Lista 2 de física matemática

JAMES GUIMARAES SANTOS

ACM Reference Format:
James Guimaraes santos. 2023. Lista 2 de física matemática. 1, 1 (November 2023), 19 pages. https://doi.org/10.1145/nnnnnnn.
nnnnnnn

1 POLINÔMIO DE HERMITE
1.1 A partir da função geratriz g(z,u) deduzir fórmulas recursivas
A função geratriz é por definição
∞ 𝑛
2 +2𝑧𝑢 𝑧
∑︁
𝑔(𝑧, 𝑢) = 𝑒 𝑧 = 𝐻𝑛 (𝑢) (1)
𝑛=0
𝑛!
𝐻 1𝑧 𝐻 2𝑧 2 𝐻 1𝑧 3
𝑔(𝑧, 𝑢) = 𝐻 0 + − + + +...
1! 2! 3!
em 𝑧 = 0
𝐻0 = 𝑒 0 = 1
derivando 1 em relação a z
∑︁ 𝑧𝑛−1 ∞
𝜕𝑔(𝑧, 𝑢) 2
= (−2𝑧 + 2𝑢)𝑒 𝑧 +2𝑧𝑢 = 𝑛 𝐻𝑛 (𝑢)
𝜕𝑧 𝑛=0
𝑛!
∞
∑︁ 𝑧𝑛−1
2(𝑢 − 𝑧)𝑔(𝑧, 𝑢) = 𝐻𝑛 (𝑢) (2)
𝑛=1
(𝑛 − 1)!
porque
𝑛 𝑛 1
= =
𝑛! 𝑛(𝑛 − 1)! (𝑛 − 1)!
substituindo a definição de 𝑔(𝑧, 𝑢) na equação 2
∞ 𝑛 ∞
∑︁ 𝑧 ∑︁ 𝑧𝑛−1
2(𝑢 − 𝑧) 𝐻𝑛 (𝑢) = 𝐻𝑛 (𝑢)
𝑛=0
𝑛! 𝑛=1
(𝑛 − 1)!
com um pouco de trabalho algébrico
∞ 𝑛 ∞ ∞
∑︁ 𝑧 ∑︁ 𝑧𝑛+1 ∑︁ 𝑧𝑛−1
𝐻𝑛 (𝑢)2𝑢 − 2 𝐻𝑛 (𝑢) − 𝐻𝑛 (𝑢) = 0
𝑛=0
𝑛! 𝑛=0
𝑛! 𝑛=1
(𝑛 − 1)!
| {z } | {z }
𝑛→𝑛−1 𝑛→𝑛+1

Author’s address: James Guimaraes santos.

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XXXX-XXXX/2023/11-ART $15.00
https://doi.org/10.1145/nnnnnnn.nnnnnnn

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

2 • James Guimaraes santos

∞ 𝑛 ∞ ∞ 𝑛
∑︁ 𝑧 ∑︁ 𝑧𝑛 ∑︁ 𝑧
2𝑢𝐻 0 + 𝐻𝑛 (𝑢)2𝑢 − 2𝑛 𝐻𝑛−1 (𝑢) − 𝐻 1 − 𝐻𝑛+1 (𝑢) = 0
𝑛=1
𝑛! 𝑛=1
𝑛! 𝑛=1
𝑛!
agrupando as potências
∞ 𝑛
∑︁ 𝑧
2𝑢𝐻 0 − 𝐻 1 + (2𝑢𝐻𝑛 − 2𝑛𝐻𝑛−1 − 𝐻𝑛+1 ) = 0
𝑛=1
𝑛!
portanto
2𝑢𝐻 0 − 𝐻 1 = 0
2𝑢𝐻𝑛 − 2𝑛𝐻𝑛−1 − 𝐻𝑛+1 = 0 (3)
sendo 3 a primeira relação de recorrência que queremos. A outra relação de recorrência é dada através da derivada
de 1 em relação a 𝑢
∞ 𝑛
𝜕𝑔(𝑧, 𝑢) 2 𝑧 ′
∑︁
= 2𝑧𝑒 𝑧 +2𝑧𝑢 = 𝐻 (𝑢)
𝜕𝑢 𝑛=0
𝑛! 𝑛
∞ 𝑛 ∞ 𝑛
∑︁ 𝑧 ∑︁ 𝑧
2𝑧 𝐻𝑛 (𝑢) = 𝐻𝑛′ (𝑢)
𝑛=0
𝑛! 𝑛=0
𝑛!
∞ ∞ 𝑛
∑︁ 𝑧𝑛+1 ∑︁ 𝑧 ′
2 𝐻𝑛 (𝑢) = 𝐻 (𝑢)
𝑛=0
𝑛! 𝑛=0
𝑛! 𝑛
| {z }
𝑛→𝑛−1
∞ ∞ 𝑛
∑︁ 𝑧𝑛 ∑︁ 𝑧
2 𝐻𝑛−1 (𝑢) = 𝐻𝑛′ (𝑢)
𝑛=1
(𝑛 − 1)! 𝑛=0
𝑛!
∞ ∞ 𝑛
∑︁ 𝑧𝑛 ∑︁ 𝑧
2𝑛 𝐻𝑛−1 (𝑢) = 𝐻 0 + 𝐻𝑛′ (𝑢)
𝑛=1
𝑛! 𝑛=1
𝑛!
𝐻 0 vale 0, logo
2𝑛𝐻𝑛−1 = 𝐻𝑛′ (4)
sendo 4 a segunda relação.

1.2 Deduzir relação com hipergeométrica

Derivando 4 em relação a variável u:
𝐻𝑛′′ = 2𝑛𝐻𝑛−1
′

também derivando 3 em relação a variável u

′
𝐻𝑛+1 ′
= −2𝑛𝐻𝑛−1 + 2𝐻𝑛 + 2𝑢𝐻𝑛′
somando as duas relações de recorrência derivadas
𝐻𝑛′′ + 𝐻𝑛+1
′
− 2𝐻𝑛 = +2𝑢𝐻𝑛′ (5)
usando a relação 4 com a mudança 𝑛 → 𝑛 + 1
′
𝐻𝑛+1 = 2(𝑛 + 1)𝐻𝑛
′
𝐻𝑛+1 − 2𝐻𝑛 = 2𝑛𝐻𝑛
substituindo na equação 5
𝐻𝑛′′ + 2𝑛𝐻𝑛 − 2𝑢𝐻𝑛′ = 0 (6)

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 Lista 2 de física matemática • 3

sendo esta última EDO conhecida como EDO de Hermite. Propondo a mudança 𝑥 = 𝑢 2 e usando os resultados 16
e 17
2𝐻 ′ (𝑥) + 4𝑥𝐻 ′′ (𝑥) − 4𝑥𝐻 ′ (𝑥) + 2𝑛𝐻 (𝑥) = 0
4𝑥𝐻 ′′ (𝑥) + 𝐻 ′ (𝑥) (2 − 4𝑥) + 2𝑛𝐻 (𝑥) = 0
1
𝑥𝐻 ′′ (𝑥) + 𝐻 ′ (𝑥) (1/2 − 𝑥) + 𝑛𝐻 (𝑥) = 0
2
que é a EDO hipergeométrica confluente para 𝑎 = − 𝑛2 e 𝑐 = 1/2, cuja solução é
𝑛 1 2 (𝑣 − 1) 3 2
   
𝐻𝑛 (𝑢) = 𝐴𝑛1 𝐹 1 − ; ; 𝑢 + 𝐵𝑛1𝑢𝐹 1 − ; ;𝑢
2 2 2 2

1.3 Provar ortogonalidade dos polinômios de Hermite

Utilizando a Edo de hermite 6
𝐻𝑛′′ − 2𝑢𝐻𝑛′ = −2𝑛𝐻𝑛
2
multiplicando por 𝑒 −𝑢
2 2 2
𝑒 −𝑢 𝐻𝑛′′ − 2𝑢𝑒 −𝑢 𝐻𝑛′ = −2𝑛𝑒 −𝑢 𝐻𝑛
desta maneira pode ser reescrita na forma auto-adjunta
ˆ (𝑥) = (𝑝 (𝑥)𝑦 ′ (𝑥)) ′ + 𝑞(𝑥)𝑦 (𝑥) = 0
℘𝑦
assim,
2 2
[𝑒 −𝑢 𝐻𝑛′ ] ′ = −2𝑛𝑒 −𝑢 𝐻𝑛
ou seja, a EDO de hermite é uma equação de autovalores
ˆ 𝑛 (𝑥) = −𝜇𝑛𝑊 (𝑥)𝑦𝑛 (𝑋 )
℘𝑦
Fazendo as devidas comparações identificamos 𝑊 (𝑥) = 𝑒 −𝑢 2 ; 𝜇𝑛 = 2𝑛; 𝑞(𝑥) = 0 então
∫ ∞
2
(ℎ𝑛 , ℎ𝑚 ) ≡ 𝑒 −𝑢 𝐻𝑛 (𝑢)𝐻𝑚 (𝑢)𝑑𝑢 = 0 𝑛 ≠ 𝑚 𝑒 𝑊 (𝑥) → 0 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑢 → ±∞ (7)
−∞
também precisamos da norma do vetor, i.e.
∫ ∞
2
(ℎ𝑛 , ℎ𝑛 ) = 𝑒 −𝑢 𝐻𝑛 (𝑢)𝐻𝑛 (𝑢)𝑑𝑢 ≡ 𝐴𝑛
−∞
multiplicando a equação acima por 2n e fazendo a troca 𝑛 → 𝑛 − 1
∫ ∞
2
2𝑛𝐴𝑛−1 = 𝑒 −𝑢 2𝑛𝐻𝑛−1 (𝑢)𝐻𝑛−1 (𝑢)𝑑𝑢
−∞
usando a relação 3 ∫ ∞
2
2𝑛𝐴𝑛−1 = 𝑒 −𝑢 (2𝑢𝐻𝑛 − 𝐻𝑛+1 )𝐻𝑛−1𝑑𝑢
−∞
∫ ∞ ∫ ∞ ∫ ∞
−𝑢 2 2 2
2𝑛𝐴𝑛−1 = 𝑑𝑢𝑒 2𝑢𝐻𝑛 𝐻𝑛−1 − 𝑒 −𝑢 𝐻𝑛−1 𝐻𝑛+1𝑑𝑢 = 𝑑𝑢𝑒 −𝑢 2𝑢𝐻𝑛 𝐻𝑛−1 (8)
−∞ −∞ −∞
pela relação de ortonormalização. Fazendo a mudança 𝑛 → 𝑛 − 1 em 3
2𝑢𝐻𝑛−1 = 𝐻𝑛 + 2(𝑛 − 1)𝐻𝑛−2
substituindo na equação 8 ∫ ∞
2
2𝑛𝐴𝑛−1 = 𝑒 −𝑢 𝐻𝑛 (𝐻𝑛 + 2(𝑛 − 1)𝐻𝑛−2 )𝑑𝑢
−∞

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4 • James Guimaraes santos

∫ ∞ ∫ ∞ ∫ ∞
2 2 2
2𝑛𝐴𝑛−1 = 𝑒 −𝑢 𝐻𝑛 𝐻𝑛𝑑𝑢 + 2(𝑛 − 1) 𝑒 −𝑢 𝐻𝑛 𝐻𝑛−2𝑑𝑢 = 𝑒 −𝑢 𝐻𝑛 𝐻𝑛𝑑𝑢
−∞ −∞ −∞
onde usamos novamente a relação de ortogonalização. Portanto
2𝑛𝐴𝑛−1 = 𝐴𝑛
2(𝑛 + 1)𝐴𝑛 = 𝐴𝑛+1
assim, só precisamos determinar ∫ ∞
2 √
(𝐻 0, 𝐻 0 ) ≡ 𝐴0 = 𝑒 −𝑢 𝑑𝑢 = 𝜋
−∞
√ √ √
logo, 𝐴1 = 2𝐴0 = 2 𝜋, 𝐴2 = 22 2 𝜋, 𝐴3 = 23 3! 𝜋, assim
√
𝐴𝑛 = 2𝑛 𝑛! 𝜋
∫ ∞
2 √
(𝐻𝑛 , 𝐻𝑚 ) = 𝑒 −𝑢 𝐻𝑛 𝐻𝑚𝑑𝑢 = 2𝑛 𝑛! 𝜋𝛿𝑛𝑚 (9)
−∞

1.4 Deduzir fórmula de rodrigues para 𝐻𝑛

−𝑦 2𝑦2
 𝑛
𝑑
𝐻𝑛 (𝑦) ≡ 𝑒
𝑦− 𝑒 2 2 (10)
𝑑𝑦
Dado o operador de hamiltoniana para oscilador harmônico
𝑃ˆ2 𝑚𝜔 02 ˆ 2
𝐻ˆ = + 𝑋
2𝑚 2
em certo sentido a hamiltoniana é como algo da forma
𝑎 2 + 𝑏 2 = (𝑎 − 𝑖𝑏) (𝑎 + 𝑖𝑏)
seguindo essa ideia
√︄ √︄
2
1 ˆª © 𝑚𝜔 02 ˆ 1 ˆª 𝑚𝜔 02 ˆ 2 1 ˆ2 𝜔 0 ˆ ˆ ˆ ˆ
√︂ √︂
𝑚𝜔 0 ˆ 𝜔0 ˆ
𝑋 −𝑖 𝑋 +𝑖 𝑃® = 𝑋 + 𝑃 + 𝑖 (𝑋 𝑃 − 𝑃 𝑋 ) = 𝐻ˆ + 𝑖 [𝑋,
©
𝑃® ­ 𝑃]
2 2𝑚 2 2𝑚 2 2𝑚 2 2
­
« ¬« ¬
então √︄ √︄
2 2
1 1 ˆª 𝜔 0 ˆ ˆ
√︂ √︂
𝑚𝜔 ª © 𝑚𝜔 0 ˆ
ˆ
𝐻 =­
© 0 ˆ
𝑋 −𝑖 ˆ
𝑃® ­ 𝑋 +𝑖 𝑃 ® − 𝑖 [𝑋, 𝑃]
2 2𝑚 2 2𝑚 2
« ¬« ¬
1
 
𝐻ˆ = 𝜔 0 ℏ 𝑎ˆ†𝑎ˆ + (11)
2
onde definimos √︂
𝑚𝜔 0 ˆ
𝑃ˆ
𝑖
𝑎ˆ = 𝑋+√
2ℏ 2𝑚ℏ𝜔 0
√︂
𝑚𝜔 0 ˆ
𝑃ˆ .
𝑖
𝑎ˆ =
†
𝑋−√
2ℏ 2𝑚ℏ𝜔 0
Identidades úteis:
[𝐻, 𝑎] = −ℏ𝜔 0𝑎ˆ
[𝐻, 𝑎†] = ℏ𝜔 0𝑎ˆ†

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

 Lista 2 de física matemática • 5

Dem:
1 1
   
[𝐻, 𝑎] = 𝐻ˆ 𝑎ˆ − 𝑎ˆ𝐻ˆ = 𝜔 0 ℏ 𝑎ˆ†𝑎ˆ +
 
ˆ 0 ℏ 𝑎ˆ†𝑎ˆ +
𝑎ˆ − 𝑎𝜔 ˆ 𝑎ˆ − 𝑎(
= 𝜔 0 ℏ (𝑎ˆ†𝑎) ˆ = 𝜔 0 ℏ[𝑎 †𝑎, 𝑎] = −𝜔 0 ℏ[𝑎, 𝑎 †𝑎]
ˆ 𝑎ˆ†𝑎)
2 2
usando a seguinte propriedades dos comutadores
[𝐴, 𝐵𝐶] = [𝐴, 𝐵]𝐶 + 𝐵 [𝐴, 𝐶]
temos
[𝐻, 𝑎] = −𝜔𝑜 ℏ( [𝑎, 𝑎 † ]𝑎ˆ + 𝑎ˆ† [𝑎, 𝑎]) = −𝜔 0 ℏ𝑎ˆ (12)
onde usamos
[𝑎, 𝑎†] = 1
algumas formulas úteis:
𝑎ˆ𝑎ˆ† = 1 + 𝑎ˆ†𝑎ˆ
𝑎ˆ†𝑎ˆ = 𝑎ˆ𝑎ˆ† − 1
Para o outro comutador
1 † 1
   
[𝐻, 𝑎 † ] = 𝐻ˆ 𝑎ˆ† − 𝑎ˆ†𝐻ˆ = 𝜔 0 ℏ 𝑎ˆ†𝑎ˆ + 𝑎ˆ − 𝑎ˆ†𝜔 0 ℏ 𝑎 †𝑎ˆ +
2 2
𝜔 0 ℏ[(𝑎ˆ†𝑎)
ˆ 𝑎ˆ† − 𝑎ˆ† (𝑎ˆ†𝑎)]
ˆ = 𝜔 0 ℏ[(𝑎 †𝑎), 𝑎 † ] = −𝜔 0 ℏ[𝑎 †, (𝑎 †𝑎)] = −𝜔 0 ℏ( [𝑎 †, 𝑎 † ]𝑎ˆ + 𝑎ˆ† [𝑎 †, 𝑎]) = −𝜔 0 ℏ(−)𝑎ˆ† [𝑎, 𝑎 † ]
| {z }
1
[𝐻, 𝑎 † ] = 𝜔 0 ℏ𝑎ˆ†
O interessante da forma 11 para a hamiltoniana é que os autovalores de 𝐻ˆ podem ser determinados se resolvermos
𝑁ˆ |𝜈⟩ = 𝜈 |𝜈⟩
com 𝑎ˆ†𝑎ˆ ≡ 𝑁ˆ assim, determinar os autovalores de 𝑁ˆ implica em encontrar os autovalores de 𝐻ˆ . 𝑁ˆ é hermitiana?
vejamos: ( 𝑁ˆ ) † = (𝑎ˆ†𝑎)
ˆ † = 𝑎ˆ† (𝑎ˆ† ) † = 𝑎ˆ†𝑎ˆ = 𝑁ˆ . Em consequência disso,
𝑁ˆ |𝜈⟩ = 𝜈 |𝜈⟩
⟨𝜈 ′ |𝜈⟩ = 0 𝜈 ≠ 𝜈′
(13)
é também de nosso interesse impor ⟨𝜈 |𝜈⟩ = 1.
Propriedades:
(1) 𝜈 ≥ 0
ˆ ∝ |𝜈 − 1⟩
(2) 𝑎|𝜈⟩
(3) 𝑎ˆ† |𝜈⟩ ∝ |𝜈 + 1⟩
(4) 𝜈 = 𝑛 = 0, 1, 2, 3...
ˆ é um autovetor de 𝑁ˆ com autovalor 𝜈 − 1, assim
A propriedade (2) significa que 𝑎|𝜈⟩
𝑁ˆ (𝑎|𝜈⟩)
ˆ = (𝑎ˆ†𝑎)
ˆ 𝑎|𝜈⟩)
ˆ = (𝑎ˆ𝑎ˆ† − 1)𝑎|𝜈⟩)
ˆ ˆ 𝑁ˆ − 1)|𝜈⟩ = 𝑎(𝜈
ˆ 𝑎ˆ†𝑎ˆ − 1)|𝜈⟩ = 𝑎(
= 𝑎( ˆ |𝜈⟩ − |𝜈⟩)
𝑁ˆ (𝑎|𝜈⟩)
ˆ ˆ
= (𝜈 − 1) (𝑎|𝜈⟩)
ˆ é um autovetor de 𝑁ˆ com autovalor 𝜈 − 1. A propriedade (3) diz que 𝑎ˆ† |𝜈⟩ é um autovetor de 𝑁ˆ com
ou seja, 𝑎|𝜈⟩
autovalor |𝜈 + 1⟩, que é facilmente verificada,
𝑁ˆ (𝑎ˆ† |𝜈⟩) = 𝑎ˆ† (𝑎ˆ𝑎ˆ† )|𝜈⟩) = 𝑎ˆ† (𝑎ˆ†𝑎ˆ + 1)|𝜈⟩ = 𝑎ˆ† ( 𝑁ˆ + 1)|𝜈⟩ = 𝑎ˆ† ( 𝑁ˆ |𝜈⟩ + |𝜈⟩) = 𝑎ˆ† (𝜈 |𝜈⟩ + |𝜈⟩)
𝑁ˆ (𝑎ˆ† |𝜈⟩) = (𝜈 + 1)𝑎ˆ† |𝜈⟩

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

6 • James Guimaraes santos

assim, os operadores de criação e aniquilação relacionam autovetores cujos autovalores diferem pela unidade.
Esses vetores podem ser normalizados. Sabemos que ⟨𝜈 |𝜈⟩ = 1 ∀ 𝜈. Queremos determinar 𝑘 − , tal que
ˆ = 𝑘 − |𝜈 − 1⟩
𝑎|𝜈⟩
com ⟨𝜈 − 1|𝜈 − 1⟩ = 1. O valor de 𝑘 − que satisfaz a igualdade é dado por
2
ˆ
||𝑎|𝜈⟩|| ˆ = 𝑘 −2 ⟨𝜈 − 1|𝜈 − 1⟩
= ⟨𝜈 |𝑎ˆ†𝑎|𝜈⟩
⟨𝜈 | 𝑁ˆ |𝜈⟩ = 𝜈 ⟨𝜈 |𝜈⟩ = 𝑘 −2 = 𝜈
assim,
√
ˆ = 𝜈 |𝜈 − 1⟩
𝑎|𝜈⟩
uma consequência disso é que o operador de aniquilação aplicado no vetor zero retorna zero. Seguindo um
raciocínio parecido
𝑎ˆ† |𝜈⟩ = 𝑘 + |𝜈 + 1⟩
||𝑎ˆ† |𝜈⟩|| 2 = ⟨𝜈 |𝑎ˆ𝑎ˆ† |𝜈⟩ = 𝑘 +2 ⟨𝜈 + 1|𝜈 + 1⟩
⟨𝜈 | 𝑁ˆ + 1|𝜈⟩ = 𝜈 ⟨𝜈 |𝜈⟩ + 1 = 𝑘 +2
assim, √
𝑎ˆ† |𝜈⟩ = 𝜈 + 1|𝜈 − 1⟩
Como foi mencionado, a equação que define o estado fundamental é 𝜈 = 0: 𝑎|0⟩ ˆ = 0. Essa construção define
completamente os possíveis valores de 𝜈. A prova da propriedade (4) é a seguinte, suponha 𝜈 = 𝑛−𝜖 ∉ ℵ, 0 < 𝜖 < 1.
Aplicando o operador de aniquilação n vezes:
𝑎ˆ𝑛 |𝜈⟩ = 𝑎ˆ𝑛 |𝑛 − 𝜖⟩ ∝ 𝑎ˆ𝑛−𝜖 −1 |𝑛 − 𝜖 − 1⟩ ∝ 𝑎ˆ𝑛−𝜖 −2 |𝑛 − 𝜖 − 2⟩... ∝ |𝑛 − 𝜖 − 𝑛⟩ = | − 𝜖⟩
→ 𝑁ˆ (𝑎ˆ𝑛 |𝜈⟩) = −𝜖 𝑎ˆ𝑛 |𝜈⟩
ou seja, se a nossa suposição for verdadeira, temos um autovetor com autovalor negativo, porém, isso entra em
contração com a propriedade (1), todo autovetor de 𝑁ˆ tem autovalor positivo definido, oque cria uma contradição.
Portanto 𝜖 = 0 e 𝜈 = 𝑛 = 0, 1, 2, 3.... Voltando para a hamiltoniana
1
 
𝐻ˆ = 𝜔 0 ℏ 𝑎ˆ†𝑎ˆ +
2
1
 
ˆ
𝐻 = 𝜔0ℏ 𝑁 + ˆ
2
1 1
   
ˆ ˆ
𝐻 |𝑛⟩ = 𝜔 0 ℏ 𝑁 + ˆ
|𝑛⟩ = 𝜔 0 ℏ 𝑁 |𝑛⟩ + |𝑛⟩ = 𝐸𝑛 |𝑛⟩
2 2
com 𝐸𝑛 = 𝜔 0 ℏ(𝑛 + 1/2), que é o espectro de energia do oscilador harmônico. É claro que o nível fundamental tem
energia ℏ𝜔 0 /2.
Utilizando os operadores de criação e aniquilação é possível determinar todos os autoestados de energia em
termos único. A forma mais fácil de fazer isso é relacionar os demais estados com o estado fundamental, i.e,
ˆ ∝ (𝑎ˆ† )𝑛 |0⟩
|𝑛⟩
uma vez que conheço o estado fundamental, todos os demais são determinados aplicando o operador de criação n
vezes. A constante de proporcionalidade que me √ fornece |𝑛⟩ˆ normalizado, supondo que o estado fundamental
está normalizado e conforme a relação 𝑎|𝑛⟩ˆ = 𝑛 + 1|𝑛 + 1⟩, então
√ √ √ √ √ √ √
ˆ = 𝐶 (𝑎ˆ† )𝑛 |0⟩ = 𝐶 (𝑎ˆ† )𝑛−1 1|1⟩ = 𝐶 (𝑎ˆ† )𝑛−2 1 2|2⟩ = 𝐶 (𝑎ˆ† )𝑛−3 1 2 3|3⟩ = 𝐶 (𝑎ˆ† ) 0 𝑛!|𝑛⟩
|𝑛⟩ 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛 𝑛

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 Lista 2 de física matemática • 7

1 (𝑎ˆ† )𝑛
𝐶𝑛 = √ → |𝑛⟩ = √ |0⟩
𝑛! 𝑛!
Se o estado fundamental estiver normalizado, temos todos os autoestados de energia normalizados.
Podemos utilizar a representação de coordenadas afim de dar um "cara" para os kets |𝑛⟩. Partindo da equação
do estado fundamental √︂  
𝑚𝜔 0 ˆ 𝑖 ˆ
ˆ =
𝑎|0⟩ 𝑋+ 𝑃 |0⟩ = 0
2ℏ 𝑚𝜔 0
 
𝑋ˆ +
𝑖 ˆ
𝑃 |0⟩ = 0
𝑚𝜔 0
aplicando o bra ⟨𝑥 |
𝑖 2ℏ 𝑑
 
ˆ
⟨𝑥 | 𝑋 +
𝑖 ˆ
𝑃 |0⟩ = ⟨𝑥 |𝑋ˆ |0⟩ +
𝑖
⟨𝑥 |𝑃ˆ |0⟩ = 𝑥𝜓 0 (𝑥) − 𝜓 0 (𝑥) = 0
𝑚𝜔 0 𝑚𝜔 0 𝑚𝜔 0 𝑑𝑥
1 𝑑 𝑥
𝜓 0 (𝑥) = − 2
𝜓 0 (𝑥) 𝑑𝑥 𝑥0
√︃
onde 𝑥 0 = 𝑚𝜔 .
ℏ
Integrando
1 𝑥2
 
𝜓 0 (𝑥)
𝑙𝑛 =− 2
𝐶0 2 𝑥0
−𝑥 2
2
𝜓 0 (𝑥) = 𝐶 0𝑒 2𝑥0
∫∞
a constante 𝐶 0 é a constante de normalização. Utilizando a completeza 1 = −∞ 𝑑𝑥 |𝑥⟩⟨𝑥 |
−𝑥 2
∫ ∞ ∫ ∞ ∫ ∞ ∫ ∞
2 2 2
1 = ⟨0|1|0⟩ = 𝑑𝑥 ⟨0|𝑥⟩⟨𝑥 |0⟩ = ∗
𝑑𝑥𝜓 0 𝜓 0 = 𝑑𝑥 (𝜓 0 ) = 𝐶 0 𝑑𝑥𝑒 𝑥0
−∞ −∞ −∞ −∞
fazendo a mudança 𝑢 = 𝑥
𝑥0 ∫ ∞ √
2
1 = 𝐶 02𝑥 0 𝑑𝑢𝑒 −𝑢 = 𝑥 0𝐶 02 𝜋
−∞
1
𝐶0 = √ 1
𝑥0𝜋 4
portanto
𝑥2
1 −
2𝑥 02
𝜓 0 (𝑥) = √ 1
𝑒
𝑥0𝜋 4
o estado fundamental normalizado é suficiente para determinar todos os outros normalizados
1
𝜓𝑛 (𝑥) = √ (𝑎ˆ† )𝑛𝜓 0 (𝑥)
𝑛!
√︃ √︃
propondo as mudanças 𝑦ˆ = ˆ
ℏ 𝑥ˆ e 𝑝 𝑥 =
𝑚𝜔 0
ˆ
ℏ 𝑝 𝑦 na representação de coordenadas, o operador de criação tem
𝑚𝜔 0

a forma
1 1 1
√︂ √︂  
𝑚𝜔 0 𝑑 𝑑
𝑎ˆ = √ 𝑦 + 𝑖𝑖ℏ
†
= √ 𝑦−
2 ℏ 2𝑚ℏ𝜔 0 𝑑𝑦 2 𝑑𝑦
assim
1 1
   𝑛
𝑑
𝜓𝑛 (𝑥) = √ √ 𝑦− 𝜓 0 (𝑥)
𝑛! 2 𝑑𝑦

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

8 • James Guimaraes santos

1 −𝑦 2
 𝑛
𝑑
√ 𝜓𝑛 (𝑥) = 𝑦 − 𝑒 2 (14)
𝜋 1/4 2𝑛 𝑛!𝑥 0 𝑑𝑦
o que resolve completamente o problema. Uma outra forma de abordagem é através da equação de schrodinger
estacionária
ℏ2 𝑚𝑤 2 2
− 𝜓 ′′ (𝑥) + 𝑥 𝜓 (𝑥) = 𝐸𝜓 (𝑥)
2𝑚 2
que pode facilmente ser escrita em termos de 𝑢 = 𝑥𝑥0
ℏ ′′ 𝑚𝑤 2 2
− 𝜓 (𝑥) + 𝑥 𝜓 (𝑥) = 𝐸𝜓 (𝑥)
𝜔𝑚 ℏ ℏ𝜔
𝑥2 2
−𝑥 02𝜓 ′′ (𝑥) + 2 𝜓 (𝑥) = 𝐸𝜓 (𝑥)
𝑥0 ℏ𝜔
2
−𝜓 ′′ (𝑢) + 𝑢 2𝜓 (𝑢) = 𝐸𝜓 (𝑢)
ℏ𝜔
sabendo que 𝐸 𝜈 = ℏ𝜔 (𝑣 + 21 )
𝜓 ′′ (𝑢) − 𝑢 2𝜓 (𝑢) + (2𝑣 + 1)𝜓 (𝑢) = 0 (15)
propondo a mudança 𝑧 = 𝑢2
𝑑 𝑑𝑧 𝑑 𝑑 √ 𝑑
= = 2𝑢 =2 𝑧 (16)
𝑑𝑢 𝑑𝑢 𝑑𝑧 𝑑𝑧 𝑑𝑧
𝑑2 √ 𝑑 √ 𝑑 𝑑2
 
𝑑
=2 𝑧 2 𝑧 = 4𝑧 2 + 2 (17)
𝑑𝑢 2 𝑑𝑧 𝑑𝑧 𝑑𝑧 𝑑𝑧
assim
1 ′ 1 1
 
𝑧
′′
𝑧𝜓 (𝑧) + 𝜓 (𝑧) − 𝜓 (𝑧) + 𝜈 + 𝜓 (𝑧) = 0
2 4 2 2
1 1 1 𝑧
 
𝜓 ′′ (𝑧) + 𝜓 ′ (𝑧) + 𝜈 + − 𝜓 (𝑧) = 0
2𝑧 2𝑧 2 2
a única forma da 𝜓 (𝑥) não divergir é se 𝜓 (𝑥 → ±∞) = 0 → 𝜓 (𝑧 → ∞) = 0, então impondo este limite
1 ′ 1 1
 
𝜈
′′
𝜓 (𝑧) + 𝜓 (𝑧) + + − 𝜓 (𝑧) = 0
2𝑧 2𝑧 4𝑧 4
1 𝑧
𝜓 ′′ (𝑧) ≈ 𝜓 (𝑧) → 𝜓 (𝑧) ∼ 𝐴𝑒 − 2
4
estão suponha que
−𝑧
𝜓 (𝑧) = 𝑒 2 𝑊 (𝑧)
desde que 𝑊 (𝑧) não cresça mais rápido que a exponencial. Voltando para a EDO na váriavel u
𝜓 ′′ (𝑢) − 𝑢 2𝜓 (𝑢) + (2𝑣 + 1)𝜓 (𝑢) = 0
−𝑢 2
com o ansatz 𝜓 (𝑧) = 𝑒 2 𝑊 (𝑢)
𝑢2
𝜓 ′ (𝑢) = 𝑒 − 2 (𝑊 ′ (𝑢) − 𝑢𝑊 (𝑢))
2
𝜓 ′′ (𝑢) = 𝑒 − 𝑢2
(−𝑢𝑊 ′ (𝑢) + 𝑢 2𝑊 (𝑢)) + (𝑊 ′′ (𝑢) − 𝑊 (𝑢) − 𝑢𝑊 ′ (𝑢))
𝑢2
𝜓 ′′ (𝑢) = 𝑒 − 2 (𝑊 ′′ (𝑢) + (𝑢 2 − 1)𝑊 (𝑢) − 2𝑢𝑊 ′ (𝑢))
substituindo na EDO 15
(𝑊 ′′ (𝑢) + (𝑢 2 − 1)𝑊 (𝑢) − 2𝑢𝑊 ′ (𝑢)) − 𝑢 2𝑊 (𝑢) + (2𝑣 + 1)𝑊 (𝑢) = 0

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

 Lista 2 de física matemática • 9

𝑊 ′′ (𝑢) − 2𝑢𝑊 ′ (𝑢) + 2𝑣𝑊 (𝑢) = 0 (18)

como sabemos que v = 0,1,2,3,... a EDO para 𝑊 (𝑢) é a EDO de Hermite, logo 𝑊 (𝑢) = 𝐻𝑛 (𝑢). Então
2 /2
𝜓𝑛 (𝑢) = 𝐶𝑛 𝑒 −𝑢 𝐻𝑛 (𝑢)
normalizando ∫ ∞ ∫ ∞
−𝑢 2 2
1 = ⟨𝑛|𝑛⟩ = 𝐶𝑛2 𝑑𝑥𝑒 𝐻𝑛2 = 𝐶𝑛2 𝑥 0 𝑑𝑢𝑒 −𝑢 𝐻𝑛2 (𝑢)
−∞ −∞
usando a ortogonalidade dos polinomios de hermite
∫ ∞
2 √
𝑑𝑢𝑒 −𝑢 𝐻𝑛 (𝑢)𝐻𝑚 (𝑢) = 2𝑛 𝑛! 𝜋𝛿𝑛𝑚
−∞
√
⟨𝑛|𝑛⟩ = 𝐶𝑛2 𝑥 0 2𝑛 𝑛! 𝜋
1
𝐶𝑛 = √︁ √
𝑥 0 2 𝑛! 𝜋
𝑛

1 −𝑢 2 /2
𝜓𝑛 (𝑢) = √︁ √ 𝑒 𝐻𝑛 (𝑢) (19)
𝑥 0 2 𝑛! 𝜋
𝑛

comparando as equações 14 e 19, temos a fórmula de rodrigues para o polinômio de Hermite

 𝑛
𝑢2 𝑑 −𝑢 2
𝐻𝑛 (𝑢) = 𝑒 2 𝑢− 𝑒 2 (20)
𝑑𝑢

2 GRUPO DE ROTAÇÕES SO(3) E ÁLGEBRA DE MOMENTO ANGULAR

2.1 Definir grupos de rotações S0(3)
Uma rotação espacial geral tem a forma
𝑥′ 𝑥
© ′ª
­𝑦 ® = (𝑅) ­𝑦 ®
© ª
′
«𝑧 ¬ «𝑧 ¬
ou 𝑟 = 𝑅𝑟 em que R é a matriz de rotação. Como as rotações preservam a distância até a origem, 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 =
′

𝑥 2′ + 𝑦 2′ + 𝑧 2′ ou 𝑟 ⊺ ′𝑟 ′ = 𝑟 ⊺ 𝑟 , então:
(𝑅𝑟 ) ⊺ 𝑅𝑟 = 𝑟 ⊺ 𝑅 ⊺ 𝑅𝑟 = 𝑟 ⊺ 𝑟 → 𝑅 ⊺ 𝑅 = 1
e R é uma matriz ortogonal 3𝑋 3. Essas matrizes formam um grupo: se 𝑅1 e 𝑅2 são ortogonais. 𝑅1 𝑅 2 também são:
⊺ ⊺
(𝑅1 𝑅2 ) ⊺ 𝑅1 𝑅2 = 𝑅2 𝑅1 𝑅1 𝑅2 = 1
este grupo é denotado por 0(3)

2.2 Deduzir a forma infinitesimal das rotações

Dada a parametrização
1 0 0
𝑅𝑥 = ­0 cos 𝜑𝑥 sin 𝜑𝑥 ® (21)
© ª

«0 − sin 𝜑𝑥 cos 𝜑𝑥 ¬
cos 𝜑 𝑦 0 − sin 𝜑 𝑦
𝑅𝑦 = ­ 0 1 0 ® (22)
© ª

« sin 𝜑 𝑦 0 cos 𝜑 𝑦 ¬

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

10 • James Guimaraes santos

cos 𝜑𝑧 sin 𝜑𝑧 0
𝑅𝑧 = ­− sin 𝜑𝑧 cos 𝜑𝑧 0® (23)
© ª

« 0 0 1¬
para pequenos ângulos cos 𝜑𝑖 ≈ 1 e sin 𝜑𝑖 ≈ 𝛿𝜑𝑖 , então
1 0 0 0 0 0
𝑅𝑥 = ­0 1 𝛿𝜑𝑥 ® = 𝐼 + 𝛿𝜑𝑥 ­0 0 1® = 𝐼 + 𝛿𝜑𝑥 𝑙𝑥 (24)
© ª © ª

«0 −𝛿𝜑𝑥 1 ¬ «0 −1 0¬
1 0 −𝛿𝜑 𝑦 0 0 −1
𝑅𝑦 = ­ 0 1 0 ® = 𝐼 + 𝛿𝜑 𝑦 ­0 0 0 ® = 𝐼 + 𝛿𝜑 𝑦 𝑙 𝑦 (25)
© ª © ª

«𝛿𝜑 𝑦 0 1 ¬ «1 0 0¬
1 𝛿𝜑𝑧 0 0 1 0
𝑅𝑧 = ­−𝛿𝜑𝑧 1 0® = 𝐼 + 𝛿𝜑𝑧 ­−1 0 0® = 𝐼 + 𝛿𝜑𝑧 𝑙𝑧 (26)
© ª © ª

« 0 0 1¬ «0 0 0¬

2.3 Provar que 𝑙𝑥 , 𝑙 𝑦 , 𝑙𝑧 multiplicados por 𝑖 definem uma representação da álgebra de Li

precisamos calcular provar que [𝑙𝑥 , 𝑙 𝑦 ] = 𝑙𝑧 , [𝑙 𝑦 , 𝑙𝑧 ] = 𝑙𝑥 e [𝑙𝑧 , 𝑙𝑥 ] = 𝑙𝑙 𝑦
0 0 0 0 0 −1 0 0 −1 0 0 0
[𝑙𝑥 , 𝑙 𝑦 ] = 𝑙𝑥 𝑙 𝑦 − 𝑙 𝑦 𝑙𝑥 = − ­0 0 1® ­0 0 0 ® + ­0 0 0 ® ­0 0 1®
© ª© ª © ª© ª

«0 −1 0¬ «1 0 0 ¬ «1 0 0 ¬ «0 −1 0¬
0 0 0 0 1 0
[𝑙𝑥 , 𝑙 𝑦 ] = 𝑙𝑥 𝑙 𝑦 − 𝑙 𝑦 𝑙𝑥 = ­−1 0 0® + ­0 0 0® = 𝑙𝑧
© ª © ª

«0 0 0¬ «0 0 0¬
0 0 −1 0 1 0 0 1 0 0 0 −1
[𝑙 𝑦 , 𝑙𝑧 ] = 𝑙 𝑦 𝑙𝑧 − 𝑙𝑧 𝑙 𝑦 = ­0 0 0 ® ­−1 0 0® − ­−1 0 0® ­0 0 0®
© ª© ª © ª© ª

«1 0 0 ¬ « 0 0 0¬ « 0 0 0¬ «1 0 0¬
0 0 0 0 0 0
[𝑙 𝑦 , 𝑙𝑧 ] = 𝑙 𝑦 𝑙𝑧 − 𝑙𝑧 𝑙 𝑦 = ­0 0 0® + ­0 0 1® = 𝑙𝑥
© ª © ª

«0 −1 0¬ «0 0 0¬
0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
[𝑙𝑧 , 𝑙𝑥 ] = 𝑙𝑧 𝑙𝑥 − 𝑙𝑥 𝑙𝑧 = − ­−1 0 0® ­0 0 1® + ­0 0 1® ­−1 0 0®
© ª© ª © ª© ª

« 0 0 0¬ «0 −1 0¬ «0 −1 0¬ « 0 0 0¬
0 0 −1 0 1 0
[𝑙𝑧 , 𝑙𝑥 ] = 𝑙𝑧 𝑙𝑥 − 𝑙𝑥 𝑙𝑧 = ­0 0 0 ® ­0 0 0®
© ª© ª

«0 0 0 ¬ «1 0 0¬

2.4 Prove as seguintes afirmativas

[𝐿𝑖 , 𝐿 𝑗 ] = 𝐿𝑘
dem: Por simplificação vou ocultar o simbolo de operador
[𝐿𝑖 , 𝐿 𝑗 ] = [𝜖𝑖𝑙𝑚 𝑥𝑙 𝑝𝑚 , 𝜖 𝑗𝑠𝑡 𝑥𝑠 𝑝𝑡 ] = 𝜖𝑖𝑙𝑚 𝜖 𝑗𝑠𝑡 [𝑥𝑙 𝑝𝑚 , 𝑥𝑠 𝑝𝑡 ] = 𝜖𝑖𝑙𝑚 𝜖 𝑗𝑠𝑡 (𝑥𝑙 [𝑝𝑚 , 𝑥𝑠 𝑝𝑡 ] + [𝑥𝑙 , 𝑥𝑠 𝑝𝑡 ]𝑝𝑚 )
= 𝜖𝑖𝑙𝑚 𝜖 𝑗𝑠𝑡 (𝑥𝑙 [𝑝𝑚 , 𝑥𝑠 𝑝𝑡 ] + [𝑥𝑙 , 𝑥𝑠 𝑝𝑡 ]𝑝𝑚 ) = 𝜖𝑖𝑙𝑚 𝜖 𝑗𝑠𝑡 (𝑥𝑙 [𝑝𝑚 , 𝑥𝑠 ]𝑝𝑡 + 𝑥𝑠 [𝑥𝑙 , 𝑝𝑡 ]𝑝𝑚 )
= 𝑖ℏ𝜖𝑖𝑙𝑚 𝜖 𝑗𝑠𝑡 (𝛿𝑙𝑡 𝑥𝑠 𝑝𝑚 − 𝛿𝑠𝑚 𝑥𝑙 𝑝𝑡 )

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

 Lista 2 de física matemática • 11

= 𝑖ℏ(𝜖𝑖𝑙𝑚 𝜖 𝑗𝑠𝑙 𝑥𝑠 𝑝𝑚 − 𝜖𝑖𝑙𝑚 𝜖 𝑗𝑚𝑡 𝑥𝑙 𝑝𝑡 )

= 𝑖ℏ(−𝜖𝑖𝑚𝑙 𝜖 𝑗𝑠𝑙 𝑥𝑠 𝑝𝑚 + 𝜖𝑖𝑙𝑚 𝜖𝑚 𝑗𝑡 𝑥𝑙 𝑝𝑡 )

= 𝑖ℏ(−(𝛿𝑖 𝑗 𝛿𝑚𝑠 − 𝛿𝑖𝑠 𝛿 𝑗𝑚 )𝑥𝑠 𝑝𝑚 ) + (𝛿𝑖 𝑗 𝛿𝑙𝑡 − 𝛿𝑖𝑡 𝛿𝑙 𝑗 )𝑥𝑙 𝑝𝑡

= 𝑖ℏ(−(𝛿𝑖 𝑗 𝑥𝑚 𝑝𝑚 + 𝑥𝑖 𝑝 𝑗 + 𝛿𝑖 𝑗 𝑥𝑙 𝑝𝑙 − 𝑥 𝑗 𝑝𝑖

= 𝑖ℏ(𝑥𝑖 𝑝 𝑗 − 𝑥 𝑗 𝑝𝑖 ) = 𝑖ℏ𝜖𝑖 𝑗𝑘 𝐿𝑘

[𝐿 2, 𝐿𝑘 ] = 0
Dem:

[𝐿 2, 𝐿𝑘 ] = [𝐿 𝑗 𝐿 𝑗 , 𝐿𝑖 ] = 𝐿 𝑗 [𝐿 𝑗 , 𝐿𝑖 ] + [𝐿 𝑗 , 𝐿𝑖 ]𝐿 𝑗 = 𝑖ℏ𝐿 𝑗 𝜖 𝑗𝑖𝑘 𝐿𝑘 + 𝑖ℏ𝜖 𝑗𝑖𝑘 𝐿𝑘 𝐿 𝑗 = −𝑖ℏ[𝜖𝑖 𝑗𝑘 𝐿 𝑗 𝐿𝑘 + 𝜖𝑖 𝑗𝑘 𝐿𝑘 𝐿 𝑗 ]

= −𝑖ℏ[𝜖𝑖 𝑗𝑘 𝐿 𝑗 𝐿𝑘 − 𝜖𝑖𝑘𝑙 𝐿𝑘 𝐿 𝑗 ] = 0

[𝐿3, 𝐿± ] = ±ℏ𝐿±
Dem:
[𝐿3, 𝐿± ] = [𝐿3, 𝐿1 ± 𝑖𝐿2 ] = [𝐿3, 𝐿1 ] ± 𝑖 [𝐿3, 𝐿2 ] = 𝑖ℏ(𝐿2 ∓ 𝑖𝐿1 ) = ∓𝑖 2 ℏ(𝐿1 ± 𝑖𝐿2 ) = ±ℏ𝐿±

[𝐿+, 𝐿 − ] = 2ℏ𝐿𝑘
Dem:
[𝐿+, 𝐿 − ] = [𝐿1 + 𝑖𝐿2, 𝐿1 − 𝑖𝐿2 ] = −𝑖 [𝐿1, 𝐿2 ] + 𝑖 [𝐿2, 𝐿1 ] = −2𝑖 [𝐿1, 𝐿2 ]

[𝐿+, 𝐿 − ] = −2𝑖 (𝑖ℏ𝐿2 ) = 2ℏ𝐿𝑘

𝐿±𝜓𝑙,𝑚 ∝ 𝜓𝑙,𝑚±1
Dem: para esse ponto precisamos utilizar as afirmativas demonstradas e as seguintes equações de autovalores

𝐿 2 |𝑙, 𝑚⟩ = ℏ2𝑙 (𝑙 + 1)|𝑙, 𝑚⟩

𝐿𝑘 |𝑙, 𝑚⟩ = ℏ𝑚|𝑙, 𝑚⟩
Atuação de 𝐿±
𝐿 2 (𝐿± |𝑙, 𝑚⟩) = 𝐿± (𝐿 2 |𝑙, 𝑚⟩) = ℏ2𝑙 (𝑙 + 1) (𝐿± |𝑙, 𝑚⟩)
ou seja, a atuação de 𝐿± não modifica o autovalor 𝑗. Para verificar o efeito no autovalor m, façamos

𝐿𝑘 (𝐿± |𝑙, 𝑚⟩) = ( [𝐿𝑘 , 𝐿± ] + 𝐿± 𝐿𝑘 )|𝑙, 𝑚⟩ = (±ℏ𝐿± + 𝐿± 𝐿𝑘 )|𝑙, 𝑚⟩ = ℏ(𝑚 ± 1) (𝐿± |𝑙, 𝑚⟩)

conclusão: 𝐿± |𝑙, 𝑚⟩ ∝ |𝑙, 𝑚 ± 1⟩

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

12 • James Guimaraes santos

3 POLINÔMIOS DE LEGENDRE
3.1 A partir da função geratriz g(x,t) deduzir as formulas recursivas
A função g(x,t) tem a forma
∞
𝑔(𝑥, 𝑡) = (1 − 2𝑥𝑡 + 𝑡 2 ) −1/2 =
∑︁
𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙 (27)
𝑙=0
com 𝑔(𝑥, 0) = 1 → 𝑃0 = 1 . A primeira relação é encontrada derivando 𝑔(𝑥, 𝑡) com relação a t
∞
𝜕𝑔(𝑥, 𝑡)
= (1 − 2𝑥𝑡 + 𝑡 2 ) −3/2 (𝑥 − 𝑡) =
∑︁
𝑙𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙 −1
𝜕𝑡
𝑙=0
com algumas manipulações simples
∞
(1 − 2𝑥𝑡 + 𝑡 2 ) −1 (1 − 2𝑥𝑡 + 𝑡 2 ) −1/2 (𝑥 − 𝑡) =
∑︁
𝑙𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙 −1
𝑙=0
∞ ∞
𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙 = (1 − 2𝑥𝑡 + 𝑡 2 )
∑︁ ∑︁
(𝑥 − 𝑡) 𝑙𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙 −1
𝑙=0 𝑙=1
| {z }
𝑙→𝑙+1
∞
∑︁ ∞
∑︁ ∞
∑︁ ∞
∑︁ ∞
∑︁
𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙 𝑥 − 𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙+1 = (𝑙 + 1)𝑃𝑙+1 (𝑥)𝑡 𝑙 − (𝑙 + 1)𝑃𝑙+1 (𝑥)𝑡 𝑙+1 2𝑥 + (𝑙 + 1)𝑃𝑙+1 (𝑥)𝑡 𝑙+2
𝑙=0 𝑙=0 𝑙=0 𝑙=0 𝑙=0
| {z } | {z } | {z }
𝑙→𝑙 −1 𝑙→𝑙 −1 𝑙→𝑙 −2
∞
∑︁ ∞
∑︁ ∞
∑︁ ∞
∑︁ ∞
∑︁
𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙 𝑥 − 𝑃𝑙 −1 (𝑥)𝑡 𝑙 = 𝑃1 + (𝑙 + 1)𝑃𝑙+1 (𝑥)𝑡 𝑙 − 𝑙𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙 2𝑥 + (𝑙 − 1)𝑃𝑙 −1 (𝑥)𝑡 𝑙
𝑙=0 𝑙=1 𝑙=1 𝑙=1 𝑙=2
∞
∑︁ ∞
∑︁
𝑥𝑃0 + 𝑥𝑃 1𝑡 − 𝑃 0𝑡 + 𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙 𝑥 − 𝑃𝑙 −1 (𝑥)𝑡 𝑙 =
𝑙=2 𝑙=2
∞
∑︁ ∞
∑︁ ∞
∑︁
𝑃1 + 2𝑃2𝑡 + (𝑙 + 1)𝑃𝑙+1 (𝑥)𝑡 𝑙 − 2𝑥𝑃 1𝑡 − 𝑙𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙 2𝑥 + (𝑙 − 1)𝑃𝑙 −1 (𝑥)𝑡 𝑙
𝑙=2 𝑙=2 𝑙=2
fatorando
∞
∑︁
𝑃0 (𝑥 − 𝑡) + 𝑃1 (𝑥𝑡 − 1 + 2𝑥𝑡) − 2𝑃2𝑡 + 𝑡 𝑙 (𝑥𝑃𝑙 − 𝑃𝑙 −1 − (𝑙 + 1)𝑃𝑙+1 + 𝑙𝑃𝑙 2𝑥 − (𝑙 − 1)𝑃𝑙 −1 ) = 0
𝑙=2
fatorando as potências
∞
∑︁
𝑡 (3𝑥𝑃 1 − 2𝑃2 − 𝑝 0 ) + 𝑃0𝑥 − 𝑃 1 + 𝑡 𝑙 (𝑥𝑃𝑙 (1 + 2𝑙) − 𝑃𝑙 −1𝑙 − 𝑃𝑙+1 (𝑙 + 1)) = 0
𝑙=2
somos conduzidos a
3𝑥𝑃1 − 2𝑃2 − 𝑝 0 = 0
𝑃 0𝑥 − 𝑃 1 = 0
𝑥𝑃𝑙 (1 + 2𝑙) − 𝑃𝑙 −1𝑙 − 𝑃𝑙+1 (𝑙 + 1) = 0 (28)

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

 Lista 2 de física matemática • 13

Outra recorrência é calculada derivando a função geratriz em relação a x

∞
𝜕𝑔(𝑥, 𝑡)
= (1 − 2𝑥𝑡 + 𝑡 2 ) −3/2𝑡 =
∑︁
𝑃𝑙′ (𝑥)𝑡 𝑙
𝜕𝑥
𝑙=0
∞ ∞
(1 − 2𝑥𝑡 + 𝑡 2 ) −1
∑︁ ∑︁
𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙+1 = 𝑃𝑙′ (𝑥)𝑡 𝑙
𝑙=0 𝑙=0
∞ ∞
𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙+1 = (1 − 2𝑥𝑡 + 𝑡 2 )
∑︁ ∑︁
𝑃𝑙′ (𝑥)𝑡 𝑙
𝑙=0 𝑙=0
∞
∑︁ ∞
∑︁ ∞
∑︁ ∞
∑︁
𝑃𝑙 (𝑥)𝑡 𝑙+1 = 𝑃𝑙′ (𝑥)𝑡 𝑙 − 2𝑥𝑃𝑙′ (𝑥)𝑡 𝑙+1 + 𝑃𝑙′ (𝑥)𝑡 𝑙+2
𝑙=0 𝑙=0 𝑙=0 𝑙=0
| {z } | {z } | {z }
𝑙→𝑙 −1 𝑙→𝑙 −1 𝑙→𝑙 −2
fazendo as mudanças sugeridas e abrindo parcialmente algumas somas para igualar o índice do somatório
∞
∑︁ ∞
∑︁ ∞
∑︁ ∞
∑︁
𝑡𝑃 0 + 𝑃𝑙 −1𝑡 𝑙 = 𝑃0′ + 𝑃 1′ 𝑡 + 𝑃𝑙′𝑡 𝑙 − 2𝑥𝑡𝑃0′ − 2𝑥𝑃𝑙′−1 (𝑥)𝑡 𝑙 + 𝑃𝑙′−2 (𝑥)𝑡 𝑙
𝑙=2 𝑙=2 𝑙=2 𝑙=2
fatorando
∞
∑︁
𝑃0′ + 𝑡 (𝑃1′ − 𝑃 0 − 2𝑥𝑃0′ ) + 𝑡 𝑙 (𝑃𝑙′ − 𝑃𝑙 −1 − 2𝑥𝑃𝑙′−1 + 𝑃𝑙′−2 ) = 0
𝑙=2
| {z }
𝑙→𝑙+1
como cada potência deve ser nula, extraímos
𝑃 0′ = 0
𝑃1′ − 𝑃0 − 2𝑥𝑃 0′ = 0
′
𝑃𝑙+1 + 𝑃𝑙′−1 = 2𝑥𝑃𝑙′ + 𝑃𝑙 𝑙≥1 (29)
derivando a relação 28 com relação a x
2(𝑙 + 1)𝑃𝑙+1
′
= 2(2𝑙 + 1)𝑃𝑙 + (2𝑙 + 1)2𝑥𝑃𝑙′ − 2𝑙𝑃𝑙′−1
2(𝑙 + 1)𝑃𝑙+1
′
− 2(2𝑙 + 1)𝑃𝑙 − (2𝑙 + 1)2𝑥𝑃𝑙′ + 2𝑙𝑃𝑙′−1 = 0
multiplicando a equação 29 por (2𝑙 + 1)
(2𝑙 + 1) [𝑃𝑙+1
′
+ 𝑃𝑙′−1 − 2𝑥𝑃𝑙′ − 𝑃𝑙 ] = 0
subtraindo as duas últimas equações
2(𝑙 + 1)𝑃𝑙+1
′
− 2(2𝑙 + 1)𝑃𝑙 − (2𝑙 + 1)2𝑥𝑃𝑙′ + 2𝑙𝑃𝑙′−1 − (2𝑙 + 1) [𝑃𝑙+1
′
+ 𝑃𝑙′−1 − 2𝑥𝑃𝑙′ − 𝑃𝑙 ] = 0

2(𝑙 + 1)𝑃𝑙+1
′
− 2(2𝑙 + 1)𝑃𝑙 + 2𝑙𝑃𝑙′−1 − (2𝑙 + 1) [𝑃𝑙+1
′
+ 𝑃𝑙′−1 − 𝑃𝑙 ] = 0

(2𝑙 + 1)𝑃𝑙 = 𝑃𝑙+1

′
− 𝑃𝑙′−1 (30)
fazendo 𝑙 → 𝑙 − 1 na equação acima
(2𝑙 − 1)𝑃𝑙 −1 = 𝑃𝑙′ − 𝑃𝑙′−2 (31)
substituindo 29 na equação 30
(2𝑙 + 1)𝑃𝑙 = 2𝑥𝑃𝑙′ + 𝑃𝑙 − 2𝑃𝑙 −1

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

14 • James Guimaraes santos

𝑙𝑃𝑙 = 𝑥𝑃𝑙′ − 𝑃𝑙 −1 𝑙 →𝑙 −1
(𝑙 − 1)𝑃𝑙 −1 = 𝑥𝑃𝑙 −1 − 𝑃𝑙 −2
′

substituindo a última equação na 31

𝑥𝑃𝑙′−1 − 𝑃𝑙′ + (2𝑙 − 1)𝑃𝑙 −1 = (𝑙 − 1)𝑃𝑙 −1
𝑥𝑃𝑙′−1 − 𝑃𝑙′ + 2𝑙𝑃𝑙 −1 = 𝑙𝑃𝑙 −1
𝑥𝑃𝑙′−1 + 𝑙𝑃𝑙 −1 = −𝑃𝑙′ (32)
fazendo 29 - 30
𝑃𝑙′−1 = 𝑥𝑃𝑙′ − 𝑙𝑃𝑙
𝑥𝑃𝑙′−1 = 𝑥 2 𝑃𝑙′ − 𝑥𝑙𝑃𝑙 (33)
fazendo 32 + 33
𝑙𝑃𝑙 −1 − 𝑙𝑥𝑃𝑙 + 𝑥 2 𝑃𝑙′ + 𝑥𝑃𝑙′−1 = 𝑃𝑙′ + 𝑥𝑃𝑙 − 1′
𝑙𝑃𝑙 −1 − 𝑙𝑥𝑃𝑙 = 𝑃𝑙′ (1 − 𝑥 2 )
derivando
𝑃𝑙′′ (1 − 𝑥 2 ) − 2𝑥𝑃𝑙′ = 𝑙𝑃𝑙′−1 − 𝑙𝑃𝑙 − 𝑙𝑥𝑃𝑙′
usando a 33
𝑃𝑙′′ (1 − 𝑥 2 ) − 2𝑥𝑃𝑙′ = −𝑙 2 𝑃𝑙 − 𝑙𝑃𝑙
𝑃𝑙′′ (1 − 𝑥 2 ) − 2𝑥𝑃𝑙′ + 𝑙𝑃𝑙 (1 + 𝑙) = 0 (34)
sendo está a equação de Legendre

3.2 Deduzir relação com hipergeométrica

com a mudança 𝑦 = 1−𝑥2 e usando o raciocínio exposto em 16 e 17 para calcular as derivadas, temos que a Edo de
Legendre pode ser escrita como
(1 − (2𝑦 + 1) 2 )𝑃𝑙′′ (𝑦)/4 + 2(1 − 2𝑦)𝑃𝑙′ (𝑦)/2 + 𝑙 (𝑙 + 1)𝑃𝑙′ (𝑦) = 0
𝑦 (1 − 𝑦)𝑃𝑙′′ (𝑦) + (1 − 2𝑦)𝑃𝑙′ (𝑦) + 𝑙 (𝑙 + 1)𝑃𝑙′ (𝑦) = 0
que é justamente uma hipergeométrica com parâmetros 𝑎 = −𝑙, 𝑏 = 𝑙 + 1, 𝑐 = 1
1−𝑥
𝑃𝑙 = 𝐹 1 (−𝑙, 𝑙 + 1; 1; )
2
3.3 Deduzir a ortogonalidade para os polinomios de Legendre
A 34 pode ser trivialmente reescrita como
(1 − 𝑥 2 )𝑃𝑙′′ − 2𝑥𝑃𝑙′ = −𝑙 (𝑙 + 1)𝑃𝑙
[(1 − 𝑥 2 )𝑃𝑙′ ] ′ = −𝑙 (𝑙 + 1)𝑃𝑙
i.e., temos uma equação de auvo-valores, onde indentificamos 𝑊 (𝑥) = 1, 𝑞(𝑥) = 0 e 𝑝 (𝑥) = 1 − 𝑥 2 → 𝑝 (−1) =
𝑝 (1) = 0. Logo os poninômios 𝑃𝑙 são ortogonais em relação ao seguinte produto interno
∫ 1
(𝑃𝑙 , 𝑃𝑚 ) = 𝑃𝑙 (𝑥)𝑃𝑚 (𝑥)𝑑𝑥 = 0 𝑙 ≠𝑚
−1
o calculo da norma é como se segue: façamos a mudança 𝑙 → 𝑙 − 1 em 28, isole 𝑃𝑙 e substituia em
∫ 1
1 1
∫
(𝑃𝑙 , 𝑃𝑙 ) = 𝑃𝑙 (𝑥)𝑃𝑙 (𝑥)𝑑𝑥 = 𝑃𝑙 (𝑥) [(2𝑙 − 1)𝑥𝑃𝑙 −1 − 𝑃𝑙 −2 (𝑙 − 1)]𝑑𝑥 =
−1 𝑙 −1

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

 Lista 2 de física matemática • 15

1 1
(2𝑙 − 1) (𝑙 − 1)
∫ ∫
(𝑃𝑙 , 𝑃𝑙 ) = 𝑃𝑙 𝑃𝑙 −1𝑥𝑑𝑥 − 𝑃𝑙 𝑃𝑙 −2𝑑𝑥
𝑙 −1 𝑙 −1
usando a condição de ortogonalização
1
(2𝑙 − 1)
∫
(𝑃𝑙 , 𝑃𝑙 ) = 𝑃𝑙 𝑃𝑙 −1𝑥𝑑𝑥
𝑙 −1
usando novamente a 28: isole 𝑃𝑙 −1 , multiplique por 𝑃𝑙 −1 e substitua em
∫ 1
1 1
∫
(𝑃𝑙 −1, 𝑃𝑙 −1 ) = 𝑃𝑙 −1 (𝑥)𝑃𝑙 −1 (𝑥)𝑑𝑥 = 𝑃𝑙 −1 [(2𝑙 + 1)𝑥𝑝𝑙 − 𝑃𝑙+1 (𝑙 + 1)]𝑑𝑥
−1 𝑙 −1

2𝑙 + 1 1 𝑙 +1 1
∫ ∫
(𝑃𝑙 −1, 𝑃𝑙 −1 ) = 𝑥𝑃𝑙 𝑃𝑙 −1 − 𝑃𝑙+1 𝑃𝑙 −1
𝑙 −1 𝑙 −1
usando a condição de ortogonalização
∫ 1
(2𝑙 + 1)
(𝑃𝑙 −1, 𝑃𝑙 −1 ) = 𝑃𝑙 𝑃𝑙 −1𝑥𝑑𝑥
𝑙 −1
reparando o padrão
∫ 1
(𝑃0, 𝑃0 ) = 𝑑𝑥 = 2
−1
1 2
(𝑃 1, 𝑃1 ) = 2 · =
3 3
2 3 2
(𝑃2, 𝑃2 ) = · =
3 5 5
2 5 2
(𝑃3, 𝑃3 ) = · =
5 7 7
é nítido que
2
(𝑃𝑙 , 𝑃𝑙 ) =
2𝑙 + 1
então
1
2
∫
(𝑃𝑙 , 𝑃𝑚 ) = 𝑃𝑙 (𝑥)𝑃𝑚 (𝑥)𝑑𝑥 = 𝛿 (𝑙,𝑚) (35)
−1 2𝑙 + 1

3.4 Calcular a norma dos polinômios de Legendre associados

𝑑𝑚
𝑃𝑙𝑚 ≡ (1 − 𝑥 2 )𝑚/2 𝑃𝑙 (𝑥) −𝑙 ≥ 𝑚 ≤ 𝑙 (36)
𝑑𝑥 𝑚
Considere
𝑚2
 
(1 − 𝑥 2 )𝑃𝑙𝑚 ′′ − 2𝑥𝑃𝑙𝑚 ′ + 𝑙 (𝑙 + 1) − 𝑃𝑚 = 0 (37)
(1 − 𝑥 2 ) 𝑙
que pode ser reescrita como
𝑚2
[(1 − 𝑥 2 )𝑝𝑙𝑚 ′ ] ′ − 𝑃 𝑚 = −𝑙 (𝑙 + 1)𝑃𝑙𝑚
(1 − 𝑥 2 ) 𝑙
−𝑚 2
onde identificamos 𝑝 (𝑥) = 1 − 𝑥 2 , 𝑞(𝑥) = 1−𝑥 2
, 𝜇𝑛 = 𝑙 (𝑙 + 1), 𝑊 (𝑥) = 1, logo
∫ 1
(𝑃𝑙𝑚 , 𝑃𝑙 ′𝑚 ) = 𝑑𝑥𝑃𝑙𝑚 (𝑥)𝑃𝑙 ′𝑚 (𝑥) = 0 (38)
−1

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

16 • James Guimaraes santos

usando a formula de rodrigues

(1 − 𝑥 2 )
𝑚
2 𝑑𝑚+𝑙 2 (−1)𝑚/2 𝑚/2 𝑑𝑚+𝑙 𝑙
𝑃𝑙𝑚 (𝑥) = (𝑥 − 1) 𝑙
≡ 𝜒 𝜒 (39)
2𝑙 𝑙! 𝑑𝑥 𝑚+𝑙 2𝑙 𝑙! 𝑑𝑥 𝑚+𝑙
onde 𝜒 = 𝑥 2 − 1. Substituindo no produto interno
∫ 1 ∫ 1  𝑚+𝑙   𝑚+𝑙 
𝑚 𝑚 𝑚 2 (−1)𝑚 𝑚 𝑑 𝑑
(𝑃𝑙 , 𝑃𝑙 ) = 𝑑𝑥𝑃𝑙 (𝑥) = 2𝑙 2
𝑑𝑥 𝜒 𝜒𝑙 𝜒𝑙
−1 2 (𝑙!) −1 𝑑𝑥 𝑚+𝑙 𝑑𝑥 𝑚+𝑙
aplicando integração por partes e que 𝜒 |𝑥±1 = 0
∫ 1  𝑚+𝑙 −1   
(−1)𝑚 𝑑 𝑙 𝑑 𝑚 𝑑
𝑚+𝑙
(𝑃𝑙𝑚 , 𝑃𝑙𝑚 ) = 2𝑙 𝑑𝑥 𝜒 𝜒 𝜒 𝑙
2 (𝑙!) 2 −1 𝑑𝑥 𝑚+𝑙 −1 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑚+𝑙
após 𝑙 + 𝑚 integrações por partes
∫ 1  
(−1)𝑚 𝑑𝑚+𝑙 𝑚 𝑑
𝑚+𝑙
(𝑃𝑙𝑚 , 𝑃𝑙𝑚 ) = 𝑑𝑥 𝜒 𝜒 𝑙
22𝑙 (𝑙!) 2 −1 𝑑𝑥 𝑚+𝑙 𝑑𝑥 𝑚+𝑙
usando a fórmula de Leibniz
𝑛  𝑛−𝑠  𝑠 
𝑑𝑛 ∑︁ 𝑛! 𝑑 𝑑
[𝐴(𝑥)𝐵(𝑥)] = 𝐴(𝑥) 𝐵(𝑥) (40)
𝑑𝑥 𝑛 𝑠=0
𝑠!(𝑛 − 𝑠)! 𝑑𝑥 𝑛−𝑠 𝑑𝑥 𝑠

temos
𝑑𝑚+𝑙 𝑚 𝑑𝑚+𝑙 𝑙 ∑︁ (𝑚 + 𝑙)!  𝑑𝑚+𝑙 −𝑠   𝑑 𝑠+𝑚+𝑙
𝑚+𝑙 
𝑙 𝑚
[𝜒 𝜒]= 𝜒 𝜒
𝑑𝑥 𝑚+𝑙 𝑑𝑥 𝑚+𝑙 𝑠=0
𝑠!(𝑚 + 𝑙 − 𝑠)! 𝑑𝑥 𝑚+𝑙 −𝑠 𝑑𝑥 𝑠+𝑚+𝑙
como 𝜒 𝑝 é um polinômio de grau 2p, os termos não nulos da soma acima são aqueles que obedecem, simultanea-
mente, as duas desigualdade
𝑚 + 𝑙 + 𝑠 ≤ 2𝑙

𝑚 + 𝑙 − 𝑠 ≤ 2𝑚
indicando que 𝑠 = 𝑙 − 𝑚. Logo
   2𝑚   2𝑙 
𝑑𝑚+𝑙 𝑚 𝑑
𝑚+𝑙
𝑙 (𝑚 + 𝑙)! 𝑑 𝑚 𝑑 (𝑚 + 𝑙)!
𝜒 𝜒 = 𝜒 𝜒𝑙 = (2𝑚)!(2𝑙)!
𝑑𝑥 𝑚+𝑙 𝑑𝑥 𝑚+𝑙 (𝑙 − 𝑚)!(2𝑚)! 𝑑𝑥 2𝑚 𝑑𝑥 2𝑙 (𝑙 − 𝑚)!(2𝑚)!
substituindo esse resultado no calculado da norma
1
(𝑚 + 𝑙)! 1
∫
(𝑃𝑙𝑚 , 𝑃𝑙𝑚 ) = (2𝑙)! 𝑑𝑥 (𝑥 2 − 1)𝑙 (−1)𝑙
(𝑙 − 𝑚)! 22𝑙 (𝑙!) 2 −1

(𝑚 + 𝑙)! 1 2(𝑙 + 𝑚)!

∫ 𝜋
(𝑃𝑙𝑚 , 𝑃𝑙𝑚 ) = (2𝑙)! 𝑑𝜃 (sin 𝜃 ) 2𝑙+1 =
(𝑙 − 𝑚)! 22𝑙 (𝑙!) 2 0 (2𝑙 + 1) (𝑙 − 𝑚)!

2 (𝑙 + 𝑚)!
(𝑃𝑙𝑚 , 𝑃𝑙 ′𝑚 ) = 𝛿𝑙𝑙 ′
2𝑙 + 1 (𝑙 − 𝑚)!

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

 Lista 2 de física matemática • 17

4 PROVAR QUE
𝑌𝑙𝑚 (𝜃,𝜓 ) = 𝐴𝑙𝑚 𝑃𝑙𝑚 (cos(𝜃 ))𝑒 𝑖𝑚𝜓
Vamos usar
𝐿ˆ 2 |𝑙, 𝑚⟩ = ℏ2𝑙 (𝑙 + 1)|𝑙, 𝑚⟩ (41)
𝐿ˆ𝑧 |𝑙, 𝑚⟩ = ℏ𝑚|𝑙, 𝑚⟩ (42)
vamos primeiro escrever 𝑙ˆ𝑧 em termos de coordenadas
𝐿ˆ𝑧 = 𝑥ˆ𝑝ˆ𝑦 − 𝑦ˆ𝑝ˆ𝑥 = −𝑖ℏ(𝑥 𝜕𝑦 − 𝑦𝜕𝑥)
√ 2 2
𝑥 +𝑦
em coordenadas esféricas 𝑥 = 𝑟 sin 𝜃 cos 𝜑, 𝑦 = 𝑟 sin 𝜃 sin 𝜑, 𝑧 = 𝑟 cos 𝜃 , 𝑟 = 𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 , tan 𝜃 = e
√︁
𝑧
tan 𝜑 = 𝑥 , assim
𝑦

𝜕𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝜑
𝜕𝑥 = 𝜕𝑟 + 𝜕𝜃 + 𝜕𝜑
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝜕𝑟
= (𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 ) −1/2𝑥 = 𝑟 sin 𝜃 cos 𝜑/𝑟 = sin 𝜃 cos 𝜑
𝜕𝑥
𝜕 tan 𝜃 𝜕𝜃 𝑟 sin 𝜃 cos 𝜑
= sec2 𝜃 = 𝑥 (𝑥 2 + 𝑦 2 ) −1/2 /𝑧 =
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝑟 cos 𝜃𝑟 sin 𝜃
𝜕𝜃 cos 𝜑 cos 𝜃
=
𝜕𝑥 𝑟
𝜕 tan 𝜑 𝜕𝜑 −𝑦 𝑟 sin 𝜃 sin 𝜑
= sec2 𝜑 = 2 = − 2 2
𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝑥 𝑟 sin 𝜃 cos2 𝜑
𝜕𝜑 𝑟 sin 𝜃 sin 𝜑 sin 𝜑
=− 2 2 2
cos2 𝜑 = −
𝜕𝑥 𝑟 sin 𝜃 cos 𝜑 𝑟 sin𝜃
finalmente
cos 𝜑 cos 𝜃 sin 𝜑
𝜕𝑥 = sin 𝜃 cos 𝜑 𝜕𝑟 + 𝜕𝜃 + − 𝜕𝜑
𝑟 𝑟 sin𝜃
Seguindo um raciocínio parecido
𝜕𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝜑
𝜕𝑦 = 𝜕𝑟 + 𝜕𝜃 + 𝜕𝜑
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑦
𝜕𝑟
= (𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 ) −1/2𝑦 = 𝑟 sin 𝜃 sin 𝜑/𝑟 = sin 𝜃 sin 𝜑
𝜕𝑦
𝜕 tan 𝜃 𝜕𝜃 𝑟 sin 𝜃 sin 𝜑
= sec2 𝜃 = 𝑦 (𝑥 2 + 𝑦 2 ) −1/2 /𝑧 =
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝑟 cos 𝜃𝑟 sin 𝜃
𝜕𝜃 sin 𝜑 cos 𝜃
=
𝜕𝑦 𝑟
𝜕 tan 𝜑 𝜕𝜑 1 1
= sec2 𝜑 = =
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝑥 𝑟 sin 𝜃 cos 𝜑
𝜕𝜑 1 1 cos 𝜑
= = cos2 𝜑 =
𝜕𝑦 𝑥 𝑟 sin 𝜃 cos 𝜑 𝑟 sin 𝜃
sin 𝜑 cos 𝜃 cos 𝜑
𝜕𝑦 = sin 𝜃 sin 𝜑 𝜕𝑟 + 𝜕𝜃 + 𝜕𝜑
𝑟 𝑟 sin 𝜃

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

18 • James Guimaraes santos

calculando em separado
sin 𝜑 cos 𝜃 cos 𝜑 cos 𝜑 cos 𝜃 sin 𝜑
   
𝐼 = 𝑟 sin 𝜃 cos 𝜑 sin 𝜃 sin 𝜑 𝜕𝑟 + 𝜕𝜃 + 𝜕𝜑 −𝑟 sin 𝜃 sin 𝜑 sin 𝜃 cos 𝜑 𝜕𝑟 + 𝜕𝜃 + − 𝜕𝜑
𝑟 𝑟 sin 𝜃 𝑟 𝑟 sin𝜃
 cos 𝜑  
sin 𝜑

𝐼 = (𝑥 𝜕𝑦 − 𝑦𝜕𝑥) = 𝑟 sin 𝜃 cos 𝜑 𝜕𝜑 + 𝑟 sin 𝜃 sin 𝜑 𝜕𝜑 = 𝜕𝜑
𝑟 sin 𝜃 𝑟 sin𝜃
então
𝐿ˆ𝑧 = −𝑖ℏ𝜕𝜑
conclusão: a atuação so operador 𝐿ˆ𝑧 em uma função que descreve uma partícula com momento angular bem
definido vale
𝐿ˆ𝑧 𝐹 𝑗,𝑚 = ℏ𝑚𝐹 𝑗,𝑚 → −𝑖ℏ 𝐹 𝑗,𝑚 = ℏ𝑚𝐹 𝑗,𝑚
𝜕
𝜕𝜑
dessa forma conhecemos a forma da parte azimutal da função, ou seja, 𝐹 𝑗,𝑚 (𝑟, 𝜃, 𝜑) = 𝑒 𝑖𝑚𝜑 𝑃 𝑗 (𝑟, 𝜃 ). O próximo
passo é calcular em coordenadas 𝐿ˆ 2 , mas para isso precisamos de 𝐿ˆ1 e 𝐿ˆ2
𝐿ˆ2 = −𝑖ℏ(𝑧𝜕𝑥 − 𝑥 𝜕𝑧)
𝜕𝑟 𝜕𝜃 𝜕𝜑
𝜕𝑧 = 𝜕𝑟 + 𝜕𝜃 + 𝜕𝜑
𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝜕𝑧
𝜕𝑟
= (𝑥 2 + 𝑦 2 + 𝑧 2 ) −1/2𝑧 = 𝑟 cos 𝜃 /𝑟 = cos 𝜃
𝜕𝑧
𝑥 2 + 𝑦2
√︁
𝜕 tan 𝜃 𝜕𝜃 2 𝑟 sin 𝜃 sin 𝜃
= sec 𝜃 = − 2
=− 2 2
=−
𝜕𝑧 𝜕𝑧 𝑧 𝑟 cos 𝜃 𝑟 cos2 𝜃
𝜕𝜃 sin 𝜃
=−
𝜕𝑧 𝑟
𝜕𝜑
=0
𝜕𝑧
sin 𝜃
𝜕𝑧 = cos 𝜃 𝜕𝑟 −
𝜕𝜃
𝑟

1 ˆ cos 𝜑 cos 𝜃 sin 𝜑 sin 𝜃

   
− 𝐿2 = (𝑟 cos 𝜃 ) sin 𝜃 cos 𝜑 𝜕𝑟 + 𝜕𝜃 − 𝜕𝜑 − (𝑟 sin 𝜃 cos 𝜑) cos 𝜃 𝜕𝑟 − 𝜕𝜃
𝑖ℏ 𝑟 𝑟 sin 𝜃 𝑟
1 ˆ sin 𝜑
 
− 𝐿2 = (cos 𝜃 ) cos 𝜑 cos 𝜃 𝜕𝜃 − 𝜕𝜑 + sin2 𝜃 cos 𝜑 𝜕𝜃
𝑖ℏ sin 𝜃
1 ˆ cos 𝜃 sin 𝜑 sin 𝜑 𝜕𝜑
𝐿2 = cos 𝜑 cos2 𝜃 𝜕𝜃 −
− 𝜕𝜑 + sin2 𝜃 cos 𝜑 𝜕𝜃 = cos 𝜑 𝜕𝜃 −
𝑖ℏ sin 𝜃 tan 𝜃
finalmente
sin 𝜑 𝜕𝜑
 
𝐿ˆ2 = 𝑖ℏ − cos 𝜑 𝜕𝜃 +
tan 𝜃
Para o próximo operador é só juntar tudo que já sabemos
−1 ˆ
𝐿1 = 𝑦𝜕𝑧 − 𝑧𝜕𝑦
𝑖ℏ
sin 𝜃 sin 𝜑 cos 𝜃 cos 𝜑
   
−1 ˆ
𝐿1 = 𝑟 sin 𝜃 sin 𝜑 cos 𝜃 𝜕𝑟 − 𝜕𝜃 − 𝑟 cos 𝜃 sin 𝜃 sin 𝜑 𝜕𝑟 + 𝜕𝜃 + 𝜕𝜑
𝑖ℏ 𝑟 𝑟 𝑟 sin 𝜃

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.

 Lista 2 de física matemática • 19

−1 ˆ  cos 𝜑 
𝐿1 = − sin 𝜑 sin2 𝜃 𝜕𝜃 − cos 𝜃 sin 𝜑 cos 𝜃 𝜕𝜃 + 𝜕𝜑
𝑖ℏ sin 𝜃
1 ˆ cos 𝜃 cos 𝜑
𝐿1 = sin 𝜑 𝜕𝜃 + 𝜕𝜑
𝑖ℏ sin 𝜃
finalmente
cos 𝜑 
𝐿ˆ1 = 𝐼 ℏ sin 𝜑 𝜕𝜃 +

𝜕𝜑
tan 𝜃
Então, dado que
𝐿ˆ2 = 𝐿ˆ12 + 𝐿ˆ22 + 𝐿ˆ32
usando os operadores calculados e depois de uma extensa álgebra, chegaremos em
 2
1 𝜕 1 𝜕2

ˆ 2
𝐿 = −ℏ 2 𝜕
+ + (43)
𝜕𝜃 2 tan 𝜃 𝜕𝜃 sin2 𝜃 𝜕𝜑 2
conclusão: A autofunção do momento angular não depende de r. Com efeito, temos as seguintes equações
diferencias
𝐿ˆ 2𝑌𝑙𝑚 (𝜃, 𝜑) = ℏ2𝑙 (𝑙 + 1)𝑌𝑙𝑚 (𝜃, 𝜑)
𝐿ˆ𝑧 𝑌 𝑚 (𝜃, 𝜑) = ℏ𝑚𝑌 𝑚 (𝜃, 𝜑)
𝑙 𝑙
a parte em 𝜑 já é conhecida
𝑌𝑙𝑚 (𝜃, 𝜑) = 𝑒 𝑖𝑚𝜑 𝑃𝑙𝑚 (𝜃 )
para 𝐿ˆ 2
𝜕2 1 𝜕 1 𝜕2
 
2
−ℏ + + 𝑒 𝑖𝑚𝜑 𝑃𝑙𝑚 (𝜃 ) = ℏ2𝑙 (𝑙 + 1)𝑒 𝑖𝑚𝜑 𝑃𝑙𝑚 (𝜃 )
𝜕𝜃 2 tan 𝜃 𝜕𝜃 sin2 𝜃 𝜕𝜑 2
2 𝑃𝑙𝑚 (𝜃 ) 𝜕 2 𝑖𝑚𝜑
 
𝑖𝑚𝜑 𝜕 𝑒 𝑖𝑚𝜑 𝜕 𝑚
− 𝑒 𝑚
𝑃 (𝜃 ) + 𝑃 (𝜃 ) + 𝑒 = 𝑙 (𝑙 + 1)𝑒 𝑖𝑚𝜑 𝑃𝑙𝑚 (𝜃 )
𝜕𝜃 2 𝑙 tan 𝜃 𝜕𝜃 𝑙 sin2 𝜃 𝜕𝜑 2
𝑑 2 𝑃𝑙𝑚 (𝑑𝜃 ) 2 𝑚
!
1 𝑑𝑃𝑙 (𝜃 ) 𝑚 𝑃𝑙 (𝜃 )
𝑚
− + − = 𝑙 (𝑙 + 1)𝑃𝑙𝑚 (𝜃 )
𝜃2 tan 𝜃 𝑑𝜃 sin2 𝜃
𝑑 2 𝑃𝑙𝑚 (𝜃 )
!
1 𝑑𝑃𝑙 (𝜃 ) 𝑚2
𝑚  
+ + 𝑃 𝑚
(𝜃 ) 𝑙 (𝑙 + 1) − =0
𝑑𝜃 2 tan 𝜃 𝑑𝜃 𝑙
sin2 𝜃
propondo a mudança de variável 𝑢 = cos 𝜃
𝑑 𝑑𝑢 𝑑 𝑑 √ 𝑑
= = − sin 𝜃 = − 1 − 𝑢2
𝑑𝜃 𝑑𝜃 𝑑𝑢 𝑑𝑢 𝑑𝑢
𝑑2 √ 𝑑2
 √ 
𝑑 𝑑 𝑑
2
= − 1 − 𝑢 2 − 1 − 𝑢 2 = (1 − 𝑢 2 ) 2 − 𝑢
𝑑𝜃 𝑑𝑢 𝑑𝑢 𝑑𝑢 𝑑𝑢
com estas mudanças
𝑑 2 𝑃𝑙𝑚 (𝑢) 𝑑𝑃𝑙𝑚 (𝑢) 𝑚2
 
2
(1 − 𝑢 ) − 2𝑢 + 𝑃𝑙 (𝑢) 𝑙 (𝑙 + 1) −
𝑚
𝑑𝑢 2 𝑑𝑢 1 − 𝑢2
sendo está a EDO de Legendre associado, portanto
𝑌𝑙𝑚 (cos 𝜃, 𝜑) = 𝐴𝑙,𝑚 𝑒 𝑖𝑚𝜑 𝑃𝑙𝑚 (cos 𝜃 ) (44)

, Vol. 1, No. 1, Article . Publication date: November 2023.