Você está na página 1de 42

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO


DEPARTAMENTO DO CURSO DE MATEMÁTICA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO – PRÁTICA PARA O


ENSINO DE MATEMÁTICA II

Dailson Gonçalves Pantoja


Elyelton Nahum Lima

Moju-PA
Dezembro/2021
Dailson Gonçalves Pantoja
Elyelton Nahum Lima

Relatório de Estágio Supervisionado realizado na Escola Estadual de Ensino


Médio Manoel Antônio de Castro (MAC).

Relatório de Estágio Curricular Obrigatório


apresentado ao Curso de Licenciatura Plena
em Matemática, do Centro de Ciências Sociais
e Educação da Universidade do Estado do
Pará, como parte dos requisitos necessários ao
cumprimento da Prática de Ensino de
Matemática II - Estágio Curricular, sob a
orientação da professora Eliana Ruth Silva
Sousa e supervisão do professor Kennedy
Quaresma Pereira.

Moju-PA
Dezembro/2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................1
2 CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO...................................................................2.
2.1 APRESENTAÇÃO DA ESCOLA............................................................................2
2.2 REGIMENTO, FILOSOFIA DA ESCOLA E NORMAS DISCIPLINARES...............3
2.3 INSTÂNCIAS ORGANIZADAS DA ESCOLA.........................................................4
3 DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO........................4
3.1 OBSERVAÇÃO NO ÂMBITO ESCOLAR...............................................................4
3.2 LEIS DE DIRETRIZES E BASES: BASE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA..............5
3.3 MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS...............................................................6
3.4 OBSERVAÇÃO EM SALA DE AULA.....................................................................7
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................10
5 REFERÊNCIAS.......................................................................................................11
6 ANEXOS.................................................................................................................12
7 APÊNDICES............................................................................................................25
1

1. INTRODUÇÃO
O objetivo deste relatório de estagio é observar em salas de aula a vivencia
do professor com os alunos, com o intuito de se relacionar e ganhar experiência
dentro do contexto escolar. Para tanto várias etapas foram realizadas dentro desse
estagio e foram de importância crucial para que se cumprissem todos os objetivos
aqui propostos.
Inicialmente a leitura visou mostrar as características da escola para termos
entendimento do nosso local de estagio, contendo a ampla filosofia ali pregada que
visa compreender o papel fundamental do PPP (Projeto Político Pedagógico) que
por sua vez esse documento é possível proporcionar uma padronização da forma de
ensinar os alunos. Destacando também sobre a BNCC (Base Nacional Comum
Curricular) e suas normas.
As abordagens dos temas transversais contemporâneos da BNCC foram
apresentadas em suas minucias, se amparando para realizar os planos de aulas e
atividades com os alunos e onde o professor aborda as normas de maneira simples
e organizada.
A inter-relação do professor com a equipe pedagógica, bem como também
com a equipe administrativa não foi evidenciada, pois, isso e de suma importância
para o contexto geral da educação, visto que todos esses profissionais devem agir
em consonância com o PPP e com a BNCC.
O estagio é um componente essencial para os alunos se reconhecerem como
futuros professores de certo modo para que:
[...] saber por que se ensina, para que se ensina, para quem e
como se ensina é essencial ao fazer em sala de aula. O
professor precisa estar em constante formação e processo de
reflexão sobre seus objetivos e sobre a consequência de seu
ensino durante sua formação, na qual ele é o protagonista,
assumindo a responsabilidade por seu próprio desenvolvimento
profissional (PAIVA, 2008, p. 92).

Contudo a pratica pedagógica vivenciada em sala de aula foi de suma


importância para nós estagiários, nos fez aprender e ter uma noção de como
2

ensinar, buscando enfrentar as dificuldades que possam acontecer e cumprir as


normas empregadas pela escola.

2. CARACTERIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO

2.1 Apresentação da escola

Na Avenida Sesquicentenário Nº 25, está localizado o Colégio Estadual de


Ensino Médio “Manoel Antônio de Castro”. Popularmente conhecido como MAC, é
um colégio que embora já existisse desde o ano de 2000, como Colégio de Ensino
Médio, só teve seu prédio próprio inaugurado em dezembro de 2006. Nesse prédio
recém-inaugurado, todo nos padrões do Projeto Alvorada do Governo Federal, em
parceria com o Governo do Estado, nossa clientela pode contar com a seguinte
estrutura física: Bloco Administrativo; Bloco Pedagógico; Bloco de Refeitório.
A Escola Estadual de Ensino Médio “Manoel Antônio de Castro”, teve seu
atual prédio inaugurado no mês de dezembro de 2006, no entanto já funcionava no
antigo prédio desde o ano de 2000, tendo como sua primeira diretora a Professora
Maria Ivanilde Vieira Miranda (2000 a 2001). Iniciando suas atividades com Ensino
Médio Regular e o Ensino Médio Normal (Magistério) com turmas nos turno da tarde
e noite. Em 2005 o curso do Ensino Normal foi extinto, permanecendo na escola
apenas o Ensino Médio e em 2005 foi agregado a escola sede o antigo GEEM, hoje
SOME (Sistema de Organização Modular de Ensino).
Nome: Escola Estadual de Ensino Médio Manoel Antônio de Castro.
Endereço: Avenida Sesquicentenário, nº 25. Bairro Cidade Nova.
Graus de Ensino: 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio.
Turnos de Funcionamento: Manhã: 07h às 12h30; Tarde: 13h. às 18h30;
Noite: 19h às 23h.
Nº de alunos: Atualmente a escola conta com 694 alunos na sede e 1.158
alunos nas turmas do SOME, totalizado 1852 alunos entre Mac-Sede e Some
(Sistema Modular de Ensino).
N.º Professores: 26 Docentes (Ensino Regular)
N.º de Funcionários: 14 servidores de apoio.
3

Tipo de Clientela: Alunos da Classe Média Baixa, Classe Baixa e Zona rural
do Município.
Escola Pública da Rede Estadual
Terreno: 1997 km2

A escola está sobre um prédio novo de alvenaria concluído em 2006; possui


um andar, e a escola dispõe de: salas de aula, sala de direção, sala de coordenação
do SOME, salas da coordenação pedagógica, sala de secretaria, sala de arquivo,
sala dos professores copa, recreio coberto, sala de leitura, laboratório
multidisciplinar, laboratório de informática, sala de vídeo, quadra coberta de
esportes, sala de recurso multifuncional, depósito, cantina, xerocadora, banheiros e
área de vôlei.

2.2 Regimento, filosofia da escola e normas disciplinares

Faz parte da Filosofia da Escola: Compreende o papel fundamental do P.P.P.,


pois esse tem a tarefa imprescindível de conduzir o processo de intervenção
favorecendo a formação dos discentes voltados para sua cidadania, através desse
projeto será alcançada a filosofia – contribuindo simultaneamente com a
comunidade, na formação de cidadãos com condições de atuar de forma crítica na
sociedade. Com isso atingiremos nossos objetivos estratégicos que é de ressaltar e
fortalecer a gestão democrática e consequentemente garantir melhorias no processo
ensino-aprendizagem; efetivar nossos valores pautados na solidariedade e dialogo
transparência e qualidade social; nossa visão de futuro – desejamos que o Colégio
Manoel Antônio de Castro seja visto como uma instituição que promove educação
de qualidade, com compromisso social.
A escola enquanto construtora de conhecimentos irá contribuir para a
formação deste cidadão através da participação direta e ativa de professores e
alunos, dentro de uma concepção sócio interacionista, trabalhando a
interdisciplinaridade e a transversalidade. Para tanto o currículo escolar, bem como
os programas e os planos de ensino, serão considerados como ponto de partida de
criação, apropriação, sistematização, produção e recriação do saber.
4

Com um regime educacional voltado para a inclusão, ensinando os alunos a


importância do respeito com o próximo e os benefícios são muitos, dependendo do
quanto de empenho uma escola invista na implementação da filosofia de inclusão
social no ambiente escolar.

2.3 Instâncias organizadas da Escola

A escola Manoel Antônio de Castro possui somente o conselho escolar como

instância organizada.

3. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO

3.1 Observação no âmbito escolar

A sala de aula possui o tamanho de 6m x 5m, com duas centrais de ar, seis
ventiladores de parede, bem arejada, com uma ótima iluminação, um quadro
magnético, Datashow para apresentação de slides, carteiras dos alunos em
condições razoáveis, equipamentos para o enfrentamento do COVID-19 (máscaras,
álcool líquido e em gel, espaçamento entre carteiras e etc...) e com um ambiente
limpo e muito bem higienizado.
O laboratório de Informática possui sua estrutura interna de tamanho
7,50×11,39 metros e uma ótima condição para funcionamento, um ambiente
agradável e apenas 2 computadores funcionando normalmente. Não há professores
de informática na escola e por essa razão os equipamentos eram raramente usados,
só eram usados quando os professores permitiam e muitas vezes tinha o livre
acesso dos alunos, pois, não havia nenhuma fiscalização no local.
O laboratório Multidisciplinar da escola existe porem não é utilizado, pois, os
custos dos materiais são muito altos e a SEDUC não manda recursos para que
possa ser utilizado e por sua vez a escola não tem recursos financeiros para custear
os materiais.
A sala de atenção especial é lotada com 22 alunos e com 2 professores
Mestre em Educação.
5

A biblioteca no momento está sendo usada como sala de aula por conta da
pandemia. A biblioteca possui um acervo de 432 livros didáticos, sem nenhum
controle ou organização e não há nenhum profissional que fique no ressinto.
Os projetos realizados pela escola são: Feicimac e Fest talentos.

FEICIMAC - Feira de Científica Manoel Antônio de Castro. O projeto teve


início em 2008 e surgiu como uma necessidade de fazer ciência na escola. Com o
passar dos anos, e o número cada vez maior de projetos de pesquisa, o evento
ganhou notoriedade e reconhecimento nacional, com participações em feiras
científicas de todo o Brasil. Com a necessidade de fazer ciência na escola, teve
como principal objetivo aguçar a curiosidade dos alunos na  busca e construção do 
conhecimento. Através da divulgação da produção científica dos alunos da
Educação Básica, com vistas a instigar a pesquisa científica fortalecendo a interação
escola/comunidade com abrangência local e localidades vizinhas por meio da
elaboração e execução de projetos científicos. 

Fest Talentos - Festival de Jovens Talentos que ocorre desde 2005,


o Festival Ponte entre Culturas vem promovendo atividades de formação,
apresentações de espetáculos e intercâmbios artísticos que abrangem artes
cênicas, artes visuais, música, audiovisual e ciências humanas em geral.
Além do Festival, a Ponte entre Culturas tem realizado projetos dirigidos a
crianças e adolescentes em Belo Horizonte e região metropolitana, acreditando na
importância de democratizar o acesso à arte e à cultura enquanto vetores de
transformação pessoal e social.
Em 2021, remarcando a preocupação com a investigação de novas
linguagens e processos aplicados à arte-educação, a Ponte entre Culturas propõe
uma edição especial do Festival direcionada ao público entre 16 e 24 anos, com o
objetivo de oferecer oportunidades de formação, estímulos criativos e visibilidade
para jovens talentos, através de uma mostra virtual.

3.2 Leis de diretrizes e bases: base da educação brasileira


A Base Nacional Comum dirija-se à formação geral do aluno e deve garantir
que as metas propostas em lei, bem como o perfil de saída do aluno sejam obtidas
de forma a representar que a Educação Básica seja uma concreta conquista de
cada brasileiro. A BNCC serviu para nos orientar na elaboração das aulas e
6

pesquisa acerca de quais competências e habilidades é cobrada no ensino de


probabilidade e estatística para as turmas de segundo e terceiro ano do ensino
médio.
De início falaremos criação da lei que ocorreu em 05 de outubro de 1988, a
Lei de Diretrizes e Bases (LDB) anterior foi considerada atrasada, e não acolhia
mais as reivindicações e as preferências dos cidadãos brasileiros (Lei 4024/61),
contudo somente em 1996, o debate sobre a nova lei foi finalizado, e deste modo
surgiu a Lei de Diretrizes e Bases 9.394/96, que é a lei que vigora até os dias de
hoje. Nela estabelece a base dos conhecimentos, competências e habilidades que
se espera que todos os alunos aprimorem ao longo da escolaridade básica.
Formada pelos princípios éticos, políticos e estéticos traçados pelas Diretrizes
Curriculares Nacionais da Educação Básica, a Base reuni as finalidades que
direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e para a
idealização de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
Alicerçados pela LDB, nosso planejamento centrou-se principalmente no Art.
36 da LDB na qual diz: “O currículo do ensino médio será composto pela Base
Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos, que deverão ser
organizados por meio da oferta de diferentes arranjos curriculares, conforme a
relevância para o contexto local e a possibilidade dos sistemas de ensino” e no seu
inciso II, que trata a matemática e suas tecnologias criamos nossa metodologia para
ensinar probabilidade e estatística durante o estágio.

3.3 Matemática e suas tecnologias


Partindo das premissas propostas pela Base Nacional Comum Curricular, o
ensino de probabilidade e estatística devem fazerem parte do percurso gradual do
desenvolvimento matemático dos alunos do Ensino Médio, pois, esses assuntos
relacionam observações empíricas do mundo real a representações (tabela,
gráficos, esquemas, combinações e etc.) e associam essas representações a uma
atividade matemática (conceitos e propriedades), fazendo induções e conjecturas.
Fazer associações de estatística e probabilidade com temas do mundo
real de acordo com os PCEM: “A Estatística e a Probabilidade devem ser vistas,
então, como um conjunto de ideias e procedimentos que permitem aplicar a
Matemática em questões do mundo real, mais especialmente aquelas provenientes
7

de outras áreas.” (BRASIL, 2000, p.126). Esse fato nos leva a compreender que
precisamos através da escola aproximar o aluno da realidade social.
Portanto, o ensino de probabilidade e estatística são essenciais para que
ocorram desenvolvimento do aprendizado dos alunos, pois, o conhecimento nesses
assuntos permite aos alunos uma sólida base para potencializarem estudos futuros
e atuarem em áreas científicas especificas como farmácia, medicina, biologia, física,
ciências sociais e etc. Além disso, ao considerarmos o mundo em acelerada
mudança como o que estamos vivendo, é fundamental o conhecimento da
probabilidade de ocorrência de acontecimentos para agilizarmos a tomada de
decisão e fazermos previsões.

2.3 Observação em sala de aula

DIÁRIO 1
Data: 28/10/21 a 01/12/2021
Série: 2º A
Conteúdo ministrado: Probabilidade
Estagiários: Dailson Gonçalves Pantoja; Elyelton Nahum Lima
O acompanhamento das aulas se deu de forma presencial onde foram
ministradas pelo professor através de aulas expositivas na qual foram utilizados o
quadro magnético e o Datashow para o ensino de probabilidade, o tema foi
trabalhado de forma bastante clara e de fácil entendimento para os alunos, pois, o
tempo das aulas eram reduzidos, essa redução foi motivada pela norma escolar que
limitava as aulas há somente 30 minutos de duração, esse encurtamento de horário
foi causada pela pandemia e por ser no período noturno. Nas aulas, foram
ensinados os conceitos básicos de probabilidade, o que é ponto amostral, o que são
eventos probabilísticos, listas de exercícios e aplicações contextualizadas de
probabilidade no dia-a-dia dos alunos. Segundo D’ Ambrósio (2002).

Contextualizar a Matemática é essencial para todos. Afinal,


como deixar de relacionar os Elementos de Euclides com o
panorama cultural da Grécia Antiga? Ou a adoção da
numeração indo-arábica na Europa como florescimento do
mercantilismo nos séculos XIV e XV? E não se pode entender
Newton descontextualizado. [...] Alguns dirão que a
contextualização não é importante, que o importante é
reconhecer a Matemática como a manifestação mais nobre do
8

pensamento e da inteligência humana [...] e assim justificam


sua importância nos currículos (D ‟AMBROSIO, 2002, p. 76).

O planejamento da aula foi baseado na BNCC, na qual busca o


desenvolvimento de competências e habilidades básicas comuns a todos os seus
alunos com os demais alunos brasileiros para a garantia de democratização do
ensino. Esse planejamento escolar é dividido em compêndios bimestrais e cada
disciplina é organizada e pensada em comum acordo entre professores,
coordenação e direção escolar.
A metodologia proposta pelo professor buscou facilitar o aprendizado dos
alunos, pois, no início das aulas de probabilidade era visível a dificuldade dos
alunos, visto que, muitos não tinham conhecimento do tema, outros faziam anos que
não estudavam e algo importante de observada era a dificuldade dos alunos com a
matemática básica (soma, subtração, multiplicação e divisão).
O professor para ajuda os discentes com o problema de matemática básica,
buscou tomar como método de ensino, o resgate dos assuntos de matemática
básica para assim introduzir tópicos novos de probabilidade. Esse método de
resgate facilitou o entendimento do assunto em questão para os alunos.
Os materiais usados nas aulas foram cadernos, lápis, caneta, Datashow e
apostilas. Essas apostilas possuía uma lista de exercícios com exemplos do dia-a-
dia e as resoluções desses exercícios serviram como parâmetro para verificação do
aprendizado.

DIÁRIO 2
Data: 04/11/2021 a 02/12/21
Série: 3º ano A
Conteúdo ministrado: Estatística
Estagiário: Dailson Gonçalves Pantoja; Elyelton Nahum Lima
As aulas na turma do 3º ano da noite foram feitas de forma presencial e
expositiva com uso de Datashow e apostilas com o conteúdo de estatística. De início
houve um estranhamento por nós estagiários com relação aos poucos alunos que
compareciam para estudar, pois, é notório à noite a maioria trabalhar e já possuírem
famílias, um dos fatores que veio a contribuir com essa baixa de alunos foi o fato de
muitos terem desistido de estudar. Analisando a questão da evasão escolar no
9

Brasil, FUKUI (in BRANDÃO et al, 1983) ressalta a responsabilidade da escola


afirmando que:
O fenômeno da evasão e repetência longe está de ser fruto de
características individuais dos alunos e suas famílias. Ao
contrário, refletem a forma como a escola recebe e exerce
ação sobre os membros destes diferentes segmentos da
sociedade.

Com os poucos alunos que frequentavam as aulas o professor trabalhou o


ensino de estatística: o que é amostra, o que é variável, o que são medidas de
tendência central e medidas de dispersão. Além disso, no final do ensino de
estatística foi feito um exercício com o tema para que fosse avaliada a compreensão
dos alunos acerca do assunto e para a nota da terceira avaliação da escola.
O professor ao ensinar estatística, ele tomou como método contextualizar
perguntas estatísticas com coisas do cotidiano dos discentes, por exemplo, a média
de idade dos alunos, a variância de altura dos alunos e etc. Dessa maneira, a
contextualização pode ser dada na escola, proporcionando a legitimação de
conceitos e formação de significado no processo de aprendizagem do aluno. Assim,
segundo Vasconcelos (2008):
[...] contextualizar é apresentar em sala de aula
situações que deem sentido aos conhecimentos que
desejamos que sejam aprendidos, por meio da
problematização, resgatando os conhecimentos prévios e as
informações que os alunos trazem, criando, dessa forma, um
contexto que dará significado ao conteúdo, isto é, que o
conduza à sua compreensão. (VASCONCELOS. 2008, p.49)

Essa contextualização feita pelo professor, fez com que os alunos se


interessassem pelo assunto e prestassem mais atenção com o que era ensinado.
Pois, a falta de atenção era algo que no início das aulas atrapalhava muito o
andamento da aula porque muitos alunos aparentavam estarem cansados da
maratona que enfrentavam no trabalho, na família e etc. Portanto, ficou claro para
nós que aproximar o aluno do tema ensinado facilita o andamento das aulas e
compreensão dos mesmos.
10

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se afirmar que foram alcançados os meus objetivos no estágio, uma vez
que foi possível aplicar conhecimentos adquiridos no curso de graduação e aprender
novas metodologias. A aquisição de experiência do estágio foi de grande valia para
nossa formação acadêmica e para nosso futuro profissional, visto que, fazer parte
desse contexto escolar foi algo muito engrandecedor e diferente, pois, a sensação
de estar do outro lado da sala de aula, como professor, foi um sentimento único e de
muita realização.
Estar como professor durante o estágio foi a constatação que todo o esforço
durante nossas vidas escolares, desde o ensino fundamental, médio e do ensino
superior valeu a pena. Essa sensação de realização se acentuou quando os alunos
que estávamos trabalhando diziam que pretendiam continuar estudando para serem
que nem nós “universitários”, e isso nos enchemos de determinação para
continuarmos querendo ainda mais fazer uma ótima aula para eles. Essa
determinação de fazer uma boa aula iniciou desde o planejamento, da pesquisa, da
metodologia a ser trabalhada, execução da aula, da correção das atividades e etc.

Posso afirmar que este estágio foi de imensa importância para nosso
desenvolvimento profissional, ajudando a desenvolver uma visão crítica da
educação. Dessa forma, concluímos que, através dessa experiência, podemos ser
profissionais muito mais aptos a contribuir com qualquer escola. E, essa experiência
no estágio também nos constatou que a profissão de professor é uma profissão
muito difícil e trabalhosa. Mas, que pode ser solucionada com o amor que sentimos
pela educação e principalmente pela Matemática.
11

5. REFERÊNCIAS

BRANDÃO, Zaia et alii. O estado da arte da pesquisa sobre evasão e repetência no


ensino de 1º grau no Brasil. In Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 64,
nº 147, maio/agosto 1983, p. 38-69.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20
de dezembro de 1996.
BRASIL, Ministério da Educação do Brasil. Diretrizes curriculares do Ensino
Médio, Parecer CEB, nº 15/98, 1998.
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Ministérios da Educação.
Secretaria de Educação Média e Tecnológica, Brasília, 2000;
BRASIL, MEC. Parâmetros Curriculares. ensino médio: ciências da natureza,
matemática e suas tecnologias. Brasília: MEC–Secretaria de Educação Média
e Tecnológica, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação
Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática. Brasília.
MEC/SEF, 1998. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/matematica.pdf.> Acesso em: 17 dez.
2021.
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Educação Matemática: Da teoria à prática. 16. ed. São
Paulo: Papirus, 2008.
PCN - Parâmetros curriculares nacionais: Matemática/ Secretaria de Educação
Fundamental – Brasília: MEC/ SEF. 1998. 148p.
Vasconcelos, M. B. F. (2008). A contextualização e o ensino de matemática: um
estudo de caso. Dissertação de Mestrado em Educação Popular, Comunicação e
Cultura. Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 113 f.
PAIVA, M. A. V. O professor de matemática e sua formação: a busca da
identidade profissional. In: NACARATO, A. M.; PAIVA, M. A. V. (Org.). A formação
do professor que ensina matemática: perspectivas e pesquisas. Belo Horizonte:
Autêntica, 2008. p. 89-112.
12

6. ANEXOS

Anexo 1. Apostila Probabilidade, 2º Ano, A.


13
14
15
16
17
18
19
20

Anexo 2. Apostila de Estatística, 3º Ano, A.


21
22
23
24
25
26
27
28

Anexo 3. Aula expositiva de Probabilidade.

Anexo 4. Aula de probabilidade Condicional.


29

Anexo 5. Número reduzidos de alunos.


30

Anexo 6. Anotações das aulas Probabilidade, 2°Ano, A.


31
32

Anexo 7. Anotações das aulas de Estatística, 3° Ano, A.


33
34

7. APÊNDICES
Apêndice 1. Carta de recomendação de Estágio
35

Apêndice 2. Fichas de comprovação de Estágio Supervisionado II


36
37

Apêndice 3. Plano de Aula Estatística

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ


CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DO CURSO DE MATEMÁTICA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM
MATEMÁTICA
PLANO DE AULA
Assunto: Estatística
Nomes: Dailson Gonçalves Pantoja e Elyelton Nahum Lima.
Supervisor: Kennedy Quaresma Pereira.

INFORMAÇÕES DA TURMA
Escola Escola Estadual de Ensino Médio Manoel Antônio de Castro
Nível de Ensino Ensino Médio
Série/Turma 3º Ano/ A

DESCRIÇÃO DAS AULAS


Assunto Estatística
Proporcionar ao discente um proveitoso conhecimento sobre
Objetivo geral
cálculo de estatística.
• Proporcionar discussões conceituais sobre os fundamentos e
conceitos clássicos de estatística;
Objetivos
• Proporcionar que o discente tenha pleno conhecimento sobre o
específicos
desenvolvimento de modelos estatística aplicáveis a análise de
problemas reais.
 Introdução à estatística;
 O que é amostra;
 O que é variável
 O que são medidas de tendência central;
Conteúdos
 O que são medidas de dispersão;
 Aplicações contextualizadas de estatística no dia-a-dia dos
alunos;
 Resolução de exercícios.
240 minutos (8 aulas)
Duração
Procedimentos Aula expositiva e dialogadas, exercícios em sala de aula e /ou
metodológicos extra-classe.
Recursos  Quadro branco e pincel;
didáticos  Projetor multimedia.
Avaliação Resolução da lista de exercícios
 Livro.
Bibliografia
 Artigo.
Apêndice 4. Plano de Aula Probabilidade
38

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ


CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DO CURSO DE MATEMÁTICA
CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM
MATEMÁTICA
PLANO DE AULA
Assunto: Probabilidade
Nomes: Dailson Gonçalves Pantoja e Elyelton Nahum Lima.
Supervisor: Kennedy Quaresma Pereira.

INFORMAÇÕES DA TURMA
Escola Escola Estadual de Ensino Médio Manoel Antônio de Castro
Nível de Ensino Ensino Médio
Série/Turma 3º Ano/ A

DESCRIÇÃO DAS AULAS


Assunto Estatística
Proporcionar ao discente um proveitoso conhecimento sobre
Objetivo geral
cálculo de estatística.
• Proporcionar discussões conceituais sobre os fundamentos e
conceitos clássicos de estatística;
Objetivos
• Proporcionar que o discente tenha pleno conhecimento sobre
específicos
o desenvolvimento de modelos estatística aplicáveis a análise
de problemas reais.
 Introdução à estatística;
 O que é amostra;
 O que é variável
 O que são medidas de tendência central;
Conteúdos
 O que são medidas de dispersão;
 Aplicações contextualizadas de estatística no dia-a-dia dos
alunos;
 Resolução de exercícios.
240 minutos (8 aulas)
Duração
Procedimento Aula expositiva e dialogadas, exercícios em sala de aula e /ou
s extra-classe.
metodológicos
Recursos  Quadro branco e pincel;
didáticos  Projetor multimedia.
Avaliação Resolução da lista de exercícios
 Livro.
Bibliografia
 Artigo.

Você também pode gostar