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DEONTOLOGIA

ESTATUTO DA OAA
CÓDIGO DE ÉTICA E DISCIPLINA
REGULAMENTO GERAL

Professor : Loide Manuel e Dário Gaspar

Fonte: Academia Garimpos através do Estatuto da

Ordem dos Advogados de Angola

1ª Edição- 2022
Academia Garimpos
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Deontologia: geral e profissional

Etimologia: do grego Deontós – dever, necessidade, e, Lógos - estudo

Conceito: ética é a ciência do comportamento moral

Ética profissional: conjunto de regras morais que o indivíduo deve observar em sua atividade
profissional.

Finalidade: a justiça no exercício da profissão

Justiça: fazer o bem e evitar o mal e dar a cada um o que é seu.

Platão: idealismo;
Aristóteles: proporcionalidade – justo meio entre dois opostos extremos;
Jurisconsultos romanos: pragmatismo.

Princípios da deontologia: (estudo do dever)

1.Ciência: conhecimento técnico empregado no exercício da profissão;
2.Consciência: bom senso Profº. Loide Manuel e Dário Gaspar
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Sobre o estatuto da OAA
Da Ordem dos Advogados

Titulo 1
DA ORDEM DOS ADVOGADOS

1º Capitulo – Disposições Gerais ( Art 1º à 6º)

2º Capitulo Orgãos da Ordem dos Advogados ( Art 7º à 40º)

3º Capitulo Garantias do exercício da advocacia ( Art 41 à 55º)

4º Capitulo Incompatibilidades e Impedimentos ( Art 56º à 59ª)

5º Capitulo Deontologia Profissional ( Art 60º à 73º)

6º Capitulo Acção Disciplinar ( Art 74º à 91º)

7º Capitulo Centro de Estudos ( 92ª)

8º Capitulo Receitas e Despesas ( 93º à 97º)

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Sobre o estatuto da OAA

Da Ordem dos Advogados

Titulo 2
Advogados e Advogados estagiários

1º Capitulo – Inscrições ( Art 98º à 102º)

2º Capitulo – estágio ( Art 103 à 108º )

TÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Do art 109º à 111º

Decreto 28/96, de 13 de Setembro - Aprova o Estatuto da Ordem dos Advogados

Decreto 56/05, de 15 de Agosto - De alteração aos estatutos da Ordem dos
Advogados
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CÓDIGO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA PROFISSIONAL

PREÂMBULO

1.A função do Advogado na sociedade e a natureza jurídica da Ordem dos

Advogados

A Advocacia é uma profissão de elevado interesse público. Numa sociedade

baseada no respeito pela lei, ao advogado cabe desempenhar um papel proeminente
que não se limita à execução fiel, no âmbito da lei, do mandato que lhe foi confiado.

O advogado tem como missão, para além de servir o interesse da Justiça, servir
também o daqueles que lhe confiam a defesa dos seus direitos e liberdades. Deve pois
ser defensor e conselheiro. Sendo a Advocacia uma profissão, compete ao Estado,
enquanto pessoa colectiva de múltiplos fins, a regulação e disciplina do exercício das
profissões e, no caso, da Advocacia. Contudo, é importante notar que a Ordem dos
Advogados não é um órgão da administração pública ou directa do Estado, nem
sequer um órgão desconcentrado da administração. Também não é um órgão de
administração periférica.
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É um dado adquirido que a Ordem dos Advogados tem natureza de

associação privada de interesse profissional e prossegue um interesse
público.

É uma entidade híbrida pois, por um lado, é uma associação mas, por outro
lado, é uma autarquia institucional ou ente público menor (menor por
oposição ao Estado).

Como tal, a Ordem dos Advogados assegura a prossecução de interesses

colectivos, mediante poderes públicos que por lei lhe estão atribuídos, mas
está também sujeita a restrições de natureza pública.

Para ela, o Estado transfere a administração de certos interesses seus,

aqueles que lhe não convém prosseguir sob a forma de administração
directa. Por isso, escolhe uma entidade dotada de autonomia com substrato
de associação e funções de autoridade colocada nas mãos dos próprios
profissionais colectivamente organizados. Uma verdadeira associação
pública de entidades privadas.

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A Lei reconhece aos profissionais da advocacia capacidade para, com

base nos seus interesses particulares e mediante órgãos por si mesmos
eleitos, prosseguir essa missão de interesse público.

Por isso, a eles Advogados são impostos deveres e obrigações múltiplos,

por vezes com aparência contraditória entre si, quanto ao cliente, aos
tribunais e outras autoridades perante os quais o Advogado assiste ou
representa o cliente, a profissão em geral e cada colega, em particular, ao
público, para o qual a existência da profissão livre e independente vincula
ao respeito pelas regras que ela própria criou, já que é um meio essencial
de salvaguarda dos direitos humanos face ao Estado e aos demais poderes.

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2. Carácter das regras deontológicas

As regras deontológicas servem para garantir, mediante livre aceitação pelos

membros da Ordem dos Advogados de Angola, o cumprimento perfeito, por cada
Advogado nela inscrito, de uma missão reconhecida como essencial na sociedade.
A inobservância dessas regras pelo Advogado deve, em princípio, conduzir à
aplicação de uma sanção disciplinar.

3. Âmbito de aplicação

As regras deste Código aplicam-se a todos os Advogados e Advogados Estagiários

inscritos nos termos do artigo 98º do Estatuto da Ordem dos Advogados de
Angola.

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CAPÍTULO I
Obrigações éticas e deontológicas
Do Art 1º à 9º
Capitulo II
Dos deveres dos Advogados
Do Art 10º à 15º
Capitulo III
Dos direitos dos Advogados
Do Art 16º à 26º

Aprovado em Assembleia Geral de Advogados, nos dias 20 e 21 de Novembro de

2003
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Eu Sou O Quê???
 INCOMPATÍVEL  tem o ‘T’, é Total
 IMPEDIDO  não tem o ‘T’, é Parcial

Incompatíveis
chefe do executivo, serviço notarial e de registro; atividade policial de qualquer natureza; militares de
qualquer natureza, na ativa; com competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e
diretores e gerentes de instituição financeira pública e privada .

Impedidos
servidores da administração direta, indireta e fundacional contra a fazenda pública que os remunere.
Professor de Curso Jurídico.

DAS INFRAÇÕES
agenciamento de causas; captação de causas, abandono antes dos 10 dias da renúncia, publicação na
imprensa desnecessária e habitualmente; imputação de fato criminoso a terceiro; recusar-se a prestar
contas, reter ou extraviar autos, não pagar a anuidade, incontinência pública e escandalosa.

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REGULAMENTO DISCIPLINAR DOS ADVOGADOS
Capitulo 1º - Disposições gerais Capitulo 2ºCompetencia
Disciplinar
Do artigo 1º à 14º Do artigo 15 à 16º

Capitulo 3º - Forma de Processo Capitulo 4º - Organização do processo

Do artigo 17º à 18 Do artigo 19º à 21º

Capitulo 5º - Fase Instrutória Capitulo 6º - Incidentes

Do artigo 22º à 33º Do artigo 34º à 42º

Capitulo 7º - Excepções Capitulo 8º - Nulidades

Do artigo 43º à 45º Artigo 46º

Capitulo 9º - Acusação Capitulo 10º - Defesa

Do artigo 47º à 48º Do artigo 49º à 56º

Capitulo 11º - Decisão Capitulo12º - Recurso

Do artigo 57º à 63º Do artigo 64º à 70º

Capitulo 13º -Revisão Capitulo 14º Execução das Decisões

Do artigo 71 à 76 Do artigo 77º à 80º

Capitulo 15º Disposições Finais e Transitórias

Do artigo
APROVADO NA SESSÃO DO CONSELHO NACIONAL DA ORDEM 81ºADVOGADOS
DOS à 82º DE ANGOLA DE 21 DE JUNHO DE 1999

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REGULAMENTO SOBRE ESTÁGIO

O Estatuto da Ordem dos Advogados estabelece as grandes linhas de

acção que devem nortear a actividade dos estagiários e a forma de
organização e desenvolvimento dos estágios como mecanismo de
aprofundamento dos conhecimentos adquiridos nas instituições de ensino
e de preparação dos jovens advogados para a vida prática. O estagiário,
como se frisa no Estatuto da Ordem dos Advogados, " tem por fim
familiarizar o advogado estagiário com os actos e termos mais usuais da
prática forense e, bem assim, inteirá-lo dos direitos e deveres dos
advogados". A Ordem dos Advogados, como órgão responsável pela
organização geral dos estágios, tem vindo a definir a regulamentação que
servirá de base à sua estruturação, estabelecendo a metodologia e a forma
do seu desenvolvimento, quer na sua parte teórica como na parte prática.
Nestes termos, ao abrigo do estabelecido nos artigos 103º e seguintes do
Estatuto da Ordem dos Advogados e da competência que lhe é atribuída
pela alínea e) do artigo 33º do Estatuto da Ordem dos Advogados de
Angola, o Conselho Nacional delibera o seguinte :

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REGULAMENTO SOBRE ESTÁGIO
CAPÍTULO I
Objecto , Duração e Conteúdo-------------Do artigo 1º à 5º

CAPÍTULO II
Sobre o Patrono--------------------------------Do artigo 6º à 10

CAPÍTULO III
Deveres do Estagiário ----------------------------Do artigo 11º ao 13º

CAPÍTULO IV
Disposições Finais---------------------------------Do artigo 14º à 15º

DA INSCRIÇÃO

- Capacidade Civil

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 DA INSCRIÇÃO

- Aprovação no Exame De Admissão da OAA

- Diploma reconhecido

- Capacidade Civil

- Não exercer atividade incompatível

- Título de Jurista ou Licenciado em

Direito
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DAS REGRAS DEONTOLÓGICAS FUNDAMENTAIS

Princípios da Moral INDIVIDUAL / SOCIAL / PROFISSIONAL

São DEVERES do advogado:

- Reputação PESSOAL e PROFISSIONAL

- Aperfeiçoamento PESSOAL e PROFISSIONAL

- Estimular CONCILIAÇÃO, prevenindo a INSTAURAÇÃO DE LITÍGIOS

- Aconselhar o cliente a não ingressar em AVENTURA JUDICIAL

- ABSTER-SE DE (Deixar de:)

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a) Patrocinar interesses ligados a outras atividades estranhas à advocacia em que também

atue – ADVOGADO X IMOBILIÁRIA

b) entender-se DIRETAMENTE com a parte adversa que tenha PATRONO

CONSTITUÍDO, sem o assentimento deste

Art. 56º - Exercício da Advocacia – INCOMPATÍVEL com MERCANTILIZAÇÃO

Art. 65º - PROIBIDO expor fatos falsos em juízo

Art. 24º - VEDADO oferecimento de serviços que inculquem ou captem clientela

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DAS RELAÇÕES COM O CLIENTE

Informar – CLARA e INEQUÍVOCA – eventuais RISCOS da sua pretensão –

CONSEQUÊNCIAS que poderão advir da demanda
CONCLUSÃO / DESISTÊNCIA da causa COM ou SEM a extinção do mandato OBRIGA
devolução dos bens, documentos e prestação de contas
Concluída a causa / Arquivado o processo – CUMPRIMENTO DO MANDATO

NÃO deve aceitar procuração de quem JÁ TENHA patrono CONSTITUÍDO – salvo

MOTIVO JUSTO/Adoção de Medidas Judiciais URGENTES e INADIÁVEIS
Renúncia ao patrocínio implica OMISSÃO DO MOTIVO – continuidade pelo prazo legal
– RESPONSABILIDADE pelos danos causados –

Revogação do mandato por vontade do cliente NÃO DESOBRIGA O PAGAMENTO DOS

HONORÁRIOS – nem os HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA – calculados
PROPORCIONALMENTE

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Procuração não tem validade – enquanto tiver confiança recíproca

Postular contra ex-cliente – deve resguardar o sigilo profissional

DIREITO e DEVER assumir a defesa criminal SEM CONSIDERAR SUA PRÓPRIA

OPINIÃO

NÃO É OBRIGADO a aceitar IMPOSIÇÃO do cliente para ver com ele atuando outro
PROFISSIONAL

PROIBIDO- ser PATRONO e PREPOSTO no mesmo processo

DO SIGILO PROFISSIONAL

Sigilo profissional – SALVO GRAVE AMEAÇA AO DIREITO À VIDA, À HONRA ou

QUANDO O ADVOGADO SE VEJA AFRONTADO PELO PRÓPRIO CLIENTE, em
defesa PRÓPRIA, sempre restrito ao interesse da causa

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O advogado deve guardar SIGILO, mesmo em depoimento judicial

DA PUBLICIDADE

Anunciar – DISCRIÇÃO e MODERAÇÃO – finalidade EXCLUSIVAMENTE

INFORMATIVA

Nome completo – Número da OAB – Títulos (MSc) – Especializações (Esp) – Endereço –

Horário – Meios de comunicação – VEDADO Rádio / TV/ Fantasia

Correspondência – SOMENTE para COLEGAS, CLIENTES, PESSOAS QUE

SOLICITARAM

NÃO DEVE MENCIONAR – cargo/função passível de captar clientela

ANÚNCIO – PORTUGUÊS – IDIOMA ESTRANGEIRO - TRADUZIDO

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