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REVISÃO DE FILOSOFIA

1- Leia e, em seguida, responda:

“É praticamente impossível treinar todos os súditos de um [Estado] nas artes da guerra e


ao mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos magistrados.”
(Jean Bodin, teórico do absolutismo, em 1578).

Essa afirmação revela que a razão principal de as monarquias européias recorrerem ao


recrutamento de mercenários estrangeiros, em grande escala, devia-se à necessidade de

a) conseguir mais soldados provenientes da burguesia, a classe que apoiava o rei.


b) completar as fileiras dos exércitos com soldados profissionais mais eficientes.
c) desarmar a nobreza e impedir que esta liderasse as demais classes contra o rei.
d) manter desarmados camponeses e trabalhadores urbanos e evitar revoltas.
e) desarmar a burguesia e controlar a luta de classes entre esta e a nobreza.

2- Principalmente a partir do século XVI vários autores passam a desenvolver teorias,


justificando o poder real. São os legistas que, através de doutrinas leigas ou religiosas,
tentam legalizar o Absolutismo. Um deles é Maquiavel: afirma que a obrigação suprema
do governante é manter o poder e a segurança do país que governa.

Para isso deve usar de todos os meios disponíveis pois que "os fins justificam os meios."
Qual das opções abaixo expressa sua obra mais famosa?
a) "Leviatã"
b) "Do Direito da Paz e da Guerra"
c) "República"
d) "O Príncipe"
e) "Política Segundo as Sagradas Escrituras"

3- Leia o texto a seguir.


A República de Veneza e o Ducado de Milão ao norte, o reino de Nápoles ao sul, os
Estados papais e a república de Florença no centro formavam ao final do século XV o que
se pode chamar de mosaico da Itália sujeita a constantes invasões estrangeiras e
conflitos internos. Nesse cenário, o florentino Maquiavel desenvolveu reflexões sobre
como aplacar o caos e instaurar a ordem necessária para a unificação e a regeneração da
Itália.
(Adaptado de: SADEK, M. T. “Nicolau Maquiavel: o cidadão sem fortuna, o intelectual de virtú”. In: WEFORT,
F. C. (Org.). Clássicos da política. v.1. São Paulo: Ática, 2003. p.11-24.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a filosofia política de Maquiavel, assinale a
alternativa correta.
a) A anarquia e a desordem no Estado são aplacadas com a existência de um Príncipe
que age segundo a moralidade convencional e cristã.
b) A estabilidade do Estado resulta de ações humanas concretas que pretendem evitar
a barbárie, mesmo que a realidade seja móvel e a ordem possa ser desfeita.
c) A história é compreendida como retilínea, portanto a ordem é resultado necessário do
desenvolvimento e aprimoramento humano, sendo impossível que o caos se repita.
d) A ordem na política é inevitável, uma vez que o âmbito dos assuntos humanos é
resultante da materialização de uma vontade superior e divina.
e) Há uma ordem natural e eterna em todas as questões humanas e em todo o fazer
político, de modo que a estabilidade e a certeza são constantes nessa dimensão.
4- “Porque as leis de natureza (como a justiça, a equidade, a modéstia, a piedade, ou,
em resumo, fazer aos outros o que queremos que nos façam) por si mesmas, na
ausência do temor de algum poder capaz de levá-las a ser respeitadas, são contrárias
a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para a parcialidade, o orgulho, a
vingança e coisas semelhantes.”
Thomas Hobbes de Leviatã
Em relação ao papel do Estado, Hobbes considera que:
a) O seu poder deve ser parcial. O soberano que nasce com o advento do contrato social
deve assiná-lo, para submeter-se aos compromissos ali firmados.
b) A condição natual do homem é de guerra de todos contra todos.
c) Os homens são, por natureza, desiguais. Por isso, a criação do Estado deve servir omo
instrumento de realização da isonomia entre tais homens.
d) A guerra de todos contra todos surge com o Estado repressor. O homem não deve se
submeter de bom grado à violência estatal.

5- O Absolutismo monárquico manifestou-se de formas variadas, entre os séculos XVI e


XVIII na Europa, através de um conjunto de práticas e doutrinas político-econômicas que
fundamentavam a atuação do Estado Nacional Absoluto. Dentre essas práticas e
doutrinas, identificamos corretamente a:
a) condenação da doutrina política medieval que justificava a autoridade monárquica
absoluta através do Direito Divino dos Reis
b) concentração dos poderes de governo e da autoridade política na pessoa do Rei
identificado com o Estado
c) promoção política das burguesias nacionais, principais empreendedores mercantis
da expansão econômica e geográfica do Estado Moderno Absoluto
d) adoção de práticas capitalistas e liberais como fundamento da organização
econômica dos Impérios coloniais controlados pelas Monarquias européias
e) rejeição dos princípios mercantilistas: dirigismo econômico e protecionismo
alfandegário.

6- O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu


propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros
poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os
distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.

a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.

b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários.

c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.

d) neutralidade diante da condenação dos servos.

e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.

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