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PGRS– Plano de Gerenciamento de
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Resíduos Sólidos
Revisão: 01

Revisão Data Descrição

0 08/08/2023 Elaboração/Emissão

Elaborado por: Verificado por: Aprovado por:


Maria Izabel Gomes Lopes Amanda Gomes de Mattos Christian Souza Costa

Data: 08/08/2023 Data: 08/08/2023 Data: 08/08/2023


CONS.PL.01.22
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Sumá rio
1.0 IDENTIFICAÇÃO........................................................................................................................................3
1.1 Empreendimento e Responsável Técnico.............................................................................................3
2.0 CARACTERIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO.........................................................5
2.1 Caracterização do Sistema Construtivo..................................................................................................7
3.0 LOCALIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS...........................................................................................8
4.0 EMBASAMENTO LEGAL..........................................................................................................................8
5.0 RECICLAGEM DOS RESÍDUOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL.........................................................10
5.1 Geração dos resíduos sólidos de obra por classe................................................................................10
5.1.1 Resíduos Classe A.........................................................................................................................10
5.1.2 Resíduos Classe B.........................................................................................................................10
5.1.3 Resíduos Classe C.........................................................................................................................13
5.1.4 Resíduos Classe D.........................................................................................................................14
6.0 TRIAGEM DOS RESÍDUOS.....................................................................................................................16
7.0 ACONDICIONAMENTO/ARMAZENAMENTO........................................................................................17
8.0 COLETA E TRANSPORTE......................................................................................................................18
9.0 TRANSBORDO DE RESÍDUOS..............................................................................................................18
10.0 ENCAMINHAMENTO DOS RESÍDUOS................................................................................................18
11.0 PLANO DE TREINAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS ENVOLVIDOS COM AS ATIVIDADES DE
MANEJO DE RCC..........................................................................................................................................21
12.0 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE GRCC.............................................................21
13.0 ANEXO...................................................................................................................................................22
14.0 DESTINAÇÃO FINAL............................................................................................................................22
15.0 RESPONSABILIDADE TÉCNICA..........................................................................................................22
16.0 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA...........................................................................................................23
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1.0 IDENTIFICAÇÃO
1.1 EMPREENDIMENTO E RESPONSÁVEL TÉCNICO

CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
Razão Social: VLZ CONSTRUTORA LTDA
CNPJ: 08.311.782/0001-91
Atividade: Construção de Edifícios CNAE: 41.20-4-00
Obra: Todas as obras referente a artes especiais.
Vigência do programa: 12/06/2023 a 12/06/2024
Telefone: (27) 3319 2287
RESPONSAVEL TÉCNICO PELA VLZ CONSTRUTORA LTDA
Nome: Christian Souza Costa
CREA: ES-030655/D / Engenheiro Civil
EMAIL: christian.costa@vlzconstrutora.com.br
Telefone: (27) 3319 2287
ENDEREÇO: Rua Doutor Gilson Santos, nº 05, Praia de Itaparica, Vila Velha - ES
CEP: 29.102-140 Estado: ES
RESPONSAVEL TÉCNICO PELA ELABORAÇÃO DO PGRCC
Nome: Maria Izabel Gomes Lopes
CREA: 022697/D-ES
EMAIL: maria.lopes@vlzconstrutora.com.br
Telefone: (27) 3319 2287
ENDEREÇO: Rua Doutor Gilson Santos, nº 05, Praia de Itaparica, Vila Velha - ES
CEP: 29.102-140 Estado: ES
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DEFINIÇÕES
 Resíduos Sólidos: Segundo a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas (2004), por
meio da NBR 10.004/2004, são resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de
atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de
serviços e de varrição. Dentro dessa definição, ficam incluídos os lodos provenientes de
sistemas de tratamento de água, bem como aqueles gerados em equipamentos e instalações
de controle de poluição, além de determinados líquidos que as particularidades tornem inviável
o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos d’água, ou que para isso necessitem de
soluções técnicas e economicamente inviáveis para à melhor tecnologia disponível.

 Resíduos Classe I – Perigosos: os resíduos que apresentam periculosidade, ou seja, que em


função de suas propriedades físicas, químicas ou infectocontagiosas podem apresentar risco à
saúde pública ou ao ambiente, como: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou
patogenicidade (NBR 10.004/2004).

 Resíduos Classe II A – Não inertes: aqueles que não se enquadram entre os resíduos
perigosos ou inertes, e podem ter propriedades como biodegrabilidade, solubilidade em água ou
combustibilidade (NBR 10.004/2004).
 Resíduos Classe II B – Inertes: quaisquer resíduos cujos constituintes não estejam
solubilizados às concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se
aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor (NBR 10.004/2004).
 Reciclagem: é um conjunto de técnicas de reaproveitamento de materiais descartados, em que
há a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à
transformação em insumos ou novos produtos, reintroduzindo-os no ciclo produtivo.
 Rejeito: Resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e
recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não
apresentem uma alternativa que não seja a disposição final ambientalmente adequada.
 Coleta seletiva: é a coleta diferenciada de resíduos que foram previamente separados segundo
a sua constituição ou composição.
 Disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros,
observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública
e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos (Lei 12.305/2010).
 Logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um
conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos
resíduos sólidos através do setor empresarial, para determinados tipos de produtos (como
pneus, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes, entre outros) buscando estruturar sistemas
que retornem estes produtos para que sejam reinseridos no ciclo produtivo ou para outra
destinação ambientalmente adequada.
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 Área de Triagem e Transbordo (ATT): estabelecimento privado ou público destinado ao


recebimento de resíduos da construção civil e resíduos volumosos gerados e coletados por
agentes privados, usado para triagem dos resíduos recebidos, eventual transformação e
posterior remoção para destinação adequada.
 Armazenamento de resíduos: estocagem temporária de resíduos, em local autorizado pelo
órgão de controle ambiental, à espera de reciclagem, recuperação, tratamento ou disposição
final adequada. Deve atender às condições básicas de segurança.
 Aterro de resíduos da construção civil e de resíduos inertes: local onde são empregadas
técnicas de disposição de resíduos da construção civil classe A, conforme classificação da
Resolução CONAMA nº 307 de 05 de julho de 2002, e resíduos inertes no solo, visando e
estocagem de materiais segregados, de forma a possibilitar o uso futuro dos materiais e/ou
futura utilização da área, conforme princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume
possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente.

2.0 CARACTERIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO


Este PGRS compreende às Obras Civis Obras Civis de artes especiais (OAEs Novas) no trecho entre os km
347,2 e 354,8, denominado subtrecho F da rodovia BR-101/ ES.

 km 347+850: Ponte Rio Grande;

 km 354+400: Viaduto de Jabaquara;

 km 354+800: Ponte Rio Benevente;


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Figura 01 – Ponte Rio Grande

Figura 02 – Viaduto de Jabaquara e Ponte Rio Benevente


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2.1 Caracterização do Sistema Construtivo

Terreno
Para a obra da ponte nova do Rio Benevente o terreno está pronto para uso, contudo, no contrato há a
previsão de escavação de material de 1ª categoria, reaterro e compactação, além de aterro manual em solo
cimento. Quanto a obra da ponte nova do Rio Grande, haverá a necessidade de escavação do terreno para
a instalação de 4 estacas do tipo raiz pendentes.

Por fim, para as obras dos viadutos de Jabaquara, há a previsão em contrato de escavação de material de
1ª categoria, reaterro e compactação, além de aterro manual em solo cimento.

Instalação do canteiro de obra


O canteiro de obra será composto por duas áreas distintas. O canteiro de obras central, será localizado nas
proximidades do km 354+400 e km 354+800, a fim de atender a ponte nova do Rio Benevente e aos
viadutos de Jabaquara, é será composto por área coberta para refeitório, contêiner para depósito de
materiais e ferramentas, contêiner de banheiro e contêiner de escritório administrativo e de engenharia.
Quanto ao canteiro de obras de apoio, nas proximidades do km 347+850, será composto por área coberta
para refeitório e contêiner de banheiro.

2.1.1 Pontes Novas

 Ponte Nova do Rio Benevente

Superestrutura

A superestrutura é composta por vigas pré-moldadas de concreto protendido e tabuleiro paralelo à normal
do eixo do viaduto. As dimensões são de 85 m de comprimento e 12,95 m de largura em três vãos
isoestáticos.

Meso-estrutura

A meso-estrutura constitui os elementos de transição entre a super e a infraestrutura. É composta pelos


aparelhos de apoio, vigas travessas, pilares, cortinas e alas. Na entrada e saída da OAE, projetou-se ainda
uma laje de aproximação, que funciona como um elemento de transição entre o aterro e a OAE.

Infraestrutura

A infraestrutura é composta por blocos de solidarização das estacas e estacas do tipo raiz com diâmetro de
410mm e comprimento definido de acordo com os boletins de sondagem.

 Ponte Nova do Rio Grande

Superestrutura

A superestrutura é composta por vigas pré-moldadas de concreto protendido e tabuleiro paralelo à normal
do eixo do viaduto. As dimensões são de 20.00 m de comprimento e 11.30 m de largura e apenas um vão
isoestático composto por 5 vigas.

Meso-estrutura
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A mesoestrutura é composta pelos aparelhos de apoio, paredes do encontro, paredes das alas e
contrafortes. De maneira a minimizar o efeito do empuxo nas fundações, foi posicionado um neoprene nas
cabeceiras das vigas, gerando um apoio no topo dos encontros, conferindo assim, um comportamento de
estrutura estroncada a OAE.

Infraestrutura

A infraestrutura é composta por blocos de solidarização das estacas e estacas do tipo raiz com diâmetro de
410mm e comprimento definido de acordo com os boletins de sondagem

2.1.2 Dispositivos de Jabaquara

Superestrutura

Foram concebidos viadutos em concreto armado com apenas um vão em cada. A superestrutura foi
elaborada contando com 10 vigas pré-moldadas em seção “I” em cada viaduto, lado direito e lado esquerdo.
Cada viaduto possui ao todo 13.70m de extensão.
A largura total da laje de cada tabuleiro é de 11.30 metros, contendo uma pista de 10.50 metros e dois
guarda-rodas de 0.40 metro. Além disso, na entrada e saída de cada viaduto, projetou-se ainda uma laje de
aproximação, que funciona como um elemento de transição entre o aterro e o viaduto.

Meso-estrutura

A meso-estrutura constitui os elementos de transição entre a super e a infraestrutura. É constituída pelas


vigas de coroamento, pilares e aparelhos de apoio.

Infraestrutura

A infraestrutura é composta por blocos de solidarização das estacas e estacas do tipo raiz com diâmetro de
310mm e comprimento definido de acordo com os boletins de sondagem.

3.0 LOCALIZAÇÃO DO CANTEIRO DE OBRAS


A escolha do local para implantação do canteiro de obras é baseada em aspectos básicos, sendo o
requisito prioritário a preferência deste ser em área plana, de modo a evitar movimentações de terra.
Ressalta-se também a importância deste local não ser passível de inundações, e apresentar fácil acesso
para os colaboradores.

A estrutura do canteiro de obras deve dispor de condições mínimas de habitação e segurança do trabalho.

Serão constituídos 02 canteiros de obras nos respectivos endereços das obras conforme já citado no item
2.0

4.0 EMBASAMENTO LEGAL


Nos aspectos legais e normativos, os resíduos sólidos estão submissos às legislações Federal, Estadual e
Municipal, com legislação específica, além de normas técnicas brasileiras. Sendo assim os instrumentos de
gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos serão descritos a seguir.
Para as legislações de esfera nacional, pode-se destacar:
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 Resolução Conama nº 307/2002 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão


dos resíduos da construção civil.

 Resolução Conama nº 348 / 2004 – Altera a redação do artigo 3ª, item IV da Resolução do Conama
nº 307/2001, relativo à definição de resíduos da construção civil de Classe “D”.
 Lei Federal N° 6.938/1981: dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências;
 Lei Federal N° 9.605/1998: dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas
e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. (Lei de Crimes Ambientais);
 Lei Federal N° 11.445/2007: Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico; altera as
Leis nos 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21 de junho
de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá
outras providências;
 Decreto N° 7.217/2012: regulamenta a Lei N° 11.445/2007, que institui a Política Nacional de
Saneamento Básico;
 Lei Federal N° 12.305/2010: institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, altera a Lei N° 9.605
de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências;
 Decreto N° 7.404/2010: regulamenta a Lei N° 12.305/2010, que institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o
Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras
providências.
Para as legislações de esfera estadual, pode-se destacar:
 Lei Estadual n.º 9.264/2009: define princípios, fundamentos, objetivos, diretrizes e instrumentos
para a Gestão Integrada, Compartilhada e Participativa de Resíduos Sólidos, com vistas à redução,
ao reaproveitamento e ao gerenciamento adequado dos resíduos sólidos; à prevenção e ao controle
da poluição; à proteção e à recuperação da qualidade do meio ambiente e à promoção da saúde
pública, assegurando o uso adequado dos recursos ambientais no Estado do Espírito Santo, a
promoção do Econegócio e a Produção Mais Limpa.

Segundo Resolução 307 do CONAMA, os resíduos sólidos provenientes de canteiros de construção se


dividem em minerais, madeira, metais, vidros, papéis, gesso, plásticos e outros.
Conforme Resolução 307 do Conama, de 05/07/2002, artigo terceiro, os Resíduos Sólidos de Construção
Civil são caracterizados em quatro classes:
. CLASSE A – São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como de construção,
demolição, reformas e reparos de pavimentação. Exemplos: cacos de cerâmica, tijolos, blocos, telhas,
placas de revestimento, concreto, argamassa, entre outros.
. CLASSE B – São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plástico, madeira, papel,
papelão, metais, vidro e outros.
. CLASSE C – São os resíduos em que não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações
economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem, ou recuperação, tais como os produtos oriundos
do gesso.
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. CLASSE D – São resíduos perigosos, oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes,
óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas
radiológicas, instalações industriais e outros

5.0 RECICLAGEM DOS RESÍDUOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL

5.1 Geração dos resíduos sólidos de obra por classe


5.1.1 Resíduos Classe A

Os resíduos classe A são gerados principalmente na fase de vedações e acabamento. Esse fato é, em
grande parte, devido a deficiências no planejamento da execução destas etapas. Na tentativa de minimizar
a distância entre projeto e execução, foram desenvolvidos métodos de racionalização construtiva.

Na alvenaria estrutural e de vedação, a simples utilização do conceito de modulação ou paginação pode


reduzir significativamente o desperdício, assim como a geração de resíduos, levando-se em conta o uso de
meios blocos e espessura adequada da argamassa de assentamento. Portanto, com o objetivo de
minimizar a geração dos resíduos classe A, é necessário planejar cuidadosamente a execução da alvenaria
desde a fase dos projetos de arquitetura, estrutura(s) e instalações prediais, até o projeto de produção da
própria alvenaria.

Estes podem ser transformados em matéria-prima secundária, na forma de agregados reciclados, que se
corretamente processados (beneficiamento + transformação), podem ser aplicados como diferentes
insumos em obras civis, tais como:

- Pavimentação de estacionamentos e vias;

- Base e sub-base de pavimentação;

- Recuperação de áreas degradadas;

- Obras de drenagem e de contenção;

- Produção de componentes pré-fabricados.

A1 - Produtos de cerâmica vermelha, produtos à base de cimento Portland

Características

Segundo a resolução CONAMA N° 307/2002, os blocos cerâmicos e de concreto são classificados como
classe A, ou seja, podem ser reutilizados ou reciclados como agregados.

a) Produtos à base de cimento Portland: resíduo composto à base de concreto e argamassa sem
impurezas, tais como gesso, terra, metais, papel, vidro, plástico, madeira madura, matéria orgânica.
Destinam-se, após beneficiamento, à preparação de argamassa e concreto não estrutural.

b) Produtos à base de argila (cerâmica vermelha): resíduo de composição à base de produtos cerâmicos,
em que se admite a presença de concreto e argamassa, sem a presença de impurezas. Destinam-se à
base e sub-base de pavimentação, drenos, camadas drenantes, rip-rap e como material de preenchimento
de valas.

5.1.2 Resíduos Classe B

B.1 Madeira
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Características

Na construção civil, a madeira é utilizada de diversas formas em usos temporários, como: fôrmas para
concreto, andaimes e escoramentos. De forma definitiva, é utilizada nas estruturas de cobertura, nas
esquadrias (portas e janelas), nos forros e pisos. Os resíduos de madeira podem apresentar dois tipos
básicos de contaminação: por metais (pregos, arame e outros) ou por argamassa/ concreto/ produtos
químicos. O tipo de contaminação é o que determina a destinação deste resíduo. Madeiras resinadas ou
tratadas pela autoclave, podem ser coprocessadas por algumas cimenteiras, desde que se respeite a
legislação pertinente.

Segregação/Coleta seletiva

Cuidados preliminares: Na fase de execução das fôrmas e na aquisição da madeira devem ser observados
os seguintes cuidados, visando minimizar a geração de resíduos:

a) elaborar um plano ou projeto de fôrma que vise a reutilização máxima do material, o mínimo de cortes
em função das dimensões das peças e o aproveitamento das sobras em outros locais da obra;

b) planejar a montagem e desmontagem das formas de tal modo que a desforma seja feita sem danificar as
peças, utilizando-se menos pregos e mais encaixes;

c) garantir que a madeira adquirida seja de boa qualidade a fim de suportar os esforços a que será
submetida, tanto na montagem quanto na desmontagem da forma, adquirindo as peças de empresas que
possam comprovar a origem da mesma, seja através de certificação legal ou de um plano de manejo
aprovado pelo IBAMA, com a apresentação de nota fiscal e documentos de transporte – IBAMA.

Segregação: Os resíduos de madeira, no momento de sua geração, deverão ser separados de outros
resíduos que possam contaminá-los.

Reutilização e reciclagem dos resíduos

Além dos cuidados mencionados anteriormente, as peças de madeira devem ser utilizadas estritamente de
acordo com o plano ou projeto antes citados. Deve-se verificar a possibilidade da reutilização das peças
mesmo que tenham sido danificadas na desforma, ou por outro motivo qualquer, recortando-as
adequadamente de modo a utilizá-las em outros locais, ou seja, utilizar uma mesma peça mais de uma vez,
dando-lhe uma sobrevida, o que significa economia de dinheiro e matéria-prima.

Além disso, deve-se reutilizar, o máximo possível, componentes e embalagens de madeira dos diversos
produtos que chegam na obra, procurando recuperá-los. Deve-se, ainda, evitar que a madeira usada nas
fôrmas seja tratada com produtos químicos e que se evite o emprego desnecessário de pregos, para
facilitar a desforma ou sua reciclagem.

As peças a serem reutilizadas deverão ser empilhadas o mais próximo possível dos locais de
reaproveitamento. Caso o aproveitamento das peças não for feito próximo ao local de geração, elas
deverão ser estocadas em pilhas devidamente sinalizadas nos pavimentos inferiores, preferencialmente no
térreo ou subsolo. As peças de madeira devem ser utilizadas de acordo com o projeto e, na falta deste, de
forma a evitar perdas com cortes desnecessários.

Deve-se verificar a possibilidade do reuso das peças, ou seja, utilizar uma mesma peça mais de uma vez,
dando-lhe uma sobrevida, o que significa economia de dinheiro e matéria-prima.

B.2 Metais

Características: Os metais utilizados na construção civil apresentam uma variedade muito grande de tipos,
tanto quanto ao seu componente metálico básico (ferro, alumínio, cobre, chumbo, estanho, antimônio,
dentre outros) como pelas diversas ligas que deles são fabricadas (aço carbono, aço cromo níquel, aço
inoxidável, bronze, duralumínio, latão etc.). Então, o seu valor como resíduo para venda e a sua reutilização
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na obra dependerão do material de que é constituído e do seu acabamento superficial, tais como, barras de
aço lisas, nervuradas, tubos de aço galvanizado, eletrodutos de ferro, brocas, pregos, eletrodos, soldas
chapas pretas ou de aço inoxidável, perfis, tubos e chapas de cobre e alumínio anodizados, acessórios
cromados de cozinhas e banheiros, por exemplo. Assim, ao se adquirir um dado tipo de material, solicitar as
especificações técnicas do fabricante que contemple, ao máximo, suas características, de modo a permitir
sua reciclagem ou venda mais conveniente.

Segregação / Coleta seletiva

- Planejar o uso racional dos metais a fim de reduzir a geração dos resíduos. No caso dos vergalhões de
aço, adquiri-los nas medidas definidas no projeto estrutural de firmas especializadas. Caso contrário,
selecionar e coletar as sobras em locais apropriados no canteiro.

- Aproveitar todas as alternativas possíveis para a recuperação dos metais, selecionando-os por tipos,
bitolas, acabamento, onde for apropriado, pois o valor econômico da sucata é habitualmente suficiente para
viabilizar o seu valor reciclado. Especial atenção deverá ser dada aos fios e cabos elétricos.

Reutilização e reciclagem dos resíduos

- Sobras de vergalhões – Usá-las como esperas, estribos e outras peças de comprimento


reduzido.

- Pregos – Recolhê-los na desforma e avaliar a possibilidade de desentortá-los para reutilização.

- Fios e cabos elétricos – Usar as sobras em emendas e ligações de comprimento reduzido.

- Outros metais – Usá-los onde apropriado.

Os resíduos metálicos (sucatas) podem ser enviados para as diversas empresas, cooperativas e
associações que os comercializam ou reciclam.

B.3 Papelão e sacarias

Características

Os resíduos compostos de sacarias e papelão gerados na obra podem ser divididos em:

- Sacarias em geral e papelão contaminados (sacos de cimentos, argamassa etc.);

- Papel e papelão não contaminados (embalagens).

As embalagens contaminadas ainda não possuem uma tecnologia de reciclagem em grande escala. Por
isso, devem ser encaminhadas para aterros específicos ou para tratamentos térmicos de destruição
(coprocessamento).

Aquelas sem contaminação por argamassa e cimento, produtos químicos, terra ou quaisquer outros
materiais podem ser encaminhadas para as diversas associações e empresas que trabalham com a
reciclagem desses resíduos, ou até mesmo para os fornecedores visando a logística reversa.

Segregação / Coleta seletiva

Visando a correta destinação destes resíduos, devem ser segregados, no momento da geração, as sacarias
contaminadas e o papel e papelão limpos. Podem ser disponibilizados, próximos aos locais de geração,
tambores ou bombonas devidamente identificados na cor azul (papel – papelão), vermelho(plástico) ou
cinza (contaminados), conforme resolução Nº 275 do CONAMA.

Reutilização e reciclagem dos resíduos

Para possibilitar a reciclagem do papel e papelão não contaminados deve-se protegê-los das intempéries.
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Os sacos de cimento, após umedecidos, poderão ser usados na vedação de frestas das formas de lajes e
pés de pilares. Ou também enviados novamente aos fornecedores para a logística reversa.

B.4 Plástico

Características

Dentre os resíduos de plástico não contaminados e gerados na construção civil podemos citar os seguintes:

- Plástico filme usado para embalar insumos;

- Aparas de tubulações.

Esses resíduos, quando isentos de contaminação por resíduos perigosos, podem ser encaminhados para
as diversas associações e empresas de reciclagem.

Segregação / Coleta seletiva

O plástico deve ser segregado no momento de sua geração, em tambores, baias ou bombonas sinalizadas
e distribuídas na obra.

Obs.: O plástico contaminado deverá seguir as mesmas orientações do item anterior.

Reutilização e reciclagem dos resíduos

A reutilização e reciclagem do papel e papelão não contaminados na obra são em princípio inviáveis, pois
não se identifica uma utilização na obra que justifique tais procedimentos. Entretanto, fora da obra e por
empresas interessadas, só serão viáveis desde que os resíduos sejam segregados e protegidos das
intempéries e devidamente armazenados.

B.5 Vidro

Características

A construção civil utiliza principalmente os vidros planos, fabricados em chapas. Um outro tipo de vidro
plano, utilizado em menor escala pelo mercado da construção civil são os vidros translúcidos, chamado
impresso ou fantasia.

Segregação/Coleta seletiva

O habitual é que os construtores/consumidores contratem uma empresa fornecedora, e que estas, além do
fornecimento, façam a instalação. Compete a esta contratada elaborar um plano de corte da chapa de vidro,
a fim de se obter o maior aproveitamento e consequentemente reduzir resíduos.

Reutilização e reciclagem dos resíduos

Pode-se, no caso de pequenas quebras, identificar esquadrias com espaço para instalação de vidro menor
e ajustá-lo para o reaproveitamento nestes pontos. O contratante preferencialmente deverá incluir no
contrato ou pedido que o fornecedor deverá realizar a coleta seletiva e se incumbirá pela correta
destinação. Esta sugestão se deve ao fato de que os fornecedores, em função de acúmulos de resíduos de
mesma natureza, terão maior volume e consequentemente terão maior viabilidade de destinação adequada.

5.1.3 Resíduos Classe C

C.1 – Gesso

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Os resíduos de gesso são classificados pela resolução CONAMA 307 como classe C, ou seja, “são os
resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que
permitam a sua reciclagem/ recuperação”.

Os resíduos de gesso têm três origens:

- Chapas de gesso Drywall;

- Da aplicação do gesso em revestimento interno – gesso lento;

- Sobras de placas pré-moldadas, sancas e molduras.

Cuidados preliminares

Algumas medidas relativas ao armazenamento e ao manuseio do gesso podem ser tomadas para minimizar
a geração do resíduo, além dos sacos serem estocados em local seco, sobre paletes de madeira:

- No caso da chapa de gesso Drywall, a perda ocorrida deve-se ao corte que pode ser reduzido modulando-
se dimensionalmente a obra. Com a definição clara do pé direito (altura da parede) e/ou da modulação do
forro. O produto tem esta característica econômica por tratar-se de um sistema construtivo;

- O gesso para revestimento deve ser preparado de acordo com a necessidade de utilização, levando em
consideração a área a ser trabalhada e a capacidade de aplicação em função do tempo disponível. Grande
parte da perda do gesso de revestimento é devida à alta velocidade de endurecimento do gesso associada
à aplicação manual por meio de mão-de-obra de baixa qualificação. Esta perda pode ser reduzida com o
treinamento da mão-de-obra, além de que há no mercado produtos diferenciados na qualidade que geram
menos resíduos por terem o tempo final de trabalho com menor velocidade de endurecimento;

- Na confecção das placas de gesso, sancas e / ou molduras, o produto deve ser preparado de acordo com
a necessidade de utilização, levando em consideração o tipo de forma / molde a ser trabalhado em função
do tempo disponível.

Segregação

A presença de gesso em agregados reciclados pode causar problemas de tempo de pega e expansibilidade
dos produtos à base de cimento. Portanto, os resíduos classe A (CONAMA 307) não devem ser
contaminados por esse resíduo. Tal fato torna imprescindível a segregação adequada do gesso.

Reutilização e reciclagem dos resíduos

No momento de aplicação do gesso de revestimento, deve-se preocupar com o volume de massa a ser
produzido para minimizar a perda que por ventura ocorrer. Utilizando o produto adequado, as perdas
tendem a reduzir.

Ocorrendo queda da massa de gesso no chão, este não deve ser reaplicado na parede pelo fato de
possível contaminação, mesmo que o chão esteja protegido, vindo a prejudicar a qualidade do revestimento
que está sendo realizado. Neste caso, o resíduo gerado pode ser utilizado para o primeiro preenchimento
da alvenaria a ser revestida ou destinada ao coprocessamento em indústrias de cimento. O produto está
em estudo de viabilização para retornar ao processo produtivo por meio da reutilização na fabricação de
cimento e correção.

5.1.4 Resíduos Classe D

Segundo a Resolução CONAMA Nº 307/2002, os resíduos classe D são “resíduos perigosos oriundos do
processo de construção, tais como: tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de
demolições, reformas ou reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros”. A seguir são
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apresentados alguns cuidados para a gestão desses tipos de resíduos de geração mais significativa na
obra, tais como amianto, produtos químicos e impermeabilizantes, tinta, vernizes, solventes, óleos e graxas.

D.1 - Amianto

Características

Em 2004 a Resolução CONAMA Nº 348 modificou a Resolução CONAMA Nº 307/2002 e passou a


classificar os resíduos de amianto como classe D, ou seja, perigosos. Este resíduo deve, portanto, ser
destinado adequadamente, assim como os outros resíduos perigosos (classe I – NBR 10.004/2004).

Segregação/Coleta seletiva

A segregação deverá ocorrer imediatamente após a geração do resíduo, para que este resíduo não
contamine nenhum outro.

Reutilização e reciclagem dos resíduos

No caso de telhas deve-se programar a remoção de forma a evitar quebras, possibilitando assim seu reuso,
medida que pode também ser repetida para outros materiais em amianto.

D.2 Produtos químicos e impermeabilizantes

Características

Os resíduos de produtos químicos e impermeabilizantes (restos de material e embalagens) são


classificados como resíduos perigosos pela NBR 10.004/2004, devido às substâncias tóxicas presentes em
sua composição.

Segregação/Coleta seletiva

Cuidados requeridos

- Realizar todas as operações com esses tipos de resíduos sob a supervisão do responsável pela
segurança do trabalho da obra.

- Manejar com cuidado os materiais que originam resíduos potencialmente perigosos.

- Separar e armazenar esses resíduos em recipientes seguros ou em zona reservada, para que
permaneçam fechados quando não estiverem sendo utilizados.

- Etiquetar os recipientes nas zonas de armazenagem mantendo-os perfeitamente fechados para impedir
perdas ou fugas por evaporação.

- Prestar especial atenção nas operações de manejo e retirada dos recipientes, pois estes poderão conter
produtos facilmente inflamáveis. Portanto, deve-se manejá-los em ambientes isentos de calor excessivo.

- Utilizar todo o conteúdo das embalagens para reduzir a quantidade das mesmas.

- Armazenar tintas e vernizes em locais adequados, visando sua reutilização.

- Guardar em local fechado combustíveis e produtos químicos mais perigosos.

- Evitar que todas as ações descritas sejam executadas próximas de corpos d’água ou zonas de drenagem.

- Manusear o produto com os cuidados indicados pelo seu fabricante na ficha de segurança da embalagem.

Reutilização e reciclagem dos resíduos

Uma adequada segregação no canteiro pelas empresas autorizadas e aptas gera materiais que podem ser
coprocessados por grupos cimenteiros que providenciam o coprocessamento destes resíduos, desde que
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os produtos façam parte da legislação pertinente.

D.3) Tinta, vernizes, solventes, óleos e graxas

Características

Os resíduos de tintas, vernizes e solventes (restos de material e embalagens) são classificados como
resíduos perigosos pela NBR 10.004/2004, devido às substâncias tóxicas presentes em sua composição.

Segregação/Coleta seletiva

Cuidados requeridos

- Realizar todas as operações com esses tipos de resíduos sob a supervisão do responsável pela
segurança do trabalho da obra.

- Manejar com cuidado materiais que originam resíduos potencialmente perigosos.

- Separar e armazenar estes resíduos em recipientes seguros ou em zona reservada, para que
permaneçam fechados quando não estiverem sendo utilizados.

- Etiquetar os recipientes nas zonas de armazenagem e mantê-los perfeitamente fechados para impedir
perdas ou fugas por evaporação.

- Prestar especial atenção nas operações de manejo e retirada dos recipientes, pois estes poderão conter
produtos facilmente inflamáveis. Portanto, deve-se manejá-los em ambientes isentos de calor excessivo

- Utilizar todo o conteúdo das embalagens para reduzir a quantidade das mesmas.

- Armazenar tintas e vernizes em locais adequados, visando sua reutilização.

- Guardar em local fechado combustíveis e produtos químicos mais perigosos.

- Evitar que todas as ações descritas sejam executadas próximas de corpos d’água ou zonas de drenagem.

- Manusear o produto com os cuidados indicados pelo seu fabricante na ficha de segurança da embalagem.

Reutilização e reciclagem dos resíduos

Uma adequada segregação no canteiro pelas empresas autorizadas e aptas gera materiais que podem ser
coprocessados por grupos cimenteiros que providenciam o eco processamento destes resíduos, desde que
os produtos façam parte da legislação pertinente.

6.0 TRIAGEM DOS RESÍDUOS


O processo de triagem tem como objetivo a separação do RCC de acordo com a suas Classes (A/B/C/D),
cabendo ao empreendedor priorizar a triagem na origem.

Os RCC que forem gerados no canteiro de obras deverão ser triados, ou seja, separados por classes, e
posteriormente transportados dentro do canteiro, aos locais de acondicionamento adequados, como
caçambas/baias/bombonas, evitando a mistura de RCC de diferentes classes, viabilizando sua qualidade,
transporte e destinação ou disposição final.

No caso de a obra não possuir espaço para triagem dos resíduos, esta poderá ocorrer em Áreas de
Triagem e Transbordo – ATT, devidamente licenciadas, com identificação da área e do responsável técnico.

A segregação dos resíduos será realizada no próprio canteiro de obra, logo após sua geração, de acordo
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com a Resolução do Conama 275/01.

Ao fim de um dia de trabalho ou ao término de um serviço específico, a segregação deverá ser realizada,
preferencialmente por quem realizou o serviço, com o intuito de assegurar a qualidade do resíduo,
potencializando sua reutilização.

O processo de triagem tem como objetivo a separação do RCC de acordo com sua classe. Essa prática
contribuirá para a manutenção da limpeza da obra, evitando materiais e ferramentas espalhadas pelo
canteiro, o que gera desorganização, aumento de possibilidades de acidentes do trabalho, além de
acréscimo de desperdício de materiais e ferramentas.

Outro procedimento importante a ser adotado, é a utilização de sinalização informativa nos locais de
armazenamento de cada resíduo para alertar e orientar os funcionários, lembrando-os sempre sobre a
necessidade da separação correta de cada um dos resíduos gerados, segundo o código de cores que a
Resolução do Conama 275/01 estabelece, conforme a seguir:

Figura 4: Definição de cores para cada tipo de resíduo.

7.0 ACONDICIONAMENTO/ARMAZENAMENTO
Descrever os procedimentos a serem adotados para acondicionamento dos resíduos, pertencentes às
Classes A/B/C/D, de forma a garantir a integridade dos materiais.

Tal item deverá ser descrito da seguinte forma:

RESÍDUO - CLASSE TIPO DE ACONDICIONAMENTO


A
Caçamba Estacionária, Contêineres
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B Baia (local coberto)


C Caçamba Estacionária, Bombas Plásticas
D Bombas Plásticas (local coberto e com piso
impermeável)

Os locais de Acondicionamento deverão ser identificados de forma a evitar a mistura de resíduos de


classes distintas.
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8.0 COLETA E TRANSPORTE


A movimentação pode ocorrer em dois momentos distintos, no transporte interno e externo. O transporte
interno consiste na movimentação de resíduos para a área de armazenamento temporário. Já o transporte
externo diz respeito a movimentação realizada de resíduos de armazenamento de reciclagem/disposição
final.

O transporte interno dos RCC geralmente é feito por carrinhos, e o transporte externo será realizado por
empresa devidamente cadastrada e licenciada pelo órgão ambiental competente.

Como o Projeto se trata de obra de pequeno porte, após gerados, os RCC deverão ser coletados e levados
diretamente para o depósito de acondicionamento final, por empresa devidamente licenciada, das quais
foram citadas no item 14.0.

Os veículos das empresas responsáveis pelo transporte deverão trafegar com carga compatível a sua
capacidade e tipo de caçamba, atendendo aos limites impostos pelas condições das vias.

Deverá ser informada a empresa que fará a Coleta e o Transporte dos RCC. A empresa deverá estar
devidamente habilitada e cadastrada junto ao órgão ambiental competente.

As empresas deverão ser identificadas pela classe de resíduos que trabalharão, bem como deverá constar
volume estimado a ser transportado por cada empresa e os tipos de veículos e equipamentos a serem
utilizados, bem como os horários de coleta, frequência e itinerário.

A Coleta e Transporte dos RCC não poderá ser realizada sem o Manifesto de Transporte de Resíduos. Este
documento contém a identificação do gerador, da origem, quantidade e descrição dos resíduos e de seu
destino bem como, do(s) responsável(is) pela execução da coleta e do transporte dos resíduos gerados na
Atividade, bem como da unidade de destino destes resíduos.

9.0 TRANSBORDO DE RESÍDUOS


A utilização de área de Transbordo deverá ocorrer apenas no caso de não haver espaço no canteiro de
obras, ou seja, desde que devidamente justificada.

Dados Mínimos a serem apresentados: a Localização: endereço completo (com croquis de localização) e
cópia da Licença Ambiental.

10.0 ENCAMINHAMENTO DOS RESÍDUOS


Descrever os procedimentos que deverão ser adotados com relação ao encaminhamento dos RCC por
Classe, de acordo com Resolução CONAMA.

Identificar os locais de destinação ou disposição para cada Classe ou tipo de resíduo, e o responsável pelas
mesmas. Seguem abaixo, as tabelas de geração de resíduos.
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Tabela 1 – Geração de Resíduos por Etapa da Obra

PONTE NOVA DO RIO BENEVENTE

FASES DA OBRA TIPOS DE RESÍDUOS POSSIVELMENTE GERADOS

Preparo do Terreno Solo


Canteiro de Obra Madeira, embalagem de marmitex, resíduos orgânicos,
urina e fezes
Estrutura Blocos de concreto estrutural, Concreto, Armação,
madeira

Tabela 2 – Classificação de Resíduos por Etapa da Obra

ETAPA: PREPARO DO TERRENO


RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO ABNT DESTINO
Conforme Item “14.0 – Destinação
SOLO CLASSE II B
final”

ETAPA: CANTEIRO DE OBRA/FORMAS


RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO DESTINO
CONAMA 357/2002
MADEIRA CLASSE B Conforme Item “14.0 – Destinação final”

ETAPA: ESTRUTURA
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO DESTINO
CONAMA 357/2002
CONCRETO CLASSE A
Conforme Item “14.0 – Destinação final”
AÇO CLASSE B

PONTE NOVA DO RIO GRANDE

FASES DA OBRA TIPOS DE RESÍDUOS POSSIVELMENTE GERADOS

Preparo do Terreno Solo


Canteiro de Obra Madeira, embalagem de marmitex, resíduos orgânicos,
urina e fezes
Estrutura Blocos de concreto estrutural, Concreto, Armação,
madeira

Tabela 2 – Classificação de Resíduos por Etapa da Obra

ETAPA: PREPARO DO TERRENO


RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO ABNT DESTINO
Conforme Item “14.0 – Destinação
SOLO CLASSE II B
final”

ETAPA: CANTEIRO DE OBRA/FORMAS


RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO DESTINO
CONAMA 357/2002
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MADEIRA CLASSE B Conforme Item “14.0 – Destinação final”

ETAPA: ESTRUTURA
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO DESTINO
CONAMA 357/2002
CONCRETO CLASSE A Conforme Item “14.0 – Destinação final”

DISPOSITIVO DE JABAQUARA

FASES DA OBRA TIPOS DE RESÍDUOS POSSIVELMENTE GERADOS

Preparo do Terreno Solo


Canteiro de Obra Madeira, embalagem de marmitex, resíduos orgânicos,
urina e fezes
Estrutura Blocos de concreto estrutural, Concreto, Armação,
madeira

Tabela 2 – Classificação de Resíduos por Etapa da Obra

ETAPA: PREPARO DO TERRENO


RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO ABNT DESTINO
Conforme Item “14.0 – Destinação
SOLO CLASSE II B
final”

ETAPA: CANTEIRO DE OBRA/FORMAS


RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO DESTINO
CONAMA 357/2002
MADEIRA CLASSE B Conforme Item “14.0 – Destinação final”

ETAPA: ESTRUTURA
RESÍDUO CLASSIFICAÇÃO DESTINO
CONAMA 357/2002
CONCRETO CLASSE A Conforme Item “14.0 – Destinação final”
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11.0 PLANO DE TREINAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS ENVOLVIDOS


COM AS ATIVIDADES DE MANEJO DE RCC
Deverá ser previsto e cumprido Plano de Treinamento relativo ao PGRCC, a fim de apresentar o PGRCC
aos funcionários envolvidos com as atividades de manejo de RCC, visando a correta segregação na origem,
acondicionamento, armazenamento e transporte.
Neste item o gerador deverá ser informar o conteúdo abordado nas palestras, as datas programadas, a
carga horária e o público alvo do treinamento.
O Gerador deverá descrever as ações de sensibilização e educação ambiental para os trabalhadores da
construção, visando atingir as metas de minimização e reutilização.

12.0 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO PLANO DE GRCC


Apresentar o cronograma de implantação do Plano para todo o período da obra.
As datas informadas neste item devem ser compatíveis com as datas do Cronograma de Execução da
Obra.

Tabela 3 – Modelo de Cronograma de ações para a Implementação de Plano de Gerenciamento de


RCC

Início da Obra: PERÍODO AO LONGO DA OBRA EM QUE CADA


-------/------/------- AÇÃO SERÁ REALIZADA
Término da Obra:
Mês/ano Mês/ano Mês/ano Mês/ano
-------/------/-------
Treinamento dos Funcionários
Execução dos locais para Acondicionamento
dos RCC
Triagem dos RCC
Transporte dos RCC
Vistorias no Canteiro de Obras
Destinação Final dos RCC
Termino da Obra
Obs: o período em que será desenvolvida cada etapa da implementação poderá ser expresso de forma
mais detalhada, dada a particularidade de cada atividade a ser desenvolvida.
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13.0 ANEXO
Este presente Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil acompanha a respectivas ART
(Anotação de responsabilidade técnica), quitadas, do(s) profissional(is) responsável(eis) pela Elaboração e
Implementação do Plano.

14.0 DESTINAÇÃO FINAL


Todos os resíduos gerados serão encaminhados apropriadamente, de acordo com sua classificação, para a
lista de destinos abaixo:

 Coleta seletiva pública (coleta urbana) ou Associações;


 Locais licenciados;
 Fornecedor ou Fabricante de produtos (logística reversa).

15.0 RESPONSABILIDADE TÉCNICA

Responsável pela Elaboração do plano:

_______________________________________________________

Maria Izabel Gomes Lopes

Engenheira Ambiental – CREA-ES: 022697/D


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16.0 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Lei Federal N° 12.305/2010: institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, altera a Lei N° 9.605 de 12 de
fevereiro de 1998; e dá outras providências;

Decreto N° 7.404/2010: regulamenta a Lei N° 12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para
a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências;

Lei Estadual n.º 9.264/2009: ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 10.004 – Resíduos
Sólidos – Classificação. São Paulo. 1987;

Resolução CONAMA 275/01 - Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser
adotado na identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a
coleta seletiva;

Resolução Conama nº 307/2002 – Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil.

Resolução Conama nº 348 / 2004 – Altera a redação do artigo 3ª, item IV da Resolução do Conama nº
307/2001, relativo à definição de resíduos da construção civil de Classe “D”.

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