14(1), 75. https://doi.org/10.1186/s12966-017-0525-8
Trinh, O. T. H., Nguyen, N. D., van der Ploeg, H., Dibley, M., & Bauman, A. (2009). Test-Retest
Repeatability and Relative Validity of the Global Physical Activity Questionnaire in a Developing
Country Context. Journal of Physical Activity and Health, 6(1), 8. https://doi.org/10.1123/jpah.6.s1.s46
Troiano, R. P., Berrigan, D., Dodd, K. W., Mâsse, L. C., Tilert, T., & Mcdowell, M. (2008). Physical Activity
in the United States Measured by Accelerometer. Medicine & Science in Sports & Exercise, 40(1), 181–
121
188. https://doi.org/10.1249/mss.0b013e31815a51b3
Troiano, R. P., McClain, J. J., Brychta, R. J., & Chen, K. Y. (2014). Evolution of accelerometer methods
for physical activity research. British Journal of Sports Medicine, 48(13), 1019–1023.
https://doi.org/10.1136/bjsports-2014-093546
Troiano, R. P., Stamatakis, E., & Bull, F. C. (2020). How can global physical activity surveillance adapt to
evolving physical activity guidelines? Needs, challenges and future directions. British Journal of Sports
Medicine, 54(24), 1468–1473. https://doi.org/10.1136/bjsports-2020-102621
Trost, S. G., Mciver, K. L., & Pate, R. R. (2005). Conducting Accelerometer-Based Activity Assessments
in Field-Based Research. Medicine & Science in Sports & Exercise, 37(11), S531–S543.
https://doi.org/10.1249/01.mss.0000185657.86065.98
Tucker, W. J., Fegers-Wustrow, I., Halle, M., Haykowsky, M. J., Chung, E. H., & Kovacic, J. C. (2022).
Exercise for Primary and Secondary Prevention of Cardiovascular Disease. Journal of the American
College of Cardiology, 80(11), 1091–1106. https://doi.org/10.1016/j.jacc.2022.07.004
Tudor-Locke, C., & Bassett, D. R. (2004). How Many Steps/Day Are Enough?: Preliminary Pedometer
Indices for Public Health. Sports Medicine, 34(1), 1–8. https://doi.org/10.2165/00007256-200434010-
00001
Tudor-Locke, C., Hatano, Y., Pangrazi, R. P., & Kang, M. (2008). Revisiting «How Many Steps Are
Enough?» Medicine & Science in Sports & Exercise, 40(7), S537–S543.
https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e31817c7133
US Department of Health and Human Services. (1996). Physical activity and health. A report of the
Surgeon General [Data set]. US Department of Health and Human Services, Public Health Service, CDC,
National Center for Chronic Disease Prevention and Health Promotion.
https://doi.org/10.1037/e305342003-001
US Department of Health and Human Services. (2008). 2008 Physical Activity Guidelines for Americans.
https://health.gov/our-work/nutrition-physical-activity/physical-activity-guidelines/previous-
guidelines/2008-physical-activity-guidelines
US Department of Health and Human Services. (2015). Step it Up! The Surgeon General’s Call to Action
to Promote Walking and Walkable Communities (p. 72). U.S. Dept of Health and Human Services, Office
of the Surgeon General. https://www.cdc.gov/physicalactivity/walking/call-to-action/index.htm
Van Auken, R. M., & Kebschull, S. A. (2021). Type I error convergence of three hypothesis tests for small
122
RxC contingency tables. RMS: Research in Mathematics & Statistics, 8(1), 1934959.
https://doi.org/10.1080/27658449.2021.1934959
Van Domelen, D. R., Koster, A., & Harris, T. B. (2011). Accelerometer nonwear algorithms: Optimizing
parameters for both wear states. Medicine & Science in Sports & Exercise, 43(5), 932.
https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e318212b002
van Poppel, M. N. M., Chinapaw, M. J. M., Mokkink, L. B., van Mechelen, W., & Terwee, C. B. (2010).
Physical Activity Questionnaires for Adults: A Systematic Review of Measurement Properties. Sports
Medicine, 40(7), 565–600. https://doi.org/10.2165/11531930-000000000-00000
Vanhees, L., Lefevre, J., Philippaerts, R., Martens, M., Huygens, W., Troosters, T., & Beunen, G. (2005).
How to assess physical activity? How to assess physical fitness? European Journal of Cardiovascular
Prevention & Rehabilitation, 12(2), 102–114. https://doi.org/10.1097/01.hjr.0000161551.73095.9c
Vilelas, J. (2020). Investigação—O Processo de Construção do Conhecimento (3a). Edições Sílabo, Lda.
Wanner, M., Hartmann, C., Pestoni, G., Martin, B. W., Siegrist, M., & Martin-Diener, E. (2017).
Validation of the Global Physical Activity Questionnaire for self-administration in a European context.
BMJ Open Sport & Exercise Medicine, 3(1), e000206. https://doi.org/10.1136/bmjsem-2016-000206
Warburton, D. E., Charlesworth, S., Ivey, A., Nettlefold, L., & Bredin, S. S. (2010). A systematic review
of the evidence for Canada’s Physical Activity Guidelines for Adults. International Journal of Behavioral
Nutrition and Physical Activity, 7(1), 39. https://doi.org/10.1186/1479-5868-7-39
Ward, D. S., Evenson, K. R., Vaughn, A., Rodgers, A. B., & Troiano, R. P. (2005). Accelerometer Use in
Physical Activity: Best Practices and Research Recommendations. Medicine & Science in Sports &
Exercise, 37(11), S582–S588. https://doi.org/10.1249/01.mss.0000185292.71933.91
Wareham, N. J., Hennings, S. J., Prentice, A. M., & Day, N. E. (1997). Feasibility of heart-rate monitoring
to estimate total level and pattern of energy expenditure in a population-based epidemiological study:
The Ely young cohort feasibility study 1994–5. British Journal of Nutrition, 78(6), 889–900.
https://doi.org/10.1079/BJN19970207
Wareham, N. J., & Rennie, K. L. (1998). The assessment of physical activity in individuals and
populations: Why try to be more precise about how physical activity is assessed? Int J Obes Relat Metab
Disord, 22.
Warnecke, R. B., Johnson, T. P., Chávez, N., Sudman, S., O’Rourke, D. P., Lacey, L., & Horm, J. (1997).
Improving question wording in surveys of culturally diverse populations. Annals of Epidemiology, 7(5),
123
334–342. https://doi.org/10.1016/S1047-2797(97)00030-6
Warner, R. M. (2013). Applied Statistics: From Bivariate through Multivariate Techniques (2nd ed.).
SAGE Publications, Inc.
Warren, J. M., Ekelund, U., Besson, H., Mezzani, A., Geladas, N., & Vanhees, L. (2010). Assessment of
physical activity – a review of methodologies with reference to epidemiological research: A report of
the exercise physiology section of the European Association of Cardiovascular Prevention and
Rehabilitation. European Journal of Cardiovascular Prevention & Rehabilitation, 17(2), 127–139.
https://doi.org/10.1097/HJR.0b013e32832ed875
Washburn, R. A., & Montoye, H. J. (1986). The assessment of physical activity by questionnaire.
American Journal of Epidemiology, 123(4), 563–576.
https://doi.org/10.1093/oxfordjournals.aje.a114277
Watson, K. B., Carlson, S. A., Carroll, D. D., & Fulton, J. E. (2014). Comparison of accelerometer cut
points to estimate physical activity in US adults. Journal of Sports Sciences, 32(7), 660–669.
https://doi.org/10.1080/02640414.2013.847278
Welk, G. J. (2002). Physical activity assessments for health-related research. Human Kinetics.
Welk, G. J. (2005). Principles of Design and Analyses for the Calibration of Accelerometry-Based Activity
Monitors. Medicine & Science in Sports & Exercise, 37(11), S501–S511.
https://doi.org/10.1249/01.mss.0000185660.38335.de
Welk, G. J., Corbin, C. B., & Dale, D. (2000). Measurement Issues in the Assessment of Physical Activity
in Children. Research Quarterly for Exercise and Sport, 71(sup2), 59–73.
https://doi.org/10.1080/02701367.2000.11082788
Welk, G. J., Mcclain, J., & Ainsworth, B. E. (2012). Protocols for Evaluating Equivalency of
Accelerometry-Based Activity Monitors. Medicine & Science in Sports & Exercise, 44(1S), S39–S49.
https://doi.org/10.1249/MSS.0b013e3182399d8f
Welk, G. J., Schaben, J. A., & Morrow, J. R. (2004). Reliability of Accelerometry-Based Activity Monitors:
A Generalizability Study. Medicine & Science in Sports & Exercise, 36(9), 1637–1645.
https://doi.org/10.1249/01.MSS.0000074670.03001.98
Westerterp, K. R. (1999). Body composition, water turnover and energy turnover assessment with
labelled water. Proceedings of the Nutrition Society, 58(4), 945–951.
https://doi.org/10.1017/S0029665199001251
124
Westerterp, K. R. (2009). Assessment of physical activity: A Critical Appraisal. European Journal of
Applied Physiology, 105(6), 823–828. https://doi.org/10.1007/s00421-009-1000-2
Whiting, S., Mendes, R., Abu-Omar, K., Gelius, P., Crispo, A., McColl, K., Simmonds, P., Fedkina, N.,
Andreasyan, D., Gahraman, H., Migal, T., Sturua, L., Obreja, G., Abdurakhmanova, Z., Saparkulovna, I.
N., Erguder, T., Ekinci, B., Keskinkilic, B., Shukurov, S., … Breda, J. (2021). Physical inactivity in nine
European and Central Asian countries: An analysis of national population-based survey results.
European Journal of Public Health, 31(4), 846–853. https://doi.org/10.1093/eurpub/ckab028
Wijndaele, K., Westgate, K., Stephens, S. K., Blair, S. N., Bull, F. C., Chastin, S. F. M., Dunstan, D. W.,
Ekelund, U., Esliger, D. W., Freedson, P. S., Granat, M. H., Matthews, C. E., Owen, N., Rowlands, A. V.,
Sherar, L. B., Tremblay, M. S., Troiano, R. P., Brage, S., & Healy, G. N. (2015). Utilization and
Harmonization of Adult Accelerometry Data: Review and Expert Consensus. Medicine & Science in
Sports & Exercise, 47(10), 2129–2139. https://doi.org/10.1249/MSS.0000000000000661
World Health Organization. (2000). Obesity preventing and managing the global epidemic: Report of
a WHO consultation. World Health Organization. https://apps.who.int/iris/handle/10665/42330
World Health Organization. (2005). WHO STEPS surveillance manual: The WHO stepwise approach to
chronic disease risk factor surveillance. World Health Organization.
https://apps.who.int/iris/handle/10665/43376
World Health Organization. (2009). Global health risks: Mortality and burden of disease attributable to
selected major risks. World Health Organization. https://apps.who.int/iris/handle/10665/44203
World Health Organization. (2010). Global recommendations on physical activity for health.
Recommandations Mondiales Sur l’activité Physique Pour La Santé, 58.
World Health Organization. (2011). Review of physical activity surveillance data sources in European
Union Member States. WHO Regional Office for Europe.
https://apps.who.int/iris/handle/10665/108041
World Health Organization. (2018). Global action plan on physical activity 2018–2030: More active
people for a healthier world. World Health Organization.
https://apps.who.int/iris/handle/10665/272722
World Health Organization. (2020a). Leading causes of death and disability. World Health Organization.
https://www.who.int/data/stories/leading-causes-of-death-and-disability-2000-2019-a-visual-
summary
125
World Health Organization. (2020b). Who Guidelines on Physical Activity and Sedentary Behaviour.
World Health Organization. https://www.who.int/publications/i/item/9789240015128
World Health Organization. (2020c). WHO STEPS Surveillance Manual: The WHO STEPwise approach to
chronic disease risk factor surveillance. World Health Organization.
https://www.who.int/teams/noncommunicable-diseases/surveillance/systems-tools/steps/manuals
World Health Organization. (2022a). Global status report on physical activity 2022. World Health
Organization. https://apps.who.int/iris/handle/10665/363607
World Health Organization. (s.d.). Global Physical Activity Questionnaire (GPAQ)—Analysis Guide.
World Health Organization. https://cdn.who.int/media/docs/default-source/ncds/ncd-
surveillance/gpaq-analysis-guide.pdf?sfvrsn=1e83d571_2
World Health Organization & United Nations Economic Commission for Europe. (2022). Vienna
Declaration: Building forward better by transforming to new, clean, safe, healthy and inclusive mobility
and transport. World Health Organization. Regional Office for Europe.
https://apps.who.int/iris/handle/10665/353806
Yngve, A., Nilsson, A., Sjostrom, M., & Ekelund, U. (2003). Effect of Monitor Placement and of Activity
Setting on the MTI Accelerometer Output: Medicine & Science in Sports & Exercise, 35(2), 320–326.
https://doi.org/10.1249/01.MSS.0000048829.75758.A0
Zhang, K., Werner, P., Sun, M., Pi-Sunyer, F. X., & Boozer, C. N. (2003). Measurement of Human Daily
Physical Activity. Obesity Research, 11(1), 33–40. https://doi.org/10.1038/oby.2003.7
126
ANEXOS E APÊNDICES
Anexo I – Autorização da Organização Mundial de Saúde
AUTORIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE
Anexo II – Aprovação da Comissão de Ética do Centro Académico de Medicina
de Lisboa
AUTORIZAÇÃO DA COMISSÃO DE ÉTICA DO CENTRO ACADÉMICO DE
MEDICINA DE LISBOA
Anexo III. Questionário Internacional de Atividade Física, versão portuguesa,
forma longa (IPAQ-LF), por autoadministração
QUESTIONÁRIO INTERNACIONAL DE ACTIVIDADE FÍSICA, VERSÃO
PORTUGUESA, FORMA LONGA (IPAQ-LF), POR AUTOADMINISTRAÇÃO
Atividade física vigorosa refere-se a atividades que requerem muito esforço e tornam a respiração
muito mais intensa que o normal.
Atividade moderada refere-se a atividades que requerem esforço físico moderado e torna a respiração
um pouco mais intensa do que o normal.
A primeira secção refere-se ao seu trabalho. Inclui trabalhos remunerados, trabalho agrícola, trabalho
voluntário e outros trabalhos não remunerados que faça fora de casa. Não inclua trabalhos não
remunerados que possa fazer em sua casa, como limpezas da casa, cuidar do jardim, manutenção geral
ou cuidar da família. Sobre estas tarefas irá encontrar outras questões na secção 3.
1a. Tem, presentemente, um emprego ou algum trabalho não remunerado fora de casa?
__ Sim.
As seguintes questões referem-se a toda a actividade física que faz durante uma semana como parte
do seu trabalho remunerado ou não remunerado. Não inclui viagem de ida e volta para o emprego.
Pense apenas nas actividades físicas que faz no mínimo 10 minutos seguidos.
1b. Habitualmente, por semana, quantos dias faz actividade física vigorosa, como levantar e/ou
transportar objectos pesados, cavar ou subir escadas, como parte do seu emprego?
1c. Habitualmente quanto tempo despende num desses dias a fazer atividade física vigorosa no seu
emprego?
1e. Quanto tempo despende num desses dias a fazer actividade física moderada no seu emprego?
1f. Habitualmente, por semana, quantos dias caminha pelo menos 10 minutos seguidos no seu
emprego? Por favor não considere as viagens de ida e volta para o emprego.
1g. Normalmente quanto tempo despende num desses dias a caminhar no seu emprego?
1h. Quando caminha no seu emprego, qual o passo normalmente utilizado? Caminha com:
__Passo vigoroso
__Passo moderado ou
__Passo lento.
Estas questões referem-se ao modo como usualmente se desloca de um lugar para outro, incluindo
emprego, lojas, cinema, etc.
2a. Normalmente, por semana, quantos dias viaja num veículo a motor como o comboio, o autocarro,
o carro ou eléctrico?
Agora considere apenas as deslocações de bicicleta ou a pé que poderia fazer para se deslocar para o
trabalho e para casa, para fazer compras, ou para se deslocar de um lugar para outro.
2c. Normalmente, por semana, quantos dias anda, pelo menos 10 minutos, de bicicleta para se
deslocar de um lugar para outro?
2d. Quanto tempo despende por dia a deslocar-se de bicicleta de um lugar para o outro?
__Velocidade rápida.
__Velocidade moderada ou
__Velocidade lenta.
2f. Normalmente, por semana, quantos dias caminha, durante pelo menos 10 minutos, para se
deslocar de um lugar para outro?
___ Nenhum (passe para Secção 3: Trabalho Doméstico, Manutenção Geral e Cuidar da Família).
2g. Quanto tempo despende por dia a caminhar de um lugar para outro?
2h. Quando se desloca a pé de um lugar para outro qual o passo normalmente utilizado?
__Passo vigoroso
__Passo moderado ou
__Passo lento.
Esta secção refere-se a algumas das actividades físicas que pode fazer numa semana em casa, por
exemplo, as limpezas, jardinagem, trabalhos gerais de manutenção ou cuidar da família. Mais uma vez,
considere apenas as actividades físicas que faça pelo menos durante 10 minutos seguidos.
3a. Normalmente, por semana, quantos dias faz atividade física vigorosa, como levantar e/ou
transportar objetos pesados, cortar madeira, limpar neve ou cavar no jardim/quintal.
3b. Quanto tempo despende por dia a fazer actividade física vigorosa no jardim/quintal?
3c. Normalmente, por semana, quantos dias faz atividade física moderada, como levantar e/ou
transportar objetos leves, limpar/lavar janelas, varrer ou podar o jardim/quintal?
3d. Normalmente, quanto tempo despende por dia a fazer atividade física moderada no seu
jardim/quintal?
3e. Normalmente, por semana, quantos dias faz atividade física moderada como levantar e/ou
objectos leves, limpar/lavar janelas, esfregar/limpar o chão e varrer dentro de sua casa?
___ Nenhum (passe para a secção 4: Actividades Físicas de Recreação, Desporto e Tempos Livres).
3f. Quanto tempo despende por dia a fazer actividade física moderada dentro de sua casa?
Esta seção refere-se a toda a atividade física e desportiva que efetua no seu tempo livre para recreação
numa semana. Mais uma vez, considere apenas a atividade que faz durante pelo menos 10 minutos
seguidos. Por favor NÃO inclua qualquer atividade que já tenha mencionado.
4a. Não considerando qualquer tipo de caminhada que já tenha referido, normalmente, por semana,
quantos dias anda durante pelo menos 10 minutos seguidos no seu tempo livre/lazer?
4b. Quanto tempo despende normalmente por dia a andar no seu tempo livre/ lazer?
4c. Quando anda nos seus tempos livres, a que intensidade normalmente o faz?
__Passo vigoroso
__Passo moderado ou
__Passo lento.
4d. Normalmente, por semana, quantos dias nos seus tempos livres faz actividade física vigorosa como
ginástica aeróbica, corrida, bicicleta, natação?
4e. Normalmente, nos seus tempos livres, quanto tempo despende a fazer actividade física vigorosa?
___horas___minutos.
4f. Normalmente, por semana, quantos dias nos seus tempos livres faz actividade física moderada
como andar de bicicleta a uma velocidade moderada, nadar e jogar ténis?
4g. Quanto tempo costuma despender por dia a fazer atividade física moderada nos seus tempos
livres/lazer?
____ horas ___ minutos.
As últimas questões referem-se ao tempo em que está sentado por dia enquanto trabalha, está em
casa, faz o percurso para o emprego e durante os tempos livres. Também pode ser incluído o tempo
sentado numa secretária, a visitar amigos, a ler ou a ver televisão. Não inclua o tempo sentado num
veículo a motor que já tenha mencionado.
5a. Quanto tempo costuma estar sentado num dia de semana? ____ horas ___ minutos.
5b. Quanto tempo costuma estar sentado num dia de fim de semana? ____ horas ___ minutos.”
GPAQ
Atividade física
Este questionário incidirá sobre o tempo que dedica a fazer diferentes tipos de atividade física, durante uma semana normal. Por
favor, responda às perguntas mesmo que não se considere uma pessoa fisicamente ativa. Comece por pensar no tempo em que
está a trabalhar, pense no trabalho em termos daquilo que tem de fazer, como trabalho remunerado ou não remunerado,
estudos/formação, tarefas domésticas, trabalho agrícola, pesca ou caça para consumo próprio, procura de emprego. [Insira outros
exemplos, se necessário]. Ao responder às questões abaixo indicadas, tenha em conta que a “atividade física de intensidade
vigorosa” engloba atividades que exigem um elevado esforço físico que causam uma respiração intensa ou subida da frequência
cardíaca; e “atividade física de intensidade moderada”, atividades que requerem um esforço físico moderado e causam pequenas
alterações na respiração ou na frequência cardíaca.
Questões Resposta Código
Atividades no trabalho
O seu trabalho envolve atividade física de
intensidade vigorosa, que cause
significativos aumentos da respiração ou
frequência cardíaca, como transporte de 1 Sim
1 cargas pesadas, cavar e outros trabalhos de 2 Não P1
construção, pelo menos, durante 10 minutos
consecutivos? Se não, passe para a P4
[INSERIR EXEMPLOS] (USAR CARTÃO DE
EXEMPLO)
Numa semana normal, quantos dias pratica
2 uma atividade de intensidade vigorosa, como Número de dias └─┘ P2
parte do seu trabalho?
Num dia normal de trabalho, quanto tempo
dedica à prática de atividade física de
Horas: minutos └─┴─┘: └─┴─┘ P3
3
intensidade vigorosa? (a-b)
hr. min.
O seu trabalho envolve atividade física de
intensidade moderada, que cause um
aumento moderado da respiração ou
frequência cardíaca, como uma caminhada 1 Sim
4 ritmada ou transporte de cargas leves, 2 Não P4
durante, pelo menos, 10 minutos
consecutivos? Se não, passe para a P7
[INSERIR EXEMPLOS] (USAR CARTÃO DE
EXEMPLO)
Numa semana normal, quantos dias pratica
5 atividade física de intensidade moderada, Número de dias └─┘ P5
como parte do seu trabalho?
Num dia normal de trabalho, quanto tempo P6
6 dedica à prática de atividade física de Horas: minutos └─┴─┘: └─┴─┘
intensidade moderada? hr. min. (a-b)
Viagem (deslocação) entre locais
As perguntas seguintes excluem as atividades físicas no trabalho, as quais já foram abordadas. Agora será questionado(a) sobre a
forma habitual como se desloca entre locais. Por exemplo: para o trabalho, ida às compras, ao mercado ou ao local de oração.
[INSERIR EXEMPLOS]
Para se deslocar entre locais, caminha ou 1 Sim
utiliza uma bicicleta (não elétrica) durante,
7 2 Não P7
pelo menos, 10 minutos consecutivos?
Se não, passe para a P10
Numa semana normal, para se deslocar,
quantos dias caminha ou anda de bicicleta,
8 Número de dias └─┘ P8
durante, pelo menos, 10 minutos
consecutivos?
Num dia normal, quanto tempo gasta a P9
Horas: minutos └─┴─┘: └─┴─┘
9 caminhar ou a andar de bicicleta, para se
deslocar? hr. min. (a-b)
GPAQ continuação
Atividade física (atividades recreativas)
As próximas perguntas excluem as atividades de trabalho e deslocação, que já foram abordadas. Vai ser questionado(a) sobre o tipo
de desporto, exercício físico e atividades recreativas (de lazer) que costuma praticar. [Inserir termos relevantes]
Questões Resposta Código
Pratica algum desporto, exercício físico ou atividade
recreativa (de lazer) de intensidade vigorosa, que cause
1 Sim
grandes aumentos na sua respiração ou frequência
10 cardíaca (correr ou jogar futebol) durante, pelo menos, 2 Não P10
10 minutos consecutivos? Se não, passe para a P13
[Insira Exemplos] (Usar Cartão de Exemplo)
Numa semana normal, durante quantos dias pratica um
11 desporto, exercício físico ou atividade recreativa (de lazer) Número de dias └─┘ P11
de intensidade vigorosa?
Num dia normal, quanto tempo dedica à prática de P12
12 desporto, exercício físico ou atividade recreativa (de lazer) Horas: minutos └─┴─┘: └─┴─┘
de intensidade vigorosa? hr. min. (a-b)
Pratica algum desporto, exercício físico ou atividade
recreativa (de lazer), de intensidade moderada, que
cause um pequeno aumento da sua respiração ou 1 Sim
13 frequência cardíaca como caminhada rápida, (andar de 2 Não P13
bicicleta, nadar, voleibol) durante, pelo menos, 10
minutos consecutivos? Se não, passe para a P16
[Inserir Exemplos] (Usar Cartão de Exemplo)
Numa semana normal, quantos dias pratica desporto,
14 exercício físico ou atividade recreativa (de lazer), de Número de dias └─┘ P14
intensidade moderada?
Num dia normal, quanto tempo dedica à prática de
15
desporto, exercício físico ou atividades recreativas (de Horas: minutos └─┴─┘: └─┴─┘ P15
lazer), de intensidade moderada? (a-b)
hr. min.
Comportamento sedentário
A pergunta seguinte refere-se ao tempo gasto na posição de sentado(a) ou reclinado(a), no trabalho, em casa, na deslocação entre
locais (num automóvel, autocarro, comboio), com amigos(as), à secretária, a ler, a jogar às cartas ou a ver televisão, excluindo o
tempo que passa a dormir. [INSERIR EXEMPLOS] (USAR CARTÃO DE EXEMPLOS)
Num dia normal, quanto tempo gasta na posição de P16
Horas: minutos └─┴─┘: └─┴─┘
16 sentado(a) ou reclinado(a)?
hr. min. (a-b)
Apêndice II – Folha de registo Acelerometria
FOLHA DE REGISTO ACELEROMETRIA
NOME:
Hora Inicial diz respeito à hora em que o acelerómetro é colocado (após acordar ou após o duche da manhã, se
este tiver lugar)
Hora Final refere-se à hora em que o acelerómetro é removido, mesmo antes de se deitar para dormir.
Duração Intensidade
Dia Modalidade
(minutos) (0-20)
Como Utilizar o Acelerómetro
INSTRUÇÕES:
# O acelerómetro deve ser colocado na cintura, por cima da crista ilíaca do lado direito.
O acelerómetro deve ser colocado junto ao corpo, por baixo ou por cima da roupa, de forma a permanecer
#
justo mas não demasiado apertado.
É necessário assinalar na folha de registo a hora a que o acelerómetro for colocado e retirado (colocar de
#
manhã ao acordar e retirar à noite para dormir).
O acelerómetro deve ser retirado apenas para dormir, nadar ou tomar banho e deve voltar a ser colocado após a ocorrência
#
destas atividades. Certifique-se que volta a colocar o acelerómetro quando acorda e quando sai da água.
# Não deve, nunca, tentar abrir o acelerómetro para não o avariar ou desactivar.
O acelerómetro não pode molhar-se. Como qualquer instrumento electrónico o acelerómetro deve ser
#
manuseado com cuidado para não cair no chão.
AVALIAÇÃO:
Através de uma análise posterior dos dados, é possível verificar o número de dias de utilização do
&
acelerómetro.
É por isso fundamental, para o sucesso da avaliação, que o acelerómetro seja colocado durante os dias
&
destinados para o efeito.
Email: mfbr@edu.ulisboa.pt
Apêndice III – Modelo/Exemplo do Relatório Individual das Avaliações
realizadas
MODELO/EXEMPLO DO RELATÓRIO INDIVIDUAL DAS AVALIAÇÕES
REALIZADAS
Tradução e Validação do Questionário Global de Atividade Física (GPAQ) para a população adulta portuguesa
Atividade Física
A prática de atividade física regular é um fator protetor na prevenção e controlo
das doenças não transmissíveis (DNTs), como as doenças cardiovasculares, hipertensão,
diabetes, osteoporose e em alguns tipos de cancro. Porém, o seu efeito benéfico tem
sido cada vez mais estudado ao nível da saúde mental, função cognitiva e gestão do
stress, contribuindo para a manutenção do bem-estar geral.
Bibliografia:
1- World Health Organization. (2020). WHO guidelines on physical activity and sedentary behaviour: at a
glance. World Health Organization https://apps.who.int/iris/handle/10665/337001.
2- Ahmad, S., Shanmugasegaram, S., Walker, K. L., & Prince, S. A. (2017). Examining sedentary time as a risk factor for
cardiometabolic diseases and their markers in South Asian adults: a systematic review. International journal of public
health, 62(4), 503–515. https://doi.org/10.1007/s00038-017-0947-8.
1
Tradução e Validação do Questionário Global de Atividade Física (GPAQ) para a população adulta portuguesa
Atividade Física
Atividade Física Atividade Física Comportamento
Moderada e
Método de Avaliação Moderada Vigorosa sedentário
Vigorosa
(min/semana) (min/semana) (horas/dia)
(min/semana)
Questionário GPAQ 90 90 180 8
Questionário IPAQ-LF 90 0 90 7,5
Acelerometria 192,7 0,8 193,5 10,6
Acelerometria
Atividade Física
Moderada (min/dia) 39,8 7,2 15,5 20,8 32,2 34,3 42,8
Atividade Física
Vigorosa (min/dia) 0 0 0,2 0,2 0,2 0,3 0
Atividade Física
Moderada e Vigorosa 39,8 7,2 15,7 21 32,4 34,6 42,8
(min/dia)
Comportamento
Sedentário (horas/dia) 8,5 10,9 12,2 10,6 12 10,3 9,7
Após a análise dos resultados obtidos no estudo é possível concluir que cumpre as
recomendações para a prática de Atividade Física definidas pela Organização Mundial de Saúde.
Parabéns! Porém o seu valor de tempo sedentário é cerca de 10,6 horas/dia.
Continue a praticar Atividade Física ao longo do seu dia como por exemplo através de
caminhadas, dança, prática de um desporto ao seu gosto, entre outros e evite passar tanto tempo
ESTRATÉGIAS PARA A PROMOÇÃO DA ATIVIDADE FÍSICA NO DIA-A-DIA...
sentado(a) ou deitado(a), através da realização de pequenas pausas, movimentando-se nem que seja
por um minuto! A sua saúde e bem-estar agradecem!
2
Tradução e Validação do Questionário Global de Atividade Física (GPAQ) para a população adulta portuguesa
↓ do risco de doenças
como a hipertensão,
Melhoria na gestão do Melhoria da função diabetes, osteoporose,
stress cognitiva doença coronária,
acidentes vasculares
cerebrais, etc.