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UNIVERSIDADE SALVADOR

STEAM – ESCOLA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS


FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

ANDERSON ADEMIR ROBINSON

ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL COM


CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL LEED EM FEIRA DE SANTANA – BA

FEIRA DE SANTANA
2023
ANDERSON ADEMIR ROBINSON

ESCOLA PÚBLICA DE ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL COM


CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL LEED EM FEIRA DE SANTANA – BA

Monografia do Trabalho Final de Graduação


apresentado ao Curso de Arquitetura e Urbanismo
da UNIFACS – Universidade Salvador, como
requisito parcial para obtenção do título de bacharel
em Arquitetura e Urbanismo.

Orientador: Carolina del Pilar Carvallo Pinto

FEIRA DE SANTANA
2023
Dedico este trabalho ao meu amor, por
todo seu apoio incondicional durante todos
estes anos e por a cada dia servir como
inspiração pessoal e profissional.
AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meus pais, irmãs e sobrinhos que, mesmo de longe, demostraram


todo seu carinho e incentivo, ao meu amor que sempre esteve ao meu lado, aos
professores que contribuíram para minha formação acadêmica e aos amigos e
colegas de graduação, pelo companheirismo e alegrias que me proporcionaram.
Agradeço, em especial, à professora Carolina del Pilar Carvallo Pinto, ao professor
Leonardo Teixeira Kelsch Vieira e a Vitor Claudino e toda sua equipe.
RESUMO

Este trabalho tem como objetivo a elaboração do anteprojeto de uma Escola de


Ensino Médio em Tempo Integral com Certificação Ambiental LEED – Leadership in
Energy and Environmental Design, em Feira de Santana – BA, apresentando os
aspectos relacionados à aplicação de um protocolo de certificação ambiental às
diversas etapas de seu desenvolvimento. Foi realizada pesquisa e aprofundamento
em relação ao tema e ao seu processo histórico, análise de projetos referenciais
correlatos e o diagnóstico da área de intervenção, incluindo os aspectos físicos,
históricos, econômicos, legais, urbanos e paisagísticos. Definiu-se o conceito e o
partido arquitetônicos e foram estabelecidos o programa de necessidades, o pré-
dimensionamento, o funciograma, a setorização e o zoneamento, possibilitando o
desenvolvimento das demais etapas do anteprojeto.

Palavras-chave: Escola de Ensino Médio em Tempo Integral. Arquitetura Escolar.


Certificação Ambiental.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Tipologias de Certificado Ambiental LEED – Leadership in Energy and


Environmental Design ............................................................................................... 23
Figura 2 – Áreas de Avaliação dos Projetos na Certificação Ambiental LEED –
Leadership in Energy and Environmental Design...................................................... 23
Figura 3 – Níveis de Certificação Ambiental LEED – Leadership in Energy and
Environmental Design ............................................................................................... 24
Figura 4 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Planta Baixa – Primeiro Nível.......... 27
Figura 5 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Planta Baixa – Segundo Nível......... 28
Figura 6 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Programa Geral............................... 29
Figura 7 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Zonas Recreativas .......................... 30
Figura 8 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Extensões das Salas de Aula.......... 31
Figura 9 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Atividades Recreativas .................... 31
Figura 10 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Atividades Esportivas .................... 32
Figura 11 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Atividades Culturais ...................... 32
Figura 12 – Gökçeada High School Campus – Implantação ..................................... 34
Figura 13 – Gökçeada High School Campus – Planta Baixa – Pavimento Térreo .... 35
Figura 14 – Gökçeada High School Campus – Planta Baixa – Pavimento Superior . 36
Figura 15 – Gökçeada High School Campus – Edifícios Educacionais ..................... 37
Figura 16 – Gökçeada High School Campus – Pátios Externos ............................... 37
Figura 17 – Gökçeada High School Campus – Diagrama das Áreas Comuns Internas
.................................................................................................................................. 38
Figura 18 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen ............................. 39
Figura 19 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Exterior ............. 40
Figura 20 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Planta Baixa –
Pavimento Térreo ...................................................................................................... 41
Figura 21 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Planta Baixa –
Subsolo ..................................................................................................................... 42
Figura 22 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Arquibancadas . 43
Figura 23 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Quadras Esportivas
.................................................................................................................................. 43
Figura 24 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Planta Baixa –
Pavimento Superior ................................................................................................... 44
Figura 25 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Salão de Esportes
com Bola ................................................................................................................... 45
Figura 26 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Salão de Ginástica
.................................................................................................................................. 45
Figura 27 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Corte BB ........... 46
Figura 28 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Corte CC .......... 47
Figura 29 – Esquema de Localização do Terreno ..................................................... 48
Figura 30 – Mapa de Localização do Terreno ........................................................... 49
Figura 31 – Mapa de Localização das Escolas de Tempo Integral em Feira de Santana
.................................................................................................................................. 50
Figura 32 – Mapa Hipsométrico ................................................................................ 51
Figura 33 – Mapa de Declividades ............................................................................ 52
Figura 34 – Mapa Topográfico do Terreno ................................................................ 53
Figura 35 – Corte AA e Corte BB .............................................................................. 54
Figura 36 – Mapa de Massas Vegetacionais ............................................................ 55
Figura 37 – Terreno visto a partir da Avenida Francisco Fraga Maia ........................ 56
Figura 38 – Terreno visto a partir da esquina da Avenida Francisco Fraga Maia com a
Rua Miranda .............................................................................................................. 56
Figura 39 – Vista da vegetação interna ao terreno .................................................... 57
Figura 40 – Mapa de Condicionantes Climáticos ...................................................... 58
Figura 41 – Mapa de Zoneamento Bioclimático Brasileiro ........................................ 59
Figura 42 – Carta Solar – Fachada Norte ................................................................. 62
Figura 43 – Carta Solar – Fachada Leste ................................................................. 63
Figura 44 – Carta Solar – Fachada Sul ..................................................................... 63
Figura 45 – Carta Solar – Fachada Oeste ................................................................. 64
Figura 46 – Terreno e entorno imediato no ano de 2002 .......................................... 66
Figura 47 – Terreno e entorno imediato no ano de 2012 .......................................... 66
Figura 48 – Terreno e entorno imediato no ano de 2022 .......................................... 67
Figura 49 – Planta Baixa do Terreno......................................................................... 71
Figura 50 – Dimensionamento de Rampas ............................................................... 74
Figura 51 – Largura para deslocamento em linha reta .............................................. 75
Figura 52 – Deslocamento frontal ............................................................................. 76
Figura 53 – Deslocamento lateral.............................................................................. 76
Figura 54 – Porta de sanitários e vestiários .............................................................. 76
Figura 55 – Medidas mínimas de um sanitário acessível .......................................... 77
Figura 56 – Boxe comum com porta abrindo para o exterior .................................... 78
Figura 57 – Área de aproximação frontal para P.M.R. – Mictório .............................. 78
Figura 58 – Ângulo visual dos espaços para P.C.R em teatros – Vista lateral .......... 79
Figura 59 – Posicionamento, dimensão e cone visual para espaços reservados para
P.C.R. e assentos para P.M.R. e P.O. – Planta – Exemplo ...................................... 79
Figura 60 – Espaço para P.C.R. na primeira fileira – Vista superior ......................... 80
Figura 61 – Espaços para P.C.R. na última fileira – Vista superior ........................... 80
Figura 62 – Espaços para P.C.R. em fileira intermediária – Vista superior ............... 80
Figura 63 – Assentos para P.M.R. e P.O. – Vista lateral........................................... 81
Figura 64 – Mapa de Uso e Ocupação do Solo......................................................... 84
Figura 65 – Mapa de Gabarito................................................................................... 85
Figura 66 – Mapa de Sistema Viário e Mobilidade Urbana ....................................... 86
Figura 67 – Mapa de Caminhos ................................................................................ 87
Figura 68 – Mapa de Equipamentos Urbanos, Espaços Públicos e de Lazer ........... 88
Figura 69 – Funciograma .......................................................................................... 94
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Lista de Verificação do Projeto LEED BD+C: Escolas v.4.1 .................... 25


Tabela 2 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Aspectos Positivos x Aspectos
Negativos .................................................................................................................. 33
Tabela 3 – Gökçeada High School Campus – Aspectos Positivos x Aspectos
Negativos .................................................................................................................. 38
Tabela 4 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Aspectos Positivos
x Aspectos Negativos ................................................................................................ 47
Tabela 5 – Incidência Solar – Fachada Norte ........................................................... 62
Tabela 6 – Incidência Solar – Fachada Leste ........................................................... 62
Tabela 7 – Incidência Solar – Fachada Sul ............................................................... 63
Tabela 8 – Incidência Solar – Fachada Oeste........................................................... 64
Tabela 9 – Dimensionamento de Rampas ................................................................ 74
Tabela 10 – Programa de Necessidades .................................................................. 91
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Gráfico de Temperatura e Zona de Conforto .......................................... 60


Gráfico 2 – Gráfico de Umidade Relativa .................................................................. 60
Gráfico 3 – Gráfico de Chuva .................................................................................... 61
Gráfico 4 – Gráfico Rosa dos Ventos ........................................................................ 61
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


ADAB Agência de Defesa Agropecuária da Bahia
APA Área de Proteção Ambiental
APP Área de Preservação Permanente
ASV Autorização para Supressão de Vegetação
BA Bahia
BD + C Building Design + Construction
BNCC Base Nacional Comum Curricular
CIEPs Centros Integrados de Educação Pública
CAICs Centros de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente
DERBA Departamento de Infraestrutura de Transportes da Bahia
ETIB Escola de Tempo Integral Bahia
EMTI Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral
FDE Fundo para o Desenvolvimento da Educação
FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
FNEM Fórum Nacional de Entidades Metropolitanas
GBCB Green Building Council Brasil
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDHM Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
IO Índice de Ocupação
IP Índice de Permeabilidade
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
IU Índice de Utilização
LEED Leadership in Energy and Environmental Design
LOUOS Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo
MEC Ministério da Educação
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
PCD Pessoa com Deficiência
P.C.R. Pessoa em Cadeira de Rodas
PIB Produto Interno Bruto
P.M.R. Pessoa com Mobilidade Reduzida
P.O. Pessoa Obesa
ProEI Programa de Educação Integral
RL Reserva Legal
RMFS Região Metropolitana de Feira de Santana
UEFS Universidade Estadual de Feira de Santana
USGBC United States Green Building Council
VA Via Arterial
VC Via Coletora
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................. 14
1.1 TÍTULO ......................................................................................................... 15
1.2 JUSTIFICATIVA............................................................................................ 15
1.3 OBJETIVOS ................................................................................................. 17
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................. 17
1.3.2 Objetivos Específicos ................................................................................ 17
1.4 METODOLOGIA ........................................................................................... 18
2 EMBASAMENTO TEÓRICO ........................................................................ 20
2.1 ARQUITETURA ESCOLAR NO BRASIL E O ENSINO EM TEMPO
INTEGRAL ................................................................................................................ 20
2.2 O NOVO ENSINO MÉDIO E O ENSINO EM TEMPO INTEGRAL ............... 21
2.3 ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA E O AMBIENTE ESCOLAR ..................... 21
2.4 A CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL LEED – LEADERSHIP IN ENERGY AND
ENVIRONMENTAL DESIGN ..................................................................................... 22
2.5 O LEED BD+C: ESCOLAS ........................................................................... 24
2.6 DEFINIÇÕES DE TERMOS ......................................................................... 26
2.7 PROJETOS REFERENCIAIS ....................................................................... 26
2.7.1 Colégio Distrital Rogelio Salmona ............................................................ 26
2.7.2 Gökçeada High School Campus................................................................ 33
2.7.3 Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen ............................. 39
3 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE PESQUISA .................................................. 48
3.1 ASPECTOS FÍSICOS ................................................................................... 48
3.1.1 Localização e Critérios de Escolha ........................................................... 48
3.1.2 Topografia ................................................................................................... 51
3.1.3 Massas Vegetacionais e Águas ................................................................. 55
3.1.4 Clima, Insolação e Ventos ......................................................................... 58
3.2 ASPECTOS HISTÓRICOS ........................................................................... 65
3.3 ASPECTOS ECONÔMICOS ........................................................................ 67
3.4 ASPECTOS LEGAIS .................................................................................... 69
3.4.1 Lei Complementar nº 118/2018 – Lei de Ordenamento do Uso e da
Ocupação do Solo ................................................................................................... 69
3.4.2 Lei Complementar nº 119/20182018 – Código de Obras ......................... 72
3.4.3 NBR 9050:2020 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e
equipamentos urbanos ........................................................................................... 73
3.4.4 Instrução Técnica n° 11/2016 – Saídas de emergência ........................... 82
3.5 ASPECTOS URBANOS E PAISAGÍSTICOS ............................................... 83
3.5.1 Uso e Ocupação do Solo ........................................................................... 83
3.5.2 Gabarito ....................................................................................................... 84
3.5.3 Sistema Viário e Mobilidade Urbana ......................................................... 86
3.5.4 Equipamentos Urbanos, Espaços Públicos e de Lazer .......................... 88
4 O PROJETO ................................................................................................. 89
4.1 CONCEITO ................................................................................................... 89
4.2 PARTIDO ...................................................................................................... 89
4.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO ............. 90
4.4 FUNCIOGRAMA ........................................................................................... 93
4.5 ZONEAMENTO ............................................................................................ 95
5 CONCLUSÃO............................................................................................... 96
6 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 97
14

1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, tem ficado evidente o papel fundamental da Educação em


Tempo Integral no desenvolvimento pleno de crianças e jovens, considerando todas
as dimensões da formação, complementando o conhecimento, aperfeiçoando
habilidades e ainda motivando os estudantes. Este fato tem levado à criação de
políticas nacionais e estaduais com a finalidade de apoiar a ampliação da oferta de
educação de Ensino Médio em Tempo Integral nas redes públicas de todo o país.
Entretanto, a expansão do Ensino Médio em Tempo Integral tem esbarrado na
aplicação efetiva destas políticas públicas, o que se materializa na baixa oferta de
vagas e leva à necessidade da criação de novas unidades escolares voltadas a este
objetivo, sejam elas adequações de construções existentes ou novas construções.
Embora, no Brasil, tenham existido diversas iniciativas com a finalidade de
alinhar a Arquitetura Escolar às necessidades do Ensino em Tempo Integral,
atualmente, projetar uma Escola Pública de Ensino Médio em Tempo Integral significa
atender a novas demandas, sejam elas questões curriculares decorrentes da
implantação do Novo Ensino Médio, questões relacionadas à eficiência, conforto,
saúde e bem-estar – e como a qualidade do ambiente interfere no ensino e
aprendizagem, ou, ainda, questões de sustentabilidade em seus âmbitos sociais,
econômicos e ambientais. Nesse contexto, projetar uma Escola Pública de Ensino
Médio em Tempo Integral significa considerar seu papel coletivo e comunitário,
utilizando a Arquitetura Escolar como ferramenta a fim de integrar pessoas, espaços
e meio ambiente.
Sendo assim, este trabalho irá abordar os aspectos relacionados à aplicação
de um protocolo de certificação ambiental às diversas etapas do desenvolvimento do
anteprojeto arquitetônico de uma Escola de Ensino Médio em Tempo Integral, em
Feira de Santana – BA.
15

1.1 TÍTULO

Escola Pública de Ensino Médio em Tempo Integral com Certificação Ambiental


LEED em Feira de Santana – BA

1.2 JUSTIFICATIVA

Em 2016, o Governo Federal lançou o Programa de Fomento às Escolas de


Ensino Médio em Tempo Integral – EMTI, criado pelo Ministério da Educação – MEC
por meio da Portaria n° 1.145, de 10 de outubro de 2016 (BRASIL, 2016). Já em 2017,
a Portaria n° 727, de 13 de junho de 2017, estabeleceu novas diretrizes, novos
parâmetros e critérios para este programa que, através da transferência de recursos
financeiros, visa ampliar a matriz curricular e a jornada das escolas participantes,
promovendo a formação integral e integrada do estudante (BRASIL, 2017b).
Entretanto, segundo a Sinopse Estatística da Educação Básica 2022 (INEP,
2023), das 7.866.695 matrículas realizadas no Ensino Médio no Brasil, apenas
1.460.222 matrículas (18,56%) foram em unidades educacionais públicas com Ensino
Médio em Tempo Integral.
No Estado da Bahia, o Programa de Educação Integral – ProEI, criado pela
Secretaria da Educação por meio da Portaria n° 249, de 21 de janeiro de 2014, visa
consolidar a política da Educação Integral para o Ensino Fundamental II e para o
Ensino Médio da Rede Estadual, promovendo um processo de desenvolvimento
humano e social dos estudantes, por meio da ampliação da jornada escolar, para um
período mínimo de sete horas diárias, baseada na diversificação do universo de
experiências educativas, além da ampliação dos espaços escolares (BAHIA, 2014).
Mesmo assim, na Bahia, das 569.637 matrículas realizadas no Ensino Médio,
apenas 50.869 matrículas (8,93%) foram em unidades educacionais públicas com
Ensino Médio em Tempo Integral. Já em Feira de Santana, das 23.065 matrículas
realizadas no Ensino Médio, apenas 978 matrículas (4,24%) foram em unidades
educacionais públicas com Ensino Médio em Tempo Integral. Em Feira de Santana,
16

estas matrículas estão distribuídas em quatro unidades educacionais participantes do


Programa de Educação Integral – ProEI, sendo elas o Colégio Estadual Edith Mendes
da Gama e Abreu, o Colégio Estadual Georgina de Melo Erisman, o Colégio Estadual
Yeda Barradas Carneiro e o Colégio Estadual Juiz Jorge Farias Góes.
Em 2021, o Governo do Estado da Bahia instituiu o Programa Baiano de
Educação Integral Anísio Teixeira com o objetivo de elevar os níveis de aprendizagem
e fortalecer o desenvolvimento humano e social dos alunos da Rede Pública Estadual
de Ensino através da ampliação da jornada escolar, o que implica na adequação ou
criação de novas unidades escolares (BAHIA, 2021).
A fim de promover o aumento da oferta do Ensino Médio em Tempo Integral
em Feira de Santana, foi estabelecida a construção e adequação física de três novas
unidades de ensino padrão, ofertando um total de 2.880 novas vagas. Somadas às
matrículas realizadas em unidades educacionais públicas com Ensino Médio em
Tempo Integral referentes ao ano de 2022, estas matrículas poderiam chegar a 3.858,
representando apenas 16,73% do total de matrículas realizadas no Ensino Médio,
ainda inferior à atual média nacional, o que demonstra a necessidade da criação de
outras novas unidades educacionais deste tipo.
Deve-se observar que estas unidades de ensino padrão possuem projetos
básicos arquitetônicos padronizados. A padronização, embora apresente como
vantagens a economia pela produção em massa, a redução de custo de projeto e o
tempo de elaboração, por não levar em conta situações locais específicas e ser pouco
flexível, pode resultar em ambientes escolares desfavoráveis e com baixo
desempenho e conforto ambientais (KOWALTOWSKI, 2011).
Estudos recentes têm mostrado como princípios e estratégias arquitetônicas
voltados à excelência em relação à qualidade do ar, iluminação, temperatura e
acústica, quando aplicados a edifícios escolares, tem contribuído positivamente para
a melhoria do desempenho de alunos, o que também implica em implementar novas
maneiras de planejar, construir e operar estes edifícios (GBCB, 2022c). Sendo assim,
a alta performance ambiental destas edificações está intimamente ligada à sua
sustentabilidade, o que faz necessário o uso de ferramentas de medição, verificação
e, até mesmo, certificação ambiental.
Dentre os diversos sistemas de certificação ambiental, o LEED – Leadership in
Energy and Environmental Design é um sistema internacional de certificação e
orientação ambiental para edificações e pode ser aplicado a todas as fases do
17

empreendimento. Embora o Brasil seja um dos países com mais projetos buscando
esta certificação e exista um protocolo específico para escolas sustentáveis, o LEED
BD+C: Escolas v.4.1, atualmente, apenas duas escolas brasileiras possuem este tipo
de certificação (GBCB, 2022a).
Deste modo, este trabalho, ao propor o desenvolvimento do anteprojeto
arquitetônico para uma Escola de Ensino Médio em Tempo Integral, em Feira de
Santana – BA, utilizando um sistema validado de certificação ambiental internacional,
justifica-se por diversos aspectos, sejam eles sociais, econômicos, ambientais e
arquitetônicos, tais como ampliação da oferta na rede pública da cidade,
proporcionando o acesso de jovens à educação de qualidade, criação de um novo
equipamento público para a comunidade local com espaços de esporte, cultura e
lazer, uso de mão-de obra e materiais locais, redução do consumo de materiais e
energia durante a obra, aproveitamento energético e valorização de resíduos e
melhoria do desempenho energético e conforto ambiental, podendo servir como
referência arquitetônica para projetos públicos vindouros e promovendo a difusão
deste tipo de certificação no Brasil.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo Geral

Elaborar o anteprojeto de uma Escola de Ensino Médio em Tempo Integral com


Certificação Ambiental LEED – Leadership in Energy and Environmental Design.

1.3.2 Objetivos Específicos

a) Analisar as demandas decorrentes da implementação do Novo Ensino Médio


– modelo de aprendizagem por áreas de conhecimento que estabelece a ampliação
18

da carga horária anual para alunos do Ensino Médio e possibilita a flexibilização dos
arranjos curriculares, estabelecendo um programa de necessidades adequado;
b) Compreender as diretrizes, pré-requisitos e critérios estabelecidos pela
Certificação Ambiental LEED – Leadership in Energy and Environmental Design;
c) Implantar a proposta projetual de modo a promover o desempenho ambiental
em uma edificação educacional;
d) Criar espaços que promovam o desenvolvimento integral dos alunos, bem
como a oferta de equipamentos de esporte, cultura e lazer que atendam à comunidade
do entorno;
e) Otimizar os fluxos entre os espaços criados e o exterior de modo a facilitar a
interação entre a comunidade escolar e o seu entorno.

1.4 METODOLOGIA

Para este trabalho, a metodologia de pesquisa utilizada foi a pesquisa


qualitativa do tipo exploratória. Primeiramente, após definição do tema, foi realizada
pesquisa e aprofundamento em relação ao tema e ao seu processo histórico, o que
incluiu estudos relacionados ao Ensino em Tempo Integral, ao Novo Ensino Médio, à
Arquitetura Escolar, à Arquitetura Bioclimática e à Certificação Ambiental LEED –
Leadership in Energy and Environmental Design. Uma análise prévia demonstrou a
relevância do tema e a necessidade da implantação de novas Escolas Públicas de
Ensino Médio em Tempo Integral em Feira de Santana.
O terreno para a implantação de uma nova Escola de Ensino Médio em Tempo
Integral foi escolhido levando em consideração as características do local, a demanda
e a oferta de outras unidades de ensino na região, bem como a existência de
infraestrutura adequada. Foi realizada a análise de dados estatísticos,
socioeconômicos, culturais e legais, além dos aspectos físicos e as implicações
urbanísticas e paisagísticas relacionadas a sua instalação. Complementaram o
diagnóstico do local as visitas de observação e a criação de mapas temáticos.
Foram feitos estudos de três projetos referenciais – nacionais e internacionais,
possibilitando analisar e entender as soluções arquitetônicas e urbanísticas
empregadas em outros projetos arquitetônicos de uso educacional. A análise destes
19

projetos referenciais possibilitou um melhor entendimento da complexidade deste tipo


de projeto, incluindo a distribuição e relação entre os espaços, o programa de
necessidades, o zoneamento, os fluxos internos e externos, a distribuição e a relação
entre os espaços, o uso de materiais e os métodos construtivos empregados.
Por fim, definiu-se o conceito e o partido arquitetônicos e foram estabelecidos
o programa de necessidades, o pré-dimensionamento, o funciograma, a setorização
e o zoneamento, possibilitando o desenvolvimento das demais etapas do anteprojeto
de uma Escola de Ensino Médio em Tempo Integral com Certificação Ambiental LEED
– Leadership in Energy and Environmental Design.
20

2 EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 ARQUITETURA ESCOLAR NO BRASIL E O ENSINO EM TEMPO INTEGRAL

No Brasil, destacam-se algumas iniciativas que buscaram alinhar a Arquitetura


Escolar às necessidades do Ensino em Tempo Integral, entre elas as Escolas Parque,
de Anísio Teixeira, os Centros Integrados de Educação Pública – CIEPs e os Centros
de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente – CAICs.
As Escolas Parque, idealizadas por Anísio Teixeira, quando ocupava a
Secretaria de Educação do Estado da Bahia, entre os anos de 1947 e 1951, no
governo de Otávio Mangabeira, tinham por objetivo fornecer à criança uma Educação
Integral, cuidando de sua alimentação, higiene, socialização e preparação para o
trabalho e cidadania, e previa a construção de centros populares de educação em
todo o estado. Entretanto, apenas uma escola foi concluída e inaugurada em 1950,
em Salvador, no Bairro da Liberdade. O Centro Educacional Carneiro Ribeiro, com
projeto arquitetônico de Diógenes Rebouças, leva, atualmente, o nome de Escola
Parque (MENEZES, 2001).
O Projeto Escola Parque inspirou o antropólogo Darcy Ribeiro, quando ocupava
a Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro, entre os anos de 1983 e 1987
e os anos de 1991 a 1994, no governo de Leonel Brizola, a criar os Centros Integrados
de Educação Pública – CIEPs. Com projeto arquitetônico de Oscar Niemeyer, o
objetivo do projeto era oferecer ensino público de qualidade em período integral aos
alunos da rede estadual. Ao longo dos anos foram concluídas e inauguradas mais de
500 unidades de ensino, mas os governos que sucederam não deram continuidade
administrativa ao projeto e as escolas deixaram de ser de Ensino em Tempo Integral
(MOREIRA et al., 2019).
Os Centros de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente – CAICs foram um
programa educacional brasileiro criado pelo Governo Fernando Collor de Mello, entre
os anos de 1990 e 1992, e tem inspiração nos Projeto Escola Parque e nos Centros
Integrados de Educação Pública – CIEPs. Com Ensino em Tempo Integral, a criação
e operacionalização dos Centros de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente –
CAICs compreendiam responsabilidades federais, estaduais e municipais. O projeto
21

arquitetônico desenvolvido por João da Gama Filgueiras Lima, o Lelé, tem por
destaque aspectos de conforto ambiental do espaço construído (SOBRINHO e
PARENTE, 1995).

2.2 O NOVO ENSINO MÉDIO E O ENSINO EM TEMPO INTEGRAL

A Lei n° 13.415, de 16 de fevereiro de 2017, alterou a Lei de Diretrizes e Bases


da Educação Nacional e estabeleceu uma mudança na estrutura do Ensino Médio, a
partir da ampliação gradual da carga horária anual e do modelo de aprendizagem por
áreas de conhecimento. Ao estabelecer a ampliação gradual da carga horária anual
dos alunos do Ensino Médio de 800 horas para 1.400 horas, esta lei fomenta o Ensino
Médio em Tempo Integral. Além disso, fica definida uma nova organização curricular,
mais flexível, que contemple uma Base Nacional Comum Curricular – BNCC e a oferta
de diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes, os Itinerários Formativos,
com foco nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional (BRASIL,
2017a).
No Novo Ensino Médio, além das disciplinas de Formação Geral Básica, os
estudantes têm à disposição os Itinerários Formativos, conjunto de disciplinas,
projetos, oficinas e núcleos de estudo, contemplando cinco áreas de conhecimento –
Linguagens e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, Ciências da
Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e Formação
Técnica e Profissional.

2.3 ARQUITETURA BIOCLIMÁTICA E O AMBIENTE ESCOLAR

A Arquitetura Bioclimática surgiu como uma resposta à busca pela integração


do ser humano ao meio ambiente, produzindo mudanças no processo de criação e
execução dos espaços habitáveis. A Arquitetura Bioclimática visa a harmonização das
construções com o meio e propõe projetos que se adaptam ao seu ambiente físico,
22

socioeconômico e cultural, de forma a otimizar a utilização dos recursos naturais


disponíveis, gerando conforto e eficiência energética. É uma Arquitetura pensada com
o clima do lugar, o sol, o vento, a vegetação e a topografia, em que o projeto permite
tirar proveito das condições naturais do lugar, estabelecendo condições adequadas
de conforto físico e mental dentro do espaço físico em que se desenvolve (BRITTO
CORREA, 2002).
Para Kowaltowski (2011), a Arquitetura Escolar e a satisfação do usuário em
relação à qualidade do ambiente estão diretamente ligadas ao conforto ambiental, o
que inclui os aspectos térmico, visual, acústico e funcional, seja dos ambientes
internos, seja dos ambientes externos. Além disso, devem ser abordadas questões
como a qualidade do ar, as condições de ventilação, de comunicação verbal, os níveis
de iluminação, a disponibilidade de espaço, os elementos construtivos e os materiais
de acabamento empregados.

2.4 A CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL LEED – LEADERSHIP IN ENERGY AND


ENVIRONMENTAL DESIGN

Frente a esse cenário, surgiram as certificações de sustentabilidade que, além


de terem um alto padrão de exigência, agregam um grande valor socioeconômico para
as empresas e empreendimentos que os possuem. Criada pela United States Green
Building Council – USGBC, em 1993, a Leadership in Energy and Environmental
Design – LEED é a principal plataforma de certificação de edifícios sustentáveis e está
presente em mais de 160 países. No Brasil, o Green Building Council Brasil – GBCB
foi constituído em 2007 (GBCB, 2022a).
A Certificação Ambiental LEED – Leadership in Energy and Environmental
Design possui quatro tipologias, que consideram as diferentes necessidades para
cada tipo de empreendimento (Figura 1). No caso de uma Escola Pública de Ensino
Médio em Tempo Integral, o empreendimento se encontra na tipologia Building Design
+ Construction – BD + C, ou seja, novas construções e grandes reformas.
23

Figura 1 – Tipologias de Certificado Ambiental LEED – Leadership in Energy and Environmental


Design

Fonte: GREEN BUILDING COUNCIL BRASIL, 2022.

A Certificação Ambiental LEED – Leadership in Energy and Environmental


Design avalia o projeto em nove diferentes áreas: Processo Integrado, Localização e
Transporte, Espaço Sustentável, Eficiência do Uso da Água, Energia e Atmosfera,
Materiais e Recursos, Qualidade Ambiental Interna, Inovação e Processos e Créditos
de Prioridade Regional (Figura 2). A certificação pode ser aplicada em todas as
edificações e a qualquer momento, e possui pré-requisitos – práticas obrigatórias, e
critérios – recomendações. O não cumprimento de um dos diversos pré-requisitos
impossibilita o empreendimento de receber a certificação.

Figura 2 – Áreas de Avaliação dos Projetos na Certificação Ambiental LEED – Leadership in Energy
and Environmental Design

Fonte: GREEN BUILDING COUNCIL BRASIL, 2022.


24

As etapas para certificação de um projeto são: escolha de tipologia, registro do


projeto, auditoria documental (projeto), auditoria documental (obra) e certificação. À
medida que pré-requisitos e critérios são atendidos, pontos são conferidos ao edifício.
A quantidade de pontos obtida dá direito a um nível de certificação que varia de 40 a
110 pontos (Figura 3), o que faz com que o edifício possa ser classificado como
Certificado, Prata, Ouro e Platina (GBCB, 2022b).

Figura 3 – Níveis de Certificação Ambiental LEED – Leadership in Energy and Environmental Design

Fonte: GREEN BUILDING COUNCIL BRASIL, 2022.

2.5 O LEED BD+C: ESCOLAS

A Certificação Ambiental LEED – Leadership in Energy and Environmental


Design possui adaptações específicas para se adequar às diversas tipologias de
projeto. O LEED BD+C: Escolas encontra-se na versão 4.1 e possui foco na criação
de espaços escolares saudáveis e confortáveis, que possibilitem um melhor
desempenho de alunos e professores. Além de promover a redução com custos para
operação e manutenção do edifício, propicia a criação de práticas de educação
ambiental no próprio ambiente escolar.
Assim como para as demais tipologias, cada projeto é avaliado em nove áreas
distintas e deve atender às especificações de cada uma delas, sejam elas pré-
requisitos ou créditos. Para cada uma das especificações é conferido um número
máximo de pontos, como pode ser visto na Lista de Verificação do Projeto LEED
BD+C: Escolas v. 4.1 (Tabela 1).
25

Tabela 1 – Lista de Verificação do Projeto LEED BD+C: Escolas v.4.1

ÁREA PRÉ-REQUISITO/CRÉDITO ESPECIFICAÇÃO PONTUAÇÃO


Processo Integrado Crédito Processo Integrado 1
Sub-total 1
Localização e Transporte Crédito Localização do LEED Neighborhood (Bairros) 15
Crédito Proteção de Áreas Sensíveis 1
Crédito Local de Alta Prioridade 2
Crédito Densidade do Entorno e Usos Diversos 5
Crédito Acesso a Transporte de Qualidade 4
Crédito Instalações para Bicicletas 1
Crédito Redução da Área de Projeção do Estacionamento 1
Crédito Veículos Verdes 1
Sub-total 15
Terrenos Sustentáveis Pré-requisito Prevenção da Poluição na Atividade de Construção Obrigatório
Pré-requisito Avaliação Ambiental do Terreno Obrigatório
Crédito Avaliação do Terreno 1
Crédito Desenvolvimento do Terreno - Proteger ou Restaurar Habitat 2
Crédito Espaço Aberto 1
Crédito Gestão de Águas Pluviais 3
Crédito Redução de Ilhas de Calor 2
Crédito Redução da Poluição Luminosa 1
Crédito Planejamento Geral do Terreno 1
Crédito Uso Conjunto das Instalações 1
Sub-total 12
Eficiência Hídrica Pré-requisito Redução do Uso de Água do Exterior Obrigatório
Pré-requisito Redução do Uso de Água do Interior Obrigatório
Pré-requisito Medição de Água do Edifício Obrigatório
Crédito Redução do Uso de Água do Exterior 2
Crédito Redução do Uso de Água do Interior 7
Crédito Uso de Água de Torre de Resfriamento 2
Crédito Medição de Água 1
Sub-total 12
Energia e Atmosfera Pré-requisito Comissionamento Fundamental e Verificação Obrigatório
Pré-requisito ‎Desempenho Mínimo de Energia Obrigatório
Pré-requisito Medição de Energia do Edifício Obrigatório
Pré-requisito Gerenciamento Fundamental de Gases Refrigerantes Obrigatório
Crédito Comissionamento Avançado 6
Crédito Otimizar Desempenho Energético 16
Crédito Medição de Energia Avançada 1
Crédito Resposta à Demanda 2
Crédito Produção de Energia Renovável 3
Crédito Gerenciamento Avançado de Gases Refrigerantes 1
Crédito Energia Verde e Compensação de Carbono 2
Sub-total 31
Materiais e Recursos Pré-requisito Armazenamento e Coleta de Recicláveis Obrigatório
Pré-requisito Plano de Gerenciamento da Construção e Resíduos de Demolição Obrigatório
Crédito Redução do Impacto do Ciclo de Vida do Edifício 5

Crédito Divulgação‎e‎Otimização‎de‎Produto‎do‎Edifício‎–‎Declarações‎Ambientais‎de‎Produto 2
Crédito Divulgação‎e‎Otimização‎de‎Produto‎do‎Edifício‎–‎Origem‎de‎Matérias-primas 2
Crédito Divulgação‎e‎Otimização‎de‎Produto‎do‎Edifício‎–‎Ingredientes‎do‎Material‎ 2
Crédito Gerenciamento da Construção e Resíduos de Demolição 2
Sub-total 13
Qualidade do Ambiente Interno Pré-requisito Desempenho Mínimo da Qualidade do Ar Interior Obrigatório
Pré-requisito Controle Ambiental da Fumaça de Tabaco Obrigatório
Pré-requisito Desempenho Mínimo Acústico Obrigatório
Crédito Estratégias Avançadas de Qualidade do Ar Interior 2
Crédito Materiais de Baixa Emissão 3
Crédito Plano de Gestão da Qualidade do Ar Interior da Construção 1
Crédito Avaliação da Qualidade do Ar Interior 2
Crédito Conforto Térmico 1
Crédito Iluminação Interna 2
Crédito Luz Natural 3
Crédito Vistas de Qualidade 1
Crédito Desempenho Acústico 1
Sub-total 16
Inovação Crédito Inovação 5
Crédito Profissional Acreditado LEED 1
Sub-total 6
Prioridade Regional Crédito Prioridade Regional: Crédito Específico 1
Crédito Prioridade Regional: Crédito Específico 1
Crédito Prioridade Regional: Crédito Específico 1
Crédito Prioridade Regional: Crédito Específico 1
Sub-total 4
TOTAL 110

Fonte: GREEN BUILDING COUNCIL BRASIL. Adaptado pelo Autor, 2022.


26

2.6 DEFINIÇÕES DE TERMOS

Arquitetura Escolar: É a arquitetura que visa projetar o ambiente de ensino a


fim de dar suporte aos objetivos educacionais de uma sociedade ou comunidade
(KOWALTOWSKI, 2011).
Edificação Sustentável: Segundo Yudelson (2013), é a edificação que
considera seu impacto sobre a saúde ambiental e humana em todas as fases do
empreendimento e toma ações a fim de diminuir ou mitigar esse impacto.
Arquitetura Bioclimática: É o estudo que busca a harmonização das
construções ao clima e características locais, a fim de otimizar as relações entre
homem e natureza, reduzindo impactos ambientais quanto à melhoria das condições
de vida humana, conforto e racionalização do consumo energético (UGREEN, 2022).
Conforto Ambiental: Para Boldo (2008), é um termo que descreve um estado
de satisfação do ser humano em um determinado espaço. Deste modo, estar em
conforto ambiental significa que o espaço proporciona boas condições psicológicas,
higrotérmicas, acústicas, visuais, de qualidade do ar e ergonômicas para a realização
de uma tarefa humana, seja de lazer, trabalho, descanso ou estudo.
Ensino em Tempo Integral: É a ampliação da jornada escolar para dois turnos
e que visa a formação integral e integrada do estudante, tanto nos aspectos cognitivos
quanto nos aspectos socioemocionais (BRASIL, 2016).

2.7 PROJETOS REFERENCIAIS

2.7.1 Colégio Distrital Rogelio Salmona

FP Arquitectura Bogotá,
2019 10.762 m2
Medellín, Colômbia Colômbia
27

A planta do Colégio Distrital Rogelio Salmona é dividida em dois níveis e a


circulação vertical se dá por meio de rampas e escadas. No primeiro nível, encontram-
se as salas de aula, dos professores, de artes, de danças, de música, a parte inferior
do auditório, o refeitório, o setor administrativo, as quadras esportivas e o pátio central
(Figura 4).

Figura 4 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Planta Baixa – Primeiro Nível

LEGENDA:

Salas de Aula Refeitório

Salas dos Professores Setor Administrativo

Salas de Artes, Danças e Música Quadras Esportivas

Auditório Pátio Central

Fonte: ARCHDAILY BRASIL. Adaptado pelo Autor, 2022.


28

Já no segundo nível, encontram-se as salas de aula, dos professores, a parte


superior do auditório, a biblioteca, os laboratórios de ciências, química e física e as
salas de informática (Figura 5).

Figura 5 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Planta Baixa – Segundo Nível

LEGENDA:

Salas de Aula Biblioteca

Salas dos Professores Laboratórios

Auditório Salas de Informática

Fonte: ARCHDAILY BRASIL. Adaptado pelo Autor, 2022.


29

O projeto do Colégio Distrital Rogelio Salmona procura dissolver os limites das


salas de aulas, integrando-as e expandindo-as em direção aos corredores e pátios.
Essa integração espacial em múltiplas direções permite que atividades pedagógicas
sejam realizadas fora do ambiente formal de aprendizagem e estimulem o trabalho
colaborativo.
A escola é organizada a partir de quatro núcleos de salas de aula
interconectadas que compões pequenas comunidades de aprendizagem, sendo elas
pré-escolar, básica primária, básica secundária e média (Figura 6).

Figura 6 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Programa Geral

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.

A articulação entre as pequenas comunidades de aprendizagem é realizada


por pátios de várias escalas para diferentes fins pedagógicos. As separações entre os
núcleos permitem que pátios sejam integrados à paisagem circundante, vinculando-
os ao espaço interior da escola (Figura 7).
30

Figura 7 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Zonas Recreativas

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.

Os diferentes pátios podem ser configurados como extensões das salas de aula
(Figura 8), atividades recreativas (Figura 9), atividades esportivas (Figura 10) e
atividades culturais (Figura 11).
Embora o tijolo tenha sido usado para dar materialidade ao projeto, a
transparência é usada como um recurso para integração e continuidade espacial,
dando aos ambientes um caráter aberto e flexível. A vinculação entre os ambientes é
possível através de portas deslizantes e dobráveis que integram espaços como
laboratórios, oficinas e salas de aula, além de uma grande porta que integra o auditório
ao pátio central.
31

Figura 8 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Extensões das Salas de Aula

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.

Figura 9 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Atividades Recreativas

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.


32

Figura 10 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Atividades Esportivas

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.

Figura 11 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Atividades Culturais

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.


33

Tabela 2 – Colégio Distrital Rogelio Salmona – Aspectos Positivos x Aspectos Negativos

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS


Integração entre os espaços Pouca vegetação e sem sombreamento natural
Pátios escalonados Pouca relação com a comunidade do entorno
Iluminação e ventilação naturais Fachada pouco convidativa

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.

2.7.2 Gökçeada High School Campus

PAB Architects Gökçeada,


2019 18.000 m2
Istambul, Turquia Turquia

O campus da Escola Gökçeada está situado na Ilha Gökçeada, no Mar Egeu,


e abriga uma escola de ensino médio, uma escola profissionalizante, dormitórios, um
centro esportivo, uma sala de conferências e uma biblioteca (

Figura 12). O campus foi planejado para atender aos alunos e todos os
habitantes da ilha, integrando todos à vida urbana e superando a falta de instalações
sociais do local. Os habitantes da ilha podem acessar livremente a praça aberta,
cercada de instalações sociais e compartilhar a biblioteca, a sala de conferências, o
centro esportivo e as instalações ao ar livre, criando uma interação social rica.

Figura 12 – Gökçeada High School Campus – Implantação


34

LEGENDA:

Escola de Ensino Médio Centro Esportivo

Escola Profissionalizante Sala de Conferências

Dormitórios Biblioteca

Fonte: ARCHDAILY BRASIL. Adaptado pelo Autor, 2022.

No pavimento térreo, as salas de arte e música, os laboratórios, as oficinas, a


biblioteca e a lanchonete configuram um espaço poroso, transparente e fluído pelos
diferentes pátios, incentivando os alunos a serem participativos, curiosos e a aprender
uns com os outros. O setor administrativo também se encontra no pavimento térreo
(Figura 13).
35

Figura 13 – Gökçeada High School Campus – Planta Baixa – Pavimento Térreo

LEGENDA:

Salas de Arte Biblioteca

Salas de Música Lanchonete

Laboratórios Setor Administrativo

Oficinas

Fonte: ARCHDAILY BRASIL. Adaptado pelo Autor, 2022.

Já o pavimento superior concentra as salas de aula do ensino médio, as salas


de aula do ensino profissionalizante e a parte superior da biblioteca, o que confere
uma maior privacidade aos alunos e um melhor controle de acessos a este setor, já
que a prestação de serviços à comunidade se dá no pavimento térreo (

Figura 14Erro! Fonte de referência não encontrada.).


36

Figura 14 – Gökçeada High School Campus – Planta Baixa – Pavimento Superior

LEGENDA:

Salas de Aula – Ensino Médio

Salas de Aula – Ensino Profissionalizante

Biblioteca

Fonte: ARCHDAILY BRASIL. Adaptado pelo autor, 2022.

Os edifícios educacionais são fragmentados e baixos, com diferentes pontos de


acesso, e agrupam-se em torno de pátios e espaços semi-abertos com características
distintas (Figura 15). O uso de blocos de alvenaria e os volumes de construção
fragmentados e baixos se relacionamcom com o contexto local, tanto física quanto
conceitualmente, pela sua escala e materialidade.
37

Figura 15 – Gökçeada High School Campus – Edifícios Educacionais

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.

Os pátios e espaços semi-abertos aprofundam o senso de pertencimento,


incentivam o uso ao ar livre, a prática de atividades físicas e a interação social entre
alunos e professores (Figura 16).

Figura 16 – Gökçeada High School Campus – Pátios Externos

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.


38

Já no interior das edificações, a organização espacial fragmentada foi mantida


através de nichos nas circulações para reuniões informais, espaços sociais, galerias
e terraços, que resultam em um aprendizado contínuo, mesmo fora das salas de aula
Erro! Fonte de referência não encontrada.Figura 17).

Figura 17 – Gökçeada High School Campus – Diagrama das Áreas Comuns Internas

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.

Tabela 3 – Gökçeada High School Campus – Aspectos Positivos x Aspectos Negativos

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS


Implantação com espaços verdes e abertos Corredores de salas de aula
Organização espacial fragmentada Pátios externos pouco convidativos
Espaço aberto à comunidade local Pouca acessibilidade

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.


39

2.7.3 Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen

Wulf Architekten Überlingen,


2020 5.600 m2
Stuttgart, Alemanha Alemanha

O Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen consiste em um ginásio


com quadras e salas de ginástica e foi desenvolvido para a prática de esportes de
estudantes da cidade. Seu volume tem uma aparência elegante graças à fachada
metálica independente do prédio, que se eleva do solo e parece flutuar. O telhado
dobrado dá estrutura à forma construída e cria uma identidade distinta, embora
estabeleça relação com os edifícios residenciais vizinhos de menor escala (
Figura 18).

Figura 18 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.


40

O térreo envidraçado forma uma junção transparente do espaço público com


as escolas e campos esportivos adjacentes (Figura 19).

Figura 19 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Exterior

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.

O edifício está dividido em três níveis e o acesso se dá pelo nível térreo. A partir
do hall de entrada, pode-se chegar aos espaços auxiliares, tais como sanitários
masculinos e femininos, à arquibancada ou, ainda, às escadas que dão acesso ao
subsolo e ao nível superior. A circulação vertical se dá apenas por escadas, não
havendo rampas de acesso ou elevadores (Figura 20).
41

Figura 20 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Planta Baixa – Pavimento Térreo

LEGENDA:

Hall de Entrada

Arquibancadas

Espaços Auxiliares

Escadas de Acesso ao Subsolo e Pavimento Superior

Fonte: ARCHDAILY BRASIL. Adaptado pelo Autor, 2022.

No subsolo, encontra-se o ginásio poliesportivo com três quadras, os vestiários


masculinos e femininos e os espaços auxiliares, tais como depósitos de materiais
esportivos e salas dos treinadores (Figura 21).
42

Figura 21 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Planta Baixa – Subsolo

LEGENDA:

Quadras Esportivas

Vestiários

Espaços Auxiliares

Escadas de Acesso ao Pavimento Térreo

Fonte: ARCHDAILY BRASIL. Adaptado pelo Autor, 2022.

No interior, os materiais predominantes são concreto, metal branco expandido


e vidro. As aberturas envidraçadas, generosamente dimensionadas, permitem a
entrada de muita luz natural e ajudam a criar um ambiente interior agradável, tanto
nas arquibancadas quanto nas quadras esportivas (Figura 22 e Figura 23Erro! Fonte
de referência não encontrada.).
43

Figura 22 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Arquibancadas

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.

Figura 23 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Quadras Esportivas


44

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.


No pavimento superior, encontra-se o salão para a prática de esportes com
bola e o salão para prática de ginástica, além de espaços auxiliares (Figura 24).

Figura 24 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Planta Baixa – Pavimento Superior

LEGENDA:

Salão de Esportes com Bola

Salão de Ginástica

Espaços Auxiliares

Escadas de Acesso ao Pavimento Térreo

Fonte: ARCHDAILY BRASIL. Adaptado pelo Autor, 2022.

No salão de esportes com bola e no salão de ginástica a entrada de luz natural


se dá através de janelas nas laterais e por aberturas na cobertura (

Figura 25 e Figura 26).


45

Figura 25 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Salão de Esportes com Bola

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.

Figura 26 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Salão de Ginástica


46

Fonte: ARCHDAILY BRASIL, 2022.


Por fim, a análise dos cortes transversal e longitudinal mostram de maneira
clara a relação entre os três níveis existentes (Figura 27 e Figura 28).

Figura 27 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Corte BB

LEGENDA:

Hall de Entrada

Arquibancadas

Espaços Auxiliares

Escadas de Acesso ao Subsolo e Pavimento Superior

Quadras Esportivas

Salão de Ginástica

Fonte: ARCHDAILY BRASIL. Adaptado pelo Autor, 2022.


47

Figura 28 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Corte CC

LEGENDA:

Quadras Esportivas

Arquibancadas

Salão de Esportes com Bola

Salão de Ginástica

Fonte: ARCHDAILY BRASIL. Adaptado pelo autor, 2022.

Tabela 4 – Centro Esportivo do Campus Escolar de Überlingen – Aspectos Positivos x Aspectos


Negativos

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS


Uso do subsolo e nível acima das quadras Pouca acessibilidade
Térreo envidraçado Pouca ventilação natural
Iluminação natural Espaços fechados

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.


48

3 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE PESQUISA

3.1 ASPECTOS FÍSICOS

3.1.1 Localização e Critérios de Escolha

O terreno escolhido para a implantação da Escola Pública de Ensino Médio em


Tempo Integral está localizado no Estado da Bahia, no Município de Feira de Santana,
no Bairro Mangabeira (Figura 29).

Figura 29 – Esquema de Localização do Terreno

Fonte: Google Maps. Adaptado pelo Autor, 2022.

O terreno está localizado em lote de esquina, lindeiro à Avenida Francisco


Fraga Maia e à Rua Miranda. Esta localização é estratégica por ter o potencial de
atender o público de três diferentes bairros, sendo o Bairro Mangabeira, o Bairro
Cidade Nova e o Bairro Parque Ipê, além das vantagens quanto à infraestrutura
urbana e mobilidade (Figura 30).
49

Figura 30 – Mapa de Localização do Terreno

Fonte: Google Earth Pro. Adaptado pelo Autor, 2022.

A escolha do local para a implantação da nova Escola Pública de Ensino Médio


em Tempo Integral também levou em consideração a localização de outras unidades
educacionais participantes do Programa de Educação Integral (ProEI) e que oferecem
o Ensino Médio em Tempo Integral, sendo elas o Colégio Estadual Edith Mendes da
Gama e Abreu, localizado no Bairro Brasília, o Colégio Estadual Georgina de Melo
Erisman, localizado no Bairro Jardim Acácia, o Colégio Estadual Yeda Barradas
Carneiro, localizado no Bairro Centro e o Colégio Estadual Juiz Jorge Farias Góes,
localizado no Bairro Campo do Gado.
Além disso, foi considerada a localização de três novas unidades educacionais
a serem construídas em Feira de Santana, a Escola de Tempo Integral Bahia – ETIB
Feira de Santana, localizada no Bairro Aviário, a Escola de Tempo Integral Bahia –
ETIB – ADAB,‎localizada‎no‎Bairro‎Olhos‎d’Água‎e‎a‎Escola‎de‎Tempo‎Integral‎Bahia‎
– ETIB Feira de Santana – DERBA, localiza no Bairro Campo Limpo (Figura 31).
Nota-se que as unidades educacionais já existentes se concentram dentro do
limite estabelecido pela via expressa que circunda a cidade, o chamado‎ “Anel‎ de‎
Contorno”. Por outro lado, o terreno escolhido propõe a implantação no eixo norte da
cidade, área de grande expansão urbana.
50

Figura 31 – Mapa de Localização das Escolas de Tempo Integral em Feira de Santana

Fonte: Google Maps. Adaptado pelo Autor, 2022.

Em relação à Certificação Ambiental LEED – Leadership in Energy and


Environmental Design, foram analisados os aspectos relacionados à categoria
Localização e Transporte, abordando itens referentes à localização do projeto e suas
relações com o entorno e acesso a transportes. A localização obedece aos critérios
de proteção de áreas sensíveis, densidade do entorno e usos diversos e acesso a
transporte de qualidade.
A seguir, serão analisados os aspectos relacionados à categoria Terrenos
Sustentáveis, abordando itens referentes à avaliação ambiental do terreno, incluindo
sua topografia, massas vegetacionais e águas, clima, insolação e ventos.
51

3.1.2 Topografia

Ao analisar a região de intervenção, o Mapa Hipsométrico (Figura 32) mostra


alturas em relação ao nível do mar que variam de 233 m a 243 m. Quanto ao terreno,
as alturas vão de 234 m a 237 m. Devido às diferenças de altura e ao relevo
apresentado, percebe-se que o escoamento das águas se dá em sentido ao terreno,
ao norte, a sul e a leste, já que apresentam os pontos mais baixos.

Figura 32 – Mapa Hipsométrico

Fonte: Google Maps. Adaptado pelo Autor, 2022.

A análise do Mapa de Declividades (

Figura 33) mostra o sentido dos escoamentos das águas ao longo da área
analisada, indicando que parte deste ocorre, justamente em direção ao terreno em
estudo.
52

Figura 33 – Mapa de Declividades

Fonte: Google Maps. Adaptado pelo Autor, 2022.

O terreno selecionado tem uma área total de 14.763,22 m 2 (Figura 34). Com
forma irregular, o lote é limitado a oeste pela Avenida Francisco Fraga Maia, ao norte
pela Rua Miranda, uma área verde residencial e uma instituição a leste e um comércio
de grande porte ao sul. O terreno tem como medidas 144,88 m (oeste), 85,53 m
(norte), 150,00 m (leste) e 119,90 m (sul). As cotas de suas extremidades são 235,75
m (noroeste), 236,48 m (nordeste), 237,34 m (sudeste) e 235,43 m (sudoeste).
53

Figura 34 – Mapa Topográfico do Terreno

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.

O Corte AA e o Corte BB (Figura 35) demonstram como as declividades se


comportam e variam ao longo das seções longitudinais e transversais do terreno
(Figura 35). A análise do Corte AA mostra que, a partir da Rua Miranda, o terreno
possui declividades de 2,77%, 2,27%, 2,67%, 5,41% e 4,77%. Entre as regiões com
declividade 2,27% e 2,67%, há uma área com declividade 0,00%, o que indica que
este local é suscetível a empoçamentos e alagamentos, justamente o ponto mais
54

baixo do terreno, com altura de 234 m. Segundo Mascaró (2003), declividades entre
2,00% e 7,00% são ideais para qualquer uso. Além disso, declividades inferiores a
7,00% favorecem a circulação de pedestres e cadeirantes. Já terrenos com
declividade inferior a 2,00% devem ser evitados, pois terão dificuldades de drenagem.
A análise do Corte BB mostra que, a partir da Avenida Francisco Fraga Maia, o terreno
possui declividades de 2,27%, 2,31%, 3,58% e 3,26%. Mais uma vez o local suscetível
a empoçamentos e alagamentos condiz com os pontos mais baixos do terreno, o que
indica a necessidade de aplicar medidas que garantam a microdrenagem, o
armazenamento e a destinação adequada das águas pluviais. A topografia
apresentada é viável para a implantação do projeto, necessitando um nível baixo de
intervenção.

Figura 35 – Corte AA e Corte BB


55

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.

3.1.3 Massas Vegetacionais e Águas

Embora seja um bairro adensado, há, ainda, algumas áreas com vegetação
preservada. Na poligonal analisada, ganham destaque a área onde será implantada a
Escola Pública de Ensino Médio em Tempo Integral, entre a Avenida Francisco Fraga
Maia e a Rua Miranda, a área verde a oeste, localizada entre a Avenida Francisco
Fraga Maia e a Avenida Casemiro de Abreu, e área verde a leste, localizada na Rua
Miranda (Figura 36).
56

Figura 36 – Mapa de Massas Vegetacionais

Fonte: Google Maps. Adaptado pelo Autor, 2022.

Na Figura 36, observam-se, ainda, os ângulos de visão de onde foram feitas


imagens das massas vegetacionais existentes no terreno (Figura 37, Figura 38 e
Figura 39), sendo, respectivamente, do terreno visto a partir da Avenida Francisco
Fraga Maia, do terreno visto a partir da esquina da Avenida Francisco Fraga Maia com
a Rua Miranda e da vegetação interna ao terreno.

Figura 37 – Terreno visto a partir da Avenida Francisco Fraga Maia


57

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.

Figura 38 – Terreno visto a partir da esquina da Avenida Francisco Fraga Maia com a Rua Miranda

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.


Figura 39 – Vista da vegetação interna ao terreno
58

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.

O lote em estudo possui vegetação preservada e se destaca na paisagem


urbana, com a presença de árvores de médio e grande porte, em sua maioria. No
entanto, as características desta massa vegetacional e sua localização não implicam
em obrigações legais relacionadas à preservação ambiental, tais como Reserva Legal
– RL, Área de Proteção Ambiental – APA ou Área de Preservação Permanente – APP.
Este fato não desobriga a consulta ao órgão ambiental local e a Autorização para
Supressão de Vegetação – ASV, caso necessária.
Parte da vegetação original será preservada, principalmente a presente na
fachada oeste do terreno, ao longo da Avenida Francisco Fraga Maia. Deste modo, a
vegetação servirá como sombreamento natural para a edificação e como barreira
sonora, já que a Avenida Francisco Fraga Maia possui trânsito mais intenso,
contribuindo, assim, para o conforto térmico e acústico e o bem-estar dos seus
usuários.
Não há na área de estudo ou seu entorno imediato a presença de corpos
hídricos, sejam eles nascentes, riachos, rios, lagos ou lagoas.
59

3.1.4 Clima, Insolação e Ventos

O Mapa de Condicionantes Climáticos (Figura 40) mostra, de maneira


simplificada, como a insolação e os ventos incidem sobre o terreno em estudo, com a
fachada a leste recebendo o sol nascente, a fachada oeste recebendo o sol poente e
a predominância de ventos vindos de sudeste. A seguir, as informações referentes ao
clima, à insolação e aos ventos serão tratados e analisados em maior profundidade.

Figura 40 – Mapa de Condicionantes Climáticos

Fonte: Google Maps. Adaptado pelo Autor, 2022.

A Norma Brasileira Regulamentadora ABNT NBR 15220-3:2005 (ABNT, 2005)


trata do desempenho térmico de edificações e estabelece o zoneamento bioclimático
brasileiro e as diretrizes construtivas a serem seguidas. De acordo com o Mapa de
Zoneamento Bioclimático Brasileiro (Figura 41), a cidade de Feira de Santana está
localizada na Zona Bioclimática 8, onde, para fins de desempenho térmico das
edificações, devem ser utilizadas aberturas grandes para ventilação, sombreamento
das aberturas e paredes e coberturas leves refletoras.
60

Figura 41 – Mapa de Zoneamento Bioclimático Brasileiro

Fonte: ABNT, 2005.

As aberturas para ventilação de ambientes de longa permanência devem


possuir área igual ou maior a 40% da área de piso correspondente. Paredes leves
refletoras são aquelas com Transmitância Térmica (U) menor ou igual a 3,60 W/m 2.K,
Atraso‎Térmico‎(φ)‎menor‎ou‎igual‎a‎4,30‎h‎e‎Fator‎Solar‎(FSo) menor ou igual a 4,00
%. Coberturas leves refletoras são aquelas com Transmitância Térmica (U) menor ou
igual a 2,30 W/m2.K, Atraso Térmico menor ou igual a 3,30 h e Fator Solar (FSo) menor
ou igual a 6,50 %.
Como estratégia de condicionamento térmico passivo deve ser utilizada
ventilação cruzada permanente. Visto que o condicionamento passivo será
insuficiente durante as horas mais quentes, deve-se considerar o uso de refrigeração
artificial, quando necessário.
De acordo com o Gráfico de Temperatura e Zona de Conforto (Gráfico 1), as
temperaturas médias mensais em Feira de Santana estão dentro da Zona de Conforto.
No entanto, deve-se considerar a elevação da temperatura de novembro a março,
chegando a 27°C nos meses de fevereiro e março. Nos meses de novembro a março
também ocorrem as temperaturas médias mensais máximas, próximas de 30°C. Os
61

meses de julho, agosto e setembro apresentam as menores temperaturas médias


mensais, chegando a 21°C no mês de agosto.

Gráfico 1 – Gráfico de Temperatura e Zona de Conforto

Fonte: PROJETEEE, 2022.

O Gráfico de Umidade Relativa (Gráfico 2) mostra que Feira de Santana


apresenta um clima bastante úmido, com médias mensais acima de 70%. Os meses
de abril a setembro apresentam umidade relativa acima de 80%, superando os 85%
no mês de agosto.

Gráfico 2 – Gráfico de Umidade Relativa

Fonte: PROJETEEE, 2022.


62

O Gráfico de Chuvas (Gráfico 3) indica que os meses de abril, maio, junho e


novembro apresentam as maiores precipitações, com valores médios mensais
superiores a 100 mm. Já setembro apresenta a menor precipitação média mensal.

Gráfico 3 – Gráfico de Chuva

Fonte: PROJETEEE, 2022.

O Gráfico Rosa dos Ventos (


Gráfico 4) mostra as estatísticas dos ventos, reunidas ao longo do tempo e incluem
velocidade do vento, direção e frequência. Para Feira de Santana, a análise da
frequência dos ventos demonstra que há uma predominância de ventos soprando de
Sudeste (39,73%) e Leste (26,78%). Deste modo, as fachadas leste e sul deverão ser
protegidas da ação de chuvas e o empreendimento deverá ser implantado de modo a
aproveitar a direção dos ventos, favorecendo o efeito da ventilação cruzada, inclusive
com o uso de grandes aberturas nestas fachadas.

Gráfico 4 – Gráfico Rosa dos Ventos

Fonte: PROJETEEE, 2022.


63

O estudo de incidência solar nas fachadas foi realizado pela análise da Carta
Solar para a latitude especificada para o terreno, obtida pelo software Analysis SOL –
AR 6.2. Este estudo possibilitou identificar o comportamento da insolação em cada
uma das fachadas do terreno, o que embasará as medidas de proteção solar a serem
adotadas no projeto.

Tabela 5 – Incidência Solar – Fachada Norte

FACHADA NORTE – AZIMUTE 355°


Solstício de Inverno Receberá insolação das 06:30 h às 17:30 h.
Solstício de Verão Não receberá insolação.
Equinócios Receberá insolação das 08:00 h às 18:00 h.

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.

Figura 42 – Carta Solar – Fachada Norte

Fonte: Analysis SOL – AR 6.2. Adaptado pelo Autor, 2022.

Tabela 6 – Incidência Solar – Fachada Leste

FACHADA LESTE – AZIMUTE 84°


Solstício de Inverno Receberá insolação das 05:30 h às 12:00 h.
Solstício de Verão Receberá insolação das 05:30 h às 11:30 h.
Equinócios Receberá insolação das 05:30 h às 12:00 h.

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.


64

Figura 43 – Carta Solar – Fachada Leste

Fonte: Analysis SOL – AR 6.2. Adaptado pelo Autor, 2022.

Tabela 7 – Incidência Solar – Fachada Sul

FACHADA SUL – AZIMUTE 180°


Solstício de Inverno Não receberá insolação.
Solstício de Verão Receberá insolação das 05:30 h às 18:30 h.
Equinócios Não receberá insolação.

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.

Figura 44 – Carta Solar – Fachada Sul

Fonte: Analysis SOL – AR 6.2. Adaptado pelo Autor, 2022.


65

Tabela 8 – Incidência Solar – Fachada Oeste

FACHADA OESTE – AZIMUTE 274°


Solstício de Inverno Receberá insolação das 12:00 h às 17:30 h
Solstício de Verão Receberá insolação das 12:30 h às 18:30 h
Equinócios Receberá insolação das 12:00 h às 18:00 h

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.

Figura 45 – Carta Solar – Fachada Oeste

Fonte: Analysis SOL – AR 6.2. Adaptado pelo Autor, 2022.

A fachada sul é a que receberá menor incidência solar ao longo do ano,


ocorrendo somente próximo ao período de solstício de verão. A fachada leste
receberá sol durante o período da manhã durante o ano inteiro, indicando-a como
ideal para a implantação de ambientes de longa permanência. A fachada norte
receberá sol durante o dia todo durante o ano todo, com exceção ao período próximo
ao solstício de verão, necessitando de sombreamento das aberturas com o uso de
protetores solares, tais como beirais, marquises e brises horizontais. Já a fachada
oeste, receberá sol durante o período da tarde durante o ano inteiro, necessitando de
sombreamento das aberturas com o uso de protetores solares, tais como brises
verticais. Para a escolha dos protetores solares, serão considerados fatores como
eficiência, plasticidade, privacidade, luminosidade, ventilação, visibilidade,
durabilidade e custos de implantação e manutenção.
66

3.2 ASPECTOS HISTÓRICOS

Durante a maior parte de sua história, a expansão da malha urbana de Feira


de Santana se deu de maneira espontânea, sem nenhum tipo de planejamento urbano
integrado para a cidade ou sua região (SANTO, 2003).
Entre as décadas de 1960 e 1980, a população urbana ultrapassou a população
rural em Feira de Santana e observou-se o crescimento da taxa de urbanização, com
a ocupação das áreas do entorno ou próximas ao centro da cidade por grupos de
maior renda e o processo de periferização associado à construção de vários conjuntos
habitacionais destinados à população de baixa renda.
Na região rural antes denominada Chácara Mangabeira e que servia de
passagem ao gado, foram construídos alguns dos primeiros conjuntos habitacionais
da cidade, o Antônio Carlos Magalhães (1979), o João Paulo II (1981) e o Feira V
(1982), dando origem ao Bairro Mangabeira (ARAÚJO, 2017).
Atualmente, este bairro é marcado por contrastes sociais e com graves
problemas de infraestrutura, mas que, ao mesmo tempo, abriga alguns dos maiores
condomínios residenciais de Feira de Santana. Entretanto, o prolongamento e a
duplicação da Avenida Francisco Fraga Maia e da Avenida Ayrton Senna, duas das
principais vias estruturantes do Bairro Mangabeira, demonstram a intenção do poder
público em potencializar esta região como um dos principais vetores econômicos do
município.
As imagens a seguir mostram a rápida evolução da ocupação e urbanização
da região do terreno em estudo nas últimas duas décadas. No ano de 2002, havia
poucas residências e tinha início a construção dos primeiros condomínios
residenciais. O acesso se dava por vias não pavimentadas (Figura 46). Já no ano de
2012, os condomínios residenciais já se encontravam ocupados, trazendo mais
moradores para a região, a implantação de pontos comerciais e a pavimentação das
vias de acesso (Figura 47). Por fim, a última imagem mostra a região no ano de 2022
e sua consolidação como bairro de predominância residencial e urbanização da
Avenida Francisco Fraga Maia (Figura 48).
67

Figura 46 – Terreno e entorno imediato no ano de 2002

Fonte: Google Earth, 2022.

Figura 47 – Terreno e entorno imediato no ano de 2012

Fonte: Google Earth, 2022.


68

Figura 48 – Terreno e entorno imediato no ano de 2022

Fonte: Google Earth, 2022.

3.3 ASPECTOS ECONÔMICOS

Segundo o Censo Demográfico 2010 (IBGE, 2022), a população de Feira de


Santana era de 556.642 habitantes, a segunda maior do Estado da Bahia, atrás
apenas de Salvador. Já para o ano de 2021, a população estimada era de 624.107
habitantes. A fim de análise estatística, para este estudo, serão considerados os
dados do último Censo Demográfico realizado, no ano de 2010.
Em relação à situação domiciliar, 91,73% da população de Feira de Santana
vivia na zona urbana e apenas 8,27% viviam na zona rural. Ainda sobre a população
feirense, 52,57% da população era de mulheres e 47,43% era de homens. Quanto à
idade desta população, 69,95% possuíam de 15 a 64 anos e 24,14% possuíam menos
de 15 anos.
Ao analisar a área de estudo e seu entorno, percebe-se que 8,49% da
população da cidade vivia nesta região, sendo 3,74% no Bairro Mangabeira, 1,79%
69

no Bairro Cidade Nova e 2,96% no Bairro Parque Ipê. Deve-se considerar, ainda, que
9,02% da população tinha entre 15 e 19 anos (50.211 pessoas). Considerando o
público-alvo pessoas de 0 a 14 anos, já que são os que ingressarão no Ensino Médio
nos próximos anos, das 134.070 pessoas que viviam em Feira de Santana, 8,20% da
população da cidade vivia nestes três bairros, sendo 3,87% no Bairro Mangabeira
(5.184 pessoas), 1,44% no Bairro Cidade Nova (1.925 pessoas) e 2,89% no Bairro
Parque Ipê (3.870 pessoas).
A Região Metropolitana de Feira de Santana – RMFS é formada por seis
municípios, sendo eles Amélia Rodrigues, Conceição da Feira, Conceição do Jacuípe,
Feira de Santana, São Gonçalo dos Campos e Tanquinho (FNEM, 2022). A Região
Metropolitana de Feira de Santana ocupa uma área total de 2.265,426 km2, o que
equivale a 0,40% da área total do Estado da Bahia, que é de 564.733, 177 km2. Já
Feira de Santana possui uma superfície territorial de 1.304, 425 km2 e sua densidade
demográfica é de 416,03 habitantes/km2 (IBGE, 2022).
Em 2019, o Produto Interno Bruto – PIB de Feira de Santana era de R$
14.898.191,63 e o Produto Interno Bruto – PIB per capita era de R$ 24.229,74, com
predominância econômica do setor de serviços, seguido da indústria e agropecuária
(IBGE, 2022).
Quanto ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – IDHM, em 2010, o
valor para Feira de Santana era de 0,712, o que demonstra um aumento de 21,71%
em comparação ao valor de 2000, que era de 0,585. Em relação ao componente
Educação, o índice aumentou 40,68%, indo de 0,440 em 2000 para 0,619 em 2010.
Este componente é definido a partir de indicadores que consideram o fluxo escolar de
crianças e jovens, a expectativa de anos de estudo e a escolaridade da população
adulta (ATLAS, 2022).
70

3.4 ASPECTOS LEGAIS

3.4.1 Lei Complementar nº 118/2018 – Lei de Ordenamento do Uso e da


Ocupação do Solo

A análise dos aspectos legais da área de estudo foi realizada de acordo com a
Lei Complementar nº 118, de 20 de dezembro de 2018, que institui a Lei de
Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo – LOUOS, na área urbana e de
expansão urbana do município de Feira de Santana (FEIRA DE SANTANAa, 2018).
O empreendimento está associado à atividade de Educação, subcategoria
Educação Média de Formação Geral, compreendendo escola de qualquer porte, uso
Institucional, grupo In – 2, subgrupo In – 2.1. Em relação às Zonas de Uso da área
urbana e de expansão urbana do Município de Feira de Santana, o empreendimento
está inserido na Zona 06 – C2 – Concentração Linear de Usos Múltiplos, já que o
acesso ao imóvel estará diretamente ligado à Avenida Francisco Fraga Maia. Para a
Zona 06, são permitidas as atividades institucionais de todos os tipos. De acordo com
os critérios de compatibilidade locacional a usos institucionais, grupo In – 2, subgrupo
In – 2.1., não há restrições de uso e ocupação do solo, já que todos os critérios são
atendidos, incluindo o tipo de via que dá acesso ao sistema viário, oferta de serviços
públicos de água e eletricidade, bem como a distância mínima em relação aos usos
existentes no entorno, inclusive aos empreendimentos dos grupos de uso Id – 2, CS
– 1.4, CS – 2.6, CS – 6.2, CS – 10.2, CS –10.3, In – 7 e In – 11.3.
Quanto à Hierarquização do Sistema Viário, a Avenida Francisco Fraga Maia é
classificada como Via Arterial – VA, do tipo IV, destinada a atender a grandes
demandas de viagens urbanas, assegurando melhor fluidez no tráfego, adequadas
condições de acesso e circulação dos transportes coletivos, bem como segurança na
travessia de pedestres, conciliando os tráfegos de passagem local. Esta via apresenta
pista dupla com duplo sentido, separada por canteiro central e faixa para
estacionamento e passeio nos dois lados da via. Para lote lindeiro a este tipo de via,
o passeio deverá ter largura mínima de 6,00 m. Já a Rua Miranda é classificada como
Via Coletora – VC, que tem como função coletar e distribuir o tráfego de todas as
nucleações residenciais e comerciais, de serviços e outros, efetuando a alimentação
71

às vias arteriais e corredores de transportes próximos, proporcionando acesso direto


às propriedades lindeiras, apresentando alta acessibilidade e menor fluidez de tráfego.
Esta via apresenta fluxo em sentido duplo, com pista simples, faixa para
estacionamento e passeio nos dois lados da via. Para lote lindeiro a este tipo de via,
o passeio deverá ter largura mínima de 2,50 m. No entanto, para este projeto, será
considerado passeio com largura de 6,00.
Os índices urbanísticos apresentados nesta legislação também demonstram a
viabilidade legal de implantação do empreendimento no local escolhido. Quanto aos
índices urbanísticos, levando em consideração o zoneamento urbano e a categoria de
uso do empreendimento, serão adotados como referência os seguintes valores:
a) Índice de Utilização – IU: 4,00;
b) Índice de Ocupação – IO: 0,70;
c) Índice de Permeabilidade – IP: 0,30.
A legislação local não estabelece um Gabarito de Altura – GA máximo a ser
adotado. Sendo assim, será considerada a altura máxima de 12,00 m ou 4
pavimentos. Esta relação é deduzida a partir do Índice de Utilização – IU empregado.
Vale ressaltar que, caso o Índice de Ocupação – IO aplicado seja menor, esta relação
poderá mudar, possibilitando um aumento do limite do Gabarito de Altura – GA.
O Recuo Frontal, o Recuo Lateral e o Recuo de Fundo são definidos em função
da categoria da via lindeira ao terreno ou lote e do número de pavimentos do
empreendimento e estão representados na Figura 49. Sendo assim, serão
considerados Recuo Frontal de 6,00 m – para o trecho lindeiro à Avenida Francisco
Fraga Maia (Via Arterial), e 4,00 m – para o trecho lindeiro à Rua Miranda (Via
Coletora). O Recuo Lateral e o Recuo de Fundo terão o valor mínimo de 1,50 m.
Excluídos os recuos mínimos obrigatórios, o terreno passa ater uma área útil de
13.190,87 m2.
72

Figura 49 – Planta Baixa do Terreno

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.

Por fim, o número de vagas de estacionamento obedecerá ao estabelecido para


universidades e faculdades, já que não há na legislação local menção a escolas de
qualquer tipo. Deste modo, será considerada a necessidade de uma vaga para
automóveis para cada 75,00 m2 de área útil. Para motocicletas, deverá haver uma
vaga para cada vinte vagas para automóveis.
73

3.4.2 Lei Complementar nº 119/20182018 – Código de Obras

O Código de Obras de Feira de Santana – Lei Complementar nº 119, de 20 de


dezembro de 2018 (FEIRA DE SANTANAb, 2018), traz diversas especificações
relacionadas às edificações escolares.
A fim de proporcionar iluminação e ventilação naturais, os vãos de janelas de
ambientes de permanência prolongada não poderão ter área inferior a 1,20 m 2, nem
largura inferior a 1,00 m. Para ambientes de uso eventual ou transitório, os vãos das
janelas deverão ter área superior a 0,25 m2, não podendo ter largura inferior a 0,50 m.
Quanto aos acessos, as portas deverão ter largura mínima de 0,90 m e altura mínima
de 2,10 m. Nenhuma porta poderá ter vão livre inferior a 0,60 m.
As circulações horizontais para ambientes de uso coletivo deverão ter largura
mínima de 1,20 m. Quanto às circulações verticais, escadas ou rampas das
edificações escolares deverão ter largura mínima de 1,50 m. As edificações com mais
de quatro pavimentos ou que tenham diferença de nível igualou superior a 12,00 m
entre os pisos dos seus pavimentos, deverão possuir, no mínimo, um elevador.
Cozinhas e copas de escolas deverão ter áreas proporcionais ao número de
alunos e deverão ter pé direito mínimo de 2,50 m, até uma dimensão de 20,00 m 2.
Caso exceda esse tamanho, a cada 10,00 m2 de área, serão acrescidos 0,20 m de pé
direito.
Para o auditório, o espaçamento mínimo entre as filas de cadeiras deverá ser
de 0,90 m, de encosto a encosto e a largura mínima das poltronas deverá ser de 0,50
m, medida de eixo a eixo dos braços. O pé direito livre mínimo deverá ser de 6,00,
podendo chegar a 2,00 junto à parede do fundo.
Os sanitários deverão ser dimensionados de acordo com o número de alunos,
sendo: masculino – um mictório, um lavatório e um vaso sanitário para cada 30 alunos,
além de um chuveiro para cada 50 alunos; feminino – um lavatório para cada 20
alunas, um vaso sanitário para cada 15 alunas e um chuveiro para cada 50 alunas. O
dimensionamento para Pessoas com Deficiência – PCD deverá obedecer ao
estabelecido na Norma Brasileira Regulamentadora ABNT NBR 9050:2020 –
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Fica
estabelecido, ainda, que deverá haver um bebedouro para cada 50 alunos e que os
74

reservatórios de água deverão ser dimensionados considerando um consumo diário


mínimo de 20 litros por aluno.
Em relação às vagas de estacionamento, fica estabelecido que 3% das vagas
deverão ser destinadas a Pessoas com Deficiência – PCD, bem como 3% a idosos e
outros 3% a gestantes. As vagas para automóveis deverão ter largura mínima de 2,30
m e comprimento mínimo de 4,50. Um mínimo de 30% das vagas existentes deverá
ter largura mínima de 2,50 m e comprimento mínimo de 5,00 m. Caso haja Recuo
Frontal maior ou igual a 5,50 m, esta área poderá ser usada como estacionamento.

3.4.3 NBR 9050:2020 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e


equipamentos urbanos

Quanto à Norma Brasileira Regulamentadora ABNT NBR 9050:2020 –


Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos (ABNT,
2020), serão indicados os pontos mais relevantes em relação ao projeto de uma
edificação escolar. Todos os ambientes devem ser acessíveis, bem como os
elementos do mobiliário interno e externo.
Nas escolas, deve existir pelo menos uma rota acessível interligando o acesso
de alunos às áreas administrativas, de prática esportiva, de recreação, de
alimentação, salas de aula, laboratórios, bibliotecas, centros de leitura e demais
ambiente pedagógicos. A rota acessível é um trajeto contínuo, desobstruído e
sinalizado, que conecta os ambientes externos e internos da escola, incluindo
elementos de circulação horizontal e vertical, e que pode ser utilizada de forma
autônoma e segura por todas as pessoas, podendo, ou não, coincidir com a rota de
fuga. Todas os acessos devem ser acessíveis e vinculados à circulação principal e às
circulações de emergência. O percurso entre o estacionamento de veículos e os
acessos deve compor uma rota acessível, sendo que a distância entre as vagas de
estacionamento para pessoas com deficiência e para pessoas idosas não deverá
exceder os 50 m.
A fim de garantir sua acessibilidade, as rampas deverão obedecer aos limites
máximos de inclinação, desníveis a serem vencidos e número máximo de segmentos,
conforme a Tabela 9.
75

Tabela 9 – Dimensionamento de Rampas

Inclinação admissível em Número máximo de


Desníveis máximos de cada cada segmento de rampa i segmentos de rampa
segmento de rampa h (m) (%)
1,50 5,00 (1:20) Sem limite
1,00 5,00 (1:20) < i ≤‎6,25% (1:16) Sem limite
0,80 6,25 (1:16) < i ≤‎8,33% (1:12) 15

Fonte: ABNT. Adaptado pelo Autor, 2022.

A inclinação das rampas deve ser calculada conforme a equação i = (h x 100)/c,


onde i é a inclinação, expressa em %, h é a altura do desnível e c é o comprimento da
projeção horizontal, conforme a Figura 50.

Figura 50 – Dimensionamento de Rampas

Fonte: ABNT, 2020.

As rampas devem ter sua largura estabelecida de acordo com o fluxo de


pessoas, sendo recomendável a largura livre mínima para rampas em rotas acessíveis
de 1,50 m, sendo o mínimo admissível de 1,20 m. Os patamares no início e no término
das rampas devem ter dimensão longitudinal mínima de 1,20 m e devem ser previstos
patamares intermediários entre os segmentos de rampa. Todas as rampas e escadas
devem possuir guarda-corpo, corrimãos e guias de balizamento, conforme a norma.
Em relação à circulação interna, os corredores devem ser dimensionados de
acordo com o fluxo de pessoas. A largura mínima recomendada para corredores de
76

uso público é de 1,50 m, garantindo o deslocamento em linha reta de pessoas em


cadeira de rodas (Figura 51Figura 51).

Figura 51 – Largura para deslocamento em linha reta

Fonte: ABNT, 2020.

As portas, quando abertas, devem possuir um vão livre maior ou igual a 0,80m
de largura e 2,10 m de altura, inclusive as portas de sanitários e vestiários, garantindo
o deslocamento frontal e lateral, conforme Figura 52, Figura 53 e Figura 54.
77

Figura 52 – Deslocamento frontal

Fonte: ABNT, 2020.

Figura 53 – Deslocamento lateral

Fonte: ABNT, 2020.

Figura 54 – Porta de sanitários e vestiários

Fonte: ABNT, 2020.


78

Os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devem localizar-se em rotas


acessíveis, próximas à circulação principal e próximas ou integradas as demais
instalações sanitárias. Recomenda-se que a distância máxima a ser percorrida de
qualquer ponto da edificação até o sanitário ou banheiro acessível seja de até 50 m.
A entrada deve ser independente, possibilitando que a pessoa com deficiência possa
utilizar a instalação sanitária acompanhada de uma pessoa do sexo oposto. Para
locais de prática esportiva, os vestiários acessíveis devem ser instalados nos
banheiros coletivos. O número mínimo de sanitários acessíveis deve ser de 5% do
total de cada peça sanitária, com no mínimo um para cada sexo em cada pavimento,
onde houver sanitários.
A Figura 55 mostra as medidas mínimas de um sanitário acessível com área
mínima de circulação com diâmetro de 1,50 m. No entanto, para dimensionamento
correto dos espaços, peças e acessórios, a norma deverá ser consultada
detalhadamente.

Figura 55 – Medidas mínimas de um sanitário acessível

Fonte: ABNT, 2020.


79

Deve-se considerar, ainda, que os boxes comuns tenham portas com vão livre
de 0,80 m e uma área livre com no mínimo 0,60 m de diâmetro. A fim de facilitar o
socorro à pessoa, caso necessário, recomenda-se que as portas abram para fora
(Figura 56).

Figura 56 – Boxe comum com porta abrindo para o exterior

Fonte: ABNT, 2020.

Já para os mictórios, deve ser prevista uma área de aproximação frontal para
P.M.R. com no mínimo 0,60m de diâmetro (Figura 57Figura 57).

Figura 57 – Área de aproximação frontal para P.M.R. – Mictório

Fonte: ABNT, 2020.

Os auditórios devem possuir espaços reservados para pessoas com deficiência


ou com mobilidade reduzida. Estes assentos devem estar localizados em uma rota
acessível vinculada a uma rota de fuga e estar distribuídos de modo a garantir as
mesmas condições de serviços, conforto, segurança e boa visibilidade e acústica.
Deve-se garantir no mínimo um assento ao lado de cada espaço reservado para
pessoa com deficiência e dos assentos destinados às P.M.R. e P.O.
80

A localização dos espaços para P.C.R. e assentos para P.M.R. e P.O. deve ser
calculada de forma a garantir a visualização da atividade desenvolvida no palco,
conforme a Figura 58 e Figura 59.

Figura 58 – Ângulo visual dos espaços para P.C.R em teatros – Vista lateral

Fonte: ABNT, 2020.

Figura 59 – Posicionamento, dimensão e cone visual para espaços reservados para P.C.R. e
assentos para P.M.R. e P.O. – Planta – Exemplo

Fonte: ABNT, 2020.


81

Os espaços para P.C.R. na primeira fileira, na última fileira e em fileira


intermediária são representados, respectivamente, na Figura 60, Figura 61 e Figura
62.

Figura 60 – Espaço para P.C.R. na primeira fileira – Vista superior

Fonte: ABNT, 2020.

Figura 61 – Espaços para P.C.R. na última fileira – Vista superior

Fonte: ABNT, 2020.

Figura 62 – Espaços para P.C.R. em fileira intermediária – Vista superior

Fonte: ABNT, 2020.


82

Os assentos para P.M.R., assim como os para P.O., devem possuir um espaço
livre frontal de no mínimo 0,60 m, conforme Figura 63. Os assentos para P.O. deverão
ter profundidade do assento mínima de 0,47 m e máxima de 0,51 m, medida entre a
sua parte frontal e o ponto mais frontal do encosto tomado no eixo de simetria. A
largura do assento mínima deverá ser de 0,75 m, medida entre as bordas laterais no
terço mais próximo do encosto, e a altura do assento mínima deverá ser de 0,42 m e
máxima de 0,45 m, medida na sua parte mais alta e frontal. Por fim, os assentos para
P.O. devem suportar uma carga de 250 kg.

Figura 63 – Assentos para P.M.R. e P.O. – Vista lateral

Fonte: ABNT, 2020.

Os corredores de circulação da plateia que compõem a rota acessível devem


ser livres de obstáculos, podendo possuir inclinação de até 12%. Uma rota acessível
deve interligar os espaços para P.C.R. ao palco e aos bastidores. O acesso ao palco,
quando houver desnível entre este e a plateia, pode se dar por rampa com largura
mínima de 0,90 m e inclinação máxima de 16,66%, para vencer uma altura máxima
de 0,60 m, e de 10%, para vencer alturas superiores a 0,60 m. Caso haja camarins,
pelo menos um camarim para cada sexo deve ser acessível. Quando existir somente
um camarim de uso unissex, este deve ser acessível e o seu sanitário deve atender à
norma.
Nas bibliotecas e centros de leitura, pelo menos 5% das mesas e terminais de
consulta por meio de computadores e acesso à internet devem ser acessíveis à P.C.R.
e P.M.R., com no mínimo uma, e recomenda-se que, pelo menos 10% sejam
adaptáveis para acessibilidade. A largura livre entre estantes deve ser de no mínimo
0,90 m. Nos locais de atendimento ao público, 5% dos assentos devem ser destinados
83

ao uso de P.O., com no mínimo um, e 5% dos assentos para P.C.R., com no mínimo
um.
O refeitório deve possuir pelo mesmo 5% do total de mesas, com no mínimo
uma, acessível a P.C.R. As mesas devem ser distribuídas de forma a estar interligas
às demais e em locais onde sejam oferecidos todos os serviços e comodidades
disponíveis, além de estarem interligadas a uma rota acessível, incluindo acesso ao
sanitário acessível. Balcões de atendimento ou autosserviço devem atender à norma.
Nos locais de práticas esportivas e lazer, todas as portas existentes na rota
acessível, devem possuir vão livre de no mínimo 1,00 m, incluindo as portas dos
sanitários e vestiários. A rota acessível deve interligar os espaços para P.C.R e os
assentos para P.M.R. e P.O. às áreas de apresentação e quadras, além de vestiários
e sanitários, que devem ser acessíveis e estar localizados tanto nas áreas de uso
público quanto nas áreas para prática esportivas.

3.4.4 Instrução Técnica n° 11/2016 – Saídas de emergência

As saídas de emergência compreendem os acessos ou corredores, as rotas de


saídas horizontais e respectivas portas ou espaço livre exterior, nas edificações
térreas ou no pavimento de saída/descarga das pessoas nas edificações com mais
de um pavimento, as escadas e rampas, as descargas e os elevadores de
emergência.
Para os efeitos desta Instrução Técnica, as edificações são classificadas
quanto à ocupação e à altura. Escolas em geral são classificadas como grupo E,
divisão E-1, uso educacional. Para o projeto em estudo, quanto à altura, as edificações
serão classificadas de média altura, ou seja, com altura entre 6,00 m e 12,00 m.
As saídas de emergência são dimensionadas em função da população da
edificação, sendo que os acessos são dimensionados em função dos pavimentos que
a sirvam e as escadas, rampas e descargas são dimensionadas em função do
pavimento de maior população. A largura dos acessos, escadas e descargas é
calculada pela expressão N = P/C, onde N é o número de unidades de passagem, P
é a população e C é a capacidade da unidade de passagem. A unidade de passagem
é a largura mínima para a passagem de um fluxo de pessoas, fixada em 0,55 m. No
84

caso das escolas, a população da edificação é calculada considerando uma pessoa


para cada 1,50 m2 de área de sala de aula. Já a capacidade de uma unidade de
passagem é o número de pessoas que passa por esta unidade em um minuto, sendo
de 100 pessoas para acessos e descargas, 75 pessoas para escadas e rampas e 100
pessoas para portas. As larguras mínimas das saídas de emergência para acessos,
escadas, rampas e descargas devem ser de 1,10 m.
Para escolas, as distâncias máximas a serem percorridas para atingir as portas
de acesso às saídas das edificações e o acesso às escadas ou às portas das escadas
nos pavimentos variam de acordo com o tipo de proteção contra incêndios utilizada e
o número de saídas. Caso haja somente uma saída e não haja chuveiro automáticos,
detectores ou controle de fumaça, a distância máxima percorrida será de 40 m para a
saída da edificação e de 30 m para os demais pavimentos. Caso haja mais de uma
saída e chuveiro automáticos, detectores ou controle de fumaça, a distância máxima
percorrida será de 90 m para a saída da edificação e de 75 m para os demais
pavimentos.
Quanto ao tipo de escadas de emergência a serem utilizadas, para edificações
do grupo E, divisão E-1 e altura entre 6,00 m e 12,00 m, estas devem ser do tipo não-
enclausurada.

3.5 ASPECTOS URBANOS E PAISAGÍSTICOS

3.5.1 Uso e Ocupação do Solo

O Mapa de Uso e Ocupação do Solo (Figura 64) mostra a predominância do


uso residencial e do uso comercial e de serviços. Há, ainda, diversas áreas verdes,
sendo umas delas em lote vizinho ao terreno em estudo, uma indústria panificadora e
algumas instituições.
85

Figura 64 – Mapa de Uso e Ocupação do Solo

Fonte: Google Maps. Adaptado pelo Autor, 2022.

O uso institucional é constituído pela Casa Mãe de Deus, a Escola Municipal


Doce Lar da Criança, a Escola de Tempo Integral Mãe da Providência do Instituto
Mara Galbusera, a Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito e a
Superintendência Municipal de Trânsito. A Escola Municipal Doce Lar da Criança é
uma escola pública que atende cerca de 200 alunos da Pré-Escola aos Anos Iniciais
do Ensino Fundamental. Já a Escola de Tempo Integral Mãe da Providência do
Instituto Mara Galbusera é uma escola pública municipal que atende cerca de 125
alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamenta.

3.5.2 Gabarito

O Mapa de Gabarito (Figura 65) indica que a predominância na localidade em


que se encontra o terreno é de edificações de um e dois pavimentos. Há somente
duas edificações com três pavimentos.
86

Figura 65 – Mapa de Gabarito

Fonte: Google Maps. Adaptado pelo Autor, 2022.

As edificações de um pavimento possuem uso residencial, comercial, de


serviços e institucional. As edificações de dois pavimentos possuem uso residencial,
comercial, de serviços, institucional e industrial. Neste caso, o uso residencial é
formado por residências localizadas em condomínios fechados, na sua maioria. As
edificações de três pavimentos são comércios de grande porte.
Pelo fato de que as edificações de três pavimentos estão localizadas ao sul do
terreno em análise, é provável que a ventilação natural dos ambientes aí localizados
seja prejudicada, já que poderá ocorrer o bloqueio total ou parcial dos ventos vindos
de sudeste. Quanto às edificações de um ou dois pavimentos, o seu impacto sobre a
ventilação natural não será considerado, já que possuem baixa estatura.
87

3.5.3 Sistema Viário e Mobilidade Urbana

O Mapa de Sistema Viário e Mobilidade Urbana (Figura 66) traz as vias que
atendem à região de estudo, bem como os modais de transporte disponíveis. O
terreno é lindeiro à Avenida Francisco Fraga Maia e à Rua Miranda, o que possibilita
que haja mais de um aceso de veículos ao local. A Avenida Francisco Fraga Maia é
uma Via Arterial com pista dupla com duplo sentido, separada por canteiro central e
faixa para estacionamento e passeio nos dois lados da via. A Rua Miranda é uma Via
Coletora com pista simples com fluxo em sentido duplo, faixa para estacionamento e
passeio nos dois lados da via. Complementam o Sistema Viário a Avenida Casemiro
de Abreu, a Rua Barra do Caçador, a Rua Barra do Retiro, a Rua Barra dos
Bandeirantes, a Rua Dourada e a Rua Compodônio, sendo a primeira uma Via
Coletora e as demais Vias Locais. Todas as vias da localidade são asfaltadas.

Figura 66 – Mapa de Sistema Viário e Mobilidade Urbana

Fonte: Google Maps. Adaptado pelo Autor, 2022.


88

A Avenida Francisco Fraga Maia é servida por ciclovia que faz ligação com o
complexo de mobilidade urbana que dá acesso à Universidade Estadual de Feira de
Santana – UEFS.
A localidade possui três pontos de ônibus, dois localizados na Avenida
Francisco Fraga Maia e um na Rua Miranda. Os pontos da Avenida Francisco Fraga
Maia são servidos pelas linhas 087 – Terminal Norte/Terminal Central via Maria
Quitéria, 111 – Conder/Avenida Iguatemi/Terminal Norte e 119 – João Paulo II/Alto do
Papagaio/Terminal Norte. Já o ponto da Rua Miranda é servido pela linha 076 –
Loteamento Modelo/Avenida Francisco Fraga Maia/Avenida Maria Quitéria. Todas as
linhas dão acesso aos terminais de transbordo.
O Mapa de Caminhos (Figura 67) mostra que tanto a ciclovia quantos os pontos
de ônibus podem ser facilmente acessados a pé. Percorrendo um caminho inferior a
100 m, chega-se à ciclovia. Já os pontos de ônibus estão localizados a uma distância
de 200 m e 250 m.

Figura 67 – Mapa de Caminhos

Fonte: Google Maps. Adaptado pelo Autor, 2022.


89

3.5.4 Equipamentos Urbanos, Espaços Públicos e de Lazer

Conforme demonstrado no Mapa de Equipamentos Urbanos, Espaços Públicos


e de Lazer (Figura 68), a região de estudo é carente de equipamentos públicos de
saúde, cultura e segurança. Há duas escolas públicas municipais, a Escola Municipal
Doce Lar da Criança e a Escola de Tempo Integral Mãe da Procidência do Instituto
Mara Galbusera. Embora haja vários espaços verdes em áreas privadas, não há
praças, quadras esportivas ou espaços de lazer públicos. O único espaço público de
lazer usado pela população local é o canteiro central da Avenida Francisco Fraga
Maia, onde são realizadas caminhadas, corridas e exercícios físicos.

Figura 68 – Mapa de Equipamentos Urbanos, Espaços Públicos e de Lazer

Fonte: Google Maps. Adaptado pelo Autor, 2022.


90

4 O PROJETO

4.1 CONCEITO

Ubuntu – eu sou porque nós somos. De origem africana, a Filosofia Ubuntu tem
por fundamento uma ética de coletividade, onde nada acontece isoladamente. Somos
pessoas por meio de outras pessoas e não podemos ser plenamente humanos
sozinhos, sendo feitos para a interdependência e a cooperação (CAVALCANTE,
2020). Nesse‎ contexto,‎ projetar‎ uma‎ Escola‎ Pública‎ de‎ Ensino‎ Médio‎ em‎ Tempo‎
Integral‎significa‎considerar‎seu‎papel‎coletivo‎e‎comunitário,‎utilizando‎a‎Arquitetura‎
Escolar‎como‎ferramenta‎a‎fim‎de‎integrar‎pessoas,‎espaços‎e‎meio‎ambiente.

4.2 PARTIDO
91

4.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO

Com a finalidade de atender 540 alunos/dia, o Programa de Necessidades para


a Escola Pública de Ensino Médio em Tempo Integral foi criado com base nas novas
demandas decorrentes da implantação, a partir de 2022, do Novo Ensino Médio e
seus Itinerários Formativos, bem como nos projetos básicos arquitetônicos de
construção e adequação física de três novas unidades escolares estaduais de tempo
integral em Feira de Santana e projetos-base apresentados nos cadernos técnicos
elaborados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE do
Ministério da Educação – MEC e pelo Fundo para o Desenvolvimento da Educação –
FDE da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
O Programa de Necessidades foi pensado em função das atividades a serem
realizadas, os fluxos de usuários e a relação entre os diferentes ambientes, sendo
dividido em Núcleo Administrativo-Pedagógico, Núcleo Pedagógico-Cultural, Núcleo
Esportivo, Convivência e Alimentação e Núcleo de Serviços.
O Núcleo Administrativo-Pedagógico abrigará os espaços necessários à
administração da escola, apoio aos professores e preparação de aulas, com um total
de 332,50 m2.
O Núcleo Pedagógico-Cultural abrigará os espaços destinados ao ensino,
apresentações e apoio dos estudantes, com um total de 2.177,50 m2. Com a finalidade
de promover um atendimento mais individualizado aos alunos, foi estabelecido um
limite de 30 alunos/sala de aula e uma área mínima de 1,50 m 2/aluno.
O Núcleo Esportivo, Convivência e Alimentação abrigará os espaços para
prática de esportes, alimentação e convívio entre estudantes, com um total de
2.335,00 m2.
O Núcleo de Serviços abrigará os espaços de apoio ao funcionamento da
escola, com um total de 622,50 m2.
Aos 5.467,50 m2 decorrentes do pré-dimensionamento, foram acrescidos
1.113,75 m2, equivalentes ao espaço ocupado pela circulação e paredes, totalizando
6.581,25 m2.
Como o terreno possui 14.763,22 m2 e o Índice de Utilização – IU é 4,0, o total
da área prevista para a Escola de Ensino Médio em Tempo Integral está dentro do
limite estabelecido pela legislação.
92

Tabela 10 – Programa de Necessidades


1 2
SETOR AMBIENTE QUANTIDADE FUNÇÃO PÚBLICO-ALVO NÚMERO DE USUÁRIOS MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS ÁREA (m2) ÁREA TOTAL (m2) PÉ-DIREITO MÍNIMO (m) ILUMINAÇÃO NATURAL VENTILAÇÃO NATURAL
Recepção 1 Recepção, espera e Público externo, funcionários, 1 Mesa, cadeiras, poltronas, 15,00 15,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
atendimentp estudantes, pais e responsáveis computador, impressora, telefone
Diretoria 1 Coordenação geral e Diretor, funcionários, 1 Mesa, cadeiras, armários, 10,00 10,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
atendimento estudantes, pais e responsáveis computador, impressora, telefone
Vice-Diretoria 1 Coordenação e atendimento Vice-diretor, funcionários, 1 Mesa, cadeiras, armários, 10,00 10,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
estudantes, pais e responsáveis computador, impressora, telefone
Coordenação Pedagógica 1 Coordenação pedagógica e Coordenador Pedagógico, 1 Mesa, cadeiras, armários, 10,00 10,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
NÚCLEO ADMINISTRATIVO-PEDAGÓGICO

atendimento professores computador, impressora, telefone


Orientação Educacional 1 Orientação educacional e Orientador Educacional, 1 Mesa, cadeiras, armários, 10,00 10,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
atendimento estudantes, pais e responsáveis computador, impressora, telefone
Secretaria 1 Administração e atendimento Funcionários e público externo 10 Mesas, cadeiras, armários, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
computadores, impressoras, telefones
Sala de Reuniões 1 Reuniões e atendimento Funcionários, pais e responsáveis, 10 Mesa de reunião, cadeiras, computador, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
público externo equipamentos de projeção
Sala dos Professores 1 Preparação de aulas Professores 25 Mesas, cadeiras, armários, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
computadores, impressoras
Centro de Mídias 1 Preparação de aulas Professores 5 Mesas, cadeiras, armários, computadores 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
impressoras, equipamentos de som e imagem
Almoxarifado 1 Guarda de materiais Funcionários 1 Armários, prateleiras 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20

Copa do Núcleo Administrativo-Pedagógico 1 Alimentação, socialização e Professores e funcionários 40 Mesas, cadeiras, pia, fogão, 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/8 1/16
convívio geladeira, cafeteira, microondas
Área de Convivência 1 Descanso e convívio Professores e funcionários 40 Sofás, poltronas 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10

Depósito de Materiais de Limpeza 1 Armazenamento e Funcionários 1 Tanque, armários, estantes 2,50 2,50 2,70 a 3,00 não se aplica 1/20
limpeza de utensílios
Conjunto de Sanitários do Núcleo 1 Higiene pessoal Profesores e funcionários 40 Pias, bacias sanitárias, mictórios 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
Administrativo-Pedagógico
Sub-total (m2) 332,50

1 2
SETOR AMBIENTE QUANTIDADE FUNÇÃO PÚBLICO-ALVO NÚMERO DE USUÁRIOS MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS ÁREA (m2) ÁREA TOTAL (m2) PÉ-DIREITO MÍNIMO (m) ILUMINAÇÃO NATURAL VENTILAÇÃO NATURAL
Salas de Aula (30 alunos/sala) 18 Atividades Estudantes e profesores 540 Mesas, cadeiras, computador, quadro, 50,00 900,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
pedagógicas armários, equipamentos de projeção
Espaço Maker 1 Atividades práticas e Estudantes e professores 30 Mesas, cadeiras, computador, armários, quadro, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
desenvolvimento de habilidades máquina de corte a laser, impressora 3D, ferramentas
Espaço de Robótica 1 Atividades práticas e Estudantes e professores 30 Mesas, cadeiras, computador, armários, quadro, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
desenvolvimento de habilidades equipamentos de robótica, ferramentas
Espaço de Comunicação 1 Atividades práticas e Estudantes e professores 30 Mesas, cadeiras, computador, armários, quadro, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
desenvolvimento de habilidades equipamentos de fotografia e filmagem
Espaço de Desenvolvimento de Projetos 1 Atividades práticas e Estudantes e professores 30 Mesas, cadeiras, computador, quadro, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
desenvolvimento de habilidades armários, equipamentos de projeção
Espaço de Pesquisa, Leitura e Informação 1 Pesquisa, leitura e informação Estudantes, professores e 25 Mesas, cadeiras, computadores, 75,00 75,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
NÚCLEO PEDAGÓGICO-CULTURAL

público externo estantes, armários, poltronas


Sala de Artes Plásticas 1 Atividades artísticas, de pintura, Estudantes e profesores 30 Mesas, cadeiras, quadro, bancada com cubas, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
escultura, cerâmica e artes armários, estantes, cavaletes
Salas de Teatro, Música e Dança 2 Atividades cênicas, Estudantes, professores e 40 Armários, bancadas, tatames, barra de apoio, espelho, 50,00 100,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
de música, canto e dança público externo instrumentos musicais, equipamentos de som e imagem
Laboratório de Química e Biologia 1 Ensino e Estudantes e professores 30 Bancadas, cadeiras, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
experimentação computador, pias, armários
Sala de Preparo 1 Preparo de materiais Professores 1 Pia, armários, estantes, 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
bancadas
Laboratório de Matemática e Física 1 Ensino e Estudantes e professores 30 Bancadas, cadeiras, 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
experimentação computador, armários
Salas de Informática 3 Atividades de informática Estudantes, professores e 90 Mesas, cadeiras, computadores, 50,00 150,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
público externo quadro, equipamentos de projeção
Auditório 1 Apresentações e Professores, estudantes e 180 Poltronas, equipamentos de projeção, 400,00 400,00 2,70 a 3,00 não se aplica não se aplica
reuniões público externo equipamentos de som
Depósito de Materiais Pedagógicos 1 Guarda de materiais Professores 1 Armários, estantes 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20

Depósito de Materiais de Limpeza 1 Armazenamento e Funcionários 1 Tanque, armários, estantes 2,50 2,50 2,70 a 3,00 não se aplica 1/20
limpeza de utensílios
Conjunto de Sanitários do Núcleo 1 Higiene pessoal Estudantes 540 Pias, bacias sanitárias, mictórios 150,00 150,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
Pedagógico-Cultural
Sub-total (m2) 2.177,50
93

1 2
SETOR AMBIENTE QUANTIDADE FUNÇÃO PÚBLICO-ALVO NÚMERO DE USUÁRIOS MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS ÁREA (m2) ÁREA TOTAL (m2) PÉ-DIREITO MÍNIMO (m) ILUMINAÇÃO NATURAL VENTILAÇÃO NATURAL
Quadra Coberta 1 Recreação e prática esportiva Estudantes e público externo 540 Quadra poliesportiva, arquibancada 600,00 600,00 6,00 não se aplica não se aplica

Espaços Poliesportivos 3 Prática esportiva Estudantes e público externo 60 Armários, tatames 50,00 150,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10

Depósito de Material Esportivo 1 Guarda de materiais Funcionários 4 Armários, estantes 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
NÚCLEO ESPORTIVO, CONVIVÊNCIA E ALIMENTAÇÃO

Pátio Coberto 1 Recreação, socialização e Estudantes 540 Bancos, mesas, cadeiras 300,00 300,00 2,70 a 3,00 não se aplica não se aplica
convívio
Pátio Descoberto 1 Recreação, socialização e Estudantes 540 Bancos, mesas, cadeiras 450,00 450,00 não se aplica não se aplica não se aplica
convívio
Conjunto de Vestiários/Sanitários do Núcleo 1 Higiene pessoal Estudantes 540 Pias, bacias sanitárias, 150,00 150,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
Esportivo, Convivência e Alimentação mictórios, chuveiros
Conjunto de Sanitários do Núcleo Esportivo, 1 Higiene pessoal Estudantes 540 Pias, bacias sanitárias, mictórios 50,00 50,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
Convivência e Alimentação
Ambulatório 1 Atendimento Estudantes, professores e 1 Mesa, cadeiras, computador, 10,00 10,00 2,70 a 3,00 1/6 1/16
ambulatorial funcionários armários, maca
Refeitório (150 lugares) 1 Alimentação, socialização e Estudantes, professores e 150 Mesas, cadeiras, bancos, 225,00 225,00 2,70 a 3,00 1/8 1/16
convívio funcionários balcão refrigeradoe balcão aquecido
Cozinha Industrial 1 Preparo e distribuição de Funcionários 10 Fogões industriais, coifas, geladeiras, pias, 335,00 335,00 2,70 a 3,00 1/5 2/15
alimentos bancadas, armários, utensílios de cozinha
Copa do Núcleo Esportivo, Convivência e 1 Alimentação, socialização e Professores e funcionários 10 Mesas, cadeiras, pia, fogão, 10,00 10,00 2,70 a 3,00 1/8 1/16
Alimentação convívio geladeira, cafeteira, microondas
Depósito de Materiais de Limpeza 2 Armazenamento e Funcionários 2 Tanque, armários, estantes 2,50 5,00 2,70 a 3,00 não se aplica 1/20
limpeza de utensílios
Conjunto de Vestiários/Sanitários para 1 Higiene pessoal e Funcionários 10 Pias, bacias sanitárias, 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
Funcionários do Núcleo Esportivo, troca de roupa mictórios, chuveiros
Convivência e Alimentação
Sub-total (m2) 2.335,00

1 2
SETOR AMBIENTE QUANTIDADE FUNÇÃO PÚBLICO-ALVO NÚMERO DE USUÁRIOS MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS ÁREA (m2) ÁREA TOTAL (m2) PÉ-DIREITO MÍNIMO (m) ILUMINAÇÃO NATURAL VENTILAÇÃO NATURAL
Central de Gás 1 Armazenamento de gás Funcionários 1 Cilindros de gás industrial 5,00 5,00 não se aplica não se aplica não se aplica

Central de Resíduos 1 Armazenamento de resíduos Funcionários 1 Pia, contentores para resíduos sólidos 15,00 15,00 não se aplica não se aplica não se aplica
sólidos
Reservatórios 1 Armazenamento Funcionários 1 Reservatórios, sistemas de bombas e 50,00 50,00 não se aplica não se aplica não se aplica
de água potável distribuição
Guarita 1 Controle de Seguranças 2 Mesa, cadeiras, armários, 15,00 15,00 2,70 a 3,00 1/5 1/10
NÚCLEO DESERVIÇOS

acesso telefone
Bicicletário 50 Guarda de bicicletas Estudantes, professores e 50 Vagas de guarda de bicicletas 1,50 75,00 não se aplica não se aplica não se aplica
funcionários
Estacionamento 30 Estacionamento de veículos e Estudantes, professores e 30 Vagas de estacionamento de 12,50 375,00 não se aplica não se aplica não se aplica
motos funcionários veículos e motos
Carga e descarga 1 Área de carga e descarga Público externo 1 Vaga de estacionamento de 30,00 30,00 não se aplica não se aplica não se aplica
de caminhões caminhões
Subestação 1 Derivação da rede primária de Funcionários 1 Equipamentos de de distribuição e medição 30,00 30,00 não se aplica não se aplica não se aplica
energia elétrica
Depósito de Materiais de Limpeza 1 Armazenamento e Funcionários 1 Tanque, armários, estantes 2,50 2,50 2,70 a 3,00 não se aplica 1/20
limpeza de utensílios
Conjunto de Vestiários/Sanitários para 1 Higiene pessoal e Funcionários 10 Pias, bacias sanitárias, 25,00 25,00 2,70 a 3,00 1/10 1/20
Funcionários do Núcleo de Serviços troca de roupa mictórios, chuveiros
Sub-total (m2) 622,50

Sub-total geral (m2) 3.712,50

Área de Circulação (30%) 1.113,75

Quadra Coberta e Pátio Coberto (m2) 900,00

ÁREA TOTAL CONSTRUÍDA (m2) 5.726,25

ÁREA TOTAL DESCOBERTA (m2) 855,00

ÁREA TOTAL (m2) 6.581,25

1
Relação mínima entre a área de esquadrias externas que proporcionam iluminação efetiva e a área de piso do ambiente.
2
Relação mínima entre a área de esquadrias externas que proporcionam ventilação efetiva e a área de piso do ambiente.

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.


94

4.4 FUNCIOGRAMA
95

Figura 69 – Funciograma

Fonte: Elaborado pelo Autor, 2022.


96

4.5 ZONEAMENTO
97

5 CONCLUSÃO
98

6 REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a


edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15220-3: Desempenho


térmico das edificações. Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes
construtivas para habitações unifamiliares de interesse social. Rio de Janeiro, 2005.

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Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro
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