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HIP-HOP MILITANTE, LUTAS SOCIAIS E POLÍTICAS PÚBLICAS:

Uma Breve Análise sobre algumas ações do Movimento de Hip-Hop Organizado no


Maranhão – Quilombo Urbano

Wherlyshe Sousa de Morais1

Resumo [comunicação oral]

Este trabalho tem por objetivo fazer uma breve análise sobre O
Movimento de Hip Hop Organizado no Maranhão Quilombo
Urbano. O grupo citado foi fundado em 1989, mas batizado
com o nome apresentado aqui em 1992. Ele usa de sua cultura
em prol das lutas sociais e trabalha diretamente com periferias
de São Luís, trabalho este que deveria ser aplicado pelo
Estado em forma de Políticas Públicas. No entanto, é quase
inexistente, pois os interesses da burguesia sobrepõem os
interesses dos trabalhadores. Neste sentido, usam sua cultura
do Hip Hop para denunciar, criticar e ajudar jovens de
periferias.

Palavras-chave: “Hip-Hop”; “Lutas”; “Cultura”;

Abstract

This work aims to make a brief analysis about the Organized


Hip Hop Movement in Maranhão Quilombo Urbano. The group
presented was founded in 1989, but baptized with the name
presented here in 1992. The group uses of its culture in favor of
the social struggles and works directly with peripheries of São
Luis. This work should be applied by the State in the form of
Public Policies, however, is almost non-existent, because the
interests of the bourgeoisie overrides the interests of the
workers. In this sense, they use their Hip Hop culture to
denounce, criticize and help young people from peripheries.

Keywords: “Hip-Hop”; “Fights”; “Culture”;

1 Graduando do oitavo período da Licenciatura Interdisciplinar em Ciências Humanas/Sociologia, da

Universidade Federal do Maranhão - UFMA, Bacabal – Ma. E-mail: wwmoraisr@hotmail.com


I. INTRODUÇÃO

O presente texto tem por objetivo fazer uma breve análise sobre o Hip–Hop
Militante e algumas ações do Q.U 2 , como os mesmos usam sua arte como práxis
revolucionária em prol de negros e pobres nas periferias. Sabendo que o Estado trabalha
apenas em função de cumprir metas quantitativas e não qualitativas, quando se fala de
periferia, os movimentos sociais organizados entram em cena de diversas formas, tentando
ajudar a população. O Q.U entra neste contexto, que ao longo deste trabalho, será
apresentado brevemente.

II. DESENVOLVIMENTO

As Políticas Públicas deveriam ser ações direcionadas pelo Estado direta ou


indiretamente em razão da melhoria da qualidade de vida das pessoas de determinados
locais, no entanto, quando se fala neste tipo de ação governamental, sabe-se que não
funcionam como deveriam e, muitas vezes, estas ações são inexistentes. As massas vivem
à mercê de uma sociedade racista, classista, xenofóbica, machista e homofóbica, todavia, a
não participação do Estado neste contexto faz com que a classe trabalhadora, a qual é a
mais oprimida e atacada neste país, se organize de diversas formas e em diversos grupos,
para assim, trabalharem em conjunto para tentar suprir a inexistência do Estado.
No Maranhão contamos com diversos movimentos que trabalham em prol da
classe trabalhadora, espalhados dentro de sindicatos, partidos, movimentos independentes,
estudantis, culturais, etc., um público heterogêneo considerável que, caso se organizasse de
maneira a construir uma unidade de luta contra as incoerências capitalistas, obteria êxito
certeiro. Contudo, em nosso país os movimentos sociais se fragmentam de acordo com as
preferências partidárias e suas brigas de ego, que deveriam ser revertidas em luta de
classes, classe oprimida contra classe opressora, uma verdadeira crise antagônica
interminável que reflete e penaliza diretamente na classe trabalhadora. Neste contexto a
organização dos trabalhadores com a criação de condições objetivas para a luta contra as
incongruências capitalistas seria essencial para uma verdadeira emancipação humana e
política, pois as condições do capitalismo em decomposição fortalecem a necessidade de
luta do trabalhador. Tal crise aqui mencionada pode ser analisada de acordo com Programa
de Transição de Trotsky que discorre:

As premissas objetivas da revolução proletária não estão somente maduras: elas


começam apodrecer. Sem a vitória da revolução socialista no próximo período
histórico, toda civilização humana está ameaçada de ser conduzida a uma
catástrofe. Tudo depende do proletariado, ou seja, antes de mais nada, de sua
vanguarda revolucionária. A crise histórica da humanidade reduz-se à crise da
direção revolucionária.

Levando em consideração o que Trotsky nos apresenta em seu Programa de


Transição, podemos notar claramente que, na atual conjuntura, a crise da direção dos
trabalhadores impede que tenham vitória contra seus carrascos. Tal crise antagônica
funciona como um trunfo da burguesia que usa de estratégias para internalizar na mente
dos trabalhadores que os mesmos são vencedores dentro de um sistema desigual como o
capitalista. Esta estratégia faz com que estes sujeitos assalariados que trabalham em

2
Movimento de Hip-Hop Organizado no Maranhão, Quilombo Urbano
péssimas condições, com péssimos salários, não se identifiquem como trabalhadores, mas
como classe média alta que veio ascendendo dentro de um espaço de tempo de 13 anos.
Neste sentido, estes sujeitos acabam direcionando seu ódio contra a própria classe, assim
reforçando os antagonismos de classe existentes e persistentes.
Outra problemática que podemos apontar nesta totalidade são as tentativas do
Estado de manipular os que deveriam lutar contra estas contradições existentes em uma
sociedade de classes. Podemos apontar o Controle Social 3 . Dentro do controle social
existem diversos conselhos, como os de saúde, educação, cultura, enfim, diversas
organizações que deveriam fiscalizar e denunciar todas as irregularidades em seus
respectivos setores. A definição de conselho de acordo com o site Portal da Transparência
é:

Os conselhos são espaços públicos de composição plural e paritária entre Estado e


sociedade civil, de natureza deliberativa e consultiva, cuja função é formular e
controlar a execução das políticas públicas setoriais. Os conselhos são o principal
canal de participação popular encontrada nas três instâncias de governo (federal,
estadual e municipal).

Como visto, estes espaços são ocupados por membros da sociedade civil em
parceria com as três instancias (Federal, Estadual e Municipal). Entretanto, a elite burguesa
que está presente tanto na sociedade civil quanto nestas instâncias apresentadas, se
aproveita como classe dominante, como é colocado na citação a seguir: “As ideias
dominantes de uma época sempre foram as ideais da classe dominante” (MARX, Karl,
1848). A elite consegue manipular estes espaços para serem usados em seu próprio
benefício, pois “O governo moderno não é senão um comitê para gerir os negócios comuns
de toda classe burguesa.” (MARX, Karl, 1848). As Políticas Públicas oriundas destes
espaços não dão conta de toda contradição própria do capitalismo e nem das necessidades
básicas.
Na cultura não acontece de maneira diferente, pois todo e qualquer ritmo que
possa fugir dos padrões pré-estabelecidos pela burguesia é marginalizado e perseguido, a
exemplo do reggae, rap e o Hip-Hop como fora de tais padrões. Aí está a importância destes
movimentos culturais-políticos para a luta contra estes tipos de opressões. Ricardo
Teperman destaca em sua obra Se Liga no Som – As Transformações do Rap no Brasil:
“Com maior ou menor apoio do Poder Público, estas organizações fomentam atividades
ligadas ao Hip-Hop e, muitas vezes, também cumprem papéis importantes como movimento
social.”. (TEPERMAN, Ricardo, 2015)
O grupo aqui apresentado cumpre bem este papel que Teperman aponta em sua
obra, pois o engajamento social e político pode ser associado diretamente com a cultura do
Hip-Hop, usando as músicas como uma verdadeira arma apontada para as incoerências
capitalistas.
O Prof. Dr. Antonio Paulino de Sousa deixou sua contribuição na obra Educação
Popular e Juventude Negra: Um Estudo da Práxis Político-Pedagógica do Movimento Hip-
Hop em São Luis do Maranhão do autor Rosenverck Estrela Santos e nesta ele aponta o
seguinte:

O Hip-Hop, como espaço de inovação política, cria condições sociais de produção


de uma organização e mobilização da juventude, cujo objetivo é interferir no
processo de transformação social. O Quilombo Urbano expressa essa possibilidade
de construção de um discurso performativo, através da poesia, da música e do
grafite. Rosenverck percebe o Hip-Hop como instrumento pedagógico capaz de criar
uma cultura de resistência. Neste sentido, a análise feita se aproxima da pesquisa
de Oscar Marques que faz um paralelo entre o hip-hop e o zapatismo, ao analisar a
práxis educativa desses movimentos sociais.

3 O controle social pode ser feito individualmente, por qualquer cidadão, ou por um grupo de pessoas.
Esta inovação pode ser classificada como uma verdadeira resistência de classe,
pois, de acordo com Rosenverck: “Enquanto força social, o hip-hop não se exclui das
relações com as outras atmosferas da sociedade civil; sendo assim, afirmamos nossa
posição de compreendê-lo como um movimento político-cultural.” (SANTOS, Rosenverck
Estrela, 2015).
É neste movimento político-cultural que nasce a verdadeira resistência, através
da arte, pois os diversos sujeitos participantes deste movimento trabalham em benefício da
libertação e da criação de condições objetivas para a luta contra as opressões.
Como já exposto aqui, há diversas formas de luta e diversas formas de se
trabalhar onde as Políticas Públicas não existem ou não funcionam. Aqui apresentaremos
algumas ações do movimento Q.U, que é composto por alguns grupos que se auto intitulam
negros, revolucionários e socialistas, muitos destes de origem humilde, vindos das periferias
de São Luís, que usaram a arte e os estudos para buscar emancipação política e humana.
Um dos grupos que fazem parte do Q.U é o “Infantaria Revolucionária”, do rapper Big Boy,
com o álbum Resistência Afronorderstina.
Destacaremos neste trabalho uma ação desenvolvida pelo Quilombo Urbano em
parceria com Quilombo Brasil, evento este que teve como principal atração o lançamento do
CD do grupo Infantaria Revolucionária, que aconteceu no dia 12 de janeiro de 2017, no
Reviver, no Bar Contraponto. Na oportunidade contaram com as participações de outros
grupos, como o Gíria Vermelha, o qual também é integrante do Q.U; DJ 15, de Teresina-PI
e; outro grupo de Hip-Hop de Caxias. Segue panfleto do evento:

Figura 1 Panfleto do Evento. Fonte: Imagem retirada de grupo de WhatsApp

Em uma rápida conversa com Big Boy sobre o contexto do grupo e sua
importância, o mesmo destacou como surgiu o nome do grupo. Ele fez o seguinte relato:

A infantaria revolucionária a gente se inspirou na história do Black “panker”, aí de


repente em uma conversa entre eu e meu amigo Chá Preto do Grupo Renegados
Antissistema, a gente surgi essa ideia e nossas ideias se batiam muito pela história
preta e tal, pelas lutas que a gente vinha trazendo e fazendo aí para galera e dentro
desse tema a gente tentou fazer o resistência Afronorderstina que é o nome do
primeiro álbum do infantaria, que é defender o Nordeste de ataques e contando a
história preta né, então a gente se inspirou muito, saiu o primeiro álbum, as
primeiras letras não foram muito boas, foi uma dificuldade da p** pra gente gravar e
aí depois, aí depois a gente sentou de novo e foi escrever umas letras mais
concretas né com CD e surgi essa ideia de levantar infantaria revolucionária e
lançar o CD e deu no que deu né, galera gostou e estamos mandando ver aí né.

Sobre as formas de resistência, o mesmo relata que:

Fazendo palestra aí nas escolas com a molecada, se apresenta nas faculdades e


tal, é pra mais pro pessoal do curso de história né e tal e tão na luta também e
chamam a gente para fazer trabalho com eles, a gente interage também com eles
dentro da periferia também, passa filme e chama a galera para dialogar, bota os
moleque para estudar, mostra a verdadeira face do sistema, a farsa que eles tem
contra nosso povo e a gente vai lá e arrepia mesmo.

Algumas imagens do show do Infantaria Revolucionária:

Figura 2 Apresentação do Infantaria Revolucionária. Na foto Big Boy de camisa com número e
Chá Preto ao lado. Fonte: Meus arquivos pessoais.

Neste conciso relato de Big Boy, podemos notar que o engajamento e a tentativa
de criar condições objetivas para se lutar contra opressões são prioridades tanto do grupo,
quanto do rapper. Dentro do movimento existe também um engajamento educativo, pois
umas das formas de buscar emancipação vem através dos estudos. Por este motivo, o
entrevistado reforça a importância de colocar “os moleques para estudar”. Alguns
componentes e ex componentes do Q.U estão no universo letrado, como o professor da
UFMA, Rosenverck Estrela Santos e outros membros como Mano Magrão (Antonio Ailton
Penha Ribeiro) ex-aluno da UFMA, Chá Preto, estudante da UFMA, Preta Lu (Luciana
Corrêa) estudante da UFMA, Hertz da Conceição Dias ex-estudante da UFMA entre outros.
Os pioneiros do movimento como o militante e professor Hertz, serviram e servem como
exemplos a serem seguidos por vários jovens, o exemplo não só no universo letrado, mas
também seu engajamento no meio social.
A tendência ideológica de esquerda do grupo norteia suas ações e é fonte de
inspiração para a sua arte, pois dentro das letras das músicas podemos notar a presença de
autores como Karl Marx, Leon Trotsky, e de personagens históricos que lutaram contra
opressões e explorações como Zumbi, Dandara, Marighela dentre outros. É possível ainda
enfatizar que “Músicas do Quilombo Urbano evidenciam a incorporação mais explícita de um
discurso de esquerda, com uso dos instrumentais de autores das ciências sociais.”
(MORAIS, Wherlyshe, 2016).
Durante as apresentações ou qualquer tipo de ações que o Q.U participa ou
organiza, notamos que os mesmos sempre evidenciam suas preferências ideológicas e
partidárias, como exemplo no evento do lançamento do CD do grupo Infantaria
revolucionaria, no qual tinha no palco algumas bandeiras, como a do movimento Quilombo
Brasil, Quilombo Urbano e da CSPconlutas4. Na oportunidade o grupo Gíria Vermelha fez
uma participação especial e apresentou ao público novas músicas e sua nova formação,
logo após a apresentação, tive uma breve conversa com um dos membros, o professor
Hertz da Conceição e perguntei sobre a importância deste tipo de evento para a militância, e
o mesmo respondeu o seguinte:

Ali na bandeira da CSPconlutas, tem também do Quilombo Raça e Classe e do


Quilombo Urbano também, porque o Quilombo Urbano é uma entidade que faz parte
de uma entidade maior nacional que é o Quilombo Brasil que é nossa nacional de
Hip-Hop, e o Quilombo Brasil que surgiu em 2009, e em 2010 ele se filiou a
CSPconlutas, então, como nós fazemos Hip-Hop militante, a gente acredita que
sobretudo pra nós negros que mora na periferia, pra quem é oprimido, pra quem é
explorado, a música tem que servir fundamentalmente para libertação, não existe
arte livre no capitalismo entendeu? Então, a arte na nossa opinião tem que servir
para libertar, então por isso que é importante que além disso tudo que a gente tá
falando no palco que a gente possa fazer na prática cotidiana possa tá se
organizando etc. Então isso aí simboliza uma organização que o Quilombo Urbano é
filiado que é o CSPconlutas.

No atual contexto nacional a classe trabalhadora vem sofrendo diversos ataques


aos direitos historicamente conquistados como nunca antes visto, fora outros ataques, como
na educação, saúde, cultura e na previdência. O grupo aqui apresentado e seu estilo
musical, o Hip-Hop Militante, usa suas rimas para alertar, criticar e denunciar todas estas
contradições, dentro de ações ou eventos como o lançamento do CD aqui exposto. No
entanto, o movimento não fica restrito apenas em espaços fechados, organizando atos,
palestras, rodas de conversas, reuniões e tudo que possa ser feito para combater tais
problemáticas. Uma ação que os mesmos trabalham anualmente é a Marcha da Periferia
que já está na décima primeira edição e cada ano traz um tema diferente. O deste ano teve
como tema: “Aquilombar para Reparar”, e dentro do tema, aparecem as principais
reivindicações, como estes que acompanharam juntamente com o tema: “Contra a cultura
do estupro, contra o extermínio da juventude negra, fora o matopiba, basta de violência
contra os indígenas e quilombolas, contra a PEC241, FORA TEMER! Fora todos os
corruptos”. Sempre após o ato que consiste em uma caminhada pelas ruas do centro de
São Luis – Ma, o mesmo se encerra com festival de Hip-Hop militante que já está em sua
vigésima sétima edição, onde na oportunidade diversos grupos se apresentam com suas
rimas cheias de palavras de ordem, críticas e contestações.
Outro Aspecto dentro deste conjunto que envolve o Rap e o Hip-Hop, são as
diferenças de grupos e movimentos, pois alguns grupos abandonam a militância e trabalham
apenas para diversão própria e para auto sustento, alimentando a indústria cultural de
entretenimento capitalista, enquanto o sentido inicial de luta contra as opressões
desaparece. O professor, rapper e militante Rosenverck Estrela aponta em sua obra, já
citada aqui, como se dá esta dualidade dentro do movimento político-cultural:

Ressaltamos, então, a existência de dois grupos no interior do Hip-Hop brasileiro:


um que privilegia aspecto artístico e outro que se centra no caráter organizativo e
político. É bem verdade que nenhum dos lados desconsidera a importância dos

4
Central Sindical e Popular.
aspectos político ou artístico, mas o que se observa é a inclinação de determinados
grupos, predominantemente, para uma outra vertente.

Dentro desta análise de Rosenverck compreendemos que este movimento é


heterogêneo e os diversos grupos partem de diferentes pressupostos, ideologicamente ou
não. Entendemos ainda que o mundo do entretenimento é algo que muitos jovens de
periferias almejam, pois os adventos da internet, junto com a mídia corporativista burguesa,
mostram mundos de sonhos do fetiche da mercadoria para estes jovens. Partindo desta
indústria atrativa aparecem os ritmos da ostentação junto com o Funk que é de origem
periférica que adota o estilo ostentação que foge completamente da gênese desta
totalidade.

III. CONCLUSÃO

Embora esta pesquisa sobre este movimento político-cultural esteja em


andamento, e haja uma diversa gama de possibilidades de analises e demonstrativos, nos
deteremos aqui no que já foi exposto. Podemos ressaltar aspectos importantes neste
universo que mistura luta de classes, engajamento sociocultural e a busca de legitimação de
direitos que contemporaneamente estão sendo alvos fáceis para a elite burguesa. Outra
vertente que está dentro do campo de pesquisa é sobre a indústria cultural que
insistentemente trabalha para isolar e calar as vozes das periferias. Concluímos este
trabalho ressaltando a importância da construção de vias que possam ser usadas em prol
de toda classe trabalhadora em todos os setores. Pois dentro de um sistema cheio de
contradições como o sistema capitalista, toda e qualquer manifestação que vá bater de
frente com tais precariedades são válidas, e devem ser expandidas para todos os setores,
inclusive no acadêmico. A música, o estilo, a batida, a sensação, fazem parte de uma
mistura que carrega diversos significados e sentidos. “Além de carregar significados, a
música também produz significado.” (TEPERMAN, Ricardo, 2015).
REFERÊNCIAS

BOY, Big, Entrevista Janeiro de 2017, Entrevistador: Wherlyshe Sousa de Morais.

DIAZ, Hertz Conceição, Entrevista Janeiro de 2017, Entrevistador: Wherlyshe Sousa de


Morais

MARX, Karl, Manifesto Comunista / Karl Marx e Friedrich Engels; organização e introdução
Osvaldo Coggiola, - 1. Ed. Revista – São Paulo: Boitempo, 2010.

MORAIS, Wherlyshe, Crítica e Contestação Através do Hip-Hop: Identidade, Temas e


Repertórios de Confronto Político de Rappers entre Brasil e África, 2016.

SANTOS, Rosenverck Estrela, Educação Popular e Educação Negra: Um estudo da


práxis político pedagógica do movimento Hip-Hop em São Luis – Ma. São Luis: ED
UFMA, 2015.

Site:<http://www.portaldatransparencia.gov.br/controlesocial/ConselhosMunicipaiseC
ontroleSocial.asp> Acessado em: 05/03/2017 às 23h.

TROTSKY, Leon, Programa de Transição 1936, Disponível em:


<https://www.marxists.org/portugues/trotsky/1938/programa/cap01.htm#3>. Acesso em:
05/03/2017 às 00h.

TEPERMAN, Ricardo, Se Liga no Som: As Transformações do Rap no Brasil, 1ª ED –


São Paulo, Claro Enigma, 2015.

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