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Cap.

001

NOVA ERA

HISTÓRIA DE

Lucas Gabriel Castro

CENA 1. AVENIDA PAULISTA. EXTERIOR. DIA.


Lara e sua família chegam à capital paulista. Eles vieram do interior porque o
pai foi transferido no trabalho para São Paulo, por isso precisaram se mudar.
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Lara está apavorada, pois mudanças lhe assustam. Inda mais uma mudança de
cidade, longe de seus amigos, seus conhecidos, longe do lugar onde ela sempre
morou e conhece tão bem. Mas também está esperançosa, pois está tendo a
oportunidade de mudar de vida, ser uma nova pessoa, onde ninguém vai
estranhar, já que não conhecem ela.
Eles estão dentro do carro, passando pela avenida paulista. Lara e Clay, seu
irmão caçula, estão impressionados com o tamanho da cidade, dos prédios, em
como as pessoas vão e vem o tempo todo.
Motorista - Vocês nunca vieram a São Paulo?
Lara - Não.
Motorista - É uma cidade ótima, vocês vão gostar, mas
tem tomar um pouco de cuidado, por que como em toda cidade, aqui
também tem seus pontos ruins.

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CENA 2. FRENTE DA CASA. EXTERIOR. DIA.


A família justino finalmente chegam a casa nova. É uma casa modesta: sala,
cozinha, banheiro social, 2 quartos…
Clay - Dois quartos!? Não acredito que eu vou ter que
continuar dividindo quarto com ela!
Lara - (irônica) Eu também vou amar está no mesmo
quarto que você.
Geraldo - Qual o problema de dividir quarto com sua irmã?
vocês sempre dormiram juntos.
Clay - O problema é justamente esse. Achei que na casa
nova cada um teria seu próprio quarto. Mas já to vendo que vou ter que aturar
pra sempre ela dormindo com luz acesa. Isso deve ser castigo. Só pode. Eu devo
ter matado um dos apóstolos de Jesus pra passar por tudo isso.
Lara - Ah, deixa de exagero, é só um abajur. Como você
quer que eu leia. No escuro?
Clay - Não lê!
Geraldo - Deixem de discussão e vão ajudar a pegar o restante
da mudança lá fora!

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CENA 3. FRENTE DA CASA. EXTERIOR. DIA.


Lara e Clay vão lá fora pegar algumas caixas e levar para dentro. Clay pega uma
caixa e entra. Lara pega uma caixa muito pesada e quase derruba tudo. Mas
Pedro, seu vizinho, chega a tempo e consegue ajuda-la.

Pedro - Opa! deixa eu te ajudar.


Pedro pega a caixa e encosta no canto.
Lara - Obrigado.
Pedro - Não sabia que ia chegar vizinhos novos. Prazer, eu
sou Pedro. Moro na casa aqui do lado. Sou seu vizinho.
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Lara - Prazer, vizinho. Eu sou Lara. É, meu pai foi


transferido do trabalho e a gente teve que vir morar aqui.
Pedro - Tô ligado. Você que ajudar para levar a mudança pra
dentro.
Lara - Claro!
Pedro - Deixa que eu levo essa aqui. Tá bem pesada.
Lara - E você acha que porque eu sou mulher eu não
consigo levar??
Pedro - Não. É que você quase ia caindo com ela, né? então
imaginei…
Lara - Tudo bem.
Pedro pega a caixa, mas quase deixa cair também.
Pedro - (Fazendo força) acho que vou precisar de uma
ajudinha com essa daqui.
Pedro e Lara erguem a caixa e leva para dentro da casa.

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CENA 4. SALA. INTERIOR. DIA.


continuação rápida da cena anterior.
Lara e Pedro carrega a caixa.
Lara - Aqui, aqui tá ótimo.
Pedro - Aqui?
Eles deixam a caixa num canto da sala.
Lara - Família, esse daqui é o Pedro, nosso vizinho. Ele se
ofereceu a ajudar com a mudança
Claudia - Obrigado, Pedro, a gente agradece a ajuda.
Pedro - Que isso, tia, vizinhos é pra se ajudar mesmo.
Prazer. Eu moro aqui na casa do lado com a minha mãe
Selma, mãe de Pedro chega e interrompe.
Selma bate palma.
Pedro - Deve ser ela aí.
Claudia atende.
Selma - Oi, prazer, eu sou Selma, vizinha aqui do lado. Eu
vim perguntar perguntar se vocês precisam de alguma coisa, de ajuda
com a mudança.
Claudia - Entra, Selma.
Selma entra.
Selma - Ah...Pedro, você já veio ajudar também? e eu te
esperando em casa. Desculpa pessoal. Prazer, eu sou Selma. Vi o
caminhão de mudança aí na frente e vim oferecer uma ajuda.
Claudia - Sem problema. O prazer é todo meu. A gente aceita a
ajuda sim. Ainda tem um monte de caixa pra trazer pra dentro.

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Cena 5. Quarto de Caio. Interior. Dia.


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Caio está dormindo todo largado na cama. Seu pai entra no quarto para acordá-
lo.
Murilo - Caio! Caio, meu filho, acorda! já passou da hora do
almoço.
Caio - Me deixa dormir, pai! Eu to de ferias.
Murilo - Não. acorda. Vai procurar algo produtivo pra fazer.
Caio - Mais pai, eu to de feria, tenho que descansar, é por
isso que se chama férias.
Murilo - E vai passar as férias todinha deitado numa cama?
Não. anda levanta, senão vou pegar um balde de água gelada.
Caio - Saco, cara.
Caio levanta e vai para o banheiro tomar banho. Ele coloca um rock
extremamente alto. Murilo bate na porta para pedido pra ele baixar, mas Caio
finge que não está ouvindo.

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Cena 5. Sala do apartamento de Caio. Interior. dia.


Depois do banho, Caio vai comer alguma coisa e, em seguida, sai para correr.
Murilo - Vai correr?
Caio - Vou. fazer algo produtivo.
Murilo - É isso aí, meu filho, é assim que eu gosto!
Caio sai para correr e no caminho começa a pensar no sonho que teve na noite
passada com o suicídio de sua mãe. Ele se sente reprimido, pois não pode falar
sobre esse assunto dentro de casa. Correr é o único jeito dele se aliviar do peso
que é todas as noites sonhar com a morte de sua mãe. Ele está distraído
ouvindo música e correndo pela avenida paulista. Por isso, nem se dar conta de
que seu celular já tocou inúmeras vezes. no outro lado da linha está Karina, que
tenta insistentemente falar com o namorado.

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