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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA

BACHARELADO EM MEDICINA

PREVALÊNCIA DE CASOS DE HIPERTENSÃO ENTRE OS CURSOS DA


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - CAMPUS URUGUAIANA

URUGUAIANA
2023
Autores: Camila Cristina Stachuk, Daniela Bordin, Giovanna Piazza Rodrigues,
Leticia Rios Bellaver, Lorena Barbosa da Silva, Monique de Oliveira Amurim,
Nathalie Gois e Taiara Bordin

PREVALÊNCIA DE CASOS DE HIPERTENSÃO ENTRE OS CURSOS DA


UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - CAMPUS URUGUAIANA

Trabalho apresentado no Curso de Bacharelado em Medicina da Universidade


Federal do Pampa para obtenção da aprovação em Saúde Coletiva III

Docente: Lucas Pitrez da Silva Mocellin

URUGUAIANA
2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................
2. OBJETIVOS...............................................................................................................................................
2.1 Objetivo geral.........................................................................................................................................
2.2 Objetivos específicos............................................................................................................................
3. HIPÓTESES...............................................................................................................................................
3.1 Hipótese principal.................................................................................................................................
3.2 Hipóteses secundárias.........................................................................................................................
4. METODOLOGIA........................................................................................................................................
5. RESULTADOS...........................................................................................................................................
5.1 Análise descritiva..................................................................................................................................
5.2 DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................
6. CONCLUSÃO............................................................................................................................................
REFERÊNCIAS..............................................................................................................................................
1. INTRODUÇÃO

A hipertensão arterial (HA) é uma doença crônica não transmissível (DCNT)


definida por níveis pressóricos, em que os benefícios do tratamento (não
medicamentoso e/ou medicamentoso) superam os riscos. Trata-se de uma condição
multifatorial, que depende de fatores genéticos/epigenéticos, ambientais e sociais,
caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica
(PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90
mmHg, medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na
ausência de medicação anti-hipertensiva.
Diversos fatores de risco para a hipertensão arterial foram previamente
identificados na literatura, conforme delineado na Diretriz Brasileira de Hipertensão
Arterial (2020). Portanto, a pesquisa clínica emerge como um imperativo de suma
importância para aprofundar a compreensão dessa condição, com o intuito de
aprimorar a abordagem conceitual da medicina transacional. Neste contexto, a
transposição do conhecimento advindo de pesquisas científicas e evidências
empíricas assume um papel crucial, visando catalisar avanços que reverberem
positivamente em benefício de todas as camadas populacionais.
No escopo desta pesquisa, propõe-se realizar uma análise abrangente dos
dados referentes aos estudantes pertencentes a diferentes cursos da Universidade
Federal do Pampa que apresentam quadros de hipertensão arterial. Este
levantamento considerará, primordialmente, a existência de diagnóstico prévio
estabelecido por profissional de saúde antes da participação na pesquisa. A análise
desse contingente permitirá não apenas a delineação da prevalência dessa
patologia no meio acadêmico, mas também a realização de comparações
interdisciplinares entre os diversos cursos, proporcionando uma compreensão mais
holística do fenômeno em questão.

2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
Investigar a prevalência e os fatores associados à hipertensão em discentes
do curso de Medicina da Universidade Federal do Pampa em comparação aos
discentes dos outros cursos do campus Uruguaiana – RS.

4
2.2 Objetivos específicos

● Determinar a prevalência de hipertensão entre os estudantes do campus


Uruguaiana.

● Identificar a relação entre a idade dos estudantes e a prevalência de

hipertensão.

● Identificar a relação entre a raça/etnia dos estudantes e a prevalência de


hipertensão.

● Investigar a associação entre o gênero dos estudantes e a ocorrência de


hipertensão.

● Analisar o histórico familiar de hipertensão e a sua relação com a frequência


da doença.

● Apurar os hábitos de vida dos estudantes do campus Uruguaiana quanto à


prática de atividade física e a relação com a hipertensão.

● Apurar os hábitos de vida dos estudantes do campus Uruguaiana quanto à


prática do tabagismo e a relação com a hipertensão.

3. HIPÓTESES

3.1 Hipótese principal


A prevalência de hipertensão entre estudantes do curso de medicina é maior
que dos demais cursos da Universidade Federal do Pampa, campus Uruguaiana por
apresentarem maiores comportamentos e hábitos de risco para esta condição.

3.2 Hipóteses secundárias


● A hipertensão afeta de 20 a 25% dos discentes da Unipampa - campus
Uruguaiana.

● Constata-se prevalência de hipertensão entre os indivíduos de maior faixa


etária dos estudantes do campus Uruguaiana.

5
● Espera-se que não exista diferença significativa de prevalência da
hipertensão entre discentes de diferentes etnias.

● Acredita-se que tenha maior prevalência de hipertensão entre discentes do


sexo masculino em comparação às discentes do sexo feminino feminino no
Campus Uruguaiana.

● Espera-se que exista maior prevalência de hipertensão entre discentes que


possuem a doença no histórico familiar em comparação aos que não
possuem.

● Espera-se que exista maior prevalência de hipertensão em discentes


sedentários em comparação aos que praticam atividades físicas.

● Espera-se que exista maior prevalência de hipertensão em discentes


tabagistas em comparação aos discentes não tabagistas.

4. METODOLOGIA

O presente estudo, conduzido ao longo do semestre letivo no âmbito da


disciplina de Saúde Coletiva III, adotou uma abordagem de pesquisa transversal e
quantitativa. A coleta de dados foi efetuada por meio da plataforma Google Forms,
que hospedou um questionário composto por 11 perguntas, elaboradas em
consonância com as hipóteses predefinidas. Os critérios de exclusão contemplaram
indivíduos com idade inferior a 18 anos, além do requisito essencial de obtenção do
consentimento de participação. Adicionalmente, indagações relacionadas a variáveis
sociodemográficas, tais como gênero, idade, curso de graduação em andamento e
etnia, foram incorporadas ao instrumento.

O propósito primordial da pesquisa consistiu em analisar a prevalência de


hipertensão arterial (HA) entre os cursos da Universidade Federal do Pampa.
Participantes desprovidos do diagnóstico de HA foram excluídos, conforme orientado
previamente, e o questionário foi direcionado à conclusão. A referida abordagem
teve implicações significativas na comparação dos casos, aspecto que será
detalhado de maneira mais pormenorizada em seções subsequentes.

6
O embasamento teórico foi fundamentado nas Diretrizes Brasileiras de
Hipertensão Arterial de 2020, representando a principal fonte orientadora da
pesquisa, juntamente com dados provenientes de fontes reconhecidas no meio
acadêmico, como Google Acadêmico e revistas científicas. As coletas de dados
foram realizadas no período compreendido entre 1º de outubro de 2023 e 25 de
outubro do mesmo ano, sendo o último dia destinado ao término da coleta.

A divulgação do convite para participação dos discentes ocorreu por meio de


redes sociais, notadamente Whatsapp e Instagram, este último englobando tanto
posts com instruções quanto perfis vinculados à Universidade Federal do Pampa.
Apesar da eficácia limitada desse método, dada a tendência dos cursos de formarem
grupos fechados, a abordagem possibilitou alcançar uma parcela representativa do
público universitário.

Após o encerramento do formulário, a geração de dados da pesquisa


envolveu duas etapas distintas: a primeira, utilizando a plataforma Google Forms; e
a segunda, mediante o emprego do Statistical Package for the Social Sciences
(SPSS), indicado pelo docente responsável pela disciplina. Ambas as plataformas
viabilizaram a construção abrangente do arcabouço do projeto, permitindo a
avaliação da prevalência dos objetivos gerais e específicos por meio da elaboração
de gráficos próprios e comparativos.

Por fim, as análises quantitativas da pesquisa foram conduzidas para


comparar os diferentes cursos de graduação do Campus Uruguaiana que
apresentam casos de hipertensão arterial.

5. RESULTADOS

Mediante a participação dos discentes de todos os cursos da Universidade


Federal do Pampa - Campus Uruguaiana, um total de 105 formulários foram
coletados, com apenas uma pessoa optando por não fornecer resposta. Não
obstante a singularidade dessa ocorrência, a abordagem das perguntas permitiu a

7
inclusão desta resposta na análise descritiva, de modo a assegurar uma avaliação
abrangente e representativa do conjunto de dados obtidos.

5.1 Análise descritiva


- Quanto a população estudada:
A presente pesquisa foi conduzida com uma amostra composta por 105
indivíduos, sendo que 104 manifestaram aceitação em participar, conforme
evidenciado no Gráfico 01 e detalhado nas Tabelas 01 e 02. Como requisito
essencial para a participação, foi estipulado que os participantes deveriam possuir
idade superior a 18 anos, conforme retratado no Gráfico 02, com dados específicos
disponibilizados nas Tabelas 03 e 04. A análise destes dados revelou um
predomínio significativo na faixa etária compreendida entre 18 e 35 anos,
evidenciado pelo percentual de 6,7% dos participantes apresentando idade superior
a 35 anos, conforme ilustrado no Gráfico 04 e detalhado nas Tabelas 07 e 08. Este
cenário encontra consonância com os resultados do Censo do IBGE de 2019, que
não apenas destaca a preponderância dessa faixa etária no meio acadêmico, mas
também evidencia, por meio de tabelas comparativas entre os anos do Censo, a
marcante e preponderante presença do sexo feminino no ensino superior,
representando 68,3% dos entrevistados, conforme evidenciado no Gráfico 03 e
elucidado nas Tabelas 05 e 06.

Adicionalmente, observou-se uma maior aderência dos estudantes do curso


de medicina em comparação com os demais cursos, como evidenciado no Gráfico
05 e detalhado nas Tabelas 09 e 10. Essa dinâmica pode ser explicada, em certa
medida, pela existência de nichos específicos entre os cursos, dificultando, assim,
uma interação mais próxima entre os demais discentes. Por fim, outra característica
da população estudada que se destaca é a prevalência da autodeclaração como
branca, conforme retratado no Gráfico 06 e detalhado nas Tabelas 11 e 12. Este
fenômeno pode ser elucidado, assim como discutido no artigo "Panorama das
Desigualdades de Raça/Cor no Rio Grande do Sul", pelo fato de que a população
gaúcha é majoritariamente composta por indivíduos brancos, perfazendo
aproximadamente 79%, o que corrobora a elevada predominância dessa etnia nas
instituições de ensino superior públicas, sendo este fenômeno contextualizado
historicamente.

8
Gráfico 01 Tabela 01-

Estatísticas
Você aceita participar desta
pesquisa?
N Válido 104
Ausente 0

Tabela 02-

Você aceita participar desta pesquisa?

Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Sim 104 100,0 100,0 100,0

9
Gráfico 02-

Tabela 03-

Estatísticas
Você tem mais de 18 anos?
N Válido 104
Ausente 0

Tabela 04-

Você tem mais de 18 anos?

Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa 10
Válido Sim 104 100,0 100,0 100,0
Gráfico 03 - Qual seu gênero?

Tabela 05-

Estatísticas
1. Qual seu gênero?
N Válido 104
Ausente 0

Tabela 06-

1. Qual seu gênero?


Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Feminino 71 68,3 68,3 68,3
Masculino 33 31,7 31,7 100,0

11
Total 104 100,0 100,0

Gráfico 04 - Qual a sua idade?

Tabela 07-

Estatísticas
Qual a sua idade?
N Válido 104
Ausente 0

Tabela 08-

2. Qual a sua idade?


Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Acima de 35 anos 7 6,7 6,7 6,7
Entre 18 e 20 anos 22 21,2 21,2 27,9
Entre 21 e 25 anos 54 51,9 51,9 79,8
Entre 26 e 30 anos 14 13,5 13,5 93,3
Entre 31 e 35 anos 7 6,7 6,7 100,0

12
Total 104 100,0 100,0

Gráfico 05 - Qual é seu curso de graduação?

Tabela 09-

Estatísticas
Qual é seu curso de
graduação?
N Válido 104
Ausente 0

Tabela 10-

3. Qual é seu curso de graduação?


Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Educação Física 4 3,8 3,8 3,8
Enfermagem 5 4,8 4,8 8,7
Farmácia 2 1,9 1,9 10,6
Fisioterapia 9 8,7 8,7 19,2

13
Medicina 73 70,2 70,2 89,4
Medicina Veterinária 11 10,6 10,6 100,0
Total 104 100,0 100,0

Gráfico 06 - Qual a sua etnia?

Tabela 11

Estatísticas
4. Qual a sua etnia?
N Válido 104
Ausente 0

Tabela 12

4. Qual a sua etnia?


Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Branco 75 72,1 72,1 72,1
Indígena 5 4,8 4,8 76,9
Pardo 21 20,2 20,2 97,1
Preto 3 2,9 2,9 100,0
14
Total 104 100,0 100,0

- Quanto à HAS:
No que tange à amostra em questão, composta por 104 indivíduos, apenas
4,81% apresentaram diagnóstico de hipertensão arterial, conforme evidenciado no
Gráfico 07 e detalhado nas Tabelas 13 e 14. Este diagnóstico revelou ser
preponderante na faixa etária entre 21 e 25 anos, abarcando 60% dos casos,
conforme claramente visualizado no Gráfico 08 e detalhado nas Tabelas 15 e 16.
Adicionalmente, 100% da amostra populacional afirmou possuir histórico familiar de
hipertensão arterial, como exemplificado no Gráfico 09 e detalhado nas Tabelas 17
e 18. Estas constatações, em parte, contrariam nossas hipóteses iniciais que
sugerem um predomínio de, pelo menos, 20% de casos de hipertensão arterial na
população estudada. Contudo, quando analisamos especificamente os dois últimos
gráficos mencionados, observa-se que os resultados estão em consonância com as
diretrizes estabelecidas para hipertensão arterial em 2019.

Gráfico 7 - Você já foi diagnosticado com hipertensão arterial sistêmica (HAS) por um
profissional da saúde?

15
Tabela 13

Estatísticas
5. Você já foi diagnosticado com hipertensão arterial
sistêmica (HAS) por um profissional da saúde?
N Válido 104
Ausente 0

Tabela 14

5. Você já foi diagnosticado com hipertensão arterial sistêmica (HAS) por um


profissional da saúde?
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Não 97 93,3 93,3 93,3
Não sei informar 2 1,9 1,9 95,2
Sim 5 4,8 4,8 100,0
Total 104 100,0 100,0

Gráfico 08 - Se sua resposta foi SIM, com qual idade você recebeu o diagnóstico de HAS?

16
Tabela 15

Tabela 16

17
Gráfico 09 - Você tem algum membro da família (pais, avós, irmãos) diagnosticado com HAS?

Tabela 17

Tabela 18

18
- Quanto aos hábitos de vida:

No que concerne aos hábitos de vida do grupo estudado, observa-se que a


maioria dos participantes pratica atividades físicas (40%), englobando principalmente
atividades aeróbicas de alta intensidade, com uma média de 75 a 150 minutos,
conforme preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em suas
diretrizes, conforme representado no Gráfico 10 e detalhado nas Tabelas 19 e 20.
Dentro da subamostra diagnosticada com hipertensão, 50% dos indivíduos praticam
caminhada e musculação, como ilustrado no Gráfico 11 e nas Tabelas 21 e 22,
assim como no Gráfico 12 e nas Tabelas 23 e 24, e no Gráfico 13 com as Tabelas
25 e 26. Essa informação é particularmente relevante, uma vez que a prática regular
de atividade física contribui para a manutenção de uma vida saudável e para o
controle da hipertensão arterial sistêmica (HAS). Em relação à amostra que não
soube informar sobre suas atividades físicas de acordo com os critérios da OMS,
50% predominam em musculação e caminhada.

No contexto dos hábitos de vida, no que tange ao tabagismo, observa-se que


20% da amostra populacional é composta por tabagistas de uso contínuo, sendo
que 50% consome, em média, de 20 a 29 cigarros, enquanto os outros 50%
consome entre 6 e 10 cigarros. Além disso, 20% da amostra cessou a atividade
tabágica, conforme ilustrado no Gráfico 14 (Tabelas 27 e 28) e no Gráfico 15
(Tabelas 29 e 30). Dessa forma, em parte, não foi possível corroborar integralmente
a hipótese inicial de que a hipertensão seria prevalente entre tabagistas; no entanto,
é válido ressaltar que a condição hipertensiva está presente nessa população,
evidenciando uma associação significativa entre o tabagismo e a hipertensão
arterial.

Gráfico 10 - Sobre seus hábitos relacionados à atividade física, marque a opção que mais se
aplica.

19
Tabela 19

Tabela 20

Gráfico 11 - Caso tenha selecionado que indica a prática de atividade física, selecione todas as
que se aplicam.

20
Tabela 21

Estatísticas
9. Caso tenha selecionado uma das opções
que indica a prática de atividade física,
selecione todas as que se aplicam.
N Válido 2
Ausente 0

Tabela 22

9. Caso tenha selecionado uma das opções que indica a prática de atividade física,
selecione todas as que se aplicam.
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Caminhada, Corrida,
1 50,0 50,0 50,0
Musculação
Caminhada, Musculação 1 50,0 50,0 100,0
Total 2 100,0 100,0

21
CONSIDERANDO APENAS A RESPOSTA “SIM” DA PERGUNTA NÚMERO 5.

Gráfico 12

Tabela 23

Estatísticas
9. Caso tenha selecionado uma das opções que
indica a prática de atividade física, selecione todas
as que se aplicam.
N Válido 4
Ausente 0

Tabela 24

9. Caso tenha selecionado uma das opções que indica a prática de atividade física,
selecione todas as que se aplicam.
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Caminhada 1 25,0 25,0 25,0
Caminhada, Corrida 1 25,0 25,0 50,0
Caminhada, Musculação 2 50,0 50,0 100,0

22
Total 4 100,0 100,0

CONSIDERANDO AS RESPOSTAS “SIM” E “NÃO SEI INFORMAR” DA PERGUNTA NÚMERO 5.


Gráfico 13

Tabela 25

Estatísticas
9. Caso tenha selecionado uma das
opções que indica a prática de atividade
física, selecione todas as que se aplicam.
N Válido 6
Ausente 0

Tabela 26

9. Caso tenha selecionado uma das opções que indica a prática de atividade física,
selecione todas as que se aplicam.
Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido Caminhada 1 16,7 16,7 16,7
Caminhada, Corrida 1 16,7 16,7 33,3
Caminhada, Corrida, 1 16,7 16,7 50,0

23
Musculação
Caminhada, Musculação 3 50,0 50,0 100,0
Total 6 100,0 100,0

Gráfico 14 - Você é ou já foi tabagista? (Considerar o tempo de uso contínuo)

Tabela 27

Tabela 28

24
Gráfico 15 - Se a resposta anterior for SIM, quantos cigarros por semana, em média você usa
ou usava?

Tabela 29

Tabela 30

5.2 DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na formulação das hipóteses, pautadas nos dados disponíveis nas Diretrizes


Brasileiras de Hipertensão Arterial de 2020, supunha-se que o número de
estudantes afetados por tal patologia se enquadraria dentro da faixa observada na
sociedade em geral, considerando as orientações propostas por esta entidade.
Entretanto, como evidenciado de maneira clara no Gráfico 16 e detalhado na
Tabela 31, a pesquisa contradiz a hipótese inicial, uma vez que apenas 4,90% dos

25
estudantes foram diagnosticados com essa enfermidade no universo de 102
participantes. É pertinente destacar que, em relação ao número total de
participantes, o escopo deste gráfico acaba sendo reduzido, uma vez que foi
necessário excluir dois participantes que responderam negativamente às perguntas
iniciais do questionário.

Gráfico 16: Hipertensão afeta de 20 a 25% dos discentes da Unipampa, campus Uruguaiana.

26
ID * 5. Você já foi diagnosticado com hipertensão arterial sistêmica (HAS)
por um profissional da saúde? Tabulação cruzada
5. Você já foi diagnosticado com
hipertensão arterial sistêmica
(HAS) por um profissional da
saúde? Total

Não Sim
ID 1 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
2 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
3 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
4 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
5 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
6 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
7 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
8 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
9 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
10 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
11 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
12 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
13 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
14 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
15 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
16 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
17 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
18 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
19 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
20 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
21 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
22 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
27
23 Contagem 1 0 1
% em ID 100,0% 0,0% 100,0%
24 Contagem 1 0 1
Tabela31:Tabela cruzada de número de discentes participantes da pesquisa sobre
HAS.

Uma outra vertente da pesquisa, abordada por meio do formulário, consistiu


na análise da prevalência da hipertensão arterial entre discentes dos gêneros
feminino e masculino na universidade. Essa análise teve como base os estudos de
LOFFREDO et al. (2013), os quais investigaram a hipertensão em 280 alunos (199
homens e 181 mulheres) da universidade de odontologia de Araraquara. Esses
estudos evidenciaram que, dentre os entrevistados, 9 casos de hipertensão foram
identificados no sexo masculino, enquanto nenhum caso foi registrado no sexo
feminino. Neste contexto, a hipótese inicial também se confirmou entre os discentes
da Unipampa. Entre os participantes que responderam "sim" para hipertensão
arterial, o sexo masculino apresentou uma maior proporção, alcançando 4,90%, em
comparação com o sexo feminino, que registrou 1,40%, conforme ilustrado no
Gráfico 17 e detalhado na Tabela 32.

Gráfico 17: A prevalência de hipertensão entre discentes do sexo masculino e feminino da


Universidade Federal do Pampa.

28
Tabela 32: Tabela cruzada de casos de HAS em comparação ao sexo.

No Gráfico 18 e na Tabela 33, apresentados a seguir, é delineada a relação


entre a idade e os casos de hipertensão arterial (HA), contemplando as respostas
"Acima de 35 anos", "Entre 18 e 20 anos", "Entre 21 e 25 anos", "Entre 26 e 30
anos" e, por fim, "Entre 31 e 35 anos". Este comparativo entre a doença e a idade
evidenciou a confirmação da hipótese, uma vez que observam-se porcentagens
mais elevadas nas faixas etárias de 21 a 25 anos (1,90%) e, de forma mais
acentuada, entre 31 e 35 anos (4,90%), sendo esta última a de maior incidência.

Gráfico 18: Prevalência de hipertensão em indivíduos de diferentes idades.

29
Tabela 33: Tabela cruzada de idade e casos confirmados de HAS em Unipampa Uruguaiana.
À luz da pesquisa conduzida por NÓBREGA et al. (2014), que evidenciou
discrepâncias nos diagnósticos positivos de hipertensão arterial (HA) entre distintas
etnias, aprofundar a investigação desse fenômeno foi considerado imperativo.
Assim, o questionário incorporou uma indagação sobre a autoidentificação racial dos
estudantes, proporcionando as categorias "Branco", "Indígena", "Pardo" e "Preto".
Destaca-se que, na amostra analisada, os discentes autodeclarados como pardos
apresentaram a mais alta incidência de hipertensão arterial (10,00%), seguidos
pelos discentes de cor branca (10,00%), ao passo que os grupos étnicos restantes
(indígena e preto) não registraram casos da doença (0,00%). A confirmação da
hipótese se materializou ao considerar as respostas positivas quanto à presença de
hipertensão arterial, indicando uma maior prevalência entre brancos e pardos em
comparação com indígenas e pretos, para os quais não houve respostas afirmativas.
Ressalta-se que, nesse contexto, a limitação da pesquisa reside na homogeneidade
étnica da amostra, implicando em uma análise restrita da hipótese. Os dados
pertinentes a essa temática são apresentados no Gráfico 19 e na Tabela 34.

30
Gráfico 19: A prevalência de HAS em diferentes etnias de estudantes da Unipampa
Uruguaiana.

Tabela 34: Tabela cruzada de HAS em relação a etnias.

Na abordagem dos resultados, é crucial enfatizar as limitações intrínsecas à


pesquisa. Notadamente, destaca-se que no formulário, ao assinalar a ausência de

31
hipertensão arterial (HA), encerrava-se o questionário, impossibilitando a coleta de
dados relacionados ao histórico familiar, prática de atividade física e tabagismo. Por
conseguinte, a realização de comparações que avaliassem o risco da doença em
relação a esses elementos mostrou-se inviável. Essa restrição metodológica impõe
cautela na interpretação dos resultados, reconhecendo a lacuna informacional
relevante para uma análise mais abrangente e integrada.

6. CONCLUSÃO

Diante das considerações apresentadas, observa-se que a pesquisa, embora


apresente discrepâncias pontuais em relação às referências bibliográficas, encontra-
se, em grande medida, alinhada às tendências demográficas apontadas pelos
censos populacionais de maior abrangência. Cumpre ressaltar que, em virtude de
sua natureza acadêmica, restrita a um grupo específico, a pesquisa pode refletir
variações que possuem implicações no contexto mais amplo da população. Esta
observação é particularmente relevante ao considerar o diagnóstico da hipertensão
arterial (HA), uma vez que essa condição tende a se manifestar predominantemente
em indivíduos de faixas etárias mais avançadas.

Além disso, a compreensão dos hábitos de vida dos jovens emerge como
aspecto crucial para uma compreensão mais abrangente dessa patologia,
especialmente prevalente em Uruguaiana-RS e em todo o território brasileiro. A
pesquisa também proporcionou uma análise comparativa da presença da
hipertensão arterial entre os diferentes cursos, concentrando-se, em particular, no
curso de Medicina. Tal ênfase se justifica pela significativa presença de estudantes
originários de outros Estados, considerados como fator agravante para o
desenvolvimento da referida patologia.

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Finalmente, em virtude das exposições constatadas nos gráficos, é possível
vislumbrar a utilização da atividade física em conjunto com práticas de vida
saudáveis como mecanismo de intervenção na hipertensão arterial, dada sua
eficácia atenuante. Essa constatação reforça a importância de estratégias
preventivas que incorporem tais elementos na promoção da saúde cardiovascular,
proporcionando subsídios para a elaboração de políticas e intervenções
direcionadas a essa enfermidade.

REFERÊNCIAS

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Grande do Sul: Relatório Técnico. 2021.

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pesquisa).
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