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Senai-BA - Freios
Senai-BA - Freios
FREIOS
CIMATEC
FREIOS
Salvador
2007
1. Freios I. Título
CDD 629.2
___________________________________________________
SENAI CIMATEC
Av. Orlando Gomes, 1845 - Piatã
Salvador – Bahia – Brasil
CEP 41650-010
Tel.: (71)3462-9500
Fax. (71) 3462-9599
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APRESENTAÇÃO
Este material didático foi preparado para funcionar como instrumento de consulta.
Possui informações que são aplicáveis de forma prática no dia-a-dia do profissional,
e apresenta uma linguagem simples e de fácil assimilação. É um meio que
possibilita, de forma eficiente, o aperfeiçoamento do aluno através do estudo do
conteúdo apresentado no módulo.
SUMÁRIO
CAPITULO I - INTRODUÇÃO......................................................................................7
CAPITULO II - COMPONENTES DO SISTEMA DE FREIOS.....................................8
CAPITULO III - TEORIA DA FRENAGEM...................................................................9
3.0 Energia............................................................................................................................9
3.1 Potência..........................................................................................................................9
3.2 Atrito..............................................................................................................................10
3.3 Tração............................................................................................................................10
3.4 Peso e equilíbrio.........................................................................................................11
3.5 Alavancagem Mecânica............................................................................................12
3.6 Princípios Hidráulicos..............................................................................................13
CAPITULO IV - FREIOS A TAMBOR........................................................................15
4.1 COMPONENTES DO FREIO A TAMBOR..............................................................16
CAPITULO V - FREIOS A DISCO.............................................................................20
5.0 COMPONETES DO FREIO A DISCO......................................................................21
CAPÍTULO VI - CILINDRO - MESTRE......................................................................25
CAPÍTULO VII - LINHAS DE FREIO.........................................................................28
CAPÍTULO VIII - FLUIDO DE FREIO.......................................................................28
CAPÍTULO IX - VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO......................................29
CAPÍTULO X - FREIOS SERVO ASSISTIDOS.........................................................30
10.0 Amplificador de diafragma....................................................................................30
10.1 Amplificador de diafragma duplo........................................................................31
10.2 Amplificador hidráulico..........................................................................................31
Referências................................................................................................................ 32
CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO
3.0 Energia
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Energia é a capacidade de realizar trabalho . Energia pode ser convertida de uma
forma para outra mas nunca ser destruída. Movimentar um veículo requer o uso de
energia. A energia nunca se perde, mas altera sua forma. Quando você coloca
combustível num carro, ele é líquido, mas contém energia potencial ou a habilidade
para fazer um trabalho.
Quando a gasolina é injetada dentro do motor e incendiada, a energia potencial do
líquido altera seu estado torna-se energia do calor. O motor converte esta energia do
calor em movimento, e então, usando diferentes componentes do veículo, transfere
este movimento para as rodas. As rodas giram, usando este movimento para mover
o veículo. Finalmente, quanto mais o veículo é acionado, mais aquecidos ficam os
pneus. Isto é a energia sendo liberada em forma de calor.
3.1 Potência
3.2 Atrito
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O atrito é a resistência ao movimento entre dois objetos em contato um com o outro.
Pelo atritar das superfícies juntas, uma
energia rotativa é transformada em
energia de calor.
Esta mudança ocorre por causa do
atrito causado entre as duas
superfícies. O sistema de freios usa o
atrito para diminuir a velocidade, parar e
manter paradas as rodas de um veículo.
Para parar um veículo, o atrito tem que
ser feito para converter a energia em
calor.
As pastilhas de freio e as sapatas
aplicam atrito ao tambor ou disco para
converter esta energia em calor.
3.3 Tração
Tração e atrito trabalham juntos para que os pneus agarrem na pista. Como as
sapatas de freio e tambores requerem atrito para diminuir a velocidade ou parar a
rotação das rodas,os pneus requerem atrito para diminuir ou parar o momento do
veículo. A habilidade dos pneus de fornecer este atrito é chamada de tração. Não
importa quando bem os freios param a rotação das rodas, se os pneus não
fornecerem tração, o veículo não parará. A quantidade de tração disponível para
parar um veículo depende de muitas condições. Se um veículo é usado sobre neve
ou gelo, a tração dos pneus será reduzida. O desenho da banda de rodagem precisa
ser correto para vir de encontro às condições da pista.
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3.4 Peso e equilíbrio
Peso e equilíbrio são dois fatores importantes para parar um veículo com segurança.
É preciso haver equilíbrio entre a força de frenagem enviada às rodas de um e de
outro lado, e da frente para a traseira. Se a força de frenagem não está equilibrada,
poderia causar o travamento de uma roda. Quando a roda de um veículo trava ou
não gira porque os freios mantêm a roda presa, a tração é perdida entre o pneu e a
pista. Isto pode causar uma parada pobre, deslizamento e perda de controle. A taxa
de peso de frenagem é a comparação dos esforços de frenagem entre as rodas
dianteiras e traseiras. Quando um veículo é freado, seu peso tende a ser transferido
para as rodas dianteiras. Isto faz com que as rodas dianteiras sejam prensadas
contra a pista com maior força. Ao mesmo tempo, as rodas traseiras perdem um
pouco de sua aderência à pista. Como resultado, os freios dianteiros freiam mais do
que os traseiros.
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3.5 Alavancagem Mecânica
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3.6 Princípios Hidráulicos
A teoria hidráulica é baseada no fato de que os líquidos não são compressíveis. Uma
mola de aço comprime-se quando um peso ou uma força é colocado sobre ela. Um
líquido num recipiente não se comprimirá quando a mesma força é aplicada na
superfície do líquido. A força ou pressão será aplicada por igual a toda a superfície
do recipiente. Se dois pistões de igual tamanho estão num recipiente do sistema
hidráulico, qualquer força aplicada a um dos pistões será transferida ao outro,
movendo o pistão a uma distância igual. Equipamentos hidráulicos são usados nos
sistemas de freio modernos para adicionar força à alavancagem mecânica.
Equipamentos hidráulicos combinados com alavancagem mecânica e componentes
do freio diminuem a velocidade e param o veículo.
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Pistões que possuem uma área de superfície maior podem criar mais força usando a
mesma pressão que um pistão com uma área de superfície menor. A área do pistão
determina quanta força a mais um pistão pode exercer sobre um objeto. Um pistão
com uma grande área de superfície moverá uma distância menor usando mais fluido,
mas tem mais força para mover um objeto. Um pistão com pequena área move-se
uma distância maior com a mesma quantidade de fluido, mas tem muito menos força
por causa da área de superfície menor. Como o ar é compressível, não pode haver
ar no sistema. Se houver, o ar será comprimido e o movimento do fluido será
reduzido ou mesmo completamente parado.
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CAPÍTULO IV - FREIOS A TAMBOR
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4.1 COMPONENTES DO FREIO A TAMBOR
Tambor de freio
O tambor de freio é feito de ferro fundido e gira junto com a roda. O tambor de freio
possui uma superfície interna usinada que serve como superfície de frenagem. É
contra esta superfície usinada que as sapatas de freio fazem contato com o tambor
de freio. O tambor de freio precisa ser capaz de liberar grandes quantidades de
energia convertida em calor que é dissipado pelo ar atmosférico.
Como as superfícies usinadas gastam-se, a espessura do tambor diminui,
enfraquecendo o tambor. Tambores de freio têm um diâmetro máximo interno
estampado no tambor. Uma vez que o diâmetro do tambor foi ultrapassado em razão
de desgaste ou usinagem, o tambor precisa ser substituído.
Como o tambor de freio desgasta-se, marcas altas e baixas desenvolvem-se na
superfície interna do tambor de freio. A usinagem do diâmetro interno ou área de
superfície de atrito do tambor de freio restaura a superfície do tambor de freio, para
voltar a ser uma superfície redonda e macia. A diminuição da espessura da parede
em razão de usinagem excessiva ou desgaste fará com que o tambor de freio
exceda ao diâmetro máximo para tambor de freio.
Se o diâmetro máximo de um tambor de freio é excedido, torna-se fraco e as sapatas
de freio empurrarão o tambor de freio para fora durante a aplicação de uma
frenagem brusca, causando uma frenagem pobre e insegura.
Cilindros das rodas dos freios a tambor são montados na placa de apoio com
retentores.
O cilindro da roda recebe pressão hidráulica quando o motorista empurra o pedal de
freio.
A pressão hidráulica atua sobre os cilindros das rodas, empurrando os pistões para
fora e no lado interno das sapatas de freio. As sapatas de freio por sua vez são
forçadas contra o tambor de freio que está girando, diminuindo a velocidade do
veículo. Os cilindros das rodas possuem vedadores de poeira para mantê-Io livre de
poeira e água. Uma pequena mola de retorno do pistão é colocada entre os pistões
para alinhar e retornar os pistões após a aplicação do freio.
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Sapatas de freio
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Algumas empresas usam uma fibra criada pelo homem, o Kevlar, ao passo que
outras usam uma combinação de aço e fibras minerais. O material de atrito é
rebitado ou colado numa sapata de aço. O atrito do freio ou material da lona precisa
ser trocado uma vez que as lonas atinjam a espessura mínima. Se a espessura
mínima for excedida, a sapata de aço na qual o material de atrito é fixado agredirá o
tambor de freio causando ruído e danos.
Molas e retentores mantém as sapatas na placa de apoio. A placa de apoio é
aparafusada ao conjunto do eixo.
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Freio de estacionamento
1. Pedal
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CAPÍTULO V - FREIOS A DISCO
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5.0 COMPONETES DO FREIO A DISCO
Pinça do freio
A pinça do freio é montada no eixo da roda e não gira com o conjunto da roda. A
pinça do freio parece e funciona de forma muito parecida a um grampo C. A pinça do
freio contém um pistão hidráulico, vedadores para reter o fluido hidráulico e um
parafuso sangrador para remover bolhas de ar do sistema hidráulico. Há três tipos de
pinças de freio:fixas, flutuantes e deslizantes.
Pinças de freio podem usar um ou dois pistões para pressionar a pastilha de freio
contra o disco do freio. As pastilhas são mantidas no lugar pela pinça do freio. As
pinças de freio são fixadas ao conjunto do eixo usando uma variedade de retentores
dependendo do fabricante.
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Pinça de freio fixa
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Disco do freio
Discos de freio são de ferro fundido, tipicamente macio. Além dos sólidos, há os
discos internamente ventilados, para dissipar o calor. Assim que o ar proveniente do
movimento do veículo passa pelo disco o calor é dissipado no fluxo de ar que passa.
Os discos internamente ventilados possuem uma área de superfície maior para
dissipar o calor permitindo uma transferência de calor mais eficiente que os discos
sólidos. O disco de freio precisa ser perfeitamente redondo e macio. Um disco que
não esteja plano ou reto nas áreas de contato com as pastilhas causará frenagens
pobres. Para restaurar a maciez de um disco, a superfície plana do disco pode ser
usinada. Como os tambores de freio, os discos de freio têm uma espessura mínima,
que não pode ser excedida. Se o disco de freio for usinado além desta espessura
mínima, falhas no disco e no sistema podem ocorrer.
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Pastilha de freio
Como os tambores de freio, os discos de freio também precisam ter alguma forma de
material de atrito para estar em contato com o disco do freio e produzir o atrito.
Desde que o atrito produz calor às pastilhas de freio precisam ser capazes de livrar-
se do calor e resistir à força de aperto da pinça do freio. A maioria das pastilhas de
freio usa uma combinação de fibras metálicas num material resinado para criar o
material de atrito. Este material é então fixado a uma placa de aço, compondo a
pastilha de freio. A pinça de freio então empurra esta placa de aço com o material de
atrito fixado de encontro ao disco giratório.
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A operação dos freios a disco
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O cilindro-mestre possui um reservatório separado e um pistão com gaxeta de
vedação para cada par de rodas diagonalmente opostas. Os dois pistões são
tipicamente encontrados um atrás do outro. Os dois pistões separados no cilindro-
mestre permitem que o sistema de freio possua dois sistemas de frio individuais. Se
um sistema de freio falhar por causa de vazamentos, o outro sistema separado ainda
permitirá que duas rodas tenham pressão hidráulica de frenagem. Os pistões no
cilindro-mestre empurram o fluido de freio para os freios individuais. Isto faz com que
os pistões nos cilindros de freio apliquem os freios. Como as pastilhas de freios se
desgastam, fluido é adicionado ao sistema no reservatório de fluido, no cilindro-
mestre, compensar a diminuição do nível.
A junta e a tampa do reservatório são projetadas para manter o fluido livre de
contaminantes.
O cilindro-mestre do freio contém um pistão primário e um pistão secundário.
Quando o pedal do freio é pressionado, a haste de impulso do cilindro-mestre
empurra o pistão primário. Isto fecha a porta de retorno e aplica pressão ao fluido
hidráulico entre os pistões primário e secundário. Então o pistão secundário é
empurrado para frente e a pressão hidráulica é transferida para os freios controlados
por aquele pistão.
Uma vez que a pressão do pedal do freio é liberada, a pressão hidráulica e amola
retornam o pistão primário. O pistão retorna mais rapidamente do que o fluido pode
retornar dos freios, de forma que o fluido do reservatório preenche o espaço entre os
dois pistões. Uma vez que o pistão primário retornou, todo o excesso de fluido de
freio retorna ao reservatório.
Este processo é similar para o pistão secundário.
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Cilindros-mestre usam dois pistões para dividir os sistemas de freio em dois sistemas
separados. Em alguns veículos, os dois freios dianteiros serão conectados a uma
metade do cilindro-mestre duplo, enquanto os dois freios traseiros serão conectados
à outra metade.
Este sistema é conhecido como sistema de freios dividido em frente e traseira.
Em outros veículos o sistema de freio pode ser dividido diagonalmente. Este sistema
possui um freio dianteiro conectado ao freio traseiro oposto. Isto proporciona a
vantagem de ter sempre o freio de uma roda dianteira em operação, mesmo durante
uma falha parcial de freio. Desde que os freios dianteiros contribuem com a maior
parte da força de frenagem de um veículo, isto pode melhorar a segurança durante
uma falha parcial do freio.
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CAPÍTULO VII - LINHAS DE FREIO
Linhas de freio é uma série de tubos de aço que contém fluido de freio. A pressão
criada no sistema hidráulico pelo cilindro-mestre é transmitida através do fluido nas
linhas de freio para os sistemas de freio e componentes. As linhas de freio precisam
ser fortes o suficiente para resistir às grandes pressões exercidas pelo fluido de freio.
Linhas de aço são usadas no veículo exceto em áreas onde a linha precisa mover-se
ou fiexionar-se.
Linhas flexíveis de borracha especial são usadas nas áreas que requerem que a
linha de freio se mova ou fiexione-se. As linhas de freio sob a carroceria, nas rodas,
é um exemplo de quando uma linha flexível é necessária.
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CAPÍTULO IX - VÁLVULA REGULADORA DE PRESSÃO
É uma válvula reguladora de pressão do fluído dos freios traseiros que aplica a carga
necessária de acordo com a carga transportada, evitando que as rodas traseiras
travem antes das dianteiras nas freadas bruscas.
Válvula reguladora de
pressão
A válvula funciona a partir de uma mola que é comprimida por uma haste e que
libera mais ou menos fluido para frenagem, de acordo com carga imprimida nos
eixos.
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CAPÍTULO X - FREIOS SERVO ASSISTIDOS
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10.1 Amplificador de diafragma duplo
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Referências
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