Você está na página 1de 10

PLANO DE

ESTUDO DE
RECUPERAÇÃO
DE LÍNGUA
PORTUGUESA
8ºano
AULA 01- TEMA DE ESTUDO: TEMA DE ESTUDO: Peças publicitárias.
ATIVIDADES

01) O slogan de uma marca é responsável por transmitir, em poucas palavras, todo o conceito da
empresa. A Coca-Cola, marca de refrigerante reconhecida mundialmente, tem um marcante
slogan “Viva o lado Coca-Cola da vida”. Esse slogan foi veiculado entre 2006 e 2009 e, hoje em
dia, ainda é referenciado nos anúncios da empresa.
Analisando as imagens apresentadas anteriormente e o slogan em questão, podemos afirmar
que:
a) o slogan não procura representar um estado eufórico.
b) o slogan não manipula o consumidor.
c) o slogan efetua-se por um verbo no imperativo (viva), o qual supõe uma perspectiva
futura para o sujeito efetivar essa vivência.
d) o verbo viver, no modo imperativo, não faz o consumidor se incluir na mensagem, o
que prejudica o objetivo do anúncio: influenciar o leitor.

02) Leia o anúncio da Prefeitura Municipal de Potim / SP.

a) Qual é o objetivo desse anúncio?


b) Qual é o público-alvo?
c) Você acha que a apresentação ficou adequada ao público-alvo? Justifique a sua
resposta.
03) Qual é o objetivo desse anúncio?
04) Que dados de nossa realidade justificam sua produção?
05) Observe que a imagem é composta de duas partes.
a) O que separa essas partes?
b) O que o leitor imagina ver quando observa apenas a parte superior?
c) O que ele percebe quando vê também a parte inferior?
AULA 02- TEMA DE ESTUDO: INTERTEXTUALIDADE EM POEMAS
ATIVIDADES

Poema: Os Estatutos do Homem O homem se sentará à mesa


Thiago de Mello com seu olhar limpo
porque a verdade passará a ser servida
(Ato Institucional Permanente) antes da sobremesa.

Artigo I Artigo VI
Fica decretado que agora vale a verdade. Fica estabelecida, durante dez séculos,
agora vale a vida, a prática sonhada pelo profeta Isaías,
e de mãos dadas, e o lobo e o cordeiro pastarão juntos
marcharemos todos pela vida verdadeira. e a comida de ambos terá o mesmo gosto de
aurora.
Artigo II
Fica decretado que todos os dias da semana, Artigo VII
inclusive as terças-feiras mais cinzentas, Por decreto irrevogável fica estabelecido
têm direito a converter-se em manhãs de o reinado permanente da justiça e da
domingo. claridade,
e a alegria será uma bandeira generosa
Artigo III para sempre desfraldada na alma do povo.
Fica decretado que, a partir deste instante,
haverá girassóis em todas as janelas, Artigo VIII
que os girassóis terão direito Fica decretado que a maior dor
a abrir-se dentro da sombra; sempre foi e será sempre
e que as janelas devem permanecer, o dia não pode dar-se amor a quem se ama
inteiro, e saber que é a água
abertas para o verde onde cresce a que dá à planta o milagre da flor.
esperança.
Artigo IX
Artigo IV Fica permitido que o pão de cada dia
Fica decretado que o homem tenha no homem o sinal de seu suor.
não precisará nunca mais Mas que sobretudo tenha
duvidar do homem. sempre o quente sabor da ternura.
Que o homem confiará no homem
como a palmeira confia no vento, Artigo X
como o vento confia no ar, Fica permitido a qualquer pessoa,
como o ar confia no campo azul do céu. qualquer hora da vida,
uso do traje branco.
Parágrafo único:
O homem, confiará no homem Artigo XI
Como um menino confia em outro menino. Fica decretado, por definição,
que o homem é um animal que ama
Artigo V e que por isso é belo,
Fica decretado que os homens muito mais belo que a estrela da manhã.
estão livres do jugo da mentira.
Nunca mais será preciso usar Artigo XII
a couraça do silêncio Decreta-se que nada será obrigado
nem a armadura de palavras. nem proibido,
tudo será permitido, o dinheiro se transformará em uma espada
inclusive brincar com os rinocerontes fraternal
e caminhar pelas tardes para defender o direito de cantar
com uma imensa begônia na lapela. e a festa do dia que chegou.

Parágrafo único: Artigo Final.


Só uma coisa fica proibida: Fica proibido o uso da palavra liberdade,
amar sem amor. a qual será suprimida dos dicionários
e do pântano enganoso das bocas.
Artigo XIII A partir deste instante
Fica decretado que o dinheiro a liberdade será algo vivo e transparente
não poderá nunca mais comprar como um fogo ou um rio,
o sol das manhãs vindouras. e a sua morada será sempre
Expulso do grande baú do medo, o coração do homem.
Thiago de Mello, Santiago do Chile, abril de 1964.
Entendendo o poema:

01) A última estrofe do poema, a respeito da linguagem usada no fragmento citado é correto
afirmar que:
I – Predomina a linguagem coloquial para que o texto se torne claro e objetivo.
II – Trata-se de uma linguagem técnica já que o poeta faz uma alusão à Declaração Universal dos
Direitos Humanos.
III – O autor aproveita poeticamente o formato e a linguagem do texto normativo para escrever o
seu poema.
Está(ão) correta(s) apena(s) a(s) afirmativa(s).
a) I e II.
b) III.
c) II.
d) I.
e) I, II e III.

02) Os versos presentes no artigo X nos chamam a atenção para um grande problema que aflige
a sociedade: a violência. Assim, considerando que “uso do traje branco” representa, sobretudo, o
culto pela paz, por que você acha que ela está sendo tão difícil de ser conquistada nos dias
atuais?

03) Gradação é a distribuição progressiva de uma série de elementos, em ordem ascendente ou


em ordem descendente. Thiago de Mello utiliza, no texto, esse recurso em: fica decretado,
estabelecido, permitido, proibido.
Assinale abaixo a única alternativa que NÃO apresenta gradação.

a) Um homem se humilha / Se castram seu sonho / Seu sonho é sua vida / E vida é trabalho... /
E sem o seu trabalho / O homem não tem honra / E sem a sua honra / se morre, se mata (...)
Gonzaquinha.
b) Tudo começou no meu quarto, onde concebi as ideias que me levariam a dominar o mundo.
c) Amou daquela vez como se fosse a última / Beijou sua mulher como se fosse a última / E
cada filho seu como se fosse o único / E atravessou a rua com seu passo tímido.
d) Meu caro, para mim, você é um simples roedor. Que digo? Um verme (...) menos que isso.
Uma bactéria! Um vírus! (...)
e) O primeiro milhão possuído excita, acirra, assanha águia do milionário. Olavo Bilac.
04) Podemos afirmar que há comunicação entre O Estatuto do Homem e outros textos, ou seja,
intertexto.
Assinale a alternativa em que fica claro esse diálogo.

a) Fica estabelecida, durante dez séculos, / A prática sonhada pelo profeta Isaías, / E o lobo e o
cordeiro pastarão juntos / E a comida de ambos terá o mesmo gosto de aurora.
b) Fica proibido o usa da palavra liberdade, / A qual será suprimida dos dicionários / E do
pântano enganoso das bocas.
c) Fica decretado que o dinheiro / Não poderá nunca mais comprar / O sol das manhãs
vindouras.
d) Fica decretado que os homens / Estão livres do jugo da mentira. / Nunca mais será preciso
usar a couraça do silêncio.
e) Fica decretado que o homem / Não precisará nunca mais / Duvidar do homem.

05) Em relação ao poema, assinale a opção INCORRETA:


a) Nos versos apresentados pelo Artigo I, o poeta faz uma alusão aos versos: O presente é tão
grande, não nos afastemos. / Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas, escritos por
Carlos Drummond.
b) Ainda enfatizando o Artigo I, pode-se dizer que a vida verdadeira é aquela em que há
fraternidade, solidariedade e identidade de ideias.
c) Ao longo dos versos, o poeta utiliza a linguagem predominantemente conotativa,
expressando-a por meio de figuras de linguagem, entre as quais podemos perceber algumas,
como a metáfora, a prosopopeia e a metonímia.
d) No primeiro verso do Artigo Final, o autor proíbe o uso da palavra liberdade, fato que contraria
o decreto do Artigo V. Todavia, após a leitura dos demais versos da estrofe, ocorre bem o
contrário. O poeta alega que a palavra estava apenas na boca dos homens, mas não no coração.
Para ele, a vivência da liberdade deve ser concreta e não abstrata, assim como os elementos da
natureza são concretos.
e) A palavra estatutos, título do poema, reporta-nos a um conjunto de regras que deveria nortear
a vida do homem e, além disso, alguns termos, como Artigo, Parágrafo único, fica decretado,
remetem-nos aos textos legais.

06) Que significa Estatuto?

07) Nos versos: “Fica decretado que os homens / Estão livres do jugo da mentira”, o sentido
figurado da palavra destacada “jugo” só não está correto em:
a) Força.
b) Submissão.
c) Obediência.
d) Opressão.
e) Sujeição.
AULA 03 E 04- TEMA DE ESTUDO: Artigo de opinião.
ATIVIDADES

CONSUMISMO E BAIXA AUTOESTIMA FORMAM CÍRCULO VICIOSO

Helio Mattar

Comprar faz você feliz? Ninguém consegue negar o prazer de entrar em uma loja e comprar
um produto ou serviço muito desejado. Mas, será que, passada a euforia momentânea, esta
satisfação vai de fato ajudar a sustentar a sua felicidade?
Numa visão mais panorâmica, consumir não é sinônimo de bem-estar. Apesar de ter
aumentado o seu poder de consumo nos últimos 50 anos, a população dos Estados Unidos não
sente uma melhora no seu bem-estar, segundo uma pesquisa da American Psychological
Association. Em comparação às condições da década de 50, hoje os norte-americanos podem ter
o dobro de carros por pessoa e comer fora de casa com uma frequência duas vezes maior – mas
esse conforto não veio acompanhado de uma maior felicidade.
E o que explica esse aparente contrassenso? Cientistas vêm constatando uma relação muito
próxima, praticamente de retroalimentação, entre consumismo e baixa autoestima, além de ser
relacionado a patologias como depressão e ansiedade.
A relação entre baixa autoestima e materialismo é relativamente fácil de entender: a
autoestima pode ser definida como o apreço que uma pessoa confere a si própria, permitindo-lhe
ter confiança nos próprios atos e pensamentos. Uma pessoa com baixa autoestima tende a
“externalizar” o seu processo de valorização, ou seja, superestimar fatores externos.
Isso pode ser ainda mais pronunciado nesta era das redes sociais, quando é comum buscar
reconhecimento na aprovação de terceiros, por meio de curtidas e compartilhamentos. Além
disso, somos bombardeados com imagens superproduzidas de viagens, eventos e refeições
maravilhosas a todos os momentos, que muitas vezes alimentam um sentimento de inferioridade
em relação aos “amigos” da rede social. Será que só eu sou inadequado na sociedade?
Somado a isso, propagandas e anúncios trazem essa vida perfeita retratada de maneira muito
acessível – basta adquirir o produto que está sendo vendido e tudo está resolvido. Mas, a
expectativa é frustrada e a viagem divertida com os amigos não se manifesta magicamente após
a compra daqueles óculos de sol, não nos tornamos executivos de sucesso imediatamente após
comprar “aquele” carro e não entramos em forma apenas por comprar o tênis mais leve do
mercado, insatisfações provocadas pelo discurso da publicidade de que comprar vai nos deixar
mais felizes. Mas, neste sonho delirante, a única coisa que se torna realidade são as contas, que
nem sempre se fecham no fim do mês. E os sentimentos de inadequação e frustração
continuarão, afinal, as pessoas das redes sociais e das propagandas seguem levando as suas
vidas aparentemente perfeitas, diminuindo ainda mais a autoestima. Continuaremos navegando
pelas redes sociais e estaremos expostos a propagandas. E então, o que podemos fazer?
Em primeiro lugar, ter consciência de que este é o processo já é um grande passo. Passamos
a ter elementos para entender melhor o que se passa, ao menos racionalmente. Depois, vem o
mais difícil: apropriarmos, com a mente e o coração, um sentido para a vida que vá muito além do
consumo, que responda ao que é realmente importante na vida de cada um.
Nesse sentido, a pesquisa Rumo à Sociedade do Bem-estar, do Instituto Akatu, perguntou aos
entrevistados o que eles consideravam ser felicidade. A resposta, para dois terços dos
entrevistados, foi estar saudável e/ou ter sua família saudável.
Conviver bem com a família e os amigos também foi apontado como fator de felicidade para
60% do público que respondeu à pesquisa. Isso mostra que a maior parte da sociedade brasileira
compartilha a noção de que, uma vez satisfeitas as necessidades básicas, a felicidade é
encontrada no que temos de mais humano, o bem-estar físico próprio e daqueles de quem
gostamos e o afeto em si pelos amigos e pela família. Não inclui o caminho do consumismo.
Um outro fator a ser trabalhado no dia a dia, de maneira a enfraquecer ou quebrar o círculo
vicioso da insatisfação no consumo e da autoestima, é estimular um diálogo aberto sobre a nossa
autoimagem, nossos valores e a importância da aceitação da diversidade nos círculos dos quais
fazemos parte, abrindo espaço para a autorreflexão e, por meio da troca de sentimentos e
experiências, criar espaço para a percepção de que todos vivemos essas mesmas emoções e,
com isso, nos valorizarmos a nós mesmos e aos outros.
Inicia-se outro círculo, dessa vez virtuoso, que tende a ficar mais forte conforme as pessoas se
sintam mais à vontade de ser quem elas de fato são. E assim, podendo identificar com mais
facilidade o que realmente faz feliz ou pelo menos traz contentamento suficiente, a cada um de
nós. E quase que certamente descobriremos que isso está muito longe de ter o último modelo de
smartphone.
Folha de S. Paulo. Disponível em:
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/heliomattar/2017/12/1942405consumismoebaixaautoestimaformam-circulo-
vicioso.shtml. Acesso em: 25 set. 2018.

1 – Afinal, o artigo de Helio Mattar aborda realmente a prática de consumo e sua relação com
a felicidade?

2 – Na sua opinião, há diferença entre consumo e consumismo? Por que será que Helio usa
em seu título a palavra consumismo, e não consumo?

3 – Helio Mattar apenas apresenta informações sobre um fato ou acontecimento ou também


opina sobre o assunto abordado? Explique.

4 – Você acredita que o autor consegue demonstrar alguma relação entre consumo e
identidade?

5 – Ler o texto “Consumismo e baixa autoestima formam círculo vicioso” acrescentou a você
algum conhecimento sobre o assunto?

6 – Qual a importância das informações divulgadas em “Consumismo e baixa autoestima


formam círculo vicioso”?

7 – O texto que você leu faz parte da coluna de Helio Mattar publicada na Folha de S. Paulo.
Trata-se de um artigo de opinião.
a) Qual o assunto tratado pelo autor no texto?
b) Qual a posição que o autor defende em relação a esse assunto?
c) Para defender a sua posição, o colunista usa que tipo de informação?
d) Você diria que essas informações são confiáveis? Por quê?
AULA 05- TEMA DE ESTUDO: A LINGUAGEM POÉTICA/TRANSITIVIDADE VERBAL
ATIVIDADES

Poema: AULA DE PORTUGUÊS

A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.

A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?

Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,


e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, esquipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,


em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.

O português são dois; o outro, mistério.

Carlos Drummond de Andrade.

01 – Explorando a função emotiva da linguagem, o poeta expressa o contraste entre marcas de


variação de usos da linguagem em:

a) Situações formais e informais.


b) Diferentes regiões dos pais.
c) Escolas literárias distintas.
d) Textos técnicos e poéticos.
e) Diferentes épocas.

02 – A partir da leitura dos textos, considere as proposições feitas sobre esses:

I – Observando os verbos: atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me, pode-se afirmar que o eu


lírico guarda uma boa lembrança do estudo de gramática em sua infância.

II – O uso das aspas nas orações “português é muito difícil” e “brasileiro não sabe português”
isenta a responsabilidade do autor ao escrever tais enunciados, indicando que não é ele quem
afirma isso, mas as pessoas em geral. Trata-se de uma visão de ideias comuns na sociedade
brasileira.

III – No poema, o eu lírico está falando das diferenças entre o português falado e o português
escrito.

Pode-se então afirmar que:


a) I e II estão corretas.
b) I e III estão corretas.
c) II e III estão corretas.
d) Todas estão corretas.

03 – O poema que você acabou de ler, fala-nos de língua e linguagem: “A linguagem / na ponta
da língua, / [...] / Já esqueci a língua em que comia...”. Esses dois termos são sinônimos?

04 – A expressão “na ponta da língua” é denotativa ou conotativa? Explique.

05 – No poema, o falante revela uma relação ambígua com a língua que fala, o português,
chegando mesmo a afirmar que “o português são dois...”, explique em que consiste essa
ambiguidade e quais são esses dois “português”.

06 – O autor escolheu o adjetivo esquipáticas, que significa “esquisitas”, para caracterizar as


figuras de gramática. Por que ele teria preferido esquipáticas a esquisitas?

07– Pela leitura do poema, percebe-se que o eu lírico ressalta uma:

a) Defesa pela aprendizagem da norma-padrão na escola.


b) Postura preconceituosa em relação ao modo de falar informal.
c) Ideia de que os alunos são incapazes de aprender gramática normativa.
d) Percepção de que os professores de gramática colaboram para sua ignorância.
e) Diferença entre realidade linguística da fala e idealização da gramática normativa.

Entendendo a história:

08 –A mãe sugeriu que o garoto fosse brincar com o cachorro. O que o leitor pode supor que o
menino fará?

09 – O último quadrinho surpreende o leitor. Por que isso ocorre?

10 – Retire do primeiro quadrinho uma oração que tenha um verbo com sentido completo.

11– Como se classifica sintaticamente o verbo brincar no segundo quadrinho da tira? Explique por
que é assim classificado.

12 – Quais são as formas verbais presentes na fala do cachorro?

Você também pode gostar