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Prof. Leonardo Fetter
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1ª Fase | 38° Exame da OAB
Ética
Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver, da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade.
Lembre-se: o seu sonho também é o nosso.
Bons estudos! Estamos com você até a sua aprovação!
Com carinho,
Equipe Ceisc ♥
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Prof. Leonardo Fetter
Sumário
1. Legislação da Ordem dos Advogados ..................................................................................... 4
2. Órgão de Gestão da OAB ........................................................................................................ 6
3. Eleições e mandatos na OAB ................................................................................................ 12
4. Inscrição na OAB ................................................................................................................... 15
5. Licenciamento e cancelamento da inscrição .......................................................................... 18
6. Estagiário ............................................................................................................................... 20
7. Advogado empregado ............................................................................................................ 21
8. Atividades privativas do advogado ......................................................................................... 23
9. Sociedade de advogados....................................................................................................... 24
10. Procuração e mandato ......................................................................................................... 26
11. Honorários advocatícios....................................................................................................... 27
12. Advocacia pro bono ............................................................................................................. 33
13. Direitos e prerrogativas do advogado .................................................................................. 34
14. Direitos da mulher advogada .............................................................................................. 39
15. Publicidade profissional ....................................................................................................... 41
16. Infrações e sanções disciplinares ........................................................................................ 46
17. Processo disciplinar ............................................................................................................. 49
18. Incompatibilidade e impedimento ......................................................................................... 51
Olá, aluno(a)! Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso prepara-
tório para a 1ª Fase OAB e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas.
Além disso, recomenda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação perti-
nente.
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Inicialmente é importante ressaltar que é necessário estudar ética através de três normas, sendo
elas:
Atenção: A legislação para o estudo deve estar atualizada até a data do edital.
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inciso III do CPC, para ser considerado título executivo extrajudicial, e isso quer dizer que o contrato de
honorários é uma exceção, pois é sim possível ser executado como título executivo extrajudicial, ainda que
não cumpra os requisitos de CPC.
Por fim, o advogado, em uma condição de gestor da OAB, tem recebido legitimidade de interferir em
processos que não são “seus”, mas que neles está ocorrendo violação de prerrogativas do advogado atu-
ante.
*Para todos verem: esquema
Imunidade Tributária
(bens, rendas e serviços)
OAB
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A partir da identificação dos órgãos de gestão da OAB, é possível perceber como a OAB se organiza,
como a OAB é gerida e, após, entender as eleições, pois todos os órgãos de gestão são alcançados através
de eleições.
*Para todos verem: esquema
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Conselho Federal
O voto da delegação é o
de sua maioria, havendo
divergência entre seus
membros, considerando-
se invalidado em caso de
empate.
Importante!
A competência do Conselho Federal está instituída nos incisos do art. 54 do Estatuto da OAB:
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ação civil pública, mandado de segurança coletivo, mandado de injunção e demais ações
cuja legitimação lhe seja outorgada por lei;
XV – colaborar com o aperfeiçoamento dos cursos jurídicos, e opinar, previamente, nos
pedidos apresentados aos órgãos competentes para criação, reconhecimento ou creden-
ciamento desses cursos;
XVI – autorizar, pela maioria absoluta das delegações, a oneração ou alienação de seus
bens imóveis;
XVII – participar de concursos públicos, nos casos previstos na Constituição e na lei, em
todas as suas fases, quando tiverem abrangência nacional ou interestadual;
XVIII – resolver os casos omissos neste estatuto.
XIX – fiscalizar, acompanhar e definir parâmetros e diretrizes da relação jurídica mantida
entre advogados e sociedades de advogados ou entre escritório de advogados sócios e
advogado associado, inclusive no que se refere ao cumprimento dos requisitos norteado-
res da associação sem vínculo empregatício; (Incluído pela Lei no 14.365, de 2022)
XX – promover, por intermédio da Câmara de Mediação e Arbitragem, a solução sobre
questões atinentes à relação entre advogados sócios ou associados e homologar, caso
necessário, quitações de honorários entre advogados e sociedades de advogados, obser-
vado o disposto no inciso XXXV do caput do art. 5o da Constituição Federal. (Incluído pela
Lei no 14.365, de 2022)
Parágrafo único. A intervenção referida no inciso VII deste artigo depende de prévia apro-
vação por dois terços das delegações, garantido o amplo direito de defesa do Conselho
Seccional respectivo, nomeando-se diretoria provisória para o prazo que se fixar.
A eleição dos membros de todos os órgãos da OAB, conforme o art. 63 do Estatuto, acontecerá na
segunda quinzena do mês de novembro, do último ano do mandato, mediante cédula única e votação
direta, de comparecimento obrigatório, para todos os advogados regularmente inscritos na OAB.
Presidente
Importante!
Com exceção do candidato a Presidente, os demais integrantes da chapa deverão ser conselheiros
federais eleitos, conforme o art. 67, parágrafo único do Estatuto.
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Atenção: A principal atribuição será de julgar, em primeiro grau, o processo disciplinar – seria a
primeira instância (a segunda instância seria uma das Câmaras vinculadas ao Conselho Seccional, ou seja,
o recurso contra decisão do TED).
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Compete à Subseção
2.3.1. Conferência Nacional dos Advogados (arts. 145 a 149 do Regulamento Geral)
A Conferência Nacional da Advocacia Brasileira é órgão consultivo máximo do Conselho Federal,
reunindo-se trienalmente, no segundo ano do mandato, tendo por objetivo o estudo e o debate das questões
e problemas que digam respeito às finalidades da OAB e ao congraçamento da advocacia, conforme art.
145 do Regulamento Geral.
Ainda, na forma do §1º do art. 145 do Regulamento Geral, as Conferências da Advocacia dos Es-
tados e do Distrito Federal são órgãos consultivos dos Conselhos Seccionais, reunindo-se também trienal-
mente, no segundo ano do mandato.
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Efetivos: os Conselheiros e
Presidentes dos órgãos da OAB Convidados: as pessoas a quem a
presentes, os advogados e estagiários Comissão Organizadora conceder tal
inscritos na Conferência, todos com qualidade, sem direito a voto, salvo
direito a voto; se for advogado.
Atenção: Os convidados, expositores e membros dos órgãos da OAB têm identificação especial du-
rante a Conferência. Os estudantes de direito, mesmo inscritos como estagiários na OAB, são membros
ouvintes, escolhendo um porta-voz entre os presentes em cada sessão da Conferência.
Órgãos da OAB
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principal (não votar representa multa – 20% sobre o valor da anuidade). O voto será facultativo para os
advogados com inscrição suplementar (para votar deve avisar com antecedência).
Cabeção, importante!
*Para todos verem: esquema
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Atenção: Também não poderá ser candidato o advogado que exercer cargo público demissível ad
nutum, ou seja, que não tem estabilidade – o fato de não ter estabilidade retira a necessária independência
do advogado, não permitindo sua candidatura.
Cuidado, cabeçones!
O presidente do Conselho Federal não precisa ser Conselheiro Federal (art. 67, par. ún., do Estatuto
da OAB).
Importante: Os três Conselheiros Federais de cada Estado, que assumem no Conselho Federal,
são chamados de delegação. Nas decisões de competência do Conselho Federal, esses Conselheiros Fe-
derais apresentarão um voto por delegação. Para a eleição de Diretoria do Conselho Federal, o voto é
individual de cada Conselheiro, não há voto por delegação.
Ainda, sobre as decisões dentro de cada órgão de gestão, é importante atentar-se para os seguintes
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questionamentos:
*Para todos verem: esquema.
É o direito de decisão.
Eleição na OAB
4. Inscrição na OAB
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inscrição).
Dessa forma, os requisitos para inscrição junto a OAB estão definidos no art. 8o do Estatuto:
Capacidade civil
Idoneidade moral
Atenção:
As atividades incompatíveis com a advocacia estão definidas no art. 28 do Estatuto e geram a pro-
ibição absoluta do exercício da advocacia.
O bacharel em direito, quando não graduado no Brasil, além de atender os requisitos do art. 8º do
Estatuto, ainda deve fazer prova do título de graduação, obtido em instituição estrangeira, devidamente
revalidado.
A falta de idoneidade moral deve ser analisada pelo Conselho Seccional (por decisão de dois
terços de seus membros), a fim de impedir a inscrição (sendo concedido ao interessado o direito ao
contraditório).
Exemplo: o Conselho Federal já definiu que, a prática de violência contra a mulher, assim definida
na Convenção Interamericana de Belém do Pará, constitui fator apto a demonstrar a ausência de idoneidade
moral para a inscrição de bacharel em Direito nos quadros da OAB, independentemente da instância crimi-
nal. Assim, cada Conselho Seccional tem liberdade de analisar, caso a caso, a idoneidade – ou ausência
dela – para fins de deferimento ou indeferimento da inscrição.
Deferida e autorizada a inscrição, o advogado somente receberá sua Carteira profiss ional depois
de prestar compromisso perante o Conselho Seccional (juramento previsto no art. 20 do Regulamento
Geral). Tal compromisso é solene, formal e personalíssimo, ou seja, não pode ser feito por procuração.
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A inscrição deverá ser feita perante o Conselho Seccional onde o advogado exercerá a advoca-
cia com habitualidade. Será denominada inscrição principal. Ainda, poderá o advogado, facultativa-
mente, buscar inscrição em outro Conselho Seccional, a denominada inscrição suplementar.
O advogado deverá possuir uma inscrição principal e poderá ter quantas inscrição suplementares
quiser (sempre uma – e apenas uma – por Conselho Seccional).
Importante!
A inscrição suplementar será obrigatória quando:
1ª situação: quando o advogado estiver atuando em mais de cinco causas em Conselho Seccional
onde ele não tenha a inscrição principal.
Ex.: advogado com inscrição principal no Rio Grande do Sul pode atuar – exercer a advocacia – em
qualquer Estado; mas se possuir mais de cinco ações num Estado, deverá providenciar a inscrição suple-
mentar naquele Conselho Seccional correspondente.
2ª situação: quando o advogado for sócio de Sociedade de Advogados, deverá obrigatoriamente
possuir inscrição (principal ou suplementar) perante o Conselho Seccional onde a sociedade foi registrada.
Não será exigido um novo exame de ordem para cada inscrição suplementar. Para cada ins-
crição (principal ou suplementar) haverá a incidência de uma anuidade (ex.: dez inscrições, dez anuidades).
Importante!
Para atuar nos Tribunais Superiores não haverá necessidade de Inscrição Suplementar.
Inscrição
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requisitos do advogado brasileiro (terá, no entanto, que revalidar seu diploma, circunstância que não é de
competência da OAB).
Pode o advogado estrangeiro, no entanto, receber uma autorização (precária) para dar Consultoria
em direito estrangeiro (mediante requerimento ao Conselho Seccional).
Atenção!
Conforme o Provimento CFOAB no 129/2008 (Tratado de Reciprocidade), podem os advogados
portugueses exercer advocacia no Brasil, assim como advogados brasileiros advogar em Portugal.
5.1. Licenciamento
Licenciamento é forma de interrupção temporária da inscrição. Ou seja, é uma forma de o advo-
gado suspender sua capacidade postulatória, pois durante o período de licenciamento ele não pode
advogar. Durante o período que o advogado estiver licenciado, ele não pagará a anuidade.
Atenção: O advogado licenciado não perde o número da sua inscrição, tampouco sua inscrição é
cancelada.
Hipóteses de
Licenciamento
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cancelamento, a pessoa deixa de ser advogada, perde sua capacidade postulatória. Pode acontecer em
cinco hipóteses:
*Para todos verem: esquema
Falecimento do Advogado.
Licenciamento e cancelamento
Importante!
Se a pessoa já possui atividade incompatível no ato da inscrição, haverá o seu indeferimento (art. 8o
do Estatuto).
A aplicação, por três vezes, da pena de suspensão gerará a pena de exclusão, que acarretará o
cancelamento da inscrição.
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6. Estagiário
Para obter a inscrição como estagiário, devem ser obedecidos os requisitos do art. 9 o do Estatuto,
quais sejam:
*Para todos verem: esquema
Capacidade civil;
Idoneidade moral;
O Estagiário com inscrição na OAB paga anuidade, mas não pode votar. Além disso, o estagiário
tem direito de praticar todos os atos privativos da advocacia, desde que em conjunto com o advogado e
sob a responsabilidade deste.
Na forma do art. 29, §1º do Regulamento Geral, o estagiário inscrito na OAB pode praticar isolada-
mente os seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado:
O Estagiário, para atuar no processo, deve ter poderes, ou seja, ele deve aparecer na procuração
ou no substabelecimento.
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*Para todos verem: clique abaixo e ouça um podcast sobre o tema
Estagiário da OAB
Importante!
Estagiário não pode fazer publicidade, nem mesmo em conjunto com o advogado.
É permitido ao bacharel em direito buscar inscrição como estagiário, na forma do art. 9 o, § 4o, do
Estatuto.
Alteração singela, mas relevante, diz respeito à possibilidade de o estágio profissional ser feito no
regime de teletrabalho, fixando-se algumas exigências quanto a requisitos do termo de convênio e de está-
gio (art. 9o, §§ 5o e 6o, do Estatuto).
7. Advogado empregado
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*Para todos verem: esquema
Importante!
Conforme o §2º do art. 20 do Estatuto, as horas trabalhadas que excederem a jornada normal de
trabalho, são remuneradas por um adicional não inferior a cem por cento sobre o valor da hora normal,
mesmo havendo contrato escrito. Além disso, na forma do §3º do art. 20 do Estatuto, as horas trabalha-
das no período das vinte horas de um dia até as cinco horas do dia seguinte, são remuneradas como
noturnas, acrescidas do adicional de vinte e cinco por cento.
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Bacharel em Direito e Estagiário inscrito na OAB não são considerados advogados, ou seja, não
podem agir ou atuar naquelas atividades definidas como privativas da advocacia. Contudo, de acordo com
o §2º do art. 3º do Estatuto, o estagiário inscrito na OAB, pode praticar os atos previstos no art. 1º do
Estatuto, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.
Visar atos
Consultoria e Direção e gerência constitutivos
Postular em juízo.
assessoria jurídica; jurídica; (contratos sociais)
de pessoa jurídica;
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Atenção: postular em juízo: é atividade privativa, mas com exceções (habeas corpus em qualquer
instância, jus postulandi trabalhista, JEC (limitação de valor), JEF/JEFP, e revisão criminal). No JEC crimi-
nal, a presença do advogado do acusado é obrigatória.
Microempresa e empresa de pequeno porte não precisam de visto de advogado para os seus
atos constitutivos. Nestes casos, das exceções, será possível postular em juízo sem a presença do advo-
gado.
*Para todos verem: clique abaixo e ouça um podcast sobre o tema
9. Sociedade de advogados
Pessoa jurídica, formada única e exclusivamente por advogados, com o objetivo de atuar em
atividades privativas da advocacia. Adquire personalidade jurídica, isso quer dizer que, passa a ser titular
de direitos e obrigações, com o registro de seus atos constitutivos junto ao Conselho Seccional compe-
tente. Não é registrada na Junta Comercial ou em outro Cartório Extrajudicial.
O sócio deve ter inscrição, seja principal, seja suplementar, no Conselho Seccional onde a socie-
dade de advogados foi registrada. A sociedade de advogados pode ter filial, desde que seja em outro Con-
selho Seccional, pois não poderá a sociedade ter filial no mesmo Conselho Seccional onde está a sociedade
registrada. O advogado somente pode ser sócio de uma sociedade de advogados por Conselho Secci-
onal.
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é considerado excluído da sociedade (devendo ser tal circunstância averbada no registro da Sociedade).
Todavia, traz importante situação: o fato de que não pode ser usado o nome ou imagem do advogado
temporariamente afastado.
Conforme a inclusão do art. 17-A do Estatuto, o advogado poderá se associar a uma ou mais soci-
edades de advogados ou sociedades unipessoais de advocacia para prestação de serviços, e, ainda, a
presente associação dar-se-á por meio de pactuação de contrato próprio, que poderá ser de caráter geral
ou restringir-se a determinada causa ou trabalho.
Conforme o art. 17-B do Estatuto, a associação de que trata o art. 17-A deverá ser registrado no
Conselho Seccional da OAB em cuja base territorial tiver sede a sociedade de advogados que dele toma r
parte.
O contrato de associação deve conter no mínimo:
*Para todos verem: esquema
Qualificação das partes, com referência expressa à inscrição no Conselho Seccional da OAB
competente;
Forma de repartição dos riscos e das receitas entre as partes, vedada a atribuição da
totalidade dos riscos ou das receitas exclusivamente a uma delas;
Sociedade de advogados
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Atenção!
O advogado não pode aceitar procuração de quem já tenha patrono constituído, sem prévio
conhecimento deste, conforme o art. 14 do CED. Contudo, por motivo plenamente justificável ou para
adoção de medidas judiciais urgentes e inadiáveis o advogado pode aceitar procuração de quem já
tenha patrono constituído.
10.2. Da renúncia
Nos termos do art. 16 do CED, a renúncia cessa a responsabilidade profissional, e isso quer dizer
que a renúncia é a forma de extinção da procuração e dos poderes nela outorgados e, é requerida pelo
advogado.
Notificado o cliente, o advogado ainda é responsável pelos atos processuais por dez dias, salvo se
um novo profissional se habilite antes de terminado tal prazo, na forma do §3º do art. 5º do Estatuto. Ainda,
não há necessidade de a renúncia ser motivada.
10.3. Da revogação
Revogação do mandado judicial é uma forma de extinção da procuração e dos poderes nela
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outorgados por iniciativa do cliente, conforme o art. 17 do CED. Na revogação, não existe o prazo de
responsabilização por dez dias.
Importante!
A renúncia ou a revogação da procuração não desobriga o cliente ao pagamento dos honorários
advocatícios (inclusive verba de sucumbência – neste caso, de forma proporcional ao trabalho desenvol-
vido).
10.4. Do substabelecimento
O substabelecimento é a forma de o advogado transferir poderes recebidos na procuração para
outro advogado (relação advogado com advogado). O substabelecimento pode ser com ou sem reserva de
poderes.
Previsão legal: arts. 22 a 26 da Lei no 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advoga-
dos do Brasil).
Os honorários advocatícios correspondem à remuneração ao profissional da advocacia pelos servi-
ços prestados. São divididos em três tipos:
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Fixados por
Convencionados arbitramento Sucumbência
judicial
Atenção:
A inclusão do art. 22-A no Estatuto fixa e define que será permitida a dedução de honorários advo-
catícios contratuais dos valores acrescidos, a título de juros de mora, ao montante repassado aos Estados
e aos Municípios na forma de precatórios, como complementação de fundos constitucionais.
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nos termos dos §§ 2º e 3º, é proibida a apreciação equitativa, salvo nas hipóteses ex-
pressamente previstas no § 8º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 8º Nas causas em que for inestimável ou irrisório o proveito econômico ou, ainda,
quando o valor da causa for muito baixo, o juiz fixará o valor dos honorários por aprecia-
ção equitativa, observando o disposto nos incisos do § 2º.
§ 8º-A. Na hipótese do § 8º deste artigo, para fins de fixação equitativa de honorários
sucumbenciais, o juiz deverá observar os valores recomendados pelo Conselho Seccio-
nal da Ordem dos Advogados do Brasil a título de honorários advocatícios ou o limite
mínimo de 10% (dez por cento) estabelecido no § 2º deste artigo, aplicando-se o que for
maior. (Incluído pela Lei nº 14.365, de 2022)
§ 9º Na ação de indenização por ato ilícito contra pessoa, o percentual de honorários
incidirá sobre a soma das prestações vencidas acrescida de 12 (doze) prestações vin-
cendas.
§ 10. Nos casos de perda do objeto, os honorários serão devidos por quem deu causa
ao processo.
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Na forma do art. 22, §6o, do Estatuto, os honorários assistenciais são aqueles fixados em ações
coletivas propostas por entidades de classe em substituição processual, sem prejuízo aos honorários con-
vencionais.
Simplificando, seriam honorários de sucumbência, fixados na Justiça do Trabalho, em benefício dos
advogados contratados pelos sindicatos para defesa de direitos coletivos.
Do vencimento do contrato;
Da desistência ou da transação;
Da renúncia ou da revogação.
Dicas!
• O advogado pode executar os honorários de sucumbência em seu nome.
• Crédito de honorários não autoriza ao advogado o saque de duplicatas ou qualquer outro título de
crédito.
• O advogado pode emitir fatura contra o cliente para pagamento dos honorários – se o cliente
pedir ou autorizar, mas esta fatura não poderá ser levada a protesto.
• Cheque ou nota promissória emitidos pelo cliente para pagamento dos honorários podem ser leva-
dos a protesto, desde que antes o advogado tenha tentado amigavelmente o recebimento do crédito.
• É autorizado o uso de cartão de crédito para o recebimento de honorários.
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na garantia do recebimento de seus honorários contratuais, mesmo sob bloqueio universal do patri-
mônio do cliente, até o montante de 20% dos bens bloqueados.
Importante ressaltar que essa possibilidade de desbloqueio não atinge os bloqueios determina-
dos em decorrência do crime de tráfico de drogas.
Os §§ 1o a 5o dispõem sobre o pedido de desbloqueio; a ordem preferencial de pagamento
dos honorários sobre os bens do cliente; a maneira como deve ser transferido esse pagamento
diretamente para a conta do advogado ou do seu escritório; e a opção do advogado pela
adjudicação de bem ou venda em hasta pública.
A inclusão do § 3o-A ao art. 24 do Estatuto, prevê que somente sejam consideradas válidas as
disposições, as cláusulas, os regulamentos ou as convenções individuais ou coletivas que retirem do
sócio o direito ao recebimento dos honorários de sucumbência “nos casos judiciais e administrativos”,
após o protocolo de petição que revogue os poderes que lhe foram outorgados ou que noticie
a renúncia a eles. Ainda assim, os honorários serão devidos proporcionalmente ao trabalho reali-
zado.
A Inclusão do § 5o ao art. 24 do Estatuto, assegura o direito aos honorários proporcionais ao
trabalho realizado nos processos judiciais e administrativos em que tenha atuado, na hipótese de
encerramento da relação contratual com o cliente.
A inclusão do § 6o ao art. 24 do Estatuto, deixa claro e definitivo, sem qualquer dúvida, que
distrato e a rescisão do contrato de prestação de serviços advocatícios, mesmo que formalmente
celebrados, não configuram renúncia expressa aos honorários pactuados.
A Inclusão do § 7o ao art. 24 do Estatuto, estipula que, na ausência de contrato de prestação de
serviços advocatícios e fixação de honorários, estes devem ser arbitrados conforme as disposições
contidas no art. 22.
A inclusão do parágrafo único ao art. 26 do Estatuto trouxe uma exceção à regra contida
no caput, qual seja: “O advogado substabelecido, com reserva de poderes, não pode cobrar honorá-
rios sem a intervenção daquele que lhe conferiu o substabelecimento”. No parágrafo único foi criada
uma exceção, permitindo que o advogado substabelecido com reserva de poderes cobre direta-
mente o cliente, sem a participação do advogado que substabeleceu, desde que tenha, o advogado
substabelecido, contrato celebrado com o cliente.
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Durante determinado período, entendeu-se que o advogado não poderia trabalhar sem cobrar ho-
norários, que tal atitude poderia configurar forma de aviltamento de honorários. Com o intuito de regular
essa atividade, foi adotado no sistema brasileiro a possibilidade do exercício da advocacia pro bono.
Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária (G E V) de serviços
jurídicos – essas são as características principais. Este tipo de atuação pode acontecer em favor de institui-
ções sociais sem fins econômicos e aos seus assistidos, sempre que os beneficiários não dispuserem de
recursos para a contratação de profissional. Também pode ser exercida para pessoas naturais hipossuficien-
tes. Entretanto, não poderá o advogado atuar como pro bono com objetivos político-partidários ou eleitorais,
nem beneficiar instituições que visem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de
clientela.
Segundo o Provimento no 166/2015 do Conselho Federal da OAB, os advogados que desempenha-
rem a advocacia pro bono estão impedidos de exercer a advocacia remunerada, em qualquer esfera, para
a pessoa natural ou jurídica que se utilize de seus serviços pro bono (art. 4o e § 1o).
Honorários
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O advogado deve zelar por sua liberdade e independência, assim, nos termos do parágrafo único
do art. 4 do CED, é legítima a recusa, pelo advogado, do patrocínio de causa e de manifestação, no âmbito
consultivo, de pretensão concernente a direito que também lhe seja aplicável ou contrarie orientação que
tenha manifestado anteriormente.
Importante!
• Art. 5º do CED: O exercício da advocacia é incompatível com qualquer procedimento de
mercantilização.
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• Art. 6º do CED: É defeso (proibido) ao advogado expor os fatos em Juízo ou na via adminis-
trativa falseando deliberadamente a verdade e utilizando de má-fé.
• Art. 7º do CED: É vedado o oferecimento de serviços profissionais que implique, direta ou
indiretamente, angariar ou captar clientela.
Importante!
O § 2o-B do art. 7o do Estatuto, fixou as situações de cabimento da sustentação oral pelos advoga-
dos nos recursos contra decisões monocráticas do relator que julgar o mérito ou não conhecer da apelação,
recurso ordinário, recurso especial, recurso extraordinário, embargos de divergência, ação rescisória, man-
dado de segurança, reclamação, habeas corpus e outras ações de competência originária.
A realidade é que com essa regulamentação de hipóteses mais precisas de sustentação oral fica
superado, ao menos parcialmente, o entendimento do Supremo Tribunal Federal firmado na ADI n o 1.105-
7.
O § 6o-D do art. 7o do Estatuto traz a ideia de preservação do sigilo do conteúdo dos documentos
(mídia e objetos) não relacionados com a investigação (mesmo quando for impossível que eles sejam se-
parados daqueles que forem/devam ser apreendidos).
O § 6o-E do art. 7o do Estatuto traz a previsão no sentido de que, uma vez não observado o sigilo
das informações apreendidas e não relacionadas à investigação, o representante da OAB deverá informar
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(via relatório), a fim de que a OAB tome as providências que entender adequadas, podendo inclusive apre-
sentar notícia-crime contra os envolvidos, os quais deverão ser nominados e identificados no relato apre-
sentado pelo representante.
O § 6o-I do art. 7o do Estatuto definiu a proibição para o advogado efetuar colaboração premiada
contra quem seja ou tenha sido seu cliente, fixando que tal situação pode ser punida com a sanção de
exclusão, prevista no inciso III do caput do art. 35 do Estatuto, bem como às penas do crime de violação de
segredo profissional, previstas no art. 154 do CP.
Vale recordar, aqui, que as hipóteses de exclusão estão previstas no art. 38 do Estatuto:
Ou seja, como não ocorreu a inserção ou modificação em tais dispositivos, presume-se que o legis-
lador esteja definindo que o advogado que fizer a colaboração premiada se tornará moralmente inidôneo.
Definir como crime infamante não parece adequado. Melhor, com certeza, teria sido que o legislador inse-
risse, nos arts. 34 e 38, dispositivo específico quanto à colaboração premiada.
Nos §§ 14, 15 e 16 do art. 7o do Estatuto, foi atribuída competência privativa do Conselho Federal
da OAB, dentro de processo disciplinar próprio, para dispor, analisar e decidir sobre a prestação efetiva do
serviço jurídico realizado pelo advogado.
Importante!
Fez-se a previsão de nulidade do “ato praticado com violação da competência privativa do Conselho
Federal da OAB”. Na mesma linha e intenção, também foi fixada a competência privativa do Conselho
Federal para analisar e decidir sobre “os honorários advocatícios dos serviços jurídicos realizados pelo
advogado”. Verdadeiramente, tal dispositivo aprofunda o caráter da OAB como entidade singular de serviço
público independente, na exata definição do STF, na ADI n o 3.026.
No art. 7o-B do Estatuto, foi apenas incrementada a pena nele cominada, para o crime de violação
das prerrogativas do advogado, aumentando-a de 3 (três) meses a 1 (um) ano de detenção, e multa, para
2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa.
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Atenção!
Caso os autos estejam protegidos por sigilo, para ter acesso será necessária a procuração.
Tem o advogado, ainda, o direito de retirar os autos em carga – para o exercício deste direito
será necessária a procuração. Excepcionalmente, será concedida carga de autos arquivados sem procu-
ração, conforme o art. 7º, inciso XVI do Estatuto, no entanto, estando protegidos por sigilo, necessária
também, neste caso, a procuração.
Resumindo:
*Para todos verem: esquema
Atenção!
Sempre que os autos estiverem protegidos pelo sigilo (segredo de justiça), o acesso do advogado,
seja para vistas, seja para carga, dependerá da procuração.
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contra advogados no exercício (ou em razão) da profissão. Como a ofensa atinge não só o advogado, mas
todos os advogados, o pedido pode ser feito por qualquer pessoa (e, também nesta mesma linha, o desa-
gravo não depende de concordância do ofendido, que não pode dispensá-lo, devendo ser promovido a critério
do Conselho).
Quem decide se haverá ou não o desagravo é o Conselho Seccional – no caso de urgência, poderá
a diretoria do Conselho conceder imediatamente o desagravo, ad referendum do órgão competente do
Conselho. Não sendo caso de urgência, o pedido será analisado, inclusive com a ouvida da pessoa ou
autoridade que proferiu as ofensas.
O pedido de desagravo deverá ser decidido no prazo máximo de 60 (sessenta) dias. Deferido o
pedido de desagravo, a sessão deverá ocorrer no prazo máximo de 30 (trinta) dias – no local da ofensa ou
onde se encontre a autoridade ofensora.
Fixou o Estatuto, no art. 7 o-A, uma série de direitos que a advogada mulher possui, especificamente
aquela que for gestante, lactante, que der à luz ou adotar. Perceba-se, então:
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Gestante
O direito assegurado no inciso IV do art. 7º-A do Estatuto à advogada adotante ou que der à luz
será concedido pelo prazo previsto no § 6o do art. 313 do CPC, ou seja, 30 (trinta) dias, contado a partir da
data do parto ou da concessão da adoção, mediante apresentação de certidão de nascimento ou documento
similar que comprove a realização do parto, ou de termo judicial que tenha concedido a adoção, desde que
haja notificação ao cliente.
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IV - adotante ou que der à luz, suspensão de prazos processuais quando for a única
patrona da causa, desde que haja notificação por escrito ao cliente.
A palavra-chave nas regras referentes à publicidade é a moderação. Não pode a publicidade ter
um viés Mercantilista, Empresarial, Industrial ou Comercial.
Não pode o advogado fazer propaganda de seus serviços ou atividades, pois propaganda visa à
captação de clientela e tal conduta é vedada, faz-se necessário uma leitura atenta dos arts. 40 e 42 do
CED.
Art. 40. Os meios utilizados para a publicidade profissional hão de ser compatíveis
com a diretriz estabelecida no artigo anterior, sendo vedados:
I – a veiculação da publicidade por meio de rádio, cinema e televisão;
II – o uso de outdoors, painéis luminosos ou formas assemelhadas de publicidade;
III – as inscrições em muros, paredes, veículos, elevadores ou em qualquer espaço público;
IV – a divulgação de serviços de advocacia juntamente com a de outras atividades ou a indicação
de vínculos entre uns e outras;
V – o fornecimento de dados de contato, como endereço e telefone, em colunas ou artigos literários,
culturais, acadêmicos ou jurídicos, publicados na imprensa, bem assim quando de eventual partici-
pação em programas de rádio ou televisão, ou em
veiculação de matérias pela internet, sendo permitida a referência a e-mail;
VI – a utilização de mala direta, a distribuição de panfletos ou formas assemelhadas de publicidade,
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com o intuito de captação de clientela.
Parágrafo único. Exclusivamente para fins de identificação dos escritórios de advocacia, é permitida
a utilização de placas, painéis luminosos e inscrições em suas fachadas, desde que respeitadas as
diretrizes previstas no artigo 39.
Cabeção, importante:
*Para todos verem: esquema
Ainda, são admissíveis como formas de publicidade o patrocínio de eventos ou publicações de ca-
ráter científico ou cultural, assim como a divulgação de boletins, por meio físico ou eletrônico, sobre matéria
cultural de interesse dos advogados, desde que sua circulação fique adstrita a clientes e a interessados do
meio jurídico, conforme o art. 45 do CED.
Importante:
Endereço,
Divulgação em Áreas de
Títulos número de
jornal, revistas e interesse e
acadêmicos; telefone, e-mail e
periódicos; atuação;
site;
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outros(as) advogados(as) ou à sociedade;
III – anúncio de especialidades para as quais não possua título certificado ou notória es-
pecialização, nos termos do parágrafo único do art. 3o-A do Estatuto da Advocacia;
IV – utilização de orações ou expressões persuasivas, de autoengrandecimento ou de
comparação;
V – distribuição de brindes, cartões de visita, material impresso e digital, apresentações
dos serviços ou afins de maneira indiscriminada em locais públicos, presenciais ou virtuais,
salvo em eventos de interesse jurídico.
§ 1o Entende-se por publicidade profissional sóbria, discreta e informativa a divulgação
que, sem ostentação, torna público o perfil profissional e as informações atinentes ao exer-
cício profissional, conforme estabelecido pelo § 1o, do art. 44, do Código de Ética e Disci-
plina, sem incitar diretamente ao litígio judicial, administrativo ou à contratação de serviços,
sendo vedada a promoção pessoal.
§ 2o Os consultores e as sociedades de consultores em direito estrangeiro devidamente
autorizadas pela Ordem dos Advogados do Brasil, nos termos do Provimento n o 91/2000,
somente poderão realizar o marketing jurídico com relação às suas atividades de consul-
toria em direito estrangeiro correspondente ao país ou Estado de origem do profissional
interessado. Para esse fim, nas peças de caráter publicitário a sociedade acrescentará
obrigatoriamente ao nome ou razão social que internacionalmente adote a expressão
“Consultores em direito estrangeiro” (art. 4o do Provimento 91/2000).
Art. 4o No marketing de conteúdos jurídicos poderá ser utilizada a publicidade ativa ou
passiva, desde que não esteja incutida a mercantilização, a captação de clientela ou o
emprego excessivo de recursos financeiros, sendo admitida a utilização de anúncios, pa-
gos ou não, nos meios de comunicação, exceto nos meios vedados pelo art. 40 do Código
de Ética e Disciplina e desde que respeitados os limites impostos pelo inciso V do mesmo
artigo e pelo Anexo Único deste provimento.
§ 1o Admite-se, na publicidade de conteúdos jurídicos, a identificação profissional com
qualificação e títulos, desde que verdadeiros e comprováveis quando solicitados pela Or-
dem dos Advogados do Brasil, bem como com a indicação da sociedade da qual faz parte.
§ 2o Na divulgação de imagem, vídeo ou áudio contendo atuação profissional, inclusive
em audiências e sustentações orais, em processos judiciais ou administrativos, não alcan-
çados por segredo de justiça, serão respeitados o sigilo e a dignidade profissional e ve-
dada a referência ou menção a decisões judiciais e resultados de qualquer natureza obti-
dos em procedimentos que patrocina ou participa de alguma forma, ressalvada a hipótese
de manifestação espontânea em caso coberto pela mídia.
§ 3o Para os fins do previsto no inciso V do art. 40 do Código de Ética e Disciplina, equi-
param-se ao e-mail, todos os dados de contato e meios de comunicação do escritório ou
advogado(a), inclusive os endereços dos sites, das redes sociais e os aplicativos de men-
sagens instantâneas, podendo também constar o logotipo, desde que em caráter informa-
tivo, respeitados os critérios de sobriedade e discrição.
§ 4o Quando se tratar de venda de bens e eventos (livros, cursos, seminários ou congres-
sos), cujo público-alvo sejam advogados(as), estagiários(as) ou estudantes de direito, po-
derá ser utilizada a publicidade ativa, observadas as limitações do caput deste artigo.
§ 5o É vedada a publicidade a que se refere o caput mediante uso de meios ou ferramentas
que influam de forma fraudulenta no seu impulsionamento ou alcance.
Art. 5o A publicidade profissional permite a utilização de anúncios, pagos ou não, nos
meios de comunicação não vedados pelo art. 40 do Código de Ética e Disciplina.
§ 1o É vedado o pagamento, patrocínio ou efetivação de qualquer outra despesa para
viabilizar aparição em rankings, prêmios ou qualquer tipo de recebimento de honrarias em
eventos ou publicações, em qualquer mídia, que vise destacar ou eleger profissionais
como detentores de destaque.
§ 2o É permitida a utilização de logomarca e imagens, inclusive fotos dos(as) advoga-
dos(as) e do escritório, assim como a identidade visual nos meios de comunicação profis-
sional, sendo vedada a utilização de logomarca e símbolos oficiais da Ordem dos Advo-
gados do Brasil.
§ 3o É permitida a participação do advogado ou da advogada em vídeos ao vivo ou grava-
dos, na internet ou nas redes sociais, assim como em debates e palestras virtuais, desde
que observadas as regras dos arts. 42 e 43 do CED, sendo vedada a utilização de casos
concretos ou apresentação de resultados.
Art. 6o Fica vedada, na publicidade ativa, qualquer informação relativa às dimensões,
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qualidades ou estrutura física do escritório, assim como a menção à promessa de resulta-
dos ou a utilização de casos concretos para oferta de atuação profissional.
Parágrafo único. Fica vedada em qualquer publicidade a ostentação de bens relativos ao
exercício ou não da profissão, como uso de veículos, viagens, hospedagens e bens de
consumo, bem como a menção à promessa de resultados ou a utilização de casos con-
cretos para oferta de atuação profissional.
Art. 7o Considerando que é indispensável a preservação do prestígio da advocacia, as
normas estabelecidas neste provimento também se aplicam à divulgação de conteúdos
que, apesar de não se relacionarem com o exercício da advocacia, possam atingir a repu-
tação da classe à qual o profissional pertence.
Art. 8o Não é permitido vincular os serviços advocatícios com outras atividades ou divul-
gação conjunta de tais atividades, salvo a de magistério, ainda que complementares ou
afins.
Parágrafo único. Não caracteriza infração ético-disciplinar o exercício da advocacia em
locais compartilhados (coworking), sendo vedada a divulgação da atividade de advocacia
em conjunto com qualquer outra atividade ou empresa que compartilhem o mesmo es-
paço, ressalvada a possibilidade de afixação de placa indicativa no espaço físico em que
se desenvolve a advocacia e a veiculação da informação de que a atividade profissional é
desenvolvida em local de coworking.
Art. 9o Fica criado o Comitê Regulador do Marketing Jurídico, de caráter consultivo, vin-
culado à Diretoria do Conselho Federal, que nomeará seus membros, com mandato con-
comitante ao da gestão, e será composto por:
I – 05 (cinco) Conselheiros(as) Federais, um(a) de cada região do país, indicados(as) pela
Diretoria do CFOAB;
II – 01 (um) representante do Colégio de Presidentes de Seccionais.
III – 01 (um) representante indicado pelo Colégio de Presidentes dos Tribunais de Ética e
Disciplina;
IV – 01 (um) representante indicado pela Coordenação Nacional de Fiscalização da Ativi-
dade Profissional da Advocacia; e
V – 01 (um) representante indicado pelo Colégio de Presidentes das Comissões da Jovem
Advocacia.
§ 1o O Comitê Regulador do Marketing Jurídico se reunirá periodicamente para acompa-
nhar a evolução dos critérios específicos sobre marketing, publicidade e informação na
advocacia constantes do Anexo Único deste provimento, podendo propor ao Conselho
Federal a alteração, a supressão ou a inclusão de novos critérios e propostas de alteração
do provimento.
§ 2o Com a finalidade de pacificar e unificar a interpretação dos temas pertinentes perante
os Tribunais de Ética e Disciplina e Comissões de Fiscalização das Seccionais, o Comitê
poderá propor ao Órgão Especial, com base nas disposições do Código de Ética e Disci-
plina e pelas demais disposições previstas neste provimento, sugestões de interpretação
dos dispositivos sobre publicidade e informação.
Art. 10. As Seccionais poderão conceder poderes coercitivos à respectiva Comissão de
Fiscalização, permitindo a expedição de notificações com a finalidade de dar efetividade
às disposições deste provimento.
Art. 11. Faz parte integrante do presente provimento o Anexo Único, que estabelece os
critérios específicos sobre a publicidade e informação da advocacia.
Art. 12. Fica revogado o Provimento no 94, de 05 de setembro de 2000, bem como as
demais disposições em contrário.
Parágrafo único. Este provimento não se aplica às eleições do sistema OAB, que possui
regras próprias quanto à campanha e à publicidade.
Art. 13. Este Provimento entra em vigor no prazo de 30 (trinta) dias a contar da data de
sua publicação no Diário Eletrônico da OAB.
Cabeção, importante!
Ler os arts. 39 a 47-A do CED.
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1ª Fase | 38° Exame da OAB
Ética
A censura poderá ser convertida em advertência, situação em que será apenas remetido um ofício
reservado ao advogado, sem qualquer registro no prontuário.
Existindo circunstâncias atenuantes, previstas no art. 40 do Estatuto.
Art. 40 do Estatuto. Na aplicação das sanções disciplinares, são consideradas, para fins
de atenuação, as seguintes circunstâncias, entre outras:
I - falta cometida na defesa de prerrogativa profissional;
II - ausência de punição disciplinar anterior;
III - exercício assíduo e proficiente de mandato ou cargo em qualquer órgão da OAB;
IV - prestação de relevantes serviços à advocacia ou à causa pública.
Parágrafo único. Os antecedentes profissionais do inscrito, as atenuantes, o grau de
culpa por ele revelada, as circunstâncias e as conseqüências da infração são considera-
dos para o fim de decidir:
a) sobre a conveniência da aplicação cumulativa da multa e de outra sanção disciplinar;
b) sobre o tempo de suspensão e o valor da multa aplicáveis.
Importante!
As penas somente poderão ser aplicadas após o trânsito em julgado da decisão condenatória.
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1ª Fase | 38° Exame da OAB
Ética
No entanto, existe uma exceção: a suspensão preventiva prevista no art. 70, § 3 o, do Estatuto
(havendo repercussão prejudicial à dignidade da advocacia), o Tribunal de Ética e Disciplina poderá notificar
o acusado para uma sessão especial, em que será analisada a aplicação ou não da suspensão preventiva
(o acusado terá direito de apresentar sua defesa nesta sessão, pelo prazo de 15 minutos).
Caso aplicada a suspensão preventiva, o julgamento do processo disciplinar deve acontecer em 90
(noventa) dias, sob pena de constrangimento ilegal.
Existe, ainda, uma sanção acessória: a multa. É uma espécie de agravante, não existe sozinha,
apenas aplicada em conjunto com a censura ou a suspensão (na exclusão, não existe multa).
Para aplicação da exclusão, será necessária a manifestação de dois terços do Conselho Seccional
de forma favorável.
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Será instaurado de ofício ou mediante representação (essa não pode ser anônima). A atribuição
para conduzir o processo, na primeira instância, será do Tribunal de Ética e Disciplina, órgão subordinado
ao Conselho Seccional. Será garantido o sigilo do processo até a decisão final, proporcionando -se ao acu-
sado a mais ampla e constitucional defesa.
O julgamento do TED, apesar de ser a primeira instância, será colegiado (não existe decisão mo-
nocrática).
O recurso contra decisão do TED será de competência do Conselho Seccional, por uma de suas
Câmaras Julgadoras. Os recursos terão, como regra, o duplo efeito (devolutivo e suspensivo).
Importante!
Alteração no § 1o do art. 69 do Estatuto.
Foi alterada a forma de contagem de prazos, especificamente nos casos de comunicação por ofício
reservado ou de notificação pessoal, considerando-se o dia do começo do prazo o primeiro dia útil
imediato ao da juntada aos autos do respectivo aviso de recebimento. Ou seja, simplesmente respei-
tando-se a legislação processual civil – na verdade, corrigiu-se o equívoco da norma revogada (que deter-
minava o início do prazo da notificação).
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1ª Fase | 38° Exame da OAB
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Importante!
Súmula no 13/2022/OEP
O Órgão Especial do Conselho Pleno do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no
uso das suas atribuições conferidas no art. 86 do Regulamento Geral da Lei no 8.906/94, conside-
rando o julgamento do Recurso no 49.0000.2016.006052-7/OEP, decidiu, por unanimidade de votos,
em sessão ordinária realizada no dia 20 de setembro de 2022, editar a Súmula no 13/2022, com o
seguinte enunciado: “Interrompem a prescrição as decisões do Conselho Federal da OAB que inad-
mitam recursos interpostos contra acórdão condenatório ou mantenham a sua inadmissibilidade por
ausência de violação à Lei no 8.906/94, ausência de contrariedade à decisão do Conselho Federal
ou de outro Conselho Seccional e, ainda, ausência de violação ao Regulamento Geral, ao Código
de Ética e Disciplina e aos Provimentos (art. 75, da Lei 8.906/94), por ostentarem caráter condena-
tório, nos termos do art. 43, § 2o, II, do Estatuto da Advocacia e da OAB.”.
Súmula no 12/2022/OEP
O Órgão Especial do Conselho Pleno do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, no
uso das suas atribuições conferidas no art. 86 do Regulamento Geral da Lei no 8.906/94, conside-
rando o julgamento do Recurso no 49.0000.2018.010646-4/OEP, decidiu, por unanimidade de votos,
em sessão ordinária realizada no dia 20 de setembro de 2022, editar a Súmula no 12/2022, com o
seguinte enunciado: “A AUSÊNCIA DO PARECER PRELIMINAR PREVISTO NO ART. 59, §7o, DO
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA DA OAB, GERA NULIDADE RELATIVA, A SER RECONHECIDA
SE COMPROVADO O PREJUÍZO CAUSADO”.
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1ª Fase | 38° Exame da OAB
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18.1. Conceito
Impedimento é a proibição parcial (limitação) do exercício da advocacia e incompatibilidade é a
proibição total do exercício da advocacia.
A incompatibilidade pode ser definitiva (gerará o cancelamento da inscrição) ou poderá ser tem-
porária (circunstância que acarretará o licenciamento da inscrição). Já o impedimento não gera licencia-
mento ou cancelamento; o advogado impedido pode advogar, tem carteira da OAB (apenas exercerá a
advocacia com algumas limitações).
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1ª Fase | 38° Exame da OAB
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Chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;
Atenção!
A incompatibilidade não cessa quando o ocupante deixa de exercer o cargo que a gerou
temporariamente.
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1ª Fase | 38° Exame da OAB
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relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem
como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico.
empregadora;
OBS: Não se incluem os docentes dos cursos jurídicos.
Atenção, cabeçones!
Membro do Poder Legislativo que faz parte da mesa diretora exerce atividade incompatível com a
advocacia (não poder advogar). Então, e em resumo, quanto ao Poder Legislativo: a) faz parte da mesa –
incompatível; b) não faz parte da mesa – impedimento.
Vale recordar que o impedimento aparece na carteira da OAB.
Gerente de banco (público ou privado) não pode advogar; no entanto, o Gerente Jurídico de banco
pode, exclusivamente para o banco.
Por fim, destaca-se que existem alguns cargos públicos com poder de mando (p. ex.: Procurador-
Geral do Estados, Defensor Público Geral, Advogado Geral da União, entre outros) que são habilitados a
exercer a advocacia nos limites do seu cargo (não podem exercer em causa própria).
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1ª Fase | 38° Exame da OAB
Ética
Entendeu o legislador que, entre todos aqueles incompatibilizados de advogar por força de suas
atividades no poder público, e até mesmo aqueles nesta situação que tenham relação com funções priva-
das, como aquelas na direção e gerência de instituições financeiras, somente os ocupantes de cargos ou
funções vinculados à atividade policial ou militares da ativa podem advogar em causa própria, estritamente
para fins de defesa e de tutela de direitos pessoais.
Para que possa exercer a advocacia em causa própria, será necessária e exigida a inscrição espe-
cial na OAB (aqui, embora não esteja esclarecido no dispositivo, dúvidas não podem surgir sobre se, para
ser alcançada a inscrição especial, será necessário ao interessado se submeter a todos os requisitos do
art. 8o do Estatuto).
O fato de poder advogar em causa própria não traz outros direitos, sendo inclusive vedada a parti-
cipação em sociedade de advogados.
Desde já fica estabelecido e definido que a inscrição especial criada para que policiais e militares
possam exercer defesa em causa própria exige o pagamento de anuidade (bem como todas as multas e
serviços por ventura cobrados pela OAB dos seus inscritos).
Incompatibilidade e Impedimento
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