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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL


UNIDADE TAILÂNDIA - PARÁ
EDUCAÇÃO FÍSICA

DIELE NASCIMENTO DUTRA


RENATA KELLY FERREIRA CAVALCANTE

HIDROGINÁSTICA: QUALIDADE DE VIDA PARA A 3ª IDADE

TAILÂNDIA PA
2022
2

DIELE NASCIMENTO DUTRA


RENATA KELLY FERREIRA CAVALCANTE

HIDROGINÁSTICA: QUALIDADE DE VIDA PARA 3ª IDADE

Trabalho de Conclusão apresentado ao


Centro Universitário Planalto do Distrito
Federal (UNIPLAN) – Unidade Tailândia
(PARÁ), como requisito parcial para a
obtenção de grau em Bacharel em Educação
física.

Orientador: Prof.º Esp. Douglas Alencar


Vieira

TAILÂNDIA PA
2022
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DIELE NASCIMENTO DUTRA


RENATA KELLY FERREIRA CAVALCANTE

HIDROGINÁSTICA: QUALIDADE DE VIDA PARA A 3ª IDADE

Trabalho de Conclusão apresentado ao


Centro Universitário Planalto do Distrito
Federal (UNIPLAN) – Unidade Tailândia
(PARÁ), como requisito parcial para a
obtenção de grau em Bacharel Educação
Física.

Orientador: Prof.º Esp. Douglas Alencar


Vieira

Data da defesa: ____/______/_______

Conceito: _______

_____________________________________________
Orientador: Prof. Esp. Douglas Alencar Vieira

_____________________________________________
Avaliadora: Prof.ª Elenir Campelo

_____________________________________________
Avaliador: Prof. Ângelo Negrão
4

Dedicamos este trabalho primeiramente а Deus, por ser essencial em


nossas vidas, autor do nosso destino, nosso guia, socorro presente na
hora da angústia, nossas mães Dora e Lucy е a nossa família que
sempre estiveram conosco nesta caminhada.
5

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Deus pelo apoio espiritual que nos concedeu nesse


momento, só ele e nós sabemos o quanto foi difícil realizar essa pesquisa de TCC,
quantos momentos pensamos em desistir de tudo, mas a nossa fé nos sustentou.
Deus agradecemos por ser nosso Norte, por nos ajudar a passar pelas adversidades.
As nossas mães (Dora e Lucy) nossos agradecimentos de forma diferente, pois
devemos nossa eterna gratidão, não só pela força nos momentos difíceis, mas por
toda a ajuda na realização dos nossos sonhos. Agradeço, também, ao meu
companheiro, filhos e sogro (Isaac, Henrique, Iasmim e Dr. Cavalcante) que estiveram
ao meu lado ao longo do curso, que passaram por todas as situações e momentos
difíceis comigo, vocês tornaram tudo mais leve, pois eu sabia que poderia sempre
contar com vocês.
Ao professor Douglas Alencar, nosso “orientador”, que nos possibilitou
“aprendizagens únicas”, por meio do grande incentivo e orientação que nos foram
concedidos durante essa jornada.
Aos professores do curso, por tudo o que com eles aprendemos e por
partilharem a construção do nosso estudo. Em especial, às colegas da turma de
Educação física que fizeram valer os momentos de conversas, discussões, brigas e
distrações.
Aos colegas do grupo de estágio e Coordenadora Patrícia, Professora Cássia,
Fran e Iracema (amiga) que com toda dedicação nos ensinaram coisas que nós não
sabíamos e a todos os idosos da academia da saúde, que nos ensinaram amar essa
nova profissão de uma forma diferente.
A Instituição centro universitário planalto do distrito federal unidade Uniplan
Tailândia – Pará e a todos os que fazem e fizeram parte desta Instituição.
A todos, nosso muito obrigada.
6

“Somos mais do que professores de Educação Física. Somos quem, com nossas
palavras podemos encantar, com os movimentos ensinar e o futuro transformar.”

Marcos Ribeiro.
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RESUMO

Este presente trabalho teve o objetivo de analisar como a hidroginástica


influência de maneira positiva na vida dos idosos tornando mais ativa, independentes
de suas limitações, a partir da prática dos exercícios realizados na água. A não
realização de exercício físico contribui no idoso doenças causadas pelo sedentarismo
e sua dependência em realizar as atividades do dia-a-dia. A hidroginástica é um
exercício físico aquático baseado no aproveitamento da resistência da água como
sobrecarga e do empuxo como redutor de impacto, e fortalece os elementos das
capacidades funcionais, particularmente a força, que estão diretamente ligados à
independência e autonomia dos idosos, tornando-os ativos e, assim, aumentando
seus desempenhos. A pesquisa de opinião foi realizada com grupo “SAÚDE EM
AÇÃO” em Ananindeua Pará, com idosos que praticam três vezes na semana, a
hidroginástica. A pesquisa utilizou como instrumentos os acervos bibliográficos e um
questionário com perguntas específicas relacionadas ao estilo de vida dos idosos e
seus desempenhos em realizar a hidroginástica. Através da análise do questionário e
das informações adquiridas durante a pesquisa, confirmamos que a prática da
hidroginástica contribui na melhoria da qualidade de vida, capacidades cognitivas e
habilidades dos idosos ao realizarem as atividades da vida diária.

Palavras-Chave: Hidroginástica, saúde, idosos, qualidade de vida.


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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Quadro 1 - A importância da atividade física na terceira idade em 5 pontos. 18

Gráfico 1 - Tempo de prática dos idosos na hidroginástica........................... 23

Gráfico 2 - Doenças que mais afetam os idosos .......................................... 23

Gráfico 3 - Perspectiva da qualidade de vida após a prática da 24


hidroginástica.....................................................................................
Quadro 2 - A importância da hidroginástica em alguns fatores...................... 26

Quadro 3 – Doenças contraindicadas............................................................. 27


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LISTA DE SIGLAS

AVDs Atividades de vida Diárias


IBGE Instituto Brasileiro de Geografia Estatística
OMS Organização Mundial da Saúde
PA Pará
RJ Rio de Janeiro
TCC Trabalho de Conclusão de Curso
WHOQOL World Health Organization Quality of Life (Grupo de Qualidade de Vida
da Organização Mundial de Saúde)
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 11

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 13

2.1 Envelhecimento ............................................................................................................... 13

2.2 Etapas do Envelhecimento ............................................................................................ 14

2.3 Exercício físico e qualidade de vida no idoso............................................................. 16

2.4. Breve história da Hidroginástica .................................................................................. 18

3 OBJETIVOS ........................................................................................................................ 20

3.1 Objetivo geral ................................................................................................................... 20

3.2 Objetivos específicos ...................................................................................................... 20

4 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................ 20

4.1 Instrumento de pesquisa de opinião. ........................................................................... 22

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 22

5.1 benefícios da hidroginástica na funcionalidade no idoso ......................................... 25

5.2 Identificar os fatores relacionados aos motivos pelos quais a hidroginástica é um


dos exercícios mais recomendados para a terceira idade.............................................. 26

5.3 Compreender a prescrição da Hidroginástica para idosos e as contraindicações


existentes. ............................................................................................................................... 27

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 28

7. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 30
11

1. INTRODUÇÃO
Segundo Bonachela (1994), a hidroginástica surgiu na Alemanha em 1722,
para atender inicialmente um grupo de pessoas com mais idade, que precisava
praticar uma atividade física, segura, sem causar riscos ou lesões articulares e que
lhes proporcionassem bem-estar físico e mental.
Este exercício nasceu após a evolução da hidroterapia que começou na
Europa durante o século XVIII. Médicos brasileiros prescreveram banhos de mar para
seus pacientes apenas no início do século XX. E foi na Alemanha que a ginástica na
água nasceu chegando ao Brasil por volta dos anos 1980. Inicialmente seu público-
alvo era apenas idosos, cenário que mudou ao longo dos anos, incluindo outros
grupos de pessoas como adultos e gestantes com objetivos distintos (COUTO, 2014).
Desta forma, as pessoas, com o avanço da idade, adotam um estilo de vida
“sedentário” por se sentirem desmotivadas, desanimadas e com isso as dores e as
doenças comuns do processo de envelhecimento tornam-se barreiras para sua
autonomia prejudicando seu dia-a-dia (SHEPHARD, 2003). O presente projeto de
pesquisa pretende identificar com a hidroginástica contribui como fator de socialização
da terceira idade, uma população que prima por uma qualidade de vida melhor,
através de atividade físicas na água, já que foram comprovados irregularidade e
impactos encontrados no solo, ocasionando lesões, que pela mesma razão,
especialistas começaram a utilizar a hidroginástica como um alternativa de reduzir os
risco e recuperar várias lesões com exercícios relevantes e significativos.
A hidroginástica associa certos números de exercícios específicos, voltados a
uma série de mudanças naqueles que as praticam. Desta forma como qualquer outra
forma de exercitação, os exercícios estão voltados ao alcance de objetivos pré-
determinados, de forma que os praticantes adquiram uma boa condição de saúde ou
mantenham uma já adquirida. Segundo uma pesquisa de dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística - IBGE. Em 2019, o número de idosos no Brasil chegou a
32,9 milhões, mostram que a tendência de envelhecimento da população vem se
mantendo e o número de pessoas com mais de 60 anos no país já é superior ao de
crianças com até 9 anos de idade.
Os 7,5 milhões de novos idosos que ganhamos de 2012 a 2019 representam
um aumento de 29,5% neste grupo etário. Diante de todas essas informações, não
resta a menor dúvida de que o envelhecimento populacional deve estar no topo das
prioridades dos gestores de saúde no Brasil.
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Priorizar a abordagem preventiva e investir em programas de promoção da


saúde direcionados ao público de terceira idade é hoje uma necessidade, muito mais
que uma tendência. Isso envolve desde promover a atividade física entre os
idosos até buscar soluções para reduzir o índice de hospitalização entre esse público.
Assim, para se obter uma boa qualidade de vida é essencial o investimento em saúde
que tem como um dos pontos principais a prevenção de doenças sendo que não seria
100% a cura das doenças ou dores apenas a prevenção e uma melhora significativa.
Devemos sempre está ciente de que, “Uma velhice tranquila é o somatório de
tudo quanto beneficie o organismo, como por exemplo, exercícios físicos, alimentação
saudável, espaço para lazer, um bom relacionamento familiar, enfim é preciso investir
numa melhor qualidade de vida”. PIRES et al. (2000)
Com isso este estudo vem buscar a qualidade de vida e a longevidade, pela
atividade física na água Hidroginástica essa modalidade aquática que traz grandes
benefícios, devido ao meio de exercícios específicos para uma população muito
especial que é a terceira idade.
A prática do exercício físico na água deixa a capacidade mais evidente que a
limitação, encorajando o idoso para a vida, que pode ser nova e melhor, de fato tem
grande relevância na precaução ou melhora da saúde, bem-estar e qualidade de vida.
Se cuidar, acreditar e buscar uma vida ativa permitem continuar em busca de metas
e sonhos, que podem ser velhos ou novos. Nesse sentindo, a hidroginástica contribui
fazendo com que os idosos percebam suas próprias qualidades e que a vida ainda
tem muitas oportunidades a serem aproveitadas.
Com o passar dos anos o indivíduo enfrenta um processo natural e gradativo
de desgastes, provocando uma série de alterações e perdas significativas de
capacidades e habilidades que influenciam diretamente em sua condição de vida. A
hidroginástica como prática de atividade física pode ampliar as possibilidades de
melhor qualidade de vida e benefícios significativos para seus praticantes promovendo
uma vida ativa, sem estresses sem dores somente com benefícios extremamente
eficaz. (BORRAGINE, 2017)
Segundo Matsudo (2006) não se pode pensar hoje em dia em garantir um
envelhecimento com qualidade sem que além das medidas gerais de saúde se inclua
o exercício físico.
O impacto do envelhecimento é influenciado pela falta de atividade física, má
nutrição e presença de doenças nas fases anteriores da vida e em outros fatores.
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Diante disso acontece a diminuição das habilidades motoras, o ser ágio ficar cada vez
mais lento, dificultado todo e qualquer movimento, como por exemplo as tarefas
diárias, que é essencial e tem grande importância para as pessoas idosas
(ELIAS,2012).

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Envelhecimento

Ao analisar dados do IBGE, percebe-se que a população brasileira continua


crescendo, mas está ocorrendo uma mudança na estrutura etária da população. A
parcela da população que mais cresce é a população idosa, ou seja, de 60 anos de
idade ou mais. E isso ocorre por inúmeros fatores, principalmente a elevação da
expectativa média de vida das pessoas e a redução das taxas de natalidade.
O processo de envelhecimento provoca, nas pessoas, modificações biológicas,
psicológicas e sociais. As modificações biológicas são as morfológicas, referentes ao
que vemos como rugas, cabelos brancos, diminuição de massa muscular, aumento
da composição corporal e outras; as fisiológicas relacionadas às funções orgânicas;
as modificações psicológicas e sociais decorrem das mudanças em sua rotina tanto
profissional quanto familiar, mais evidentes na velhice (SANTOS, 2010). O
envelhecimento pode conter os aspectos segundo a idade; biológica, psicológica e
sociológica.
Área biológica: essa área está compatível com as alterações fisiológicas e
com a redução das capacidades de vitalidade do organismo como um todo. Vemos
que no transcorrer do avançar da idade, as sustentações que formam o corpo humano,
como o sistema esquelético e outros, vão se enfraquecendo. Com isso, há exigência
de serem executadas ações e cuidados terapêuticos que beneficiam e aumentam a
potência do organismo humano para que o idoso possa manter seus compromissos
vitais em ação com um certo grau de qualidade e possa aproveitar de uma vida mais
saudável.
Área psicológica: aqui está todo a atitude das pessoas em relação a si, aos
outros e à sociedade em geral. Essas mudanças requerem de adequações
frequentes, visto que nessa etapa há um aumento na dependência das pessoas de se
tornarem dependentes de outras pessoas. Em geral sempre percebemos que o idoso
passa por um processamento de não aceitação em virtude de se ter a obrigação de
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precisar ser dependente. Isso acontece regularmente com pessoas que estavam
habituadas a serem “donas do próprio espaço” e, de uma hora para outra, necessitam
depender de outras para poder permanecer em um bem viver.
A baixa de qualidade de vida da pessoa idosa faz com a mesma se sinta
incapaz diante da vida, visto que antes de chegar na idade mais avançada, a pessoa
idosa é que detinha o poder de domínio. Por essa razão, o idoso necessita ser
entendido no que se alega em suas condições de vida. Por outro lado, entendemos
que o envelhecimento psicológico é fundamentalmente definido pelas mudanças
transformações do envelhecimento biológico e pela diminuição da convivência social.
Área social: o envelhecimento social está rigorosamente associado e
referente às regras e/ou eventos sociais que levam em importância a idade
cronológica, o comportamento de determinadas atividades ou tarefas do grupo etário
e dão um significado a vida de cada um.
O envelhecimento da população, conforme Veras (2002) é um desafio mundial.
De acordo com o referido autor, é um problema que afeta tantos os países ricos,
quantos os países pobres. Em nenhum momento o Brasil tinha registrado um número
tão elevado de idosos em sua população, especialmente acima dos 80 anos.
Brum (1997) alguns fatores têm contribuído para definir novos contornos da
população brasileira como “a elevação da expectativa média de vida; queda das taxas
de fecundidade e de natalidade; redução da mortalidade e mudanças na distribuição
especial, pessoas se concentrando nos centros urbanos”.
Sensíveis mudanças na organização etária da população brasileira vêm
ocorrendo nas últimas décadas em consequência do declínio acentuado e sistemático
da fertilidade da população que vem escolhendo, em sua grande maioria, em ter
menos filhos. Assim, de um país jovem o Brasil passa para uma população cada vez
mais idosa.

2.2 Etapas do Envelhecimento


O envelhecimento é um fenômeno que atinge todos os seres humanos,
independentemente. Sendo caracterizado como um processo dinâmico, progressivo
e irreversível, ligados intimamente a fatores biológicos, psíquicos e sociais (BRITO E
LITVOC, 2004).
Pesquisadores não concordam entre si sobre quais são as causas do
envelhecimento. Alguns dizem que nossos genes estão programados para se
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deteriorarem, murcharem e morrerem. Outros acreditam que o acúmulo de dano é a


raiz da nossa senescência. Cavando mais fundo, muitos acreditam que uma
combinação de vários fatores contribui para o envelhecimento. (MELISSA, 2014).
Para Birren e Schroots (1996), a definição do envelhecimento pode ser
compreendida a partir de três subdivisões: envelhecimento primário; envelhecimento
secundário; e envelhecimento terciário. Os autores ainda afirmam que o
envelhecimento primário, também conhecido como envelhecimento normal ou
senescência, atinge todos os humanos pós-reprodutivos, pois esta é uma
característica genética típica da espécie.
Este tipo de envelhecimento atinge de forma gradativo e progressivo o físico,
possuindo efeito acumulativo. O ser humano nessa fase está vulnerável à concorrente
intervenção de vários fatores essenciais para o envelhecimento, como exercícios,
dieta, estilo de vida, exposição a evento, educação e posição social.
Hershey (1984 in Spirduso, 2005), afirma que o envelhecimento primário é
referente às mudanças universais com a idade numa determinada espécie ou
populações, sendo independente de influências ambientais e doença.
Para Birren e Schroots (1996), o envelhecimento secundário ou patológico,
refere-se a doenças que não se confundem com o processo normal de
envelhecimento. Estas enfermidades variam desde lesões cardiovasculares,
cerebrais, até alguns tipos de cancro (este último podendo ser oriundo do estilo de
vida do sujeito, dos fatores ambientais que o rodeiam, como também de mecanismos
genéticos). O envelhecimento secundário é referente a sintomas clínicos, onde estão
incluídos os efeitos das doenças e do ambiente (SPIRDUSO, 2005).
Spirduso (2005) diz-nos que, embora as suas causas sejam distintas, o
envelhecimento primário e secundário interage fortemente. O autor ressalta que o
stress ambiental e as doenças podem possibilitar a aceleração dos processos básicos
de envelhecimento, podendo estes aumentar a vulnerabilidade do indivíduo ao stress
ambiental e a doenças.
Já o envelhecimento terciário ou terminal é, para Birren e Schroots (1996), o
período caracterizado por profundas perdas físicas e cognitivas, ocasionadas pelo
acumular dos efeitos do envelhecimento, como também por patologias dependentes
da idade.
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Para Motta (2004), o envelhecimento cronológico é iniciado na infância, e


facilmente mensurável, enquanto as mudanças biológicas associadas à idade são de
aferição difícil.
Shephard (2003), classifica os indivíduos idosos, situando-os em categorias
funcionais, que são: Meia-idade, velhice, velhice avançada, velhice muito avançada.
De acordo com o autor, a meia-idade apresenta a faixa etária situada de 40 a
65 anos. É a idade em que os principais sistemas biológicos começam a apresentar
declínios funcionais. Esses declínios variam de 10 a 30% em relações aos padrões
máximos de quando essa pessoa era adulta jovem.
A velhice, para Shephard (2003), é retratada propriamente dita como a fase
inicial da velhice, pois compreende o ciclo etário situado entre 65 e 75 anos. Este
período é relacionado ao momento decorrente à reforma. Na “velhice”, não se
encontra um dano grande na homeostasia, mas, mesmo assim, encontra-se uma
perda de função um pouco maior.
Shephard (2003) ressalta a velhice avançada como algumas vezes descrita
velhice “mediana”. Este grupo etário compreende a faixa situada entre 75 e 85 anos,
na qual se encontra um dano considerável nas funções ligadas às atividades diárias.
Todavia, nessa fase, o indivíduo ainda demonstra ter autonomia. Complementando, o
autor também afirma que a velhice muito avançada atinge a faixa etária acima dos 85
anos. Este período expõe cuidados especiais para com os idosos.

2.3 Exercício físico e qualidade de vida no idoso


Guiselini (2006) conceitua exercício físico como uma prática sistemática de um
ou mais movimentos básicos para atingir um objetivo pré-estabelecido. Estes
exercícios físicos são importantes para que atinja um padrão desejado em certos
aspectos da qualidade de vida e da capacidade funcional dos idosos (Matsudo, 2001).
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2005), qualidade de vida é o
entendimento do indivíduo de sua posição na vida, na circunstância da cultura e
conjunto de valores em que vive em conexão aos seus objetivos, expectativas,
referencias e aflições. Segundo Guiselini (2006) qualidade de vida é ter uma vida
dinâmica, cheia de saúde, agradável e atraente. Porém a qualidade de vida depende
principalmente da prática de costumes saudáveis ou práticas primordiais de saúde.
17

Ao pensar em iniciar uma atividade física costuma-se levar a importância


incontáveis motivos para a escolha da mesma. A motivação sem dúvida é o que mais
intervém.
Em concordância para Costa (2000) a motivação é responsável pela realização
da atividade em um escolhido momento, reproduzindo-se um impulso de ações, seja
para começar, finalizar, preservar e orientar a conquista de estipulado objetivo. Deste
modo entende-se que se trata de um processo dinâmico onde, às vezes, a pessoa
pode ou não ter consciência dos motivos pela escolha (BERGAMINI, 2003).
Chan (2006) acredita que o motivo acontece como um comportamento a várias
demandas, a busca de uma estabilidade entre conhecimento e resultância, a fim de
obter um retorno lógico com o exercício realizado.
De acordo com Fleck et al. (2006), o Grupo de Qualidade de Vida da
Organização Mundial de Saúde (Grupo WHOQOL) determina qualidade de vida como
a compreensão que o ser humano tem de seu posicionamento na vida, levando em
conta sua situação cultural e os padrões da sociedade em que está introduzido. O
grupo WHOQOL expandiu uma escala para classificar a qualidade de vida do idoso.
Esta escala aborda questões relativas ao funcionamento sensorial; autonomia;
atividades passadas, presentes e futuras; a participação social; as inquietações e
temores de morte; intimidade do idoso (FLECK e col., 2006).
A procura da atividade física pelos indivíduos idosos, na maioria das vezes,
ocorre por estarem com a saúde ameaçada, ou seja, a atividade física passa a fazer
parte de um tratamento e não como uma forma de prevenção a alguns males
(SANTOS, KNIJNIK, 2006).
Praticar exercício físico na melhor idade melhora a capacidade funcional,
deixando os idosos mais ativos, e consequentemente eleva sua qualidade de vida.
Entretanto como mostra o quadro 1 logo em seguida, alguns cuidados devem
ser aplicados na prescrição do exercício físico orientado para o idoso, a fim de que
este seja seguro e divertido. Dentre os exercícios mais indicado aos idosos estão a
caminhada, o ciclismo, a natação e a hidroginástica. Em razão da sua imensa procura,
a hidroginástica vem crescendo o número de adeptos na terceira idade. Ela possibilita
ao idoso o avanço de sua capacidade aeróbia, força muscular, flexibilidade articular e
o treinamento de habilidades específicas como equilíbrio e coordenação motora.
18

Quadro 1: A importância da atividade física na terceira idade em 5 pontos.


Benefícios na prevenção Uma das fundamentais razões para realizar a
de doenças: atividade física na terceira idade é a prevenção de
doenças que possam surgir pela estrutura física.

Maior qualidade de vida:


Exercitar exercícios físicos auxilia a pessoa a
preservar uma mente entendida e focalizada em
propósitos. Ela deixa de ser alguém que “só parou” e
passa a ser alguém em um novo ciclo da vida, com
muitas perspectivas a investigar.
Entender como começar: Por essa razão, o primeiro passo, claro, é ir a um
médico para fazer uma avaliação médica total de
saúde. A seguir, é essencial que o idoso tenha a
assistência de um profissional de educação física,
para poder aplicar uma série de exercícios que seja
favorável para um principiante e inicie a elaborar
meios de desafio que sejam gradativos.
Complementar as Consequentemente, um ser humano na terceira idade
atividades com deve alimenta-se na porção apropriada e com os
alimentação adequada: nutrientes próprios para fortificar seus músculos,
garantir energia e os nutrientes necessários para um
organismo mais salubre. O Ômega 3 é especialmente
indicado para uma saúde mental mais aprimorada.

Ter acompanhamento Afinal, vale ressaltar a relevância da orientação


profissional: profissional exatamente no decorrer da execução das
atividades físicas. Enfim, existem muitos exercícios
que podem lesionar os músculos quando feitos
incorretos.
Fonte: autoria própria.

2.4. Breve história da Hidroginástica


Couto (2014). Menciona que é uma modalidade física em que a falta da
gravidade minimiza o perigo de equimose, permitindo satisfação ao indivíduo que não
notara a transpiração em seu corpo por conta da água o hidratando frequentemente.
A hidroginástica é essencial para terceira idade e pessoas em reabilitação motriz.
A história revela que a água vem sendo usada há bastantes épocas e de várias
medidas, pretendendo a melhoria da qualidade de vida por meio de atividades físicas
e terapêuticas, que vai a partir de uma caminhada até a realização de exercícios
preparados para as distintas partes do corpo com metas e propósitos diferentes.
Gonçalves (1996) alude que o termo hidroginástica vem do grego e tem
significado de ginástica na água, e que este movimento veio antes de Cristo.
19

De acordo com Hipócrates (460-375 a. C.), os gregos já usavam banhos nas


intervenções de determinadas patologias. Semelhantemente os banhos possuíam
ligação direta com os hábitos locais, com os costumes e tinham afinidade com o
religioso, não existindo ainda um intuito de atividade física. Nos tempos presentes, se
transformou em um exercício muito aplicado em recursos fisioterapêuticos.
Em 1697, foram construídas por Johan Flayer piscinas rasas e compridas com
pedras no fundo onde seus pacientes faziam caminhadas, de forma terapêutica,
obtendo bons resultados. No ano de 1722, os banhos mornos eram utilizados para
aliviar espasmos musculares e nos pacientes necessitados de relaxamento. Em 1770,
Vincent Pressnitz iniciou o uso da água fria e exercícios vigorosos, de forma empírica
nos meios clínicos da época (BONACHELA, 2004; SANTANA, 2007).
Segundo Bonachela (2004) a hidroginástica teve sua origem e evolução na
Alemanha, focando atender no primeiro momento um grupo de homens e mulheres
de mais idade que necessitavam exercitar uma atividade física tranquila, sem provocar
perigos ou lesões às articulações e lhes propiciar conforto físico. Essa técnica de
exercício dentro da água chegou aos Estados Unidos onde a hidroginástica foi
aprimorada, partindo de suas propriedades originais, transformando uma atividade
física de excelente habilidade, agregando-se ao universo da atividade física. Desse
modo a hidroginástica hoje é uma existência nos grandes cantos do mundo, tendo em
consideração a execução de grandiosos conhecimentos, no qual os professores
qualificados estão sempre atrás de novas descobertas para o progresso profissional
e melhor aprimoramento do suporte aos clientes, em particular os idosos.
Figueiredo (1996) expõe que em 1830, Vincent Pressnitz definiu uma
adaptação diferenciado dos outros já adotados: utilizou a água fria e exercícios
vigorosos, pois tinha certeza que essa atividade daria incontáveis benefícios para o
ser humano. Seu argumento marcou e permaneceu popular como um elemento
empírico para os métodos clínicos daquele tempo. Hoje em dia, sua realização traz
muitas ações positivas, como o perca de peso, o ganho de massa muscular, a
melhoria da saúde, o convívio em harmonia com outras pessoas, o preparativo para
grávidas na hora do parto e a sensação de satisfação no decorrer e após a atividade.
No Brasil, não se sabe ao certo em que ano surgiu essa atividade aquática,
mas tem alguns registros desses exercícios no ano de 1980, pois foi nessa década
que essa prática conquistou o mundo (LUCCHESI, 2013). Desde o fim do século XIX,
20

os ensinamentos auxiliaram a programar as atividades, contribuindo para o


aparecimento da hidroginástica (ginástica na água).

3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Avaliar a prescrição de exercícios de hidroginástica para a melhoria da saúde
dos idosos, observando aspectos relacionados aos benefícios e forma de
desenvolvimento dessa prática.

3.2 Objetivos específicos


a) Identificar os fatores relacionados aos motivos pelos quais a hidroginástica é
um dos exercícios mais recomendados para a terceira idade.
b) Compreender a prescrição da Hidroginástica para idosos e as contraindicações
existentes.

4 MATERIAIS E MÉTODOS
Nesta pesquisa foi utilizada a metodologia que se definiu como bibliográfica e
com abordagem em perguntas e questionários relacionados a uma pesquisa de
opinião.
A pesquisa bibliográfica é o levantamento ou revisão de obras publicadas sobre
a teoria que irá direcionar o trabalho científico o que necessita uma dedicação, estudo
e análise pelo pesquisador que irá executar o trabalho científico e tem como objetivo
reunir e analisar textos publicados, para apoiar o trabalho científico. Para Gil (2002),
a pesquisa bibliográfica “[...] é desenvolvida com base em material já elaborado,
constituído principalmente de livros e artigos científicos”.
A pesquisa bibliográfica está introduzida em especial no centro acadêmico e
tem a intensão de aperfeiçoamento e avanço do conhecimento, por meio de
realizações já divulgadas.
Para Andrade (2010)
“A pesquisa bibliográfica é habilidade fundamental nos cursos de graduação,
uma vez que constitui o primeiro passo para todas as atividades acadêmicas.
Uma pesquisa de laboratório ou de campo implica, necessariamente, a
pesquisa bibliográfica preliminar. Seminários, painéis, debates, resumos
críticos, monográficas não dispensam a pesquisa bibliográfica. Ela é obrigatória
21

nas pesquisas exploratórias, na delimitação do tema de um trabalho ou


pesquisa, no desenvolvimento do assunto, nas citações, na apresentação das
conclusões. Portanto, se é verdade que nem todos os alunos realizarão
pesquisas de laboratório ou de campo, não é menos verdadeiro que todos, sem
exceção, para elaborar os diversos trabalhos solicitados, deverão empreender
pesquisas bibliográficas” (ANDRADE, 2010).

Os recursos que são empregues na efetuação da pesquisa bibliográfica são:


livros, artigos científicos, teses, dissertações, anuários, revistas, leis e outros tipos de
fontes escritas que já foram publicados.
Para Severino (2007), a pesquisa bibliográfica realiza-se pelo:
“[...] registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos
impressos, como livros, artigos, teses etc. Utilizam-se dados de categorias
teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registrados.
Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O pesquisador
trabalha a partir de contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes
dos textos” (SEVERINO, 2007).

Lakatos e Marconi (2003): “[...] a pesquisa bibliográfica não é mera repetição


do que já foi dito ou escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de um tema
sob novo enfoque ou abordagem, chegando a conclusões inovadoras”.
A pesquisa de opinião é uma forma de saber o que as pessoas com um perfil
definido pensam e se comportam. Não a limites para sua abrangência e hoje as
técnicas e metodologias são avançadas e imparciais. Qualquer temática pode ser
explorada em um projeto de pesquisa de opinião. (INSTITUTO PHD, 2015) Ela indica
as opiniões de uma determinada população analisada, através de um questionário
para um grupo que já vem sendo pesquisado a um certo período de tempo.
As pesquisas de opinião são mais detalhadas e geralmente pedem comentários
e pontos de vistas pessoais (QUESTIONPRO, 2022). A mesma pesquisa tem como
objetivo saber o que a opinião pública pensa a respeito de algum assunto, empresa,
produto ou serviço. Uma pesquisa de opinião geralmente é feita para representar as
opiniões de uma população fazendo-se uma série de perguntas a um pequeno número
de pessoas e então extrapolando as respostas para um grupo maior dentro do
intervalo de confiança de no mínimo 1 ano. A pesquisa de opinião faz parte do
cotidiano da população e tem uma grande visibilidade na mídia. É comum ver nos
meios de comunicação dados e levantamentos sobre o que pensam as pessoas a
22

respeito dos mais diversos temas, como, por exemplo, pesquisas de intenção eleitoral
ou sobre a saúde e educação (AVALIO, 2019).
No decorrer dessa pesquisa foram utilizados revisão bibliográfica, pesquisa de
opinião, dissertações, livros e artigos científicos, principalmente nas plataformas
Scielo e Google Acadêmico. Foram utilizados na pesquisa os trabalhos publicados
entre os anos de 1994 e 2022.

4.1 Instrumento de pesquisa de opinião.


A pesquisa foi realizada em três dias da semana, Segunda-feira, quarta-feira e
sexta-feira que são os dias que acontecem as aulas de hidroginástica do grupo
“SAÚDE EM AÇÃO” EM ANANINDEUA /PA. Antes de começar a aula, foi explicado
aos idosos sobre a pesquisa em questão que estava sendo realizada. Lembrando que
os idosos não foram submetidos a nenhum esforço físico e a nenhum risco à sua
saúde, tendo cuidado com suas informações relatadas e sua imagem. A identificação
dos idosos nesta pesquisa foi feita por números de 1 à 29. Logo após, entregamos o
questionário semiestruturado que contem perguntas fechadas e algumas perguntas
abertas. A primeira parte do questionário contém dados pessoais (nome, sexo e data
de nascimento), a segunda é referente ao histórico médico e medicamentos sobre
doenças relacionado a vida pessoal do idoso, a terceira parte corresponde
propriamente dito ao questionário que se remete a qualidade de vida do idoso antes
e depois da experiencia de praticar a hidroginástica.

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Dos 50 idosos que participam do Grupo “SAÚDE EM AÇÃO” no BALNEÁRIO
DO ISAAC /Ananindeua-PA, apenas 32 praticam hidroginástica, tivemos a
oportunidade de conversar com 29 destes idosos. Dos 29 entrevistados 08 eram do
gênero masculino e 21 do gênero feminino. De acordo com o gráfico 01, 45% (13) dos
idosos praticam hidroginástica há mais de um ano, 31% (09) praticam hidroginástica
entre dois a seis meses, 24% (07) praticam a hidroginástica entre zero a 2 meses.
23

24%
45% 0 a 2meses
2 a 6 meses
31% há mais de 1 ano

Gráfico 1: Tempo de prática dos Idosos na Hidroginástica.

Rocha (2001) citado por Nakagava e Rabelo (2007) Expõe a relevância da


prática da hidroginástica na melhoria de algumas doenças: aprimora a execução de
exercícios sem agravar as articulações de base e eixo do mobilidade; possibilita no
crescimento gradual do potencial articular; revigora as musculaturas articulares sem
perigos (quando executado corretamente); alivia notavelmente a artrite reumática;
possibilita grande resultado muscular no decorrer de várias posições expressas nos
exercícios e por reação oferecida pela água; diminui os problemas de diabéticos,
hipertensão e hipotensão; melhora expressivamente a condição cardiorrespiratória e
auxilia o trabalho aeróbico e anaeróbico.

14%
28%
Dabeticos
24%
Hipertensos
Doença nas articulações
34% Outros

Gráfico 2: Doenças que mais afetam os idosos.


Dos idosos entrevistados realizamos um levantamento do histórico médico
pessoal e, listamos algumas doenças pertinentes à debilidade da saúde. Pedimos
24

para que os idosos marcassem sim ou não para ausência ou presença de determinada
doença. Na análise dos dados desta pesquisa o gráfico 02 nos mostra que, dos 29
idosos 14% (04) possuem diabetes, 24% (07) problemas de hipertensão, 34% (10)
possuí problemas articulares (entre reumatismo, artrite e artrose) e 28% outros tipos
de patologias. Como obesidade, problemas na coluna é etc ...

10%

31% MELHORIA GRANDE


59%
MELHORIA RAZOAVEL
MELHORIA PEQUENA

Gráfico 3: Perspectiva da qualidade de vida após a prática da


hidroginástica.
O gráfico 3 retrata a melhoria declarada pelos idosos em relação a sua
qualidade de vida após a pratica da hidroginástica. Os resultados foram positivos, de
todos os idosos entrevistados os que participavam das aulas frequentemente a mais
de um ano, 59% alegaram uma grande melhoria na sua qualidade de vida, em média
31% afirmaram que tiveram uma melhoria razoável, por motivo de estarem apenas
seis meses realizado as atividades aquáticas e os demais, 10% assumiram uma
pequena melhoria devido ao pouco tempo na prática da hidroginástica
As últimas perguntas do questionário semiestruturado correspondeu aos idosos
em dar suas opiniões quanto os benefícios da hidroginástica no desempenho das
atividades do dia-dia. Todos os idosos aceitaram responder as perguntas, porém sem
a publicação dos nomes, transcrevemos a fala de três idosos somente:
“Depois que comecei a praticar hidroginástica fiquei com muita saúde
e qualidade de vida”. (Idoso 5).
“Antes eu sentia muita dor e depois que comecei a fazer hidro parou
com as dores”. (Idosa 25).
“A hidro aliviou um pouco as dores no quadril, espero ter bons
resultados com essa prática e uma saúde melhor”. (Idosa 3).
25

Notamos com as opiniões dos idosos que a hidroginástica melhorou no


desempenho das atividades da vida diária, na capacidade funcional/força dos
mesmos, no bem-estar social e qualidade de vida.
Alves et. al., (2004), realizaram um estudo em Niterói-RJ, em 74 mulheres
idosas, sem atividade física regular. Um grupo de 37 mulheres recebeu duas aulas
semanais de hidroginástica durante três meses e outras 37 mulheres serviram como
controle e não praticaram o exercício. O grupo sujeito a prática de hidroginástica
mostrou melhor resultado no teste "subir e descer", que avalia a força e a resistência
da parte inferior do corpo. Em outro estudo, os mesmos autores, usando a
hidroginástica como principal exercício físico por três meses, em idosas de Niterói-RJ,
analisaram uma redução considerável da carga corporal e melhoria na força e na
coordenação motora.
Mazini Filho et. al., (2009) praticou um estudo com 20 idosos do sexo
masculinos e feminino que praticavam hidroginástica no mínimo há três meses.
Alcançou em suas conclusões os objetivos da hidroginástica sobre as degenerações
fisiológicas do idoso, tornando-o preparado para gerar uma melhoria muscular,
flexibilidade, resistência cardiorrespiratória, composição corporal e auxiliar o estimulo
da circulação, maior progresso na autoestima, na postura, capacitando à diminuição
da frequência cardíaca de repouso e reduzir os riscos de lesões articulares. Essas
descobertas demostram as consequências encontradas no presente estudo e
evidenciam que a hidroginástica pode proteger e melhorar as competências de
aptidões funcionais dos idosos, dentre elas a força, e em consequência torna-los
eficientes e dependentes em efetuar as suas atividades da vida diária.

5.1 benefícios da hidroginástica na funcionalidade no idoso


A hidroginástica é um exercício físico aquático apoiado no benefício da
resistência da água como sobrecarga e do empuxo como redutor de impacto, o que
consente que esta atividade mesmo praticada em intensidades altas diminua os riscos
de lesões. Para Bonachela (2001) a hidroginástica é uma forma alternativa de
condicionamento físico, composta de exercícios aquáticos, fundamentados nos
benefícios da resistência da água como sobrepeso. Praticar hidroginástica
proporciona benefícios que estarão ajudando os idosos a potencializar suas
26

capacidades físicas tornando-os independentes e elevando sua qualidade de vida.


Segundo BONACHELA (2004).
[...] a hidroginástica é um conjunto de exercício que tem como objetivo
melhorar a força muscular, a resistência muscular, a capacidade respiratória e
a amplitude articular, utilizando-se a resistência da água como sobrecarga,
visando a melhor qualidade de vida e o bem-estar físico de seus praticantes.

Bonachela (2004) declara que a prática da hidroginástica possibilita qualidade


de vida ao idoso em virtude dos vários benefícios que ela proporciona, tais como: o
aumento da força muscular, da coordenação, da agilidade, do equilíbrio, um controle
do peso corporal, uma melhora dos sistemas: respiratório, circulatório e cardíaco,
aumento da autoestima, autoconfiança, independência nas atividades diárias,
reintegração, bem-estar físico e mental.

5.2 Identificar os fatores relacionados aos motivos pelos quais a hidroginástica


é um dos exercícios mais recomendados para a terceira idade.
A causa mais reincidente para o ingresso do idoso à hidroginástica foi a de
indicação médica, e outra grande motivação foi o fato de ser realizada em grupo,
contribuindo assim para uma melhor socialização, e em paralelo, foi observada sua
contribuição para a melhora nas atividades diárias e dores corporais (TEIXEIRA et al.,
2018). Foram encontradas mudanças positivas na hidroginástica como no aspecto
físico, cognitivo/afetivo e melhor convívio social, para esta população (DIAS et al.,
2007).
O fato dos idosos se sentirem mais leves dentro da água, faz com que a prática
dos exercícios ocorra de forma mais fácil, dinâmica e confiável de serem executadas
como mostra os resultados do quadro 2.
Quadro 2: A importância da hidroginástica em alguns fatores
A RELEVÂNCIA DA HIDROGINÁSTICA PARA A MELHORIA DE VIDA DO IDOSO.

68,9% Indicação médica.


17,3 % gostam da modalidade por ser em grupo.
10,3% melhora nas dores corporais.
3,4% facilidade na execução dos movimentos no meio liquido.
Fonte: Oliveira et.al (2011)
27

5.3 Compreender a prescrição da Hidroginástica para idosos e as


contraindicações existentes.
É interessante constatar como a grande maioria das pessoas desconhece as
contraindicações para a prática da hidroginástica. Retificando sobre esse
conhecimento que não há contraindicações, Rocha (1994) e Bonachela (1994 e 2004)
indicam os seguintes casos como contra indicativos para a prática da hidroginástica:
miocardite recente, embolia pulmonar, insuficiência cardíaca grave, hipertensão
arterial grave, diabéticos não controlados, febre, aneurisma e fraturas recentes e
outras doenças que podem pôr em risco a saúde do aluno. São ainda citadas na
literatura, as infecções de pele, radioterapias profundas, doenças renais graves, nas
quais os indivíduos não possam ajustar-se à perda hídrica, epiléticos não controlados,
tímpano perfurado e portadores de necessidades especiais muito debilitados e muitas
outras doenças como mostra no quadro 3 logo abaixo.

Quadro 3: Doenças contraindicadas


ALGUMAS CONTRAINDICAÇÕES
Doenças renais graves e cardiopulmonares Hipertensão e hipotensão graves
Radioterapia Infecções na pele
Epiléticos não controlados Quimioterapia
Diabéticos não controlados Osteoporose muito avançada
Embolia pulmonar Entre outros...
Fonte: Autoria própria.
A pratica da hidroginástica é muito eficiente e ajuda na melhoria da qualidade
de vida de pessoas com diversos tipos de patologias. Porém há algumas
contraindicações existentes e cuidados que o professor de educação física precisa ter
na hora de indicar ou aplicar em uma aula de hidroginástica. Por essa razão, como
em todo e qualquer atividade física há sim sua contraindicação, é muito importante
uma avaliação médica antes de se inscrever na aula de hidroginástica. O ideal é
analisar o aluno e dentro disso indicar o que seria melhor para esta pessoa.

Dessa maneira os exercícios para cada caso específico devem ser


cautelosamente adaptados e modificados de modo a atender a cada necessidade em
especial. As avaliações médicas periódicas são indispensáveis como também as
informações do médico que acompanham cada caso, comunicando-os ao menor
problema encontrado. As recomendações dos médicos responsáveis devem ser
28

relatadas aos professores da forma mais clara possível, especialmente quando


acompanhadas de qualquer tipo de prescrição de medicamentos.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O propósito deste projeto foi demostrar uma comparação pelos meios das
teorias e as práticas na perspectiva de averiguar os benefícios da hidroginástica para
a pessoa da terceira idade. Os exercícios físicos aplicados nos dias atuais,
particularmente por idosos, disponibiliza oportunidades de diversão com amigos e na
mesma forma exerce o corpo, visto que de um outro lado da atividade física eles são
capazes de alcançar melhoras na qualidade de vida assegurando uma velhice mais
saudável.
Com as informações e resultados obtidos na pesquisa bibliográfica com textos
de outros autores sobre o assunto e através do questionário da pesquisa de opinião,
conseguimos compreender que a hidroginástica quando praticada de modo correto e
regular é de suma importância para os idosos, tanto no aspecto físico como no aspecto
social e mental. Dessa forma a hidroginástica ajuda na socialização e na prevenção
de doenças mentais como, depressão e ansiedade, além de melhorar os movimentos
cotidianos e a saúde em geral dos idosos, deixando-os mais dispostos e mais felizes
para viver.
Por meio dos resultados apresentados é possível confirmar que a
hidroginástica é eficaz na melhoria das habilidades funcionais dos idosos do grupo
“SAÚDE EM AÇÃO”, demonstrando segurança e capacidade para realizar as suas
funções do dia a dia. Por outra perspectiva, é fundamental enfatizar as limitações
deste trabalho, que se resumiu em somente analisar, através de um questionário
semiestruturado, a melhoria da qualidade de vida e capacidade funcional, pelo meio
da prática da hidroginástica possibilitando a autonomia dos idosos em suas atividades
diárias. Tendo em consideração os estudos abordados e a analise desta pesquisa é
possível constatar que a hidroginástica, como uma prática, exercida de maneira
constante, corrobora para a melhoria da capacidade funcional e na realização das
AVDs, como sentar e levantar da cadeira, subir e descer as escadas, intensificando
uma melhoria na qualidade de vida. No entanto, há necessidade de um número maior
de estudos, que aprofundem os resultados aqui abordados e outros, da hidroginástica
sobre a aptidão física dos idosos com a realização de informações adequadas para a
terceira idade.
29

Deste modo, nota-se a relevância da prática de alguma atividade física como


fonte de estabilidade, porém sempre destacando a importância de ter a orientação de
um profissional da área para a realização das atividades, e no decorrer dessas
orientações a prática de um exercício físico se torna mais segura e agradável, nessa
circunstância o professor de educação física pode colaborar com sua prática
profissional.
30

7. REFERÊNCIAS

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hidroginastica-na-terceira-idade.

A importância das atividades aquáticas na terceira idade | Amaral Natação


https://www.amaralnatacao.com.br/importancia-das-atividades-aquaticas-na-terceira-
idade.

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de BARROS, A. Hidroginástica, 2007. Disponível em
http://adsonbarros.blogspot.com/2007/08//hidroginstica.html. Acesso.
Benefícios da atividade física na melhor idade.
https://www.efdeportes.com/efd74/idade

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actividade física para pessoas idosas: estudo dos aspectos motivacionais que
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Dissertação (Mestrado)- Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação


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GONÇALVES-br/ historia-da-hidroginastica-e-hidroterapia-entre-os-seculos-
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Exercícios Práticos. 2º Ed., São Paulo: Phorte, 2006.

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https://viverbem.unimedbh.com.br/qualidade-de-vida/beneficios-da-hidroginastica/.
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