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MECÂNICA DOS SOLOS - UEMA

(Profa. Teresinha)

AULA 2: PROPRIEDADES E ÍNDICES

Objetivos

Conhecer os elementos constituintes do solo, a relação entre eles e de que forma


são expressos nos índices físicos. Objetiva também, conhecer as características do
solo e classificá-lo a partir dos tamanhos de suas partículas e os seus limites de
consistência.

2.1 Elementos constituintes do solo


O solo é um material constituído por um conjunto de partículas sólidas, deixando entre
si vazios que poderão estar preenchidos parcial ou totalmente pela água e pelo ar, ou
gases. Deve-se reconhecer, portanto, que o solo é essencialmente constituído de três
fases: da parte sólida, liquida e gasosa.

Figura 2.1: Representação esquemática das partes constituintes do solo.


Fonte: adaptado pelo autor.

Embora seja extremamente difícil separar as diferentes partes do solo, é possível


apresentar algumas características de cada uma.

2.1.1 Parte sólida

As partes sólidas do solo consistem de partículas que variam em tamanho e


mineralogia. Recebe denominações distintas de acordo com o tamanho de suas
partículas, apresentando uma ampla variação. Devido a essa variação, foram criadas
faixas com limites de tamanhos das partículas. Assim, de acordo com a predominância
do tamanho de suas partículas, o solo recebe o nome de: pedregulho, areia, silte e
argila.

Numa primeira aproximação, pode-se identificar que alguns solos possuem grãos
perceptíveis a olho nu, como os grãos de pedregulho ou a areia do mar, e que outros
têm os grãos tão finos que, quando molhados, se transformam numa pasta (barro),
não podendo se visualizar as partículas individualmente.

Figura 2.2: Amostra de pedregulho. Figura 2.3: Amostra de areia.


Fonte: www.clikofertas.com............. .......Fonte: www.minasjr.com.br
(acesso em 30/08/2022). (acesso em 30/08/2022).

Figura 2.4: Amostra de barro.


Fonte: www.amostra.de.solo.com.br.
(acesso em 14/01/2013).

Na Figura 2.4, não se percebe, num primeiro contato com o solo, o tamanho dos grãos
existentes, ou seja, é difícil de identificar o tamanho de suas partículas, pois as maiores
estão envoltas por uma grande quantidade de partículas muito finas, ficando com o
aspecto de aglomeração. Mesmo as areias se diferenciam pelo tamanho de suas
partículas, se classificando em areias finas, médias e grossas.
Atenção
É comum encontrar em uma amostra de solo, ao mesmo
tempo, partículas de diversos tamanhos, ou seja, com
pedregulhos, areia, silte e argila.

Diante o exposto, foram criadas classificações de solo de acordo com o tamanho de


suas partículas. Assim, várias organizações internacionais desenvolveram
classificações, com denominações específicas para as diversas faixas empregadas.
Como exemplo, apresenta-se na Tabela 2.1, algumas classificações de solo utilizadas
nos Estados Unidos. Percebe-se que existe uma variação no tamanho dos grãos,
mesmo se tratando de classificações de um mesmo país.

Tabela 2.1: Algumas classificações do tamanho das partículas, dos Estados Unidos da América.
Tamanho dos Grãos (mm)
Nome da Organização
Pedregulho Areia Silte Argila
Instituto de Tecnologia de Massachusetts > 2,00 2,00 a 0,06 0,06 a 0,002 < 0,002
(MIT)
Departamento de Agricultura dos Estados > 2,00 2,00 a 0,05 0,05 a 0,002 < 0,002
Unidos (USDA)
Associação Americana de Oficiais de 76,2 a 2,00 2,00 a 0,075 0,075 a 0,002 < 0,002
Estradas Estaduais e Transportes
(AASHTO)
Fonte: Das, 2007.

No Brasil os valores adotados seguem a ABNT (Associação Brasileira de Normas


Técnicas), mais especificamente a NBR-6502, cujas faixas classificatórias apresentam-
se a seguir.

Tabela 2.2: Classificação do solo segundo ABNT (NBR-6502).

Fração do solo Tamanho das Partículas (mm)


Pedregulho de 2,00 a 60,00
Areia de 0,06 a 2,00
Silte de 0,002 a 0,06
Argila Abaixo de 0,002

Os pedregulhos e areias são considerados quimicamente inativos (inertes), ou seja,


apresentam pouca ou nenhuma variação quando submetidos na presença da água.

De acordo com a forma dos pedregulhos, esses podem ser cúbicos, lamelares ou
alongados. Ressalta-se que a forma cúbica é a preferível na engenharia civil.

Devido ao tamanho das partículas, os pedregulhos apresentam grandes poros e por


isso são muito utilizados na execução de drenos longitudinais ou profundos, por
permitir que a água escoe com mais facilidade (ver Figura 2.5).
Atenção:
Drenos longitudinais ou profundos são
dispositivos de drenagem executados para
rebaixamento de lençol freático. São
construídos abrindo-se valas longitudinais que
são preenchidas com britas, pedregulhos, etc.

Figura 2.5: Detalhe de um dreno utilizando pedregulhos.


Fonte: Adaptado da autora

Já os grãos de areia são classificados de acordo com a forma de suas arestas, em:
angulares, subangulares e arredondados, conforme apresentado na Figura 2.6.

Figura 2.6: Classificação da areia, segundo a forma de suas arestas.


Fonte: Adaptado da autora

Como exemplos de areias arredondadas têm-se as areias de rios, areias de praias e


areias eólicas (transportadas pelo vento).

Da mesma forma que os pedregulhos, as areias também são utilizadas na execução de


drenos, principalmente a areia grossa, por permitir melhor escoamento das águas.
Figura 2.7: Detalhe de um dreno utilizando areia.
Fonte: DNIT, Adaptado da autora.

Quanto aos siltes, esses são considerados uma transição entre as argilas e as areias. De
acordo com o tamanho de suas partículas podem ser denominados de siltes graúdos e
finos. Os siltes graúdos tem comportamento aproximadamente arenoso, enquanto
que o os siltes finos tem comportamento aproximado ao das argilas, apresentando
alteração em seu volume quando na presença da água.

Já as argilas apresentam propriedades físicas de acordo com o tamanho e as formas


dos grãos que a constituem. Na Figura 3.8 mostra a forma que frequentemente
apresentam-se as partículas de argila.

Figura 2.8: Formas frequentes da argila.


Fonte: Adaptado da autora.

Como ilustração, apresenta-se a seguir uma figura com amostras de areia, silte e argila.
Figura 2.9: Amostra de areia, silte e argila.
Fonte: www.textura.do.solo.com.br.
(acesso em 30/08/2022).

Como já exposto, é comum encontrar partículas de diversos tamanhos (pedregulho,


areia, silte e argila), em um mesmo solo.

Nesse caso, o solo é denominado de acordo com a predominância de partículas


constituintes. Exemplo: um solo é constituído de 60% de areia e 40% de argila, nesse
caso ele é denominado de “areia argilosa”. Se ocorrer o contrário, ou seja, 60% de
argila e 40% de areia, então teríamos uma “argila arenosa”.

2.1.2 Parte liquida

Embora a natureza química da água seja a mesma é comum dividi-la em três


categorias: higroscópica, capilar e gravitacional ou livre.

A água higroscópica é retida no solo mesmo após secagem completa ao ar. Ela só pode
ser removida por secagem em estufa numa temperatura de 110°C ± 5°C, durante 24
horas.

A água capilar é aquela que nos solos de grãos finos sobe pelos vazios capilares
deixados pelas partículas sólidas. Mais detalhes sobre o seu comportamento será
detalhado em aulas posteriores.

A água gravitacional ou livre é que se move nos solos obedecendo à lei da gravidade e
pelas leis da hidráulica. É a única que pode ser removida por um sistema de drenagem.
Como a anterior, seu estudo será detalhado em aulas posteriores.

2.1.3 Parte gasosa

É a que preenche, juntamente com a água, os espaços vazios das demais fases. É
constituída por ar, vapor d´água e gases.
Os gases nos vazios do solo costumam originar-se de: decomposição da matéria
orgânica, da difusão de gases de regiões mais profundas do solo e de erupções
submarinas vulcânicas.

2.2 Índices físicos


No item anterior foram apresentadas as partes constituintes do solo. Dependendo da
quantidade relativa de cada uma das três fases (sólida, liquida e gasosa) que o
compõe, o solo apresenta diferente comportamento. Diversas relações são
empregadas para expressar as proporções entre elas.

Para ser possível o estudo dessas relações faz-se necessário uma apresentação
simplificada dos componentes do solo. Para isso é usual utilizar-se o chamado
“diagrama esquemático”, permitindo uma visualização separada dos componentes.

Supõe-se nesse diagrama que todas as partículas sólidas se encontram fundidas em


uma massa sem vazios, e que os vazios entre as partículas estão reunidos em outras
duas partes, uma representando a água e outra o ar.

Atenção:
Lembrar que no item 2.1 foi dito que o solo é
um material constituído por um conjunto de
partículas sólidas, deixando entre si vazios que
poderão estar preenchidos pela água, pelo ar
ou gases.

Para melhor entendimento, apresenta-se na Figura 2.9 (a), o solo no seu estado
natural, mostrando as três fases, numa estrutura única. Já na Figura 2.9 (b), as três
fases estão separadas esquematicamente, mostrando a indicação de pesos e volumes
de cada parte constituinte, que são dados fundamentais para o estudo dos índices
físicos.

Atenção:
O termo correto é “massa” ao invés de “peso”.

As definições corretas são:


Massa: quantidade de matéria presente em um corpo.
Peso: é uma força “invisível” que atrai os corpos para a superfície da
terra. O seu cálculo é feito através da expressão:
P=mxg
Onde:
P = peso
m = massa
g = aceleração da gravidade (g = 9,8 m/s2).
Sendo assim, quando subimos em uma balança, estamos obtendo a
massa do nosso corpo e não o peso. Para obtermos nosso peso seria
necessário multiplicar a massa obtida na balança pelo valor da
gravidade.

Ressalta-se que popularmente é comum utilizar a palavra “peso” ao


invés de “massa”. Sendo assim, nos textos a seguir, será utilizada
essa mesma prática, porém deixando claro que existe uma diferença
entre esses dois termos e entendendo que sempre que aparecer o
termo “peso” estamos nos referindo à “massa do corpo”.

Figura 2.10: As fases no solo; (a) no seu estado natural e (b) separadas esquematicamente
nas três fases do solo, com indicação de seus volumes e pesos.
Fonte: Modificado de Pinto, 2006.

Onde:

Vt = volume total da amostra


Vv = volume de vazios da amostra
Vs = volume da fase sólida da amostra
Var = volume da fase gasosa (ar) da amostra
Va = volume da fase liquida (da água) da amostra
Pt = peso (massa) total da amostra
Par = peso (massa) da fase gasosa da amostra (considerado nulo)
Pa = peso (massa) da fase liquida (da água) da amostra
Ps = peso (massa) da fase sólida da amostra (considerada como a massa seca da
amostra)
Observam-se, no diagrama esquemático, as seguintes relações:

Equação 2.1
Vt = Vv + Vs

Equação 2.2
Vv = Var + Va

Equação 2.3
Pt = Pa + Ps

Em uma amostra de solo, a principio, as quantidades de água e ar podem variar. Como


por exemplo, a evaporação pode fazer diminuir a quantidade de água, substituindo-a
por ar, ou então a compactação do solo pode provocar a saída do ar, reduzindo o
volume de vazios e, consequentemente, aumentando a resistência do solo. Nesses
casos, a parte sólida do solo permanece a mesma, mas seu estado se altera.

Pode-se acrescentar ainda, que uma amostra de solo pode encontrar-se em um dos
três estados, apresentados esquematicamente na figura abaixo.

Figura 2.11: Representação esquemática de três estados do solo.


Fonte: adaptado da autora.

A partir dos elementos apresentados nessa figura, podemos observar:

a) os vazios podem estar completamente secos contendo apenas ar no seu vazio (um
estado pouco comum);

b) os vazios podem estar saturados com água (um estado comum nos trabalhos de
engenharia) e
c) a amostra pode estar parcialmente saturada contendo ar e água em seus vazios (um
estado mais comum do solo).

A partir do diagrama esquemático apresentado na Figura 2.9 (b), podem-se definir


índices físicos do solo.

Alguns desses índices são calculáveis por medições diretas, ou seja, através de
pesagem e medidas extraídas do corpo de prova, tais como: a densidade natural, a
densidade dos grãos e a umidade natural. Outros índices são calculáveis a partir dos
índices definidos anteriormente, tais como: densidade seca dos grãos e índice de
vazios. A seguir apresentam-se o detalhamento dos índices físicos mais utilizados nos
estudos de solos.

2.2.1 Densidade natural (γ)

A densidade natural, ou peso específico aparente do solo, é a relação entre o peso


(massa) total do solo e seu volume total. A expressão “peso específico aparente do
solo” é comumente substituída só por “peso específico” do solo. A densidade
geralmente é expressa em g/cm³.

Para sua determinação, utiliza-se um cilindro cujas são dimensões conhecidas e


permitem calcular o volume do solo. O peso (massa) do solo é feito diretamente em
uma balança eletrônica.

Equação 2.4

Peso total Pt
γ= = (g⁄cm³)
Volume total Vt

2.2.2 Densidade dos sólidos ou dos grãos (γg)

A densidade dos grãos, também conhecida como peso específico das partículas sólidas,
é a relação entre o peso (massa) dos grãos do solo e volume das partículas sólidas.
Esse índice é comumente obtido, em laboratório, com o auxilio de picnômetros.

Equação 2.5

Peso das particulas Pg


γg = = (g⁄cm³)
Volume das partículas Vs
3.2.3 Densidade seca do solo (γs)

Também conhecido como peso específico aparente de um solo seco, é a relação entre
o peso (massa) seco do solo e o seu volume total.

Equação 2.6

Peso seco do solo Ps


γs = = (g⁄cm³)
Volume total Vt

Corresponde ao peso específico que o solo teria se viesse a ficar totalmente seco, sem
que houvesse variação de volume. Sendo assim, não é determinado diretamente em
laboratório, mas calculado a partir da densidade natural e da umidade, conforme
mostra adiante no item 2.2.10.

2.2.4 Umidade (h)

Define-se como umidade (h) de um solo como sendo a relação entre o peso (massa) da
água contida num certo volume de solo e o peso (massa) da parte sólida existente
neste mesmo volume, expresso em porcentagem:

Equação 2.7

Peso da água contida


h= × 100 (%)
Peso dos sólidos na amostra

ou seja:
Pa
h= × 100 (%)
Ps

Sendo:

Equação 2.8
Pa = Pt − Ps

Onde:

Pa = peso (massa) da fase liquida (da água) da amostra (g)


Pt = peso (massa) total da amostra (g)
Ps = peso (massa) da fase sólida da amostra (massa seca)
Em laboratório faz-se o seguinte procedimento:

- determina-se o peso (massa) de uma amostra de solo, utilizando uma balança


eletrônica.
- em seguida coloca-se a amostra em uma estufa numa temperatura de 105°C ± 5°C,
durante 24 horas.
- após esse tempo obtém o peso (massa) seco do solo seco, utilizando uma balança
eletrônica.
- o peso (massa) da água é obtido pela diferença do peso total e do peso seco,
conforme mostra na Equação 2.8.
- a umidade do solo é calculada pela relação expressa na Equação 2.7.

2.2.5 Índice de vazios (e)

É definido como a relação entre o volume de vazios e o volume das partículas sólidas.
Não pode ser determinado diretamente em laboratório, mas é calculado a partir de
relação entre outros índices obtidos por medições diretas.

Atenção:
Ver outras relações para o índice de vazios no item 2.2.10.

Equação 2.9
Volume de vazios Vv
𝑒= = (Adimensional)
Volume de sólidos Vs

Atenção:
Adimensional significa que não tem uma unidade física.

2.2.6 Porosidade (n)

Por definição, porosidade é a relação entre o volume de vazios e o volume total da


amostra. Assim como o Índice de Vazios, esse também é obtido a partir de relação
entre outros índices obtidos por medições diretas.

Equação 2.10
Volume de vazios Vv
𝑛= × 100 = × 100 (%)
Volume total Vt
2.2.7 Grau de saturação (S)

Define-se grau de saturação como a relação entre o volume de água e o volume de


vazios, existente no solo, ou seja:

Equação 2.11

Volume de água Va
S= × 100 = × 100 (%)
Volume de vazios Vv

Da mesma forma, esse índice não é obtido diretamente em laboratórios, mas sim a
partir de relação entre outros índices.

Atenção:
Quando o solo estiver saturado tem-se S = 100%.

2.2.8 Grau de compacidade (GC)

O termo “compacidade” geralmente é usado para indicar o estado de compacidade in


situ do solo granular (areia), que é expresso através do seu índice de vazios. No
entanto, para essa análise faz-se necessário analisar não só o seu índice de vazios
natural, mas também os índices de vazios máximo e mínimo, em que ela pode se
encontrar.

Se uma areia pura, no estado seco, for colocada cuidadosamente em um recipiente,


vertida através de um funil com pequena altura de queda, por exemplo, ela ficará no
seu estado mais fofo possível. Pode-se, então, determinar seu peso específico e dele
calcular o índice de vazios máximo.

Por outro lado, vibrando-se uma areia dentro de um molde, ela ficará no seu estado
mais compacto possível, o que corresponde ao seu índice de vazios mínimo.

Os índices de vazios máximo e mínimo dependem das características da areia. Valores


típicos estão indicados na tabela a seguir. Os valores são tão maiores quanto mais
angulares são os grãos e quanto mais mal graduadas as areias.
Descrição da Areia emín emáx
Areia uniforme de grãos angulares 0,70 1,10
Areia bem graduada de grãos angulares 0,45 0,75
Areia uniforme de grãos arredondados 0,45 0,75
Areia bem graduada de grãos arredondados 0,35 0,65
Fonte: Pinto, 2006

Assim, o estado de uma areia, ou sua compacidade, pode ser expresso pelo índice de
vazios em que ela se encontra, em relação a esses valores extremos, pelo esse índice
de compacidade relativa, obtido pela expressão:

Equação 2.12
emáx − enat
GC =
emáx − emin

onde:

e máx = índices de vazios máximos (solo no estado solto)


e min = índice de vazios mínimo (solo no estado compactado)
e nat = índices de vazios natural (solo no estado natural)

Usando critérios usualmente aceitos, sugerida por Terzaghi, as areias se classificam


em:

- Areia fofa (ou solta) - Quando: 0 < GC < 0,33


- Areia mediamente compacta - Quando: 0,33 <GC < 0,66
- Areia compacta - Quando 0,66 <GC< 1
Outra forma de se calcular o grau de compacidade é através dos pesos específicos.

Equação 2.13
γnat − γmin γmáx
GC = .
γmáx − γmin γnat

onde:

γ máx = peso específico seco no estado mais denso possível


γ nat = peso específico seco no estado natural
γ min = peso específico seco no estado mais solto possível
2.2.9 Grau de aeração (A)

Define-se grau de saturação como a relação entre o volume de ar e o volume de


vazios, existente no solo, ou seja:

Equação 3.14
Var
A= × 100 (%)
Vv

Como:

Var = Vv - Va (ver diagrama esquemático na Figura 2.9 (b))

onde: - Vv = volume de vazios da amostra


- Va = volume da fase liquida (da água) da amostra

Resultando na expressão:

Equação 2.15

A = 1 – S (%)

Onde S = Saturação do solo.

2.2.10 Relações diversas entre os índices físicos

Equação 2.16
Pt
Ps = (g)
1+ h

Equação 2.17 A = 1 – S
(%) γ
γs = (g⁄cm³)
1+h

)
Equação 2.18
e
n=
1+e
Equação 2.19
g
e= − 1 (g⁄cm³)
s

Equação 2.20
h . g
S=  100 (%)
e

Equação 2.21
1+ h
 = g (g⁄cm³)
1+ e

Equação 2.22
γg
γs = (g⁄cm³)
1+e

Equação 2.23
γs = γg (1 − n) (g⁄cm³)
Atividades de aprendizagem
1) Quais as partes constituintes do solo e como podemos classificar a sua parte sólida?

2) Uma certa quantidade de solo com peso (massa) = 22,00 Kg apresenta um volume
de 12.200 cm3 e γg = 2,67 g/cm3. Desse solo extraiu-se uma amostra para determinar a
umidade do solo, onde se obteve peso (massa) úmido = 70 g e o peso seco = 58 g.
Pede-se calcular, os seguintes índices desse solo:
a) teor de umidade (h);
b) peso da parte sólida (Ps);
c) Peso da água (Pa);
d) volume da parte sólida (Vs);
e) volume de vazios (Vv);
f) índice de vazios (e);
g) porosidade (n);
h) grau de saturação (S);
i) grau de Aeração (A) e
j) peso específico aparente (γ).

3) Uma amostra de areia com um volume de 2.900 cm 3 pesou 5.200 g. Para a


determinar a umidade do solo extraiu-se uma amostra com peso úmido = 7,79 g e
peso seco = 6,68 g. Esse solo apresenta índice de vazios no estado solto = 0,85 e no
estado compactado = 0,50. Sabendo-se que o γg = 2,70 g/cm3 , calcular:
a) teor de umidade (h);
b) peso da parte sólida (Ps);
c) Peso da água (Pa);
d) volume da parte sólida (Vs);
e) volume de vazios (Vv);
f) índice de vazios (e);
g) porosidade (n);
h) grau de compacidade (GC) e
i) peso específico aparente (γ).

4) Um solo apresenta o peso específico igual a 1,80 g/cm 3 , γg = 2,67 g/cm3 e o teor de
umidade = 10%. Pede-se determinar:
a) peso específico aparente seco (γs);
b) grau de saturação (S) e
c) índice de vazios (e)
5) Sabendo-se que o peso específico de um solo é igual a 1,60 g/cm3, o teor de
umidade = 33% e a densidade das partículas = 2,65 g/cm3, pede-se calcular:
a) índice de vazios (e);
b) porosidade (n) e
c) grau de saturação (S).

Referências Básica:
DAS BRAJA, M. Fundamentos de engenharia geotécnica. Tradução All Tasks. São
Paulo, Thomson Learning, 2007.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 052/91:


Determinação da umidade do solo com Speed, 1991.

______. DNER-ME 93/94: Solos – Determinação da Densidade real, 1994.

______. DNER-ME 213/94: Determinação da umidade do solo pela estufa, 1994.

PINTO, C. S. Curso básico de mecânica dos solos. Editora Oficina de Textos, 2006.

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