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Sustentabilidade: Óleo essencial


de pimenta-rosa de acordo com a
maturação das sementes

Gilmara Pires de Moura Palermo


UFRRJ

Jaqueline Costa Blanco


UFRRJ

Maria do Carmo de Araujo Fernandes


PESAGRO/RJ

Danielle Affonso Sampaio


UFRRJ

Thayanne Caroline Castor Neto


UFRRJ

José Patrício Santana de Almeida


UFRRJ

Aline Nahanna Carneiro Rodrigues


UFRRJ

10.37885/210102794
RESUMO

A espécie Schinus terebinthifolius var. Raddi, vulgarmente conhecida como pimenta-rosa


é nativa da Mata Atlântica e seus frutos in natura são muito utilizados na alimentação
humana. No entanto, devido os frutos da espécie apresentarem em uma mesma infru-
tescência, diferentes níveis de maturação (muito maduro, maduro e verde), durante sua
classificação, os muito maduros ou verdes são desclassificados para o consumo in na-
tura, o que diminui a receita dos coletores durante a comercialização do produto. Desta
forma, visando dar um destino mais nobre para os frutos desclassificados foi produzido
óleo essencial e foi determinada a influência dos níveis de maturação no seu rendimento
e densidade. Para isso, foram utilizadas 100g de frutos de pimenta-rosa, separadas em
classes de maturação (maduro e muito maduro). Assim, foi possível obter o óleo por
hidrodestilação. Em seguida, foram obtidos os valores de rendimento e densidade dos
óleos de frutos maduros e muito maduros. Estes foram avaliados estatisticamente pelo
teste t de Student a 5% de significância. A partir dos resultados obtidos, observou-se que
não houve diferença significativa entre o rendimento e a densidade dos óleos essenciais
extraídos em diferentes classes de maturação. Dessa maneira, os frutos muito madu-
ros desclassificados, podem contribuir para a sustentabilidade da cadeia produtiva da
pimenta-rosa no assentamento rural, em São Pedro da Aldeia - RJ, pois agregará valor
aos frutos desprezados durante a sua comercialização.

Palavras-chave: Schinus terebinthifolius, Hidrodestilação, Resíduo.

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Produtos Florestais Não Madeireiros: tecnologia, mercado, pesquisas e atualidades
INTRODUÇÃO

Schinus terebinthifolius var. Raddi é uma espécie nativa da Mata Atlântica, no entanto,
apresenta ampla distribuição geográfica, ocorrendo em outros continentes, como África e
Oceania (LORENZI, 1992). Pertencente à família Anacardiaceae, a espécie é comumente co-
nhecida como aroeira–da-praia, aroeira, aroeira-vermelha, pimenta-rosa, cambuí (HOCKING,
1997; LORENZI; MATOS, 2008). Pode ser facilmente vista por toda a faixa litorânea do Brasil,
habitando várias formações vegetais (GILBERT; FAVORETO, 2011). No Rio de Janeiro, a
exploração da pimenta-rosa para fins comerciais começou a se intensificar no final da dé-
cada de noventa, sendo a atividade extrativista predominante na região (SEAPEC, 2017).
A pimenta-rosa é comumente utilizada na alimentação, seus frutos podem ser consu-
midos diretamente crus ou utilizados como tempero no preparo de carnes, peixes e aves
(RAVINDRAN, PILLAI & DIVAKARAN, 2012; CARRIJO et al. 2012; VAN WYK, 2013); na
produção de vinagre, vinhos e cervejas (MONTEIRO & GOUVÊA, 2016; EL-MASSRY et al.,
2009); e na conservação de alimentos como hambúrguer e linguiças (MENEGALI et al.,
2019; FARIA, AMANCIO & MODESTO, 2009). A maior parte dos frutos produzidos no Brasil
são beneficiados e exportados para os países da Europa, Ásia e Estados Unidos, onde o
produto é bastante valorizado e serve para compor pratos culinários. Para além do uso
gastronômico e estético, a pimenta-rosa é utilizada de forma medicinal; suas propriedades
antioxidantes são capazes de auxiliar na prevenção de doenças degenerativas, como câncer
e o Alzheimer (BIAZOTTO, 2014).
Em virtude do aumento da demanda e valorização desse Produto Florestal Não
Madeireiro (PFNM), tanto para fins gastronômicos e medicinais, o menor desperdício dos
frutos coletados, contribuem para a sustentabilidade da atividade extrativista. Sabe-se que
os frutos da pimenta-rosa, não apresentam uma uniformização durante o período de ma-
turação, exigindo dos coletores, a separação dos frutos por níveis de maturação: frutos
verdes, maduros e muito maduros. Os frutos maduros são os destinados para a venda in
natura, enquanto os outros, muito maduros ou verdes, dependendo da tecnologia existente
no local, são descartados pelos coletores. Os frutos descartados podem ser uma fonte de
renda para os mesmos, quando transformados em outros produtos, como o óleo essencial
(PAWLOWSKI et al., 2012).
Os óleos essenciais são produtos do metabolismo secundário das plantas (BUSATO
et al., 2014) e constituem um importante grupo de produtos vegetais, que fornecem odores
característicos às plantas aromáticas (PAWLOWSKI et al., 2012). São misturas de compos-
tos naturais que podem ser extraídos a partir de diferentes partes de plantas, como folhas,
galhos, flores, raízes, rizoma, casca, madeira, frutos e sementes (SANTOS et al., 2004;

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BIZZO et al., 2009). Caracterizam-se pela sua volatilidade, pelo aroma intenso, geralmente
são líquidos e de aspecto oleoso à temperatura ambiente (MORAIS, 2009).
No processo de extração de óleo essencial, podem ser aplicados diversos métodos,
como maceração, gases supercríticos, micro-ondas etc e tendo como principal a hidrodes-
tilação (SANTOS et al., 2004).
No caso do método de hidrodestilação, a matéria-prima a ser usada na extração, que
pode ser folhas e sementes permanece em contato com a água em ebulição (BUSATO
et al., 2014). A água ao evaporar carreia juntamente com ela os compostos voláteis, que
após serem condensados formam o que denominamos de hidrolato, que é uma mistura de
água e outras substâncias, como o óleo. A separação do óleo e da água ocorre por meio do
surgimento de duas fases, uma vez que cada substância apresenta densidade e polaridade
diferente entre elas. Um dos métodos mais utilizados para esse tipo de extração é por meio
da hidrodestilação em aparelho Clevenger (LOURENÇO, 2007).
Estudos com óleos essenciais obtidos a partir dos frutos de S. terebinthifolius têm in-
dicado seu potencial para uso como condimento, medicinal e farmacêutico (SOUSA et al.,
2013; OLIVEIRA JUNIOR et al., 2013; PICCOLO et al., 2018). Um estudo desenvolvido
por Oliveira et al. (2014) atesta que os frutos de S. terebinthifolius apresentaram maiores
quantidades de óleo essencial quando comparada com a extração do óleo essencial obtido
das folhas para diferentes períodos de destilação. Em frutos, Dourado (2012) obteve um
rendimento em óleo essencial de 5,89 g%, maior que 5,09% obtido por Silva et al. (2005),
2,8% obtido por Gomes et al. (2013) e 2,76% obtido por Oliveira et al. (2014). No entan-
to, vale ressaltar que a trituração ou não das sementes (NISHIMOTO & SOUZA, 2016),
maturação (SCHIMITBERGER et al., 2018), método e tempo de extração (DOURADO,
2012; SILVA et al., 2005), entre outros fatores podem interferir no resultado do rendimento
em óleo essencial.
Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo determinar a influência dos níveis
de maturação no rendimento e na densidade do óleo essencial, a fim de que seja possível
gerar um aproveitamento mais nobre para os frutos muito maduros, geralmente descartados
pelos coletores.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo e coleta do material

A coleta dos frutos de Schinus terebinthifolius foi realizada no assentamento rural


Ademar Moreira (coordenadas -22.713908S e -42.108458W), localizado no município de
São Pedro D’Aldeia, Região dos Lagos do estado do Rio de Janeiro (Figura 1). O local está
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inserido no bioma Mata Atlântica e o clima da região é do tipo tropical, com temperatura mé-
dia anual variando entre 24 e 28ºC. A classificação do clima é Aw de acordo com a Köppen
e Geiger (CLIMATE-DATA, 2021).

Figura 1. Localização do município São Pedro D’Aldeia e do Assentamento Ademar Moreira.

Fonte: Google, 2017.

O assentamento é composto por 21 famílias (das quais, 16 estão envolvidas no ex-


trativismo da pimenta-rosa) e a renda dessas famílias provém principalmente da venda de
produtos agropecuários, entre eles, o fruto de pimenta-rosa na forma in natura (Figura 2).

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Figura 2. A) Ramos frutíferos de aroeira, existente no interior do assentamento. B) Frutos de aroeira destinados para a
comercialização.

Para a coleta dos frutos foi realizada visita in loco, em junho de 2018. A data para co-
leta foi escolhida levando-se em conta o período de maior produtividade da pimenta-rosa,
que vai de maio a agosto. As amostras foram adquiridas de frutos advindos de diferentes
árvores de pimenta-rosa, sendo colhidas durante o período de estiagem.

Obtenção do óleo essencial

O óleo essencial foi extraído no Laboratório de Óleos Essenciais da PESAGRO/RJ,


localizado no município de Seropédica/RJ, em aparelho tipo clevenger. Para tanto empre-
gou-se a técnica de hidrodestilação conforme descrita por Simões et al., 2003, utilizando-se
de 100g de frutos de S. terebinthifolius , com 21 % de umidade e separados por classes de
maturação (Figura 3).

Figura 3. Frutos maduros (A) e muito maduros (B) de S. terebinthifolius.

Os frutos foram triturados em liquidificador, acrescidos de 500mL de água destilada


(Figura 4A) e colocados em balão volumétrico (Figura 4B) para o início do processo de
hidrodestilação por clevenger. A extração do óleo essencial foi realizada por duas horas e
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em duplicata para cada classe de maturação previamente designada como muito maduro
e maduro. O tempo de duas horas foi determinado em virtude de ocorrer uma queda na
quantidade de óleo extraído a partir da segunda hora de extração, conforme mostra Dourado
(2012). Após o tempo de extração, obteve-se a fração de óleo essencial e água (Figura
4D). O óleo foi recolhido e armazenado em frascos de vidro (Figura 4E) cobertos com papel
alumínio (Figura 4F), a fim de abrigar da luminosidade para que suas propriedades não
fossem degradadas. Em seguida, foram fechados e guardados a -5 °C.

Figura 4. Processo para extração do óleo essencial. A) Frutos triturados no liquidificador. B) Balão volumétrico com
material para extração. C) Aparelho clevenger usado para extração. D) Separação de fases entre a água e o óleo essencial
extraído. E) Frasco de vidro com óleo essencial, porém ainda com resquícios de água. F) Frasco de vidro recoberto com
papel alumínio para evitar a oxidação do óleo devido a luminosidade.

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Para a eliminação dos resquícios de água existente no óleo essencial este foi coloca-
do em tubo de ensaio e em seguida foi levado para um centrifugador Excelsa Baby (marca
Fanem Ltda, modelo 208N). A velocidade utilizada foi de 1000 rpm durante 15 min. Após
esse tempo, houve a separação entre água e óleo. O óleo essencial foi retirado com uma
pipeta e transferido para um frasco. Para a completa secagem do óleo essencial foi utilizado
sulfato de sódio anidro (Na2SO4), para que fosse carreado o máximo de óleo essencial e
não houvesse nenhuma perda, de acordo com a Alves et al. (2015).

Rendimento de óleo essencial

Para cada classe de frutos maduros e muito maduros foi calculado o rendimento de
óleo essencial, conforme a Equação 1.

(1)

Em que:
OE = Porcentagem de óleo essencial (%)
MO = Massa de óleo obtido em (g)
MS = Massa dos frutos secos em (g)

Densidade do óleo essencial

Para determinar a densidade, um frasco de vidro foi devidamente pesado em ba-


lança analítica de precisão de 0,0001g e dentro dele foi colocado 500 µl de óleo essen-
cial. O peso do óleo foi registrado. Aplicando-se a Equação 2 foi determinado a densidade
do óleo essencial.

(2)

Em que:
= Densidade do óleo essencial (g/cm3)
MO = Massa do óleo (g)
VO = Volume do óleo (cm3)

Análise Estatística

O teste t de Student a 5% de significância foi aplicado para detectar a existência de dife-


renças estatísticas entre as médias do rendimento e densidade entre as classes de maturação.

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RESULTADOS

A Tabela 1 apresenta os resultados obtidos para rendimento em porcentagem (%) e


densidade do óleo (g/cm3) para as classes de frutos maduro e muito maduro.

Tabela 1. Rendimento e densidade do óleo essencial de S. terebinthifolius para cada classe de frutos.

Classes de Frutos Rendimento (%) Densidade (g/cm3)


Maduro 2,06 A
0,846 A
Muito maduro 2,48A 0,841 A

DISCUSSÃO

Com base nos resultados obtidos, observou-se que não houve diferenças significa-
tivas ao nível de 5% de significância para o rendimento e a densidade do óleo essencial
de pimenta-rosa. Ou seja, a maturação não influenciou no rendimento e na densidade de
óleo obtido em diferentes estádios de maturação. A maturação também não influenciou os
resultados obtidos por Barbosa et al. (2007) ao estudarem a mesma espécie, uma vez que
o rendimento do óleo dos frutos maduros foi semelhante ao do fruto verde (4.65% e 3.98%,
respectivamente).
Em contrapartida, Schimitberger et al. (2018) ao avaliarem o óleo essencial dos frutos
maduros e dos verdes de S. terebinthifolius, constataram diferenças de acordo com seu
estádio de maturação, uma vez que os frutos maduros foram duas vezes mais produtivos
do que os verdes (2,73% e 1,30 %, respectivamente). Resultado semelhante foi encontra-
do por Nascimento (2012), onde o melhor rendimento de óleo foi observado para os frutos
maduros (2,8 ± 0,3%). Em relação a densidade, Schimitberger et al. (2018) não observaram
diferenças significativa na densidade média entre as duas classes de maturação.
Gomes et al. (2013) encontraram entre indivíduos de aroeira (S. terebinthifolius Raddi)
uma variação de 1,32% a 4,86% no rendimento de óleo essencial provenientes de frutos ma-
duros, o que indica a possibilidade de selecionar genótipos mais produtivos. Já Cole (2008)
encontrou um rendimento médio de 6,54% de óleo essencial extraído de frutos maduros,
sendo o menor valor de 5,50% e o maior valor 8,41% e destacou que essa variação pode ter
sido devido à diversos fatores como: intensidade luminosa, temperatura e nível de nutrição
mineral. Segundo o autor apesar dos frutos serem coletados em um mesmo local, estes
foram colhidos de diferentes árvores e que nem todas as árvores encontravam-se sob as
mesmas condições abióticas, por exemplo, intensidade luminosa. Em relação a densidade
do óleo essencial, o valor médio encontrado pelo autor foi 0,907 g/cm3, ou seja, superior ao
encontrado neste estudo.

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NISHIMOTO & SOUZA (2016) estudando o efeito da maceração e diferentes valores
de massas, no rendimento de óleo essencial de S. Terebinthifolius verificaram que houve
um aumento do mesmo em função da maceração, sendo que sementes não maceradas,
maceradas manualmente e maceradas usando moinho analítico apresentaram um rendimento
de 0,14%, 6,81% e 10,22%, respectivamente. Em relação a influência da massa, valores de
30, 60 e 90g de frutos maduros utilizados durante a extração apresentaram um rendimento
de 8,46%, 10,22% e 9,31%, respectivamente. Já para a densidade do óleo essencial, o valor
obtido foi 0,8627g/cm3, bem próximo ao deste estudo.
Tlili et al. (2018) ao investigarem o efeito do local nas características dos óleos essen-
ciais de frutos de Schinus terebinthifolius e Schinus molle, observaram que não houve dife-
rença significativa no rendimento do óleo entre locais. Porém, entre as espécies, o rendimento
em óleo de S. terebinthifolius foi superior aos de S. molle (14% e 8,5%, respectivamente).
A influência da maturação no rendimento, não é apenas encontrada em frutos de
aroeira. Bourgou et al., (2012) verificaram que o rendimento dos óleos essenciais de quatro
espécies de frutos cítricos foi maior em diferentes estádios de maturação: Citrus aurantium
(maduro, 0,46%), Citrus limon (imaturo, 1,30%), Citrus sinensis (semi-maduro, 0,74%) e
Citrus reticulata (semi-maduro, 2,70%), constatando que a maturação afetou significativa-
mente o rendimento e a composição dos óleos essenciais dessas espécies.
Ventura et al. (2018) estudando os estádios de maturação e qualidade dos frutos da
aroeira verificaram que houve aumento no rendimento de óleo essencial em função da ma-
turação. Os frutos de aroeira completamente maduro de cor vermelho-intensa “passado”
(Estádio 5) apresentaram rendimento em torno de 3,8% de óleo essencial. Já os frutos verdes
(Estádio 1) e maduros (Estádio 4) rendimento em torno de 2,3% e 2,6%, respectivamente.
Portanto, é necessário considerar que alguns fatores como condições climáticas, ge-
nética, localização geográfica, estação do ano, bem como métodos de cultivo podem estar
relacionados às variações na produtividade e na composição de óleos essenciais (TAARIT
et al., 2011; SALAMON, 2007; PAUL et al., 2010).

CONCLUSÃO

A partir dos ensaios realizados, o rendimento e a densidade dos óleos essenciais não
foram afetados pelos diferentes estádios de maturação avaliados dos frutos de pimenta
rosa. As características genéticas dos indivíduos existentes, as condições ambientais do
local onde foram coletadas e as sementes utilizadas neste estudo podem ter contribuído para
esta similaridade. Deste modo, o aproveitamento dos frutos muito maduros para a produção
de óleo essencial pode contribuir para a sustentabilidade da cadeia produtiva, visando uma

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melhor gestão dos frutos descartados no assentamento rural, localizado em São Pedro
D’Aldeia, Região dos Lagos do Estado do Rio de Janeiro.

AGRADECIMENTOS

Registramos os nossos sinceros agradecimentos a todas as pessoas envolvidas nes-


te estudo e em especial aos lavradores do Assentamento Ademar Moreira, localizado em
São Pedro da Aldeia, pela receptividade e por fornecer as sementes para o desenvolvi-
mento do trabalho.

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