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Colégio FAAT

Ensino Fundamental e Médio

Lista de exercícios de Filosofia - 2º Bimestre


Nome: N°.:
Série: 8ªA/B Prof. Juliano Marcel / /17
CONTEÚDO DO BIMESTRE:
 Simbolismos na mitologia.
 O mito do anel de Giges.
 Simbolismo moral.
 O mito de Narciso.
 O mito de Faetonte.
 O mito de Prometeu e a Caixa de Pandora.

LISTA DE EXERCÍCIOS PARA RECUPERAÇÃO:

1º Leia o texto abaixo:


“Através do conceito de arquétipo, C. G. Jung abriu para a Psicologia a possibilidade de perceber
nos mitos diferentes caminhos simbólicos para a formação da Consciência Coletiva. Nesse sentido, todos os
símbolos existentes numa cultura e atuantes nas suas instituições são marcos do grande caminho da
humanidade das trevas para a luz, do inconsciente para o consciente. Estes símbolos são as crenças, os
costumes, as leis, as obras de arte, o conhecimento científico, os esportes, as festas, todas as atividades,
enfim, que formam a identidade cultural. Dentre estes símbolos, os mitos têm lugar de destaque devido à
profundidade e abrangência com que funcionam no grande e difícil processo de formação da Consciência
Coletiva.
Os pais ensinam aos filhos como é a vida, relatando-lhes as experiências pelas quais passaram. Os
mitos fazem a mesma coisa num sentido muito mais amplo, pois delineiam padrões para a caminhada
existencial através da dimensão imaginária. Com o recurso da imagem e da fantasia, os mitos abrem para a
Consciência o acesso direto ao Inconsciente Coletivo. Até mesmo os mitos hediondos e cruéis são da maior
utilidade, pois nos ensinam através da tragédia os grandes perigos do processo existencial”. (BRANDÃO,
Junito de Souza. Mitologia Grega, Vol. I, Editora Vozes, 1986).

Retire do texto, o conceito de “simbolismo”, conforme estudamos.

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2° Leia atentamente o texto a seguir:


“Giges era um pastor que morava na região da Lídia. Após uma tempestade, seguida de um tremor de terra,
o chão se abriu e formou uma larga cratera onde ele apascentava seu rebanho. Surpreso e curioso, o pastor
desceu até a cratera e descobriu, entre outras coisas, um cavalo de bronze, cheio de buracos através dos
quais enfiou a cabeça e viu um grande homem nu que parecia estar morto. Ao avistar um belo anel de ouro
na mão do morto, Giges o tirou e tratou de fugir logo dali. Mais tarde, reunindo-se com os outros pastores
[...] Giges usou o anel. Após tomar seu lugar entre os pastores na Assembleia, ele girou por acaso o engaste
do anel para o interior da mão e imediatamente tornou-se invisível para os demais presentes. E foi assim,
totalmente invisível, que Giges ouviu os colegas o mencionarem como se ele não estivesse ali. Mexeu
novamente o engaste do anel para fora da mão e tornou a ficar visível. Admirado com a descoberta desse
poder, Giges repetiu a experiência para confirmar a magia. Seguro de si, sem titubear, ele dirigiu-se ao
palácio, seduziu a rainha, matou o rei a apoderou-se do trono”.

Platão, no livro II da República, utiliza do mito do Anel de Giges para abordar o tema sobre a “moral” (as
condutas do homem). Acerca do tema MORAL, quais os simbolismos que podemos apreender do mito
narrado por Platão? Explique.

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Leia o texto abaixo para responder as questões 3 e 4.

“O mito de Narciso

Narciso era um belo rapaz, filho do deus Céfiso e da ninfa Liríope. Por ocasião de seu nascimento, seus
pais consultaram o oráculo Tirésias para saber qual seria o destino do menino. A resposta foi que ele teria
uma longa vida, se nunca visse a própria face.

Muitas moças e ninfas apaixonaram-se por Narciso, quando ele chegou à idade adulta. Porém, o belo
jovem não se interessava por nenhuma delas. A ninfa Eco, uma das mais apaixonadas, não se conformou
com a indiferença de Narciso e afastou-se amargurada para um lugar deserto, onde definhou até que
somente restaram dela os gemidos. As moças desprezadas pediram aos deuses para vingá-las.

Nêmesis apiedou-se delas e induziu Narciso, depois de uma caçada num dia muito quente, a debruçar-se
numa fonte para beber água. Descuidando-se de tudo o mais, ele permaneceu imóvel na contemplação
ininterrupta de sua face refletida e assim morreu. No próprio Hades ele tentava ver nas águas do Estige as
feições pelas quais se apaixonara”.

3° Toda narrativa mítica veicula uma espécie de lição de ordem moral, comportamental, podendo mesmo
estabelecer algum tipo de censura ou coerção, no âmbito das relações de convívio interpessoal, familiar ou
social. Uma, das muitas simbologias da dimensão trágica do mito narcísico é identificada como:

a) Egoísmo, por não querer ver a beleza de mais ninguém.


b) Vaidade, já que não conseguia parar de se admirar.
c) Orgulho, pois todos o consideravam muito bonito.
d) Parcialidade, porque não conseguia admitir os próprios defeitos.
e) Altruísmo, visto que usava sua beleza para ajudar as mulheres.

4° De acordo com o mito de Narciso e com o que estudamos, o que é a “paixão” e o que ela faz com quem
se apaixona? Explique.

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5° Dois personagens são centrais no mito, Narciso e Eco. Acerca deles, leia o enunciado abaixo e responda
as questões.

a) “Narciso morre por ficar olhando só para si mesmo”. Explique a simbologia desta afirmação, conforme
estudado.
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b) “Eco morre porque só olha Narciso”. Explique a simbologia desta afirmação, conforme estudado.
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6° O mito de Prometeu é uma das imagens mais ricas já inventadas para diferenciar o homem dos demais
seres vivos. Nesse mito, o:

a) fogo roubado, entregue homens, representa o início da corrupção e do vício humanos.


b) homem é representado como poderoso e invencível em relação aos deuses, que nada podem fazer para
deter o progresso humano.
c) principal deus do Olimpo, Zeus, se compadece com a fraqueza humana e doa aos homens a razão e a
técnica.
d) roubo do fogo indica o início da cultura humana, na medida em que representa a aquisição do saber
técnico.
e) N.D.A.

7° Leia o texto abaixo:

“A caixa de Pandora é um mito grego no qual a existência da mulher e dos vários males do mundo são
explicados. Tudo começa quando Zeus, o deus de todos os deuses, resolveu arquitetar um plano para se
voltar contra a ousadia de Prometeu – que entregara aos homens a capacidade de controlar o fogo. Para
tanto, Zeus decide criar uma mulher repleta de dotes oferecidos pelos deuses e a oferece a Epimeteu, irmão
de Prometeu. Antes disso, Prometeu recusou a jovem Pandora de Zeus temendo que ela fizesse parte de
algum plano de vingança da divindade roubada. Ao aceitar Pandora, Epimeteu também ganhou uma caixa
onde estavam contidos vários males físicos e espirituais que poderiam acometer o mundo. Desconhecedor
do conteúdo, ele foi somente alertado de que aquela caixa não poderia ser aberta em nenhuma hipótese.
Com isso, o artefato era mantido em segurança, no fundo de sua morada, cercado por duas gralhas
barulhentas.

Aproveitando de sua beleza, Pandora convenceu o marido a se livrar das gralhas que lhe causavam
espanto. Após atender ao pedido da esposa, Epimeteu manteve relações com ela e caiu em um sono
profundo. Nesse instante, não suportando a própria curiosidade, Pandora abriu a caixa proibida para
espiar o seu conteúdo. Naquele momento, ela acabou libertando várias doenças e sentimentos que
atormentariam a existência do Homem no mundo. Zeus assim concluía o seu plano de vingança contra
Prometeu. Logo percebendo o erro que cometera, Pandora se apressou em fechar a caixa. Com isso, ela
conseguiu preservar o único dom positivo que fora depositado naquele recipiente: a esperança”.

Acerca do mito de Prometeu e Pandora, responda as questões abaixo:


a) O que significa o nome Pandora?
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b) Qual o sentido moral (simbolismo) da história de Pandora?


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8° Leia o texto abaixo:

“Faetonte e o carro do sol

Faetonte era o filho de Hélios e da ninfa Climene, que prometeu à ninfa quando nasceu Faetonte jamais
recusar um pedido de seu filho e lhe confidenciou o caminho para chegar ao seu palácio. Faetonte crescia e
os amigos duvidavam de que o resplandecente Helios fosse seu pai, e até ele mesmo tinha dúvidas. Por isso
certo dia foi procurá-lo. Nada escapa aos olhos do deus Sol, que imediatamente se deu conta da presença
do jovem. Faetonte lhe disse que o motivo da sua viagem. Enquanto Faetonte observava o brilho de Helios
percorrendo os caminhos do Céu, com sentimento misto de respeito e admiração, punha-se a imaginar
como seria estar também naquele carro, dirigindo os corcéis ao longo daquela vertiginosa trajetória com a
finalidade de levar a luz ao mundo. Assim, desejava concretizar seu sonho de, por apenas um dia, estar no
lugar de seu pai.

Helios não poderia concordar mas devido à promessa que fizera no nascimento de Faetonte, teve de
concordar, embora jamais tivesse imaginado do desejo imprudente do filho. E devido à insistência do filho,
Helios concordou porém lhe fazendo inúmeras advertências. Porém, para o jovem Faetonte, toda a
sabedoria da conversa não surtiu efeito. Ele apenas conseguia visualizar a perspectiva gloriosa de guiar
orgulhosamente aqueles córceis que nem mesmo seu pai conseguia controlar. Sem se importar com os
perigos que seu pai lhe descrevera, e sem nenhuma dúvida, Faetonte se preparava para partir. Seu pai viu
que todas as tentativas de persuadi-lo a desistir da louca aventura eram inúteis. Com grande júbilo e
orgulho, Faetonte partiu. Tinha feito sua escolha, e só lhe restava agora arcar com as consequências. Não
desejava mudar nada naquela primeira corrida magnífica pelos ares.

O próprio Vento Leste foi ultrapassado; as velozes patas dos cavalos passavam pelas nuvens baixas, mais
próximas do oceano, como se estivessem atravessando uma fina névoa marítima, e depois se elevavam rumo
aos ares translúcidos das grandes alturas do Céu. Durante alguns momentos de puro êxtase, Faetonte
sentiu-se o próprio senhor do firmamento.

Subitamente, algo se modificou. O carro oscilava de um lado a outro; a velocidade aumentava e Faetonte
percebeu que tinha perdido o controle. Os cavalos sairam do caminho habitual e se lançavam para todos os
lados. Ele já não sabia como controlá-los, e na corrida louca e avassaladora, os cavalos mergulharam e
incendiaram o mundo. Montanhas e florestas foram sendo consumidas pelas chamas; as fontes evaporavam
e os rios se tornavam apenas regatos. O Rio Nilo fugiu e escondeu sua nascente, que ainda hoje permanece
escondida.

Faetonte foi envolvido num calor infernal e ele apenas queria que tudo aquilo terminasse para aliviar seu
tormento e terror. A Mãe Terra lançou um grito que ecoou junto aos deuses e a salvação do mundo
dependia de uma rápida ação. Zeus lançou um raio contra o imprudente condutor arrependido e Faetonte
caiu morto. O carro foi destroçado e os cavalos enlouquecidos foram lançados nas profundezas do mar. O
misterioso rio Eridano, nunca visto por qualquer mortal, recebeu o corpo de Faetonte extinguindo o fogo”.
A respeito do mito de Faetonte, responda as questões abaixo:

a) Por que podemos afirmar que Faetonte é a clássica imagem de um jovem impulsivo? Explique.
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b) Tomando por base o mito de Faetonte e sua impulsividade, porque podemos afirmar, conforme os
conselhos dos sábios gregos, que o “caminho do meio” (nada em excesso) é a melhor forma de viver?
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GABARITO DOS TESTES:

1- Estes símbolos são as crenças, os costumes, as leis, as obras de arte, o conhecimento científico, os
esportes, as festas, todas as atividades, enfim, que formam a identidade cultural. Dentre estes símbolos, os
mitos têm lugar de destaque devido à profundidade e abrangência com que funcionam no grande e difícil
processo de formação da Consciência Coletiva. Os pais ensinam aos filhos como é a vida, relatando-lhes as
experiências pelas quais passaram. Os mitos fazem a mesma coisa num sentido muito mais amplo, pois
delineiam padrões para a caminhada existencial através da dimensão imaginária. Até mesmo os mitos
hediondos e cruéis são da maior utilidade, pois nos ensinam através da tragédia os grandes perigos do
processo existencial.
2- O mito do Anel de Giges aborda a questão dos princípios morais que regram a vida humana. Afirma que
os homens, quando estão sendo vistos, agem de forma a respeitar as regras sociais por medo da repressão.
Mas, quando percebem que estão invisíveis aos olhos repressivos da sociedade, fazem tudo o que seus
desejos e pulsões querem. Agem de forma a colocar em risco a ordem social, prejudicando toda uma
estrutura social.
3-B
6-D
5- a) Narciso morre, porque só contempla a si mesmo. Torna-se egoísta. Não consegue perceber a vida ao
seu redor, não procura relacionamentos saudáveis, vive apenas para si mesmo.
b) Eco morre, porque só olha para Narciso. Deixa de olhar para si, de viver para si, vive a vida para Narciso,
mas sem ser correspondida. Deixa de prestar a atenção em si mesma pra viver para um amor impossível.
7- a) A que possui todos os dons.
b) Mostra que aquilo que parece ser inocente e belo, pode desencadear processos destrutivos para toda uma
sociedade. A beleza pode tornar-se cruel. A curiosidade pode trazer consequências prejudiciais. As atitudes
que temos, embora pode ter boas intenções, resultam em consequências que fogem ao controle.
8- a) Porque ele toma decisões sem pensar nas consequências. Não houve conselhos dos mais velhos. Sua
impulsividade não o deixa perceber que suas escolhas colocam em risco sua própria vida e a ordem social.
b) Para viver bem, é preciso saber fazer suas escolhas. Nada em excesso é bom. Nem a falta. Os sábios
afirmavam que o caminho do meio é o melhor para a vida. Saber escolher com consciência, com equilíbrio,
é a melhor forma que fazer boas escolhas, sem colocar em risco a vida de outras pessoas. Tudo que fazemos
em excesso faz mal.

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