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INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE

VARIÁVEIS ALEATÓRIAS :
Média (µ), Variância (σ2) e
Desvio Padrão (σ)

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Professora Ivone Salsa
INTRODUÇÃO À PROBABILIDADE
VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: E(X) - Esperança Matemática ou Média (µ)
de uma v. a. discreta

Quando estudamos alguma v. a. é deveras importante que se


conheça algumas medidas a ela associadas chamadas de parâmetros;
eles são peças-chave para caracterizar o comportamento da
distribuição de probabilidade associada à v. a. estudada.
A partir da distribuição de probabilidade de uma v. a. poderemos
obter informações sobre a Média dessa v. a. ou sobre a sua Variância
ou sobre o seu Desvio Padrão, por exemplo. Tais medidas são muito
relevantes pois sintetizam características de extrema importância para
se conhecer o comportamento de uma v. a.
A média, também chamada de Esperança Matemática, nos dá
uma ideia da tendência central da uma v. a. Vamos estudá-la agora.
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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Média (µ) ou Esperança Matemática E(X) de
uma v. a. discreta
Definição: Seja X uma v.a. discreta que assume um nº finito de
valores, x1; x2; x3; ...; xN, e sejam P(x1); P(x2); ...; P(xN) as respectivas
probabilidades associadas a cada um desses possíveis valores
assumidos por X, tal que se cumpra: ∑ P(xi) = 1. Então a Média ou
Esperança Matemática da v. a. X é definida como:

A notação E(X) pode ser lida de várias formas: “esperança matemática


da v.a. X”; “esperança da v.a. X” ; “valor esperado da v.a. X” ou,
simplesmente, “média da v.a. X”. O valor esperado de uma v.a.
representa, portanto, a média dessa variável e, não esqueça, é um
parâmetro. Ela é representada, também, pela letra grega μ.
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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS - Esperança Matemática ou Média de uma
v. a. discreta: Exemplos
Ex.1 Em uma urna há 5 bolas numeradas da forma: duas bolas com
o nº 1; duas bolas com o nº 2 e uma bola com o nº 3. Seja o
experimento aleatório que consiste em retirar, ao acaso, uma bola
dessa urna e anotar o seu nº. Considere a v.a. X definida como o nº
da bola retirada. Então a v.a. X poderá assumir, tão somente, os
valores: 1; 2 e 3, com probabilidades 2/5; 2/5 e 1/5, respectivamente.
Nessas condições, calcule o valor esperado da v.a. X. Temos que o
conjunto Rx associado aos possíveis valores da v. a. X será:
Rx = { 1; 2; 3} P(x=1) = 2/5 P(x=2)=2/5 P(x=3)=1/5
Prob = 2/5 + 2/5 + 1/5 =1 Professora Ivone Salsa
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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS - Esperança Matemática ou Média de uma
v. a. discreta: Exemplo 1 – solução
Média da v. a. X E(X)

1 1 2 2 3 xi P(x i) x i P(x i)
1 2/5 2/5
2 2/5 4/5
S = {1; 2; 3} 3 1/5 3/5
∑ 1,0 9/5= 1,8

Logo, a média da v. a. X é: E(X) = µ = 1,8

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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS - Esperança Matemática ou Média de uma
v. a. discreta: Exemplos
Ex.1 Em uma urna há 5 bolas numeradas da forma: duas bolas com
o nº 1; duas bolas com o nº 2 e uma bola com o nº 3. Seja o
experimento aleatório que consiste em retirar, ao acaso, uma bola
dessa urna e anotar o seu nº. Considere a v.a. X definida como o nº
da bola retirada. Então X poderá assumir, tão somente, os valores: 1,
2 e 3 com probabilidades 2/5; 2/5 e 1/5, respectivamente. Nessas
condições, o valor esperado da v.a. X será:

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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Esperança Matemática ou Média de uma
v. a. discreta
O que então representa E(X)? O valor esperado de uma v.a. X é
como um ponto de referência ao redor do qual, proximamente,
estão flutuando os valores assumidos pela média de todos os
resultados obtidos quando o experimento aleatório é repetido

muitas vezes. Cada conjunto de dados formados, a partir de cada ni


repetições do experimento, gerará uma média amostral cujo

valor, à medida que n (o número de repetições, ou o nº de


elementos na amostra) aumenta, , vai se tornando cada vez mais
próxima do parâmetro E(X), isto é, do valor esperado ou da média
da v. a. X. Professora Ivone Salsa
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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Variância e Desvio Padrão de uma v. a. discreta

Já vimos que μ , a média de uma v.a., é um parâmetro que nos


dá informação sobre a tendência central de uma v. a., porém,
precisamos ter uma medida que nos dê o grau de dispersão de
probabilidade em torno dessa média μ .
A variância e o desvio padrão de uma v. a. são duas medidas
que nos relevam o grau de dispersão de probabilidade em torno da
média μ de uma v.a. Assim, o par formado pela Média e o Desvio
Padrão traz muita informação sobre o comportamento das variáveis
aleatórias. Vamos estudar agora esses dois parâmetros: Variância (σ2 )
e Desvio Padrão (σ) de uma v.a. discreta.
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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Variância e Desvio Padrão de uma v. a. discreta

A variância de uma v.a. discreta X com média E(X) é denotada por


Var(X) ou σ2 e definida como sendo:

Tal expressão pode ser reescrita de outra forma que facilita o cálculo
desse parâmetro. Essa outra forma de se calcular a variância é:
V(X) = σ2 = E(X2) ─ [E(X)] 2
O Desvio Padrão, tal como a variância, é uma medida de dispersão,
ou seja, quanto mais próximo de zero for o seu valor, mais
concentrados os valores da v.a. estarão em torno de sua média, E(X).
Obviamente, quanto mais se afasta do zero, mais dispersos estão
esses valores. O desvio padrão é definido como sendo o resultado
positivo da raiz quadrada da variância, ou seja, σ será:

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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Variância e Desvio Padrão de uma v. a.
discreta : Exemplos
Ex.1 Consideremos novamente o exemplo da urna na qual há 5
bolas numeradas da forma: duas bolas com o nº 1; duas bolas com o
nº 2 e uma bola com o nº 3. Seja o experimento aleatório que
consiste em retirar, ao acaso, uma bola dessa urna e anotar o seu nº.
Considere a v.a. X definida como o nº da bola retirada. Então X
poderá assumir, tão somente, os valores: 1, 2 e 3 com probabilidades
2/5; 2/5 e 1/5, respectivamente. Nessas condições, calcule a
variância e o desvio padrão da v.a. X .

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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS - Variância e Desvio Padrão de uma v. a.
discreta : Exemplo 1 - solução
xi P(x i) x i P(x i) (x i )2 (x i )2P(x i)
1 2/5 2/5 1 2/5
2 2/5 4/5 4 8/5
3 1/5 3/5 9 9/5
∑ 1,0 9/5= 1,8 ---- 19/5 = 3,8

Portanto, temos:
a média da v. a. X é µ = E(X) = 1,8 e E(X2) = 3,8.
Agora, para calcular a variância (σ2) da v.a. X só precisa
substituir esses valores na fórmula: σ2 = E(X2) ─ [E(X)] 2
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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS - Variância e Desvio Padrão de uma v.
a. discreta : Exemplo 1 - solução

σ2 = E(X2) ─ [E(X)] 2
σ2 = 3,8 ─ (1,8)2 = 3,8 ─ 3,24 = 0,56
σ2 = 0,56 (variância)
σ = desvio padrão = V σ2 = V 0,56 = 0,7483

Portanto, o desvio padrão da v.a. X é:


σ = 0,7483
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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Variância e Desvio Padrão de uma v. a. discreta

Ex.2 Um dado honesto é lançado e se observa o nº de pontos que


ocorre na face superior. Em relação a isto, seja a v.a. X definida como:
X = o nº de pontos que aparecem na face superior dado
Calcule a média, a variância e o desvio padrão da v. a. X.
Nesse caso, os possíveis valores da v.a. X são: RX = {1, 2, 3, 4, 5, 6 }.
Abaixo está um quadro com a distribuição de probabilidades da v. a. X
e com os cálculos associados à média, à variância.

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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Variância e Desvio Padrão de uma v. a. discreta
Ex.2 - continuação
Usando devidamente os resultados expostos no quadro temos que:

Portanto, a média da v.a. X é: E(X) = μ= 3,5 pontos


a variância, σ2= 2,9167 pontos2 e o desvio padrão, σ= 1,71 pontos. 1
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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: MÉDIA, VARIÂNCIA E DESVIO PADRÃO
Ex.3 Qual a esperança matemática (média) e o desvio padrão de um
jogo no qual se pode ganhar R$ 25,00 com probabilidade 0,3; se ganha
R$ 10,00 com probabilidade 0,2; e se pode perder R$ 4,00 com
probabilidade 0,5?
Vamos definir a v. a. X como sendo: X = ganho no jogo
Então, X será assumirá um valor negativo quando for “perda” e será
positivo se for ganho. Com esse raciocínio, temos os resultados:

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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: MÉDIA, VARIÂNCIA E DESVIO PADRÃO
Ex.3 - continuação

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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS - Exemplos de aplicação
Ex. 4 Uma caixa contém 7 frascos idênticos, com vacinas para a
COVID 19. Eles estão misturados e etiquetados da seguinte forma: 4
frascos com a vacina Axol (A) e 3 com a vacina Beta (B). Desses
frascos, três são retirados dessa caixa, ao acaso, um após o outro, sem
reposição, anotando-se, imediatamente, depois de cada retirada, “A”
ou “B” caso seja vacina Axol ou Beta, respectivamente.
No tocante ao espaço amostral associado a este exemplo,
considere as variáveis aleatórias X e Y, assim definidas:

Y = nº de frascos com a vacina “A” que aparecem nas três retiradas


X = nº de frascos com a vacina “B” que aparecem nas três retiradas
Calcule a média e o desvio padrão para cada uma dessas v. a.’s.
Ex. 5 . Repita esse exercício, considerando agora as retiradas com
reposição.

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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Média, Variância e Desvio Padrão: Exemplo 4
Três vacinas selecionadas Sem reposição. Começaremos com a v. a. Y
Y = nº de frascos com a vacina “A” que aparecem nas três retiradas
Com o diagrama da árvore poderemos obter o espaço amostral:

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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Média, Variância e Desvio Padrão Exemplo 4
Em seguida calculamos a probabilidade de cada ponto amostral.

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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Média, Variância e Desvio Padrão Exemplo 4
Em seguida calculamos a probabilidade de cada ponto amostral.

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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Média, Variância e Desvio Padrão Exemplo 4
Podemos simplificar cada
fração, dividindo por 6 o
numerador e o
denominador; então
teremos os resultados:

A partir desse espaço amostral


S e das probabilidades
associadas a cada um de seus
pontos amostrais, você poderá
montar a tabela com a função
de probabilidade da v.a. X e
também com a da v.a. Y.
Depois você poderá calcular a
média, a variância e o desvio
padrão de cada uma dessas
v.a.’s (X eY). Professora Ivone Salsa
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VARIÁVEIS ALEATÓRIAS: Média, Variância e Desvio Padrão- Exemplo 4
Três vacinas selecionadas Sem reposição. Agora é a vez da v. a. X
X = nº de frascos com a vacina “B” que aparecem nas três retiradas
Obs: O espaço amostral É O MESMO, para essas três retiradas e as
probabilidades também! Veja os resultados no slide anterior (19).

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Agora é a sua vez de mostrar seu empenho


e sua dedicação ao estudo do Tema,
explorado a Teoria da Probabilidade,
denominado:
VARIÁVEIS ALEATÓRIAS!

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