Caudais de ar

L. Roriz

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 Estimativa dos caudais de ar
resultantes de sistemas mecânicos
Forma expedita:
• desprezar a compressibilidade do ar
• desprezar o peso da coluna de fluido ou seja
não considerar as variações de cota
• usar a equação de Bernouilli generalizada

pt1 = pt2 + Δpt - Δpvent

Δpt perdas de carga ao longo das conduta
Δpvent ganhos de pressão provocados pelos ventiladores

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 Cálculo da velocidade
• A pressão total (pt) é a soma da pressão
estática (pe) com a pressão dinâmica (pc)
pt = pe + pc = pe + ρ v2/2

O cálculo da velocidade é imediato, aplicando o

princípio da conservação de massa e conside-
rando que ρ não varia (hipótese simplificativa):
• os caudais volumétricos (V) nos pontos 1 e 2 são
iguais, pelo que a relação de velocidades é dada
pela relação da área das secções (A) nos pontos
1e2
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 Elevação de pressão no ventilador

• Teoricamente a elevação da pressão provocada

por um ventilador é função da sua potência (W) e
do caudal volumétrico (V): Δpvent = W / V

• Esta hipótese corresponde a considerar que não

existem perdas carga no ventilador, o que é uma
aproximação grosseira. Na prática é necessário
utilizar as curvas características do ventilador

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 Perdas de carga através de condutas
• Perdas de carga são proporcionais ao quadrado
da velocidade
• Para efeitos de cálculo dividem-se as perdas de
carga em perdas singulares e perdas em linha
Para perdas em linha: Δpt / ρ = f L v2/2
Para perdas singulares: Δpt / ρ = K v2/2
• Alternativamente pode substituir-se (conceptual-
mente) o mecanismo ou troço de conduta por
um troço linear de conduta (de comprimento
Leq) que cria a mesma perda de carga:
Δpt / ρ = f Leq v2/2
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 Perdas de carga através de condutas
• Genericamente: Δpt / ρ = f Ltot v2/2
em que Ltot = L + Leq
(Ltot representa o comprimento total equivalente da conduta)

• Se um dos pontos escolhidos for o ar exterior, considerado

possuir uma velocidade nula:
pt1 / ρ = patm / ρ = pe2 / ρ + v22/2 + f Ltot v2/2 - (W/m)vent
• ou tendo em atenção que m = ρ·V = ρ·A2·v2
patm / ρ + W vent / (ρ·A2·v2) = pe2 / ρ + v22/2 + f Ltot v2/2
• Caso o ponto 2 seja a condição após a saída da conduta (pe2 =
patm, v2 = 0), obtem-se
W vent / (ρ·A2·v2) = f Ltot v2/2 (aumento de pressão fornecido pelo
ventilador compensa as perdas na conduta)
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 Sistema de condutas

• O ar nos pontos Ein e Eout encontra-se à mesma pressão

• O ventilador provoca a mesma elevação de pressão quer
se esteja a considerar o circuito 123456 ou o circuito
1234789.
• Desta forma a perda de carga tem que ser idêntica em
ambos os circuitos
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 Tipos de ventiladores

• Os ventiladores axiais e os ventiladores centrífugos

são os mais comuns em sistemas de ventilação

Importante: o caudal indicado para os ventiladores corres-

ponde a uma perda de pressão nula (trabalhando em vazio).
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 Leis dos ventiladores

• V a / V b = (D a / D b)3 (n a / n b)
• pt a / pt b = (D a / D b)2 (n a / n b)2
• Pot a / Pot b = (D a / D b)5 (n a / n b)3

ƒ V - caudal volumétrico (m3/s)

ƒ pt - pressão total (kPa)
ƒ Pot - potência (kW)
ƒ D - diametro
ƒ n - velocidade rotacional

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 Curvas de ventiladores

ventilador axial ebm

ventilador centrífugo ebm

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 Caudais obtidos
• O caudal obtido é o que advém de a elevação de pressão
produzida pelo ventilador equilibrar a perda de pressão no
trajecto do ar através do sistema de condutas

Ventilador de velocidade constante

curva A - dampers parcialmente abertos

curva B - dampers totalmente abertos
instalação, utilizando ventiladores de
potência diferente (curvas 1 e 2 )

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 Ventilador com regulação de
caudal por conversor de frequência

controlo do caudal controlo da pressão

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 Ruído
• Funcionamento fora da zona recomendada
origina ruído e desperdício de energia

Baixas frequências Média e altas frequências

(difíceis de eliminar) (fáceis de eliminar)

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 Escolha do ventilador
• Ventiladores da mesma marca podem estar correctos
para as condições nominais mas apresentar funcio-
namento distinto em carga parcial

Ventilador grande a
funcionar de forma
deficiente

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 Determinação do sistema de
condutas (perda de carga)
• método da velocidade constante - aplicável em siste-
mas muito simples, sem ramificações ou com um número
muito reduzido de ramificações e semelhantes: a veloci-
dade nos diferentes troços de condutas deve ser idêntico
• método da equifricção - aplicável em sistemas muito
simples: a perda de carga linear é constante em todos os
troços de conduta
• método da recuperação estática - aplicável em
sistemas que tenham alguma complexidade: a conduta é
dimensionada de tal forma que o aumento de pressão
estática (obtido á custa da redução da velocidade)
compensa as perdas de pressão devidas ao atrito nas
paredes da condutas no troço seguinte, e desta forma
garante que a pressão estática é sempre igual no início de
cada troço de conduta
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