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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

ESCOLA DE ENGENHARIA CIVIL


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOTECNIA
ESTRUTURAS E CONSTRUÇÃO CIVIL

AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DO EMPREGO


DO ENSAIO CISALHAMENTO DIRETO PARA
CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE
ARGAMASSAS

RENATO COSTA ARAÚJO

D0108C15
GOIÂNIA
2015
RENATO COSTA ARAÚJO

AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DO EMPREGO


DO ENSAIO CISALHAMENTO DIRETO PARA
CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE
ARGAMASSAS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em


Geotecnia, Estruturas e Construção Civil da Universidade
Federal de Goiás para obtenção do título de Mestre em
Engenharia Civil.
Área de Concentração: Construção Civil
Orientadora: Helena Carasek
Coorientador: Renato Resende Angelim

D0108C15
GOIÂNIA
2015
Ficha catalográfica elaborada automaticamente
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a), sob orientação do Sibi/UFG.

Costa Araújo, Renato


Avaliação da Viabilidade do Emprego do Ensaio Cisalhamento Direto
para Caracterização Reológica de Argamassas [manuscrito] / Renato
Costa Araújo. - 2015.
CLXXXV, 185 f.: il.

Orientador: Profa. Dra. Helena Carasek; co-orientador Dr. Renato


Resende Angelim.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Goiás, Escola de
Engenharia Civil (EEC) , Programa de Pós-Graduação em Engenharia
Civil - Geotecnia, Estruturas e Construção Civil, Goiânia, 2015.
Bibliografia. Anexos. Apêndice.
Inclui siglas, fotografias, símbolos, gráfico, tabelas, lista de figuras,
lista de tabelas.

1. Argamassa. 2. Reologia. 3. Cisalhamento Direto. 4. Squeeze-flow.


I. Carasek, Helena , orient. II. Resende Angelim, Renato, co-orient. III.
Título.
A Deus, por traçar o meu caminho.

A Ivanildes, Afonso e Lorena, com muito amor.


AGRADECIMENTOS
A minha orientadora Profª. Drª. Helena Carasek, por todos os incentivos e ensinamentos.
Agradeço pela confiança depositada em mim e pela compreensão. Ainda, agradeço pelas
contribuições para minha formação profissional e pessoal.

Ao meu coorientador Prof. Dr. Renato Angelim, pelas contribuições ao trabalho. Obrigado
pelo apoio.

Ao Prof. Dr. Oswaldo Cascudo, por todos os ensinamentos e também por todos os
questionamentos, ambos contribuíram muito para o meu crescimento neste período do
mestrado.

A Profª. Drª. Ana Velosa, que cordialmente aceitou participar da Banca de Defesa deste
trabalho.

Aos alunos de iniciação científica, Lucas Andrade e Daniel Gonçalves, aos laboratoristas
Vitor Lopes e João Júnior, pela contribuição e pelo auxílio nos ensaios e aos colegas do
mestrado, Marina Campos, Patrícia Carvalho e Roberta Medeiros pelo companheirismo e
apoio.

As empresas Carlos Campos, Precon, Intercement e Ical pelo empréstimo de equipamento e


fornecimento de materiais que viabilizaram a realização desta pesquisa.

A Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de Goiás (FAPEG) pelo apoio financeiro


concedido a este projeto.

Ao laboratório de Furnas pela realização de ensaios de caracterização do agregado, em nome


da geóloga Heloisa Helena.

Ao meu amigo Edson, pela ajuda nas imagens.

Aos meus pais, Afonso e Ivanildes, que em diversos momentos se abdicaram de si por mim e
minhas irmãs. Obrigado por todo o esforço despendido por mim e pelo amor incondicional.

A minha esposa Lorena, que mais do que compreender a minha ausência pelo mestrado, me
auxiliou em diversos momentos e me ajudou a superar o cansaço. Obrigado amor, sem o seu
apoio não teria conseguido.

Por fim, agradeço a Deus por todas as conquistas.


O importante é não parar de questionar.
Albert Einstein
RESUMO

As argamassas apresentam uma ampla utilização na construção civil, sendo aplicadas por
diferentes métodos e com diversas condições de trabalhabilidade. Assim, o controle da
qualidade da argamassa se faz necessário. Para determinação das propriedades das argamassas
no estado fresco antes de ser aplicada, uma opção é a utilização de métodos considerados
simples como a mesa de consistência, o dropping ball e a penetração do cone. Entretanto,
estes métodos não apresentam resultados claros e completos sobre o comportamento da
argamassa. Para uma análise mais íntegra do comportamento da argamassa é necessário um
estudo reológico do material. As análises reológicas das argamassas são tradicionalmente
feitas por meio de reômetros. Porém, a maioria dos reômetros apresenta uma limitação de
torque máximo para utilização em argamassa. A falta de uma geometria padrão e o alto custo
do equipamento também limita o seu uso. Perante este cenário, há a busca por outros métodos
de caracterização reológica, como a utilização do squeeze-flow. Uma ideia ainda mais recente
é a utilização do ensaio de cisalhamento direto, o qual é usualmente empregado para a
caracterização dos solos. Assim, esta pesquisa buscou avaliar a viabilidade do emprego do
ensaio de cisalhamento direto para a caracterização reológica da argamassa. Para realização
desta análise foram fixados alguns fatores, como a origem dos agregados, o tipo dos ligantes,
as proporções do traço e todo o processo produtivo. A análise da sensibilidade do método foi
realizada por meio da variação da distribuição granulométrica e do teor de água/materiais
secos. Os resultados obtidos por meio do novo método foram comparados com os resultados
obtidos pelo método do squeeze-flow. Estes valores encontrados experimentalmente pelo
ensaio de cisalhamento direto ainda foram utilizados para verificar um método matemático
desenvolvido por outros autores. A variação do teor de água/materiais secos demonstrou
influenciar algumas propriedades como a densidade de massa, a retenção de água, o índice de
consistência. Já a variação da distribuição granulométrica demonstrou influenciar
propriedades como a retenção de água e o índice de consistência. Algumas propriedades
demonstraram correlação, como a porosidade da areia com a densidade de massa da
argamassa. O ensaio de cisalhamento direto demonstrou ser eficiente e compatível com o
squeeze-flow e com o modelo teórico.

Palavras-chave: Argamassa. Reologia. Cisalhamento direto. Squeeze-flow.

R. C. ARAÚJO
ABSTRACT

Mortars have a wide use in construction being applied by different methods and with different
conditions of workability. Thus, control of the quality of the mortar is required. To determine
the properties of mortars in the fresh state before application an option is to use simple
methods as the table consistency, dropping ball and cone penetration test. However, these
methods do not present clear and complete results on the behavior of the mortar. For a mortar
behavior more full analysis is required rheological study material. The rheological behavior
mortars are traditionally made by rheometers. However, most of rheometers have a maximum
torque limit for use in mortar. The lack of a standard geometry and the high cost of equipment
also limit their use. Thus, there is the search for other methods of rheological characterization
as the use of squeeze flow. An even more recent idea is to use the direct shear test which is
usually used for soil characterization. Thus, this research evaluated the viability of using the
direct shear test for rheological characterization of the mortar. Factors such as the origin of
the aggregates, the type of binders, dash proportions and the entire production process were
fixed. The assay sensitivity analysis was performed by varying the particle size distribution
and water content / dry materials. The results obtained by the new method were compared
with the results of the squeeze flow method. These values found experimentally by direct
shear tests were also used to verify a mathematical method developed by other authors. The
variation of water / dry material content showed some influence properties such as bulk
density, water retention and consistency index. The variation of particle size distribution
shown to influence properties such as water retention and the consistency index. Some
properties have shown a correlation such as sand porosity with the bulk density of the mortar.
The direct shear tests proved to be efficient and compatible with the squeeze flow and with
the theoretical model.

Keywords: Mortar. Rheology. Direct shear. Squeeze flow.

R. C. ARAÚJO
LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 – Modelo proposto por Isaac Newton ..................................................................... 26


Figura 2.2 – Curvas de comportamento reológico ................................................................... 26
Figura 2.3 – Curvas de fluidos com comportamento tixotrópico e reopético .......................... 28
Figura 2.4 – Curvas de fluidos comparando o comportamento tixotrópico e reopético
como fluídos independentes do tempo ..................................................................................... 28
Figura 2.5 – Equipamentos utilizados em métodos único ponto: (a) Dropping Ball
(http://nl-test.com/); (b) Dropping Ball adaptado no Brasil (SILVA, 2005); (c)
Penetração do cone (http://www.humboldtmfg.com); (d) Mesa de consistência. .................... 31
Figura 2.6 – Variação da viscosidade e da tensão de escoamento ........................................... 32
Figura 2.7 – Reômetro: (a) equipamento da marca Viskomat.;(b) Sistema de
movimentação do reômetro ...................................................................................................... 33
Figura 2.8 – Viscosidade aferida por diferentes reômetros ...................................................... 35
Figura 2.9 – Tensão de escoamento aferida por diferentes reômetros ..................................... 35
Figura 2.10 – Squeeze Flow: (a) sistemas de pratos instalados na máquina de ensaio
universal; (b) amostra moldada para ensaio. ............................................................................ 37
Figura 2.11 – Representação esquemática das condições inicial e final do teste de
Squeeze flow............................................................................................................................. 38
Figura 2.12 – Squeeze Flow: (a) sistemas de pratos instalados na máquina de ensaio
universal; (b) amostra moldada para ensaio. ............................................................................ 39
Figura 2.13 – Equipamento de cisalhamento direto ................................................................. 41
Figura 2.14 – Envoltória de ruptura.......................................................................................... 42
Figura 2.15 – Gráfico da tensão de cisalhamento e variação da altura do corpo de prova
em função do deslocamento cisalhante para areia .................................................................... 43
Figura 2.16 – Ilustração esquemática: (a) Partículas e contato; (b) Partículas separadas
por uma distância D em decorrência da adição de fluido em volume suficiente para
recobrir a superfície, preencher os vazios deixados pelo empacotamento e, então, afastá-
las .............................................................................................................................................. 45
Figura 2.17 – Ilustração qualitativa da influência da morfologia no fator de
empacotamento para partículas monodispersas aleatoriamente empacotadas (PILEGGE,
2001 apud MENDES, 2008)..................................................................................................... 45
Figura 3.1 – Composição granulométrica das areias estudadas. .............................................. 51

R. C. ARAÚJO
Figura 3.2 – Resumo das variáveis independentes e dependentes do programa
experimental ............................................................................................................................. 53
Figura 3.3 – Configuração do ensaio de cisalhamento direto: a) na areia seca; b) na areia
inundada ................................................................................................................................... 56
Figura 3.4 – Procedimento de mistura das argamassas ............................................................ 57
Figura 3.5 – Ensaio de teor de ar incorporado da argamassa no estado fresco ........................ 58
Figura 3.6 – Ensaio de retenção de água na argamassa ............................................................ 59
Figura 3.7 – Determinação do índice de consistência da argamassa ........................................ 60
Figura 3.8 – Retida do gabarito de moldagem da argamassa para realização do ensaio de
Squeeze-flow ............................................................................................................................. 61
Figura 3.9 – Squeeze-flow: (a) ensaio em execução; (b) amostra após realização do
ensaio ........................................................................................................................................ 62
Figura 3.10 – Equipamento para cisalhamento direto do solo ................................................. 63
Figura 3.11 – Detalhe do equipamento para cisalhamento direto do solo ................................ 63
Figura 3.12 – Caixa bipartida de cisalhamento 50x50 mm ...................................................... 64
Figura 3.13 – Moldagem da argamassa para ensaio de cisalhamento direto ............................ 65
Figura 4.1 – Cisalhamento direto e variação de altura da amostra ANU-100 .......................... 69
Figura 4.2 – Envoltória de ruptura das quatro composições granulométricas secas em
estufa......................................................................................................................................... 70
Figura 4.3 – Envoltória de ruptura das quatro composições granulométricas inundadas ........ 71
Figura 4.4 – Envoltória de ruptura de todas as composições granulométricas secas e
inundadas .................................................................................................................................. 72
Figura 4.5 – Correlação do índice de vazios com o ângulo de atrito das composições
granulométricas ........................................................................................................................ 73
Figura 4.6 – Densidade de massa da argamassa das quatro composições granulométricas
em função dos três teores de água/materiais secos ................................................................... 74
Figura 4.7 – Densidade de massa da argamassa das quatro composições granulométricas
em função do teor de água/materiais secos ideal de cada amostra ........................................... 75
Figura 4.8 – Retenção de água da argamassa das quatro composições granulométricas
em função dos três teores de água/materiais secos ................................................................... 76
Figura 4.9 – Retenção de água da argamassa das quatro composições granulométricas
em função do teor de água/materiais secos ideal de cada amostra ........................................... 77

R. C. ARAÚJO
Figura 4.10 – Índice de consistência da argamassa das quatro composições
granulométricas em função dos três teores de água/materiais secos ........................................ 77
Figura 4.11 – Índice de consistência da argamassa das quatro composições
granulométricas em função do teor de água/materiais secos ideal de cada amostra ................ 78
Figura 4.12 – Amostra ANU-100 com elevada exsudação ...................................................... 79
Figura 4.13 – Correlação da retenção de água com o índice de consistência das
argamassas misturadas como o teor de água/materiais secos ideal .......................................... 80
Figura 4.14 – Correlação da densidade de massa da argamassa no estado fresco com a
porosidade das areias com diferentes composições granulométricas ....................................... 80
Figura 4.15 – Distribuição de fases de argamassas produzidas com as quatro areias de
diferentes composições granulométricas .................................................................................. 81
Figura 4.16 – Curvas de carga versus deslocamento, obtidas no ensaio de squeeze-flow
em função da composição granulométrica ............................................................................... 83
Figura 4.17 – Curvas de carga versus deslocamento, obtidas no ensaio de squeeze-flow
para H=19% .............................................................................................................................. 85
Figura 4.18 – Curvas de carga versus deslocamento, obtidas no ensaio de squeeze-flow
para H=23% .............................................................................................................................. 86
Figura 4.19 – Curvas de carga versus deslocamento, obtidas no ensaio de squeeze-flow
para H=29% .............................................................................................................................. 86
Figura 4.20 – Curvas de carga versus deslocamento, obtidas no ensaio de squeeze-flow
para teor de água/materiais secos ideal..................................................................................... 87
Figura 4.21 – Envoltória de ruptura em função da composição granulométrica ...................... 89
Figura 4.22 – Envoltória de ruptura para H=19% .................................................................... 91
Figura 4.23 – Envoltória de ruptura para H=23% .................................................................... 92
Figura 4.24 – Envoltória de ruptura para H=29% .................................................................... 92
Figura 4.25 – Envoltória de ruptura para teor de água/materiais secos ideal ........................... 93
Figura 4.26 – Envoltória de ruptura para teor de água/materiais secos ideal ........................... 94
Figura 4.27 – Correlação do ângulo de atrito da argamassa versus ângulo de atrito da
areia .......................................................................................................................................... 95
Figura 4.28 – Correlação da tensão de escoamento relativa em função do teor de
água/materiais secos ................................................................................................................. 96
Figura 4.29 – Correlação entre ângulo de atrito teórico e experimental .................................. 97
Figura 4.30 – Correlação entre as tensões de cisalhamento teórico e experimental ................ 98

R. C. ARAÚJO
Figura A.1 – Materiais fornecidos ao profissional ................................................................. 109
Figura A.2 – Argamassas produzidas como mesmos materiais: (a) quantidade de água
mínima; (b) quantidade de água máxima ............................................................................... 110
Figura A.3 – Ensaios realizados: (a) índice de consistência; (b) densidade de massa da
argamassa................................................................................................................................ 110
Figura A.4 – Aplicação das argamassas produzidas .............................................................. 111
Figura A.5 – Monitoramento de temperatura e umidade........................................................ 111
Figura A.6 – Resultados: (a) Índice de consistência; (b) Densidade de massa da
argamassa................................................................................................................................ 112
Figura A.7 – Quantidade de água definida pelo pedreiro de forma prática............................ 112

Figura B.1 – Grãos de areia normal com dimensões 1,2 mm ampliadas em 18X.................. 114
Figura B.2 – Grãos de areia normal com dimensões 0,6 mm ampliadas em 18X.................. 116
Figura B.3 – Grãos de areia normal com dimensões 0,3 mm ampliadas em 30X.................. 117
Figura B.4 – Grãos de areia normal com dimensões 0,15 mm ampliadas em 60X................ 117

Figura C.1 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia seca – ANC-25 ................... 121
Figura C.2 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia seca – ANC-33 ................... 124
Figura C.3 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia seca – AND-50 ................... 127
Figura C.4 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia seca – ANU-100 ................. 130
Figura C.5 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia inundada – ANC-25............ 133
Figura C.6 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia inundada – ANU-33 ........... 136
Figura C.7 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia inundada – AND-50 ........... 139
Figura C.8 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia inundada – ANU-100 ......... 142

Figura E.1 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANC-25 com


H = 19% .................................................................................................................................. 147
Figura E.2 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANC-33 com
H = 19% .................................................................................................................................. 150
Figura E.3 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANU-50 com
H = 19% .................................................................................................................................. 153
Figura E.4 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANU-100 com
H = 19% .................................................................................................................................. 156

R. C. ARAÚJO
Figura E.5 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANC-25 com
H = 23% .................................................................................................................................. 159
Figura E.6 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANC-33 com
H = 23% .................................................................................................................................. 162
Figura E.7 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa AND-50 com
H = 23% .................................................................................................................................. 165
Figura E.8 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANU-100 com
H = 23% .................................................................................................................................. 168
Figura E.9 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANC-25 com
H = 29% .................................................................................................................................. 171
Figura E.10 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANC-33 com
H = 29% .................................................................................................................................. 174
Figura E.11 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa AND-50 com
H = 29% .................................................................................................................................. 177
Figura E.12 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANU-100 com
H = 29% .................................................................................................................................. 180

R. C. ARAÚJO
LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 – Valores de abatimento, tensão de escoamento e viscosidade das amostras


adaptado de Brower e Ferraris (2003) ...................................................................................... 34
Tabela 3.1 – Resultado da caracterização física e química do cimento Portland, parte
realizada em laboratório e parte fornecida pelo fabricante....................................................... 49
Tabela 3.2 – Resultado da caracterização química e física da cal hidratada ............................ 50
Tabela 3.3 – Composição granulométrica das areias ............................................................... 51
Tabela 3.4 – Velocidades do ensaio de cisalhamento de solo .................................................. 64
Tabela 4.1 – Determinação das propriedades físicas das diferentes composições
granulométricas adotadas na pesquisa ...................................................................................... 66
Tabela 4.2 – Determinação do índice de forma e esfericidade das faixas granulométricas ..... 67
Tabela 4.3 – Ângulo de atrito (Φ) das areias secas e inundadas .............................................. 71
Tabela 4.4 – Resultados médios da caracterização da argamassa ............................................ 73
Tabela 4.5 – Resultados de coesão e ângulo de atrito dos ensaios de ensaio de
cisalhamento ............................................................................................................................. 90

Tabela A.1 – Teor de água/materiais secos (H) máximos e mínimos .................................... 112
Tabela A.2 – Teores de água/materiais secos ideais .............................................................. 113

Tabela C.1 – Planilha de cisalhamento direto da areia seca realizado na amostra ANC-
25 ............................................................................................................................................ 119
Tabela C.2 – Planilha de cisalhamento direto da areia seca realizado na amostra ANC-
33 ............................................................................................................................................ 122
Tabela C.3. – Planilha de cisalhamento direto da areia seca realizado na amostra AND-
50 ............................................................................................................................................ 125
Tabela C.4 – Planilha de cisalhamento direto da areia seca realizado na amostra ANU-
100 .......................................................................................................................................... 128
Tabela C.5 – Planilha de cisalhamento direto da areia inundada realizado na amostra
ANC-25 .................................................................................................................................. 131
Tabela C.6 – Planilha de cisalhamento direto da areia inundada realizado na amostra
ANC-33 .................................................................................................................................. 134

R. C. ARAÚJO
Tabela C.7 – Planilha de cisalhamento direto da areia inundada realizado na amostra
AND-50 .................................................................................................................................. 137
Tabela C.8 – Planilha de cisalhamento direto da areia inundada realizado na amostra
ANU-100 ................................................................................................................................ 140

Tabela D.1 – Planilha de densidade de massa das argamassas .............................................. 143


Tabela D.2 – Planilha de retenção de água das argamassas ................................................... 144
Tabela D.3 – Planilha do índice de consistência das argamassas ........................................... 144

Tabela E.1 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANC-25 com H = 19% ............ 145
Tabela E.2 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANC-33 com H = 19% ............ 148
Tabela E.3 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa AND-50 com H = 19% ............ 151
Tabela E.4 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANU-100 com H = 19% .......... 154
Tabela E.5 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANC-25 com H = 23% ............ 157
Tabela E.6 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANC-33 com H = 23% ............ 160
Tabela E.7 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa AND-50 com H = 23% ............ 163
Tabela E.8 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANU-100 com H = 23% .......... 166
Tabela E.9 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANC-25 com H = 29% ............ 169
Tabela E.10 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANC-33 com H = 29% .......... 172
Tabela E.11 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa AND-50 com H = 29% .......... 175
Tabela E.12 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANU-100 com H = 29% ........ 178

R. C. ARAÚJO
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas


ASTM – American Society for Testing and Materials
BS – British Standard
CP – Cimento Portland
CH – Cal Hidratada
IPT – Instituto de Pesquisa Tecnológica do Estado de São Paulo
LABITECC – Laboratório de Inovação Tecnológica em Construção Civil da UFG
NBR – Norma Brasileira
NM – Norma do MERCOSUL
UFG – Universidade Federal de Goiás

R. C. ARAÚJO
LISTA DE SÍMBOLOS

τ = Tensão de cisalhamento (Pa);

γ = Taxa de cisalhamento (s-1);

η = Viscosidade (Pa.s);

τ0 = Tensão de escoamento (Pa);

ϲ = Coesão;

σ = Tensão normal ao plano (Pa);

Φ = Ângulo de atrito (º);

E0 = Fator de empacotamento (%);

Vs = Volume de sólidos (m³);

Vt = Volume total (m³);

e = Índice de vazios;

Vv = Volme de vazios (m³);

η = Porosidade (%);

IF = Índice de forma;

D1 = Diâmetro da menor circunferência que circunscreve a partícula;

D2 = Diâmetro da maior circunferência inscrita na partícula;

φ = Esfericidade da partícula;

AP = Área projetada da partícula;

H = Teor de água/materiais seco (%)

S = Distância média entre as partículas;

Do = Diâmetro médio das partículas do agregado;

Vagr = Proporção de agregado na argamassa em volume;

Vv = volume de vazios do agregado não compactado;

CM/τP = Tensão de escoamento realtivo

Φagr = Ângulo de atrito do agregado;

R. C. ARAÚJO
Φarg = Ângulo de atrito da argamassa;

τarg = Tensão de cisalhamento da argamassa;

τp = Tensão de cisalhamento da pasta.

R. C. ARAÚJO
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 20
1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA ......................................................... 20
1.2. OBJETIVO .................................................................................................................... 23
1.3. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO ........................................................................... 24

2. REVISÃO BILIOGRÁFICA ....................................................................................... 25


2.1. CONCEITOS BÁSICOS DE REOLOGIA................................................................. 25
2.1.1. Viscosidade .............................................................................................................. 29
2.1.2. Tensão de escoamento ............................................................................................ 29
2.2. TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO REOLOGICA DAS ARGAMASSAS ...... 29
2.2.1. Métodos ponto único .............................................................................................. 30
2.2.2. Reometria rotacional .............................................................................................. 32
2.2.3. Squeeez Flow ........................................................................................................... 36
2.3. CISALHAMENTO DIRETO DE SOLO .................................................................... 40
2.4. INFLUÊNCIA DA GRANULOMETRIA DA AREIA NA REOLOGIA DAS
ARGAMASSAS ............................................................................................................. 44
2.5. CONSIDERAÇÕES SOBRE A REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................. 46

3. METODOLOGIA ......................................................................................................... 47
3.1. MATERIAIS.................................................................................................................. 47
3.2. VARIÁVEIS E CONDIÇÕES FIXAS DO ESTUDO ................................................ 50
3.2.1. Variáveis independentes ........................................................................................ 50
3.2.1.1. Distribuições granulométricas das areias estudadas ................................................ 50
3.2.1.2. Teor de água da argamassa ...................................................................................... 51
3.2.2. Variáveis dependentes ou de resposta .................................................................. 52
3.2.3. Condições Fixas ...................................................................................................... 52
3.2.4. Fluxograma ............................................................................................................. 52
3.3. MÉTODOS .................................................................................................................... 53
3.3.1. Caracterização das areias ...................................................................................... 53
3.3.1.1. Caracterização física ................................................................................................ 54
3.3.1.2. Análise por imagem ................................................................................................. 54
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas

3.3.1.3. Ensaio de cisalhamento direto (seca e inundada) .................................................... 55


3.3.2. Preparo das argamassas......................................................................................... 56
3.3.3. Caracterização das argamassas no estado fresco ................................................ 57
3.3.3.1. Densidade ................................................................................................................ 58
3.3.3.2. Teor de ar incorporado ............................................................................................ 58
3.3.3.3. Retenção de água ..................................................................................................... 58
3.3.3.4. Índice de Consistência ............................................................................................ 59
3.3.3.5. Determinação do teor de fases ................................................................................. 60
3.3.4. Caracterização reológica da argamassa ............................................................... 61
3.3.4.1. Squeeze Flow........................................................................................................... 61
3.3.4.2. Cisalhamento direto ................................................................................................. 62

4. RESULTADOS.............................................................................................................. 66
4.1. CARACTERIZAÇÃO DAS AREIAS ......................................................................... 66
4.1.1. Caracterização física .............................................................................................. 66
4.1.2. Análise por imagem ................................................................................................ 67
4.1.3. Ensaio de cisalhamento direto (seco e inundado) ................................................ 68
4.2. CARACTERIZAÇÃO DAS ARGAMASSAS NO ESTADO FRESCO .................. 73
4.3. CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DAS ARGAMASSAS .................................. 82
4.3.1. Squeeze-flow............................................................................................................ 82
4.3.2. Cisalhamento Direto ............................................................................................... 88
4.4. CORRELAÇÕES E MODELO TEÓRICO ............................................................... 94

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................... 99


5.1. CONCLUSÕES ............................................................................................................. 99
5.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS..................................................... 101
Referências ............................................................................................................................. 103
APÊNDICE A – ESTUDO PILOTO ..................................................................................... 109
APÊNDICE B – IMAGENS DOS GRÃOS ........................................................................... 114
APÊNDICE C – CISALHAMENTO DIRETO DAS AREIAS (SECA E INUNDADA) ..... 119
APÊNDICE D – CARACTERIZAÇÃO DAS ARGAMASSAS ........................................... 143
APÊNDICE E – CISLAHAMENTO DIRETO DAS ARGAMASSAS ................................ 145
ANEXO 1 – CERTIFICADO DE MATERIAL DE REFERÊNCIA ..................................... 181

R. C. ARAÚJO
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO

Neste capítulo da dissertação são apresentadas a contextualização e a justificativa do tema.


Em sequência são apresentados os objetivos (geral e específicos) e a estrutura dos capítulos da
dissertação.

1.1. CONTEXTUALIZAÇÃO E JUSTIFICATIVA

A argamassa, apesar de ser um material milenar, nos dias atuais é o principal material
utilizado em obras no Brasil para revestimento interno e externo. Além desta utilização para
revestimento de paredes e tetos (regularização da alvenaria e laje) e para assentamento de
blocos, a argamassa ainda é utilizada para regularização de contrapiso, assentamento e
rejuntamento de placas de revestimento (cerâmica, porcelanato e pedras) e pequenos reparos
em estruturas.

Devido à vasta utilização deste material, a argamassa é aplicada por diferentes métodos e com
diversas condições de trabalhabilidade e, além disso, dependendo da função da argamassa na
construção, diferentes propriedades são almejadas para proporcionar durabilidade do sistema.

No entanto, o controle tecnológico e as formas de aplicação deste material ainda são


considerados rudimentares. O reflexo desta situação é o surgimento de manifestações
patológicas que deterioram e comprometem a vida útil do sistema construtivo em que a
argamassa está empregada, trazendo transtornos e riscos para pessoas que utilizam estes
ambientes afetados.

Em geral, o surgimento das manifestações patológicas como a fissuração e destacamento pode


ser oriundo de agentes externos. Entretanto, na argamassa, em grande maioria, este
surgimento está ligado com falhas em relação a materiais ou mão de obra. Segundo Verçoza
(19911 apud SEGAT 2005) as falhas oriundas de execução e materiais somam 46%. De forma
similar, Lichtenstein (1991) apresentou que em diversos países as patologias nos
revestimentos devido a falhas nos materiais e execução totalizam de 37% a 47%. Falhas

1
VERÇOZA, E.J. Patologia das edificações. Porto Alegre: Sagra, 1991

R. C. ARAÚJO Capítulo 1
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 21

relativas à mão de obra devem ser solucionadas de forma gerencial por meio de treinamentos
ou, caso não seja possível, deve ser optado pela industrialização da atividade. Como por
exemplo, em revestimentos com argamassa pode ser utilizada a projeção mecânica. Falhas
relacionadas ao material poderiam ser identificadas por meio de um controle tecnológico
antes da aplicação do material, de forma similar ao que é feito para concreto utilizando o
ensaio de abatimento do tronco de cone. Entretanto, o concreto é apenas lançado em formas e
adensado. A argamassa de revestimento apresenta uma aplicação mais complexa, pois o
material poderá ser lançado manualmente (“chapado”) ou projetado, apertado, sarrafeado,
desempenado e feltrado.

Atualmente alguns equipamentos e métodos tradicionais são utilizados para caracterizar a


argamassa de forma simples, como a mesa de consistência descrito na norma NBR 13276
(ABNT, 2005), o dropping ball (BS 4551, 1998) e a penetração de cone (ASTM C 780).
Apesar da facilidade de execução e baixo custo, estes métodos de ensaio não apresentam
resultados claros e completos sobre o comportamento da argamassa, pois a argamassa é
considerada por diversos autores um fluido complexo (SOUSA; BAUER, 2002, CARDOSO;
PILEGGI; JOHN, 2005, PAIVA, 2005, CASALI, 2008, CARASEK, 2010, KANINING,
2013).

Esta complexidade no comportamento da argamassa advém da composição deste material.


Apesar de ser uma mistura homogênea, a argamassa apresenta duas fases com
comportamentos distintos, uma fase é composta por grãos inertes de dimensões de até 2,4 mm
e a outra fase é a pasta de cimento viscosa, composta por partículas pequenas e reativas.

Para análise do comportamento da argamassa é necessário uma avaliação reológica


(BANFILL, 1994). A reologia é a ciência que estuda os fluxos ou, de forma mais detalhada,
que estuda a deformação e o fluxo da matéria, avaliando as relações entre a tensão de
cisalhamento aplicada e a deformação em determinado período de tempo (GLATTHOT;
SCHWEIZER, 1994).

Estudos reológicos desenvolvidos por diversos autores classificam o comportamento da


argamassa, de forma simplificada, como fluido de Bingham. Assim, este tipo de fluido
necessita de dois parâmetros para a análise reológica: a tensão de escoamento e a viscosidade
(GRIESSER, 2002, NEHDI; RAHMAN, 2004, CARDOSO; PILEGGI; JOHN, 2005,
BANFILL, et. al 2006, SENFF, et. al 2009, QUANJI, 2010, PAIVA, et. al 2010).

R. C. ARAÚJO Capítulo 1
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 22

Para possibilitar a caracterização reológica dos fluidos e suspensões utilizam-se, geralmente,


reômetros rotacionais. Contudo, há uma limitação de torque máximo, o que restringe a
utilização da grande maioria destes equipamentos para argamassas com consistência muito
seca. Somente alguns poucos equipamentos importados são capazes de abranger todas as
faixas de consistência e, assim, apresentam alto custo. Por essas limitações, o equipamento é
pouco utilizado nacionalmente para caracterização da argamassa (CARDOSO; PILEGGI;
JOHN, 2010). Outro problema apresentado é que os equipamentos são desenvolvidos sem
uma geometria padrão, o que dificulta a interpretação dos resultados (GIRISH; SANTHOSH,
2011, BROWER; FERRARIS 2003).

Uma alternativa encontrada para o estudo da reologia de argamassas, mais recente, é o


squeeze flow descrito na NBR 15839 (ABNT, 2010), método onde são instalados dois pratos
metálicos em uma prensa com deslocamento controlado. Através dos pratos é aplicada uma
força de compressão em uma porção de argamassa moldada em formato de moeda, gerando,
assim, cisalhamento radial (ANTUNES; JOHN; PILEGGI, 2005). A execução do ensaio é
considerada, de forma geral, simples. Entretanto, a norma levanta alguns cuidados, como
garantir que as placas estejam rigorosamente paralelas, a amostra esteja centralizada com o
punção, transportar cuidadosamente a placa inferior e encostar a placa superior na amostra
sem que ela cause a compactação do material.

Ainda, apesar de pouco investigado, outro equipamento que poderia ser utilizado na análise
reológica de argamassas é o equipamento de cisalhamento direto que é usado para a
caracterização dos solos segundo a ASTM D3080 (2011). Uma vez que a reologia está
relacionada diretamente com a força de cisalhamento do fluido, surgiu a investigação por um
método onde a argamassa seja submetida diretamente a uma força de cisalhamento. Apesar de
ainda não ser utilizado para o estudo de argamassas de revestimento, há evidências de que
este equipamento possa ser utilizado para tal finalidade, pois em estudos exploratórios o
equipamento foi utilizado para caracterização do concreto e da argamassa do concreto.
(GIRISH; SANTHOSH, 2011, LU; WANG, 2011).

No trabalho de Lu e Wang (2011) ainda é realizado uma determinação de um modelo


matemático para determinar de forma teórica os parâmetros obtidos no ensaio de
cisalhamento direto, como a coesão, o ângulo de atrito e a tensão cisalhante de cada normal
para a argamassa do concreto.

R. C. ARAÚJO Capítulo 1
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 23

O equipamento de cisalhamento direto, além de já estar presente nos laboratórios de solos de


várias instituições de ensino superior e ter baixo custo, apresenta um mecanismo de
funcionamento e método de ensaio relativamente simples.

Perante a necessidade de métodos mais simplificados para a caracterização reológica da


argamassa, buscou-se empregar o equipamento de cisalhamento direto, utilizado para solos,
de forma a fornecer dois parâmetros reológicos do material, tensão de escoamento e
viscosidade. Este método pode propiciar uma caracterização de argamassas no estado fresco
mais precisa e completa do que os métodos usualmente empregados como dropping ball,
mesa de consistência e penetração do cone, por apresentar resultados multipontos.

A falta de estudos que possibilitem a utilização desse método aplicado às argamassas e de


pesquisas que comprovem a sensibilidade do cisalhamento direto por meio da comparação
com o método normalizado no país (squeez-flow), fundamentou a escolha do tema desta
dissertação. Além do ineditismo do tema, a utilização de um novo método, simples e
acessível, é um avanço para o controle tecnológico dos materiais da construção civil.

1.2. OBJETIVO

O objetivo geral da pesquisa é avaliar a viabilidade do emprego do ensaio de cisalhamento


direto, usual em caracterização de solos, para caracterização reológica de argamassas.

A pesquisa tem os seguintes objetivos específicos:

1) Avaliar a influência de distintas composições granulométricas da areia na reologia das


argamassas;
2) Avaliar a influência do teor de água na reologia das argamassas compostas por areia
com diferentes composições granulométricas;
3) Verificar a existência de correlação entre os resultados de ensaio de cisalhamento
direto (proposto neste trabalho) e Squeeze-flow - NBR 15839 (ABNT, 2010);
4) Verificar a possibilidade de utilização do ensaio de cisalhamento direto também para
determinação do ângulo interno de atrito da areia normal com diferentes composições
granulométricas;
5) Verificar a correlação dos valores encontrados experimentalmente no ensaio de
cisalhamento direto com os valores obtidos por um modelo matemático apresentado
por Lu e Wang (2011).

R. C. ARAÚJO Capítulo 1
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 24

1.3. ESTRUTURA DA DISSERTAÇÃO

O presente trabalho está estruturado em cinco capítulos. Neste primeiro capítulo expõe-se a
introdução, onde está apresentada a contextualização e a justificativa do tema estudado nesta
pesquisa, bem como os objetivos e a estrutura do trabalho.

No segundo capítulo é realizada a revisão bibliográfica sobre os temas abordados, com


conceitos básicos de reologia, técnicas de caracterização reológica das argamassas,
parâmetros que influenciam o comportamento reológico das argamassas e a utilização do
equipamento de cisalhamento de solo.

O programa experimental está detalhado no terceiro capítulo, onde são discriminados os


materiais utilizados, bem como os métodos adotados na pesquisa. Neste capítulo está
apresentada a forma de caracterização das quatro areias, com diferentes composições
granulométricas, utilizadas na pesquisa. Ainda, são apresentados os métodos utilizados para
caracterizar as argamassas, produzidas com diferentes areias e teores de água, no estado
fresco e as duas metodologias para caracterização reológica destas argamassas (squeeze-flow e
cisalhamento direto).

Em sequência, no capítulo 4, são apresentados os resultados e discussões referentes à


caracterização da areia, caracterização básica das argamassas, caracterização reológica das
argamassas pelo método do squeeze-flow e de cisalhamento direto, bem como as correlações
encontradas e a verificação de um método teórico por meio da utilização do modelo
matemático desenvolvido por Lu e Wang (2001).

Por fim, no quinto e último capítulo estão apresentadas as considerações finais, compostas
pelas conclusões provenientes do estudo experimental, além das sugestões traçadas para
trabalhos futuros.

R. C. ARAÚJO Capítulo 1
CAPÍTULO 2
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Segundo White (2011), para a mecânica dos fluidos a matéria existe apenas em dois estados, o
estado sólido e o fluido. O que distingue um estado do outro é o comportamento do material
quando é aplicada uma tensão de cisalhamento que tende a mudar a sua forma. Quando esta
tensão de cisalhamento é aplicada ao corpo sólido ele resiste por meio da deflexão estática.
No entanto, ao aplicar uma tensão de cisalhamento em um fluido, por menor que seja esta
tensão, ocorrerá um movimento e durante todo o tempo de aplicação o fluido irá escoar e
deformar. Deste modo, para que não ocorra esse movimento, a tensão de cisalhamento deve
ser igual a zero (ÇENGEL; CIMBALA, 2012; WHITE, 2011).

A mecânica dos fluidos é aplicada na engenharia para diversos e distintos materiais de forma
bem definidos. Porém, existem alguns casos intermediários como o chumbo e o asfalto. Esses
materiais são aparentemente sólidos e chegam a resistir, por um curto período de tempo, à
tensão de cisalhamento. Mas, na verdade, são classificados como fluidos por apresentarem
uma lenta deformação em longos períodos. Outro caso peculiar é o das misturas coloidais que
resistem a pequenas tensões de cisalhamento, mas não suportam grandes tensões e escoam
como fluido. As argamassas apresentam comportamento de fluido complexo devido a sua
composição multifásica e reativa. O estudo de deformação e escoamento é uma área da
ciência denominada de Reologia (WHITE, 2011).

2.1. CONCEITOS BÁSICOS DE REOLOGIA

A reologia é a ciência que estuda a deformação e o fluxo da matéria e está diretamente ligada
com os esforços mecânicos e o tempo. Em alguns casos, como nos principais fluidos de
interesse tecnológico, a reologia apresenta correlação matemática complexa com a
deformação do material. Ainda, alguns materiais como, por exemplo, aqueles à base de
cimento, têm esta relação alterada com o passar do tempo (BANFIL, 1993, 2003).

Para investigar essa relação entre a tensão e a taxa de deformação, Isaac Newton propôs um
modelo experimental composto por duas placas paralelas, sendo que uma das placas apresenta
velocidade de deslocamento uniforme em função da outra, induzindo o escoamento.

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 26

Conforme pode ser visualizado na Figura 2.1, o espaçamento entre as placas é representado
por h. O fluido não apresenta escorregamento com relação às placas e a aceleração do fluido é
zero em todo o escoamento (WHITE, 2011).

Figura 2.1 – Modelo proposto por Isaac Newton (WHITE, 2011).

Correlacionando a taxa de cisalhamento (γ) e a tensão de cisalhamento (τ), o cientista


encontrou uma constante de proporcionalidade chamada de viscosidade do fluido (η),
conforme demonstrado na Equação (2.1). Todos os fluidos que obedecem à relação
estabelecida pela equação são considerados fluídos newtonianos (COSTA, 2006).

τ = η. γ (2.1)

Porém, segundo Cardoso (2009) e White (2011), quando os fluidos não apresentam essa
correlação linear entre a tensão e a taxa de cisalhamento, o material desvia-se do modelo ideal
e deixa de ser enquadrado como fluido newtoniano e passa a ser classificado com não-linear
(Figura 2.2), podendo ser:

• Pseudoplástico: neste caso, quando se aumenta a tensão de cisalhamento


aplicada se reduz a resistência apresentada pelo material e também a
viscosidade do fluido. São exemplos as suspensões coloidais, a polpa de papel
em água, a tinta látex, o xarope, os melados e o plasma sanguíneo;
• Dilatante: este tipo de fluido é caracterizado por apresentar um aumento da
resistência, e consequentemente um aumento de viscosidade do fluido, quando

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 27

há um aumento da tensão de cisalhamento aplicada. São exemplos as


suspensões de amido e a areia movediça.

No entanto, existem alguns materiais que apresentam comportamento reológico linear, mas
que é necessário realizar a aplicação de uma carga mínima para que o material inicie o
escoamento. Neste caso, quando submetido a uma taxa de cisalhamento inferior à taxa de
deformação, o material se comporta como um sólido elástico rígido (Figura 2.2)
(COSTA, 2006). Materiais que apresentam esse comportamento são classificados como
Plásticos ou Fluidos de Bingham, obedecendo a Equação (2.2) (STOLZ, 2011; FERRARIS,
1999).

τ = τ0 + η. γ (2.2)

Em que:

τ = Tensão de cisalhamento (Pa);

τ0 = Tensão de escoamento (Pa);

η = Viscosidade (Pa.s);

γ = Taxa de cisalhamento (Pa).

Figura 2.2 – Curvas de comportamento reológico (BANFIL, 1994).

τ0

Segundo Ferreira et al. (2005) e White (2011), alguns fluidos não-newtonianos requerem uma
alteração gradual da tensão de cisalhamento para manter a taxa de deformação constante

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 28

(Figura 2.3), devido à viscosidade desses materiais ser alterada em função do tempo de
cisalhamento (Figura 2.4). Estes materiais podem ser divididos em:

• Tixotrópicos: são os materiais que quando submetidos à tensão de


cisalhamento constante apresentam redução da viscosidade;
• Reopéticos: são os materiais que quando submetidos à tensão de cisalhamento
constante apresentam aumento da viscosidade.

Figura 2.3 – Curvas de fluidos com comportamento tixotrópico e reopético (MARTINS, 2011).

Figura 2.4 – Curvas de fluidos comparando o comportamento tixotrópico e reopético como fluídos
independentes do tempo (SANTANA, 2010).

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 29

Existe uma grande quantidade de pesquisas em que as argamassas no estado fresco


apresentam um comportamento reológico complexo e são enquadradas como modelo de
Bingham (BROWER; FERRARIS, 2003; CASTRO, 2007; FERRARIS, 1999). Banfill
(1994), por meio de um reômetro realizou a caracterização reológica da argamassa e também
comprovou que a amostra estava em conformidade com o modelo de Bingham. Assim, a
reologia de suspensões cimentícias necessita de dois parâmetros, taxa e tensão de
cisalhamento, para definir as propriedades reológicas - viscosidade e a tensão de escoamento
(GIRISH; SAMTHOSH, 2011).

2.1.1. Viscosidade

A viscosidade é definida como a tendência que o fluido apresenta em resistir ao escoamento


causado pela tensão cisalhante. Assim, quanto menor a viscosidade de um fluido, menor será
a tensão de cisalhamento para submetê-lo a uma taxa de cisalhamento constante. A
viscosidade está relacionada com a coesão entre as moléculas (COSTA, 2006; WHITE, 2011).
Segundo Çengel e Cimbala (2012), a viscosidade é uma propriedade que representa a
resistência interna do fluido ao fluxo. No caso da argamassa, a alteração da viscosidade
influencia na facilidade de mistura e também na facilidade de aplicação do material.

2.1.2. Tensão de escoamento

A tensão de escoamento é a mínima tensão de cisalhamento necessária para iniciar o


movimento do fluxo. Segundo Lu e Wang (2010) e Cardoso, John e Pileggi (2009), esse
movimento inicia no exato momento onde o material deixa de se comportar como um sólido
plástico e passa a se comportar como um fluido.

2.2. TÉCNICAS DE CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DAS


ARGAMASSAS

Cardoso, John e Pileggi (2009) e Stolz (2011) resaltam que as argamassas são caracterizadas
quanto as suas propriedades tanto no estado fresco quanto no estado endurecido. Apesar de o
estado endurecido representar a maior parte da vida do material, as características do estado
fresco geram importantes consequências para toda a vida das argamassas. Os tradicionais
ensaios realizados para caracterizar as argamassas no estado fresco são correlacionados com

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 30

apenas um dos parâmetros reológicos, também conhecidos como único ponto. Os ensaios
mais utilizados são a mesa de consistência, o dropping ball e a penetração do cone.

Os ensaios de único ponto são amplamente utilizados por apresentarem uma fácil execução,
porém possuem limitação conceitual e não refletem adequadamente o comportamento da
argamassas testadas.

No entanto, a completa caracterização da argamassa, isto é, identificação de ambos os


parâmetros reológicos (viscosidade e tensão de escoamento), pode ser realizada em reômetros
por meio de reometria rotacional (COSTA, 2006). Outra forma de caracterização reológica
utilizada para ensaio de alimentos, cosméticos, polímeros, compósitos cerâmicos e pastas
cimentícias e outros é um sistema de pratos paralelos com compressão axial controlada
denominado de squeeze flow (MIN; ERWIN; JENNINGS, 1994; CARDOSO; JOHN,
PILEGGI, 2009; CARDOSO, 2009).

2.2.1. Métodos único ponto

Os ensaios considerados único ponto são amplamente utilizados devido serem ensaios de
baixo custo e de fácil execução. Existem diversos métodos e equipamentos para executá-los,
como: penetração do cone, K-slump, vane test, creeprecovery, mini-slump, dropping ball e
mesa de consistência. Estes métodos foram desenvolvidos para aferir um único parâmetro
reológico sem conseguir dissociar a tensão de escoamento da viscosidade das argamassas. Os
métodos mais utilizados para argamassas são a mesa de consistência, o dropping ball e a
penetração do cone (STOLZ, 2011).

O ensaio de espalhamento de argamassa na mesa de consistência (Figura 2.5), conhecido


também como flow table, é descrito na norma NBR 13276 (ABNT, 2005). Neste ensaio, a
amostra de argamassa no estado fresco é moldada em um tronco de cone sobre uma base lisa.
Em seguida, após a retirada do molde, o tronco formado por argamassa é submetido a uma
sequência de impactos, de modo que no final do ensaio é analisado o quanto o material
espalhou (COSTA, 2008). Porém, Carasek (2010) afirma que apesar de ser uma técnica de
fácil execução, os resultados são complexos e este método não avalia de forma clara o
comportamento reológico do material, avaliando apenas a consistência, como fica
evidenciado no nome do próprio equipamento. Ainda, Stolz (2011) ressalta que a técnica é
bastante criticada no meio técnico, justamente por sua medição ser pontual e resultar em

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 31

valores de índice de consistência e não valores de parâmetros reológicos usualmente


analisados.

O dropping ball também é um equipamento utilizado para a caracterização reológica


convencional das argamassas (Figura 2.5). O método foi inserido no país por uma adaptação
da norma britânica (BS 4551, 1998), mas não é normalizado no Brasil. O ensaio de dropping
ball é realizado por meio da queda livre de uma esfera com tamanho, massa e altura da queda
pré-fixados sobre uma argamassa moldada em um cilindro metálico. O resultado do ensaio é o
valor de penetração, em milímetros, da esfera na argamassa fresca após a queda livre.

Além dos métodos descritos anteriormente, pode-se citar também o método de penetração do
cone (ASTM C780, 2012). Para executar este método é utilizado um equipamento adaptado
do aparelho de Vicat (Figura 2.5). Assim como o dropping ball, este método também não é
normalizado no Brasil. Ainda, o ensaio de penetração do cone não apresenta resultados claros
e completos sobre o comportamento reológico do material, assim como os demais métodos
(CARDOSO; PILEGGI; JOHN, 2005).

Figura 2.5 – Equipamentos utilizados em métodos único ponto: (a) Dropping Ball (http://nl-test.com/); (b)
Dropping Ball adaptado no Brasil (SILVA, 2005); (c) Penetração do cone (http://www.humboldtmfg.com); (d)
Mesa de consistência.

(a) (b) (c) (d)

Deste modo, considerando a natureza multifásica e reativa das argamassas, as limitações dos
ensaios e as solicitações extremas de cisalhamento em situações práticas a que estas são
submetidas, estes métodos são insuficientes para efetuar uma avaliação mais completa da
natureza reológica deste material. Portanto, não é possível que o comportamento complexo de
um material, como das argamassas, seja descrito por um único valor de medida (Figura 2.6),
mas sim por um perfil reológico medido com precisão e, preferencialmente, simulando as

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 32

solicitações práticas reais, visto que o comportamento pode variar em função das
características da solicitação, como tensão e taxa de cisalhamento e restrição do material.

Figura 2.6 – Variação da viscosidade e da tensão de escoamento (FERRARIS, 1999).

Apesar de todas as limitações conceituais e do fato de que estes ensaios não refletem
adequadamente o comportamento reológico, estes métodos ainda continuam sendo bastante
utilizados para avaliação de argamassas no estado fluido (CARDOSO, 2009).

2.2.2. Reometria rotacional

A reometria rotacional é um método capaz de determinar o comportamento reológico das


argamassas, de modo que ultrapassa as limitações dos métodos tradicionais. Os reômetros
(Figura 2.7) são equipamentos desenvolvidos para a análise reológica de fluídos e suspensões
e são utilizados em diversas áreas e apresentam resultados multipontos. Este equipamento
determina parâmetros como viscosidade e tensão de escoamento através de dois princípios
básicos de funcionamento, sendo eles: a aplicação de torque ao fluido e aferição do
cisalhamento resultante ou pela aplicação de cisalhamento controlado e avaliação do torque
necessário para cisalhar (CARDOSO; PILEGGI; JOHN, 2005).

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 33

Figura 2.7 – Reômetro: (a) equipamento da marca Viskomat.;(b) Sistema de movimentação do reômetro
(www.schleibinger.com).

(a) (b)

Considerando o cenário exposto, a reometria é utilizada para a definição da viscosidade e da


tensão de escoamento das argamassas. Estas características são necessárias para o
desenvolvimento de formulação de traços, já que as argamassas devem apresentar
características no estado fresco adequadas para situações adversas como procedimento de
mistura, bombeamento, aplicação e o não comprometimento do desempenho do material no
estado endurecido (COSTA, 2006; STOLZ, 2011; CARDOSO; JOHN; PILEGGI, 2009).

Além do alto custo de aquisição do equipamento, estudos demonstram que como os reômetros
são desenvolvidos em diferentes países e com diferentes geometrias, pode ocorrer dificuldade
na interpretação dos resultados (GIRISH; SANTHOSH, 2011). Ainda, os resultados de
Brower e Ferraris (2003) demonstram que quando doze concretos diferentes foram analisados
em cinco marcas diferentes de reômetros, foram obtidos valores diferentes de tensão de
escoamento e de viscosidade, demonstrando a variabilidade da utilização deste equipamento.

Segundo Brower e Ferraris (2003), os doze tipos de amostras preparadas apresentavam


características bem distintas devido as variações de traço, o que proporcionou diferentes
comportamentos reológicos, como a obtenção de amostras com alta tensão de escoamento e
alta viscosidade e amostras com baixa tensão de escoamento e alta viscosidade. Os autores
afirmam que os valores encontrados para viscosidade e tensão de escoamento, em uma mesma
amostra, sempre era diferente nos cinco reômetros (Tabela 2.1).

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
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de argamassas 34

Tabela 2.1 – Valores de abatimento, tensão de escoamento e viscosidade das amostras adaptado de Brower e
Ferraris (2003).

Marcas de Reômetros

CEMAGREF-
BML BTRHEOM IBB TWO-Point
IMG
Mistura Nº

Slump

Tensão Tensão Tensão Tensão Tensão


Visc. Visc Visc Visc Visc
de Esc. de Esc. de Esc. de Esc. de Esc.
mm Pa Pa.s Pa Pa.s Pa Pa.s Pa Pa.s Pa Pa.s

1 97 738,00 114,00 1619,00 181,00 1832,00 10,08 14,72 919,00 61,00

2 225 76,00 17,00 406,00 18,00 437,00 3,00 0,34 5,32 80,00 13,00

3 187 408,0 82,40 771,00 136,00 3,67 13,20 314,00 83,00

4 90 840,00 72,00 2139,00 51,00 2138,00 7,44 11,65 1059,00

5 105 910,00 108,00 1753,00 94,00 3,91 14,61 698,00 19,00

6 227 139,00 45,00 505,00 78,00 487,00 63,00 1,80 10,31 145,00 41,00

7 232 90,00 32,70 549,00 54,00 410,00 43,00 0,86 9,31 98,00 38,00

8 128 717,00 29,00 1662,00 67,00 1417,00 5,71 8,84 689,00 22,00

9 232 125,00 15,00 624,00 25,00 504,00 3,00 0,95 6,06 159,00 19,00

10 222 248,00 35,90 740,00 50,00 535,00 43,00 1,98 8,88 253,00 19,00

11 132 442,00 29,00 1189,00 27,00 1034,00 21 3,97 6,57 516,00 16,00

12 150 584,00 39,00 1503,00 38,00 929,00 47 6,23 9,07 525,00 22,00

A partir dos resultados da reometria demonstrados na tabela acima, plotou-se um gráfico para
facilitar a visualização dos diferentes valores de viscosidade (Figura 2.8) e tensão de
escoamento (Figura 2.9).

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
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de argamassas 35

Figura 2.8 – Viscosidade aferida por diferentes reômetros, resultados de Brower e Ferraris (2003).

Figura 2.9 – Tensão de escoamento aferida por diferentes reômetros, resultados de Brower e Ferraris (2003).

Segundo os autores, essas diferenças nos valores absolutos dos resultados encontrados podem
ser atribuídas às formas do equipamento e também a falhas como o deslizamento na interface
do concreto com a parede do equipamento.

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
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de argamassas 36

No entanto, apesar dos resultados para uma determinada amostra serem diferentes nos cinco
reômetros testados, após análise dos valores obtidos para as doze amostras em cada reômetro,
observou-se que os resultados tinham um comportamento padrão inter-reômetro. Assim,
apesar de serem obtidos resultados diferentes, as análises realizadas por diferentes reômetros
apontariam resultados correlacionáveis. Contudo, frente esta variabilidade, estes
equipamentos não se mostram adequados para comparação interlaboratorial.

Outros autores como Hočevar, Kavčič e Bokan-Bosiljkov (2013) comparam dois reômetros
diferentes e encontraram resultados similares ao de Brower e Ferraris (2003). Para corrigir a
divergência dos valores encontrados entre os reômetros utilizados na pesquisa, os autores
obtiveram uma correlação entre os dois equipamentos.

Assim, são necessárias mais pesquisas para conseguir realizar correlação entre os vários
modelos e marcas de reômetros existentes no mercado.

2.2.3. Squeeze flow

O método de ensaio denominado squeeze flow (Figura 2.10) é utilizado há muito tempo em
diversas áreas como cosméticos e alimentos. Estudos iniciais utilizando a técnica para
caracterização reológica de materiais a base de cimento foram realizados por Min, Erwin e
Jennings (1994). Após este estudo, diversos outros autores publicaram artigos internacionais
utilizando o método para caracterização reologia de materiais cimentícios como pastas e
argamassas (TOUTOU; ROUSSEL; LANOS, 2005; BANFILL, 2006; CARDOSO; JOHN;
PILEGGI, 2009). As argamassas utilizadas nestes estudos, na maioria das vezes,
representavam a parte fluida do concreto e não as argamassas de revestimento. Devido a esta
vasta utilização, o squeeze flow passou a ser utilizado como parâmetro de comparação para o
desenvolvimento de novo método de caracterização reológica, como no estudo de Zhow et al.
(2013).

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
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de argamassas 37

Figura 2.10 – Squeeze Flow: (a) sistemas de pratos instalados na máquina de ensaio universal; (b) amostra
moldada para ensaio.

(a) (b)

No Brasil, as análises reológicas utilizando o método do squeeze flow para análise de


materiais cimentícios se propagaram na última década. Porém, mesmo com esse curto período
de tempo, já foram publicados diversos trabalhos de teses e dissertações no estado de São
Paulo e nos três estados da região Sul. Autores como Betioli (2007), Barbosa (2010) e
Batiston (2012) utilizaram o método para realizar caracterização reológica de pasta de
cimento. Já nas pesquisas realizadas por Costa (2006) e Kudo (2012) foi realizada a
caracterização reológica das argamassas colantes por meio do squeze flow. Porém, a maioria
dos estudos realizados utiliza o squeeze flow para caracterização reológica das argamassas de
revestimento e em grande parte o método é comparado com a reometria rotacional (SILVA,
2006; CASALI, 2008; MENDES, 2008; CARDOSO, 2009; SILVA, 2011; STOLZ, 2011;
KANNING, 2013).

Além das teses e dissertações, estudos utilizando o squeeze flow também já foram
apresentados em boletim técnico, artigos em anais de eventos e revistas. Diversos desses
estudos, principalmente o desenvolvido por Cardoso (2009), contribuíram para elaboração de

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
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de argamassas 38

uma norma brasileira que descreve a caracterização reológica pelo método squeeze flow, a
NBR 15839 (ABNT, 2009).

Engmann, Servais e Burdidge (2005), descrevem que o squeeze flow é um conjunto de pratos
paralelos que exerce uma compressão axial em uma amostra cilíndrica (Figura 2.11). Deste
modo, com a aplicação de compressão sobre a amostra de argamassa no estado fresco há o
deslocamento deste material devido aos esforços de cisalhamento radial (CARDOSO;
PILEGGI; JOHN, 2005; COSTA, 2006).

Figura 2.11 – Representação esquemática das condições inicial e final do teste de Squeeze flow (CARDOSO;
PILEGGI; JOHN, 2005).

Neste método é possível avaliar a variação da taxa de cisalhamento e também da magnitude


das deformações. Para simulações de situações práticas e determinação de diversos
parâmetros reológicos podem ser utilizados alguns procedimentos de squeeze flow, como:
compressão simples controlada por deslocamento, oscilação, compressão por força
controlada, aplicação de patamares de relaxação (CARDOSO; PILEGGI; JOHN, 2005;
CARDOSO, 2009).

Min, Erwin e Jennings (1994) e Cardoso (2009) apresentaram um gráfico (carga vs.
deformação) com a curva típica de resultado do squeeze flow. Esse perfil foi dividido em três
estágios típicos, demonstrando o comportamento elástico, plástico e enrijecimento da amostra
(Figura 2.12). Porém, a intensidade de cada estágio pode ser alterada de acordo com a
composição do material e também da configuração do ensaio.

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
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de argamassas 39

Figura 2.12 – Squeeze Flow: (a) sistemas de pratos instalados na máquina de ensaio universal; (b) amostra
moldada para ensaio.

Conforme pode ser visualizado acima, o gráfico com o deslocamento controlado apresenta no
primeiro estágio uma deformação elástica do material, havendo nesta região uma relação
linear entre a carga e o deslocamento. Isto é possível devido às deformações deste estágio ser
pequenas e o material se comportar como um sólido. Os pesquisadores correlacionaram o
final deste estágio com a tensão de escoamento. Argamassas, principalmente as colantes, que
apresentam primeiro estágio longo, podem apresentar maior tendência à fissuração, o que é
justificado pela recuperação elástica após a retirada do esforço (COSTA, 2006; CARDOSO,
2009; KUDO, 2012).

A deformação plástica e/ou viscosa é o que caracteriza o segundo estágio. Nesse estágio as
forças que mantinham o material em regime elástico são superadas pelo aumento da força de
compressão que resulta em deformação radial e elongacional e de cisalhamento. Esse é o
estágio mais extenso. Nesta etapa o material pode sofrer grandes deformações sem o aumento
significativo da força de compressão, fazendo com que o material movimente por deformação
plástica. Deste modo, é a etapa mais apropriada para a análise da facilidade de aplicação e do
espalhamento das argamassas (COSTA, 2006; CARDOSO, 2009; KUDO, 2012).

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 40

No último estágio há o aumento exponencial da carga necessária para prosseguir a


deformação devido o enrijecimento da amostra. O sistema se encontra mais tensionado e
apresenta maior força restritiva ao fluxo causado pela proximidade dos grãos, gerando assim o
embricamento. Como a argamassa é um material multifásico, esse embricamento ocorre
restringindo o movimento dos grãos e forçando a movimentação isolada da pasta, causando
assim a separação das fases. Essa situação ocorre principalmente em grandes deformações e
baixas velocidades. O terceiro estágio demonstra o comportamento do material quando
submetido a altas cargas. Nesta situação, o comportamento do material pode ser
correlacionado com a dificuldade de aplicação e acabamento das argamassas (COSTA, 2006;
CARDOSO, 2009; KUDO, 2012).

Engmann, Servais e Burbidge (2005) e Costa (2006) consideram que entre as técnicas de
caracterização reológicas utilizadas até o momento, o squeeze flow é a mais indicada devido a
sua versatilidade, adaptação de geometrias de ensaio e formas de aplicação de carga,
possibilitando a simulação de esforços semelhantes aos necessários para a aplicação do
material.

2.3. CISALHAMENTO DIRETO DO SOLO

O ensaio de cisalhamento direto foi desenvolvido basicamente para a determinação da


resistência ao corte (cisalhamento) de um corpo de prova de solo, de forma prismática e seção
quadrada ou circular e de pequena espessura. O ensaio, baseado no critério de Coulomb,
consiste na aplicação de uma tensão normal ao plano horizontal e verificação da tensão
cisalhante que provoca a ruptura da amostra ao logo deste plano. A tensão de cisalhamento
está diretamente relacionada com a tensão normal aplicada no solo e também à coesão e ao
ângulo de atrito interno do solo (LU; WANG, 2010).

A resistência de cisalhamento é baseada na Equação (2.3), chamada de Critério de Ruptura de


Mohr-Coulomb. Essa denominação surgiu devido à teoria apresentada por Mohr (19002 apud
DAS, 2007), onde segundo o autor, as rupturas dos materiais só ocorrem devido à combinação
da tensão normal e de cisalhamento, e não, de uma das duas isoladas, definindo assim a

2
Mohr, C. O. Welche Umstände bedingen die Elastizitätsgrenze und de Bruc eines Materials? Zeit des Ver
DeutIng 44:1524–1530(1900)

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
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de argamassas 41

envoltória de ruptura que é uma linha curva. Para Coulomb (17763 apud DAS, 2007) a
aproximação da tensão de cisalhamento no plano de ruptura para uma função linear da tensão
normal é possível para a maioria dos solos, surgindo assim a referida equação.

τ = ϲ + σ . tan Φ (2.3)

Deste modo, esta equação relaciona os valores das tensões de cisalhamento (τ) e tensão
normal (σ) com a coesão (ϲ) e o ângulo de atrito (Φ) apresentando uma similaridade com a
equação de Bingham.

O ensaio de cisalhamento direto é o mais simples e mais antigo experimento utilizado para
determinar a resistência de cisalhamento do material. O equipamento de cisalhamento direto
consiste em uma caixa metálica onde o corpo de prova é confinado. Essa caixa de
cisalhamento pode ter a seção transversal quadrada ou circular, medindo cerca de 50 mm x
50 mm ou 100 mm x 100 mm em planta e 25 mm de altura (Figura 2.13). A caixa é dividida
horizontalmente em duas partes a sua meia altura, com o auxílio de parafusos espaçadores é
mantida uma pequena folga entre as partes. Quando o ensaio é realizado em amostra saturada
é necessária a utilização de pedras porosas nas duas extremidades horizontais, para que ocorra
a drenagem livremente. (DAS, 2007).

Figura 2.13 – Equipamento de cisalhamento direto (http://professor.ucg.br).

3
Coulomb, C.A. Sur une application des règles maximis et minimis a quelques problèmes de statique,
relatives a l’architecture. Acad Sci Paris Mem Math Phys 7: 343–382. 1776

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
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de argamassas 42

Para a realização do ensaio, a parte inferior da caixa de cisalhamento é encaixada no


cisalhador de forma a ficar fixa. Em seguida, a força normal é aplicada verticalmente a partir
do topo do corpo de prova em uma esfera para manter a força centralizada. A força cisalhante
é aplicada gradualmente de forma horizontal na metade superior da caixa, para provocar a
ruptura do corpo de prova. Ainda, a força cisalhante é aferida por uma célula de carga
acoplada ao equipamento e a alteração da espessura do corpo de prova também é aferida por
meio de um relógio comparador (CRAIG, 2011; DAS, 2007).

O ensaio de cisalhamento direto é realizado repetidas vezes alterando-se a tensão normal.


Com essa alteração, consequentemente, há a alteração da resistência do material ao
cisalhamento. Em função dessas duas variáveis são plotados os pontos resultantes e uma linha
é ajustada de forma a passar por eles. Assim, o ângulo de atrito interno é definido pela
inclinação dessa linha, chamada de envoltória de ruptura, e a coesão é definida pela distância
do início da linha ao ponto de origem no eixo da tensão cisalhante como ilustrado na
Figura 2.14.

Figura 2.14 – Envoltória de ruptura

Nas areias, sabe-se que quanto mais densa este material for, maior será o intertravamento
entre as partículas. Com uma pequena deformação, a areia atinge o pico da tensão de
cisalhamento, sendo que após ultrapassar esse ponto há um aumento progressivo da
deformação (Figura 2.15). Para vencer esse embricamento dos grãos ocorre o aumento do

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D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 43

volume da areia, fato esse conhecido como dilatância, devido algumas partículas
movimentarem para cima das outras. Ainda, tensões de cisalhamento em altos níveis podem
causar o esmagamento das partículas, sendo que, essas fraturas causam a supressão da
dilatância e contribuem para a redução do ângulo máximo de resistência ao cisalhamento
(DAS, 2007; CRAIG, 2011).

Figura 2.15 – Gráfico da tensão de cisalhamento e variação da altura do corpo de prova em função do
deslocamento cisalhante para areia (DAS, 2007).

O ensaio de cisalhamento direto foi utilizado na França em 1949 para estudar a resistência do
concreto no estado fresco ao cisalhamento (L’HERMITE; TOURNON, 19494 apud GIRISH;
SANTHOSH, 2011). Posteriormente, Lu e Wang (2010), nos Estados Unidos, utilizaram o
cisalhamento direto para caracterizar o comportamento reológico da argamassa no estado
fresco. A argamassa utilizada no estudo foi a argamassa do concreto. Os pesquisadores ainda
desenvolveram um método teórico para calcular a tensão de escoamento e a viscosidade do
material. Provavelmente, em paralelo a este estudo, Girish e Santhosh (2011), na Índia,
desenvolveram um estudo para realizar a caracterização reológica do concreto no estado
fresco. Concomitante as duas pesquisas acima, Oliveira (2010) desenvolveu estudos iniciais
para a utilização do ensaio de cisalhamento direto na caracterização reológica de argamassas.
Além dos estudos aqui citados, não foram encontrado registros de mais pesquisas utilizando o
equipamento de cisalhamento direto para caracterização reologia de materiais cimentícios.

4
L’HERMITE, R., TOURNON, G. Vibration of Fresh Concrete. Technical Publication No. 2. Centre
d’Etudes et de Recherches de L’Industrie des Liants Hydraulique, Paris. 1948

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
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de argamassas 44

2.4. INFLUÊNCIA DA GRANULOMETRIA DA AREIA NA


REOLOGIA DAS ARGAMASSAS

A argamassa é descrita como uma suspensão bifásica, composta por uma pasta reativa e uma
fração “grossa” inerte, quando o material está no estado fresco. Essa fração inerte é composta
pela areia e durante o cisalhamento fica submetido ao atrito e ao impacto. Analisando os
resultados obtidos na sua pesquisa, Cardoso (2009) levantou que os dois principais fatores que
influenciam no comportamento reológico da argamassa são: a tendência à separação de fases
e a distância entre os agregados.

Os dois fatores são fortemente influenciados pela granulometria da areia. A tendência à


separação de fases, de modo geral, depende da viscosidade da pasta, mas também depende da
permeabilidade da areia. Quando a areia possui uma composição granulométrica bem
distribuída, reduz o volume de vazios, apresentando assim um fator de empacotamento maior.
Mesmo com baixa viscosidade, a pasta terá dificuldade de transpor a estrutura formada pelo
agregado, contribuindo assim para a redução da segregação e exsudação (MENDES, 2008;
CARDOSO, 2009).

A distância entre os agregados é definida pela quantidade de pasta, mas também é


influenciada pelo empacotamento, pois, como já citado, durante o cisalhamento os agregados
ficam sujeitos ao atrito e ao impacto. Assim, quanto maior o empacotamento maior o contato
entre os grãos e consequentemente maior o atrito, proporcionando baixa fluidez
(WESTERHOLM et al. 2008). No entanto, um bom empacotamento gera baixa porosidade,
necessitando de uma menor quantidade de pasta para preencher os espaços vazios entre os
agregados, sobrando assim mais pasta para afastar os grãos (Figura 2.16)
(BAUER; PERREIRA; SILVA, 2013).

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 45

Figura 2.16 – Ilustração esquemática: (a) Partículas e contato; (b) Partículas separadas por uma distância D em
decorrência da adição de fluido em volume suficiente para recobrir a superfície, preencher os vazios deixados
pelo empacotamento e, então, afastá-las (PILEGGI, 20015 apud CARDOSO, 2009).

Além da distribuição granulométrica, um dos fatores que interfere no empacotamento do


agregado é a morfologia dos grãos (forma e textura). Quanto mais esféricos forem os grãos,
maior será a densidade e consequentemente maior será o empacotamento (Figura 2.17)
(CASTRO; LIBORIO; PANDOLFELLI, 2011; MENDES, 2008).

Figura 2.17 – Ilustração qualitativa da influência da morfologia no fator de empacotamento para partículas
monodispersas aleatoriamente empacotadas (PILEGGI, 20014 apud MENDES, 2008).

5
PILEGGI, R. G. Ferramentas para o estudo e desenvolvimento de concretos refratários. São Carlos, 2001.
187p Tese de Doutorado – Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais, Universidade
Federal de São Carlos.

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 46

Porém, outros fatores como o teor de ar também influenciam na reologia das argamassas,
pois, assim como a pasta, podem proporcionar o aumento do afastamento dos grãos. Mas, a
fim de expressar a importância do empacotamento, independente da pasta ou do teor de ar, na
pesquisa de Cardoso (2009) um agregado com menor empacotamento chegou a consumir
8,6% a mais de pasta que um agregado com maior empacotamento.

2.5. CONSIDERAÇÕES SOBRE A REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A reologia é um estudo que necessita de dois parâmetros primordiais (teor de escoamento e


viscosidade) para a sua análise. No caso dos materiais cimentícios, esta análise reológica
apresenta uma complexidade maior ainda, por se tratar de um material reativo e multifásico.

Ademais, é imprescindível o desenvolvimento de estudos sobre a reologia das argamassas,


pois, além de determinar a trabalhabilidade do material, como a facilidade de aplicação,
bombeamento e mistura, a análise reológica da argamassa pode prognosticar o
comportamento no estado endurecido. E ainda, perante este panorama, como levantado nesta
revisão bibliográfica, os métodos atuais para caracterização reológica das argamassas
apresentam restrições e limitações.

Frente ao exposto, métodos de apenas um ponto não são mais suficientes para caracterização
reológica completa das argamassas no estado fresco. Porém, os equipamentos que têm como
finalidade realizar este tipo de caracterização, como os reômetros, apresentam dificuldade de
acesso e ainda podem apresentar resultados diferentes de outros reômetros. O squeeze flow
surge como uma alternativa, porém a máquina universal de ensaios com cervo controlado
apresenta um alto custo. Assim, é importante a busca por métodos alternativos capazes de
realizar uma caracterização reológica mais completa das argamassas, com equipamentos de
fácil acesso em diversos laboratórios, como, por exemplo, o de cisalhamento direto.

R. C. ARAÚJO Capítulo 2
CAPÍTULO 3
METODOLOGIA

A caracterização reológica das argamassas foi realizada por meio de dois ensaios.
Primeiramente, foi utilizado o squeeze-flow, experimento esse já consagrado no Brasil para
caracterização reológica de argamassas e também de outros fluidos. Este método já foi
estudado em diversos trabalhos científicos, resultando na norma NBR 15839 (ABNT, 2010).

O segundo experimento para caracterização reológica da argamassa consiste na utilização de


um equipamento ainda não utilizado para essa finalidade. O equipamento de cisalhamento
direto do solo, também conhecido como Shear Box Test (ASTM D3080, 2011); esse ensaio é
utilizado para caracterização de solos, sendo utilizado para a determinação da tensão de
cisalhamento, da coesão e do ângulo de atrito interno da amostra (CAPUTO, 2011). As
propriedades encontradas nesse experimento de cisalhamento aplicado à argamassa foram
correlacionadas à viscosidade e à tensão de escoamento do material, determinando-se assim,
parâmetros reológicos. O mesmo equipamento de cisalhamento direto também foi utilizado
para determinar o ângulo de atrito interno do agregado miúdo empregado na argamassa.

Além dos ensaios já relatados, referentes à caracterização reológica, foi realizada a completa
caracterização física dos insumos da argamassa e posteriormente foram realizados
experimentos a fim de caracterizar as argamassas no estado fresco.

Para realizar o estudo experimental supracitado e alcançar o objetivo proposto, foi necessária
a utilização dos materiais e métodos descritos em sequência.

3.1. MATERIAIS

Considerando a grande variedade de agregado miúdo utilizado em todo o país para fabricação
de argamassa, buscou-se a utilização de um agregado padrão. Foi utilizado como agregado
miúdo a areia normal brasileira produzida e fornecida pelo Instituto de Pesquisa Tecnológica
do Estado de São Paulo (IPT), conforme estabelecida na NBR 7214 (ABNT, 2012).

A areia normal brasileira é o agregado referência para moldagem de corpos de prova e


realização da classificação da resistência mecânica à compressão do cimento em classes de

R. C. ARAÚJO Capítulo 3
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 48

25, 32 ou 40 MPa, conforme definido na NBR 7215 (ABNT, 1996). Esse material é
largamente utilizado nacionalmente por laboratórios de materiais de construção civil de
instituições de ensino e pesquisa e também em laboratórios de controle de processo de
produção dos fabricantes de cimento Portland.

A areia normalizada é uma areia quartzosa extraída do Rio Tietê, na região da cidade de São
Paulo (São Paulo, Brasil) em direção à nascente. O agregado é fornecido em quatro diferentes
frações granulométricas, variando entre grossa (2,4 a 1,2 mm), média (1,2 a 0,6 mm), média
fina (0,6 a 0,3 mm) e fina (0,3 a 0,15 mm), embaladas em sacos de 25 kg. A norma ainda
padroniza características do material como teor de feldspato, mica, matéria orgânica,
conglomerados argilosos, material pulverulento e umidade.

Devido ao nível de padronização da areia normal brasileira, este material passou a ser
utilizado em outros ensaios preconizados pelas normas brasileiras, como a caracterização das
cales, assim como na utilização para avaliação de compactação de solos e outros. Em função
destas aplicações, em 2010, a produção de areia normal brasileira foi de aproximadamente
300 toneladas (IPT, 2011).

Além da areia normal, para a fabricação da argamassa mista, foi utilizado o cimento Portland
CP II F-32 como ligante hidráulico, escolhido por ser largamente utilizado em obras da região
e em todo o Brasil. A caracterização física do cimento foi realizada por meio dos ensaios de
massa unitária e massa específica, conforme prescrito respectivamente nas normas
NBR NM 45 (ABNT, 2006) e NBR NM 23 (ABNT, 2001) e a caracterização química doi
fornecida pelo fabricante, como pode ser observado na Tabela 3.1.

R. C. ARAÚJO Capítulo 3
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 49

Tabela 3.1 – Resultado da caracterização física e química do cimento Portland, parte realizada em laboratório e
parte fornecida pelo fabricante.

Caracterização Parâmetro
Propriedades Norma
da amostra normativo

Massa unitária (g/cm³) NBR NM 23:2001 1,05 -

Massa específica (g/cm³) NBR NM 23:2001 2,97 -


Finura Blaine (cm²/g) NBR NM 23:2001 4378,68 ≥ 2.600
Resíduo na peneira # 200, 75m(%) NBR 11579:1991 0,82 ≤ 12
Resíduo na peneira # 325, 45m(%) NBR 12826:1993 5,82 -
Tempo de início de pega (min.) NBR 11581:1991 139,74 ≥ 60
Tempo de fim de pega (min.) NBR 11581:1991 178,42 ≤ 600
Resistência à Compressão
23 ≥ 10
3 dias (MPa)
NBR 7215:1996
7dias (MPa) 31,48 ≥ 20
28 dias (MPa) 40,02 ≥ 32
Teor de MgO (%) NBR 11578:1991 1,04 ≤ 6,5
Teor de SO3 (%) NBR 11578:1991 2,65 ≤4

A cal hidratada tipo CH-I foi adotada como ligante aéreo por apresentar limites de qualidade
mais rígidos definidos na NBR 7175 (ABNT, 2003), como mostrado na Tabela 3.2. A
caracterização física e química da cal foi realizada por meio dos ensaios de massa unitária,
massa específica, finura e análise química, conforme prescrito respectivamente nas normas
NBR NM 45 (ABNT, 2006), NBR NM 23 (ABNT, 2001), NBR 9289 (ABNT, 2000) e NBR
6473 (ABNT, 2003), algumas propriedades químicas foram fornecidas pelo fabricante. Os
limites estabelecidos por normas estão apresentado também na Tabela 3.2. Os dois ligantes
foram utilizados em quantidades fixas em massa, conforme as condições fixas definidas no
programa experimental desta pesquisa.

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de argamassas 50

Tabela 3.2 – Resultado da caracterização química e física da cal hidratada.

Caracterização Parâmetro
Propriedades Normas
da amostra Normativo CH-I
Anidrido Carbônico (CO2) (%) NBR 7175:2003 4,05 ≤ 5%
Óxidos de Ca e Mg não hidratados (%) NBR 7175:2003 5,96 ≤ 10
Óxidos totais na base de não voláteis
NBR 7175:2003 97,04 ≤ 90
(%)
Finura peneira 0,6 mm (%) NBR 7175:2003 0,26 ≤5
Finura peneira 0,075 mm (%) NBR 7175:2003 9,1 ≤ 10
Plasticidade (%) NBR 7175:2003 120,75 ≥ 110
Massa unitária (g/cm³) NBR NM 23:2001 0,45 -
Massa específica (g/cm³) NBR NM 23:2001 1,05 -

A cal hidratada e o cimento Portland utilizados para desenvolvimento da pesquisa


demonstraram atender os limites normativos, demonstrando a qualidade e conformidade dos
ligantes utilizados.

3.2. VARIÁVEIS E CONDIÇÕES FIXAS DO ESTUDO

As variáveis estabelecidas para realização do programa experimental são apresentadas a


seguir, dividas em variáveis independentes e variáveis dependentes, também estão descritas as
condições fixas definidas para o experimento, além de ser mostrado um fluxograma com o
resumo de todas as variáveis.

3.2.1. Variáveis independentes

Com o intuito de atingir os objetivos traçados no trabalho foram definidas duas variáveis
independentes: a distribuição granulométrica da areia e o teor de água da argamassa.

3.2.1.1. Distribuições granulométricas das areias estudadas

Com o intuito de analisar a influência da distribuição granulométrica do agregado no


comportamento reológico das argamassas, foi utilizada, neste estudo, areia normal com quatro
diferentes composições granulométricas. A partir das quatro faixas granulométricas de
agregado natural (1,2 mm, 0,6 mm, 0,3 mm e 0,15 mm), fornecidas pelo IPT, foram montadas

R. C. ARAÚJO Capítulo 3
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de argamassas 51

quatro composições granulométricas, duas classificadas como contínua e as outras como


descontínua e uniforme, conforme detalhado na Tabela 3.3 e na Figura 3.1.

Tabela 3.3 – Composição granulométrica das areias.

Fração em cada peneira


Código Distribuição
#16 #30 #50 #100 MF DMC
adotado granulométrica
(1,2 mm) (0,6 mm) (0,3 mm) (0,15 mm)
ANC-25 Contínua 25% 25% 25% 25% 2,5 2,4
ANC-33 Contínua - 33,3% 33,3% 33,3% 2,0 1,2
AND-50 Descontínua - 50% - 50% 2,0 1,2
ANU-100 Uniforme - - 100% - 2,0 0,6

Figura 3.1 – Distribuição granulométrica das areias estudadas.

0,1 1 10
0
10
20
30
Reteda Acumulada (%)

40
50
60
70
80
90
100
ANC-33% AND-50 ANU-100 ANC-25% Zona Utilizável Zona Ótima [NBR 7211 (ABNT, 2009)]

Aberturas de Peneiras (mm)

3.2.1.2. Teor de água da argamassa.

O teor de água/materiais secos das argamassas foi determinado em função da trabalhabilidade


ideal de cada uma das composições granulométricas estudas. Para determinação desses teores
foi realizado um estudo piloto, detalhado no Apêndice A. Assim, os valores adotados no
estudo experimental foram H1 = 19%, H2 = 23% e H3 = 29% (em massa).

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de argamassas 52

3.2.2. Variáveis dependentes ou de resposta

As variáveis dependentes estão relacionadas à alteração das características do agregado e da


argamassa no estado fresco, influenciadas pelas variações da distribuição granulométrica e
teor de água das argamassas. As diferentes distribuições granulométricas das areias criam
variações nas características da areia, como a massa específica, massa unitária, fator de
empacotamento dos grãos, índice de vazios, porosidade e ângulo de atrito interno. As
diferentes distribuições granulométricas das areias e os teores de água criam variações nas
características da argamassa no estado fresco, como na consistência, retenção de água,
densidade de massa da argamassa, tensão de cisalhamento, ângulo de atrito, viscosidade e
tensão de escoamento.

3.2.3. Condições Fixas

Para a realização do programa experimental algumas condições foram fixadas de forma a


isolar a influência de outros fatores nas variáveis. Assim, foi fixado o tipo do agregado (areia
normal) para evitar a influência de fatores como a forma e a textura dos grãos. Também foram
fixados o tipo, a classe, o fabricante do cimento e da cal e a proporção do traço em massa.

Além destes parâmetros relacionados ao agregado e ao traço, outras condições laboratoriais


foram fixadas, como o método de mistura, o tempo de realização dos ensaios após o início da
hidratação do cimento, a temperatura ambiente e a umidade.

3.2.4. Fluxograma

A Figura 3.2 representa um fluxograma com o resumo geral do programa experimental,


indicando as variáveis independentes e as variáveis dependentes.

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Figura 3.2 – Resumo das variáveis independentes e dependentes do programa experimental

Programa
experimental

variáveis Variáveis
independentes dependentes

Variação da Variação do teor


composição Argamassa no
de água Areia normal
granulométrica estado fresco

19% Massa
ANC-25 específica Ângulo de atrito

Tensão de
ANC-33 Massa unitária cisalhamento
23%

Fator de Porosidade
AND-50
empacotamento
29%

ANU-100 Índice de vazios Consistência

Densidade de
Porosidade massa da
argamassa

Retenção
Ângulo de atrito

Tensão de Viscosidade
cisalhamento

Tensão de
escoamento

3.3. MÉTODOS

As variáveis independentes do estudo causam influência nas características da areia, que


consequentemente, influenciam as características das argamassas. Para identificar as
alterações no comportamento desses materiais, eles foram submetidos aos ensaios descritos
nos itens apresentados a seguir.

3.3.1. Caracterização das areias

As quatro amostras de areias estudadas foram caracterizadas para identificar a influência da


composição granulométrica nas características das amostras. Foi realizada a caracterização
física, análise petrográfica e determinou-se o ângulo de atrito por meio do ensaio de
cisalhamento direto da areia seca e inundada.

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3.3.1.1. Caracterização física

Devido o agregado ser uma areia normal, a caracterização física e química utilizada na
pesquisa foi a fornecida pelo IPT, disponível no Anexo 1, com exceção da massa específica e
massa unitária que foram ensaiadas no Laboratório de Inovação Tecnológica em Construção
Civil (LABITECC), segundo, respectivamente, as normas NBR NM 52 (ABNT, 2009) e NBR
NM 45 (ABNT, 2006). A partir dos resultados obtidos nesta caracterização, foram calculados
o fator de empacotamento (Equação 3.1), índices de vazios (Equação 3.2) e porosidade
(Equação 3.3) (MENDES, 2008; CAPUTO, 2011).

V
E %= x 100 (3.1)
V

V
e= (3.2)
V
e
η% = x 100 (3.2)
e+1

Em que:

E0 = Fator de empacotamento (%);

Vs = Volume de sólidos (m³);

Vt = Volume total (m³);

e = Índice de vazios;

Vv = Volme de vazios (m³);

η = Porosidade (%).

3.3.1.2. Análise por imagem

Para caracterizar o formato do grão da amostra estudada, todas as faixas granulométricas


foram analisadas por meio de imagens adquiridas através de uma lupa estereoscópica marca
Leica Mycrosystems modelo MZ12.5 com uma câmera acoplada ao computador. Os grãos de
areia normal com dimensões 1,2 mm e 0,6 mm foram analisados na ampliação de 18X, para
os grãos de areia com dimensão de 0,3 mm a magnificação foi de 30X as amostras de
dimensão de 0,15 mm foi ampliada em 60X. A análise das imagens foi realizada por meio de
um software (AutoCAD®) e a partir dessa análise e das equações apresentadas no trabalho de

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Mendes (2008) calculou-se o índice de forma pela Equação 3.4 e a esfericidade das partículas
pela Equação 3.5.

D
IF = (3.4)
D

4A 1
= x (3.5)
π D

Em que:

IF = Índice de forma

D1 = Diâmetro da menor circunferência que circunscreve a partícula;

D2 = Diâmetro da maior circunferência inscrita na partícula;

φ = Esfericidade da partícula;

AP = Área projetada da partícula.

3.3.1.3. Ensaio de cisalhamento direto (seca e inundada)

As quatro composições granulométricas de agregado miúdo foram submetidas ao ensaio de


cisalhamento direto, empregando-se o mesmo procedimento adotado para caracterização de
solos (ASTM D3080, 2011). A partir da tensão de cisalhamento (τ), em função da tensão
normal (σ), é traçada a reta de Coulomb. O coeficiente de atrito é calculado pela tangente do
ângulo de inclinação dessa reta. A coesão da amostra, por ser uma areia, é considerada igual à
zero. Para a realização do ensaio, o “carrinho” pode ser preenchido com água, situação essa
chamada de amostra inundada. O ensaio foi realizado de dois modos, com a areia seca em
estufa e com a areia inundada (submersa em água), por meio do preenchimento da caixa do
equipamento de cisalhamento direto com água, como ilustrado na Figura 3.3. A realização do
ensaio do cisalhamento da areia em situação inundada possibilitou verificar se a estrutura
granular do agregado sofria influência da poropressão.

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Figura 3.3 – Configuração do ensaio de cisalhamento direto: a) na areia seca; b) na areia inundada

(a) (b)

3.3.2. Preparo das argamassas

A produção das argamassas foram realizadas utilizando um proporcionamento (traço) padrão


1:0,5:7 (cimento, cal e areia seca, em massa), equivalente ao traço em volume 1:1:6
(considerando a areia úmida), definido em função de ser um traço tradicionalmente utilizado
em obras para fabricação de argamassa de revestimento.

A argamassa foi misturada em um agitador de laboratório universal da marca IKA® modelo


EUROSTAR 60 control com velocidade automaticamente controlada por microprocessador
com alcance de 0 a 2.000 rpm (Figura 3.4).

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Figura 3.4 – Procedimento de mistura das argamassas

Para cada traço foram misturadas bateladas de 1.700 g de material seco com a adição de um
dos três teores de água, em fluxo contínuo, além de rotação constante de 500 rpm por 60
segundos. Após essa primeira mistura e mais 30s de descanso, para verificar se não havia
material anidro na espátula e nos cantos, foi retomada a mistura com rotação constante de
650 rpm por mais 60 segundos, totalizando 2 minutos de mistura. Essa metodologia de
mistura foi adotada em função de um estudo prévio realizado com argamassas de distintas
consistências. Neste estudo, buscou-se um procedimento de mistura que garantisse a perfeita
homogeneização do material.

Após a produção das misturas, as argamassas no estado fresco foram submetidas aos ensaios
de caracterização. Ainda, foi desenvolvido um método de análise do comportamento
reológico das argamassas por meio do equipamento de cisalhamento direto. Para validar esse
novo método de análise reológica, os mesmos traços de argamassas foram caracterizados
reologicamente pelo método do squeeze-flow, conforme prescrito na
NBR 15839 (ABNT, 2010).

3.3.3. Caracterização das argamassas no estado fresco

Para caracterização de todos os traços de argamassas no estado fresco foram realizados os


ensaios descritos a seguir.

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3.3.3.1. Densidade

O ensaio para determinação da densidade de massa foi realizado conforme preconizado pela
NBR 13278 (ABNT, 2005). O ensaio consiste em determinar a densidade de massa da
argamassa utilizando um recipiente de volume conhecido e a massa aferida em três pesagens.
A densidade foi calculada pela média aritmética simples das três medidas.

3.3.3.2. Teor de ar incorporado

Para a determinação do teor de ar incorporado foi realizado ensaio conforme prescrito na


NBR 13278 (ABNT, 2005). O método, realizado em triplicata, consiste no preenchimento de
um recipiente metálico com argamassa em duas camadas e aplicação de 25 golpes em cada
camada. Em seguida, foi acoplada a tampa e o vazio entre a argamassa e a tampa foi
preenchida com água. Uma cápsula de pressão foi acoplada na tampa, liberando o ar sobre a
argamassa e fazendo a leitura do teor de ar em porcentagem (Figura 3.5).

Figura 3.5 – Ensaio de teor de ar incorporado da argamassa no estado fresco

3.3.3.3. Retenção de água

A retenção de água foi determinada com base na NBR 13277 (ABNT, 2005). Esta norma
preconiza a aplicação da argamassa no Funil de Büchner (Figura 3.6). Este material foi
submetido a uma sucção causada por uma bomba de vácuo, forçando a saída da água por 15
min, o procedimento foi realizado uma única vez para cada argamassa. Esse método é

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considerado de fácil execução e confiável por apresentar resultados com pouca dispersão
(ALVES; DO Ó, 2005).

Figura 3.6 – Ensaio de retenção de água na argamassa

3.3.3.4. Índice de Consistência

A NBR 13276 (ABNT, 2005) foi utilizada para determinar o índice de consistência das
argamassas. O princípio desse ensaio consiste em medir, por meio de três determinações, o
diâmetro do espalhamento da argamassa após 30 golpes na mesa de consistência da ABNT
flow table, como ilustrado na Figura 3.7. O índice de consistência foi calculado pela média
aritmética simples das três medidas.

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Figura 3.7 – Determinação do índice de consistência da argamassa

3.3.3.5. Determinação do teor de fases

Após a mistura e a caracterização dos diferentes traços, foram realizados os cálculos para a
determinação do teor de fases da argamassa no estado fresco, indicando o volume de ar, água,
finos (<75 µm) e areia.

O método de cálculo de volume das fases foi o mesmo apresentado por


Quarcioni et al. (2009). A partir do traço em massa, foi encontrado o volume dos grãos por
meio da multiplicação pela massa específica de cada material.

Como já citado anteriormente, o teor de ar incorporado no estado fresco foi determinado pelo
método de ensaio descrito na NBR 13278 (ABNT, 2005). O somatório do volume dos grãos
de todos os materiais que compõe a argamassa, juntamente com a água e o teor de ar
incorporado totalizará 100% da argamassa fresca. Por uma regra de três foi determinada qual
a porcentagem que cada fase representa. Para expressar esses resultados criou-se um gráfico
de colunas empilhadas.

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3.3.4. Caracterização reológica das argamassas

A caracterização reológica da argamassa foi realizada por meio do ensaio de squeeze-flow,


conforme preconizado pela NBR 15839 (ABNT, 2010). As argamassas também foram
submetidas ao ensaio de cisalhamento direto e comparadas com o ensaio anterior para
verificar a possibilidade do ensaio de cisalhamento direto ser utilizado para determinar
parâmetros reológicos da argamassa no estado fresco.

3.3.4.1. Squeeze-flow

As argamassas foram vertidas em gabarito (molde) cilíndrico vazado de Technyl® sobre uma
base rígida de aço inox com 200 mm e superfície polida. A argamassa foi adensada com o
auxílio de espátula e rasada com régua metálica, conforme descrito na norma NBR 15839
(ABNT, 2010). O gabarito foi retirado cuidadosamente para não deformar a amostra de
argamassa fresca, conforme ilustrado na Figura 3.8. Após moldagem, a amostra apresentou as
seguintes dimensões: 10 mm de altura e 101 mm de diâmetro.

Figura 3.8 – Retida do gabarito de moldagem da argamassa para realização do ensaio de Squeeze-flow

A base de aço inox com a amostra foi acoplada a uma prensa universal de ensaio
EMIC DL 30000, com capacidade de 300 kN. Foram aplicadas cargas em duas diferentes
velocidades, sendo que as cargas foram aferidas por meio de uma célula de carga de 2 kN. O
punção utilizado no ensaio apresenta 101 mm de diâmetro (Figura 3.9).

As amostras sofreram um deslocamento de 9 mm com duas diferentes velocidades de


deslocamento (0,1 e 3 mm/s). Ao final do ensaio, além dos dados adquiridos pelo programa
da máquina de ensaio, também foi analisado a exsudação da amostra ensaiada.

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de argamassas 62

Figura 3.9 – Squeeze-flow: (a) ensaio em execução; (b) amostra após realização do ensaio

(a) (b)

3.3.4.2. Cisalhamento Direto

O equipamento para realização do ensaio de cisalhamento direto, descrito na


ASTM C3080 (2010) (Figura 3.10 e Figura 3.11) e tradicionalmente utilizado em amostras de
solos, é composto por uma caixa bipartida de formato cúbico com aresta interna igual a 5 cm,
onde é alocada a amostra (Figura 3.12). A caixa é tampada com o capacete, ponto onde é
aplicado a tensão normal que varia de 13,5 a 400 kPa. Essa tensão é causada por meio de
cargas aplicadas em uma haste apoiada no capacete. Para tensões superiores a 50 kPa é
necessário a utilização de um braço de alavanca. Sobre o capacete é instalado um relógio
comparador, na vertical, para verificar a expansão ou compressão da amostra durante o
cisalhamento.

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Figura 3.10 – Equipamento para cisalhamento direto do solo

Figura 3.11 – Detalhe do equipamento para cisalhamento direto do solo

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Figura 3.12 – Caixa bipartida de cisalhamento 50x50 mm

A parte inferior da caixa bipartida é encaixada em um compartimento chamado de “carrinho”


que fica sobre rolamentos. Na lateral desse compartimento é aplicada uma força de
deslocamento que causa a tensão cisalhante. A força aplicada ao “carrinho” advém de um
motor e a velocidade desse carregamento pode ser alterada por um sistema de marchas que
variam de A a D em combinação com um sistema de engrenagem, de diferentes tamanhos,
possibilitando o equipamento trabalhar em vinte velocidades diferentes, conforme
apresentado na Tabela 3.4. O deslocamento do “carrinho” para causar o cisalhamento é
aferido por meio de um relógio comparador na horizontal.

Tabela 3.4 – Velocidades do ensaio de cisalhamento de solo.

Velocidades
Engrenagens A B C D
60-30 0,07700 0,01600 0,00300 0,00060
60-30 0,01900 0,00400 0,00070 0,00010
45-45 0,03800 0,00670 0,00148 0,00022
56-34 0,05700 0,01100 0,00225 0,00042
34-64 0,07500 0,00507 0,00099 0,00024

A parte superior da caixa bipartida é ligada à parte inferior por meio de dois parafusos que são
retirados durante o ensaio. Dois outros parafusos são utilizados para causar um pequeno
afastamento entre as metades da caixa, evitando assim o atrito. Durante o ensaio, a parte
superior fica fixa e ligada a uma célula de carga, com capacidade de 2 kN, responsável por
realizar a leitura da carga suportada pela amostra ao cisalhamento. O valor aferido pela célula
de carga é indicado em uma leitora digital.

R. C. ARAÚJO Capítulo 3
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 65

Para realização do ensaio, as argamassas depois de homogeneizadas foram vertidas sobre o


molde bipartido e adensadas com o auxílio de uma espátula, conforme mostrado na
Figura 3.12. Este molde apresenta seção cisalhante igual a 25 cm² (Figura 3.13). Os ensaios
foram realizados para todas as amostras com quatro tensões normais diferentes (13,5; 25; 50 e
100 kPa). As tensões normais adotadas visaram representar, na medida do possível, tensões
que ocorrem na prática quando da aplicação de argamassas de revestimentos em paredes.

Figura 3.13 – Moldagem da argamassa para ensaio de cisalhamento direto

A força que causa a tensão cisalhante foi aplicada a uma velocidade de 0,077 mm/s, sendo
que essa velocidade é atingia pela combinação da marcha A com as engrenagens 60-30. A
velocidade escolhida é a que mais aproxima de uma das duas velocidades apresentadas na
norma para realização do ensaio do squeeze-flow, que são 0,1 e 3 mm/s. Essa velocidade é a
maior atingida pelo equipamento. Não foi realizado ensaio com carregamento mais lento
devido à amostra ser uma mistura complexa, de modo que, mesmo que se simplificasse a
análise dessa mistura, seria necessário dividir o fluído em duas fases. A primeira fase é
composta por pasta de cimento e de cal sofrendo hidratação e a segunda composta por uma
estrutura granular formada pelos grãos de areia capazes de apresentar maior resistência ao
deslocamento por meio do enrijecimento e embricamento das partículas. Assim, quando
aplicado uma força em alta velocidade na argamassa, ela tende a se comportar como um
fluído homogênio. Entretanto, quando aplicado uma força lentamente na argamassa, a pasta
tende a permear a estrutura de grãos de areia deixando-os sem a lubrificação necessária para
movimento dos grãos sem causar grande quantidade de atrito.

R. C. ARAÚJO Capítulo 3
CAPÍTULO 4
RESULTADOS

Este capítulo contem os resultados e discussões obtidos por meio do programa experimental.
Inicialmente, são apresentados os resultados referentes à caracterização detalhada das areias
utilizadas na pesquisa, seguidos pelos resultados da caracterização básica da argamassa no
estado fresco e por fim, são apresentados os resultados da caracterização reológica das
argamassas, comparação entre os métodos e correlação com um modelo matemático.

4.1. CARACTERIZAÇÃO DAS AREIAS

As areias com suas quatro diferentes composições granulométricas definidas como variáveis
da pesquisa tiveram suas propriedades determinadas por meio de caracterização física, análise
de imagem e cisalhamento direto. O ensaio de cisalhamento direto foi realizado na areia seca
em estufa e em situação inundada para determinação do ângulo de atrito entre as partículas.
Além dessas características, os certificados do material de referência, fornecido pelo IPT de
cada dos lotes utilizados, constam no Anexo 1.

4.1.1. Caracterização física

A caracterização física foi realizada por meio da determinação da massa, volume total e
volume de grãos. A partir desses resultados foram calculadas as propriedades apresentadas na
Tabela 4.1, utilizando-se as equações apresentadas no item 3.3.1.1 desta dissertação.

Tabela 4.1 – Determinação das propriedades físicas das diferentes composições granulométricas adotadas na
pesquisa.
Massa Fator de Índice de
Massa unitária Porosidade
Amostra específica Empacotamento Vazios
[ρ (g/cm³)] (η)
[d (g/cm³)] (E0) (e)
ANC-25 1,50 2,68 56% 0,79 44%
ANC-33 1,42 2,66 53% 0,87 47%
AND-50 1,47 2,67 55% 0,82 45%
ANU-100 1,32 2,66 50% 1,02 50%

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 67

As massas específicas das diferentes faixas granulométricas apresentaram valores similares


devido as amostras serem compostas pelo mesmo material, diferenciando-se apenas o
tamanho dos grãos. A massa específica é uma propriedade intrínseca à composição do
material.

As demais características como massa unitária, fator de empacotamento, índice de vazios e


porosidade sofrem influência do tamanho dos grãos e assim, as diferentes faixas
granulométricas apresentaram valores diferentes. Essas propriedades influenciáveis pela
granulometria apresentaram uma tendência de que quanto maior a descontinuidade da
distribuição granulométrica e mais fina as areias maior o volume de vazios.

4.1.2. Análise por imagem

As imagens realizadas por meio de lupa estereoscópica foram analisadas realizando-se as


medidas de diâmetro da maior circunferência inscrita na partícula, diâmetro da menor
circunferência que circunscreve a partícula e área projetada da partícula por meio do software
AutoCAD®. As imagens estão apresentadas no Apêndice B. A partir dos valores aferidos de
diâmetro da menor circunferência que circunscreve a partícula, do diâmetro da maior
circunferência inscrita na partícula e da área projetada da partícula foram calculados o índice
de forma (IF) e a esfericidade (φ) de cada faixa granulométrica6 da areia normal, como pode
ser observado na Tabela 4.2. Ainda, foram apresentados os parâmetros traçados para
classificar os grãos.

Tabela 4.2 – Determinação do índice de forma e esfericidade das faixas granulométricas


Areia Normal IF φ Parâmetros7 - Westerholm et al. (2008)
0,15 mm 0,59 0,61 0 ≤ f-valor <0,25: muito alongado,
0,3 mm 0,61 0,63 0.25 ≤ f-valor <0,50: alongado,
0,6 mm 0,50 0,62 0,50 ≤ f-valor <0,75: cúbico,
1,2 mm 0,51 0,67 0,75 ≤ f-valor = 1: circular.

A classificação das faixas granulométricas foi realizada seguindo os parâmetros traçados no


trabalho de Westerholm et al. (2008). Os grãos de todas as amostras apresentaram valores

6
Em função da análise por imagem ser referente ao grão, foram caracterizadas as “faixas granulométricas”,
conforme fornecidas pelo IPT. As outras caracterizações foram realizadas na mistura em diferentes proporções
destas faixas. Em toda a dissertação estas misturas são chamadas de “composição granulométrica”.
7
O f-valor, segundo Westerholm et al. (2008), é um parâmetro para classificação tanto do índice de forma, como
para a esfericidade.

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 68

entre 0,5 e 0,75 e foram classificadas, em função do índice de forma e esfericidade, como
cúbicos.

4.1.3. Ensaio de cisalhamento direto (seco e inundado)

Os gráficos determinados nos ensaios de cisalhamento direto da areia, tanto nas amostras
secas em estufa como nas amostras em situação inundada, estão apresentados no Apêndice C.
A seguir é apresentado na Figura 4.1, como exemplo, um gráfico obtido no ensaio
cisalhamento direto em função do deslocamento para as quatro tensões normais aplicadas
durante o ensaio, bem como, o gráfico com variação de altura da mesma amostra.

Este ensaio é realizado no equipamento de cisalhamento direto e os resultados são aferidos


por uma célula de carga que mede a tensão de cisalhamento e por dois relógios comparadores,
um na vertical e outro na horizontal. Assim como observado na Figura 4.1, para o
deslocamento que ocorre na horizontal, é aferida a tensão cisalhante causada pela resistência
ao cisalhamento apresentado pela amostra. Para o mesmo deslocamento cisalhante também é
aferida a expansão que ocorre na vertical. Esta expansão ou variação de altura ocorre durante
o cisalhamento da amostra, pois há uma acomodação ou reorganização dos grãos. Assim,
amostras mais fofas tendem a sofrer compressão durante a aplicação da força cisalhante e
amostras mais compactas tendem a expandir causando maior resistência ao cisalhamento.

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 69

Figura 4.1 – Cisalhamento direto e variação de altura da amostra ANU-100

Cisalhamento Direto ANU-100


60,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)
50,00

40,00
13,5 kPa
30,00
25 kPa
20,00 50 kPa
10,00 100 kPa

0,00
0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0 2,4 2,8 3,2 3,6 4,0 4,4 4,8 5,2 5,6 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

Variação de Altura ANU-100


6,00

5,00
Expansão (mm)

4,00
13,5 kPa
3,00
25 kPa
2,00 50 kPa
100 kPa
1,00

0,00
0,0 0,4 0,8 1,2 1,6 2,0 2,4 2,8 3,2 3,6 4,0 4,4 4,8 5,2 5,6 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

O gráfico do ensaio de cisalhamento direto ilustra que baixas tensões normais resultam em
baixas tensões de cisalhamento. Conforme a tensão normal é elevada, a tensão de
cisalhamento também é acrescida de forma proporcional à tensão normal aplicada. Entretanto,
a variação da altura da amostra se comporta de forma inversa, sendo que, quanto menor a
tensão normal maior a variação de altura. As tensões normais elevadas reduzem a variação da
altura, pois se aumenta a restrição ao movimento dos grãos na vertical, forçando os grãos a
passarem mais próximos uns dos outros, causando maior atrito. Assim, quanto maior a tensão
normal, menor a variação de altura e consequentemente maior a tensão de cisalhamento.

As variáveis, tensão normal e tensão cisalhante máxima, foram correlacionadas em gráfico,


sendo que, a ligação dos pontos definidos pelas duas tensões forma a envoltória de ruptura. Os
gráficos de todas as composições granulométricas (ANC-25, ANC-33, AND-50 e ANU-100)

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 70

secas em estufa foram apresentados na Figura 4.2. A inclinação desta reta indica o ângulo de
atrito e o ponto de interseção no eixo y (tensão cisalhante) representa a coesão. Entretanto,
como a amostra ensaiada é uma areia, a coesão foi considerada como zero.

Figura 4.2 – Envoltória de ruptura das quatro composições granulométricas secas em estufa

ANC-25 ANC-33
70 70
60 60
y = 0,6483x y = 0,5896x
50 R² = 0,9732 50 R² = 0,9494

τ ( kPa)
40 40
τ (kPa)

30 30
20 20
10 10
0 0
0 50 100 0 50 100
σ (kPa) σ (kPa)

AND-50 ANU-100
70 70
60 60
50 50
y = 0,5966x y = 0,5407x
τ (kPa)

40 40
τ (kPa)

R² = 0,9681 R² = 0,9139
30 30
20 20
10 10
0 0
0,00 50,00 100,00 0,00 50,00 100,00
σ (kPa) σ (kPa)

Assim como realizado com a areia seca em estufa, o cisalhamento direto também foi aplicado
nas areias com o “carrinho” preenchido com água, chamada de situação inundada. Foram
feitos os gráficos de cisalhamento direto em função do deslocamento para as quatro tensões
normais aplicadas durante o ensaio, bem como, o gráfico com variação de altura da mesma
amostra, da mesma forma realizada para a areia seca em estufa. Estes gráficos podem ser
observados no Apêndice C. A partir das tensões cisalhantes máximas de cada tensão normal,
foram traçadas as envoltórias de ruptura dessas areias inundadas estão apresentadas na Figura
4.3.

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
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de argamassas 71

Figura 4.3 – Envoltória de ruptura das quatro composições granulométricas inundadas

ANC-25 ANC-33
70 70
60 y = 0,6452x 60 y = 0,6123x
50 R² = 0,9637 R² = 0,9828
50

τ ( kPa)
40
τ (kPa)

40
30 30
20 20
10 10
0 0
0 50 100 0 50 100
σ (kPa) σ (kPa)

AND-50 ANU-100
70 70
60 60
50 y = 0,6025x 50
y = 0,5652x
τ (kPa)

τ (kPa)

40 R² = 0,9942 40 R² = 0,9747
30 30
20 20
10 10
0 0
0,00 50,00 100,00 0,00 50,00 100,00
σ (kPa) σ (kPa)

Em todos os ensaios de cisalhamento direto, o coeficiente de determinação (R²) da envoltória


de ruptura apresentou valor superior a 0,91 para as areias secas e 0,96 para as areias
inundadas, demonstrando a confiabilidade da execução do ensaio e dos dados obtidos. A
partir das envoltórias de ruptura das composições granulométricas determinou-se o ângulo de
atrito de cada uma das situações, conforme apresentado na Tabela 4.3. Ainda, para facilitar a
interpretação e a comparação do comportamento das areias, todas as envoltórias foram
traçadas em um mesmo gráfico, conforme pode ser observado na Figura 4.4.

Tabela 4.3 – Ângulo de atrito (Φ) das areias secas e inundadas


Amostra Φ – seca em estufa Φ – inundada
ANC-25 33º 33º
ANC-33 31º 31º
AND-50 31º 31º
ANU-100 28º 29º

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Figura 4.4 – Envoltória de ruptura de todas as composições granulométricas secas e inundadas

70

60
ANC-25 S
50
ANC-33 S
40 AND-50 S
τ (kPa)

30 ANU-100 S
ANC-25 I
20
ANC-33 I
10 AND-50 I
ANU-100 I
0
0 20 40 60 80 100
σ (kPa)

Analisando-se a Figura 4.4, com todas as envoltórias de ruptura, e a Tabela 4.3, com os
ângulos de atrito, é possível observar que independente da amostra estar seca em estufa ou
inundada, a areia normalizada uniforme (ANU-100) apresentou a menor inclinação da reta e,
consequentemente, o menor ângulo de atrito. As amostras ANC-33 e AND-50 apresentaram
nas duas situações valores similares com variação inferior a um grau. A amostra ANC-25
apresentou a maior inclinação da reta e, consequentemente, o maior ângulo de atrito.

Os resultados mostram que a variação dos ângulos de atrito para uma mesma amostra em
diferentes umidades (seca em estufa e inundada) é desprezível, demonstrando que a
poropressão não exerce influência neste tipo de amostra. Entretanto, se a amostra apresentasse
granulometria mais fina a poropressão passaria a atuar, como pode ser observado em amostras
de solo. A poropressão ocorre quando a água não consegue drenar entre meio aos grãos,
causando assim uma força sucção (PINTO, 2006).

Os valores obtidos para os ângulos de atrito das amostras mantiveram o mesmo


comportamento de outras propriedades como massa unitária, fator de empacotamento,
porosidade e índice de vazios, visto que, todas essas propriedades são dependentes do volume
de vazios da amostra, assim como o ângulo de atrito. Amostras como maior volume de vazios
apresentam um maior afastamento das partículas, proporcionando um menor ângulo de atrito
entre os grãos, como pode ser observado na Figura 4.5.

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de argamassas 73

Figura 4.5 – Correlação do índice de vazios com o ângulo de atrito das composições granulométricas

1,2

1
y = -0,0475x + 2,3341
Índice de vazios R² = 0,9172
0,8

0,6

0,4

0,2

0
27 28 29 30 31 32 33 34
Ângulo de atrito (º)

4.2. CARACTERIZAÇÃO DAS ARGAMASSAS NO ESTADO


FRESCO

As argamassas produzidas com as quatro areias com diferentes composições granulométricas


e preparadas com os três diferentes teores de água foram ensaiadas para determinação das
características da argamassa no estado fresco. Os resultados individuais destas análises estão
apresentados no Apêndice D e os valores médios compilados na Tabela 4.4.

Tabela 4.4 – Resultados médios da caracterização da argamassa


H (%) ANC-25 ANC-33 AND-50 ANU-100
19 2,04* 2,01 2,02 1,49
Densidade de massa (g/cm³) 23 2,04 2,00* 2,03* 1,90
29 1,95 1,96 1,94 1,91*
19 73* 81 59 61
Retenção de água (%) 23 59 59* 52* 68
29 51 46 52 53*
19 282* 250 257 196
Índice de Consistência (mm) 23 336 309* 324* 263
29 352 347 353 320*

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

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As argamassas ANC-25, ANC-33 e AND-50 apresentaram uma discreta redução da densidade


de massa quando aumentado o teor de água, como pode ser observado na Figura 4.6. Este
comportamento é proveniente da maior fluidez da argamassa, o que facilita a saída das bolhas
de ar formadas durante o processo de mistura. As três composições granulométricas
apresentaram densidades bem similares. Apenas a amostra ANU-100 apresentou
comportamento inverso, visto que possui granulometria muito fina, demandando uma
quantidade maior de água e de pasta para lubrificar as partículas que nestas dimensões
apresentam maior área específica.

A amostra ANU-100 tem como teor de água ideal 29%. Quando essa amostra foi moldada
com teores de água inferiores ao ideal, a mistura ficou muito seca, dificultando o adensamento
durante a moldagem. Ainda, devido esta amostra apresentar a granulometria uniforme,
apresenta também uma plasticidade inferior às demais. Conforme se aumentou o teor de água
dessa amostra, foi possibilitado o melhor adensamento na moldagem da argamassa nos
recipientes dos ensaios de densidade de massa, retenção de água e índice de consistência.

Figura 4.6 – Densidade de massa da argamassa das quatro composições granulométricas em função dos três
teores de água/materiais secos

2,20

2,00
Densidade de massa (g/cm³)

1,80

H=19%
1,60
H=23%
(*)
H=29%
1,40

1,20

1,00
ANC-25 ANC-33 AND-50 ANU-100

*Provavelmente este resultado está “falseado”, tendo em vista que a argamassa está fora
do campo de “argamassas plásticas”.

A argamassa produzida com a areia ANU-100, mesmo com o maior teor de água/materiais
secos foi a amostra que apresentou a menor densidade de massa da argamassa, como pode ser
observado com maior clareza na Figura 4.7. No ensaio de caracterização da areia esta mesma
amostra foi a que apresentou menor massa unitária. Este comportamento está diretamente
relacionado ao fato da amostra apresentar uma granulometria uniforme, dificultando a

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de argamassas 75

acomodação dos grãos. No trabalho de Mendes (2008), este mesmo comportamento é


identificado quando foram analisadas argamassas produzidas com agregado de granulometria
uniforme ou também chamada de monodispersão.

Figura 4.7 – Densidade de massa da argamassa das quatro composições granulométricas em função do teor de
água/materiais secos ideal de cada amostra

2,40

2,20
Densidade de massa (g/cm³)

2,00

1,80 H=19%
H=23%
1,60
H=29%

1,40

1,20

1,00
ANC-25 ANC-33 AND-50 ANU-100

Na análise da retenção de água da argamassa misturada com o menor teor de água (H=19%),
as argamassas com distribuição granulométrica contínua (ANC-25 e ANC-33) foram as
amostras que atingiram os maiores níveis de retenção da água de mistura, conforme
apresentado na Figura 4.8. Este comportamento pode ser observado devido estas amostras
apresentarem maior empacotamento das partículas, dificultando a saída da água. Para todas as
amostras, quando foi aumentado o teor de água, as argamassas apresentaram maior
dificuldade em reter a água. No trabalho de Cruz (2008), também foi observado que a areia
com distribuição granulométrica mais descontínua e fina produz argamassa com menor
densidade de massa.

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Figura 4.8 – Retenção de água da argamassa das quatro composições granulométricas em função dos três teores
de água/materiais secos

90

80

70
Retenção de água (%)

60

50 H=19%
H=23%
40
H=29%
30

20

10

0
ANC-25 ANC-33 AND-50 ANU-100

As amostras com granulometria contínua (ANC-25 e ANC-33), quando misturadas com o


maior teor de água/materiais secos (H=29%), apresentaram baixa capacidade de retenção de
água. Este comportamento ocorre em virtude do teor de água/materiais secos ideal nestas
amostras ser menor. Assim, este excedente de água fica “livre”, reduzindo a capacidade de
retenção de água.

O gráfico com a retenção de água das argamassas produzidas com o teor de água/materiais
secos ideal deixa mais claro que as distribuições granulométricas descontínua (AND-50) e
uniforme (ANU-100) apresentaram maior dificuldade em reter a água, como pode ser
observado na Figura 4.9.

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de argamassas 77

Figura 4.9 – Retenção de água da argamassa das quatro composições granulométricas em função do teor de
água/materiais secos ideal de cada amostra

80

70

60
Retenção de água (%)

50
H=19%
40
H=23%

30 H=29%

20

10

0
ANC-25 ANC-33 AND-50 ANU-100

A Figura 4.9, de forma similar aos resultados apresentados por Cruz (2008), demonstra que as
areias mais finas demandam maior quantidade de água e posteriormente apresentam uma
retenção de água inferior às outras argamassas. Ainda, é possível observar que a maior
descontinuidade da distribuição granulométrica propicia uma dificuldade na retenção de água.

O gráfico do índice de consistência (Figura 4.10) demonstra de forma clara que na medida em
que se aumenta o teor de água/materiais secos na mistura da argamassa, se aumenta o índice
de consistência para todas as amostras.

Figura 4.10 – Índice de consistência da argamassa das quatro composições granulométricas em função dos três
teores de água/materiais secos

400

350
Índice de Consistência (mm)

300

250
H=19%
200
H=23%

150 H=29%

100

50

0
ANC-25 ANC-33 AND-50 ANU-100

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As argamassas apresentaram índice de consistência moderado (≥250 mm), com exceção da


amostra ANU-100 no menor teor de água (H=19%). O baixo índice de consistência observado
para a amostra ANU-100 deve-se à maior finura do agregado, necessitando de maior
quantidade de água que as demais amostras. Quando aplicado o teor de água intermediário
(H=23%), três amostras apresentaram índice de consistência superior a 300 mm, sendo que a
única amostra que apresentou índice inferior foi a amostra de distribuição granulométrica
uniforme. Quando as amostras foram homogeneizadas com o maior teor de água (H=29%),
cada uma das distribuições granulométricas apresentou o maior valor entre os seus índices de
consistência, variando entre 352 mm e 320 mm. Novamente, a amostra ANU-100 apresentou
o menor índice entre as amostras, pelos mesmos motivos já evidenciados anteriormente.
Assim, quando analisados diferentes teores de água/materiais secos é possível verificar a
influência do tipo de distribuição granulométrica da amostra (contínua, descontínua e
uniforme). No entanto, quando é analisado apenas o teor de água/materiais secos ideal de cada
amostra é possível verificar a influência da finura da amostra, conforme observado na
Figura 4.11.

Figura 4.11 – Índice de consistência da argamassa das quatro composições granulométricas em função do teor de
água/materiais secos ideal de cada amostra

340

320
Índice de Consistência (mm)

300

280 H=19%
H=23%
260
H=29%

240

220

200
ANC-25 ANC-33 AND-50 ANU-100

A amostra ANC-25 com o teor de água/materiais secos ideal apresentou o menor índice de
consistência, visto que é a amostra mais grossa, sendo a única que possui em sua composição
grãos com dimensão superior a 1,2 mm. Conforme as amostras ficaram mais finas houve uma
tendência de aumento do índice de consistência das argamassas. No entanto, a argamassa
ANU-100 não apresentou o maior índice de consistência devido ao fato de que com este teor

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
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de argamassas 79

de água (H=29%), esta argamassa apresenta elevado nível de exsudação, como pode ser
observado na Figura 4.12, dificultando o comportamento da argamassa como um fluido.

Figura 4.12 – Amostra ANU-100 com elevada exsudação

As argamassas com areias de distribuição granulométrica contínua (ANC-25 e ANC-33)


apresentaram maior capacidade de retenção de água por serem amostras mais compactadas
(maior acomodação dos grãos). Por esse mesmo fato, estas argamassas apresentaram maior
resistência ao movimento, obtendo-se assim índices de consistência menores. As argamassas
com areias descontínua e uniforme (AND-50 e ANU-100) apresentam um menor
empacotamento e se comportaram de forma inversa, apresentando menor retenção e maiores
índices de consistência. Esta correlação da retenção de água com o índice de consistência das
argamassas produzidas com o teor de água/materiais secos ideal pode ser observado na
Figura 4.13.

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Figura 4.13 – Correlação da retenção de água com o índice de consistência das argamassas misturadas como o
teor de água/materiais secos ideal

80,00

Retenção de água (%) 70,00

60,00
y = -0,507x + 215,72
R² = 0,9967
50,00

40,00

30,00
270,00 280,00 290,00 300,00 310,00 320,00 330,00
Índice de consistência (mm)

Além da correlação do índice de consistência com a retenção de água da argamassa, as


propriedades das argamassas produzidas com o teor de água/materiais secos ideal foram
analisadas em função das propriedades das areias estudas com diferentes composições
granulométricas. Nestas análises, a única correlação encontrada foi da densidade de massa das
argamassas produzidas com teor de água/materiais secos ideal com a porosidade das areias de
diferentes composições granulométricas, como pode ser observado na Figura 4.14.

Figura 4.14 – Correlação da densidade de massa da argamassa no estado fresco com a porosidade das areias com
diferentes composições granulométricas

2,06

2,04
Densidade de massa (g/cm³)

2,02

2,00

1,98 y = -2,0365x + 2,9439


R² = 0,995
1,96

1,94

1,92

1,90
43% 44% 45% 46% 47% 48% 49% 50% 51%
Porosidade (%)

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A porosidade é uma propriedade influenciada pela distribuição granulométrica e pela forma


dos grãos, de modo que, a correlação apresentada na Figura 4.14 ocorre em virtude da
porosidade da areia ser definida em função da quantidade de vazios apresentados na amostra.
Esta correlação também pode ser observada no trabalho de Salvador (2005). As areias com
maior índice de vazios quando misturadas com a pasta produzem argamassas com menor
densidade de massa. Neste mesmo sentido, Angelim (2000) demonstrou que quanto maior o
volume de vazios maior a quantidade de pasta demandada.

Para as argamassas estudadas, com as areias de diferentes composições granulométrica e os


três teores de água, foi calculado o teor das fases, conforme descrito no capítulo 3 de
metodologia, que está representado graficamente na Figura 4.15, onde também consta a
percentuais de volume de cada fase.

Figura 4.15 – Distribuição de fases de argamassas produzidas com as quatro areias de diferentes composições
granulométricas

H=19% H=23% H=29%


100%

24,0%
32,9% 32,3% 32,4%
80% 37,7% 36,9% 37,3% 34,9%
43,5% 43,4% 43,2% 42,7%

3,6% 5,0% 4,7% 0,5% 2,3% 1,3%


60% 4,0% 4,0% 4,0% 29,4% 3,9% 7,4% 0,2% 0,1% 0,8% 1,8%
3,9% 3,9% % de água
6,8% 6,7% 6,7% 6,6% 3,7% 3,6% 3,6% 3,6% 3,5%
6,5% 6,5%
6,1% 6,0% 6,0% 6,0% 5,9% % de teor de ar
3,0%
40% 5,0% % de cal
% de cimento
52,7% 52,1% 52,1% 51,3% 50,5% 50,9% 47,9% % de areia normal
46,7% 46,9% 46,4% 46,1%
20% 38,7%

0%

De forma correlata com a densidade, as argamassas ANC-25, ANC-33 e AND-50


apresentaram redução do teor de ar conforme foi aumentada a quantidade de água de mistura
nas amostras. Este comportamento pode ser observado devido ao fato de que a maior
quantidade de água proporciona uma redução da viscosidade da mistura, reduzindo a
capacidade da pasta de manter essas bolhas incorporadas de forma estável.

A amostra ANU-100 comportou-se de forma inversa quando aumentada a quantidade de água.


Como esta amostra é composta granulometricamente por partículas com distribuição entre 0,6

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
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de argamassas 82

a 0,3 mm, é necessária uma maior quantidade de pasta. A argamassa produzida com a menor
relação de água/materiais secos (H=19%) foi a que apresentou maior teor de ar, pelo fato da
mistura ter ficado com consistência seca. A redução desse ar aprisionado dependia da
utilização uma energia de adensamento maior que a empregada em todas as amostras, devido
a baixa plasticidade da argamassa. Quando aumentada a quantidade de água, a amostra passou
a ter uma consistência mais fluida. Entretanto, a plasticidade da argamassa ficou
perceptivelmente áspera. Mesmo com esse aspecto áspero a mistura apresentou maior
facilidade de moldagem, reduzindo assim o teor de ar.

4.3. CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DAS ARGAMASSAS

4.3.1. Squeeze-flow

A Figura 4.16 ilustra a influência dos três teores de água na reologia das argamassas em cada
uma das composições granulométricas estudadas, ensaiadas pelo método squezze-flow. O teor
ideal de água/materiais secos de cada composição granulométrica está identificado por um
asterisco na legenda (*).

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 83

Figura 4.16 – Curvas de carga em função do deslocamento, obtidas no ensaio de squeeze-flow em função da
composição granulométrica

ANC-25 ANC-33
250 250

200 200
Carga (N)

Carga (N)
150 150

100 100

50 50

0 0
0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)

H=19% 0,1mm/s* H=19% 3mm/s* H=19% 0,1mm/s H=19% 3mm/s


H=23% 0,1mm/s H=23% 3mm/s H=23% 0,1mm/s* H=23% 3mm/s*
H=29% 0,1mm/s H=29% 3mm/s H=29% 0,1mm/s H=29% 3mm/s

AND-50 ANU-100
250 250

200 200
Carga (N)

Carga (N)

150 150

100 100

50 50

0 0
0 2 4 6 8 10 0 2 4 6 8 10
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)

H=19% 0,1mm/s H=19% 3mm/s H=19% 0,1mm/s H=19% 3mm/s


H=23% 0,1mm/s* H=23% 3mm/s* H=23% 0,1mm/s H=23% 3mm/s
H=29% 0,1mm/s H=29% 3mm/s H=29% 0,1mm/s* H=29% 3mm/s*

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

Na Figura 4.16 é possível observar que a variação do teor de água/materiais secos em todas as
composições granulométricas apresentou o mesmo comportamento. No início do ensaio todas
as amostras passaram rapidamente pelo comportamento elástico, sendo que apenas algumas
amostras entraram no segundo estágio. As amostras misturadas com o menor teor de água
apresentaram um enrijecimento mais rápido (terceiro estágio). Este comportamento é

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 84

evidenciado pela parte exponencial do gráfico onde a amostra apresenta maior resistência ao
fluxo. Em todas as composições estudas, conforme se aumentou a relação água/materiais
secos o gráfico apresentou uma maior deformação radial elongacional, causada pela
compressão. Nestas situações as amostras permaneceram por um período maior no segundo
estágio.

Quando a amostra foi ensaiada na velocidade maior (3 mm/s), essa argamassa tendeu a se
comportar mais facilmente como um fluido homogêneo. Entretanto, quando a amostra já
estava propícia a segregar e foi espremida com uma velocidade mais lenta (0,1 mm/s), a
amostra comportou-se como uma composição bifásica, separando a pasta do agregado. A
pasta escoou pela estrutura rígida formada pelos grãos, e assim, esses grãos perderam a sua
lubrificação, gerando grande atrito entre eles durante o movimento imposto pela compressão
da amostra.

Na Figura 4.16 observa-se que, em geral, as argamassas ensaiadas mais lentamente


apresentaram um enrijecimento mais rápido. Quando estas amostras foram ensaiadas com
uma velocidade maior, observou-se um aumento na deformação e só depois ocorreu o
enrijecimento. O afastamento entre esses dois gráficos indica que a amostra apresenta uma
considerável resistência à segregação. Quando o gráfico da velocidade alta (3mm/s) se
aproxima do gráfico da velocidade menor (0,1 mm/s) indica uma maior facilidade de
segregação da amostra.

A amostra ANC-25, entre todas as amostras, é a que apresentou uma composição


granulométrica mais grossa e, consequentemente, demandou menor quantidade de água
(H=19%). O gráfico deste teor de água para as duas velocidades ensaiadas apresenta um
afastamento considerável. Entretanto, quando analisado os outros teores, as curvas se
aproximam pela influência da segregação das amostras com excesso de fluidez.

As amostras ANC-33 e AND-50 são as amostras com o teor de água/materiais secos igual a
23%, assim as duas amostras mesmo quando ensaiadas com o teor maior (H=29%) ou com o
teor menor (H=19%) apresentaram menor restrição ao fluxo conforme a quantidade de água,
mas não apresentaram tendência à segregação. Esse comportamento das amostras é
compreendido pelo fato destas amostras apresentarem boa distribuição granulométrica.

A amostra ANU-100 possui uma granulometria muito fina e uniforme demandando o maior
teor de água/materiais secos de todos os traços estudados. Obviamente, quando ensaiada com
quantidades de água menores, o material não apresentou fluidez e maior resistência ao fluxo,

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 85

mesmo quando ensaiada em velocidade alta. A amostra ensaiada com o teor de água ideal
apresentou uma curva similar às das outras composições granulométricas. Entretanto, a curva
da velocidade alta (3 mm/s) ficou próxima da curva da velocidade baixa (0,1 mm/s) pelo fato
de que apesar da amostra demandar grande quantidade de água, a granulometria contínua não
consegue reter essa quantidade de água dentro do fluido, ocorrendo a segregação com
facilidade.

As curvas dos ensaios de squeze-flow também foram agrupadas em função dos três teores de
água/materiais secos, como pode ser observado na Figura 4.17, Figura 4.18 e Figura 4.19.

Figura 4.17 – Curvas de carga em função do deslocamento, obtidas no ensaio de squeeze-flow para H=19%

250

ANC-25 0,1mm/s*
200
ANC-25 3mm/s*
Carga (N)

150 ANC-33 0,1mm/s

ANC-33 3mm/s
100
AND-50 0,1mm/s

50 AND-50 3mm/s

ANU-100 0,1mm/s
0
0 2 4 6 8 10 ANU-100 3mm/s
Deslocamento (mm)

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

Para o teor de água/materiais secos da Figura 4.17, a amostra ANC-25 demonstrou-se


consideravelmente mais fluida. Já as amostras ANC-33 e AND-50 apresentaram
comportamento bastante similar. A amostra ANU-100 apresentou alto valor de carga para um
pequeno deslocamento, evidenciando que a argamassa estava muito seca e “magra” (com
baixa plasticidade). Na prática, essa argamassa seria a que apresentaria maior dificuldade de
aplicação.

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 86

Figura 4.18 – Curvas de carga em função do deslocamento, obtidas no ensaio de squeeze-flow para H=23%

250

ANC-25 0,1mm/s
200
ANC-25 3mm/s
Carga (N)

150 ANC-33 0,1mm/s*

ANC-33 3mm/s*
100
AND-50 0,1mm/s*

50 AND-50 3mm/s*

ANU-100 0,1mm/s
0
0 2 4 6 8 10 ANU-100 3mm/s
Deslocamento (mm)

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

Para o teor de água/materiais secos de 23%, apresentado na Figura 4.18, da mesma forma que
ocorreu na análise anterior, a amostra ANC-25 foi a que apresentou maior plasticidade em
função da sua granulometria, seguida pela amostra ANC-33 e AND-50. A amostra ANC-33
foi a que apresentou menor tendência de segregação, também justificada pela sua
granulometria. A amostra ANU-100, assim como verificado no teor anterior, apresentou
consistência e plasticidade muito seca e “magra”, representada pelo rápido enrijecimento da
amostra (terceiro estágio).

Figura 4.19 – Curvas de carga em função do deslocamento, obtidas no ensaio de squeeze-flow para H=29%

1000
900
ANC-25 0,1mm/s
800
700 ANC-25 3mm/s
Carga (N)

600 ANC-33 0,1mm/s


500
ANC-33 3mm/s
400
300 AND-50 0,1mm/s

200 AND-50 3mm/s


100
ANU-100 0,1mm/s*
0
0 2 4 6 8 10 ANU-100 3mm/s*
Deslocamento (mm)

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
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de argamassas 87

Quando aplicado o maior teor de água/materiais secos (H=29%), todas as amostras ficaram
bastante fluidas (Figura 4.19), mas em função da granulometria de cada uma delas, os
comportamentos foram distintos. A amostra ANU-100 apresentou consistência fluida, mas
ainda com uma baixa plasticidade (magra), a qual só seria alterada se fosse acrescido à ela
uma quantidade de finos adequada (mais ligante ou finos inertes) ou fosse inserido algum
aditivo plastificante. A proximidade da curva ANU-100 3 mm/s com a curva ANU-
100 0,1 mm/s demonstra o alto nível de exsudação da amostra.

É possível observar ainda que a amostra ANC-25 apresentou um considerável nível de


exsudação. As amostras ANC-33 e AND-50 apresentaram o maior nível de plasticidade. A
amostra ANC-33, assim como no teor anterior, foi a amostra que apresentou maior
homogeneidade.

A Figura 4.20 demonstra as composições granulométricas misturadas com o teor de


água/materiais secos ideal de cada amostra.

Figura 4.20 – Curvas de carga em função do deslocamento, obtidas no ensaio de squeeze-flow para teor de
água/materiais secos ideal

Relação água/materiais seco ideal


1000 ANC-25 H=19% 0,1mm/s*
900
ANC-25 H=19% 3mm/s*
800
700 ANC-33 H=23% 0,1mm/s*
Carga (N)

600
500 ANC-33 H=23% 3mm/s*

400 AND-50 H=23% 0,1mm/s*


300
200 AND-50 H=23% 3mm/s*

100
ANU-100 H=29% 0,1mm/s*
0
0 2 4 6 8 10 ANU-100 H=29% 3mm/s*
Deslocamento (mm)

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

Como determinado no estudo piloto apresentado no Apêndice A, cada composição


granulométrica estudada possui um teor de água/materiais secos ideal. Quando estes
resultados são plotados em um mesmo gráfico, é possível observar que as curvas das quatro
amostras para a velocidade 0,1 mm/s são muito próximas, demonstrando a eficiência da
determinação da quantidade de água pelo feeling do profissional pedreiro experiente.

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D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 88

Analisando-se as curvas das amostras ensaiadas na velocidade mais rápida (3 mm/s), é


possível observar que diferentes composições granulométricas podem ser dosadas em função
dos teores de água/materiais secos para equiparar o comportamento de um material com o
outro. Entretanto, características como a plasticidade e resistência à segregação e exsudação
dependem da composição granulométrica da mistura.

Quando se analisa a quantidade de água, granulometria e as curvas do ensaio do squeeze-flow


é possível observar que a amostra ANU-100 apresenta alta segregação devido a deficiência da
distribuição granulométrica. As demais amostras apresentaram comportamento similar para o
teor de água/materiais secos ideal, sendo que a amostra ANC-33 demonstrou ser a mais
plástica e homogênea entre as três, já que apresenta uma granulometria mais fina que a ANC-
25 e mais bem distribuída que a AND-50. Entretanto, a ANC-25 foi a amostra que precisou da
menor quantidade de água para apresentar esse comportamento.

4.3.2. Cisalhamento Direto

As argamassas com as quatro areias de diferentes composições granulométricas combinadas


com os três teores de água/materiais secos foram submetidas ao ensaio de cisalhamento
direto. Para o cisalhamento das amostras de argamassa foram utilizadas as mesmas tensões
normais utilizadas para o ensaio de cisalhamento realizado nas amostras de areia (13,5 kPa;
25 kPa; 50 kPa e 100 kPa), totalizando 48 ensaios de cisalhamento para as argamassas no
estado fresco. Para cada uma das tensões normais determinou-se a tensão de cisalhamento. O
gráfico com as quatro tensões cisalhantes em função das tensões normais foram separados em
função da composição granulométrica e ilustrados na Figura 4.21. As planilhas de ensaio de
cisalhamento direto na argamassa, assim como os gráficos da tensão normal em função da
tensão cisalhante estão apresentados no Apêndice E.

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 89

Figura 4.21 – Envoltória de ruptura em função da composição granulométrica

ANC-25 ANC-33

70 70
60 60
50 50
τ (kPa)

τ (kPa)
40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
0,00 50,00 100,00 0,00 50,00 100,00
σ (kPa) σ (kPa)
H=19%* H=23% H=29% H=19% H=23%* H=29%

AND-50 ANU-100

70 70
60 60
50 50
τ (kPa)

τ (kPa)

40 40
30 30
20 20
10 10
0 0
0,00 50,00 100,00 0,00 50,00 100,00
σ (kPa) σ (kPa)
H=19% H=23%* H=29% H=19% H=23% H=29%*

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

Na Figura 4.21 é possível observar que a variação do teor de água/materiais secos nas
amostras ANC-25, ANC-33 e AND-50 apresentou o mesmo comportamento. Quanto maior o
teor de água/materiais secos menor foi a inclinação da reta, obtendo-se um menor ângulo de
atrito e uma menor coesão.

Quando as amostras foram ensaiadas com uma maior quantidade de água, apresentaram
menor restrição ao fluxo, necessitando de uma menor tensão cisalhante para romper a
amostra.

O ensaio de cisalhamento direto mostrou ser sensível para identificar esse comportamento da
argamassa de forma análoga ao ensaio do squeeze-flow. Entretanto, quando analisado o

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 90

gráfico da amostra ANU-100 as envoltórias não apresentaram um comportamento lógico e


também não foi possível a comparação com o ensaio do squeeze-flow. Acredita-se que não foi
possível caracterizar esta amostra devido sua consistência muito seca. Assim, para o molde
que foi utilizado (50 mm x 50 mm), o equipamento se limitou a caracterizar apenas
argamassas plásticas. A amostra ANU-100 com os teores de água/materiais secos igual a 19%
e 23% já havia apresentado dificuldades de caracterização em outros ensaios, como no de
densidade de massa, devido à dificuldade de adensamento na moldagem. Acredita-se que um
fator que poderia proporcionar a caracterização de argamassas sem plasticidade seria a
utilização de uma caixa cisalhadora maior, pois facilitaria a acomodação de uma argamassa
com baixa plasticidade.

A partir dos gráficos da Figura 4.21 determinou-se a coesão da argamassa (ponto onde a curva
intercepta o eixo “y”) e também foi determinado o ângulo de atrito por meio da inclinação da
reta. Os dados de todas as amostras de argamassa estão expostos na Tabela 4.5.

Tabela 4.5 – Resultados de coesão e ângulo de atrito dos ensaios de ensaio de cisalhamento
Amostra H (%) c – Coesão (kPa) Φ – Ângulo de atrito (º)
19 1,06* 35,0*
ANC-25 23 0,61 32,1
29 -0,02 30,6
19 3,09 33,9
ANC-33 23 1,91* 33,7*
29 0,85 30,7
19 1,60 33,9
AND-50 23 1,30* 32,9*
29 1,1 32,1
19 6,54 28,2
ANU-100 23 8,45 29,5
29 4,32* 29,8*

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

Assim como na Figura 4.21, na Tabela 4.5 é possível verificar que o equipamento possibilitou
caracterizar as amostras por meio da análise dos valores de coesão e ângulo de atrito de modo
similar ao squeeze-flow. As envoltórias do ensaio de cisalhamento também foram agrupadas
em função dos três teores de água/materiais secos, como pode ser observado na Figura 4.22,
Figura 4.23 e Figura 4.24.

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D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 91

Figura 4.22 – Envoltória de ruptura para H=19%

70

60

50
τ (kPa)

40
ANC-25*

30 ANC-33
AND-50
20
ANU-100

10

0
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00
σ (kPa)

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

A amostra ANC-25, identificada no ensaio de índice de consistência e squeeze-flow como a


amostra mais fluida, de forma congênere ao resultado de cisalhamento direto, apresentou a
menor coesão. No entanto, mesmo esta amostra apresentando a menor coesão, apresentou o
maior ângulo de atrito interno entre as amostras, demonstrando que esta propriedade é muito
influenciada pela granulometria grossa da areia.

As amostras ANC-33 e AND-50 demonstraram comportamento similar, pois apresentaram o


mesmo ângulo de atrito. Mas assim como o índice de consistência, a coesão da amostra AND-
50 apresentou um valor levemente menor que da amostra ANC-33. A amostra ANU-100 não
apresentou um comportamento considerado lógico, visto que o ensaio de squeeze-flow já
havia identificado a amostra como seca e “magra”.

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Figura 4.23 – Envoltória de ruptura para H=23%

70

60

50

40
τ (kPa)

ANC-25

30 ANC-33*
AND-50*
20 ANU-100

10

0
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00
σ (kPa)

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

A Figura 4.23 demonstra que para a o teor de água/materiais secos igual a 23%, o ensaio de
cisalhamento direto apresentou sensibilidade para caracterizar as amostras ANC-25, ANC-33
e AND-50 com comportamento similar aos apresentados no ensaio de squeeze-flow. A
amostra ANC-25, com quantidade de água superior ao necessário, superou a influência da
granulometria e apresentou o menor ângulo de atrito entre as amostras. A amostra ANU-100
com este mesmo teor de água/materiais secos apresentou o mesmo comportamento da amostra
com o teor de água/materiais secos de 19%.

Figura 4.24 – Envoltória de ruptura para H=29%

70

60

50

40
τ (kPa)

ANC-25
ANC-33
30
AND-50

20 ANU-100*

10

0
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00
σ (kPa)

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

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de argamassas 93

Na Figura 4.24 é observado que, assim como identificado no squeeze-flow, quando aplicado o
maior teor de água/materiais secos (H=29%) todas as amostras ficaram bastante fluidas, mas
em função da granulometria de cada uma delas, os comportamentos foram distintos.

A amostra ANU-100, somente com esta quantidade de água (H=29%), que foi considerado o
teor de água ideal para esta argamassa, mostrou resultados coerentes, apresentando o menor
ângulo de atrito em virtude da granulometria uniforme.

Devido à elevada quantidade de água, as outras amostras apresentaram-se bastante fluidas e


com comportamento similar. A amostra ANC-25 apresentou coesão negativa, entretanto,
muito próxima de zero. A coesão foi considerada como zero, uma vez que esta amostra
apresentou como teor de água/materiais secos ideal o menor teor (H=19%). Quando misturada
com o maior teor de água/materiais secos, a mistura não se comportou mais como um fluido
de Bingham e sim com um fluido newtoniano, pois não apresentou coesão.

Figura 4.25 – Envoltória de ruptura para teor de água/materiais secos ideal

70

60

50

40
τ (kPa)

ANC-33*

30 AND-50*
ANC-25*
20 ANU-100*

10

0
0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00
σ (kPa)

A Figura 4.25 representa as amostras com teor de água/materiais secos ideal, ensaiadas pelo
ensaio de cisalhamento direto. Observou-se um comportamento próximo entre estas amostras,
de forma similar ao ensaio de squeeze-flow. Entretanto, o ensaio de cisalhamento direto
mostrou ser mais sensível às variações da composição granulométrica.

De forma geral, o ensaio de cisalhamento direto mostrou ser capaz de caracterizar


reologicamente as argamassas. Entretanto, uma desvantagem em relação ao ensaio de
squeeze-flow, é que não é possível perceber por meio do gráfico que a amostra está mais
susceptível à segregação e exsudação. O ensaio de cisalhamento direto, assim como o

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 94

Squeeze-flow que apresenta algumas limitações e intervalos de aplicabilidade (uso), nas


configurações estudadas, apresentou limitação em caracterizar amostras sem plasticidade.

4.4. CORRELAÇÕES E MODELO TEÓRICO

As propriedades determinadas na caracterização da argamassa foram analisadas em conjunto


com os resultados do ensaio de cisalhamento direto da argamassa. Para a realização destas
correlações não foram utilizados os resultados obtidos no cisalhamento direto da argamassa
ANU-100, pois devido à sua baixa plasticidade esta argamassa apresentou-se incompatível
com o método. O índice de consistência e a retenção de água das argamassas, que já haviam
se mostrado dependentes da distribuição granulométrica da areia, apresentaram correlação
com o ângulo de atrito da argamassa defino pelo ensaio de cisalhamento direto, como pode
ser observado na Figura 4.26.

Figura 4.26 – Envoltória de ruptura para teor de água/materiais secos ideal

35,5 35,5
Ângulo de atrito da argamassa (º)

Ângulo de atrito da argamassa (º)

35 35

34,5 34,5

34 34

33,5 33,5
y = -0,0498x + 49,049 y = 0,0994x + 27,777
R² = 0,9993 R² = 0,9944
33 33

32,5 32,5
270 280 290 300 310 320 330 50,00 60,00 70,00 80,00
Índice de consistência (mm) Retenção de água (%))

A correlação apresentada na Figura 4.26 comprova que o resultado da caracterização da


argamassa por meio do índice de consistência só afere um parâmetro do comportamento
reológico da argamassa. O índice de consistência da argamassa só se correlaciona com o
ângulo de atrito e não apresenta nenhuma correlação com os resultados de coesão, que
representa a tensão de escoamento. Os demais resultados da caracterização da argamassa não
apresentaram correlação com o ensaio de cisalhamento direto.

Os resultados do ensaio de cisalhamento direto das argamassas também foram comparados


com os resultados do ensaio de cisalhamento realizados apenas nas areias. No entanto, quando
estes resultados foram avaliados de modo abrangente (todas as amostras em um mesmo

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 95

grupo), não foi encontrada uma correlação direta entre os ensaios, assim como Mendes
(2008), que em seu trabalho buscou uma correlação entre o ângulo de atrito de esferas e o
comportamento reológico das argamassas produzidas com essas esferas, sendo que nenhuma
correlação foi observada também.

Entretanto, perante a falta de correlação previamente citado, no presente trabalho as amostras


de argamassas foram separadas em função do traço e da quantidade de água, de modo que foi
encontrada uma correlação no ângulo de atrito da areia com o ângulo de atrito da argamassa
em mesmas condições (mesmo traço e mesma quantidade de água), como pode ser visto na
Figura 4.27.

Figura 4.27 – Correlação do ângulo de atrito da argamassa em função do ângulo de atrito da areia

36
Ângulo de atrito da argamassa (°)

34 H= Ideal
y = -0,3495x2 + 22,174x - 318,04
32 R² = 0,9439
30
H=19%
y = -0,6211x2 + 39,202x - 584,15
28
R² = 0,9976
26
H=23%
24 y = -0,4847x2 + 30,299x - 439,97
R² = 0,9526
22
20 H=29%
28 30 32 34 y = -0,2327x2 + 14,474x - 193,6
R² = 0,6707
Ângulo de atrito da areia normal (°)

A Figura 4.27 demonstra que o ângulo de atrito determinado no ensaio de cisalhamento direto
da areia apresentou uma correlação com o ângulo de atrito determinado no ensaio de
cisalhamento da argamassa, quando as amostras foram separadas em função da quantidade de
água. O teor de 29% não apresenta correlação, pois pelo excesso de água causa um
afastamento considerável das partículas anulando a influência do contato entre elas.

Os resultados dos ensaios de cisalhamento direto realizados neste programa experimental


foram comparados com um método teórico apresentado na trabalho de Lu e Wang (2011),
desenvolvido para a análise da argamassa presente no concreto. O modelo matemático foi
desenvolvido realizando algumas simplificações, sendo elas: os agregados foram
considerados partículas rígidas, esféricas, secas e não coesivas; a pasta foi considerada um
material com propriedade reológica ideal sem alteração ao longo do tempo; o tamanho dos
agregados foi considerado como o diâmetro médio de cada faixa granulométrica e o teor de ar
da argamassa não foi considerado.

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 96

Lu e Wang (2011) apresentaram um modelo matemático para cálculo da distância média entre
as partículas (S). Esta distância foi calculada em função do diâmetro médio das partículas do
agregado (Do), da proporção de agregado na argamassa em volume (Vagr) e do volume de
vazios do agregado não compactado (Vv), conforme apresentado na Equação 4.1.

= 1− (4.1)

A partir da distância média entre as partículas foi possível calcular a tensão de escoamento
realtivo (CM/τP) pela Equação 4.2.

, ∗
= 20 ∗ +1 (4.2)

Quando as partículas apresentaram menor distância média, consequentemente a amostra


apresentou exponencialmente maior tensão de escoamento relativo. Pelas equações
apresentadas, pode ser deduzido que quanto maior o diâmetro médio das partículas do
agregado maior a distância média entre as partículas e, consequentemente, menor a tensão de
escoamento relativo.

Por meio da aplicação dessas equações nos resultados do ensaio de cisalhamento do presente
trabalho, foi possível observar que as amostras ensaiadas respeitaram essas condições, como
pode ser observado na Figura 4.28.

Figura 4.28 – Correlação da tensão de escoamento relativa em função do teor de água/materiais secos

21
Tensão de escoamento relativa (CM/τP)

R² = 1
20,995

20,99 R² = 0,9991 ANU-100

20,985 ANC-25
R² = 0,984

20,98 ANC-33

20,975 R² = 0,9891 AND-50

20,97
18 23 28
Relação água/materiais secos (%)

Na Figura 4.28 é possível observar que a amostra ANC-25 foi a que apresentou a menor
tensão de escoamento relativa em função do tamanho dos grãos da amostra. Quando foi
aumentada a quantidade de água, a tensão de escoamento relativo reduziu ainda mais. O

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 97

mesmo comportamento também foi observado para as outras amostras, exceto para a amostra
ANU-100 H=19%, pelo motivo já discutido em vários itens anteriores. Este comportamento
apresentado na Figura 4.28, isto é, quanto menor o diâmetro dos grãos, maior a tensão de
escoamento relativa, explica o fato de que, na prática, quando se busca uma mistura com
maior coesão é necessário maior quantidade de finos.

A distância média entre as partículas, juntamente com o ângulo de atrito do agregado (Φagr),
define o comportamento do ângulo de atrito da argamassa (Φarg), como pode ser observado
na Equação 4.3.

Φ#$% = &'()* + , ∗,
+ 0,1- ∗ )*Φ#%$ (4.3)

A equação apresentada por Lu e Wang (2011) não leva em consideração a influência da pasta.
Assim, seria impossível correlacionar o ângulo de atrito teórico da argamassa com todos os
ângulos de atrito determinados de forma experimental, pois as amostras foram ensaiadas com
diversas proporções de pastas. Assim, foi levado em consideração apenas o teor de
água/materiais secos ideais, como podem ser observados na Figura 4.29.

Figura 4.29 – Correlação entre ângulo de atrito teórico e experimental

36
Ângulo de atrito teórico (°)

35
34
33
32
y = 1,0793x - 2,8954
31
R² = 0,901
30
29
30 31 32 33 34 35 36
Ângulo de atrito experimental (°)

A Figura 4.29 apresenta alta correlação entre o ângulo de atrito determinado de forma teórico
e o ângulo de atrito determinado de forma experimental, demonstrando que os resultados
apresentados neste estudo experimental obedecem ao modelo matemático.

Lu e Wang (2011) ainda apresentaram um modelo matemático para o cálculo da tensão de


cisalhamento da argamassa (τarg) em função da distância média entre as partículas, ângulo de
atrito do agregado, tensão normal (σ) e tensão de cisalhamento da pasta (τp), conforme
mostrado na Equação 4.4.

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 98

.#$% = + , ∗,
∗ 0,1- ∗ )*Φ#%$ ∗ / + +1 + 20 ∗ , ∗, -
∗ .0 (4.4)

Estudos de reologia da pasta desenvolvidos por um grupo de pesquisadores do mesmo


laboratório (LABITECC) onde este trabalho foi realizado, analisaram uma pasta produzida
por materiais de mesmo lote e de mesmas proporções (traço) do material utilizado neste
trabalho e encontraram a tensão de escoamento de aproximadamente 1 Pa (CARVALHO et
al., 2013). As pastas foram produzidas com quantidade de água superior aos três teores
utilizados neste trabalho. Assim, para efeito de cálculo, foi adotado tensão de escoamento
igual a 1 Pa.

A partir de todos os dados foram calculados por meio do modelo matemático a tensão de
cisalhamento das 48 amostras ensaiadas e foi realizada a correlação com os resultados obtidos
de forma experimental, como pode ser observado na Figura 4. 30.

Figura 4.30 – Correlação entre as tensões de cisalhamento teórico e experimental

80
Tensão de cisalhamento experimental

70
y = 0,9427x - 16,773
60
R² = 0,9605
50
(kPa)

40
30
20
10
0
0 20 40 60 80 100
Tensão de cisalhamento teórico (kPa)

A Figura 4.30 demonstra que a tensão de cisalhamento determinada de forma teórica


apresentou alta correlação (R² = 0,9605) com a tensão de cisalhamento determinada de forma
prática, mostrando assim a confiabilidade do modelo matemático e também do ensaio de
cisalhamento direto. Entretanto, é possível observar ainda na Figura 4.30 que os valores
apresentaram o mesmo comportamento, mas não o mesmo valor numérico. Pelo apresentado,
fica evidenciada a necessidade de adequação desse modelo para argamassas mais fluidas,
vista que as argamassas de concreto apresentam uma quantidade de água menor.

R. C. ARAÚJO Capítulo 4
CAPÍTULO 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo são apresentadas as principais conclusões obtidas no presente estudo


experimental, bem como são listadas sugestões para futuras pesquisas relacionadas com o
tema.

5.1. CONCLUSÕES

Ao término desta dissertação, perante o programa experimental desenvolvido e os resultados e


correlações obtidos nesta pesquisa, demonstrou-se que o equipamento de ensaio de cisalhamento
direto, usual em caracterização de solos, é um método sensível e confiável para caracterização
reológica das argamassas plásticas. Os resultados apresentaram alta confiabilidade de um método
com execução relativamente simples. Desta forma, os objetivos traçados foram alcançados e
foram obtidos como principais conclusões:

As massas específicas e os índices de forma de diferentes composições


granulométricas foram similares, visto que, estas propriedades são inerentes aos
minerais que compõem a areia. A composição granulométrica influenciou em
propriedades que dependiam do volume de vazios, pois alterou a acomodação dos
grãos.
Quanto mais fina a areia, maior o volume de vazios e, consequentemente, menor o
ângulo de atrito. O aumento no volume de vazios propicia um maior afastamento entre
as partículas, reduzindo assim o contato (atrito) entre elas. Como estas amostras eram
de granulometria arenosa (granular e com baixo teor de finos), não sofreram influência
da poropressão.
A densidade de massa das argamassas no estado fresco demonstrou ser dependente do
teor de água. Quanto maior a quantidade de água, maior a fluidez, proporcionando
maior facilidade para a saída do ar aprisionado.
A capacidade de retenção de água das argamassas demonstrou ser influenciada pela
quantidade de água utilizada na mistura e pela granulometria da areia. Quanto melhor
a distribuição granulométrica (contínua) e mais fina a amostra, maior a retenção de
água.

R. C. ARAÚJO Capítulo 5
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 100

O índice de consistência das argamassas também foi influenciado pela granulometria e


pela quantidade de água. Quanto maior a quantidade de água, maior o índice, e quanto
mais fina era a amostra, maior a quantidade de água demandada e, consequentemente,
menor o índice de consistência.
As argamassas produzidas com areias de distribuição granulométrica contínua
apresentaram maior capacidade de retenção e menor índice de consistência. Já as
argamassas produzidas com areias descontínua e uniforme apresentaram menor
capacidade de retenção e maior índice de consistência, apresentando assim, uma alta
correlação entre estas propriedades para o teor de água materiais/secos ideal.
A densidade de massa das argamassas produzidas com o teor de água/materiais secos
ideal apresentou alta correlação com a porosidade das areias estudas com diferentes
composições granulométricas. Esta correlação deve-se ao fato de que a porosidade do
agregado é um fator dependente do volume de vazios que deverá ser preenchido pela
pasta, influenciado diretamente a densidade de massa da argamassa.
Por meio do ensaio de squeeze-flow, foi possível perceber que as argamassas com
menor quantidade de água apresentaram maior resistência ao fluxo. Além disso, as
composições granulométricas mais grossas demandaram menor quantidade de água.
Apesar das composições granulométricas mais finas demandarem maior quantidade de
água, quando a amostra era constituída por uma composição granulométrica uniforme,
maior foi a exsudação de água da amostra.
Por meio do squeeze-flow, foi possível concluir que a dosagem realizada pelo
profissional pedreiro experiente para obtenção do teor de água ótimo foi confiável.
Entretanto, conforme esperado, a dosagem de água alterou somente a consistência e
não influenciou a plasticidade.
O ensaio de cisalhamento direto, desenvolvido para análise de solos, demonstrou-se
eficiente para a caracterização reológica da argamassa por meio da determinação de
dois parâmetros: a coesão e o ângulo de atrito. Entretanto, o método demonstrou uma
sensibilidade ligeiramente menor que o squeeze-flow. Por meio deste método não foi
possível identificar a tendência à segregação da argamassa como detectado pelo
squeeze-flow, pela distância entre as curvas de diferentes tempos. Assim, o ensaio de
cisalhamento direto apresentou uma necessidade de adequação para caracterizar
argamassas com baixa plasticidade.

R. C. ARAÚJO Capítulo 5
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 101

O ângulo de atrito interno da areia apresentou uma correlação com o ângulo de atrito
da argamassa, no entanto, para amostras muito fluidas essa correlação deixou de
existir. O ângulo de atrito interno da areia não apresentou correlação com a coesão da
argamassa.
A tensão de escoamento relativa determinada por um modelo matemático apresentou
coerência quando analisado pela influência da composição granulométrica e da
quantidade de água. Argamassas com menor quantidade de água, assim como
argamassas contendo areias de granulometria mais fina, apresentaram maior tensão de
escoamento relativo, demonstrando maior resistência ao fluxo.
O valor calculado para o ângulo de atrito da argamassa e a tensão de cisalhamento por
meio de um modelo matemático apresentou correlação com os valores obtidos de
forma experimental.

5.2. SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

A referida dissertação teve como foco principal avaliar a viabilidade do emprego do ensaio de
cisalhamento direto. Entretanto, o método precisa ter sua sensibilidade e ter suas limitações
levantadas. A fim de aperfeiçoar e dar continuidade a esta pesquisa, seria interessante explorar
os seguintes pontos:

Avaliar a influência de algumas configurações diferentes do equipamento de


cisalhamento direto, como o tamanho e forma da caixa cisalhadora, além da
velocidade de cisalhamento.
Avaliar a influência da pasta no comportamento reológico da argamassa, para
verificação da sensibilidade do equipamento, por meio da variação da quantidade e
tipo de ligantes da argamassa, tensão de escoamento das pastas (o que proporciona
maior coesão na argamassa) e tempo de hidratação.
Verificar a sensibilidade do método para argamassa com diferentes composições por
meio da inserção de outros materiais que alteram o comportamento da argamassa,
como aditivos plastificantes e incorporadores de ar, adições minerais (fíler e
pozolânicas), além de fibras.

De forma geral, a sugestão para os trabalhos futuros e continuações é que cada um dos
fatores que interferem no comportamento reológico da argamassa seja isolado para
verificar como o equipamento de cisalhamento direto reporta a estas mudanças. Por fim,

R. C. ARAÚJO Capítulo 5
D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 102

comparar com métodos reológicos tradicionais, como realizado neste trabalho com o
squeeze-flow, e também com outros métodos como o reômetro rotacional.

R. C. ARAÚJO Capítulo 5
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R. C. ARAÚJO Referência
APÊNDICE A
ESTUDO PILOTO

Neste apêndice está apresentado o estudo piloto realizado, com o auxílio de um oficial
pedreiro, para a dosagem do teor de água/materiais secos ideal para cada uma das
distribuições granulométricas estudadas (ANC-25, ANC-3, AND-50 e ANU-100).

O objetivo deste estudo piloto foi determinar, de forma prática, a quantidade de água de
amassamento em função da sensibilidade do oficial pedreiro experiente, visto que, diferentes
distribuições granulométricas demandam diferentes quantidades de água. Assim, buscou-se o
teor de água/materiais secos ideal de cada mistura.

O estudo piloto foi desenvolvido como os mesmos materiais utilizados no programa


experimental da dissertação (areia normal, cimento Portland CP II F – 32 e cal hidratada CH-
I). Assim como o traço (1:0,5:7 – em massa) e as distribuições granulométricas produzidas
com areia normal (ANC-25, ANC-3, AND-50 e ANU-100).

Para a determinação do teor de água/materiais secos, os materiais que compõem o traço foram
pesados e entregues ao oficial pedreiro. Também foi fornecido ao profissional um recipiente
com determinada massa de água, assim como um recipiente para mistura e uma colher de
pedreiro (Figura A.1).

Figura A.1 – Materiais fornecidos ao profissional

R. C. ARAÚJO APÊNDICE A – Estudo Piloto


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 110

Foi solicitado ao profissional que utilizasse a quantidade mínima de água de amassamento


necessária para cada uma das quatro argamassas produzidas com diferentes composições
granulométricas, de forma a garantir uma boa trabalhabilidade [Figura A.2 (a)].

Em sequência, os mesmos materiais foram entregues ao profissional, entretanto, desta vez foi
solicitado ao profissional que dosasse a quantidade de água de amassamento máxima na
argamassa garantindo uma boa trabalhabilidade, sem perder o “ponto” para as quatro
composições granulométricas diferentes [Figura A.2 (b)].

Figura A.2 – Argamassas produzidas como mesmos materiais: (a) quantidade de água mínima; (b) quantidade de
água máxima

(a) (b)

Após a dosagem da água, as argamassas no estado fresco com diferentes composições


granulométricas foram submetidas à ensaios para determinação da densidade conforme
preconizado pela NBR13278 (ABNT, 2005) e do índice de consistência, seguindo as
orientações da NBR 13276 (ABNT, 2005) (Figura A.3).

Figura A.3 – Ensaios realizados: (a) índice de consistência; (b) densidade de massa da argamassa

(a) (b)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE A – Estudo Piloto


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 111

Para comprovar a trabalhabilidade das argamassas com a quantidade de água dosada pelo
oficial pedreiro (máxima e mínima), foi solicitado que o profissional aplicasse a argamassa
em bloco de concreto (Figura A.4).

Figura A.4 – Aplicação das argamassas produzidas

Durante a realização de todo o programa experimental foi aferida a temperatura ambiente, a


umidade relativa do ar, a temperatura da água de amassamento e a temperatura da argamassa.
Pode-se perceber que não houve alterações consideráveis nas temperaturas e na umidade
(Figura A.5).

Figura A.5 – Monitoramento de temperatura e umidade

A quantidade de água definida pela sensibilidade do pedreiro, mesmo para diferentes


composições granulométricas, proporcionou às argamassas índices de consistência similares,
como pode ser visto na Figura A.6 (a), com um valor médio de 30,3 cm.

R. C. ARAÚJO APÊNDICE A – Estudo Piloto


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 112

As argamassas apresentaram uma redução na densidade para a distribuição granulométrica


mais uniforme, como pode ser visualizado na Figura A.6 (b).

Figura A.6 – Resultados: (a) Índice de consistência; (b) Densidade de massa da argamassa

40 2,10
Índice de Consistência(cm)

Densidade (g/dm³)
H2O Mín
30 H2O Máx
H2O Mín. 2,00
20
H2O Máx.
1,90
10

0 1,80
25% 33% 50% 100% 25% 33% 50% 100%
Areia Normal Areia Normal

(a) (b)
De forma prática, baseado na sensibilidade experiente do pedreiro, a quantidade de água
aumentou em função da maior quantidade de finos e da distribuição granulométrica mais
uniforme, conforme Figura A.7. Os teores de água/materiais secos máxima e mínima,
determinado pelo oficial pedreiro estão apresentados na Tabela A.1.

Figura A.7 – Quantidade de água definida pelo pedreiro de forma prática


Quantidade de Água (Kg)

1,4

1,0
H2O Mín.
H2O Máx
0,6
25% 33% 50% 100%
Areia Normal

Tabela A.1 – Teor de água/materiais secos (H) máximos e mínimos


Amostra Hmín.(%) Hmáx.(%) Hmédio (%)
ANC-25 18,78 19,64 19,21
ANC-33 22,48 23,98 23,23
AND-50 20,48 23,43 21,95
ANU-100 27,03 30,31 28,67

Os teores de água/materiais secos médios de cada argamassa foram utilizados na pesquisa


como teores de água/materiais secos ideais. Entretanto, devido à proximidade dos valores das

R. C. ARAÚJO APÊNDICE A – Estudo Piloto


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 113

argamassas ANC-33 e ANC-50 a média do teor de água/materiais secos das duas argamassas
de 22,60% foi utilizada para as duas amostras. Na dissertação, o teor de água materiais secos
foram apresentados sem casas decimais por se tratar de porcentagem. Deste modo, os valores
dos teores de água/materiais secos ideais apresentados nesta dissertação foram os valores
mostrados na Tabela A.2.

Tabela A.2 – Teores de água/materiais secos ideais


Amostra Hideal(%)
ANC-25 19
ANC-33 23
AND-50 23
ANU-100 29

R. C. ARAÚJO APÊNDICE A – Estudo Piloto


APÊNDICE B
IMAGENS DOS GRÃOS

Neste apêndice estão apresentadas as imagens adquiridas por meio da lupa estereoscópica.

Figura B.1 – Grãos de areia normal com dimensões 1,2 mm ampliadas em 18X

R. C. ARAÚJO APÊNDICE B – Imagens dos Grãos


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 115

R. C. ARAÚJO APÊNDICE B – Imagens dos Grãos


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 116

Figura B.2 – Grãos de areia normal com dimensões 0,6 mm ampliadas em 18X

R. C. ARAÚJO APÊNDICE B – Imagens dos Grãos


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 117

Figura B.3 – Grãos de areia normal com dimensões 0,3 mm ampliadas em 30X

Figura B.4 – Grãos de areia normal com dimensões 0,15 mm ampliadas em 60X

R. C. ARAÚJO APÊNDICE B – Imagens dos Grãos


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 118

R. C. ARAÚJO APÊNDICE B – Imagens dos Grãos


APÊNDICE C
CISALHAMENTO DIRETO DAS AREIAS
(SECA E INUNDADA)

Neste apêndice estão apresentados os resultados, em planilhas e gráficos, do ensaio de


cisalhamento direto realizado na areia de diferentes composições granulométricas (ANC-25,
ANC-3, AND-50 e ANU-100). O ensaio foi realizado nas areias secas em estufas e nas areias
em situação inundada.

Tabela C.1 – Planilha de cisalhamento direto da areia seca realizado na amostra ANC-25

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 0,00 13,5 0,00 0,00 25 0,00 0,00 50 0,00 24,95 100
0,1 0,00 6,86 13,5 0,00 3,53 25 0,05 15,69 50 0,10 33,11 100
0,2 0,00 8,43 13,5 0,00 4,71 25 0,10 19,34 50 0,20 35,54 100
0,3 0,01 9,45 13,5 0,10 5,57 25 0,10 21,61 50 0,30 43,07 100
0,4 0,09 10,51 13,5 0,10 6,83 25 0,10 24,20 50 0,40 46,72 100
0,5 0,18 11,02 13,5 0,10 7,14 25 0,20 24,44 50 0,40 49,66 100
0,6 0,30 12,67 13,5 0,10 7,34 25 0,25 27,42 50 0,50 51,39 100
0,7 0,48 12,43 13,5 0,20 8,04 25 0,30 28,56 50 0,40 52,56 100
0,8 0,60 12,91 13,5 0,20 8,98 25 0,30 29,77 50 0,40 56,56 100
0,9 0,78 12,98 13,5 0,30 9,14 25 0,30 30,20 50 0,40 58,37 100
1,0 0,90 13,42 13,5 0,35 9,61 25 0,35 31,15 50 0,50 60,64 100
1,1 1,10 13,53 13,5 0,35 10,00 25 0,40 31,58 50 0,50 61,04 100
1,2 1,30 13,85 13,5 0,40 10,04 25 0,40 31,97 50 0,50 62,29 100
1,3 1,45 13,81 13,5 0,50 10,20 25 0,45 32,21 50 0,50 62,25 100
1,4 1,65 14,28 13,5 0,60 10,43 25 0,45 32,71 50 0,40 62,96 100
1,5 1,80 14,51 13,5 0,60 10,59 25 0,45 32,87 50 0,30 63,98 100
1,6 2,00 14,59 13,5 0,65 10,90 25 0,45 32,17 50 0,30 63,63 100
1,7 2,20 14,55 13,5 0,70 11,38 25 0,50 32,60 50 0,30 63,94 100
1,8 2,40 14,75 13,5 0,75 12,47 25 0,50 32,56 50 0,20 63,43 100
1,9 2,60 14,79 13,5 0,80 12,87 25 0,50 33,19 50 0,20 63,86 100
2,0 2,80 14,59 13,5 0,90 13,18 25 0,50 33,34 50 0,20 63,90 100
2,1 2,95 14,83 13,5 0,95 13,53 25 0,55 33,42 50 0,20 63,51 100
2,2 3,10 14,87 13,5 1,10 14,08 25 0,55 33,73 50 0,30 63,27 100
2,3 3,30 14,95 13,5 1,10 14,51 25 0,55 33,58 50 0,30 63,63 100
2,4 3,45 14,83 13,5 1,10 14,59 25 0,60 33,50 50 0,30 63,35 100
2,5 3,60 14,87 13,5 1,10 14,47 25 0,60 33,58 50 0,40 62,68 100
2,6 3,80 14,83 13,5 0,95 14,40 25 0,65 33,19 50 0,40 63,00 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 120

2,7 3,90 14,95 13,5 0,95 14,28 25 0,65 33,15 50 0,40 62,53 100
2,8 4,00 14,71 13,5 0,80 14,12 25 0,65 33,34 50 0,40 62,21 100
2,9 4,10 14,67 13,5 0,80 14,00 25 0,70 33,30 50 0,50 61,39 100
3,0 4,30 14,36 13,5 0,80 13,65 25 0,70 32,87 50 0,50 61,94 100
3,1 4,40 14,55 13,5 0,80 13,34 25 0,70 33,03 50 0,60 61,08 100
3,2 4,55 14,47 13,5 0,80 12,83 25 0,70 32,56 50 0,60 60,41 100
3,3 4,70 14,36 13,5 0,80 12,59 25 0,75 32,01 50 0,70 60,53 100
3,4 4,80 14,28 13,5 0,70 12,28 25 0,75 32,32 50 0,70 60,17 100
3,5 4,90 14,16 13,5 0,70 12,36 25 0,75 32,52 50 0,80 60,53 100
3,6 5,00 13,96 13,5 0,70 11,89 25 0,75 32,13 50 0,80 59,47 100
3,7 5,10 14,04 13,5 0,65 12,12 25 0,75 32,17 50 0,90 59,47 100
3,8 5,20 13,89 13,5 0,65 12,00 25 0,75 32,40 50 1,00 58,80 100
3,9 5,30 13,93 13,5 0,60 11,57 25 0,80 32,44 50 1,00 58,17 100
4,0 5,35 13,93 13,5 0,60 11,53 25 0,80 32,17 50 1,00 57,82 100
4,1 5,40 13,89 13,5 0,60 11,30 25 0,90 32,09 50 1,10 57,90 100
4,2 5,50 13,73 13,5 0,65 11,18 25 0,90 31,93 50 1,20 58,29 100
4,3 5,55 13,89 13,5 0,65 10,98 25 0,90 32,09 50 1,30 58,09 100
4,4 5,60 14,32 13,5 0,70 10,67 25 0,90 32,09 50 1,40 58,33 100
4,5 5,75 14,40 13,5 0,75 10,67 25 0,90 32,13 50 1,50 57,66 100
4,6 5,85 14,24 13,5 0,75 10,43 25 0,90 32,09 50 1,60 57,62 100
4,7 6,00 14,00 13,5 0,70 10,08 25 0,90 32,13 50 1,70 56,92 100
4,8 6,00 13,81 13,5 0,60 9,96 25 0,95 31,93 50 1,70 56,64 100
4,9 6,05 13,81 13,5 0,60 9,77 25 1,00 31,85 50 1,70 56,76 100
5,0 6,10 13,77 13,5 0,60 9,61 25 1,00 31,77 50 1,80 56,45 100
5,1 6,10 13,77 13,5 0,6 9,69 25 1,00 32,09 50 1,7 56,80 100
5,2 6,15 13,73 13,5 0,55 9,41 25 1,00 32,09 50 1,7 56,92 100
5,3 6,15 13,53 13,5 0,5 9,65 25 1,05 32,24 50 1,7 56,84 100
5,4 6,15 13,61 13,5 0,5 9,57 25 1,05 32,36 50 1,7 57,11 100
5,5 6,15 13,69 13,5 0,5 9,53 25 1,00 32,09 50 1,7 57,31 100
5,6 6,15 13,42 13,5 0,45 9,69 25 1,00 31,93 50 1,7 57,04 100
5,7 6,10 13,10 13,5 0,45 9,57 25 0,95 32,13 50 1,6 56,68 100
5,8 6,10 13,18 13,5 0,45 9,34 25 0,95 32,40 50 1,6 56,13 100
5,9 6,10 13,42 13,5 0,45 9,45 25 0,90 31,54 50 1,6 56,29 100
6,0 6,10 13,61 13,5 0,45 9,41 25 0,90 31,81 50 1,6 56,02 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
14,95 14,59 33,73 63,97
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 121

Figura C.1 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia seca – ANC-25

70,00

60,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,00,20,40,60,81,01,21,41,61,82,02,22,42,62,83,03,23,43,63,84,04,24,44,64,85,05,25,45,65,86,0
Deslocamento Cisalhante

7,00

6,00

5,00
Expansão (mm)

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 122

Tabela C.2 – Planilha de cisalhamento direto da areia seca realizado na amostra ANC-33

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 0,00 13,5 0,00 0,00 25 0,00 0,00 50 0,00 22,08 100
0,1 0,15 4,43 13,5 0,00 2,94 25 0,10 4,51 50 0,00 23,14 100
0,2 0,20 5,88 13,5 0,20 7,57 25 0,10 12,94 50 0,10 23,54 100
0,3 0,25 6,86 13,5 0,30 9,73 25 0,10 14,47 50 0,10 24,95 100
0,4 0,25 7,30 13,5 0,35 11,77 25 0,10 14,55 50 0,15 26,83 100
0,5 0,25 7,61 13,5 0,35 14,16 25 0,15 15,49 50 0,15 29,46 100
0,6 0,30 8,04 13,5 0,40 15,49 25 0,15 17,57 50 0,15 31,42 100
0,7 0,30 8,47 13,5 0,40 16,48 25 0,15 18,83 50 0,20 33,46 100
0,8 0,35 8,83 13,5 0,45 17,50 25 0,10 18,91 50 0,20 34,44 100
0,9 0,35 9,18 13,5 0,40 18,36 25 0,10 19,46 50 0,25 35,30 100
1,0 0,40 9,38 13,5 0,35 18,99 25 0,10 19,53 50 0,25 35,62 100
1,1 0,40 9,65 13,5 0,40 19,38 25 0,15 21,46 50 0,25 36,83 100
1,2 0,40 9,65 13,5 0,30 19,65 25 0,15 22,44 50 0,30 37,62 100
1,3 0,45 10,00 13,5 0,30 19,89 25 0,15 22,32 50 0,40 38,13 100
1,4 0,45 10,08 13,5 0,30 20,44 25 0,15 22,48 50 0,40 41,27 100
1,5 0,40 10,32 13,5 0,25 20,67 25 0,20 24,71 50 0,40 45,86 100
1,6 0,40 10,24 13,5 0,20 20,91 25 0,20 25,46 50 0,40 47,03 100
1,7 0,45 10,51 13,5 0,20 20,83 25 0,20 25,65 50 0,50 50,37 100
1,8 0,45 10,55 13,5 0,20 20,71 25 0,20 26,01 50 0,60 51,62 100
1,9 0,40 10,67 13,5 0,20 20,67 25 0,20 26,24 50 0,70 53,43 100
2,0 0,40 10,67 13,5 0,20 20,75 25 0,20 26,60 50 0,80 54,17 100
2,1 0,60 10,75 13,5 0,25 20,36 25 0,25 25,93 50 0,85 54,52 100
2,2 0,70 10,79 13,5 0,30 20,52 25 0,25 28,13 50 0,85 55,47 100
2,3 0,85 10,90 13,5 0,30 20,01 25 0,25 28,40 50 0,90 55,70 100
2,4 0,90 10,98 13,5 0,30 20,16 25 0,30 28,67 50 0,90 56,45 100
2,5 1,00 10,83 13,5 0,35 19,85 25 0,30 28,64 50 0,90 56,17 100
2,6 1,10 10,98 13,5 0,40 20,04 25 0,30 29,22 50 0,90 55,90 100
2,7 1,20 10,90 13,5 0,40 20,08 25 0,30 29,66 50 0,95 55,98 100
2,8 1,30 11,06 13,5 0,40 20,01 25 0,35 29,97 50 0,95 55,82 100
2,9 1,40 11,10 13,5 0,35 19,77 25 0,40 30,01 50 0,95 55,58 100
3,0 1,45 11,14 13,5 0,30 19,61 25 0,40 30,20 50 0,95 55,54 100
3,1 1,50 11,06 13,5 0,30 19,30 25 0,40 30,09 50 0,95 55,70 100
3,2 1,60 11,10 13,5 0,30 19,10 25 0,45 30,68 50 1,00 55,47 100
3,3 1,70 11,10 13,5 0,30 19,14 25 0,50 30,60 50 1,10 55,03 100
3,4 1,80 11,22 13,5 0,30 19,02 25 0,55 30,75 50 1,15 55,43 100
3,5 1,90 11,10 13,5 0,30 18,59 25 0,55 30,68 50 1,20 55,47 100
3,6 1,90 11,14 13,5 0,25 18,28 25 0,60 30,99 50 1,20 54,72 100
3,7 2,00 11,02 13,5 0,30 18,01 25 0,60 30,87 50 1,20 53,86 100
3,8 2,00 10,87 13,5 0,30 18,01 25 0,60 30,48 50 1,20 53,62 100
3,9 2,10 10,83 13,5 0,30 17,77 25 0,60 30,44 50 1,20 53,27 100
4,0 2,10 10,75 13,5 0,30 17,69 25 0,60 30,20 50 1,25 53,00 100
4,1 2,20 10,63 13,5 0,35 17,69 25 0,65 29,66 50 1,25 52,68 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 123

4,2 2,30 10,59 13,5 0,35 17,30 25 0,65 29,58 50 1,30 52,49 100
4,3 2,35 10,40 13,5 0,35 17,18 25 0,65 29,58 50 1,30 52,05 100
4,4 2,40 10,55 13,5 0,40 16,99 25 0,65 29,22 50 1,40 51,90 100
4,5 2,40 10,20 13,5 0,40 16,91 25 0,65 28,60 50 1,40 50,56 100
4,6 2,40 9,96 13,5 0,35 17,10 25 0,65 29,18 50 1,35 50,52 100
4,7 2,40 10,00 13,5 0,30 16,95 25 0,70 28,83 50 1,35 50,72 100
4,8 2,45 9,96 13,5 0,35 16,67 25 0,70 28,60 50 1,35 50,37 100
4,9 2,45 9,92 13,5 0,40 16,55 25 0,75 28,56 50 1,35 50,64 100
5,0 2,50 9,85 13,5 0,40 16,71 25 0,75 28,44 50 1,35 50,48 100
5,1 2,45 9,81 13,5 0,40 16,51 25 0,75 28,67 50 1,30 50,45 100
5,2 2,45 9,85 13,5 0,45 16,08 25 0,80 28,67 50 1,30 50,29 100
5,3 2,5 9,77 13,5 0,45 16,28 25 0,90 28,60 50 1,30 50,60 100
5,4 2,5 9,65 13,5 0,50 16,16 25 1,00 28,48 50 1,30 50,48 100
5,5 2,5 9,49 13,5 0,50 16,00 25 1,10 28,32 50 1,30 49,97 100
5,6 2,5 9,38 13,5 0,50 16,24 25 1,15 28,56 50 1,20 50,25 100
5,7 2,5 9,10 13,5 0,55 16,16 25 1,20 28,20 50 1,20 50,25 100
5,8 2,5 9,06 13,5 0,55 16,71 25 1,30 28,32 50 1,20 50,60 100
5,9 2,45 9,06 13,5 0,60 16,36 25 1,40 28,28 50 1,10 50,45 100
6,0 2,45 8,90 13,5 0,55 16,59 25 1,45 28,48 50 1,10 50,33 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
11,22 20,91 30,99 56,45
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 124

Figura C.2 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia seca – ANC-33

60,00

50,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

6,00

5,00

4,00
Expansão (mm)

3,00

2,00

1,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 125

Tabela C.3. – Planilha de cisalhamento direto da areia seca realizado na amostra AND-50

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 0,00 13,5 0,00 0,00 25 0,00 0,00 50 0,00 0,00 100
0,1 0,00 5,06 13,5 0,50 6,20 25 0,00 19,53 50 0,00 15,61 100
0,2 0,00 5,81 13,5 0,20 8,51 25 0,10 23,22 50 0,10 23,34 100
0,3 0,05 5,65 13,5 0,20 11,85 25 0,10 25,50 50 0,10 26,75 100
0,4 0,05 6,08 13,5 0,20 11,81 25 0,15 27,50 50 0,15 31,46 100
0,5 0,10 5,81 13,5 0,20 12,87 25 0,15 28,87 50 0,15 34,09 100
0,6 0,20 6,12 13,5 0,10 13,96 25 0,15 29,58 50 0,20 37,70 100
0,7 0,20 6,63 13,5 0,10 16,00 25 0,20 31,26 50 0,30 40,25 100
0,8 0,25 6,51 13,5 0,10 16,00 25 0,20 32,01 50 0,35 42,76 100
0,9 0,30 6,67 13,5 0,10 16,40 25 0,25 32,60 50 0,35 45,07 100
1,0 0,35 6,83 13,5 0,10 16,91 25 0,25 33,22 50 0,40 47,07 100
1,1 0,40 6,98 13,5 0,20 16,91 25 0,25 33,50 50 0,40 48,72 100
1,2 0,45 7,22 13,5 0,10 16,04 25 0,30 33,62 50 0,45 50,29 100
1,3 0,50 7,34 13,5 0,20 17,69 25 0,40 33,81 50 0,50 51,62 100
1,4 0,60 7,34 13,5 0,30 18,04 25 0,40 33,97 50 0,60 52,88 100
1,5 0,65 7,41 13,5 0,50 18,32 25 0,40 33,81 50 0,60 53,86 100
1,6 0,70 7,45 13,5 0,60 18,55 25 0,40 33,85 50 0,70 54,72 100
1,7 0,80 7,37 13,5 0,70 18,71 25 0,50 33,73 50 0,70 54,84 100
1,8 0,85 7,45 13,5 0,90 18,79 25 0,60 33,66 50 0,80 55,07 100
1,9 0,90 7,65 13,5 1,00 18,87 25 0,70 33,58 50 0,80 55,51 100
2,0 0,95 7,73 13,5 1,30 18,87 25 0,80 33,81 50 0,90 56,02 100
2,1 1,00 7,77 13,5 1,40 18,95 25 0,85 33,73 50 0,90 55,86 100
2,2 1,10 7,85 13,5 1,60 18,99 25 0,85 34,09 50 0,90 56,29 100
2,3 1,15 7,92 13,5 1,70 18,95 25 0,90 33,62 50 0,90 56,13 100
2,4 1,20 7,69 13,5 1,90 18,91 25 0,90 33,73 50 0,90 56,49 100
2,5 1,20 7,88 13,5 2,00 18,83 25 0,90 33,38 50 0,90 56,49 100
2,6 1,25 7,88 13,5 2,20 18,71 25 0,90 33,50 50 0,85 56,49 100
2,7 1,30 7,69 13,5 2,30 18,51 25 0,95 33,85 50 0,85 56,76 100
2,8 1,35 7,77 13,5 2,50 18,51 25 0,95 33,15 50 0,85 55,90 100
2,9 1,45 7,69 13,5 2,60 18,67 25 0,95 33,26 50 0,85 55,82 100
3,0 1,45 7,81 13,5 2,50 18,63 25 0,95 32,79 50 0,80 55,23 100
3,1 1,50 7,85 13,5 2,80 18,08 25 0,95 32,48 50 0,80 54,96 100
3,2 1,55 7,85 13,5 3,00 18,01 25 1,00 32,32 50 0,80 55,03 100
3,3 1,60 7,81 13,5 2,90 17,81 25 1,10 32,21 50 0,80 55,07 100
3,4 1,60 7,61 13,5 3,00 17,77 25 1,15 32,05 50 0,80 54,45 100
3,5 1,60 7,69 13,5 3,10 17,65 25 1,20 32,09 50 0,80 54,13 100
3,6 1,60 7,53 13,5 3,10 17,50 25 1,20 31,97 50 0,75 53,90 100
3,7 1,65 7,57 13,5 3,15 17,30 25 1,20 32,09 50 0,75 54,02 100
3,8 1,60 7,45 13,5 3,20 17,26 25 1,20 32,09 50 0,70 53,39 100
3,9 1,60 7,45 13,5 3,21 17,65 25 1,20 32,13 50 0,70 53,35 100
4,0 1,55 7,69 13,5 3,30 16,99 25 1,25 32,01 50 0,65 52,76 100
4,1 1,55 7,49 13,5 3,30 16,79 25 1,25 31,77 50 0,65 52,49 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 126

4,2 1,60 7,45 13,5 3,30 16,79 25 1,30 32,05 50 0,65 51,82 100
4,3 1,55 7,45 13,5 3,30 16,44 25 1,30 31,85 50 0,60 51,70 100
4,4 1,50 7,34 13,5 3,30 16,48 25 1,40 31,46 50 0,60 51,07 100
4,5 1,50 7,45 13,5 3,30 16,44 25 1,40 31,42 50 0,60 51,07 100
4,6 1,50 7,30 13,5 3,30 16,51 25 1,35 31,22 50 0,60 50,48 100
4,7 1,45 7,41 13,5 3,45 16,51 25 1,35 31,15 50 0,60 50,41 100
4,8 1,45 7,37 13,5 3,50 16,63 25 1,35 31,46 50 0,60 49,97 100
4,9 1,40 7,45 13,5 3,50 16,51 25 1,35 31,62 50 0,60 49,94 100
5,0 1,40 7,41 13,5 3,50 16,51 25 1,35 31,85 50 0,50 49,39 100
5,1 1,40 7,41 13,5 3,45 16,40 25 1,30 31,77 50 0,50 47,07 100
5,2 1,40 7,45 13,5 3,40 16,40 25 1,30 31,73 50 0,50 48,13 100
5,3 1,30 7,37 13,5 3,40 16,04 25 1,30 31,66 50 0,50 48,80 100
5,4 1,30 7,41 13,5 3,30 16,32 25 1,30 31,81 50 0,45 48,25 100
5,5 1,30 7,26 13,5 3,30 16,40 25 1,30 31,85 50 0,45 48,72 100
5,6 1,30 7,26 13,5 3,30 16,40 25 1,20 31,77 50 0,45 49,27 100
5,7 1,25 7,34 13,5 3,30 16,24 25 1,20 31,70 50 0,45 48,76 100
5,8 1,20 7,26 13,5 3,25 16,40 25 1,20 32,24 50 0,40 49,27 100
5,9 1,10 7,34 13,5 3,25 16,24 25 1,10 32,21 50 0,40 48,48 100
6,0 1,10 7,30 13,5 3,20 16,32 25 1,10 32,32 50 0,40 47,39 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
7,92 18,99 34,09 56,76
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 127

Figura C.3 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia seca – AND-50

60,00

50,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante

4,00

3,50

3,00

2,50
Expansão (mm)

2,00

1,50

1,00

0,50

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 128

Tabela C.4 – Planilha de cisalhamento direto da areia seca realizado na amostra ANU-100

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 0,00 13,5 0,00 0,00 25 0,00 0,00 50 0,00 7,96 100
0,1 0,05 0,00 13,5 0,00 7,53 25 0,05 14,91 50 0,10 23,07 100
0,2 0,05 4,00 13,5 0,00 6,51 25 0,10 18,48 50 0,20 30,79 100
0,3 0,05 5,26 13,5 0,00 9,26 25 0,10 21,34 50 0,30 32,71 100
0,4 0,05 6,20 13,5 0,00 9,61 25 0,15 22,71 50 0,50 35,38 100
0,5 0,10 6,98 13,5 0,00 9,65 25 0,15 23,54 50 0,60 37,62 100
0,6 0,10 7,69 13,5 0,00 10,16 25 0,20 24,40 50 0,70 40,48 100
0,7 0,10 8,83 13,5 0,10 10,04 25 0,30 25,26 50 0,80 42,33 100
0,8 0,15 9,96 13,5 0,10 11,02 25 0,30 26,09 50 0,80 43,46 100
0,9 0,20 10,79 13,5 0,10 10,16 25 0,30 26,63 50 0,80 44,72 100
1,0 0,20 11,10 13,5 0,15 11,61 25 0,35 26,75 50 0,90 45,86 100
1,1 0,20 11,49 13,5 0,15 12,87 25 0,35 27,11 50 0,90 46,76 100
1,2 0,25 12,00 13,5 0,20 13,02 25 0,40 27,54 50 0,90 47,78 100
1,3 0,30 12,43 13,5 0,20 13,61 25 0,40 27,97 50 0,80 48,13 100
1,4 0,30 12,91 13,5 0,20 14,40 25 0,40 28,16 50 0,80 48,37 100
1,5 0,35 12,91 13,5 0,20 14,67 25 0,50 28,56 50 0,80 48,84 100
1,6 0,40 13,22 13,5 0,30 15,22 25 0,60 28,99 50 0,80 49,11 100
1,7 0,45 13,57 13,5 0,45 15,06 25 0,70 29,38 50 0,70 49,35 100
1,8 0,50 13,69 13,5 0,60 15,49 25 0,80 29,62 50 0,60 49,58 100
1,9 0,60 13,85 13,5 0,70 15,77 25 0,90 29,77 50 0,60 49,58 100
2,0 0,70 13,77 13,5 0,75 15,73 25 0,90 29,93 50 0,50 49,86 100
2,1 0,80 13,93 13,5 0,80 15,89 25 0,90 30,05 50 0,50 50,05 100
2,2 0,80 13,73 13,5 0,90 15,89 25 0,95 30,17 50 0,50 50,29 100
2,3 0,90 13,81 13,5 1,10 15,93 25 1,00 30,01 50 0,40 50,17 100
2,4 0,95 13,81 13,5 1,20 16,04 25 1,00 30,32 50 0,40 50,21 100
2,5 1,00 13,77 13,5 1,30 16,00 25 1,00 30,36 50 0,45 50,25 100
2,6 1,05 13,77 13,5 1,40 16,00 25 1,10 30,32 50 0,45 50,09 100
2,7 1,10 13,57 13,5 1,50 16,00 25 1,10 30,28 50 0,50 50,48 100
2,8 1,30 13,57 13,5 1,60 16,00 25 1,10 30,52 50 0,50 50,48 100
2,9 1,50 13,53 13,5 1,70 16,00 25 1,15 30,28 50 0,50 50,80 100
3,0 1,70 13,65 13,5 1,80 16,12 25 1,20 30,48 50 0,50 50,45 100
3,1 1,80 13,61 13,5 1,90 16,20 25 1,20 30,68 50 0,55 50,33 100
3,2 2,10 13,45 13,5 1,90 16,08 25 1,30 30,44 50 0,65 50,25 100
3,3 2,30 13,42 13,5 2,00 16,08 25 1,40 30,36 50 0,65 50,60 100
3,4 2,40 13,45 13,5 2,10 16,08 25 1,40 30,60 50 0,60 50,56 100
3,5 2,50 13,53 13,5 2,20 16,00 25 1,50 30,56 50 0,70 50,05 100
3,6 2,80 13,30 13,5 2,25 15,97 25 1,50 30,44 50 0,80 49,78 100
3,7 2,90 13,18 13,5 2,30 15,93 25 1,50 30,48 50 0,80 49,54 100
3,8 3,20 13,06 13,5 2,35 16,12 25 1,50 30,36 50 0,90 49,39 100
3,9 3,30 13,02 13,5 2,40 15,89 25 1,60 30,56 50 1,00 49,54 100
4,0 3,50 12,83 13,5 2,45 16,00 25 1,60 30,48 50 1,10 49,74 100
4,1 3,60 12,91 13,5 2,50 15,85 25 1,70 30,60 50 1,20 49,90 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 129

4,2 3,70 12,91 13,5 2,60 15,97 25 1,70 30,83 50 1,20 49,97 100
4,3 3,90 12,75 13,5 2,65 15,81 25 1,70 30,48 50 1,10 49,94 100
4,4 4,00 12,79 13,5 2,65 15,77 25 1,75 30,60 50 1,20 49,31 100
4,5 4,10 12,71 13,5 2,70 15,69 25 1,80 30,48 50 1,20 49,07 100
4,6 4,30 12,63 13,5 2,70 15,65 25 1,80 30,40 50 1,20 48,84 100
4,7 4,40 12,55 13,5 2,75 15,69 25 1,80 30,24 50 1,20 48,88 100
4,8 4,50 12,51 13,5 2,80 15,69 25 1,85 30,28 50 1,30 48,37 100
4,9 4,60 12,51 13,5 2,85 15,57 25 1,85 30,28 50 1,30 48,37 100
5,0 4,70 12,24 13,5 2,85 15,46 25 1,80 30,13 50 1,30 48,09 100
5,1 4,90 12,47 13,5 2,85 15,34 25 1,80 30,05 50 1,30 48,05 100
5,2 5,00 12,40 13,5 2,90 15,42 25 1,80 29,89 50 1,40 48,05 100
5,3 5,10 12,28 13,5 2,95 15,14 25 1,85 30,20 50 1,40 47,42 100
5,4 5,10 12,32 13,5 3,00 15,06 25 1,85 29,97 50 1,40 47,39 100
5,5 5,20 12,36 13,5 3,00 15,34 25 1,80 29,77 50 1,50 47,46 100
5,6 5,30 12,12 13,5 3,00 15,10 25 1,70 29,66 50 1,50 47,86 100
5,7 5,40 12,16 13,5 3,00 15,10 25 1,70 29,93 50 1,55 47,62 100
5,8 5,50 12,20 13,5 3,05 14,87 25 1,70 30,13 50 1,50 47,58 100
5,9 5,60 11,92 13,5 3,05 14,91 25 1,65 29,81 50 1,60 47,27 100
6,0 5,70 11,96 13,5 3,10 14,91 25 1,70 29,58 50 1,60 47,31 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
13,93 16,20 30,83 50,80
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 130

Figura C.4 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia seca – ANU-100

60,00

50,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

40,00

13,5 kPa
30,00
25 kPa
50 kPa
20,00
100 kPa

10,00

0,00
0,0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8 2,1 2,4 2,7 3,0 3,3 3,6 3,9 4,2 4,5 4,8 5,1 5,4 5,7 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

6,00

5,00

4,00
Expansão (mm)

13,5 kPa
3,00
25 kPa
50 kPa
2,00
100 kPa

1,00

0,00
0,0 0,3 0,6 0,9 1,2 1,5 1,8 2,1 2,4 2,7 3,0 3,3 3,6 3,9 4,2 4,5 4,8 5,1 5,4 5,7 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 131

Tabela C.5 – Planilha de cisalhamento direto da areia inundada realizado na amostra ANC-25

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 4,31 13,5 0,00 8,75 25 0,00 11,14 50 0,00 23,22 100
0,1 0,00 6,12 13,5 -0,10 9,26 25 -0,30 13,34 50 -0,10 31,30 100
0,2 0,10 6,55 13,5 -0,10 9,61 25 -0,40 18,99 50 -0,30 32,44 100
0,3 0,10 7,61 13,5 -0,10 11,57 25 -0,50 21,26 50 -0,50 33,89 100
0,4 0,10 8,36 13,5 0,00 12,55 25 -0,50 24,01 50 -0,60 39,46 100
0,5 0,20 8,08 13,5 0,20 13,22 25 -0,50 26,28 50 -0,70 43,66 100
0,6 0,30 8,83 13,5 0,30 13,81 25 -0,50 27,81 50 -0,70 46,64 100
0,7 0,40 9,53 13,5 0,40 14,40 25 -0,40 29,54 50 -0,70 48,01 100
0,8 0,60 9,96 13,5 0,50 14,83 25 -0,40 30,60 50 -0,70 50,21 100
0,9 0,70 10,63 13,5 0,50 15,10 25 -0,40 31,66 50 -0,60 51,35 100
1,0 0,90 11,06 13,5 0,60 15,69 25 -0,30 32,21 50 -0,60 53,15 100
1,1 1,00 11,14 13,5 0,70 15,42 25 -0,20 33,03 50 -0,50 54,25 100
1,2 1,20 11,30 13,5 0,80 15,65 25 -0,20 33,62 50 -0,50 55,27 100
1,3 1,40 11,26 13,5 0,90 15,46 25 -0,20 33,93 50 -0,40 56,56 100
1,4 1,50 11,53 13,5 1,00 15,73 25 -0,10 34,64 50 -0,40 57,94 100
1,5 1,60 12,00 13,5 1,10 16,67 25 0,00 34,83 50 -0,40 58,06 100
1,6 1,70 12,12 13,5 1,20 17,30 25 0,10 35,34 50 -0,30 58,53 100
1,7 1,90 12,28 13,5 1,30 17,97 25 0,20 35,11 50 -0,30 59,62 100
1,8 2,00 12,36 13,5 1,30 18,12 25 0,30 35,58 50 -0,20 60,25 100
1,9 2,10 12,55 13,5 1,40 18,59 25 0,40 35,85 50 -0,10 60,13 100
2,0 2,20 12,40 13,5 1,50 18,83 25 0,40 36,01 50 0,00 60,06 100
2,1 2,40 12,24 13,5 1,60 18,91 25 0,50 36,25 50 0,00 60,45 100
2,2 2,50 12,40 13,5 1,70 19,14 25 0,60 36,21 50 0,10 60,68 100
2,3 2,60 12,40 13,5 1,80 18,95 25 0,70 36,17 50 0,20 60,64 100
2,4 2,70 12,47 13,5 1,90 19,02 25 0,70 36,09 50 0,30 60,53 100
2,5 2,80 12,32 13,5 2,00 18,87 25 0,80 36,52 50 0,40 61,35 100
2,6 2,90 12,36 13,5 2,10 18,75 25 0,90 35,97 50 0,50 60,13 100
2,7 3,00 12,40 13,5 2,20 18,75 25 1,00 36,01 50 0,60 60,33 100
2,8 3,10 12,47 13,5 2,30 18,51 25 1,10 35,62 50 0,80 60,17 100
2,9 3,20 12,36 13,5 2,30 18,40 25 1,20 35,97 50 0,90 60,29 100
3,0 3,30 12,40 13,5 2,40 17,77 25 1,20 35,50 50 0,90 60,49 100
3,1 3,40 12,08 13,5 2,40 17,38 25 1,30 36,05 50 1,00 59,66 100
3,2 3,60 12,00 13,5 2,50 17,26 25 1,40 35,58 50 1,10 59,90 100
3,3 3,80 11,96 13,5 2,50 17,06 25 1,40 35,15 50 1,20 59,27 100
3,4 3,90 12,16 13,5 2,50 16,67 25 1,40 35,26 50 1,20 59,39 100
3,5 4,10 12,20 13,5 2,60 16,79 25 1,50 35,26 50 1,30 59,11 100
3,6 4,20 12,16 13,5 2,60 16,44 25 1,50 34,75 50 1,30 58,88 100
3,7 4,30 12,16 13,5 2,70 16,55 25 1,60 34,40 50 1,30 58,84 100
3,8 4,40 12,00 13,5 2,70 16,44 25 1,60 34,24 50 1,40 58,53 100
3,9 4,50 11,85 13,5 2,70 16,00 25 1,70 34,09 50 1,40 58,45 100
4,0 4,60 12,12 13,5 2,70 15,97 25 1,70 33,70 50 1,40 58,13 100
4,1 4,70 11,92 13,5 2,80 15,81 25 1,80 33,38 50 1,50 57,62 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 132

4,2 4,80 11,73 13,5 2,80 15,57 25 1,80 33,15 50 1,60 58,21 100
4,3 4,80 11,77 13,5 2,80 15,46 25 1,90 32,95 50 1,70 57,94 100
4,4 4,90 11,65 13,5 2,90 15,10 25 2,00 32,83 50 1,70 57,27 100
4,5 4,90 11,65 13,5 2,90 14,95 25 2,00 32,68 50 1,80 57,00 100
4,6 5,00 11,77 13,5 2,90 14,87 25 2,00 32,09 50 1,80 56,53 100
4,7 5,10 11,73 13,5 3,00 15,02 25 2,00 32,60 50 1,90 56,41 100
4,8 5,20 11,57 13,5 2,90 14,51 25 2,10 32,71 50 2,00 56,49 100
4,9 5,20 11,26 13,5 2,90 14,28 25 2,10 32,71 50 2,10 56,13 100
5,0 5,30 11,22 13,5 2,90 14,20 25 2,10 32,91 50 2,20 55,86 100
5,1 5,30 11,45 13,5 2,9 14,44 25 2,10 32,71 50 2,30 55,94 100
5,2 5,4 11,69 13,5 2,90 14,12 25 2,10 32,28 50 2,40 55,62 100
5,3 5,5 11,53 13,5 2,90 13,93 25 2,20 32,28 50 2,40 55,39 100
5,4 5,6 11,65 13,5 2,80 13,69 25 2,20 32,01 50 2,50 54,76 100
5,5 5,7 11,45 13,5 2,80 13,61 25 2,20 32,24 50 2,50 55,00 100
5,6 5,8 11,26 13,5 2,80 13,42 25 2,20 32,32 50 2,50 54,80 100
5,7 5,90 11,41 13,5 2,80 13,26 25 2,30 31,81 50 2,60 55,15 100
5,8 5,90 11,02 13,5 2,80 13,22 25 2,30 32,05 50 2,60 55,27 100
5,9 6,00 11,30 13,5 2,80 13,10 25 2,30 31,73 50 2,70 55,62 100
6,0 6,00 11,45 13,5 2,80 12,98 25 2,30 32,09 50 2,80 55,03 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
12,55 19,14 36,52 61,35
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 133

Figura C.5 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia inundada – ANC-25

70,00

60,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante

7,00

6,00

5,00

4,00
Expansão (mm)

3,00

2,00

1,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
-1,00

-2,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 134

Tabela C.6 – Planilha de cisalhamento direto da areia inundada realizado na amostra ANC-33

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 2,04 13,5 0,00 4,63 25 0,00 9,61 50 0,00 32,32 100
0,1 -0,10 3,18 13,5 -0,10 8,32 25 -0,20 11,22 50 0,00 36,01 100
0,2 -0,20 4,08 13,5 -0,30 9,18 25 -0,60 12,67 50 -0,10 37,58 100
0,3 -0,40 5,18 13,5 -0,50 9,73 25 -0,70 13,89 50 -0,20 41,58 100
0,4 -0,30 5,41 13,5 -0,50 10,28 25 -0,80 14,98 50 -0,20 46,88 100
0,5 -0,30 5,73 13,5 -0,60 11,26 25 -0,90 17,46 50 -0,30 49,97 100
0,6 -0,20 5,96 13,5 -0,90 11,57 25 -0,90 18,75 50 -0,30 53,78 100
0,7 -0,20 6,32 13,5 -1,00 11,14 25 -1,00 19,73 50 -0,20 55,31 100
0,8 -0,10 6,55 13,5 -1,10 11,22 25 -1,00 20,87 50 -0,20 57,23 100
0,9 -0,10 6,86 13,5 -1,20 11,53 25 -1,10 21,69 50 -0,20 58,84 100
1,0 0,00 7,14 13,5 -1,30 12,83 25 -1,10 22,16 50 -0,10 59,94 100
1,1 0,20 7,10 13,5 -1,30 14,12 25 -1,10 22,67 50 -0,10 60,53 100
1,2 0,30 7,26 13,5 -1,30 15,10 25 -1,10 23,61 50 -0,10 61,59 100
1,3 0,40 7,45 13,5 -1,20 16,04 25 -1,20 24,12 50 -0,10 61,98 100
1,4 0,50 7,53 13,5 -1,10 16,36 25 -1,20 24,40 50 0,00 62,25 100
1,5 0,60 7,77 13,5 -1,00 16,75 25 -1,20 24,91 50 0,20 62,49 100
1,6 0,70 7,92 13,5 -0,90 17,26 25 -1,30 25,26 50 0,40 62,17 100
1,7 0,80 7,96 13,5 -0,80 17,73 25 -1,20 25,65 50 0,50 62,33 100
1,8 0,90 7,92 13,5 -0,70 18,04 25 -1,10 26,12 50 0,50 62,33 100
1,9 1,00 7,96 13,5 -0,60 18,04 25 -1,10 25,97 50 0,60 62,21 100
2,0 1,20 8,00 13,5 -0,50 18,83 25 -1,00 26,12 50 0,70 62,37 100
2,1 1,30 7,85 13,5 -0,40 18,63 25 -1,00 26,24 50 0,80 62,29 100
2,2 1,40 7,92 13,5 -0,30 18,59 25 -1,00 26,36 50 0,90 62,10 100
2,3 1,50 7,85 13,5 -0,20 18,71 25 -1,00 26,24 50 1,00 61,31 100
2,4 1,60 7,81 13,5 -0,10 18,67 25 -0,90 26,56 50 1,10 60,88 100
2,5 1,70 7,85 13,5 0,00 18,40 25 -0,90 26,48 50 1,10 60,33 100
2,6 1,80 7,77 13,5 0,10 18,59 25 -0,90 26,71 50 1,20 60,64 100
2,7 1,90 7,61 13,5 0,20 18,55 25 -0,80 26,32 50 1,30 60,29 100
2,8 1,90 7,53 13,5 0,40 18,48 25 -0,80 26,28 50 1,40 59,98 100
2,9 2,00 7,41 13,5 0,70 18,36 25 -0,70 26,87 50 1,50 59,35 100
3,0 2,10 7,37 13,5 0,90 18,40 25 -0,70 26,71 50 1,60 59,08 100
3,1 2,20 7,49 13,5 1,00 18,36 25 -0,60 26,75 50 1,70 58,84 100
3,2 2,30 7,53 13,5 1,10 18,40 25 -0,60 26,48 50 1,80 58,80 100
3,3 2,30 7,45 13,5 1,20 18,28 25 -0,60 26,67 50 1,80 58,29 100
3,4 2,40 7,41 13,5 1,30 18,24 25 -0,50 26,52 50 1,80 58,21 100
3,5 2,40 7,30 13,5 1,40 18,08 25 -0,50 26,63 50 1,90 57,74 100
3,6 2,40 7,06 13,5 1,40 18,01 25 -0,40 26,83 50 2,00 58,06 100
3,7 2,50 7,22 13,5 1,50 18,16 25 -0,40 26,56 50 2,00 57,15 100
3,8 2,50 7,14 13,5 1,60 17,73 25 -0,40 26,48 50 2,00 57,11 100
3,9 2,50 7,10 13,5 1,70 17,77 25 -0,30 26,28 50 2,10 56,45 100
4,0 2,60 7,06 13,5 1,70 17,69 25 -0,30 26,40 50 2,10 56,53 100
4,1 2,60 6,86 13,5 1,80 17,57 25 -0,30 26,05 50 2,10 55,86 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 135

4,2 2,70 6,98 13,5 1,80 17,46 25 -0,30 26,32 50 2,10 55,58 100
4,3 2,70 6,90 13,5 1,90 17,57 25 -0,20 26,24 50 2,10 55,78 100
4,4 2,80 6,98 13,5 2,00 17,18 25 -0,20 25,73 50 2,10 55,27 100
4,5 2,80 6,83 13,5 2,10 17,38 25 -0,20 26,01 50 2,20 54,88 100
4,6 2,80 6,75 13,5 2,10 17,46 25 -0,10 25,93 50 2,20 55,11 100
4,7 2,90 6,67 13,5 2,20 17,06 25 -0,10 25,54 50 2,30 55,23 100
4,8 2,90 6,55 13,5 2,30 16,87 25 -0,10 25,30 50 2,30 55,07 100
4,9 2,90 6,67 13,5 2,40 17,10 25 0,00 25,38 50 2,30 54,49 100
5,0 3,00 6,59 13,5 2,50 16,99 25 0,00 24,95 50 2,30 54,17 100
5,1 3,00 6,51 13,5 2,40 16,91 25 0,00 25,18 50 2,30 53,90 100
5,2 3,00 6,51 13,5 2,40 17,42 25 0,00 24,60 50 2,30 53,82 100
5,3 3,10 6,35 13,5 2,50 17,22 25 0,00 24,63 50 2,30 53,66 100
5,4 3,10 6,47 13,5 2,50 17,06 25 0,00 24,79 50 2,30 53,11 100
5,5 3,10 6,39 13,5 2,50 17,18 25 0,00 24,95 50 2,30 53,39 100
5,6 3,10 6,39 13,5 2,40 16,71 25 0,00 24,83 50 2,20 53,98 100
5,7 3,20 6,39 13,5 2,50 15,93 25 0,00 24,79 50 2,20 53,74 100
5,8 3,20 6,47 13,5 2,50 16,28 25 0,00 24,48 50 2,20 53,66 100
5,9 3,20 6,39 13,5 2,60 17,14 25 0,00 24,56 50 2,20 53,54 100
6,0 3,20 6,39 13,5 2,60 17,22 25 0,10 24,24 50 2,20 53,54 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
8,00 18,83 26,87 62,49
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 136

Figura C.6 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia inundada – ANU-33

70,00

60,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

6,00

5,00

4,00

3,00
Expansão (mm)

2,00

1,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0

-1,00

-2,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 137

Tabela C.7 – Planilha de cisalhamento direto da areia inundada realizado na amostra AND-50

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 1,37 13,5 0,00 5,10 25 0,00 6,43 50 0,00 23,50 100
0,1 0,00 1,80 13,5 -0,10 6,08 25 0,00 10,40 50 -0,20 30,52 100
0,2 0,10 2,55 13,5 -0,10 6,67 25 0,00 13,18 50 -0,40 36,79 100
0,3 0,10 3,33 13,5 0,00 7,06 25 0,00 14,87 50 -0,50 39,42 100
0,4 0,10 3,92 13,5 0,10 7,57 25 0,10 15,30 50 -0,60 41,58 100
0,5 0,20 4,47 13,5 0,10 7,77 25 0,10 16,44 50 -0,70 44,48 100
0,6 0,30 4,67 13,5 0,20 7,53 25 0,10 17,06 50 -0,80 45,74 100
0,7 0,40 5,06 13,5 0,20 7,57 25 0,00 18,28 50 -0,90 47,23 100
0,8 0,60 5,53 13,5 0,20 7,41 25 0,00 18,51 50 -0,90 48,80 100
0,9 0,70 5,77 13,5 0,30 7,06 25 -0,10 20,28 50 -0,90 51,86 100
1,0 0,90 5,65 13,5 0,40 6,59 25 -0,10 20,16 50 -0,90 52,72 100
1,1 1,00 6,16 13,5 0,40 6,71 25 -0,20 21,46 50 -0,90 53,54 100
1,2 1,20 6,24 13,5 0,40 6,28 25 -0,20 21,65 50 -0,90 55,31 100
1,3 1,40 6,43 13,5 0,30 5,96 25 -0,20 22,12 50 -1,00 56,02 100
1,4 1,50 6,55 13,5 0,20 6,79 25 -0,30 23,42 50 -1,00 56,21 100
1,5 1,60 6,67 13,5 0,10 6,98 25 -0,30 24,67 50 -1,00 56,88 100
1,6 1,70 6,75 13,5 0,10 6,86 25 -0,30 26,12 50 -1,00 57,58 100
1,7 1,90 6,86 13,5 0,00 7,30 25 -0,20 28,36 50 -1,00 57,71 100
1,8 2,00 6,75 13,5 -0,10 8,04 25 -0,10 29,30 50 -1,00 57,82 100
1,9 2,10 7,14 13,5 -0,10 9,65 25 0,00 29,77 50 -1,00 58,57 100
2,0 2,20 6,94 13,5 -0,20 10,32 25 0,10 29,97 50 -1,00 58,96 100
2,1 2,40 7,14 13,5 -0,30 12,32 25 0,20 30,83 50 -1,00 59,27 100
2,2 2,50 7,18 13,5 -0,30 13,06 25 0,30 30,87 50 -1,00 59,23 100
2,3 2,60 7,14 13,5 -0,30 13,02 25 0,40 30,91 50 -1,00 59,15 100
2,4 2,70 7,10 13,5 -0,30 13,14 25 0,50 31,30 50 -1,00 58,88 100
2,5 2,80 7,22 13,5 -0,30 13,38 25 0,60 31,54 50 -0,90 57,94 100
2,6 2,90 7,06 13,5 -0,30 13,89 25 0,70 31,42 50 -0,90 58,29 100
2,7 3,00 6,79 13,5 -0,30 14,51 25 0,70 31,77 50 -0,90 58,41 100
2,8 3,10 6,83 13,5 -0,30 15,81 25 0,80 31,70 50 -0,90 58,29 100
2,9 3,20 6,90 13,5 -0,20 16,16 25 0,80 31,58 50 -0,90 57,82 100
3,0 3,30 6,86 13,5 -0,20 16,67 25 0,90 31,73 50 -0,90 56,96 100
3,1 3,40 6,94 13,5 -0,10 16,75 25 1,00 31,70 50 -0,90 56,92 100
3,2 3,60 7,02 13,5 0,00 16,75 25 1,10 31,77 50 -0,90 56,68 100
3,3 3,80 6,98 13,5 0,10 16,71 25 1,10 31,50 50 -0,90 56,72 100
3,4 3,90 6,94 13,5 0,10 16,91 25 1,20 31,03 50 -0,90 56,56 100
3,5 4,10 6,98 13,5 0,20 16,95 25 1,30 31,54 50 -1,00 56,29 100
3,6 4,20 6,83 13,5 0,20 16,99 25 1,40 31,07 50 -1,00 56,41 100
3,7 4,30 6,86 13,5 0,30 17,14 25 1,50 30,99 50 -1,00 55,90 100
3,8 4,40 6,86 13,5 0,40 16,99 25 1,60 30,75 50 -1,10 55,74 100
3,9 4,50 6,94 13,5 0,40 16,87 25 1,60 31,07 50 -1,10 55,70 100
4,0 4,60 6,83 13,5 0,50 16,75 25 1,70 30,56 50 -1,10 55,35 100
4,1 4,70 6,86 13,5 0,60 16,67 25 1,70 30,56 50 -1,10 54,68 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 138

4,2 4,80 6,83 13,5 0,60 16,67 25 1,80 30,01 50 -1,20 54,41 100
4,3 4,80 6,83 13,5 0,70 16,71 25 1,90 29,89 50 -1,20 54,41 100
4,4 4,90 6,75 13,5 0,80 16,51 25 1,90 29,42 50 -1,30 54,45 100
4,5 4,90 6,79 13,5 0,80 16,12 25 2,00 29,62 50 -1,30 54,29 100
4,6 5,00 6,75 13,5 0,80 16,04 25 2,10 29,81 50 -1,40 53,94 100
4,7 5,10 6,75 13,5 0,90 16,20 25 2,20 29,77 50 -1,40 53,70 100
4,8 5,20 6,59 13,5 0,90 16,16 25 2,30 29,38 50 -1,50 53,54 100
4,9 5,20 6,55 13,5 1,00 16,04 25 2,30 29,46 50 -1,50 53,66 100
5,0 5,30 6,55 13,5 1,10 16,08 25 2,30 28,99 50 -1,50 53,23 100
5,1 5,30 6,39 13,5 1,10 16,00 25 2,30 28,99 50 -1,50 52,76 100
5,2 5,4 6,28 13,5 1,10 16,04 25 2,40 28,60 50 -1,60 52,96 100
5,3 5,5 6,32 13,5 1,20 16,00 25 2,40 28,52 50 -1,60 53,94 100
5,4 5,6 6,35 13,5 1,20 16,00 25 2,40 28,87 50 -1,70 56,09 100
5,5 5,7 6,32 13,5 1,30 15,65 25 2,40 29,03 50 -2,00 55,54 100
5,6 5,8 6,47 13,5 1,30 15,81 25 2,50 28,48 50 -2,10 57,78 100
5,7 5,90 6,35 13,5 1,40 15,77 25 2,50 28,36 50 -2,10 53,90 100
5,8 5,90 6,28 13,5 1,40 15,65 25 2,60 28,32 50 -2,20 53,51 100
5,9 6,00 6,28 13,5 1,50 15,49 25 2,60 28,40 50 -2,20 53,82 100
6,0 6,00 6,24 13,5 1,50 15,65 25 2,60 28,44 50 -2,30 53,15 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
7,22 17,14 31,77 59,27
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 139

Figura C.7 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia inundada – AND-50

70,00

60,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante

7,00

6,00

5,00

4,00
Expansão (mm)

3,00

2,00

1,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
-1,00

-2,00

-3,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 140

Tabela C.8 – Planilha de cisalhamento direto da areia inundada realizado na amostra ANU-100

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 1,41 13,5 0,00 1,37 25 0,00 17,30 50 0,00 27,62 100
0,1 -0,30 1,96 13,5 -0,20 3,22 25 -0,10 22,36 50 -0,10 32,64 100
0,2 -0,40 2,51 13,5 -0,20 4,67 25 -0,10 25,73 50 -0,30 34,83 100
0,3 -0,50 3,22 13,5 -0,40 7,10 25 -0,20 28,40 50 -0,50 38,05 100
0,4 -0,60 3,77 13,5 -0,60 8,04 25 0,00 30,24 50 -0,50 41,62 100
0,5 -0,60 4,28 13,5 -0,70 8,67 25 0,40 30,87 50 -0,60 42,13 100
0,6 -0,70 3,88 13,5 -0,80 8,79 25 0,60 31,34 50 -0,60 44,33 100
0,7 -0,70 4,12 13,5 -0,90 9,73 25 0,70 31,58 50 -0,70 44,91 100
0,8 -0,80 4,31 13,5 -1,00 10,24 25 0,80 31,93 50 -0,80 46,99 100
0,9 -0,80 4,75 13,5 -1,00 10,59 25 0,90 32,79 50 -0,90 47,97 100
1,0 -0,60 5,37 13,5 -1,10 10,83 25 1,00 32,83 50 -1,00 49,43 100
1,1 -0,50 5,18 13,5 -1,10 11,30 25 1,30 33,15 50 -1,00 49,86 100
1,2 -0,50 5,53 13,5 -1,10 11,38 25 1,40 33,34 50 -1,00 50,52 100
1,3 -0,40 5,61 13,5 -1,10 11,45 25 1,50 33,58 50 -1,00 50,88 100
1,4 -0,40 5,53 13,5 -1,10 11,61 25 1,60 33,58 50 -1,10 51,15 100
1,5 -0,30 5,81 13,5 -1,10 11,92 25 1,80 33,30 50 -1,10 51,43 100
1,6 -0,30 5,88 13,5 -1,10 12,00 25 1,90 33,38 50 -1,20 52,01 100
1,7 -0,30 6,04 13,5 -1,20 12,24 25 2,00 33,26 50 -1,20 52,09 100
1,8 -0,30 6,20 13,5 -1,20 12,43 25 2,10 32,99 50 -1,20 52,84 100
1,9 -0,20 6,28 13,5 -1,20 12,55 25 2,10 32,40 50 -1,20 53,31 100
2,0 -0,20 6,35 13,5 -1,20 12,71 25 2,20 32,48 50 -1,20 53,39 100
2,1 -0,20 6,43 13,5 -1,20 12,67 25 2,30 32,13 50 -1,30 53,62 100
2,2 -0,10 6,59 13,5 -1,20 12,67 25 2,40 32,01 50 -1,30 53,54 100
2,3 -0,10 6,67 13,5 -1,20 12,67 25 2,60 31,89 50 -1,40 53,39 100
2,4 0,00 6,75 13,5 -1,10 12,75 25 2,80 31,73 50 -1,30 53,74 100
2,5 0,00 6,79 13,5 -1,10 12,63 25 2,90 31,89 50 -1,30 53,66 100
2,6 0,00 6,86 13,5 -1,10 12,83 25 2,90 31,62 50 -1,30 53,43 100
2,7 0,10 6,94 13,5 -1,10 12,91 25 2,90 31,54 50 -1,20 52,92 100
2,8 0,20 6,98 13,5 -1,10 12,79 25 3,00 31,46 50 -1,20 52,49 100
2,9 0,30 7,18 13,5 -1,00 12,87 25 3,00 31,15 50 -1,10 52,72 100
3,0 0,30 7,22 13,5 -1,00 12,98 25 3,10 30,91 50 -1,00 53,66 100
3,1 0,30 7,26 13,5 -1,00 12,98 25 3,10 30,83 50 -0,90 53,51 100
3,2 0,30 7,34 13,5 -1,00 12,98 25 3,20 30,36 50 -0,80 54,29 100
3,3 0,30 7,30 13,5 -1,00 12,83 25 3,20 30,13 50 -0,80 54,17 100
3,4 0,40 7,53 13,5 -1,00 13,02 25 3,30 30,01 50 -0,80 53,94 100
3,5 0,40 7,37 13,5 -1,00 12,83 25 3,30 29,93 50 -0,60 54,02 100
3,6 0,50 7,53 13,5 -1,00 12,67 25 3,30 29,85 50 -0,60 53,86 100
3,7 0,50 7,37 13,5 -1,00 12,55 25 3,40 29,50 50 -0,50 53,70 100
3,8 0,50 7,53 13,5 -1,00 12,71 25 3,40 29,03 50 -0,50 53,66 100
3,9 0,60 7,53 13,5 -1,00 12,79 25 3,40 28,79 50 -0,50 53,39 100
4,0 0,70 7,65 13,5 -1,00 12,71 25 3,40 28,75 50 -0,50 53,07 100
4,1 0,80 7,73 13,5 -1,00 12,75 25 3,40 28,95 50 -0,60 53,47 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 141

4,2 0,80 7,77 13,5 -0,90 12,75 25 3,40 28,48 50 -0,60 53,07 100
4,3 0,80 7,69 13,5 -0,90 12,63 25 3,40 28,16 50 -0,70 52,84 100
4,4 0,90 7,77 13,5 -0,90 12,55 25 3,40 27,85 50 -0,80 52,92 100
4,5 1,00 7,77 13,5 -0,90 12,47 25 3,40 27,73 50 -0,80 52,72 100
4,6 1,00 7,85 13,5 -0,90 12,36 25 3,40 27,46 50 -0,80 52,41 100
4,7 1,10 7,85 13,5 -0,80 11,77 25 3,40 27,18 50 -0,80 52,17 100
4,8 1,20 7,85 13,5 -0,80 11,85 25 3,40 26,83 50 -0,90 52,21 100
4,9 1,30 7,92 13,5 -0,80 11,96 25 3,30 26,83 50 -0,90 52,68 100
5,0 1,30 7,92 13,5 -0,70 12,04 25 3,30 26,87 50 -0,90 52,49 100
5,1 1,30 7,88 13,5 -0,60 11,85 25 3,30 26,48 50 -1,00 53,07 100
5,2 1,4 7,96 13,5 -0,50 11,81 25 3,30 26,56 50 -1,00 52,41 100
5,3 1,4 7,81 13,5 -0,50 11,77 25 3,20 26,32 50 -1,10 52,05 100
5,4 1,4 7,85 13,5 -0,50 11,73 25 3,20 26,09 50 -1,10 51,90 100
5,5 1,5 7,92 13,5 -0,50 11,45 25 3,20 26,24 50 -1,10 51,94 100
5,6 1,5 7,92 13,5 -0,60 11,65 25 3,20 26,12 50 -1,20 51,70 100
5,7 1,60 7,96 13,5 -0,70 11,41 25 3,20 26,28 50 -1,30 51,03 100
5,8 1,60 7,96 13,5 -0,80 11,49 25 3,20 26,28 50 -1,40 51,47 100
5,9 1,70 8,00 13,5 -0,90 11,69 25 3,20 26,36 50 -1,40 51,39 100
6,0 1,80 8,12 13,5 -0,90 11,65 25 3,20 26,63 50 -1,50 51,31 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
8,12 13,02 33,58 54,29
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 142

Figura C.8 – Cisalhamento direto e variação de altura da areia inundada – ANU-100

60,00

50,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

4,00

3,00

2,00
Expansão (mm)

1,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0

-1,00

-2,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE C – Cisalhamento Direto das Areias (seca e inundada)


APÊNDICE D
CARACTERIZAÇÃO DAS ARGAMASSAS

Neste apêndice estão apresentadas as planilhas com os resultados dos ensaios de


caracterização das argamassas (densidade de massa, retenção de água e índice de
consistência) produzidas com areias de diferentes composições granulométricas (ANC-25,
ANC-3, AND-50 e ANU-100).

Tabela D.1 – Planilha de densidade de massa das argamassas


Composição Densidade de massa (g/cm³)
granulométrica H (%)
1ª determ. 2ª determ. 3ª determ. Média
19 2,03 2,06 2,04 2,04*
ANC-25 23 2,02 2,04 2,05 2,04
29 1,97 1,93 1,96 1,95
19 1,99 2,03 2,00 2,01
ANC-33 23 2,03 1,97 2,01 2,00*
29 1,93 1,98 1,97 1,96
19 2,04 1,98 2,03 2,02
AND-50 23 1,99 2,03 2,07 2,03*
29 1,91 1,96 1,96 1,94
19 1,55 1,46 1,45 1,49
ANU-100 23 1,93 1,89 1,88 1,90
29 1,90 1,91 1,93 1,91*

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

R. C. ARAÚJO APÊNDICE D – Caracterização das argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 144

Tabela D.2 – Planilha de retenção de água das argamassas


Composição Retenção de água (%)
granulométrica H (%)
1ª determ. 2ª determ. 3ª determ. Média
19 72 71 75 73*
ANC-25 23 57 62 59 59
29 49 50 54 51
19 83 80 80 81
ANC-33 23 61 60 57 59*
29 48 44 45 46
19 58 56 64 59
AND-50 23 51 56 49 52*
29 55 50 52 52
19 59 65 60 61
ANU-100 23 70 66 67 68
29 49 51 58 53*

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

Tabela D.3 – Planilha do índice de consistência das argamassas


Composição Índice de consistência (mm)
granulométrica H (%)
1ª determ. 2ª determ. 3ª determ. Média
19 283 282 281 282*
ANC-25 23 337 342 329 336
29 349 360 348 352
19 249 248 253 250
ANC-33 23 302 311 31,4 309*
29 348 346 347 347
19 266 252 254 257
AND-50 23 329 320 323 324*
29 360 349 350 353
19 184 201 203 196
ANU-100 23 269 260 259 263
29 319 322 318 320*

*indica o teor de água/materiais secos ideal determinado pelo estudo piloto.

R. C. ARAÚJO APÊNDICE D – Caracterização das argamassas


APÊNDICE E
CISALHAMENTO DIRETO DAS ARGAMASSAS

Neste apêndice estão apresentados os resultados, em planilhas e gráficos, do ensaio de


cisalhamento direto realizado nas argamassas produzidas com areia normal de diferentes
composições granulométricas (ANC-25, ANC-3, AND-50 e ANU-100). As argamassas foram
produzidas com três diferentes teores de água/materiais secos (H=19%, H=23% e H=29%).

Tabela E.1 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANC-25 com H = 19%

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 5,49 13,5 0,00 5,88 25 0,00 12,71 50 0,00 20,67 100
0,1 -0,10 5,92 13,5 -0,10 6,55 25 -0,10 14,04 50 -0,40 24,79 100
0,2 -0,30 6,12 13,5 -0,20 7,26 25 -0,40 15,73 50 -0,60 30,20 100
0,3 -0,50 6,20 13,5 -0,50 7,49 25 -0,50 16,75 50 -0,80 33,97 100
0,4 -0,60 6,43 13,5 -0,50 7,92 25 -0,50 17,34 50 -1,00 36,25 100
0,5 -0,80 7,26 13,5 -0,50 8,43 25 -0,70 19,22 50 -1,20 39,27 100
0,6 -0,90 7,30 13,5 -0,60 8,79 25 -0,80 20,01 50 -1,40 42,17 100
0,7 -1,00 6,79 13,5 -0,60 9,45 25 -0,90 21,81 50 -1,60 44,40 100
0,8 -1,10 7,61 13,5 -0,60 10,04 25 -1,00 23,14 50 -1,80 45,86 100
0,9 -1,20 7,73 13,5 -0,60 10,59 25 -1,00 24,67 50 -2,00 48,01 100
1,0 -1,30 7,65 13,5 -0,50 10,79 25 -1,00 25,46 50 -2,20 49,35 100
1,1 -1,30 7,88 13,5 -0,50 11,49 25 -1,10 24,99 50 -2,30 51,15 100
1,2 -1,40 7,73 13,5 -0,50 11,57 25 -1,20 27,14 50 -2,50 51,74 100
1,3 -1,40 8,24 13,5 -0,40 12,08 25 -1,30 28,13 50 -2,60 52,60 100
1,4 -1,50 8,24 13,5 -0,40 12,36 25 -1,30 28,48 50 -2,40 53,19 100
1,5 -1,70 8,55 13,5 -0,50 12,59 25 -1,40 29,46 50 -2,40 55,03 100
1,6 -1,70 8,67 13,5 -0,50 12,36 25 -1,40 30,32 50 -2,50 56,41 100
1,7 -1,80 8,87 13,5 -0,50 12,47 25 -1,40 31,19 50 -2,60 57,04 100
1,8 -1,80 8,90 13,5 -0,50 12,00 25 -1,40 31,34 50 -2,80 57,98 100
1,9 -1,80 9,14 13,5 -0,50 12,08 25 -1,40 31,77 50 -2,80 59,39 100
2,0 -1,80 9,14 13,5 -0,40 13,14 25 -1,40 31,85 50 -2,90 59,86 100
2,1 -1,80 9,22 13,5 -0,30 13,65 25 -1,50 32,36 50 -3,00 59,82 100
2,2 -1,80 9,26 13,5 -0,30 14,12 25 -1,50 32,56 50 -3,10 60,76 100
2,3 -1,80 9,41 13,5 -0,30 14,32 25 -1,50 32,60 50 -3,10 61,23 100
2,4 -1,80 9,49 13,5 -0,30 14,91 25 -1,50 33,66 50 -3,20 61,39 100
2,5 -1,70 9,45 13,5 -0,30 15,06 25 -1,50 33,81 50 -3,30 62,64 100
2,6 -1,70 9,61 13,5 -0,40 15,49 25 -1,40 33,81 50 -3,40 63,47 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 146

2,7 -1,70 9,77 13,5 -0,50 15,30 25 -1,40 34,24 50 -3,40 64,84 100
2,8 -1,70 9,92 13,5 -0,50 15,49 25 -1,40 34,28 50 -3,40 65,55 100
2,9 -1,60 10,00 13,5 -0,50 15,38 25 -1,40 34,75 50 -3,40 66,14 100
3,0 -1,60 10,00 13,5 -0,50 14,75 25 -1,40 34,99 50 -3,40 66,80 100
3,1 -1,50 10,16 13,5 -0,40 14,20 25 -1,30 35,23 50 -3,40 67,20 100
3,2 -1,50 10,20 13,5 -0,40 14,04 25 -1,30 35,38 50 -3,40 67,71 100
3,3 -1,40 10,28 13,5 -0,40 15,42 25 -1,30 35,70 50 -3,40 68,22 100
3,4 -1,40 10,36 13,5 -0,40 15,69 25 -1,30 35,74 50 -3,40 68,61 100
3,5 -1,40 10,59 13,5 -0,50 15,30 25 -1,30 35,74 50 -3,30 68,84 100
3,6 -1,30 10,87 13,5 -0,40 15,14 25 -1,20 36,17 50 -3,20 69,39 100
3,7 -1,30 11,10 13,5 -0,60 15,97 25 -1,20 36,25 50 -3,20 69,71 100
3,8 -1,30 11,41 13,5 -0,60 16,36 25 -1,20 36,25 50 -3,20 69,86 100
3,9 -1,30 11,57 13,5 -0,60 16,20 25 -1,10 35,81 50 -3,10 70,10 100
4,0 -1,30 11,69 13,5 -0,60 16,48 25 -1,10 35,93 50 -3,10 69,94 100
4,1 -1,30 12,00 13,5 -0,60 16,44 25 -1,00 35,38 50 -3,10 70,14 100
4,2 -1,30 12,24 13,5 -0,60 16,16 25 -0,90 34,44 50 -3,00 70,41 100
4,3 -1,30 12,16 13,5 -0,50 16,04 25 -0,90 34,79 50 -3,00 70,65 100
4,4 -1,30 12,36 13,5 -0,50 15,89 25 -0,90 34,09 50 -3,00 70,61 100
4,5 -1,40 12,28 13,5 -0,40 15,69 25 -0,90 33,70 50 -2,90 70,73 100
4,6 -1,40 12,36 13,5 -0,40 15,14 25 -0,90 33,85 50 -2,90 70,80 100
4,7 -1,40 12,43 13,5 -0,50 15,22 25 -0,90 32,99 50 -2,80 71,16 100
4,8 -1,50 12,36 13,5 -0,50 15,10 25 -0,80 32,60 50 -2,80 71,24 100
4,9 -1,50 12,24 13,5 -0,50 15,30 25 -0,80 32,44 50 -2,80 71,24 100
5,0 -1,50 12,20 13,5 -0,50 15,69 25 -0,70 32,36 50 -2,70 71,20 100
5,1 -1,40 12,20 13,5 -0,50 15,73 25 -0,70 32,09 50 -2,70 71,31 100
5,2 -1,40 11,92 13,5 -0,60 15,97 25 -0,60 31,97 50 -2,70 71,39 100
5,3 -1,30 11,89 13,5 -0,60 15,93 25 -0,50 31,73 50 -2,70 71,08 100
5,4 -1,20 11,89 13,5 -0,50 15,81 25 -0,50 31,81 50 -2,70 70,84 100
5,5 -1,10 11,96 13,5 -0,50 16,04 25 -0,50 31,77 50 -2,60 71,08 100
5,6 -1,10 12,04 13,5 -0,50 16,04 25 -0,50 31,66 50 -2,60 70,65 100
5,7 -1,00 12,00 13,5 -0,50 15,65 25 -0,50 31,46 50 -2,60 70,25 100
5,8 -0,90 11,85 13,5 -0,50 15,30 25 -0,50 31,50 50 -2,50 70,29 100
5,9 -0,90 11,96 13,5 -0,50 15,46 25 -0,40 31,58 50 -2,50 70,33 100
6,0 -0,80 11,81 13,5 -0,50 15,42 25 -0,40 31,58 50 -2,50 70,25 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
12,44 16,48 36,25 71,39
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 147

Figura E.1 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANC-25 com H = 19%

80,00

70,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0

-0,50

-1,00

-1,50
Expansão (mm)

-2,00

-2,50

-3,00

-3,50

-4,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 148

Tabela E.2 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANC-33 com H = 19%

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 7,10 13,5 0,00 5,10 25 0,00 9,96 50 0,00 23,42 100
0,1 -0,20 7,88 13,5 -0,10 6,51 25 -0,40 13,89 50 -0,40 29,03 100
0,2 -0,40 8,36 13,5 -0,30 6,86 25 -0,40 16,71 50 -0,80 31,77 100
0,3 -0,60 8,67 13,5 -0,40 6,94 25 -0,50 20,12 50 -1,00 33,70 100
0,4 -0,80 8,83 13,5 -0,50 7,45 25 -0,70 21,97 50 -1,20 35,19 100
0,5 -1,00 10,04 13,5 -0,70 7,57 25 -0,80 24,40 50 -1,40 36,95 100
0,6 -1,10 9,22 13,5 -0,80 8,20 25 -0,80 24,95 50 -1,60 39,03 100
0,7 -1,20 9,53 13,5 -0,90 8,32 25 -0,90 26,67 50 -1,90 39,74 100
0,8 -1,40 9,77 13,5 -0,90 9,34 25 -0,90 27,03 50 -2,10 45,31 100
0,9 -1,50 9,65 13,5 -1,00 9,69 25 -0,90 27,85 50 -2,40 46,56 100
1,0 -1,60 10,00 13,5 -1,10 10,20 25 -1,00 28,67 50 -2,50 48,25 100
1,1 -1,80 10,20 13,5 -1,30 10,51 25 -1,20 29,18 50 -2,70 49,82 100
1,2 -1,90 10,16 13,5 -1,30 10,67 25 -1,10 29,38 50 -2,80 50,99 100
1,3 -2,00 10,28 13,5 -1,40 11,69 25 -0,90 29,66 50 -2,80 52,41 100
1,4 -2,10 10,40 13,5 -1,40 12,16 25 -0,90 29,97 50 -2,90 53,39 100
1,5 -2,10 10,40 13,5 -1,40 11,61 25 -0,90 31,26 50 -2,90 54,84 100
1,6 -2,20 10,40 13,5 -1,40 12,36 25 -0,90 32,56 50 -2,90 56,09 100
1,7 -2,30 10,55 13,5 -1,40 12,20 25 -0,80 33,07 50 -2,90 56,76 100
1,8 -2,40 10,94 13,5 -1,40 12,71 25 -0,80 33,62 50 -2,90 57,98 100
1,9 -2,40 11,14 13,5 -1,40 13,34 25 -0,80 33,66 50 -3,00 59,11 100
2,0 -2,40 11,26 13,5 -1,40 14,28 25 -0,80 34,01 50 -3,00 59,51 100
2,1 -2,50 11,69 13,5 -1,50 14,44 25 -0,70 34,83 50 -3,00 60,29 100
2,2 -2,50 11,89 13,5 -1,50 14,75 25 -0,70 35,19 50 -3,00 60,57 100
2,3 -2,60 11,92 13,5 -1,50 14,95 25 -0,60 35,46 50 -3,00 61,35 100
2,4 -2,60 11,85 13,5 -1,50 14,98 25 -0,50 35,42 50 -3,00 62,37 100
2,5 -2,60 12,00 13,5 -1,40 15,34 25 -0,40 35,77 50 -3,10 63,35 100
2,6 -2,60 12,20 13,5 -1,40 16,00 25 -0,40 35,85 50 -3,10 63,70 100
2,7 -2,60 12,12 13,5 -1,40 16,75 25 -0,40 36,01 50 -3,10 64,29 100
2,8 -2,50 12,20 13,5 -1,40 20,28 25 -0,40 36,09 50 -3,10 65,70 100
2,9 -2,50 12,24 13,5 -1,30 18,95 25 -0,30 36,21 50 -3,20 66,06 100
3,0 -2,50 11,96 13,5 -1,30 19,14 25 -0,30 36,05 50 -3,20 66,29 100
3,1 -2,50 12,08 13,5 -1,20 19,02 25 -0,20 36,05 50 -3,20 67,86 100
3,2 -2,50 12,24 13,5 -1,10 18,44 25 -0,20 36,01 50 -3,20 67,90 100
3,3 -2,40 12,20 13,5 -0,90 17,97 25 -0,10 35,97 50 -3,20 68,22 100
3,4 -2,40 12,28 13,5 -0,80 17,97 25 -0,10 35,81 50 -3,20 68,76 100
3,5 -2,40 12,20 13,5 -0,80 18,32 25 -0,10 35,77 50 -3,10 69,20 100
3,6 -2,40 12,16 13,5 -0,70 18,24 25 -0,10 35,70 50 -3,10 69,35 100
3,7 -2,40 12,04 13,5 -0,60 18,48 25 -0,10 35,70 50 -3,10 69,47 100
3,8 -2,40 12,20 13,5 -0,60 18,44 25 0,00 35,46 50 -3,10 70,65 100
3,9 -2,30 12,20 13,5 -0,50 18,59 25 0,00 35,26 50 -3,10 70,06 100
4,0 -2,30 12,24 13,5 -0,50 18,79 25 0,00 35,11 50 -3,10 68,80 100
4,1 -2,20 12,24 13,5 -0,40 19,02 25 0,10 34,95 50 -3,10 69,16 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 149

4,2 -2,20 12,24 13,5 -0,30 18,87 25 0,10 34,83 50 -3,10 68,61 100
4,3 -2,20 12,20 13,5 -0,30 18,99 25 0,10 34,48 50 -3,10 68,76 100
4,4 -2,10 12,16 13,5 -0,20 18,91 25 0,10 34,13 50 -3,20 68,73 100
4,5 -2,10 12,12 13,5 -0,10 18,83 25 0,10 33,97 50 -3,20 68,65 100
4,6 -2,10 12,24 13,5 0,00 18,99 25 0,20 33,97 50 -3,20 68,80 100
4,7 -2,00 12,32 13,5 0,10 18,83 25 0,30 33,81 50 -3,20 69,00 100
4,8 -2,00 12,32 13,5 0,20 18,79 25 0,30 33,89 50 -3,20 68,49 100
4,9 -2,00 12,16 13,5 0,30 18,63 25 0,30 33,85 50 -3,20 68,33 100
5,0 -1,90 12,28 13,5 0,30 18,48 25 0,30 33,81 50 -3,30 67,47 100
5,1 -1,90 12,28 13,5 0,40 18,32 25 0,30 33,58 50 -3,30 66,76 100
5,2 -1,80 12,28 13,5 0,40 18,16 25 0,30 33,85 50 -3,30 66,49 100
5,3 -1,70 12,24 13,5 0,50 18,08 25 0,30 33,97 50 -3,30 66,53 100
5,4 -1,50 12,32 13,5 0,50 17,85 25 0,30 33,89 50 -3,40 66,49 100
5,5 -1,40 12,24 13,5 0,50 17,77 25 0,30 33,77 50 -3,40 66,53 100
5,6 -1,30 12,36 13,5 0,50 17,73 25 0,30 33,66 50 -3,40 65,94 100
5,7 -1,30 12,32 13,5 0,60 17,53 25 0,30 33,77 50 -3,40 65,74 100
5,8 -1,30 12,16 13,5 0,60 17,30 25 0,20 33,62 50 -3,40 65,43 100
5,9 -1,20 12,24 13,5 0,70 16,95 25 0,20 33,66 50 -3,30 65,47 100
6,0 -1,20 12,24 13,5 0,70 16,83 25 0,20 33,62 50 -3,30 65,31 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
12,36 20,28 36,21 70,65
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 150

Figura E.2 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANC-33 com H = 19%

80,00

70,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

1,00

0,50

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
-0,50
Expansão (mm)

-1,00

-1,50

-2,00

-2,50

-3,00

-3,50

-4,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 151

Tabela E.3 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa AND-50 com H = 19%

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 5,61 13,5 0,00 8,39 25 0,00 12,83 50 0,00 13,69 100
0,1 -0,20 7,26 13,5 -0,10 9,02 25 -0,10 15,02 50 -0,10 23,42 100
0,2 -0,30 7,53 13,5 -0,20 9,38 25 -0,30 16,40 50 -0,70 28,99 100
0,3 -0,40 7,92 13,5 -0,20 10,12 25 -0,50 17,02 50 -1,00 32,64 100
0,4 -0,40 8,04 13,5 -0,30 9,77 25 -0,70 18,20 50 -1,50 31,19 100
0,5 -0,40 7,92 13,5 -0,40 9,96 25 -0,90 22,40 50 -1,60 32,60 100
0,6 -0,50 8,04 13,5 -0,40 9,18 25 -1,00 20,71 50 -1,70 41,74 100
0,7 -0,60 8,12 13,5 -0,40 11,41 25 -1,20 22,24 50 -1,80 39,31 100
0,8 -0,60 8,36 13,5 -0,40 11,89 25 -1,40 22,56 50 -2,00 39,81 100
0,9 -0,60 8,32 13,5 -0,40 11,61 25 -1,50 23,10 50 -2,10 42,17 100
1,0 -0,60 8,36 13,5 -0,40 10,75 25 -1,50 23,89 50 -2,20 42,21 100
1,1 -0,60 8,47 13,5 -0,40 9,49 25 -1,60 25,46 50 -2,30 40,29 100
1,2 -0,60 8,55 13,5 -0,50 9,85 25 -1,60 25,26 50 -2,50 40,83 100
1,3 -0,60 8,32 13,5 -0,50 10,98 25 -1,60 25,38 50 -2,60 43,31 100
1,4 -0,60 8,39 13,5 -0,60 11,96 25 -1,70 26,05 50 -2,70 47,97 100
1,5 -0,60 8,55 13,5 -0,70 12,40 25 -1,70 26,60 50 -2,80 46,95 100
1,6 -0,50 8,63 13,5 -0,80 13,30 25 -1,70 26,60 50 -2,90 50,76 100
1,7 -0,50 8,51 13,5 -0,90 14,95 25 -1,80 27,62 50 -3,00 53,82 100
1,8 -0,50 8,67 13,5 -0,90 14,59 25 -1,90 28,05 50 -3,10 54,21 100
1,9 -0,40 8,79 13,5 -0,80 13,69 25 -2,00 29,07 50 -3,20 56,05 100
2,0 -0,40 8,71 13,5 -0,80 12,94 25 -2,10 29,58 50 -3,40 58,06 100
2,1 -0,30 8,79 13,5 -0,80 12,91 25 -2,10 30,40 50 -3,50 59,47 100
2,2 -0,30 8,90 13,5 -0,80 11,89 25 -2,10 30,52 50 -3,60 60,17 100
2,3 -0,20 9,18 13,5 -0,80 12,79 25 -2,10 30,44 50 -3,60 61,55 100
2,4 -0,20 9,30 13,5 -0,80 14,71 25 -2,20 31,07 50 -3,70 63,08 100
2,5 -0,20 9,34 13,5 -0,80 15,30 25 -2,20 31,50 50 -3,70 64,02 100
2,6 -0,10 9,57 13,5 -0,90 15,30 25 -2,20 31,38 50 -3,80 64,41 100
2,7 -0,10 9,73 13,5 -0,90 15,85 25 -2,20 30,64 50 -3,90 65,70 100
2,8 -0,10 10,04 13,5 -0,90 16,16 25 -2,30 31,42 50 -4,00 66,33 100
2,9 0,00 10,12 13,5 -0,90 17,30 25 -2,30 31,66 50 -4,10 66,80 100
3,0 0,00 10,00 13,5 -1,00 17,06 25 -2,40 32,13 50 -4,10 67,51 100
3,1 0,00 10,00 13,5 -1,10 17,06 25 -2,50 31,93 50 -4,10 68,14 100
3,2 0,10 10,08 13,5 -1,20 17,42 25 -2,50 32,24 50 -4,10 68,92 100
3,3 0,20 10,32 13,5 -1,20 17,18 25 -2,50 32,21 50 -4,20 69,43 100
3,4 0,20 10,36 13,5 -1,20 16,95 25 -2,50 32,17 50 -4,20 69,63 100
3,5 0,30 10,40 13,5 -1,20 17,02 25 -2,50 32,21 50 -4,20 70,18 100
3,6 0,40 10,47 13,5 -1,20 16,87 25 -2,50 32,09 50 -4,20 69,74 100
3,7 0,40 10,55 13,5 -1,20 16,63 25 -2,40 31,89 50 -4,30 69,98 100
3,8 0,60 10,71 13,5 -1,10 16,79 25 -2,40 31,46 50 -4,30 70,33 100
3,9 0,60 10,51 13,5 -1,10 16,83 25 -2,40 31,54 50 -4,40 70,65 100
4,0 0,80 10,04 13,5 -1,00 16,75 25 -2,40 31,89 50 -4,30 70,37 100
4,1 0,80 9,85 13,5 -0,90 16,91 25 -2,30 31,73 50 -4,30 70,49 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 152

4,2 0,80 10,36 13,5 -0,90 16,36 25 -2,30 31,42 50 -4,30 70,57 100
4,3 0,80 10,16 13,5 -0,90 16,48 25 -2,30 31,54 50 -4,30 70,57 100
4,4 0,90 10,08 13,5 -0,90 16,12 25 -2,30 31,34 50 -4,20 70,22 100
4,5 1,00 10,08 13,5 -0,90 16,51 25 -2,30 31,26 50 -4,20 70,10 100
4,6 1,20 9,53 13,5 -0,90 15,85 25 -2,30 31,30 50 -4,20 69,78 100
4,7 1,40 9,69 13,5 -0,90 15,77 25 -2,30 31,19 50 -4,10 69,67 100
4,8 1,40 8,51 13,5 -0,90 15,97 25 -2,30 30,68 50 -4,10 69,27 100
4,9 1,50 8,43 13,5 -0,80 16,32 25 -2,20 31,03 50 -4,10 67,63 100
5,0 1,60 8,36 13,5 -0,90 16,79 25 -2,20 31,11 50 -4,10 68,18 100
5,1 1,70 8,59 13,5 -0,90 16,95 25 -2,20 30,79 50 -4,00 67,39 100
5,2 1,80 8,90 13,5 -0,90 16,63 25 -2,20 29,97 50 -4,00 67,20 100
5,3 1,80 9,96 13,5 -0,90 16,95 25 -2,20 30,40 50 -4,00 67,08 100
5,4 1,80 10,59 13,5 -0,90 16,87 25 -2,20 30,44 50 -4,00 66,33 100
5,5 1,90 11,18 13,5 -0,90 16,83 25 -2,20 30,32 50 -4,00 66,18 100
5,6 2,00 11,81 13,5 -0,90 16,87 25 -2,20 30,79 50 -3,90 65,59 100
5,7 2,10 11,38 13,5 -0,90 17,02 25 -2,20 30,75 50 -3,90 65,39 100
5,8 2,20 12,87 13,5 -0,90 16,55 25 -2,10 30,95 50 -3,90 64,57 100
5,9 2,30 13,10 13,5 -0,90 16,95 25 -2,10 30,28 50 -3,90 64,57 100
6,0 2,30 13,61 13,5 -1,00 16,28 25 -2,10 29,93 50 -3,90 64,57 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
13,61 17,42 32,24 70,65
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 153

Figura E.3 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANU-50 com H = 19%

80,00

70,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

3,00

2,00

1,00

0,00
Expansão (mm)

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0

-1,00

-2,00

-3,00

-4,00

-5,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 154

Tabela E.4 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANU-100 com H = 19%

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 0,00 13,5 0,00 11,38 25 0,00 9,49 50 0,00 12,51 100
0,1 -0,20 1,02 13,5 -0,10 14,20 25 -0,20 11,41 50 -0,50 18,08 100
0,2 -0,30 1,80 13,5 -0,10 14,67 25 -0,50 12,63 50 -0,90 22,79 100
0,3 -0,30 3,14 13,5 -0,10 15,61 25 -0,80 13,89 50 -1,10 24,67 100
0,4 -0,40 3,49 13,5 -0,10 16,20 25 -1,00 14,98 50 -1,50 27,18 100
0,5 -0,40 5,69 13,5 -0,10 16,99 25 -1,50 15,34 50 -1,80 31,42 100
0,6 -0,50 7,26 13,5 -0,20 17,22 25 -2,00 16,04 50 -1,90 33,38 100
0,7 -0,50 7,96 13,5 -0,20 17,85 25 -2,40 16,95 50 -2,00 35,03 100
0,8 -0,60 8,28 13,5 -0,10 18,24 25 -2,50 17,22 50 -2,20 36,07 100
0,9 -0,50 8,87 13,5 -0,10 18,71 25 -2,90 18,01 50 -2,30 38,01 100
1,0 -0,50 9,26 13,5 -0,10 19,42 25 -3,20 18,71 50 -2,40 39,54 100
1,1 -0,60 9,45 13,5 -0,10 19,73 25 -3,50 18,83 50 -2,50 39,78 100
1,2 -0,60 9,69 13,5 0,00 19,22 25 -3,80 19,22 50 -2,50 40,72 100
1,3 -0,60 10,20 13,5 0,00 19,69 25 -4,00 19,81 50 -2,50 42,64 100
1,4 -0,50 9,89 13,5 0,10 19,85 25 -4,20 20,01 50 -2,60 44,17 100
1,5 -0,50 10,75 13,5 0,10 19,65 25 -4,40 20,52 50 -2,70 45,23 100
1,6 -0,50 10,94 13,5 0,10 19,50 25 -4,50 20,83 50 -2,80 46,76 100
1,7 -0,50 11,65 13,5 0,10 19,42 25 -4,90 21,26 50 -2,80 48,48 100
1,8 -0,40 11,89 13,5 0,20 19,22 25 -5,00 21,61 50 -2,90 49,39 100
1,9 -0,40 12,36 13,5 0,20 19,02 25 -5,10 21,57 50 -3,00 50,05 100
2,0 -0,40 12,71 13,5 0,20 18,79 25 -5,20 22,48 50 -3,00 50,33 100
2,1 -0,40 12,75 13,5 0,30 19,22 25 -5,40 22,63 50 -3,00 50,76 100
2,2 -0,30 12,94 13,5 0,30 19,14 25 -5,50 22,67 50 -3,00 51,86 100
2,3 -0,30 13,14 13,5 0,40 18,95 25 -5,70 22,87 50 -3,00 53,07 100
2,4 -0,20 13,45 13,5 0,50 18,87 25 -5,80 23,07 50 -3,00 54,56 100
2,5 -0,10 13,61 13,5 0,60 18,63 25 -6,00 23,50 50 -3,00 55,70 100
2,6 -0,10 13,65 13,5 0,70 18,32 25 -6,10 23,73 50 -3,10 56,05 100
2,7 0,00 13,85 13,5 0,70 17,73 25 -6,20 24,16 50 -3,10 56,64 100
2,8 0,00 14,00 13,5 0,70 16,83 25 -6,40 24,52 50 -3,10 57,15 100
2,9 0,10 14,24 13,5 0,80 17,18 25 -6,40 24,52 50 -3,10 57,66 100
3,0 0,10 14,28 13,5 0,80 18,01 25 -6,50 24,60 50 -3,10 57,90 100
3,1 0,20 14,47 13,5 0,90 18,28 25 -6,60 24,95 50 -3,20 57,86 100
3,2 0,40 14,47 13,5 0,90 17,85 25 -6,70 25,22 50 -3,20 58,17 100
3,3 0,50 14,51 13,5 1,00 18,01 25 -6,80 25,61 50 -3,20 58,84 100
3,4 0,60 14,51 13,5 1,00 17,26 25 -6,90 25,69 50 -3,20 60,13 100
3,5 0,70 14,59 13,5 1,00 16,20 25 -7,00 25,97 50 -3,20 60,41 100
3,6 0,80 14,63 13,5 1,10 16,48 25 -7,10 25,81 50 -3,20 60,88 100
3,7 0,80 14,75 13,5 1,10 17,22 25 -7,20 25,89 50 -3,20 61,15 100
3,8 0,90 14,87 13,5 1,10 17,22 25 -7,20 26,09 50 -3,10 61,39 100
3,9 0,90 14,83 13,5 1,10 17,46 25 -7,30 26,05 50 -3,10 61,51 100
4,0 1,00 14,79 13,5 1,10 17,26 25 -7,30 26,40 50 -3,10 61,59 100
4,1 1,10 14,79 13,5 1,10 17,34 25 -7,40 26,60 50 -3,00 61,51 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 155

4,2 1,30 14,87 13,5 1,20 17,61 25 -7,50 26,83 50 -2,90 61,70 100
4,3 1,30 15,10 13,5 1,20 17,50 25 -7,60 27,26 50 -2,90 61,66 100
4,4 1,40 15,02 13,5 1,20 17,42 25 -7,70 27,73 50 -2,80 61,90 100
4,5 1,40 15,18 13,5 1,20 17,30 25 -7,70 27,81 50 -2,70 61,78 100
4,6 1,40 15,06 13,5 1,20 17,18 25 -7,80 27,97 50 -2,70 61,78 100
4,7 1,50 14,98 13,5 1,20 16,75 25 -7,90 27,89 50 -2,60 61,86 100
4,8 1,60 15,06 13,5 1,20 16,95 25 -7,90 28,28 50 -2,60 61,74 100
4,9 1,60 15,18 13,5 1,20 16,75 25 -8,00 28,56 50 -2,60 61,59 100
5,0 1,70 15,30 13,5 1,20 16,20 25 -8,00 28,67 50 -2,60 61,66 100
5,1 1,80 15,38 13,5 1,20 16,04 25 -8,10 28,71 50 -2,50 61,62 100
5,2 1,80 15,49 13,5 1,20 16,16 25 -8,10 28,95 50 -2,40 61,43 100
5,3 1,90 15,85 13,5 1,30 15,89 25 -8,20 29,15 50 -2,30 61,47 100
5,4 2,00 16,20 13,5 1,30 15,34 25 -8,30 29,18 50 -2,30 61,19 100
5,5 2,10 16,00 13,5 1,30 15,30 25 -8,30 29,34 50 -2,20 61,00 100
5,6 2,10 15,69 13,5 1,30 15,42 25 -8,30 29,42 50 -2,10 60,72 100
5,7 2,20 15,81 13,5 1,30 16,04 25 -8,30 29,54 50 -2,10 60,80 100
5,8 2,30 15,89 13,5 1,30 16,63 25 -8,30 29,50 50 -2,10 60,84 100
5,9 2,30 15,97 13,5 1,30 17,02 25 -8,20 29,58 50 -2,10 60,80 100
6,0 2,50 16,08 13,5 1,30 16,79 25 -8,20 29,66 50 -2,00 60,80 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
16,20 19,85 29,66 61,90
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 156

Figura E.4 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANU-100 com H = 19%

70,00

60,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

4,00

2,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Expansão (mm)

-2,00

-4,00

-6,00

-8,00

-10,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 157

Tabela E.5 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANC-25 com H = 23%

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 2,51 13,5 0,00 3,73 25 0,00 10,40 50 0,00 12,63 100
0,1 -0,30 2,51 13,5 -0,40 3,18 25 -0,20 14,00 50 -0,10 18,87 100
0,2 -0,40 2,51 13,5 -0,50 3,30 25 -0,40 13,81 50 -0,50 32,05 100
0,3 -0,40 2,31 13,5 -0,60 3,26 25 -0,60 15,65 50 -0,60 44,52 100
0,4 -0,40 2,55 13,5 -0,80 3,96 25 -0,70 20,79 50 -1,00 35,30 100
0,5 -0,40 2,59 13,5 -0,90 7,65 25 -1,00 18,36 50 -1,30 29,11 100
0,6 -0,50 2,55 13,5 -1,00 12,43 25 -1,20 18,67 50 -1,60 28,95 100
0,7 -0,50 2,31 13,5 -1,00 11,45 25 -1,30 19,69 50 -2,00 35,11 100
0,8 -0,50 2,28 13,5 -1,00 11,77 25 -1,40 21,03 50 -2,20 34,40 100
0,9 -0,50 3,18 13,5 -1,10 11,34 25 -1,50 22,01 50 -2,40 36,09 100
1,0 -0,60 3,26 13,5 -1,10 11,81 25 -1,60 22,48 50 -2,60 39,31 100
1,1 -0,60 3,69 13,5 -1,30 11,30 25 -1,70 24,05 50 -2,80 39,81 100
1,2 -0,60 4,24 13,5 -1,30 13,02 25 -1,80 24,32 50 -3,00 43,03 100
1,3 -0,70 4,31 13,5 -1,40 12,40 25 -1,90 24,52 50 -3,30 47,39 100
1,4 -0,70 3,88 13,5 -1,40 12,59 25 -1,90 24,60 50 -3,40 48,05 100
1,5 -0,60 3,69 13,5 -1,40 13,06 25 -1,90 25,11 50 -3,40 51,43 100
1,6 -0,60 3,10 13,5 -1,40 12,67 25 -1,90 25,54 50 -3,50 51,86 100
1,7 -0,50 3,14 13,5 -1,40 12,59 25 -2,00 26,36 50 -3,50 52,68 100
1,8 -0,40 3,18 13,5 -1,40 12,51 25 -2,10 26,63 50 -3,70 52,72 100
1,9 -0,20 3,26 13,5 -1,40 12,63 25 -2,10 27,14 50 -3,80 45,07 100
2,0 -0,20 4,39 13,5 -1,40 12,59 25 -2,30 28,60 50 -3,90 53,07 100
2,1 -0,20 4,35 13,5 -1,40 12,98 25 -2,30 29,18 50 -4,00 55,94 100
2,2 -0,20 4,55 13,5 -1,30 13,42 25 -2,30 29,03 50 -4,00 58,17 100
2,3 -0,20 5,49 13,5 -1,30 12,87 25 -2,40 29,38 50 -4,10 56,37 100
2,4 -0,20 5,65 13,5 -1,30 11,85 25 -2,40 29,42 50 -4,30 56,53 100
2,5 -0,30 5,92 13,5 -1,30 12,04 25 -2,40 30,09 50 -4,30 58,29 100
2,6 -0,30 4,47 13,5 -1,30 11,96 25 -2,40 30,83 50 -4,30 59,47 100
2,7 -0,40 4,43 13,5 -1,30 12,28 25 -2,40 30,44 50 -4,40 60,29 100
2,8 -0,40 5,92 13,5 -1,30 12,55 25 -2,40 31,07 50 -4,40 61,86 100
2,9 -0,40 6,35 13,5 -1,20 13,89 25 -2,40 31,26 50 -4,50 63,12 100
3,0 -0,40 5,88 13,5 -1,20 14,24 25 -2,30 31,38 50 -4,50 62,64 100
3,1 -0,30 6,16 13,5 -1,10 13,93 25 -2,30 31,11 50 -4,50 63,23 100
3,2 -0,30 6,39 13,5 -1,10 13,34 25 -2,30 30,83 50 -4,50 63,39 100
3,3 -0,30 6,71 13,5 -1,10 14,44 25 -2,30 31,11 50 -4,50 63,35 100
3,4 -0,30 7,26 13,5 -1,00 15,69 25 -2,30 31,19 50 -4,50 63,35 100
3,5 -0,30 7,06 13,5 -1,00 14,83 25 -2,20 31,19 50 -4,50 63,39 100
3,6 -0,30 6,98 13,5 -1,00 14,47 25 -2,20 31,34 50 -4,50 63,27 100
3,7 -0,30 7,57 13,5 -0,90 14,36 25 -2,20 31,42 50 -4,50 63,39 100
3,8 -0,30 7,57 13,5 -0,90 14,79 25 -2,20 31,38 50 -4,40 63,39 100
3,9 -0,30 7,92 13,5 -0,80 14,59 25 -2,10 31,66 50 -4,40 63,35 100
4,0 -0,30 7,81 13,5 -0,80 15,14 25 -2,10 31,66 50 -4,40 63,39 100
4,1 -0,40 7,85 13,5 -0,80 15,34 25 -2,10 31,62 50 -4,40 63,35 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 158

4,2 -0,40 8,28 13,5 -0,80 14,75 25 -2,00 31,62 50 -4,40 63,15 100
4,3 -0,40 8,24 13,5 -0,70 14,71 25 -2,00 31,38 50 -4,30 63,00 100
4,4 -0,50 8,24 13,5 -0,70 15,22 25 -2,00 31,66 50 -4,30 62,88 100
4,5 -0,50 7,88 13,5 -0,70 15,97 25 -2,00 31,58 50 -4,30 62,29 100
4,6 -0,50 7,96 13,5 -0,70 16,16 25 -1,90 31,38 50 -4,30 62,96 100
4,7 -0,50 8,36 13,5 -0,70 17,53 25 -1,90 30,79 50 -4,30 62,84 100
4,8 -0,50 8,32 13,5 -0,70 15,93 25 -1,90 30,64 50 -4,30 62,64 100
4,9 -0,50 7,77 13,5 -0,70 15,06 25 -1,80 30,28 50 -4,30 61,47 100
5,0 -0,50 8,24 13,5 -0,70 15,57 25 -1,80 30,24 50 -4,30 60,41 100
5,1 -0,40 7,92 13,5 -0,70 15,73 25 -1,80 29,73 50 -4,20 60,49 100
5,2 -0,40 7,77 13,5 -0,70 15,65 25 -1,80 29,15 50 -4,10 62,45 100
5,3 -0,40 8,00 13,5 -0,70 14,28 25 -1,80 29,77 50 -4,00 59,78 100
5,4 -0,40 8,28 13,5 -0,70 14,47 25 -1,80 29,69 50 -4,00 60,33 100
5,5 -0,40 8,36 13,5 -0,70 14,59 25 -1,80 29,69 50 -4,00 59,86 100
5,6 -0,40 8,20 13,5 -0,60 14,44 25 -1,80 29,93 50 -3,90 59,19 100
5,7 -0,40 8,04 13,5 -0,60 13,89 25 -1,80 29,97 50 -3,90 59,82 100
5,8 -0,30 8,00 13,5 -0,60 13,06 25 -1,80 29,97 50 -3,80 59,43 100
5,9 -0,30 8,08 13,5 -0,60 13,61 25 -1,80 29,58 50 -3,80 59,51 100
6,0 -0,30 8,04 13,5 -0,60 12,87 25 -1,70 29,18 50 -3,80 60,02 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
8,35 17,53 31,66 63,39
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 159

Figura E.5 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANC-25 com H = 23%

80,00

70,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0

-0,50

-1,00

-1,50
Expansão (mm)

-2,00

-2,50

-3,00

-3,50

-4,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 160

Tabela E.6 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANC-33 com H = 23%

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 6,32 13,5 0,00 4,71 25 0,00 7,30 50 0,00 21,22 100
0,1 -0,10 7,10 13,5 -0,10 6,83 25 -0,10 9,18 50 -0,40 26,83 100
0,2 -0,40 7,57 13,5 -0,40 7,81 25 -0,40 10,71 50 -0,80 31,19 100
0,3 -0,70 7,85 13,5 -0,60 8,24 25 -0,60 11,92 50 -1,10 39,03 100
0,4 -0,90 8,04 13,5 -0,80 8,67 25 -0,70 12,67 50 -1,40 38,56 100
0,5 -1,10 8,24 13,5 -0,80 9,10 25 -0,80 13,14 50 -1,60 36,52 100
0,6 -1,30 8,43 13,5 -0,80 10,51 25 -1,00 13,22 50 -1,90 37,78 100
0,7 -1,40 8,79 13,5 -0,80 10,36 25 -1,10 13,45 50 -2,30 44,25 100
0,8 -1,50 8,98 13,5 -0,90 11,30 25 -1,30 13,65 50 -2,50 41,15 100
0,9 -1,70 8,87 13,5 -0,90 11,69 25 -1,40 13,96 50 -2,60 42,99 100
1,0 -1,80 9,14 13,5 -0,90 12,04 25 -1,40 14,20 50 -2,80 45,19 100
1,1 -2,00 9,41 13,5 -0,90 12,63 25 -1,50 14,63 50 -2,90 47,97 100
1,2 -2,10 9,38 13,5 -0,90 13,38 25 -1,50 15,38 50 -2,90 48,84 100
1,3 -2,20 9,49 13,5 -1,00 13,57 25 -1,50 13,69 50 -3,00 50,64 100
1,4 -2,20 9,61 13,5 -1,00 13,93 25 -1,60 18,71 50 -3,20 52,45 100
1,5 -2,40 9,61 13,5 -1,00 14,71 25 -1,60 21,18 50 -3,40 55,62 100
1,6 -2,40 9,65 13,5 -1,00 14,44 25 -1,60 23,58 50 -3,40 56,80 100
1,7 -2,40 9,77 13,5 -1,00 15,38 25 -1,60 25,69 50 -3,50 57,15 100
1,8 -2,40 10,16 13,5 -1,10 15,69 25 -1,60 27,46 50 -3,50 59,74 100
1,9 -2,40 10,40 13,5 -1,10 15,89 25 -1,60 28,71 50 -3,50 60,45 100
2,0 -2,40 10,47 13,5 -1,00 15,97 25 -1,60 29,66 50 -3,50 60,29 100
2,1 -2,60 10,90 13,5 -1,00 16,48 25 -1,60 30,71 50 -3,60 53,35 100
2,2 -2,60 11,02 13,5 -1,00 16,67 25 -1,60 31,54 50 -3,60 58,25 100
2,3 -2,70 11,14 13,5 -1,00 16,24 25 -1,50 32,17 50 -3,70 61,47 100
2,4 -2,70 11,06 13,5 -1,00 16,79 25 -1,50 33,03 50 -3,70 61,12 100
2,5 -2,70 11,22 13,5 -1,00 16,83 25 -1,50 33,54 50 -3,70 61,31 100
2,6 -2,70 11,34 13,5 -1,00 16,51 25 -1,50 34,01 50 -3,80 62,02 100
2,7 -2,70 11,41 13,5 -0,90 16,79 25 -1,50 34,48 50 -3,80 63,78 100
2,8 -2,70 11,38 13,5 -0,90 17,02 25 -1,50 35,19 50 -3,80 64,96 100
2,9 -2,80 11,45 13,5 -0,90 16,83 25 -1,50 35,38 50 -3,80 65,70 100
3,0 -2,80 11,22 13,5 -0,90 16,67 25 -1,40 35,93 50 -3,80 65,35 100
3,1 -2,80 11,30 13,5 -0,90 16,83 25 -1,40 36,17 50 -3,80 65,35 100
3,2 -2,80 11,49 13,5 -0,90 16,40 25 -1,40 36,32 50 -3,80 65,94 100
3,3 -2,80 11,38 13,5 -0,90 16,55 25 -1,40 36,48 50 -3,80 65,98 100
3,4 -2,70 11,45 13,5 -0,80 16,55 25 -1,40 36,64 50 -3,80 67,31 100
3,5 -2,70 11,41 13,5 -0,80 16,51 25 -1,40 36,79 50 -3,70 67,67 100
3,6 -2,70 11,38 13,5 -0,70 16,48 25 -1,30 36,95 50 -3,70 66,80 100
3,7 -2,70 11,26 13,5 -0,70 16,28 25 -1,30 36,95 50 -3,70 67,23 100
3,8 -2,60 11,34 13,5 -0,60 16,20 25 -1,30 36,95 50 -3,70 68,06 100
3,9 -2,60 11,41 13,5 -0,60 16,08 25 -1,30 36,56 50 -3,70 68,14 100
4,0 -2,50 11,45 13,5 -0,50 15,93 25 -1,30 36,48 50 -3,60 67,78 100
4,1 -2,50 11,41 13,5 -0,40 16,08 25 -1,20 36,36 50 -3,60 67,94 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 161

4,2 -2,40 11,45 13,5 -0,30 15,85 25 -1,20 36,17 50 -3,60 68,29 100
4,3 -2,40 11,41 13,5 -0,30 15,26 25 -1,20 36,05 50 -3,50 68,06 100
4,4 -2,30 11,49 13,5 -0,20 15,57 25 -1,10 36,01 50 -3,50 67,82 100
4,5 -2,30 11,45 13,5 -0,20 15,53 25 -1,10 35,93 50 -3,50 67,43 100
4,6 -2,20 11,41 13,5 -0,20 14,95 25 -1,00 35,70 50 -3,50 64,92 100
4,7 -2,20 11,38 13,5 -0,10 15,10 25 -1,00 35,42 50 -3,50 67,86 100
4,8 -2,10 11,34 13,5 -0,10 15,06 25 -1,00 35,26 50 -3,50 67,12 100
4,9 -2,10 11,41 13,5 0,00 15,34 25 -1,00 34,83 50 -3,50 66,57 100
5,0 -2,10 11,45 13,5 0,00 14,75 25 -1,00 34,60 50 -3,50 66,18 100
5,1 -2,00 11,45 13,5 0,10 14,55 25 -0,90 34,48 50 -3,40 65,31 100
5,2 -2,00 11,49 13,5 0,10 14,51 25 -0,90 34,17 50 -3,40 64,49 100
5,3 -2,00 11,53 13,5 0,20 14,55 25 -0,80 34,32 50 -3,40 63,74 100
5,4 -1,90 11,38 13,5 0,20 14,51 25 -0,80 34,24 50 -3,40 62,92 100
5,5 -1,90 11,53 13,5 0,20 14,75 25 -0,80 33,85 50 -3,40 62,49 100
5,6 -1,80 11,49 13,5 0,20 14,75 25 -0,80 33,70 50 -3,40 62,02 100
5,7 -1,80 11,49 13,5 0,20 14,75 25 -0,80 33,77 50 -3,40 60,76 100
5,8 -1,70 11,45 13,5 0,20 14,91 25 -0,80 33,58 50 -3,40 60,45 100
5,9 -1,70 11,53 13,5 0,30 14,87 25 -0,70 33,42 50 -3,40 60,25 100
6,0 -1,60 11,49 13,5 0,30 14,71 25 -0,70 33,42 50 -3,40 59,82 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
11,53 17,02 36,95 68,29
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 162

Figura E.6 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANC-33 com H = 23%

80,00

70,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

1,00

0,50

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
-0,50
Expansão (mm)

-1,00

-1,50

-2,00

-2,50

-3,00

-3,50

-4,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 163

Tabela E.7 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa AND-50 com H = 23%

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 6,00 13,5 0,00 7,88 25 0,00 6,47 50 0,00 22,99 100
0,1 -0,10 6,55 13,5 -0,10 8,43 25 -0,10 9,02 50 -0,40 24,56 100
0,2 -0,20 7,45 13,5 -0,20 9,49 25 -0,30 10,59 50 -0,80 29,62 100
0,3 -0,20 8,08 13,5 -0,20 10,55 25 -0,50 20,36 50 -1,20 33,07 100
0,4 -0,30 7,49 13,5 -0,30 8,83 25 -0,80 14,00 50 -1,70 35,26 100
0,5 -0,30 7,57 13,5 -0,30 9,89 25 -0,90 13,69 50 -1,90 37,15 100
0,6 -0,40 7,57 13,5 -0,40 10,47 25 -1,00 15,30 50 -2,10 37,85 100
0,7 -0,40 8,04 13,5 -0,40 11,61 25 -1,20 18,83 50 -2,40 40,01 100
0,8 -0,50 7,92 13,5 -0,40 12,40 25 -1,30 14,55 50 -2,60 40,60 100
0,9 -0,60 8,28 13,5 -0,40 12,67 25 -1,40 16,40 50 -2,80 41,97 100
1,0 -0,60 8,39 13,5 -0,40 13,18 25 -1,50 17,38 50 -2,80 43,07 100
1,1 -0,60 8,75 13,5 -0,40 12,94 25 -1,50 18,95 50 -2,90 44,72 100
1,2 -0,60 8,16 13,5 -0,50 14,36 25 -1,50 19,93 50 -3,00 45,54 100
1,3 -0,60 8,47 13,5 -0,50 15,26 25 -1,50 22,59 50 -3,10 46,84 100
1,4 -0,60 8,75 13,5 -0,60 15,53 25 -1,60 23,34 50 -3,20 48,13 100
1,5 -0,60 9,53 13,5 -0,60 14,83 25 -1,60 23,69 50 -3,30 48,80 100
1,6 -0,60 9,65 13,5 -0,70 15,93 25 -1,70 24,52 50 -3,30 50,21 100
1,7 -0,60 9,61 13,5 -0,70 15,34 25 -1,80 25,07 50 -3,40 54,80 100
1,8 -0,50 9,30 13,5 -0,80 15,61 25 -2,10 25,58 50 -3,50 55,90 100
1,9 -0,50 9,14 13,5 -0,80 16,51 25 -2,10 26,24 50 -3,60 56,80 100
2,0 -0,50 9,49 13,5 -0,80 17,14 25 -2,10 27,18 50 -3,70 57,27 100
2,1 -0,50 9,77 13,5 -0,80 16,79 25 -2,10 27,62 50 -3,70 58,09 100
2,2 -0,40 10,16 13,5 -0,80 16,16 25 -2,20 28,16 50 -3,80 58,64 100
2,3 -0,40 10,00 13,5 -0,80 17,22 25 -2,20 28,01 50 -3,80 58,76 100
2,4 -0,30 10,55 13,5 -0,80 17,57 25 -2,30 26,99 50 -3,80 59,04 100
2,5 -0,20 10,16 13,5 -0,80 17,46 25 -2,40 29,50 50 -3,90 60,45 100
2,6 -0,20 9,73 13,5 -0,80 17,53 25 -2,50 29,15 50 -3,90 61,19 100
2,7 -0,10 9,73 13,5 -0,90 17,34 25 -2,50 28,56 50 -3,90 62,64 100
2,8 -0,10 9,73 13,5 -0,90 17,38 25 -2,50 29,85 50 -4,00 63,15 100
2,9 -0,10 9,89 13,5 -0,90 17,50 25 -2,50 29,81 50 -4,00 63,55 100
3,0 0,00 10,16 13,5 -0,90 17,93 25 -2,50 30,40 50 -4,00 63,55 100
3,1 0,10 9,81 13,5 -1,00 17,81 25 -2,50 29,81 50 -4,00 63,78 100
3,2 0,10 10,16 13,5 -1,00 18,01 25 -2,40 29,93 50 -4,00 64,02 100
3,3 0,20 10,00 13,5 -1,00 18,24 25 -2,40 30,60 50 -4,00 64,33 100
3,4 0,20 9,85 13,5 -1,00 18,12 25 -2,40 31,22 50 -3,90 64,68 100
3,5 0,30 10,16 13,5 -1,00 18,04 25 -2,40 31,54 50 -3,90 65,08 100
3,6 0,40 9,53 13,5 -1,00 18,01 25 -2,40 31,26 50 -3,80 65,31 100
3,7 0,40 10,32 13,5 -1,00 18,16 25 -2,40 31,50 50 -3,80 66,10 100
3,8 0,40 10,16 13,5 -1,00 18,40 25 -2,40 31,70 50 -3,70 66,49 100
3,9 0,40 9,65 13,5 -1,00 18,28 25 -2,40 31,50 50 -3,70 66,84 100
4,0 0,50 9,92 13,5 -1,00 17,93 25 -2,40 31,73 50 -3,60 66,45 100
4,1 0,60 10,28 13,5 -1,00 17,85 25 -2,40 31,85 50 -3,60 66,96 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 164

4,2 0,60 9,85 13,5 -1,00 17,89 25 -2,40 31,89 50 -3,50 66,37 100
4,3 0,70 10,28 13,5 -0,90 18,01 25 -2,40 31,66 50 -3,50 66,61 100
4,4 0,80 10,20 13,5 -0,90 17,65 25 -2,40 31,50 50 -3,50 66,37 100
4,5 0,80 9,89 13,5 -0,90 17,57 25 -2,40 31,15 50 -3,20 66,14 100
4,6 0,90 9,65 13,5 -0,90 17,57 25 -2,40 31,03 50 -3,20 65,47 100
4,7 0,90 9,34 13,5 -0,90 18,08 25 -2,40 31,11 50 -3,10 65,04 100
4,8 1,10 9,53 13,5 -0,90 18,12 25 -2,30 31,15 50 -3,10 64,92 100
4,9 1,20 10,16 13,5 -0,90 17,93 25 -2,30 31,34 50 -3,00 64,61 100
5,0 1,30 10,16 13,5 -0,80 17,65 25 -2,30 31,42 50 -3,00 63,90 100
5,1 1,40 9,41 13,5 -0,80 17,89 25 -2,30 31,07 50 -3,00 63,82 100
5,2 1,50 9,30 13,5 -0,80 17,65 25 -2,30 30,13 50 -2,90 63,55 100
5,3 1,60 9,69 13,5 -0,80 17,22 25 -2,30 29,50 50 -2,90 63,55 100
5,4 1,70 9,41 13,5 -0,80 17,77 25 -2,30 29,58 50 -2,80 62,72 100
5,5 1,80 9,41 13,5 -0,80 17,81 25 -2,30 29,73 50 -2,80 62,84 100
5,6 1,90 9,65 13,5 -0,80 17,65 25 -2,30 29,73 50 -2,80 62,88 100
5,7 2,00 9,38 13,5 -0,80 17,73 25 -2,30 28,67 50 -2,70 63,08 100
5,8 2,10 9,45 13,5 -0,90 17,22 25 -2,30 28,40 50 -2,70 63,15 100
5,9 2,20 9,49 13,5 -0,90 17,34 25 -2,30 29,11 50 -2,60 63,12 100
6,0 2,30 9,65 13,5 -0,90 17,18 25 -2,30 29,30 50 -2,60 63,15 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
10,55 18,40 31,89 66,96
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 165

Figura E.7 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa AND-50 com H = 23%

80,00

70,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

3,00

2,00

1,00

0,00
Expansão (mm)

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0

-1,00

-2,00

-3,00

-4,00

-5,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 166

Tabela E.8 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANU-100 com H = 23%

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 6,47 13,5 0,00 0,43 25 0,00 11,34 50 0,00 29,81 100
0,1 -0,10 7,92 13,5 -0,10 2,90 25 -0,20 14,04 50 -0,50 35,38 100
0,2 -0,10 9,57 13,5 -0,10 2,94 25 -0,60 16,04 50 -0,90 37,74 100
0,3 -0,20 10,59 13,5 -0,30 3,80 25 -1,00 17,57 50 -1,20 40,72 100
0,4 -0,30 10,12 13,5 -0,50 4,94 25 -1,60 19,38 50 -1,40 43,66 100
0,5 -0,30 11,49 13,5 -0,70 5,06 25 -2,00 19,77 50 -1,70 46,37 100
0,6 -0,30 12,67 13,5 -0,80 6,04 25 -2,30 20,28 50 -1,90 47,93 100
0,7 -0,40 13,18 13,5 -0,90 6,51 25 -2,50 21,54 50 -2,00 48,92 100
0,8 -0,40 13,18 13,5 -0,90 6,67 25 -2,90 22,91 50 -2,20 51,03 100
0,9 -0,50 13,69 13,5 -0,90 7,14 25 -3,20 22,75 50 -2,30 52,68 100
1,0 -0,50 14,12 13,5 -0,80 7,06 25 -3,50 24,44 50 -2,40 54,25 100
1,1 -0,50 14,67 13,5 -0,80 7,34 25 -3,70 25,77 50 -2,50 55,03 100
1,2 -0,50 14,63 13,5 -0,80 7,73 25 -3,90 26,60 50 -2,60 56,96 100
1,3 -0,50 15,42 13,5 -0,80 8,00 25 -4,20 26,95 50 -2,60 57,94 100
1,4 -0,50 15,57 13,5 -0,70 8,67 25 -4,40 27,62 50 -2,70 59,86 100
1,5 -0,40 15,61 13,5 -0,60 8,71 25 -4,60 28,20 50 -2,80 60,64 100
1,6 -0,40 16,00 13,5 -0,50 8,87 25 -4,70 28,13 50 -2,80 61,78 100
1,7 -0,40 16,12 13,5 -0,50 9,02 25 -5,00 28,05 50 -2,90 63,04 100
1,8 -0,40 16,24 13,5 -0,50 9,26 25 -5,20 28,36 50 -2,90 64,06 100
1,9 -0,50 16,40 13,5 -0,50 9,65 25 -5,30 28,91 50 -3,00 64,68 100
2,0 -0,50 16,51 13,5 -0,40 10,12 25 -5,60 29,18 50 -3,00 65,04 100
2,1 -0,50 16,55 13,5 -0,40 11,22 25 -5,70 29,58 50 -3,00 65,82 100
2,2 -0,50 16,44 13,5 -0,40 14,71 25 -6,00 29,66 50 -3,00 66,18 100
2,3 -0,50 16,40 13,5 -0,30 19,02 25 -6,10 29,69 50 -3,00 66,57 100
2,4 -0,50 16,44 13,5 -0,30 21,50 25 -6,20 30,13 50 -3,00 66,88 100
2,5 -0,50 16,40 13,5 -0,10 22,28 25 -6,30 30,40 50 -3,00 67,04 100
2,6 -0,50 16,48 13,5 0,00 22,95 25 -6,50 30,52 50 -3,00 66,72 100
2,7 -0,50 16,48 13,5 0,00 23,58 25 -6,60 30,48 50 -3,00 66,96 100
2,8 -0,40 16,32 13,5 0,10 23,93 25 -6,80 30,40 50 -3,10 67,08 100
2,9 -0,40 16,48 13,5 0,20 24,32 25 -6,90 30,75 50 -3,10 67,20 100
3,0 -0,40 16,44 13,5 0,30 24,75 25 -6,90 30,79 50 -3,10 66,96 100
3,1 -0,40 16,32 13,5 0,30 24,87 25 -6,90 31,03 50 -3,10 66,72 100
3,2 -0,40 16,12 13,5 0,30 25,07 25 -7,00 31,03 50 -3,10 66,21 100
3,3 -0,30 16,04 13,5 0,30 25,18 25 -7,00 30,99 50 -3,10 66,29 100
3,4 -0,30 15,85 13,5 0,40 25,14 25 -7,10 31,07 50 -3,10 65,78 100
3,5 -0,30 15,65 13,5 0,40 25,14 25 -7,20 31,11 50 -3,20 65,27 100
3,6 -0,30 15,53 13,5 0,40 25,22 25 -7,30 31,11 50 -3,20 64,65 100
3,7 -0,20 15,30 13,5 0,40 25,34 25 -7,20 30,99 50 -3,20 64,25 100
3,8 -0,20 15,34 13,5 0,40 25,50 25 -7,50 30,83 50 -3,20 63,55 100
3,9 -0,20 15,18 13,5 0,40 25,54 25 -7,50 30,79 50 -3,20 63,82 100
4,0 -0,10 15,06 13,5 0,40 25,46 25 -7,50 30,64 50 -3,20 62,80 100
4,1 -0,10 15,14 13,5 0,40 25,50 25 -7,70 30,44 50 -3,20 62,49 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 167

4,2 -0,10 14,98 13,5 0,40 25,50 25 -7,70 30,17 50 -3,20 61,82 100
4,3 0,00 14,95 13,5 0,50 25,34 25 -7,80 29,97 50 -3,20 61,47 100
4,4 0,00 14,98 13,5 0,50 25,38 25 -7,80 29,66 50 -3,20 61,43 100
4,5 0,10 14,98 13,5 0,50 25,30 25 -7,90 29,97 50 -3,10 60,57 100
4,6 0,10 14,83 13,5 0,50 25,38 25 -7,90 30,05 50 -3,10 60,53 100
4,7 0,20 14,83 13,5 0,50 25,30 25 -8,00 30,20 50 -3,10 59,66 100
4,8 0,20 14,40 13,5 0,50 25,46 25 -8,00 29,85 50 -3,00 59,70 100
4,9 0,30 14,40 13,5 0,60 25,46 25 -8,10 29,69 50 -2,90 59,78 100
5,0 0,30 14,28 13,5 0,60 25,46 25 -8,10 29,46 50 -2,90 59,15 100
5,1 0,30 14,00 13,5 0,60 25,58 25 -8,10 29,22 50 -2,80 59,35 100
5,2 0,40 13,81 13,5 0,60 25,69 25 -8,20 29,22 50 -2,80 59,51 100
5,3 0,50 13,81 13,5 0,60 25,65 25 -8,20 29,34 50 -2,70 59,00 100
5,4 0,60 13,85 13,5 0,70 25,73 25 -8,20 29,50 50 -2,70 59,00 100
5,5 0,70 13,81 13,5 0,70 25,77 25 -8,20 29,34 50 -2,60 58,49 100
5,6 0,70 13,77 13,5 0,70 26,01 25 -8,20 29,18 50 -2,60 58,76 100
5,7 0,80 13,69 13,5 0,70 26,09 25 -8,20 28,28 50 -2,50 58,09 100
5,8 0,90 13,77 13,5 0,70 26,01 25 -8,20 28,16 50 -2,40 58,02 100
5,9 0,90 13,69 13,5 0,70 25,97 25 -8,30 29,11 50 -2,40 58,60 100
6,0 0,90 13,26 13,5 0,70 26,01 25 -8,40 29,11 50 -2,40 58,64 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
16,55 26,09 31,11 67,20
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 168

Figura E.8 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANU-100 com H = 23%

70,00

60,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

4,00

2,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Expansão (mm)

-2,00

-4,00

-6,00

-8,00

-10,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 169

Tabela E.9 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANC-25 com H = 29%

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 2,04 13,5 0,00 6,35 25 0,00 7,10 50 0,00 24,12 100
0,1 -0,40 2,16 13,5 -0,40 7,81 25 -0,40 9,92 50 -0,40 26,48 100
0,2 -0,70 2,43 13,5 -0,80 7,02 25 -0,70 11,34 50 -1,00 30,05 100
0,3 -1,30 3,41 13,5 -1,00 7,57 25 -0,90 10,55 50 -1,50 33,03 100
0,4 -1,60 3,49 13,5 -1,20 7,57 25 -1,20 11,22 50 -1,70 35,07 100
0,5 -1,80 4,04 13,5 -1,80 8,08 25 -1,70 12,47 50 -2,40 37,11 100
0,6 -2,10 4,16 13,5 -2,10 7,34 25 -2,00 13,69 50 -2,90 39,07 100
0,7 -2,30 4,94 13,5 -2,40 8,24 25 -2,10 13,96 50 -3,30 41,54 100
0,8 -2,50 4,71 13,5 -2,70 8,67 25 -2,40 13,85 50 -3,60 43,78 100
0,9 -2,70 4,28 13,5 -2,90 9,18 25 -2,60 14,71 50 -4,00 43,35 100
1,0 -3,00 4,79 13,5 -3,10 9,41 25 -2,80 15,30 50 -4,10 43,89 100
1,1 -3,50 5,18 13,5 -3,40 9,77 25 -2,90 16,00 50 -4,20 46,13 100
1,2 -3,60 4,86 13,5 -3,60 10,00 25 -3,00 16,20 50 -4,40 46,17 100
1,3 -3,80 4,90 13,5 -3,80 8,83 25 -3,10 17,34 50 -4,50 45,19 100
1,4 -4,00 5,92 13,5 -3,90 8,43 25 -3,20 17,65 50 -4,60 47,97 100
1,5 -4,10 6,35 13,5 -3,90 7,69 25 -3,40 18,32 50 -4,80 49,54 100
1,6 -4,30 6,28 13,5 -4,00 10,16 25 -3,40 18,83 50 -4,90 50,37 100
1,7 -4,40 6,20 13,5 -4,00 9,65 25 -3,50 19,38 50 -5,00 50,84 100
1,8 -4,40 6,35 13,5 -4,20 11,26 25 -3,60 19,81 50 -5,10 51,35 100
1,9 -4,50 6,39 13,5 -4,40 11,02 25 -3,80 20,36 50 -5,10 51,62 100
2,0 -4,50 6,59 13,5 -4,40 11,06 25 -3,80 20,79 50 -5,20 51,82 100
2,1 -4,50 6,67 13,5 -4,50 11,14 25 -3,90 21,65 50 -5,30 51,70 100
2,2 -4,60 5,30 13,5 -4,60 12,51 25 -3,90 22,32 50 -5,30 51,98 100
2,3 -4,60 4,67 13,5 -4,70 12,63 25 -3,90 22,87 50 -5,40 52,72 100
2,4 -4,60 5,02 13,5 -4,80 12,67 25 -3,90 23,42 50 -5,40 54,05 100
2,5 -4,60 6,28 13,5 -4,90 12,04 25 -4,00 23,54 50 -5,50 54,96 100
2,6 -4,60 6,24 13,5 -4,90 11,85 25 -4,00 23,54 50 -5,50 54,60 100
2,7 -4,60 6,67 13,5 -4,90 11,85 25 -4,10 24,09 50 -5,50 54,56 100
2,8 -4,70 6,79 13,5 -5,00 11,69 25 -4,10 23,97 50 -5,60 54,13 100
2,9 -4,70 6,71 13,5 -5,00 11,53 25 -4,10 24,12 50 -5,60 54,49 100
3,0 -4,70 7,22 13,5 -5,00 12,24 25 -4,10 23,77 50 -5,70 55,03 100
3,1 -4,90 7,69 13,5 -5,00 12,36 25 -4,10 23,65 50 -5,70 55,23 100
3,2 -5,00 7,53 13,5 -5,10 12,47 25 -4,10 23,81 50 -5,70 55,62 100
3,3 -5,30 7,69 13,5 -5,10 12,67 25 -4,10 23,81 50 -5,80 56,37 100
3,4 -5,30 8,47 13,5 -5,20 13,10 25 -4,10 24,01 50 -5,80 56,84 100
3,5 -5,30 8,12 13,5 -5,20 13,26 25 -4,10 24,24 50 -5,80 58,02 100
3,6 -5,30 7,85 13,5 -5,20 13,22 25 -4,10 24,44 50 -5,90 58,21 100
3,7 -5,30 7,57 13,5 -5,20 13,53 25 -4,20 24,36 50 -5,90 58,64 100
3,8 -5,30 7,88 13,5 -5,20 13,49 25 -4,20 24,44 50 -5,90 58,84 100
3,9 -5,30 7,45 13,5 -5,20 13,93 25 -4,20 24,87 50 -5,90 59,11 100
4,0 -5,30 7,06 13,5 -5,20 14,00 25 -4,20 25,11 50 -5,90 58,76 100
4,1 -5,30 7,85 13,5 -5,20 13,30 25 -4,20 25,58 50 -5,90 59,31 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 170

4,2 -5,30 7,81 13,5 -5,20 13,77 25 -4,20 25,54 50 -5,90 58,29 100
4,3 -5,30 7,73 13,5 -5,20 13,61 25 -4,20 25,85 50 -5,90 59,04 100
4,4 -5,30 7,73 13,5 -5,20 13,22 25 -4,20 25,93 50 -6,00 59,62 100
4,5 -5,30 7,41 13,5 -5,20 14,28 25 -4,20 25,42 50 -6,00 59,31 100
4,6 -5,30 7,41 13,5 -5,30 14,40 25 -4,20 26,01 50 -6,00 58,88 100
4,7 -5,20 7,37 13,5 -5,30 14,67 25 -4,20 26,36 50 -6,00 58,84 100
4,8 -5,10 7,14 13,5 -5,30 14,40 25 -4,20 26,24 50 -6,00 59,43 100
4,9 -5,10 5,84 13,5 -5,30 14,71 25 -4,20 26,44 50 -6,00 59,86 100
5,0 -5,00 5,81 13,5 -5,30 14,91 25 -4,30 26,52 50 -6,00 59,59 100
5,1 -5,00 6,98 13,5 -5,30 15,34 25 -4,30 26,32 50 -6,00 59,74 100
5,2 -5,00 7,30 13,5 -5,30 15,65 25 -4,20 26,20 50 -6,00 59,98 100
5,3 -5,00 8,43 13,5 -5,30 15,46 25 -4,20 26,36 50 -6,00 60,33 100
5,4 -5,00 7,96 13,5 -5,30 15,89 25 -4,20 25,93 50 -6,00 59,66 100
5,5 -5,00 7,85 13,5 -5,00 15,97 25 -4,20 25,61 50 -6,00 60,02 100
5,6 -5,00 8,08 13,5 -5,00 15,85 25 -4,20 25,42 50 -6,10 60,17 100
5,7 -5,00 8,00 13,5 -4,90 15,65 25 -4,20 25,50 50 -6,10 60,41 100
5,8 -5,00 8,08 13,5 -4,80 15,53 25 -4,10 25,61 50 -6,10 60,13 100
5,9 -5,00 7,85 13,5 -4,80 15,97 25 -4,10 25,65 50 -6,10 60,02 100
6,0 -5,00 7,88 13,5 -4,70 16,48 25 -4,10 25,34 50 -6,10 60,37 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
8,47 16,48 26,52 60,41
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 171

Figura E.9 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANC-25 com H = 29%

80,00

70,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

80,00

70,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 172

Tabela E.10 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANC-33 com H = 29%

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 3,53 13,5 0,00 5,77 25 0,00 7,18 50 0,00 17,46 100
0,1 -0,60 3,84 13,5 -0,10 7,22 25 -0,30 8,83 50 -0,40 21,34 100
0,2 -0,80 3,80 13,5 -0,20 10,71 25 -0,60 9,61 50 -0,80 26,32 100
0,3 -1,00 3,65 13,5 -0,30 9,14 25 -1,00 10,67 50 -1,30 27,11 100
0,4 -1,30 4,79 13,5 -0,60 9,92 25 -1,40 12,08 50 -1,60 29,54 100
0,5 -1,60 4,39 13,5 -0,90 10,16 25 -1,70 13,38 50 -1,90 30,48 100
0,6 -1,60 4,79 13,5 -1,00 11,18 25 -1,90 12,43 50 -2,00 34,28 100
0,7 -1,70 5,92 13,5 -1,00 12,55 25 -2,20 14,51 50 -2,30 37,58 100
0,8 -1,70 5,45 13,5 -1,10 12,83 25 -2,30 14,91 50 -2,50 39,19 100
0,9 -1,70 5,81 13,5 -1,20 13,34 25 -2,50 15,65 50 -2,80 40,48 100
1,0 -1,80 5,41 13,5 -1,30 13,89 25 -2,60 13,34 50 -3,00 41,89 100
1,1 -1,90 5,73 13,5 -1,30 14,75 25 -2,70 16,63 50 -3,10 43,11 100
1,2 -1,90 6,16 13,5 -1,40 15,34 25 -2,70 17,50 50 -3,20 43,97 100
1,3 -1,90 6,63 13,5 -1,40 15,22 25 -2,80 17,73 50 -3,40 44,88 100
1,4 -1,90 6,86 13,5 -1,40 14,44 25 -2,90 17,93 50 -3,60 46,41 100
1,5 -1,90 7,06 13,5 -1,50 14,95 25 -2,90 19,30 50 -3,80 47,35 100
1,6 -1,90 7,26 13,5 -1,50 16,12 25 -3,00 19,69 50 -3,90 49,39 100
1,7 -1,90 7,18 13,5 -1,60 15,14 25 -3,10 20,01 50 -4,00 50,80 100
1,8 -1,90 7,26 13,5 -1,70 15,30 25 -3,20 20,55 50 -4,00 50,64 100
1,9 -1,90 7,14 13,5 -1,70 15,89 25 -3,20 20,75 50 -4,10 51,78 100
2,0 -2,00 7,45 13,5 -1,70 15,97 25 -3,30 21,50 50 -4,10 52,72 100
2,1 -2,00 7,73 13,5 -1,70 16,71 25 -3,40 21,93 50 -4,20 54,05 100
2,2 -2,00 7,69 13,5 -1,70 17,10 25 -3,50 21,93 50 -4,20 54,64 100
2,3 -2,00 7,88 13,5 -1,80 17,53 25 -3,50 22,32 50 -4,30 54,96 100
2,4 -2,00 7,77 13,5 -1,90 18,12 25 -3,60 22,32 50 -4,30 54,88 100
2,5 -2,00 7,73 13,5 -1,90 18,20 25 -3,70 23,03 50 -4,40 55,47 100
2,6 -2,00 7,73 13,5 -1,90 18,28 25 -3,80 22,95 50 -4,40 56,41 100
2,7 -2,00 7,69 13,5 -1,90 18,40 25 -3,90 22,83 50 -4,50 56,96 100
2,8 -2,00 7,73 13,5 -1,90 18,12 25 -3,90 23,03 50 -4,50 59,04 100
2,9 -2,00 7,77 13,5 -1,90 16,71 25 -3,90 22,75 50 -4,50 58,92 100
3,0 -2,00 7,85 13,5 -2,00 16,55 25 -4,00 22,99 50 -4,60 59,19 100
3,1 -2,00 8,12 13,5 -2,00 18,04 25 -4,00 23,18 50 -4,60 59,31 100
3,2 -2,00 8,47 13,5 -2,00 17,97 25 -4,00 23,93 50 -4,60 59,90 100
3,3 -2,00 8,20 13,5 -2,00 17,81 25 -4,10 23,93 50 -4,60 60,06 100
3,4 -2,00 8,36 13,5 -2,00 18,28 25 -4,10 24,40 50 -4,70 59,47 100
3,5 -2,00 8,79 13,5 -1,90 18,59 25 -4,10 24,52 50 -4,70 60,13 100
3,6 -2,00 8,55 13,5 -1,90 18,59 25 -4,20 24,36 50 -4,70 61,15 100
3,7 -2,00 8,43 13,5 -1,90 18,99 25 -4,20 24,71 50 -4,70 61,82 100
3,8 -2,00 8,59 13,5 -1,90 18,79 25 -4,30 24,75 50 -4,70 61,98 100
3,9 -2,00 8,83 13,5 -1,90 18,71 25 -4,30 24,87 50 -4,70 62,06 100
4,0 -2,00 9,06 13,5 -1,90 18,63 25 -4,40 25,14 50 -4,70 61,74 100
4,1 -2,00 8,71 13,5 -1,90 18,20 25 -4,40 25,07 50 -4,70 61,78 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 173

4,2 -2,00 8,59 13,5 -1,90 18,79 25 -4,40 25,30 50 -4,70 61,43 100
4,3 -2,00 8,47 13,5 -1,90 18,08 25 -4,50 24,99 50 -4,70 61,04 100
4,4 -2,00 8,51 13,5 -1,90 17,77 25 -4,50 24,99 50 -4,70 61,78 100
4,5 -2,00 8,47 13,5 -1,90 18,01 25 -4,50 25,14 50 -4,70 61,94 100
4,6 -2,00 8,12 13,5 -1,90 18,01 25 -4,60 24,91 50 -4,70 61,66 100
4,7 -2,00 7,26 13,5 -1,90 18,48 25 -4,60 24,79 50 -4,70 61,47 100
4,8 -2,00 7,10 13,5 -1,90 18,67 25 -4,60 24,71 50 -4,70 60,76 100
4,9 -2,00 7,14 13,5 -1,90 18,51 25 -4,60 23,77 50 -4,70 60,88 100
5,0 -2,00 7,22 13,5 -1,90 18,32 25 -4,70 24,63 50 -4,70 60,41 100
5,1 -2,00 7,26 13,5 -1,90 18,44 25 -4,70 24,91 50 -4,70 60,80 100
5,2 -2,00 6,98 13,5 -1,90 18,48 25 -4,70 25,11 50 -4,70 60,61 100
5,3 -2,00 6,98 13,5 -1,80 18,44 25 -4,70 25,18 50 -4,70 60,53 100
5,4 -2,00 7,30 13,5 -1,80 18,24 25 -4,80 25,07 50 -4,70 60,41 100
5,5 -2,00 7,41 13,5 -1,80 18,40 25 -4,90 25,14 50 -4,70 60,64 100
5,6 -2,00 7,53 13,5 -1,80 18,32 25 -4,90 25,22 50 -4,70 60,64 100
5,7 -2,00 7,69 13,5 -1,80 18,20 25 -5,00 25,34 50 -4,70 61,04 100
5,8 -2,00 7,37 13,5 -1,80 18,55 25 -5,10 25,61 50 -4,70 60,84 100
5,9 -2,00 7,14 13,5 -1,80 18,40 25 -5,10 25,61 50 -4,70 60,06 100
6,0 -2,00 7,37 13,5 -1,80 18,32 25 -5,20 24,91 50 -4,70 59,98 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
9,06 18,99 25,62 62,06
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 174

Figura E.10 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANC-33 com H = 29%

80,00

70,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

80,00

70,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 175

Tabela E.11 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa AND-50 com H = 29%

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 2,43 13,5 0,00 7,53 25 0,00 12,12 50 0,00 7,73 100
0,1 -0,20 3,14 13,5 -0,20 8,59 25 -0,20 13,61 50 -0,50 16,44 100
0,2 -0,30 3,57 13,5 -0,40 8,94 25 -0,40 14,75 50 -0,80 25,38 100
0,3 -0,40 3,80 13,5 -0,60 9,14 25 -0,60 15,42 50 -1,20 26,16 100
0,4 -0,40 3,49 13,5 -0,70 9,92 25 -1,00 16,51 50 -1,40 26,75 100
0,5 -0,50 3,80 13,5 -0,80 11,10 25 -1,30 17,85 50 -1,50 29,81 100
0,6 -0,50 4,08 13,5 -0,80 11,81 25 -1,30 17,65 50 -1,60 32,91 100
0,7 -0,50 4,55 13,5 -0,90 13,22 25 -1,50 18,67 50 -1,70 33,34 100
0,8 -0,60 4,35 13,5 -1,00 13,85 25 -1,60 19,42 50 -1,80 35,70 100
0,9 -0,60 4,31 13,5 -1,00 15,65 25 -1,80 19,42 50 -2,10 38,25 100
1,0 -0,60 4,35 13,5 -1,10 15,53 25 -1,90 20,20 50 -2,20 39,31 100
1,1 -0,60 4,55 13,5 -1,10 15,22 25 -2,00 20,91 50 -2,30 33,81 100
1,2 -0,60 4,31 13,5 -1,10 15,42 25 -2,10 20,52 50 -2,40 34,36 100
1,3 -0,60 4,47 13,5 -1,10 15,97 25 -2,20 21,89 50 -2,70 36,83 100
1,4 -0,60 4,47 13,5 -1,10 16,24 25 -2,30 22,79 50 -2,80 41,19 100
1,5 -0,60 4,39 13,5 -1,00 16,67 25 -2,40 23,38 50 -2,90 40,13 100
1,6 -0,60 4,39 13,5 -1,00 16,48 25 -2,40 23,85 50 -3,00 44,01 100
1,7 -0,60 3,57 13,5 -1,00 17,34 25 -2,50 24,79 50 -3,20 46,29 100
1,8 -0,60 4,55 13,5 -1,00 17,50 25 -2,60 25,11 50 -3,40 47,74 100
1,9 -0,50 4,79 13,5 -1,00 17,73 25 -2,70 25,58 50 -3,60 45,82 100
2,0 -0,50 4,98 13,5 -1,00 17,93 25 -2,70 25,54 50 -3,70 51,58 100
2,1 -0,50 5,30 13,5 -1,00 18,16 25 -2,80 25,85 50 -3,80 53,00 100
2,2 -0,50 5,73 13,5 -1,00 18,40 25 -2,90 25,93 50 -3,80 53,70 100
2,3 -0,50 5,57 13,5 -1,00 18,83 25 -3,00 26,56 50 -3,90 54,92 100
2,4 -0,40 5,81 13,5 -1,00 18,75 25 -3,10 26,75 50 -3,90 56,60 100
2,5 -0,40 6,08 13,5 -1,00 18,67 25 -3,10 27,26 50 -3,90 57,55 100
2,6 -0,30 5,96 13,5 -1,00 18,83 25 -3,10 27,42 50 -4,00 57,98 100
2,7 -0,30 5,73 13,5 -1,00 18,67 25 -3,20 27,50 50 -4,00 59,27 100
2,8 -0,20 6,16 13,5 -1,00 18,71 25 -3,20 27,93 50 -4,10 59,90 100
2,9 -0,20 6,12 13,5 -1,00 18,51 25 -3,20 28,60 50 -4,10 60,33 100
3,0 -0,10 6,28 13,5 -1,00 18,28 25 -3,20 28,95 50 -4,10 61,00 100
3,1 -0,10 6,35 13,5 -1,00 18,32 25 -3,20 28,52 50 -4,20 61,70 100
3,2 -0,10 6,59 13,5 -1,00 18,28 25 -3,20 29,50 50 -4,20 61,94 100
3,3 0,00 6,98 13,5 -0,90 18,71 25 -3,20 29,54 50 -4,30 62,96 100
3,4 0,00 6,59 13,5 -0,90 19,18 25 -3,40 29,58 50 -4,30 63,19 100
3,5 0,10 7,10 13,5 -0,90 19,38 25 -3,50 29,93 50 -4,30 63,70 100
3,6 0,10 6,90 13,5 -0,90 19,06 25 -3,50 30,05 50 -4,30 63,31 100
3,7 0,20 7,10 13,5 -0,90 18,67 25 -3,50 30,40 50 -4,30 63,51 100
3,8 0,20 7,18 13,5 -0,90 18,08 25 -3,50 30,32 50 -4,30 63,82 100
3,9 0,30 7,22 13,5 -0,90 18,55 25 -3,50 30,52 50 -4,30 64,17 100
4,0 0,40 7,30 13,5 -0,90 18,75 25 -3,50 30,68 50 -4,30 63,90 100
4,1 0,40 7,53 13,5 -0,90 18,75 25 -3,50 30,95 50 -4,20 64,02 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 176

4,2 0,50 7,61 13,5 -0,80 18,12 25 -3,50 30,56 50 -4,20 64,10 100
4,3 0,50 7,45 13,5 -0,80 18,01 25 -3,50 30,09 50 -4,10 64,21 100
4,4 0,50 7,41 13,5 -0,80 17,73 25 -3,50 29,85 50 -4,10 63,59 100
4,5 0,60 7,26 13,5 -0,80 17,97 25 -3,50 30,09 50 -4,10 63,63 100
4,6 0,60 7,30 13,5 -0,80 17,93 25 -3,50 30,60 50 -4,10 63,31 100
4,7 0,70 7,34 13,5 -0,80 17,69 25 -3,50 30,91 50 -4,10 63,19 100
4,8 0,80 7,26 13,5 -0,80 17,77 25 -3,50 30,87 50 -4,10 62,84 100
4,9 0,90 7,73 13,5 -0,80 17,61 25 -3,50 30,95 50 -4,10 61,55 100
5,0 1,00 7,73 13,5 -0,80 16,63 25 -3,50 30,99 50 -4,10 61,43 100
5,1 1,10 7,69 13,5 -0,80 17,85 25 -3,50 31,03 50 -4,00 60,96 100
5,2 1,30 7,65 13,5 -0,80 17,38 25 -3,50 31,30 50 -4,00 60,72 100
5,3 1,30 7,57 13,5 -0,80 17,14 25 -3,40 31,07 50 -4,00 60,61 100
5,4 1,40 7,57 13,5 -0,80 17,57 25 -3,40 30,56 50 -4,00 59,86 100
5,5 1,40 7,85 13,5 -0,80 17,61 25 -3,40 30,99 50 -4,00 59,74 100
5,6 1,50 7,77 13,5 -0,80 17,50 25 -3,40 30,91 50 -4,00 59,11 100
5,7 1,50 7,88 13,5 -0,80 17,57 25 -3,40 30,87 50 -3,90 58,92 100
5,8 1,60 8,04 13,5 -0,80 17,42 25 -3,30 30,87 50 -3,90 58,41 100
5,9 1,80 8,00 13,5 -0,70 17,18 25 -3,30 31,07 50 -3,90 58,29 100
6,0 1,80 8,24 13,5 -0,70 16,99 25 -3,30 30,60 50 -3,90 58,09 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
8,24 19,38 31,30 64,21
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 177

Figura E.11 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa AND-50 com H = 29%

80,00

70,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

60,00

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

3,00

2,00

1,00

0,00
Expansão (mm)

0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0

-1,00

-2,00

-3,00

-4,00

-5,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 178

Tabela E.12 – Planilha de cisalhamento direto da argamassa ANU-100 com H = 29%

Ext. Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão Ext. Tensão


Horiz. Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert Vert. Cisalh. Vert
(mm) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa) (mm) (kPa) (kPa)
0,0 0,00 1,37 13,5 0,00 5,53 25 0,00 0,00 50 0,00 14,08 100
0,1 -0,10 4,12 13,5 -0,20 6,04 25 0,05 14,91 50 -0,10 16,67 100
0,2 -0,10 8,94 13,5 -0,30 6,79 25 0,10 18,48 50 -0,20 18,63 100
0,3 -0,10 7,69 13,5 -0,30 6,90 25 0,10 21,34 50 -0,30 19,77 100
0,4 -0,10 7,10 13,5 -0,40 7,26 25 0,15 22,71 50 -0,40 20,40 100
0,5 -0,20 8,36 13,5 -0,40 8,24 25 0,15 23,54 50 -0,50 21,34 100
0,6 -0,30 9,49 13,5 -0,50 8,24 25 0,20 24,40 50 -0,50 22,05 100
0,7 -0,30 10,59 13,5 -0,50 8,63 25 0,30 25,26 50 -0,60 23,38 100
0,8 -0,30 11,65 13,5 -0,60 8,87 25 0,30 26,09 50 -0,70 24,44 100
0,9 -0,30 10,47 13,5 -0,60 9,38 25 0,30 26,63 50 -0,60 24,83 100
1,0 -0,20 11,65 13,5 -0,70 9,61 25 0,35 26,75 50 -0,50 25,18 100
1,1 -0,10 13,02 13,5 -0,70 9,77 25 0,35 27,11 50 -0,50 26,01 100
1,2 -0,10 13,22 13,5 -0,60 10,24 25 0,40 27,54 50 -0,50 26,91 100
1,3 -0,10 13,73 13,5 -0,60 10,40 25 0,40 27,97 50 -0,50 27,26 100
1,4 -0,10 14,04 13,5 -0,50 10,90 25 0,40 28,16 50 -0,40 27,65 100
1,5 -0,10 14,20 13,5 -0,40 10,94 25 0,50 28,56 50 -0,40 28,20 100
1,6 -0,10 14,55 13,5 -0,30 11,26 25 0,60 28,99 50 -0,40 28,48 100
1,7 0,00 14,55 13,5 -0,30 11,69 25 0,70 29,38 50 -0,40 29,15 100
1,8 0,00 14,63 13,5 -0,20 11,89 25 0,80 29,62 50 -0,40 29,50 100
1,9 0,00 14,79 13,5 -0,10 12,08 25 0,90 29,77 50 -0,40 30,24 100
2,0 0,00 14,87 13,5 0,00 12,51 25 0,90 29,93 50 -0,40 30,91 100
2,1 0,10 15,14 13,5 0,00 12,91 25 0,90 30,05 50 -0,30 31,54 100
2,2 0,20 15,53 13,5 0,10 13,14 25 0,95 30,17 50 -0,30 31,85 100
2,3 0,30 15,57 13,5 0,10 13,10 25 1,00 30,01 50 -0,30 32,17 100
2,4 0,40 15,65 13,5 0,20 13,26 25 1,00 30,32 50 -0,30 32,32 100
2,5 0,40 15,65 13,5 0,20 13,57 25 1,00 30,36 50 -0,30 32,71 100
2,6 0,40 15,46 13,5 0,30 13,45 25 1,10 30,32 50 -0,30 33,11 100
2,7 0,50 15,61 13,5 0,40 13,61 25 1,10 30,28 50 -0,30 33,22 100
2,8 0,60 15,57 13,5 0,50 13,89 25 1,10 30,52 50 -0,20 33,54 100
2,9 0,70 15,57 13,5 0,60 13,73 25 1,15 30,28 50 -0,20 33,89 100
3,0 0,70 15,61 13,5 0,70 13,61 25 1,20 30,48 50 -0,20 34,05 100
3,1 0,70 15,69 13,5 0,80 13,49 25 1,20 30,68 50 -0,20 34,13 100
3,2 0,70 15,49 13,5 0,90 13,45 25 1,30 30,44 50 -0,10 34,21 100
3,3 0,70 15,65 13,5 1,00 13,38 25 1,40 30,36 50 -0,10 33,97 100
3,4 0,80 15,57 13,5 1,00 13,38 25 1,40 30,60 50 -0,10 34,01 100
3,5 0,80 15,53 13,5 1,10 12,40 25 1,50 30,56 50 0,00 33,97 100
3,6 0,90 15,49 13,5 1,20 12,87 25 1,50 30,44 50 0,10 33,93 100
3,7 1,00 15,46 13,5 1,20 13,38 25 1,50 30,48 50 0,10 34,09 100
3,8 1,00 15,34 13,5 1,30 13,34 25 1,50 30,36 50 0,20 34,13 100
3,9 1,10 15,26 13,5 1,30 13,30 25 1,60 30,56 50 0,20 34,09 100
4,0 1,30 15,34 13,5 1,40 13,06 25 1,60 30,48 50 0,30 33,70 100
4,1 1,40 15,14 13,5 1,40 13,02 25 1,70 30,60 50 0,30 33,54 100

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 179

4,2 1,50 15,10 13,5 1,50 13,06 25 1,70 30,83 50 0,40 33,46 100
4,3 1,60 15,10 13,5 1,50 12,98 25 1,70 30,48 50 0,40 33,26 100
4,4 1,70 15,02 13,5 1,60 12,98 25 1,75 30,60 50 0,50 33,38 100
4,5 1,80 14,87 13,5 1,70 12,94 25 1,80 30,48 50 0,50 33,46 100
4,6 1,80 14,79 13,5 1,70 12,75 25 1,80 30,40 50 0,50 33,30 100
4,7 1,80 14,75 13,5 1,80 12,71 25 1,80 30,24 50 0,60 33,30 100
4,8 1,80 14,67 13,5 1,90 12,59 25 1,85 30,28 50 0,60 33,07 100
4,9 1,90 14,63 13,5 2,00 12,55 25 1,85 30,28 50 0,60 32,83 100
5,0 1,90 14,51 13,5 2,00 12,51 25 1,80 30,13 50 0,60 32,79 100
5,1 1,90 14,28 13,5 2,10 12,36 25 1,80 30,05 50 0,70 32,75 100
5,2 1,90 13,96 13,5 2,20 12,36 25 1,80 29,89 50 0,80 32,48 100
5,3 1,90 13,53 13,5 2,30 12,36 25 1,85 30,20 50 0,80 32,21 100
5,4 2,00 13,26 13,5 2,40 12,24 25 1,85 29,97 50 0,90 31,85 100
5,5 2,00 12,83 13,5 2,50 12,00 25 1,80 29,77 50 0,90 31,73 100
5,6 2,00 12,59 13,5 2,50 12,00 25 1,70 29,66 50 1,00 31,66 100
5,7 2,00 12,79 13,5 2,60 11,85 25 1,70 29,93 50 1,20 31,50 100
5,8 2,00 13,26 13,5 2,60 11,69 25 1,70 30,13 50 1,30 31,66 100
5,9 2,10 13,45 13,5 2,60 11,53 25 1,65 29,81 50 1,40 31,66 100
6,0 2,20 13,45 13,5 2,70 11,49 25 1,70 29,58 50 1,60 31,54 100
Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis. Tensão cis.
15,69 13,89 34,21 61,90
Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa) Max (kPa)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


D0108C15: Avaliação da viabilidade do emprego do ensaio cisalhamento direto para caracterização reológica
de argamassas 180

Figura E.12 – Cisalhamento direto e variação de altura da argamassa ANU-100 com H = 29%

70,00

60,00
Tensão de Cisalhamento (kPa)

50,00

40,00

30,00

20,00

10,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Deslocamento Cisalhante (mm)

4,00

2,00

0,00
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4 4,6 4,8 5,0 5,2 5,4 5,6 5,8 6,0
Expansão (mm)

-2,00

-4,00

-6,00

-8,00

-10,00
Deslocamento Cisalhante (mm)

R. C. ARAÚJO APÊNDICE E – Cisalhamento Direto das Argamassas


ANEXO 1
CERTIFICADO DE MATERIAL DE REFERÊNCIA:
AREIA NORMAL PARA ENSAIOS

R. C. ARAÚJO ANEXO 1 – Certificado de Material de Referência: Areia norma para ensaios

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