Quarto Trimestre - 2023 - nº 91

Templo da Assembleia de Deus de Anápolis

Rua 40, 426 | Bairro Dona Fiica | Goianésia (GO)

Nome:
Ensinando as Nações 1
 O pastor Antônio Rodrigues de Morais é casado com
a Pra. Guilhermina Pereira de Morais e possuem duas filhas.
Ele é membro da CIAD - Convenção Internacional da
Assembleia de Deus. Neste trimestre, a foto de capa da
revista ENSINANDO AS NAÇÕES mostra o templo onde ele
é pastor, em Goianésia | GO | Rua 40, 426 | Bairro Dona Fiica.
Ensinando as Nações 2
 ENSINANDO AS NAÇÕES
Comentaristas: OBREIROS(AS) DA CONVENÇÃO INTERNACIONAL DA
“ASSEMBLEIA DE DEUS” (CIAD)
Editor: Pr. Elias Garcia Fernandes
Quarto Trimestre de 2023

SUMÁRIO
LIÇÃO TEMA DATA PÁGINA
Quero trazer à memória o que me pode dar
01 esperança - Pr. Elias Garcia Fernandes
01/10 5
Qual a sua missão?
02 Mis. Fábio Ewerton da Silva Guimarães
08/10 9
As astutas ciladas do diabo
03 Pr. Jair Marques Lima
15/10 13
Praticando a palavra de Deus
04 Pr. Joel Bezerra Santiago 22/10 17
A necessária Obediência
05 Pr. Carlos da Silva
29/10 21
Maria, uma humilde serva do Senhor
06 Pr. Antônio Rodrigues de Morais
05/11 25
Testemunhas de Cristo
07 Pr. Abinael Cunha da Costa
12/11 29
Dízimo, promessa de bênçãos sem medida
08 Pr. Milton Cruz da Conceição 19/11 33
A maravilhosa graça
09 Pr. Moisés Ferreira da Costa 26 /11 37
Palavras do pai para o filho
10 Pr. Jalmir Batista da Silva
03/12 41
A cruz de Cristo
11 Pr. Juarez Pereira 10/12 45
cuidado com as palavras
12 Pra. Asenate Andrade da Silva Costa 17/12 49
O verdadeiro sentido do Natal
13 Pr. Sirismar Fernandes Silva
24/12 53
A eficácia da morte de Cristo
14 Pr. Francisco Custódio de Oliveira 31/12 57
Ensinando as Nações 3
 ENSINANDO AS NAÇÕES
A PALAVRA VIVA NA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
IGREJA EVANGÉLICA ASSEMBLEIA DE DEUS DE ANÁPOLIS
Presidente: Pr. José Clarimundo César
1º Vice: Pr. Jossele Clauber César
2º Vice: Pr. Claudino Borges
1º Secretário: Pr. Álvaro Aurélio Pereira da Silva
2º Secretário: Pr. Elias Garcia Fernandes
1º Tesoureiro: Pr. Lázaro Vieira Filho
2º Tesoureiro: Ev. João dos Santos Neto
Diretor Administrativo: Pr. Carlos Marcos da Silva
Vice-Diretor Administrativo: Pr. Israel Osmundo de Miranda

Vogais: Pr. Antônio Barbosa Vieira, Pr. Daniel Egídio Garcia, Pr. José Airton Faustino,
Ev. Paulo Egídio dos Santos e Pr. Salvarino Pinto da Silva.
Conselheiros: Pr. Antônio José Soares, Pr. Guido Pires Borges e Pr. Isaías Graciano de Jesus.

Co-pastores da igreja SEDE

Pr. Edvaldo Batista Melo, Pr. Rogério Garcia Fernandes e Pr. Sávio Marinho da Silva.

Diretor de Relações Institucionais: Pr. Venâncio Batista do Nascimento

Assistente: Pr. Daniel Ferreira César
Atendimento: Pr. José Ubaldino de Freitas Veríssimo
Livraria da Igreja AD de Anápolis: Pb. Aldmir de Macedo Azevedo Júnior
Projeto Gráfico e Fotos: Pr. Paulo Sartin

Publicação Trimestral da CIAD - CONVENÇÃO INTERNACIONAL DA “ASSEMBLEIA DE DEUS”

Av. Tiradentes, 615. CEP.: 75.040-010. Fone/Fax: (62)3315-8800. Anápolis, Goiás, Brasil.

MESA DIRETORA
Presidente: Pr. Sebastião José Inácio
1º Vice: Pr. Moisés José Inácio
2º Vice: Pr. Elismar Veiga da Silva
1º Secretário: Pr. Daniel Ferreira César
2º Secretário: Pr. Álvaro Aurélio Pereira da Silva
1º Tesoureiro: Pr. José Ubaldino de Freitas Veríssimo
2º Tesoureiro: Pr. Paulo Sartin

CONSELHO CONSULTIVO
Presidente: Pr. José Clarimundo César
Vices: Pr. Jossele Clauber César e Pr. Claudino Borges

CONSELHEIROS
Pr. Adilson da Cruz Ribeiro, Pr. André Carlos Boaventura, Pr. Daniel Egídio Garcia, Pr. Dilson Resplandes dos
Santos, Pr. Edson Araújo Bruno, Pr. Evangelino Gomes de Andrade Filho, Pr. Jessé Câmara Braga Frota,
Pr. José Maria Gomes, Pr. Lázaro Francisco da Silva, Pr. Luís Carlos Vicente Júnior, Pr. Salvarino Pinto da
Silva e Pr. William da Rocha Melo

O TRABALHO LITERÁRIO DOS COMENTARISTAS É DE RESPONSABILIDADE DE CADA UM E CEDIDO

À CONVENÇÃO INTERNACIONAL DA “ASSEMBLEIA DE DEUS” PARA PUBLICAÇÃO.
Ensinando as Nações 4
 Lição 01
Domingo, 01 de outubro de 2023
Comentarista: Elias Garcia Fernandes
- Bacharel em Direito (UniEvangélica) - Teologia (FATAI)
- Pós-graduado em Ciências da Religião (FATEBOV)
- Editor e Consultor Teológico da Revista Ensinando as Nações
QUERO TRAZER À MEMÓRIA O QUE ME PODE
DAR ESPERANÇA
VERSÍCULO CHAVE (Sl 146.5) Leitura Bíblica Principal
Lm 3.19-25
Bem-aventurado aquele que tem
o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja espe- 19 Lembra-te da minha aflição e do meu
rança está no Senhor, seu Deus. pranto, do absinto e do fel.
20 Minha alma, certamente, se lembra e se
PENSAMENTO abate dentro de mim.
21 Quero trazer à memória o que me pode
A esperança, se ancorada no po- dar esperança.
der Deus, não desaponta! (Karyne San- 22 As misericórdias do Senhor são a cau-
tiago) sa de não sermos consumidos, porque as
suas misericórdias não têm fim;
23 renovam-se cada manhã. Grande é a
Leitura Diária tua fidelidade.
24 A minha porção é o Senhor, diz a minha
Segunda-feira - Romanos 15.13 alma; portanto, esperarei nele.
- O Deus de esperança nos enche de 25 Bom é o Senhor para os que esperam
gozo e paz. por ele, para a alma que o busca.
Terça-feira - Jeremias 29.11
- Do Senhor temos pensamentos de
paz e não de mal.
COMENTÁRIO
Quarta-feira - Salmos 42.11
Introdução
- A alma abatida precisa esperar em
Deus. Hoje vamos refletir sobre um mo-
mento difícil vivido pelo profeta Jeremias,
Quinta-feira - Romanos 8.31 quando demonstrou profunda tristeza pela
- Se Deus é por nós, quem será contra situação em que vivia o seu povo (Lm
nós?
3.19,20). O seu dilema o fez conclamar a
Sexta-feira - Romanos 5.2 todos para que reconhecessem seus pe-
- Gloriando-nos na esperança da glória cados, voltassem para Deus e buscassem
de Deus. misericórdia.
A prudente intenção de Jeremias
Sábado - 1 Pedro 1.3 era mostrar que, apesar das dificuldades,
- Fomos gerados de novo para uma nem tudo estava perdido e que era preciso
viva esperança.
ter esperança. Afinal, diz a Bíblia que a ira
Ensinando as Nações 5
do Senhor pode ser de curta duração, mas
as suas misericórdias, estas não têm fim
(v.22).
Também vamos meditar sobre a
necessidade de inserirmos em nosso con-
texto de vida alguns aspectos relacionados
à fé, ao ânimo, à coragem, à esperança e à
determinação.
Este é o assunto desta lição, cujo
objetivo é injetar ânimo nos leitores, a fim
de que ninguém fique entorpecido por me-
mórias de desesperança.
I - PERSPECTIVAS DE
ÂNIMO
A Bíblia diz: “Porque Deus não
nos tem dado espírito de covardia, mas de
poder, ...” (2 Tm 1.7). Fé, confiança e es-
perança são virtudes diferentes, mas estão
entrelaçadas na mesma essência encora-
jadora que promove ânimo, força, revita-
lização e vida em pessoas vitimadas pela
ociosidade.
Num momento difícil, o profeta
teve uma reação de fé e esperança ao ma-
nifestar desejo de trazer à memória apenas
fatos incentivadores de coisas construtivas,
com viés de esperança e confiança em
Deus.
Como arautos de Cristo, também
precisamos ser portadores de mensagens
fecundas, sendo resolutos, intrépidos e
portadores de uma fé viva e operante, re-
chaçando sempre o lado desanimador de
pessoas entregues ao pessimismo, que
só se lembram de coisas ruins, perigos
iminentes, tragédias, amarguras ou tris-
teza do passado (Is 41.10). Pessoas que
vivem ilhadas num ambiente desesperan-
çado, sem perspectivas, sem ânimo, como
mortos-vivos, num marasmo que não leva
a nada.
De fato, precisamos reverberar
de forma contínua em nossa mente aquilo
que pode nos ajudar a vencer as mazelas
da vida, aquilo que pode nos trazer consolo
Ensinando as Nações
e esperança (Lm 3.21).
II - PERSPECTIVAS DE
DESÂNIMO
Talvez o principal entrave para a
falta de esperança seja o medo, este sen-
timento suscitado pela consciência de um
perigo iminente, ou reflexo de uma preo-
cupação excessiva. Isto também pode ser
falta de fé, fazendo a pessoa sofrer ante-
cipadamente por problemas imaginários.
Vejamos o caso de Abrão que, por medo,
pressentiu de forma precipitada uma situa-
ção de fracasso. Ele titubeou ao orientar a
sua mulher para que mentisse que era sua
irmã (Gn 12.11-13). Foi um plano absur-
do que o fez imaginar que pudesse estar
alimentando a sua memória com algo pre-
ventivo.
Outro exemplo se deu com o pro-
feta Elias. Com medo de Jezabel, fugiu
para Berseba, depois foi para o deserto
onde sentou-se à sombra de uma árvore
e desejou a morte (1 Rs 19.1-4). De fato,
o medo pode bloquear a mente trazendo
situações de desesperança, todavia, aten-
temos ao que a Bíblia diz: “Quando estou
com medo, eu confio em ti, ó Deus Todo-
-Poderoso” (Sl 56.3).
Mas há outros fatores que podem
suscitar desânimo, como: desmotivação
(Cl 3.23,24); dificuldade financeira (Fp
4.19); inconstância (1 Co 15.58); desen-
corajamento (Pv 6.6-11); insegurança (Na
1.7); falta de oração (1 Ts 5.17,18), falta
de meditação na palavra de Deus (1 Tm
4.15).
III - FÉ ATIVA E
PROATIVA
Na Bíblia temos muitas histórias
de pessoas que passaram por sofrimen-
tos, dores e privações, mas nem por isso
ficaram nutrindo suas mentes com coisas
6
negativas, ao contrário, reagiram positiva-
mente, como foi o caso de Ana (1 Sm 1.5-
20). Por não ter filhos ela sofria excessivo
bullying de Penina, porém não deixou de
trazer à sua memória aquilo que pudes-
se trazer-lhe esperança. Um dia o Senhor
lembrou-se dela (v.19), e ela concebeu a
Samuel (v.20).
Outro exemplo é o de Paulo. Por
amor a Jesus ele foi perseguido, sofreu
perigo de morte, precisou fugir às pressas
de alguns lugares, foi acatado, espancado,
preso, acusado de ser falso e, inclusive, foi
vítima de naufrágios (2 Co 11.23-27). Mas
não se entregou à desesperança, e assim
deixou um profícuo legado: divulgou o
evangelho, fundou igrejas e escreveu car-
tas que ainda hoje continuam doutrinando,
orientando e edificando vidas.
1 - Necessária convicção
O nosso sistema de vida requer
cuidados especiais quanto àquilo que pre-
cisamos empreender em qualquer área (Lc
14.28-30). Isto se aplica à família, aos ne-
gócios, aos estudos, aos entretenimentos
ou até mesmo à constância laboral de nos-
sas atividades eclesiásticas.
Neste contexto, temos que admitir
a incoerência de certas pessoas que se di-
zem cristãs, alegam professar uma fé ope-
rante, mas vivem demonstrando um teste-
munho de derrota e fracasso. É claro que
não precisamos ser ufanistas, fantasiosos
ou bravateadores, todavia, não podemos
trabalhar na perspectiva de que tudo vai
dar errado. Isto é derrotismo sob o manto
do fracasso. Tenhamos cuidado! Pensa-
mentos negativos reverberam em nossas
decisões, tornando-as inseguras, além de
provocar baixa autoestima.
Lembremo-nos de Calebe. Ele deu
um exemplo de ousadia, coragem e fé por
ocasião em que os espias pessimistas ten-
taram persuadir o povo a fim de levar to-
dos à desistência (Nm 13.27-33). Mas em
meio ao burburinho provocado pelos fala-
ciosos que diziam: “não temos chance, so-
Ensinando as Nações
mos fraquinhos diante daqueles homens,
etc.”, eis que surge Calebe e diz: “Subamos
animosamente e possuamo-la em heran-
ça; porque, certamente, prevaleceremos
contra ela” (13.30). Calebe tinha em sua
memória pensamentos de fé e esperança.
2 - Fé e pensamento positivo
Fé e pensamento positivo não
são coisas iguais. Não podemos confundi-
-los nunca, embora haja entre ambos uma
conotação de realizações positivas. A fé é
algo inteiramente ligado à espiritualidade.
A palavra de Deus explica a fé da seguin-
te maneira: “... é o firme fundamento das
coisas que se esperam e a prova das coisas
que se não veem” (Hb 11.1). A fé garante
de forma convicta aquilo que é esperado,
mesmo não estando ainda visível. A fé não
tem como base a sabedoria dos homens
(1 Co 2.5). Ela vem “... pelo ouvir, e o ou-
vir pela palavra de Deus” (Rm 10.17). Isto
significa que a nossa caminhada por fé é
uma afirmação diante de Deus de que con-
fiamos em suas promessas. De fato, Deus
é fiel à sua palavra em relação às nossas
vidas.
Estudiosos da teologia dizem
que a fé verdadeira é uma confiança in-
condicional evidenciada por alguém que
acredita firmemente que projetos difíceis
ou inexequíveis podem, sim, tornarem-se
viáveis pela ação daquele que é Poderoso
(Fp 4.13).
Já o pensamento positivo tem tudo
a ver com o intelecto, com a neurociência,
algo inerente à capacidade humana. Ele
visa unicamente obter resultados favorá-
veis com base nas habilidades próprias das
pessoas diante de circunstâncias difíceis da
vida. Algo que não tem uma relação direta
de causa e efeito do ponto de vista da es-
piritualidade. O pensamento positivo está
ligado à massificação da mente, razão pela
qual devemos ter cuidado com esta onda
de cursos coaching, pois muitos deles ig-
noram ou subestimam a ação miraculosa
de Deus na vida de uma pessoa.
7
 O grande perigo do pensamento
positivo é a sua contribuição para a autos-
suficiência, condição em que a pessoa só
depende dela mesma, de mais ninguém,
nem mesmo de Deus. Isto é o caos. Sob
quaisquer pontos de vista, sabemos que
ninguém sobrevive por si só, a não ser com
a ajuda de Deus, que é provedor, sobera-
no, onipresente, onipotente, onisciente e
cuja misericórdia não tem fim.
IV - MISERICÓRDIAS QUE
SE RENOVAM
O amor de Deus é imensurável, a
sua misericórdia é uma dádiva renovável
em nossas vidas (Lm 3.23). Mesmo quan-
do tudo fica nebuloso e parece não ter
volta, não entramos em desespero, pois,
segundo a Bíblia, o melhor sempre está por
vir (Jr 33.6).
Jesus Cristo não mudou (Hb
13.8), e o que ele fez no passado continua
fazendo hoje. A continuidade dos milagres
depende de nossa fé, levando em conside-
ração a forma em que alimentamos a nos-
sa memória com aquilo que pode nos dar
esperança. Marta, irmã de Lázaro, deixou
transparecer sua incredulidade porque seu
irmão já havia morrido há quatro dias, mas
a palavra segura do Mestre veio à tona:
“Não te hei dito que, se creres, verás a gló-
ria de Deus”? (Jo 11.40).
Um dos empregados de Jairo,
príncipe da sinagoga, deu uma triste notí-
cia ao seu chefe: “A tua filha já está morta;
não incomodes o Mestre” (Lc 8.49b), mas
Jesus, cheio de misericórdia, disse: “Não
temas; crê somente...” (v.50b), e o espírito
da menina voltou (v.55).
V - O SENHOR É BOM
O Senhor sempre dispõe de bon-
dade e misericórdia para com aqueles que
nele esperam (Lm 3.25), que são humildes
e se mostram arrependidos dos seus erros.
Ensinando as Nações
A Bíblia garante que o crente fiel não deve
ter medo, pois o Senhor é a sua luz e sua
salvação (Sl 27.1).
A misericórdia de Deus é uma
manifestação que está sempre associada
à recompensa divina, aos atos celestes de
compaixão, por isso o cristão precisa ver
que Deus é o maior exemplo de misericór-
dia (Lc 6.36); que a misericórdia precisa
fazer parte da sua natureza espiritual (Pv
3.3); que ela é abundante (1 Pe 1.3) e é
certa (Is 55.3). A misericórdia divina é a
base da esperança do cristão (Sl 130.7).
CONCLUSÃO
Um grande aliado de Satanás na
função de impregnar nossas mentes com
coisas ruins é o uso inadequado da mídia.
Diuturnamente, os noticiários despejam
avalanches de ‘lixo (des)informativo’ com
violências, mortes, latrocínios e toda sorte
de hábitos contrários à Bíblia. Principalmen-
te a internet, um instrumento facilitador de
coisas perigosas que atraem pessoas dis-
traídas gerando desgastes, dores, tristezas
ao Espírito Santo e às famílias.
Temos que trazer à memória o que
nos dá esperança. Como? Evitando coisas
más diante de nossos olhos (Sl 101.3);
pensando nas coisas que são de cima (Cl
3.2); no que é verdadeiro, honesto, justo,
puro, amável, de boa fama, pois nisto há
virtude (Fp 4.8).
QUESTIONÁRIO
1 - O que podemos dizer acerca da fé,
confiança e esperança?
2 - Como devemos nos comportar
como arautos de Cristo?
3 - Quais os efeitos de pensamentos
negativos?
4 - Qual deve ser o nosso procedi-
mento no dia a dia?
8
 Lição 02
Domingo, 08 de outubro de 2023
Comentarista: Fábio Ewerton da Silva Guimarães
- Bacharel em Ciências Teológicas (FBN)
- Pós-graduado em Met. do Ens. da Fil. e Sociologia (UNIASSELVI)
- Missionário da AD de Anápolis / Missiones / Argentina

QUAL A SUA MISSÃO?

VERSÍCULO CHAVE (1 Co 9.16) Leitura Bíblica Principal

Porque, se anuncio o evangelho,
não tenho de que me gloriar, pois me é im-
posta essa obrigação; e ai de mim se não
anunciar o evangelho!
PENSAMENTO
Uma igreja que não faz missões
não está cumprindo seu papel, está ape-
nas existindo externamente sem ouvir o
que Deus ordena.
Leitura Diária
Segunda-feira - 1 Pedro 3.15
- Prontos para explicar a razão da nos-
sa esperança.
Gn 12.1-3; Mc 16.15
Gênesis 12.1-3
1 Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da
tua terra, e da tua parentela, e da casa de
teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
2 E far-te-ei uma grande nação, e aben-
çoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e
tu serás uma bênção.
3 E abençoarei os que te abençoarem e
amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e
em ti serão benditas todas as famílias da
terra.
Marcos 16.15
E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai
o evangelho a toda criatura.

Terça-feira - Romanos 1.16

- Porque não me envergonho do evan-
COMENTÁRIO
gelho de Cristo.
Introdução
Quarta-feira - Mateus 28.19
- Ide, portanto, fazei discípulos de to-
das as nações.
Quando ouvimos falar sobre mis-
sões, qual a primeira imagem que surge
Quinta-feira - Lucas 8.4-15 em nossa mente? Geralmente pensamos
- O importante é semear. nos africanos, pessoas que passam fome,
Sexta-feira - Atos 13.47
crianças dormindo na rua, pessoas que são
- Fomos colocados como luz para os perseguidas ou marginalizadas por causa
outros povos. do evangelho, etc.
Mas, o que na verdade sabemos
Sábado - Salmos 96.3
- Falem da sua glória às nações.
sobre missões? Quando foi o seu início?
Qual a diferença entre missões locais,
Ensinando as Nações 9
nacionais e internacionais? Esta e outras
informações serão estudadas nesta lição,
cujo objetivo é trazer à tona assuntos rele-
vantes para o crescimento da igreja quanto
ao cumprimento da missão que Cristo nos
deixou aqui na terra até a sua volta.
O termo ‘missões’ é bastante
abrangente. Seriam necessários muitos
estudos para aprendermos amplamen-
te sobre o assunto. Porém, vamos tentar
esclarecer de maneira sucinta sobre esta
nobre tarefa, no sentido de alimentar a
igreja com boas perspectivas acerca da
realização de missões, fazendo-a entender
o que trabalho de missões representa para
a igreja de Cristo.
I - SOBRE MISSÕES
Ao analisarmos as Escrituras Sa-
gradas, observamos que alguns termos
que conhecemos na atualidade não estão
escritos de maneira explícita na Bíblia. To-
davia, sabemos que a obra de missões é
totalmente bíblica. Tanto o Antigo quanto
o Novo Testamento apresentam as Boas-
-novas de salvação de Jesus, aquele que
foi enviado por Deus e guiado pelo Espírito
Santo (Jo 3.16) com a missão de anunciar
o evangelho da salvação a todos os perdi-
dos (Is 9.2; Mt 4.16).
A palavra evangelho (gr.
Ευαγγέλιο) vem de duas palavras gregas
utilizadas no Novo Testamento: εὐ, que
significa “bem”, “bom”; e αγγέλιο, que
significa “mensagem”, “notícias novas”. O
evangelho não tem nada a ver com coisas
efêmeras, mas com boas notícias acerca
da salvação conquistada por Jesus Cristo
na cruz do Calvário.
O termo evangelizar significa “pro-
clamar, anunciar, pregar as boas-novas de
salvação”. Quando pregamos o evangelho,
estamos anunciando aos homens a única
Ensinando as Nações
chance que eles têm de serem salvos da
morte eterna e ganharem a salvação que
foi obtida através do sangue de Jesus (Is
53.1-5). Aquele homem simples que dei-
xou o esplendor de sua glória para viver
entre nós, tendo nascido de uma mulher
(Gl 4.4), tornou-se maldito de Deus, sendo
pendurado em um madeiro (Dt 21.22,23;
Gl 3.13). Tudo isso para nos garantir a vida
eterna. J. C. Ryle, um escritor prolífico e
pregador vigoroso, disse algo interessante:
“na cruz um ladrão foi salvo para que nin-
guém se desespere; mas apenas um, para
que ninguém se iluda”.
Nosso dever é pregar de maneira
clara as Boas-novas de salvação, sem adi-
ção de qualquer tipo de filosofia humana
(Ap 22.19). A nossa missão é fazer a obra
de um evangelista, cumprindo o nosso mi-
nistério (2 Tm 4.2-5).
II - BASES BÍBLICAS
PARA MISSÕES
Em Gênesis 12.1-3, temos o relato
de quando Deus chamou a Abrão e atra-
vés dele abençoou a todas as famílias da
terra. A partir de então, por onde passava,
Abrão deixava muito claro qual o Deus que
ele servia. E demonstrava isto através de
construção de altares de sacrifícios (vv.6-
8;13.18;22.1-14), e assim ele seguiu trans-
mitindo a sua fé aos seus descendentes:
Isaque, Jacó e os 12 patriarcas que vieram
a construir a nação de Israel.
1 - Missões no AT - A Bíblia narra o perío-
do dos juízes, dos profetas, dos sacerdotes
e reis com a missão de trazer o povo de
Israel à reconciliação com o Pai. Às vezes,
a nação passava por desobediência, saindo
do caminho, mesmo assim o Senhor envia-
va pessoas específicas com o objetivo de
trazer o povo de volta ao caminho.
10
 A Bíblia fala até de homens que
anunciaram o nome de Deus em outras
nações (missão transcultural), como foi o
caso de Daniel na Babilônia; Ester no Im-
pério Medo-Persa; Jeremias na Babilônia;
Neemias no reinado de Artaxerxes; Jonas
em Nínive; e tantos outros que levaram o
conhecimento de Deus a outras nações,
relatando esses livros sobre suas missões.
2 - Missões no NT - No Novo Testamento
temos muitos exemplos de missões, prin-
cipalmente o exemplo de Jesus Cristo, o
ungido de Deus, o redentor prometido que
veio resgatar o povo que andava em trevas
(Is 9.2; Mt 4.16,17), salvar o que se ha-
via perdido (Lc 19.10), evangelizar, curar
e anunciar as Boas-novas de salvação.
Ele escolheu e discipulou doze homens
comuns, e os preparou para pregarem o
evangelho não somente em Jerusalém,
como em toda a Judeia e Samaria e até
aos confins da terra (At 1.8).
Muitos apóstolos trabalharam
como missionários transculturais levando
as Boas-novas em lugares distantes onde,
inclusive, foram duramente perseguidos e
alguns até martirizados, como por exem-
plo: Filipe na Ásia; Bartolomeu, na Armê-
nia, Índia e Mesopotâmia; Mateus, na Pér-
sia, Judeia, Etiópia; Tomé, na Índia; Tiago
no Egito; Tadeu na Mesopotâmia, Arábia,
Pérsia e Síria.
O tempo foi passando e através
dos séculos o Senhor Deus continuou
usando homens e mulheres como arautos
de sua Palavra. Vejamos os casos de Mar-
tinho Lutero, na reforma protestante; John
Wycliffe, John Huss, os jovens Moravianos,
John Wesley e George Whitefield, entre
outros. Nas missões modernas se desta-
cam William Carey (considerado o pai das
missões modernas), que foi enviado para
a Índia; Daniel Berg e Gunnar Vingren, os
fundadores da Assembleia de Deus no Bra-
Ensinando as Nações
sil.
III - SITUAÇÃO DO
MUNDO
Segundo a ONU (Organização das
Nações Unidas), na terra existem mais de
8 bilhões de pessoas. De acordo com a
ALLIANCE FOR THE UNREACHED (Aliança
para os povos não alcançados), 40% da
população mundial não tiveram a oportuni-
dade de ouvir as Boas-novas de salvação,
e para 3,2 bilhões de pessoas Cristo ainda
não foi anunciado, ou seja, nunca ouviram
falar daquele que, por amor, entregou-se
para que o povo pudesse ter salvação.
Somente no Continente Asiático,
60% da população nunca ouviram falar de
Jesus Cristo. Também há países que nunca
receberam missionários para pregar esse
evangelho. Até mesmo aqui no Brasil ainda
existem pessoas que precisam ser alcança-
das pelo evangelho.
Atualmente existem várias agên-
cias missionárias que têm se esforçado
para “erradicar a pobreza bíblica” através
da tradução e distribuição da Bíblia impres-
sa, em áudio ou mesmo através de filmes
que falam de Jesus. O desafio é grande e
precisamos orar ao Senhor da seara que
envie trabalhadores (Mt 9.38; Lc 10.2).
A população continua se expan-
dindo e a estimativa da ONU para 2058 é
que a terra chegue ao número de 10 bi-
lhões de pessoas. Oremos para que gera-
ções evangelizadoras possam estar prontas
para ir aos campos que estão brancos para
a ceifa (Jo 4.35); que haja despertamento
na igreja, incentivando-a ao trabalho em
benefícios das almas que ainda não conhe-
cem a Cristo.
1 - Estratégias diferentes - Deus tem
usado muitas estratégias, e uma delas é
11
através de migrações de estrangeiros para
o nosso país. Ao invés de enviarmos mis-
sionários, muitos estrangeiros estão vindo
até nós. Milhares de refugiados estão en-
trando em nosso país anualmente, fugindo
de guerras, regimes ditatoriais, fome etc.,
são um verdadeiro celeiro de pessoas que
precisam das Boas-novas de salvação.
A evolução tecnológica também
tem sido um bom aliado nesse processo
de proclamação do evangelho a todas as
nações. Isto acontece por meio de aplica-
tivos que facilitam a tradução do idioma e
softwares de tradução bíblica para línguas
nativas. Há também os sites quem trans-
mitem informações em tempo real.
IV - CIM - CUIDADO
INTEGRAL DO
MISSIONÁRIO
Podemos citar o cuidado integral
com missionários da seguinte forma: “Es-
forços formais e informais para desenvol-
ver, preservar e restaurar obreiros para um
trabalho efetivo”. Este assunto é pouco
conhecido, mas é importante porquanto
se trata de cuidados extremamente neces-
sários com missionários. Por negligência,
muitas pessoas ainda não se aperceberam
que missionários são seres humanos co-
muns, que sofrem e que possuem até mais
necessidades do que qualquer outra pes-
soa. Por esta razão precisam da compreen-
são das igrejas, e de assistência adequada.
De fato, os missionários são sus-
ceptíveis a muitos tipos de infortúnios:
choque transcultural, famílias no campo
missionário, necessidade de administrar o
stress, perseguição, acidentes, continuida-
de da prole, etc.
Tudo isto precisa sensibilizar a
igreja de Cristo, fazendo-a entender que
não pode continuar negligenciando o devi-
Ensinando as Nações
do apoio às obras missionárias.
CONCLUSÃO
Concluímos esta lição registrando
parte de um texto de Lorem Cunningham,
fundador da organização missionária JO-
CUM - Jovens com uma missão: “E Deus
criou o missionário: Deus disse: preciso
de alguém que acredite que os olhos do
cego possam enxergar, que os coxos pos-
sam andar, que os mortos possam reviver,
que alguém possa orar por muitas horas e
interceder até o amanhecer para que uma
alma possa ser salva. Alguém honesto e
corajoso, cheio de graça, misericórdia e
compaixão, livre de medo e passividade,
caminhando com uma identidade verda-
deira. Alguém queimando em amor e cingi-
do pela verdade, alguém que radicalmente
reflita a glória de Deus. Pessoas que digam
sim, antes de serem chamadas, alguém
que possa ir a ilhas distantes, suportar
desertos, cidades do interior, nações próxi-
mas, vizinhos e universidades de prestígio
para alcançar os não alcançados. Alguém
que suba qualquer montanha e aguente
qualquer obstáculo, porque, como acre-
ditarão se não ouvirem? Como ouvirão a
não ser que alguém pregue, e como pre-
gar sem que alguém seja enviado? Então,
Deus fez o missionário”!
QUESTIONÁRIO
1 - A obra de missões tem respaldo
bíblico?
2 - O que significa o termo evange-
lizar?
3 - Qual a informação importante fei-
ta pela ALLIANCE FOR THE UNREA-
CHED?
4 - Cite alguns tipos de infortúnios a
que estão sujeitos os missionários?
12
 Lição 03
Domingo, 15 de outubro de 2023
Comentarista: Jair Marques Lima
- Formado em Educação Cristã (SEPEB) - Brasília-DF
- Bacharel em Teologia (IBICAMP) - Goiânia - GO
- Pastor Auxiliar da AD de Anápolis (Vila Formosa)

AS ASTUTAS CILADAS DO DIABO

VERSÍCULO CHAVE (Ef 6.13) Leitura Bíblica Principal

Portanto, tomai toda a armadura
de Deus, para que possais resistir no dia
mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
PENSAMENTO
Não estamos lutando contra seres
humanos, mas contra as forças espirituais
da maldade que vivem nas alturas.
Leitura Diária
Ef 6.12.14
12 Porque não temos que lutar contra car-
ne e sangue, mas, sim, contra os princi-
pados, contra as potestades, contra os
príncipes das trevas deste século, contra as
hostes espirituais da maldade, nos lugares
celestiais.
13 Portanto, tomai toda a armadura de
Deus, para que possais resistir no dia mau
e, havendo feito tudo, ficar firmes.
14 Estai, pois, firmes, tendo cingidos os
vossos lombos com a verdade, e vestida a
couraça da justiça.

Segunda-feira - Efésios 6.11

- Revesti-vos de toda a armadura de
Deus.
Terça-feira - 2 Tessalonicenses 3.3
- O Senhor é fiel e nos guardará do ma-
ligno.
Quarta-feira - Salmos 119.133
- Não se apodere de mim iniquidade
alguma.
Quinta-feira - Romanos 16.20
- O Deus de paz esmagará Satanás de-
baixo de nossos pés.
Sexta-feira - Efésios 6.12-18
- Usando bem a armadura de Deus.
Sábado - João 17.15
- O Senhor quer livrar-nos do mal.
Ensinando as Nações
COMENTÁRIO
Introdução
Em Jó 1.6-10, a Bíblia registra
uma certa ocasião em que os anjos vieram
apresentar-se diante do Senhor. Satanás
estava também entre eles, mas não para
adorar e reverenciar o Senhor, e, sim, para
mostrar seus maldosos desígnios contra os
justos.
Ainda hoje, com o mesmo obje-
tivo, Satanás frequenta certas reuniões
onde pessoas se juntam para cultuar a
Deus. Embora dotado de invisibilidade, ele
está trabalhando com toda diligência para
ter domínio absoluto das mentes dos ado-
radores, e ele faz isto com muita perícia.
13
 Ao ver um mensageiro de Deus
pesquisando as Escrituras, Satanás toma
nota do tema a ser apresentado ao povo,
e então ele usa toda a sua astúcia e saga-
cidade para dominar as circunstâncias de
tal maneira que a mensagem não alcan-
ce aquele que ele está seduzindo naquele
mesmo assunto.
Assim, a pessoa que mais neces-
sita ouvir a advertência estará preocupa-
da ou envolvida com alguma coisa que a
impeça de ouvir a mensagem que poderia
dar-lhe vida.
I - SAGACIDADE
Satanás, o terrível adversário, dis-
põe de milhares de agentes infiltrados nas
escolas, nas igrejas, nas organizações polí-
ticas e nas famílias. Eles estão prontos para
tentar seduzir grandes e pequenos, sábios
ou indoutos. O seu plano audacioso é in-
troduzir na igreja elementos insinceros que
promovam dúvidas e incredulidade, emba-
raçando a todos os que desejam ver a obra
de Deus avançar.
Com interpretações vagas e fan-
tasiosas das Escrituras, com teorias confli-
tantes acerca da fé religiosa encontrada no
mundo cristão, o inimigo de nossas vidas
trabalha para confundir as mentes, a fim
de impedi-las de discernir a verdade. Desta
forma, muitos são seduzidos, afastando-
-se da fé e da verdade, procurando serem
mais sábios que seu Criador, dando ouvi-
dos a filosofias humanas que se esforçam
para explicar os mistérios que jamais serão
esclarecidos no curso das eras eternas.
Satanás trabalha com afinco no
sentido de fazer com que as pessoas vivam
pesquisando e conjecturando a respeito
daquilo que Deus não tornou conhecido.
Desta forma, aqueles que têm dificuldades
para aceitar as claras e contundentes
verdades da Bíblia continuam à procura de
fábulas agradáveis que tranquilizem suas
consciências.
Ensinando as Nações
II - MALDIÇÃO
HEREDITÁRIA
Nesse tópico trataremos de um
assunto de extrema relevância sobre algo
pouco explicado em algumas igrejas: a
maldição hereditária. Conforme apregoam
seus adeptos, uma pessoa pode vir a ser
depressiva, vítima de alcoolismo, ter des-
controle sexual, problemas espirituais,
opressão do diabo, etc., por causa de seus
antepassados que viveram circunstâncias
semelhantes. E que tais pessoas precisam
buscar a Deus para descobrir em qual ge-
ração os problemas tiveram início.
Todavia, é importante salientar
que nós trabalhamos numa perspectiva de
improcedência deste tipo de maldição, por-
que a partir do momento em que pessoa
se converte e passa a levar uma vida justa
e reta diante de Deus, ela já está livre de
qualquer maldição hereditária: “Assim que,
se alguém está em Cristo, nova criatura é:
as coisas velhas já passaram; eis que tudo
se fez novo” (2 Co 5.17).
O apóstolo Paulo, em sua carta
aos colossenses, nos ensina que Cristo “...
nos tirou da potestade das trevas e nos
transportou para o Reino do Filho do seu
amor” (Cl 1.13). O verbo grego traduzido
por libertar é Ruomai, e neste texto está
no tempo verbal aoristo, que apresenta
uma ação completa. Isto quer dizer que
Deus nos libertou “de uma vez por todas”
das garras do diabo. E, conforme Efésios
1.13,14, fomos selados com o Espírito San-
to quando cremos, e sua presença em nós
é a garantia que o Senhor nos dá (penhor)
de que, se nos mantivermos fiéis, seremos
dele até a sua vinda (o resgate da sua pro-
priedade).
O juízo divino visita a iniquidade
daqueles descendentes que continuam
vivendo em situação pecaminosa, mas
não daqueles que mudaram de vida (Ez
18.10-13). Quanto à maldição do pecado
original transmitida por nossos primeiros
pais (Adão e Eva), esta foi quebrada pela
14
obra redentora de Cristo na cruz do Cal-
vário, através de um sacrifício suficiente e
poderoso para nos garantir vitória sobre
qualquer maldição (1 Pe 1.23). Ele se fez
maldição por nós (Gl 3.13).
Se entendermos, aceitarmos a
obra maravilhosa que Cristo fez por nós na
Cruz e permanecermos firmes, não deve-
mos temer nenhuma continuidade de mal-
dição de qualquer gênero.
III - OSTENTAÇÃO
MINISTERIAL
Não podemos generalizar, mas é
lamentável a situação de certos obreiros
que, no início de seus ministérios, se man-
têm humildes, despretensiosos e extre-
mamente dedicados à missão que lhes foi
confiada. Porém, ao verem a obra crescer,
ufanam-se, tornam-se arrogantes, jactan-
ciosos e verdadeiros ditadores eclesiás-
ticos. Ninguém pode se esquecer de um
importante princípio bíblico: “Pelo que nem
o que planta é alguma coisa, nem o que
rega, mas Deus, que dá o crescimento” (1
Co 3.7).
Muitos já perderam a visão celes-
tial e agem pensando que o cargo é fonte
de poder pessoal, humano e carnal, por
isso usam a posição para a satisfação de
interesses pessoais ou de grupos que se
formam ao seu redor, deixando-se dominar
pela vaidade ministerial.
O rei Uzias, que reinou em lugar
de seu pai, Amazias, aos dezesseis anos de
idade teve um grande ministério baseado
nos conselhos de Zacarias, que o ensinou
a respeitar o Senhor. A Bíblia diz: “nos dias
em que buscou ao Senhor, Deus o fez pros-
perar” (2 Cr 26.5). Acrescenta ainda a Pala-
vra, que Uzias foi “maravilhosamente aju-
dado até que se tonou forte” (v.15). “Mas,
havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu
coração até se corromper ...” (v.16).
Infelizmente, há uma gama de
pregadores que possuem o dom da pala-
Ensinando as Nações
vra, são convincentes na oratória, porém
são tomados por um espírito de orgulho e
passam a se comportar como se fossem
meros oradores de palanque, procurando
impressionar a igreja com falsas revela-
ções. Há, inclusive, pregadores profissio-
nais que se utilizam de técnicas de co-
municação para atrair ouvintes, pregando
mensagens “enlatadas” que empolgam e
sugestionam a plateia provocando mani-
festações de muito barulho. Tenhamos cui-
dado! (Ez 44.23).
IV - DISFARÇADO DE
ANJO
O próprio Satanás se disfarça de
anjo de luz (2 Co 11.14). Estamos vivendo
no período mais solene da história deste
mundo. O destino das multidões da terra
está para ser decidido. Tudo dependerá do
curso que elas continuarem seguindo. O
poder operador de milagres demonstrado
por seitas ou outras religiões ocultistas tem
exercido influência para atingir os que es-
colherem obedecer a Deus.
A tática de Satanás nesse conflito
final com a igreja do Senhor é a mesma
que empregou no céu. Satanás fingia pro-
mover a estabilidade do governo divino,
mas secretamente envidava todo esforço
para assegurar a subversão. O orgulho de
sua própria glória alimentava seu desejo de
supremacia, por isso não revelava gratidão
para com o Criador. Ao contrário, ufanava-
-se em seu resplendor e exaltação aspiran-
do ser igual a Deus.
Ao expulsar Satanás do céu, Deus
manifestou sua justiça e defendeu a hon-
ra do seu trono. A partir de então Satanás
trabalha ininterruptamente para fazer com
pessoas rejeitem a Cristo. O príncipe do
mal põe em prática todo seu poder e astú-
cia para destruir a Jesus, pois sabe que a
misericórdia, o amor e a meiga compaixão
do Salvador são revelações do caráter de
Deus.
De fato, o inimigo opõe-se a tudo
15
que vem do Filho de Deus, usando ho-
mens como seus agentes com o propó-
sito de destruição. Suas cruéis acusações
são movidas por vingança, porque Cristo
consumou o grande sacrifício em prol da
humanidade. Ele ascendeu ao céu e apre-
sentou a petição: “Pai, aqueles que me
deste quero que, onde eu estiver, também
eles estejam comigo, para que vejam a
minha glória que me deste; porque tu me
hás amado antes da criação do mundo” (Jo
17.24). Glória ao Senhor!
V - O PERIGO DA
MISTURA
“A tua prata tornou-se escória e
teu vinho misturou-se com água” (Is 1.22).
Inegavelmente, a vida cristã real e verda-
deira tem os seus aspectos distintamente
diferentes da vida sem Cristo. A vida cristã
que não se confunde com o viver comum,
com uma vida sem ideal cristão. A vida
cristã se caracteriza e se distingue pela pa-
ciência nas tribulações e pela resignação
no sofrimento.
Todavia, é preciso muito cuidado
porque um espírito de conformidade e mis-
tura com o mundo está invadindo igrejas
por toda parte. Infelizmente, muitos que se
dizem cristãos continuam sendo amantes
do mundo, conformando-se com ele, afei-
çoados ao conforto pessoal e ávidos por
honras da terra. Mesmo tendo sido convi-
dados para sofrerem por Cristo, preferem
acovardar-se, dando-se ao opróbrio.
O príncipe do mal disputa cada
polegada de terreno por onde avança o
povo de Deus em sua peregrinação rumo
à cidade celestial. Mas não nos intimide-
mos, pois há um memorial escrito diante
de Deus no qual estão registradas as boas
obras dos que “temem ao Senhor e para os
que se lembram do seu nome” (Ml 3.16).
Toda tentação resistida, todo pecado ven-
cido e toda palavra de terna compaixão es-
tão fielmente registrados.
Ensinando as Nações
Satanás está consciente de que a
alma que permanece em Cristo é capaz de
derrotar as hostes das trevas. Por esta ra-
zão, ele procura fazer com que os soldados
da cruz abandonem suas poderosas fortifi-
cações, enquanto se posta em emboscada
com suas forças, pronto para destruir to-
dos os que se aventurem em seu território.
Somente com humildade, confiança em
Deus e obediência aos seus mandamentos
podemos estar seguros. Sem vigilância e
oração ninguém resiste.
CONCLUSÃO
Como consumação de suas es-
peranças, a igreja de Cristo há muito tem
esperado a vinda do Salvador para buscar
o seu povo (Rm 8.24). Mas o enganador
continua na missão de causar confusão na
mente das pessoas para tirar delas a expec-
tativa deste glorioso dia. Com este intuito,
Satanás se manifestará entre os homens
em diferentes partes da terra, apresentan-
do-se como um ser majestoso, de brilho
ofuscante. Por isso, os ensinamentos de
Cristo precisam estar firmemente guarda-
dos em nossa mente para que o Espírito
de Deus nos ajude a trazê-los à nossa lem-
brança na hora do perigo. Temos que ser
prudentes e fazer como Davi: “Escondi a
tua palavra no meu coração, para eu não
pecar contra ti” (Sl 119.11).
QUESTIONÁRIO
1 - Qual é o plano audacioso de Sa-
tanás?
2 - O que o apóstolo Paulo ensinou
aos colossenses?
3 - Como se caracteriza e se distingue
a vida cristã?
4 - Qual a consciência de Satanás
acerca da alma que permanece em
Cristo?
16
 Lição 04
Domingo, 22 de outubro de 2023
Comentarista: Joel Bezerra Santiago
- Bacharel em Teologia (SEPEGO)
- Formado no Curso Básico de Teologia (EETAD)
- Pastor da AD de Anápolis / Setor Alto do Vale / Goiânia - GO

PRATICANDO A PALAVRA DE DEUS

VERSÍCULO CHAVE (Tg 1.22) Leitura Bíblica Principal

E sede cumpridores da palavra
e não somente ouvintes, enganando-vos
com falsos discursos.
PENSAMENTO
Conhecer a Palavra de Deus sem
praticá-la é puro intelectualismo; pregá-la
sem vivê-la é puro farisaísmo; praticá-la
significa torná-la viva ante o mundo.
Leitura Diária
Segunda-feira - Deuteronômio 11.18
- Guardando a Palavra no coração.
Terça-feira - Salmos 12.6
- As palavras do Senhor são puras.
Quarta-feira - Provérbios 25.11
- A palavra dita a seu tempo.
Quinta-feira - Mateus 5.37
- Seja o vosso falar: sim, sim; não, não.
Sexta-feira - Lucas 6.47,48
- Quem ouve e observa põe os alicerces
sobre a rocha.
Sábado - Hebreus 4.12
- A palavra de Deus é viva e eficaz.
Ensinando as Nações
Tg 1.19-27
19 Sabeis isto, meus amados irmãos; mas
todo o homem seja pronto para ouvir, tar-
dio para falar, tardio para se irar.
20 Porque a ira do homem não opera a jus-
tiça de Deus.
21 Pelo que, rejeitando toda imundícia e
acúmulo de malícia, recebei com mansidão
a palavra em vós enxertada, a qual pode
salvar a vossa alma.
22 E sede cumpridores da palavra e não
somente ouvintes, enganando-vos com fal-
sos discursos.
23 Porque, se alguém é ouvinte da palavra
e não cumpridor, é semelhante ao varão
que contempla ao espelho o seu rosto na-
tural;
24 porque se contempla a si mesmo, e foi-
-se, e logo se esqueceu de como era.
25 Aquele, porém, que atenta bem para a
lei perfeita da liberdade e nisso persevera,
não sendo ouvinte esquecido, mas fazedor
da obra, este tal será bem-aventurado no
seu feito.
26 Se alguém entre vós cuida ser religioso
e não refreia a sua língua, antes, engana o
seu coração, a religião desse é vã.
27 A religião pura e imaculada para com
Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as
viúvas nas suas tribulações e guardar-se
da corrupção do mundo.
17

COMENTÁRIO
Introdução
Vivemos num tempo em que, para
muitos, há uma grande distância entre o
dizer e o fazer, pregar e praticar, falar e dar
o exemplo. Mahatma Gandhi, o pacifista
que lutou pela independência da Índia, dis-
se diante de um líder cristão: “Eu admiro
vosso Cristo, e não o vosso cristianismo”.
Que Deus nos ajude a viver na prática a
palavra de Deus, para não cairmos no des-
crédito diante daqueles que nos rodeiam.
I - NO RELACIONAMENTO
COM OS OUTROS
1 - Pronto para ouvir
A Bíblia dá mais valor há quem
sabe ouvir do que a quem sabe falar. Quan-
do falamos, sempre nos arriscamos a errar.
E isso é natural. Mas, quando ouvimos,
sempre podemos aprender com nossos in-
terlocutores, tanto o que é certo quanto o
que é errado. A Bíblia manda o filho ouvir
a instrução de seu pai (Pv 1.8), ouvir as
palavras dos sábios (Pv- 22.17), e diz que
é melhor “ouvir a repreensão do sábio do
que a canção do tolo” (Ec 7.5).
2 - Tardio para falar
Tiago recomenda que todo ho-
mem deve ser “tardio para falar”. Aqui,
há muita sabedoria. Com base neste ver-
sículo há um velho adágio popular que diz:
“Quem muito fala, muito erra”. E a Bíblia
assevera solenemente: “...o homem de en-
tendimento cala se” (Pv 11.12b). E mais:
“Até o tolo, quando se cala, será reputado
por sábio; e o que cerrar os seus lábios,
Ensinando as Nações
por sábio” (Pv 17.28).
3 - Tardio para se irar
Por causa da ira, amizades são
perdidas. Muitos ficam doentes, deprimi-
dos, acidentes ocorrem, crimes são perpe-
trados e tantos outros males acontecem.
A Bíblia tem razão quando diz que todo o
homem seja “tardio para se irar”. No seu
realismo sábio ela ensina: “Irai-vos e não
pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa
ira” (Ef 4.26). Jesus, no templo, virou me-
sas, expulsou os cambistas e não pecou.
Moisés, ao ver a idolatria com o bezerro de
ouro, quebrou as tábuas da lei, puniu os
idólatras e não pecou.
II - NO
RELACIONAMENTO COM
DEUS
1 - Sabendo ouvir
Muitos só querem que suas pré-
dicas sejam ouvidas. Mas é importante
saber ouvir a Palavra: “Quem é de Deus
ouve as palavras de Deus” (Jo 8.47). Ou-
vir, aqui, não é um mero escutar; é dar
ouvidos, prestar atenção, com o objetivo
de obedecer e praticar. Quem assim faz é
comparado por Jesus a um “homem pru-
dente” (Mt 7.24), enquanto o que ouve e
não pratica é comparado a um homem in-
sensato (Mt 7.26b).
2 - Rejeitando toda imundícia
Aqui, imundícia é sinônimo de
pecado, iniquidade, pensamentos maus,
mentiras, adultérios, enganos, etc. Paulo
ensina que devemos nos despojar do “ve-
lho homem” (Ef 4.22), deixando a mentira
(v.25), e que devemos tirar de nós “toda
18
amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blas-
fêmias e toda a malícia” (v.31). Hoje, talvez
o esgoto principal pelo qual a imundícia en-
tra nos lares é através da TV, com suas no-
velas imundas, filmes pornográficos etc., e
também da Internet onde muitos estão de-
gradando suas mentes e a de seus filhos.
É melhor cumprir o que diz o Salmo 101.3.
3 - Recebendo a palavra com mansi-
dão
Tiago falava para crentes, exor-
tando-os a receber a palavra com mansi-
dão (Tg 1.21). Por quê? Certamente, ha-
via alguém que não recebia a mensagem
com alegria. Hoje, acontece a mesma coi-
sa. Quando o pastor, com base na Bíblia,
exorta com amor combatendo pecados e
atitudes ilícitas, há quem fique irado e até
procure mudar de igreja. É o espírito de
carnalidade dominando.
III - CUMPRIDORES DA
PALAVRA
1 - Não somente ouvintes
Quem ouve a palavra de Deus e
não a cumpre, como já vimos, é compa-
rado por Jesus a “um homem insensato”
(Mt 7.26). Tiago compara tal pessoa a um
homem que se olha no espelho e, ao sair,
não mais se lembra dos detalhes do seu
rosto natural (Tg 1.23,24). Naquele tempo
os espelhos não tinham a nitidez e o brilho
que têm hoje; eram feitos de metal. Quem
ouve a Palavra, mas não a cumpre e não a
fixa em sua mente está perdendo tempo.
2 - Atentando bem para a Lei da Li-
berdade
Fomos chamados à liberdade
Ensinando as Nações
cristã: liberdade da servidão do pecado,
para seguirmos a Cristo e servi-lo de todo
coração. Diante disso, Paulo nos exorta
dizendo que não devemos usar da liber-
dade para dar ocasião à carne (Gl 5.13).
É desta forma que devemos cumprir a pa-
lavra de Deus, com liberdade para fazer-
mos o que agrada a ele, e não aos homens
ou a nós mesmos.
3 - Sendo fazedor da obra
Tiago fala do cumpridor da Pala-
vra como um “fazedor da obra” de Deus,
sendo, assim, “bem-aventurado no seu fei-
to”. É muito importante que pratiquemos
a Palavra:
a) no lar - O verdadeiro crente é aque-
le que dá testemunho da fidelidade a
Deus em casa, no trato com a esposa,
com os filhos, com os vizinhos etc. É
um teste difícil, mas genuíno, eficaz e
incontestável;
b) na igreja - Na casa de oração não é
tão difícil cumprir a Palavra (Ec 5.1).
Só Deus conhece os corações, mas no
templo as pessoas em geral têm “cara
de santo”. Difícil, porém necessário é
praticarmos a Palavra em qualquer lu-
gar onde estivermos.
c) Em todos os lugares - Na escola,
quartel, consultório, escritório, comér-
cio, rua, ônibus, carro, local de entre-
tenimento ou em outra parte qualquer.
IV - A RELIGIÃO PURA E
IMACULADA
De acordo com o Dicionário Teo-
lógico (CPAD), a palavra religião vem do
latim religionis, que deriva do verbo religa-
19
re, no sentido de “ligar outra vez”. Por trás
desse conceito latino há a ideia de que o
homem se separou ou está separado de
Deus e, através da verdadeira religião, o
homem pode reatar sua ligação com ele.
Com base na Bíblia, porém, quem liga ou
religa o homem com Deus não é a religião,
mas Jesus Cristo, o único “mediador en-
tre Deus e os homens” (1 Tm 2.5). Tiago
cita duas características (Tg 1.27) da “re-
ligião pura e imaculada para com Deus,
o pai”, que são:
1 - Visitar os órfãos e as viúvas
A verdadeira religião atende ao
“homem integral” (corpo, alma e espírito),
valorizando “o amor genuíno pelos neces-
sitados” (Bíblia de Estudo Pentecostal).
Órfãos e viúvas, no texto, representam
também todos os necessitados, famintos,
carentes físicos e emocionais. São os que
não têm o mínimo para comer; os meninos
de rua, as crianças abusadas sexualmente;
os párias, os injustiçados de todos os tipos.
A igreja que quer praticar a “religião pura
e imaculada” precisa cuidar tanto do corpo
quanto da alma e do espírito. Jesus pre-
gou a maior mensagem, mas multiplicou o
pão duas vezes alimentando os famintos.
Os discípulos queriam que a multidão “se
virasse”, mas o Mestre ordenou-lhes: “dai-
-lhes vós de comer” (Mt 14.16b).
2 - Guardar-se da corrupção do mun-
do
Tiago, usando de uma dialética
perfeita e emitiu uma tese. O que é ser
religioso; seguiu-a de uma antítese: quem
não sabe refrear a sua língua está engana-
do e, por fim, chegou à síntese: o verda-
deiro religioso interessa-se pelo sofrimento
alheio (religião prática) ao mesmo tempo
em que cuida do espírito, zelando pela
Ensinando as Nações
santidade, “guardando-se da corrupção
do mundo”. Não adianta ser caridoso, fi-
lantropo, equilibrado no falar e não ser um
crente consagrado. O caminho do inferno
está cheio desse tipo de gente. Para o céu
só vão os que zelam pela santificação (Hb
12.14).
CONCLUSÃO
Praticar a Palavra é algo difícil, po-
rém, sublime. A Bíblia é o código de Deus
para o homem. Nela encontramos o amor
e a bondade divinos; também encontra-
mos os preceitos, os estatutos e as normas
através das quais os interesses humanos
egoístas e carnais são contrariados e con-
denados. Somente com a ajuda do Espírito
Santo, podemos viver a Palavra em nossa
vida diária.
QUESTIONÁRIO
1 - Como deve ser o nosso relaciona-
mento com os outros?
2 - Como deve ser o nosso relaciona-
mento com Deus?
3 - Onde devemos praticar a Palavra?
4 - Quais são as duas características
da “religião pura”?
5 - Qual é a síntese que Tiago apre-
sentou?
20
 Lição 05
Domingo, 29 de outubro de 2023
Comentarista: Carlos da Silva
- Bacharel em Teologia (ITEG) - Acadêmico de Gestão Pública (FAEL)
- Pregador Itinerante - Líder da Pastoral de Adolescentes (Sede)
- Pastor Auxiliar da AD de Anápolis (Igreja da Tiradentes)

A NECESSÁRIA OBEDIÊNCIA
VERSÍCULO CHAVE (1 Sm 15.22)
Tem, porventura, o Senhor tanto
prazer em holocaustos e sacrifícios como
em que se obedeça à palavra do Senhor?
Eis que o obedecer é melhor do que o sa-
crificar; e o atender melhor é do que a gor-
dura de carneiros.
PENSAMENTO
Leitura Bíblica Principal
Hb 5.8,9; 1 Pe 1.13-16
Hebreus 5.8,9
8 Ainda que era Filho, aprendeu a obe-
diência, por aquilo que padeceu.
9 E, sendo ele consumado, veio a ser a
causa de eterna salvação para todos os
que lhe obedecem.

O caminho seguro da vida é pela 1 Pedro 1.13-16

estrada da obediência. (Pr. Leonardo 13 Portanto, cingindo os lombos do vosso
Souza) entendimento, sede sóbrios e esperai intei-
ramente na graça que se vos ofereceu na
Leitura Diária revelação de Jesus Cristo,
14 como filhos obedientes, não vos confor-
Segunda-feira - Deuteronômio 5.29 mando com as concupiscências que antes
- Benefícios para quem guarda os man- havia em vossa ignorância;
damentos de Deus. 15 mas, como é santo aquele que vos cha-
Terça-feira - João 14.15 mou, sede vós também santos em toda a
- Amando ao Senhor e guardando os vossa maneira de viver,
seus mandamentos. 16 porquanto escrito está: Sede santos,
Quarta-feira - Lucas 6.46 porque eu sou santo.
- A obediência é fundamental.

Quinta-feira - Atos 5.29 COMENTÁRIO

- Mais importa obedecer a Deus do que
aos homens.
Introdução
Sexta-feira - Tiago 1.22
- Sejamos cumpridores da Palavra, não A obediência é um dos assuntos
somente ouvintes.
mais importantes da Bíblia e, por conse-
Sábado - 1 Pedro 1.22 guinte, mais necessários em nossa trajetó-
- Purificando a alma em obediência à ria de vida cristã. Obedecer a Deus implica
verdade.
em depositarmos nele a nossa fé. O Se-
Ensinando as Nações 21
nhor Jesus nos chama para uma vida de
obediência, seguindo o exemplo dele que
foi totalmente obediente ao Pai (Fp 2.8).
Num sentido mais abrangente,
obediência significa abrir mão da nossa
vontade pessoal para fazer totalmente a
vontade do Senhor em nossa vida. E para
que isso aconteça, é necessário conhecer
o Senhor, conhecer a sua Palavra e confiar
nele, sabendo que ele faz sempre o melhor
para nós (Is 55.9). A obediência é a chave
para o nosso crescimento, amadurecimen-
to espiritual (Sl 37.5) e permanência aos
pés do Senhor.
I - BENEFÍCIOS DA
OBEDIÊNCIA
Em primeiro lugar, a base para
obediência deve ser o amor ao Senhor,
considerando o que Ele fez por nós, pois
ele nos amou primeiro (1 Jo 4.19), sendo
nós ainda pecadores (Rm 5.8). É importan-
te ressaltar que a obediência ao Senhor nos
torna alvo de muitas bênçãos. Vejamos:
1) Deixa-nos prudentes e fortes -
“Todo aquele, pois, que escuta estas
minhas palavras e as pratica, asse-
melhá-lo-ei ao homem prudente, que
edificou a sua casa sobre a rocha” (Mt
7.24);
2) Faz com que nos alegremos no
Senhor - “Quanto à vossa obediência,
é ela conhecida de todos. Comprazo-
-me, pois, em vós; e quero que sejais
sábios no bem, mas símplices no mal
(Rm 16.19);
3) Torna-nos diferentes no agir e
ser - “Para que sejais irrepreensíveis e
sinceros, filhos de Deus inculpáveis no
meio duma geração corrompida e per-
Ensinando as Nações
versa, entre a qual resplandeceis como
astros no mundo” (Fp 2.15);
4) Faz-nos abençoados por causa da
obediência de Abraão - “E em tua
semente serão benditas todas as na-
ções da terra, porquanto obedeceste à
minha voz” (Gn 22.18).
5) Torna-nos alvo das promessas do
Senhor - “Se quiserdes, e ouvirdes,
comereis o bem desta terra” (Is 1.19);
6) Agracia-nos com toda sorte de
prosperidade - “então, darei a chuva
da vossa terra a seu tempo, a temporã
e a serôdia, para que recolhas o teu
cereal, e o teu mosto, e o teu azeite”
(Dt 11.14).
II - EXEMPLOS BÍBLICOS
DE OBEDIÊNCIA
1 - De Jesus
Sem dúvida, um dos mais lindos
exemplos de obediência em toda a Bíblia
está registrado em Filipenses 2.8, onde
podemos ler: “e, achado na forma de ho-
mem, humilhou-se a si mesmo, sendo obe-
diente até à morte e morte de cruz”. Ele
não veio a este mundo para fazer a sua
vontade, mas para cumprir com a vontade
daquele que o enviou (Jo 6.38).
Para cumprir o plano divino, o
Senhor Jesus já nasceu sob a virtude de
obediência ao Pai, deixando o esplendor de
sua glória celeste onde sempre estivera na
condição de Logos de Deus (Jo 1.14,18).
Em sua meninice Jesus foi obediente à Ma-
ria, sua mãe, e a José, sem pai adotivo (Lc
2.51,52), e de uma forma suprema, obede-
ceu ao seu Pai Celeste (Lc 2.49). De acordo
com a palavra de Deus, até a encarnação
22
foi um ato de obediência (Fp 2.7,8), e dela
fluíram os valores essenciais do evangelho.
Todo o ministério público de Jesus
foi uma demonstração inequívoca de sua
obediência ao Pai, em favor da humani-
dade, ou seja, ele veio a fim de cumprir
toda a justiça (Mt 3.15; Lc 7.30). Foi pela
obediência irrestrita ao Pai que o Senhor
Jesus prevaleceu na tentação que sofreu
da parte de Satanás (Mt 4.1-11). Ele foi
obediente à vontade do Pai no Getsêmani
(Mt 26.39), e a sua morte em Jerusalém
também ocorreu em extrema obediência à
vontade do Pai (Lc 13.33).
Jesus foi escarnecido, porém foi
obediente até à morte. A obediência levou-
-o à vitória. Se permanecermos em obe-
diência ao Senhor seremos vitoriosos em
Cristo Jesus.
2 - De Noé
Um dos exemplos mais impres-
sionantes da Bíblica acerca de obediência
incondicional pode ser visto na história de
Noé. Ele batalhou durante cento e vinte
anos para construir a arca, e neste árduo
labor permaneceu crendo durante todo
este tempo em tudo que Deus lhe havia
dito.
O patriarca Noé era tão humano
como nós e, certamente passou por situa-
ções de questionamentos íntimos acerca
de tão grande tarefa: construir uma arca
para fins inéditos, ou seja, para enfrentar
algo nunca acontecido antes: o dilúvio. Po-
demos até imaginar Noé, a cada dia, as-
sim que o sol se levantava, ocupado com
a missão de fazer mais uma parte daquela
imensa arca de madeira, tirando as medi-
das, cortando madeira, batendo o martelo
etc. Além de ter que vencer seus próprios
dilemas, Noé tinha que vencer a increduli-
dade de todos que viam a construção do
ousado projeto, escarnecendo e chaman-
Ensinando as Nações
do-o de louco.
Hoje em dia acontece uma situa-
ção parecida, quando falamos aos incrédu-
los acerca da vinda de Jesus para o arreba-
tamento da igreja. Para este povo que não
conhece a Bíblia, arrebatamento é uma
utopia, algo fantasmagórico, impossível de
acontecer, da mesma forma que pensavam
as pessoas advertidas por Noé.
Noé foi obediente até o fim da exe-
cução do plano. Certamente ele foi cons-
trangido por muitos tipos de sentimentos:
dúvida, desânimo, sensação de que esta-
va perdendo tempo com aquilo etc. Ainda
bem que apenas ser tentado não constitui
pecado, pois o pecado está em ceder à ten-
tação. O próprio Senhor Jesus foi tentado,
mas nunca pecou. A tentação ou qualquer
desânimo perde a força quando permane-
cemos resolutos na missão de fazer o que
Deus determinou.
Fazer o que Deus determina nem
sempre é algo fácil. Mas quem tem fé nun-
ca desiste, porque crê na graça de Deus.
Durante anos nenhuma gota se
quer caiu do céu. Porém, a palavra de Deus
atuava em Noé como um gerador da força
chamada fé, fazendo-o permanecer firme,
fazendo-o ignorar a zombaria do povo. Noé
dizia: “Vai chover”! Deus falou, eu sei que
vai chover”! Noé e sua família provaram da
bondade, fidelidade e misericórdia do Se-
nhor. A salvação os levou a um lugar alto
(Gn 6.22). Um lugar de milagre.
3 - De Abraão
Outro grande exemplo de obe-
diência podemos ver na pessoa do pa-
triarca Abrão. Certo dia o Senhor Deus lhe
disse: saia da sua terra, do meio dos seus
parentes e da casa do seu pai e vá para um
lugar que eu lhe mostrarei. O interessan-
te é que o Senhor não disse para aonde o
conduziria, mas pela fé ele obedeceu pron-
23
tamente (Hb 11.8).
Este texto bíblico sobre Abrão fala
de uma bênção espiritual que viria através
de seus descendentes. Em Gálatas 3.18,
Paulo declara: “Porque, se a herança pro-
vém da lei, já não provém da promessa;
mas Deus, pela promessa, a deu gratuita-
mente a Abraão”.
Deus havia oferecido esta bênção
a Abrão por causa da obediência daquele
patriarca. O apóstolo Paulo nos ensina que
esta bênção diz respeito ao evangelho de
Cristo que é oferecido a todas as nações
(Gl 3.14). Aprendemos com isto que desde
os primórdios da raça humana o evange-
lho do Senhor sempre teve o propósito de
abençoar com salvação a todas as nações.
A fé de Abraão foi expressa pela virtude
da obediência, um dos grandes legados de
ensino que ele nos deixou.
Mesmo aos setenta e cinco anos,
Abrão obedeceu ao que o Senhor determi-
nara, prosseguindo de acordo com a orien-
tação que ia recebendo na medida em que
cumpria a sua missão. Ele creu nas gran-
diosas promessas que o Senhor lhe pro-
metera (Gn 12.3). Da mesma forma como
aconteceu com Abraão, os crentes são
admoestados a renunciar a muitas coisas
a fim de seguirem a Jesus rumo à Pátria
celestial (Hb 11.16). Isto é obediência!
4 - Outros exemplos bíblicos
Um exemplo enfático de obediên-
cia foi demonstrado por Sadraque, Mesa-
que e Abede-Nego, por ocasião em que
se negaram a adorar a estátua de ouro.
Chamados para justificar tal decisão, eles
disseram: ó rei, nós nem precisamos nos
defender, pois se o nosso Deus, a quem
adoramos, quiser, ele nos salvará da forna-
lha (Dn 3.16). Eles foram salvos pela obe-
diência ao Senhor.
Outra lição importante foi deixada
Ensinando as Nações
por Maria, mãe de Jesus, diante da men-
sagem do anjo: “Disse, então, Maria: Eis
aqui a serva do Senhor; cumpra-se em
mim segundo a tua palavra” (Lc 1.38). Te-
mos também a lição deixada pelo apóstolo
Paulo, diante do rei Agripa, conforme ele
mesmo dissera: “não fui desobediente à vi-
são celestial” (At 26.19). Pedro, em impor-
tante esclarecimento, disse: “Mais importa
obedecer a Deus do que aos homens” (At
5.29b).
CONCLUSÃO
Se, por um lado, a desobediência
de Adão nos deu a natureza de pecador,
por outro lado, a obediência de Cristo nos
fez justos. Por esta razão podemos dizer
que devemos tudo à obediência de Cristo.
A nossa atitude pela obediência às coisas
sagradas é a maneira através da qual po-
demos manter a nossa relação com Deus e
com a sua justiça.
“Eis que o obedecer é melhor do
que o sacrificar” (1 Sm 15.22).
QUESTIONÁRIO
1 - Por que Jesus veio a este mundo?
2 - Como podemos entender a obe-
diência?
3 - Qual o versículo que expressa bem
a obediência de Jesus?
4 - O que está registrado em At 5.29b?
24
 Lição 06
Domingo, 05 de novembro de 2023
Comentarista: Antônio Rodrigues de Morais
- Formado no Curso Básico de Teologia (IPL)
- Sargento Reformado da PM
- Pastor da AD de Anápolis / Rua 40 / Goianésia - GO

MARIA, UMA HUMILDE SERVA DO SENHOR

VERSÍCULO CHAVE (Lc 1.46) Leitura Bíblica Principal

Disse, então, Maria: A minha alma
engrandece ao Senhor.
PENSAMENTO
Devemos sempre expressar nossa
gratidão pelas bênçãos recebidas do Se-
nhor.
Leitura Diária
Segunda-feira - Provérbios 15.33
- A humildade precede a honra.
Terça-feira - Provérbios 22.4
- O galardão da humildade redunda em
honra.
Quarta-feira - Lucas 1.46,47
- A alegria de quem carece de salvação.
Quinta-feira - Mateus 5.8
- Bem-aventurados os limpos de
coração, porque eles verão a Deus.
Sexta-feira - Salmos 33.18
- Os olhos do Senhor estão sobre os
que o temem.
Sábado - Tiago 4.6
- Deus resiste aos soberbos, dá, porém,
graça aos humildes.
Ensinando as Nações
Lc 1.26-35,38
26 E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel en-
viado por Deus a uma cidade da Galiléia,
chamada Nazaré,
27 a uma virgem desposada com um varão
cujo nome era José, da casa de Davi; e o
nome da virgem era Maria.
28 E, entrando o anjo onde ela estava, dis-
se: Salve, agraciada; o Senhor é contigo;
bendita és tu entre as mulheres.
29 E, vendo-o ela, turbou-se muito com
aquelas palavras e considerava que sauda-
ção seria esta.
30 Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não te-
mas, porque achaste graça diante de Deus,
31 E eis que em teu ventre conceberás, e
darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome
de Jesus.
32 Este será grande e será chamado Filho
do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o
trono de Davi, seu pai,
33 e reinará eternamente na casa de Jacó,
e o seu Reino não terá fim.
34 E disse Maria ao anjo: Como se fará
isso, visto que não conheço varão?
35 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Des-
cerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude
do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra;
pelo que também o Santo, que de ti há de
nascer, será chamado Filho de Deus.
38 Disse, então, Maria: Eis aqui a serva do
25
Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua
palavra. E o anjo ausentou-se dela.
COMENTÁRIO
Introdução
Todo crente deve conhecer bem
a história de Maria, a mãe de Jesus, po-
rém sem idolatrá-la, entendendo que essa
agraciada e humilde serva representa para
nós, cristãos, um símbolo da manifestação
da graça de Deus. Dentre as mulheres de
seu tempo, ela foi divinamente honrada
por ter sido escolhida para ser mãe do nos-
so Salvador Jesus.
Visando combater o exagero
quanto à prática da ‘mariolatria’, achamos
apropriado analisar alguns aspectos sobre
esta fiel serva do Senhor, o seu caráter
exemplar de pureza, humildade e ternura.
Um exemplo digno de quem aceitou uma
importante missão.
I - ESCOLHIDA POR DEUS
Podemos imaginar as emoções
de enlevo e medo que Maria sentiu ante
à extraordinária informação: “E eis que em
teu ventre conceberás e darás a luz a um
filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus” (Lc
1.31). Ele sentiu enlevo pela honra de ter
sido a escolhida entre muitas mães judias
para dar à luz o Salvador. Sentiu medo por
causa dos prováveis mal-entendidos sobre
uma gravidez antes do casamento. Mas,
apesar de tudo, Maria curvou-se ante à
vontade do Senhor (v.38).
1 - Desde o Antigo Testamento
Através do profeta Isaías Deus já
havia revelado seu propósito sobre o nas-
cimento de Jesus: “Portanto, o mesmo
Ensinando as Nações
Senhor vos dará um sinal: eis que uma
virgem conceberá, e dará à luz um filho,
e será o seu nome Emanuel” (Is 7.14). Se-
tecentos anos após esta mensagem profé-
tica nasceu Jesus (Lc 2.11), cumprindo-se
assim a palavra do Senhor (Jr 1.12).
2 - Maria achou graça diante de Deus
A declaração do anjo a Maria fez
com que ela entendesse a razão pela qual
foi escolhida: “... não temas, porque achas-
te graça diante de Deus” (Lc 1.30). Desde
o princípio Deus se utilizou de homens e
mulheres que acharam graça diante dele
(Gn 6.8). Ainda hoje somos alcançados
pela graça infinita do Senhor e usados por
seu dom inefável (2 Co 9.15).
3 - Por sua obediência
Deus viu algo especial em Maria,
inclusive a obediência, por isso ela foi tão
receptiva à palavra do Senhor: “...cumpra-
-se em mim segundo a tua palavra” (Lc
1.38). Apesar do espanto (v.29), Maria se
colocou à disposição do Senhor para que a
vontade dele fosse realizada. Deus jamais
utilizaria desobedientes para a sua obra,
razão pela qual todo servo precisa estar
atento à mensagem admoestatória: “... eis
que o obedecer é melhor do que o sacrifi-
car” (1 Sm 15.22).
II - MARIA LOUVOU A
DEUS
O cântico de Maria (Lc 1.46-54)
tem inspirado o povo de Deus por sécu-
los. Quantos de nós já nos detemos neste
trecho das Escrituras para apreciar as pala-
vras de louvor e adoração que Maria exal-
tou ao Senhor por tão grande misericórdia?
Da mesma forma que Ana (1 Sm 2.1-10),
26
Maria exaltou ao Senhor no seu cântico
invocando as promessas divinas acerca de
Israel (Lc 1.54,55).
1 - Abrindo o coração diante de Deus
Em seu cântico dedicado ao Se-
nhor Maria não somente exaltou a Deus,
mas expôs do fundo do coração a sua mais
sincera devoção ao dizer: “... a minha alma
engrandece ao Senhor, e o meu espíri-
to se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc
1.46,47). O seu louvor não foi apenas de
lábios, mas de alma e de espírito gratos
a Deus por tão grande salvação. O escri-
tor aos Hebreus recomenda, portanto, que
ofereçamos sempre a Deus sacrifício de
louvor, isto é, o fruto dos lábios que con-
fessam o seu nome (Hb 13.15).
2 - Revelando a grandeza de Deus
Cantando ao Senhor, Maria enfa-
tizou a graça de Deus quando disse: “en-
cheu de bens os famintos, despediu vazios
os ricos” (Lc 1.53). A graça de Deus veio
trazer salvação e suprir as necessidades
espirituais dos que têm fome e sede de
justiça (Mt 5.6). O próprio Senhor Jesus
disse: “Porque eu não vim para chamar os
justos, mas os pecadores, ao arrependi-
mento” (Mt 9.13b).
III - MARIA ANDOU COM
JESUS
Durante o ministério terreno de
Jesus certamente Maria o acompanhou
inúmeras vezes. Ela tinha consciência da
condição de Jesus como o Filho de Deus,
por isso aproveitou sua posição de serva,
mas não de “mãe de Deus”, para usufruir
da companhia do Mestre e desfrutar das
maravilhas operadas por Ele. Atentemos
Ensinando as Nações
para que em todos os dias de nossas vi-
das, e não somente em certas ocasiões,
possamos também continuar desfrutando
da companhia preciosa do nosso Salvador
e receber dele a sua graça infinita.
Nos momentos cruciais mais den-
sos e de agonia lá na cruz do Calvário,
quando o Senhor Jesus demonstrou seu
amor por nós cumprindo sua espinhosa
missão (Jo 15.13), sua mãe estava pre-
sente (19.25). Ela, como serva fiel e obe-
diente, tinha plena convicção de que Jesus
realmente viera por obra e graça do Espí-
rito Santo (Lc 1.35). Como conhecedora
da Palavra, ela via ali diante daquela cruz,
diante daquela cena de sofrimento e dor, o
cumprimento das profecias acerca de Je-
sus (Lc 2.35).
Contextualizando aquele momen-
to indizível ocorrido na cruz no Calvário,
podemos dizer que, de fato, não há lugar
melhor e de mais contrição para alguém
encontrar-se com Jesus do que ao pé da
cruz. O que significa isso? Significa reco-
nhecer o sacrifício vicário que Cristo rea-
lizou por nós, significa aceitação de Cristo
como cordeiro de Deus que tira o pecado
do mundo (Jo 1.29).
IV - MARIA RECEBEU O
ESPÍRITO SANTO
A última vez que apareceu aos
seus discípulos após sua ressurreição, Je-
sus mandou que ficassem em Jerusalém
até que do alto fossem revestidos de po-
der (Lc 24.49). Isso se cumpriu e dentre
as pessoas que acreditaram e esperaram
por aquele momento estava Maria: “Todos
estes perseveravam unanimemente em
oração e súplicas, com as mulheres, e Ma-
ria, mãe de Jesus, e com seus irmãos” (At
1.14). Maria, como toda pessoa que preci-
sa e quer depender do Senhor não despre-
27
zou a orientação acerca do recebimento da
virtude do Espírito Santo (v.8).
1 - Uma mulher perseverante
A descrição de Lucas no livro de
Atos revela Maria como uma mulher per-
severante, posto que ela creu nas palavras
do Filho de Deus e esperou o cumprimento
da promessa até o pentecostes (At 2.1).
Por causa de sua condição de serva fiel e
perseverante ela foi mais uma vez agra-
ciada pelo Senhor, vendo cumprir em si
mesma a grata satisfação de estar cheia
do Espírito Santo (v.4).
2 - Uma seguidora de Jesus
Maria destacou-se não apenas
como a mulher que Deus escolhera para
ser mãe de Jesus, mas, também, como
uma seguidora fiel que aprendera os en-
sinos do Mestre entre as mulheres que
o serviam (Lc 8.1-3). A sua presença foi
registrada lá no cenáculo, conforme Atos
1.13,14. Enfim, ela foi destaque como
verdadeira seguidora entre os apóstolos
(v.14). Isso nos dá o entendimento de que
o verdadeiro discípulo de Cristo é aquele
que permanece fiel todos os dias de sua
vida, aguardando a bem-aventurada espe-
rança (Tt 2.13).
3 - Uma mulher de oração
O texto diz:“Todos estes perse-
veravam unanimemente em oração e sú-
plicas, com as mulheres, e Maria, mãe de
Jesus, ...”. Isso nos mostra que os dias que
antecederam ao Pentecostes foram dias
de oração, louvor e meditação. E é inte-
ressante observar que entre os convictos
da promessa estava Maria. Ela não ficou
esperando em casa o cumprimento da pro-
messa, mas, também como pessoa caren-
Ensinando as Nações
te do Espírito Santo fez-se presente entre
os demais buscando a face do Senhor.
CONCLUSÃO
Entendemos a condição de Maria
como mãe de Cristo (Cristotokos), mas
nunca como mãe de Deus (Teotokos). E,
na condição de serva, sua história nos pas-
sa uma lição de humildade. Afinal, ela glo-
rificou o nome do Senhor sem se exaltar ou
se orgulhar.
Em tempo algum encontramos
Maria exigindo adoração a si mesma, pois
ela reconhecia Jesus como o Filho amado
de Deus (Mt 3.17), o único a ser adorado.
Ela mesma disse aos serventes naquele
casamento em Caná: “... fazei tudo o que
ele vos disser”. Maria jamais deixou trans-
parecer a condição de intercessora ou de
ser alguém mais importante do que Jesus.
Ao contrário, ela também viu nele o único
intercessor (Jo 14.6).
QUESTIONÁRIO
1 - Que profeta falou acerca do nasci-
mento de Jesus?
2 - Por que Deus escolheu Maria para
ser mãe do salvador?
3 - O que Maria revelou em seu cân-
tico a Deus?
4 - Como se destacou Maria?
28
 Lição 07
Domingo, 12 de novembro de 2023
Comentarista: Abinael Cunha da Costa
- Formado no Curso Básico de Teologia (IBA/CBTC)
- Técnico em Segurança - Professor da EBD
- Pastor da AD de Anápolis / Cong. Boas Novas / Parauapebas - PA

TESTEMUNHAS DE CRISTO
VERSÍCULO CHAVE (At 1.8)
Mas recebereis a virtude do Es-
pírito Santo, que há de vir sobre vós; e
ser-me-eis testemunhas tanto em Jeru-
salém como em toda a Judéia e Samaria
e até aos confins da terra.
PENSAMENTO
O objetivo do nosso testemunho
não é arrumar discussões, mas, sim, fa-
zer discípulos. (J. Blanchard)
Leitura Diária
Leitura Bíblica Principal
Mt 5.13-16
13 Vós sois o sal da terra; e, se o sal for in-
sípido, com que se há de salgar? Para nada
mais presta, senão para se lançar fora e ser
pisado pelos homens.
14 Vós sois a luz do mundo; não se pode
esconder uma cidade edificada sobre um
monte;
15 nem se acende a candeia e se coloca
debaixo do alqueire, mas, no velador, e dá
luz a todos que estão na casa.
16 Assim resplandeça a vossa luz diante
dos homens, para que vejam as vossas
boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que
está nos céus.

Segunda-feira - Colossenses 4.5,6

- Nossas palavras precisam ser tem-
peradas com sabedoria.
Terça-feira - Romanos 12.1,2
- Devemos influenciar o mundo.
Quarta-feira - Mateus 5.13,14
- Somos sal da terra e luz do mundo.
Quinta-feira - Mateus 5.16
- Evidenciando nossas boas obras.
Sexta-feira - João 8.12
- Quem anda com Jesus tem a luz da
vida.
Sábado - Atos 1.8
- Virtude do Espírito Santo para ser-
mos testemunhas.
Ensinando as Nações
COMENTÁRIO
Introdução
Testemunha é a pessoa apta a
declarar algo que é de seu perfeito conhe-
cimento. Deve ser uma pessoa idônea e
de boa reputação ante a sociedade. Estas
características precisam ser inseridas no
contexto de vida dos crentes, a fim de que
realmente sejam conhecidos como teste-
munhas vivas de Cristo.
Como cristãos, temos a responsa-
bilidade de preservar e iluminar o mundo
da corrupção em que está mergulhado,
por isso o Senhor Jesus fez uso destes dois
tão conhecidos símbolos: o sal e a luz (Mt
5.13,14).
29
 Ao fazer esta comparação, Jesus
sintetizou a nossa dupla função nesta terra
como seus legítimos representantes, cha-
mando-nos para sermos e vivermos algo
diferente do mundo, pois não é aceitável
servir a Deus e se comportar como o mun-
do se comporta.
É bom lembrar que a luz foi a pri-
meira obra da criação (Gn 1.3). Luz é fonte
de vida. A própria palavra de Deus é com-
parada à luz, como bem proclamou o sal-
mista (Sl 119.105), isso só aumenta nossa
responsabilidade diante desta palavra.
I - DEFINIÇÃO DE
TESTEMUNHA
Muitos cristãos têm um conceito
incompleto acerca do que vem a ser uma
testemunha de Cristo. Talvez seja pela
ênfase equivocada de certas igrejas que
acabam associando o verbo “testemunhar”
com “pregar” ou “evangelizar”. Testemu-
nhar não é apenas pregar ou apenas evan-
gelizar.
Sabemos que o resultado do tes-
temunho que os apóstolos propagavam
culminava com pessoas sendo evangeli-
zadas, porque os apóstolos aproveitavam
muito bem as suas oportunidades de teste-
munhar no sentido de proclamar a palavra
de Deus também com suas vidas.
Quando os líderes religiosos do
judaísmo tentaram proibir os apóstolos de
falarem de Jesus (At 4.17,18), a resposta
dada por eles mostra que eles entendiam
muito bem o significado de ser uma tes-
temunha de Cristo: “porque não podemos
deixar de falar do que temos visto e ouvi-
do” (v.20). Para eles não se tratava sim-
plesmente de pregar, mas, sim, de contar
suas experiências acerca de tudo o que
viam e ouviam. Este é o verdadeiro papel
de uma testemunha.
Quando Paulo recebeu a missão de
ser uma testemunha de Cristo, ele enten-
deu a mensagem: “Porque hás de ser sua
testemunha para com todos os homens do
Ensinando as Nações
que tens visto e ouvido” (At 22.15).
Então, se testemunhar é falar do
que temos visto e ouvido, logo o que mais
precisamos é que o Espírito Santo nos leve
a provar o poder do Jesus ressurreto em
nossa vida. O apóstolo Pedro confirma o
princípio de testemunhar ao escrever as-
sim: “E nós somos testemunhas acerca
destas palavras, nós e também o Espírito
Santo, que Deus deu àqueles que lhe obe-
decem” (At 5.32).
II - BOM TESTEMUNHO
GERA BOAS OBRAS
Um certo dia, o pregador Charles
Spurgeon, disse: “um cristão deve brilhar
tanto em sua vida, que uma pessoa não
consiga conviver com ele sem conhecer o
evangelho de Cristo”. O nosso testemunho
de vida tem que gerar frutos e estes frutos
têm que permanecer (Jo 15.16).
Lembre-se de que as boas obras
por si só não são garantias de salvação,
mas os salvos em Cristo, além de professa-
rem a fé em Jesus, também praticam boas
obras e através delas Deus é glorificado.
Em sua epístola, Tiago deixa claro que a fé
sem obras é morta em si mesma (Tg 2.17),
portanto, não oculte ou ofusque a luz de
Cristo em sua vida, mas deixe-a resplande-
cer diante do mundo através daquilo que
você é, faz e diz.
Fomos chamados para ser como
um farol da verdade do evangelho, perma-
necendo firmes e imutáveis no meio desta
geração, mantendo uma conduta santa
em toda a nossa maneira de viver (1 Pe
1.15,16) para que através das nossas boas
obras, mediante a fé em Cristo Jesus, o
nosso Senhor Deus seja glorificado entre
as nações da terra.
1 - Testemunha fiel - Apesar da multipli-
cação incontrolável da iniquidade, o cristão
30
autêntico deve lutar com afinco para man-
ter-se fiel a Deus e não se contaminar com
os manjares deste mundo, tal qual como
fez Daniel (Dn 1.8). Para tanto, precisamos
atentar ao que disse o Rei Salomão: “sobre
tudo o que se deve guardar, guarda o teu
coração, porque dele procedem as saídas
da vida” (Pv 4.23).
Ao escrever o Salmo 119, o sal-
mista disse: “Escondi a tua palavra no
meu coração, para eu não pecar contra ti”
(v.11). Que assim também possamos agir
para permanecermos como fiéis testemu-
nhas até o glorioso dia em que seremos
arrebatados deste mundo para estarmos
para sempre com o Senhor. Aleluia!
2 - Testemunhar sem se corromper -
O pensador cristão Doug Barnett, em dado
momento, disse que o cristão foi chamado
para ser testemunha e não para ser parte
na denúncia. É assim que devemos ser:
santos homens de Deus, honrados, sem
nada de que nos envergonhar, testemu-
nhando acerca de Jesus todos os dias para
essa sociedade deteriorada e corrompida
pelo pecado.
Lamentavelmente, muitos não
agem assim. Ao contrário, vivem escanda-
lizando o evangelho, servindo de estímulo
para que muitos murmurem contra Deus,
impedindo, inclusive, que outros entrem no
Reino de Deus. São amantes de si mes-
mos, avarentos, presunçosos, orgulhosos,
blasfemos. Até possuem aparência de cris-
tãos, mas não o são. Destes convém nos
afastarmos, como bem nos recomendou o
apóstolo Paulo (2 Tm 3.2-5).
III - TESTEMUNHANDO A
CRISTO
A coisa mais importante quando
estivermos evangelizando é falar de Jesus.
Ensinando as Nações
Também é importante e gera bons resul-
tados mostrarmos através do nosso teste-
munho pessoal o que Deus tem feito em
nossas vidas, falar que Jesus está vivo e
que voltará para buscar o seu povo.
Ao falarmos que Cristo cura, de-
vemos testemunhar sobre as curas que já
recebemos, as curas que o Senhor já ope-
rou em nossa família, em nossa igreja e
sobre as curas que ele operou por nosso
intermédio. O problema de muitos crentes,
hoje, é que eles não têm nada para con-
tar por falta de experiências pessoais com
Deus. Isto dificulta o ato de testemunhar,
porque não viveram experiências de obras
miraculosas vindas de Deus, pela falta de
vivência espiritual própria.
Testemunhar experiências pró-
prias acerca de curas e libertação é algo
que edifica a muitos. Da mesma forma é
importante dar testemunho de experiên-
cias de outras pessoas. É imprescindível
que o nome do Senhor seja glorificado.
O que precisamos é do poder do
Espírito Santo atuando em nossa vida, para
que possamos testemunhar em todas as
partes da terra. Foi a isto que o Senhor
Jesus se referiu ao dizer que o poder do
Espírito Santo desceria sobre nós (At 1.8).
Precisamos buscar não só a unção para
pregar, mas, principalmente o poder do Es-
pírito Santo para que milagres aconteçam
em nós e através de nós. De modo que
quando abrirmos nossa boca, tenhamos
condições de falar poderosamente acerca
do que está escrito na palavra de Deus e,
sobretudo, mostrar ao mundo que aquilo
se tornou real em nós, em nossa vida.
IV - TESTEMUNHAR É
NOSSO DEVER
As bênçãos de nossa trajetória de
vida cristã nos impulsionam a testemunhar
31
plena e incessantemente (Cl 3.10). É bom
termos em mente que a maneira honesta
de nos comportarmos e as nossas atitudes
de bom-senso são fortes componentes em
nossas iniciativas testemunhais (Ef 4.17).
Com certeza as nossas pregações e as
nossas missões evangelísticas ganharão
patamares de inquestionável credibilidade
quando as pessoas que evangelizarmos
passarem a ‘ler’ a nossa própria vida.
Entre os requisitos que permeiam
a necessária condição de vivência de um
testemunho pleno, podemos citar o do-
mínio próprio, a honestidade familiar e
financeira, a submissão a Deus e o amor
ao próximo. Uma ênfase especial deve ser
dada à questão do caráter: a capacidade
moral de se permanecer firme na verdade.
Infelizmente, há muitos que se perdem na
busca pelo sucesso, porém escolhendo o
atalho da corrupção.
1 - Um grande desafio - Agora, mais do
que nunca, o cristão tem uma missão de-
safiadora: assumir diariamente os valores
inegociáveis da fé (1 Ts 5.8-11), ainda que
corra o risco de ser excluído por alguém
ou por um grupo que tem o objetivo de
banalizar e ignorar a fé cristã. Os tempos
são trabalhosos (2 Tm 3.1), e o crente fiel
precisa adquirir sabedoria espiritual (Tg
1.5) para saber dizer não quando necessá-
rio, sem receio de ser vítima de chacota de
pessoas ímpias.
O verdadeiro cristão deve teste-
munhar os verdadeiros paradigmas das
verdades de Cristo (Mt 5.13-16), haja vista
que a sua função neste mundo é a de ins-
pirar pessoas a seguirem ao Senhor (1 Tm
4.12). O cristão não pode ser influenciado,
ao contrário, deve influenciar (Fp 2.15,16).
CONCLUSÃO
Nunca foi tão urgente o bom tes-
temunho cristão como nos dias atuais. A
Ensinando as Nações
concupiscência da carne tem predominado
na humanidade e muitas “máscaras” têm
sido usadas para escondê-la, até mesmo
no meio cristão.
A perda da identidade cristã como
fiel testemunha de Jesus também acaba
gerando perda de credibilidade perante a
sociedade. Por isso, precisamos urgente-
mente retornar às raízes, cumprindo o pa-
pel de sal e luz neste mundo.
Jesus disse: “Se alguém me ama,
guardará a minha palavra, e meu Pai o
amará, e viremos para ele e faremos nele
morada” (Jo 14.23). A obediência a Deus é
uma prova da operação do Espírito Santo
em nossas vidas. É uma comprovação de
que realmente fomos de novo gerados pela
palavra de Deus, que é viva e permanece
para sempre (1 Pe 1.23).
Que Deus em Cristo Jesus possa
a cada dia mais fazer-nos cumpridores de
sua doutrina, a fim de que não nos apar-
temos da Palavra da verdade. Ao contrá-
rio, que nela meditemos dia e noite para
permanecermos como fiéis testemunhas
de Cristo.
QUESTIONÁRIO
1 - O que é uma testemunha? Como
ela deve ser?
2 - Qual foi a resposta dos apóstolos
quando foram proibidos de falar de
Jesus?
3 - O que lemos em Atos 5.32?
4 - De que necessitamos para teste-
munharmos em todas as partes da
terra?
32
 Lição 08
Domingo, 19 de novembro de 2023
Comentarista: Milton Cruz da Conceição
- Bacharel em Teologia (FATADB) - Consultoria Coach EBD
- Juiz de Paz (CCEBD - Juiz Arbitral (FEMICJP)
- Pastor da AD de Anápolis / Divinópolis - TO

DÍZIMO, PROMESSA DE BÊNÇÃOS SEM

MEDIDA
VERSÍCULO CHAVE (2 Co 9.7) Leitura Bíblica Principal
Gn 14.20; Ml 3.10
Cada um contribua segundo pro-
pôs no seu coração, não com tristeza ou Gênesis 14.20
por necessidade; porque Deus ama ao que
dá com alegria. E bendito seja o Deus Altíssimo, que en-
tregou os teus inimigos nas tuas mãos. E
PENSAMENTO deu-lhe o dízimo de tudo.
Se o dízimo não for completo, a
Malaquias 3.10
nossa colheita será incompleta. (Helgir
Girodo)
10 Trazei todos os dízimos à casa do tesou-
ro, para que haja mantimento na minha
casa, e depois fazei prova de mim, diz o
Leitura Diária Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir
as janelas do céu e não derramar sobre vós
Segunda-feira - Gênesis 28.22 uma bênção tal, que dela vos advenha a
- Jacó e o seu compromisso com o dí- maior abastança.
zimo.

Terça-feira - Deuteronômio 12.11

- Dízimos e ofertas alçadas, uma ordem
de Deus.
Quarta-feira - Salmos 35.27
- O Senhor ama a prosperidade do seu
servo.
Quinta-feira - Marcos 12.17
- A Deus, o que é de Deus.
Sexta-feira - Gênesis 26.12
- Isaque colheu cem vezes mais do que
semeou.
Sábado - Deuteronômio 11.22-24
- Bênçãos alcançadas pela obediência.
Ensinando as Nações
COMENTÁRIO
Introdução
Assuntos sobre ‘dízimo’ não po-
dem ficar esquecidos, mesmo que certos
crentes insistem em não querer ouvi-los
ou estudá-los, principalmente numa épo-
ca perigosa em que orientações errôneas
e equivocadas têm permeado as redes
sociais descaracterizando o dízimo como
um dever do cristão, ignorando sua legiti-
midade bíblica. Como defesa, alegam que
o hábito de entregar dízimo está restrito
33
à época da Lei, no Antigo Testamento, e
que isto não faz parte dos ensinos do Novo
Testamento.
Temos que discordar veemente-
mente deste posicionamento. A orientação
bíblica adotada pela nossa igreja considera
dízimos e ofertas como práticas corretas
e necessárias. Podemos afirmar com toda
convicção, que o crente que é fiel nos dízi-
mos e nas ofertas usufrui abundantemente
das ricas bênçãos advindas do Senhor (Ml
3.10).
Ⅰ - DÍZIMO À LUZ DA
BÍBLIA
1 - Pertence a Deus
Dízimo significa, literalmente, a
décima parte dos nossos rendimentos, an-
tes de efetuarmos o pagamento de qual-
quer despesa. O dízimo não é nosso, é um
bem que pertence a Deus. Nós apenas
devolvemos 10% de tudo o que ele nos
concedeu. Vejamos os termos hebraicos e
gregos para a palavra dízimo:
a) hebraico - No Antigo Testamento
encontramos duas palavras que defi-
nem o dízimo: Asar, encontrada nos
seguintes textos (Gn 28.22; Dt 14.22;
26.12; 1 Sm 8.15,17; Ne 10.37,38);
Ma’aser, encontrada em (Gn 14.20;
Lv 27.30,32; Dt 12.6,11,17; Ml 3.8,10).
Ambas com o significado de a “décima
parte”.
b) grego - No grego temos três palavras:
Dekatóo, que significa dar a décima
parte, dizimar. Este termo aparece
apenas duas vezes em Hebreus 7.6,9;
Apodekatóo, que também signifi-
ca dar a décima parte (Mt 23.23; Lc
11.42; Hb 7.5); Dekáte, que significa
Ensinando as Nações
décimo, que aparece apenas em He-
breus 7.2,4,8,9.
2 - Sobre o dízimo:
a) é um dever de todo crente - “Trazei
todos os dízimos à casa do tesouro”
(Igreja). Isto é uma responsabilidade
de todo crente (Ml 3.10). É uma en-
trega a Deus, de forma amorosa e vo-
luntária, de dez por cento de todos os
nossos rendimentos (1 Co 4.2).
b) é um ato de obediência - A palavra
de Deus é incisiva no tocante à quanti-
dade estipulada: 10%. Em que te rou-
bamos? Nos dízimos e nas ofertas al-
çadas” (Ml 3.8b). Temos que entregar
ao Senhor os 10% das colheitas, dos
cereais, das frutas, pois tudo pertente
a ele (Lv 27.30).
c) é um ato de fé - “... fazei prova de
mim...” (Ml 3.10). Somos orientados
biblicamente a fazer prova de fé, ou
seja, pôr o Senhor à prova para ver-
mos as janelas do céu se abrirem e
cair sobre nós as mais ricas bênçãos.
d) é um ato de amor à obra de Deus
- As nossas contribuições em forma de
dízimos e ofertas são para ajudar as
obras no Reino de Deus, especialmen-
te para atender às necessidades da
igreja, do ministério, das obras missio-
nárias: urbanas, nacionais, transcultu-
rais e, também, das obras que cuidam
do trabalho de subgrupos ou subcul-
turas envolvendo viciados em drogas
etc. (1 Co 9.4-14; Fp 4.15-18; 1 Tm
5.17,18), e para ajudar os necessita-
dos (Pv 19.17; Gl 2.10; 2 Co 8.14).
e) é um ato de gratidão ao Senhor -
Dízimos e ofertas são meios materiais
34
 com os quais podemos agradecer a
Deus em reconhecimento à sua sobe-
rania em abençoar as nossas finanças
(Sl 103.1-5; 1 Cr 29.10-17). Se temos
alguma coisa, foi o Senhor quem nos
deu: disposição, saúde e bens mate-
riais: “porque é ele o que te dá força
para adquirires riquezas” (Dt 8.18).
Davi deixou um bom exemplo de gra-
tidão a Deus através de contribuições
(1 Cr 29.1-10).
II - POR QUE DIZIMAR É
TÃO IMPORTANTE?
1 - Pela oportunidade de honrar ao
Senhor
Porque através das contribuições
financeiras, honramos a Deus. Podemos
adorá-lo oferecendo a ele o que de melhor
produzimos com nosso trabalho. Em retri-
buição, ele fará com que nossos haveres
possam ser obtidos com fartura e de forma
abençoadora (Pv 3.9,10).
2 - Porque produz alegria em nosso
coração
Pela prática fiel e dedicada na de-
volução dos dízimos temos condições de
mostrar ao Senhor a nossa alegria e satis-
fação através de um coração prestativo e
feliz, na certeza de que Deus se agradou
do nosso espírito de servidão (2 Co 9.7).
3 - Porque nos faz gratos e voluntá-
rios
Por intermédio de nossa fidelidade
em adorar ao Senhor com nossos dízimos
e ofertas, expomos a Deus um coração vo-
luntário: “Fala aos filhos de Israel que me
tragam uma oferta alçada; de todo homem
Ensinando as Nações
cujo coração se mover voluntariamente,
dele tomareis a minha oferta alçada” (Êx
25.2).
III- DÍZIMO NO NOVO
TESTAMENTO
O dízimo sempre fez parte do culto
a Deus. Portanto, ainda nos dias de hoje,
o ato de dizimar continua sendo um ato de
adoração de todo o cristão.
1 - Jesus e a prática do dízimo
Jesus deixou bem claro: Não pen-
sem que eu vim para acabar com a Lei de
Moisés ou com os ensinamentos dos Pro-
fetas, mas para dar o seu sentido comple-
to. O Senhor não veio revogar a lei, mas
cumpri-la (Mt 5.17). Ele aprendeu todo
o sistema de sacrifícios do judaísmo com
seus pais (Lc 2.21-24; Lv 12.6-8).
O Senhor Jesus falou aos judeus
quanto à prática dos dízimos (Mt 23.23; Lc
11.42; 18.12), e também ensinou sobre o
pagamento de impostos (Mt 22.17-21).
Mesmo não havendo no Novo Tes-
tamento uma ordem formalmente expres-
sa acerca do dízimo, todavia a sua prática
era normal entre os judeus e os crentes
primitivos. Ademais, no Novo Testamento
o dízimo sustentava o ministério sagrado:
“... porque digno é o operário do seu ali-
mento” (Mt 10.10b). “Não sabeis vós que
os que administram o que é sagrado co-
mem do que é do templo? E que os que de
contínuo estão junto ao altar participam do
altar”? (1 Co 9.13), “... aos que anunciam
o evangelho, que vivam do evangelho”!
(v.14).
O apóstolo Paulo fala do dever que
as igrejas têm de sustentar condignamente
seus obreiros, missionários e ministros do
evangelho. Do mesmo modo como os sa-
35
cerdotes no Antigo Testamento foram sus-
tentados, os dízimos de hoje são aplicados
CONCLUSÃO
na igreja, na manutenção da obra quanto
No Antigo Testamento o dízimo
às necessidades de custeamento, inclusive
era regido pela Lei, observando o princípio
na divulgação do evangelho, etc.
de culto em reconhecimento à soberania
de Deus. No Novo Testamento o dízimo é
2 - O exemplo da Igreja Primitiva
impulsionado pelo amor, pela devoção e
desejo sincero da prática de culto e obe-
Sem dúvida, o derramamento do
diência aos princípios da Nova Aliança.
Espírito Santo nos primórdios da Igreja
Portanto, quando se considera o
Primitiva quebrou as amarras da avareza
caráter contínuo da Aliança, não é possível
e do egoísmo. Em função disto, entende-
que uma pessoa verdadeiramente rege-
mos que aqueles crentes contribuíam ale-
nerada, convertida, justificada e adotada
gremente com tudo quanto tinham. Um
como família da aliança não se sensibilize
crente realmente avivado tem o coração
e não se sinta movida a uma verdadeira
aberto para doar; para contribuir. É isso o
adoração ao autor, provedor e sustentador
que vemos na Bíblia e na história dos avi-
da Nova aliança: Cristo. “Porque dele, e
vamentos.
por ele, e para ele são todas as coisas; gló-
Após o dia de Pentecostes, a Igre-
ria, pois, a ele eternamente. Amém”! (Rm
ja Primitiva promoveu um atendimento
11.36).
filantrópico aos necessitados. Impulsiona-
dos pelo Espírito Santo aqueles primeiros
crentes se uniram e reconheceram a ne- QUESTIONÁRIO
cessidade da mordomia, como diz a Bíblia:
“...e tinham tudo em comum” (At 4.32-35). 1 - O que temos que dizer acerca do
dízimo?
3 - O exemplo da igreja da Macedônia
2 - O dízimo é nosso?
A igreja da Macedônia era, em sua
maioria, formada por crentes materialmen- 3 - Por que a Bíblia nos ensina que dí-
te pobres, mas ricos em generosidade (2 zimo é um ato de fé?
Co 8.1-9). Paulo orientou àqueles irmãos
para que contribuíssem financeiramente 4 - Como entender o dízimo na Nova
para ajudar à igreja de Jerusalém, e isto foi Aliança?
de modo maravilhoso aceito entre aqueles
crentes. Os irmãos macedônios tinham o
coração aberto para doar, por isto também
recebiam muitas bênçãos da parte de Deus
(Gl 6.7b). Movidos pelo amor, muitos da-
queles irmãos contribuíam com mais do
que podiam.

Ensinando as Nações 36
 Lição 09
Domingo, 26 de novembro de 2023
Comentarista: Moisés Ferreira da Costa
- Bacharel em Teologia (FAETAM)
- Especialista em Docência no Ensino Superior (Hokemã)
- Pastor da AD Anápolis / Campo Aurá Mariguela / Ananindeua - PA

A MARAVILHOSA GRAÇA
VERSÍCULO CHAVE (Tt 2.11) Leitura Bíblica Principal
Ef 2.1-9
Porque a graça de Deus se há
manifestado, trazendo salvação a todos os 1 E vos vivificou, estando vós mortos em
homens. ofensas e pecados,
2 em que, noutro tempo, andastes, segun-
PENSAMENTO do o curso deste mundo, segundo o prín-
cipe das potestades do ar, do espírito que,
A graça de Deus nos leva a luga- agora, opera nos filhos da desobediência;
res tão altos que o pecado não pode alcan- 3 entre os quais todos nós também, antes,
çar. (Aprígio Lima) andávamos nos desejos da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensa-
mentos; e éramos por natureza filhos da
Leitura Diária ira, como os outros também.
4 Mas Deus, que é riquíssimo em miseri-
Segunda-feira - João 1.16
- Recebendo a plenitude, com graça córdia, pelo seu muito amor com que nos
sobre graça. amou,
5 estando nós ainda mortos em nossas
Terça-feira - Romanos 3.24
ofensas, nos vivificou juntamente com
- Justificados gratuitamente pela sua
graça. Cristo (pela graça sois salvos),
6 e nos ressuscitou juntamente com ele, e
Quarta-feira - Salmos 63.3 nos fez assentar nos lugares celestiais, em
- Porque a tua graça é melhor do que
Cristo Jesus;
a vida.
7 para mostrar nos séculos vindouros as
Quinta-feira - Tito 2.11 abundantes riquezas da sua graça, pela
- A manifestação da graça, trazendo sua benignidade para conosco em Cristo
salvação.
Jesus.
Sexta-feira - 1 Coríntios 15.10 8 Porque pela graça sois salvos, por meio
- Mas pela graça de Deus sou o que da fé; e isso não vem de vós; é dom de
sou. Deus.
9 Não vem das obras, para que ninguém
Sábado - Efésios 2.6,7
- Deus nos ressuscitou para mostrar a se glorie.
grandeza da sua graça.

Ensinando as Nações 37
 1 - Através da fé
COMENTÁRIO
A graça salvadora de Deus é con-
Introdução
cedida benevolentemente aos que acei-
tam a Cristo, de modo que nenhum outro
Todos nós já estudamos e com-
segmento de fé, nenhuma outra religião
preendemos que graça é favor imerecido
ou seita recebe esta dádiva. Isto se expli-
de Deus para conosco. Mas, como cristãos
ca, porque somente os cristãos aceitam a
que somos, devemos entender que é mais
verdade de que houve um único e perfeito
do que isso. Graça é um ato do amor de
sacrifício feito por Jesus, o Redentor, tor-
Deus que envolve a todos nós e nos com-
nando possível a justificação do homem.
pleta. E, pela graça de Deus em nós, so-
De fato, a graça de Deus livrou-
mos impulsionados a desejar que ela seja
-nos da morte, limpou-nos do pecado com
estendida também ao nosso próximo.
o sangue de Jesus, dando-nos o direito
Esta graça é abundante e mostra
de nos tornarmos filhos de Deus: “Por-
a generosidade e suficiência do amor de
que, com uma só oblação, aperfeiçoou
Deus. É um presente divino que revela a
para sempre os que são santificados” (Hb
infinita misericórdia de Deus para conosco.
10.14).
Esta graça nos fortalece e nos sustenta em
O evangelho da graça justifica
todas as áreas da vida. Somente quem foi
aquele que se arrepende dos seus peca-
alcançado por esta graça divina consegue
dos, ao mesmo tempo em que condena
vivenciar o privilégio de ser filho de Deus.
aquele que não tem fé e que se recusa a
aceitar a salvação em Cristo. O evangelho
I - A MANIFESTAÇÃO DA da graça não atinge uma pessoa apenas
GRAÇA pela prática de suas boas obras. Diz a Bí-
blia que a salvação “não vem das obras,
“Porque a graça de Deus se há para que ninguém se glorie” (Ef 2.9), mas
manifestado, trazendo salvação a todos os somente através da fé, crendo em Cristo
homens” (Tt 2.11). O homem sem Deus se Jesus.
gloria em si mesmo, pratica a justiça pró-
pria e por isso vive mergulhado na lama II - A GRAÇA PARA
do pecado. Mas, aqueles que recebem a
graça abundante de Deus, vivem em con-
TODOS
traste com o pecado, adorando a Deus e
“Pelo que, como por um homem
vivendo uma vida abundante em Cristo:
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado,
“antes, crescei na graça e conhecimento
a morte, assim também a morte passou a
de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”
todos os homens, por isso que todos pe-
(2 Pe 3.18).
caram” (Rm 5.12). Por causa do pecado
Todos os pensamentos e constru-
de Adão no Jardim do Éden, todos nós já
ções sobre a graça de Deus possuem um
nascemos na condição de pecadores e su-
grau muito elevado de importância para
jeitos, portanto, à punição eterna: “Porque
nós, cristãos, pois a graça é a base da nos-
o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23a).
sa salvação: “Porque pela graça sois sal-
Todavia, diz a Bíblia Sagrada que, assim
vos, ...” (Ef 2.8).
como a morte veio por um homem, tam-
Ensinando as Nações 38
bém a ressurreição dos mortos veio por um
homem (1 Co 15.21). E a Bíblia também
III - ASPECTOS DA GRAÇA
diz: “Porque, assim como todos morrem
Em nossas fraquezas, às vezes
em Adão, assim também todos serão vivi-
temos dificuldade de entender por que
ficados em Cristo” (v.22). O presente gra-
tantas pessoas que não têm Deus, não
tuito de Deus é a vida eterna, que temos
creem em Jesus Cristo e até zombam do
em união com Cristo Jesus, o nosso Senhor
evangelho também recebem bênçãos da
(Rm 6.23b).
parte de Deus. A respostas para este ques-
tionamento tem um nome: GRAÇA. Neste
1 - Deus ama o pecador
sentido precisamos distinguir bem a clas-
sificação teológica acerca do que é graça
Deus quer que todos sejam sal-
comum e o que é graça salvadora:
vos e venham a conhecer a verdade (1 Tm
2.4). Aqueles que recusam a verdade, vi-
1 - Graça comum
vendo no pecado, estão alienados da pos-
sibilidade de experimentar a salvação da
Alguns segmentos teológicos ad-
parte do Senhor, restando-lhes apenas o
mitem a existência da graça comum, no
inferno como castigo pelos seus pecados.
sentido de que Deus alcança a todas as
Deus é amor, é santo e é justiça.
criaturas: crentes e ímpios. O Senhor Jesus
Diz a Bíblia que o Senhor Deus “não pou-
disse algo neste sentido: “porque faz que
pou anjos quando pecaram, antes, preci-
o seu sol se levante sobre maus e bons e
pitando-os no inferno, os entregou a abis-
a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt
mos de trevas, reservando-os para juízo”
5.45b). Segundo os adeptos desta teoria, a
(2 Pe 2.4-RA). É claro que ele não poupará
graça comum é manifesta através da bene-
àqueles que o recusarem (Rm 6.23). Deus
volência e misericórdia que Deus dispensa
ama o pecador, mas não tolera o pecado.
a toda a raça humana, sem distinção.
2 - Vitória em Cristo
2 - Graça salvadora ou especial
A execução de uma sentença de
Muitos teólogos a chamam de gra-
morte começou no ato do pecado lá no
ça redentora. Este é a teoria que seguimos,
Éden. Deus não criou o homem para mor-
ou seja, a graça que é derramada somen-
rer, para ter problemas, doenças, tristeza,
te sobre aqueles que aceitaram a Cristo.
corrupção etc. Tudo isto veio como forma
Ela não pode ser vivenciada por todas as
de punição por causa do pecado comedido
pessoas do mundo, mas tão somente por
pelos nossos primeiros pais. Nisto temos
aqueles que se achegaram a Deus atra-
que agradecer a Deus, porque ele nos deu
vés da pessoa de Cristo. Em Efésios 1.3, o
a vitória por meio do nosso Senhor Jesus
apóstolo Paulo assim declarou: “Bendito o
Cristo (1 Co 15.57), que veio à terra para
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
cumprir pessoalmente a missão que lhe foi
o qual nos abençoou com todas as bên-
dada para resgatar a humanidade de um
çãos espirituais nos lugares celestiais em
fim terrivelmente desastroso.
Cristo”.
Antes mesmo da criação do mun-
do, nós já havíamos sido escolhidos pelo
Ensinando as Nações 39
Pai para sermos adotados como filhos na
pessoa de Jesus Cristo, para o louvor da
sua gloriosa graça (vv.5,6). A graça salva-
dora ou especial é resultante do sacrifício
de Jesus em sua morte na cruz do Calvá-
rio, e confirmada na ressurreição ao tercei-
ro dia. Esta graça é para todos, mas só a
recebem os que estão em Cristo.
IV - A SALVAÇÃO PELA
GRAÇA
Antes do advento de Jesus Cristo
a este mundo, cuja vida, morte e ressurrei-
ção ensejou o período da graça, o homem
só podia reaproximar-se de Deus através
de rituais e sacrifícios de animais, confor-
me a Antiga Aliança estabelecida por Deus
para purificação de pecados. Neste ritual,
deveria morrer um cordeiro sem mácula, e
o seu sangue tinha a finalidade de cobrir os
pecados do povo, possibilitando o contato
esporádico com Deus. A Bíblia diz: “E qua-
se todas as coisas, segundo a lei, se purifi-
cam com sangue; e sem derramamento de
sangue não há remissão” (Hb 9.22).
Este sistema vigorou por muito
tempo, mas Deus, que é riquíssimo em
misericórdia, com grande amor nos trouxe
para a vida que agora temos em união com
Cristo (Ef 2.4).
1 - Graça, uma prova de infinito amor
Foi nesse sentido que, desde a
eternidade, Jesus se entregou como um
Cordeiro para morrer sacrificado por nós e
com o seu sangue nos purificar de todo o
pecado. Foi o sangue de um Cordeiro per-
feito, sem pecados, a fim de purificar toda
a humanidade. O sacrifício de Jesus cum-
priu seu sublime objetivo conforme anun-
ciou João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus,
que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29b).
Ensinando as Nações
Em Colossenses 1.13,14, podemos ler que
o Senhor “... nos tirou da potestade das
trevas e nos transportou para o Reino do
Filho do seu amor, em quem temos a re-
denção pelo seu sangue, a saber, a remis-
são dos pecados”.
O pecado de Adão afastou o ho-
mem da presença de Deus, mas Jesus,
como prova de um infinito amor, veio para
religar o homem ao ser supremo que o
criou, veio para ser o caminho que conduz
ao céu, veio como a porta que abre a pas-
sagem para Deus. Jesus é o único media-
dor entre Deus e o homem, ele é a graça
abundante de Deus para o homem.
CONCLUSÃO
Como pessoas convertidas, alcan-
çadas pela infinita graça de Deus, temos o
dever de falar também desta graça para as
pessoas que não conhecem o Senhor. Não
podemos esquecer o sentido vertical da
cruz (de Deus para nós), e horizontal (de
nós para com o próximo). Jesus demons-
trou muita humildade e amor ao próximo,
e nós devemos imitá-lo.
Não devemos ficar olhando para
as circunstâncias segundo a ótica humana,
mas exercitar o nosso olhar através da gra-
ça de Deus, mostrando que não estamos
presos à Lei, mas livres pela graça de Cristo
Jesus (Rm 6.14).
QUESTIONÁRIO
1 - A quem é concedida a graça salva-
dora de Deus?
2 - Qual é a graça de Deus concedida
às pessoas crentes e ímpias?
3 - Qual graça que é para todos, mas
nem todos a experimentam?
4 - Qual foi o sacrifício necessário
para perdoar a humanidade?
40
 Lição 10
Domingo, 03 de dezembro de 2023
Comentarista: Jalmir Batista da Silva
- Professor do IBA - Mestre em Ministérios (SETECEB)
- Bacharel em Teologia (IBA)
- Pastor da AD de Anápolis (Bairro Calixto Abrão)

PALAVRAS DO PAI PARA O FILHO

VERSÍCULO CHAVE (Mt 3.17) Leitura Bíblica Principal

Mt 3.13-17
E eis que uma voz dos céus dizia:
Este é o meu Filho amado, em quem me 13 Então, veio Jesus da Galileia ter com
comprazo. João junto do Jordão, para ser batizado
por ele.
PENSAMENTO 14 Mas João opunha-se-lhe, dizendo: Eu
careço de ser batizado por ti, e vens tu a
Quando a tentação bate à porta, mim?
peço para Jesus atendê-la. (Anônimo) 15 Jesus, porém, respondendo, disse-lhe:
Deixa por agora, porque assim nos convém
cumprir toda a justiça. Então, ele o permi-
Leitura Diária tiu.
16 E, sendo Jesus batizado, saiu logo da
água, e eis que se lhe abriram os céus,
Segunda-feira - Mateus 3.17
e viu o Espírito de Deus descendo como
- O prazer de Deus com o seu Filho
Amado. pomba e vindo sobre ele.
17 E eis que uma voz dos céus dizia: Este
Terça-feira - Mateus 16.16 é o meu Filho amado, em quem me com-
- Jesus revelado como o Filho do Deus
prazo.
vivo.

Quarta-feira - Colossenses 1.15

- Jesus, a revelação visível do Deus in-
COMENTÁRIO
visível.
Introdução
Quinta-feira - Salmos 40.17
- Deus, o Pai amado, cuida dos seus
As Escrituras não nos fornecem
filhos.
muitos detalhes acerca da infância de Je-
Sexta-feira - Isaías 49.15 sus. Elas apenas narram o seu nascimento
- Deus jamais se esquecerá dos seus e todas as manifestações que o acompa-
filhos.
nharam, ou seja, a visita dos magos, a fuga
Sábado - João 14.16 para o Egito e, posteriormente, o retorno
- A liberdade e intimidade de Jesus com de lá, sua circuncisão, sua apresentação no
o Pai. templo e a visita a Jerusalém. Na cultura
Ensinando as Nações 41
judaica, ao completar 13 anos, o jovem
atinge a maioridade religiosa judaica. Para
marcar esta passagem, é celebrado o Bar-
-Mitzvá “filho ou filha do mandamento”. É
nessa data que o jovem, pela primeira vez,
coloca os Tefilin ou Filactério, e é chamado
para ler na Torá.
O judaísmo considera o jovem de
treze anos maduro o suficiente para ser
responsável por seus atos. Tefilin ou Filac-
tério é o nome dado a duas caixinhas, cada
qual presa a uma tira de couro de animal,
dentro das quais está contido um perga-
minho com os quatro trechos da Torá (lei
mosaica) em que se baseia o uso dos filac-
térios (Shemá Israel, Vehaiá Im Shamoa,
Cadêsh Li e Vehayá Ki Yeviachá). Também
é conhecido em português como filactério,
vindo do termo grego phylaktérion que,
basicamente, significa “posto avançado”,
“fortificação” ou “proteção”, o que explica
a utilização destes objetos como proteção
ou amuleto.
I - NA FASE ADULTA
Vendo os registros da história de
Jesus, temos a apresentação dele feita por
João Batista e, também, pelo Pai, quando
ele já contava com seus 30 anos. Achamos
por bem registrar aqui uma situação inte-
ressante: aos treze anos o jovem assumia
a responsabilidade religiosa, aos trinta ele
poderia assumir responsabilidades públi-
cas, mas para fazer parte do Sinédrio so-
mente depois dos quarenta anos de idade.
Jesus assumiu o chamado de
Deus para cumprir o seu ministério públi-
co. Deus, o Pai, o apresentou ao mundo,
ao mesmo tempo em que fortaleceu o seu
relacionamento com ele para que pudesse
enfrentar o seu ministério e levá-lo adian-
te. Segundo alguns comentaristas de teo-
logia, os dois momentos mais difíceis da
Ensinando as Nações
vida terrena de Cristo foram: a tentação no
deserto e a oração no Getsêmani. Uma
vez pronto e, a postos, para iniciar o seu
ministério público, Deus, o Pai, desejou
apresentá-lo à sociedade judaica, expres-
sando algumas verdades importantes que
gostaria que seu filho soubesse diante do
grande desafio que iria enfrentar ao de-
senvolver o seu ministério no caminho de
sofrimento, morte e ressurreição.
As palavras do Pai ao seu filho Je-
sus, que assumia daquele momento em
diante uma responsabilidade pública em
total submissão, certamente podem ser
dirigidas a todos aqueles que, mesmo não
podendo repetir a obra singular que foi
realizada somente por Jesus, desejam se
comprometer a viver uma vida dedicada e
em submissão à vontade de Deus, como
fez Jesus.
II - A IDENTIDADE DE
FILHO
Vejamos as palavras do Pai confir-
mando a Cristo naquele momento: “Este
é meu Filho amado” (Mt 3.17b). A palavra
“este” é um pronome demonstrativo que
indica aquilo que está próximo de quem
fala, no espaço, no tempo ou no discurso.
A palavra “meu” é um pronome possessivo
que indica algo que pertence à pessoa que
fala.
O Senhor Jesus começa a entrar
em uma nova fase de sua vida, em que
muitas coisas iriam mudar em relação à
sua família, à sua religião judaica e em
relação aos líderes judeus. Também iria
mudar a sua posição frente ao mundo es-
piritual maligno.
Jesus, o Filho de Deus, seria aban-
donado, traído, perseguido, morto, porém
precisava estar certo de que não estava só
e abandonado à própria sorte, mas que
pertencia ao Pai Eterno. Habitualmente
42
Deus dava ao seu Filho esse senso de per-
tencimento e de identidade, deixando claro
diante dos homens e do próprio Filho qual
o tipo de relacionamento desenvolvido en-
tre eles: um relacionamento paternal tendo
Jesus como seu Filho.
1 - Deus, um Pai Amoroso - Uma coi-
sa que nos chama a atenção é a maneira
como os adoradores de religiões pagãs se
relacionam com suas divindades: muitos
têm que se autoflagelar, outros tantos têm
que oferecer grandes sacrifícios para apa-
ziguar a ira das divindades. No espiritismo,
por exemplo, as pessoas que recebem os
guias são chamadas, dentre outros nomes,
de ‘cavalo’.
Diferentemente de todas essas
formas de relacionamentos, o cristão ado-
ra um Deus que não é um carrasco, não
é um ser irado, mas um Pai Amoroso. O
cristão autêntico é, de fato, aquele que se
considera filho de Deus (Jo 1.12) e o tem
como seu Pai.
Jesus sempre teve segurança
quanto à sua posição de filho. Esta par-
ticularidade se configurou como de algo
de suma importância, porque justamente
acerca desse ponto de vista o diabo tenta-
ria infundir dúvida em sua mente ao ques-
tionar: “Se tu és o Filho de Deus, dize a
esta pedra que se transforme em pão” (Lc
4.3).
2 - Paternidade e intimidade - O após-
tolo Paulo afirmou que não recebemos o
espírito de escravidão para estarmos outra
vez em temor, pelo contrário, recebemos o
espírito de adoção por isso podemos cla-
mar a Deus como Abba Pai. No aramaico
Abba significa Pai. A repetição Abba Pai
serve para reforçar a ideia da filiação, pa-
ternidade e intimidade. Tal circunstância
não poderia acontecer no caso dos servos,
mas somente dos filhos.
Há uma ilustração interessante
sobre o diálogo entre dois pássaros, em
Ensinando as Nações
que um pintassilgo perguntou ao pardal:
“gostaria muito de saber por que muitos
homens são tão preocupados, inquietos e
aflitos”, ao que respondeu o pardal: “meu
amigo, eu creio que deve ser porque eles
não têm um pai como o nosso, que cui-
da bem de nós”. De fato, a Bíblia diz isto:
“Olhai para as aves do céu, que não se-
meiam, nem segam, nem ajuntam em
celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta.
Não tendes vós muito mais valor do que
elas”? (Mt 6.26).
Ora, Deus cuida dos animais infe-
riores, não cuidará daqueles que confiam
nele? Há um lindo corinho cuja letra nos
fala de forma esclarecedora acerca disto:
“Eu preciso aprender um pouco aqui, eu
preciso aprender um pouco ali, eu preciso
aprender mais de Deus, porque Ele é quem
cuida de mim, Deus cuida de mim”.
A palavra de Deus nos diz, no Sal-
mo 40.17a: “Eu sou pobre e necessitado;
mas o Senhor cuida de mim...”. Deus, o
nosso Pai amado realmente tem cuidado
de nós. Temos na Bíblia uma mensagem
confortadora que nos ensina a descansar
no Senho: “lançando sobre ele toda a vos-
sa ansiedade, porque ele tem cuidado de
vós” (1 Pe 5.7).
III - A CERTEZA DE SER
AMADO
Tal certeza o Senhor Jesus teve
mesmo quanto ainda não havia iniciado o
seu ministério terreno, portanto, no tempo
em que ainda não havia proferido nenhum
discurso, ainda não tinha realizado ne-
nhum milagre, ainda vivia no anonimato.
Deus, o Pai, afirmou que o amava,
mesmo que ele não tivesse realizado gran-
des feitos. O Pai o amava não pelo que po-
deria fazer, mas pelo que era. De um modo
geral, gostamos muito de enfatizar o que
realizamos para a obra de Deus. De fato,
43
isto é necessário, pois serve de testemu-
nho acerca de nossa trajetória de vida cris-
tã. Mas, às vezes, nós vamos além disso ao
avaliarmos o amor de Deus por nós com
base naquilo que realizamos. Por exemplo:
“Caso jejuemos hoje, sentiremo-nos muito
amados por Deus, mas se não jejuarmos,
vamos achar que Deus nos ama menos”. O
mesmo acontece quando oramos, quando
evangelizamos, etc.
É relevante frisarmos o nosso de-
ver de fazer o máximo que pudermos para
Deus, mas não com o intuito de sermos
mais amados por isto. Esta ideia gera uma
dificuldade de entendimento, pois, nes-
te caso, estaríamos baseando o amor de
Deus por nós segundo as nossas realiza-
ções, ou seja, estaríamos reinvindicando
um relacionamento com ele tendo como
base nossos próprios méritos, fazendo-nos
sentir melhores do que os outros ao rece-
bermos algo.
1 - A necessária humildade - Em Lucas
18.10-14, temos uma esclarecedora pará-
bola proferida por Jesus, que fala acerca
de um fariseu e um publicano que subiram
ao templo para orar. O fariseu se sentia
envaidecido e se achava merecedor das
bênçãos por causa de suas realizações. Ao
contrário, o publicano reconheceu a sua
condição de pecador e pediu misericórdia,
por isso desceu justificado para a sua casa.
E o Senhor concluiu a parábola dizendo:
“... qualquer que a si mesmo se exalta será
humilhado, e qualquer que a si mesmo se
humilha será exaltado”.
Em Deuteronômio 7.7,8, lemos
acerca da escolha específica de Deus em
relação ao povo de Israel, explicando que
o Senhor manifestou sua predileção àquele
povo para cumprir o juramento que houve-
ra feito aos seus antepassados.
Deus ama igualmente a todos:
grandes, pequenos, pobres, ricos, cultos
Ensinando as Nações
indoutros etc. Embora vivamos numa so-
ciedade que avalia e valoriza as pessoas
por aquilo que elas são ou possuem, no
entanto, não é assim que acontece em
relação a Deus, pois Ele nos ama como
amava a Jesus, independemente das reali-
zações.
CONCLUSÃO
O Senhor Deus disse em terno
tom: “Este é o meu Filho amado, em quem
tenho prazer”. Podemos ver repetidas ve-
zes na Bíblia tais declarações amoráveis
(Mt 3.17; 12.18; 17.5; Mc 1.11; Lc 3.22).
Prazer significa motivo de muita alegria.
Significa estar satisfeito com algo ou com
alguém, em decorrência de uma alegre sa-
tisfação.
Existe, sim, no contexto das rela-
ções humanas, a possiblidade de pessoas
serem rejeitadas pelos pais, pela socieda-
de, pelos colegas, ou por quaisquer outras
circunstâncias. Todavia, Deus não rejeita
os seus filhos (Is 49.15). Pelo contrário, ele
os acolhe, os recebe e tem neles motivo de
prazer.
Quando um pecador se arrepende
dos seus pecados, há júbilo, festa e alegria
no céu (Lc 15.7). O filho arrependido é mo-
tivo de deleite diante de Deus.
QUESTIONÁRIO
1 - Qual era a idade de Jesus quando
João Batista o apresentou?
2 - Quais foram os momentos mais
difíceis na vida terrena de Jesus?
3 - Qual a concepção que um cristão
tem acerca de Deus?
4 - O que Deus disse acerca do seu
Filho Jesus?
44
 Lição 11
Domingo, 10 de dezembro de 2023
Comentarista: Juarez Pereira
- Formado no Curso Básico de Teologia (IBA/CBTC)
- Conselheiro de Saúde (UPA-Curitiba - Goiânia)
- Pastor Auxiliar da AD de Anápolis / Jd. das Hortênsias / Goiânia - GO

A CRUZ DE CRISTO

VERSÍCULO CHAVE (Jo 19.17) Leitura Bíblica Principal

Jo 19.16-24
E, levando ele às costas a sua
16 Então, entregou-lho, para que fosse
cruz, saiu para o lugar chamado Calvário,
crucificado. E tomaram a Jesus e o leva-
que em hebraico se chama Gólgota.
ram.
17 E, levando ele às costas a sua cruz, saiu
PENSAMENTO para o lugar chamado Calvário, que em he-
braico se chama Gólgota,
Todo pessoa tem o dever de co-
18 onde o crucificaram, e, com ele, outros
nhecer o real significado da cruz de Cristo.
dois, um de cada lado, e Jesus no meio.
19 E Pilatos escreveu também um título e
pô-lo em cima da cruz; e nele estava escri-
Leitura Diária to: JESUS NAZARENO, REI DOS JUDEUS.
20 E muitos dos judeus leram este título,
porque o lugar onde Jesus estava crucifica-
Segunda-feira - Salmos 22.1 do era próximo da cidade; e estava escrito
- Deus meu, Deus meu, por que me em hebraico, grego e latim.
desamparaste?
21 Diziam, pois, os principais sacerdotes
Terça-feira - Isaías 53.2 dos judeus a Pilatos: Não escrevas, Rei dos
- Olhando nós para ele, nenhuma bele- judeus, mas que ele disse: Sou Rei dos ju-
za víamos. deus.
22 Respondeu Pilatos: O que escrevi, es-
Quarta-feira - João 3.16
- A maior prova de amor. crevi.
23 Tendo, pois, os soldados crucificado a
Quinta-feira - Lucas 13.24 Jesus, tomaram as suas vestes e fizeram
- Porfiai por entrar pela porta estreita.
quatro partes, para cada soldado uma par-
Sexta-feira - Lucas 18.8a te, e também a túnica. A túnica, porém,
- Deus fará justiça aos seus escolhidos. tecida toda de alto a baixo, não tinha cos-
tura.
Sábado - João 10.10
24 Disseram, pois, uns aos outros: Não
- Jesus veio para nos dar vida e vida em
abundância. a rasguemos, mas lancemos sortes sobre
ela, para ver de quem será. Isso foi assim
Ensinando as Nações 45
para que se cumprisse a Escritura, que diz:
Dividiram entre si as minhas vestes e sobre
a minha túnica lançaram sortes. Os solda-
dos, pois, fizeram essas coisas.
COMENTÁRIO
Introdução
A cruz é o símbolo religioso mais
conhecido do cristianismo. Infelizmente,
ainda há um número expressivo de pes-
soas, inclusive cristãs, que não conseguem
compreender a dimensão real do que
aconteceu lá na cruz. Muitos não sabem,
sequer, o verdadeiro motivo pelo qual
Jesus Cristo precisou morrer daquela ma-
neira. A cruz configura-se como ápice do
sacrifício vicário: “Cristo morreu em nosso
lugar”.
Quem compreende, vive e medita
no mistério que envolve o que aconteceu
na cruz tem sua vida revestida por Cristo,
que por amor à humanidade inteira deu a
sua vida naquele emblemático instrumento
de tortura e ação punitiva.
A cruz de Cristo é, sobretudo, sím-
bolo da nossa vitória. Com a morte de Cris-
to na cruz nós morremos para este mundo
de pecado. Todavia, com a ressurreição do
Mestre revivemos para a salvação eterna.
Este é o assunto desta lição.
I - CRUZ, O SÍMBOLO DO
CRISTIANISMO
O apóstolo Paulo deixou claro que
a cruz de Cristo não se configura apenas
como o registro de um simples fato histó-
rico. Vai muito além disso! A cruz de Cristo
significa a chave para a salvação do ho-
mem.
Para muitas pessoas que vivem
de forma desinteressada e alheia ao fato
Ensinando as Nações
sublime e mui significativo acontecido
lá no monte Calvário, a cruz perde o seu
real objetivo. Neste caso, a cruz torna-se
apenas um objeto de arte, um amuleto,
um utensílio de âmbito cultural ou uma
desculpa para certas pessoas enganarem
a si próprias. Prova disto são as tatuagens
retratando a cruz em corpos de pessoas
ímpias, uma prática abominável à luz dos
princípios bíblicos.
O teólogo e escritor John Stott dis-
se algo interessante acerca da mensagem
da cruz: o símbolo do cristianismo poderia
ser a “manjedoura” - para simbolizar a en-
carnação de Jesus; poderia ser a “carpinta-
ria” - para dignificar o trabalho manual de
Jesus; ou a “toalha” - para lembrar o gesto
de humildade na passagem do lava-pés (Jo
13.3-10). Mas todas estas situações, por
mais significativas e edificantes que sejam,
têm que se render ao verdadeiro significa-
do da cruz, dada à sua função específica
no calvário, quando promoveu um divisor
de águas mudando a história do mundo:
antes e depois de Cristo.
II - GLORIAR SOMENTE
NA CRUZ
Escrevendo aos gálatas, Paulo dis-
se: “Mas longe esteja de mim gloriar-me,
a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus
Cristo, pela qual o mundo está crucificado
para mim e eu, para o mundo” (Gl 6.14).
A cruz de Cristo é a representação de uma
morte terrível daquele que sofreu inocen-
temente para que o homem pudesse her-
dar a salvação eterna. É importante relatar
aqui uma verdade inquestionável: depois
que a pessoa se converte, entende e aceita
a morte sacrificial de Cristo, a cruz se tor-
na o instrumento que a separa do mundo,
ou seja, do sistema maligno que se opõe a
Deus e à sua justiça.
O que Paulo quis enfatizar aos
gálatas, diz respeito a algo relevante que
deve continuar sendo enfatizado ainda
hoje, isto é, o fato de que na cruz apren-
46
demos as práticas da renúncia, resignação,
perdão, do verdadeiro amor, inclusive para
com nossos inimigos (Lc 6.27-32; 23.34).
1 - Os efeitos da mensagem da cruz
A palavra de Deus nos mostra cla-
ramente os sublimes efeitos do que acon-
teceu na cruz do Calvário, com base nas
seguintes razões:
a) foi uma decisão pessoal (a morte de
uma pessoa, Jesus Cristo) para cum-
prir um sublime projeto: ele morreu
por nossos pecados, segundo as Escri-
turas (1 Co 15.3);
b) foi, comprovadamente, um fato his-
tórico (depois de sua morte seus se-
guidores se encarregaram de espalhar
seus ensinamentos, algo que ficou
perpetuado na história);
c) foi um fato bíblico (a Bíblia é farta em
registros acerca da morte sacrificial do
Senhor Jesus). Em Mateus 27.46, está
registrado que Jesus bradou: “Deus
meu, Deus meu, por que me desam-
paraste”? No versículo de número 50,
lemos que o Senhor entregou o espí-
rito. Neste momento o véu do templo
rasgou-se do alto a baixo (v.51). Isto
tem um significado muito grande para
todos nós;
d) foi uma morte voluntária (O Senhor
ofereceu-se a si mesmo em sua mor-
te, entregando-se por nós em oferta e
sacrifício a Deus – Ef 5.2);
e) foi um sacrifício vicário (substitutivo,
ou seja, ele em nosso lugar). Em Gá-
latas 3.13, está escrito que ele se fez
maldição por nós;
f) foi o resumo da expressão do amor di-
vino. Em João 15.13, podemos ler: “...
ninguém tem maior amor do que este:
de dar alguém a sua vida pelos seus
amigos”;
g) foi um ato consumado (O Senhor não
deixou nada por fazer). Ele realizou de
modo cabal a sua missão, e o Senhor
Deus ficou satisfeito com o resultado
do trabalho de Cristo, conforme está
Ensinando as Nações
em Isaías 53.11.
III - ASPECTOS DA CRUZ
NA ÓTICA DE PAULO
O significado da cruz para o cris-
tão, hoje, precisa continuar tendo um en-
tendimento mais abrangente. À época da
crucificação de Cristo, o símbolo da cruz
era loucura para o mundo pagão, porque
representava o mais horrendo dos casti-
gos. De forma contraditória à conceituali-
zação pagã da época, Paulo alude à cruz
como um troféu. Ele disse claramente: “...
nós pregamos a Cristo crucificado, que é
escândalo para os judeus e loucura para os
gregos” (1 Co 1.23).
Como já foi dito anteriormente,
Paulo afirmou convictamente: “...longe es-
teja de mim gloriar-me, a não ser na cruz
de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual
o mundo está crucificado para mim e eu,
para o mundo” (Gl 6.14).
É necessário salientar que o cris-
tão não tem o hábito de carregar um sím-
bolo físico da cruz. Todavia, a mensagem
da cruz, essa sim, precisa estar bem guar-
dada no coração. A mensagem da cruz é
loucura para os que rejeitam o evangelho,
mas para nós que somos lavados e remi-
dos pelo sangue de Jesus ela é o poder de
Deus (1 Co 1.18). Em Mateus 16.24, temos
as seguintes palavras proferidas por Jesus:
“Se alguém quiser vir após mim, renuncie-
-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e
siga-me”. Por isso, é sempre oportuno rei-
terarmos que a mensagem da cruz requer
renúncia e resignação quanto a tudo aquilo
que o mundo oferece.
IV - UM VALOR SEM
IGUAL
O arrependimento do pecador o
leva a reconhecer o significado da morte
de Cristo na cruz. No evangelho de Lucas
47
está escrito: “Digo-vos que assim haverá
alegria no céu por um pecador que se ar-
repende, mais do que por noventa e nove
justos que não necessitam de arrependi-
mento” (Lc 15.7). A salvação de uma alma
custou a morte de Cristo na cruz do Calvá-
rio, por isso o seu valor é imensurável.
Para todos os cristãos, a cruz de
Cristo é o sentido e direção para que pos-
sam ter a certeza de salvação. Por isso é
imprescindível entenderem e aceitarem
o significado da morte de Cristo na cruz.
Afinal, esta é a condição através da qual
o mais vil pecador pode ser transforma-
do, tornando-se em uma pessoa mais que
vencedora (Rm 8.37).
Todos precisam passar pela cruz
de Cristo, isto é vital para que o pecador
seja liberto de toda maldição: “como está
escrito: Não há um justo, nem um sequer.
Não há ningué m que entenda; não há
ninguém que busque a Deus. Todos se ex-
traviaram e juntamente se fizeram inúteis.
Não há quem faça o bem, não há nem um
só” (Rm 3.10-12).
V - O PESO DA CRUZ
Em Filipenses 2.6, lemos que o
Senhor Jesus tinha a natureza de Deus,
mas não teve por usurpação ser igual a
Deus. Diz o texto que ele se aniquilou, to-
mou a forma de servo, fez-se semelhante
aos homens, e nesta condição humilhou-se
e foi totalmente obediente até à morte e
morte de cruz (vv.7,8).
Há inúmeras passagens bíblicas
que salientam a humanidade de Cristo, ou
seja, ele também teve limitações físicas
pertinentes à sua condição de humano, e
uma delas foi o cansaço (Jo 4.6; Lc 22.44).
Ele sofreu como homem, porque como
Deus nem precisaria demandar nenhum
esforço. Mas como ser humano teve difi-
Ensinando as Nações
culdade em suportar o peso da cruz, e em
dado momento os soldados chamaram um
homem chamado Simão, de Cirene, para
ajudar a carregá-la (Mt 27.32). De fato, na
obra da cruz o nosso Salvador teve sofri-
mentos horrendos.
CONCLUSÃO
Como Deus, Jesus sabia de todo
o projeto de restauração do homem, bem
como da salvação oferecida a toda a hu-
manidade. Como homem natural, ele pôde
prever e sentir o que poderia acontecer.
Prestes a cumprir sua sublime missão, o
Mestre passou a sentir grande angústia
com dores no seu corpo e na sua alma (M6
26.37,38). Ele viveu momentos tensos en-
quanto falava em oração com o Pai Celes-
tial: “... se queres, passa de mim este cáli-
ce; todavia, não se faça a minha vontade,
mas a tua”. Seu sofrimento tinha em conta
o problema da incredulidade e da maldade
de um mundo perdido.
Alegremo-nos na cruz, porque
dela vem graça e luz para a nossa santifi-
cação.
QUESTIONÁRIO
1 - Como entendermos o sentido do
sacrifício vicário?
2 - Como aplicarmos em nós a morte
e ressurreição de Cristo?
3 - O que aprendemos com a mensa-
gem da cruz?
4 - Qual foi a oração de Jesus no Mon-
te das Oliveiras?
48
 Lição 12
Domingo, 17 de dezembro de 2023
Comentarista: Asenate Andrade da Silva Costa
- Bacharela em Teologia (Faculdade Gamaliel)
- Pós-graduada em Teologia (Seminário Hosana)
- Pastora Auxiliar da AD de Anápolis / Ananindeua - PA

CUIDADO COM AS PALAVRAS

VERSÍCULO CHAVE (Mt 12.36)
Mas eu vos digo que de toda pala-
vra ociosa que os homens disserem hão de
dar conta no Dia do Juízo.
PENSAMENTO
Há momentos em que o silêncio é
a maior expressão de sabedoria.
Leitura Diária
Segunda-feira - Provérbios 16.24
- Palavras com poder de curar.
Terça-feira - Tiago 3.3,4
- Palavras com poder de influenciar.
Quarta-feira - Provérbios 11.10
- Palavras como fonte de vida.
Quinta-feira - Efésios 4.29
- Palavras com poder de edificar.
Sexta-feira - Provérbios 10.32
- Palavras com poder de agradar.
Sábado - Provérbios 11.9
- Palavras com poder de libertar.
Ensinando as Nações
Leitura Bíblica Principal
Tg 3.1-10
1 Meus irmãos, muitos de vós não sejam
mestres, sabendo que receberemos mais
duro juízo.
2 Porque todos tropeçamos em muitas coi-
sas. Se alguém não tropeça em palavra, o
tal varão é perfeito e poderoso para tam-
bém refrear todo o corpo.
3 Ora, nós pomos freio nas bocas dos cava-
los, para que nos obedeçam; e consegui-
mos dirigir todo o seu corpo.
4 Vede também as naus que, sendo tão
grandes e levadas de impetuosos ventos,
se viram com um bem pequeno leme para
onde quer a vontade daquele que as go-
verna.
5 Assim também a língua é um pequeno
membro e gloria-se de grandes coisas.
Vede quão grande bosque um pequeno
fogo incendeia.
6 A língua também é um fogo; como mun-
do de iniquidade, a língua está posta entre
os nossos membros, e contamina todo o
corpo, e inflama o curso da natureza, e é
inflamada pelo inferno.
7 Porque toda a natureza, tanto de bestas-
-feras como de aves, tanto de répteis como
de animais do mar, se amansa e foi doma-
da pela natureza humana;
8 mas nenhum homem pode domar a lín-
gua. É um mal que não se pode refrear;
49
está cheia de peçonha mortal.
9 Com ela bendizemos a Deus e Pai, e com
ela amaldiçoamos os homens, feitos à se-
melhança de Deus:
10 de uma mesma boca procede bênção e
maldição. Meus irmãos, não convém que
isto se faça assim.
COMENTÁRIO
Introdução
As palavras são os instrumentos
mais comuns na comunicação humana. E
a comunicação é uma necessidade natural
de todos nós. E por ser natural e comum,
muitas vezes não percebemos o poder que
as palavras têm. Todavia, acreditar que as
palavras têm poderes sobrenaturais quan-
do ditas, não é o que a Bíblia Sagrada en-
sina. Elas não são como a Palavra de Deus,
que tem poder ilimitado. O poder que as
nossas palavras têm é limitado ao campo
de atuação delas e de suas consequências.
I - CUIDADO COM AS
PALAVRAS
As palavras alcançam uma abran-
gência maior do que podemos mensurar.
Elas podem produzir alegria ou tristeza,
paz ou guerra, saúde ou enfermidade,
vida ou morte. A alimentação espiritual e
intelectual determina o que se fala: “Raça
de víboras, como podeis vós dizer boas
coisas, sendo maus? Pois do que há em
abundância no coração, disso fala a boca”
(Mt 12.34). A vigilância e o domínio próprio
são recursos fundamentais para dosar as
palavras.
1 - Opressão X Libertação
“O hipócrita, com a boca, danifica
Ensinando as Nações
o seu próximo, mas os justos são liberta-
dos pelo conhecimento” (Pv 11.9). Todos
nós, se não vigiarmos, podemos prejudicar
o próximo com nossas palavras, e com elas
sermos canais de destruição e/ou opres-
são. Mas quando utilizamos a Palavra da
Verdade, o efeito libertador se faz perceber
(Jo 8.32). As palavras devem ser agradá-
veis e transmitir o amor de Deus. Elas de-
vem ser a oportunidade para, através de
nós, o Espírito Santo libertar as vidas opri-
midas pelo pecado.
2 - Enfermidade X Cura
Palavras ferinas quando não per-
doadas podem enfermar o espírito, a alma
e o corpo. Elas produzem amargura e com
o passar do tempo criam raízes profundas,
difíceis de serem curadas: “Palavras agra-
dáveis são como favo de mel: doces para a
alma e medicina para o corpo” (Pv 16.24).
A palavra de Deus tem poder de curar o
corpo, a alma e o espírito. Se já temos o
Espírito Santo de Deus, estamos cheios
de Deus e as nossas palavras podem ser
usadas como instrumentos para alimentar
e curar pessoas.
3 - Austeridade X Moderação
Na vida encontramos pessoas que
tratam os outros com dureza. Não deve-
mos ser insensatos, deixando que as dis-
cussões tomem conta das nossas vidas.
“Na multidão de palavras não falta trans-
gressão, mas o que modera os seus lábios
é prudente” (Pv 10.19). A moderação dos
lábios é uma arte executada com discipli-
na e auxílio do bondoso Espírito Santo. A
moderação das palavras se constitui pelo
equilíbrio do falar na ocasião própria e o
ficar calado no momento oportuno, sem
exageros e sem omissões.
50
4 - Maldição X Bênção
“De uma mesma boca procede
bênção e maldição. Meus irmãos, não con-
vém que isto se faça assim” (Tg 3.10). As
palavras malditas são frutos de uma mente
vazia de Deus. Isso se dá quando negli-
genciamos a busca da presença de Deus e
nos permitimos ser instrumentos do inimi-
go. Fomos constituídos para sermos porta-
-vozes de bênção e não de maldição:
II - PALAVRAS DE
SABEDORIA
1 - O que falar
“Não saia da vossa boca nenhuma
palavra torpe, mas só a que for boa para
promover a edificação, para que dê graça
aos que a ouvem” (Ef 4. 29). O justo e o
ímpio se distinguem em muitos aspectos,
não é só no caráter e nas atitudes, mas
também no seu falar. Peça ajuda ao Espíri-
to Santo e tenha domínio sobre sua língua,
controle as palavras que saem de sua boca,
para que sejam palavras que edificam. São
estas que precisamos pronunciar.
2 - Como falar
“A resposta branda desvia o furor,
mas a palavra dura suscita a ira” (Pv 15.1).
Não é apenas o que falamos, e sim como
falamos. A maneira errada de falarmos não
traz dano só a quem nos ouve, mas tam-
bém a nós que falamos. A forma de se falar
tem sido um grande problema para os rela-
cionamentos interpessoais, especialmente
entre cônjuges. A maneira que adotarmos
para falar produzirá consequências.
Ensinando as Nações
3 - Quando falar
Há momentos em que o silêncio
é a maior expressão de sabedoria: “Quem
retém as palavras possui o conhecimento,
e o sereno de espírito é homem de inte-
ligência” (Pv 17.27). Falar com o coração
irado nunca fará bem a ninguém. O dom
do discernimento nos capacita com sabe-
doria divina para entendermos o momento
propício de falarmos ou ficarmos calados
(Tg 1.19).
III - NECESSIDADE DE
FALAR
1 - Para confissão de fé
A fé é gerada no coração (mente)
e a ação resultante disso é confessar ao
Senhor Jesus como Salvador e Senhor: “a
saber: Se, com a tua boca, confessares ao
Senhor Jesus e, em teu coração, creres que
Deus o ressuscitou dos mortos, serás sal-
vo. Visto que com o coração se crê para a
justiça, e com a boca se faz confissão para
a salvação” (Rm 10.9,10). A confissão de
fé é uma condição estabelecida por Deus
para nós, seres humanos, criados com o
livre-arbítrio, com direito de escolher entre
o bem e o mal, o céu e o inferno, entre
Deus e o inimigo.
2 - Para prestar adoração
“Louvarei ao Senhor em todo o
tempo; o seu louvor estará continuamen-
te na minha boca” (Sl 34.1). Fomos fei-
tos para sermos adoradores de Deus e a
nossa alma não estará satisfeita enquanto
não procedermos assim. Adoração, louvor
e gratidão em forma de palavras são ex-
pressões que provêm de lábios puros: “Se-
jam agradáveis as palavras da minha boca
51
e a meditação do meu coração perante a
tua face, Senhor, rocha minha e libertador
meu”! (Sl 19.14).
3 - Para se comunicar com Deus
“Orai sem cessar” (1 Ts 5.17).
Deus estabeleceu a oração como meio de
seus filhos se comunicarem com ele. Orar
é falar ou dialogar com Deus. A oração é a
forma “padrão” do ser humano se comu-
nicar com Deus. Fazer isso todos os dias é
algo salutar para o corpo, alma e espírito.
Quando isso não acontece por algum mo-
tivo, a carência de Deus no ser humano
toma rumos diversos que causam sofri-
mentos, aflições, dores.
4 - Para anunciar a salvação
“Que pregues a palavra, instes
a tempo e fora de tempo, redarguas, re-
preendas, exortes, com toda a longanimi-
dade e doutrina” (2 Tm 4.2). O ato de levar
as Boas-Novas de salvação é tão urgente
que o texto bíblico recomenda que se faça
isto em tempo e fora de tempo. Não pre-
cisamos de um tempo propício para a exe-
cução desta missão. A missão é urgente.
É uma questão de vida ou morte eterna.
Usemos as nossas palavras para semear-
mos a palavra de Deus.
5 - Para ensinar a palavra
“Estas palavras que, hoje, te orde-
no estarão no teu coração; tu as inculcarás
a teus filhos, e delas falarás assentado em
tua casa, e andando pelo caminho, e ao
deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6. 6,7). Os
propósitos divinos precisam ser alcançados
na vida dos nossos dependentes, discípu-
los e liderados. Enfim, a todos quantos o
Senhor nos constituir por pais, quer sejam
filhos biológicos, de criação, ou na fé. São
Ensinando as Nações
palavras de obediência aos mandamentos
bíblicos, portanto uma ordem imperativa,
uma tarefa a se cumprir.
CONCLUSÃO
A palavra é um dom de Deus. Tia-
go nos adverte do perigo de fazermos mau
uso dela. Com ela bendizemos a Deus ou
amaldiçoamos os homens (Tg 3.9). É gran-
de a responsabilidade que pesa sobre cada
um de nós no uso deste membro tão im-
portante de comunicação. Por isso mesmo
o Senhor Jesus nos adverte, dizendo que
daremos conta no dia do juízo por toda a
palavra ociosa que dissermos: “Mas eu vos
digo que de toda palavra ociosa que os ho-
mens disserem hão de dar conta no Dia do
Juízo (Mt 12.36). Todo o cuidado é pouco.
Saibamos usar bem este maravilhoso dom
que Deus nos deu.
QUESTIONÁRIO
1 - Qual o poder que nossas palavras
têm?
2 - Quais atitudes caracterizam cui-
dado no dosar as palavras?
3 - Quais os itens destacados na lição
com relação à necessidade de se fa-
lar?
4 - Qual a epístola que nos adverte
sobre o perigo de fazermos mau uso
da língua?
52
 Lição 13
Domingo, 24 de dezembro de 2023
Comentarista: Sirismar Fernandes Silva
- Cap. R/R PMGO - Cient. Social (UniEvangélica) - Bel. em Direito (FIBRA)
- Pós-graduado em Docência do Ensino Superior (FCA)
- Pastor auxiliar da AD de Anápolis (Vila Formosa)

O VERDADEIRO SENTIDO DO NATAL

VERSÍCULO
VERSÍCULOCHAVE
CHAVE (Mt 9.38)
(Is 9.6)
Porque um menino nos nasceu,
um filho se nos deu; e o principado está
sobre os seus ombros; e o seu nome será
Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai
da Eternidade, Príncipe da Paz.
PENSAMENTO
Entender o verdadeiro significado
do natal é vivenciar o nascimento de Jesus
todos os dias de nossas vidas. (Louis
Natan)
Leitura Diária
Segunda-feira - Gálatas 4.4
- Deus enviou seu Filho na plenitude
dos tempos.
Terça-feira - Lucas 1.30.31
- O anúncio da concepção de Jesus.
Quarta-feira - Lucas 2.10,11
- Novas de grande alegria.
Quinta-feira - Mateus 1.22,23
- Tudo conforme o Senhor dissera pelo
profeta.
Sexta-feira - João 3.17; 1 João 4.14
- Ele veio para salvar o mundo.
Leitura Bíblica Principal
Mt 1.18-23
18 Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi
assim: Estando Maria, sua mãe, desposada
com José, antes de se ajuntarem, achou-
-se ter concebido do Espírito Santo.
19 Então, José, seu marido, como era justo
e a não queria infamar, intentou deixá-la
secretamente.
20 E, projetando ele isso, eis que, em so-
nho, lhe apareceu um anjo do Senhor, di-
zendo: José, filho de Davi, não temas rece-
ber a Maria, tua mulher, porque o que nela
está gerado é do Espírito Santo.
21 E ela dará à luz um filho, e lhe porás o
nome de Jesus, porque ele salvará o seu
povo dos seus pecados.
22 Tudo isso aconteceu para que se cum-
prisse o que foi dito da parte do Senhor
pelo profeta, que diz:
23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz
um filho, e ele será chamado pelo nome
de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus
conosco).
COMENTÁRIO
Introdução

Sábado - Lucas 2.13,14 O nosso país é repleto de fábulas

- Alegria e júbilo pelo nascimento do urbanas e rurais, sendo que muitas delas
Filho de Deus. não passam de simples alegorias contadas
Ensinando as Nações 53
a partir do imaginário de alguém que al-
gum dia as inventou. São “estórias” con-
tadas mais de uma vez e que vão sendo
reconstruídas e retransmitidas através de
gerações. Outras, porém, são de forte in-
fluência satânica com o fim de monopolizar
a mente das pessoas, como, por exemplo,
o boitatá, o curupira, a cuca, o saci-pererê,
a mula sem cabeça, etc.
Nesta lição vamos falar sobre o
verdadeiro sentido do natal e da figura len-
dária de papai Noel, um mito que durante
as festas natalinas tem exercido influências
ilusórias nas famílias, alimentando princi-
palmente as crianças com coisas fantasio-
sas, coisas que de fato não existem.
I - PAPAI NOEL, UM MITO
Toda mentira procede do diabo
(Jo 8.44), mesmo tendo o “nobre” objetivo
de agradar as crianças. Por isso, a nossa
função como servos do Senhor, como pes-
soas que pautam pela verdade é ensinar
que papai Noel não passa de uma fábula
pagã. É necessário que nossas crianças
não aprendam enganosamente a focar
suas expectativas em torno de uma figura
que possa roubar a cena da comemoração
do nascimento de Jesus. Vejamos alguns
equívocos sobre esta lendária figura:
1 - O estereótipo do “bom velhinho”
- A figura representativa do papai Noel é
de um homem de barba grande, cabelos
brancos e compridos. Um homem bonzi-
nho que na véspera de natal vem com seu
trenó puxado por renas, que não desliza
pelo chão, mas voa nos ares. Uma figura
caricata que veste roupa vermelha, um
gorro também vermelho, usa cintos e bo-
tas pretos e traz às costas um saco cheio
de presentes para as crianças do mundo
inteiro.
Ensinando as Nações
A figura de papai Noel foi inspirada
num bispo chamado Nicolau, um homem
que gostava de praticar caridade distri-
buindo suas riquezas aos pobres. Ele usava
vestes vermelhas, típicas dos mantos dos
bispos daquela época, e tinha por hábito
jogar saquinhos com moedas nas chami-
nés das casas. Ainda hoje crianças são en-
sinadas de que os presentes que ganham
no natal são trazidos pelo bom velhinho,
uma mentira sutil que passa desapercebida
por muitos pais, inclusive crentes.
II - A ORIGEM DO NATAL
Sua origem remonta aos primór-
dios da era cristã, quando os cristãos co-
memoravam o nascimento do menino
Jesus. Mas havia um problema, ninguém
sabia a data exata do seu nascimento, por
isso as comunidades festejavam o natal em
diferentes dias do ano. Foi a partir do sé-
culo IV que a Igreja Romana instituiu o dia
25 de dezembro como data oficial do natal.
Mas há outras afirmações de pes-
quisadores sobre o assunto que alegam ser
o natal uma prática pré-cristã com base
no natalis invicti solis (nascimento do sol
invencível). Uma festa de comemoração
ao nascimento do “deus” sol invencível -
entidade adorada no Império Romano da
idade antiga.
O natal, do ponto de vista do seu
verdadeiro significado, não deveria consis-
tir apenas em alimentos, bebidas, troca de
presentes, envio de cartões e mensagens
natalinas. Na verdade, estas típicas mani-
festações não passam de práticas conven-
cionais que surgiram ao longo do tempo
para marcar, de uma forma comercialmen-
te festiva, esta importante data.
Não é novidade para ninguém que
num sistema capitalista a ótica do capital
é o lucro. Isto é óbvio. É nesse afã que os
54
movimentos mercantilistas espertamente
aproveitam para explorar as festividades
natalinas, evidenciando facilmente a luta
dos contrários: De um lado, o campo es-
piritual; de outro, o campo material. Ou
seja, aquilo que deveria girar em torno do
aniversário de Jesus Cristo, acaba transfor-
mando-se num intrincado sistema comer-
cial para explorar a sensibilidade de um
povo envolto num clima sentimental.
Dessa forma o natal fica sen-
do usurpado do seu verdadeiro sentido,
tornando-se um meio eficaz para o mar-
keting, técnica utilizada unicamente para
alavancar as vendas no comércio em geral.
Imperceptivelmente uma prática nociva
que usurpa e esbulha o lugar de Cristo no
coração do povo, substituindo-o pela len-
dária figura do papai Noel, algo que não
passa de uma fraude.
III - O VERDADEIRO
NATAL
1 - O nascimento de Jesus - No evan-
gelho de Mateus 1.18-24, temos o emo-
cionante relato acerca do nascimento de
Jesus - o Cristo de Deus. E no capítulo
dois podemos ler coisas interessantes que
aconteceram em Jerusalém, e em especial
na cidade de Belém da Judéia. Através de
um “fenômeno astrológico”, digamos as-
sim, surgiu o aparecimento de uma estrela
para conduzir a visita dos magos ao local
do nascimento de Jesus. Assim que eles
chegaram, perguntaram: “onde está aque-
le que é nascido rei dos judeus? Porque
vimos a sua estrela no Oriente e viemos
a adorá-lo”.
Ao ficar sabendo de acontecimen-
tos, o rei Herodes ficou totalmente pertur-
bado, assim como toda a cidade de Jeru-
salém (v.3). Os magos prosseguiram em
sua missão e no caminho viram a estrela, a
Ensinando as Nações
mesma que tinham visto no Oriente. Ela foi
adiante deles e parou acima do lugar onde
estava o menino. Eles entraram na casa e
encontraram o bebê com Maria, sua mãe.
Assim que o viram, o adoraram e lhe pre-
sentearam com ouro, incenso e mirra. Ve-
jamos alguns aspectos interessantes acer-
ca desses magos e da estrela do oriente:
a) Os magos do Oriente - A Bíblia
não faz menção de seus nomes, nem
diz que eram três. Infere-se por esse
número em função dos três tipos de
presentes dados ao recém-nascido.
Segundo a tradição católica, Gaspar,
Belchior e Baltazar foram os três ma-
gos do Oriente que estiveram na pre-
sença de Herodes informando-o acer-
ca do nascimento do menino.
b) A estrela do oriente - Sua manifes-
tação foi um mistério, porque apareceu
somente por ocasião do nascimento
de Cristo, conforme os evangelhos de
Mateus e de Lucas.
Alguns a identificam como sendo
uma conjunção de planetas, outros alegam
que foi o aparecimento de uma estrela
nova. Há ainda quem argumente ter sido
o cometa Halley. Apesar de algumas evi-
dências, não dá para afirmar ou comprovar
quaisquer dessas suposições. Especula-
ções à parte, temos que crer num fato mi-
raculoso, pois a Bíblia diz claramente que
os magos foram guiados por uma estrela.
IV - ENFEITES DE NATAL
Por ocasião das festas natalinas é
comum em muitos lares católicos a expo-
sição de presépio - montagem de um ce-
nário para lembrar o nascimento de Jesus.
Pode, num lar evangélico, haver presépio
ou outros ornamentos alusivos ao natal?
55
Não há esta necessidade, porque o verda-
deiro significado do natal é, obviamente,
CONCLUSÃO
a comemoração do nascimento de Cristo,
Nada pode usurpar o verdadeiro
coisa que podemos fazer todos os dias do
espírito do natal, principalmente enfeites
ano, independente do aparato em torno de
emblematicamente relacionados com mo-
motivações natalinas.
tivações capitalistas. Qual a simbologia
O grande problema é a sutileza
do ‘boneco’ papai Noel? Ele representa a
que o clima festivo do natal oferece atra-
fé cristã ou Mamon? Os crentes em Cristo
vés de adereços que podem ofuscar o ver-
não podem se envolver na representação
dadeiro significado da festa em comemo-
de uma mentira chamada papai Noel, nem
ração ao nascimento de Jesus. Isso pode,
reproduzir tal mito.
inclusive, constituir pecado de idolatria (1
Não há nada de ilícito participar-
Co 10.14). Vejamos a origem de alguns or-
mos das comemorações natalinas com a
namentos natalinos:
família, com os amigos, com os irmãos da

igreja, etc. A incoerência reside no fato de
1 - O presépio - O pensamento hegemô-
permitirmos que a inculcação ideológica
nico a respeito da origem do presépio diz
afete o imaginário coletivo ao ponto de en-
que foi uma invenção do padre Francisco
volver a igreja levando-a a desvencilhar-se
de Assis, no ano de 1223, quando festejou
do foco principal: comemorar o nascimento
o natal na floresta de Greccio, Itália, para
de Jesus.
onde transportou uma manjedoura e fez
Nós precisamos promover a me-
de argila um boi e um burro, a fim de en-
tanóia (mudança de mentalidade) em re-
sinar ao povo iletrado sobre o nascimento
lação a esses equívocos. O que vale mes-
de Jesus.
mo é crer naquilo que consolida a nossa
Hoje, infelizmente, muitos religio-
fé acerca do advento do nosso Salvador,
sos ainda montam o tal presépio com o
aquele que nasceu de uma virgem e veio
propósito de praticar a idolatria. Diante de
para desfazer as obras do diabo (1 Jo 3.8).
uma espécie de réplica da manjedoura, as
Uma grande lição nos foi dada pe-
pessoas rezam, reverenciam e fazem suas
los magos do Oriente. Eles nos ensinaram
devoções diante de uma imagem do Jesus
o verdadeiro sentido do natal, que é adorar
menino. Idolatria é pecado.
o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
2 - A árvore de natal - Como muitas his-
tórias antigas, também a árvore natalina QUESTIONÁRIO
tem origem controversa. Alguns dizem que
sua origem remonta a tempos anteriores 1 - As mentes podem ser monopoliza-
ao próprio cristianismo. Outros falam que das? Explique como.
a árvore de natal era símbolo de uma fes- 2 - Segundo o texto, qual a origem do
ta pagã que foi incorporada ao natal como mito “papel Noel”?
um dos emblemas do nascimento de Je- 3 - Por que o papai Noel é usurpador?
sus. Seja lá qual for a origem desse orna- 4 - Para o cristão, em que consiste o
mento, o importante é ressaltar que não há verdadeiro natal?
na Bíblia qualquer menção de sua origem
bem como do seu uso em festas natalinas.

Ensinando as Nações 56
 Lição 14
Domingo, 31 de dezembro de 2023
Comentarista: Francisco Custódio de Oliveira
- Bacharel em Teologia (IBA) - Pós-Graduado em Preg.Bíblica (SETECEB)
- Mestre em Teologia Bíblica (SETECEB) - Professor de Teologia (IBA)
- Pastor Auxiliar da AD de Anápolis (Vila Fabril 2)

A EFICÁCIA DA MORTE DE CRISTO

VERSÍCULO
VERSÍCULOCHAVE
CHAVE (Mt(Jo
9.38)
1.29)
No dia seguinte, João viu a Jesus,
que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo.
PENSAMENTO
O símbolo universal da fé cristã não
é a manjedoura, mas a Cruz. (John Stott)
Leitura Diária
Segunda-feira - Apocalipse 13.8
- A morte de Cristo foi anunciada deste
a fundação do mundo.
Terça-feira - Hebreus 10.1-18
- O sacrifício de animais era temporá-
rio, mas o de Cristo foi perfeito.
Quarta-feira - Hebreus 9.22
- Sem derramamento de sangue não
há perdão de pecado.
Quinta-feira - 1 João 2.2
- A abrangência da morte de Cristo é
para todos os homens.
Sexta-feira - Hebreus 9.15
- Cristo é o Mediador da nova aliança.
Sábado - Romanos 3.21-26
- Uma nova oportunidade foi aberta à
humanidade.
Ensinando as Nações
Leitura Bíblica Principal
Is 53.4-12
4 Verdadeiramente, ele tomou sobre si as
nossas enfermidades e as nossas dores le-
vou sobre si; e nós o reputamos por aflito,
ferido de Deus e oprimido.
5 Mas ele foi ferido pelas nossas transgres-
sões e moído pelas nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele,
e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.
6 Todos nós andamos desgarrados como
ovelhas; cada um se desviava pelo seu ca-
minho, mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniquidade de nós todos.
7 Ele foi oprimido, mas não abriu a boca;
como um cordeiro, foi levado ao matadou-
ro e, como a ovelha muda perante os seus
tosquiadores, ele não abriu a boca.
8 Da opressão e do juízo foi tirado; e quem
contará o tempo da sua vida? Porquanto
foi cortado da terra dos viventes e pela
transgressão do meu povo foi ele atingido.
9 E puseram a sua sepultura com os ím-
pios e com o rico, na sua morte; porquanto
nunca fez injustiça, nem houve engano na
sua boca.
10 Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo,
fazendo-o enfermar; quando a sua alma se
puser por expiação do pecado, verá a sua
posteridade, prolongará os dias, e o bom
prazer do Senhor prosperará na sua mão.
11 O trabalho da sua alma ele verá e ficará
satisfeito; com o seu conhecimento, o meu
servo, o justo, justificará a muitos, porque
as iniquidades deles levará sobre si.
57
12 Pelo que lhe darei a parte de muitos, e,
com os poderosos, repartirá ele o despojo;
porquanto derramou a sua alma na morte
e foi contado com os transgressores; mas
ele levou sobre si o pecado de muitos e
pelos transgressores intercedeu.
COMENTÁRIO
Introdução
Nesta lição, vamos focar e estudar
sobre quão significativa foi a morte de Cris-
to, e como o homem moderno pode com-
preender e anunciar esta redenção conce-
bida na eternidade.
I - ASPECTOS GERAIS
Desde a eternidade, a morte de
Cristo a favor do homem já havia sido ela-
borada e definida como seria concretizada.
Esta afirmativa não é um determinismo,
mas apenas a compreensão da soberania
e presciência de Deus sobre todas as coi-
sas (Sl 139.1-6).
O pecado não pegou Deus de sur-
presa nem antes e nem após a criação,
porque a redenção humana já havia sido
concebida “...desde a fundação do mun-
do...” (Ap 13.8; Hb 9.26), como também o
julgamento de todas as coisas.
A formação de uma nação na pes-
soa de Abraão como pai genético e espiri-
tual (pai da fé - Gn 15.6), foi responsável
para propagar esta redenção a todas as
pessoas. A vinda do redentor (Cristo) ad-
veio da descendência desta nação confor-
me foi profetizado pelo profeta Samuel (2
Sm 7.8-16).
A fundação da igreja por este re-
dentor, fundamentada e concretizada na
promessa a Eva, é o ápice e a concretiza-
ção de seu amor imensurável por toda a
criação antes e depois da queda no Éden
(Gn 3.1-8; Jo 3.16).
A igreja é uma agência do Reino
e como tal ela é responsável por anunciar,
Ensinando as Nações
ensinar e pregar as boas-novas de salvação
do reino de Deus a tempo e fora de tempo.
Todavia, ao invés de anunciar a redenção
concebida na eternidade, a igreja tem, ao
longo do tempo, distorcido o verdadeiro
foco, apresentando métodos e modelos
cultuais e culturais evidenciando estranhas
“doutrinas bíblicas”.
Como se isto não bastasse ainda
temos a chamada teologia da prosperidade
e outros modelos religiosos com ênfase no
“viver bem e ter riquezas” como pano de
fundo para uma suposta intimidade e fe-
licidade no relacionamento com o próprio
Deus.
Estes estilos e modelos cultuais
modernos têm trazido grandes danos e
prejuízos à missão da verdadeira igreja,
fazendo-as deixar de anunciar a salvação
concebida na eternidade, e, também de
propagá-la nestes últimos tempos que pre-
cedem o arrebatamento.
Infelizmente, muitos de nossos
púlpitos estão com uma mensagem rasa,
superficial, distorcida do foco principal e
oca acerca do valor do sacrifício realizado
na cruz sobre o processo de redenção e
salvação de toda humanidade (Lc 19.10;
Mc 10.45; Tt 2.14).
Paulo ensina uma mensagem que,
para os coríntios, era loucura, como ainda
o é para muitos hoje em dia. Todavia, para
aqueles que são salvos, é o poder de Deus
(1 Co 1.18,23).
II - O SIGNIFICADO DA
REDENÇÃO NO AT
A redenção humana idealizada na
eternidade foi tipificada na Lei com seus ri-
tuais de purificação que tinham somente
a finalidade de “expiar, cobrir, prover uma
cobertura” (Hb. kãpar) mediante o sangue
de animais sacrificados, pela dívida contraí-
da pelos pecadores, mas nunca poderiam
apagar os seus pecados (Hb 10.4,11).
Quando alguém pecava, indepen-
dentemente de sua posição social, se não
58
houvesse cobertura ele ficava debaixo da
ira de Deus e a Lei exigia a morte do trans-
gressor para cancelar ou liquidar a dívida
(Lv 4.1-6,7).
Os sacrifícios de touros, carneiros
e bodes eram incapazes de pagar o preço
dos pecados até que, no futuro, fossem
tratados na cruz pelo Redentor prometido.
Eram apenas símbolos vicários (a favor de
outros) e exerciam apenas papeis substitu-
tivos (em lugar de outro) e também eram
provisórios para resgatar a harmonia entre
Deus e os homens pecadores.
Na realidade, esses rituais tinham
como objetivo apontar o caminho para o
sacrifício perfeito que sobreviria no futuro
próximo através da pessoa do Messias pro-
metido (Gn 3.14-16; Jo 1.29; Hb 9.11-15).
III - A NATUREZA DA
MORTE DE CRISTO
1 - Foi vicária
A morte de Cristo não foi a de um
mártir para defender uma ideia ou uma
causa própria, mas foi vicária ou substitu-
tiva a favor de outros. Nela, Cristo estava
assumindo nossos pecados e obtendo para
nós a redenção eterna (Is 53.6,12; Jo 1.29;
Hb 9.28; Gl 3.13; 2 Co 5.21).
Em Cristo todas as justas exigên-
cias de Deus contra o pecado foram satis-
feitas. Pedro afirma em sua primeira epís-
tola aos cristãos dispersos: “levando ele
mesmo em seu corpo os nossos pecados
sobre o madeiro, para que, mortos para os
pecados, pudéssemos viver para a justiça;
e pelas suas feridas fostes sarados” (1 Pe
2.24).
Na obra de Cristo todos os nossos
pecados são removidos de fato e a pena
não existe mais, pois foi inteiramente sa-
tisfeita na cruz. A alma de Cristo foi dada
em oferta pelos pecadores e Deus ficou
satisfeito, ou seja, nossos pecados foram
Ensinando as Nações
imputados a ele e sua justiça foi imputada
a nós, assim como Abrão (Gn 15.6).
Segundo o teólogo Louis Berkhof,
em sentido restrito da palavra, ele tomou o
lugar dos pecadores e a culpa deles lhe foi
atribuída e a punição que nós merecíamos
foi transferida para ele. O apóstolo Pedro
ainda afirma que sua morte foi vicária, isto
é, o justo pelos injustos para novamente
termos acesso a Deus (1 Pe 3.18).
O escritor de Hebreus também
afirma que temos ousadia para entrar no
Santuário pelo novo e vivo caminho con-
sagrado pelo seu sangue e que temos um
grande sacerdote nos representando sobre
a casa de Deus (Hb 10.19-23).
2 - Foi substitutiva
A palavra “substituto” não ocorre
na Bíblia, mas é uma ideia pontuada por
toda a Escritura. No AT, especialmente no
tabernáculo, quando o sacerdote fazia a
expiação anual pelos pecados do povo (Hb
9.7) tomava-se um carneiro e dois bodes
(Lv 16.3-34). Um dos bodes era sacrifica-
do e tinha seu sangue espargido no propi-
ciatório que continha a Lei que foi violada
pelo povo. O outro, era o bode expiatório
(azazel), onde o sacerdote se ajoelhava e
confessava todos os pecados da nação e
o enviava ao deserto, simbolizando que os
pecados dos israelitas eram levados para
fora do arraial para serem aniquilados no
deserto (vv.29-34).
Na nova aliança, advinda da pro-
messa de Deus de restaurar o homem (Gn
3.14-16), o apóstolo Pedro diz que Cristo
tomou sobre si a penalidade de nossos pe-
cados, carregando-os em seu corpo para
que vivêssemos por sua justiça (1 Pe 2.24).
Assim sendo, sua morte substitu-
tiva livrou-nos (cobriu ou tornou favorável)
totalmente da culpa pelos nossos pecados
removendo-os totalmente e demonstran-
do sua justiça neste tempo presente para
ser justo e justificador daquele que tem fé
59
através seu sangue para remissão dos pe-
cados (Rm 3.24-26).
3 - Foi redentiva
No NT são usadas várias palavras
gregas para expressar a ideia de redenção
(lyõ, lytron, rhyomai, sõzõ, etc). A ideia
principal é a libertação de um poder supe-
rior (Lei do pecado) a qual o transgressor
está submisso, necessitando desesperada-
mente de um redentor.
A epístola aos Hebreus exprime a
ação redentora de Cristo de maneira efi-
caz, colocando-o como único Sumo Sa-
cerdote no santuário onde Deus habita.
Segundo o Teólogo Merril C. Tenney, “o
sacerdócio de Arão não conseguia redimir
o homem pecador, o sacerdote era apenas
o regente espiritual da nação. Suas tarefas
eram presidir o santuário, o culto, os sa-
crifícios, os tesouros e consultar a vontade
de Deus. Segundo a ordem Aaraônica de
sumos sacerdotes, todos deveriam passar
por processos de purificações de roupas,
lavagens, sangue de bodes, carneiros e
eles também morriam e eram substituídos
por alguém da sua própria linhagem. Mas
Jesus, por ser o filho divino e humano, es-
tava apto a atuar como Sumo-Sacerdote,
pois seu sacerdócio é superior ao Aaraôni-
co (Hb 4.14 - 5.4).
Seu sacrifício não carecia de repe-
tição, pois ele próprio foi esta oferenda (Hb
9.28) completamente aceitável a Deus,
bem como o sumo-sacerdote que a ofe-
receu. Mais do que oferecer sacrifício para
cobrir o pecado dos homens, como faziam
os sacerdotes, Cristo traz a eterna salvação
àqueles que lhe obedecem.
Na realidade, ele entrou no próprio
céu, a fim de apresentar-se como Reden-
tor de todos salvos (Hb 9.24-26). Antes,
todos nós estávamos sob o domínio da Lei
do pecado e éramos considerados maldi-
tos por causa da desobediência (Gl 3.13).
Quando Cristo se fez maldito por nós, sua
Ensinando as Nações
morte nos resgatou e nos redimiu e fomos
recebidos como filhos por Deus (Jo 1.12;
Gl 4.4,5).
IV - EM RELAÇÃO À
HUMANIDADE
A morte de Cristo em relação à
humanidade instituiu a era da graça: “Por-
que a graça de Deus se há manifestado,
trazendo salvação a todos os homens” (Tt
2.11). Deus atraiu para si novamente todos
os homens (Jo 12.32,33) e, indistintamen-
te, possibilitou a restauração deles assegu-
rando uma nova oportunidade (Rm 3.23-
26). Porém, os benefícios disponibilizados
pela graça só podem ser usufruídos se o
homem se arrepender, ter uma fé salvífica
e converter-se de seus maus caminhos.
O teólogo e escritor Raimundo de
Oliveira afirma que a morte de Cristo tem
duplo aspecto: O universal e o restrito. Em
sentido universal, Cristo morreu pelos pe-
cados do mundo inteiro (1 Jo 2.2; Jo 3.16),
por cada indivíduo da raça humana (Hb
2.9), pelos ímpios (Rm 5.6-8), pela igreja
militante e por todos aqueles que são san-
tificados e salvos pela verdadeira mensa-
gem bíblica (Ef 5.25-27). O mundo inteiro
compartilha deste benefício.
Todavia, a sua morte só se torna
plenamente eficaz e redentora para os que
creem, ou seja, para a igreja triunfante.
Paulo afirma que o evangelho “é o poder
de Deus para salvação de todo aquele que
crê, ...” (Rm 1.16). Isto é, a morte de Cristo
é universal em seu alcance e escopo, mas
torna-se restrita em sua eficácia uma vez
que só aqueles que aceitarem a obra re-
dentiva na cruz serão salvos.
Judas e Pedro advertem os ho-
mens com muita seriedade a não distorce-
rem a graça de Deus em libertinagem, ou
usarem a liberdade como desculpas para
cometer pecados (Jd 4; 1 Pe 2.16). Assim
sendo, a graça salvífica torna-se propicia-
tória ao homem quando ele confessa seus
pecados (1 Jo 1.9) e há uma mudança de
60
mentalidade e direção, ou seja, a verdadei-
ra conversão. Paulo sintetiza em Romanos
12.1-3 que o método do antigo concerto
não tem mais eficácia, razão por que o ho-
mem precisa renovar sua mente na era da
graça.
1 - É eficiente para todos
mento a qualquer instante. Por isso, temos
que viver uma vida de santificação, justiça,
compromisso real, fé e esperança de que
ele virá e com a certeza de que se não vol-
tar hoje, amanhã, após nossa morte, tere-
mos a certeza absoluta de nossa redenção
eterna.

O escritor de Hebreus afirma que

CONCLUSÃO
um novo e vivo caminho foi aberto pelo
A obra de Cristo na cruz do Calvá-
seu sangue, e só entram por ele os ousa-
rio é o meio pelo qual todo aquele que con-
dos, de corações verdadeiros, cheios de
fia pode ser purificado de sua pecaminosi-
plena fé e com consciência e corpo lavados
dade e também pode encontrar respostas
com água limpa (Hb 10.20-22).
para suas indagações. Todos que aceitam
Estávamos rigorosamente con-
a obra da cruz andam na luz e são justifi-
denados e debaixo da ira de Deus, mas
cados de suas falhas.
a eficiência da obra da cruz nos trouxe
Em Cristo saímos das regiões das
uma nova oportunidade. O Teólogo Emery
trevas e fomos colocados nas regiões da
H. Bancroft disse: “mediante a morte de
luz. Infelizmente, não é essa a ideia do ho-
Cristo foi dada uma nova oportunidade. Na
mem moderno, porque o deus deste sé-
Antiga Aliança (AT), o homem foi provado
culo o cegou totalmente (2 Co 4.4) de tal
através da Lei, com referência à árvore do
forma que não consegue enxergar ou ter
conhecimento do bem e do mal; na nova
consciência do valor do sangue derramado
oportunidade o homem é provado sob a
na cruz.
graça, com referência a Jesus Cristo e sua
Que Deus nos ajude a abrir os
salvação”.
olhos daqueles que caminham cegos e
sem direção, e que através da pregação do
2 - É eficiente para a salvação
evangelho possamos conscientizar os pe-
cadores perdidos, colocando-os em direção
O sacrifício de Cristo possibilita ao
à eternidade com Deus.
homem a reconciliação com Deus nova-
mente, garantindo salvação e vida eterna
(Rm 5.10), ou seja, para sempre foi re- QUESTIONÁRIO
movida a condenação contra os eleitos de
Deus. Alguém disse que Satanás, o nosso 1 - Qual o significado de redenção na
acusador, tenta trazer à tona nossos erros Lei mosaica?
do passado com o propósito de construir 2 - Qual o escopo da redenção?
pontes que nos liguem àquela época para
3 - Por que a morte de Cristo foi vi-
que não creiamos que a salvação já foi al-
cançada. Mas, bendito seja seu sacrifício cária?
por nós, pois agora está sentado à direita 4 - Por que a morte de Cristo é reden-
de Deus e intercede por nós (Rm 8.33,34). tora?

3 - É a base para a nossa ressurreição

Seu sacrifício fundamentou a base

de nossa ressurreição, pois acreditamos na
doutrina da iminência, que é o arrebata-
Ensinando as Nações 61
 VISÃO ALGUMA É MAIOR DO QUE O
PODER DE DEUS QUE OPERA EM NÓS
Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os fins da terra por tua possessão
Sl 2.8

Segundo Trimestre - 2022 - nº 85 Terceiro Trimestre - 2022 - nº 86 Quarto Trimestre - 2022 - nº 87

ALUNO ENCARTE DO PROFESSOR ENCARTE DO PROFESSOR

40 Anos
EDIÇÃO ESPECIAL

Templo da Assembleia de Deus de Anápolis, Templo da Assembleia de Deus de Anápolis, Templo da Assembleia de Deus de Anápolis,
Br. 153, Fazenda Degredo, Trevo de Pirenópolis | Pirenópolis | GO Rua Miguel Elias, Qd 52, Lt 01, Bairro São Carlos | Anápolis | GO Praça da Bíblia, Área 2, Jardim Bandeirante | Anápolis | GO

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O ESPAÇO E A VALORIZAÇÃO DOS NOSSOS ESCRITORES

Ensinando as Nações 62
 CONVENÇÕES DA CIAD NOS ESTADOS
PARA O 4º TRIMESTRE

Outubro a Dezembro
Obreiros no

14º ENCOB - Encontro de Obreiros no Estado do Paraná

de Es
tro
on

ta
do
ENCOB - Enc

14 e 15 de Outubro
d o Paraná

(São José dos Pinhais | Curitiba - PR)

CIAD
Convenção Internacional
da Assembleia de Deus Pr. José Vitor Galdino (Líder de Campo)
EM TUDO VIVAMOS COMO MINISTROS DE CRISTO

2ª CONFIEMIG - Convenção Filiada no Estado de Minas Gerais

21 e 22 de Outubro
CIAD
(Uberlândia - MG)
Convenção Internacional
da Assembleia de Deus
Pr. Edevan de Freitas Guimarães (Presidente)
EM TUDO VIVAMOS COMO MINISTROS DE CRISTO
çã o Filiada n
en o

8ª CONFIESE - Convenção Filiada no Estado de Sergipe

E
nv
st
o
-C

ad
od

28 e 29 de Outubro
FI E SE

e Sergipe
CO N

CIAD
(Aracajú - SE)
Convenção Internacional
da Assembleia de Deus
Pr. Adilson Evangelista de Jesus (Presidente)
OBREIROS POR UMA CAUSA, EVANGELIZAR O MUNDO
reiros no E
Ob

2º ENCOB - Encontro de Obreiros no Estado do Rio de Janeiro

st
de a
tro

do
CO B - E n c o n

do

25 e 26 de novembro
Rio de Jane

(Rio de Janeiro - RJ)

EN

CIAD
Pr. Daniel Pereira Machado (Líder de Campo)
i ro
1º

Convenção Internacional
da Assembleia de Deus

OBREIROS POR UMA CAUSA, EVANGELIZAR O MUNDO

ATENÇÃO PRESIDENTES DAS CONVENÇÕES FILIADAS, CONSELHOS CONSULTIVOS, LÍDERES

DE CAMPOS E DIRIGENTES. OBSERVEM A DOCUMENTAÇÃO E CURSO TEOLÓGICO EXIGIDOS
PARA AS NOVAS CONSAGRAÇÕES DE OBREIROS.
Ensinando as Nações 63
Ensinando as Nações 64