Ética e Deontologia (Apontamentos e Exercícios)

Apontamentos de Ética e Deontologia
I) ESTATUTO, REGULAMENTOS E
DEONTOLOGIA
A) A ORDEM DOS SOLICITADORES E DOS AGENTES DE

EXECUÇÃO
A OSAE sucedeu á Camara dos Solicitadores em 2015, é constituída por todos os

Solicitadores e Agentes de Execução, de acrescentar que o seu primeiro regimento
foi aprovado pelo Decreto nº 17 438 de 11 de Outubro de 1929.
A primeira menção com referência á profissão surge em 1174 com o nome

“Vozeiro”, figura que era indistinta nas funções de Solicitador e Advogado.
No dia 4 de janeiro de 1912, Fernão Botto Machado, Solicitador, faz uma intervenção
radical no Parlamento Português, elogiando um Solicitador inglês e apelando a que
se reconhecesse a equiparação de funções dos dois profissionais.
A metodologia adotada para a realização deste trabalho foi pesquisa bibliográfica com
base no site oficial da Ordem como também do da legislação respetiva ao Estatuto
da mesma.
É uma associação pública que representa os seus associados (art.1º do Estatuto da

Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução, doravante denominado de
EOSAE). Composta por diversos órgãos e, em termos regionais, dividida em três
regiões (Porto, Coimbra e Lisboa), sendo a sua sede em Lisboa (art.1º nº4 do
EOSAE). Regula a atividade dos seus associados e normas deontológicas (art.3º nº1
do EOSAE).
A Ordem detém de um selo e insígnia, sendo a insígnia “constituída pela figuração

plana da esfera armilar com o escudo das armas nacionais, tendo sobreposta a balança
da justiça e entrelaçada uma fita com a legenda “Labor Improbus Omnia Vincit”.
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Atribuições (art.3º nº2 do EOSAE):

- Regula as condições e manutenção da profissão;
- Atribui título profissional;
- Promove formação dos associados;
- Exercer o poder disciplinar;
- Cria regras deontológicas para os seus associados.
B) A PROFISSÃO DE SOLICITADOR
Aparece pela primeira vez mencionada em escritos a função de “Vozeiro”, este

cumulava as funções de Procurador e Advogado. As suas declarações produziam
efeitos de prova plena, se o seu cliente estivesse presente e não as impugnasse.
Surgimento da representação judicial.
A exigência do formalismo no processo romano, arrastou a necessidade da

representação da parte pelo procurador, com conhecimentos especializados no
contacto com os órgãos judiciários. Na antiga Roma o mandato era conferido com
o aperto de mão.
Curiosidade: Aparece mencionada a palavra solicitador, no Foral de Penamacor –

1199, mas como encarregado de cobranças de determinados impostos, portanto,
uma função oficial e nada relacionada com a defesa do cidadão.
É um profissional com formação jurídica, por regra profissional liberal, inscrito na

OSAE. Está sujeito a regras deontológicas definidas nos regulamentos e nos
estatutos. Exerce o mandato judicial com as limitações da lei do processo, e o
mandato extrajudicial aconselhando e acompanhado o seu cliente.
Realiza Documentos Particulares Autenticados (DPA), reconhecimentos de

assinaturas, certificação de fotocópias, autenticação de documentos, tradução de
documentos, entre outras inúmeras ações possíveis de serem realizadas pelo
profissional Solicitador.
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C) A PROFISSÃO DE AGENTE DE EXECUÇÃO
O Agente de Execução (AE) é um profissional liberal, solicitador ou advogado

sujeito a regras deontológicas. É um auxiliar de justiça, não representa nem o
exequente nem o executado.
Está sujeito ao poder disciplinar da Comissão para o Acompanhamento dos

Auxiliares de Justiça.
De referir que, o Solicitador pode ser AE, no entanto, se for AE num processo não
pode depois noutro ser Solicitador e representar nenhuma das partes
(impossibilidade ou impedimento).
D) A ÉTICA E A DEONTOLOGIA
Ética:
A ética define os valores para a vida em sociedade, para uma boa relação laboral.
Define diretrizes pelas quais o homem orienta o seu comportamento, variando de
sociedade para sociedade.
Deontologia:
A deontologia trata-se do conjunto de regras e normas orientadoras do exercício de
uma atividade profissional, adaptadas às necessidades de cada grupo profissional,
definidas no estatuto e nos regulamentos.
Cria comportamentos homogéneos perante as mesmas circunstâncias. Tais

comportamentos permitem:
 Concorrência leal;
 Segurança para com quem trabalha o Solicitador;
 Maior credibilidade da classe;
 Maior transparência nos comportamentos;
 Profissionalismo na atividade.
Relação entre ética e deontologia:

A ética representa a base da deontologia. As regras deontológicas são criadas com
base nos princípios éticos.
A deontologia vai dar “voz” aos princípios éticos. A ética diz respeito à “parte
teórica” e a deontologia corresponde à “parte prática”.
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O Código Deontológico prevê ainda a solidariedade profissional, que impõe uma

relação de confiança e cooperação entre os solicitadores ou entre os agentes de
execução, de forma a evitar litígios inúteis.
Não devem contactar a parte contrária que esteja representada por mandatário,
desviar clientela ou assinar escritos profissionais que não sejam da sua autoria.
Nas suas relações com os empregados forenses, o solicitador e o agente de execução

devem demonstrar especial cuidado no recrutamento dos funcionários, assegurando,
nomeadamente, que estes apresentam sólidas garantias de seriedade e de competência
e que compreendem e aceitam todas as regras relacionadas com o dever de sigilo.
Não devem contratar um empregado forense que se encontre ao serviço de um

colega sem lhe dar conta dessa intenção.
E) ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA ORGÂNICA,

COMPOSIÇÃO DOS ORGÃOS E COMPETÊNCIAS DA
OSAE:
Disposições gerais:
 Organização- “a Ordem está organizada em função do território e das atividades
profissionais dos Solicitadores e dos agentes de execução” (art.9º nº1 do EOSAE).
No que diz respeito ao plano territorial, a Ordem encontra-se organizada em três
níveis: Nacional; Regional; e Local (art.9º nº2 do EOSAE).
No plano das atividades profissionais a Ordem é composta por dois colégios: Colégio
dos Solicitadores e Colégio dos Agentes de Execução (art.9º nº3 do EOSAE).
Todos os associados podem pertencer em simultâneo a um ou mais colégios
profissionais, não obstante das incompatibilidades e dos impedimentos de atividade
previstos na lei (art.90º e ss. do EOSAE)
 Divisão em regiões- a divisão regional da Ordem coincide em número e território
com as áreas de competência dos tribunais da Relação, sendo que a região de Lisboa
abrange as áreas de competência dos tribunais da Relação de Lisboa e Évora, e a
região do Porto as áreas de competência dos tribunais da Relação do Porto e de
Guimarães (art.10º nº1 e 2 do EOSAE). As sedes dos conselhos regionais são Lisboa,
Porto e Coimbra (nº6).
 Divisão em delegações distritais- coincide em número e território com os distritos
administrativos, cada uma das regiões autónomas corresponde a uma delegação
distrital (art.11º nº1 e 3 do EOSAE).
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 Órgãos da Ordem:
- Órgãos Nacionais – (art.13º nº1, e respetivas alíneas do EOSAE)
- Órgãos Regionais - (art.10º, art.13º nº2, e respetivas alíneas do EOSAE)
- Órgãos Locais - (art.11º, art.13ºnº3, e respetivas alíneas do EOSAE)
Órgãos Nacionais:
 Bastonário:
o Funções:
O Bastonário é o Presidente da Ordem (art.13º nº1 al. d e art.19º do EOSAE), o seu
mandato tem a duração de 4 anos salvo as exceções previstas no artigo 71º do
EOSAE. Este é eleito por Assembleia Geral, nos termos do artigo 22º nº2 al. a do
EOSAE. Tem de estar inscrito na respetiva Ordem, pelo menos à 10 anos (art. 61º
nº2 do EOSAE). Pode assistir a todas as reuniões (art.19º nº2 do EOSAE), à exceção
do Conselho Superior e do Conselho Fiscal (art. 13º do EOSAE). É por inerência, o
presidente do Congresso e do Conselho Geral (art.20º nº1 al.c do EOSAE). Em
caso de não comparência, devidamente justificada, quem o substitui são os vice-
presidentes (art. 21º do EOSAE).
o Competências:
Todas as suas competências estão previstas na lei, nomeadamente no artigo 21º do
EOSAE.
 Assembleia-geral:
o Composição:
A Assembleia Geral é composta por todos os associados com inscrição em vigor
(art. 22º nº1 do EOSAE). A composição da mesa encontra-se prevista nos artigos
22º nº2 al.a, 23º nº1 e 2 e 71º nº1 do EOSAE.
o Competências:
As competências da Assembleia Geral encontram-se previstas no artigo 22º nº2 do
EOSAE. É o órgão deliberativo máximo da ordem e pressupõem a existência de
um executivo, executivo esse que se trata do Conselho Geral (art.22º nº2 do
EOSAE).
o Convocatórias e quórum-
As convocatórias para a Assembleia Geral são feitas nos termos do artigo 24º do
EOSAE. Por norma reúne em Lisboa (art.25º nº3 do EOSAE), sendo convocada
pelo presidente de mesa (art. 24º e art. 97º nº3 do EOSAE). Em exceção pode ser
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convocada pelo Bastonário (art. 25º do EOSAE), sendo que as formalidades mudam,
nomeadamente o prazo (art. 25º nº5 do EOSAE). No caso das formalidades não
forem cumpridas trata-se de um vicio.
 Assembleia de representantes:
o Composição
É composta por 51 solicitadores eleitos por sufrágio universal, direto e secreto, de
entre cada uma das delegações distritais (todas as delegações distritais tem de ficar
representadas, art.26º e art. 60º do EOSAE), para um mandato de 4 anos (art. 71º
do EOSAE). Existe sempre a mesa da Assembleia de Representantes para
coordenar os trabalhos (art. 27º nº7/8/9 do EOSAE). É eleito um presidente e
dois secretários (eleitos pelos 51 solicitadores, art. 27º nº7 do EOSAE). Pode ser
substituída, os 51 solicitadores podem destituir a mesa, desde que isso esteja na
ordem de trabalhos (art.27º nº8 do EOSAE). A substituição de membros da mesa,
incumbe aos 51 solicitadores, pontualmente só especificamente naquela reunião,
não é uma substituição definitiva (art. 27º nº9 do EOSAE).
o Competências
Não tem competências próprias, tem poderes secundários resultantes da
competência delegada por parte da Assembleia Geral e do Conselho Geral, pois
delibera sobre assuntos que lhe foram delegados ou submetidos para apreciação por
estes dois órgãos (art. 28º do EOSAE).
o Reuniões
Ocorrem na sede da ordem, preferencialmente por iniciativa de quem se encontre
no previsto do artigo 27º nº1 do EOSAE. A convocatória é feita com 8 dias de
antecedência (art. 27º nº2 do EOSAE), excetuando-se os casos previsto no artigo
27º nº1 al. e do EOSAE. Tem que estar sempre presentes ½ dos membros em
primeira convocatória e em segunda convocatória pelo menos 1/3 (art. 27º nº13 do
EOSAE). Caso a Assembleia de Representantes seja para deliberar sobre propostas
de alteração do Estatuto, tem de estar presentes mais de ½ dos membros (art.27º
nº5 al. b do EOSAE.
 Conselho geral:
o Composição
A sua composição encontra-se prevista no artigo 62º do EOSAE. Este é eleito nos
termos do artigo 29º e artigo 22º nº2 al. a do EOSAE, pelo período de 4 anos (art.
71º nº1 do EOSAE).
o Reuniões
A convocação para reuniões é feita pelo Bastonário, sendo que é ele que preside
(art. 30º nº1 e art. 18º do EOSAE), as votações devem ser feitas nos termos dos
artigos 20º nº4 e 5, 30º nº2 e 13º nº5 do EOSAE.
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o Competências
As suas funções estão previstas na sua integra no artigo 31º do EOSAE.
 Conselho Superior:
o Composição
É composto por 11 membros, 1 presidente, um vice-presidente, 1 secretário e 8
vogais (art. 32º nº 1 e 3 e art. 63º do EOSAE). A sua eleição é nos termos dos
artigos 22º nº2 al. a, artigo 63º e artigo 71º do EOSAE, tendo o se mandato a
duração de 4 anos.
o Competência
Trata-se do órgão disciplinar, de supervisão, disciplina e fiscalização, sendo
independente no exercício das suas funções e na sua composição (art. 32º nº2 do
EOSAE).
o Funcionamento
Este órgão pode reunir em plenário (todos juntos) ou em secções, cria secções
compostas por, no mínimo três dos seus membros com competência relativa a cada
uma das atividades profissionais (solicitadoria e agentes de execução, art. 34º nº1 do
EOSAE). Estas secções são uma espécie de “mini órgão” dentro do órgão.
 Conselho Fiscal:
o Composição
É composto por um presidente (art.64º nº1/2 e art. 35º nº1 do EOSAE), um
secretário e um Revisor Oficial de Contas (ROC). O seu mandato tem a duração de
4 anos (art.71º nº1 do EOSAE).
o Competências
É um órgão de vigilância criado para acompanhar e controlar a gestão financeira da
ordem, assim como fiscalizar a contabilidade da mesma e o cumprimento de
normas legais (art. 36º nº1 al. a/b/c, nº3/4 e art. 36º nº1 al. d do EOSAE).
 Congresso:
o Composição
Representa todos os associados efetivos, honorários e correspondentes da Ordem,
bem como os estagiários (art. 37º nº1 do EOSAE).
o Realização:
Reúne de 4 em 4 anos (ordinariamente) e extraordinariamente nos casos previstos
no artigo 38º do EOSAE. É convocado pelo bastonário com a antecedência mínima
consoante os casos previstos nas alíneas do nº3 do artigo 38º do EOSAE. É
organizado por uma comissão constituída para o efeito (art. 38º nº 4/5 e 6 do
EOSAE).
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o Competências:
É no Congresso que são discutidos objetivos a atingir e novas plataformas a
desenvolver, compete ao congresso pronunciar-se sobre o exercício das atividades
profissionais exercidas pelos associados na Ordem e sobre as questões jurídicas e
suas consequências (art. 39º do EOSAE).
 Assembleia de representantes dos colégios profissionais:

o Composição:
Cada colégio tem uma Assembleia de Representantes que é composta por 21
membros (art. 40º nº1 e art. 65º do EOSAE).
o Reuniões:
As Assembleias de representantes de cada um dos colégios reúnem nos termos das
alíneas do nº1 do artigo 41º do EOSAE.
o Competência:
As suas competências encontram-se previstas no artigo 42º do EOSAE.
 Conselhos profissionais:
o Composição:
É composto por um presidente, um vice-presidente e três vogais (art.43º do
EOSAE).
o Reuniões:
Cada conselho reúne ordinariamente de dois em dois meses, podendo reunir
extraordinariamente mediante convocatória do seu presidente (art.44 nº1 do
EOSAE).
o Competências.
As suas enumeras competências encontram-se previstas, na sua integra, no artigo 45º
do EOSAE).
Órgãos Regionais:
 Assembleias Regionais:
o Composição:
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São constituídas por todos os associados com inscrição em vigor nas respetivas
regiões (art.46º do EOSAE).
o Competência:
o Reuniões:
As Assembleias reúnem nos meses de março e de setembro (art.48º nº1 do EOSAE).
Reúnem sempre que os conselhos regionais considerem necessário ou por
requerimento subscrito por, pelo menos, 10% dos seus membros (art.48º nº2 do
EOSAE).
 Conselhos Regionais:
o Composição:
São constituídos por um presidente, um secretário e três vogais (art.49 º do EOSAE).
o Competências:
Órgãos Locais:
 Assembleias distritais:
o Composição:
São constituídas por todos os associados com inscrição em vigor no respetivo
território (art.51º do EOSAE).
o Competência:
As suas competências encontram-se previstas na sua integra no artigo 52º do
EOSAE.
o Reuniões:
As Assembleias distritais reúnem ordinariamente até 31 de março de cada ano para
aprovação dos respetivos relatórios de atividades e de contas e até dia 30 de setembro
para aprovação da proposta de plano de atividades e de orçamento a integrar o
orçamento da Ordem relativos ao ano seguinte (art.53º nº1 do EOSAE).
 Delegações distritais:
o Composição:
São constituídas por três membros, um delgado que preside e dois secretários
(art.54º nº1 do EOSAE).
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o Competências:
As suas diversas competências encontram-se previstas no artigo 55º do EOSAE.
Delegações Concelhias:
o Composição:
Em todos os concelhos que contenham pelo menos 5 associados é eleito um
delegado (art.56º nº1 do EOSAE).
o Competências:
O delegado assume as competências da delegação distrital no concelho (art.56º nº3
do EOSAE).
Provedor:
o Designação:
É designado por proposta fundamentada do Conselho Geral e aprovada em
Assembleia Geral, tendo um mandato coincidente com o previsto para o Concelho
Geral (art.57º nº1 do EOSAE). Se o provedor for associado da Ordem, tem de
suspender a sua inscrição durante o seu mandato (art.57º nº2 do EOSAE).
o Exercício do cargo:
As suas competências encontram-se previstas nas alíneas do nº4 do artigo 57 º do
EOSAE.
F) ELEIÇÕES, REFERENDOS, REGIME FINANCEIRO

(QUOTAS, PAGAMENTOS À ORDEM E ORÇAMENTO):
Requisitos de Exigibilidade (art.58º e ss do EOSAE):
 Só podem ser eleitos para a Ordem os associados efetivos, no pleno exercício dos
seus direitos;
 Para candidatura o bastonário tem que estar inscrito, há pelo menos, 10 anos (art.61º
nº1 do EOSAE);
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 Para candidatura a órgãos colegiais com competências executiva ou disciplinar,

devem ser associados efetivos com a inscrição em vigor e no pleno exercício dos seus
direitos, à pelo menos, 5 anos (art.59º nº2 do EOSAE);
 Para candidatura a órgãos colegiais com competências executivas cujo número de
membros seja inferior a 7, pode candidatar-se não estando no pleno exercício dos
seus direitos há pelo menos 5 anos (art.59º nº3 do EOSAE);
 Não é admitida reeleição de titulares dos órgãos da ordem para terceiro mandato
consecutivo (art.71º nº2 e 3 do EOSAE);
 Só podem ser eleitos para o mesmo órgão decorrido o período de um mandato
completo após a cessação de funções no órgão em causa (art.71º nº4 do EOSAE).
Referendos:
 As questões sujeitas a referendo encontram-se previstas nos artigos 80º nº1 do

EOSAE e 24º do Regulamento Eleitoral;
 A decisão de realização de referendo é regulada nos termos do artigo 80º nº2 do
EOSAE e artigo 23º do Regulamento Eleitoral;
 A organização do referendo, fixação da data e divulgação dos resultados deve ser
feita como previsto no artigo 80º nº4 do EOSAE e do artigo 23º nº2 do Regulamento
Eleitoral;
 A vinculação ao referendo só se verifica com 40% dos associados efetivos (art.81º
do EOSAE).
Regime Financeiro:
 Quotas:
o Cobrança de quotas - artigo 83º nº2 do EOSAE;
o Valor da quota - artigo 83º nº1 do EOSAE;
o Momento do pagamento - artigo 83º nº3 do EOSAE;
o Direito a redução de valor da quota - artigo 83º nº4/5/8 do EOSAE
e artigo 8º e 10º nº1 do Regulamento de Taxas;
 Pagamentos à Ordem:
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o Compete à Ordem proceder à liquidação e cobrança das suas receitas

(art.84º nº1 do EOSAE);
o Em caso de não pagamento dentro dos prazos devidos é emitido um
aviso para pagamento no prazo de 15 dias (art.84º nº2 do EOSAE);
o A falta de pagamento de taxas, multas e outras recitas obrigatórias
tem como consequência a suspensão da prestação de serviços pela
Ordem (art.84º nº5 do EOSAE).
 Orçamento:
o A Ordem tem um orçamento único, elaborado pelo Concelho Geral
e aprovado pela Assembleia Geral (art.87º nº1 do EOSAE);
o Os Conselhos Regionais e o Conselhos profissionais remetem até 15
de outubro, ao Conselho Geral as suas propostas de afetação
orçamental (art.87º nº2 do EOSAE);
o A gestão financeira da Ordem compete ao Conselho Geral, que tem
uma tesouraria única (art.87º nº3 do EOSAE).
G) DEVERES E DIREITOS PROFISSIONAIS:
Deveres dos Solicitadores:
 Encontram-se previstos no Regulamento nº202/2015, doravante nominado de

Código Deontológico.
 No artigo 1º do Código Deontológico encontramos uma noção de deontologia, “(...)

é um conjunto de regras de natureza ética e profissional (...)”;
 O Solicitador tem o dever de agir com integridade e ter um comportamento

adequado à dignidade e responsabilidade das funções (art.2º do CD e art.121º nº1 do
EOSAE);
 Deve exercer a profissão livre de qualquer pressão e de forma independente (art.3º

CD e art.119º do EOSAE), ainda que trabalhe por conta de outrem tem que respeitar
a deontologia (art.3º nº2 do CD);
 Os deveres dos Solicitadores dividem-se entre:

o Deveres Gerais – a honestidade, a probidade, a retidão, a lealdade, a cortesia
e a sinceridade (art.4º nº2 do CD), devendo proceder com urbanidade no
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exercício da profissão, para colegas, magistrados, árbitros, testemunhas,

advogados e demais intervenientes nos processos (art.4º nº3 do CD).
o Deveres Especiais:
– Deveres para com a comunidade (art.5º do CD e art.124º do
EOSAE), nomeadamente a administração escrupulosa das contas-cliente
(art.5º nº2 al. g do CD, art.122º e art.146º do EOSAE), cumprir as regras de
fixação de honorários e tarifas (art.5º nº2 al. i do CD, art.124º nº2 e art.149º
do EOSAE), não fazer publicidade fora dos limites estabelecidos no EOSAE
e no presente Código (art.5º nº2 al. h, art.8º do CD e art.128º do EOSAE);
- Deveres para com a Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de
Execução (art.6º do CD e art.125º do EOSAE), nomeadamente manter um
domicílio profissional com condições adequadas para o atendimento ao
público e para o exercício da sua atividade profissional (art.6º al. h do CD e
art.124º nº2 al. j do EOSAE), ficam afetos a uma região de entre as três
existentes (art.97º nº2 do EOSAE), pode ter vários escritórios, mas apenas
um deles é o domicilio profissional, no caos de querer mudar tem 15 dias
para informar (art.124º al. i e art.97º do EOSAE); usar traje profissional nos
termos estabelecidos em regulamento aprovado pela Ordem (art.6º al. l do
CD e art.124º al. h do EOSAE);
o Deveres Específicos do Solicitador: sem prejuízo do disposto dos demais
deveres previstos, aos Solicitadores cumpre respeitar as alíneas do nº1 do
art.20º do CD, nomeadamente cumprir as disposições do regulamento de
arquivo no que respeita aos documentos que tenha de manter em arquivo
por imposição legal (art.20º nº1 al. j do CD e art.152º do EOSAE).
Direitos:
 Direito de preferência no atendimento público (art.118º nº1 e 2 do EOSAE), tem

que ser entendido que apenas pode ser exercido quando se pretenda dar entrada de
um ato de registo que não implique aquisição, modificação ou extinção de direitos,
biscas (art.120º do EOSAE), ou quando age perante a Ordem (art.126º do EOSAE);
 Apreensão de documentos (art.142º do EOSAE), esta correspondência está sujeita a
segredo profissional, não podem efetuar apreensão dos documentos a não ser que
seja sobre facto criminoso;
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 Direito de Retenção (art.145º do EOSAE), enquanto o cliente não pagar o que deve
ao Solicitador, ele pode reter a documentação, desde que esses documentos não
sejam necessários para fazer prova de direito ou cause prejuízo irreparável;
 O Solicitador pode requerer ao cliente a entrega de Provisões por conta dos
honorários (art.148º do EOSAE);
 Aos Solicitadores ainda é devida uma compensação económica adequada pelos
serviços efetivamente prestados, denominados de Honorários (art.149º do EOSAE);
 Os Solicitadores têm ainda os direitos previstos no artigo 150º e artigo 151º do
EOSAE, nomeadamente requerer, por escrito ou oralmente, em qualquer tribunal
ou serviço público o exame de processos, livros ou documentos; e ainda dispõem de
bancada nas audiências de julgamento.
H) CONTAS DE CLIENTE E HONORÁRIOS
Contas de Cliente:
- O Solicitador tem uma conta na qual cada processo/cliente está representado com um
número de referência (IUP) e colocam lá os valores porque estes não são património pessoal;
- Nestas contas o Solicitador tem que depositar o constante do artigo 122º do EOSAE;
- As consequências da violação dos deveres do Solicitador é o processo disciplinar (por ação

ou omissão, art.154º do EOSAE);
- O objetivo das contas cliente é assegurar que os valores confiados não integram património
pessoal e que, por isso, não são suscetíveis de responder em caso de insolvência, divorcio,
penhora ou arresto, são património autónomo (preâmbulo, 2º parágrafo do Regulamento
nº611/2017). O Solicitador deve apresentar aos clientes soluções de transparência para a
credibilização da profissão, assegurar que em caso de liquidação a OSAE entrega os valores
a quem lhe tem direito;
- A abertura de conta (art.3º Reg. nº611/2017), só pode ser feita em instituições de crédito
(bancos) que aceitem articulação coma a plataforma da OSAE e subscrevem o protocolo;
- A movimentação da conta (art.3º do Reg. nº611/2017 e art.146º do EOSAE), tanto o

crédito (art.4º nº2) como o débito (art.5º) contem obrigatoriamente um identificador único
de pagamento (IUP);
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- A liquidação das contas-cliente (art.147º do EOSAE e art.9º do Reg. nº611/2017), são

realizadas nas situações previstas no artigo 147º nº1 do EOSA, consistindo no apuramento
de valores devidos aos clientes ou terceiros que a ele tenham direito (nº3), é efetuada por
outro, sendo que o próprio pode participar em caso de dúvida (nº4/5/6/7 e art.154º do
EOSAE).
Honorários:
-Os honorários são a compensação económica adequada aos serviços realizados pelo
Solicitador (art.149º nº1 do EOSAE);
- O apuramento dos honorários é feito consoante critérios subjetivos, aspetos a ter em conta
quando se fixa o valor (art.149º nº3 do EOSAE);
- É no Regulamento dos Laudos (Reg. nº303/2017) que verificamos os órgão competentes

para emitir o laudo sobre honorários (art.1º), o parecer técnico e juízo não vinculativo sobre
os valores prestados (art.2º), como deve ser apresentada a conta (art.4º), quem pode pedir o
laudo sobre honorários (art.6º), o fundamento para o pedido do laudo (art.7º), o que tem de
fazer para proceder ao pedido do respetivo (art.8º) e a taxa devida pelo pedido de emissão
do laudo sobre honorários (art.19º) estando sempre sujeito a taxas, previstas no Regulamento
de Taxas (Reg. nº341/2017).
I) PUBLICIDADE E IMAGEM DOS ATOS DOS

SOLICITADORES (SELOS E BUS)
Publicidade:
- A publicidade dos Solicitadores é meramente informativa, sendo diferente de meios de

comunicação (art.128º nº1 do EOSAE);
- O conteúdo da publicidade deve ser informação objetiva, digna e verdadeira (art.128º nº2
do EOSAE, art.8º nº2 do CD e art.5º do Reg.548/2017);
- A formalidade do suporte da publicidade deve constar nos termos previstos do artigo 128º
nº4 do EOSAE, artigo 8º nº4 do CD e artigo 7º do Reg. nº548/2017, sob pena de se
considerar atos ilícitos;
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- Os atos ilícitos de publicidade estão enumerados no artigo 128º nº5 do EOSAE, como por
exemplo, o facto de na publicidade referir “resolvo eficazmente” (art.128º nº5 al. b do
EOSAE, art.8º nº5 do CD e art.8º do Reg. nº548/2017);
- Existem dois tipos de publicidade: Funcional (art.1º al. a e art.2º do Reg. nº 548/2017), a
própria Ordem faz para se promover e aos seus associados; e Pessoal (art.1º al. b e art.3º do
Reg. nº548/2017), relativa a cada autor dos serviços para se auto promover, devendo o seu
conteúdo estar nos termos previstos nos artigos 4º e seguintes do Regulamento nº548/2017.
Imagem dos atos dos Solicitadores (selos e BUS):
- Os selos de autenticação são de uso obrigatório nos termos do EOSAE (art.11º nº1 do Reg.
nº548/2017);
- Existem dois tipos de selos: o selo branco (art.12º do Reg), não é obrigatório para o
Solicitador, no entanto o seu uso dá credibilidade; e o selo de autenticação/vinhetas (art.13º
do Reg.), este é obrigatório para todos os Solicitadores nos termos do artigo 11º do
Regulamento nº548/2017;
- A imagem do Solicitador deve respeitar o previsto nos artigos 15º e 17º nº2 do Regulamento
548/2017, podendo usar imagens, logótipos e o estacionário disponibilizado pela OSAE;
- O Balcão Único do Solicitador (BUS): é uma marca registada, propriedade da OSAE

(art.22º nº1 do Reg. nº548/2017), tem como objetivo tentar uma utilização homogénea de
uma imagem, todas as pessoas que aderem terem a mesma imagem para o cliente
imediatamente entender o que pode fazer lá. Os direitos e os deveres dos solicitadores
inscritos no BUS encontram-se previstos nos artigos 24º e 25º do Regulamento nº548/2017.
Para fazer o pedido de adesão a o um BUS, devem estar cumpridos os deveres elencados no
artigo 25º do Regulamento nº548/2017, seguindo a forma prevista nos artigos 26º e seguintes
do mesmo Regulamento;
- A Cessação do direito de imagem (art.19º a art.21º do Reg. nº548/2017), pode ser feita via
reserva de utilização, suspensão ou cancelamento da inscrição.
J) TRAJO PROFISSIONAL
16
O trajo profissional é regulado pelo Regulamento nº1109/2016 (Regulamento do Trajo

Profissional e das Insígnias da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução), previsto
também no artigo 124º al. h do EOSAE e no artigo 6º al. l do CD;
O regulamento do trajo tem duas facetas:
- Profissional (art.2º e 3º do Reg.), refere a sua composição (art.2º do Reg. e art.93º

do EOSAE), quando deve ser usado (art.3º do Reg.) e as consequências para o não uso
quando obrigatório, a infração disciplinar (art.154º do EOSAE);
- Selo e insígnias, previstas no artigo 4º do Regulamento, onde no seu nº2 indica

quem deve usar. No que toca a quem usa as insígnias da Ordem, que tipo de medalhas
existem, quais as insígnias de associado honorário e outras existentes encontra-se previsto
no artigo 5º, do mesmo diploma. O seu modo de utilização consta no artigo 5º nº1/8 e artigo
7º nº2 do Regulamento. No caos de deixarem de ser dirigentes de algum órgão podem manter
a insígnia.
K) SIGÍLO/SEGREDO PROFISSIONAL
Os Solicitadores estão obrigados a manter reserva sobre quaisquer matérias que lhes estejam
confiadas, documentos ou factos (art.127º nº1, primeira parte e nº2 do EOSAE), tratando-
se assim de um dever do Solicitador (art.134º nº3 do EOSAE).
O Segredo Profissional encontra-se previsto no artigo 141º do EOSAE, este segredo pode
ser dispensado quando se prevê uma situação do artigo 10º nº2 e 4 do CD. Estão abrangidos
pelo segredo profissional todas as pessoas previstas no artigo 141º nº3/9 e 10 do EOSAE e
artigo 7º nº4 do CD. No caso de falar sem autorização, levantamento do sigilo profissional,
a consequência é a infração disciplinar (art.154º do EOSAE), não podendo fazer prova
(art.141º nº7 do EOSAE).
As situações não abrangidas pelo Sigilo Profissional constam no artigo 73º do CD e artigo
127º nº2 do EOSAE, como por exemplo, um pedido de registo, não podendo divulgar o que
lhe deu origem.
L) ARQUIVO
17
É um dever do associado assegurar o arquivo dos documentos definidos por lei como de
conservação obrigatória, devendo este se encontrar no estado previsto nas alíneas do nº1 do
artigo 3º do Regulamento nº328/2017 (Regulamento de Arquivo). Os documentos que
devem ser obrigatoriamente guardados, estão previstos no artigo 7º do Regulamento.
Se o Solicitador encerrar pode transmitir o seu arquivo, se não o fizer a Ordem tem que o
garantir (art.5º, art.12º do Reg. e art.101º do EOSAE).
M)REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO NA OSAE

 Aprovação do estágio;
 Aprovação no exame final;
 Licenciatura em Solicitadoria ou Direito;
 Não ter incompatibilidades associadas (art.102º do EOSAE);
 Não ser maior acompanhado;
 Ser idóneo (art.106º nº3 do EOSAE), pode ser sujeito a verificação de idoneidade
pelo decurso do tempo da prática de algum facto ou sujeito a reabilitação (art.106º
nº7 e 8 do EOSAE)
Reunidos os requisitos todos, é feito o pedido de inscrição nos termos do artigo 107º do
EOSAE, será emitida uma cédula profissional (art.104º e 109º do EOSAE). A partir do
momento em que estão inscritos na Ordem ficam sujeitos a exclusividade do exercício
da Solicitadoria (art.136º do EOSAE).
Restrições:
- Encontram-se previstas no artigo 106º do EOSAE.
N) IMPEDIMENTOS E INCOMPATIBILIDADES
Incompatibilidades:
- Não é possível ser-se Solicitador e em simultâneo exercer certas profissões. As

profissões previstas no artigo 102º nº1 do EOSAE, são incompatíveis com o exercício da
atividade profissional de Solicitador, posto isto, quando se verifica este tipo de
incompatibilidades recorremos ao artigo 125º al. f e ao artigo 112º do EOSAE, isto é,
18
suspensão da inscrição na Ordem. São exceções, as profissões previstas nº2 do artigo 102º
do EOSAE, podendo estas ser exercidas em simultâneo com a atividade profissional de
Solicitadoria, como é exemplo os docentes ou a prestação de serviços.
Impedimentos:
Os impedimentos diminuem a amplitude do exercício da profissão quando a sua

independência possa ser direta ou indiretamente afetada por interesses conflituantes. Todos
os impedimentos associados à atividade profissional da Solicitadoria encontram-se previstos
no artigo 103º do EOSAE.
O) SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
Suspensão:
- Causas de Suspensão: artigo 110º do EOSAE;
- Cessação da suspensão: artigo 111º do EOSAE. Deve ser feita por requerimento,
dirigido ao Bastonário, com a declaração de não ter incompatibilidades, a taxa e o exame (só
tem que existir se estiver suspenso há mais de 5 anos (Preâmbulo e art.2º do Regulamento
nº547/2017);
- Com a suspensão deve ser feita a transmissão do arquivo – artigo 112º nº4 do
EOSAE;
- Reativação/Reinscrição (4º parágrafo do preambulo do Reg. nº 547/2017): se

pretender nova inscrição no prazo de 5 anos terá de realizar exame; se pretender nova
inscrição estando cancelada há mais de 5 anos, tem de realizar Estágio e Exame;
Cancelamento:
Está previsto no artigo 114º do EOSAE, não é pelo facto de estar suspenso que impede a
existência de um processo disciplinar.
P) PODER DISCIPLINAR E AÇÃO DISCIPLINAR
Estão inseridas no poder disciplinar as infrações disciplinares (art.181º e ss do EOSAE), ou

seja, o associado pode ser punido por um “facere” ou por um “non facere”. Trata-se da
19
violação de normas estatutárias ou regulamentares, a título de dolo ou negligencia, as

tentativas também são puníveis independentemente das demais responsabilidades.
Cabe ao Conselho Superior, exercer o poder disciplinar sobre os associados da Ordem, o

poder de fiscalização sobre os associados e a elaboração de propostas regulamentares sobre
disciplina.
Instauração do processo disciplinar:
- Comunicação por qualquer órgão da OSAE ou da CAAJ ao Conselho Superior;
- Comunicação ao associado no caso de participação infundada;
- Legitimidade processual prevista para qualquer interessado (direito, pessoal,

legitimo).
O regulamento que regula o poder disciplinar e as suas sanções é o Regulamento 87/2019

(Regulamento Disciplinar), é do artigo 12º ao artigo 19º que encontramos todo o Processo
Disciplinar, em conjugação com os artigos 202º e seguintes do EOSAE.
Tipos de Sanções (art.190º do EOSAE):
 Infrações Leves: - Advertência (art.190º nº1 al. a e nº2 do EOSAE);

- Repreensão registada (art.190º nº1 al. b e nº3 do
EOSAE);
 Infrações Graves: - Multa (art.190º nº1 al. c e nº4 do EOSAE);
- Suspensão (art.190º nº1 al. d e nº5 do EOSAE);
 Infrações Muito Graves: - Interdição (art.190º nº1 al. e e nº6 do EOSAE).
Graduação das Sanções: deve atender-se aos antecedentes profissionais e disciplinares do

arguido. Assim, devemos averiguar a existência de sanções e anteriores e verificar se se trata
de circunstâncias atenuantes ou circunstâncias agravantes (art.191º nº2 e 3 do EOSAE).
É de referir também, as sanções acessórias, podem ser aplicadas em simultâneo com as

sanções disciplinares (arrt.192º e art.190º do EOSAE).
As sanções podem ser suspensas nos termos do artigo 194º do EOSAE. Compete à CAAJ a
execução das sanções suprarreferidas (art.196º do EOSAE), sendo que as mesmas começam
a produzir efeitos nos termos do artigo 197º do EOSAE.
20
Quando a sanção aplicada for a suspensão efetiva ou a interdição definitiva do exercício da

atividade profissional, a estas é-lhes dada publicidade (art.199º nº2 do EOSAE).
Os prazos de prescrição de todas as sanções encontram-se previstos no artigo 200º do

EOSAE.
As garantias do associado sancionado encontram-se previstas no artigo 207º e seguintes do

EOSAE, cabendo recurso para o plenário do Conselho Superior, quando este seja
disciplinarmente competente.
21
22
23
24
Questões:
25
1- É inelegível o associado estagiário.

o Verdadeiro- art. 90º nº1 e 2/art.59º nº1 e 2 EOSAE
o Falso
2- O Solicitador que esteja no1º ano de inscrição na OSAE tem uma redução da sua
quota de 50%.
o Verdadeiro
o Falso- art. 83º nº4 do EOSAE e art.8º nº1 al. a do Regulamento de Taxas.
3- Em caso de impedimento definitivo do Bastonário, toma posse como seu

substituto, sempre o 1º vice-presidente do Conselho Geral.
o Verdadeiro
o Falso- art13º nº1 al. d/art.19º do EOSAE e art30º nº1 e art.75º do EAJ
4- Em todos os concelhos com, pelo menos, cinco associados, é eleito um delegado

concelhio.
o Verdadeiro
o Falso- art.13º EOSAE
5- O referendo é obrigatório no caso de propostas relativas à dissolução da Ordem.

o Verdadeiro- art. 80º nº1 al.c e nº3 do EOSAE e art. 23º do Regulamento
Eleitoral e de Referendo nº 325/2017
o Falso
Casos práticos:
Época Especial (2017/2018)
26
Grupo I (10 valores)
1.1- Maria Vitória, cliente de José Fontes, solicitador, discorda da conta de

honorários e despesas que este lhe apresentou e pretende, por isso, solicitar à
Ordem «explicações» sobre a fundamentação da mesma.
O que a aconselharia a fazer? Enuncie a fundamentação e explique o
procedimento. (2,5 valores)
Critérios de correção:
- Competência, cf. artigo 45.o al. g) do EOSAE – conselho profissional e artigo 1.º do
Regulamento n.º 330/2017, Regulamento de Laudos;
-Noção de laudo, cf. n.º 1 do artigo 2.º do Regulamento n.º 330/2017, Regulamento de
Laudos; (0,5 valores)
- Exigências relativas à apresentação de nota de despesas e honorários, cf. artigos 3.º
e 4.º do Regulamento n.º 330/2017, Regulamento de Laudos e artigo 145.º n.º 1 do
EOSAE (1 valor)
- Procedimento, cf. artigos 6.º, 9.º e ss. do Regulamento n.º 330/2017, Regulamento
de Laudos; (0,5 valores)
- Taxas – verba 6 do ANEXO I (a que se referem os artigos 3.º e 16.º) do Regulamento
n.º 341/2017 - Regulamento de Taxas, Seguro Obrigatório e Cobrança e Isenção de
Quotas. (0,5 valores)
1.2- Suponha que o solicitador José Fontes, «zangado» com Maria, decide
aceitar patrocinar Tiago Vitória, cônjuge de Maria Vitória, no «processo» de
divórcio do casal, depois de ter prestado aconselhamento jurídico a Maria no
âmbito da preparação de um procedimento com vista ao mesmo fim.
Quid Iuris. (2,5 valores)
27
- Competência relativa aos impedimentos – artigo 33.º, n.º 4 do EOSAE – conselho

superior; noção de impedimento cf. artigo 103.o, n.º 1 do EOSAE; (1 valor)
- Conflito de interesses (impedimento) concreto para o exercício da atividade de
solicitador, além de outros deveres conexos dados no EOSAE – cf. artigo 143.º, n.º 1
do EOSAE; (1,5 valores)
1.3- Imagine que José Fontes «perdeu a cabeça» e injuriou Maria Vitória,
retendo injustificadamente documentação da cliente e, ainda, expondo factos
cobertos pelo segredo profissional e correspondência da própria cliente. Sem
se pronunciar sobre a eventual responsabilidade civil e penal, explique se,
na sua opinião, haverá lugar a responsabilidade disciplinar e tenha em
conta, designadamente, o prazo de prescrição, a participação, a aplicação
de sanções adequadas em face da gravidade do caso, a graduação, o
processo e as formas que o mesmo pode/deve revestir. (5 valores)
- Noção de infração disciplinar, cf. artigos 154.º e 181.º, n.º 1 do EOSAE; (0,5 valores)
- Ilícitos – violação do sigilo profissional, designadamente, artigo 141.º do EOSAE;
correspondência, cf. artigos 141.º e 142.º do EOSAE; documentos de clientes, cf.
artigo 145.º do EOSAE; artigos 124.º, n.º 2, als. a) e l) e 125.º, al. a); (1,5 valores)
- Prazo de prescrição do procedimento disciplinar, cf. artigo 184.º; participação, cf.
artigo 185.º, adequação das sanções, cf. artigo 190.º, graduação, cf. artigo 191.º,
formas do processo, cf. artigo 203.º e fases do processo, cf. artigo 204.º. (3 valores)
Grupo II (10 valores)
2.1- São atos próprios dos solicitadores, o exercício do mandato forense, a

consulta jurídica e a negociação tendente à cobrança de créditos. Esta
afirmação é:
 Verdadeira
 Falsa.
28
2.2- O primeiro candidato da lista mais votada para a assembleia de

representantes em cada delegação distrital assume as funções de delegado.
Esta afirmação é:
 Verdadeira
 Falsa.
2.3- Ainda que a Ordem se componha, no plano das atividades profissionais,

em colégios profissionais, os conselhos profissionais são também órgãos
nacionais.
 Verdadeira
 Falsa.
2.4- O solicitador se for eleito deputado da Assembleia da República terá

de suspender ou cancelar o exercício da atividade. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa
2.5- O solicitador pode ser responsabilizado disciplinarmente por não

estudar com cuidado e tratar com zelo a questão de que seja incumbido.
 Verdadeira
 Falsa.
Primeira Época (2017/2018)
Na qualidade de solicitador(a) e na sequência da representação de Ana Maria

Silva em processo de divórcio por mútuo consentimento, elaborou e remeteu à
29
sua constituinte a nota final de honorários e despesas, com as quais aquela

não concorda, por considerar os valores correspondentes aos honorários
demasiado elevados. Responda, fundamentadamente, às seguintes questões:
1.1- Identifique os critérios e requisitos que devem ser tidos em conta na

elaboração da nota final de honorários e despesas. (4 valores)
Critérios e correção:
- EOSAE - artigo 145.º, n.º 1 – dever de apresentação; artigo 144.º dever de informação
relativo a critérios na fixação de honorários; artigo 149.º Honorários; n.º 1 — natureza; n.º 2
conta com discriminação dos serviços prestados; n.º 3 – critérios de fixação; artigo 124.º, n.º
2,
al. m); - (2 valores)
- Regulamento n.º 330/2017 - Regulamento de Laudos
Artigo 4.º - Da conta de honorários ou de tarifas – explicação de todos os números – (2
valores)
1.2- Perante a recusa da sua constituinte no pagamento dos honorários e

despesas apresentadas, identifique e caracterize o meio adequado à
obtenção de parecer quanto aos valores apresentados, indicando qual o
órgão competente para o emitir. (4 valores)
- EOSAE - artigo 45.º - Competência - Compete a cada conselho profissional: al. g) emitir
laudos sobre honorários, quando tal for solicitado pelos associados, pelos tribunais ou por
outros interessados; artigo 43.º - Composição Cada colégio tem um conselho profissional...;
artigo 9.º, n.º 3, al. a); - (2 valores)
- Regulamento n.º 330/2017 - Regulamento de Laudos, cf. artigo 1.º; Desenvolvimento e
explicação adequada do conceito de laudo – cf. 2.º do Regulamento n.º 330/2017;
Regulamento de Laudos; legitimidade – artigo 6.º - fundamento – artigo 7.º - pedido artigo
8.º - (1,5 valores)
30
- Regulamento n.º 341/2017 - Regulamento de Taxas, Seguro Obrigatório e Cobrança e

Isenção de Quotas - ANEXO I (a que se referem os artigos 3.º e 16.º) - Tabela de serviços
prestados pela OSAE sujeitos a pagamento de taxa - verbas 6 – taxa variável; - (0,5 valores)
1.3- Considere agora que, durante os procedimentos adequados à obtenção

daquele parecer, é contactado(a) por Ana que lhe solicita a devolução de
diversos documentos que lhe confiou para tramitar o processo de divórcio.
Quid iuris? (3 valores)
- Explicação da retenção de objetos confiados pelos clientes – (1 valor)
- EOSAE - explicação de todos os deveres previstos no artigo 145.º – (2 valores)
2.1- Qualquer pessoa que tenha conhecimento direto ou indireto de factos

praticados por associados suscetíveis de constituir infração disciplinar tem
legitimidade para os participar à Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de
Execução (OSAE). Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa
2.2- O Bastonário da OSAE decide, ordinariamente, a realização do

congresso de quatro em quatro anos. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa
2.3- O presidente do respetivo conselho profissional tem um prazo máximo
31
de 6 meses para decidir sobre os pedidos de dispensa de sigilo profissional.

 Verdadeira;
 Falsa
2.4- Não é possível aos associados integrarem, simultaneamente, mais do

que uma categoria de associados das existentes na OSAE. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa
2.5- A dispensa de sigilo profissional tem carácter excecional e, por isso

mesmo, uma vez dispensado, o solicitador não deve manter o segredo
profissional. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa
2.6- A correspondência entre solicitadores, classificada como confidencial,

pode ser revelada a terceiros, desde que tal seja absolutamente necessário
para a defesa da dignidade, dos direitos e dos interesses legítimos do
próprio associado, do seu cliente ou seus representantes. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa
Segunda Época (2017/2018)
1.1- Manuel dos Santos é solicitador desde 2003, com escritório em Lisboa.
Manuel dos Santos obteve agora uma proposta de trabalho de um Município
32
para que, na qualidade de jurista, preste o apoio necessário ao gabinete

jurídico daquela autarquia através da celebração de contrato de trabalho a
termo incerto.
Pode Manuel celebrar o contrato de trabalho com a autarquia, mantendo
em vigor a sua inscrição como solicitador? (3 valores)
- Explicação e enquadramento das incompatibilidades e impedimentos: artigos 102.º, 103.º e
ss. EOSAE; (0,25 valores)
- Incompatibilidade prevista na alínea i) do n.º 1 do artigo 102.º e respetiva exceção cf. n.º 3
do artigo 102.º - podendo, assim, manter a inscrição como solicitador, desde que cumpra os
requisitos excecionados; diferença/enquadramento da situação prevista na alínea c) do n.º 2
do artigo 102.º (2,5 valores)
- Impedimentos, artigo 103.º, designadamente, os previstos nos n.ºs 2, 3 e 4 e artigo 143.º-
conflito de interesses. (0,25 valores)
1.2- Fernando Amaral, solicitador, foi contactado por Ana Martins, sua grande
amiga, no sentido de a patrocinar no divórcio que aquela pretende requerer.
Uma vez que é amigo do casal, entende que não deve aceitar esse patrocínio.
No entanto, pede a um colega de escritório que aceite o processo, mas com a
divisão entre ambos dos honorários que vierem a ser cobrados.
Quid iuris? (4 valores)
- Noção e alcance de impedimento, cf. artigo 103.º (1 valor)
- Recusa, designadamente, cf. artigo 143.º - explicando o conflito de interesses, n.ºs 3, 4 e 5;
especialmente o n.º 4 – explicação (1,5 valores)
[conclusão negativa dada pelas óbvias razões éticas e estatutárias seguintes:]
- Artigo 149.º, n.º 1 - Os honorários do solicitador devem corresponder a uma compensação
económica adequada pelos serviços efetivamente prestados[...] (0,75 valores)
- Artigo 124.º, n.º 2, alínea c) - Recusar-se a receber e movimentar fundos que não
33
correspondam estritamente a uma questão que lhe tenha sido confiada (0,75 valores)
1.3- “O segredo profissional constitui, simultaneamente, um direito e um

dever do solicitador”.
Comente a afirmação. (3 valores)
- Enquadramento – artigo 127.º (genérico) versus artigo 141.º (especialmente relativo ao
solicitador) (0,5 valores)
- Desenvolvimento do conceito e explicação e fundamentação da dupla perspetiva: um dever
e, simultaneamente, um direito, referindo especialmente as vantagens e perspetivas desse
direito e dever para o solicitador e o impacto que tem na relação com o cliente, dada a
natureza da profissão e os interesses em jogo. (2,5 valores)
2.1- As alterações ao contrato de sociedade das sociedades de solicitadores:
 Dependem de deliberação dos sócios, aprovadas por, pelo menos, maioria

de 75% dos votos expressos
 Dependem de deliberação dos sócios, aprovadas por maioria simples de

todos os votos;
 Dependem sempre de deliberação dos sócios aprovadas por unanimidade;
 Nenhuma das alíneas anteriores está correta.
2.2- A prova oral do exame final de estágio para solicitadores:
 É obrigatória para os que tenham reprovado na prova escrita do exame

final;
 É facultativa para os que tenham sido aprovados na prova escrita do exame
final;
 É obrigatória para os que tenham sido aprovados na prova escrita, exceto
os que obtenham uma classificação média igual ou superior a 12 valores na
prova escrita
 Nenhuma das opções anteriores está correta.
34
2.3- Os titulares dos órgãos da Ordem podem renunciar ao respetivo cargo,

mediante requerimento apresentado junto do conselho geral e comunicado
aos restantes órgãos nacionais. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa
2.4- Sempre que uma infração resulte da violação de um dever ou omissão,

o cumprimento das sanções aplicadas não dispensa do cumprimento
daquele, se tal ainda for possível. Esta afirmação é:
 Verdadeira
 Falsa.
2.5- Se um conflito de interesses surgir entre dois ou mais clientes, bem

como se ocorrer risco de violação do segredo profissional ou diminuição da
sua independência, o solicitador deve deixar de agir por conta de todos os
clientes, no âmbito desse conflito. Esta afirmação é:
 Verdadeira
 Falsa.
Primeira época (2015/2016)
1.1-Joana Castanheira, de 28 anos, concluiu a licenciatura em solicitadoria no passado

mês de setembro. De imediato mandou fazer uma placa com os seguintes dizeres:
“Dra. Joana Castanheira, solicitadora e consultora jurídica”, afixando-a no rés-do-
chão da sua habitação própria e permanente.
Pronuncie-se sobre o caso em apreço. (2 valores)
- Ato próprio dos solicitadores e advogados (consulta jurídica), cf. artigo 1.º, n.º 5, alínea b)
da Lei n.º 49/2004, de 24 de agosto e artigo 136.o do EOSAE (0,5 valores);
35
- Uso do título profissional de solicitador – artigo 89.o do EOSAE e artigo 5.o da Lei n.º
49/2004, de 24 de agosto (0,5 valores);
- Crime de procuradoria ilícita cf. artigo 7.º da Lei n.º 49/2004, de 24 de agosto (0,5 valores);
- Contraordenação cf. artigo 8.º da Lei n.º 49/2004, de 24 de agosto (0,5 valores).
1.2- Suponha agora que Joana é solicitadora. Ontem entrou no seu escritório Abel
Sousa, empreiteiro, que pediu aconselhamento sobre a realização de um contrato-
promessa respeitante à celebração de contrato oneroso de transmissão sobre edifício
em construção. Joana depressa explicou que não dominava a temática em causa e
que devia dirigir-se a um «especialista», não tendo, por isso, cobrado qualquer
quantia a título de honorários. No dia seguinte, e uma vez que conhecia
pessoalmente um dos intervenientes do negócio revelado por Abel, encontrou-se com
um empreiteiro amigo e transmitiu-lhe alguns dos detalhes de que tomou
conhecimento.
Comente o comportamento da solicitadora. (5 valores)
- Reserva e sigilo profissional cf. artigos 127.º e 141.º do EOSAE (1,5 valores);
- Abrangência do sigilo profissional cf. artigo 141.º, nº1 e, especialmente, artigo 141.º n.º 2
“seja ou não remunerado ou não tenha chegado a ser aceite” (1,5 valores);
- Explicação e fundamentação da perspetiva do sigilo como um dever e como um direito e
referências legais, p. e., artigos 128.º, n.º 2, 141.º, n.º 6 e 8, artigo 142.º e 120.º, todos do
EOSAE (2 valores).
1.3- Entretanto, por outros motivos e no exercício da sua atividade profissional

enquanto solicitadora, Joana pretende a dispensa de sigilo profissional.
Imaginando uma circunstância concreta para esse propósito, elabore um
requerimento fundamentado de dispensa de sigilo profissional, indicando as normas
legais aplicáveis, utilizando, no máximo, 15 linhas. (4 valores)
- Estruturação do requerimento:
- Identificação do órgão competente – cf. artigos 20.º, n.º 1, alínea h), 127.º e 141.º n.º 6
EOSAE (1,5 valores);
- Circunstância enquadrável e fundamentação – cf. artigo 141.º, especialmente o n.º 6 (2
valores);
- Conclusão e pedido (0,5 valores).
1.4- Joana acabou de ser eleita Presidente da Câmara Municipal de Barcelos.

Requereu de imediato a suspensão da sua inscrição como solicitadora por tempo
indeterminado, tendo o órgão competente recusado o pedido.
Quid Juris. (3 valores)
36
- Suspensão por iniciativa própria devido a incompatibilidade cf. artigo 102.º, n.º 1 alínea a)
e causa/espécie cf. artigo 110.º n.º 1 alínea e), ambos do EOSAE (0,5 valores);
- Dever de requerer a suspensão cf. artigo 112.º, n.º 2, com remissão para o artigo 105.º, n.º
1 alínea b), e fundamentadamente cf. artigo 112.º, n.º 1, todos do EOSAE (0,75 valores);
- Órgão competente: colégio profissional cf. artigo 112.º, n.º 2 e possibilidade de suspender
por tempo indeterminado cf. 110.º e ss. e 116.º e ss. a contrário sensu (0,75 valores);
- Recurso por não concordar com decisão: cf. artigo 33.º, nº 1 alínea g) e 33.º nº 4 do EOSAE
(1 valor);
2.1- O conselho superior:
 Reúne em plenário e intervém sempre como primeira instância;

 Funciona em secções com competência relativa a cada uma das áreas dos conselhos
regionais;
 Intervém apenas no âmbito da supervisão;
 Nenhuma das respostas anteriores
2.2- O laudo é:
 Um parecer técnico e juízo sobre a qualificação e valorização dos serviços prestados

por solicitador cuja emissão é da competência do conselho profissional;
 Um parecer vinculativo sobre os honorários cobrados pelo solicitador cuja emissão
é da competência do conselho profissional;
 Um parecer vinculativo sobre os honorários cobrados pelo solicitador cuja emissão
é da competência do conselho fiscal;
 Nenhuma das respostas anteriores.
2.3- O processo disciplinar é composto pelas seguintes fases:
 Acusação, defesa do arguido, decisão e execução;

 Instrução, acusação, resposta, aplicação;
 Acusação, defesa, decisão e aplicação;
 Nenhuma das respostas anteriores;
2.4- No caso de condenação por decisão transitada em julgado de crime desonroso

para o exercício da profissão, a inscrição como solicitador:
 Deve ser suspensa;

 Deve ser recusada;
 Pode ser recusada ou cancelada a associado considerado inidóneo;
 Nenhuma das respostas anteriores.
37
2.5- Um presidente de um conselho regional que seja eleito por dois mandatos
consecutivos não pode, em seguida, integrar uma lista candidata ao conselho geral,
já́ que integra este órgão por inerência e não é admitida a reeleição de titulares dos
órgãos da Ordem para um terceiro mandato consecutivo. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa
2.6- O solicitador está adstrito ao segredo profissional. A dispensa de sigilo

profissional tem carácter excecional e, mesmo quando dispensado do mesmo, o
solicitador pode manter o segredo profissional. Esta afirmação é:
 Verdadeira
 Falsa.
1.1-Esteves Barbosa é cliente do solicitador Coelho Alves há́ mais de vinte anos. Até
à presente data, sempre recorreu aos serviços do solicitador sem que tenha havido,
por uma única vez, qualquer dúvida sobre a sua conduta. Porém, no seguimento do
último serviço prestado, gostaria de apurar com precisão o valor da quantia paga a
título de honorários e uma vez que, até nem é habitual que lhe seja prestado qualquer
esclarecimento sobre as quantias pagas ao solicitador. Hoje, quando Esteves
Barbosa solicitou a apresentação da nota de honorários e despesas, o solicitador
prontamente recusou. Quid Iuris. (6 valores)
- EOSAE - Artigo 145.º Valores e documentos do cliente 1 — O solicitador deve dar a

aplicação devida a valores, objetos e documentos que lhe tenham sido confiados, bem como
prestar contas ao cliente de todos os valores deste que tenha recebido, qualquer que seja a
sua proveniência, e apresentar nota de honorários e despesas, logo que tal lhe seja solicitado
– (1,5 valores pela referência adequada);
- EOSAE - Artigo 144.º Outros deveres na relação com clientes 1 — Nas relações com o
cliente, são ainda deveres do solicitador: a) Dar a sua opinião conscienciosa sobre o
merecimento da pretensão do cliente, assim como prestar, sempre que tal lhe for solicitado,
informação sobre o andamento das questões que lhe forem confiadas, sobre os critérios que
utiliza na fixação dos seus honorários, indicando, sempre que possível, o seu montante total
aproximado, e ainda sobre a possibilidade e a forma de obter apoio judiciário; - (0,5 valores
pela referência adequada)
- Artigo 149.º Honorários 1 — Os honorários do solicitador devem corresponder a uma

compensação económica adequada pelos serviços efetivamente prestados, devendo ser paga
em dinheiro, podendo assumir a forma de retribuição fixa. 2 — Na falta de convenção prévia
reduzida a escrito, o solicitador apresenta ao cliente a respetiva conta de honorários com
discriminação dos serviços prestados. 3 — Na fixação dos honorários deve o solicitador
atender à importância dos serviços prestados ao cliente, à dificuldade e urgência do assunto,
38
ao grau de criatividade intelectual da sua prestação, ao resultado obtido, ao tempo

despendido, às responsabilidades por ele assumidas e aos custos em que tenha que incorrer
para a prestação do serviço solicitado, bem como aos demais usos profissionais. 4 — Os atos
fundados em usos profissionais podem ser espelhados em tabela de honorários. – (1 valor
pela referência adequada)
- REGULAMENTOS DOS LAUDOS SOBRE HONORÁRIOS DE SOLICITADORES

- Artigo 4o Conta de honorários 1. A conta de honorários deve ser apresentada ao cliente,
por escrito, de forma detalhada quanto aos serviços, aos valores e às datas, em termos
facilmente entendíveis e assinada pelo solicitador e mencionar o IVA que for devido ou
isenção do mesmo. 2. Quando a conta incluir honorários e despesas estas devem estar
separadas daqueles. 3. A conta mencionará o valor e as datas das provisões recebidas. 4. A
conta de honorários, ou a conta de despesas e honorários, será́ expressa em Euros, sem
prejuízo da sua conversão em outra moeda em curso legal em Portugal ao câmbio da data da
apresentação da conta. 5. Ao Solicitador é vedada a possibilidade de modificar a conta de
honorários, ou de despesas e honorários, após a sua apresentação ao cliente, sem prejuízo do
exercício dos direitos previstos na Lei, designadamente quanto à mora. 6. No caso de se tratar
de sociedade de solicitadores, a conta deverá conter pelo menos a assinatura de um dos
sócios. – (1,5 valores pelo desenvolvimento adequado)
- Artigo 20.º Deveres específicos dos solicitadores 1 — Sem prejuízo dos demais deveres
previstos nas disposições comuns do presente Código ou que decorram do ECS, das demais
disposições legais e regulamentares e dos usos e costumes da profissão, aos solicitadores
cumpre:
d) Esclarecer a parte sobre os critérios que utiliza na fixação dos seus honorários, indicando,
sempre que possível, o seu montante total aproximado, e ainda sobre a possibilidade e a
forma de obter apoio judiciário; - (0,5 valores pela referência adequada)
- Artigo 181.º Infração disciplinar 1 — Considera- se infração disciplinar toda a ação ou

omissão de qualquer associado que viole os deveres consignados na lei, no presente Estatuto
ou nos regulamentos aplicáveis. 2 — As infrações disciplinares previstas no presente
Estatuto e demais disposições legais e regulamentares aplicáveis são puníveis a título de dolo
ou negligência. 3 — A tentativa é punível. – (referência ao ilícito de natureza disciplinar
– 1 valor)
1.2-Suponha que o solicitador Coelho Alves invoca o direito de retenção sobre um

objeto que lhe foi confiado pelo cliente. Em que circunstâncias é legitima tal
pretensão? (2 valores)
-Artigo 145.º Valores e documentos do cliente

... 2 — Quando cesse a representação, o solicitador deve restituir ao cliente os valores,
objetos ou documentos deste que se encontrem em seu poder. 3 — O solicitador,
apresentada a nota de honorários e despesas, goza do direito de retenção sobre os valores,
objetos ou documentos referidos no número anterior, para garantia do pagamento dos
honorários e o reembolso das despesas que lhe sejam devidos pelo cliente, a menos que os
valores, objetos ou documentos em causa sejam necessários para prova do direito do
cliente ou que a sua retenção cause a estes prejuízos irreparáveis. 4 — Deve, porém, o
solicitador restituir tais valores e objetos, independentemente do pagamento a que tenha
direito, se o cliente tiver prestado caução arbitrada pelo conselho profissional. 5 — Pode o
conselho profissional, antes do pagamento e a requerimento do solicitador ou do cliente,
39
mandar entregar a este quaisquer objetos e valores quando aqueles que permaneçam em
poder do solicitador sejam manifestamente suficientes para garantir o pagamento do
crédito. – Pela explicação e desenvolvimento das circunstâncias/pressupostos explícitos
nos n.ºs 2 e ss. do artigo 145.º - 2 valores
1.3-Teresa Barqueiro, solicitadora, foi contactada por uma empresa que

recentemente abriu uma vaga para um solicitador e pretende contratá-la como
trabalhadora.
Explique se Teresa pode exercer a profissão enquanto trabalhadora e, em caso
afirmativo, o que deve fazer se a entidade empregadora a pressionar a negligenciar a
observância de quaisquer disposições legais ou deveres deontológicos. (4 valores)
Artigo 140.º Contrato de trabalho - O contrato de trabalho celebrado com o solicitador não
pode afetar os seus deveres deontológicos e a sua isenção e autonomia técnica perante o
empregador. – explicação e desenvolvimento – (1,5 valores)
- Artigo 119.º Independência Os associados, no exercício das suas funções, mantém sempre
e em quaisquer circunstâncias a sua independência, devendo agir livres de qualquer pressão,
especialmente a que resulte dos seus próprios interesses ou de influencias exteriores,
abstendo- se de negligenciar a deontologia profissional no intuito de agradar ao seu cliente,
aos seus colegas, ao tribunal, a exequentes, a executados, aos seus mandatários ou a terceiros.
– (0,5 valores)
Código Deontológico dos solicitadores e dos Agentes de Execução - Artigo 3.º

Independência 1 — No exercício da profissão, o solicitador e o agente de execução mantêm,
quaisquer que sejam as circunstâncias, a sua independência, devendo agir livres de qualquer
pressão, especialmente a que resulte dos seus próprios interesses ou de influências exteriores,
abstendo -se de negligenciar a deontologia profissional no intuito de agradar ao seu cliente,
aos colegas, ao tribunal, a exequentes, a executados ou a terceiros. 2 — O contrato de
trabalho celebrado pelo solicitador não pode afetar os seus deveres deontológicos, a sua
isenção e a autonomia técnica perante o empregador, nem o Estatuto da Câmara dos
Solicitadores (ECS) ou o presente Código Deontológico. – (0,5 valores)
EOSAE - Artigo 121.º Integridade 1 — O solicitador e o agente de execução são

indispensáveis à realização de tarefas de interesse público e à administração da justiça e, como
tal, devem ter um comportamento público e profissional adequados à dignidade e à
responsabilidade associadas às funções que exercem, cumprindo pontual e escrupulosamente
os deveres consagrados no presente Estatuto e todos aqueles que as demais disposições legais
e regulamentares, os usos, os costumes e as tradições profissionais lhes imponham. 2 — São
deveres gerais de conduta profissional o cumprimento do código de ética e deontologia de
conduta profissional, designadamente a honestidade, a probidade, a retidão, a lealdade, a
cortesia, a pontualidade e a sinceridade. – (0,5 valores)
EOSAE - Artigo 124.º Deveres para com a comunidade 1 — O solicitador e o agente de

execução estão obrigados a pugnar pela boa aplicação do direito, pela rápida administração
da justiça e pelo aperfeiçoamento do exercício da profissão. 2 — Em especial, constituem
deveres gerais do associado: b) Recusar o exercício de funções quando suspeitar seriamente
que a operação ou atuação jurídica em causa visa a obtenção de resultados ilícitos e que o
interessado não pretende abster -se de tal atuação; l) Não agir contra o direito, não usar meios
ou expedientes ilegais ou dilatórios, nem promover diligências inúteis ou prejudiciais para a
correta aplicação do direito, administração da justiça e descoberta da verdade; – (1 valor)
40
2.1- A aprovação de propostas de alteração do Estatuto da OSAE, a convocação de

referendo, ou a destituição de órgãos nacionais:
 Exigem a presença ou a representação de um mínimo de 10 % dos associados

inscritos, e a votação favorável de metade destes;
 Exigem a presença, ou a representação de um mínimo de 10 % dos associados
inscritos, e a votação favorável de dois terços destes;
 Exigem a presença, ou a representação de um mínimo de 5 % dos associados
inscritos, e a votação favorável de três quartos destes;
 Nenhuma das alternativas anteriores.
2.2- O revisor oficial de contas que integra o conselho fiscal da OSAE é escolhido:
 Pelo bastonário;
 Pelo conselho fiscal;
 Pela assembleia geral
 Pelo conselho geral.
2.3- O ESOAE prevê a reabilitação para os casos de aplicação de sanção de interdição

definitiva do exercício da atividade profissional, desde que tenham decorrido, pelo
menos:
 5 anos desde que a decisão que aplicou a sanção se tornou irrecorrível;

 10 anos desde que a decisão que aplicou a sanção se tornou irrecorrível;
 15 anos desde que a decisão que aplicou a sanção se tornou irrecorrível
 20 anos desde que a decisão que aplicou a sanção se tornou irrecorrível.
2.4- O dever de frequência periódica de formação continua é:
 Exclusivo dos agentes de execução;

 Exclusivo dos solicitadores;
 Exigível a todos os associados efetivos
 Exigível apenas aos agentes de execução e seus empregados forenses e demais
trabalhadores e contratados.
2.5- A suspensão ou o cancelamento da inscrição não faz cessar a responsabilidade

disciplinar por infrações anteriormente praticadas pelo associado da Ordem
enquanto tal. Esta afirmação é:
 Verdadeira
 Falsa.
41
2.6- O EOSAE prevê̂ uma nova e rígida divisão regional da Ordem que coincide em
número e território com as áreas de competência dos tribunais da Relação de Lisboa,
Porto e Coimbra. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa;
2.7- Em qualquer circunstância, o cargo de titular de órgão da Ordem é incompatível

com o exercício de quaisquer funções dirigentes na função pública. Esta afirmação
é:
 Verdadeira;
 Falsa
2.8- A inscrição no colégio profissional de solicitadores pressupõe a apresentação de

requerimento de inscrição no colégio até cinco anos após a conclusão do estágio com
aproveitamento. Esta afirmação é:
 Verdadeira
 Falsa.
GRUPO I (6 valores)
Mariana e Filipa, amigas e colegas na Licenciatura em Solicitadoria decidiram,

após terminarem o curso, abrir escritório no sentido de realizarem reconhecimentos
de assinaturas, documentos particulares autenticados e outros atos conexos.
Na porta do escritório colocaram um letreiro dizendo: “Licenciadas em
Solicitadoria executam trabalhos de Notariado, Registos e Fiscalidade – preços
módicos”. Pronuncie-se quanto à atuação de Mariana e Filipa e diga as eventuais
consequências que daí lhes advêm. (6 valores)
- Não sendo Mariana e Filipa solicitadoras, mas apenas licenciadas, não podem exercer os atos
próprios da profissão - Lei nº 49/2004, de 24 de agosto, em especial os arts. 1.º, 5.º, 7.º e 8.º. (1
valor)
Ato próprio dos solicitadores e advogados (consulta jurídica), cf. artigo 1.º, n.º 5, alínea b) da Lei n.º
49/2004, de 24 de agosto e artigo 136.º do EOSAE (2 valores);
42
- Uso do título profissional de solicitador – artigo 89.o do EOSAE e

artigo 5.º da Lei n.º 49/2004, de 24 de agosto (1 valor);
- Crime de procuradoria ilícita cf. artigo 7.º da Lei n.º 49/2004, de 24
de agosto (1 valor);
- Contraordenação cf. artigo 8.º da Lei n.º 49/2004, de 24 de agosto (1 valor);
Comente a seguinte afirmação:

“ O sigilo profissional não é apenas um dever, mas também um direito, e a sua
dispensa só́ ocorrerá em casos excecionais”. (6 valores)
Critérios de avaliação:
Análise do sigilo profissional e referência à base legal pertinente do EOSAE, em especial os

artigos 127.º, 141.º, 142.º, 20.º alínea h), quanto à competência para a sua dispensa.
- Reserva e sigilo profissional cf. artigos 127.º e 141.º do EOSAE (2 valor);

- Abrangência do sigilo profissional cf. artigo 141.º, n.º 1 e, especialmente, artigo 141.º n.º 2
“seja ou não remunerado ou não tenha chegado a ser aceite” (2 valores)
- Explicação e fundamentação da perspetiva do sigilo como um dever e como um direito e
referências legais, p. e., artigos 128.º, n.º 2, 141.º, n.ºs 6 e 8, artigo 142.º e 120.º, todos do
EOSAE (2 valores).
Grupo III (8 valores)
1. O solicitador pode celebrar contrato de trabalho sem termo por conta de outrem:
 Verdadeiro
 Falso
2. Quando cesse a representação, o solicitador deve restituir ao cliente os valores,

objetos ou documentos deste, não os podendo reter em nenhuma circunstância:
 Verdadeiro
 Falso
3. O solicitador António sofre, desde há́ 5 anos, de problemas psíquicos graves do

conhecimento geral da Aldeia onde tem escritório, continuando aí a exercer a
profissão. Maria participou deste facto à OSAE, tendo sido deliberado, através dos
órgãos competentes, pela sua suspensão imediata.
 Verdadeiro
 Falso
4. Não é admissível a apreensão de documentos que respeitem à atividade do

solicitador, salvo se os mesmos respeitarem a facto criminoso relativamente ao qual
o seu cliente tenha sido constituído arguido:
 Verdadeiro
43
 Falso
5. O solicitador pode, no exercício da sua profissão, requerer, por escrito ou

oralmente, em qualquer tribunal ou serviço público, o exame de processos, livros ou
documentos, sem necessidade de exibir procuração:
 Verdadeiro
 Falso
6. A competência para autorizar a dispensa de sigilo profissional é do presidente do

conselho regional a que o solicitador pertence:
 Verdadeiro
 Falso
7. O não pagamento injustificado das quotas. Devidas pelo solicitador à Ordem por
um período superior a 6 meses acarreta a sua imediata suspensão:
 Verdadeiro
 Falso
8. Maria Silva é representada por solicitador(a) em ação judicial intentada contra João
Pinta, estando este representado por advogado. Verificando- se a possibilidade de
acordo entre as partes, o(a) solicitador(a) pode contactar pessoalmente João Pinta
para esse efeito:
 Verdadeiro
 Falso
1.1-Joana Torres, assessora de uma deputada da Assembleia da República, licenciada

em economia na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, pretende
inscrever-se como solicitadora ou como solicitadora estagiária.
Comente a pretensão de Joana e pronuncie-se sobre os demais requisitos de
inscrição. (5 valores)
- Inscrição como solicitadora (2 valores):

- Sem prejuízo das restrições previstas no artigo 106.º do EOSAE,
O n.º 1 do artigo 105.º do EOSAE, esclarece que é necessária a aprovação no estágio e
44
respetivo exame final e, bem assim, cf. n.ºs seguintes: titularidade da licenciatura em
solicitadoria ou direito; não estar em nenhuma situação de incompatibilidade; ser capaz;
não ser inidóneo; e, por fim, cf. nº2, ter informação favorável do patrono e pedir a
inscrição até 5 anos após conclusão do estágio.
- (2 valores) incompatibilidade:
- É necessário analisar a situação de eventual incompatibilidade, pois o caso aborda uma
assessora de uma deputada: assim, nos termos do artigo 102.º do EOSAE, n.º 1, alínea a),
seria incompatível por se tratar de uma assessora de um órgão de soberania, contudo, está
salvaguardada pela exceção prevista na alínea a, do n.º 2 do mesmo artigo.
- (1 valores) estágio:
- Além da análise supra, a candidata não poderia inscrever-se no estágio, porquanto o artigo
158.º, n.º1, alínea a) exige a mesma habilitação já́ referida.
1.2- Explique e/ou desenvolva o que entende por: (5 valores)

- Fases do processo disciplinar;
- Natureza secreta do processo disciplinar;
- Reabilitação.
- (2 valores) fases do processo:

- Localização e explicação de cada uma das fases previstas no artigo 204.º do
EOSAE, respeitantes à sua sistemática. - (2 valores) Natureza secreta:
- Explicação da natureza secreta, até quando é secreto e suas exceções, cf.
n.ºs 1, 2 e 3 do artigo 206.º do EOSAE. - (1 valor) Reabilitação:
- Explicação da noção, requisitos e consequências, previstas nos artigos 209.º e 106.º, n.º 5,
ambos do EOSAE.
2.1- A OSAE deve defender os direitos e interesses dos seus associados acima dos
interesses gerais dos destinatários dos serviços prestados por aqueles. Esta
afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
Cf. artigo 3.º, n.º 2, alínea g) do EOSAE
2.2- O exercício de funções executivas, disciplinares e de fiscalização em órgãos da

Ordem é incompatível entre si. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
Cf. artigo 17.º, n.º 1 do EOSAE
45
2.3- A presença nas reuniões da assembleia de representantes é obrigatória,

podendo a ausência ser justificada perante o conselho geral nos 10 dias seguintes à
realização da reunião. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.4- As deliberações das assembleias distritais não vinculam os órgãos nacionais ou

regionais da Ordem. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.5- O associado pode discricionariamente requerer a suspensão da sua inscrição

em cada um dos colégios profissionais em que esteja inscrito. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.6- O atual Estatuto, aprovado pela Lei n.º 154/2015, de 14 de setembro, entrou em
vigor e começou a produzir efeitos a partir de 15 de outubro de 2015, ou seja, 30 dias
após a sua publicação, cf. artigo 6.o, n.º 1, da Lei n.º 154/2015, de 14 de setembro.
Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
Cf. artigo 6.º, n.ºs 1 e 2 da Lei n.º 154/2015, de 14 de setembro
2.7- A determinação do número de associados, designadamente, para efeitos da

divisão orgânica e eleições, tem por referência o número de associados inscritos a 1
de janeiro do respetivo ano. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
Cf. artigo 12.º do EOSAE
46
2.8- A deontologia profissional do solicitador respeita especialmente os deveres

gerais de conduta assentes na honestidade, probidade, retidão, lealdade, cortesia,
pontualidade, sinceridade e, bem assim, uma atuação e procedência com zelo,
diligência e urbanidade. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
Cf. artigo 121.º, n.ºs 2 e 3 do EOSAE
2.9- Não são aplicáveis as regras do segredo profissional aos casos em que o serviço
prestado se destine a comprovar ou a certificar uma determinada situação de facto.
 Verdadeira;
 Falsa.
2.10- Nas audiências de julgamento, os solicitadores não dispõem de bancada, mas

podem alegar e pleitear quando não estejam em causa questões de Direito. Esta
afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
Cf. artigo 151.º do EOSAE

1.1-Tito Lopes, cliente do solicitador Moita Leopoldo, discorda da conta que lhe foi
apresentada por entender ser exorbitante. Recorreu à Ordem para que fosse emitido
parecer destinado a anular aquela conta.
Comente a pretensão de Tito Lopes e se o «parecer» solicitado poderá́
ter tal resultado jurídico. (2,5 valores)
- É da competência do conselho profissional emitir laudos, cf. artigo 45.º, al. g) do EOSAE
– (0,5 valores)
- Segundo o Regulamento n.º330/2017, DRE de 21 de Junho de 2017, O laudo é, cf. artigo
2.º, n.º 1: “parecer técnico e juízo não vinculativo sobre a qualificação e valorização dos
serviços prestados pelos associados da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de
Execução (OSAE), tendo em atenção as normas do Estatuto da Ordem dos Solicitadores e
dos Agentes de Execução (EOSAE), demais legislação aplicável e o presente regulamento.”
– (1,5 valores)
47
- Não se vislumbra nenhum normativo que tenha o resultado pretendido “de revogar” a
conta que foi apresentada – (0,5 valores)
1.2- Indique as formalidades daquele pedido e os requisitos que a conta deve

observar, bem como os critérios orientadores na fixação dos honorários. (4,5
valores)
- Formalidades do pedido - segundo o Regulamento n.º 330/2017, DRE de 21 de Junho de

2017, legitimidade, cf. artigo 6.º, fundamentos, cf. artigo 7.o, do pedido, artigo 8.o, taxa
devida, cf. artigo 19.º e remissão para o Regulamento de taxas – (1,5 valores)
- Requisitos da conta de honorários: cf. artigo 4.º do mesmo Regulamento + artigo 144.º.
al. a) do EOSAE, sobre a indicação do montante total aproximado, se possível, evitando
surpresas, se tal for solicitado + 145.º EOSAE – (1,5 valores)
- Fixação de honorários, explicação do artigo 149.º do EOSAE – 1,5 valores
1.3-Depois deste desentendimento com o cliente, Moita Leopoldo começou a falar

abertamente com amigos sobre assuntos abrangidos pelo segredo profissional.
Comente a atitude e eventuais consequências da mesma e indique porque é tão
relevante, para solicitadores e clientes, a preservação do segredo profissional (4
valores)
- Segredo profissional do solicitador – genérico e comum – cf. artigo 127.º do EOSAE e o

141.º do EOSAE, e sua abrangência – (1 valor).
- Elenco da perspetiva enquanto dever, expressamente exposta como tal e até como
proibição, no artigo 141.º do EOSAE, e os seus propósitos - a garantia da independência e
prevenção do conflito de interesses – artigos 119.º e 143.º do EOSAE, correlacionadas
com o sigilo, e da integridade típicas exigidas aos associados que, enquanto auxiliares na
administração da Justiça, encargo constitucional relevante, devem preservar o exercício dos
direitos dos destinatários dos seus serviços (cidadãos e empresas). Desta feita, a dupla
aceção, enquanto direito e dever, porque garantia dos interessados, deve ser salvaguardada,
de modo a que, tal como o médico, o solicitador possa confiar que o cliente, por sua vez,
lhe confia a completude e verdade do problema em causa, por forma a diagnosticar
totalmente e a aconselhar adequadamente – (2 valores)
- Infração disciplinar, cf. artigos 181.º e ss., com a cominação de uma das sanções,
casuisticamente apurada, prevista no artigo 190.º do EOSAE – (1 valor)
2.1- São órgãos regionais da Ordem as assembleias distritais, as delegações

distritais e os delegados concelhios. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.2- É possível pedir escusa do cargo para que foram eleitos em virtude da mudança
de domicílio profissional para localidade mais distante da sede do órgão. Esta
afirmação é:
48
 Verdadeira;
 Falsa.
2.3- Entende-se por publicidade objetiva, designadamente, a identificação pessoal,

académica e curricular. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
Cf. artigo 128º, n.º 3 do EOSAE
2.4- A suspensão da inscrição cessa a requerimento do interessado dirigida ao

presidente do conselho do colégio profissional respetivo. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
Cf. artigo 116.o do EOSAE
2.5- O solicitador pode requerer ao cliente a entrega de provisões por conta dos
honorários ou para pagamento de despesas, não devendo tais provisões exceder
uma estimativa razoável dos honorários e despesas prováveis. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.6- O estágio para solicitadores é, obrigatoriamente, reiniciado no período de

estágio imediatamente seguinte, retomando-se na mesma fase em que foi suspenso.
 Verdadeira;
 Falsa.
2.7- No caso de solicitadores, o seguro de responsabilidade civil profissional tem

que cobrir as responsabilidades profissionais pelo valor mínimo de 150.000 euros.
 Verdadeira;
 Falsa.
49
2.8- A ação disciplinar pode comportar a forma de processo de inquérito ou de

processo disciplinar. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.9- Nas sociedades de solicitadores podem exercer a sua atividade profissional de

solicitadores não sócios que tomam a designação de associados. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.

1.1-Batista Torres, colaborador autorizado de notário há́ dez anos, teve aprovação
no estágio para solicitadores e respetivo exame final em 2017.
Além de pronunciar-se sobre os demais requisitos de inscrição, explique se, na
qualidade de colaborador notarial, poderá́ inscrever-se como solicitador. (5
valores)
- Requisitos gerais de inscrição (2 valores):

- Aprovação no estágio e respetivo exame, cf. n.º 1 do art. 105.º;
- Licenciatura habilitante, cf. al. a) do n.º 1 do art. 105.º;
- Interdição profissional ou interdição e inabilitação civil, cf. al. c) do n.º 1 do art. 105.º;
- Idoneidade, cf. al. d) do n.º 1 do art. 105.º, explicando o regime das «restrições ao direito
de inscrição» previsto no artigo 106.º, sobretudo o enquadramento elencado no n.º 3 do
artigo 106.º;
- Requisitos especiais de inscrição (1 valor):
- Informação favorável do patrono... cf. al. a) do n.º 2 do art. 105.º;
- Apresentação do requerimento de inscrição no colégio até 5 anos... cf. al. b) do n.º 2 do
art. 105.º;
- Incompatibilidade (também requisitos gerais de inscrição (2 valores):
- Não se encontrar em nenhuma situação de incompatibilidade, cf. al. b) do n.º 1 do art.
105.º; incompatibilidade concreta prevista na al. g) do n.º 1 do artigo 102.º
1.2- Suponha, agora, que Batista Torres está inscrito como solicitador e pretende
elaborar um auto de constatação por forma a comprovar ou certificar uma
determinada situação de facto.
Pronuncie-se sobre a «dupla aceção» do segredo profissional do solicitador e sobre
50
as eventuais diferenças do «segredo profissional» no exercício da competência

elencada supra. (5 valores)
- Explicação e enquadramento do segredo profissional como direito (e garantia) e como

dever do solicitador, à luz dos interesses da profissão, dos clientes e do sistema de Justiça
(3 valores);
- Referências legais especialmente aplicáveis: 141.º do Estatuto (0,5 valores);
- Enquadramento da exceção ao tradicional dever de sigilo, prevista no n.º 2 do artigo 127.º
(1,5 valores);
2.1- Nas sociedades de solicitadores podem exercer a sua atividade profissional de

solicitadores não sócios que tomam a designação de associados. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.2- O solicitador não pode utilizar as quantias que lhe foram entregues pelos
clientes ou por terceiros para pagamento dos seus honorários, salvo se tiver
instruções escritas nesse sentido. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.3- Além das sanções disciplinares tipificadas, é possível aplicar cumulativamente,

e a título de sanção acessória, a destituição de cargo nos órgãos da Ordem. Esta
afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.4- O processo disciplinar tem natureza secreta até à fase de execução. Esta
afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.5- O solicitador não tem de diligenciar no sentido do pagamento dos honorários e

de demais quantias devidas aos colegas que o antecederam no mandato ou nas
funções que lhe foram confiadas. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.6- O referendo é obrigatório no caso de propostas relativas à dissolução da

Ordem. Esta afirmação é:
51
 Verdadeira;
 Falsa.
2.7- Verificando-se o impedimento definitivo do bastonário para o exercício do

cargo, o primeiro vice-presidente substitui o bastonário até ao final do mandato,
nos termos do artigo 21.o Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.8- O não pagamento das quotas à Ordem por um período superior a 12 meses
determina a imediata suspensão da inscrição e a instauração subsequente de
processo disciplinar. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.9- Em todos os concelhos com, pelo menos, cinco associados, é eleito um

delegado concelhio. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.10- Não pode ser apreendida a correspondência que respeite ao exercício da

profissão, mesmo no caso de a correspondência respeitar a facto criminoso,
relativamente ao qual o solicitador tenha sido constituído arguido. Esta afirmação
é:
 Verdadeira;
 Falsa.

1.1- Joana de Almeida, solicitadora, pediu, por escrito, vários esclarecimentos à

Ordem. Entre os quais podiam ler-se:
- “Solicito ainda esclarecimentos sobre a possibilidade de recurso para o meu
colégio profissional da decisão, de janeiro de 2019, do Sr. Presidente Regional de
indeferir o meu pedido de dispensa de segredo profissional, designadamente, por
falta de fundamentação adequada, quando invoquei a necessidade de testemunhar
a favor do meu vizinho Manuel Torres, na data do pedido: novembro de 2018”.
Pronuncie-se sobre os eventuais equívocos e anomalias supra identificados. (5
valores)
52
- Dispensa do sigilo profissional:

- Competência em 1.a instância: bastonário, cf. al. h) do n.º 1 do artigo 20.o e n.º 6 do
artigo 141.º; (1 valor)
- Competência em sede de recurso: conselho superior, cf. al. i) do n.º 2 do artigo 33.º e n.º
6 do artigo 141.º; (1 valor)
- Presidente Regional não consta do elenco previsto dos órgãos (cf. artigo 13.º), existe o
presidente do conselho regional (cf. artigo 49.º - composição do conselho regional - sendo
que é o conselho regional o órgão e não o presidente – cargo que consta da referida
composição); (1 valor)
- Requisitos materiais da dispensa do segredo profissional: explicação – cf. primeira parte
do n.º 6 do artigo 141.º - O associado pode revelar factos abrangidos pelo segredo
profissional, desde que tal seja absolutamente necessário para a defesa da dignidade, dos
direitos e dos interesses legítimos do próprio associado ou do cliente ou seus
representantes...” (2 valores)
1.2- Artur Guterres, surpreendido com o valor a pagar a Joana de Almeida depois de
esta, na qualidade de solicitadora, lhe ter prestado vários serviços relacionados com
a partilha por óbito dos seus pais, solicitou-lhe um «relatório» detalhado que o
ajudasse a compreender os valores em causa. Joana diz estar farta de esclarecer
telefonicamente Artur e respondeu-lhe: “se quiser alguma informação por escrito,
que peça um laudo ao conselho fiscal”.
Quid iuris. (5 valores)
Confusões dos diversos deveres do associado com um meio de «reação/informação» da

Ordem:
Cf. artigo 145.º, n.º 1 – dever de apresentação; artigo 144.º dever de informação relativo a
critérios na fixação de honorários; artigo 149.o honorários; n.º 1 — natureza; n.º 2 conta
com discriminação dos serviços prestados; n.º 3 – critérios de fixação; artigo 124.º, n.º 2, al.
m) - (2 valores)
Regulamento n.º 330/2017 - Regulamento de Laudos, artigo 4.º - da conta de honorários
ou de tarifas – explicação de todos os números; do laudo – competência do conselho
profissional – cf. al. g) do artigo 45.º, e artigo 1.a do regulamento de laudos; definição, cf.
artigo 2.º, legitimidade, fundamento e pedido, cf., respetivamente, artigos 6.º, 7.º e 8.º do
mesmo Regulamento. (3 valores)
2.1- Cabe à Ordem, em primeiro lugar, defender os direitos e interesses dos seus
associados, pese embora, não devam descurar-se os interesses gerais dos
destinatários dos serviços prestados pelos seus associados. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.2- Cada inscrito na Ordem tem um único domicílio profissional, estando

impedido de indicar escritórios secundários. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
53
2.3- A nacionalidade portuguesa não constitui requisito de inscrição no colégio

profissional de solicitadores. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.4- Os conselhos profissionais, no plano das atividades profissionais, pertencem ao

colégio respetivo e, no plano territorial, estão inseridos no nível nacional. Esta
afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.5- O prazo de prescrição só́ corre, nas infrações continuadas, desde o dia em
que cessar a consumação. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.6- As infrações disciplinares de qualquer associado, por ação ou omissão, são

puníveis a título de dolo ou negligencia, não sendo a tentativa punível. Esta
afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.7- As listas de candidatos aos conselhos regionais devem assegurar a candidatura

de associados provenientes de, pelo menos, um terço das respetivas delegações
distritais. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.8- Uma vez deferido o pedido de suspensão no estágio para solicitadores, o

estágio é, obrigatoriamente, reiniciado no período de estágio imediatamente
seguinte, retomando-se na mesma fase em que foi suspenso. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.9- O presidente do conselho regional eleito por dois mandatos consecutivos não
pode, imediatamente, ser candidato a bastonário, por ter sido membro do conselho
geral nos mandatos correspondentes, por inerência de funções. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.10- Nos termos do artigo 102.o do Estatuto, a incompatibilidade prevista para o

deputado da Assembleia da República não se estende aos respetivos assessores e
secretários. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
54
1.1-No dia 6 de maio de 2019, o bastonário da OSAE convocou, através de correio

eletrónico profissional, uma assembleia geral para o dia 10 de maio, no Porto, a fim
de ver discutida uma alteração ao Estatuto, de modo a poder concorrer a um 4.º
mandato consecutivo.
- (3 valores) Comentário e referências legais aos requisitos e competências da convocação,

particularmente:
- Órgão competente; - Prazo;
- Formalidades;
- Local.
- (2 valores) Possibilidade (ou não) e referências legais Estatutárias de (impossibilidade de)
aprovação de «alterações» ao Estatuto – competência do poder legislativo – versus
possibilidade de aprovar «propostas de alteração», da assembleia geral, também com
requisitos especiais/adicionais.
1.2-O provedor da OSAE, na sequência de uma queixa apresentada por um cliente

de um solicitador, repreendeu por escrito o associado prestador do serviço.
- (2 valores) Comentário e referências legais da competência do provedor da OSAE.

- (3 valores) Possibilidade/licitude da aplicação de «sanções», com expressa menção das
competências e tratamento disciplinar por parte do conselho superior quanto aos
solicitadores.
2.1- Nas sociedades de profissionais da Ordem, apenas são admitidas entradas em

dinheiro. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.2- A sanção de multa pode ser fixada quando estão em causa infrações leves. Esta
afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.3- O solicitador não pode utilizar as quantias que lhe foram entregues pelos
clientes ou por terceiros para pagamento dos seus honorários, salvo se tiver
instruções escritas nesse sentido. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
55
 Falsa.
2.4- O delegado, sob coordenação da delegação distrital, assume as competências

da delegação distrital no concelho. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
2.5- Cada conselho profissional reúne ordinariamente de dois em dois meses

mediante convocatória do seu presidente ou do bastonário. Esta afirmação é:
 Verdadeira;
 Falsa.
Estágio para solicitadores (2020/2021)
Estudo de Caso Oito
Heraclito Héracles, recém-licenciado em Solicitadoria e com uma pós-graduação

em Direito do Urbanismo, terminou com êxito o estágio para solicitadores
encontrando-se, neste momento, com inscrição ativa na Ordem dos Solicitadores e
Agentes de Execução.
No passado dia 1 de maio, inaugurou o seu novo escritório sito na Avenida da
Liberdade em Lisboa, e desde então, surgiram-lhe algumas dúvidas relativas a toda
a atividade desenvolvida no âmbito da sua atividade, questionando-o (a) sobre as
mesmas.
1ª Etapa
Na semana passada, foi-lhe pedido que procedesse a uma retificação de áreas de
um prédio urbano que se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial e
inscrito na matriz predial urbana com 120 m2 de área coberta e 320 m2 de área
descoberta, quando na realidade tem 120 m2 de área coberta e 280 m2 de área
descoberta. Auxilie Heraclito na sua pretensão, elencando os passos e os
documentos a apresentar para o efeito pretendido não esquecendo de cumprir com
os deveres estatuários no que diz respeito aos honorários a cobrar.
Tópicos:
Para que Heraclito promova as alterações pretendidas deve:

Junto à Autoridade Tributária:
- Promover a alteração com a entrega do modelo 1 do IMI, em observância do art. 13º, no
1 c) do CIMI;
- Com o modelo 1 do IMI deve entregar plantas de localização e edificação bem como
levantamento topográfico
Junto à Conservatória do Registo Predial:
- Após a produção de efeitos da alteração matricial pode pedir a harmonização de área pois
a mesma não é obrigatória por não exceder os limites previstos no art. 28º-A, c) do
CRPredial. 440 m2 de área total na CRP e (após alteração matricial) 400m2 na matriz.
56
Diferença de 40m2 que não excede os 10% sobre a área maior.

Não obstante poderá́ fazê-lo por declaração do proprietário inscrito, atendendo ao
estipulado no art. 28º-B, no 1 do mesmo diploma.
Quanto aos honorários:
- Deveres do associado – art.124º, nº 2 c) e d) do Estatuto da Ordem dos Solicitadores e
dos Agentes de Execução (EOSAE)
- Deveres do solicitador – art. 144º, nº 1 al. a) do EOSAE
- Deve apresentar nota de honorários e despesas logo que lhe seja solicitado – art. 145º, no
1 do EOSAE – de acordo com o estipulado no art. 149º, nº 1 do mesmo diploma e do art.
4º do Regulamento nº 330/2017, de 21 de junho;
2ª Etapa
Ontem foi-lhe pedido para se deslocar a uma IPSS no concelho de Setúbal com o
propósito de autenticar uma procuração. Heraclito gostava de saber se pode
praticar este ato fora do seu escritório ao mesmo tempo que pede a sua colaboração
na redação do termo de autenticação.
Tópicos:
Nada obsta à prática de atos por parte de Heraclito em concelho diferente do seu. Vide art.
13º, nº 1 do EOSAE;
No que diz respeito ao termo de autenticação devemos observar o estipulado nos arts.
150º, nº 2, contendo os requisitos elencados nas alíneas do nº 1 do art. 151º, bem como o
disposto nas alíneas a) a n) do nº 1 do art. 46º, todos do Código do Notariado (CNot);
A procuração – art. 262º, nº 1 do CC – deverá revestir a forma exigida para o negócio que
o procurador irá realizar.
A competência para o solicitador autenticar documentos particulares decorre do art. 38.º
do Decreto-Lei 76-A/2006, de 29 de Março, sendo que a validade deste ato depende de
registo, efetuado no momento da prática do ato, em sistema informático conforme
estipulado nos arts. 1º e 4º da Portaria 657-B/2006, de 29 de junho.
3ª Etapa
Heraclito questiona-o(a) também sobre a imagem que pretende ter na montra do
seu novo escritório. Gostava de colocar a imagem da esfera armilar com o escudo
das armas nacionais utilizada pela Ordem, mas não tem a certeza se o pode fazer
ou se pode/deve utilizar outra imagem. Além disso, gostaria de colocar publicidade
do seu escritório no seu automóvel. Que lhe diria?
Tópicos:
A imagem da esfera armilar com o escudo das armas nacionais é de uso institucional,
estando o seu uso consagrado no art. 2º, nº 2 do EOSAE
A sua utilização é exclusiva conforme decorre do art. 4º do Regulamento no 1109/2016, de
19 de dezembro;
Quanto a Heraclito, deverá observar o disposto no Regulamento nº 548/2017, de 12 de
outubro, bem como as normas do EOSAE para garantir que não infringe nenhuma das
limitações aí impostas, por ser um dos deveres estatuídos no art. 124º do EOSAE, em
especifico na alínea f) do seu número 2;
- Deve observar o estipulado no art. 128º do EOSAE e atender em particular ao estipulado
no art. 2º, nº 2 do Regulamento no 548/2017, de 12 de outubro. Deve também ter em
atenção quanto à sua montra o disposto no art. 8º, nº 1 b) do mesmo Regulamento.
57
Quanto à publicidade no automóvel, devemos atender à proibição prevista na alínea a) do

mesmo art. 8º.
4ª Etapa
Sucede que Heraclito foi convidado para desempenhar funções como professor
assistente convidado numa instituição de ensino superior, mas tem dúvidas se pode
cumular com o exercício da atividade de solicitador pelo que pede a sua opinião.
Tópicos:
- Observar o art. 102º do EOSAE, que estabelece um elenco de incompatibilidades com o

desempenho das atividades profissionais da Ordem.
Assim, encontramos no art. 102º, nº 1, i) que obsta ao exercício da função de solicitador o
facto de Heraclito desempenhar funções nas quais tenha um vínculo de emprego público.
No entanto, o nº 2 do mesmo artigo prevê algumas situações de exceção onde
encontramos na
alínea a consagração da figura do docente como exceção à incompatibilidade anteriormente
mencionada.
5ª Etapa
Suponha agora que Heraclito desabafa consigo sobre um caso que um cliente lhe
levou, mas que não chegou a aceitar. No entanto, o cliente revelou algumas
informações as quais Heraclito não sabe se pode divulgar pois, no fundo, não
chegou a aceitar o caso. Heraclito já́ ouviu falar do segredo profissional, mas
admite que tem dúvidas sobre quando é que o mesmo se aplica bem como se pode
ser levantado em alguma circunstância. Que lhe diria?
Tópicos:
Neste caso devemos atender às normas que versam sobre o segredo profissional previstas
no EOSAE. Assim, devemos atender ao art. 127º do Estatuto que estabelece a obrigação
dos associados em manter reserva sobre quaisquer matérias que lhes estejam confiadas.
Este artigo é complementado, concretamente em relação ao segredo profissional do
solicitador, pelo disposto no art. 141º do Estatuto
Aqui devemos observar o no 2 do referido artigo onde consta que o segredo profissional
deve ser observado mesmo que o solicitador não tenha chegado a aceitar o caso.
O segredo profissional só pode ser levantado nos termos e para os efeitos previstos no art.
141º, nº 6 do Estatuto e mesmo sendo dispensado pode ser mantido pelo solicitador
conforme decorre do nº 8 do predito artigo.
6ª Etapa
Heraclito foi hoje confrontado com um convite de um colega para integrar uma
lista candidata ao Conselho Geral nas próximas eleições. No entanto, Heraclito não
tem 5 anos de inscrição não tendo a certeza se poderá́ aceitar o convite que lhe foi
endereçado. Questiona também se aceitando, pode deixar o exercício do cargo a
qualquer momento e, caso o possa, como deve proceder.
Tópicos:
O Conselho Geral é um órgão nacional previsto no art. 13º, nº 1, f) e 29º e ss. do EOSAE;
A sua composição está prevista no art. 29º do Estatuto e os requisitos de elegibilidade
58
podem ser encontrados no art. 59º do mesmo diploma. Assim, além de ter de respeitar o
estatuído no nº1 do referido art, Heraclito pode integrar a lista candidata ao CG, desde que
a mesma respeite a percentagem de 85%, conforme se encontra estabelecido no nº 2 do
mesmo artigo, podendo assim integrar a lista pese embora não tenha 5 anos de atividade.
Deve ainda ter em atenção a proporcionalidade exigida pelo art. 15º, nº 1 no que tange à
obrigação de garantir candidatura de associados oriundos de todas as regiões;
Por fim, caso aceite integrar a lista e se eventualmente fosse eleito para deixar o exercício
do cargo em questão, pode pedir escusa do cargo ao Conselho Superior em observância do
estipulado no art. 74º, nº 1 do EOSAE, bem como pode renunciar ao respetivo cargo,
observando o nº 2 e 3 do mesmo artigo.
7ª Etapa
Não obstante ainda estar no início da sua vida profissional como solicitador,
Heraclito gostaria de saber se um dia emigrar para junto dos seus pais, que se
encontram a residir na Austrália, lhe é permitido suspender a sua inscrição como
solicitador e se essa decisão será́ irreversível. Esclareça Heraclito sobre esta
situação, dando conta das várias possibilidades previstas no EOSAE.
Tópicos:
Quanto à suspensão da inscrição esta pode partir da iniciativa da Ordem se observada

alguma das situações do art.110º ou, conforme decorre do caso, a pedido de Heraclito pois
o EOSAE também prevê a possibilidade de suspensão por iniciativa própria, no seu
art.112º.
Heraclito terá de ter em atenção o estipulado no art.112º, nº 4 do Estatuto no que tange ao
seu arquivo e eventuais valores e bens.
Com a suspensão surge a inibição de exercício da atividade profissional de solicitador,
art.113º do EOSAE.
A decisão não é irreversível pois existe a possibilidade de Heraclito cessar a suspensão nos
termos do art.116º do Estatuto, bastando a apresentação de requerimento para o efeito.
Já́ no caso de a suspensão se prolongar por mais de 5 anos, Heraclito deverá realizar um
exame de avaliação sobre a atualização dos seus conhecimentos e competências, conforme
decorre do art.115º, nº 3 do EOSAE suportada pela Deliberação 20160709.3.1 do
Conselho Geral.
59

Ética e Deontologia (Apontamentos e Exercícios)

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Ética e Deontologia (Apontamentos e Exercícios)

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Apontamentos de Ética e Deontologia

A) A ORDEM DOS SOLICITADORES E DOS AGENTES DE

A OSAE sucedeu á Camara dos Solicitadores em 2015, é constituída por todos os

A primeira menção com referência á profissão surge em 1174 com o nome

É uma associação pública que representa os seus associados (art.1º do Estatuto da

A Ordem detém de um selo e insígnia, sendo a insígnia “constituída pela figuração

Atribuições (art.3º nº2 do EOSAE):

Aparece pela primeira vez mencionada em escritos a função de “Vozeiro”, este

A exigência do formalismo no processo romano, arrastou a necessidade da

Curiosidade: Aparece mencionada a palavra solicitador, no Foral de Penamacor –

É um profissional com formação jurídica, por regra profissional liberal, inscrito na

Realiza Documentos Particulares Autenticados (DPA), reconhecimentos de

C) A PROFISSÃO DE AGENTE DE EXECUÇÃO

O Agente de Execução (AE) é um profissional liberal, solicitador ou advogado

Está sujeito ao poder disciplinar da Comissão para o Acompanhamento dos

Cria comportamentos homogéneos perante as mesmas circunstâncias. Tais

Relação entre ética e deontologia:

O Código Deontológico prevê ainda a solidariedade profissional, que impõe uma

Nas suas relações com os empregados forenses, o solicitador e o agente de execução

Não devem contratar um empregado forense que se encontre ao serviço de um

E) ORGANIZAÇÃO, ESTRUTURA ORGÂNICA,

 Assembleia de representantes dos colégios profissionais:

F) ELEIÇÕES, REFERENDOS, REGIME FINANCEIRO

Requisitos de Exigibilidade (art.58º e ss do EOSAE):

 Para candidatura a órgãos colegiais com competências executiva ou disciplinar,

 As questões sujeitas a referendo encontram-se previstas nos artigos 80º nº1 do

o Compete à Ordem proceder à liquidação e cobrança das suas receitas

G) DEVERES E DIREITOS PROFISSIONAIS:

Deveres dos Solicitadores:

 Encontram-se previstos no Regulamento nº202/2015, doravante nominado de

 No artigo 1º do Código Deontológico encontramos uma noção de deontologia, “(...)

 O Solicitador tem o dever de agir com integridade e ter um comportamento

 Deve exercer a profissão livre de qualquer pressão e de forma independente (art.3º

 Os deveres dos Solicitadores dividem-se entre:

exercício da profissão, para colegas, magistrados, árbitros, testemunhas,

 Direito de preferência no atendimento público (art.118º nº1 e 2 do EOSAE), tem

H) CONTAS DE CLIENTE E HONORÁRIOS

- As consequências da violação dos deveres do Solicitador é o processo disciplinar (por ação

- A movimentação da conta (art.3º do Reg. nº611/2017 e art.146º do EOSAE), tanto o

- A liquidação das contas-cliente (art.147º do EOSAE e art.9º do Reg. nº611/2017), são

- É no Regulamento dos Laudos (Reg. nº303/2017) que verificamos os órgão competentes

I) PUBLICIDADE E IMAGEM DOS ATOS DOS

- A publicidade dos Solicitadores é meramente informativa, sendo diferente de meios de

Imagem dos atos dos Solicitadores (selos e BUS):

- O Balcão Único do Solicitador (BUS): é uma marca registada, propriedade da OSAE

O trajo profissional é regulado pelo Regulamento nº1109/2016 (Regulamento do Trajo

O regulamento do trajo tem duas facetas:

- Profissional (art.2º e 3º do Reg.), refere a sua composição (art.2º do Reg. e art.93º

- Selo e insígnias, previstas no artigo 4º do Regulamento, onde no seu nº2 indica

M)REQUISITOS PARA INSCRIÇÃO NA OSAE

- Encontram-se previstas no artigo 106º do EOSAE.

- Não é possível ser-se Solicitador e em simultâneo exercer certas profissões. As

Os impedimentos diminuem a amplitude do exercício da profissão quando a sua

O) SUSPENSÃO E CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO

- Causas de Suspensão: artigo 110º do EOSAE;

- Reativação/Reinscrição (4º parágrafo do preambulo do Reg. nº 547/2017): se

P) PODER DISCIPLINAR E AÇÃO DISCIPLINAR

Estão inseridas no poder disciplinar as infrações disciplinares (art.181º e ss do EOSAE), ou

violação de normas estatutárias ou regulamentares, a título de dolo ou negligencia, as

Cabe ao Conselho Superior, exercer o poder disciplinar sobre os associados da Ordem, o

Instauração do processo disciplinar:

- Comunicação por qualquer órgão da OSAE ou da CAAJ ao Conselho Superior;

- Comunicação ao associado no caso de participação infundada;

- Legitimidade processual prevista para qualquer interessado (direito, pessoal,