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SENSORIAMENTO REMOTO II

ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS

Prof. Me. Ana Karolyna N. Amaral


ana_karolyna@ufg.br
ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO DAS IMAGENS

As imagens apresentam os elementos básicos de análise e


interpretação, a partir dos quais se extraem informações de objetos, áreas, ou
fenômenos (naturais e/ou antrópicos). Esses elementos são: tonalidade, cor,
textura, tamanho, forma, sombra, altura, padrão e localização.
Tonalidade
A tonalidade refere-se à intensidade de energia eletromagnética
refletida por um tipo de alvo na superfície terrestre, em uma
determinada banda do espectro eletromagnético.
Tonalidade
Nas imagens estas diferentes
quantidades de energia refletida
pelos alvos são associadas a tons
de cinza, isto é, quanto mais
energia um alvo reflete mais vai
tender ao branco. Se o alvo na
superfície da terra reflete pouca
energia, menos energia chegará
ao sensor. Assim este alvo será
associado a tons de cinza mais CBERS-2B (Imagem de São Paulo)
escuro.
Tonalidade

Cidade do Rio de Janeiro / Aeroporto Santos Dumont / Cena IKONOS modo PAN, com
1m de resolução, adquirida em 28-02-2000. Pode-se observar que a área urbana
(concreto), que reflete muita energia, é representada com tonalidades claras, e a água,
que absorve muita energia e representada com tonalidades escuras.
Cor
As cores que podemos ver é fruto da reflexão seletiva dos alvos
existentes na superfície terrestre, nas distintas bandas do espectro
eletromagnético.
Cor
Para facilitar a interpretação visual dos dados de sensoriamento, são
associadas cores aos tons de cinza. A cor do alvo na imagem vai depender da
quantidade de energia que ele refletir (na banda correspondente) da mistura
entre as cores e, da cor que for associada à imagem original.
Cor

A cor de um objeto vai depender da quantidade de energia por ele refletida, da mistura das
cores e da associação das cores com as imagens.
Imagem em cor natural de Ubatuba, obtida a partir das imagens LandSat-7 ETM+. Obs: se um
alvo é branco nas 3 imagens originais ele também será apresentado em branco na
composição RGB ( Ex: areia da praia).
Imagem “falsa cor” de Ubatuba, obtida a partir das imagens LandSat-7 ETM+. Obs: se um alvo
é preto nas 3 imagens originais ele também será preto na composição RGB ( Ex: água limpa).
Se o alvo é claro somente em uma das imagens, na composição RGB ele terá a cor associada a
essa imagem original. (Ex: vegetação/ canal 4 infravermelho próximo).
Imagem “falsa cor” de Ubatuba, obtida a partir das imagens LandSat-7 ETM+. Obs: Se o alvo
é claro e 2 das imagens originais, na composição RGB ele terá a resultante da mistura entre
as 2 cores associadas a imagem original. (Ex: área urbana no canal 3 e 5 com RGB em cor
magenta).
Textura
É a qualidade que se refere a aparente rugosidade ou suavidade de um
alvo em uma imagem de sensoriamento remoto, ela pode “ser entendida
como sendo o padrão de arranjo espacial dos elementos texturais.
Repetição de tons e cor em: liso, uniforme, rugoso, mosqueado, salpicado.

Lisa Rugosa
É elemento importante na identificação do relevo: a textura lisa indica área de relevo
plano, média relevo ondulado e rugosa relevo escarpado. Imagem Landsat 5 da região
metropolitana da Baixada Santista –SP.
Na cobertura vegetal, as áreas de floresta nativas, mais heterogêneas são apresentadas
por uma textura rugosa. As áreas de reflorestamento, que são mais homogêneas, por uma
textura mais uniforme.
Tamanho
É uma função da resolução espacial, sendo um elemento importante na
identificação de alvos nas imagens. Em função do tamanho pode-se distinguir
áreas residenciais de áreas industriais, grandes avenidas de rua secundária e,
uma agricultura de subsistência de uma agricultura comercial.
Forma
A forma facilita o reconhecimento de alguns alvos na superfície terrestre, tais como: estradas e
linhas férreas (que apresentam formato longitudinal), cultivos(que tem formas regulares e bem
definidas), reflorestamentos (que tem formas regulares), áreas irrigadas por pivô central (que
apresentam formas arredondadas), complexos industriais, estruturas geológicas e geomorfológias,
cidades (que apresentam formas reticulares devido aos cruzamentos de suas avenidas e ruas), rios
(que apresentam forma sinuosa).

Pivôs Centrais de Irrigação


Forma

De modo geral, formas


irregulares são indicações
de alvos naturais (florestas,
rios, feições de relevo etc.)
e formas regulares indicam
avos artificiais ou culturas
(área urbana, industrias,
áreas de reflorestamento,
agricultura, vias etc.)
Forma

Outro exemplo é a forma circular


dos vulcões, visto como um círculo
menor (o cume) dentro de um círculo
maior (a base). Imagem multispectral
(bandas 4, 3 e 2) de cores falsas do
vulcão Miyake-jima Tóquio. QuickBird
4/3/2002; a combinação de bandas
de cores falsas revela o forte
contraste entre as regiões com e sem
vegetação no vulcão, causadas por
fluxos de lava recorrentes.
Forma

Imagem do tufão Ketsan, de categoria 4. Sensor MODIS bordo do satélite Terra, 28 de setembro
de 2009. Costa do Vietnam.
Exemplo dos elementos de interpretação para a Imagem IKONOS,
composição RGB B4, B3 e B2.
https://chave.lapig.iesa.ufg.br/pt/
DÚVIDAS ?
ATIVIDADE

- Escolher um município ou bacia hidrográfica;


- Recortar a imagem do CBERS4A para área;
- Realizar a classificação supervisionada para a área;
- Organizar um layout;
- Enviar no SIGAA.

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