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Idealmente, é preciso
ser temido e amado, mas é difícil reunir os dois pensamentos. Se uma das duas posturas precisa ser
sacrificada, digo que é muito mais seguro ser temido que amado(...). Os homens hesitam menos em
prejudicar um homem que se torna amado do que outro que se torna temido(...). Geralmente, os
homens são ingratos, desonestos, covardes e gananciosos.” (MAQUIAVEL, Nicolau. O Príncipe)
O autor acima citado se coloca como o fundador da ciência política moderna, dada a importância de
sua obra. Sobre a consolidação do absolutismo monárquico, toma corpo o vulto de um monarca:
2 - "Como não há poder político sem a vontade de Deus, todo governo, seja qual for sua origem, justo
injusto, pacífico ou violento, é legítimo; todo depositário da autoridade, seja qual for, é sagrado;
revoltar-se contra ele é cometer sacrilégio." (Jacques Bossuet)
Assinale:
a) se somente os itens 1 e 3 estão corretas.
b) se somente os itens 2 e 4 estão corretas.
c) se somente os itens 3 e 4 estão corretas.
d) se somente os itens 1 e 2 estão corretos.
e) se somente os itens 2 e 3 estão corretas.
4. (Unicamp-SP) "Todo o poder vem de Deus. Os governantes, pois, agem como ministros de Deus e
seus representantes na terra. Conseqüentemente, o trono real não é o trono de um homem, mas o trono
do próprio Deus." (Jacques Bossuet, Política tirada das palavras da Sagrada Escritura, 1709.)
"[...] Que seja prefixada à Constituição uma declaração de que todo o poder é originalmente concedido
ao povo e, conseqüentemente, emanou do povo."
(Emenda constitucional proposta por Madison em 8 de junho de 1789)
6 - (CESGRANRIO/RJ) "... o príncipe, que trabalha para o seu Estado,trabalha para os seus filhos, e o
amor que tem pelo seu reino, confundido com o que tem pela sua família, torna-se-lhe natural... O rei
vê de mais longe e de mais alto; deveacreditar-se que ele vê melhor..."
(Jacques de Bossuet. Política tirada da Sagrada Escritura. Livro II, 10ª. proposição e
Livro VI, artigo1º.)
O trecho acima se refere ao absolutismo monárquico, que se constituiu no próprio modelo dos regimes
políticos dos estados europeus do Antigo Regime. Apresentou variáveis locais conforme se expandia
na Europa, entre os séculos XVI e XVIII.
Entretanto, podemos identificar no absolutismo monárquico características comuns que
o distinguiam, entre as quais destacamos corretamente a:
A - implementação de práticas econômicas liberais como forma de consolidar a aliança
política e econômica dos reis absolutos com as burguesias nacionais;
B - unificação de diversas atribuições de Estado e de governo na figura dos monarcas,
tais como a prerrogativa de legislar e a administração da justiça real;
C - substituição de um tipo de administração baseada na distribuição de privilégios econcessões régias
por uma organização burocrática profissional que atuava ematividades desvinculadas do Estado;
D - submissão política dos governos reais absolutistas à hierarquia eclesiástica,
conforme definido pela doutrina do Direito Divino dos Reis;
E - definição da autoridade dos monarcas absolutos e seus limites de poder, através daatuação dos
parlamentos nacionais constitucionalistas, controlados por segmentosburgueses.
7 - (UFF 2010)
De acordo com o filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), em seu estado natural, os seres
humanos são livres, competem e lutam entre si. Mas como têm em geral a mesma força, o conflito se
perpetua através das gerações, criando um ambiente de tensão e medo permanentes. Para Hobbes,
criar uma sociedade submetida à lei e na qual os seres humanos vivam em paz e deixem de guerrear
entre si, pressupõe que todos os homens renunciem a sua liberdade original e deleguem a um só deles
(o soberano) o poder completo e inquestionável. Assinale a modalidade de governo que desempenhou
importante papel na Filosofia Política Moderna e que é associada à teoria política de Hobbes.
A) Monarquia censitária
B) Monarquia absoluta
C) Sistema parlamentar
D) Despotismo esclarecido
E) Sistema republicano
8 - Segundo Hobbes (1588-1679), podemos definir estado de natureza como sendo o lugar onde
B) os homens são bons, “bons selvagens inocentes”, vivendo em estado de felicidade original.
C) todos são proprietários de suas vidas, de seus corpos, de seus trabalhos, portanto, todos são
proprietários.
D) reina o medo entre os indivíduos, que temem a morte violenta, que vivem isolados e em luta
permanente, guerra de todos contra todos.
9 (UEL-2005) “Hobbes realiza o esforço supremo de atribuir ao contrato uma soberania absoluta e
indivisível [...]. Ensina que, por um único e mesmo ato, os homens naturais constituem-se em
sociedade política e submetem-se a um senhor, a um soberano. Não firmam contrato com esse senhor,
mas entre si. É entre si que renunciam, em proveito desse senhor, a todo o direito e toda liberdade
nocivos à paz”. (CHEVALLIER, Jean-Jacques. As grandes obras políticas de Maquiavel a nossos
dias. Trad. de Lydia Cristina. 7. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1995. p. 73.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o contrato político em Hobbes, considere as afirmativas
a seguir.
I. A renúncia ao direito sobre todas as coisas deve ser recíproca entre os indivíduos.
II. A renúncia aos direitos, que caracteriza o contrato político, significa a renúncia de todos os direitos
em favor do soberano.
IV. O contrato que funda o poder político visa pôr fim ao estado de guerra que caracteriza o estado de
natureza.
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) I, III e IV.
10 - (UFU 1/1999) Para John Locke, filósofo político inglês, os direitos naturais do homen eram
11 - (UFU 1/1999) Para Thomas Hobbes e John Locke, a comunidade política era
B) direito natural.
C) mandamento divino.
E) um estado democrático.
12 - (UFU 2ª fase Janeiro de 1999)"A maneira única em virtude da qual uma pessoa qualquer
renuncia à liberdade natural e se reveste dos laços da sociedade civil consiste em concordar com
outras pessoas em juntar-se e unir-se em comunidade para viverem em segurança, conforto e paz umas
com as outras, gozando garantidamente das propriedades que tiverem e desfrutando de maior proteção
contra quem quer que não faça parte dela. Qualquer número de homens pode fazê-lo, porque não
prejudica a liberdade dos demais; ficam como estavam no estado de natureza".
(LOCKE, John. - Segundo Tratado sobre o governo civil. - Col. Os Pensadores. 1978)
13 (UFU 2ª Fase Janeiro de 2000) "Não é necessário, tampouco conveniente, que o poder legislativo
esteja sempre reunido; mas é absolutamente necessário que o poder executivo seja permanente, visto
como nem sempre há necessidade de elaborar novas leis, mas sempre existe a necessidade de executar
as que foram feitas".
(Locke. Segundo Tratado sobre o governo. Col. Os Pensadores, Abril Cultura, 1978)
Segundo Locke (1632-1704), qual a relação que existe entre os poderes executivo e legislativo,
decorrente do tipo de soberania existente no contrato?
14 (UFU 1ª Fase Janeiro de 2004)John Locke justificou a existência do Estado com estas palavras:
LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo. Trad. de E. Jacy Monteiro. 3 ed. São Paulo: Abril
Cultural, 1983, p. 121. Coleção .Os Pensadores..
I . A propriedade privada é contratual, isto é, ela é subseqüente ao nascimento do Estado, que institui o
direito à propriedade, distribuindo a cada um aquilo que era propriedade comunal no estado de
natureza.
II . A propriedade privada surge com o aparecimento da sociedade civil, a geradora do Estado, que é a
instituição suprema que tem, inclusive, a prerrogativa de suprimir a propriedade em benefício da
segurança do Estado.
III . A propriedade privada é parte do estado de natureza, pois o homem possui a propriedade de si
mesmo e, com isso, tem o direito de tornar como sua propriedade aquilo que está vinculado com seu
trabalho.
A) III e IV
B) I e II
C) II e III
D) II e IV
6)(UEL-2005) “Se todos os homens são, como se tem dito, livres, iguais e independentes por natureza,
ninguém pode ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder político de outro sem o seu próprio
consentimento. A única maneira pela qual alguém se despoja de sua liberdade natural e se coloca
dentro das limitações da sociedade civil é através do acordo com outros homens para se associarem e
se unirem em uma comunidade para uma vida confortável, segura e pacífica uns com os outros,
desfrutando com segurança de suas propriedades e melhor protegidos contra aqueles que não são
daquela comunidade”. (LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo civil. Trad. de Magda Lopes
e Marisa Lobo da Costa.
II. O poder político tem limites, sendo legítima a resistência aos atos do governo se estes violarem
III. Todos os homens nascem sob um governo e, por isso, devem a ele submeter-se ilimitadamente.
IV. Se o homem é naturalmente livre, a sua subordinação a qualquer poder dependerá sempre
de seu consentimento.
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) I, III e IV.