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D0183C18
GOIÂNIA
2018
FERNANDO HENRIQUE DE BRITO VAZ
D0183C18
GOIÂNIA
2018
Ficha de identificação da obra elaborada pelo autor, através do
Programa de Geração Automática do Sistema de Bibliotecas da UFG.
CDU 624
FERNANDO HENRIQUE DE BRITO VAZ
__________________________________________________
Profa. Dra. Helena Carasek Cascudo Presidente
Universidade Federal de Goiás
Orientador
__________________________________________________
Prof. Dr. Oswaldo Cascudo Matos
Universidade Federal de Goiás
Examinador Interno
__________________________________________________
Profa. Dra. Ana Luísa P. L. Velosa
Universidade de Aveiro - Portugal
Examinador Externo
Dedico este trabalho aos meus pais, meu irmão e, especialmente, ao meu avô Divino Brito
que enquanto pôde me apoiou
F. H. B. VAZ Dedicatória
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, a Deus sou sempre grato, por poder sentir o Seu cuidado me dando forças,
inspiração e alegria de viver a cada dia.
À minha estimada orientadora, professora Helena Carasek, por ter abraçado a responsabilidade
de me orientar com muito esmero, carinho e competência, mesmo nas horas mais improváveis
demonstrou sua sensibilidade e presteza. Agradeço pelo conhecimento comigo compartilhado
que levarei sempre.
A todos os mestres do PPG-GECON com os quais tive o privilégio de conviver e receber a mais
refinada instrução acadêmica nesta caminhada.
À UFG que desde a graduação supriu com excelência a minha ânsia por saber, me qualificando
com os melhores recursos, humanos e físicos, disponíveis.
À UEG, na pessoa do magnífico reitor professor Haroldo Reimer, pelo apoio irrestrito que
possibilitou o desenvolvimento desta pesquisa.
À minha amiga arquiteta Samantha Luz que sem a sua impagável assessoria e amizade não
possibilitaria trabalhos e apresentações tão bonitos e elogiados. Agradeço pela disposição em
colaborar e me escutar sempre.
Aos meus amigos e colegas de trabalho, em especial aos queridos Nayara, Raquel e Paulo, pelo
apoio mútuo e momentos memoráveis de desabafos e risadas, fazendo com que toda esta
caminhada tenha sido mais leve e agradável.
Às minhas avós, tias, tios, primos e primas que sempre acreditaram no meu potencial e sei que
torcem todos os dias por mim. Pelo apoio em todos os momentos, eu sou muito grato.
Aos meus pais e irmão pelo amor que não se mede, imprescindíveis para que eu conseguisse
chegar até aqui. Sou eternamente grato ao amor incondicional que sinto de vocês. Também amo
muito vocês!
F. H. B. VAZ Agradecimentos
“A Matemática apresenta invenções tão sutis que poderão servir não só para satisfazer os
curiosos como, também, para auxiliar as artes e poupar trabalho aos homens. ”
Descartes
F. H. B. VAZ Epígrafe
RESUMO
F. H. B. VAZ Resumo
ABSTRACT
Quality in buildings, including the quality of their subsystems, has become essential. The
renderings are responsible for several functions, from serving as substrate to other coatings up
to an aesthetic finish. The bond strength is one of the main properties which must be met
satisfactorily so that the mortar rendering fulfill their most basic requirements which to remain
adhered to the substrate. The tests performed to measure this property are usually semi-
destructive and not so affordable and inexpensive. This work aims to contribute to domain and
adhesion property relations in order to enable its service without the need for a large number of
tests. A systematic literature review was carried out, gathering analyzes and comparisons
between national and international studies that approached this property and its intervening
factors. Mathematical and statistical analyzes were carried out in a universe of more than 6300
results of pull-off tests included ten masters’ dissertations and two theses linked to the Nucleus
of Mortars and Coatings Technology of the Federal University of Goiás. The main results were
some mathematical models including abacuses that, with considerable precision, can estimate
the bond strength based on several variations of accessible and intuitive factors. Studies were
developed focusing on the different cement contents and compression and traction strengths of
the mortars, as well as the forms of rupture of the pull-off tests, all of which presented excellent
direct relationships with bond strength.
F. H. B. VAZ Abstract
LISTA DE FIGURAS
Ce – Bloco cerêmico
Co – Bloco de concreto
CV – Coeficiente de Variação
DP – Desvio Padrão
GL – Graus de liberdade
K-S – Kolmogorov-Smirnov
SP – Substrato padrão
F. H. B. VAZ Sumário
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO
Uma das propriedades de maior importância no que tange aos revestimentos de argamassa
é a sua aderência aos substratos que, se negligenciada, pode levar ao desempenho
inadequado desses revestimentos. É a perda ou falta de aderência da argamassa junto ao
substrato que leva à maioria das falhas nos revestimentos (CARASEK, 2012).
Tal problema se torna ainda menos tolerável quando se considera os crescentes direitos
dos consumidores, amparados, por exemplo, pela norma de desempenho NBR 15575
(ABNT, 2013a), justificando revés entre proprietários, usuários e construtores quando
certo revestimento começa a apresentar defeitos construtivos.
Ainda neste sentido, defeitos nos revestimentos relacionados aos descolamentos vão,
também, muito além de simples problemas visuais ou estéticos, uma vez que prejudicam
a estanqueidade das vedações (alvenarias e estruturas) e até põe em risco a segurança dos
usuários (SILVA; FLORES-COLEN; GASPAR, 2013), visto que o desplacamento de um
pedaço de argamassa, citando caso análogo, a certa altura, poderia facilmente matar uma
pessoa no passeio (CAMPANTE; SABBATINI, 2001).
Diante disto, é de suma importância verificar quais fatores influenciam , e em que escala
(grau), na propriedade aderência argamassa-substrato. A esse respeito, muitos dados têm
sido gerados em trabalhos experimentais (como em dissertações e teses) ao longo dos
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No entanto, acredita-se que esses resultados ainda não tenham sido explorados e
analisados totalmente e, principalmente, não foram cruzados e confrontados a fim de
encontrar variáveis significativas de forma global, as quais interferem nos resultados de
aderência dos revestimentos de argamassa de forma geral e irrestrita, não dependendo das
particularidades de cada experimento.
Dada a relevância e potencial desta pesquisa, foram definidos alguns objetivos para este
trabalho. O objetivo geral é analisar matemática e estatisticamente um conjunto de
resultados de resistência de aderência de revestimentos de argamassa, gerados em
pesquisas ao longo dos últimos 20 anos por pesquisadores ligados ao NUTEA - Núcleo de
Tecnologia das Argamassas e Revestimentos, da Escola de Engenharia Civil e Ambiental
da UFG. São, ainda, objetivos específicos:
Este trabalho está dividido em cinco capítulos, além das referências bibliográficas e apêndices,
com os capítulos resumidos a seguir.
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No presente capítulo, Introdução, são discutidas a importância desta pesquisa e a sua viabilidade
científica. Além disso, é apresentada uma visão geral sobre o estudo a ser realizado e
especificam-se os objetivos e delimitações do trabalho.
O Capítulo 3 apresenta os métodos utilizados para seleção dos trabalhos e coleta de dados que
são importantes para comprovar hipóteses. Aqui é exibido o processo de obtenção de dados
desde o delineamento da pesquisa, as origens dos casos analisados, tratamento dos dados e
aplicação de testes e análises estatísticos.
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de dados reflete diversas realidades que foram agrupadas de acordo com suas particularidades
e conveniências como, por exemplo, pelo tipo de substrato utilizado possibilitando a
extrapolação para demais casos similares.
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
ARTIGO CIENTÍFICO DE REVISÃO DE LITERATURA
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 2
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ABSTRACT
The bond strength is one of the main properties of the renderings and enough studied by the scientific community.
This property has a range of intervening factors that are usually treated separately in scientific papers. This work
aims to contribute to the domain and relations of bond strenght property, compiling and classifying literatures by
the variables used in its studies, serving as an important foundation to guide future research. Therefore, a
systematic literature review was carried out, gathering analyzes and comparisons between national and
international studies (papers) that approached this property and its intervening factors. An interesting result was
the compilation of the performances of the admixtures and additions in terms of average variations in the bond
strength as well as mathematical correlations with other properties of the renderings.
INTRODUÇÃO
Aderência é a propriedade do revestimento de resistir às tensões atuantes na interface com o substrato. Não
se trata, portanto, de uma propriedade da argamassa, mas é a interação entre as camadas do sistema de
revestimento [1].
Por sua vez, a resistência de aderência à tração, de acordo com a norma europeia EN 1015-12 [2], é
determinada como a máxima tensão aplicada por uma carga direta perpendicular a um revestimento de
argamassa em um substrato. Segundo a norma norte-americana ASTM D4541 [3], a medida dessa
resistência de aderência depende tanto de parâmetros do material quanto do equipamento utilizado para a
medição. Esta norma apresenta cinco aparelhos e suas particularidades, sendo a normativa mais completa
desse ponto de vista.
A aderência de revestimentos já vem sendo estudada, com maior enfoque, desde o final da década de 60 e
início da década de 70, quando existiu um grande esforço científico em entender essa propriedade, com o
marco normativo da NBN 813-05 [4] que prescrevia o ensaio de aderência por “arrancamento” (pull-off).
Neste sentido, uma análise sistemática da literatura disponível em periódicos e anais de congressos e
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simpósios foi realizada visando organizar e discutir os estudos publicados na área e os principais fatores
que influenciam esta propriedade.
MÉTODO
Em [8], os autores discorrem acerca do método necessário ao desenvolvimento de uma Revisão Sistemática
que faz parte de uma macroetapa chamada de “Condução da Revisão” conforme proposta por [9], que trata-
se de delimitar os bancos de dados (fontes), delimitar a pe squisa e propor critérios de seleção de modo a
focar o levantamento.
As bases de dados, tanto internacionais quanto nacionais, foram escolhidas de acordo com a afinidade com
a área de pesquisa, de modo a melhor entender a relevância e identificar as lacunas do conhecimento no
tema. Assim, Infohab, Scielo, Engineering Village (Compendex), Science Direct, Scopus e Web of Science
foram os bancos de dados selecionados. Estas bases retornaram basicamente artigos científicos publicados
em periódicos e eventos científicos. Isto foi considerado um parâmetro aceitável, pois assim os artigos dos
periódicos considerados aderentes puderam ter seus fatores de impacto, ou seja, suas relevâncias científicas
mensuradas.
Para guiar a construção da string de busca, foi necessário variar não somente a sintaxe concreta da
pesquisa, mas também os termos de pesquisa necessários, de forma semelhante ao apresentado por [7],
uma vez que existem diversos termos e contextos que se inserem no escopo da pesquisa, ou seja, são
aderentes ao objetivo da pesquisa. Portanto, foram escolhidos termos que conseguissem englobar os
trabalhos relevantes, mas evitando um grande volume de trabalhos irrelevantes.
Após os ajustes necessários, tomando por base ainda as estratégias de construção d e termos de busca
elencados por [5], foi definida a seguinte string: (adhe* OR bond*) AND (strength) AND (mortar) AND
(render* OR coat* OR plaster*) AND (cement OR lime) AND NOT (tiles OR repair mortar). Nota-se que
foram utilizados prefixos de termos ligados pelo operador booleano “ou”, pois existem diferentes palavras
em inglês para um mesmo conceito em português que atendem à pesquisa. Os termos referentes às placas
cerâmicas (tiles) e argamassa de reparo (repair mortar) foram retirados das buscas, pois não condizem
com o objetivo do trabalho. Para as bases Infohab e Scielo, foi usada uma string também em português:
“resistência de aderência”.
A etapa de seleção dos artigos passou por dois processos: o primeiro que analisou as afinidades do título
e do resumo com as questões da pesquisa, sendo considerados apenas os artigos em português e inglês,
desprezando-se os trabalhos em outras línguas. Dentre os artigos selecionados, no segundo momento, todo
o artigo foi estudado para atestar sua relevância para esta pesquisa, conforme proposto por [6].
Como critérios de exclusão foram adotados: artigos em duplicidade nos bancos de dados, que não
atendessem aos critérios de seleção, que tratassem de resistência de aderência de revestimentos cerâmicos
ou que utilizem argamassas compostas de gesso ou de reparo estrutural. Trabalhos que abordam questões
totalmente ligadas a concreto e a revestimentos de pavimentos também foram excluídos do levantamento.
Por fim, a técnica de bola de neve (snow balling technique) foi utilizada para identificar outros artigos
relevantes, conforme preconizado por [6]. Tratou-se de identificar novos artigos relevantes a partir de uma
análise das referências dos artigos já identificados e selecionados, melhorando ainda mais a revisão
sistemática da literatura.
A pesquisa da revisão sistemática foi realizada inicialmente entre janeiro e fevereiro de 2017 e atualizada
em dezembro de 2017. Foi ainda revisada, em março de 2018, a fim de englobar artigos publicados no
último Simpósio Brasileiro de Tecnologia das Argamassas (SBTA), incluídos na base Infohab.
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RESULTADOS E DISCUSSÃO
Mapeamento sistemático
Após aplicação dos procedimentos mencionados e busca nos bancos de dados, foram encontrados,
inicialmente, 4912 artigos dentre os quais 4565 são oriundos das bases internacionais e 347 artigos foram
obtidos nas plataformas nacionais, Infohab e Scielo.
A Tabela I apresenta as frequências destas publicações por origem dos artigos e por processo de seleção
(explicitados no item de Métodos). Nela é possível notar que, no contexto da busca, o aproveitamento das
bases internacionais foi muito pequeno enquanto que na base nacional um maior percentual de publicações
aderentes foi encontrado. Engineering Village e Scopus foram os bancos de dados com as maiores
quantidades de retornos iniciais, muito embora o aproveitamento tenha sido pequeno em ambos.
Na Tabela II é possível acompanhar as etapas de seleção dos artigos. Ao final, 102 trabalhos foram
considerados relevantes ou aderentes. O primeiro processo de seleção foi o responsável pelo maior
percentual de exclusão, quase 96% dos artigos encontrados pela string não eram significativos para a
presente pesquisa, por algum motivo desconhecido as bases internacionais retornaram muitos trabalhos
irrelevantes. Tendo como critério os artigos em periódicos e eventos de tecnologia das argamassas,
conforme verificado pelo número pequeno de publicações consideradas aderentes, embora sejam muito
relevantes, nota-se que a comunidade internacional ainda vem publicando timidamente estudos na área
específica.
Uma importante ação é verificar os fatores de impacto dos periódicos cujas publicações internacionais
selecionadas foram publicadas. Para isto, foi avaliado o indicador SCImago Journal Rank (SJR),
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reconhecido internacionalmente, tendo como referência o ano de publicação. O indicador, conforme [10],
expressa o número médio das citações recebidas no ano de referência ponderadas pelos do cumentos
publicados no referido periódico nos três anos anteriores.
Foi possível notar que os trabalhos aderentes, das bases pesquisadas, foram encontrados em 22 periódicos.
O periódico Construction and Building Materials (SJR 1,49 em 2017) foi o meio de publicação com a
maioria dos artigos selecionados nesse mapeamento sistemático de literatura, com um total de quatorze
trabalhos publicados ao longo dos anos, sendo que em 2012 e 2016 foram dois artigos e em 2015 três
artigos publicados. O periódico Cement and Concrete Composites, no qual foi publicado um artigo sobre
o tema estudado, apresentou o maior fator de impacto SJR (3,118, em 2014); salienta-se que esse periódico
ocupa o 2º lugar no ranking do SJR na área Engineering-Building and Construction [10]. As duas melhores
revistas nacionais classificadas e que tiveram artigos selecionados são: Polímeros (SJR 0,24 em 2012) e
Cerâmica (SJR 0,206 em 2014).
As publicações possuem abordagens diferentes a respeito da resistência de ade rência à tração, seja
discutindo o ensaio e seus resultados ou versando sobre fatores que influenciam na resistência de aderência.
Inicialmente, foi proposta a Tabela III que traz uma classificação principal dos trabalhos relevantes ao
tema selecionados trazendo uma melhor compreensão das suas abordagens, nota -se que alguns trabalhos
que abordam os ensaios também estudam influências entre parâmetros ou a relação da resistência aderência
com outras propriedades.
Tabela III – Compilação dos artigos aderentes, separados por metodologia de ensaio adotada para
determinação da resistência de aderência à tração
[Table III - Compilation of adherent articles, separated by test methodology adopted to determine the bond
strength]
Norma/método
Ano Trabalhos/Autores Total
utilizado
ASTM D4541
2009 Meshgin; Xi; Li [11] 1
(EUA)
ASTM D7234
2005 Sadowski et al. [12]; Sadowski; Zak; Hola [13] 2
(EUA)
CE-02:002.17- Almeida et al. [14]; Carasek; Cascudo; Santos [15]; Carvalho Jr; Silva; França
1995 5
003 (Brasil) [16]; Ioppi; Prudêncio; Iriyama [17]; Neves et al. [18]
Braga; Brito; Veiga [19]; Cunha et al. [20]; Cunha; Aguiar; Pacheco-Torgal
[21]; Lucas et al. [22]; Neno; Brito; Veiga [23]; Oliveira; Brito; Veiga [24];
EN 1015-12 2000 12
Penacho; Brito; Veiga [25]; Santamaría-Vicario et al. [26]; Sevil et al. [27];
(União
Silva; Brito; Veiga [28]; Silva; Brito; Veiga [29]; Spychal [30]
Europeia)
Jumate et al. [31]; Katsioti et al. [32]; Molnar; Manea [33]; Saiz-Martínez;
2005 4
González-Cortina; Fernández-Martínez [34]
Angelim; Angelim; Carasek [35]; Angelim; Angelim; Carasek [36]; Bolorino;
Cincotto [37]; Canova et al. [38]; Canova; Bergamasco; Angelis Neto [39];
Carasek [40]; Carasek; Cascudo; Jucá [41]; Carasek; Scartezini [42]; Costa;
NBR 13528
1995 Duarte; Carasek [43]; Gonçalves; Bauer [44]; Macedo et al. [45]; Miranda; 28
(Brasil)
Selmo [46]; Monte; Uemoto; Selmo [47]; Moraes et al. [48]; Moura; Bonin;
Masuero [49]; Paes et al. [50]; Pagnussat; Masuero [51]; Pereira et al. [52];
Prudêncio et al. [53]; Scartezini et al. [54]; Scartezini; Carasek [55]; Silva;
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Campiteli; Gleize [56]; Silva; Campiteli; Gleize [57]; Silva; Libório [58]; Silva;
Silva; Gleize [59]; Silva et al. [60]; Silva et al. [61]; Taube; Gava; Couri
Petrauski [62]
Carasek et al. [63]; Cintra; Paiva; Baldo [64]; Costa; Cardoso; John [65];
Kazmierczak; Arnold [66]; Miotto; Silva [67]; Oliveira et al. [68]; Paes et al.
[69]; Ramos et al. [70]; Rohden et al. [71]; Santos et al. [72]; Sentena;
2010 19
Kazmierczak; Krein [73]; Silva et al. [74]; Silva; Mota; Barbosa [75]; Stolz et
al. [76]; Temp et al. [77]; Tiggemann; Longhi [78]; Tiscoski et al. [79];
Tokarski et al. [80]; Zanelatto et al. [81]
NBR 15258 Assali; Loh [82]; Bauer et al. [83]; Cruz et al. [84]; Motta et al. [85]; Oliveira
2005 6
(Brasil) et al. [86]; Ruffeil et al. [87]
NC 172 (Cuba) 2002 Martínez et al. [88]; Martínez et al. [89] 2
Angelim [90]; Berton; Magri; Costa [91]; Costa; Carasek [92]; Costa; Cardoso;
Próprio/adaptado 6
John [93]; Martins; Azevedo [94]; Romano; Torres; Pileggi [95]
Sem referência do método
Diogenes; Cabral [96]; Mota et al. [97]; Sampaio; Cabral [98] 3
utilizado
Carasek; Cascudo; Scartezini [99]; Costa et al. [100]; Costa et al. [101]; Costa;
Carasek [102]; Costa; Carasek [103]; Costa; John [104]; Dualibe; Cavani;
Estudo de influências ou
Oliveira [105]; Flores-Colen; Brito; Branco [106]; Kazmierczak; Brezezinski; 14
de literaturas
Collatto [107]; Nakakura; Munhoz; Battagin [108]; Paes et al. [109]; Ramos et
al. [110]; Silva; Brito; Dhir [111]; Stolz et al. [112]
Ainda sobre a Tabela III, é possível notar que as principais normas utilizadas são as brasileiras e europeias.
A norma cubana NC 172 [113] também foi utilizada em dois trabalhos bem como as normas americanas
ASTM D7234 [114] e ASTM D4541 [3], esta última citada em duas publicações [106,110] somente como
referência.
Na Tabela IV a seguir, baseada na desenvolvida por [103], seguem dados atualizados das três normativas
mais presentes nos trabalhos que compuseram esta Revisão Sistemática. Um ponto interessante é que na
maioria das normativas e padronizações de ensaios os resultados são apresentados pelos valores individuais
de tensão na ruptura encontrados e não médios, a exemplo das normas brasileira e europeia.
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Embora não seja considerada uma norma técnica de um país, a International Union of Laboratories and
Experts in Construction Materials, Systems and Structures (RILEM) publicou a recomendação MDT.D.3
[116], baseada na EN 1015-12 [2], recomendação que é utilizada por alguns autores, pois traz o
procedimento de ensaio de resistência de aderência à tração realizado em campo e para revestimentos
históricos. Esta recomendação foi citada por alguns autores [106,110] nos trabalhos pesquisados.
Para organizar as análises, primeiramente são apresentados os principais resultados, no que diz respeito à
aderência à tração, de um artigo encontrado durante a pesquisa que também trata de uma revisão
sistemática, desta feita sobre uso de agregados reciclados em argamassas. Posteriormente, são apresentadas
as análises sobre as variáveis adotadas pelos autores das literaturas estudadas, a saber: tipos de substratos,
tipos/composição das argamassas de revestimento, características da execução dos revestimentos e
relativos aos ensaios de aderência.
Foi considerado aderente a presente pesquisa o trabalho de Silva, Brito e Dhir [111] que trata de uma
revisão sistemática da literatura sobre o uso de agregados reciclados nos revestimentos de argamassa. No
que cerne à análise de resistência de aderência, em testes análogos aos discorridos neste artigo e alvo desta
sistematização, os autores notaram que, em geral, a adição de agregados reciclados melhorou ou ao menos
não influenciou na resistência de aderência dos revestimentos quando comparados a revestimentos de
argamassas elaboradas com agregados naturais (argamassas de referência).
Ainda foi discutido no estudo citado [111] que o uso de agregado reciclado muito fino em substituição
parcial a areia natural possibilitou a redução no consumo de cimento de 20% a 33% para obtenção do
mesmo desempenho.
Refletindo a ampla diversidade de bases para os revestimentos de argamassa, nos artigos selecionados
foram utilizados diversos tipos de substrato, como demonstrado na Figura 1. As alvenarias de blocos
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 2
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Figura 1 – Tipos de substratos utilizados nas pesquisas encontradas nos artigos aderentes
[Figure 1 - Types of substrates used in researches found in adherent articles]
No trabalho de [109], com testes, em laboratório, em bases formadas por blocos individuais cerâmicos e
de concreto, fixando as demais variáveis, identificou-se que nos substratos de blocos de concreto chegou-
se a uma média de 0,36 MPa na resistência de aderência, enquanto que nos blocos cerâmicos a média foi
de 0,17 MPa, quase 52% inferior.
Nos estudos de [108] e [55], em alvenarias, com os revestimentos apresentando idade de 28 dias, os
aplicados sobre as paredes de blocos de concreto apresentaram todas médias, em 21 painéis, acima de 0,30
MPa enquanto que nas construídas com blocos cerâmicos todas médias de aderência foram inferiores a
0,20 MPa. Resultados similares foram encontrados por [63], com ensaios em obra, onde também
perceberam um valor 31% maior nos substratos de bloco de concreto.
Portanto, vale estender a constatação dos dois parágrafos anteriores para casos em alvenaria visto que, do
ponto de vista de aderência, os blocos, e não as juntas, são considerados a parte frágil do conjunto
[103,117]. Alguns trabalhos [35,36,42,43,90] analisaram a influência nos resultados de aderência do local
de realização do ensaio nas alvenarias, seja quando o revestimento está aplicado sobre a junta de
assentamento, seja sobre os blocos. Nestes trabalhos, chegou-se à conclusão de que as resistências sobre
as juntas eram consideravelmente maiores que as encontradas sobre os blocos, em [35,36] verificou-se
serem 75% e 60% superiores, respectivamente. Em função desta constatação nas pesquisas, foi introduzido
na atual metodologia de ensaio de aderência prescrita pela ABNT [1] o seguinte texto: “Em alvenarias, de
blocos cerâmicos, concreto, dentre outros, os corpos de prova devem ser posicionados preferencialmente
sobre os blocos, a favor da segurança, visto que os corpos de prova de revestimento ensaia dos sobre as
juntas de assentamento geralmente apresentam maiores valores de aderência”.
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De maneira mais abrangente, em [62], encontrou-se por substrato, em ordem decrescente de resistências
de aderência: laje de concreto (0,27 MPa de média), alvenaria de bloco de concreto celular (0,17 MPa de
média), alvenaria de bloco de concreto (0,16 MPa de média) e alvenaria de bloco cerâmico (0,14 MPa de
média). Concomitantemente com o que se extrai de [99], é possível dizer que o tipo de substrato exerce
grande influência nas resistências de aderência dos revestimentos de argamassa.
Permanecendo na análise da influência do substrato, alguns autores optaram por utilizar algum tipo de
mecanismo para melhorar a aderência das argamassas a estes, espécies de “pontes de ade rência”, tais como:
chapisco [14–18,35–39,41,45,47,49,50,53–59,61–63,66,67,69,70,73,74,77,78,82,87,90,97,105,107,108],
superfície do substrato texturizada (com sulcos) [67,76,112], umedecida [16,23,26,40,42,52,53,55,74] e
solução de cal [54,55,74,90].
Alguns trabalhos [16], [77] e [54,55] demonstraram que superfícies preparadas com chapisco, apresentaram
resistência de aderência até cerca de 30% maior do que em substratos sem preparo. De modo amplo, nas
pesquisas [14,17], também é possível notar uma melhora na aderência com a aplicação do chapisco. Nesse
último estudo citado, o uso de solução de cal na alvenaria de blocos cerâmicos apresentou resultados 35%
maiores do que a alvenaria sem preparo. Outro estudo [107] também demonstrou notável melhora da
aderência com o uso de chapisco. Angelim [90] mostrou que o uso de solução de cal no preparo da base
melhorou em 38% a aderência em relação ao uso de chapisco. Os autores, em [74], administraram solução
de cal sobre o chapisco (média de 0,24 MPa) em comparação com o chapisco umedecido apenas com água
(média de 0,18 MPa), obtendo-se valores estatisticamente parecidos levando-se em conta os respectivos
desvios padrões. Outro estudo [42] também obteve valores parecidos quando se contrasta um substrato
seco com um umedecido (ambos sem chapisco). Carasek [40] concluiu que o teor de umidade dos
substratos, no momento da aplicação, é, geralmente, inversamente proporcional à resistência de aderência
do revestimento de argamassa.
Moura, Bonin e Masuero [49] salientaram que revestimentos sob chapiscos convencionais apresentaram
resistências de aderência menores que os revestimentos aplicados sobre chapiscos industrializados.
Entretanto, os autores informaram que este comportamento pode ter sido devido ao maior teor de cimento
de um dos chapiscos industrializados utilizados naquela pesquisa. Já no estudo [67], os autores obtiveram
resultados similares, porém atribuíram o motivo ao fato de que os chapiscos industrializados possuem
aditivos com propriedades adesivas em sua composição. No trabalho [97] foi percebida uma melhora
significativa na aderência (32% maior do que no revestimento de referência) quando adicionados 5% de
metacaulim em substituição ao cimento do chapisco convencional.
De acordo com [76,112], em uma superfície rugosa (texturizada), os revestimentos apresentaram valores
médios de resistência de aderência cerca de 10% e 14% superiores que em uma superfície lisa,
respectivamente nesses dois estudos. No entanto, em [67], após escovar e apicoar a superfície do substrato
atingiram média de 0,36 MPa frente aos 0,45 MPa quando sem tratamento algum; o fato foi explicado pelo
efeito combinado com os tipos de chapisco empregados (no caso de chapisco industrializado, por exemplo,
que advém de uma aderência química, a aderência, segundo os autores, foi prejudicada em superfícies mais
irregulares). No trabalho [77] percebeu-se que para o mesmo tipo de material do substrato (blocos
cerâmicos), a textura da superfície contribuiu para a melhora da aderência do revestimento em todas
situações analisadas, chegando a valores até 37,5% maiores nos substratos de blocos nervurados quando
comparados com os lisos.
Macedo et al. [45] alertaram para a tendência de queda de resistência com a demora na execução do
revestimento após aplicação de chapisco rolado. No estudo [78] utilizando chapisco industrializado
(rolado), os substratos de blocos cerâmicos e de concreto apresentaram a mesma média global (0,52 MPa),
muito embora nos blocos de concreto se tenha alcançado 0,71 MPa com um dos revestimentos trabalhados;
e uma média global de 0,33 MPa quando o substrato foi o concreto estrutural.
Em [58], os pesquisadores concluíram que “a utilização da sílica extraída da casca de arroz, em teores de
5% nos chapiscos e pastas, propicia ganhos significativos de resistência de aderência e possibilita executar
chapiscos com uma compacidade mais adequada, permitindo ligações mais efetivas com substratos de
concreto”.
Por todo este exposto a respeito do preparo e tratamento da base e conforme descrito em [99], deve-se
promover algum tipo de tratamento superficial do substrato com finalidade de regularizar e homogeneizar
a capacidade de sucção de água ou aumentar a rugosidade superficial para que, com isso, haja um aumento
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Nos trabalhos revisados, foram levantados também as propriedades das argamassas no estado endurecido
que foram determinadas pelos autores das pesquisas sobre aderência. Os quantitativos, mostrados na Figura
2, demonstram que a resistência à compressão axial foi a propriedade mais estudada/correlacionada (62
trabalhos) seguida da resistência à tração na flexão (41 trabalhos).
Figura 2 – Propriedades das argamassas, no estado endurecido, determinadas nos artigos aderentes
[Figure 2 - Properties of mortars, in the hardened state, determined in the adherent articles]
No que diz respeito às argamassas utilizadas como revestimentos, uma das informações importantes é o
traço utilizado pelos autores. A Tabela V apresenta os autores e os respectivos proporcionamentos (traços),
em volume, das argamassas utilizadas.
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Em [90] foram descritos resultados que mostram que revestimentos de argamassa industrializada
apresentaram valores médios de resistência de aderência menores que os obtidos com argamassa mista. No
entanto, em contraposição, os resultados encontrados em pesquisa r ealizada em obra [63] contendo 2465
ensaios válidos, as argamassas industrializadas alcançaram média muito superior às argamassas mistas
preparadas em obra, respectivamente, 0,43 MPa e 0,21 MPa, valores esses obtidos sobre vários substratos.
Similarmente, [53], [62] e [77] encontraram valores de aderência ao menos iguais ou superiores nos
revestimentos de argamassa industrializada com relação aos de argamassa mista. Carasek [40] encontrou
resistências de aderência para revestimentos com argamassa industrial izada com valores “intermediários”
ao de duas mistas e uma simples, a explicação foi que em altos teores de cimento (em uma mista e na
simples) a aderência foi maior, ou seja, onde esse teor era baixo, a resistência foi menor.
Seguindo nas análises, nas Figura 3 e Figura 4 são apresentados, respectivamente, os espectros de traços
das argamassas simples de cimento e a flutuação dos coeficientes de variação (CVs) dos resultados
individuais de resistência de aderência, dos trabalhos que forneceram ou nos quais foi possível calcular.
Na Figura 3 é possível observar que os traços das argamassas simples de cimento mais estudados variam
entre 1:3 e 1:6.
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Figura 3 - Espectro de proporções de agregados miúdos nos traços de argamassa simples de cimento
[Figure 3 - Spectrum of proportions of small aggregates in the traces of simple mortar of cement]
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teste de aderência se tornar cada vez menos preciso, pelo aumento do CV, à medida que a proporção de
aglomerante diminui nas argamassas, ou seja, que essas argamassas apresentam menor resistência
mecânica.
Os constituintes mais utilizados nas composições das argamassas são: os aglomerantes, cimento
(hidráulico) e cal (aéreo), e os agregados miúdos, sejam areias naturais ou artificiais muitas vezes oriundas
de britagens e moagens de rochas e ou resíduos da construção. A Figura 5 apresenta estes componentes
convencionais das argamassas utilizados nas diversas pesquisas.
Figura 5 - Aglomerantes e agregados miúdos utilizados nas pesquisas (por tipo de material e autores que
utilizaram)
[Figure 5 - Binders and small aggregates used in the researches (by type of material and authors that used)]
MF = Módulo de finura
Segundo [118], os cimentos europeus CEM I 42, CEM II/A-L 42.5R, CEM II/B-L 32.5 e CEM IV/B 42.5
são equivalentes aos cimentos brasileiros CP V-ARI, CP II F-40, CP II F-32 e CP IV-40 respectivamente.
Em cinco artigos foram utilizadas cales virgens comuns (CV-C) que passaram por um processo preliminar
de hidratação e maturação de sete dias antes da mistura para argamassa de revestimento.
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No tocante à variedade de cimentos e cales, em [37] estudou-se diversas argamassas formuladas com vários
tipos de cimento e dois tipos de cal. As argamassas compostas por cimento CP V -ARI obtiveram os maiores
valores de aderência (0,60 MPa com a cal CH I e 0,80 MPa com CH III), já as formuladas com CP II F
resultaram nos menores valores (0,15 MPa e 0,30 MPa, respectivamente para cal CH I e CH III). Ressaltou -
se, na referida pesquisa, que o cimento CP III embora resultasse em baixos valores de aderência nas idades
iniciais, apresentou crescimento contínuo de resistência até 182 dias, chegando próximo aos valores de
aderência obtidos nas composições com CP V-ARI (que nesse caso alcançaram seu pico resistência até os
63 dias). Outro estudo [99] ressalta que o parâmetro mais significativo é a finura do cimento; quanto mais
fino o cimento, maior a aderência obtida.
Quanto à cal, o teor de hidróxido de magnésio, conforme se depreende de [99], influencia diretamente a
resistência de aderência, ou seja, as cales dolomíticas formam grande s cristais de carbonato de cálcio nas
argamassas, retendo mais água, melhorando a aderência dos revestimentos.
Na Figura 5, as areias foram classificadas utilizando critério comum no meio técnico pelos módulos de
finura, segundo a antiga NBR 7211 [119]. Isto porque a especificação do módulo é comum na grande
maioria dos trabalhos analisados mesmo que tal classificação não esteja mais vigente na atual norma NBR
7211 [120].
Do ponto de vista da granulometria das areias utilizadas, dois estudos [66,95] demonstraram que, no geral,
os revestimentos com agregados miúdos classificados como areia média apresentaram maiores valores de
aderência do que os produzidos com areia fina. Ambos trabalhos concluíram também que, além da
influência da areia, as características do substrato são muito relevantes para a aderência. Na mesma linha
de raciocínio, o trabalho [36], demonstrou que revestimentos de argamassa com areia fina apresentaram
resultados de aderência até 20% superiores do que os revestimentos produzidos com are ia muito fina.
Ademais, alguns autores [99] ressaltam que com o aumento do teor de areia há uma redução de resistência
de aderência e que areias grossas não são muito adequadas para revestimentos pois reduzem a extensão de
aderência uma vez que afetam a trabalhabilidade (reologia) das argamassas.
Quanto à espessura dos revestimentos, um dos estudos [14] variou entre 5 milímetros e 25 milímetros esta
dimensão. Generalizando as situações, entretanto mantendo fixas as condições do substrato, tipo de
argamassa utilizada e condições de exposição das alvenarias (orientação norte e sul), foi possível notar
que, com o aumento da espessura, há redução dos valores de resistência de aderência do revestimento. De
maneira parecida, em [53], os revestimentos de argamassa industrializada obtiveram resistências de
aderência decrescente à medida que a espessura aumentava, nos substratos secos, o umedecimento no
momento da aplicação da argamassa inverteu esta tendência, mas diminuindo os valores médios de
aderência.
Muitos estudos utilizaram aditivos e/ou adições visando avaliar a influência desses materiais na aderência.
Confrontando, por valores médios, os resultados de resistência de aderência na incorporação dos aditivos
ou adições com as argamassas de referência dos próprios trabalhos, foram obtidos os seguintes resultados
de influência na aderência com respectiva variação total entre médias (média do revestimento com
adição/aditivo e média do referência), apresentados na Tabela VI.
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No trabalho [47], duas argamassas com aditivo incorporador de ar (dosagem de 0,015% MC) obtiveram
médias superiores quando comparadas com a de referência. Porém, as demais dosagens (acima de 0,2%
MC) utilizadas apresentaram resultados insatisfatórios, quando comparadas co m os requisitos normativos
vigentes à época e com a argamassa de referência. Vários autores, citados em [99], observaram que o uso
de aditivo incorporador de ar de fato reduz a aderência. Mas o efeito é mais notado quando as argamassas
possuem baixos teores de cimento ou são aplicadas sobre substratos com alta sucção de água. O
entendimento atual, segundo [121], é que o ar incorporado em altos teores, geralmente acima de 20%, pode
representar problemas para os revestimentos, levando a descolamentos; no enta nto, abaixo desse valor
crítico, o ar incorporado até melhora a aderência, devido ao ganho na trabalhabilidade da argamassa, que
permite “molhar” melhor a superfície do substrato, resultando em um aumento na extensão da ligação.
A substituição do aglomerante (cimento) por fíler calcário em até 30% não alterou a aderência [50,65,93].
Já Costa et al. [101] conseguiram valores de 0,49 MPa com adição de 15% de finos calcários, mas a
aderência caiu até 53% em argamassas com teores de 60% de finos. Apesar do valor médio global em [89]
ser menor que dos demais autores, na substituição de agregado miúdo por fino calcário até 20% houve
melhora gradativa dos valores de aderência à tração. Os resultados de [32,88] serviram apenas, nestes
trabalhos, para atestar a média global uma vez que não foram variados os teores de fíler (a porcentagem
no proporcionamento da argamassa deste fino foi fixa).
De acordo com [35], que utilizaram quatro adições diferentes (fíler calcário, saibro, pó de granulito e de
micaxisto), em todos os teores de todas adições analisados, a resistência de aderência foi menor que a
argamassa de referência sem adições, podendo ter relação com o aumento de fissuras por retração. Apesar
disso, a adição de finos aumenta significativamente a trabalhabilidade das argamassas.
Não foi possível atestar sobre a influência pelo uso de cinza volante e perlita (espécie de vidro vulcânico)
na resistência de aderência, no trabalho [32] que trata do uso destas adições, cujo os teores não foram
variados e não havia argamassa de referência (sem adições) para comparação. Contudo, segundo o artigo
[98], a substituição em volume de 75% de cal por cinza volante levou a um aumento de 32% na resistência
de aderência em relação à argamassa de referência sem adição.
Verificou-se que substituições de areia por pó de mármore em até 50% foram benéficas para a aderência,
acima deste valor houve decréscimo de resistência [33].
Material de mudança de fase (Phase change material - PCM) é uma adição normalmente usada encapsulada
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que possui capacidade de alterar seu próprio estado físico em função da temperatura ambiente,
contribuindo, por exemplo, para o desempenho térmico do revestimento. A sua utilização, em [20,21] e em
temperatura ambiente, demonstrou redução relativa nos valores de aderência ao substrato em todos os
casos estudados (variando o tipo de aglomerante), tendo o pior resul tado relativo no quando utilizou
argamassa à base de cimento e o pior resultado absoluto quando do uso de cal aérea.
A substituição de areia por fino de vidro, segundo encontrado em [24], teve diferença estatisticamente nula
(sem efeito), especialmente no traço 1:4, em volume, da argamassa simples. Já segundo [25], o pior
desempenho foi encontrado com 50% de substituição por fino de vidro, conforme o valor relativo
apresentado na Tabela VI.
Com relação aos revestimentos, dois aspectos interessantes observados são a forma de aplicação da
argamassa de revestimentos aos substratos e a realização de cura úmida nos revestimentos consolidados.
Nos trabalhos pesquisados foram encontradas várias formas de aplicação das argamassas de revestimento
sobre os substratos. Na Tabela VII estão identificados os cinco diferentes métodos encontrados nos artigos
aderentes, inclusive o moldado que é realizado em aros com o objetivo de eliminar a necessidade de cor te
posterior dos corpos de prova.
Dualibe, Cavani e Oliveira [105] compararam a aplicação manual com a projeção mecanizada e
encontraram em média resultados 55% menores nos revestimentos aplicados manualmente, esta redução
foi especialmente notada quando o teor de ar incorporado da argamassa é maior. Da mesma maneira, outro
trabalho [75] comparou estas duas formas de aplicação e encontrou, também, valores menores de
resistência de aderência nos revestimentos lançados de forma manual (30% menor), ademais, é interessante
destacar que a dispersão dos resultados foi maior no painel onde a argamassa foi lançada manualmente
(CV=40%) em comparação com o painel onde a argamassa foi projetada mecanicamente (CV=21%).
Foi demonstrado que a projeção mecânica (0,40 MPa) apresenta, em média, maiores valores de aderência
em relação a revestimentos aplicados com desempenadeira (0,34 MPa) e aplicação manual (0,28 MPa)
[81].
Na Figura 6 está apresentado o levantamento quanto à realização de cura úmida dos revestimentos que
seriam testados, se considerados no escopo da pesquisa. Não foram encontradas informações a respeito de
aplicação de curas química ou térmica nos trabalhos analisados.
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(a)
(b)
(c)
(a): [19,22,23,25,28,30,33,35,36,40,42,49,51,52,55,58,64,67–71,73,76,78,82,84,86,88,91–93,102,105,107,112]
(b): [13,15,21,37,46,48,52,54,55,61,62,66,75,77,85,89,101,105,108,109]
(c): [11,12,14,16–18,20,24,26,27,29,31,32,34,38,39,41,43–45,47,50,53,56,57,59,60,63,72,74,79–
81,83,87,90,94–98,106]
Associou-se a realização de cura úmida nos revestimentos com o aumento da aderência, muito embora
tenham constatado também uma dependência dos resultados com o tipo de preparo do substrato [55].
Os ensaios de resistência de aderência à tração podem ser realizados in loco, ou seja, em obra, ou em
ambiente de laboratório. Doze autores realizaram os testes em obras (in loco)
[14,41,44,45,60,63,69,74,75,81,87,89,96,97,105,106,110]. A grande maioria dos trabalhos analisados foram
realizados em ambientes laboratoriais [11–13,15,17–40,42,43,46,48–54,56–59,61,62,65–67,70–73,76–
86,88,90–93,95,98,102,107–110,112]. Os trabalhos [81,110] realizaram testes nas duas condições e,
aproveitando dessa situação, chegaram a valores médios de 0,26 MPa e 0,28 MPa (em campo) e 0,46 MPa
e 0,55 MPa (laboratório), nos mesmos tipos de substratos.
Neste contexto, aproveitando a similaridade dos estudos, observando os mesmos traços com diferença
básica apenas do local de realização dos ensaios (laboratório e em campo), foram obtidos os valores de
0,33 MPa e 0,21 MPa em [88] e [89], respectivamente. Por todo este exposto, demonstra-se que o ambiente
de laboratório é fator relevante na maior média de aderência dado o maior controle de aplicação dos
revestimentos e de realização dos ensaios.
Outra análise importante no que diz respeito ao teste de aderência à tração é sobre resultados dos
coeficientes de variação (CVs). A Tabela VIII apresenta as faixas de variação deste coeficiente para as
argamassas de referência dos artigos que possibilitaram seu cálculo, onde o menor valor encontrado foi no
trabalho [84] (3,3%, nada comum) e o maior no estudo [110] (67%), este último de resultados obtidos em
obra.
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*Resultados usando pastilhas quadradas de 10 cm de lado. Segundo [103], corpos de prova quadrados
apresentam resultados de aderência menores quando comparados com circulares.
Existem alguns documentos técnico-normativos que versam sobre requisitos mínimos de aderência que os
revestimentos devem atender para serem considerados conformes. Foram encontrados nos trabalhos
selecionados quatro destes documentos com requisitos sinteti zados na Tabela IX. Também foram
relacionados quantos trabalhos, dos 98 analisados (exceto [99,100,104,111]), encontraram valores de
aderência, considerando todas variações propostas, abaixo das recomendações.
Apenas dez [12,22,27,31,33,76,85,94,95,112] dos 98 estudos (10%) obtiveram valores que atendem, com
todas as argamassas testadas, o maior limite normativo para aderência à tração (0,60 MPa). Esta
informação, aliada ao que foi exposto em [63,110] com dados de diversas obras que sequer alcançaram
0,20 MPa de média em aderência, comprova e alerta para o fato de que o estudo desta propriedade deve
ser sempre levado em consideração, visto que negligenciar o controle de suas variáveis intervenientes pode
trazer um grande risco à integridade das construções e até mesmo à segurança dos usuários destas.
Ademais, cabem também estudos de revisão dos limites pr escritos.
Tendo em vista que as propriedades das argamassas mais caracterizadas nos artigos estudados foram as
resistências à compressão e à tração na flexão, foram feitas tentativas de correlação entre estas resistências
com a de aderência à tração. Independentemente do tipo e composição das argamassas e substratos, a
Figura 7 apresenta os dados de 60 trabalhos relevantes a esta revisão (56 após análise de espúrios) que
disponibilizaram o par ordenado (resistência à compressão,resistência de aderência à tração) para
argamassas sem adições ou aditivos. Após, o mesmo foi realizado para correlacionar com a resistência à
tração na flexão, conforme apresentado na Figura 8. É possível notar que se chegou a dois coeficientes de
determinação (R 2) aceitáveis estatisticamente de 0,55 e 0,61.
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Figura 7 - Linha de tendência com respectivo intervalo de confiança (95%) entre resistências de aderência e
à compressão
[Figure 7 - Trend line with respective confidence interval (95%) between bond and compression strengths]
Figura 8 - Linha de tendência com respectivo intervalo de confiança (95%) entre resistências de aderência e
à tração na flexão
[Figure 8 - Trend line with respective confidence interval (95%) between bond and flexural tensile strengths]
Uma forma interessante para apresentação de resultados é uma relação da resistência à compressão das
argamassas com os coeficientes de variação da resistência de aderência. De forma a melhorar ainda mais
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essa apresentação foram marcados os tipos de substratos usados em cada estudo ( Figura 9). Foram
encontrados coeficientes de determinação de 0,5 para blocos de concreto e 0,6 quando os substratos são
de blocos cerâmicos. Infelizmente pela quantidade pequena de dados disponíveis nos trabalhos obtidos no
levantamento não é possível concluir que de fato existam correlações fortes baseadas no substrato, ou seja,
que sejam os determinantes da correlação linear entre estas duas variáveis.
Figura 9 – Linhas de tendências entre resistências à compressão das argamassas e coeficientes de variação
da resistência de aderência
[Figure 9 – Trends lines between compressive strengths of mortars and coefficients of variation of bond
strenght]
CONCLUSÕES
Abordando apenas trabalhos publicados em periódicos e eventos científicos da área, foram obtidos
resultados relevantes. Podem ser listadas como principais conclusões do levantamento :
Há uma forte tendência de aumento nos estudos com ênfase na aderência de revestimentos de
argamassa e, consequente, publicação em periódicos de alcance internacional, com crescimento
observado principalmente nos últimos cinco anos, inclusive com aceitação em periódicos com altos
fatores de impacto;
As normas utilizadas para determinação da resistência de aderência à tração são, basicamente, a
europeia EN 1015-12 e a brasileira NBR 13528, demonstrando que a produção científica na área se
concentra nos países em que existe a predominância de emprego de sistemas de vedação revestidos
com argamassa, tais como França, Portugal, Espanha, Alemanha, além do Brasil;
Os substratos mais utilizados nas pesquisas são compostos por blocos cerâmicos e blocos de concreto,
sendo que os revestimentos aplicados sobre blocos de concreto apresentam, geralmente, maior
resistência de aderência que sobre os blocos cerâmicos;
A composição das argamassas utilizadas nas pesquisas sobre aderência é bastante variada , seja quanto
aos traços (proporcionamentos) ou aos materiais empregados; isto faz com que essa variável seja uma
das mais influentes nos resultados de resistência de aderência dos revestimentos, cujos valores dos
coeficientes de variação, relativos a essa diversidade de composições, se demonstraram
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 2
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
demasiadamente altos;
Em geral, o uso de aditivos e adições nas argamassas alteram o comportamento da aderência , podendo
tanto melhorar quanto piorar o desempenho dos revestimentos;
A forma de aplicação da argamassa, a realização ou não de cura úmida e o local de realização dos
ensaios (em campo ou em laboratório) exercem influências significativas nos resultados de aderência
dos revestimentos;
Ainda há o que se estudar no que diz respeito aos coeficientes de variação dos resultados dos ensaios
de aderência à tração, principalmente se há diferença significativa, do ponto de vista estatístico, entre
testes realizados em obra e em laboratório;
Existe razoável correlação entre as resistências de aderência à tração dos revestimentos e as
resistências à compressão axial ou à tração na flexão das argamassas, independentemente da
composição dessas argamassas; e
Há uma interdependência moderada entre a resistência à compressão das argamassas e os coeficientes
de variação de aderência dos revestimentos aplicados, por tipo de substrato.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à FAPEG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás pela bolsa de fomento
científico.
REFERÊNCIAS
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[24] R. Oliveira, J. de Brito, R. Veiga, J. Clean. Prod. 95 (2015) 75–88.
[25] P. Penacho, J. de Brito, M. Rosário Veiga, Cem. Concr. Compos. 50 (2014) 47–59.
[26] I. Santamaría-Vicario, A. Rodríguez, S. Gutiérrez-González, V. Calderón, Constr. Build. Mater. 95
(2015) 197–206.
[27] T. Sevil, M. Baran, T. Bilir, E. Canbay, Constr. Build. Mater. 25 (2011) 892–899.
[28] J. Silva, J. de Brito, R. Veiga, Constr. Build. Mater. 23 (2009) 556–564.
[29] A.M. da Silva, J. de Brito, R. Veiga, Constr. Build. Mater. 71 (2014) 226–236.
[30] E. Spychał, Procedia Eng. 108 (2015) 324–331.
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 2
44
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
[31] E. Jumate, D.L. Manea, C. Aciu, L. Molnar, R. Fechete, Procedia Technol. 19 (2015) 291–298.
[32] M. Katsioti, D. Gkanis, P. Pipilikaki, A. Sakellariou, A. Papathanasiou, C. Teas, E. Chaniotakis, P.
Moundoulas, A. Moropoulou, Constr. Build. Mater. 23 (2009) 1960–1965.
[33] L.M. Molnar, D.L. Manea, Procedia Technol. 22 (2016) 251–258.
[34] P. Saiz-Martínez, M. González-Cortina, F. Fernández-Martínez, Mater. Constr. 65 (2015) e058.
[35] R.R. Angelim, S.C.M. Angelim, H. Carasek, Anais V Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo (2003)
401-416.
[36] R.R. Angelim, S.C.M. Angelim, H. Carasek, Anais V Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo (2003)
159-168.
[37] H. Bolorino, M.A. Cincotto, Anais II Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Salvador (1997) 15-25.
[38] J.A. Canova, R. Bergamasco, G. Angelis Neto, P.J.P. Gleize, Ambiente Construído 12 (2012) 257–267.
[39] J.A. Canova, R. Bergamasco, G. Angelis Neto, Acta Sci. Technol. 29 (2007) 141–149.
[40] H. Carasek, Anais II Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Salvador (1997) 133-146.
[41] H. Carasek, O. Cascudo, T.R. Jucá, Anais VI Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Florian. (2005) 551-561.
[42] H. Carasek, L.M. Scartezini, Anais III Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Vitória (1999) 503-515.
[43] E.B.C. Costa, R.J. Duarte, H. Carasek, Anais Enc. Nac. Tecnol. No Amb. Const., Florian. (2006) 4061-
4072.
[44] S.R. de C. Gonçalves, E. Bauer, Anais VI Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Florian. (2005) 562-567.
[45] D. Macedo, P. Ribeiro, G. Machado, H. Carasek, O. Cascudo, Anais VII Simp. Bras. Tecnol. Argamas.,
Recife (2007).
[46] L.F.R. Miranda, S.M.S. Selmo, Constr. Build. Mater. 20 (2006) 625–633.
[47] R. Monte, K.L. Uemoto, S.M.S. Selmo, Anais V Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo (2003) 303-
315.
[48] C.A.M. Moraes, A.G. Kieling, M.O. Caetano, L.P. Gomes, Resour. Conserv. Recycl. 54 (2010) 1170–
1176.
[49] C.B. Moura, L.C. Bonin, A.B. Masuero, Anais VIII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Curitiba (2009) 1-
16.
[50] I.L. Paes, M.A.S. Andrade, R.R. Angelim, N.P. Hasparyk, R.A. Oliveira, J.S. Passos, D.G. Thon, H.
Carasek, Anais III Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Vitória (1999) 335-347.
[51] D.T. Pagnussat, A.B. Masuero, Anais IX Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Belo Horizonte (2011).
[52] P.C. Pereira, J. de A. Ikeda, N. de A. Ikeda, C. de O. Campos, L.M. Teixeira, H. Carasek, Anais III
Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Vitória (1999).
[53] L.R. Prudêncio, W.O. Isernhagen, R.O. Steil, M.R. Macarini, Anais III Simp. Bras. Tecnol. Argamas.,
Vitória (1999) 453-460.
[54] L.M. Scartezini, T.R. Jucá, H. Linhares, F. Teixeira, G. Antonelli, O. Cascudo, H. Carasek, Ambiente
Construído 2 (2002) 85–92.
[55] L.M. Scartezini, H. Carasek, Anais V Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo (2003) 569-581.
[56] N.G. Silva, V.C. Campiteli, P.J.P. Gleize, Anais VII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Recife (2007a).
[57] N.G. Silva, V.C. Campiteli, P.J.P. Gleize, Anais VII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Recife (2007b).
[58] V.S. Silva, J.B.L. Libório, Anais V Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo (2003) 385-399.
[59] N.G. Silva, G.G. Silva, P.J.P. Gleize, Anais X Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Fortaleza (2013) 1-16.
[60] A.S.R. Silva, A.F. Silva Filho, M.T. Azevedo, L.V. Garcia, E.G. Mattos, Anais II Simp. Bras. Tecnol.
Argamas., Salvador (1997) 185-191.
[61] D.A. Silva, F.A. Tristão, H.R. Roman, F.K. Souza, Anais V Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo
(2003) 317-329.
[62] C.R. Taube, G.P. Gava, S.M.F. Couri Petrauski, Anais V Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo
(2003) 221-232.
[63] H. Carasek, M. Malagoni, V. Terra, A.C.C. Girardi, R. Araújo, Anais XII Simp. Bras. Tecnol.
Argamas., São Paulo (2017) 10p.
[64] C.L.D. Cintra, A.E.M. Paiva, J.B. Baldo, Cerâmica 60 (2014) 69–76.
[65] E.B.C. Costa, F.A. Cardoso, V.M. John, Constr. Build. Mater. 156 (2017) 1114–1126.
[66] C. de S. Kazmierczak, D.C.M. Arnold, Proc. Inst. Civ. Eng. - Constr. Mater. 166 (2013) 27–33.
[67] P. Miotto, C.V. Silva, Anais XII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo (2017) 10p.
[68] T.F. de Oliveira, M.H. Beck, P.V. Escosteguy, E.C. Bortoluzzi, M.L. Modolo, Appl. Clay Sci. 105–106
(2015) 113–117.
[69] I.L. Paes, C. Silva, B. Campos, G. Evangelista, L. Ribeiro, E. Ribeiro, Anais XII Simp. Bras. Tecnol.
Argamas., São Paulo (2017) 10p.
[70] A.L.F. Ramos, I.S.G. Freitas, P.B. Silveira, A.C.C. Lopes, M.V.O. Andrade, I.L. Paes, Anais XII Simp.
Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo (2017) 11p.
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 2
45
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
[71] A.B. Rohden, G.S. Lamb, M. de L. Pinto, L.C. Bonin, A.B. Masuero, Anais XIII Enc. Nac. Tecnol. No
Amb. Const., Canela (2010) 10p.
[72] W.J. dos Santos, R. de C.S.S. Alvarenga, L.G. Pedroti, R.C. da Silva, A.S. Freire, B.A. de Moraes, C.C.
Carvalho, Ambiente Construído 18 (2018) 225–243.
[73] J.A.A. Sentena, C. de S. Kazmierczak, L.A. Krein, Ambiente Construído 18 (2018) 211–224.
[74] A.C.M. Silva, C. Santos, P. Rosal, R. Correa, A.J.C. Silva, Anais XII Simp. Bras. Tecnol. Argamas.,
São Paulo (2017) 9p.
[75] A.J.C. Silva, J.M.F. Mota, F.R. Barbosa, Anais X Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Fortaleza (2013) 13p.
[76] C.M. Stolz, D.T. Pagnussat, A.B. Masuero, A.P. Kirchheim, Anais IX Simp. Bras. Tecnol. Argamas.,
Belo Horizonte (2011) 14p.
[77] A.L. Temp, G. Mohamad, E. Rizzatti, E.Y.N. Bavastri, Anais X Simp. Bras. Tecnol. Argamas.,
Fortaleza (2013) 14p.
[78] T.G. Tiggemann, M.A. Longhi, Anais XII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo (2017) 10p.
[79] B.L. Tiscoski, E.G.P. Antunes, M. Vito, D.S.S. Godinho, Anais XII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São
Paulo (2017) 10p.
[80] R.B. Tokarski, A. Matoski, L. Cechin, A.M. Weber, Anais XII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São
Paulo (2017) 10p.
[81] K.C. Zanelatto, M.M.S.B. Barros, R. Monte, F.H. Sabbatini, Ambiente Construído 13 (2013) 87-109.
[82] M.P. Assali, K. Loh, Ambiente Construído 11 (2011) 7–23.
[83] E. Bauer, C.P. Feitosa, H. Rodrigues Filho, P.O. Almeida, Anais X Simp. Bras. Tecnol. Argamas.,
Fortaleza (2013) 17p.
[84] S.F. da Cruz, J.G. Vieira, G. Rodrigues Filho, C. da S. Meireles, F.A.C. Faria, D.D. Gomide, D.
Pasquini, R.M.N. de Assunção, L.A. de C. Motta, Polímeros 22 (2012) 80–87.
[85] L.A.C. Motta, J.G. Vieira, T.H. Omena, F.A.C. Faria, G. Rodrigues Filho, R.M.N. Assunção, Rev.
IBRACON Estrut. E Mater. 9 (2016) 754–764.
[86] R.P. Oliveira, A.L.G. Gastaldini, L.H. Antes, A.S. Ruviaro, Anais XI Simp. Bras. Tecnol. Argamas.,
Porto Alegre (2015) 17p.
[87] L.C. Ruffeil, A.A. Silva, B.B. Grisolia, K.R. Fonseca, P.M. Rodrigues, C.V.S. Bordalo, I.N. Paes, Anais
XII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo (2017) 9p.
[88] I. Martínez, M. Etxeberria, E. Pavón, N. Díaz, Constr. Build. Mater. 49 (2013) 384–392.
[89] I. Martínez, M. Etxeberria, E. Pavón, N. Díaz, Rev. Constr. 15 (2016) 9-21.
[90] R.R. Angelim, Anais VI Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Florian. (2005) 530-539.
[91] R. Berton, C.H.R. Magri, E.B.C. Costa, Anais XII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo (2017)
13p.
[92] E.B.C. Costa, H. Carasek, Anais XII Enc. Nac. Tecnol. No Amb. Const., Fortaleza (2008) 10p.
[93] E.B.C. Costa, F.A. Cardoso, V.M. John, Ambiente Construído 16 (2016) 21–34.
[94] M.L.C. Martins, A.A. Azevedo, Anais IV Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Brasília (2001) 499-510.
[95] R.C. de O. Romano, D. dos R. Torres, R.G. Pileggi, Constr. Build. Mater. 82 (2015) 219–226.
[96] A.G. Diogenes, A.E.B. Cabral, Anais XII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo (2017) 10p.
[97] J.M.F. Mota, H. Carasek, A.J.C. Silva, F.R. Barbosa, A. Feitosa, W. Santos, Anais IX Simp. Bras.
Tecnol. Argamas., Belo Horizonte (2011) 10p.
[98] K.N.H. Sampaio, A.E.B. Cabral, Anais XII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., São Paulo (2017) 10p.
[99] H. Carasek, O. Cascudo, L.M. Scartezini, Anais IV Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Brasília (2001) 43-
67.
[100] E. Costa, H. Carasek, S. Almeida, D. Araújo, Anais XIV Semin. Iniciaç. Científica, Goiânia (2006) 5p.
[101] E.B.C. Costa, B.L. Damineli, V.B. Freitas, V.M. John, Rev. IBRACON Estrut. E Mater. 8 (2015) 66–
87.
[102] E.B.C. Costa, H. Carasek, Ambiente Construído 9 (2009) 17–35.
[103] E. Costa, H. Carasek, Anais VIII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Curitiba (2009) 15p.
[104] E.B.C. Costa, V.M. John, Anais IX Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Belo Horizonte (2011) 25p.
[105] R.P. Dualibe, G. de R. Cavani, M.C.B. Oliveira, Anais VI Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Florian.
(2005) 508-517.
[106] I. Flores-Colen, J. de Brito, F. Branco, Exp. Tech. 33 (2009) 51–60.
[107] C. de S. Kazmierczak, D.E. Brezezinski, D. Collatto, Anais VIII Simp. Bras. Tecnol. Argamas.,
Curitiba (2009) 9p.
[108] E. Nakakura, F.A.C. Munhoz, A. Battagin, Anais VIII Simp. Bras. Tecnol. Argamas., Curitiba (2009)
14p.
[109] I.N. Paes, E. Bauer, H. Carasek, E. Pavón, Rev. Ing. Constr. 29 (2014).
[110] N.M.M. Ramos, M.L. Simões, J.M.P.Q. Delgado, V.P. de Freitas, Constr. Build. Mater. 31 (2012) 86–
93.
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 2
46
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
[111] R.V. Silva, J. de Brito, R.K. Dhir, Constr. Build. Mater. 105 (2016) 400–415.
[112] C.M. Stolz, A.B. Masuero, D.T. Pagnussat, A.P. Kirchheim, Constr. Build. Mater. 128 (2016) 298–307.
[113] Oficina Nacional de Normalización, NC 172: Resistencia a la adherencia por tracción, Havana (2002).
[114] ASTM Int., D7234: Standard test method for pull-off adhesion strength of coatings on concrete using
portable pull-off adhesion testers (2005).
[115] ABNT, NBR 15258: Argamassa para revestimento de paredes e tetos - Determinação da resistência
potencial de aderência à tração, Rio de Janeiro (2005).
[116] RILEM, Mater. Struct. 37 (2004) 488–490.
[117] L.M. Scartezini, H. Carasek, Anais Cong. Bras. Cimento, São Paulo (1999).
[118] C.F. de A. Calado, A. Camões, S. Jalali, B. Barkokébas Junior, Concreto auto-adensável (CAA), mais
do que alternativa ao concreto convencional (CC), Ed. Universidade de Pernambuco, Recife (2015).
[119] ABNT, NBR 7211: Agregados para concreto, Rio de Janeiro (1983).
[120] ABNT, NBR 7211: Agregados para concreto – Especificação, Rio de Janeiro (2009).
[121] H. Carasek, in: Mater. Constr. Civ. E Princípios Ciênc. E Eng. Mater., Isaia, G.C., São Paulo (2017)
892–944.
[122] ABNT, NBR 13749: Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas — Especificação, Rio
de Janeiro (2013).
[123] Assoc. Franç. Normal., NFP 15-201-1: Travaux d'enduits de mortiers. Partie 1-1: Cahier des clauses
techniques (2008).
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
METODOLOGIA
2. Levantamento dos
resultados
6385 resultados
3. Tratamento de dados
Agrupamento e
tratamento de espúrios
4. Testes e análises
estatísticos
Definição de parâmetros
estatísticos e matemáticos
Um levantamento foi realizado tomando como base de dados as dissertações defendidas nos
programas de pós-graduação da Universidade Federal de Goiás e teses de doutorado de
pesquisadores ligados ao NUTEA-UFG.
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 3
48
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Os critérios de seleção foram as relevâncias destas dissertações e teses com o escopo pretendido
e resultados individuais detalhados e acessíveis, viabilizando as análises matemáticas e
estatísticas, conforme sintetizado na Figura 3.2.
Revestimentos de
NUTEA - UFG Dados acessíveis
argamassa
Dissertações e Teses*
10 dissertações e 2 teses * Teses de pesquisadores
ligados ao Programa
Na Tabela 3.1 são apresentadas as dissertações e teses que compõem a base de dados para esta
pesquisa com as respectivas características principais, a saber: local de realização dos ensaios,
os tipos de substratos e de argamassas de revestimento estudados, além da quantidade de
resultados individuais de ensaios de resistência de aderência à tração. De início, foram
colecionados 6385 (seis mil, trezentos e oitenta e cinco) resultados de testes de resistência de
aderência à tração incluindo as respectivas formas de ruptura, sendo aqui chamados resultados
individuais.
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 3
49
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 3
50
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Os resultados dos ensaios de aderência foram agrupados de acordo com as semelhanças entre
os métodos utilizados e peculiaridades de cada trabalho. As principais características que
nortearam o agrupamento de dados semelhantes foram: local de realização dos ensaios (obra ou
laboratório), tipo de substrato, composição da argamassa e particularidades dos revestimentos
e dos testes de aderência.
Para isto, com auxílio de uma planilha eletrônica, estas características principais foram
detalhadas, por autor, conforme apresentado sistematicamente na Figura 3.3. A argamassa de
revestimento, a título de exemplo, foi detalhada conforme os traços (em volume), teores de
cimento, os tipos de cimento, de cal, de areia e de aditivos/adições utilizados por cada autor.
Cada uma das linhas da planilha (grupos de resultados individuais de mesmo detalhamento)
será chamado agrupamento.
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 3
51
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Local de
realização dos • Obra x Laboratório
ensaios
• Material do
Substrato
• Taxa inicial de
Substrato sucção (IRA)
• Região de ensaio no
substrato
• Outras variáveis
• Traço (em volume)
• Teor de Cimento
Argamassa de • Tipo de Cimento
Revestimento • Tipo de Cal
• Tipo de Areia
AUTOR • Adições/Aditivos
(ano)
• Espessura
• Forma de aplicação
Revestimento • Ensaios com os
revestimentos
• Outras variáveis
• Metodologia de
ensaio utilizada
Teste de (Normas)
aderência • Idade do
revestimento
• Outras variáveis
• Ensaios com os
substratos
Outras
propriedades • Ensaios com as
argamassas no
estado endurecido
Um exemplo de variável que foi agrupada e analisada de duas formas: junta (sem distinção
entre níveis) e separadamente (com distinção), foi o local de realização dos ensaios, sejam
resultados de obras ou resultados de laboratório, neste último onde usualmente se utilizam
corpos de prova com extração normalmente na horizontal conforme representados na Figura
3.4.
A Figura 3.5 representa um exemplo de alvenaria, nesse caso os corpos de prova são ensaiados
na vertical, típico de ensaios em campo e, neste caso, cabe analisar (separar) também a região
onde foi realizado o teste no substrato (se em cima das juntas de assentamento ou sobre os
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 3
52
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
blocos), pois essa região exerce forte influência nos resultados de aderência (SCARTEZINI;
CARASEK, 1999).
Figura 3.4 - Exemplos de corpos de prova individuais usados em laboratório: (a) Bloco de concreto, (b)
Bloco cerâmico e (c) Substrato padrão
Em que:
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 3
53
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
n é o número de amostras.
Esta verificação de normalidade tem 99,9% de acerto (TORMAN; COSTER; RIBOLDI, 2012),
entretanto testes visuais de distribuição, por meio de histogramas, também foram utilizados com
o objetivo de notar algumas questões geométricas, como curtose e aspecto (coeficiente de
assimetria), principalmente nos valores-p, obtidos no teste K-S, que se aproximavam muito de
0,05 (limite da significância).
Nesta etapa, foi possível, por meio de alguns testes e análises matemáticos e estatísticos,
verificar que variáveis são de fato importantes e que influenciam tal propriedade de aderência
de forma mais generalizada. Tais testes e análises foram feitos com base na programação “R”
(2018), de linguagem aberta (opensource), desenvolvida para computação matemática e
estatística.
Buscando uma melhor discussão e interpretação e tal como realizado em Carasek, Vaz e
Cascudo (2018), os resultados obtidos em cada um dos estudos foram submetidos a uma série
de análises estatísticas, todas em um nível de significância de 5%.
A priori, o conjunto de resultados individuais de cada um dos agrupamentos passou por uma
análise descritiva, contendo: média aritmética, desvio padrão e coeficiente de variação (CV).
Após as análises preliminares de média e coeficiente de variação, procedeu-se à análise de
variâncias (ANOVA) em cada um dos modelos estudados.
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 3
54
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Para o modelo 1, uma vez que não foram consideradas as argamassas industrializadas, pela
ausência da informação dos respectivos teores de cimento, também não fazem parte da
amostragem outras argamassas com adições e ou aditivos, ou seja, as argamassas consideradas
foram as argamassas constituídas exclusivamente de cimento, cal e agregado miúdo. Ademais,
foram considerados apenas os substratos sem nenhum tratamento ou chapiscados, sendo,
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 3
55
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
portanto, excluídos dessa análise os resultados de aderência existentes sobre substratos que
receberam outros tipos de tratamentos (solução de cal, umedecimento, etc.).
Os níveis considerados nas ANOVAS estão discriminados na Tabela 3.3, sendo que para o
modelo matemático, reitera-se que foram usados os valores numéricos sem agrupamento em
faixas (apresentados no Apêndice C).
Tabela 3.3 - Discriminação das variáveis usadas nas ANOVAS dos modelos
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 3
56
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
A ANOVA foi realizada mediante uma metodologia N-way, com mais de dois fatores
controláveis a vários níveis fixos, classificada como tipo II, conforme publicado por Monleón-
Getino (2017). O modelo estatístico genérico, demonstrado para três efeitos, que expressa essa
análise é apresentado pela Equação 3.2, adaptado de Araújo (2017):
Em que:
Para testar a significância destes projetos fatoriais, em cada uma das situações (modelos)
estudadas, foi sintetizado um resultado da ANOVA contendo o resultado dos coeficientes de
Fisher do modelo testado, empregando, para tanto, os programas computacionais RStudio©1.1
(conforme linhas de comando constantes do Apêndice A) e Statistica©12. Estes programas
geraram os valores do parâmetro Fisher calculados (Fcal) que foram comparados com os
valores tabelados (Ftab). O valor de Ftab corresponde ao Fα = 0,05 (ν1, ν2), sendo ν1 e ν2 os
graus de liberdade, respectivamente, do efeito avaliado e do resíduo.
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 3
57
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Correlação Interpretação
(positivos ou negativos)
0,90-1,00 Correlação muito forte
Os modelos matemáticos lineares e não linear foram processados e calculados pelos programas
computacionais já utilizados nas ouras análises aqui comentadas. Os comandos e outras
definições estão detalhadas nos itens A.5 e A.6 do Apêndice A.
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CAPÍTULO 4
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Inicialmente, foram obtidos 726 agrupamentos e em cada destes foram calculadas as médias
aritméticas, desvios padrão e coeficientes de variação (CVs). Através deste último parâmetro
observou-se uma alta dispersão (acima de 70%) em alguns dos agrupamentos dos resultados de
Pereira (2000) e Carasek (1996). Assim, estes agrupamentos foram analisados individualmente
e foram retirados os valores discrepantes da média e do intervalo de confiança adotado. De
maneira geral, a média dos CVs dos resultados de todos os autores passou para 36,7%, tendo
os dados de Resende (2010) apresentado a maior média de CV dentre os autores: 50,3%,
considerando-se, portanto, resultados com dispersão aceitável por se tratar de resistência de
aderência.
Cabe lembrar que uma relativamente alta variabilidade é intrínseca à propriedade. Isso decorre
do fato de que a resistência de aderência é influenciada por diversos fatores altamente variáveis,
tais como os materiais da base, as características da argamassa, condições climáticas, energia
de aplicação, etc. (CARASEK et al., 2014).
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Todas as variáveis listadas na Figura 3.3 foram testadas e avaliadas, na medida do possível,
quanto à influência na resistência de aderência. Sobretudo, neste capítulo são demonstrados
apenas as relações daquelas situações mais significativas e contributivas.
Visando um primeiro contato com a grande gama de dados disponíveis, foram calculadas
médias aritméticas e médias dos coeficientes de variação de detalhamentos específicos dos
agrupamentos. A Tabela 4.1 compila algumas destas verificações que atestam informações
importantes e que ajudaram a direcionar as abordagens realizadas nos próximos resultados
discutidos, uma vez que estes resultados são muito genéricos e não podem ser levados em
consideração de maneira isolada.
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Salienta-se que resultados similares a este foram encontrados na pesquisa de Carasek et al.
(2017), no entanto em um contexto de resultados de ensaio realizados em obra, reforçando esta
conclusão.
No que tange à forma de aplicação da argamassa, a projeção demonstrou valor médio muito
superior às outras duas formas, conforme já constatado em outras pesquisas (DUALIBE;
CAVANI; OLIVEIRA, 2005; CARASEK, 2012). A caixa de queda, que é uma metodologia
própria para aproximar da aplicação manual, demonstrou média de aderência próxima da
apresentada pelo método manual, embora um pouco maior e com o maior CV.
A resistência de aderência à tração é um tipo de variável contínua com limite inferior igual a
zero. Dada a grande amplitude e heterogeneidade dos dados nesta pesquisa, é perto deste limite
onde se concentra a maior densidade de frequências, conforme verificado pelos histogramas de
médias de aderência presentes no Apêndice B. Portanto, essa variável, resistência de aderência,
nos casos dos modelos propostos (onde se juntam resultados de várias pesquisas experimentais
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de diversos autores), tem suas frequências comportando-se como uma distribuição do tipo
lognormal.
Diwakar (2017) defendeu em seu trabalho que “em princípio, pode-se esperar que uma
distribuição lognormal apresente um melhor ajuste do que a distribuição normal sempre que
uma variável enfrenta um limite inferior conceitual em zero”, que, como dito, é o caso da média
de aderência dos grandes espaços amostrais dos modelos aqui trabalhados.
Geralmente, é recomendado que, para este caso, se faça uso da transformação Log com o
objetivo obter-se uma distribuição normal dos dados (PAES, 2009). Não obstante, o uso das
médias de aderência, com distribuição lognormal, para procedimentos paramétricos (como a
regressão linear) não deve ser considerada, por si só, inválida, mas isso somente pode ser feito
caso os resíduos do modelo estejam distribuídos normalmente (DIWAKAR, 2017).
Assim, como a função logaritmo não é intuitiva e tornam as análises e entendimentos dos efeitos
das diversas variáveis independentes com relação à aderência propostas neste trabalho mais
complexas e difíceis de aplicar à realidade de engenharia, as modelagens realizadas nesta seção
são baseadas na variável dependente média de aderência (sem transformação), cujos resíduos
passaram por análise de suas distribuições de frequências. A título de confirmação de que as
análises são convergentes, executaram-se outras modelagens, sob os mesmos fundamentos das
aqui realizadas, todavia, baseadas na transformação Log das médias de aderência, cujos
resultados estão constantes no Apêndice B.
Neste modelo 1, não foram consideradas argamassas com adições, aditivos e industrializadas,
especialmente porque não possui a especificação do teor de cimento utilizado com um fator de
análise, tal como descrito na Metodologia.
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Tabela 4.2 - ANOVA para resultados de aderência – modelo 1 (traço - teor de cimento)
Conforme mostrado na Figura 4.1, após calcular o teste de Duncan, os blocos de concreto
celular autoclavado e sílico-calcários; blocos cerâmicos e substrato padrão, compõem os
mesmos grupos, onde, estatisticamente, não existem diferenças entre seus resultados de
aderência à tração. Os demais blocos demonstraram ser diferentes entre si quando da
comparação de médias de aderência do revestimento de argamassa aplicado.
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Figura 4.1 – Comparação de médias de aderência de acordo com o tipo de substrato (modelo 1)
Realizando-se o teste de Duncan nos teores de cimento considerados para o modelo, Figura 4.2,
apesar de visualmente terem médias parecidas, os teores entre 10,4% (Teor2) e 14,3% (Teor7),
foram relacionados diferentes estatisticamente, demonstrando a sensibilidade que o teor de
cimento, com grande influência, tem na aderência.
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Figura 4.2 - Comparação de médias de aderência de acordo com o teor de cimento (modelo 1)
A comparação de médias para a existência de cura nos revestimentos, Figura 4.3, concluiu
serem estatisticamente diferentes os dois níveis de variação (Sim ou Não) deste fator.
Figura 4.3 - Comparação de médias de aderência de acordo com a existência de cura (modelo 1)
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Figura 4.4 - Comparação de médias de aderência de acordo com a idade do revestimento (modelo 1)
Ressalta-se que todas as demais idades foram consideradas sem diferenças de média
estatisticamente consideráveis, possibilitando a adoção de um intervalo acima de 14 dias,
considerando que nas fases iniciais é quando os materiais de base cimentícia tem seu maior
ganho de resistência.
Foram utilizados 1100 resultados de aderência disponíveis nos dados para modelo matemático
linear, espaço amostral um pouco menor que o utilizado para a ANOVA, pois nem todos
substratos possuem o valor numérico do IRA. Assim, a resistência de aderência à tração (em
MPa) pode ser descrita da seguinte maneira formulada pela Equação 4.1:
Em que:
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Este modelo global apresentou coeficiente de Fisher de 354,6 e coeficiente de correlação linear
de 0,8 (correlação forte) e explica de maneira adequada e genérica a aderência, sendo amparado
pela distribuição normal dos resíduos, conforme pode ser verificado na Figura 4.5. Se for
realizada a transformação da unidade de entrada do teor de cimento para porcentagem (fazendo
com que todos os termos sejam considerados em mesma magnitude de valores), o coeficiente
de sua parcela passa a ser 0,04529, o maior de todos coeficientes angulares. Comparando os
coeficientes, tem-se uma boa noção de que o teor de cimento é o aspecto mais influente para o
valor da aderência e a idade de revestimento, o menos influente.
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Figura 4.6 – Ábaco de aderência, do modelo matemático 1, para 28 dias e revestimento com cura
Este modelo de predição, considerando as interações, permite concluir que nas primeiras idades
a taxa de sucção inicial é bem relevante e diferencia bastante as médias de aderência. Mas, em
idades mais avançadas, o IRA deixa de ser relevante para os resultados de aderência.
Com auxílio do software Statistica®, foi realizada uma regressão não linear fixada, em função
dos dois fatores mais significativos, teor de cimento e taxa de sucção inicial, na tentativa de
identificar se estas variáveis se inter-relacionam sob uma função não linear. Após várias
tentativas, concluiu-se que as funções quadráticas e cúbicas foram as que melhor ajustaram. Na
Figura 4.7, encontra-se a equação não linear (R²=0,6), e sua representação gráfica, cujo modelo,
de resíduos com distribuição normal, aponta para resultados muito parecidos ao do modelo
linear baseado em mais fatores (idade e cura do revestimento).
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De todo modo, com o intuito de otimizar o processamento e análises dos demais modelos, as
variáveis consideradas não significativas no modelo 1 foram fixadas em intervalos, partindo do
pressuposto de que não influenciam significativamente na variação da aderência: os
revestimentos com idades acima dos 14 dias (aplicado somente ao modelo 3) e espessuras de 2
a 3 cm; e filtrados, apenas resultados de sistemas sem chapisco.
De maneira parecida com o que foi realizado no Modelo 1, mas optando-se por utilizar a
mensuração da resistência à compressão, dado comum de caracterização das argamassas na
maioria das pesquisas, em substituição do teor de cimento na representação das diferentes
argamassas utilizadas e, ainda, devido à complexidade (número grande de fatores e dados) da
análise, foi feita uma redução (otimização) do projeto fatorial da ANOVA, após testes
preliminares para verificar termos mais relevantes, conforme apresentado no Apêndice A, item
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Neste caso específico é possível notar que os parâmetros Fisher das variáveis tipo de substrato
(118,1272) e faixas de resistência à compressão (136,8145) tiveram valores altos, muito além
dos valores dos parâmetros tabelados (Ftab). Em seguida, a forma de aplicação, a existência de
cura e a idade do revestimento se demonstraram, também, com significância no valor final da
aderência.
A próxima etapa tratou de verificar se as diferenças entre médias (por meio do teste de Duncan)
são significativas em cada um dos fatores relevantes da ANOVA da Tabela 4.3. Da mesma
forma que o modelo 1 para os tipos de substrato (Figura 4.1), neste modelo o teste aponta a
existência de quatro grupos distintos, demonstrando que há forte variabilidade na aderência
quando existe mudança de substrato.
A Figura 4.9 apresenta o gráfico tipo boxplot referente às faixas de compressão das argamassas
consideradas nesta seção. Existem, estatisticamente, três grupos distintos na comparação de
médias, mas, nas resistências abaixo de 14 MPa, as faixas se alternam em dois grupos
diferentes, diferenciando bem apenas o grupo A, referente às faixas de compressão mais altas,
sendo, portanto, necessário uma análise do desenvolvimento da compressão com relação à
aderência feito no item 4.5 para melhor entendimento desse aspecto.
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Figura 4.9 - Comparação de médias de aderência de acordo com as faixas de resistência à compressão (cada
2 MPa) – Modelo 2
Para as formas de aplicação, foi possível notar a presença de três grupos diferentes, sendo que
a forma de aplicação por caixa de queda figura como intermediária entre o tipo projetado por
canequinha (com a qual foram consideradas estatisticamente iguais) e o método de aplicação
manual, conforme pode ser visualizado na Figura 4.10.
Figura 4.10 - Comparação de médias de aderência de acordo com o método de aplicação da argamassa
(Modelo 2)
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Tal como ocorreu no modelo 1, a realização, ou não, de cura dos revestimentos previamente
aos ensaios de aderência foram consideradas estatisticamente diferentes e, consequentemente,
sua variação, ter ou não ter, influencia na resistência de aderência do revestimento. Assim,
subtende-se que realizar a cura úmida dos revestimentos leva a um incremento da aderência.
Por fim, quanto ao fator idade do revestimento, que foi particionado em faixas a cada cinco
dias, apresentou sete grupos distintos no teste de Duncan cujas médias não se mostraram
relacionadas com o aumento de idade do revestimento, demonstrando certa aleatoriedade nesta
questão. Portanto, essa variável foi controlada quando da concepção e análises do modelo
matemático 3 subsequente e, todavia, mantida no modelo matemático atual por ser tratada como
valores quantitativos (em dias) individuais, uma vez que a idade foi considerada significativa
na ANOVA realizada previamente.
A resistência de aderência à tração (em MPa) pode ter sua predição calculada da seguinte
maneira (Equação 4.2):
Em que:
Este modelo global apresentou coeficiente de Fisher de 256,6 e coeficiente de correlação linear
0,6 (correlação moderada), demonstrando a qualidade do mesmo. A incógnita “Cura”
apresentou maior coeficiente e, por isso, é a parcela que mais influencia no resultado do modelo,
seguida da resistência à compressão da argamassa do revestimento, da taxa inicial de sucção do
substrato e, enfim, da idade. Na Figura 4.11 consta um ábaco de resistência de aderência em
função do IRA e da resistência à compressão da argamassa, baseado no modelo da Equação
4.2.
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Figura 4.11 - Ábaco de aderência, do modelo matemático 2, para 28 dias e revestimento com cura
Importante comparar a inclinação das linhas nesse ábaco com a da Figura 4.6, que mostra que
a resistência à compressão tem maior influência que o teor de cimento na aderência, uma vez
que os níveis deste último ábaco são mais inclinados do que os que estão em função do teor de
cimento.
A Figura 4.12 traz estimativas da aderência, conforme um modelo que leva em consideração,
além dos fatores isolados, também as interações entre o tipo de substrato e a resistência à
compressão, com correlação moderada (R=0,6). Observa-se o aumento gradual da aderência,
ao longo do tempo, se aumentadas a resistência à compressão ou a taxa inicial de sucção. A
variação da resistência à compressão é bem mais sensível na aderência que a variação exercida
pela alteração da taxa inicial de sucção do substrato (retas muito próximas umas das outras).
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Neste modelo houve uma grande variação de tipos de substratos analisados, tal como aparecem
na Figura 4.13, observa-se que apenas o substrato padrão apresentou diferença estatística de
média de todos demais grupos compostos pelos outros tipos de substratos. No geral, as médias
de todos os substratos considerados ficaram bem próximas.
Figura 4.13 - Comparação de médias de aderência de acordo com o tipo de substrato (modelo 3)
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Figura 4.14 - Comparação de médias de aderência de acordo com as faixas de resistência à compressão (a
cada 2 MPa) – Modelo 3
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Figura 4.15 - Comparação de médias de aderência de acordo com o método de aplicação da argamassa
(Modelo 3)
A resistência de aderência à tração (em MPa) pode ser descrita da seguinte maneira (Equação
4.3):
Rad = 0,232815 + 0,0005732*IRA + 0,023540*Compressao (Eq. 4.3)
Em que:
Através da estatística Fisher 219,9, valor-p menor que 2,2e-16 e correlação R igual a 0,6
(correlação moderada), ademais a Figura 4.16 apresenta a distribuição normal dos resíduos e,
portanto, é possível dizer que o modelo utilizado é adequado.
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Por fim, a Tabela 4.5 simula predições e seus limites de confiança de valores usuais médios,
dos autores analisados, para alguns tipos de substratos e resistência à compressão média das
argamassas do modelo.
Resistência à
Resistência de Limites de
IRA (g/200cm²/min) compressão da
aderência (MPa) confiança (±95%)
argamassa (MPa)
4 [Substrato padrão] 3,0 0,306 0,286 – 0,325
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Importante constatar que, como é esperado, o bloco de concreto assume maiores valores de
aderência quando comparado com os outros dois substratos, da mesma maneira que o valor do
substrato padrão é muito próximo do valor de aderência do bloco cerâmico. Com a redução da
resistência à compressão da argamassa (-54,5%), a resistência de aderência à tração também
reduziu seu valor (média de -20,9%).
Partindo das análises desenvolvidas no item 4.2 de que o teor de cimento das argamassas tem
papel fundamental na propriedade de aderência, este estudo vem investigar essa influência, em
um espaço amostral de 477 médias de aderência de grupos de mesmas condições fixadas
(agrupamentos) organizados conforme Figura 3.3 e estes referentes a 3679 resultados
individuais com dados sobre os teores de cimento das argamassas disponíveis. Desses
agrupamentos, foram observados 20 diferentes traços de argamassa, em volume de materiais
secos, que se referem aos pontos utilizados nessa seção.
Inicialmente foram feitas duas considerações em um estudo inicial: considerar apenas o teor de
cimento (considerando cal como inerte) e considerar o teor de ligante (cimento + cal), ambos
casos em uma relação de volume. Na Figura 4.17 é possível notar que existe uma tendência
exponencial de crescimento da aderência com o aumento do teor de cimento (a) (R²=0,68), tal
como já observado por Carasek (1996) nos seus experimentos; no entanto, agora trata-se de
uma análise com valores médios de diversas pesquisas corroborando e dando força para esta
constatação. Todavia, quando considerada a cal (b) como aglomerante perde-se o ajuste
exponencial, deste modo esta pesquisa se balizará sempre em termos de “teor de cimento”.
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Três dos teores (10,4%; 10,8% e 19,9%), cujos traços correspondentes são 1:1,80:6,82;
1:1,47:6,82 e 1:0,43:3,60, serão desconsiderados nas análises neste item 4.3 deste estudo, pois
foram considerados espúrios, portanto, marcados em vermelho no gráfico (a) da Figura 4.17.
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Figura 4.18 – Relação entre teor de cimento das argamassas e resistência de aderência, discriminando o
método de aplicação da argamassa de revestimento
Outrossim, a análise foi realizada com relação ao tipo de substrato utilizado com o cuidado de
considerar, nos casos dos ensaios realizados em alvenaria, somente os resultados obtidos
quando o revestimento estava aplicado sobre os blocos, desprezando-se os resultados sobre as
juntas. Neste caso, existe clara diferença entre os grupos de resultados de testes realizados sobre
blocos cerâmicos e blocos de concreto, mas com relação aos realizados sobre blocos de concreto
e estrutura de concreto, existe razoável proximidade entre suas curvas, conforme se extrai da
Figura 4.19.
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Outra análise realizada foi referente à forma de ruptura dos corpos de prova buscando
correlaciona-la com o seu valor de resistência de aderência. Tomando por fundamento os
valores de ruptura referentes à questão totalmente adesiva, ou seja, as porcentagens referentes
às interfaces Substrato/Revestimento ou Chapisco/Revestimento (conforme o caso), foram
agrupados em intervalos variando em torno de 5% a 95% (em grupos de ± 5% destes pontos
centrais, ou seja, faixas a cada 10%), considerando possíveis pequenos erros na leitura subjetiva
destas porcentagens nos estudos, de forma a homogeneizar todos resultados.
Com exceção de Resende (2010) e Paes (2004) em que não foi possível obter dados suficientes,
a Figura 4.20 mostram as relações lineares entre essas porcentagens, em substratos sem
qualquer tipo de tratamento prévio à aplicação da argamassa de revestimento, com relação à
resistência de aderência à tração.
Figura 4.20 - Relação aderência e porcentagens de ruptura adesivas do revestimento (sem tratamento do
substrato)
Observa-se que os resultados de Pereira (2000) e Pessatto (2005) obtiveram baixos coeficientes
de determinação, não pela dispersão da linearidade dos dados, mas porque os mesmos são
“constantes” com leve tendência a terem a forma de ruptura na interface substrato/revestimento
com a resistência de aderência de maneira inversamente proporcionais. Neste sentido, verifica-
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se que existe uma suavização (diminuição) dos coeficientes angulares das equações lineares
tendendo a zero com a diminuição dos valores de aderência (aproximadamente abaixo de 0,2
MPa).
Embora não existissem dados suficientes para avaliar isoladamente a influência do teor de
cimento neste caso, registra-se que, na média, os teores de cimento dos dados dos autores
decrescem à medida que os coeficientes angulares também decrescem, tendo as argamassas
utilizadas por Carasek (1996) os maiores teores de cimento (média de 19%, maior valor 25%)
e as de Pessatto (2005), os menores (todos neste caso com 8,3%).
Na Figura 4.21 foi realizada uma análise similar, entretanto tendo como base os substratos que
receberam chapisco (convencional ou industrializado) como tipo de tratamento prévio, sendo
as porcentagens de ruptura da interface chapisco/revestimento.
Figura 4.21 - Relação aderência e porcentagens de ruptura adesivas do revestimento (com chapisco)
Ressalta-se que apenas Souza (2004) utilizou do tipo de chapisco industrializado, inclusive
obtendo maiores valores de aderência que os demais autores, que utilizaram chapisco
convencional. Entretanto, neste cenário não é possível afirmar que o efeito de suavização dos
coeficientes angulares com a queda da resistência de aderência de fato exista, mas é mantido
que os coeficientes angulares são negativos, ou seja, tratam-se de funções inversamente
proporcionais.
Em um último cenário, constante da Figura 4.22, foi levado em consideração os substratos que
foram umedecidos ou tiveram aplicação de solução de cal pouco antes de receber o revestimento
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Figura 4.22 - Relação aderência e porcentagens de ruptura adesivas do revestimento (com umedecimento ou
uso de solução de cal)
Neste caso, também houve a diminuição gradativa dos coeficientes angulares das equações das
retas, mas não foi encontrado um “patamar” (ponto de aderência em que há uma constância de
valores com o aumento da porcentagem da forma de ruptura).
De maneira geral, em todos estes três casos, é possível verificar que à medida que o modo de
ruptura não adesivo (0%) se encaminha para uma ruptura totalmente adesiva (100%) do
revestimento com o substrato, a média de aderência à tração diminui, ou seja, são inversamente
proporcionais. Isso está ligado ao fato de que outras rupturas, sejam coesivas ou adesivas, de
outras interfaces são maiores que as rupturas adesivas do revestimento aos substratos (ou ao
chapisco) fazendo com que esta última tenda a ser a região crítica do sistema.
Importante ressaltar que nos três casos as médias de aderências são mais dispersas próximas
das rupturas não adesivas (0%) e há uma forte tendência a focalizar (tornar-se menos dispersa)
a aderência numa faixa de 0,1 a 0,4 MPa quando da ruptura totalmente adesiva (100%) do
revestimento.
Com o objetivo de investigar o efeito do tipo de substrato, fator mais influente na aderência
conforme verificado nos modelos matemáticos do item 4.2 na forma de ruptura nas interfaces
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Figura 4.23 - Relação aderência e porcentagens de ruptura adesivas do revestimento, por Scartezini e por
substrato e tratamento
Ainda assim, propõe-se a tese de que, em qualquer caso, exista um limite máximo entre 0,3 e
0,4 MPa que a interface Substrato/Revestimento ou Chapisco/Revestimento suporta ou
contribui na aderência total, ou seja, a resistência de aderência de um revestimento de argamassa
nada mais é que o somatório de resistências coesivas e adesivas de cada uma das camadas que
compõem o sistema e suas interfaces sendo que algo entre 0,3 MPa e 0,4MPa é o limite de
suporte ou contribuição da interface Substrato/Revestimento ou Chapisco/Revestimento,
conforme o caso, por consequência, essas interfaces seriam críticas.
Estes modelos lineares se ajustaram muito bem ao que foi proposto, com coeficientes de
determinação (R²) alcançando, em geral, valores acima de 0,50 até 0,98, ou seja, os modelos
são adequados para explicar a resistência de aderência.
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Diversos estudos já trouxeram as correlações lineares que existem entre três importantes
propriedades das argamassas: resistências de aderência à tração, à compressão axial e à tração
por compressão diametral. Na revisão sistemática de literatura, observou-se que a resistência à
compressão é a principal propriedade medida para as argamassas de revestimento nas pesquisas
experimentais e trouxe um modelo linear (y = 0,0173x + 0,2116) bem ajustado (R²=0,60) com
a resistência de aderência. Desta forma, pretendeu-se aqui validar o modelo com mais dados
(médias dos agrupamentos dos 54 diferentes resultados de resistência à compressão
encontrados).
A Figura 4.24 apresenta um modelo linear com um coeficiente angular muito parecido com o
que outrora foi apresentado no artigo de revisão sistemática de literatura, mesmo utilizando
dados totalmente diferentes. Entretanto, o coeficiente linear aqui encontrado (0,0928) foi menor
que o encontrado na revisão de literatura (0,2116), isso quer dizer que se tratam de retas
aproximadamente paralelas com deslocamento no sentido do eixo das ordenadas, ou seja, para
uma mesma resistência à compressão, as aderências seriam ligeiramente diferentes.
Isso se deve ao fato de que, tal como comprovado no Modelo 2, a resistência à compressão, o
tipo de substrato, a idade, a forma de aplicação e cura do revestimento são significativos para o
mecanismo complexo da aderência, mas, resistência à compressão é uma propriedade
intrinsecamente ligada somente à argamassa utilizada. Portanto, se fixarmos todos estes fatores
significativos citados no Modelo 2 e modificarmos apenas a argamassa de revestimento
utilizada (alterando sua resistência à compressão), teremos, então, um deslocamento da linha
de tendência no sentido das abcissas (influência na compressão) bem como das ordenadas
(influência na aderência).
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 4
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Figura 4.24 - Linha de tendência com respectivo intervalo de confiança (95%) entre resistências de
aderência do revestimento e resistência à compressão da argamassa
De maneira análoga, foi representado na Figura 4.25 a linha de tendência com relação à
resistência à tração por compressão diametral, encontrando um bom ajuste linear (R²=0,62), em
um universo de 5571 resultados divididos em médias por autores (43 pontos).
Figura 4.25 - Linha de tendência com respectivo intervalo de confiança (95%) entre resistências de
aderência e à tração por compressão diametral
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 4
88
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Aprofundando as análises, as Figura 4.26 e Figura 4.27 unem os dados das Figura 4.24 e Figura
4.25 (resultados oriundos das teses e dissertações do NUTEA-UFG utilizados neste trabalho)
com os dados obtidos da Revisão Sistemática de Literatura (RSL) – Capítulo 2.
Figura 4.26 - Linha de tendência com respectivo intervalo de confiança (95%) entre resistências de
aderência do revestimento e resistência à compressão da argamassa (NUTEA-UFG + dados RSL)
Figura 4.27 - Linha de tendência com respectivo intervalo de confiança (95%) entre resistências de
aderência e à tração por compressão diametral (NUTEA-UFG + dados RSL)
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este capítulo apresenta as principais conclusões extraídas das análises da revisão sistemática de
literatura, estatísticas e matemática assim como apresentar sugestões para futuras pesquisas
visto que o trabalho disponibiliza uma gama de informações a respeito da resistência de
aderência à tração de revestimentos de argamassa.
5.1 CONCLUSÕES
Esta pesquisa proporcionou, também, por meio das análises estatísticas e matemáticas, uma
ótima ferramenta de análise e estimativa de resultados para ensaios de aderência e futuros
trabalhos relacionados com a propriedade resistência de aderência à tração de revestimentos de
argamassa. Isto porque ela reuniu e fortaleceu os entendimentos dos fatores intervenientes na
resistência de aderência e facilitou a inserção de dados e aplicação nos modelos matemáticos
propostos, agilizando análises que podem levar a resultados bem mais aprofundados, com a
redução do esforço experimental. Estes dados compilados e validados foram repassados para o
NUTEA-UFG de forma a garantir a exploração de tão valioso banco de dados de resultados de
aderência, produzidos em mais de 20 anos de pesquisas.
Isso tudo traz um impacto financeiro e temporal significante, pois mesmo com menor
quantidade de ensaios, futuras pesquisas conseguirão ter base científica para sustentar suas
hipóteses. Por sua vez, estudos vindouros poderão partir de dados explicados matematicamente
estimados pelos modelos e estatisticamente pelas análises realizadas.
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 5
90
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Foi identificado que as variáveis ligadas ao tipo de substrato influenciam bastante nos
resultados de aderência dos revestimentos de argamassa além das variáveis ligadas às
argamassas, como teor de cimento e resistência à compressão, sendo estas últimas as mais
determinantes. Todas demais variáveis utilizadas nessa pesquisa demonstraram ter certa
influência na aderência, entretanto, trata-se de uma questão complexa que depende da interação
de diversas questões que majoram ou minoram estas influências dinamicamente, conforme
pode ser visualizado pelas mudanças de significâncias de cada um dos fatores nos três modelos
abordados.
Neste trabalho, foram propostos três modelos matemáticos lineares com precisão aceitável
(coeficientes de correlação linear entre 0,6 – correlação moderada – e 0,8 – forte), além de
ábacos que podem ser utilizados de uma maneira mais intuitiva. Estes modelos estão baseados
em um vasto tamanho de amostra que foi testada estatisticamente e gerou correlações lineares
moderadas a fortes. Quando comparados aos modelos mediante transformação Log (Apêndice
B), não foram verificadas distorções relevantes, tendo suas análises aproximadamente
coerentes.
Numa comparação destes três modelos lineares, conclui-se que não há diferença significativa
da aderência retornada pelos modelos 1 e 2 para revestimentos, independentemente da idade
escolhida, de argamassa com resistência à compressão média de 5,5 MPa e cujos substratos têm
taxas iniciais de sucção próximos de 60 g/200cm²/min (considerando sempre revestimento com
cura úmida e teor de cimento de 0,125 – referente a um traço usual 1:1:6). Variando o IRA para
qualquer valor usual (entre 4 e 80 g/200cm²/min), a diferença máxima entre as aderências
retornadas por estes modelos é de até 15%. Entretanto, variando a resistência à compressão da
argamassa (em uma faixa entre 3 e 8 MPa), a diferença chega até cerca de 32%.
Considerando sempre revestimento com cura úmida e teor de cimento de 0,125, os modelos 1
e 3 não têm diferença significativa entre as aderências retornadas por suas funções matemáticas,
independentemente da idade escolhida (acima de 14 dias – limite inferior do modelo 3) quando
considerados substratos com taxas iniciais de sucção próximos de 60 g/200cm²/min e
argamassas com resistência à compressão mais baixos próximos de 3 MPa. Aumentando a
compressão da argamassa até 8 MPa, a diferença salta para até cerca de 54%.
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 5
91
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
O teor de cimento de cada uma dos diversos tipos de argamassa de revestimento demonstraram
neste trabalho ser muito mais eficientes que a resistência tração por compressão diametral e até
mesmo que a resistência à compressão, dado que a tendência exponencial ficou muito bem
ajustada às relações teor de cimento com a aderência muito melhor ajustada que as tendências
lineares que regem as relações entre a resistência de aderência com as resistências à compressão
e à tração por compressão diametral.
O estudo com as formas de ruptura nos ensaios de aderência demonstraram ser um atraente
nicho de pesquisa, visto que existe um comportamento mais ou menos padronizado da ruptura
na interface substrato/revestimento que carece de uma investigação mais aprofundada inclusive
ao nível micro da interface.
Propõe-se que futuros estudos investiguem os comportamentos das formas de ruptura dos
revestimentos nos ensaios de aderência a fim de solucionar possíveis limitações de aderência
dos revestimentos aos substratos. Além disso, é importante estender os modelos matemáticos
propostos a um nível mais amplo e preciso, trabalhando-os, por exemplo, em um sistema de
redes neurais, um sistema dinâmico mais adequado, que possam melhorar, ainda mais, as
acurácias dos modelos aqui propostos.
F. H. B. VAZ CAPÍTULO 5
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F. H. B. VAZ Referências
APÊNDICE A
LINHAS DE COMANDO NO RSTUDIO®
1 ks.test(Nome_Modelo$Col,
2 "pnorm", mean(Nome_Modelo$Col),
3 sd(Nome_Modelo$Col))
Onde na linha:
1 – Comando para calcular a estatística e o valor-p do teste de Kolmogorov-Smirnov
2 – Parâmetro de distribuição normal e Comando para calcular a média aritmética dos dados
3 – Comando para calcular o desvio padrão dos dados
Legenda:
Nome do modelo com a coluna contendo os dados analisados (Média ou LOG)
Comando estatístico
1 hist(Nome_Modelo$Col,
2 main = c(paste(
F. H. B. VAZ Apêndice A
105
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Onde na linha:
1 – Comando para gerar histogramas de frequências
2 – Comando para gerar texto (em forma de título)
3 – Comandos que geram média aritmética arredondada para duas casas decimais
4 – Comandos que geram o desvio padrão arredondado para duas casas decimais
5 – Comandos que geram o coeficiente de variação arredondado para uma casa decimal
6 – Comandos que geram o coeficiente de assimetria arredondado para duas casas decimais
7 – Comandos que geram a curtose arredondada para duas casas decimais
8 – Comandos que somam a quantidade de resultados analisados
Legenda:
Nome do modelo com a coluna contendo os dados analisados (Média ou LOG)
Comando estatístico
1 options(contrasts=c(unordered=”contr.sum”, ordered=”contr.poly”))
4 Anova(res.aov.modelo3, type=”II”)
Onde na linha:
1 – Por se tratar de casos desbalanceados, é necessário fazer o ajuste para que a soma dos
quadrados para cada fator isoladamente tenha como base um conjunto de desvios cuja soma é
zero (LUIZ et al., 2012)
2 – Criação de entidade que recebe os dados de um modelo com uma variável dependente e
“N” variáveis independentes constantes de um modelo específico
F. H. B. VAZ Apêndice A
106
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
4 – Comando que realiza a análise de variâncias, “tipo II”, da respectiva entidade contendo um
modelo apropriado
No caso dos modelos 1 e 2, dada a complexidade do design fatorial, optou-se, após análises
prévias de fatores relevantes, pelo seguinte modelo:
res.aov.geral<- lm(Media ~ Substrato + Traco + Aplicacao + Chapisco + Espessu
ra + Cura + Idade + Substrato * Traco + Traco * Aplicacao + Substrato * Apl
icacao + Traco * Idade + Substrato * Idade + Aplicacao * Idade + Traco * Su
bstrato * Aplicacao + Traco * Substrato * Idade + Traco * Aplicacao * Idade
+ Substrato * Aplicacao * Idade + Traco * Substrato * Aplicacao * Idade,dat
a = Nome_Modelo)
Observação: Este modelo otimizado considera os efeitos isolados de cada um dos fatores, bem
como as interações entre tipo de substrato, resistência à compressão, forma de aplicação e idade
do revestimento.
Legenda:
Comando estatístico
F. H. B. VAZ Apêndice A
107
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
29 Signif. codes: 0 ‘***’ 0.001 ‘**’ 0.01 ‘*’ 0.05 ‘.’ 0.1 ‘ ’ 1
Onde na linha:
Legenda:
Comando estatístico
1.5
1.0
0.5
Método de aplicação
4
5
6 Study: res.aov.semcom ~ "Aplicacao"
7
8 Duncan's new multiple range test
9 for Media
10
11 Mean Square Error: 0.02841204
12
13 Aplicacao, means
14
F. H. B. VAZ Apêndice A
108
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
3 summary(res.fit.modelo1)
Onde na linha:
1 – Criação de entidade que recebe os dados de um modelo com uma variável dependente e
“N” variáveis independentes constantes de um modelo específico
Legenda:
Comando estatístico
F. H. B. VAZ Apêndice A
109
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Para o modelo 1, através de auxílio do programa Statistica®, foi realizada a regressão não linear
da resistência de aderência em função das variáveis “teor de cimento” e “taxa de sucção inicial”
de modo a analisar se o modelo linear proposto era suficiente preciso. O comando utilizado foi
“Fixed nonlinear regression” e testadas, mediante iterações, cada uma das seguintes formas
matemáticas das variáveis independentes retrocitadas: funções quadráticas, cúbicas,
logarítmicas e exponenciais. Após, a superfície gráfica das funções podem ser obtidas, no
software, utilizando a função “Graphs – 3D XYZ”.
F. H. B. VAZ Apêndice A
APÊNDICE B
RESULTADOS DA MODELAGEM MATEMÁTICA PARA
TRANSFORMAÇÃO LOG
Muito embora seja bem entendido no meio técnico que em um grande espaço amostral, as
ferramentas estatísticas possam ser aplicadas sem maiores problemas, reserva-se esta seção para
as modelagens matemáticas, como feito com mais detalhes do item 4.2 realizadas com o
tratamento paramétrico, ou seja, feitas em amostras distribuídas normalmente. As tabelas e
figuras deste apêndice não entraram nas listas iniciais do trabalho para não causar confusão.
Inicialmente, procedeu-se o teste de normalidade K-S para as 1231 médias de aderência onde
obteve-se a estatística D = 0,154 > 0,039 = Dn (valor-p = 2,2e-16 < 0,05), então, houve a
tentativa com o logaritmo base 10 das médias de aderência que resultou em D = 0,039 = 0,039
= Dn (valor-p = 0,05 = nível de significância adotado), concluindo-se pela distribuição normal
destes dados.
Por resultar valores tangentes ao limite, posteriormente, a Figura B.1 traz os histogramas das
médias de resistência de aderência do espaço amostral deste modelo (a), que não demonstrou a
distribuição normal, e o histograma dos logaritmos na base 10 destas médias (b) que apresentou
a distribuição de Gauss e, então, foram utilizados neste modelo.
F. H. B. VAZ Apêndice B
111
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
As comparações múltiplas de médias, pelo teste de Duncan, tiveram resultados parecidos com
os obtidos no modelo 1 considerando as médias de aderência sem transformação, com exceção
do bloco de concreto que passou a integrar o mesmo grupo de igualdade estatística de médias
F. H. B. VAZ Apêndice B
112
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
que os substratos de concreto leve e sílico-calcários e dos grupos de acordo com os traços das
argamassas (de mesmo teores de cimento) apresentados na Figura B.2.
Realizando-se o teste de Duncan nos teores de cimento considerados para o modelo, Figura B.2,
observa-se que existe a formação de espécies de faixas de teores estatisticamente iguais,
destoando apenas o Teor2 (10,4%) desta tendência de aumento da média de aderência com o
aumento dos teores.
Figura B.2 - Comparação de médias de aderência de acordo com o teor de cimento (modelo 1 –
Transformado Log)
Teste de
Duncan
(grupos):
A B C C D C D E E
Em que:
F. H. B. VAZ Apêndice B
113
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Teor é o teor de cimento (razão: volume de cimento por volume de materiais secos);
Cura é a existência de cura do revestimento: Sim (1) e Não (-1);
Idade é a idade do revestimento (dias).
Este modelo global apresentou Fisher de 244,9 e coeficiente de correlação linear de 0,7
(correlação forte) e explica de maneira adequada e genérica a aderência. Se transformarmos a
unidade de teor de cimento para porcentagem (fazendo com que todos os termos sejam
considerados em mesma magnitude de valores), o coeficiente de sua parcela passa a ser
1,102275. Comparando os coeficientes, temos uma boa noção de que: o teor de cimento é o
aspecto mais influente para o valor da aderência e a idade de revestimento, o menos influente.
A análise descritiva deste modelo, apresentada na Figura B.3, traz visualmente as diferenças
entre as distribuições de frequências entre as médias de aderência e dos logaritmos destas
médias, respectivamente.
F. H. B. VAZ Apêndice B
114
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
De maneira parecida com o que foi realizado no Modelo 1, optou-se por utilizar a mensuração
da resistência à compressão, comum na maioria das pesquisas e estudos, em substituição do
teor de cimento na representação das diferentes argamassas utilizadas. Ainda, devido à
complexidade (número grande de fatores e dados – matriz de 910,9 Mb) da análise, foi feita
uma redução (otimização) do projeto fatorial da ANOVA, após testes preliminares para
verificar termos mais relevantes, conforme apresentado no Apêndice A, item A.3. O resultado
da ANOVA otimizada, em relação às variáveis constantes da Tabela 3.3, se encontra na Tabela
B.2.
Neste caso específico é possível notar que os parâmetros Fisher das variáveis tipo de substrato
(116,8851), faixas de resistência à compressão (49,5954) e forma de aplicação (68,5602)
tiveram valores altos, além dos valores do mesmo parâmetro tabelado (Ftab). Em seguida, a
existência de cura e a idade do revestimento se demonstraram, também, com significância no
valor final da aderência. A existência de chapisco e a espessura do revestimento não apontaram
significância para obtenção da resistência de aderência, sendo excluídas do modelo matemático
subsequente. Apenas uma das interações testadas entre fatores se demonstrou significativa, a
F. H. B. VAZ Apêndice B
115
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
A resistência de aderência à tração (em MPa) pode ter seu valor calculado da seguinte maneira
(Equação B.2):
Em que:
Este modelo global apresentou coeficiente de Fisher de 131,8 e coeficiente de correlação 0,5
(moderada), demonstrando a qualidade do mesmo.
A Figura B.4 apresenta as duas tentativas, após retirada dos espúrios, de se observar a tendência
gaussiana nas frequências das médias de resistência de aderência (a) e do logaritmo base 10
destas médias (b). Apenas na segunda tentativa que se obteve a distribuição normal necessária
para as demais análises que se seguem neste Modelo 3.
F. H. B. VAZ Apêndice B
116
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Neste caso filtrou-se os dados individuais de aderência de revestimentos que receberam cura,
mas cujos substratos não receberam chapisco, nos intervalos específicos de espessura (2 - 2,5
cm) e idade (acima dos 14 dias), como explicitado na metodologia. Os 759 resultados
individuais passaram pela análise de variância descrita na Tabela B.3 a seguir.
A resistência de aderência à tração (em MPa) pode ser descrita da seguinte maneira (Equação
B.3):
F. H. B. VAZ Apêndice B
117
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Em que:
Através da estatística Fisher 105 e o valor-p menor que 2,2e-16, é possível dizer que o modelo
é adequado.
F. H. B. VAZ Apêndice B
APÊNDICE C
TABELAS DE DADOS CONSIDERADOS NOS MODELOS
Para ANOVA, foram utilizados fatores qualitativos de cada um dos fatores analisados, enquanto
que para a modelagem matemática foram utilizados valores quantitativos (numéricos) de cada
um dos fatores analisados.
F. H. B. VAZ Apêndice C
119
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
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F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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F. H. B. VAZ Apêndice C
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F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
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D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
212
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
Comp4 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,32 -0,49485
Comp4 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,39 -0,40894
Comp4 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,43 -0,36653
Comp2 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,46 -0,33724
Comp2 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,4 -0,39794
Comp2 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,43 -0,36653
Comp2 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,32 -0,49485
Comp2 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,39 -0,40894
Comp2 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,42 -0,37675
Comp8 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,43 -0,36653
Comp8 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,28 -0,55284
Comp8 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,41 -0,38722
Comp8 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,44 -0,35655
Comp8 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,41 -0,38722
Comp8 Coau Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,43 -0,36653
Comp26 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,67 -0,17393
Comp26 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 1,21 0,082785
Comp26 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,47 -0,3279
Comp26 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,59 -0,22915
Comp4 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,35 -0,45593
Comp4 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,37 -0,4318
Comp4 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,25 -0,60206
Comp4 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,08 -1,09691
Comp4 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,22 -0,65758
Comp4 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,25 -0,60206
Comp32 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,45 -0,34679
Comp32 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,43 -0,36653
Comp32 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,43 -0,36653
Comp32 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,7 -0,1549
Comp32 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,27 -0,56864
Comp4 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,33 -0,48149
Comp4 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,35 -0,45593
Comp4 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,43 -0,36653
Comp4 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,41 -0,38722
Comp4 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,66 -0,18046
Comp4 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,21 -0,67778
Comp2 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,4 -0,39794
Comp2 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,17 -0,76955
Comp2 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,47 -0,3279
Comp2 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,48 -0,31876
Comp2 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,37 -0,4318
Comp2 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,64 -0,19382
Comp8 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,12 -0,92082
Comp8 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,07 -1,1549
Comp8 Li Sem Sim Caixa de queda Esp2 Idade240 0,57 -0,24413
F. H. B. VAZ Apêndice C
213
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
214
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
215
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
216
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
217
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
218
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
219
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
220
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
221
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
222
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
223
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
224
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
225
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
226
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
227
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
228
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
229
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
230
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
231
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
232
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
233
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
234
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
235
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
236
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
237
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
238
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
239
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
240
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
241
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
242
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
243
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
244
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
245
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
F. H. B. VAZ Apêndice C
246
D0183C18: Estudos sobre resistência de aderência de revestimentos de argamassa...
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