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Contribuições Teóricas

Estudos de Possibilidade e

Prospecção pragmática, a matriz do Sociedade 2023, Vol. 1(4)

404–413 O(s) autor(es)
2023 Diretrizes para
talvez, da incerteza e da agência reutilização de artigos: sagepub.com/
journals-permissions DOI:
humana 10.1177/27538699231178180 journals.sagepub.com/home/ps

Roy F. Baumeister
Universidade Construtora Bremen, Alemanha

Resumo O
agente humano existe num mundo constituído não apenas por fatos e estímulos, mas também por possibilidades. A multiplicidade
de possibilidades é mais facilmente aparente no futuro. A teoria da prospecção pragmática propõe que as pessoas pensem no
futuro para prever possibilidades (por exemplo, pontos de escolha que exigem decisão) em vez de resultados finais. Este
processo pode ser analisado em duas etapas heurísticas. O primeiro prevê um resultado desejável e, portanto, é tendencioso
para o otimismo. A segunda etapa considera como alcançar esse resultado, incluindo a observação de obstáculos e dificuldades,
e está, portanto, menos sujeita a vieses optimistas. Muitos processos psicológicos são adaptados a um ambiente em que a
incerteza é um aspecto frequente, e a psicologia de lidar com a incerteza mistura respostas simples e grosseiras (por exemplo,
conservar recursos, estar alerta a todas as informações) com respostas complexas e por vezes irracionais. A forma humana
avançada de agência, por vezes chamada de livre arbítrio, envolve processos complexos, incluindo simulação mental de
alternativas futuras, integração ao longo do tempo e aplicação de categorias e princípios significativos à causação do comportamento.

Palavras-
chave agência, livre arbítrio, futuro, possibilidades, possibilidade, prospecção, incerteza

A vida humana é vivida em meio a múltiplas possibilidades conectar-se-á à investigação sobre a incerteza, que por
concorrentes. O estudo psicológico das possibilidades definição invoca múltiplas possibilidades, e terminará com a
emergiu recentemente como um campo novo e estimulante consideração das implicações para a agência humana,
(por exemplo, Glaveanu, 2021). O desafio é observar e incluindo o chamado livre arbítrio.
explicar como a mente lida com múltiplas possibilidades,
começando por reconhecê-las e compreendê-las, e
terminando por colocar os músculos do corpo em ação para
Psicologia e o futuro: Origens da
executar e concretizar as possibilidades que escolheu teoria da prospecção pragmática
perseguir. Esse processo muitas vezes inclui a decisão de
Minha abordagem ao problema científico das possibilidades
não implementar certas possibilidades.
é moldada por uma teoria chamada prospecção pragmática
(Baumeister et al., 2016), que emergiu de diversas
Os objetivos deste artigo são os seguintes.
colaborações (Monroe et al., 2017; ME Seligman et al., 2013;
Primeiro, fornecerei alguns antecedentes e uma visão geral
M.
da teoria da prospecção pragmática, que enfatiza lidar com
Seligman et al., 2016). Seu foco está em como as pessoas
o futuro como possibilidades. Proporá duas dimensões
pensam sobre o futuro.
básicas de possibilidades futuras, correspondendo a duas
maneiras diferentes pelas quais o agente humano lida com
Autor correspondente: Roy
possibilidades iminentes. Será então F Baumeister, Constructor University Bremen, Alemanha.
E-mail: r.baumeister@uq.edu.au
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Baumeister
Ao longo de sua história, a psicologia se concentrou
mais em estudar o passado do que o futuro. As causas
do presente estão presumivelmente no passado. O
primeiro século da psicologia apresentou duas grandes
teorias (Freud, 1965/1933; Skinner, 1938). Ambos
explicaram o presente com base no passado, invocando
a história do reforço ou a sequência freudiana da infância
dos estágios oral-anal-edipiano.
Mais tarde, a ascensão da psicologia cognitiva também
se concentrou fortemente no passado. Existem periódicos
inteiros dedicados ao estudo da memória do passado.
Em contraste, pensar no futuro é uma parte menor do
que os psicólogos cognitivos estudam. Além disso, o
pressuposto é que o pensamento presente é moldado
por pensamentos e experiências anteriores, com menos
ênfase na forma como os pensamentos presentes se
relacionam com o futuro.
Mas evidências recentes indicam que as pessoas
comuns pensam muito mais no futuro do que no passado,
na verdade cerca de três vezes mais (Baumeister et al.,
2020). Além disso, mesmo quando as pessoas pensam
sobre o passado, o foco está na forma como o passado
tem implicações para o futuro.
Os pesquisadores há muito documentam as falhas e
falhas na memória. Depois, os neurocientistas
descobriram que as regiões cerebrais que reproduzem
acontecimentos passados são as mesmas que imaginam
acontecimentos futuros (por exemplo, Schacter & Addis,
2007). Isso levanta a questão de qual é a sua função
principal, pensar no futuro ou no passado? É mais útil
para o cérebro animal prever eventos iminentes do que
repetir a história antiga. As coisas que pareciam falhas
de memória podem, na verdade, ser vantagens para
pensar no futuro. Por exemplo, os investigadores da
memória lamentaram que cada vez que se repete uma
memória, esta é ligeiramente diferente, nunca atingindo
uma versão final permanente – mas para imaginar o
futuro, faz sentido pensar nele de forma diferente de
cada vez, porque as circunstâncias e as possibilidades
mudam. Da mesma forma, os investigadores da memória
consideraram lamentável que a forma como nos
lembramos de acontecimentos passados seja influenciada
pelas nossas preocupações e valores presentes – mas
é apropriado projectar o futuro à luz das nossas
preocupações e valores actuais. A maneira como você
projeta o
405
o futuro muda e deve mudar, e você precisa usar seus
valores atuais para avaliar as diferentes ações possíveis.
Quando os psicólogos finalmente começaram a
estudar os pensamentos sobre o futuro, naturalmente
começaram com previsões. Com que precisão as
pessoas prevêem e que coisas distorcem as suas
previsões? Estudos de previsão produziram algumas
descobertas valiosas e fascinantes. Como exemplo,
Buehler et al. (1994); também Buehler et al., 2010)
fizeram estudantes universitários preverem quando
entregariam suas teses. As previsões incluíam a previsão
mais provável, uma previsão otimista assumindo que
tudo correu bem e uma previsão do pior caso assumindo
que tudo correu mal. Os pesquisadores então fizeram o
acompanhamento para registrar as datas reais de
entrega. Em média, mesmo as previsões mais
pessimistas e de pior cenário ainda eram tendenciosas
de forma optimista: os alunos entregaram a sua tese
cerca de uma semana depois da previsão do pior caso
(e 3 semanas atrás da sua previsão “mais realista”). As
pessoas tinham principalmente esse viés otimista ao
prever seu próprio futuro. O preconceito desapareceu
quando as pessoas previram quando os outros
terminariam as suas tarefas.
Os psicólogos aprenderam muito ao estudar a
previsão (por exemplo, Tetlock & Gardner, 2016; Tetlock
et al., 2014). Mas será a previsão a principal forma como
as pessoas pensam sobre o futuro? A alternativa que
meu grupo desenvolveu é a teoria da prospecção
pragmática (por exemplo, Baumeister et al., 2016;
Baumeister et al., no prelo). A essência disso é que as
pessoas pensem no futuro para se prepararem para o
que devem fazer. Eles não estão tanto prevendo como
as coisas vão acabar, mas antecipando os pontos de
escolha e as encruzilhadas, onde as coisas podem tomar
direções diferentes, para que possam se preparar para
fazer o melhor para direcionar as coisas em direção a
resultados que serão melhores para eles próprios. ,
seus entes queridos, seus empregadores. Pensamos no
futuro para que, quando o futuro se tornar presente,
saibamos o que é melhor fazer ou dizer.
Outra forma de colocar isto é que as pessoas pensam
no futuro não tanto para prever a realidade, mas sim
para prever possibilidades. O
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406
O importante é antecipar situações futuras em que as
coisas poderão tomar rumos diferentes, para estarmos
preparados. Prever como as coisas vão acabar tem algum
interesse, mas não tem tanta utilidade pragmática. A
famosa observação do economista John Maynard Keynes
de que “No longo prazo, estaremos todos mortos” resume
a inutilidade pragmática da previsão a longo prazo. Em
vez disso, é útil prever os próximos pontos em que o
agente deverá escolher e atuar em meio a múltiplas
alternativas.
Assim, o agente deve reconhecer o conjunto de
possibilidades (a “matriz do talvez”; ver próxima seção). A
mente humana pode simular mentalmente as diversas
possibilidades (não necessariamente com precisão),
avaliar os resultados e tomar uma decisão racional e
egoísta sobre como agir.
O aspecto pragmático é evidente nos pensamentos
cotidianos das pessoas. Programamos vários telefones de
100 pessoas para emitirem bipes em pontos aleatórios
durante o dia, e então elas registraram seus pensamentos
mais recentes e responderam algumas perguntas sobre
eles. Dessa forma, obtivemos uma grande amostra dos
pensamentos cotidianos das pessoas (Baumeister et al.,
2020). Como já foi observado, eles pensam mais no futuro
do que no passado.
Além disso, tratava-se principalmente do futuro próximo,
em que as decisões devem ser tomadas e as ações
tomadas. Outro sinal de pragmatismo foi que a maioria
dos pensamentos sobre o futuro envolvia planeamento. O
planejamento é pragmático: o que você precisa fazer para
atingir seus objetivos? Em que pontos será útil saber como
agir, o que dizer, o que escolher? A preparação para esses
pontos é o aspecto mais útil e adaptativo de pensar sobre
o futuro.
O ponto de vista pragmático também é relevante para
pensar sobre a morte futura. Uma teoria influente afirmou
que um aspecto definidor e único da condição humana é o
conhecimento de que alguém irá morrer, e que isso inspira
intensa ansiedade e medo que as pessoas procuram
reprimir por meio de várias atividades que distraem ou
enganam a si mesmas (Becker, 1973). ; Pyszczynski et
al., 1997). Nosso estudo dos pensamentos cotidianos
incluiu perguntar às pessoas se seu pensamento mais
recente era sobre a morte. A morte foi
Estudos de Possibilidade e Sociedade 1(4)
relatado para cerca de metade de 1% dos pensamentos,
portanto, quase nunca. Além disso, mesmo esses raros
pensamentos de morte eram frequentemente classificados
como situados no passado, pelo que as pessoas não
pensavam na sua própria morte (que, por definição, deve
ocorrer no futuro, para qualquer pessoa que esteja viva
agora). A inevitabilidade da morte não faz parte da vida
mental consciente.
Na verdade, os teóricos da Gestão do Terror têm uma
explicação do tipo freudiana: a morte é tão aterrorizante
que as pessoas simplesmente a reprimem. É difícil testar
isso com nossos dados. No entanto, a teoria da prospecção
pragmática tem uma explicação diferente. A mortalidade
não é uma preocupação pragmática, precisamente porque
não podemos fazer nada a respeito. Não vale a pena
pensar nisso. Não é uma possibilidade, é uma certeza.
Em vez disso, a teoria da prospecção pragmática
proporia que as pessoas pensariam principalmente nas
possibilidades de morte, quando estas se intrometessem
na sua situação. Uma morte possível, mas evitável,
evocaria muitos pensamentos pragmáticos, destinados
principalmente a evitá-la.
O caso de teste, que permanece para pesquisas
futuras, seria uma ameaça particular de possível morte
iminente. Se a inevitabilidade da morte causa ansiedade
e, portanto, suprime os pensamentos, então, quando a
ameaça de morte aumenta subitamente (por exemplo, um
exame médico sugere que alguém pode ter uma doença
fatal), as pessoas deveriam reprimi-la ainda mais. Em
contraste, se a teoria pragmática estiver correta, então as
pessoas pensariam muito sobre esta possível morte, de
modo a evitar que ela acontecesse.
Futuro como matriz do talvez
As pessoas veem o futuro como múltiplas possibilidades e
estas são organizadas (daí o termo “matriz”). A organização
pode ser bastante lógica e sistemática num sentido
objectivo – enquanto a organização na mente do agente
pode ser muito mais caótica e, na verdade, as pessoas
podem não estar conscientes de algumas possibilidades e
podem negligenciar a consideração de outras a sério. Um
novo funcionário, por exemplo, pode ter que escolher entre
diversos planos de assistência médica e poupança para
aposentadoria,
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Baumeister
e estes têm a sua própria lógica quanto às
possibilidades que abrem e excluem no futuro.
Mas o funcionário pode não apreciá-los e, na verdade,
pode não compreender ou mesmo considerar alguns
deles. A estrutura organizacional também implica que
cada possibilidade escolhida no presente ou no futuro
próximo pode levar a novos conjuntos de possibilidades
futuras. Por exemplo, você pode escolher uma carreira
em direito, mas pode ser reprovado, na verdade, em
vários níveis (ser aceito na faculdade de direito,
graduar-se em direito, passar na ordem, ter uma prática
próspera). A forma tradicional de mapear decisões
como uma “árvore de decisão”, com ramificações que
conduzem em direções diferentes a outros conjuntos
de ramificações, capta bem isso.
Muitos animais conseguem pensar alguns segundos
ou até minutos no futuro, principalmente na forma de
expectativas. Os seres humanos são notavelmente
diferentes não só na sua capacidade de pensar muito
à frente no tempo, mas também de imaginar múltiplos
futuros alternativos. Experimentos recentes sugerem
que esta capacidade de pensar sobre múltiplas
possibilidades alternativas é limitada à humanidade
(Redshaw & Suddendorf, 2016).
Muitas descobertas de pesquisas iluminam a ideia
de que o futuro é uma matriz de talvez (Baumeister et
al., 2018). As pessoas agem como se o futuro fosse
mais mutável que o passado, mesmo quando está fora
do seu controle. Por exemplo, as pessoas apostarão
mais num evento futuro (por exemplo, um jogo de
futebol) do que num que já ocorreu, mesmo que a sua
ignorância subjetiva do resultado seja a mesma. Outros
trabalhos mostram que quando as pessoas se
concentram no futuro, olham para coisas que podem
controlar, ao passo que, ao discutirem o passado,
enfatizam causas fora do seu controlo.
As emoções antecipadas parecem ter uma influência
mais consistente no comportamento – e uma influência
mais consistentemente positiva – do que as emoções
sentidas atualmente. Os julgamentos morais são
muitas vezes sobre se a pessoa deveria ter agido de
forma diferente, o que a coloca firmemente no contexto
de múltiplas possibilidades. Além disso, existem fortes
argumentos de que os julgamentos morais são muitas
vezes orientados para o futuro, dada a preocupação
básica em prever como as outras pessoas agirão no
futuro e se são confiáveis.
407
Duas etapas na prospecção pragmática
Se pensar no futuro é basicamente pragmático, como
seria? A teoria da prospecção pragmática propõe que
existem duas etapas essenciais, mas muito diferentes
(Baumeister et al., 2016).
(Estas são etapas heurísticas como um padrão geral,
não uma dicotomia rígida.)
Imagine um animal que recentemente foi capaz de
pensar no futuro. O que seria mais adaptativo, em
termos de melhorar as suas perspectivas de
sobrevivência e reprodução? Dois tipos diferentes de
pensamentos pareceriam úteis e constituem os dois
passos. Primeiro, a criatura gostaria de pensar sobre
qual seria o melhor resultado, como no que ela deseja.
Em segundo lugar, e mais complicado, seriam as
reflexões sobre como alcançar esse bom resultado.
Essas duas etapas têm implicações diferentes.
Pensar no que você gostaria idealmente é
inerentemente otimista. Você quer o melhor cenário,
ou pelo menos um cenário muito bom. Mas quando
você começa a pensar em como chegar lá, você
reconhece os problemas e obstáculos.
Antecipá-los torna útil evitar ilusões otimistas e ser
realista, ou mesmo cauteloso.
A teoria das duas etapas foi estimulada por algumas
descobertas surpreendentes. Uma extensa literatura
de investigação indica que as pessoas fazem previsões
amplamente optimistas sobre o seu futuro (Shepperd
et al., 2013; Weinstein, 1980). Monroe et al. (2017)
argumentaram que o otimismo deveria levar as
pessoas a tomar decisões de alto risco e alta
recompensa, longe da estratégia de segurança que
aparentemente atrairia os pessimistas.
Conseqüentemente, eles designaram aleatoriamente
pessoas para pensar no presente ou no futuro. Em
seguida, os participantes tomaram várias decisões
entre opções arriscadas e de alta recompensa e
opções seguras. Afinal, se há uma chance de um
grande ganho ou perda, em vez de jogar pelo seguro,
seria de esperar que os otimistas arriscassem enquanto
os pessimistas jogassem pelo seguro, certo? Mas
Monroe et al. encontrou exatamente o oposto. Quando
as pessoas adotaram uma mentalidade futura, tornaram-
se cautelosas e não correram atrás de riscos.
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408
A evidência de previsões optimistas tendenciosas é forte.
Mas Monroe et al. (2017) também descobriram repetidamente
que a reflexão prolongada sobre o futuro levava à cautela. Em
vez de argumentar que um ou outro deve estar errado, Baumeister
et al. (2016) propuseram que ambos os fenômenos eram
genuínos – mas ocorrem em sequência. A primeira resposta
direta tende a ser otimista, enquanto a segunda é mais realista.
Para caricaturar: Primeiro, sonhe grande.
Em segundo lugar, caia na real.
As evidências a favor do modelo de duas etapas são
abordadas em outro artigo desta edição especial (Sjaÿstad & Bø,
no prelo). Resumidamente, em muitas experiências, os
participantes foram convidados a fazer previsões sobre o seu
futuro, enquanto estavam sentados em frente a um computador.
Eles foram presenteados com um cronômetro.
Por atribuição aleatória, metade foi instruída a dar as suas
respostas dentro de um breve período, como 10 ou 20 segundos.
Os outros foram instruídos a não responder antes do mesmo
número de segundos. Repetidamente, as previsões rápidas das
pessoas eram muito mais otimistas do que as mais lentas. Um
breve atraso foi suficiente para permitir que o segundo passo
começasse a reconhecer os potenciais obstáculos e problemas.
Assim, a primeira resposta rápida concentra-se no melhor
resultado, enquanto a segunda resposta, mais lenta, é intimidada
pelos obstáculos.
As duas etapas envolvem tipos de possibilidades um tanto
diferentes. O primeiro passo se concentra no que se deseja que
aconteça. Afinal, isso é altamente útil e adaptativo para um
cérebro simples. Se o seu objetivo é escapar, fazer sexo ou
encontrar algo para comer, então é útil para o seu cérebro ter
alguma noção disso. Depois de conhecer o objetivo, ele pode
começar a traçar um caminho até lá. Tal planeamento revela que
muitos planos são piores que outros e, por isso, é preciso
encontrar uma forma de lidar com os problemas, contratempos e
obstáculos.
Duas dimensões de possibilidade
Uma teoria das possibilidades para a ação humana tem que
começar a mapear o espaço, ou seja, como as possibilidades
estão ligadas entre si. Proponho começar com duas dimensões
muito importantes,
Estudos de Possibilidade e Sociedade 1(4)
que são altamente relevantes para teorias sobre livre arbítrio e
agência. Eu penso neles como horizontais e verticais. A dimensão
horizontal é como cartas dispostas sobre uma mesa, ou um
pedido do cardápio de um restaurante, ou uma bifurcação na
estrada à frente – você pode escolher qualquer uma. Você
decide. Em contraste, a dimensão vertical é como ganhar ou
perder.
Querer ou escolher vencer não é suficiente e, em vez de escolher
o que quer, você precisa fazer um bom trabalho. O agente tem
algum controle e, pragmaticamente, é importante preparar-se
para dar o melhor de si em situações importantes, como praticar
esporte ou instrumento musical, estudar para uma prova ou
ensaiar uma apresentação.
A diferença está na origem do julgamento de valor. Na
dimensão vertical, como no sucesso/fracasso, o julgamento de
valor está embutido na situação: todos concordam que o sucesso
é melhor que o fracasso, ganhar é melhor que perder. Na
dimensão horizontal, origina-se dentro do agente (o que você
quer comer?). Outra diferença é que o resultado imediato está
em grande parte, ou mesmo inteiramente, sob o controle do
agente na dimensão horizontal, mas na dimensão vertical não há
garantia de conseguir o que se deseja. Mesmo se você tiver um
desempenho excelente, seu oponente poderá superá-lo e vencer
a partida. Ainda assim, você tem algum controle sobre a qualidade
do seu desempenho e pode exercer isso para melhorar suas
chances. Num sentido importante, você exerce controle agencial
para mudar as possibilidades (ou seja, melhorar as chances de
sucesso), mesmo que não possa escolher o resultado que
deseja, como acontece com as escolhas horizontais.
O pensamento consciente é uma simulação gerada
internamente, até mesmo do aqui e agora. Crucialmente, a mente
humana simula possibilidades. Imagina diferentes situações
futuras, diferentes respostas possíveis para a mesma situação
possível e diferentes resultados possíveis. Ele tenta pensar como
as coisas acabariam e como elas se sentiriam. A partir dessa
informação, a mente decide o que fazer e inicia a ação.
É importante estipular que a mente não está apenas
inventando possibilidades espúrias.
Esta, com certeza, pode ser a forma como os deterministas veem
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Baumeister
o assunto, dado que pensam que possibilidades
alternativas nunca foram realmente possíveis. Mas a
abordagem pragmática enfatiza que o mundo oferece
múltiplas possibilidades, e a mente humana pode
capitalizá-las melhor se as compreender e pensar sobre
elas (de modo a escolher de forma óptima). Certamente,
a mente pode estar enganada. Pode simular possibilidades
que não existem, como quando alguém pondera e decide
comprar um item e descobre que ele já foi vendido. Pode
estar enganado sobre o que é possível de outras
maneiras. No entanto, presumo que a maioria das
pessoas é razoavelmente precisa na compreensão da
maioria das possibilidades que enfrentam, na maior parte
do tempo – e esta compreensão é a chave para uma
acção pragmática e bem sucedida.
Se a mente simula uma matriz horizontal ou vertical,
talvez leve a diferentes tipos de preparativos. A dimensão
horizontal é apenas uma questão de escolha e depende
inteiramente do agente. Nessa situação, o agente tem
que pensar sobre qual decisão tomar. O agente pode
simular as diferentes opções e como elas ficariam. O
cliente do restaurante pode ver a opção de peixe no
cardápio e imaginar como será, e então o cliente imagina
comê-lo enquanto deseja ter pedido o hambúrguer
chique. As opções têm valores diferentes, mas o agente
é livre para decidir quais são esses valores, com base
em simulações mentais e preferências. Tudo se resume
ao que você deseja, para seu próprio benefício. (Isso
pode incluir seu desejo de fazer o que é melhor para os
outros.)
Em nítido contraste, a dimensão vertical não cabe ao
agente escolher. O sucesso ou o fracasso do agente tem
consequências, e a mente pode simulá-las (imaginá-las)
mentalmente. O sucesso é melhor que o fracasso. Mas
desta vez a escolha do agente não é suficiente para ditar
o resultado.
Em vez disso, o agente precisa se concentrar em como
ter um bom desempenho. Parte do resultado está além
do controle. Em uma partida de tênis, você pode fazer
tudo certo, mas ainda assim poderá perder se seu
oponente tiver um desempenho de nível superior. No
entanto, no geral, ao longo de toda a vida, fazer o melhor
sempre aumentará seus bons resultados e sua vida será
mais feliz.
409
Incerteza e múltiplas
possibilidades
Há vários anos, Alquist e eu lemos a literatura de
pesquisa sobre incerteza e tentamos entendê-la (ver
Alquist & Baumeister, 2022). A incerteza é prima próxima
das múltiplas possibilidades. Certeza significa que existe
apenas uma possibilidade. Incerteza significa mais de
uma.
É claro que existem dois tipos distintos de incerteza,
então você pode ter um, ambos ou nenhum. O primeiro
tipo é a incerteza em sua mente (incerteza subjetiva):
você sabe que há algo que você não sabe. O outro tipo
de incerteza está presente na situação (incerteza
objetiva): o resultado está no futuro e ainda não foi
determinado. A diferença entre os dois tipos de incerteza
assemelha-se à diferença entre o jogo de basquete de
ontem e o de amanhã. Você pode não ter certeza de
quem ganhou ontem, mas alguém definitivamente
ganhou. O vencedor do jogo de amanhã, por outro lado,
ainda não foi decidido.
Estes têm efeitos diferentes. A incerteza subjetiva
exige não agir e buscar mais informações. Seria melhor
descobrir os factos antes de fazer qualquer coisa e, na
verdade, não há nada que se possa fazer sobre coisas
já resolvidas. Em contraste, quando existem múltiplas
possibilidades objetivas, é necessário agir.
É para isso que serve a agência, para funcionar em
situações com múltiplos resultados possíveis, de modo
a orientar os acontecimentos para bons resultados. A
incerteza também parece ser um sinal para conservar
recursos, incluindo esforço e força de vontade.
Outra impressão geral da nossa extensa revisão da
literatura é uma mistura de boas e más notícias, por
assim dizer. As respostas à incerteza pareciam ampla e
grosseiramente adaptativas – mas não racionalmente
óptimas. Ambos requerem explicação.
Uma poderosa teoria recente é que a incerteza e a
ansiedade são o padrão (Brosschot et al., 2016). Não é
que se comece assumindo a segurança e ocasionalmente
aprenda a responder à ameaça. (Ameaça é a
possibilidade, e não a certeza, de que algo ruim irá
acontecer.) Em vez disso, segurança é o que se aprende.
O estado básico é a ansiedade
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410
incerteza, e somente quando você realmente se sente seguro
o cérebro amortece esses sentimentos ruins de
ansiedade e estresse.
Isso explicaria por que os animais parecem capazes
responder à incerteza, embora a maioria
evidências sugerem que eles não conseguem realmente entender
ou até mesmo pensar nisso. Evidências recentes sugerem que
somente a mente humana pode se preparar para múltiplas
possibilidades alternativas – ao contrário até dos nossos
parentes animais mais inteligentes (Redshaw & Suddendorf,
2016). Mas se a vida começa em meio à incerteza,
os cérebros dos animais teriam maneiras de lidar com isso.
As respostas são simples, mas muitas vezes seriam
eficaz.
Por exemplo: Incerteza significa saber
falta informação. A resposta ideal é
buscar e obter essas informações. Claro
suficiente, a incerteza estimula a busca por
Informação. Mas acontece que a incerteza motiva a procura
de todo tipo de informação, mesmo
informações irrelevantes, até mesmo informações inúteis e
desagradáveis, e assim por diante (ver Alquist &
Baumeister, 2022, para revisão). É provavel
mais fácil projetar um cérebro animal simples para
responder à incerteza fazendo com que ela se torne
alerta para todos os tipos de novas informações - como
opôs-se a projetá-lo para buscar exatamente o
informações de que necessita, o que requer bastante
atividade mental (formando um conceito do que se
procura, analisando a situação em
onde procurar informações úteis).
Por que o chamado livre arbítrio evoluiu
O livre arbítrio é mais comum e facilmente definido
como a capacidade de agir de maneira diferente no mesmo
situações. Está, portanto, enraizado em possibilidades. Meu
A compreensão do livre arbítrio foi muito influenciada pela
análise filosófica de List (2019) sobre
por que o livre arbítrio é real.
Tenho tido muitas conversas com psicólogos que não
acreditam no livre arbítrio, e da mesma forma
muitos com outros que o aceitam. Surpreendentemente,
eles concordam amplamente sobre como a mente humana
e o cérebro controla o comportamento do corpo. Em outro
palavras, eles não discordam sobre como o comportamento
acontece. Além disso, e o que é crucial, eles também
Estudos de Possibilidade e Sociedade 1(4)
concordamos que a forma como os seres humanos orientam o seu comportamento é vasta
e qualitativamente diferente da forma como os seres humanos orientam o seu comportamento.
o que os outros macacos, ou mesmo todos os outros
animais, fazem.
Eles apenas discordam sobre se isso
sistema notável e evolutivamente novo para controlar a
ação, merece ter o nome de “livre
vontade.'' E o desacordo é principalmente porque
eles estão usando definições diferentes de livre arbítrio.
Na minha opinião, o verdadeiro problema científico é
entender como esse sistema radicalmente novo de
o comportamento controlador evoluiu e como ele funciona.
Quer se qualifique como livre arbítrio, ou (mais
provável) em que sentido isso acontece ou não, não é
nosso trabalho, e deveríamos deixar isso para o
filósofos.
Os traços que nos tornam humanos, que constituem a
essência humana, são adaptações
permitir-nos sustentar a cultura (Baumeister, 2005).
A cultura permite-nos criar mais recursos, por isso
sobrevivemos e nos reproduzimos melhor. Essas
características essencialmente humanas derivam daquilo que nos ajuda
participar da cultura – um sistema gigante de cooperação e
comunicação que produz mais
recursos, aumentando assim a quantidade e
qualidade de vida. Em um nível biológico básico, isso é
do que se trata.
Uma fonte de confusão no livre arbítrio
debate é o obstáculo que de alguma forma todos
causas anteriores se combinam para produzir o presente,
mas como um ser físico adquire a possibilidade de dividir o
fluxo de causalidade em diferentes direções? Muitos
cientistas pensam que se
as várias causas combinadas para levar a pessoa a este
ponto específico – e ainda assim a pessoa
ainda pode agir de maneiras diferentes - então a pessoa
deve conter algum tipo de poder mental interno
produzir resultados diferentes a partir do mesmo
causas. Um exemplo pode ser algum processo mental
indeterminado, como uma ação aleatória.
gerador. Mas talvez esse seja o caminho errado
pensar sobre isso - a maneira errada de enquadrar o
problema. O ponto crucial é que os múltiplos
já existem possibilidades no ambiente. O poder da agência
evoluiu para capitalizar isso – para direcionar os eventos
para algo mais
resultados favoráveis. Agência opera em um
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Baumeister
ambiente em que várias coisas podem acontecer, mas
também podem não acontecer.
Para o nosso projecto de compreensão das
possibilidades, o ponto chave, mais uma vez, é que existem
possibilidades no mundo. Os deterministas negam o que
chamo de “a realidade da mera possibilidade”, isto é, algo
pode ser genuinamente possível, mas depois não se tornar
realidade. No entanto, a realidade da mera possibilidade
parece indispensável para a construção de uma psicologia
sólida de como a mente humana e o agente funcionam.
A preocupação com a reputação moral é um poderoso
factor impulsionador da evolução do livre arbítrio.
Lembre-se, as características que constituem a essência
do ser humano – o que nos torna realmente humanos –
são principalmente o resultado de adaptações biológicas
para tornar a cultura possível. Estas características são
moldadas por aquilo que faz o sistema social funcionar
melhor.
A moralidade é uma dessas características importantes.
(E a responsabilidade moral é central em todas as
discussões sérias sobre o livre arbítrio.) Os sistemas sociais
funcionam melhor quando as pessoas são moralmente boas.
Imagine uma cultura cujos valores morais fossem
precisamente o oposto dos Dez Mandamentos, obrigando
assim as pessoas a matar, roubar, mentir sob juramento,
desrespeitar os pais, bater nos cônjuges de outras
pessoas, rejeitar a religião dominante, e assim por diante.
Como poderia uma tal sociedade florescer, produzindo
mais recursos para que as pessoas prosperassem e a
população aumentasse?
A pressão evolutiva provavelmente foi nesse sentido
(isto é especulação informada por evidências dispersas).
Existe uma seleção multinível, mas ela tem que funcionar
para o indivíduo. Por que um indivíduo adotaria a moralidade
– especialmente considerando que o dever moral exige que
você se abstenha de possibilidades tentadoras? Mas a
moralidade exige que as pessoas façam o que é melhor
para o sistema social, mesmo que por vezes não seja a
melhor opção imediata para o indivíduo. Presumivelmente,
isso é reembolsado pelos benefícios da sociedade. Mesmo
que você nem sempre possa fazer o que deseja, será
melhor fazer parte desta sociedade. Manter uma boa
reputação moral, fazendo visivelmente o que as pessoas
concordam ser certo, ajuda você a ser um membro
respeitado da sociedade e lhe dá acesso a alguns de seus
411
recursos e outros benefícios. (Como resultado, você
sobrevive e se reproduz melhor.)
Em essência, a humanidade evoluiu para cooperar,
para trabalhar em conjunto para produzir mais recursos.
Para florescer, cada indivíduo precisa cooperar com os
outros e, o que é crucial, atrair outros para cooperarem
com ele ou ela. Mas o cérebro se pergunta: exatamente
como devo me comportar para atrair futuros cooperadores?
A moralidade fornece o modelo. Se você se comportar de
maneira moralmente responsável e virtuosa, os outros irão
cooperar com você, mais do que de outra forma. Assim,
você se beneficia a longo prazo ao se comportar moralmente,
e as diretrizes morais são muito úteis para a tomada de
decisões entre múltiplas possibilidades, especialmente
quando há tentações ilícitas em oferta.
Assim, o livre arbítrio – também conhecido como o
sistema executivo mental avançado e exclusivamente
humano de autorregulação, tomada de decisões e controlo
geral da ação – evoluiu para ajudar o animal individual a
florescer como parte de uma sociedade próspera.
Mais uma vez, quando muitas pessoas se esforçam para
manter boas reputações morais, isso beneficia o sistema
como um todo e também recompensa os indivíduos
virtuosos que fazem parte dele.
O agente humano, às vezes chamado de livre arbítrio,
opera num ambiente cheio de possibilidades alternativas.
A evolução humana incluiu melhorias significativas na
capacidade da mente de reconhecer essas possibilidades
alternativas, de compreendê-las e avaliá-las de múltiplas
maneiras e de usar esses pensamentos complexos para
orientar o comportamento. Independentemente de
chamarmos este conjunto atualizado de poderes mentais
de “livre arbítrio” ou qualquer outra coisa, ele permite uma
grande melhoria na forma como os seres humanos se
tornam capazes de prosperar em meio a múltiplas possibilidades.
Conclusão
O agente humano vive e age num mundo definido em parte
substancial por múltiplos conjuntos de possibilidades. A
análise do comportamento como uma simples resposta a
um estímulo foi um ponto de partida heuristicamente útil
para a psicologia científica, mas é lamentavelmente
inadequada para fornecer uma explicação adequada. Para
o agente humano, pelo menos, o que existe é vivenciado
no contexto de alternativas
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412 Estudos de Possibilidade e Sociedade 1(4)

possibilidades. Estas incluem simulações
contrafactuais de eventos passados, confrontando
opções comportamentais alternativas no presente e
no futuro como uma matriz multi-talvez.
A atual abordagem das possibilidades baseia-se
na escola de pensamento conhecida como
pragmatismo, que na psicologia foi iniciada por
James (1890/1950). A sua injunção de que fazer é o
propósito do pensamento continuou a ressoar e é a
principal razão pela qual denotamos que a nossa
teoria se concentra na prospecção pragmática.
Embora a mente das pessoas possa vagar por
possíveis eventos futuros, a maior parte do
pensamento sobre o futuro envolve a preparação
para a ação no futuro próximo. Avaliar as
possibilidades iminentes e preparar-se para lidar com
elas é uma parte vital do livre arbítrio humano
(Baumeister, no prelo) e de um conjunto altamente adaptativo de funções mentais.
Nota do autor
Uma versão preliminar desta foi apresentada na conferência
sobre possibilidades da Humble Approach Initiative, realizada
em Dublin, Irlanda, em setembro de 2022.
Baumeister, RF (2005). O animal cultural: natureza humana,
significado e vida social. Imprensa da Universidade de
Oxford.
Baumeister, RF (a ser publicado em 2024). A ciência do livre
arbítrio. Oxford.
Baumeister, RF, Hofmann, W., Summerville, A., Reiss, PT, &
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Experimente estudos de amostragem de viagens mentais
no tempo. Personalidade e Social Psy-46, 1631–1648.
https: Chology Bulletin, //doi.org/
10.1177/0146167220908411 Baumeister,
RF, Kellerman, G., Reece, A., Ruscio, AM, & Sjaÿstad, H. (no
prelo) Prospecção pragmática: Teoria, pesquisa e prática.
Em A. Elliot (Ed.), Avanços na ciência da motivação.
Baumeister, RF, Maranges, HM, & Sjaÿstad, H.
(2018). Consciência do futuro como matriz do talvez:
Prospecção pragmática e simulação de possibilidades
alternativas. Pesquisa e prática da teoria da psicologia da
consciência, 5, 223–238. https://doi.org/10.1037/cns0000154
Baumeister, RF, Vohs, KD e Oettingen, G.
(2016). Prospecção Pragmática: Como e por que as pessoas
pensam sobre o futuro. Revisão de Psicologia Geral, 20, 3–
16. https://doi.org/10.1037/gpr0000060 _

Becker, E. (1973). A negação da morte. Acadêmico

Declaração de interesses conflitantes O
autor declarou não haver potenciais conflitos de
interesse com relação à pesquisa, autoria e/ou
publicação deste artigo.
Financiamento
Imprensa.
Brosschot, JF, Verkuil, B. e Thayer, JF (2016).
A resposta padrão à incerteza e a importância da segurança
percebida na ansiedade e no estresse: uma perspectiva
teórica da evolução. Journal of Anxiety Disorders, 41, 22–
34.
Buehler, R., Griffin, D. e Peetz, J. (2010). A falácia do

O autor não recebeu nenhum apoio financeiro para a pesquisa, planejamento: origens cognitivas, motivacionais e sociais.

autoria e/ou publicação deste artigo. Uma versão preliminar foi Avanços na Psicologia Social Experimental, 43, 1–62.
apresentada numa conferência patrocinada pela Fundação https://doi.org/10.1016/S0065-260 1(10)43001-4 Buehler,
John Templeton, que apoiou despesas de viagem e pagou R., Griffin, D.,
honorários. & Ross, M. (1994).
Explorando a “falácia do planejamento”: por que as pessoas
subestimam o tempo de conclusão de suas tarefas.
Jornal de Personalidade e Psicologia Social, 67, 366–381.
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