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Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Santo

Ângelo
Departamento das Engenharias e Ciência da Computação
Engenharia Mecânica

RELATÓRIO BANCADA HIDRÁULICA

Eliezer Stark
Igor Copetti
William Z. Rodrigues

Santo Ângelo – RS
03/05/2018
OBJETIVOS

O proposto trabalho tem por objetivo analisar e determinar na prática


as perdas de carga total, localizadas e distribuídas que ocorrem em uma
tubulação, o trabalho específico da bomba que é utilizada durante o
experimento para expirar a água do tanque.

INTRODUÇÃO:
As paredes das tubulações influenciam no escoamento, dissipando a
energia em razão do atrito da viscosidade das partículas fluidas. As
partículas em contato com as paredes adquirem a velocidade da parede e
passam a influir nas partículas vizinhas por meio da viscosidade e da
turbulência, dissipando energia. Essa dissipação de energia provoca
redução de pressão total do fluido ao longo do escoamento, denominada
perda de carga. Perda de carga é a energia perdida pela unidade de peso
do fluido quando este escoa.

Nos escoamentos sob uma pressão definida a perda de carga tem


duas causas distintas. A primeira é a perda de carga distribuída onde a
parede dos dutos retilíneos leva a uma perda de pressão distribuída ao
longo do comprimento do tubo, fazendo com que a pressão total diminua
gradativamente ao longo do comprimento, e a segunda, perdas de carga
localizadas causa perda de carga pelos acessórios de canalização, isto é,
as diversas peças necessárias para montagem da tubulação e para o
controle do fluxo do escoamento, as quais provocam variação brusca da
velocidade, em modulo e direção, intensificando a perda de energia nos
pontos onde estão localizados.

A perda de carga total é considerara como a soma das perdas


maiores causadas pelos efeitos de atrito no escoamento completamente
desenvolvido, com as perdas localizadas, causadas por entradas,
acessórios e variações de área, e outras, por isso consideramos perdas
maiores e menores separadamente. O comportamento do escoamento
também deve ser analisado na hora de se calcular perdas de carga, se o
escoamento é laminar ou turbulento.

DESENVOLVIMENTO:
-TRABALHO ESPECÍFICO NA BOMBA

Em muitas situações práticas de escoamento, a força motriz para


manter o escoamento contra o atrito é fornecida por uma bomba (para
líquidos), considerando a bomba temos a primeira lei da termodinâmica:

P1/ ρ + V12/2 + gz1 = P2/ ρ + V22/2 + gz2 + (u2-u1-q)


Os diâmetros de entrada e de saída da bomba (e, portanto, as
velocidades) e elevações são as mesmas ou tem diferenças
desprezíveis, de modo que a equação se resuma a:
-Wb = P1-P2/ ρ  Wb = P2-P1/ ρ

Com as medições realizadas, tivemos as seguintes pressões de


admissão e de descarga da bomba:
Pa = -93mmHg  -12398.346887Pa
Pd = 17Psi  117210,903 Pa

Então, o trabalho da bomba com os respectivos dados acima,


considerando o ρágua = 1000 Kg/m3, resulta em:

Wb = Pd - Pa/ ρ
Wb = 117210,903 – (-12398.34) / 1000
Wb = 129,608 KJ/Kg.

1- PERDA DE CARGA NO SISTEMA:

A perda de carga no total no sistema, é dada pelo termo het e é


considerada como a soma das perdas maiores, hl, causadas por efeitos
de atrito no escoamento completamente desenvolvido em tubos de
seções constantes, com as perdas localizadas, hem, causadas por
entradas, acessórios, variações de área e outras. Então:

Het = he +hem

Como usamos dados experimentais realizados na bancada


hidráulica, será analisada pela mesma equação do item 1, mais o
trabalho da bomba, onde o (u2-u1-q) é o het, então a nossa equação se
resume a:

P1/ ρ + V12/2 + Gz1 = P2/ ρ + V22/2 + Gz2 + het + Wb

Como dados temos:

Diâmetro do tubo = 1”  0,012 m


A = π d2 / 4  π 0,0122/4 =1,13 x 10-4 m²
g (z1 – z2) = 1,28 m
Q = 1750 L/H  0,0002187 m³/s
Q=VxA
V = Q/A
V= 0,0002187 / 1,13 x 10-4  1,935 m/s

Considerando somente a energia cinética da saída, as pressões


atmosféricas e a diferença de energia potencial e o trabalho da bomba, a
equação se resume a:
Het = Wb + g(z1 – z2) - V22/2

Então, substituindo os dados, obtemos como perda de carga total


no sistema:

Het = 129,608 x 103 + 9,81(1,28) – 1,9352/2


Het = 129,6 KJ/Kg.

CONCLUSÃO:
Na prática, foi possível, analiticamente e teoricamente, fixar o
conteúdo aprendido no decorrer das aulas de mecânica dos fluidos -
dinâmica, e isso contribui para o nosso enriquecimento lógico,
acadêmico, e como futuros engenheiros profissionais que atuaram
buscando soluções através do esforço lógico e analítico em muitas
situações que nos apareceram no dia-a-dia, além de nos reforçar o
entendimento sobre o assunto, que no caso, são as perdas de carga.
Fez-se o uso de vários conceitos e equações que compõem a mecânica
dos fluídos – dinâmica e de outras cadeiras, como, por exemplo, a
termodinâmica aplicada, na parte de realizar o balanço de energia para
obtermos o trabalho da bomba, assim concluiu que de modo indireto,
revisamos além da mecânica dos fluidos, outras referências importantes
para nós, futuros engenheiros.

BIBLIOGRAFIA:

 Introdução a Mecânica dos Fluidos – 6ª Ed. – Robert W. Fox


 Mecânica dos fluídos fundamentos e aplicações – ÇENGEL, Yunus
A.,2007
 https://pt.wikibooks.org/wiki/Mec%C3%A2nica_dos_fluidos/C
%C3%A1lculo_da_perda_de_carga_em_tubula
%C3%A7%C3%B5es#Perdas_menores acessado em 01/05/18

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