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Índice
Definição de Direito do Urbanismo:.............................................................................................2
Características:.........................................................................................................................2
Considerações finais.................................................................................................................2
O que são as leis de base?............................................................................................................3
Lei de bases do ordenamento do território.................................................................................3
Lei de bases da política do ambiente...........................................................................................4
Ambiente no Mundo:...................................................................................................................4
Objetivo da lei:.........................................................................................................................5
Direito do ordenamento do território..........................................................................................6
Direito do urbanismo VS ordenamento do território...................................................................6
Obrigações do Estado em matéria de Direito do Ambiente.........................................................6
Princípio da sustentabilidade.......................................................................................................7
Princípio da tipicidade..................................................................................................................8
Estrutura do sistema de gestão territorial....................................................................................9
Programas territoriais..............................................................................................................9
Planos municipais.........................................................................................................................9
Hierarquia dos instrumentos de gestão territorial.....................................................................10
Lei de bases do ordenamento do território............................................................................10
Princípios gerais das políticas (art.3º da lei nº31/2014).........................................................10
Lei dos solos...............................................................................................................................10
Pressupostos de legitimidade da expropriação por utilidade publica........................................11
Competências em matéria de elaboração dos planos municipais entre camara municipal e a
assembleia municipal.................................................................................................................11
Regulamentos municipais de urbanização e edificação.............................................................11
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Definição de Direito do Urbanismo:
Atualmente pode afirmar-se que o direito do urbanismo representa uma disciplina
jurídica com normas jurídicas dispersas, mas que já detém institutos e princípios
próprios.
Direito e Urbanismo
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Características:
Disciplina que pretende exercer uma atividade de harmonização dos conflitos
que advém do uso e ocupação do solo, através de ponderação dos interesses aí
identificados.
Disciplina caracterizada por uma função publica
Disciplina que tem como instrumento principal de atuação o plano urbano
Considerações finais
O urbanismo constitui uma ciência que estuda a nova organização das cidades, a fim
de solucionar os principais problemas decorrentes da crescente urbanização
experimentada nos últimos seculos, principalmente a partir da Revolução industrial.
Dessa necessidade de organizar o espaço habitável surgiu o Direito do urbanismo, para
legitimar as intervenções do poder publico na propriedade e na cidade, com o objetivo
de garantir a supremacia do interesse coletivo.
Constitui, portanto, o direito do urbanismo, disciplina que intenta transpor os
problemas urbanos para o campo da juridicidade
O direito do urbanismo está diretamente ligado ao direito de propriedade. Este objeto
de proteção e de disputa ao longo da história do mundo ocidental, passa por memento
de “coletivização”, o que significa que o seu conteúdo não mais se justifica pela
atividade que proporciona a um individuo, o proprietário, mas a toda a sociedade.
O direito de propriedade não é um direito absoluto, tem imites e sofre restrições de afirmação e
garantias constitucionais. Se for de interesse publico, há poder de expropriar (o interesse publico
sobrepõe-se)
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Decreto-lei- Governo
Art.65º / 4 e 5 CRP- Habitação e urbanismo
Art. 66º CRP- Ambiente e Dualidade devida (palavra-chave- participação dos cidadãos)
Nota: A lei de bases estabelece as bases e tudo o que estiver abaixo deve estar regulado.
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trabalhadas, para que estas fiquem legais. Assim leva a que o direito de urbanismo seja
revisto- art.81º e ss.
Está relacionado
Ambiente no Mundo: com
1- No mundo político, o governo adotou várias
medidas para a prevenção do ambiente, por exemplo, através da criação de
partidos políticos verdes ou da adoção de políticas publicas.
2- O universo económico, em que o principal objetivo é encontrar o equilíbrio
entre a eficácia económica com o impacto ambiental. Tem vindo, nos dias de
hoje, a ganhar grande admiração, a fiscalidade verde, o ambiente tem vindo a
ter a sua posição no mundo económico, onde até já se criou taxas, como é o
caso das compras de sacos de plástico no mercado português.
O objetivo primordial a nível internacional, em especial atenção na europa e
ainda mais precisamente em Portugal.
Princípio do
desenvolvimento
sustentável
Foram adotadas um conjunto de tratados e convenções
técnico e científico aliado hoje à tecnologia e à economia de forma a obter-se
crescimento económico e crescimento no emprego e das condições de vida.
A Multigovernança deve-se ter em atenção para se conseguir ultrapassar os problemas
enfrentados nos dias de hoje, sendo exigida a cooperação internacional seja em
diversos estados, seja entre várias organizações regionais, mas não esquecendo o
papel mobilizador que as organizações não governamentais (ONG) também assumiram
esse domínio.
A educação ambiental tem um papel fundamental onde deve institucionalizar a ideia
de consciência ecológica sobretudo os altos níveis de representação política de forma
A lei das bases define as bases da política de ambiente em cumprimento com o disposto no
art.9º e 66º da CRP.
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Objetivo da lei:
Definir ou visar a efetivação dos direitos ambientais;
Pode-se fazer através da promoção do desenvolvimento sustentável,
suportada na gestão adequada do ambiente, em particular dos ecossistemas e dos
recursos naturais.
Isto vai contribuir para uma sociedade de baixo superbono, uma economia verde
nacional e eficiente da utilização dos recursos com uma progressiva melhoria da
qualidade de vida dos cidadãos.
Nota: A professora Carla Amado Gomes destaca que o ambiente é um caminho entra a
visão utilitarista e a visão eco centrista pura
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Atividade pulica subordinada ao direito (concessão ampla de estado de direito que
abrange todas as atividades de entidades publicas);
Função coordenadora de várias atividades (correção de desigualdade)
Função especializadora, uma expressão territorial (localização das atividades)
Princípio da sustentabilidade
Numa tentativa de síntese, podemos dizer que a sustentabilidade, por si só, assenta
em duas premissas:
Assegurar mecanismos de compensar, no futuro as perdas do presente
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Trazer os interesses futuros à ponderação da tomada de decisões no presente
A taxa de consumo de recursos renováveis não seja maior que a taxa de regeneração
Os recursos não renováveis devem ser utilizadas em termos de poupança
ecologicamente racional, de fora que as futuras gerações possam também,
futuramente, dispor destes (princípio da eficiência, princípio da substituição ecológica,
etc.)
Os volumes de poluição não possam ultrapassar quantitativa e qualitativamente a
capacidade de regeneração dos meios físicos e ambientais.
Com referências:
Princípio da tipicidade
No direito do urbanismo e do ordenamento do território português vigora o princípio
da tipicidade dos instrumentos de gestão territorial.
O ordenamento jurídico português está concebido, neste âmbito do urbanismo e do
ordenamento do território, como um conjunto articulado de instrumentos de gestão
territorial (instrumentos de planeamento) tipificamente identificados pelo legislador
quer quanto ao seu conteúdo quer quanto aos respetivos efeitos, quer ainda, quanto
ao procedimento da sua elaboração. Estes instrumentos destinam-se a ser utilizados
pela administração em função da finalidade que pretenda atingir. Neste sentido e de
acordo com o referido princípio, a administração não pode elaborar os planos que
entender, mas apenas aquelas que a lei prevê como um modo típico.
Finalidade:
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Com o desenvolvimento nos arts.30 e seguintes, todos do decreto-lei nº80/2015, de 14
de maio (RJIGT)
Direito de Participação e de informação
Esta informação e esta participação resultam do direito administrativo em Portugal.
É uma norma geral, mas que o setor do ambiente tem um valor reforçado. Assim, a
informação e participação obrigam ao envolvimento dos cidadãos nas políticas
ambientais privilegiando a divulgação e partilha de dados, o incentivo de uma cultura
transparente de responsabilidade na busca de um elevado grau de respeito ambiental
pela comunidade ambiental ao mesmo tempo deve assegurar aos cidadãos o direito
pleno na elaboração r no acompanhamento da aplicação das políticas ambientais.
Direito de participação- art.7º do DL 80/2015(RJIGT)- garantias dos particulares
Provedor de justiça- queixa e recomendações (não vinculativa) - art.3º,24º e ss da lei
nº9/91, de 9 de abril
Direito da ação popular- lei 83/95 de 31/8
Queixa ao ministério- lei nº68/2019 de 27/08, art.4º als .f) e h) - atribuições ao
ministério publico com poder vinculativo
Acesso à informação
Lei nº 26/2016, de 22/08- lei de acesso aos documentos administrativos
Comissão de acesso aos documentos administrativos (CADA)- entidade administrativa
independente (AR)
Lei de bases:
Art. 3º, 6º 49º e 76º importantes
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Estabelecem opções e ações concretas em matéria de planeamento e
organização do território bem como definem o uso dos solos. Art. 38º/1 da lei
nº31/2014 (lei de bases)
Programas territoriais
Vinculam as entidades publicas
O programa retrata linhas pragmáticas
São opções, as ações em concreto, ou seja, um plano pressupõe ações. Ações
essas que são de aplicabilidade direta.
Os planos territoriais de âmbito municipal e intermunicipal vinculam as
entidades publicas e ainda, direta e imediatamente, os particulares (art. 46º/2-
lei de bases)
Ou seja
Significa que
Iremos recorrer aos planos territoriais se for para saber de algum detalhe
sobre alguma coisa geral
Planos municipais
Plano diretor municipal (PDM)
Plano de urbanização (PU)
Plano de pormenor (PP) são planos de detalhe para áreas especificas,
por exemplo, em Bragança no plano diretor municipal da zona histórica de
Bragança existe a parte do castelo.
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Este princípio é transversal a todos os diplomas. Porque a
participação dos cidadãos, sendo um direito geral é um direito consagrado do nosso
Nota: esta lei abrange 3 domínios complementares distintos: a lei dos solos, ordenamento
do território e do urbanismo
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Pressupostos de legitimidade da expropriação por utilidade publica
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Princípio da
Princípio da legalidade proporcionalidade
(base da lei)
Princípio da utilidade
publica (declaração Princípio da justa
de atividade publica) indemnização
Competências em matéria de
elaboração dos planos municipais entre camara municipal e a assembleia
municipal
À camara municipal cabe:
Objetivo:
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QUESTÕES DA AULA DE DIA 16.03.2021
1. Segundo J.J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, <<as obrigações do Estado em
matéria de direito ao ambiente resumem-se basicamente em três pontos: (…)>>
A defesa da natureza e do ambiente e a preservação dos recursos naturais a par com um
correto ordenamento do território surgem na CRP como uma tarefa fundamental do
Estado, designadamente no seu art.9 al. e).
Já em matérias mais circunscritas de direito do ambiente (e qualidade de vida), incumbe
ao Estado, por meio de organismos próprios e com o envolvimento e a participação dos
cidadãos, garantir uma série de tarefas, designadamente aquelas concretamente
identificadas nas diversas (8) alíneas do nº2 do art.66 da CRP.
Estes autores, contudo, resumem essas oito obrigações (ou tarefas) do Estado a três
pontos aos quais associam, em função da respetiva proximidade ou contiguidade de fins
(que podem estar presentes em mais do que uma dessas alíneas do nº2),
designadamente:
A preservação dos espaços naturais de maior valor (criação de reservas e parques
naturais, defesa dos rios e lagos, das costas e ilhas, etc.)
O ordenamento do espaço territorial e disciplina na utilização dos recursos naturais
(ordenamento da implantação urbana e industrial e da exploração agrícola e
florestal, etc.)
A intervenção nos espaços ambientalmente degradados (regeneração de rios
poluídos, revivificação de bosques devastados, recuperação de áreas urbanas
degradadas, etc.)
2. Segundo J.J. Gomes Canotilho e Vital Moreira, <<A Constituição não se basta com
o reconhecimento do direito ao ambiente: impõe a todos um dever de defesa do
ambiente.>>
Referência às consequências de determinadas ações humanas nos índices de
sustentabilidade, no confronto entre aquilo que são as necessidades atuais e à
ponderação de interesses das gerações futuras (solidariedade intrageracional e
intergeracional);
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Do exercício do direito de queixa perante o Ministério Público no quadro das
respetivas competências de defesas de interesses coletivos e difusos;
Do exercício do direito de queixa perante o Provedor de Justiça nos termos da Lei
nº9/91 de 9 de abril.
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princípio, qual a sua finalidade principal e onde pode ser normativamente
identificado.
O ordenamento jurídico português está concebido, neste âmbito do urbanismo e do
ordenamento do território, como um conjunto articulado de instrumentos de gestão
territorial (instrumentos de planeamento) tipificadamente identificados pelo legislador
quer quanto ao seu conteúdo quer quanto aos respetivos efeitos quer, ainda, quanto ao
procedimento da sua elaboração. Estes instrumentos destinam-se a ser utilizados pela
Administração em função da finalidade que pretenda atingir. Neste sentido e de acordo
com o referido princípio, a Administração não pode elaborar os planos que entender,
mas apenas aqueles que a lei prevê de um modo típico.
A principal finalidade deste princípio é a de evitar a proliferação de instrumentos de
gestão territorial e urbanística dispersos com o risco de serem desconhecidos dos seus
destinatários.
Normativamente o princípio encontra-se materializado, em especial, no Regime Jurídico
dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT).
FUNDAMENTAÇÃO: artigos 26 e 38 da Lei nº31/2014, de 30 de maio (Lei de
Bases/2014); artigo 2 nº 2 a 5. Com desenvolvimento nos artigos 30 e ss, todos do
decreto-lei nº80/2015, de 14 de maio (RJIGT).
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Ainda assim, parece existir uma superioridade hierárquica do Programa Nacional da
Política de Ordenamento do Território (PNPOT) considerando que fica condicionada às
suas orientações a elaboração dos programas setoriais e dos programas especiais.
Por outro lado, o legislador estabeleceu uma hierarquia por âmbito (nacional, regional,
intermunicipal e municipal) dos instrumentos de gestão territorial, de acordo com a qual
os programas e os planos intermunicipais e os planos municipais obedecem aos
programas nacionais e regionais, por um lado e, por outro, os planos municipais se
subordinam às orientações dos programas intermunicipais preexistentes.
FUNDAMENTAÇÃO: art.26 nº1 e 3 e art.27, ambos do decreto-lei nº80/2015, de 14 de
maio (RJIGT).
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planos de urbanização intermunicipais; iv) os planos de pormenor
intermunicipais.
d) O âmbito municipal, concretizado através dos seguintes instrumentos típicos: i)
o plano diretor municipal; ii) os planos de urbanização; iii) os planos de
pormenor.
FUNDAMENTAÇÃO: art.2º do RJIGT (decreto-lei nº80/2015, de 14 de maio); arts.40
a 43 da LBGPPSOTU (Lei nº31/2014, de 30 de maio)
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c) O do pagamento de uma justa indemnização que visa ressarcir o prejuízo que
para o expropriado advém da expropriação do direito em causa, a fixar de acordo
com as regras definidas no Código das Expropriações.
FUNDAMENTAÇÃO: CRP, art.62º nº1 e nº2; art.18 nº2; art.266 nº2 Código das
Expropriações (Lei nº168/99, de 18 de setembro), arts.1, 2, 3 e 23.
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controlo pode revestir e dê um exemplo (um apenas) para cada uma dessas
modalidades.
A realização de operações urbanísticas previstas no RJUE está dependente de emissão
de licença, de comunicação prévia ou de autorização de utilização.
A título exemplificativo, estão sujeitas a licença administrativa as operações de
loteamento, a comunicação prévia a edificação de piscinas associadas à edificação
principal e a autorização a utilização dos edifícios ou suas frações.
FUNDAMENTAÇÃO: RJUE, art.4 nº1 (modalidades), nº2 (licença administrativa), nº4
(comunicação prévia) e nº5 (autorização de utilização)
2. Caraterize juridicamente os regulamentos municipais de urbanização e edificação.
Os regulamentos municipais de urbanização e de edificação são regulamentos
administrativos, decorrem do poder regulamentar autónomo das autarquias locais.
Têm como objetivo a concretização e execução do Regime Jurídico da Urbanização e
Edificação e obedecem, na sua formulação, à forma do procedimento administrativo,
integrando as fases de elaboração, discussão pública, aprovação e divulgação.
FUNDAMENTAÇÃO: art.241 CRP, art.3 nº1, 2, 3 e 4 RJUE
3. Qual a consequência jurídica da não publicação dos regulamentos?
O ato é nulo.
A falta de publicação do ato (quando legalmente exigida) implica a sua ineficácia.
FUNDAMENTAÇÃO: art.3 nº4 RJUE, art.158 nº2 CPA
4. O Sr. Alfredo pretende instalar na sua moradia um conjunto de painéis solares
fotovoltaicos. Esse conjunto de painéis irá abranger toda a cobertura do edifício.
Carece essa instalação de algum tipo de licenciamento?
A instalação em causa, uma vez que não excede a área da cobertura da edificação, se
não ultrapassar em mais de um metro a cércea do edifício, integra o conceito de obra
escassa relevância urbanística e, nessa medida, está isenta de controlo prévio.
Nota: por cércea deverá entender-se a altura do edifício contada a partir do ponto de
cota média do terreno no alinhamento da fachada até à linha superior de beirado ou
platibanda ou guarda do terraço.
FUNDAMENTAÇÃO: art.2 al. l) – conceito de <<obras de escassa relevância
urbanística>>, art.6 nº1 al. c) – isenção de controlo prévio, art.6 -A nº1 al. g).
A revisão do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial (RJIGT) limitou a
classificação do solo a apenas duas classes - solo rústico e solo urbano - numa lógica
de efetiva e adequada afetação do solo urbano ao solo parcial ou totalmente
urbanizado ou edificado, eliminando-se a classe de solo urbanizável.
Comente.
A revisão do RJIGT visou sobretudo a proteção do solo, na medida que se verificava
uma desmesurada transformação de solo rural em solo urbano, afetando
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significativamente a sustentabilidade do mesmo. Estas transformações traduziram-se
em especulações urbanísticas, crescimento excessivo dos perímetros urbanos e o
aumento descontrolado dos preços do imobiliário.
Nesse sentido, verificou-se a necessidade de limitar estas transformações arbitrárias.
Esta limitação foi então imposta pela determinação de que os planos territoriais
passariam a ser os únicos instrumentos passíveis de determinar a classificação e
qualificação do solo, e estas orientações deveriam constar do plano diretor municipal.
Outra medida para limitar a transformação excessiva de solo rural em urbano, foi
condicionar a reclassificação do solo como urbano ao indispensável e à sua
sustentabilidade do ponto de vista económico e financeiro, conforme art.º 72.º do
RJGIT.
GRUPO I
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Efetivamente o Ambiente está consagrado na CRP. Por força do artigo 66º referente ao
Ambiente e qualidade de vida: “Todos têm direito a um ambiente de vida humano,
sadio e ecologicamente equilibrado e o dever de o defender.” Assim como nos artigos
9º, 65º da CRP.
2. “O território tem que estar no centro das políticas públicas”, João Pedro Matos
Fernandes, Ministro do Ambiente e da Ação Climática.
Do meu ponto de vista e segundo o artigo 65º n5 CRP é válida a participação de todos
os interessados na elaboração dos instrumentos de planeamento urbanístico e de
quaisquer outros instrumentos de planeamento físico do território. O Programa
Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT) é um instrumento de
desenvolvimento territorial de natureza estratégica que estabelece as grandes opções
com relevância para a organização do território nacional. Em todas as fases do ciclo do
PNPOT (elaboração, implementação, monitorização e avaliação), é fundamental
incentivar a participação cívica e institucional, fomentando o acompanhamento e a
cooperação ativa das entidades públicas que representam diferentes interesses
públicos, assim como dos demais agentes territoriais e cidadãos interessados.
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Tem de ser feita uma união aos artigos 38º da Lei 31/2014 e 26º do RJIGT.
Grupo II
No mesmo artigo, na alínea b), Solo Urbano é unicamente aquele que está parcial ou
totalmente urbanizado ou edificando e assim, afeto em plano territorial à urbanização
ou edificação.
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3. O ambiente é, hoje, um tema central na sociedade portuguesa, e, atento o
facto do seu surgimento nas políticas públicas, na agenda política e,
genericamente, no discurso dos portugueses ser recente, constitui uma boa
medida da afirmação de Portugal como país contemporâneo, porque muito
do que a sociedade é atualmente tem a ver com a ideia de Ambiente.
Grupo II
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poluidor-pagador e o utilizador-pagador, o desenvolvimento sustentável e a
responsabilidade. Desenvolva um desses princípios.
Resposta: Os princípios expressam uma determinada composição de valores e regras
que servem de linhas gerais de orientação para a ação, seja na nossa vida pessoal, seja
na edificação de uma
servem de guia para a escolha da via ou das medidas a adotar em cada situação
concreta.
Para além disso, os responsáveis pelos impactos negativos sobre o ambiente podem
ainda ser obrigados a repor a situação anterior à infração ou ficar sujeitos à aplicação
de sanções acessórias, como a interdição do exercício da atividade que deu origem à
violação do ambiente. Na implementação de um sistema de responsabilização dos
agentes por danos ambientais é necessário ter em atenção dois problemas: a
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identificação do mecanismo mais eficaz para fazer essa responsabilização e a
determinação de quem é que deve ser responsabilizado.
Deste modo, nem sempre a sanção que parece a mais grave, como é o caso da
aplicação de uma pena de privação da liberdade, será aquela que melhor protegerá o
ambiente e censurará a conduta do agente. Pensemos, por exemplo, num desastre
ambiental grave, como um derrame de petróleo no mar: a aplicação de uma pena de
prisão aos responsáveis da empresa dona do navio poderá parecer uma punição justa,
por representar um forte constrangimento para a liberdade daquelas pessoas, mas
poderá não será a medida mais adequada para garantir a proteção do ambiente,
podendo ser preferível, em alternativa, por exemplo, a punição dos agentes com uma
elevada indemnização que, nomeadamente, permita suportar os custos das operações
de limpeza e de recuperação da área atingida, ao mesmo tempo que elimina ou reduz
os lucros da empresa, o que também funciona como exemplo para as outras empresas
a atuar no mesmo ramo de atividade e as pode incentivar a adotar medidas adicionais
de segurança para evitar acidentes idênticos no futuro.
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ambiental, o que dificulta ou impossibilita a imputação do facto concreto ocorrido a
um agente
específico, seja porque não se consegue identificar a origem do dano, seja porque não
se consegue com um mínimo de certeza jurídica estabelecer um nexo de causalidade
entre o dano ocorrido e o comportamento do agente.
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7. Indique e caracterize os modos de participação dos particulares na elaboração
de planos de ordenamento do território.
Resposta: O modo de participação dos particulares na elaboração do ordenamento do
território, na lei de bases encontra-se no artigo 21º n1 e 2 “IGT, vinculativos dos
particulares” art.13º Lei de Bases – 48/98 de 11/8. No ponto de vista jurídico, o artigo
6º do DL 380/99 (gerais) consagra o direito de participação. Este encontra-se
intimamente ligado com a justa ponderação de interesses públicos e privados, facto
que surge como o reforço do princípio democrático e corolário de principio da
imparcialidade da administração. No que concerne a participação propriamente dita
definida no artigo 21º da Lei de Bases que todos os IGT submetidos a prévia apreciação
pública.
Está consagrado no art.6 do IGT, com remissão para o art. 21º da Lei de Bases e na CRP
nos art. 52n3, 267/1, art 48º n2 CRP e art. 8 do CPA. No entanto, os IGT vinculativos
nos particulares estão sujeitos a mecanismos reforçados de participação dos cidadãos,
nomeadamente através de formas de concentração dos interesses do art. 3º n2 da Lei
de Bases. O presente normativo, não faz qualquer referência a formas de participação
de particulares no proceder de elaboração nos IGT, mas deve entender-se que são
admitidas as várias formas de participação dos interessados (participação subjetiva ou
objetiva; individual ou coletiva; direta ou indireta).
8. Entre instrumentos de gestão territorial existe um princípio de hierarquia e
especialidade?
Resposta: Existe sim. Há uma relação entre os IGT, no qual uma sobreposição
territorial de planos e existência de um princípio da contracorrente entre os planos
(nº2 do artigo 20 e 23 do DL 380/99). O critério cronológico, o da especialidade e o da
hierarquia são critérios tradicionais de resolução de conflitos entre normas. O critério
da especialidade, em regra, prevalece o geral sobre o especial. No âmbito dos planos
existe o princípio da hierarquia onde se enquadram a compatibilidade e conformidade
e admissão da sua flexibilidade, ou seja, a coordenação das intervenções. O princípio
da contracorrente visa a obrigação de um plano hierarquicamente superior e mais
amplo (art. 20º n2 do DL 380/99 – tomar em consideração as disposições de plano
hierarquicamente inferior e abrangente de uma área mais restrita). Por fim, o principio
da articulação tem como objetivos a compatibilidade reciproca entre planos que não
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estão ligados por hierarquia, traduzindo-se na proibição da coexistência de planos com
disposições contraditórias (art. 23/6).
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