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GUIA RÁPIDO

SITUAÇÃO DE RISCO

1. COLOCAÇÃO DE OBJETOS ENTRE OS ROLOS – SOBRE A TANGENTE DO ROLO


2. CHAPA ESTREITA - PRENSAGEM EXCESSIVA
3. CALANDRAGEM A QUENTE
4. INSTRUÇÕES DE MANUTENÇÃO

1.1. COLOCAÇÃO DE OBJETOS ENTRE OS


ROLOS
Uma das situações de maior risco para a integridade da
máquina é a prensagem da chapa entre o rolo superior e
outro, com uma sobre espessura ou uma cunha (ou
plataforma, etc.) entre eles. (1.1.A).
A rotação do eixo nestas condições resulta em tensões
incontroláveis bastante elevadas sobre toda a máquina.
Esta situação pode causar danos irreparáveis em certos
componentes, em particular (1.1.B):
- contração / rutura da superfície dos rolos
- deformação / rutura dos eixos dos rolos
- rutura dos rolamentos
- danos nos suportes, mancais e buchas
- danos nos cilindros
- danos nas estruturas
- rutura dos motores e dos redutores

1.1.A

1.1.B

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1.2 SOBRE A TANGENTE DO ROLO


Um dos riscos mais frequentes durante a fase de pré-
calandragem e que pode resultar em danos na máquina
ocorre aquando do movimento da borda da chapa, sob
carga, aquém do ponto tangencial do rolo de prensagem
(1.2.A).
Esta situação pode originar cavitações muito elevadas nos
hidromotores e, consequentemente, danos irreparáveis nos
redutores da máquina.

1.2.A

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2. CHAPA ESTREITA - PRENSAGEM EXCESSIVA

2.1.CHAPA ESTREITA
A calandragem de chapas estreitas concentra a potência numa
secção reduzida dos rolos, aumentando o esforço sobre os
mesmos.
Ao utilizar demasiada potência, os rolos podem sofrer danos
graves, incluindo a fissuração.
Para um melhor resultado, as chapas estreitas devem ser sempre
posicionadas no centro dos rolos. Para reduzir o risco de
fissuração dos rolos, mantenha a pressão de qualquer movimento
o mais baixa possível, apenas o suficiente para mover a chapa;
isto evitará a concentração de esforços excessivos sobre uma
pequena secção dos rolos (2.1.A).

A PRESSÃO EXCESSIVA PODE DANIFICAR SÉRIA E 2.1.A


PERMANENTEMENTE OS ROLOS, INCLUINDO A SUA
FISSURAÇÃO (2.1.B)

IMPORTANTE: para reduzir os danos aquando da utilização


de chapas estreitas, a pressão do rolo NUNCA DEVE
EXCEDER os valores indicados na seguinte tabela (aquando
da prensagem, verifique atentamente os valores indicados no
manómetro).
Pressão
Comprimento chapa (L) máxima permitida
100% 100%
80% 85%
60% 75%
50% 70%
40% 65%
A calandragem de chapas estreitas, 40% inferiores ao
comprimento dos rolos (2.1.C), pode danificar os rolos, incluindo
2.1.B
a fissuração dos mesmos, mesmo com pressão muito baixa,
devido ao efeito de bridging associado a chapas estreitas, grossas
e duras. Caso seja necessário proceder a esta calandragem,
contacte o serviço de apoio ao cliente PROMAU.
Se for necessário exceder os valores indicados, é necessária a
autorização específica emitida pelo fabricante.

2.1.C

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2.2. PRENSAGEM EXCESSIVA

É fundamental ajustar a prensagem de acordo com o tipo de


chapa a calandrar.
A prensagem excessiva pode resultar em danos na máquina. De
seguida, é apresentada a forma de calandragem correta para
chapas com diferentes espessuras.

2.2.1. CHAPA MAIS GROSSA

A) Mantenha a prensagem o mais baixa possível (AMARELO).

B) Ao calandrar a chapa através do rolo lateral, a barra passará a


VERDE (situação ideal para não obter defeitos côncavos ou
convexos na chapa).
O funcionamento da máquina na zona LARANJA pode resultar em
convexidade na chapa.
Não trabalhe com a barra no VERMELHO (defeito convexo
acentuado na chapa - pressão elevada na máquina).

2.2.2. CHAPA MAIS FINA

A) Utilize a pressão de pré-carga ideal, VERDE.


B) Ao calandrar a chapa através do rolo lateral, a barra permanecerá
no VERDE (situação ideal para não obter efeitos côncavos ou
convexos na chapa).
O funcionamento da máquina na zona LARANJA pode resultar em
convexidade na chapa. Não trabalhe com a barra no VERMELHO
(defeito convexo acentuado na chapa - pressão elevada na
máquina).

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3. CALANDRAGEM A QUENTE

A utilização de chapas quentes é permitida ÚNICA E


EXCLUSIVAMENTE caso a máquina tenha sido concebida
para a calandragem a quente. Caso contrário ou em caso de
dúvida, contacte imediatamente o fabricante. Em calandras
especificamente concebidas para o efeito, devem ser respeitados
os seguintes procedimentos:

- Mantenha a chapa quente na máquina durante o menor


tempo possível (reduza o ciclo de calandragem para o
mais baixo).
- NÃO permita que a chapa permaneça nos rolos (após
conclusão do ciclo de calandragem, retire-a
IMEDIATAMENTE da máquina).
- Meça frequentemente a temperatura da superfície dos
rolos, no mínimo após cada processo de calandragem a
quente, com o instrumento adequado (disponível no
mercado ou como ferramenta opcional junto do
fabricante).
- Monitorize o rolo superior, prestando especial atenção,
uma vez que é o mais afetado pelo calor. A chapa passa à
volta do rolo superior e, por isso, é onde se concentra a
maior transmissão de calor (quanto mais a chapa passa
pelo rolo superior, mais quente este fica).
- Mantenha a temperatura dos rolos, medida com o
instrumento adequado, dentro do valor limite MÁXIMO,
conforme indicado na tabela abaixo.
Este valor, variável conforme a unidade de calandragem a
quente disponível, NUNCA deve ser excedido, de modo a
evitar danos permanentes e graves nos rolos.

SEM proteção 100°C 100ºC

Unidade de calandragem média 180ºC 180ºC


Unidade de calandragem a quente básica 380ºC 380ºC

Unidade de calandragem a quente intensiva 500ºC 500ºC

- Adicionalmente, para prevenir danos permanentes e


graves nos rolos, é essencial que, mediante o aumento da
temperatura dos rolos, o operador reduza
progressivamente a força da máquina (pressão hidráulica
do movimento dos rolos), de acordo com a tabela seguinte:

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TEMPERATURA DOS ROLOS


°C °F PRESSÃO MÁX. ROLOS
Até 100 Até 212 100%
de 101 a 130 de 213 a 266 95%
de 131 a 170 de 267 a 338 90%
de 171 a 220 de 339 a 428 85%
de 221 a 300 de 429 a 572 80%
de 301 a 350 de 573 a 662 75%
de 351 a 400 de 663 a 752 70%
de 401 a 450 de 753 a 842 62%
de 451 a 500 de 843 a 932 55%

Face ao exposto, é necessário medir constantemente a


temperatura dos rolos, especialmente nas áreas em maior
contacto com a chapa.

Para efeitos de proteção do sistema, podem ser disponibilizados


sensores térmicos específicos; estes reduzirão automaticamente
a pressão máxima dos rolos quando são atingidas as
temperaturas limite pré-determinadas.
Caso a temperatura da máquina atinja o limite, a máquina
PARA.
É impossível retomar a calandragem e o operador DEVE retirar
a chapa da máquina IMEDIATAMENTE E O MAIS
DEPRESSA POSSÍVEL (sem deixar a chapa parada sobre os
rolos), utilizando apenas os rolos e abrindo o yoke. Desta forma,
previnem-se danos permanentes e graves nos rolos.
As pressões operacionais devem ser novamente reduzidas, caso
a chapa seja, em largura, mais estreita do que os rolos (conforme
descrito no respetivo parágrafo sobre a redução das pressões
para chapas estreitas).

- Nunca utilize água ou outros refrigeradores líquidos para


arrefecer os rolos ou outras peças da máquina, evitando danos
permanente e graves nos rolos.

É obrigatório cumprir os procedimentos acima indicados para


prevenir danos permanentes e irremediáveis nos rolos e outros
componentes da máquina.

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Cap. 4 INSTRUÇÕES DE MANUTENÇÃO

4.1. DISPOSITIVO HIDRÁULICO (4.1.1-H)

4.1.1. A cada 20 horas (ou semanalmente), verifique o nível do


óleo hidráulico (4.1.1-L) e, se necessário, abasteça sempre com
o mesmo tipo de óleo (previamente filtrado). AVISO: nunca
trabalhe com o nível do óleo abaixo do mínimo, evitando danos
graves no dispositivo hidráulico.

4.1.2. Após as primeiras 200 horas de funcionamento (ou 3


meses), substitua o cartucho do filtro na linha de retorno do óleo
(4.1.1-F). Posteriormente, a cada 400 horas de funcionamento,
verifique o estado do filtro. Se necessário, substitua-o.
AVISO: A limpeza do óleo hidráulico é essencial para garantir a
durabilidade dos componentes.

4.1.3. A cada 2000 horas de funcionamento e, forçosamente,


anualmente, substitua todo o óleo e o cartucho do filtro (4.1.3).
A substituição anual do óleo é muito importante para o
funcionamento adequado do sistema hidráulico.
A cada substituição do óleo, substitua também o filtro de
exaustão (4.1.1-F).
AVISO: utilize apenas peças originais, solicitando-as à
PROMAU/Davi.
A UTILIZAÇÃO DE FILTROS (BEM COMO DE
QUAISQUER PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO) NÃO
ORIGINAIS PODE ANULAR A GARANTIA.

4.1.4. Semanalmente (após 20 horas de funcionamento), é


necessário verificar a calibração correta do termostato de
arrefecimento e ajustá-lo para temperatura inferior a 40ºC.

4.1.5. Anualmente (ou após cada 2000 horas de


funcionamento), verifique o filtro de aspiração (4.1.1G).
Contacte o Serviço de Apoio ao Cliente da Promau para
conhecer o procedimento correto.

4.1.6. Após as primeiras 100 horas de funcionamento (ou 1


mês), troque o cartucho do filtro de ar (4.1.6). Posteriormente,
troque-o a cada 500 horas de funcionamento.
ATENÇÃO: utilize APENAS cartuchos de filtro originais,
solicitando-os à Promau. A utilização de filtro (bem como de
quaisquer peças de substituição) não originais resulta na
anulação imediata da garantia

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4.2. REDUTORES PLANETÁRIOS (4.2.1) “R”

4.2.1. A cada 40 horas (ou mensalmente), verifique a


fixação dos parafusos “A” (4.2.1) que mantêm os
redutores planetários ancorados.

4.2.2. A cada 2000 horas de funcionamento (ou


anualmente), substitua totalmente o óleo (previamente
filtrado) no interior dos redutores. O procedimento é o
seguinte (4.2.1.):
- desaparafuse a porca inferior “S”;
- retire/descarregue o óleo;
- aparafuse de novo a porca inferior “S”;
- abasteça a partir da porca superior “D” até ao
transbordo da porca “D”. 4.2.1
- Após as primeiras 100 horas de funcionamento do
redutor (cerca de 500 horas de funcionamento da
máquina), substitua totalmente o óleo dos
redutores.

GUIDA-4.2-A.PT.rev03
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4.3. COMPONENTES HIDRÁULICOS

4.3.1. A cada 200 horas de funcionamento (ou


mensalmente), mas IMEDIATAMENTE em caso de
descida do nível do óleo ou vestígios de óleo no chão,
verifique todos os dispositivos hidráulicos (válvulas,
articulações, tubos, medidores, etc.). Verifique a
existência de eventuais fugas e aperte tudo o que possa
estar solto.
Não obstante, substitua os tubos a cada 5 anos.
AVISO: a manutenção inadequada dos componentes
hidráulicos pode resultar em situações de perigo
durante a manutenção, bem como durante o
funcionamento. 4.3.2

4.3.2. É absolutamente proibido alterar a configuração


das válvulas hidráulicas (4.3.2). Estas encontram-se
seladas para evitar danos e foram calibradas pelo
CONTROLO DA QUALIDADE DA PROMAU
durante a fase de testes, antes da expedição da máquina.

AVISO: caso a selagem se apresente danificada,


interrompa imediatamente a máquina até obter
autorização do fabricante para retomar a sua utilização
ao abrigo da garantia. A PROMAU deve ser informada
por escrito. A perda da selagem, caso não tenha sido
comunicada conforme indicado, pode resultar na
anulação da garantia, exonerando a PROMAU de
quaisquer responsabilidades quanto a danos na
máquina.

OS COMPONENTES (BEM COMO QUAISQUER


PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO) NÃO ORIGINAIS
RESULTAM NA ANULAÇÃO DA GARANTIA.

GUIDA-4.3-A.PT.rev01.doc
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4.4. LIMPEZA DA MÁQUINA

Normalmente, as chapas a calandrar encontram-se


sujas, muitas vezes enferrujadas e libertam aparas
durante o processo. O rolo foi concebido para funcionar
nessas condições, mas, ainda assim, carece de cuidados
e de manutenção constantes e minuciosos, bem como
de limpeza nos seguintes pontos:

4.4.1. União entre a buchas do rolo superior e o yoke


(4.4.1-A e B). Deve apresentar-se sempre limpa quanto
a limalhas, aparas e qualquer sujidade, pois estas podem
interferir com a abertura, fecho e guia do yoke (4.4.1-
C). Proteja-a com Molykote «Massa Lubrificante em
spray D-321R» ou produto semelhante.

4.4.2 Recipiente para escória (opcional): limpe a cada


200 horas de funcionamento (ou antes, em caso de
chapas sujas).
Tome especial atenção durante esta operação, evitando
danos ao nível hidráulico ou elétrico; utilize aspiradores
industriais.

4.4.3 Guias deslizantes do rolo inferior (4.4.1-D):


durante a fase de prensagem, o rolo inferior sobe e
desce entre as duas guias deslizantes sobre
amortecedores auto-lubrificados. Os amortecedores não
carecem de lubrificação, mas devem manter-se limpos.
A cada 20 horas de funcionamento, devem ser
verificados e limpos com aspiração, removendo, assim,
quaisquer impurezas.

4.4.4. Em caso de paragem prolongada, lubrifique os


rolos para prevenir o possível enferrujamento ou
oxidação (óleo tipo Vp CI-329).

GUIDA-4.4-A.PT.rev00.doc
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4.5. LUBRIFICAÇÃO

A cada 50 horas de funcionamento, lubrifique as buchas


em bronze (apoios de rotação) dos rolos.
A cada 6 meses, aplique massa lubrificante nos
rolamentos e nas articulações esféricas eventualmente
existentes.
Estas operações de lubrificação podem ser realizadas
com massa lubrificante. Nesse caso, é necessário
verificar, em cada lubrificação, se a massa penetra nos
bicos e sai pelos lados, expelindo a massa
anteriormente existente e que deve estar suja.
As máquinas equipadas com bomba de lubrificação
automática carecem de verificação cuidada do sistema a
cada 50 horas de funcionamento. Confirme se os tubos
não apresentam fugas e se a massa lubrificante penetra
todos os bicos e chega às peças em bronze, expelindo a
massa anteriormente existente que deve estar suja. A
bomba de lubrificação automática deve ser acionada a
cada 50 horas.
Em máquinas equipadas com bomba de lubrificação
automática, alguns pontos não podem ser ligados à
tubagem, pelo que devem ser lubrificados
manualmente.

GUIDA-4.5-A.PT.rev01.doc

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