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As colunas e as ordens de arquitetura

Em nossa Ordem, e nos mais variados ritos, são consideradas cinco ordens de
arquitetura, sendo três de origem grega e duas de origem romana, sendo no REAA,
as que prevalecem são as de origem grega, que são originais, sendo que as demais
são derivadas destas.
As Ordens de arquitetura, são uma combinação peculiar de três elementos
arquitetônicos: base, coluna e entablamento.
Na nossa Ordem, esses estilos arquitetônicos clássicos, são utilizados em vários dos
Graus maçônicos, e valem por seu simbolismo.
São cinco as ordens conhecidas:
De origem grega: Ordens Jônica. Dórica e a Coríntia, sendo esta última uma
variação da Ordem Jônica
De Origem romana: Ordens Toscana e Compósita.
Apesar de não serem de origem grega, eles, os gregos a remodelaram e a tornaram
a que são hoje.
Assim, faremos um pequeno resumo das ordens de arquitetura e seu simbolismo,
lembrando que pelo ritual, as colunas ficam próxima ao altar da três luzes e as
colunetas miniatura das mesmas, ficam no altar dessas mesmas luzes.
– Ordem Jônica: A Ordem Jônica também é conhecida como a Ordem de Atenas,
sendo de origem Assíria, sendo seu lugar no Oriente próximo ao Venerável Mestre.
Dai ela representar a Sabedoria. Ela é posterior a Ordem Dórica. Nota-se que a
coluneta no trono fica sempre de pé, indicando que a Sabedoria deve estar sempre
alerta, seja no trabalho ou no descanso. Ela vem dos Jônios que era um povo vindo
da Ásia, e que fundaram várias cidades na Grécia antiga, inclusive a cidade de Atenas,
de onde se originou os grandes pensadores gregos, como Sócrates, Platão e
Aristóteles.
A lenda nos conta que Íon, um líder grego dos Jônios, foi enviado à Ásia, onde
construiu templos em Éfeso, dedicados a deuses gregos. Íon então, observou que as
folhas de cortiça, colocadas sobre os pilares para evitar infiltração de água e
amortecer o peso das traves, com o tempo, cedendo à pressão, contorciam-se em
forma de ornamento em espiral, que imitavam os fios de cabelo de mulher, sendo
essa a principal característica da Ordem Jônica. Um dos exemplos da arquitetura
Jônica encontra-se na Acrópole de Atenas. Representa ainda em nossa ordem o Rei
Salomão.
– Ordem Dórica: Ela é a mais rústica das três gregas, e a mais antiga, priorizando a
robustez, em confronto com a beleza, sendo que na Grécia antiga, ela ornamentava
os deuses masculinos, sendo que sua origem é do Egito. Daí estar relacionada
a FORÇA (Hercules), estando na Coluna do Norte que é governada pelo Primeiro
Vigilante. Suas colunas não possuem base e seus capiteis são simples, lisos e sem
qualquer ornamento. A coluneta é erguida durante os trabalhos, quando é
necessária força para a execução dos mesmos (do meio dia à meia noite). Seu nome
vem de Dorus, filho de Heleno, rei da Acaia e do Peloponeso. Os Templos mais
importantes da Grécia antiga tinham colunas da desta ordem. Dos Dóricos,
originaram-se os Espartanos, grandes guerreiros e combatentes. Como símbolo da
força, nos anima e sustenta perante as nossas dificuldades, lembrando que nunca
estamos sozinhos. Representa Hiram Rei de Tiro.
– Ordem Coríntia: É a mais bela de todas, daí representar a Beleza (Afrodite ou
Vênus), estando próxima ao Segundo Vigilante. Ela é uma evolução da Ordem
Dórica. Ela é esbelta e graciosa. Sua denominação refere-se a cidade de Corinto;
Quando do início dos trabalho em loja, a coluneta é abaixada. O templo de Zeus é
melhor exemplo desta arquitetura.
A lenda nos conta que uma ama levou uma cesta, contendo brinquedos à sepultura
da criança que cuidava, cobrindo-a com uma velha telha, por causa das chuvas. Ao
iniciar-se a primavera, um pé de acanto germinou e cresceu, transformando-se em
formosa árvore. Folhas de acanto, cesta e telha teriam produzido um belíssimo efeito
ao crescer a planta. Essa cena foi capturada pelo escultor Calímaco, que talhou um
pilar de rara beleza, com o capitel copiado daquela cena. Representa Hiram Abiff.
Às essas três Ordens de Arquitetura, acrescentam-se às vezes a ordem Compósita, e
a ordem Toscana, que não devem ser levadas em conta no simbolismo maçônico.

Conclusão
Nosso edifício espiritual repousa sobre estas Ordens e colunas simbólicas, sendo que
a Sabedoria organiza o caos, criando a ordem. A Força executa o projeto, seguindo
instruções da Sabedoria, e a Beleza ornamenta nossa vida. Assim, sendo Sábio temos
a Força, para lutar e combater as vicissitudes da vida e temos a Beleza permanente
na construção de nosso edifício humano.

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