Roteiro

A Missa do Galo.
Por: Arthur Nunes,Mariana Carvalho e Rafael Henrique

CENA 1
1. INT. QUARTO-DIA

A cena inicia com o Velho Nogueira (Élio) entrando no palco se

apresentando enquanto canta.

(Que linda noite, tão reluzente

Me fez lembrar de uma mulher sorridente
Que ao conversar me gerou confusão
então agora, por favor, prestem atenção)

(coral)

(Numa casa assombrada você se encontrará

Um pouco assustado você ficará
Mas não tema pois o amor chegará
Junto a uma bela dama que vai te encantar)

(Tudo começou com a viagem

Rio de Janeiro era a minha miragem
O objetivo, ver a missa do galo
Com o vizinho um grande amigo de fato)

(Chegando lá, não tinha estadia

Mas fui acolhido pela minha família
A casa era estranha, talvez assombrada
Mas o que importava era a data celebrada)

(coral)

(Para não atrapalhar

Ele vai se retirar
Então se acomodem
Já vai começar.
Então se aco mo dem
Já vai começar)

A primeira cena acaba com o Nogueira Velho (Élio) saindo do palco.

 CORTA PARA

CENA 2
2. INT. CASA DO MENESES-TARDE

A segunda cena começa com Nogueira Jovem (Nicolas) entrando no palco

e batendo na porta,antes de ser atendido, o vizinho entra na cena.

-Boa tarde! (Elio)

-Ah, boa tarde! (Nicolas)

-Você é o primo distante do Senhor Menezes? (Elio)

-Pelo visto ele falou de mim. (Ri- Nicolas)

-Sim, e qual o motivo de ter vindo para cá? (Elio)

-Vim para estudar, mas estou bem interessado nessa tal missa do
galo! (Nicolas)

-Ah, ela é muito boa! Se quiser, posso te levar amanhã meia noite.
(Elio)

-Perfeito então, estarei te esperando! (Nicolas)

-Maravilha, bem, tenho que resolver umas coisas, mas foi um prazer!
(Elio)

Eles se despedem e o vizinho sai de cena. Nogueira bate na porta de

novo, o empregado vem atender.

-Seja muito bem-vindo, senhor Nogueira. (Gabriel)

Nogueira entra e se depara com os anfitriões.

-Meu querido primo! Há quanto tempo não o vejo!(Deiverson - animado)

Os dois se abraçam rápido.

-Realmente faz bastante tempo, aliás, obrigado por me recepcionar,

fico muito feliz! (Nicolas - sorrindo)

- Por nada, pode vir sempre que quiser! (Deiverson)

Uma pausa de 5 segundos onde Nogueira encara as duas mulheres que
permanecem caladas atrás de seu primo.

-Ah, que inconveniência a minha, perdão… Deixa eu te apresentar a

minha esposa, Senhora Menezes. (Deiverson - apresenta a mulher sem
graça)

Eles se comprimentam com um beijo na mão.

-Muito prazer, senhora Menezes.( Nicolas - cumprimentando)

-Pode me chamar de Conceição, afinal, o senhor é da família! (Maju -

doce)

Cena congela. Nogueira Velho entra.

(Minhas impressões? Vou lhes contar

Seu rosto é mediano
Nem bonito nem feio ao olhar
Padrão do cotidiano

Um veredito sobre ela, ainda não tenho

Parece ser uma pessoa simpática, sem nada odiar)- (elio)

Nogueira Velho sai e a cena continua.

-Esta é a minha sogra, Dona Inácia. (Deiverson - apontando para a

senhora)

-Muito prazer! (Nicolas - cumprimentando com um beijo na mão)

-Prazer. (Alanna- de forma curta)

-Bem, Conceição lhe mostrará seu quarto, descanse, te esperamos para
o jantar!(Deiverson)

Todos saem. Mudança de cenário.

CORTA PARA
CENA 3

3. INT. SALA DE JANTAR-NOITE

Nesta cena todos estão sentados esperando Nogueira para o jantar.

Ele entra e senta.

-Perdoem-me pelo atraso, eu acabei descansando demais…(Nicolas-

vergonha)

-Tudo bem, está aqui, não? Sente-se! (Deiverson-sorrindo)

A cena congela com Nogueira velho estalando os dedos.

(Como podem ver,a família era pequena,o escrivão,sua mulher e a

sogra)- (Élio - apontando pros personagens)

Nogueira fica de canto e a cena descongela.

-Qual é a programação de vocês? (Nicolas)

-Hoje vou ao teatro, depois, não temos nada a não ser a ceia de
Natal. (Deiverson)

-Vocês não vão para a Missa do Galo?(Nicolas)

-Você vai?(Maju)

Todos olham pra ela.

-Perdão.(Maju - gagueja)

-Eu vou sim, provavelmente com o seu vizinho, já criei uma amizade
hoje mais cedo. (Nicolas - ri)

Silêncio.
-Ahhh…sobre esse tal teatro, não quero ser mais incômodo ao senhor,
porém, queria te perguntar se você se importaria de me levar
contigo? (Nicolas)

A sogra e os criados riem. Conceição continua comendo. Menezes se

levanta e sai como se nada tivesse acontecido. Cena congela com o
estalar de dedos e Nogueira Velho entra.

(Menezes mal olhou para minha cara ou me respondeu, apenas saiu pela
porta, sua saída silenciosa foi acompanhada de risadas disfarçadas,
foi aí que mais tarde descobri que o teatro era uma mera fachada.
Então, por volta das 22, resolvi fazer uma caminhada) - (Élio)

Todos saem. Mudança de cenário.

CORTA PARA
CENA 4

4. INT. RUA-NOITE

A cena começa com Nogueira andando na rua, ele escuta um barulho e

decide se esconder. Aparecem Menezes (Deiverson) e a amante (Dhara).

-Eu preciso ir, meu amor. (Deiverson - apaixonado)

-Mas já? Fique comigo, largue-a! (Dhara- sensual)

Deiverson ri.
Nogueira se espanta. Cena congela com o estalar de dedos e Nogueira
Velho entra.

(É… Meneses estava aos amores com uma mulher divorciada, até dormia
fora de casa uma vez na semana, enquanto Conceição, que de início
sofreu com a existência da outra mulher, mais tarde, acostumava com
a ideia… ela realmente era uma Santa.)- (Élio)

Todos saem. Mudança de cenário pelos escravizados (Coadjuvantes).

Enquanto muda de cenário, Nogueira Velho ajuda enquanto fala.
(Depois de alguns dias, finalmente chegara a noite de natal, o
escrivão havia partido para o "Teatro", e eu já devia ter ido para
Mangaratiba, mas fiquei pela Missa do Galo.
Já era tarde, por volta das 22h ,enquanto a família toda já se
recolhia aos aposentos, me dirigi a sala.)- (Élio)

Cenário já pronto. Nogueira Velho sai. A cena começa com Nogueira

entrando e sentando enquanto lê um livro.

Aparece a sombra de Conceição. Conceição entra.

-Ainda não foi? (Maju)

-Não, ainda não é meia-noite. (Nicolas)

Silêncio. Ela olha pro relógio.

-O senhor tem muita paciência. (Maju)

-Lhe acordei? Peço perdão.(Nicolas)

-Não! Acordei por acordar…(Maju)

Silêncio de 5 segundos.

-Admiro sua paciência em esperar enquanto o vizinho dorme, ainda

mais sozinho! Não tem medo das almas do outro mundo? (Maju)

-Confesso que estranhei quando ouvi passos e depois a sombra mas aí

a senhora apareceu. (Nicolas)

Silêncio de 5 segundos.

-O que está lendo? (Maju)

-Os Três Mosqueteiros. (Nicolas)

-Então gosta de romances? (Maju)

-Sim, bastante. (Nicolas)

-Já leu Moreninha? (Maju)

-Já sim, tenho este livro em minha casa. (Nicolas)

-Eu já gostei muito de romances, mas não sei se acredito mais… (Maju
- triste)
-Por que não? São lindos. (Nicolas)

-Não importa… (Maju)

-Eu imagino o que seja, fiquei bastante surpreso, mas o amor ainda
existe! (Nicolas)

-Eu estou velha demais para o amor, garoto. (Maju)

-Velha? Eu não concordo. (Nicolas)

Conceição ri de forma sedutora e sedenta.

A música começa.

Música deles.
Nogueira falando do amor (animada) 0:00 - 0:51

Maju
Nicolas
Juntos

O amor é como uma bela flor que nos enche de cor

Também é como um pássaro que voa livremente

(Isso não entra na minha mente)- Falado
(É porque você não entende)- Falado

(Ele é presente)- Falado

(E real)- Falado
Então por que você se sente tão mal?

E eu sei que a mentira

É um veneno na ferida
(Ele é mesmo um covarde)- Falado
(Um traidor)-Falado
(Enganador)-Falado
(Não sabe te amar)-Falado
(Eu não consegui fazer ele ficar)- Falado
(E daí? Não é nada)-Falado
(É dispensável)-Falado
(E trivial)-Falado
Se ao menos reparasse no teu jeito especial
Ele com certeza te conhece tão mal

Conceição contradiz falando da traição (triste) 0:52 - 1:27

São perguntas que ficam rondando e eu não durmo

Quero sentir no meu peito o coração bater
O que me espera a vida
Um dia vai dizer
O porquê ele não me ama
Eu não consigo entender
São dúvidas que eu me permito ter

Nogueira começa contradizê-la (animada) 1:28 - 1:53

Todas essas dúvidas comuns são

Presentes em todo co ra ção
(Permitir)-Falado
(Senti las)-Falado
E assim entendê las
É o que dá a graça de amar

(Cantar, Sonhar, se Apaixonar)-Falado

(Confie em mim, por favor)-Falado

(Está mais perto do que nunca)-Falado
A paixão ainda está para chegaaaar

Nogueira e Conceição cantam juntos, se afastam e a música fica só no

instrumental. 1:54 - 2:40
(Parando pra pensar agora eu só vejo você
Eu esqueço onde estou, você me chamou pra viver
E se nós dois nos permitimos
As vontades se fazer
Nada mais importa só eu e você
Talvez exista um jeito
Se for assim eu escolho você.)

Os dois começam a se aproximar e se encaram fixamente, chegando a

quase se beijar. Som do relógio interrompendo.

-Eu preciso ir. (Nicolas- envergonhado e apressado)

Conceição decepcionada. Ela sai. Entra Nogueira Velho. Música

melancólica.

(É… essa foi a história… Minhas impressões? Vou lhes contar

Seu rosto lindo como a lua no alento
Tão bonito de se olhar
Que me fez parar no tempo
Agora só me resta relembrar
Daquela mulher que me fizera amar. - (Élio)

Luzes se apagam. Peça acaba. Todos entram e agradecem.